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AnoI Edição Nº04 ALIMENTOS - BEBIDAS www.alimentosebebidas.com.br C G Editora Casa Grande Editora Casa Grande Ltda Revista do setor fabricantes de alimentos, bebidas. Alimentos Bebidas & A REVISTA DO SETOR DE ALIMENTOS E BEBIDAS REVISTA Revista técnica - informações sobre Equipamentos, Ingredientes, Insumos e Tecnologias para o processo de fabricação alimentos e bebidas. Pesquisa observa influência da tosta em barris de carvalho na qualidade da cachaça REVISTA TÉCNICA Matérias-Primas para fabricação de cerveja Quick Response Code em bisnagas plásticas Bombas de diafragmas nas indústrias de alimentos Tecnologia para o revestimento de aromas em produtos alimentícios Luz UV para preservação de sucos e xaropes Cuidados no transporte de alimentos Cobertura da Fispal Tecnologia MATÉRIA DE CAPA

Alimentos & Bebidas

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Revista técnicas do setor de alimentos e bebidas.

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AnoIEdição Nº04

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AlimentosBebidas&

A REVISTA DO SETOR DE ALIMENTOS E BEBIDAS

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Revista técnica - informações sobre Equipamentos, Ingredientes, Insumos e Tecnologias para o processo de fabricação alimentos e bebidas.

Pesquisa observainfluência da tosta em barris de carvalho na qualidade da cachaça

REVISTA TÉCNICA

Matérias-Primas para fabricação de cervejaQuick Response Code em bisnagas plásticasBombas de diafragmas nas indústrias de alimentosTecnologia para o revestimento de aromas em produtos alimentíciosLuz UV para preservação de sucos e xaropesCuidados no transporte de alimentosCobertura da Fispal Tecnologia

MATÉRIA DE CAPA

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IndiceMATÉRIAS EM DESTAQUE

Pesquisa observa influência da tosta em barrisde carvalho na qualidade da cachaca.

Barris de carvalho 36

Como é possível com somente 4 ingredientesfazer tamanha diversidade de cervejas com cores, sabores e aromas tão distintos.

Matérias-primas da cerveja 12

Analisador de sorção de vapor que combina ambos os métodos de isotermas com um custo de 50 a 80% inferior aos do mercado.

Gerador de Isotermas 10

A técnica funciona através da aplicação de uma carga estática ao pó, óleo ou suspensão, que irá ser pulverizado sobre o produto base.

Tecnologia Eletrostática 30

ARTIGOS TÉCNICOS

Para que as pequenas indústrias possamconcorrer com os gigantes do mercado.

Evoluindo no setor 28

Seu projeto possibilita a construção em diversos materiais de corpo e internos, tornando-as aptas a bombear os mais diversos fluidos.

Bombas de diafragma 24

Quick Response Code em bisnagas plásticas.O código QR tem alta capacidade dearmazenamento e codificação.

Tecnologia QRC 26

A tecnologia ultravioleta vem ganhando espaço no segmento de combate a microrganismosdevido às suas muitas vantagens em relaçãoa outros dispositivos.

Luz UV 34

NOTAS

NOVIDADES

Cervejaria amazônica apresenta ao mercado cervejeiro sua mais nova combinação de puro malte com fruta tipicamente brasileira.

Amazon Beer 48

A empresa Lanca: Bejame, Balalaika Apple e Balalaika Ice frutas vermelhas.

Bebidas Pirassununga 48

A Catupiry não para de inovar: seu mais novo lançamento, Catupiry® no sabor Tomate Seco, exclusivo para o mercado de Food service.

Lançamento Catupiri 50

É a palavra de ordem da Prática para o food service.

Inovação 33

FEIRAS E EVENTOS

Presença qualificada de mais de 60 mil visitantes de todo País e do exterior abriram oportunidades de negócios para as duas mil marcas.

Fispal Tecnologia 52

Com os corredores lotados durante os 3 dias de evento, a FiSA 2012 levou 11.255 profissionais da indústria alimentícia de todo o mundo.

Fi - Food Ingredients 56Novo Café Pelé Cappuccino Creme Caramelo Pote 200g.

Café Pelé 50Agora é exclusividade da Netzsch, também no Brasil.

ChocoEasy® 46

Túlio Rodrigues, cedeu uma entrevista para a re-vista Alimentos & Bebidas,respondendo algumas perguntas dessa bebida tão repleta de sabores.

Entrevista Túlio Rodrigues 06

Tate & Lyle lança adoçante à base Tasteva entre-gando uma solução chave em termos de sabor para a redução dos elevados níveis de açúcar.

Novo adoçante 47

Diretor Presidente: Eric Mitsuo ToguchiDiretora Com. e Mkt: Elizabeth Cabral

Contato comercial:[email protected] / 2669-8564

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Parceiros Feiras e Eventos:

Publicação: TrimestralDistribuição: Indústrias e Fabricantes de:Alimentos, Bebidas.

Alimentos & Bebidas é uma revista técnica de circulação nacional, direcionada às Indústria e fabricantes de Alimentos e Bebidas, trazinformações e tecnologias importantes para o desenvolvimentos tecnológico das empresas do setor.

Para anunciar: (11) 2669-8563 / 6584-6043Email: [email protected]

*As matérias, artigos assinadas por colaboradores, são de responsabilidade única de seus autores e podem não expressar necessariamente a opinião da revista. As opiniões expressas no veículos da Editora Casa Grande são de responsabilidade exclusiva de seus autores

GCEDITORA

Casa Grande

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Fispal TecnologiaFispal NordesteVinotechEnvase Brasil

Fi - Food IngredientsVitafoodsExpo Bebidas

NOTAS

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Túlio Rodrigues, cedeu uma entrevista para a revistaAlimentos & Bebidas,respondendo algumasperguntas dessa bebida tão repleta de sabores ehistórias.

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Beer AcademySommelier de Cervejas da

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1) O mercado das cervejas tem crescido muito nos últimos anos. O motivo seria que o brasileiro esta aprendendo a apre-ciar mais a cerveja? Está vendo a cerveja com outros olhos?

É fato que consumidor de cervejas brasileiro vem mudando, na últi-ma década, com a migração de classes sociais e aumento de poder aquisitivo, o brasileiro vem tendo oportunidade de degustar e con-sumir o líquido mais apreciado no Brasil, a cerveja. Essa evolução não se deve apenas a fatores econômicos, mas também a fatores sociais, a preferência pela cerveja vem de encontro com seu estilo de vida descontraído e descompromissado. A alegria que tanto foca a publicidade desse produto é inata do Brasileiro.

2) As cervejas Premium tiveram um aumento muito significati-vo no mercado. Isso reforça ainda mais a apreciação dobrasileiro pela bebida?

Seguramente o incremento em vendas das cervejas premium dos últimos anos deve-se aos fatores sócio econômico culturais ao es-tilo de vida diferente dos consumidores de cervejas mainstream, ou seja, dos outros 95% da população que bebem as estupidamente geladas, american ligth lagers ou popularmente conhecidas como pilsen.A diferenciação no estilo de vida dos heavy users começa com a média etária um pouco mais elevada, a partir dos 25 anos, conse-cutivamente com maior poder aquisitivo, maior grau de instrução e de cultura geral, com cargos mais elevados em empresas, com mais experiências gastronômicas em sua bagagem o que fazem com que o consumidor de cervejas especiais tenha mais aptidão para buscar temas menos genérico e sim os que se adequem ao seu estilo de vida. A vasta gama de rótulos que invadiram o Brasil nos últimos anos, in-clusive os temáticos, criam nichos de consumidores dentro do novo e crescente seguimento das cervejas especiais.

3) Hoje com a internet, as informações sobre fabricação de cervejas, matérias-primas, equipamentos, ficaram muito mais fáceis de serem pesquisadas. Isso colaborou também para o crescimento de tantas cervejas artesanais que se encontra hoje no país?

A popularização e difusão da internet e das redes sociais são pon-tos muito importantes para incentivar novos cervejeiros caseiros, a informação está cada vez mais acessível e a multiplicação de comunidades virtuais que discutem o assunto ajudam a aumentar a curiosidade. Mas para se fazer cervejas, não basta colher informa-ções na internet e sim fazer cursos presenciais de aprofundamen-to de conhecimento tanto técnico quanto prático. Existem muitos cursos para introdução para os cervejeiros caseiros e também os cursos de Sommelier de Cervejas, como os que a Beer Academy Brasil® Coordena na ABS-SP.

4) No Brasil, a qualidade das matérias-primas que são comer-cializadas, é similares as do exterior?

A maior parte das matérias primas para se fazer cervejas no Brasil vem do exterior. Todo o lúpulo utilizado, por exemplo, vem de fora do Brasil como o malte, a cevada e a levedura, vamos falar um pouco mais sobre eles:O malte é o resultado da transformação do grão da cevada através do processo chamado de maltagem. Aqui os grãos são humedeci-dos iniciando a sua germinação, sendo interrompida na sequência para que ocorra a quebra parcial do amido e proteínas, fundamental na formação de sabor e aroma do malte. Torrefação, cor e sabor: A torrefação é a parte final da transforma-ção do malte, que o define com umas das matérias primas da cer-veja. Neste processo cor, aroma e sabor são determinados pelo seu grau de torrefação.Quanto mais torrado o malte, mais escura será a cerveja que produ-

zirá também aromas e sabor que remetem a chocolate, caramelo, café, tostado e torrado. Também como resultado, as suas cores va-riam entre dourado, âmbar, vermelho, marrom e tons mais escuros.

Levedura é um fungo unicelular responsável pela fermentação alcoólica de soluções açucaradas. O gênero mais importante é o Saccharomyces, do qual se destaca a espécie Saccharomyces ce-revisiae, vulgarmente apelidada de levedura de cerveja. Estes or-ganismos desde há muito são utilizados para fermentar o açúcar de cereais como o trigo, a cevada e o malte entre outros. Seu nome vem do latim levare e significa crescer ou fazer crescer.

A levedura de cerveja é um suplemento rico em vitaminas do com-plexo B. É também uma excelente fonte de proteínas, de vitaminas, de minerais, de aminoácidos essenciais e de ferro orgânico.

Lúpulo é uma planta da família Liana ou mais conhecida como tre-padeira que pode ser herbácea ou lenhosa e chegam a atingir até 5 metros de altura.

O primeiro campo de cultivo de lúpulo data do ano de 736 em Hal-lertau e ainda hoje esta região é responsável por 25% de toda a produção mundial. Tornou-se popular nas cervejarias a partir do séc. XVI principalmente após a proclamação da “Lei da Pureza da Cerveja” em 1516, na Alemanha.

É uma planta característica de regiões de clima frio, com apenas uma safra anual e colheita entre os meses de agosto e setembro. Não é produzida no Brasil e todo o lúpulo utilizado na fabricação das nossas cervejas é importado.

* Cada país tem uma legislação sobre o que se pode ou não colocar nas cervejas. Na Belgica por exemplo, é muito comum utiliza frutas como pessego, framboesa e cerejas nas cervejas de fermentação natural. A Áustria, Alemanha as cervejas de trigo são comuns e no começo da história da cerveja a adição de anís estrelado, sementes de coentro, cascas de laranja e hervas, eram muito comuns para dar aromas e sabores a cerveja.

5) Qual parte do processo é o mais “delicado” na fabricação da cerveja?

Depende muito do estilo de cerveja que se fabricará. No Brasil, 99% das cervejas produzidas são do estilo pilsen, da familia lager e o processo produtivo é i seguinte: O primeiro passo para a produção da cerveja é a MOAGEM do malte. Depois vêm a MOSTURAÇÃO, que é a mistura do malte com a água. Em seguida, ocorrem a FIL-TRAÇÃO, a CLARIFICAÇÃO... e a FERVURA, quando também se adiciona o LÚPULO. Só então acontecem a FERMENTAÇÃO e a MATURAÇÃO. E depois de passar por mais uma filtração, a cerveja está pronta para se engarrafada.

6) Qual o local ideal para se estocar as matérias-primas?

Cada matéria prima deve seguir restritas regras de armazenamen-to, no Brasil existem exigências legais específicas e as empresas que exploram a atividade de produção de cerveja ficam obrigadas a respeitar o que rege essa lei, que é o DECRETO No 2.314.

Um rígido controle do volume de estoques de matéria-prima e in-sumos. Essa legistação também diz que os ingredientes básicos para a produção de uma boa cerveja são a água – correspondendo a 94% do volume, o malte, o lúpulo e a levedura, estes três últimos, em sua maioria, são importados, conferindo o toque de requinte e diferencial ao produto final.

Entrevista

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7) Algumas marcas têm seus chopps e cervejas en-vasadas em embalagem PET. Pesquisas mostram que não há alterações no sabor da bebida, qual sua opinião?

A tecnologia traz benefícios e desenvolvimento para to-das as áreas, isso é tangível, mas o que não é tangível é o tempo que estas novidades vão atingir o consumi-dor e que ele enxergue os benefícios que as novidades trazem. As embalagens PET para cervejas, chegaram pelas mãos da poderosa AB Imbev na Copa do Mundo da África do Sul, com a marca Bud.

A tecnologia, na verdade é chamada de Glaskin e foi desenvolvida pela Tetra Pak e se baseia em um siste-ma com revestimento da parede interna da garrafa por óxido de sílica, substância que deixa com acabamento e aparência de vidro, não importando o produto que seja envasado.

Acredito que com ótimo investimento, se bem comuni-cado, e distribuído o consumidor pode enxergar os be-nefícios da nova embalagem.

8) Uma dica para quem quer iniciar a carreira como mestre-cervejeiro/sommelier.

Para ser mestre-cervejeiro o caminho não é fácil, aqui no Brasil pode-se fazer o curso do SENAI em Vassou-ras, no estado do Rio de Janeiro. E esse é um diploma que é válido em todo o país e o aluno recebe um certifi-cado da Câmara de Indústria e Comércio de Munique e da Baviera Superior.

Já quanto a formação de Sommelier de Cervejas, é ne-cessário um curso de com carga horária entre 80 a 90 horas.O primeiro curso do Brasil foi lançado pela Beer Acade-my® nas instalações da ABS-SP e com certificação pela ASI (Associação Internacional de Sommelier) com Túlio e Estácio Rodrigues e os Mestres Cervejeiros e Som-melier de cervejas Káthia Zanatta e Alfredo Ferreira.Os três últimos, hoje estão no Instituto da Cerveja e também tem cursos de Sommelier de cervejas e espe-cializações.

Prof. Túlio Rodrigues - sócio diretor Beer Academy Brasil®

Master in eBusiness Administration pela Universitat de Barcelona, Espanha. Especialista em Telecomunica-ções pela San Diego State University, USA. Pós-gradu-ado em Administração e Marketing.

É professor de diversas disciplinas nas áreas Admi-nistração e Marketing. Atua há 19 anos em gerências e diretorias das áreas Comercial, Marketing e Trade Marketing, com experiência no Brasil, América Latina e Europa em empresas de grande porte. Co-fundador do curso de sommelier de cervejas, coordenador Negócios do Vinho FGV. Sócio diretor da WTrends® - Inteligência de Marketing e Capacitação em Bebidas e da Beer Aca-demy Brasil®

Entrevista

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Aqualab - VSA

evido ao baixo custo do AquaLab VSA, mais pesquisadores, téc-nicos de controle de qualidade e desenvolvimento de produto es-tão aptos a gerar isotermas para seus produtos em seus próprios laboratórios.

O AquaLab VSA fornece centenas de pon-tos na curva, apresentando detalhes que nenhum outro gerador de isotermas mos-trou anteriormente como por exemplo a transição vítrea. Usuário VSA experimenta maior resolução enquanto visualiza reações como a crista-lização.

Gerador de isotermas

O AquaLab VSA é o único analisador de sorção de vapor que combina ambos os métodos de isotermas, dinâmico e tradicional em um sóinstrumento – com um custo de 50 a 80% inferior aos do mercado.

