Aluminio e Suas Ligas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE MATERIAIS 5 PROFESSOR: ORESTES ALARCON

Alumnio e Suas Ligas Estrutura e Propriedades

Texto traduzido e adaptado de: SMITH, Willian F. Structure and Properties of Enginnering Alloys, 2nd ed.: Capther 5: Aluminium Alloys. New York: McGraw-Hill, Inc, s.d.

1Autores:

Carlos Alberto B. Martins Claudio A. Treml Junior Fabiano Franquini Lindomeilo Jos de Souza Michel Marino Kchler

Florianpolis SC Abril 2003

CAPTULO 5 LIGAS DE ALUMNIO

O alumnio aparece em segundo lugar no ranking atrs apenas do ferro e do ao no mercado dos metais. Em 1989 os Estados Unidos produziram 4,03 milhes de toneladas, com recipientes e embalagens abrangendo 26,6% do mercado e 19,1% para outros fins (Tabela 5.1). A Figura 5.1 mostra como a produo de alumnio nos Estados Unidos cresceu rapidamente a partir dos anos 70.O rpido crescimento da indstria do alumnio est atribudo unicamente a combinao das propriedades que fazem deste o mais verstil de engenharia e materiais de construo. O alumnio tem peso leve, porm algumas de suas ligas tm resistncia to alta quanto o ao estrutural. Tm boa condutibilidade eltrica e trmica e alta refletividade a luz e ao calor. Tm alta resistncia corroso sob as mais altas condies de trabalho e no-txico. O alumnio pode ser fundido e trabalhado em quase todas as formas e pode-se obter grande variedade de formas. Com todas estas propriedades apresentadas, no surpresa que as ligas de alumnio vm sendo de primordial importncia para engenharia de materiais.

5-1 PRODUO DE ALUMNIO

Reduo

O alumnio um dos elementos metlicos mais abundantes na crosta terrestre, mas sempre ocorre no estado combinado com outros elementos como o Fe, Si e O. A bauxita, hidrxido de alumnio hidratado, o principal minrio utilizado para a produo do alumnio. Sendo o xido de alumnio puro extrado da bauxita atravs do processo Bayer.

TABELA 5-1 - Consumo de alumnio recente por categoria de mercado* 19891988

% mudana

de libramercadode libramercadoEdifcio e construo2,85816,42,90117,2-1.5Transporte3,34119,13,38620,1-1.3Bens de consumo durveis1,2227,01,2967,7-5.7Eltricos1,4978,61,4798,81.2Maquinaria e equipamentos9765,69595,71.8Recipientes e embalagens4,63826,64,48926,73.3Outros5853,45933,5-1.3Domsticos em geral15,11786,715,10389,70.1Exportao2,33613,41,73410,334.7Remessa lquida ajustada17.453100.016.837100.03.7Categoria de mercadoMilhes

% de

Milhes

% de

1988 - 1989

Ajustamento estatstico-1,027-413Remessa lquida total16,42616,424

* Fonte 1989 Annual Statistical Review, The Aluminiun Association, Inc., Washington, D.C., 1990.

FIGURA 5-1Histrico da produo da indstria de alumnio nos Estados Unidos e Canad.

FIGURA 5-2Clula eletroltica usada para produo de alumnio. (Cortesia de Aluminiun Company of Amrica)

O processo Bayer refina o gro e calcina a bauxita com o tratamento trmico de hidrxido de sdio que converte o alumnio em minrio de sdio conforme a reao:

Al2O3 +2NaOH 2NaAlO2 + H2O(160 170C)

Aps a separao do resduo insolvel, constitudo principalmente de xido de ferro e slica, a soluo de alumnio resfriada lentamente a 25 35C para precipitao do hidrxido de alumnio [Al(OH)3] de acordo com a reao

NaAlO2 + 2H2O Al(OH)3 + NaOH

O Al(OH)3 ento refinado, lavado e calcinado 1100C para produo de xido de alumnio, Al2O3.O xido de alumnio dissolvido em um banho de criolita fundida (Na3AlF6) e eletrolizado em clulas eletrolticas de carbono, usando como nodo e ctodo o carbono. No processo de eletrlise (processo Hall) o alumnio fundido depositado no estado lquido no ctodo de carbono, revestindo a parte inferior da soleira do lote eletroltico, sendo que tenha maior densidade. Durante a eletrlise, o oxignio liberado pelo nodo, quando este ataca o carbono e forma CO e CO2. O alumnio fundido periodicamente liberado pelas clulas e tratado no estado fundido, o que promove a remoo do excesso de xido e de outros gases . A clula de liberao do alumnio geralmente contm 99,5 a 99,9% de alumnio tendo, como impurezas, principalmente, ferro e silcio.

Fabricao primria

REFUSO E FUNDIO. O passo inicial para o processamento do alumnio a operao de refuso. Primeiro, as fornalhas so carregadas com alumnio liquido vindo das clulas de reduo ou com lingotes que so refundidos. Elementos de liga, lingotes de liga mestre e sucatas so adicionados conforme necessidade. O metal fundido, refundido na fornalha limpo com a retirada da escria da superfcie. No metal liquido retira-se tambm o fundente por escorificao ou com gs a base de cloro para remover o gs de hidrognio dissolvido. Quando o gs a base de cloro forma bolha no metal lquido, o gs hidrognio dissolvido removido por aes qumico- mecnicas.Aps o metal estar limpo e desgaseificado , ento, separado e vazado. A forma do lingote como lminas ou tarugos extrudados so usualmente fundidos em mtodos de fundio direta em coquilha. Neste processo o metal fundido liberado em um molde e solidificado, o fundo do molde enfraquecido para que o metal possa ser continuamente fundido em lingotes de aproximadamente 14 ps de comprimento. O lingote possui sees de, aproximadamente, 18 por 64 polegadas.

TARUGOS. No caso de lminas de lingote, quase metade do metal removido da superfcie do lingote por estar em contato com rolos da conformao a quente. Este acabamento assegura a limpeza, polindo a superfcie para a fabricao de chapas finas.

PR-AQUECIMENTO OU HOMOGENEIZAO. Os lingotes de liga laminados so aquecidos de 10 a 24h permitindo a difuso atmica para homogeneizar a estrutura vazada. Muitos constituintes tambm so adicionadas na soluo slida, assim como a liga 3003 rica em mangans. A

temperatura de pr-aquecimento deve ser mantida abaixo do ponto de fuso dos constituintes com menor ponto de fuso.

LAMINAO A QUENTE. Os lingotes pr-aquecidos so reaquecidos temperatura de laminao a quente e so laminados em quatro rolos de laminao reversos. As placas neste laminador so deformadas com espessura de 3 polegadas, ento, so reaquecidas e mais adiante reduzidas de de 1 polegada em uma laminao intermediria. A reduo usualmente conduzida fora do processo de laminao a quente para produzir metal com 0,1 polegada de espessura.

LAMINAO A FRIO. Depois do recozimento intermedirio, o metal laminado a frio at a espessura desejada. Tratamentos de recozimento intermedirio podem ser requeridos. A quantidade mxima de reduo que pode ser adquirida no simples passe atravs do laminador depende da liga e do tratamento da placa sendo laminada. A reduo percentual pode variar entre 30 - 65%. O recozimento final das chapas finas pode ser necessrio. Quando se deseja uma camada de xido muito pequena, utiliza-se fornos especiais de atmosfera inerte.

5-2 CLASSIFICAO E DESIGNAO DOS TRATAMENTOS DAS LIGAS DE ALUMNIO

Classificao

ALUMNIO E LIGAS DE ALUMNIO TRABALHADOS. O sistema de quatro dgitos numricos usado para identificar alumnio e ligas de alumnio trabalhados. O primeiro dgito indica o grupo da liga. O penltimo dgito identifica a liga de alumnio ou a pureza do alumnio. O segundo dgito indica a modificao da liga original ou limites de impureza. A tabela 5.2 lista os grupos de ligas de alumnio trabalhadas.

A 1xxxlumnio,99.00mnimoTABELA 5.2 - Grupos de ligas de alumnio trabalhadas

Grupos de ligas de alumnio por maior elemento de ligaCobre2xxxMangans3xxxSilcio4xxxMagnsio5xxxMagnsio e silcio6xxxZinco7xxxOutros elementos8xxxSries no usuais9xxx

LIGAS FUNDIDAS. O sistema de designao de quatro dgitos numricos usado para identificar o alumnio e suas ligas na forma fundida e lingotes fundidos. O primeiro dgito indica o grupo da liga. Os dois seguintes dgitos identificam a liga de alumnio ou indicam a pureza do alumnio. O ltimo dgito, que separado dos outros por um ponto decimal, indica a forma do produto, isto , fundidos ou em forma de lingote. A modificao da liga original ou dos limites de impureza indicado por uma letra antes da designao numrica. A letra x usada por ligas experimentais.Entretanto, as ligas de alumnio fundidas so identificadas mais freqentemente por trs dgitos. A tabela 5.3 lista os grupos de ligas de alumnio fundidas.

TABELA 5-3 - Grupos de ligas de alumnio fundido

Alumnio, 99.00% mnimo1xx.x Grupos de ligas de alumnio por elemento de ligaCobre2xx.xSilcio, com adio de cobre e/ou magnsio3xx.x Silcio4xx.x

Magnsio5xx.xZinco7xx.xTitnio8xx.xOutros elementos9xx.xSries no usuais6xx.x

Designao de Tratamento

A designao de tratamento segue a designao de ligas e so separadas por um hfen. As subdivises bsicas do recozimento so representadas pela adio de um ou mais dgitos (Ex.: 3003-H14).

DESIGNAO BSICA DE TRATAMENTO

F. Como fabricado. Sem controle sobre a quantidade de endurecimento por deformao; no limita as propriedades mecnicas.O.Recozimento e recristalizao. Tratamento com menor resistncia e maior ductilidade.H.Endurecimento por deformao (abaixo segue as subdivises).T.Tratamento trmico para obter estruturas estveis alm de F ou O (abaixo segue as subdivises).