Tornou-se mais acessível

O AquaLab VSA (Vapor Sorption Analyser) da Decagon Devices permite que os cien-tistas compreendam melhor a umidade dos produtos e identifiquem os problemas de controle de qualidade. O modo como um produto é influenciado pelas mudanças de temperatura e a umidade podem revelar detalhes importantes sobre alterações quí-micas e físicas que reduzem a vida útil. Este tipo de medida é chamado Isoterma.A tecnologia de geração de isotermas cap-tura as mudanças na umidade do produto conforme altera a atividade de água. Isoterma é a chave para entender os deta-lhes ocultos dos produtos alimentícios, cos-méticos e farmacêuticos.

Analisador de sorção de umidade determina a vida útil do produto com custo 80% menor.

O que estão dizendo

Dr. Lisa Mauer do Departamento de Ciên-cias de Alimentos da Universidade Purdue afirmou “Há um grande valor em ter um úni-co instrumento capaz de realizar ambos os métodos dinâmico e estático, e a amplitute dos dados de sorção de umidade que po-dem ser gerados utilizando o VSA é uma contribuição significativa para melhor en-tender as interações água-sólido”.

O AquaLab VSA fornece informações valio-sas para o desenvolvimento de produtos, estimativa da vida de prateleira, cálculo de

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Water Activity

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embalagem, modelo para abuso de tempe-ratura e modelo para mistura de ingredien-tes, em algumas horas ao invés de sema-nas.Decagon Devices Inc foi fundada em 1983 nos EUA e fabrica instrumentos para medi-da de água no solo, alimentos, fármacos e outros substratos.

Os instrumentos Decagon estão presente no Brasil desde 1992 e a partir de agora com escritório da própria Decagon para atender todo o território nacional.

Para informações: [email protected]

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Como é possível com somente 4 ingredientes fazer tamanha diversidade de cervejas com cores, sabores e aromas tão distintos?Acontece que cada um dos componentes possui diversas variedades e pode ser dosado em diferentes quantidades. Além disso, no processo o tempo e a forma como eles são adiciona-dos também modifica o resultado. Por isso fazer cerveja muitas vezes se aproxima de uma arte do que uma ciência. É claro que é possível padronizar suas produções, mas quanto maior é a padronização exigida maior atenção a qualidade dos ingredientes, processo de fabricação e aos equipamentos deve ser dada.

Se seguirmos os princípios da lei de pureza alemã (Reinheitsgebot) sóprecisaremos de 4 ingredientes:Água, Malte, Lúpulo e Fermento.

Águaágua corresponde a mais de 90% da matéria prima empregada na fabricação da cerveja, por isso ela é sempre lembrada pela sua importância. No Brasil sempre a qualidade da cerveja fora as-sociada à qualidade da fonte de

água que a cervejaria utiliza. Isso há algum tempo atrás poderia influenciar, mas atu-almente existem processos laboratoriais para corrigir ou adequar as propriedades da água para a produção cervejeira industrial. Se não formos levar em conta o custo das correções podemos transformar qualquer água potável em um ingrediente padroni-zado.Quando oriunda da torneira a água contém diferentes composições dependendo de cada cidade. Muitas vezes dentro da mes-ma cidade temos fontes de águas diferen-tes. Para fazer cerveja em casa pode-se utilizar água da torneira, que algumas vezes é melhor que água oriunda de poços arte-sianos. Isso porque a água tratada geral-mente vem de fontes rasas, contêm menos minerais pesados e pode ter um pH mais adequado.Então a principal informação que o cervejei-ro deve saber é o pH da sua água. O pH é uma escala que vai de 0 (ácido) até 14 (al-calino), sendo 7 o valor neutro. Um controle sobre o pH da água é fundamental, pois um pH alcalino poderá ocasionar a dissolução

de materiais existentes no malte e nas cas-cas, que são indesejáveis no processo.O ideal é que se tenha uma relação ácida facilitando maior atividade enzimática na mostura, com um conseqüente aumento no rendimento de maltose e um maior peso plato final. Em geral , o pH ideal da água para a fabricação de cerveja está entre 6.5 a 7.0, mas o tipo de cerveja a ser produzido é que vai determinar qual o pH ideal.Para saber o pH da sua água podem ser uti-lizados aqueles kits para piscina, facilmente encontrados no comércio local. Outra ma-neira, não tão precisa, é procurar junto ao órgão público de distribuição de água os relatórios mensais de medição da qualidade da água, geralmente disponíveis na Inter-net. Para a água mineral basta confiar na in-formação contida no seu rótulo. Geralmente a água tende a ser mais alcalina que o ideal indicado na receita de determinada cerveja, sendo corrigida através da inclusão de mal-te acidificado na mosturação para baixar o pH até o nível desejado.Portanto a água pode influenciar no resulta-do final da sua cerveja, porém na fabricação caseira não será a água a sua preocupa-ção inicial, pois não inviabiliza a fabricação. Pode-se utilizar água mineral ou da tornei-ra, lembrando-se a água da torneira contém cloro. Isso pode ser resolvido utilizando-se água previamente fervida no processo de fabricação (o cloro evapora).

MalteO malte é fundamental na fabricação de cerveja, pois é ele o responsável pela cor e corpo (densidade) da cerveja, atuando também na composição do sabor e aroma. A razão média de uso é de 200 gramas para cada litro de cerveja, porém isso vai depender do rendimento obtido no processo bem como a qualidade do malte utilizado. Produzimos malte a partir da germinação parcial (interrompida) dos grãos de cere-ais. A princípio qualquer cereal pode ser malteado, tal como: milho, aveia, trigo, cen-teio e principalmente a cevada. A cevada é geralmente utilizada porque possui um alto teor de proteínas em quantidade suficiente para fornecer os aminoácidos necessários a levedura. O malteamento é um processo obtido basicamente em cinco etapas:

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1. A cevada é imersa em água até absorver determinado teor de umidade;2. O grão passa a germinar sob condições controladas;3. No final faz-se a secagem em duas etapas de temperaturas, o que interrompe seu crescimento e se obtém propriedades e caracterís-ticas específicas, como claro, escuro, caramelado ou torrado. 4. Eliminam-se os brotos formados na germinação por um processo chamado de crivagem. Estas radículas são eliminadas, pois contém grande quantidade de proteínas e outras substâncias que podem prejudicar a cerveja. Pode-se também fazer um “polimento” no grão para melhorar sua aparência.5. O malte é então enviado para os silos de malte, onde ficam armazenados por aproximadamente 15 dias, para que as transformações bioquímicas conseqüentes do processo germinativo se completem.

Em todas as etapas há um controle de temperatura e umidade rigoroso. O cereal malteado, ao final do processo, contém:

-Enzimas e amido. Este amido será dividido em açúcares simples pelas enzimas. Estes açúcares serão utilizados pelas leveduras, emespecial para a produção do álcool e do gás carbônico. -Compostos organolépticos que reagem com o processo de fabricação da cerveja e as leveduras utilizadas para fazer o perfil organoléptico da cerveja. -A cor da cerveja (função da intensidade da reação de Maillard produzida durante a secagem). -Proteínas. Uma parte será dividida pelas enzimas para ajudar no crescimento das leveduras, outra parte permanece na cerveja para dar a sua aparência.

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Classificação dos maltesApesar de não existir um sistema universal de classificação já que os malteadores categorizam diferentemente seus produtos no mercado. Entretanto, podemos dividir os maltes em dois grandes grupos: os maltes base e os maltes especiais. A cor é um dos fatores de diferencia-ção outro é a quantidade utilizada na fabricação.

Maltes BaseOs maltes básicos provêm o maior poder enzimático (diastático) para converter amido em açúcares fermentáveis. São eles que fornecem o maior potencial de extrato.

MALTE COR EBC LOVIBOND OBSERVAÇÕES

CHÂTEAU PILSEN 2,5 a 3,5 1,4 - 1,8°L Malte claro destina-se a cervejas do tipo Pilsen. Serve também como malte base para outros tipos de cerveja.

CHÂTEAU PEATED(DEFUMADO) 5 - Poderia ser definido como um malte especial, porém por se tratar de um

malte pilsen que no final do processo é defumado foi incluído aqui.

CHÂTEAU VIENNA 5 - 7 2,3 - 3,1°L

Produz um sabor mais forte de malte e grãos que o malte Pilsen e adiciona aromas sutis de caramelo e toffee. O malte Château Vienna proporciona uma cor dourada mais profunda à cerveja, tornando-a, ao mesmo tempo, mais encorpada e completa.

CHÂTEAU PALE ALE 7 - 9 3,1 - 3,8°L

Geralmente usado como malte base ou em combinação com malte Château Pilsen 2RS para produzir um sabor de malte mais forte e cor adicional. Por ter uma cor mais intensa, este malte pode adicionar um tom dourado ao mosto.

EXTRATO 3 - 1000 -

Existe o extrato de malte líquido ou em pó feito de cevada, não necessi-tando mais serem submetido ao processo de mosturação. Necessita-se somente diluição na proporção recomendada, adicionar o lúpulo, ferver e resfriar o mosto que ele já esta pronto para receber o fermento.

CHÂTEAU WHEAT LANC(TRIGO CLARO) 3,5 - 5 1,8 - 2,3°L

Aprimora o sabor peculiar das cervejas de trigo. O malte Château Wheat Blanc é essencial na fabricação de cervejas de trigo, mas também é usado (3- 5%) em cervejas comuns graças à sua proteína que propor-ciona à cerveja uma sensação encorpada na boca e aprimora a estabili-dade do colarinho da cerveja.

CHÂTEAU MUNICH WHEAT (TRIGO ESCU-RO)

15 6,1°LSua cor não é particularmente escura, mas o sabor é mais rico que o do malte Château Wheat Blanc padrão. Você terá uma cerveja mais esguia e gasosa com um aroma típico de ale.

EXTRATO DE TRIGO 3 - 6 - Como no Extrato de Malte, não necessita mais ser submetido ao proces-so de mosturação.

Maltes Especiais Os maltes especiais são adicionados a cer-veja para contribuir com características úni-cas, tais como: cor, corpo, aroma, proteínas para aumentar a espuma ou notas especí-ficas de sabor.Diferentemente dos maltes base, os maltes especiais fornecem pouco ou praticamente nenhum poder enzimático, mas ainda con-tém algum material extraível.

Dependendo do tipo de cerveja é comum a utilização de um ou dois tipos de malte es-peciais, assim como existem cervejas onde se utilizam até sete tipos de maltes espe-ciais diferentes.Dentro do grupo de maltes especiais exis-tem os maltes caramelos. São maltes que sofreram um processo de aquecimento que cristaliza os açúcares, por isso que também são conhecidos como maltes cristal. Estes açúcares caramelizados são cadeias mais longas que não são convertidos em açúca-res simples pelas enzimas durante a mostu-ração. O resultado é uma cerveja mais doce

e com sabor mais completo.Existem também os maltes mais torrados que são produzidos por uma fase de secagem em alta temperatura e depois entram em uma fase de torrefação. Eles contribuem para adi-cionar um aroma de café ou de defumado nas cervejas estilo porter e stauts. Claro que estes maltes devem ser utili-zados com moderação já que uma pequena quantidade altera signi-ficativamente o sabor e cor final da cerveja.

Há também cervejeiros que utilizam cevadas não maltea-da, na forma tostada e cevada “queimada”. Entretanto nestas formas não existem enzimas que auxiliam na mosturação.

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MALTE COR EBC LOVIBOND OBSERVAÇÕES

CHÂTEAU MUNICH LIGHT E CHÂTEAU MUNICH

15 ou 25 6,1°L e 9,9°L

Malte rico e dourado. Proporciona um aumento modesto na cor, próximo de um laranja agradável e dourado. Adiciona um sabor pronunciado de grãos maltados a vários estilos de cerveja sem afetar a estabilidade da espuma e corpo.

CHÂTEAU CARA BLOND 20 8°L

Château Cara Blond produz um aroma fino e doce como caramelo e um sabor singular de toffee, proporcionando uma cor de dourado a âmbar claro na cerveja. Uma característica distintiva de todos os maltes Cara é sua vitrificação.

CHÂTEAU MELANO LIGHT E CHÂTEAU MELANO

40 e 80 15,5° e 30,6°L

Muito aromático com sabor maltado intenso. Torna a cor da cerveja encorpada e uniforme, melhora a estabilidade do sabor e promove a cor avermelhada da sua cerveja. A cerveja fica mais encorpada. Essa variedade especial costuma ser descrita como “turbo Munich”.

CHÂTEAU ABBEY 45 17,4°L

O malte Château Abbey é a forma mais tostada de malte pale. Propor-ciona um sabor forte de pão assado, nozes e frutas. O malte Château Abbey possui um sabor amargo que é suavizado com o tempo, ganhan-do um sabor ainda mais intenso.

CHÂTEAU CARA RUBY 50 19,3°LChâteau Cara Ruby produz um aroma rico e doce como caramelo e um sabor singular de toffee, proporcionando uma cor de dourado a âmbar intermediário na cerveja.

CHÂTEAU BISCUIT 50 19,3°LEsse malte é usado para melhorar o sabor e o aroma torrado que carac-teriza as Ales e Lagers, proporcionando propriedades sutis dos maltes Château Black e Château Chocolate.

CHÂTEAU ARÔME 100 38,2°L

O malte Château Arôme proporciona aroma e sabor maltado rico a cervejas lager âmbar e escuras. Comparado a outros maltes coloridos tradicionais, ainda é alto em poder diastásico e produz um amargor mais suave.

CHÂTEAU CARA GOLD 120 45,7°LChâteau Cara Gold produz um aroma forte e doce como caramelo e um sabor singular de toffee, proporcionando uma cor de dourado a âmbar mais escuro na cerveja.

CHÂTEAU CRYSTAL 150 57,1°L Este malte de cor caramelo-cobre proporciona sabor e aroma de malte rico às cervejas lager, âmbar e escuras.

CHÂTEAU CAFÉ LIGHT E CHÂTEAU CAFÉ 250 e 500 94,8°L e

189,1°L

Produz um sabor e aroma suave, de nozes e café nas cervejas.Adiciona complexidade a qualquer Ale escura. Também reforça a cor da cerveja.

CHÂTEAU SPECIAL B 300 113,7°L Usado para produzir uma cor de vermelho a castanho escuro e corpo mais encorpado. Sabor e aroma singulares.

CHÂTEAU CHOCOLAT 900 340,1°LO malte Château Chocolat é um malte altamente tostado com uma cor castanha profunda, é usado para ajustar a cor da cerveja e produz um sabor torrado de nozes.

CHÂTEAU BLACK 1500 566,5°LAprimora o aroma das cervejas de caráter, produzindo um sabor mais rigoroso que o de outros maltes de cor acentuada. Produz um sabor levemente queimado ou defumado.

Extratos de MalteUm extrato de malte nada mais é do que o mosto concentrado de um ou mais maltes moídos e misturados, com ou sem adjuntos, enzimas suplementares e lúpulo.A forma como eles são produzidos depende do malte, da mistura e das con-dições de evaporação utilizadas. Basicamente é utilizado por cervejeiros e al-gumas pequenas cervejarias que não querem passar pela fase de moagem, mosturação e separação do bagaço.O extrato pode ser utilizado como fonte única de açúcares fermentáveis ou ele pode ser combinado com malte de cevada.

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LúpuloO lúpulo é uma planta trepadeira que tem o hábito de crescimento em locais de clima frio e com abundância de luz solar (dias lon-gos). Desta planta utilizamos as flores das plantas fêmeas. Esta flor possui um formato de cone e no seu interior encontra-se alupulina.O lúpulo é considerado o “tempero” da cer-veja. Ele que dá a identidade de muitas cervejas de alguns estilos muito apreciados por nós.Ele principalmente contribui para o amar-gor, aroma e sabor da cerveja. Entretanto o lúpulo também auxilia na retenção da espu-

ma, ajuda na remoção de algumas proteínas indesejadas resultando em uma cerveja mais clara. Pos-sui propriedades bactericidas e é um conservante natural, aumen-tando a vida de prateleira dacerveja.O uso de lúpulo na fabricação de cerveja remonta a 736 d.C. no sul da Europa Central, o que é re-lativamente recente na história de 8 mil anos de fabricação de cerveja no mundo.

Principais formas de comercialização

FORMA OBSERVAÇÕES

EM FLOR

Os lúpulos em flor são os cones naturais do lúpulo que foram secados e fardados. Pode-se argumentar que essa forma é a mais inconsistente, volumosa, de péssima estocagem, além de ser a mais ineficiente de todas na fabricação de cerveja, pois o lúpulo sofre oxidação e tem um tempo de validade curto, perden-do suas propriedades. Mesmo assim, ainda existem algumas cervejarias e cervejeiros pelo mundo afora afirma ter preferência por um produto 100% natural.

PELLETS T-90

“Pellets” de lúpulo são basicamente lúpulos em flor que foram moídos e depois prensados em forma de pequenos cones. Os lúpulos moídos se mantém unidos nestes pequenos cones comprimidos, por causa da resina natural do lúpulo. Nenhum aditivo é colocado num “pellet” padrão T-90. Esse produto é acondi-cionado então em uma embalagem fechada a vácuo ou em atmosfera de nitrogênio. A maior vantagem é menos espaço para armazenagem e melhor consistência e preservação das suas propriedades por mais tempo. A desvantagem geralmente citada é que a moagem para criação dos cones altera parcialmente o comportamento dos lúpulos o que pode resultar na alteração do sabor da cerveja.

PELLETS T-45

Similares aos pellets padrão T-90, porém no seu processo de criação há uma maior separação matéria vegetal e uma prensagem que eleve a concentração de ácidos alfa para um patamar padrão, de acordo com as especificações do comprador. Esta forma é utilizada para gerar, independentemente do ácido alfa obtido daquela safra, um percentual padrão entre as colheitas.

EXTRATO

Muitas cervejarias espalhadas pelo mundo usam uma forma liquefeita de lúpulos chamada de extrato de lúpulo. Basicamente esse processo remove a resina da matéria vegetativa do lúpulo. Existem muitas variedades desse produto. As vantagens são a consistência, menor espaço de estocagem, deterioração mínima e maior utilização. Uma desvantagem é que o lúpulo foi alterado em sua essência.

ESSÊNCIASAlguns outros produtos são os óleos essenciais de lúpulo e as essências. Como a indústria cervejeira está evoluindo, muitos desses produtos estão ganhando evidência. Estas formas nada mais são do quecomponentes extraídos do lúpulo, refinados ou concentrados.

BRÁCTEA

LUPULINA

CONE

Contém resinas e óleosessenciais

O lúpulo contém diversas resinas e óleos onde se des-tacam principalmente uma: o ácido alfa. Este ácido é o responsável pelo amargor da cerveja. Por isso quanto maior o seu percentual, maior o poder de amargor do lúpulo.Se um determinado lúpulo possui 5% de ácido alfa, significa que em 100 gramas, 5 gramas são deste com-ponente.

Ou seja, ele é sempre informado como um percentual relativo ao peso do lúpulo, desta maneira é possível dosar corretamente a quantidade de lúpulo. Este per-centual, nos Pellets T-90 sempre varia a cada safra, portanto o cervejeiro deve ficar atento e corrigir suas receitas.

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Classificação dos lúpulos:

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

AMARGOR Lúpulos amargos possuem um nível bem mais elevado de ácido alfa. Esses geralmente são utilizados no processo de fervura para extração do amargor.

AROMÁTICOOs lúpulos aromáticos são caracterizados por terem teores de ácidos alfa baixos e um perfil de óleo asso-ciado ao bom aroma. Esses lúpulos geralmente são usados como lúpulos de acabamento ou condiciona-dores.

DUALSão lúpulos que pela suas características podem ser utilizados tanto para amargor como para dar aroma a cerveja. Geralmente possuem sua classificação pela ordem de prevalência: AMARGOR/AROMÁTICO ou AROMÁTICO/AMARGOR. Esta indicação informa qual é a característica predominante.

Como o ácido alfa não é uma substância solúvel, para extrairmos as propriedades do lúpulo devemos ferver ele junto com a cerveja. Assim ocorre um processo de iso-merização, fixando as resinas na cerveja referentes ao amargor.Para agregarmos sabores e aromas de

lúpulo à cerveja, é necessária a extração dos óleos do lúpulo. Como são substân-cias mais voláteis e sujeitas a evaporação, adiciona-se o lúpulo também no final da fer-vura, para diminuir este efeito.Há também a técnica do “dry hopping” onde se coloca o lúpulo por infusão já na

cerveja fermentada.A fim de conservar o lúpulo e suas proprie-dades, recomenda-se sempre mantê-lo refrigerado (não congelado) com a sua em-balagem bem fechada e com o mínimo de ar no seu interior. Isso evita a oxidação e a volatilização dos óleos presentes no lúpulo.

O fermento, ou levedura, é um elemento vivo na produção de cerveja. Trata-se de um microorganismo que consome os açú-cares presentes no mosto e liberam álcool e gás carbônico.Algumas cepas de fermento produzem tam-bém ésteres que dão um acabamento na cerveja.

Basicamente existem dois tipos de levedura cervejeira. As de alta fermentação (ALE) e as de baixa fermentação (lagers). Em cada grupo existem diversas cepas que possuem características particulares.

Elas possuem esta nomenclatura pela for-ma como atuam. O fermento de alta fermen-tação flocula na parte superior do fermenta-dor, enquanto o de baixa fermentação age mais no fundo.

A temperatura de operação de cada fer-mento também pode ser associada a no-menclatura, ficando os de alta fermentação trabalhando na faixa de 18ºC e 24ºC, já os de baixa fermentação operam na faixa dos 9º aos 13ºC.

Claro que estas temperaturas são as con-sideradas ideais, onde o fermento está habituado e tem seu melhor rendimento. Quando operam fora destas faixas eles po-dem produzir subprodutos indesejados na cerveja.

Fermento (Levedura Cervejeira)

O site www.comofazercerveja.com.br foi criado pela empresaWE Consultoria, distribuidora destas matérias-primas para cervejarias há mais 14 anos.

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Givaudan

esquisa científica CulinaryTrek ™ Carne, realizada no Brasil e Argentina, e levantamento quali-tativo com consumidores, ajudam a Givaudan - empresa suíça es-pecializada no desenvolvimento de sabores – a desenvolver 12

novas criações de sabores de carne para alimentos processados.

O processo de investigação contou com a participação de uma equipe interdisciplinar de aromistas e engenheiros de alimentos da Givaudan, que percorreram cozinhas de restaurantes tradicionais de cada país, para capturar componentes aromáticos nos pra-tos, usando a tecnologia proprietária “Hea-dspace”. As informações coletadas foram descritas em uma detalhada análise sen-sorial, uma linguagem única desenvolvida pela companhia, chamada Sense It™, que permite uma percepção singular do perfil sensorial de cada sabor.Para complementar os resultados da ex-

- A carne vermelha é a preferida dos consumidores do Brasil. Ela é consumida de quatro a cinco vezes por semana e é vista pelos brasileiros como um alimento nutritivo, sendo a principal fonte de proteína em comparação com outras carnes.- Os resultados da pesquisa ajudaram a companhia a desenvolver sabores mais autênticos para replicar em alimentos processados, como salsichas, ensopados, sopas e lanches.

ploração científica, a empresa realizou um estudo qualitativo com consumidores de carne bovina para compreender processos envolvidos no sabor, como técnicas de pre-paro, ingredientes e temperos utilizados e os critérios para a seleção de um corte e cozimento ideal.Eduard Fontcuberta, diretor de marketing da Givaudan na América Latina destaca: “Toda a aprendizagem adquirida tanto com os estudos de consumo quanto com as descrições sensoriais é fundamental para os aromistas no processo de criação dos novos sabores de carne. Com as pesquisas conseguimos alcançar criações mais perfei-tas, com perfis autênticos, saborosos para o consumidor”.A empresa lançou 12 sabores de carne, dos quais seis são os sabores típicos de carne brasileira e seis argentina. No Brasil, foram selecionados os sabores: carne do sol (um prato preparado pelo renomado chef Alex Atala), carne com cebola (também dese-nhado por Alex Atala), picanha, hambúrguer

caseiro, ossobuco e costela. Na Argentina, os escolhidos foram: bife de chorizo, ma-tambre, lomo a la pimienta, vacio al horno de barro, costillar al asador e lomo deternera ahumado.Este é o primeiro estudo realizado pela Givaudan no Brasil para analisar as carac-terísticas do sabor da carne. Como parte dessa pesquisa, Graziella Viola, Aromista, afirma que: “A empresa emprega 8% do vo-lume total de negócios no desenvolvimento da Ciência e Tecnologia. Este investimento é mantido ano após ano, porque Givaudan entende a importância do apoio científico e tecnológico em todo o processo de pesqui-sa e criar sabores”.

O programa CulinaryTrek™ faz parte de um departamento da Givaudan que realiza, há mais de 10 anos, pesquisas ou “Treks” em todo o mundo para investigar e, consequen-temente, desenvolver perfis de sabor espe-cíficos analisando a natureza, pratos culi-nários e a percepções dos consumidores.

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combina pesquisa científica e estudo com o consumidor para lancar aromas de carnes

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O incremento da globalização da cadeia de alimentos, combinado com o surgimento de enfermidades e intoxicações, tem intensificado os interesses sobre o assunto “segurança dos alimentos” e isso vem se tornando um importante atributo da qualidade alimentar. Todas as etapas da cadeia de produção, industrialização e distribuição de alimentos necessitam serrastreadas visando a garantia na qualidade do produto.

alimentos seguros do campo até o consumidor

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Garantindo

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ma cadeia produtiva é um conjun-to de componentes interativos do qual fazem parte os sistemas pro-dutivos, fornecedores de insumos e serviços, indústrias de proces-samento e transformação, agen-tes de distribuição e comerciali-

zação, além dos consumidores finais. Uma cadeia de alimentos compreende todas as atividades que ocorrem desde a produção agrícola primária até a chegada do alimento processado na mesa do consumidor. Assim, a rastreabilidade pode ser definida como a capacidade de preservar a identidade dos produtos e suas origens.Ela é necessária principalmente para garan-tir que somente materiais e componentes de qualidade estejam presentes no produto final. Ela, também, permite alocar melhor as responsabilidades, identificar produtos que são distintos, porém podem ser confundi-dos, possibilitar o retorno de produtos com defeitos ou suspeitos, localizar as causas de falhas e tomar medidas para repará-las a um custo mais baixo.

Dessa forma, a rastreabilidade na cadeia dos alimentos seria a capacidade de loca-lizar um produto e seu histórico através da cadeia produtiva, passando por etapas de colheita, transporte, armazenamento, pro-cessamento, distribuição e vendas. Além disso, ela pode ser realizada internamente no meio da cadeia produtiva, como, por exemplo, rastreando as matérias primas que foram utilizadas para a fabricação de um produto.

Algumas vantagens da rastreabilidade in-terna são: melhor controle de processo, correlação de dados dos produtos com as características das matérias primas e uma maior homogeneidade na qualidade dos in-sumos utilizados.

Segundo alguns especialistas, a rastreabili-dade necessita ser um processo de práticas sistemáticas de segregação física e troca de informações entre diferentes agentes da cadeia produtiva, responsáveis pela execu-ção e cumprimento de uma meta específica com a finalidade de preservar os atributos e a identidade de produtos vendidos de acordo com suas especificações. Em con-sequência, há elementos importantes que devem ser considerados para a rastreabi-lidade.

Em relação aos produtos, pode-se determi-nar a localização de um deles em alguma fase da cadeia produtiva. Nos processos, pode-se identificar o tipo e a sequência de atividades que afetou um determinado produto. Também, pode-se determinar a constituição genética de um produto e de-terminar o tipo e a origem da entrada como, por exemplo, fertilizantes e gado. Quanto às doenças e pestes, pode-se rastrear a epi-demiologia, por exemplo, bactérias e vírus.

Soma-se a tudo isso, conforme afirma o presidente da Target Engenharia e Con-sultoria e do Instituto Tecnológico de Es-

tudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac), Mauricio Ferraz de Paiva, a existência da norma NBR 22005 que apresenta os princípios e especifica os requisitos básicos para o planejamento e implementação de um sistema de rastre-abilidade de alimentos e rações. Pode ser aplicado por uma organização atuando em qualquer etapa da cadeia produtiva de ali-mentos e rações.

“Um sistema de rastreabilidade é uma fer-ramenta útil para ajudar uma organização que atua na cadeia produtiva de alimentos e rações a atingir objetivos definidos em um sistema de gestão. A escolha de um siste-ma de rastreabilidade é influenciada por regulamentos, características do produto e expectativas do cliente. A complexidade do sistema de rastreabilidade pode variar de-pendendo das características do produto e dos objetivos a serem atingidos.

A implementação de um sistema de rastre-abilidade por uma organização depende de: - limites técnicos inerentes a organização e aos produtos (isto é, natureza das matérias primas, tamanho dos lotes, procedimentos de colheita e transporte, métodos de pro-cessamento e embalagem) e benefícios quanto ao custo de aplicar o sistema. Um sistema de rastreabilidade, por si só, é in-suficiente para alcançar a segurança do ali-mento”, explica.

Ele acrescenta que os sistemas de rastrea-bilidade devem ser capazes de documentar o histórico do produto e/ou localizar um pro-duto na cadeia produtiva de alimentos e ra-ções. Contribuem para a busca da causa de não conformidades e para a habilidade de retirar elou recolher produtos, se necessá-rio. Os sistemas de rastreabilidade podem melhorar o uso apropriado e a confiabilida-de da informação, eficácia e produtividade da organização. Eles igualmente precisam atingir os objetivos sob o ponto de vista téc-nico e econômico.

O deslocamento pode ser relacionado à origem dos materiais, histórico de proces-so ou a distribuição do alimento ou ração, e convém considerar pelo menos uma etapa anterior e uma etapa posterior para cada or-ganização na cadeia produtiva. Por meio de acordos entre as organizações envolvidas, o sistema pode aplicar-se a mais de uma parte da cadeia.Quaisquer sistemas de rastreabilidade pre-cisam ser verificáveis, aplicados de forma consistente e imparcial, orientados para resultados, eficazes em custos, de fácil apli-cação, de acordo com qualquer regulamen-to ou política aplicável, e de acordo com os requisitos de exatidão estabelecidos. No seu desenvolvimento para a cadeia produ-tiva de alimentos e rações, é necessário identificar os objetivos específicos a serem atingidos. Os exemplos desses objetivos podem dar suporte aos objetivos de segurança de ali-mentos ou de qualidade; atender a(s) es-pecificação (ões) dos clientes; estabelecer

o histórico ou origem do produto; facilitar a retirada e/ou recolhimento do produto; identificar as organizações responsáveis na cadeia produtiva de alimentos e rações; fa-cilitar a verificação de informação específi-ca sobre o produto; comunicar informações para as partes interessadas pertinentes e consumidores; atender a quaisquer regu-lamentos ou políticas, locais, regionais ou internacionais, se aplicáveis; e melhorar a eficácia, produtividade e rentabilidade da organização.

Mauricio aconselha a empresa a incluir em todo esse procedimento a definição de pro-duto; a definição de lote e identificação; a documentação do fluxo de materiais e infor-mações, incluindo mecanismos para a ma-nutenção dos registros; a gestão de dados e protocolos de registro; e os protocolos de recuperação de informações. “No desenvol-vimento e implementação de um sistema de rastreabilidade, é necessário levar em conta a operação existente e sistemas de gestão presentes na organização.

Os procedimentos para gerenciar informa-ções sobre rastreabilidade devem incluir meios para ligar e registrar o fluxo de infor-mações relacionadas a materiais e produ-tos, se necessário. Eles devem ser estabe-lecidos para lidar com não conformidades no sistema de rastreabilidade. Convém que incluam correções e ações corretivas”, ob-serva.

A rastreabilidade surgiu para se conhecer a localização do produto na cadeia logísti-ca e hoje é bastante utilizada como ferra-menta de controle de qualidade e gestão de risco. Um sistema de rastreabilidade cria a habilidade para se recuperar a história e aplicação ou localização de um artigo ou uma atividade ou um processo por meio de uma identificação registrada. É possível se conhecer a história de um produto, a iden-tidade e sua origem, através da impressão de um código numérico.