SUBDIVISES DO ENDURECIMENTO POR DEFORMAO

H1 Apenas endurecido por deformao. O grau de encruamento indicado pelo segundo dgito e varia de 1/4 de dureza (H12) at a dureza total (H18), que produzida com a reduo de 75% de rea.H2 Endurecimento por deformao e recozimento parcial. Percorrendo de H12 at H18 obtidos por recozimento parcial de materiais trabalhados a frio com resistncia inicialmente mais alta que a desejada. A denominao das ligas H22, H24, H26 e H28.H3 Endurecido por deformao e estabilizado. Tratadas por um superenvelhecimento, as ligas de alumnio-magnsio que so, encruadas e ento aquecidas a baixa temperatura, aumentam a ductilidade e estabilizam as propriedades mecnicas. A denominao das ligas H32, H34, H36 e H38.

SUBDIVISES DE TRATAMENTO TRMICO

WTratamento de solubilizaoTEndurecido por envelhecimentoT1 - resfriamento a partir da temperatura de fabricao e naturalmente envelhecidoT2 - resfriamento a partir da temperatura de fabricao, deformao a frio e naturalmente envelhecidoT3 tratamento de solubilizao, deformao a frio e envelhecimento natural T4 tratamento de solubilizao e envelhecimento naturalT5 - resfriamento na temperatura de fabricao e envelhecimento artificial T6 solubilizao e envelhecimento artificialT7 solubilizao e estabilizado por superenvelhecimentoT8 solubilizao, deformao a frio e envelhecimento artificial T9 solubilizao, envelhecimento artificial e deformao a frioT10 - resfriado a partir da temperatura de fabricao, deformao a frio e envelhecimento artificial

TABELA 5-4 - Composies qumicas e aplicaes de ligas de alumnio puras comerciais.

Ligas% de pureza% de Silcio% de Ferro% de CobreAplicaes

105099.500.250.400.05Tubo bobinado, extrudado

106099.600.250.350.05Equipamento qumico, tanques

de carros ferrovirios

110099.001.0 Si + Fe0.12 nom.Chapa fina de metal trabalhada

114599.450.55 Si + Fe0.05Lminas para capacitores

117599.750.15 Si +Fe0.10Chapas finas refletoras

120099.001.0 Si + Fe0.05Tubo bobinado, extrudado;chapa de metal trabalhada

123099.300.7 Si + Fe0.10Revestimento de chapas fina e

chapas grossas123599.350.65 Si + Fe0.05Lminas para capacitores;

tubos

134599.450.300.400.10

135099.500.100.400.05Condutores eltricos

5.3 ALUMNIO COMERCIALMENTE PURO

Composio Qumica e Aplicaes Tpicas

A pureza do alumnio comercial varia de 99,3% 99,7% de Al. O alumnio de alta pureza utilizado para aplicaes como ligas condutoras eltricas e placas refletoras. O metal de baixa

pureza, adicionado de ferro e cobre, se necessrio, utilizado para produzir ligas da srie 1100, a qual, no modelo comercial, a liga base de alumnio puro. Ela relativamente tenaz e dctil, com excelente trabalhabilidade e soldabilidade. O alumnio comercial puro responde bem a finalidades decorativas e apresenta excelente resistncia a corroso. A Tabela 5.4 lista a composio qumica e aplicao para os vrios tipos de alumnio puro comercial.

EstruturaA estrutura do alumnio puro (srie 1xxx) caracterizada por uma matriz relativamente pura de alumnio. Os constituintes insolveis no alumnio comercial puro so principalmente ferro e silcio, como apresentados nas figuras 5.3 e 5.4. A quantidade de constituintes uma funo da pureza da liga e distribuio deles (dos constituintes) funo do tipo e da extenso de fabricao da liga. Uma vez que todas as ligas comercial de alumnio contm ferro e silcio como impurezas, a insolubilidade dos constituintes ferro e silcio so comuns nas ligas, variando na concentrao.

FIGURA 5-3Lmina metlica 1100-H18, laminada a frio. Apresenta uma estrutura metlica fluida ao redor de partculas insolveis de FeAl3 (escuro. Partculas remanescentes de constituintes do lingote so fragmentadas devido ao trabalho. Ataque: 0,5 HFhidratado. (After Metals Handbook, 8a ed., vol. 7,American Society for Metals, 1972, pg. 242).

Propriedades Mecnicas

FIGURA 5-4Lmina metlica da liga 1100-0, laminada a frio e recozida. Recristralizada, gros equiaxiais e partculas insolveis de FeAl3 (preto). Tamanho e distribuio de FeAl3 na estrutura trabalhada no so afetados pelo recozimento. (0.5% cido fluordrico hidratado; 500X). (After Metals Handbook, 8 ed., vol. 7 Americam Society for Metals, 1972, p. 242.)

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As propriedades mecnicas para o alumnio comercial puro esto listados na Tabela 5.5. O limite de resistncia a trao para 99,99% Al recozido de, aproximadamente, 6,5 Ksi, com um limite elstico de 1,5 Ksi e uma elongao de 50%. Este alumnio super puro no retm a dureza por deformao a temperatura ambiente, e provavelmente recristalizar. Conforme o nvel de impureza aumentado, a resistncia do alumnio comercial puro aumenta tambm, alcanando um mximo da srie 1xxx, na liga 1100. A liga 1100 com dureza mxima tem um limite de escoamento de aproximadamente 24 Ksi, com um limite elstico de 22 Ksi e uma elongao de apenas 5%.

TABELA 5.5 - Propriedades mecnicas tpicas do alumnio puro comercial

LigaRecozimento

limite de resistncia trao, psi

limite de resistncia elstica, psi

Elongao,%

Dureza, Bhn

tenso de cisalhamento, psi

resistncia fadiga, psi

1199O6.5001.50050

H1817.000160.0005

1180O9.0003.00045

H1818.00017.0005

O10.0004.00043197.0003.000

1060H1414.00013.00012269.0005.000

H1819.00018.00063511.0006.500

O12.0004.000238.000

ECH1416.00014.00010.000

H1927.00024.0002,5

1145O11.0005.000408.000

H1821.00017.000512.000

1100O13.0005.00035239.0005.000

H1418.00017.00093211.0007.000

H1824.00022.00054413.0009.000

5-4. LIGA DE ALUMNIO MANGANS

Composio Qumica e Aplicaes Tpicas

A adio de 1,2% Mn no alumnio comercial puro (0,6% Fe e 0,2% Si) produz uma moderada resistncia a liga de alumnio no tratada termicamente. A adio de mangans aumenta a resistncia da liga por soluo slida e pela fina disperso de precipitados. Esta resistncia pode ser aumentada pela adio de aproximadamente 1% de magnsio. Estas ligas so geralmente utilizadas quando moderada resistncia e boa trabalhabilidade so necessrias. A Tabela 5.6 lista a composio qumica e aplicaes para as ligas de alumnio-mangans- magnsio.

FIGURA 5-5Liga recozida 3003 (1,2% Mn); a estrutura consiste em uma fina disperso de (Mn, Fe)Al6 e (Al-Fe-Mn-Si) precipitados. (0.5% cido fluordrico hidratado; 500x.) (After F. Keller in Physical Metallurgy of Aluminum Alloys, American Society of Metals, 1949, pg. 106.)

Tabela 5.6 - Composio qumica e aplicaes da liga alumnio-mangans

Ligas% Mn% Mg % Cu Aplicaes

presso, folhas serradas, ferramentas para construo30041,21,0Folhas serradas, tanques de estocagem, cilindros de presso30051,20,4Produtos de construo civil, calhas31050,50,5Produtos de construo civil, calhas30031,20,12Utenslios de cozinha, equipamentos qumicos, cilindros de

FIGURA 5.6Liga 3003 (1,2% Mn) pr aquecida a 540oC, laminada a frio (80%), recozido a 343oC por 250 segundos. A estrutura mostra constituintesprecipitados ricos em mangans nas discordncias durante o recozimento. A recristalizao da liga inibida pelo acmulo das discordncias nos precipitados.

EstruturaA microestrutura de chapas da liga 3003 (1,2% Mn) na condio recozida mostrada na figura 5.5. Embora esta liga seja aquecida a uma alta temperatura (homogeneizao), com tratamento por volta de 600o C para dissolver muitos constituintes contendo mangans, depois ela

6 trabalhada a frio e posteriormente recozida a 340oC, formando uma fina disperso de (Mn, Fe)Ale (Al-Fe-Mn-Si) constituintes (Fig. 5.5).A microestrutura desta liga aps o pr-aquecimento a 593oC, trabalhada a frio (80%), e recozida a 343oC foi estudada por Morris usando microscpio eletrnico de transmisso. Ele demonstrou que aqueles precipitados ricos em mangans nucleiam preferencialmente no trabalho a frio deslocando as estruturas durante o recozimento (Fig. 5.6). Estes precipitados inibem omovimento das discordncias e, conseqentemente, formao de contorno de gro de baixo ngulo (poligonizados). Os precipitados por esse motivo inibem a recristalizao e elevam a temperatura de recristalizao da liga.

Propriedades Mecnicas

A tabela 5.7 lista as propriedades mecnicas das ligas de alumnio-mangans-magnsio. A resistncia da liga 3003 de aproximadamente 3 a 4 Ksi maior que da liga 1100 (isto , 3003-O tem um limite de resistncia a trao de 16 Ksi comparado a 13 Ksi do 1100-O). A liga 3004 reforada pelo efeito do magnsio no endurecimento por soluo slida, ento, este, na condio recozida, tem um limite de resistncia a trao de 26 Ksi. Diversas ligas de baixa resistncia, como 3005 e 3105, foram introduzidas em 1953 e 1960, respectivamente. Estas ligas tm desejveis combinaes de resistncia, plasticidade e resistncia a corroso para aplicaes na construo de produtos especiais.