Para um bom rastreamento há necessidade de três informações básicas: o produto pre-cisa ser identificado; a origem deve ser co-nhecida; e o destino deve estar definido. A rastreabilidade permite, em casos de saúde pública, identificar um lote de produto conta-minado; promover sua retirada do mercado e averiguar a responsabilidade dos envolvi-dos no processo.

No caso do setor de alimentos os objetivos para a aplicação do sistema incluem aten-der a legislação sanitária vigente, melhorar a imagem, qualidade e o processo produti-vo de alimentos. A identificação registrada pode ser feita em etiquetas com código de barras ou com chips que podem ser aplica-dos a produtos ou implantados em animais.

Fonte: Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação deConformidade (Itenac)

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• Não possuem selos rotativos. Portanto é menos propensas a vazamentos.• Capacidade de operação em seco sem qualquer dano aos componentes da bomba.• Vazão e pressão ajustáveis de acordo com a pressão de alimentação de ar comprimido.• Capacidade de bombear fluidos com sólidos em suspensão.• São intrinsicamente seguras, adequadas para operação em áreas classificadas.• Funcionam sob demanda. O fluxo de material pode ser interrompido em sua descarga e a mesma irá parar em função do equilibrio de pressões, sem quaisquer danos à bomba.

na indústria alimentíciaBombas de Diafragmas

uitas das características as tornam adequadas à diversas aplicações industriais, e também são a razão para seu uso em aplicações sanitárias. Sejam elas na indústria de ali-mentos, bebidas, cosméticos ou produtos farmacêuticos.

Na indústria alimentíca as bombas diafragma podem ser usadas no bombeamento de sucos e concentrados de

frutas, molhos, cremes, sorvetes, pasta de tomate, entre outros.

As bombas sanitárias devem atender a certas especificações e normas para que sejam aprovadas para uso em processos sanitários.

O conjunto de especificações mais utilizado para este tipo de bomba é o que compreende o chamado FDA (Food and Drug Administration) em seu capítulo 21, que descreve principalmente os materiais aprovados para tais aplicações.

No caso de bombas diafragmas sanitárias, o aço inox é o material mais utilizado para a construção do corpo da bomba. Compo-nentes internos como assentos, esferas e diafragmas normalmente são construídos em PTFE e EPDM grau sanitário.

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As bombas diafragma de acionamento pneumático tem ampla aplicação na indústria. Seu projeto possibilita a construção em diversos materiais de corpo e internos, tornando-as aptas a bombear os mais diversosfluidos, sejam eles abrasivos ou corrosivos.

Suas principais características são:

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O uso de diafragmas moldados minimi-za ou praticamente elimina a necessida-de da retirada dos mesmos, podendo a limpeza e sanitização ser realizada por bombeamento de fluido de limpeza no lo-cal, em operações conhecidas como CIP (Cleaning In Place). Tem-se observado principalmente nas indústrias alimentí-cias e de cosméticos quando realizada a troca de lotes de produtos.A limpeza dos diafragmas no local sem a necessidade de desmontar a bomba re-sulta em ganhos expressivos de tempos de processo e consequentemente meno-res custos de operação.

Tem-se observado em muitos casos que os diafragmas moldados possibilitam a diminuição drástica da frequência com que a bomba necessita ser desmontada para sanitização. Enquanto bombas com diafragmas convencionais necessitam ser desmontadas, a cada troca de produto,

ou várias vezes ao dia, o uso de diafrag-mas moldados permite a limpeza local (CIP) sem a necessidade de desmontar a bomba com tanta frequência. Processo de limpeza completo (com desmontagem) é realizado então somente uma vez por semana para inspeções mais detalhadas.

Outra vantagem resultante do uso de dia-fragmas moldados é a vida útil. É sabido que grande parte das falhas ou rupturas do diafragma ocorre no ponto de con-tato do mesmo com o disco de fixação. É neste ponto que ocorrem acúmulo de material sólido, caso existente no fluido e também maior esforço de flexão ou dobra do diafragma.

Por não usarem o disco de fixação, os diafragmas moldados estão menos pro-pensos a estes esforços de atrito com sólidos em suspensão, e também menos sujeitos às tensões de flexão localizada.

Como resultado, a vida útil destes diafrag-mas chega a ser de 3 a 5 vezes superior quando comparada com os diafragmas convencionais.Sem dúvida a maior vida útil do diafragma tem sido algo que chama atenção não só em aplicações sanitárias, mas também na indústria geral onde o diafragma moldado também tem sido considerado como solu-ção mais adequada, principalmente para fluidos abrasivos que carregam maiores quantidades de sólidos em suspensão.

Na indústria alimentícia os diafragmas moldados podem ser considerados como grande aliado na segurança ali-mentar, contribuindo para a eliminação dos riscos biológicos, fisicos e químicos presentes no processo de bombeamento de produtos alimentícios.São um excelente complemento às já bem conhecidas características dasbombas diafragma.

Já os diafragmas moldados (ou overmolded em Inglês), apresentam a superficie em contato com o fluido totalmente liso e isenta de qualquer cavida-de, não permitindo o acúmulo de resíduos do fluido bombeado, evitando portanto possíveis contamina-ções ao processo.Em processos onde temos a troca de fluido, seja por necessidade de troca de sabores ou cores, o que normalmente se observa em operações com diafragmas convencionais, é a necessidade de se desmontar a bomba totalmente com a retirada dos diafragmas para limpeza e sanitização adequada em local dedicado para esta operação.

Os diafragmas são normalmente fixados por meio de um parafuso ou eixo e um disco localizado ao centro do mesmo. Este tipo de construção muito usado em aplicações industriais apresenta uma grande desvantagem quando no uso em aplicações sanitárias.

Fica fácil observar (Pela foto) que a região entre dis-co e diafragma bem como entre parafuso e disco, são áreas de potencial acúmulo de residuos do ma-terial bombeado e como resultado de possível cres-cimento de bactérias e contaminação do processo.

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esenvolvido no Japão na década de 90, o Código QR ou QRC (Quick Response Code), era basicamente uti-lizado no controle de processos industriais pois suas características exclusivas permitiam uma gestão muito mais ágil e segura.

Com o tempo, os benefícios do código QR foram sendo percebidos por outros segmentos do mercado e também graças à evolução dos dispositivos móveis, não param de surgir diferentes e criativas utilizações do código QR cada vez mais presente no nosso dia a dia.

O código QR tem alta capacidade de armazenamento e codifi-cação. Isso significa maior quantidade de informações e mais

completas ocupando um décimo da área de um código de barras. É resistente a danos e sujeiras, garantindo a leitura

mesmo sob condições inadequadas. Sua estrutura per-mite a leitura 360° graus, ou seja, de qualquer direção e em alta velocidade. Essas vantagens do código QR estão possibilitando aplicações cada vez maisinteressantes.

A leitura do código QR é feita por um sensor oucâmera fotográfica como a de celulares e outros dispositivos. Após a leitura do código, os dados são enviados para um software que vai decodifi-car e interpretar a estrutura do código possibili-tando o acesso às informações nele contidas.

Esses softwares já existem aos montes para download, são gratuitos e compatíveis com a maioria dos sistemas operacionais presentes nos aparelhos celulares. Essa combinação de

aparelho + software determina a desempenho de leitura.

Diversas novas utilizações para o código QR surgem diariamente com finalidades completamente diferentes. Mui-to mais do que para o auxílio na gestão de processos indus-triais diversos, o código QR ainda é subutilizado pela maioria mas já têm as mais diferentes aplicações como controle de

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atendimentos hospitalares, passagens de avião, convites perso-nalizados, formulários de cadastro, pesquisa, campanhas publi-citárias, programas de fidelidade, mapas, museus, monumentos, localização de vagas de estacionamento, cartões de visita,download de aplicativos, direcionamento para web sites. Enfim, as possibilidades são inúmeras e só dependem de criatividade.

A interação é o ponto forte da leitura do código QR em celulares. Há uma maior facilidade e um divertimento no acesso de informações pelo usuário, por isso sua crescente presença em campanhaspublicitárias e outras ferramentas de Marketing.

O código QR é mais um atributo de valor para a relação de uma marca com seu público, em comerciais, clipes, anúncios, news letters, PDVs e outros canais, inclusive o próprio produto por meio de informações exclusivas, promoções, vantagens, descontos e outros.

EM BISNAGAS PLÁSTICASQuick Response Code

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Código QR é uma ferramenta deMarketing que intensifica a experiência de consumo de um produto ou marca com muitas possibilidades a serem de-senvolvidas.

Frente a essa forte tendência, a Globo-plast desenvolveu e aplicou em suas bis-nagas plásticas a impressão de códigos QR com o objetivo de entrar em contato com essa tecnologia e estar preparada para oferecer a nossos clientes a opor-tunidade de aplicarem essa solução em suas embalagens.

Esse comportamento já tornou possível, através de grandes parcerias, o lança-mento de produtos em bisnagas plásticas Globoplast com esse diferencial.

O código QR possibilita que a embala-gem carregue uma quantidade de infor-mação muito maior do que sua área de impressão permite ocupando um espaço muito pequeno.

O código deve ser desenvolvido por um software confiável garantindo que a infor-mação desejada esteja contida em sua

É com enorme entusiasmo que a Globoplast inicia o último trimestre desse ano com grandes projetos já no mercado, além de outros projetos interessantes para lançamentoainda em 2012. Não vemos a hora de iniciar 2013, pois tudo confirma que será um ano de grandes conquistas para aGloboplast. Já foram iniciadas as obras da nossa própria planta fabril, muito bem localizada no bairro da Fazendinha em Santana de Parna-íba, a 10 min da Rod. Anhaguera e também próximo à Rod. Castello Branco.A previsão de inauguração da nova Planta é para ano que vem também com nossa nova linha de produção, agora em COEX que nos capacitará a atender completamente os mer-cados, Cosmético, Farmacêutico e Veterinário, Químico e de Alimen-tos. Além disso, novos diâmetros de tubos também são novidade para 2013.

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estrutura, seja uma mensagem de texto ou link de acesso a uma rede social.Com o código gerado, a impressão deve garantir o contraste ideal e o precisoencaixe entre as cores, o que possibilita a leitura 360 graus em alta velocidade.

Com essa mesma linha de vanguarda, atenta às tendências e necessidades do mercado, a Globoplast desenvolveu aimpressão em alto relevo a partir do tubo, o que permitiu a aplicação da leitura em Braille para deficientes visuais.

Com muito orgulho, nosso sistema foi testado e aprovado pelo InstitutoLARAMARA, um dos mais respeitados do Brasil.

Essa solução já é utilizada por alguns de nossos clientes preocupados com a inclusão social no processo de desenvol-vimento de seus produtos, já disponíveis no mercado e atingindo o maior grupo de deficientes do Brasil.

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Evoluindo

m um mercado extremamente concorrido como o de cervejas e chopes no Brasil, os quatro ingredientes básicos para a produção da bebida – água, malte, lúpulo e fermento – não são mais o que diferenciam

um produto de outro concorrente.

O fator que vem ganhando relevância a cada dia, influenciando a decisão de compra do consumidor no ponto-de-venda (PDV) não faz nem parte da receita: criatividade. Para que as pe-quenas indústrias possam concorrer com os gigantes do mercado, há de se buscar fortalecer outros aspectos para justamente sobrepor questões como: o porte, a estrutura e o alcance geográ-fico, que impõe condições e são ine-gavelmente relevantes para a sobrevi-vência do negócio, mas que podem ser superadas com ações criativas e que levam em consideração a realidade do pequeno empreendedor.

O primeiro passo é deixar de enxergar o fator tamanho como um ponto nega-tivo, ou seja, as pequenas devem va-lorizar-se justamente por serem assim, levando em consideração as vantagens relacionadas ao seu porte: proximida-de com o cliente-distribuidor e acesso às informações das necessidades dos consumidores-finais, por exemplo. Ten-do conhecimento claro dessas vanta-gens, é importante estar atento aos mo-vimentos e demandas do público-alvo. Há em nosso país, por exemplo, uma demanda muito clara de pessoas que buscam experiências exclusivas, que-

NO SETOR DE BEBIDASPor Luis Henrique Stockler*

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rem atendimento personalizado e sensa-ções únicas e é justamente nesta demanda que devem mergulhar as pequenas indús-trias, aproveitando o seu processo artesa-nal de confecção das cervejas e chopes. Enquanto elas podem atender a este an-seio, com uma diversidade enorme de ma-térias-primas e metodologias de produção distintas, as mega cervejarias oferecem um produto massificado, excessivamente pre-ocupadas com o marketing - que também é bastante repetitivo – e se esquecem do

diferencial relacionado ao sabor, entregan-do ao cliente um produto focado somente no preço.A ascensão da classe C também contribui para que este seja um cenário favorável às pequenas indústrias, fazendo-as buscar uma posição de destaque. Além de novas experiências, esse público agora passa a terceirizar serviços que antes fazia em casa, com destaque à alimentação. Neste sentido, a bebida também está inserida. Além disso, é cada vez mais comum que o

consumidor aceite pagar mais por um pro-duto que tenha valor agregado, mesmo que incialmente seja apenas para experimenta-ção. Desta forma, é possível perceber que não estamos mais na era da quantidade, mas da qualidade: o chope hoje ganha sta-tus de vinho e está sendo cada vez mais cotado em sessões de degustação eharmonização.Sem querer brigar com as dimensões conti-nentais de nosso país, as pequenas indús-trias devem fortalecer a regionalização

Luis Henrique Stockler*graduado em Administração de Empresas pela FGV, especializado em Marketing pela ESPM e MBA’s de Gestão pelo ITA/ESPM e pela FIA/USP

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e a identificação do público daquela deter-minada área com o produto. É preciso, en-tão, aproveitar a possibilidade de fazer pe-quenos lotes para diversificar os produtos, com versões para o inverno ou o verão, por exemplo, explorando a região onde estão localizadas.

Já o investimento em logística deve ser feito para que se cubra com muita eficiência uma pequena área em vez de tentar abraçar um território grande demais, sem qualidade de serviço. Até mesmo as grandes produtoras de bebi-da do Brasil já demonstram a intenção de construir diversos centros de produção me-nores em detrimento de poucos e grandes centros, já que esta concentração demanda grande investimento em transporte de insu-mos e do próprio sistema de distribuição do produto final, incidindo em barreiras tributá-rias existentes entre os estados.

É preciso admitir que em alguns terrenos a competição será realmente desigual, como nos pontos de venda, por exemplo.Enquanto para uma microprodutora de cho-pe, ambientar um bar com freezers, mesas e cadeiras demanda um investimento des-proporcional ao seu tamanho, a grande pro-dutora tem tentáculos capazes de decorar

centenas de pontos em poucos dias. Mas se pensarmos que o ponto de venda tam-bém é composto por aqueles que atuam nele, podemos enxergar a solução: o treina-mento dos funcionários para manuseio dos equipamentos, investimentos em segurança e conhecimento dos diferenciais do produto são fatores que fazem a diferença em qual-quer ponto de venda, afinal, o atendimento pode fazer muito mais pelas vendas do que os objetos inanimados.

Em outras palavras, as pequenas indústrias devem ter objetivos bem claros: a palavra de ordem não é pulverização, ou seja, não se deve buscar deixar de ser pequena para guerrear em um mercado consolidado. O foco deve ser o crescimento orgânico, em base sólida e o momento é ótimo para colo-car essa gestão em prática.

O brasileiro está disposto, o mercado cres-ce e as oportunidades estão postas, é pre-ciso apenas incluir os ingredientes certos na receita, equilibrando qualidade de atendi-mento, tecnologia, realidade e criatividade.

Tendo esses artifícios em mãos certamente o sucesso será saboreado com um brinde à pequena indústria nacional.

*Luis Henrique Stockler é graduado em Administração de Empresas pela FGV, especializado em Marketing pela ESPM e MBA’s de Gestão pelo ITA/ESPM e pela FIA/USP, iniciou sua carreira corporativa na constru-ção civil, comercializando materiais de construção, implementando e ge-renciando projetos imobiliários. Em 1994, ingressou na indústria de vare-jo e franquias, trabalhando como dire-tor comercial em várias redes varejis-tas como: Hering, TNG, Victor Hugo, Wall Street Institute e Multicoisas. Em 2002, iniciou seu trabalho como con-sultor em diversos projetos relaciona-dos ao varejo e franquias e, em 2008, abriu sua própria empresa de con-sultoria especializada em estratégias para varejo e distribuição. Luis é pa-lestrante credenciado na ABF – Asso-ciação Brasileira de Franchising - e, na área acadêmica, ministra aulas de gerenciamento de franquias e marke-ting na FIA/PROVAR e gerenciamen-to imobiliário para varejo na FGV-SP. Como sócio-diretor da ba}Stockler é responsável pela elaboração de es-tratégias empresariais e coaching de gestão aos clientes.

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ais de 1100 de seus sistemas pioneiros foram instalados em grandes unidades de produção de alimentos em todo o mundo e seu sucesso foi reconhecido com prêmios por inovação e sustentabili-

dade.

Os Equipamentos SAS são apropriados para uma ampla variedade de alimentos, incluindo snacks, cereais, carnes de confei-taria, frescos e congelados, vegetais, Pet-Food e alimentos de origem animal.

Também é cada vez mais popular dentro do setor farmacêutico em que é utilizado pararevestir comprimidos.

Em todo o mundo mais e mais empresas estão reconhecendo o potencial deeletrostática e os benefícios que eleoferece, que incluem:

Tecnologia Premiada

M

para o revestimento de aromas emprodutos alimentícios

Vantagens

• Redução relevante de custos• Controle de 100% do pó• Redução drástica no uso de pó• Maior eficiência• Melhor consistência do produto• Ambiente de trabalho mais limpo

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Ilustração do funcionamento

A tecnologia eletrostática tem sido ampla-mente utilizada em alguns setores de fabri-cação por décadas, mas a sua aplicação nas indústrias de alimentos e farmacêutica é um fenômeno relativamente novo.Os equipamentos SAS de pulverização ele-trostática são projetados especificamente para preencher essa lacuna e são comu-mente utilizados em aplicações de sistema de óleo, pó e lama.Até recentemente, a maioria dos fabrican-tes têm aplicado aromas e revestimentos

Aproveitando o poder da eletrostáticaSobre Eletrostática

para produtos através de um tambor, mas o método é ineficaz devido à fraca cobertura e desperdício de pó.A SAS resolve estes problemas graças ao aproveitamento exclusivo do poder da eletrostática e seu equipamento pode ser adaptado em linhas de produção existentes.

A técnica funciona através da aplicação de uma carga estática ao pó, óleo ou suspen-são, que irá ser pulverizado sobre o produto base, tais como snacks, goma de mascar

ou comprimidos. A medida que os aromas e revestimentos se tornaram “negativamente” carregados, aderem automaticamente ao produto base “positiva”, criando um efeito envolvente.O sistema proporciona grande precisão para aplicações e, dependendo das quan-tidades de produtos fabricados, SAS estima um retorno do investimento dentro de cerca de quatro meses em termos de economia por si só principalmente através do menor desperdício e maior eficiência energética.

Scarf Feeder Pá Argur Disco rotativo Eletrostático SAS

Economia de pó 10% 0% 0% 0% 10-45%

% Cobertura 75% 75% 40% 40% 100%

Perdas 60% 60% 65% 60% 5%

Contaminação 75% 80% 70% 90% 20%

Comtaminação do empacotador 75% 80% 70% 90% 20%

Contaminação do cilindro 60% 75% 75% 90% 15%

Retorno do investimento 2 anos 2 anos 2 anos 2 anos 3 meses

Tabela: Processo eletrostático em comparação com outras tecnologias

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Reduz drasticamente o uso excessivo de pós (aromas, temperos,etc...), óleo e lama, mas melhora vastamente cobertura e consistência do produto.

Atualmente os problemas de saúde cau-sados pelo excesso de “aditivos”, onde os níveis de óleos e gorduras devem ser rigo-rosamente controlados, a extrema preci-são do sistema garante que os fabricantes de saber exatamente o quanto eles estão usando. Recentemente, a SAS lançou um

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novo painel de controle automatizado que pode registrar e armazenar dados precisos do fluxo de ar aplicado de até 100 diferentes pós, instantaneamente.

A contaminação por pó e de nebulização em torno da linha de produção é mantido a um mínimo absoluto, resultando em um ambiente de trabalho mais limpo para os trabalhadores e menos tempo de inativida-de para mudanças de limpeza e de sabor.Os equipamentos da SAS irão trabalhar

AplicaçõesCereais Adição de vitaminas e fragrâncias (pós ou líquidos),Snacks Pulverização de pó e temperosIndústria farmacêutica Revestimento de ta-bletes, formação de grânulosHorticultura Revestimento de pó em se-mentes.Agricultura Revestimento de pó ou liquido em batatas ou alimentos para gadoCarnes Carne de frango e alimentosprocessados, aromas (pó) ou palatabilizan-tes líquidos.Confeitaria Pulverização de menta, goma de mascar, etc...Padaria Pulverização de óleo e pós embiscoitos e tortas.Pet Food Pulverização de pós e líquidos em biscoitos, croquetes, barras.

com todos os tipos comuns de bombas e parafuso / rosca alimentadoras e o sistema pode ser configurado para aplicar tanto óleo e tempero seco simultaneamente controla-do através do painel de controle ao mesmo.

O objetivo deste sistema é eliminar o exces-so de pulverização e desperdício, e colocar o material de revestimento sobre o alvo na medida certa. Isto se consegue pela atomi-zação negativa do pó / óleo, de modo que as partículas sejam atraídas para o alvo,

onde os opostos atraem.Um elétrodo de carregamento fica localizado na ponta da cabeça de pulverização eletrostática ou atomizador. O pó / óleo é atomizado na medida em que se move para além do elétrodo, neste momento as partículas são ionizadas negativamente. Um campo eletrostático é criado entre o elétrodo de carga e a peça de trabalho (alvo).Desta forma se consegue um efeito envolvente e espalhado em todas as faces do alvo.

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A Prática Produtos mostra ao mercado o Ecofry Gour-met. Uma inovação na forma de “fritar” alimentos. Os problemas originados pelo uso da gordura, pela recicla-gem dessa gordura, limpeza das fritadeiras, dos espaços necessários para o estoque de óleo e outros tantos que o setor enfrenta quando se trata de fritura, têm uma nova perspectiva e solução com o uso do Ecofry Gourmet.

Ecofry Gourmet é um fritador de última geração que vem para revolucionar o mercado de equipamentos gastronô-micos.

Destinado à preparação de alimentos fritos sem óleo, utiliza uma combinação de aquecimento por convecção de ar forçado em alta velocidade e extração de umidade dentro câmara de cocção. O processo de cocção e finali-zação acontece devido a 3 variáveis de operação: tempo, temperatura e velocidade do ar. A combinação desses 3 fatores promove a crocância, aroma e sabor perfeitos para alimentos pré-fritos, e uma variedade de alimentos crus com teor de gordura na sua composição.

é a palavra de ordem da Prática para o food service

Nota

Inovacãos

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ara garantir e prolongar a qualida-de dos alimentos industrializados desenvolveu-se diversos trata-mentos capazes de diminuir a car-ga microbiana ou mesmo eliminar os microrganismos deteriorantes.

O tipo de tratamento aplicado varia de acor-do com o tipo de alimento e microrganismo comumente presente.

Os processos mais utilizados são geral-mente de origem térmica, porém, para de-terminados produtos, procedimentos em que recebem calor, causam alterações na cor e sabor do produto original. Alguns pro-cessos não térmicos vêm sendo aplicados para a preservação de alimentos.

Um desses processos é a irradiação dos alimentos com luz ultravioleta de ondas cur-tas, que recentemente tem ganhado espa-ço no mercado de inativação microbiológica em água e superfície dediversos materiais.

A tecnologia ultravioleta vem ganhando espaço no segmento de combate a micror-ganismos devido às suas muitas vantagens em relação a outros dispositivos de esterili-zação, pois não são deixados resíduos. Sua alta eficiência e confiabilidade fizeram com que grandes indústrias e governos passas-sem a utilizá-la na esterilização de produ-tos, embalagens e até mesmo no tratamen-to de água potável e residual.

Produtos como sucos de frutas e o leite, que hoje em dia são submetidos a tratamentos de pasteurização, podem ser tratados por UV, uma vez que, a pasteurização pode al-terar o sabor destes produtos pelo tempo e temperatura usados no processo.

A desinfecção por UV ao contrário dos bio-cidas químicos, não introduz toxinas ou re-síduos na água e não altera a composição química, sabor, odor ou pH do fluido a ser tratado, o que é especialmente importante em água e bebidas industriais engarrafa-das onde a dosagem de conservantes quí-micos adicionados ao produto, ou mesmo

em processos industriais, pode alterar as propriedades químicas do produto final, o que promove a mudança no sabor. Dessa forma, o consumidor procura por produtos que preservem suas características senso-riais originais, mas que recebam tratamento mínimo para garantir sua segurança micro-biológica e estabilidade.

De acordo com a RDC n° 21 de 26 de ja-neiro de 2001, da ANVISA, (BRASIL, 2001), a irradiação de alimentos é um processo físico de tratamento que consiste em sub-meter o alimento, já embalado ou a granel, a doses controladas de radiação ionizante, com finalidade sanitária, fitossanitária e ou tecnológica.

Esse é um processo alternativo capaz de prolongar a vida útil e melhorar a qualidade de vários tipos de alimentos, visando redu-zir significativamente as perdas pós-colhei-ta, além de aumentar a qualidade higiênica

e a competitividade dos produtos agropecu-ários no mercado internacional.(www.anvisa.gov.br).

A luz UV por se tratar de um processo físi-co no qual a energia é o meio germicida, apresenta diversas vantagens em relação a outros métodos, entre elas: não gera subprodutos que poderiam alterar o sabor, odor e cor no alimento, não gera resíduos químicos, é um processo frio, a seco, sim-ples, efetivo e de baixo custo comparados a outros processos de esterilização, além de não gerar qualquer tipo de radioatividade ionizante.

Outra importante vantagem da irradiação em alimentos, comparado com a pasteuri-zação, é a atuação com eficácia em todo o volume do produto sem elevar significativa-mente sua temperatura.

A irradiação ultravioleta tem efeito micro

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Utilizacão de luz UV s

para preservacão de sucos e xaropes de frutas para preparacão de coquetéis.

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Renata de Fátima Souza, aluna curso especializa-ção em microbiologia do Centro Universitário Pa-dre Anchieta e Eliane Melo Brolazo, pesquisadora convidada Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)

O liquido é bombeado e tubulações conec-tadas nas extremidades do reator permitem a recirculação e o tratamento contínuo do líquido, que circula no espaço anular entre a lâmpada e a parede do tubo externo até atingir o efeito germicida necessário. Sistemas de refrigeração podem ser usa-

Mecanismos de utilização da Luz UV em líquidosdos para resfriar o líquido antes ou após o tratamento com UV. A vazão é controlada pelas bombas e, por conseguinte, a dose de radiação fornecida ao líquido.É importante assegurar a homogeneização do líquido durante o tratamento. A penetração da radiação UV-C em sucos é

de aproximadamente 1 mm com absorção de 90%, líquidos opacos com espessura de 1,6 mm podem ser considerado transpa-rente ao UV se estiver na forma de filme. Filmes finos reduzem o caminho percorrido pela luz UV através do líquido, evitando pro-blemas associados à falta de penetração.

Uma das vantagens da utilização da luz UV como germicida é o baixo custo de manutenção do equipamento e uma tec-nologia “amigável” que elimina a necessi-dade de uso de muitos tratamentos quí-micos, enquanto assegura altos níveis de segurança.Por isso, os processos por UV apresen-tam muitos benefícios, entre os quais: não geram subprodutos tóxicos; permitem desinfecções rápidas (segundos); sem resíduos de odor; não precisa estocar substâncias tóxicas; necessita de míni-mo espaço para o equipamento; remove alguns contaminantes orgânicos e causa pequeno ou mínimo impacto ambiental.

Vantagens e desvantagens da luz UVAlém disso, inativa a ação de bactérias patogênicas comuns como Cryptospori-dium ou Giardia.De modo geral, sistemas de desinfecção por UV são fáceis de instalar, com míni-mas paradas na planta de processamen-to; com pequena manutenção e de fácil uso pela equipe treinada. Por outro lado, a principal limitação dessa tecnologia, quando utilizada em alimentos é o baixo grau de penetração que dificulta o alcance da radiação por toda a carga microbiana existente no alimento. Desta forma, é importante que as super-fícies sejam previamente livres de con-taminantes com partículas maiores. Já

para aplicação em líquidos turvos (mais viscosos) há a necessidade de maiores dosagens (mínimo de 400 J/m2). Porém, doses excessivas de luz podem provocar a (foto) oxidação com mudanças indese-jáveis das características sensoriais do produto. Outra desvantagem para utilização em superfícies e embalagens é a pequena quantidade de equipamentos disponíveis no mercado e poucos estudos da ação UV sobre os diferentes materiais. Portan-to, por se tratar de uma tecnologia nova, é importante que seja testada de acordo com o material de interesse antes deutilizar na planta.

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biocida quando utilizada com intensidade e tempo de exposição suficiente.

A Resolução n° 21 de 26 de janeiro de 2001, da ANVISA, (BRASIL, 2001), também determina que, qualquer alimento pode ser irradiado desde que sejam observados os limites mínimos e máximos da dosagem aplicada, sendo que a dose mínima deve ser suficiente para alcançar a finalidade pretendida e a máxima, inferior àquela que comprometeria as propriedades funcionais e/ou atributos sensoriais do alimento.(www.anvisa.gov.br).

A intensidade da luz é relativa ao tipo de lâmpada UV (mercúrio, amálgama, de alta pressão, média ou baixa), enquanto o tem-po à vazão e o tempo de exposição do pro-duto com a energia da lâmpada.

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ntre 2009 e 2010, enquanto aluna do curso de Ciências dos Alimen-tos da Escola Superior de Agri-cultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), Aline Marques Bortoletto foi bolsista do programa CAPES/BRAFAGRI e cursou disciplinas

no Institut National Supérieur des Scien-ces Agronomiques, de l’Alimentation et de l’Environnement - AgroSup Dijon (França).

Durante a permanência na Europa, fez es-tágio e o trabalho de conclusão de curso no Institut Universitaire de la Vigne et du Vin - IUVV, Jules Guyot - Université de Bourgog-ne (França), quando estudou a interação madeira/compostos de aroma e impacto sobre a percepção sensorial do vinho.

Hoje, como mestranda do programa de Pós-graduação em Ciências dos Alimentos da ESALQ, tem adaptado os estudos reali-zados na França para o comportamento da bebida mais popular no Brasil, a cachaça.

No Laboratório de Tecnologia em Qualidade Química de Bebidas, orientada pelo pro-fessor André Alcarde, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), observa a composição química de cachaça envelhecida por interação com madeira de carvalho proveniente de diferentes florestas francesas.

Pesquisa observa

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influência da tosta em barris de carvalho na qualidade da cachacas

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“A cachaça é a bebida destilada típica do Brasil e seu envelhecimento em barris de madeira proporciona maior qualidade. A composição química da madeira de car-valho, a espécie botânica, a proveniência geográfica, a idade da madeira e o modo como conduzir a floresta são parâmetros relevantes na escolha do produtor, pois interagem sobre a qualidade da madeira e, consequentemente no perfil sensorial da bebida”, comenta Aline.

De acordo com a pesquisadora, a ma-deira de carvalho é a principal madeira utilizada no envelhecimento de bebidas alcoólicas, adquirindo supremacia mun-dial, pois participa ativamente do “flavor” da bebida de qualidade graças à extração de moléculas aromáticas, porém deman-da alto custo inicial e longo prazo.

O experimento conduzido por Aline vem sendo realizado primeiro em escala la-boratorial, mediante uso de fragmentos destas madeiras, para posteriormente ser aplicado em sistema convencional (tonéis).