5-5. LIGA DE ALUMNIO MAGNSIO:

Composio Qumica e Aplicaes Tpicas

As ligas binrias de alumnio-magnsio servem de base para a srie 5xxx das ligas de alumnio no tratadas termicamente. Todavia o magnsio produz substancial solubilidade no alumnio e uma grande diminuio da solubilidade do slido (14,9% em peso a 451oC) com a diminuio da temperatura (figura 5.7), as ligas de alumnio-magnsio no apresentam sensvel endurecimento por precipitao com concentraes abaixo de 7% Mg. Entretanto, uma substancialresistncia do alumnio ocorre por endurecimento por soluo slida e causando encruamento.A tabela 5.8 lista composio qumica e aplicaes das ligas de alumnio-magnsio. Para propsitos gerais e estruturais, as ligas de Al-Mg contm de 1 a pouco mais de 5% Mg e muito difundida na indstria. Estas so apenas poucas ligas binrias de alumnio-magnsio trabalhveis, como as sries 5005 e 5050. Para aumentar esta resistncia, a maioria das ligas de alumnio- magnsio contm um pouco de mangans (0,1 a 1,0%) e/ou cromo (0,1 a 0,2%). Exemplos de ligas Al-Mg com adio de cromo so 5052 e 5154. Enquanto que a liga 5056 um exemplo que contm mangans e cromo.Muitas ligas de alumnio-magnsio tm sido desenvolvidas para acabamentos e decoraes. Na reduo da quantidade de ferro, silcio e outras impurezas, uma srie de ligas decorativas1 foram criadas. Como exemplos temos 5053 e 5252 e as ligas 5x57 como 5357, 5457 e 5657.As ligas alumnio-magnsio tm uma ampla faixa de resistncia, boa plasticidade e soldabilidade e alta resistncia a corroso. Uma propriedade proeminente das ligas de alumnio- magnsio a boa soldabilidade quando, no processo, o arco de solda protegido por uma atmosfera de argnio, formando uma liga de alta resistncia.

TABELA 5.7 - Propriedades mecnicas tpicas de ligas de alumnio-mangans e alumnio- mangans-magnsio sem tratamento trmico

trao psi

Limite de

Liga Tmpera Resistncia resistncia elongaoDurezacisalhamentoresistnciaelstica psi

% em 2 in

Bhn

tenso de

psi

fadiga psi

3003O16.0006.000302811.0007.000H1422.00021.00084014.0009.000H1829.00027.00045516.00010.0003004O26.00010.000204516.00014.000H3435.00029.00096318.00016.000H3841.00036.00057721.00018.0003005O19.0008.0002512.000H1835.00033.000418.0003105H2526.00024.000816.000

1 Impurezas como ferro e silcio so especialmente requeridas para promover o brilho caracterestico das ligas de alumnio para acabamento.

FIGURA 5-7Diagrama de fases alumnio- magnsio. [After K. R. Van Horn (ed.), Aluminum, vol. 1 , American Society for Metals, 1967, pg. 375.]

TABELA 5.8 - Composio qumica e aplicaes da liga alumnio-magnsio

Liga% ComposioAplicaes

50050,8 MgPeas, utenslios, enfeites arquitetnicos, condutores eltricos

50501,4 MgFerramentas para construo, enfeites de refrigeradores, tubos

em espiral

50522,5 Mg, 0,25 CrChapas serradas, tubos hidrulicos, peas

50560,12 Mn, 5,1 Mg, 0,12 CrCabos revestidos, rebites para magnsio, telas metlicas

50830,7 Mn, 4,45 Mg, 0,15 CrImprprioparacilindrodepresso;utilizaomarinha,

50860,45 Mn, 4,0 Mg, 0,15 Crautomotiva, partes de aeronaves, criognica, torre de TV,

aparelhos de perfurao, componentes de msseis, capas para

couraas

51543,5 Mg, 0,25 CrEstruturas soldadas, tanques para armazenamento, cilindros de

presso, servios em gua salgada

52522,5 MgAutomobilstico e peas de enfeite

52543,5 Mg, 0,25 CrPerxido de hidrognio e tanques de estoque qumico

53560,12 Mn, 5,0 Mg, 0,12 CrEletrodo de solda, arame e eletrodos

54540,8 Mn, 2,7 Mg, 0,12 CrEstruturas soldadas, cilindros de presso, servios marinhos,

tubos

54560,8 Mn, 5,1 Mg, 0,12 CrEstruturas soldadas de alta resistncia, tanques de estocagem,

cilindros de presso, servios marinhos

54570,3 Mn, 1,0 MgPeas de enfeite (boa plasticidade em recozimento)

56522,5 Mg, 0,25 CrPerxido de hidrognio e tanques de estocagem qumica

56570,8 MgPeas de enfeite (bom brilho)

EstruturaO magnsio, na maioria das ligas alumnio-magnsio est presente em soluo slida. Entretanto, quando a concentrao de magnsio nas ligas de Al-Mg excede, aproximadamente, 3,5%, Mg2Al3 pode precipitar a temperaturas baixas no tratamento trmico ou no resfriamento lento a partir de elevadas temperaturas. Como exemplo, temos a liga 5086, que contm 4% Mg trabalhada a frio e aquecida em torno de 120 a 180oC. Nesta liga uma contnua rede de Mg Al2 3pode precipitar nos contornos de gro (Fig. 5.8). Esta estrutura indesejvel uma vez que pode tornar a liga susceptvel a trinca por corroso sob tenso em condies adversas. ento mais

desejado, neste tipo de liga, um alvio de tenses em altas temperaturas (i.e. 245oC) e com processo cuidadoso origina uma disperso de precipitados finos de Mg2Al3 na matriz da liga, mostrado na Fig. 5-9.Partculas de Mg2Si podem tambm estar presentes nas ligas Al-Mg comerciais proporcional a quantidade de silcio na liga, devido a baixa solubilidade do Mg2Si na presena de excesso de magnsio. No caso das ligas de Al-Mg contendo cromo e mangans, outras fases tambm so presentes, devido ao alto teor de ferro presente em todas as ligas comerciais de alumnio puro.

FIGURA 5-8.Liga 5086-H43, laminada a frio e estabilizada de 120 a 177oC. Partculas indesejveis de Mg2Al3 formam uma rede de precipitados nos contornos de gro; partculas grandes so fases insolveis. Este tipo de estrutura indesejvel por ser susceptvel, em algumascondies, a trincas de corroso sob tenso. (After Metals Handbook, 8a ed., vol. 7, American Society for Metals, 1972, pg. 244.)

FIGURA 5-9Liga 5456, laminada a frio e com alivio de tenses a 246C. O Mg2Al3 neste caso finamente distribudo sobre a matriz, e no sendo contnuos pela rede de precipitados nos contornos de gro. Este tipo de estrutura mais desejvel e menos susceptvel a corroso. Grandes partculas so insolveis na fase como Mg2Si (escuro) e (Fe, Mn)Al6 (cinza). (After Metals Handbook, 8a ed., vol. 7, American Society for Metals, 1972, pg. 244.)

Propriedades Mecnicas

As propriedades mecnicas das ligas de alumnio-magnsio trabalhadas e no tratveis termicamente esto listadas na tabela 5.9. O limite de resistncia trao das ligas comerciais alumnio-magnsio, recozidas, varia de 18 ksi, para liga 5005-O, e 45 ksi, para liga 5456-O. As ligas 5083-O e 5086-O tm uma leve reduo na resistncia (42 e 38 ksi, respectivamente) quando comparado a 5456-O. Produtos conformados da liga alumnio-magnsio esto sempre disponveis no tratamento de recozimento do tipo O, e usualmente no tratamento H3. O tratamento H3 geralmente usado em produtos endurecidos por deformao, uma vez que o tratamento H1 usualmente no estvel a temperatura ambiente. O tratamento H3 produz propriedades estveis com altos nveis de elongao e melhores caractersticas plsticas.Embora as ligas de alumnio-magnsio sejam classificadas em no tratveis termicamente, a quantidade de magnsio solvel nas temperaturas de recozimento para as ligas Al-Mg, com mais que 4% Mg (como a 5083, 5086, 5056 e 5456), maior que a retida em soluo-slida na temperatura ambiente. Como resultado, se estas ligas so severamente encruadas e mantidas por um longo tempo a temperatura ambiente, ocorrer a precipitao de Mg2Al3 ao longo de bandas de deslizamento. Tambm, se estas ligas so expostas a altas temperaturas em condies de recozimento, a precipitao ocorrer ao longo de contornos de gros. Esta precipitao torna essas ligas susceptveis a corroso intergranular em ambiente corrosivo. Por esta razo, o tratamento H3xx tem sido desenvolvido para eliminar ou minimizar esta instabilidade, ento essas ligas possuem alta resistncia.

TABELA 5.9 - Propriedades Mecnicas das ligas de alumnio-magnsio trabalhadas e no tratveis termicamente

LigaTrat. trmico

limite de resistncia trao,

limite de resistnci elstica,

elongao

psipsi5005O18.0006.000303011.000H1423.00022.00064114.000H3423.00020.00084114.000H1829.00028.00045116.000H3829.00027.00055116.0005050O21.0008.000243615.00012.000H3428.00024.00085318.00013.000H3832.00029.00066320.00014.0005052O28.00013.000254718.00016.000H3438.00031.000106821.00018.000% em 2 polegadas

Dureza, Bhn

tenso de cisalhamento, psi

resistncia fadiga, psi

H3842.00037.00077724.00020.000

5056O42.00022.000356526.00020.000

H1863.00059.0001010534.00022.000

H3860.00050.0001510032.00022.000

5082H1957.00054.0004

5083O42.00021.000226725.00022.000

H11243.00023.000207025.00022.000

H32146.00033.000168228.00022.000

H32347.00036.000108427.000

H34352.00041.00089230.000

5086O38.00017.000226023.00021.000

H3242.00030.00012

H3447.00037.000108228.00023.000

H11239.00019.000146423.00021.000

5154O35.00017.000275822.00017.000

H3442.00033.000137324.00019.000

H3848.00039.000108028.00021.000

H11235.00017.000256322.00017.000

5454O36.00017.000226023.00019.000

H3444.00035.000108126.00021.000

H11236.00018.000186223.000

H31138.00026.000147023.000

5456O45.00023.000247027.00022.000

H2454.00041.0001231.000

H11245.00024.000227027.000

H31147.00033.000187527.00024.000

H32151.00037.000169030.00023.000

H32351.00038.000109030.000

H34356.00043.00089433.000

5.6- LIGAS COBRE-ALUMNIO

Composies Qumicas e Aplicaes

O primeiro trabalho desenvolvido em liga binria Alumnio-Cobre foi nos Estados Unidos sobre a liga 2025, a qual contm aproximadamente 5,5% de Cu. Entretanto a liga 2025, introduzida em 1926, est limitada ao uso para materiais forjados. A liga 2219, que contm 6,3% Cu e foi desenvolvida em 1954, tem substitudo em muitos casos a liga 2025. A liga 2219 apresenta maior e mais alto campo de resistncia, assim como uma boa soldabilidade, superior resistncia a tenso de corroso e melhores propriedades a elevadas temperaturas.A liga 2011 com 5,5% Cu, 0,4% Bi e 0,4% de Pb usada quando boas caractersticas de corte e de cavacos so necessrias para produo em altas velocidades nas mquinas de torno. Esta liga a liga bsica de alumnio para mquinas de tornos e usada como referncia padro para a usinabilidade destas ligas de alumnio. A tabela 5.10 lista a composio qumica de ligas cobre-alumnio trabalhadas e suas aplicaes.

Ligas Binrias Alumnio-Cobre

DIAGRAMA DE FASE. O Cobre um dos mais importantes elementos de liga do alumnio e produz considervel resistncia em soluo slida e com apropriado tratamento trmico podeformar um grande aumento da resistncia pela formao de precipitados. A mxima solubilidade do cobre no alumnio ocorre com 5,65% Cu temperatura euttica de 548oC (Fig. 5.10). A solubilidade do cobre no alumnio diminui rapidamente com a diminuio da temperatura de 5,65% Cu para menos de 0,1% Cu temperatura ambiente.

TABELA 5.10 - Composies qumicas e aplicaes das ligas alumnio-cobre*

Liga% Cu% Mn% OutrosAplicaes

20115,50,4 Bi;0,4 PbProdutos torneados

20254,50,80,8 Si0,06 Ti;0,10 V;Forjados e produtos aeroespaciaisUso em estruturas em 660oF, alta resistncia a

22196,30,30,18 Zrsoldagem para aplicaes criognicas e para

0,06 Ti; 0,10 V; 0,18 Zrpartes de aeronavesUso em estruturas em 660oF, alta resistncia a

2419**6,30,3soldagem para aplicaes criognicas e para

partes de aeronaves e alta tenacidade fratura

*Depois ASTM Databook,publicado em Met. Prog., vol.116, no. 1, mid-June 1979.**Liga 2419 tem menor nvel de ferro e silcio do que a liga 2219.

ENDURECIMENTOPORPRECIPITAODALIGAALUMNIO-COBRETRATADATERMICAMENTE. Para alcanar o mximo efeito de endurecimento por precipitao (sem deformao a frio), a liga alumnio-cobre precisa ser:

1. Soluo tratada termicamente no campo da fase da soluo slida-(aprox. 515oC)2. Temperada at temperatura ambiente ou abaixo desta3. Envelhecida artificialmente entre as temperatura de 130 190oC Considere o endurecimento por precipitao da liga Al-4% Cu:1. Tratamento trmico da soluo. A liga Al-4%Cu deve ser primeiramente aquecida at aproximadamente 515oC para permitir que os tomos de cobre e de alumnio difundam-se aleatoriamente em uma soluo slida uniforme. A liga neste estgio consiste em uma soluo slida . Esta primeira fase do tratamento trmico para endurecimento por precipitao algumas vezes chamada de solubilizao.

2. Tmpera. Depois de a soluo estar tratada termicamente a liga temperada (resfriamento rpido) em gua para a temperatura ambiente. Este tratamento produz uma soluo slida supersaturada de cobre no alumnio. A liga Al-4%Cu, nestas condies, no estvel e tende a formar fases metaestveis de mais baixa energia do sistema. A fora motriz para a precipitao da fase metaestvel o estado de alta energia da soluo slida supersaturada instvel do cobre no alumnio.

3. Envelhecimento. Se uma precipitao substancial da fase metaestvel ocorrer temperatura ambiente, chamado envelhecimento natural. Entretanto, algumas ligas sero endurecidas por envelhecimento natural com uma resistncia satisfatria a temperatura ambiente, enquanto a maioria das ligas devem ser endurecidas por envelhecimento a elevadas temperaturas, tambmchamado de envelhecimento artificial. No caso da liga Al-4%Cu a temperatura para endurecimento por envelhecimento artificial est geralmente entre 130 e 190oC.

FIGURA 5.10Diagrama de fase Al-Cu com final rico em alumnio. [After K. R. Van Horn (ed.), Aluminium,vol. 1, Americam Societ for Metals, 1967, p. 372.]

ESTRUTURA FORMADA DURANTE O ENVELHECIMENTO DAS LIGAS ALUMNIO-COBRE. Noendurecimento por precipitao das ligas alumnio-cobre, cinco seqncias de estruturas podem ser identificadas: (1) soluo slidas supersaturada, (2) Zona GP1, (3) zona GP2, tambm chamada de fase , (4) fase ' e (5) fase , CuAl2. Nem todas estas fases ocorrem em todas as temperaturas de envelhecimento. As zonas GP1 e GP2 no existem logo acima de suas temperaturas solvus, e as fases e requerem uma temperatura de envelhecimento suficientemente alta para sua formao.

Zona GP1. A Zona GP1 formada a mais baixas temperaturas (i.e.,abaixo de 130oC) e so criadas pela segregao de tomos de cobre em soluo slida supersaturada na liga Al-Cu. A Zona GP1 consiste em discos de uns poucos tomos finos (4 a 6 de espessura) e com aproximadamente 80 a 100 de dimetro, formando planos cbicos {100} na matriz. At o

momento no se sabe sobre a estrutura verdadeira da zona GP1, mas anlises recentes de Dalgren indicam que a zona GP1 contm baixo percentual em cobre.Uma vez que o cobre tem o dimetro, aproximadamente 11% menor do que os tomos de alumnio, o parmetro de rede cbica da zona menor do que da matriz, havendo ento uma estrutura tetragonalmente tensionada. A zona GP1 pode ser detectada por microscopia eletrnica por causa da associao entre os campos tensionados, como mostra a figura 5.11a. Estas zonas impedem o movimento das discordncias, gerando aumento da dureza e diminuio da ductilidade da liga Al-4%Cu, como indicado na figura 5.12.

Zona GP2 (). Como no caso da zona GP1, a zona GP2 tem uma estrutura tetragonal e so coerentes com os planos da matriz {100} na liga Al-4%Cu ou tipos similares. Nos primeiros estgios de sua formao, acredita-se que as zonas GP2 contm baixo percentual de cobre (menos que 17% Cu). Com o aumento do tempo de envelhecimento na temperatura de 130C, o contedo de cobre aumenta, assim como seu tamanho. O tamanho do campo da zona GP2 est entre 10 e 40 de espessura e entre 100 e 1000 de dimetro. A figura 5.11b mostra as zonas GP2 coerentes na liga Al-4%Cu. O parmetro de rede c nos primeiros estgios de envelhecimento 8,08 e diminui para 7,65 a medida em que as zonas vo crescendo em estgios posteriores de envelhecimento. Dahlgren acredita que ocorrem estas mudanas porque as zonas tornam-se ricas em cobre. A zona GP2 adiciona um aumento na dureza da liga Al-4%Cu quando envelhecida em temperaturas entre 130C e 190C, como mostrado na figura 5.12.

Fase '. O superenvelhecimento da liga Al-4%Cu ocorre quando forma-se uma fase completamente incoerente e metaestvel em significantes quantidades, fase . Esta fase nucleia heterogeneamente, especialmente nas discordncias. O tamanho da fase depende do tempo e da temperatura de envelhecimento e alcana um tamanho entre 100 a 6000 ou mais no dimetro e com espessura de 100 a 150 . Esta fase tem estrutura tetragonal, mas com uma reduo do parmetro c para 5,80 . A figura 5.11c mostra os precipitados na liga Al-4%Cu depois de trs dias de envelhecimento a 200C. Quando esta fase aparece sozinha, a liga est em condies de superenvelhecimento, como indicado na figura 5.12.