O projeto tem apoio da Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e avalia os compostos químicos aromáticos oriundos da degradação tér-mica da madeira, mediante a interação da cachaça com fragmentos de carvalho de diferentes florestas francesas Allier, Vos-ges and Nièvre tostadas nas intensidades fraca, média e alta, padronizadas pela tonelaria em cachaça (40%v/v ethanol). Os compostos químicos analisados por cromoatografia líquida de alta eficiência

(CLAE) são vanilina, siringaldeído, ácido vanílico, sinapaldeído ácido siríngico, co-niferaldeído, ácido elágico, 5-hidroximetil-furfural e ácido gálico, relacionados aos aromas de baunilha, especiarias, carame-lo, amêndoas e outros. “O nível de degradação térmica da madei-

Crédito: Caio Rodrigo Albuquerque

ra aumenta a complexidade aromática a partir da degradação de polímeros, como polissacarídeos e polifenóis, permitindo o surgimento de novas substâncias aromá-ticas, e influencia as características físi-cas, químicas e organolépticas da bebida.Porém, o emprego desta técnica deve ser estudado em cada tipo de bebida”, salien-

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ta a autora do trabalho.

Além disso, um aspecto importante a se levar em conta no envelhecimento de be-bidas é a operação da queima ou tosta aplicada às aduelas dos barris.

“Esse tratamento é necessário para dar forma aos tonéis, bem como para modificar as estruturas moleculares da madeira, possibilitando a melhor qualidade das bebidas durante seu envelhecimento mediante aumento da complexidade e intensidade dos com-postos denominados congêneres de envelhecimento”, explica Aline.

Até o momento, o perfil aromático das amostras relata forte influência da inten-sidade de tosta da madeira nas três flo-restas, sendo que a tosta alta apresenta maiores quantidades de todos os com-postos aromáticos analisados.

A cachaça maturada com madeira carva-lho Vosges alta obteve maiores valores quando comparado as demais madeiras. Observou-se ainda que o perfil aromático das madeiras Vosges e Allier possuem maiores teores de sinapaldeído, siringal-deído e vanilina. Testes sensoriais serão

estudados futuramente para complemen-tação do estudo, mas enquanto a pesqui-sa segue na definição de parâmetros, a pesquisadora apresentará parte dos re-sultados, em julho, em Laval, na França, durante o Food Factory – 6th international conference on the food factory for the fu-ture.

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Cuidadoso Brasil, os alimentos são trans-portados das zonas rurais até os centros urbanos. E as mercadorias produzidas nas grandes cidades são levadas até o campo, em geral per-correndo grandes distâncias. Todos os alimentos podem ser contami-

nados por diversos agentes, muitas vezes im-perceptíveis e de alto grau de nocividade para a saúde humana. Essa contaminação resulta, normalmente, em doenças de origem alimen-tar e pode acontecer por via biológica, física e química. Para a preservação do alimento as ações devem se resumir à prevenção ou ao re-tardamento de deterioração da sua composição nutricional.

O transporte de alimentos é uma etapa essen-cial da cadeia logística que requer o cumpri-mento de regras estabelecidas pelos órgãos sanitários, com a finalidade de assegurar a ma-nutenção da qualidade do alimento e de suas propriedades nutricionais até a entrega ao desti-no final. As boas práticas de transportes consis-tem em um conjunto de ações que visa cumprir os requisitos de higiene e de conservação dos alimentos tendo como base as regras para a se-gurança alimentar, sendo assim, osveículos deverão ser dotados de equipamentos que atendam as condições mínimas de higiene e de conservação.

No transporte de alimentos

• Fresco ou in natura;• Industrializado;• Em forma farmacêutica como cápsulas, comprimidos etc.

O Ecofry Gourmet é prático, seguro e traz benefícios vantajosos ao food service:

Ao se efetuar o transporte de alimentos de diferentes categorias deve-se atentar para as suas características e especificidades de conservação, além de se evitar o contato direto entre as diferentes formas de apresentação para que não ocorracontaminação cruzada.

• Presença de objetos estranhos no veículo e/ou nas caixas de embalagens para o transporte;• Tempo/temperatura inadequados à conservação do alimento;• Transporte com produtos incompatíveis;• Veículos em mau estado de conservação;• Paletes e outros equipamentos em mau estado de conservação.

Os principais fatores de risco no transporte inadequado de alimentos são:

As normas sanitárias para o transporte de alimentos estão inseridas no contexto geral das normas de higiene e de segurança de alimentos. Por ser uma atividade fiscalizada pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais, cada Município ou Estado possui normas aplicadas ao controle sanitário dos alimentos, o que muitas vezes representa a criação de normas específicas, dependendo da complexidade de conservação das várias categorias dos alimentos.

Legislação sanitária

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- Portaria nº 326/1997 do Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) que aprova o regulamento técnico das condições higiênicos-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimentos produtores/indus-trializadores de alimentos.

- Portaria nº 1.428/1993 do SVS/MS que aprova o regulamento téc-nico para inspeção sanitária de alimentos, as diretrizes para o es-tabelecimento de Boas Práticas de Produção (BPP) e de prestação de serviços na área de alimentos e o regulamento técnico para o estabe-lecimento de padrão de identidade e qualidade (PIQ’s) para serviços e produtos na área de alimentos.

- RDC nº 275/2002 da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (ANVI-SA) que dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos operacio-nais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/indus-trializadores de alimentos e a lista de verificação das BPF em estabe-lecimentos produtores/industrializa-dores de alimentos.

No âmbito federal há as seguintes normas:

- Portaria n°1210/2006 da Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS-G) que aprova o regulamento técnico de Boas Práticas, que estabelece os critérios e parâmetros para a produção/fabricação, importação, mani-pulação, fracionamento, armazenamento, distribuição, venda para o consumo final e transporte de alimentos e bebidas.

No Município de São Paulo/SP há a norma: Para o transporte de alimentos pode-se uti-

lizar diversos modais, dentre os quais predominam-se nas regiões do Brasil o modal rodoviário, o modal aéreo e, princi-palmente a multi ou intermodalidade, que consiste basicamente na utilização de mais de um modal, apenas diferenciando-se pela utilização de um ou de mais documentos de transporte emitidos até a entrega aodestino final.

Modais de transporte

• Transporte de âmbito internacional - Utilização de modal aéreo, fluvial e rodoviário;• Transporte de âmbito nacional - Utilização de modal aéreo, rodoviário e cabotagem;• Transporte local e regional - Utilização de transporte terrestre em caminhões, carros de pequeno e grande porte, motocicletas etc.

No Brasil ainda há a cabotagem, como a navegação realizada entre portos interiores do País pelo litoral ou por vias fluviais. Devido à extensão geográfica do País, esta prática é também utilizada com outros modais, o que torna o controle para conservação dosalimentos no âmbito nacional ainda mais complexo.

Independente do modal utilizado é importante observar as devidas formas de acondiciona-mento do alimento em todos os níveis de embalagens, desde a primária até a terciária ou quaternária, além das especificações de conservação. Neste caso, é importante verificar os prazos de entrega até o destino, ou seja, o modal escolhido deve considerar a conservação ideal do alimento naquele prazo determinado e a efetiva entrega do alimento em segurança.

É recomendável a utilização de veículos isotérmicos e exclusivos para o transporte de ali-mentos, porém caso isso não seja possível, deve-se utilizar equipamentos compatíveis com a carga alimentícia. A utilização de produtos de natureza química e saneantes domissanitá-rios é vetada pelos órgãos fiscalizadores.

A atividade de transporte de carga, inclusive de alimentos, abrange as seguintes operações, em geral:

• Assegurar condições de temperatura e de umidade adequadas aos alimentos transportados;• Dispor de alarme ou de outros dispositivos de segurança do lacre do baú;• Possuir medidores de temperatura e de umidade, e nesse caso de preferência utilizar os tipos loggers, que permitem o registro e a memória dos dados em todo o trajeto de transporte;• Realizar manutenção periódica com a finalidade de checar a funcionalidade de todos os equipamentos em pelo menos três momentos: antes da utilização do equipamento, periodicamente (anual) ou conforme as exigências da Vigilância Sanitária;• Os baús refrigerados deverão ser qualificados para garantir a manutenção da faixa ideal de conservação dos produtos durante todo o trajeto de transporte.

Procedimentos adequados para os equipamentos dos veículosOs baús dos veículos, isotérmicos ou não, devem:

• Estabelecer rotinas de limpeza e de dedetização periódica, com prestador de serviço de dedetização devidamente credenciado no órgão sanitário local;• A parede interior do baú do veículo, incluindo teto e frestas devem ser revestidas com material resistente à corrosão, impermeáveis e fáceis de limpeza e desinfecção;• Os compartimentos internos do veículo devem possuir sistema de escoamento de água;• Os materiais utilizados na limpeza devem ser neutros e não transmitir substâncias tóxicas, cheiros, cor ou sabor;• Os paletes, as gaiolas e os demais equipamentos devem ser facilmente laváveis e devem permitir adequada circulação de ar, entre uma carga unitizada e outra, se carregadas no veículo;• Sempre que necessário, para o transporte de peças de carne, deve-se utilizar dispositivos de suspensão (barras, ganchos etc.) e suportes que sejam fáceis de lavar e desinfetar;• As embalagens de acondicionamento como isopor e caixas isotérmicas devem ser de cor clara com avisos devidamente apropriados ao atendimento das condições de higiene e conservação os alimentos.

Procedimentos de limpeza dos veículosA limpeza dos veículos deve seguir os procedimentos:

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Para a preservação dos produtos deve-se considerar a embalagem (envoltório para acondicionamento do produto) desde a fase de desen-volvimento do produto, de produção, de armazenagem e de transporte até o Ponto de Venda (PDV), considerando-se as funções para cada etapa:• Primária - Contém o produto, é a unidade de comercialização no varejo;• Secundária – Acondicionamento (bandeja, filme etc.) das embalagens primárias, normalmente utilizada para disposição no PDV;• Terciária - Contentores resistentes (papelão, plástico, madeira etc.), para unitizar as embalagens secundárias para movimentação manual e transporte, normalmente é a unidade de atacado;• Quaternária - Unitização das embalagens terciárias (palete) para estocagem e transporte;• Quinto nível - Para preservação ou transporte especial (caminhões ou contêineres).

Embalagens e unitização

A necessidade atual de grandes quantidades de produtos alimentares frescos ou congelados nos grandes centros destaca a refrigeração e conseqüentemente o frio como o único meio de conservação no seu estado fresco original. Em 2002 a Associação Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) estabeleceu requisitos para o transporte de alimentos refrigerados. A NBR nº 1614701 regulamenta o transporte de produtos alimentícios refrigerados com o objetivo de definir a temperatura adequada ao longo de toda a cadeia de abastecimento, desde os armazéns frigorificados do produtor até a entrega ao varejo, e abrange também: embalagem, unitização, movimentação, utilização de registradores de temperatura nos estoques e nos transportes, entre outros.

Alimentos perecíveis ou termosensíveis

Importante destacar como um instrumento para o controle da segurança dos alimentos na etapa de transporte o sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou Hazard Analysis and Critical Control Points (HACCP). O APPCC é recomendado por organismos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e é exigido pela Comunidade Européia e pelosEstados Unidos da América (EUA).

O sistema APPCC

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) possuem ações com objetivo de ado-ção do sistema APPCC pelas indústrias alimentícias. Segundo o manual da Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP) o sistema APPCC é um sistema pró-ativo que se baseia na prevenção de problemas relativos à segurança e à salubridade dos alimentos produzidos.Em resumo, pode-se afirmar que o sistema APPCC identifica os perigos específicos no decorrer de todas as etapas de produção, transfor-mação e distribuição, desde a matéria-prima até a obtenção do produto final, define as medidas preventivas para minimizar a ocorrência dos mesmos e estabelece medidas efetivas para esse controle. É um sistema de caráter preventivo porque permite detectar potenciais problemas de segurança alimentar antes da sua ocorrência ou no momento em que ocorrem, aplicando medidas corretivas imediatas e evitando, assim, que seja afetada a segurança do produto final e a saúde do consumidor. Sendo o sistema APPCC uma referência em nível internacional, a sua aplicação permite uma harmonização das condutas de segurança alimentar, contribuindo para o aumento na segurança e na confiança do consumidor.

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á alguns anos, diversos alimen-tos como soja, aveia, centeio, nozes, leite, vinhos, entre outros, ganharam lugar à mesa dos bra-sileiros e se transformaram em aliados do conceito de saudabili-dade e do aumento da qualidade

de vida. Entretanto, muitos deles apresen-tam risco de contaminação por micotoxinas, principalmente em áreas tropicais esubtropicais.

As micotoxinas são componentes tóxicos produzidos por alguns fungos presentes nesses alimentos e podem causar vários tipos de câncer, como de fígado, intestino, pulmão e mama. Provavelmente não há um consenso sobre a quantidade e a frequên-

Testes são capazes de identificar toxinas quecontaminam cereais, nozes, leite e até mesmo vinho

cia de consumo que pode acarretar a doen-ça, mas, por medida de segurança, desde o ano de 2011 está em vigor a Resolução 07/11 da Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária, que estabelece os limites máximos tolerados em vários alimentos.

Com o objetivo de investigar a existência dessas toxinas, existe hoje diversos testes em segurança alimentar, entre os quais estão os imunoensaios por ELISA e Teste Rápido de Fluxo Passante (Flow-Through Rapid Test - FTRT), que são baseados em anticorpos específicos para cada tipo demicotoxina.

Produzidos pela EuroProxima e distribuídos no Brasil pela GENESE (www.gendiag.com.

br), estão disponíveis kits para detecção e quantificação de Aflatoxinas (B1, B2, G1, G2 e M1), Ocratoxina A, Desoxinivalenol (DON), Fumonisinas (B1 e B2) e Zearaleno-na em diferentes tipos de alimentos, tanto por FTRT quanto por ELISA .

No caso do FTRT, o kit realiza 10 análises e os resultados são visualmente interpretados em 5 minutos após o preparo e aplicação da amostra. Já o ELISA é capaz de realizar 96 análises (incluindo dos padrões) e fornecer resultados quantitativos.“Os ensaios ELISA e FTRT são de fácil entendimento e aplicação, além de ser uma excelente metodologia no rastreio dessas toxinas”, afirma Alan Castro, as-sessor científico da GENESE.

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Seguranca alimentars

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Agilent

rincipal empresa global em medi-ção analítica espera dobrar sua participação neste mercado em dois anos. Os sistemas e equi-pamentos Agilent em segurança alimentar são adotados pelas principais agências de controle

sanitário do mundo e grandes empresas alimentícias.

A Agilent anuncia a criação do Programa de Segurança Alimentar no Brasil, a exemplo de iniciativas semelhantes já implantadas, pela companhia, na China, Índia, Europa e Estados Unidos.

A empresa desenvolve sistemas que me-dem, por análises químicas e biológicas, a presença de elementos que possam ser considerados contaminantes, como pestici-das, produtos fármaco-químicos e metais,

mesmo que a nível traço. Suas soluções também estão dimensio-nadas para analisar e rastrear agentes de difícil identificação como toxinas, micotoxi-nas (mais de 3000 já conhecidas), hormô-nios esteróides, dioxinas, toxinas marinhas (compostos de moléculas pequenas produ-zidas por frutos do mar) e alergênicas de moléculas pequenas.

“Com o crescimento do intercâmbio glo-bal de alimentos, cresce também riscos de contaminação e elevam-se os pa-drões de exigências das agências nacio-nais controladoras. Os produtores e empresas brasileiras têm que estar preparados e atualizados com as mais recentes e inovadoras téc-nicas de análises, para viabilizar a acei-tação dos alimentos brasileiros pelo mercado externo”, afirma o químico André

Santos, recém-nomeado como GerenteGeral do Programa de Segurança Alimentar da Agilent no Brasil.

Ele lidera uma equipe de três cientistas, especializados nas tecnologias de análises químicas e biológicas para este segmento.

Recentemente, foi anunciado um acordo de cooperação com a FDA (agência norte-americana que estabelece padrões para alimentos e medicamentos), para desenvol-vimento e pesquisa de novas ferramentas para detectar, rastrear e analisar também patogenias bacterianas em alimentos.

No Brasil, laboratórios estaduais do Ministé-rio da Agricultura e indústrias como Bayer, Nestlé e MARS já são usuárias dossistemas Agilent.

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CRIA PROGRAMA DE TECNOLOGIA PARASEGURANCA ALIMENTAR NO BRASILs

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Nota

ChocoEasy®

m acordo com a Meller, sediada no Espírito Santo, transferiu para a Netzsch Equipamentos de Mo-agem, de Pomerode, os direitos de produção e comercialização, bem como a assistência e manu-tenção do sistema ChocoEasy®,

que atualmente é referência mundial entre os principais fabricantes de chocolates, por permitir a conchagem, fundamental para o desenvolvimento do sabor e do controle da reologia.Pelo acordo, a Netzsch, que já fabricava e distribuía o ChocoEasy® para países da América Latina e outros mercados fora do Brasil, absorve também o mercado nacio-nal. A Meller continua sendo parceira da Netzsch para instalação e desenvolvimento de tecnologias de processo no segmento de chocolates, compounds e recheios.A expectativa da NEM é que a exclusivi-dade sobre o ChocoEasy® represente um incremento de até R$ 12 milhões no fatu-ramento, já que o Brasil é, hoje, o principal consumidor desta tecnologia.Com a nova participação no mercado indus-trial, aliada à demanda ascendente por tec-nologias para acompanhar o crescimento do consumo de chocolates no País, a previ-são é ampliar as vendas no segmento, que já representa 30% do volume de negócios da Netzsch Equipamentos de Moagem. Para acompanhar os números, a empresa planeja investir R$ 15 milhões na implan-tação de uma unidade fabril própria, em Pomerode, a partir de 2013, que terá 7 mil metros quadrados, o dobro da área produ-tiva atual.

Agora é exclusividade da Netzsch, também no BrasilAcordo com a capixaba Meller transfere para a multinacional os direitos de fabricação e venda do sistema que é referência entre os maiores fabricantes de chocolate do País

De acordo com o diretor geral da Netzsch Equipamentos de Moagem, Giuliano Albie-ro, a abertura do mercado brasileiro para o ChocoEasy® ocorre em um excelente momento, pois o crescimento do poder de compra do brasileiro tem ocasionado um incremento nas vendas de chocolates e a consequente busca por novas tecnologias entre os fabricantes.

“O consumo aumenta e o consumidor está mais exigente, querendo sempre mais no-vidades, o que leva os fabricantes a bus-carem tecnologias para diversificar a pro-dução.Neste sentido, o ChocoEasy® se destaca por oferecer soluções mais ágeis e simpli-ficadas, com instalações compactas, menor custo energético e a possibilidade de reali-zar testes e experimentações em modernos laboratórios”, afirma.A principal característica do sistema Cho-coEasy®, segundo Albiero, é a flexibilida-de das plantas no segmento chocolates – capacidades de 50 quilos até 6 toneladas

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por ciclo, o que possibilita sua adequação desde pequenas chocolaterias até grandes fabricantes de alto consumo.

A partir de setembro a NEM contará com uma planta piloto (capacidade até 300 qui-los) em seus laboratórios em Pomerode, que poderá ser utilizada pelos clientes para desenvolvimento e demonstrações (testes de formulação, tempo de processos e qua-lidade).Operacionalmente, a Chocoeasy® se dife-rencia no mercado por permitir a dosagem e mistura de ingredientes a seco (açúcar, massa de cacau e leite em pó), o que re-presenta um ganho de qualidade (sabor e cremosidade) nas receitas de chocolate. Também possibilita fabricar massas de cho-colate a partir do açúcar cristal, dispensa a moagem prévia.

Para a moagem dos demais ingredientes, a Netzsch também dispõe de moinhos es-pecíficos, que se ajustam perfeitamente à planta do ChocoEasy®.

A tecnologia

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Nota

O sistema ChocoEasy® foi lançado e pa-tenteado pela Netzsch Confectionary, na Alemanha, em 2004,como estratégia de ex-pansão dos negócios da companhia no se-tor de chocolates/doces/açucares. A unida-de de Pomerode, absorveu esta divisão de negócios, fornecendo principalmente para os mercados latinoamericanos, sudeste asi-ático e à Intercompany do Grupo Netzsch. Como a Meller detinha a patente do siste-ma no Brasil até maio deste ano, as duas empresas mantinham uma parceria para garantir a fabricação e desenvolvimento das tecnologias, permitindo suprir também o mercado nacional. Agora o sistema passa a ser feito exclusi-vamente na planta da Netzsch em Pome-rode, com mais agilidade e eficiência e com todos os registros junto ao BNDES, o que possibilita o financiamento das plantas pelo Finame. Atualmente o ChocoEasy® é uma tecnologia consolidada, presente nos maio-res e mais conhecidos fabricantes de cho-colates do Brasil.

Tate & LyleTate & Lyle, fornecedora global de ingredientes e soluções para indústria de Alimentos e Bebidas, introduz TASTEVA™Stevia Swe-etener, um saboroso adoçante à base de stevia que oferece dulçor sem calorias.

Com TASTEVA™ Stevia Sweetener, os fa-bricantes de alimentos e bebidas que bus-cam dulçor a partir de uma fonte natural podem reduzir os níveis de açúcar de seus produtos em 50% ou mais*, sem o sabor residual amargo de alcaçuz frequentemen-te associado a outros adoçantes à base de stevia.

“A Tate & Lyle analisou por dois anos a com-posição de diversos glicosídeos de steviol e desenvolveu um processo patenteado

para oferecer a indústria o balanço ótimo de dulçor com 100% de sabor”, afirma Jeremy Thompson, Diretor de Produtos da divisão de Adoçantes Naturais da Tate & Lyle.

As pesquisas realizadas pela Tate & Lyle e o parecer de clientes ao redor do mundo mostram que o TASTEVA™ Stevia Sweete-ner entrega um dulçor puro e uma clara van-tagem em termos de sabor em relação ao Reb A 97 e outros ingredientes derivados da stevia. Tais vantagens foram demonstradas em uma ampla gama de aplicações alimen-tares, incluindo bebidas e produtos lácteos.

“O TASTEVA™ Stevia Sweetener fornece um sabor superior e é uma alternativa natu-ral ao açúcar no sentido de auxiliar nossos clientes a enfrentar o desafio de reduzir o conteúdo calórico e de açúcar”, diz Thomp-

son, acrescentando que o cliente também se beneficia do portfólio de ingredientes es-peciais da Tate & Lyle, e de sua profunda experiência em projetar soluções no ramo de adoçantes.“Na Tate & Lyle, o dulçor está em nossos genes; com essa nova adição ao nosso portfólio de produtos naturais, que tam-bém inclui o Monk Fruit PUREFRUIT™, estamos numa posição única para en-frentar qualquer desafio no ramo de ado-çantes.”

O TASTEVA™ Stevia Sweetener foi lança-do na América Latina na Food Ingredients South America em São Paulo, em Setembro de 2012, e na Europa como parte do Health Ingredients Europe em Frankfurt, será em Novembro de 2012, seguido por maislançamentos regionais em 2013.

Lança o adoçante à base TASTEVA™ Stevia Sweetener, entregando uma solu-ção chave em termos de sabor para a redução dos elevados níveis de açúcar

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Apesar da transferência dos direitos sobre a fabricação e representação da tecnolo-gia no Brasil, Meller e Netzsch continuam atuando em parceria. Pelo acordo, a Mel-ler mantém o apoio técnico à Netzsch no segmento de chocolates, compounds e recheios. “Passamos a nos dedicar exclu-sivamente ao aprimoramento de tecnolo-gias para o setor, especificamente no pro-cessamento de cacau (massa, manteiga e pó de cacau) e up grade de equipamentos usados. Entendemos que esta nova forma de parceria fortifica ainda mais a nossa rela-ção com o mercado, trazendo ganhos para ambos”, afirma Luciano França de Oliveira, diretor comercial da Meller.

Para impulsionar ainda mais o volume de negócios do ChocoEasy®, a NEM terá o suporte da Komatec, de São Paulo, que há quase 30 anos atua na representação exclusiva da companhia para instalações produtivas de coberturas (compounds) e re-cheios. Para o diretor, Thomas Koblinsky Jr, a licença do ChocoEasy é uma grande opor-

Estratégia comercialtunidade para a Netzsch diversificar seus negócios. “Atualmente temos inúmeras ins-talações em operação neste segmento, refi-nando licor de cacau, compounds, recheios e chocolates. O ChocoEasy complementa de forma considerável o nosso portfólio de equipamentos, uma vez que o mercado de chocolates está crescendo no Brasil e seu consumo está se popularizando”.

Thomas ressalta que, na esteira do cresci-mento do consumo, estão os investimentos em novos produtos e ampliações de instala-ções. Este cenário é motivado também pela procura do consumidor por novas opções de produtos, o que direciona o segmento para um conceito mais “gourmet”. “Nesta linha, o ChocoEasy representa um diferen-cial, por permitir que empresas menores possam adquirir instalações completas e compactas”, diz ele.

A Komatec responderá pelas vendas no Brasil junto com o gerente da Netzsch Moa-gem em São Paulo, Rafael Ferreira.

• Economia energética de até 50%• Equipamento mais compacto que os concorrentes (o sistema ocupa aproximad. metade da área em relação aos métodos convencionais)• Facilidade de operação e limpeza• É totalmente fechado, o que evita contaminação• Processos mais ágeis (curtos) pois dispensa o processo de moagem do açúcar, sem mudar a qualidade final do produto• Dispõe de conchas de 50 a 6 mil quilos, de acordo com produção do cliente

Em que o ChocoEasy® se diferencia:

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Amazon Beer

O mercado de cervejas artesanais está crescendo cada vez mais, e vem conquis-tando os brasileiros. Isso, graças as cerve-jarias artesanais de qualidade que existem no país.A Amazon Beer, localizada na Estação das Docas, em Belém do Para, é uma cervejaria 100% artesanal da região da Amazônia. A região amazônica guarda uma riqueza de variedade de frutas que encanta os mora-

dores e turistas, e garante o vigor de quem lá vive, com uma vantagem sobre qualquer região do planeta que queira a ela se com-parar. Inovadora, criativa, e empenhada em difun-dir a cultura cervejeira no Brasil, a Amazon Beer apresenta sua mais nova estrela, a Taperebá Witbier(4,7%), cerveja aromatiza-da com fruto que leva o nome originário da América Tropical, conhecido também como

Cervejaria amazônica apresenta ao mercado cervejeiro sua mais nova combinação de puro malte com fruta tipicamente brasileira

Bebidas Pirassununga

A Indústria de Bebidas Pirassununga, empresa com mais de 90 anos de atuação, traz três novos produtos para o mercado: as bebidas Bejame, Balalaika Apple e Balalaika Ice Frutas Vermelhas. As novidades foram apresentadas na última edição da APAS-Congresso e Feira de Negócios em Supermercados e já podem ser encontradas em supermercados e empórios do estado de São Paulo.Logo mais também estarão disponíveis também em outros estados brasileiros.

Mix completo e diversificado - Com mais de 90 anos de história, a Indústria de Bebidas Pirassu-nunga (IBP) tem em seu portfólio diversos tipos de bebidas de qualidade, entre cachaças, vodcas, ices e energéticos que são vendidos para o Brasil e vários países.

A IBP iniciou suas atividades em 1921, o que faz dela uma das mais tradicionais no mercado debebidas do Brasil.Na década de noventa, a empresa adquiriu as marcas de outra empresa (Villa Velha). Assim, deixou de ser uma indústria apenas de cachaças, tornando-se uma empresa de bebidas com portfó-lio mais amplo, incluindo produtos como a Vodka Balalaika.A Pirassununga é uma empresa inovadora, que está sempre acompanhando as tendências do

mercado. Por isso, oferece um mix bem completo e diversificado de produtos para atender aos mais exigentes padrões de grandes redes e também ser adaptável aos mercados menores.

Além disso, seu know how permite a apresentação de produtos com um excelente custo-benefício e alta qualidade. O objetivo é atender o consumidor brasileiro atual, que está cada vez mais exigente e em busca de inovação.

Hoje a IBP está posicionada entre as maiores empresas de bebidas do País. A participação de seus produtos expandiu-se por todo o mercado nacional e internacional, com índices expressivos de crescimento.

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lanca nova cerveja, Taperebá Witbiers

Lanca: Bejame, Balalaika Apple e Balalaika Ice frutas vermelhas

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cajá. A nova cerveja utiliza dois tipos de malte, o trigo e a cevada. As witbiers tiveram origem na escola cerve-jeira belga há mais de 400 anos. São cervejas leves e bem refrescantes, por esse motivo agradam muito o públicofeminino.A fruta taperebá é rica em Vitamina C e B2, Fósforo, Ferro, Proteína, Fibra Alimentar e Cálcio. Seu tamanho é idêntico ao de uma pequena ameixa.

A casca é uma película que envolve polpa de não mais de 3 mm de espessura, ade-rente a um caroço que é a parte maior da fruta.

O taperebá é amarelo-escuro, muito perfu-mado, ácido, mas de excelente sabor ado-cicado.São encontrados generosamente nos ala-gadiços dos rios, furos e igarapés ou nos altos das terras firmes. A nova cervejaTaperebá Witbier traz o indefinível, requinta-do e exótico sabor da fruta.

Tratando-se de cerveja artesanal comcaracterísticas únicas, a Amazon Beer éreferência no assunto.

Arlindo Guimarães, proprietário da cerveja-ria, e o mestre cervejeiro Reynaldo Fogag-nolli, deram uma pitada de ousadia no mun-do cervejeiro. Com uma mistura harmônica de malte e frutas típicas da Amazônia eles trouxeram algo novo para o universo das artesanais.

Em 2002 a cervejaria ganhou o Prêmio Internacional Tecno Bebida Award com a Bacuri Beer, uma cerveja suave com sabor exótico, delicado, aromatizada com Bacuri (fruto amazônico), conhecida também como a “Princesinha deliciosa”.

“Valorizamos os insumos regionais e es-tamos sempre testando sabores e aromas amazônicos, raízes, frutas, madeiras e se-mentes, para assim oferecer cervejas que contribuem para a disseminaçãodessa nova cultura cervejeira do país.

Temos uma riqueza infinita de ingredientes para elabo-rar novos estilos e assim, oferecer cervejas com gosto de Brasil.

Prova disso é a nossa nova estrela Taperebá Witbier, que encanta logo ao primeiro gole”, decla-ra Arlindo Guimarães, proprietário dacervejaria.

Novidades

www.amazonbeer.com.br

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Catupiry

A Catupiry amplia seu portfólio de Food ser-vice com o objetivo de se diferenciar ainda mais, se modernizar e se destacar junto aos consumidores, que estão sempre em busca de novidades gastronômicas. Para os fãs do Catupiry®, o requeijão cremoso mais famoso do Brasil, este será mais um motivo para comemorar e saborear novas possibilidades de usos e receitas. O Catupi-ry® no sabor Tomate Seco será vendido na embalagem Pratic de 1,2 kg.

De acordo com Alexandre Delmanto, supe-rintendente Comercial/Marketing daCatupiry, “este não será apenas mais um lançamento de qualidade. “O novo produto é uma inovação para todo o mercado de Food service. Nosso objetivo é estimular

inova com sabor tomate secoA Catupiry não para de inovar: seu mais novo lançamento, Catupiry® no sabor Tomate Seco, exclusivo para o mercado de Food service

novas receitas e ampliar os usos do Catupi-ry® em pizzas, pratos, salgadinhos,aperitivos entre outros.” Nesse ano, a Catupiry participou da Expo Pizza, maior feira de pizzarias dos Estados Unidos, e planeja outras feiras e eventos.

No ano passado, quando comemorou 100 anos, a Catupiry esteve pela primeira vez na Apas, lançou uma edição especial de sanduíche de Frango com Catupiry com o Mc Donalds, promoveu o primeiro encontro de empreendedores no segmento de pizza-rias com a Associação Pizzarias Unidas e fechou parceria com o Senac para partici-par ativamente da formação e profissionali-zação dos futuros chefs em seus cursos de gastronomia.