Fase . Envelhecendo em temperaturas de aproximadamente 190C ou acima desta, por longos perodos, produzir uma fase incoerente em equilbrio, CuAl2. Esta fase tem uma estrutura tetragonal de corpo centrado, TCC, com a = 6,07 e c = 4.87 . A fase pode formar-se da fase ou diretamente da matriz. A fase forma-se no excesso da fase e est presente quando a liga est em condies extremas de superevelhecimento, como indicado na figura 5.12.A seqncia geral da precipitao da liga binria Al-Cu pode ser representada por:

22

Soluo slida supersaturada zona GP1 zona GP2 (fase ) (CuAl2)

FIGURA 5.11Liga Al-4%Cu com microestrutura envelhecida. (a) Al-4%Cu, aquecida em 540C, resfriada em gua e envelhecida 16 hs a 130C. As zonas GP tm se formado como planos paralelos no plano {100} numa matriz cbica de face centrada e sendo neste estgio tomos finos de aproximadamente100 de dimetro. Somente planos dispostos horizontalmente em uma orientao cristalogrfica so visveis. (Micrografia eletrnica de 1.000.000 X.) (b) Al-4% Cu, soluo tratada termicamente a 540C, resfriada em gua e envelhecida por um dia a 130C. Nesta micrografia de finas lminas de metal mostram-se campos de deformao impostos pela zona GP2, coerente. As regies escuras que circundam as zonas mais claras so causadas por(a) camposdedeformao.(MicrografiaEletrnica de 800.000 X.) (c) Soluo da liga Al-4% Cu tratada termicamente em 540C, resfriada em gua e envelhecida por trs dias a 200C. Esta micrografia da fina lmina de metal mostra a fase , incoerente e meta-

(b)(c)

estvel, a qual se forma por nucleao heterognea e crescente. (Micrografia eletrnica com 25.000 X.)(After J. Nutting and R. G. Baker, The Microestruture of Metals Institute of Metals, 1965, pp. 695 e 67.)

FIGURA 5.12Correlao estrutura e dureza da liga Al-4% Cu envelhecida em 130oC e 190oC. [After J.M. Silcock, T. J. Heal, e H. K. Hary, J. Inst.Met. 82 (1953-54):239, como apresentado em K. R. Van Horn (ed.), Aluminium, vol. 1, American society for Metals, 1967, p. 123.]

FIGURA 5.13Micrografia por transmisso eletrnica da liga 2219 em soluo tratada termicamente e em condies de envelhecimento artificial. A estrutura mostra precipitados relativamente grosseiros. (Cortesia da Aluminium Company of Amrica Resech Laboratries)

Liga Comercial Alumnio-Cobre Trabalhvel

Importantes ligas trabalhveis alumnio-cobre, em uso atualmente, so as ligas 2025, 2219 e 2011. A primeira liga binria alumnio-cobre trabalhvel desenvolvida foi a liga 2025 nos Estados Unidos, que contm 4,5% Cu, 0,7% Mn e 0,8% Si. A liga 2025 est sendo usada ativamente at hoje para uma extenso limitada de forjados, mas tem sido substituda em muitas aplicaes pela liga 2219.A liga 2219, introduzida em 1954, contm 6,3% Cu, 0,3% Mn, 0,25% Zr, 0,1% V e 0,06% Ti. Esta liga tem um grande alcance de resistncia (25 a 69 ksi), boa soldabilidade, boa resistncia a corroso sob tenso e excelentes propriedades a elevadas temperaturas para uma liga de alumnio. A estrutura da liga 2219 nas condies de endurecimento por envelhecimento

mostrada na figura 5.13 e consiste essencialmente de precipitados . O excesso de CuAl2, , que no dissolvido durante o tratamento trmico de soluo (mxima solubilidade do Cu no Al 5,65%) se mantm essencialmente, sem mudanas durante o aquecimento e resfriamento e esperado um aumento na resistncia da liga.As propriedades mecnicas das ligas 2025 e 2219 so listadas na tabela 5.11. Pelo tratamento termomecnico apropriado, o limite de resistncia a trao da liga 2219 pode ser aumentada para 69 ksi. O aumento da precipitao na liga pode ser produzido por endurecimento por deformao depois do tratamento trmico e antes do envelhecimento artificial. O aumento da densidade de precipitado causado por endurecimento por deformao refletido no aumento de resistncia obtida no tratamento T8 da liga 2219.

TABELA 5.11 - Propriedades Mecnicas tpicas da liga alumnio-cobre tratada termicamente

Resistncia Resistncia ao

Elongao

Tenso de

Limite de

Liga Tratamento

trao,

Escoamento

% em 2

Dureza, Cisalhamento,

Fadiga,

psi

sob trao*

polegadas

Bhn**

psi

psi***

2011T355.00043.000159532.00018.000

T657.00039.000179734.00018.000

T859.00045.0001210035.00018.000

2025T658.000370.0001911035.00018.000

2219O25.00010.00020

T31, T35154.00036.0001710033.000

T3757.00046.0001111737.000

T6260.00042.0001011537.00015.000

T81, T85166.00051.0001013041.00015.000

T8769.00057.0001013041.00015.000

1 ksi = 6,89 Mpa*rendimento de deformao equivalente a 2%**500-Kg de carga, 10mm dimetro***Base de 500 milhes de ciclos usando mquina com eixo de rotao tipo R. R. Moore.

A presena de Mn, Zr, V e Ti na liga 2219 elevam a temperatura de recristalizao que atribuir maior resistncia a elevadas temperaturas. A figura 5.14 mostra o comportamento da tenso de ruptura da liga 2219 depois de 100 e 1000 horas em 200 e 315C. Uma modificao base de alta pureza da liga 2219, que a liga 2419 foi introduzido em 1972. A liga 2419, com mais baixos nveis de ferro (0,18 % no mximo) e silcio (0,15% no mximo.), tem maior tenacidade fratura para aplicaes estruturais de aeronaves.A liga trabalhada alumnio-cobre 2011 com 6.5% Cu, 0,04% Bi e 0,04% Pb tm sido a liga bsica de alumnio para tornos, desde que foi introduzida em 1934. Ela tem boas caractersticas de corte e produtos de boa qualidade, cavacos facilmente quebradios durante a usinagem. O chumbo e o bismuto, entretanto, diminuem a resistncia corroso na liga Al-Cu para algumas extenses.

5-7 LIGAS DE ALUMNIO COBRE MAGNSIO

Composies qumicas e aplicaes tpicas

FIGURA 5.14Comportamento da tenso de ruptura da liga trabalhada de alumnio a 400oF (204oC) e 600oF (315oC). (After W. A.Anderson in Precipitation from Solid Solution, American Society for Metals, 1959, p. 199)

As ligas de alumnio cobre magnsio endurecidas por precipitao foram as primeiras a serem descobertas. A primeira liga endurecida por precipitao foi uma modificao da liga 2017, a qual possui agora composio 4,0% Cu, 0,6% Mg e 0,7% Mn. A liga 2014 com 4,4% Cu, 0,5% Mg, 0,8% Mn e 0,8% Si, foi desenvolvida mais tarde para ser mais sensvel ao envelhecimento artificial que a liga 2017, e esta liga a mais empregada atualmente. A liga 2024, com 4,5% Cu, 1,5% Mg e 0,6% Mn, foi originalmente desenvolvida como uma liga envelhecida naturalmente, com alta resistncia, usada em estruturas de aeronaves substituindo a liga 2017. O aumento da resistncia foi obtido pelo acrscimo de Mg contendo de 0,5 a 1,5% desta liga. As tabela 5.12 lista as composies qumicas e aplicaes tpicas para as mais importantes ligas de Al-Cu-Mg.

TABELA 5-12 - Composio Qumica e aplicaes da liga de alumnio- cobre- magnsio

Liga%Cu%Mg%Mn%Si%Ni% outrosaplicaes

20144,40,50,80,8Carenagem de caminhes,

Estruturas aeronuticas

20174,00,60,70,5Produtos torneados, acessrios

20184,00,72,0Cabeas e pistes de cilindros de

mecanismos de aeronaves

20244,41,50,6Roda de caminho, produtos

torneados, estruturas aeronuticas

22184,01,52,0Anis de compressores, rotor de

motor a jato, Cabeas e pistes de

cilindros de mecanismos de

26182,31,60,18 Si - 1,0Ni- 1,1Fe - 0,07Ti

aeronavesMecanismos de aeronaves, temperaturas a 238C

EstruturaA adio de Mg para as ligas de Al-Cu acelera e intensifica o endurecimento por precipitao na liga de Al-Cu. Apesar de ter sido uma das primeiras ligas a ser descoberta, os detalhes dos processos de precipitao das ligas Al-Cu-Mg no so completamente entendidos. A seqncia de precipitao geral para essas ligas acredita-se ser:

Soluo slida supersaturada zonas GP S` (Al2CuMg) S (Al2CuMg)

(b)(a)

(C)FIGURA 5-15Micrografia eletrnica de transmisso da liga 2024. (50.000 X). (a) liga 2024-T6 foi solubilizada, temperada e envelhecida por 12 horas a 190C. A estrutura consiste de zonas GP e placas grosseiras de S. (b) a liga 2024-T81 foi solubilizada, temperada, deformada 1,5% e envelhecida durante 12 horas a 190C. A estrutura consiste de zonas GP e placas S na qual so menores e mais numerosas que em a. (c) a liga 2024-T86 foi solubilizada, resfriada, laminada a frio 6%, envelhecida por 12 horas a 190C. A estrutura consiste de zonas GP e pequenas placas de S. As placas so mais finas e numerosas que em b {After H. Y. Hunsicker in K. R. Van Horn (ed.), aluminium, vol.1, American Society for Metals, 1967, p.150}

Acredita-se que as zonas GP so formadas em estgios anteriores ao envelhecimento a baixas temperaturas, porm sua forma e tamanho no so firmemente estabelecidos. As zonas consistem de tomos de Cu e Mg coletados nos planos {110}Al . A acelerao do processo de envelhecimento natural nas ligas de Al-Cu, pela adio de Mg, pode ser feito em parte com um acrscimo na taxa de difuso feito possivelmente pela compensao dos maiores tomos de Mg em relao aos menores tomos de Cu. Os tomos de Mg tambm poderiam aliviar algumas tenses associadas com os tomos de Cu no Al (fig. 5.11). O efeito dos tomos de Mg, entretanto, podem ser acelerados nas zonas de crescimento.O mecanismo da precipitao de S` firmemente estabelecido, uma vez que, a fase metaestvel S` incoerente e pode ser facilmente detectada por microscopia eletrnica. Wilson e Partridge tem mostrado que S nucleado heterogeneamente nas discordncias e cresce como ripas nos planos {210}Al na direo . O precipitado S`, formado por tratamento trmico de solubilizao de uma chapa da liga 2024 a 493C resfriada em gua a temperatura ambiente, envelhecida durante 12 horas a 190C como mostra a figura 5.15a. Uma vez que a fase S` nucleada heterogeneamente nas discordncias, aumentando o nmero de discordncias pelo trabalho a frio, conseqentemente, aumentar a densidade das ripas S. Pela introduo de 1,5% de trabalho a frio, aps tratamento de solubilizao e antes do envelhecimento a 190C, a densidade de precipitados S neste caso foi acrescida (fig. 5.15b) . Com maior trabalho a frio (6%) entre tratamento de solubilizao e envelhecimento a 190C, o precipitado S` mais refinado e a densidade aumenta (fig. 5.15c) .

TABELA 5-13 - Propriedades mecnicas tpicas das ligas alumnio-cobre-magnsio trabalhadas tratveis termicamente

a tenso, psi

Tenso de

LigaTratamentoResistnciaescoamento, Elongao,Dureza,cisalhamento,Limite depsi%

Bhn

Tenso de

psi

fadiga, psi

2014O27,00014,000184518,00013,000T4, T45162,00042,0002010538,00020,000T6, T65170,00060,0001313542,00018,0002017O26,00010,000224518,00013,000T4, T45162,00040,0002210538,00018,0002024O27,00011,000204718,00013,000T370,00050,0001812041,00020,000T3672,00057,0001313042,00018,000T4, T35168,00047,0002012041,00020,000T669,00057,0001012541,00018,000T81, T85170,00065,000612843,00018,000T8675,00071,000613545,00018,0002117T443,00024,000277028,00014,000

Propriedades mecnicasAs propriedades mecnicas das ligas Al-Cu-Mg trabalhadas mais comuns so listadas na tabela 5.13. A tenso de resistncia da liga 2014 varia de 27 ksi, na condio recozida, 70 ksi no

tratamento T6. A liga 2024 pode ser endurecida por envelhecimento para 75 ksi se um endurecimento por deformao for introduzido entre o tratamento de solubilizao e o envelhecimento.As propriedades das ligas Al-Cu-Mg trabalhadas e tratadas termicamente so grandemente afetadas pela temperatura de solubilizao, como ilustrado pelas propriedades de resistncia de endurecimento por precipitao da liga 2014 no tratamento T4 e T6, conforme figura 5.16. Se a temperatura de solubilizao baixa, as fases de endurecimento no so completamente dissolvidas antes do resfriamento e, entretanto, mais baixas tenses de resistncia sero obtidas, uma vez que a densidade de precipitados ser mais baixa. Se a temperatura de solubilizao muito alta, a fuso de algumas das fases com baixas temperaturas de fuso ir ocorrer, resultando no decrscimo de resistncia e ductilidade. Para as ligas Al-Cu-Mg, o tratamento trmico normalmente praticado a nvel comercial solubilizao a uma temperatura 5C mais baixo que o menor ponto de fuso euttico.

FIGURA 5.16Efeitos da temperatura de solubilizao das propriedades de resistncia sob tenso de uma chapa das ligas 2014-T4 e 2014-T6. (After W. A. Anderson in Precipitation from Solid Solution, American Society for Metals, 1959, p. 166.)

FIGURA 5-17Caractersticas de envelhecimento de uma chapa de alumnio de liga 2014. Dados do eixo horizontal: Tempo de envelhecimento em horas. Todos tm a mesma escala. {After H. Y. Hunsicker in K. R. Van Horn (ed.), aluminium, vol.1, American Society for Metals, 1967, p.147}

2024 no trabalhada a frio

Resistncia Trao 1000 psiaps tmpera2024-T3 1 a 2% encruada

2024-T36 5 a 6%

Resistncia ao escoamento 1000 psiencruada

Alongamento% em 2 pol.Tempo de envelhecimento, hFIGURA 5-18Caractersticas de envelhecimento a temperaturas elevadas de uma chapa de liga 2024. {After H. Y. Hunsicker in K. R. Van Horn (ed.), aluminium, vol.1, American Society for Metals, 1967, p.149}

O efeito do envelhecimento na temperatura 120 a 205C, nas propriedades de resistncia sob tenso da liga 2014 solubilizada e resfriada, so mostradas na figura 5.17. Percebe-se que para cada temperatura o endurecimento por precipitao muito rpido, e a temperaturas acima de 120C ocorrer rapidamente um superenvelhecimento. O timo desempenho para envelhecimento industrial da liga 2014 alcanado entre 8 e 12 horas a 170C.A taxa e quantidade de endurecimento por precipitao pode ser significantemente acrescido em algumas ligas pelo trabalho a frio aps resfriado, ao passo que, em algumas outras ligas pouco ou nenhum endurecimento notado. A liga 2024 particularmente sensvel ao trabalho a frio entre o resfriamento e o envelhecimento, como mostrado pelo acrscimo da densidade de precipitao da fase S`, conforme figura 5.15. O efeito do trabalho a frio entre resfriamento e envelhecimento das propriedades de resistncia sob tenso da liga 2024 mostrado na figura 5.18. A liga 2024-T6 tem tenso de escoamento de 57 ksi, mas com 6% de trabalho a frio introduzido entre resfriamento e envelhecimento a tenso de escoamento ser elevada a 71 ksi.

5-8 LIGAS DE ALUMNIO MAGNSIO E SILCIO

Composies qumicas e aplicaes tpicas

A combinao de Mg (0,6 a 1,2%) e Si (0,4 a 1,3%) no Al forma as bases para as sries 6xxx das ligas trabalhadas e endurecidas por precipitao de Al-Mg-Si. Na maioria dos casos o Mg e Si esto presentes nas ligas em quantidades combinadas para formar fases metaestveis de compostos intermetlicos de Mg2Si, mas o excesso de Si maior que o requerido para Mg2Si pode tambm ser usado. Mn ou Cr so adicionados na maioria das ligas da srie 6xxx para aumentar a resistncia e o controle do tamanho de gro. Cobre tambm aumenta a resistncia dessas ligas, mas se presente em quantidades acima de 0,5% reduz sua resistncia a corroso. A tabela 5.14 lista a composio qumica e aplicaes de algumas das mais importantes ligas Al-Mg-Si trabalhadas.

TABELA 5.14 - Composio qumica e aplicaes das ligas alumnio-magnsio-silcio

Liga%Mg%Si%Mn%Cr%Cu% outrosAplicaes

60031,20,7Recobrimento de lminas e chapas

60050,50,8Estruturas martimas

60090,60,80,50,38Corpos de lminas metlicas

60100,81,00,50,38Corpos de lminas metlicas

60531,30,70,25Arames para rebites

60611,00,60,20,27Estruturas de dutos onde a

resistncia a corroso necessria

60630,70,4Canos, mveis

60661,11,30,80,9Forjamento e extruso para

estruturas soldadas

60700,81,40,70,3Estruturas soldadas de dutos,

tubulaes

61010,60,5Condutores de alta resistncia

61510,60,90,25Moderada resistncia de forjamentos

para mquinas automotivas

61620,90,6Estruturas que necessitam moderada

resistncia

62010,80,7Condutores eltricos de alta tenso

62531,20,70,252,0 ZnComponentes de arames e barras

revestidas

62621,00,60,090,270,55 Pb; 0,55Produtos torneados (melhor

Biresistncia a corroso que 2021)

64630,70,4Baixo FeArquiteturas e extruses

(0,15mx.)

A primeira liga de Al com constituintes de Mg2Si balanceados, foi a 6053, a qual foi desenvolvida na dcada de 30 e contm 2% Mg2Si e 0,25% Cr. Esta liga foi seguida pela 6061 a qual tambm uma liga com contedo balanceado de 1,5% Mg2Si e 0,25% de Cr, e 0,27% de Cu. A liga 6061 uma liga estrutural com resistncia intermediria. Usada em grande parte hoje, uma das mais importantes ligas de alumnio. As ligas de Al-Mg-Si de alta resistncia tal como a 6066 e a 6070 com mais alto contedo de Si foram introduzidas em 1960.Para facilitar a extrudabilidade de vrios formatos, a liga 6066 com mais baixa resistncia, foi desenvolvida, a qual contm em torno de 1% de Mg2Si. Esta liga pode ser resfriada durante ou depois da operao de extruso, evitando assim, a expanso do tratamento de solubilizao. As variaes da liga 6063 tal como 6463 tem sido desenvolvidas para melhores caractersticas de acabamento. Na liga 6463 o nvel de Fe mantido to baixo que o brilho do Al ser melhorado aps a anodizao.

EstruturaO sistema de endurecimento por precipitao na liga de Al-Mg-Si possvel pelo decrscimo na solubilidade slida dos compostos intermetlicos Mg2Si conforme a temperatura diminui. A figura 5.19 mostra uma seo vertical binria do sistema ternrio Al-Mg-Si na composio Mg2Si. Como visto na figura 5.19, uma liga ternria pseudobinria euttica formada entre a soluo slida de Al e Mg2Si. A solubilidade de Mg2Si no Al decresce de 1,85% a temperatura euttica para, aproximadamente, 0,1% a temperatura ambiente. As ligas que contm aproximadamente 0,6% ou mais de Mg2Si mostram um acentuado endurecimento por precipitao.

39

FIGURA 5.19Seo binria, diagrama de fase Al-Mg2Si. {After Physical Metallurgy of Aluminium Alloys, Amerivan Society for Metals, 1949, p. 78.}

FIGURA 5.20A liga de Al-1,3%Mg2Si solubilizada a 565C, resfriada e envelhecida por 24 horas a 160C para produzir uma condio de endurecimento por precipitao; a estrutura consiste de zonas GP e precipitados . {After W. F. Smith, Metall. Trans. 4 (1973):2435.}

Se uma liga de Al-Mg-Si contendo 1,3% em peso de Mg2Si solubilizada a 565C, resfriada em gua, envelhecido a 160C, formam as zona GP que possuem formato acicular que so orientadas nas direes da matriz. Quando o mximo de resistncia alcanado durante o envelhecimento a 160C por 24 horas, uma alta densidade de precipitado formado, com algumas agulhas curtas sendo observadas. (figura 5.20). Reaquecendo a liga endurecida ao mximo de Al-Mg-Si por 15 min a 275C, observado um crescimento das agulhas , como observado na figura 5.21.

FIGURA 5.21A liga de Al-1,3% Mg2Si endurecida por precipitao pelo envelhecimento a 24 horas a 160C. Reaquecida 15 minutos a 275C; estrutura mostra agulhas grosseiras dos precipitados . {After W. F. Smith, Metall.Trans. 4 (1973):2435.}

A seqncia geral de precipitao no sistema Al-Mg-Si representada por:

Soluo slida supersaturada zona GP (agulhas?) (Mg2Si) (Mg2Si)

Uma vez que uma coerncia na deformao no observada nas zonas GP ou nos estgios de precipitao da transio , tm sido constatado que o acrscimo na resistncia da liga Al-Mg-Si atribuda ao aumento da energia requerida para as discordncias quebrarem as ligaes Si-Mg quando elas passam atravs dos precipitados.

TABELA 5.15 - Propriedades mecnicas tpicas das ligas alumnio-magnsio-silcio trabalhadas tratveis termicamente

LigaTratamentoResistncia

psipolegadaspsi6063O16,0008,000352611,0008,000T637,00032,000138023,00013,000O18,0008,000253012,0009,000T4, T45135,00021,000226524,00013,0006061T6, T65145,00040,000129530,00014,000T8155,00052,0001532,000T9159,00057,0001233,00014,000T91367,00066,0001035,000O22,00012,000184314,0006066T4, T45152,00030,000189029,000T6, T65157,00052,0001212034,00016,0006070O21,00010,000203514,0009,000T657,00052,0001212034,00014,000T632,00028,000157120,000T648,00043,0001710032,00012,000T8148,000615,000 trao, psi

Tenso de escoamento,

Elongao,% em 2

Dureza, Bhn

Tenso de cisalhamento,

Limite de fadiga, psi

T958,00055,0001012035,00013,000

T4, T45142,00027,000206022,00013,000

T6, T65149,00043,000139529,00013,000

O16,0006,000302811,000

T639,00033,000138226,000

Propriedades Mecnicas

As propriedades mecnicas das selecionadas ligas Al-Mg-Si tratadas termicamente esto listadas na tabela 5.15. As ligas Al-Mg-Si so somente de resistncia intermediria (45 a 57 ksi no tratamento T6) uma vez que somente pequenas quantidades de Mg2Si (1 a 2% em peso) podem estar inclusas na liga por endurecimento por precipitao. As ligas de mais alta resistncia dessa classe so a 6066 e a 6070, no qual tem um excesso de Si prximo do necessrio para formar de 1 a 2% de Mg2Si. A liga 6061 tem uma resistncia sob tenso de 45 ksi no tratamento T6 e contm 1,6% de Mg2Si. Pela reduo da quantidade de Mg2Si para 1,1%, a resistncia da liga 6063 reduzida para 35 ksi no tratamento T6. A resistncia mais baixa da liga 6063 necessria para uma fcil extrudabilidade.As ligas de Al-Mg-Si so usualmente solubilizadas em torno de 520C. Uma vez que esta temperatura est bem abaixo da temperatura euttica de fuso destas ligas, existe uma pequena chance de fuso pelo leve superaquecimento. A liga 6061 pode ser solubilizada a temperaturas mais altas que 520C com algum acrscimo na resistncia sendo obtido, uma vez que, nem todo o Mg2Si presente solvel nesta temperatura. Como no caso das ligas Al-Cu-Mg, um resfriamento rpido requerido para obter resistncia mxima. As caractersticas no envelhecimento artificial da liga 6061 so mostradas na figura 5.22. Deve ser notado que as mais altas resistncias so obtidas nas temperaturas mais baixas por longos perodos (135C por 500 horas). Industrialmente com propsitos econmicos esta liga envelhecida de 16 a 20 horas a 160C.As mais altas resistncias das ligas de Al-Mg-Si so obtidas quando o envelhecimento artificial iniciado imediatamente aps resfriamento. Perdas de 3 a 4 ksi na resistncia ocorre se estas ligas so envelhecidas a temperatura ambiente de 1 a 7 dias. Contudo existe alguma recuperao da resistncia com um ms ou mais de envelhecimento a temperatura ambiente, a resistncia mxima nunca alcana aquela obtida pelo envelhecimento imediatamente aps resfriamento.

( a)

FIGURA 5.22(b)Caractersticas de envelhecimento de uma chapa de alumnio da liga 6061 {After H. Y. Hunsicker inK. R. Van Horn (ed.), aluminium, vol.1, American Society for Metals, 1967, p.147}(c)

Resistncia corroso

As ligas de Al-Mg-Si tm excelente resistncia a corroso em toda a atmosfera natural e na maioria das artificiais. A resistncia corroso dessas ligas melhor nos materiais o qual so rapidamente resfriados e artificialmente envelhecidos para o resfriamento desejado.

5.9 LIGA ALUMNIO-ZINCO-MAGNSIO E ALUMNIO-ZINCO-MAGNSIO-COBRE

Composies qumicas e aplicaes tpicasCombinaes de 4 a 8% de Zn e 1 a 3% de Mg no alumnio so usados para produzir a srie 7xxx das ligas alumnio-cobre trabalhadas tratveis termicamente. Algumas dessas ligas desenvolvem propriedades de mais alta resistncia que qualquer liga base de alumnio comercial.Zinco e magnsio tm alta solubilidade no alumnio e desenvolve, no usualmente, caractersticas de precipitao de dureza. Adio de cobre de 1 a 2% aumenta as propriedades de resistncia da liga Al-Zn-Mg dando alta resistncia a liga de alumnio para aeronaves.Depois de extensivas pesquisas, ligas 7075 foram introduzidas em 1943. O sucesso do desenvolvimento do membro proeminente da srie 7xxx era possivelmente feita atravs do

benefcio do efeito do cromo, ele acrescentou grande melhora na resistncia a corroso sob tenso da lmina feita dessa liga. Liga 7075 contm 5,6% Zn, 2,5% Mg, 1,6% Cu e 0,30% Cr. A modificao da mais alta resistncia da 7075, foi desenvolvida a liga 7178 em 1951 e contm mais altos nveis de Zn, Mg e Cu. A mais alta resistncia da liga na produo comercial, 7001, era introduzida em 1960 e contm 7,4% Zn, 3,0% Mg e 2,1% Cu.Ligas Alumnio-zinco-magnsio, sem cobre (menos que 0,1%), tm sido desenvolvidas com resistncia intermediria e so soldveis. Ligas como 7004 e 7005 so usados em estruturas de caminhes, carro reboque, pontes portteis e carros ferrovirios. A tabela 5.16 lista as composies qumicas e aplicaes tpicas das ligas Al-Zn-Mg e Al-Zn-Mg-Cu.

TABELA 5.16 - Composio qumica e aplicaes das ligas alumnio-zinco-magnsio e alumnio-zinco-magnsio-cobre

Ligas alumnio-zinco-magnsioLiga% Zn% Mg%Cr%Mn%ZrAplicaes70044,21,50,450,15Estrutura de caminhes e de carro70054,51,40,130,400,14reboque; carros ferrovirios;produtos extrudados.Ligas alumnio-zinco-magnsio-cobreLiga% Zn% Mg% Cu% CrAplicaes70017,43,02,10,30Estruturas de msseis70497,72,51,60,15Estruturas de aeronaves e outras, adaptaeshidrulicas70755,62,51,60,30Estruturas de aeronaves e outras, adaptaeshidrulicas7475Limites de mais baixa impureza queEstruturas de aeronaves e outros (boa71786,82,72,00,30Estruturas de aeronaves e outrasEstrutura7075resistncia a fratura)

LIGAS Al-Zn-Mg. Ligas Al-Zn-Mg trabalhadas so reforadas por reaes de precipitao durante o envelhecimento depois do tratamento trmico e resfriamento. A seqncia de precipitao no envelhecimento da soluo slida supersaturada geralmente reconhecido por ser:

Soluo slida supersaturada zona GP (MgZn2) (MgZn2)

As zonas GP so incoerentes com a matriz e tm forma esfrica. A energia interfacial da zona GP no sistema Al-Zn-Mg to baixa que uma alta densidade de pequenas zonas (~30 ) pode ser produzido a baixas temperaturas (e.g., 20 a 120oC). A fase intermediria metaestvel semicoerente tem sido descrita como clula unitria monocclica, enquanto que a fase deequilbrio incoerente, MgZn2, , hexagonal.

A mais alta resistncia obtida da liga Al - 5% Zn - 2% Mg encontrada por estar associada com alta densidade de pequenas zonas GP, como produzida por envelhecimento duplex primeiro por 5 dias a 20oC e ento por 48 h a mais alta temperatura de 120oC. A estrutura da matriz formada por este tratamento consiste na mais alta densidade de pequenas zonas GP e no mostra evidncias de precipitados da fase semicoerente intermediria (Fig. 5.23a). O primeiro estgio doenvelhecimento duplex cria uma alta densidade das pequenas zonas GP estveis com pequena distribuio de tamanho. O envelhecimento a altas temperaturas do segundo estgio dissolve algumas das pequenas zonas, mas muitos outros crescem largamente da mais extensa a menor zona (Ostwald ripening). Neste caminho, a mais alta densidade da pequena zona GP formada a altas temperaturas.Por envelhecimento duplex a liga Al 5% Zn 2% Mg a altas temperaturas (16h a 80oCmais 24 h a 150oC), uma estrutura de precipitados grosseiros produzida, como pode ser vista no tamanho do precipitado no contorno de gro na Fig. 5.23b. nico estgio de envelhecimento desta liga por 24h a 150oC produz uma fina disperso dos precipitados intermedirios com largas zonas livre de precipitados (Fig.23c). A liga nesta condio tem uma baixa resistncia de 40 ksi quando comparado a 51 ksi de 20oC mais 120oC do material envelhecido por envelhecimento duplex. O aumento da resistncia dessas ligas com maior densidade das zonas GP atribudo ao acrscimo da resistncia ao movimento das discordncias aumentado pela alta fora de ligaes atmicas existentes nestas zonas. O movimento das discordncias mais fcil atravs dosespaamentos entre os precipitados semicoerentes intermedirios, .

LIGAS Al-Zn-Mg-Cu. A adio acima de 2% de Cu para as ligas Al-Zn-Mg no parecem mudar seus mecanismos de precipitao. Durante a formao da zona, o cobre nas ligas Al-Zn-Mg-Cu aparecem uniformemente distribudos. Cobre na zona GP, entretanto, aumenta sua estabilidade, assim como fazendo com que estas zonas existam a altas temperaturas quando comparadas a liga Al-Zn-Mg. O cobre refora a liga Al-Zn-Mg primariamente por soluo slida, mas tambm fazendo algumas contribuies no reforo por precipitao.Microestruturas das ligas 7075 (uma das mais importantes da srie 7xxx) completamente endurecidas e em condies de superenvelhecimento so mostrados na Fig. 5.24. Nas condies de completo endurecimento por envelhecimento (T651), as zonas GP so menores ou iguais a 75 com alguns (~150 ) tambm presentes (Fig. 5-24 a). As partculas mais escuras soprecipitados ricos em cromo que so encontrados em muitas ligas Al-Zn-Mg-Cu. Depois do superenvelhecimento do material T651 a 170oC por 9 h para produzir o T7351, a microestrutura consiste em (100 a 300 ) e (400 a 800 ) (Fig. 5-24b).Como no caso da liga Al-Zn-Mg, superenvelhecimento e precipitados grosseiros resultam em mais baixa resistncia. Por exemplo, o material 7075-T651 tem tenso de resistncia

resultando a 76,7 ksi e escoamento (0,2%) de 66,4 ksi, enquanto o 7075-T7351 possuiprecipitados + resulta em tenso de 63,7 ksi e uma resistncia ao escoamento 54,3 ksi.

Propriedades Mecnicas

FIGURA 5.23Microestruturas das ligas Al 5% Zn 2% Mg envelhecidas por diferentes tratamentos trmicos para produzir diferentes estruturas de precipitados.(a) Liga envelhecida por 5 dias a 20oC ksi mais 48 ha 120oC (UTS = 51 ksi). Estrutura consiste em apenas zonas GP. (b) Liga envelhecida por 16 h a 80oC mais 24 h a 150oC (UTS = 49 ksi). Estrutura consiste em zonas GP e possivelmente algumas .(c) Liga envelhecida por 24 h a 150oC (UTS = 40ksi). Estrutura consiste em . (micrografias de transmisso por eltron). [After W. F. Smith and N.J. Grant, Metall. Trans. L (1970):979.]

As propriedades mecnicas das ligas Al-Zn-Mg e Al-Zn-Mg-Cu trabalhadas tratadas termicamente so listadas na tabela 5.17. A maior resistncia a temperatura ambiente de todas as ligas de alumnio so desenvolvidas nas ligas Al-Zn-Cu-Mg.Liga 7001, com 7,4% Zn, 3,0% Mg e 2,1% Cu, resulta em uma resistncia sob tenso de 98 ksi com uma elongao de 9% quando tratado termicamente para o T651. Esta uma liga da

srie 7xxx de alta resistncia. Liga 7075, como uma das mais comumente usadas na srie 7xxx, tem mais baixos nveis de zinco, magnsio e cobre (5,6% Zn, 2,5% Mg e 1,6% Cu) e tem tenso de resistncia mxima de 83 ksi com 11% de elongao quando tratado termicamente para o T651. Essas altas resistncias so atribudas a altas densidades da zona GP e precipitados que podem ser desenvolvidos nestas ligas por tratamentos de envelhecimento duplex.As caractersticas de envelhecimento artificial das lminas de 7075 so mostradas na Fig.5.25. Para a reduo do tempo de forno do envelhecimento artificial, tem sido desenvolvido tratamento de envelhecimento duplex por tempo mais curto. Em um envelhecimento prtico, lmina 7075 envelhecida por 4 h a 100oC mais 8 h a 157oC, enquanto outros so usados em 3 horas a120oC mais 3 horas a 175oC. Nesse tratamento de envelhecimento, uma alta densidade daspequenas zonas GP so nucleadas e crescem tanto que em uma alta temperatura de envelhecimento, a densidade aumenta ao ponto de ficar retida.Em contraste com a liga Al-Cu-Mg, trabalhadas a frio, as ligas Al-Zn-Mg e Al-Zn-Mg-Cu entre resfriamento e envelhecimento no tem significativo endurecimento. A liga da srie 7xxx no responde favoravelmente a tratamentos de trabalho a frio e envelhecimento desde que elas sejam endurecidas quase exclusivamente por formao de zonas e precipitados que nucleiam das zonas. Assim, introduzindo grande quantidade de novas discordncias por trabalho a frio depois de tratamento trmico de solubilizao e resfriamento, no so grandemente aceleradas na precipitao da fase metaestvel intermediria como o caso das ligas Al-Cu-Mg.

FIGURA 5.24Microestruturas da liga 7075 em (a) a T651 completamente endurecida e (b) a T7351 em condies de superenvelhecimento. (a) 7075 T651 em comdies de completo envelhecimento a estrutura mostrada (menor 75 )e (~15 ) na matriz e 700 zona livre de precipitado no contornode gro; partculas maiores so precipitados ricos em cromo. (b) 7075 T651 envelhecidas a 175oC por 9 h para superenvelhecimento da tmpera T7351, com (100 a 300 ) e (400 a 800 ) na matrix e 900 zona livre de precipitado no contorno de gro. (Micrografia por transmisso de eltrons). [ After P.N. Adler et al., Metall Trans. 3(1972): 319.]

(b)

TABELA 5.17 - Propriedades mecnicas tpicas das ligas alumnio-zinco-magnsio e alumnio-zinco-magnsio-cobre trabalhadas tratveis termicamente.

trao, psi

Tenso de

LigaTratamentoResistncia escoamento*,Elongao,Dureza **,cisalhamentlo,fadiga***,psi

% em 2 pol

Bhn

Tenso de

psi

Limite de

psi

7001O37,00022,0001460T698,00091,0009160..22,000T65198,00091,0009160...22,000T7584,00072,000127005O28,00012,00020W50,00030,00020T651,00042,00013...31,00022,0007075O33,00015,000176022,00017,000T65183,00073,0001115048,00023,000T 7373,00063,000137178O33,00015,000156022,000T688,00078,0001016052,00022,000T65188,00078,0001016052,00022,000

1 ksi = 6,89 Mpa* tenso de escoamento, 0,2%** carga 500 Kg, dimetro10 mm*** baseado em 500 milhes de ciclos usando mquina de rotao R.R. Moore

5.10 LIGAS FUNDIDAS DE ALUMNIO

FIGURA 5-25Envelhecimento de lmina fina da liga de alumnio a 120 a 150oC. [After J. A. Nock, Jr. In K. R Van Horn (ed.), Aluminiun, vol 1, American Society for Metals, 1967, p. 153.]

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As ligas fundidas de alumnio tem sido desenvolvidas visando a qualidade de fundio, fluidez e molhabilidade, assim como, as propriedades de resistncia mecnica, corroso e ductilidade. Assim, devido a diferena das caractersticas requeridas, as ligas de alumnio para fundio vo ter composies qumicas diferentes das ligas trabalhadas.Na tabela 5.18 so listadas as composies qumicas, bem como suas aplicaes. Conforme pode ser observado na tabela, os trs processamentos a partir dos quais so obtidas as peas fundidas so: fundio em areia, em molde permanente (coquilha) e sob-presso (injeo). As ligas so classificadas de acordo com o sistema numrico da Aluminion Association, sendo os elementos principais da liga fundida, o que determinam o primeiro algarismo (tabela 5.2).

TABELA 5.18 - Composio qumica e aplicao de ligas de alumnio para fundio

Fundio em Areia ou Coquilha

Ligas Al-Cu para Fundio

Liga%Cu%Si%Mg%outro

2084,03,0Componentes de uso geral produzidos por fundio em areia,

tubos e vlvulas de distribuio

2137,02,0Agitadores em mquinas de lavar, cilindros automotivos,

pequenas engrenagens

22210,00,25Pistes, cilindros de refrigeradores de ar

2424,02 NiCilindros de refrigeradores de ar, engrenagens de alta

resistncia

2954,51,1Componentes fundidos com alta resistncia mecnica e ao

impacto

B2954,52,5Componentes para indstria aeronutica

Ligas Al-Si-Cu para Fundio

%Si%Cu %Mg

3085,54,5Componentes de uso geral produzidos por fundio em

3196,33,50,25coquilhaComponentes de uso geral produzidos por fundio em

3339,03,50,5coquilha, engrenagens e cilindros automotivosComponentes de uso geral produzidos por fundio em

3549,01,8coquilha, engrenagens e construo civilComponentes para indstria aeronutica e fundidos com alta

resistncia mecnica

Ligas Al-Si-Mg para Fundio

%Si%Cu%Mg%outro

F332

3359,5

5,03,0

1,21,0

0,5Pistes automotivos, componentes com resistncia mecnica a altas temperaturasComponentes utilizados em altas presses, quando exigida

C355

5,0

1,2

0,5

Fe