Café Pelé

Em comemoração aos 40 anos da marca Café Pelé, a Cia. Cacique de Café Solúvel,umas das maiores empresas de café do mundo, apresenta o novo e exclusivo sabor Creme Caramelo para sua linha deCappuccinos.

Trata-de de uma edição limitada, que reúne os melhores grãos de café com a cremosi-dade do leite e o delicioso sabor do carame-lo, resultando numa bebida extremamente cremosa e encorpada. Pode ser consumida tanto quente, como gelada e também serve como ingrediente para receitas variadas.

Este novo sabor vem complementar a linha, composta pelas versões Tradicional,

Novo Café Pelé Cappuccino Creme Caramelo Pote 200g

Canela, Chocolate, Diet e Shake, em emba-lagens pote, pouch e stick.

O Café Pelé Cappuccino está entre as qua-tro marcas mais consumidas no país.

Com este lançamento, a empresa reforça a estratégia de oferecer a mais completa linha de cafés do mercado.

Novidades

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ernambuco se prepara para rece-ber a 10ª edição da Fispal Tecno-logia Nordeste, versão regional da maior feira de processamento, embalagem e logística para as indústrias de alimentos e bebidas da América Latina. O evento, que

acontece de 06 a 09 de novembro de 2012 no Centro de Convenções de Pernambuco, é a oportunidade ideal para ficar por dentro dos principais lançamentos do mercado e fechar negócios na região.

Promovida pela BTS Informa, a FispalTecnologia Nordeste espera receber cerca de 7 mil visitantes. Segundo Marco Basso, diretor geral da América Latina do Informa Group, o evento é o único do Nordeste que traz lançamentos de ponta para as indús-trias de alimentos e bebidas. “Reuniremos indústrias nordestinas para apresentar o que há de mais avançado em matéria de tecnologia para renovação de seus par-ques industriais”, ressalta.

apresentará lançamentos para as indústrias de alimentos e bebidas da região

Fispal Tecnologia NE Feira trará novidades em processamento, embalagem e logística

Entre as empresas confirmadas para o evento, está a JHM Máquinas, líder no mercado de seladoras, com mix que inclui datadores e pesadoras automáticas de alta precisão. “Estamos presentes nas feiras Fispal desde 1992, o que representa cer-ca de 30 participações no evento. Um dos principais atrativos é a projeção que a feira permite no mercado”, pontua o di-retor da JHM Máquinas, Júlio César Moleti.Os expositores também esperam fechar negócios durante o evento. “É importante para a Dynamic Air participar da Fispal Tecnologia Nordeste para se inserir na região, que vem apresentando um cres-cimento industrial e econômico signifi-cativo.

Esperamos fazer bons contatos junto a fornecedores, clientes em potencial e nos aproximar ainda mais dos nossos clientes atuais”, afirma Diogo dos Santos, assistente de marketing da Dynamic Air.E para impulsionar os negócios na Fispal

Tecnologia Nordeste, a feira firmou parceria com a ConsultPrime, que dará toda a con-sultoria necessária para quem quiser obter cartas de crédito durante o evento. “Esta iniciativa vai facilitar as negocia-ções e movimentar o mercado de alimen-tos e bebidas na região, que é o princi-pal objetivo da feira”, ressalta Rodrigo da Fonte, Gerente Regional BTS Informa Nordeste.

A Fispal Tecnologia Nordeste reunirá 70 marcas expositoras. Entre os destaques, as paulistas Dmom Máquinas, fabricante de peças e maquinários de alta precisão para envase e selagem de produtos líqui-dos e pastosos, e Strapet, especializada em tecnologia e produtos para fechamento de embalagens.

Os interessados em participar do evento já podem fazer o credenciamento pelo site: http://credenciamento.btsinforma.com.br

Por BTS Informa

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Feiras e Eventos

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s resultados da 28ª Fispal Tecnologia - Feira Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de Alimentos e Bebidas, promo-vida pela BTS Informa, deram novo ritmo ao setor.

Presença qualificada de mais de 60 mil visitan-tes de todo País e do exterior abriram oportunidades de negócios para as duas mil marcas expositoras, que ocu-param os quase 80 mil m2 do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 12 a 15 de junho.

A participação de 146 expositores estrangeiros, de 16 países diferentes, crescimento de 35% em relação à edi-ção de 2011, também confirma o momento favorável para ampliar as relações comerciais com o mercado brasileiro. Este ano os Pavilhões Internacionais trouxeram novida-des da Alemanha, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colôm-bia, Coréia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Itália, México, Taiwan e Turquia – este último com 15 empresas representantes.

Qualificação do público é destaque na 28ª ediçãoFispal TecnologiaOportunidades de novos negócios confirma recuperação do setor para os próximos meses

Durante a Fispal Tecnologia, também foram realizadas 112 rodadas de negócios com 10 compradores internacionais e 25 empre-sas brasileiras transformadoras de plástico associadas ao Programa ExportPlastic. De acordo com o INP (Instituto Nacional do Plástico) a projeção de negócios é US$ 1,7 milhão para os próximos 12 meses.

“A cada Fispal queremos melhorar os resul-tados e esta edição é a prova de que atin-gimos os nossos objetivos”, afirma Marco Antonio Basso, CEO do Informa Group no Brasil.

Na avaliação dos expositores, a Fispal deve es-tar no planejamento de marketing e negócios das empresas do setor. “A feira foi bastante positiva, sendo a melhor vitrine para a nossa linha de pro-dutos”, afirma Marcio Amorim, gerente comercial da Romi. A mesma opinião foi compartilhada pelo diretor da Indumak, Gelson Renato Schmidt. ”A qualidade dos visitantes está melhor. Consegui-mos fechar bons negócios e prospectar novos clientes, além de manter o relacionamento com os que já são da nossa carteira”.

Mesmo para os expositores que participaram pela primeira vez do evento, os resultados superaram as expectativas. É o caso da empresa alemã Rose Plastic, que realizou 40 novos contatos com potenciais compradores. A experiência também foi satisfatória para o Simplas-RS (Sindicato das Indústrias de Material Plástico), que trouxeram empresários da região Sul. “Notamos um público extremamente qualificado, pois a feira é mais específica”, diz Victor Oscar Borkoski, vice-presidente do sindicato.

Feiras e eventos

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Flex Link - A FlexLink apresentou soluções no segmento de esteiras, transportadores e movi-mentação para as indústrias.

Delgo - A Delgo apresentou sua linha de equi-pamento de envase e dosadores de produtos líquidos, pastosos e cremosos como: Mateiga, Pasta de amendoim, Geléias, Yogurtes e outros produtos.

Krones - Na Fispal 2012, a Krones destacou a terceira geração da sopradora Contiform, e o Fle-xiFruit, moderno sistema para envase de bebidas lácteas ou sucos com pedaços de frutas, entre outras novidades.

Sunnyvale - A Sunnyvale levou a codificadora Domino A 320i e a verificadora de peso CWE da Bizerba, com alta tecnologia para maior precisão na pesagem. Lançou ainda os detectores de me-tais com marca própria.

Fortress - A Fortress apresentou na feira, seu equipamento detector de metais para o maior controle de qualidade dos alimentos.

Ricefer - A Ricefer este ano apresentou nesta edição da Fispal Tecnologia seu novo processo de solda automatizada. Este novo processo per-mite maior velocidade no processo fabril e quali-dade na soldagem.

Ziemann-Liess - A Ziemnn-Liess apresentou sua linha de equipamentos e engenharia para a indús-tria cervejeira e bebidas.

Milainox - A Milainox apresentou na feira a enva-sadora e seladora de copos para água mineral, yogurtes, sucos, temperos e outros. Também um dosador de líquidos controlado pelo peso.

Tetra Pak - Thomas Leths, Gerente Global de Va-rejo da Tetra Pak, esteve à disposição dos visitan-tes da empresa para explicar sobre os diferenciais das embalagens para o setor varejista.

Bralyx - Sistemas para produção de salgados – da confecção ao embandejamento, com massei-ras cozedoras, formadoras e empanadoras com-plementadas por fritadeira, cortador/estampador e embandejador.

Consolid - A Consolid apresentou na Fispal uma planta completa de mistura e ensaque com 9 mts. de altura, além do transportadores a vácuo da parceira VMECA e recebeu executivos da parceira Littleford Day (EUA).

Miaki - Tendências mundiais em termos de pisos para a cadeia alimentícia. Destaque para o MMA, tecnologia nº1 do mundo, de alta resistência, rá-pida aplicação, impermeável, sem juntas e anti-bactericida.

Feiras e Eventos

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Futuro do setorSimultaneamente à Fispal Tecnologia, fo-ram realizados três congressos técnicos e um simpósio sobre Segurança Alimentar, iniciativa conjunta da BTS Informa e do IBC Brasil, empresa do Grupo Informa especia-lizada na realização desse tipo de evento.

Entre os dias 12 e 14 de junho, 500 con-gressistas puderam trocar informações e experiências sobre tecnologias, tendências e desafios para a indústria de alimentos.

A abertura do evento foi marcada pela Ple-nária de Presidentes, que contou com a par-ticipação de presidentes e vice-presidentes de grandes indústrias do setor – J. Macêdo, BRF Brasil Foods, Schincariol, Kraft Foods, Cargill Agrícola, Tetra Pak e PepsiCo.

Os debates sobre os Rumos da Indústria Alimentícia no Brasil foram conduzidos por LuisMadi, presidente do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Sobre a BTS InformaSegunda maior promotora de feiras do País, a BTS Informa consolida-se como a principal promotora voltada para a cadeia produtiva de alimentos e bebidas na América Latina, com feiras e publicações que são referência no mundo inteiro.Seu portfólio inclui nomes como: Fispal Tecnologia, FispalFood Service, Fispal Hotel, Fispal Café, ABF Franchising Expo, TecnoSorvetes, TecnoCarne, MercoAgro, ForMóbile,Serigrafia, Fispal Food Service Nordeste, Fispal Tecnologia Nordeste e ABF Franchising Expo Nordeste. Na área editorial é responsável pela publicação da Revista Nacional da Carne, Leite e Derivados, Silk–Screen e Sign quatro maiores e mais importantes publicações técnicas dos seus segmentos.

A BTS possui escritórios em São Paulo (sede), Curitiba e Recife, nos quais conta com uma equipe de profissionais altamente qualificados para investir em novas oportunidades e conquistar espaços que façam de seus produtos a porta de entrada para quem quer fazer negócios na América Latina. Informações: www.btsinforma.com.br

A saudabilidade foi destacada por Gino Di Domenico, presidente da Schincariol, como um bom exemplo de ações que vêm sendo imple-mentadas pela marca na melhoria dos produtos. Segundo ele, a empresa conseguiu nos últimos anos trocar aromas artificiais por naturais, reduzir entre 15% a 20% a quantidade de açúcar nas bebidas e cortou em cerca de 14% o consumo de água nos processos industriais.

Fabio Acerbi, diretor de assuntos corporati-vos da Kraft Foods salientou que não deve existir uma dualidade entre a indústria e ór-gãos regulatórios, como a Anvisa, mas uma parceria.

“Não estamos em polos opostos. A indústria também quer consumido-res saudáveis para que o consumo

seja sustentável”.

Dessa forma, a Kraft superou suas metas na eliminação de gordura trans, dejetos só-lidos, entre outros.

Entre outros pontos discutidos, ficou claro que os incentivos e políticas para a indús-tria de alimentos ainda são insatisfatórios, principalmente quando se leva em conside-ração a crescente demanda por alimentos não apenas no Brasil, mas em um cenário amplo, como a América Latina.

Novidades

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om um balanço positivo para os próximos anos da indústria ali-mentícia e batendo os recordes em tamanho, número de visitan-tes e satisfação dos expositores, a Food Ingredients terminou no dia 20 apresentando para a América

Latina a próxima geração de ingredientes que movimentarão a questão da saudabili-dade no país.

Com 250 expositores representando mais de 500 marcas, a FiSA reuniu 11.255 pro-fissionais vindos do Brasil e de diversos países como Inglaterra, Dinamarca, França, Holanda, Alemanha, Espanha, Suiça, Índa, Canadá, Estados Unidos, México, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Uruguai, Japão, Austrália, Filipinas, dentre muitos outros, para debater temas de grande apelo para o desenvolvimento de novos produtos pela indústria, a utilização de ingredientes saudáveis e a maneira de torná-los acessí-veis à todos os consumidores.As grandes expectativas do evento foram confirmadas com o intenso movimento des-te mercado, crescimento proveniente do au-mento do poder aquisitivo no país e da pre-ocupação da população com uma vida mais saudável. Segundo uma pesquisa de 2011 da ABIA – Associação Brasileira da Indús-tria Alimentícia, as empresas brasileiras de alimentos e bebidas faturaram no respecti-vo ano, US$ 383,3 bilhões, tornando-se a principal indústria para a economia do país.

Durante os três dias de evento temas como controle de peso, saúde óssea e cardiovas-cular, redução de sal e açúcar, sustentabili-dade, nutracêuticos, conceito de beleza de dentro pra fora e produtos antienvelheci-mento tiveram destaque. Caso da DSM que montou um supermer-cado do futuro, local onde demonstraram como os ingredientes de nutrição e saú-de dão forma às indústrias de alimentos e bebidas. As novidades da Gelita do Brasil ficaram por conta do Pargel, uma proteína de colágeno que pode ser utilizada em sal-sicha, hambúrguer e salame, e do Terma-gel, gelatina que oferece resistência térmica para confeitaria.

Destaca aliança entre as indústrias de alimentos e fármacos FISA 2012A busca pela saudabilidade foi a principal tendência apontada pela Food Ingredients South America 2012, que também destacou a aproximação das duas maiores indústrias do Brasil, alimentícia e farmacêutica, para o desenvolvimento de novos produtos

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Já a Tate & Lyle lançou o Estevia TASTE-VA™ e o Sucralose SPLENDA®, dois ingre-dientes utilizados para diminuir o número de calorias e de açúcar em bebidas, como o refrigerante. As soluções para produtos de panificação e confeitaria também foram ca-ses da Tate & Lyle, com o REBALANCE® e o ENRICH®, dois serviços que promovem a redução de açúcar e o enriquecimento dos pães com fibras.

Totalmente alinhada com as indústrias ali-mentícia e farmacêutica e já trabalhando no que o futuro deste mercado prevê, a M.CASSAB apresentou inovações para a fortificação de alimentos, substituição do açúcar, além de soluções e compostos energéticos de alto valor nutricional.

Em seu estande foi possível degustar sor-vete com colágeno e betacaroteno, ener-gético em forma de chiclete e uma pizza para pessoas alérgicas a lactose feita com um ingrediente que substitui a mussarela e mantém o mesmo sabor e cremosidade do queijo. Já a Maian trouxe o TCP, um triglice-

A Corn Products aproveitou a reu-nião do mercado durante a FiSA para lançar sua nova marca. “Além de mostrar os lançamentos para a indústria, nossa participação no evento foi muito especial, pois marca a chegada ao país da mar-ca Ingredion. Unimos o melhor da Corn Products e da National Star-ch, empresa que adquirimos glo-balmente há cerca de dois anos, sem deixar para traz o profundo conhecimento das necessidades e particularidades do mercado lo-cal”, afirma Carlos Bianco presidente da Ingredion.

rídeo que atua como fonte direta de energia e é prontamente absorvido pelo organismo, porém não acumula gordura no corpo.

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Suplementos, vitaminas, ingredien-tes dietéticos e para nutrição espor-tiva também ganharam espaço nas empresas que sinalizaram alimentos nutracêuticos na planta para chamar a atenção para esses produtos do mercado que cresce três vezes mais do que o de alimentos industrializados convencionais. Atualmente em desta-que, esse setor é movimentado pela demanda dos consumidores que se preocupam com saúde, bem estar e qualidade de vida.

Outros destaques da Food Ingre-dients estavam ligados diretamente à área esportiva com temas como a recuperação muscular e o condi-cionamento físico. Empresas como Ajinomoto, DuPont e Makeni trou-xeram soluções em Nutrição Espor-tiva e Suplementos Alimentares.

Como momento marcante, o primeiro dia do evento foi plataforma para o lançamento de um dos maiores pro-gramas dirigidos ao mercado de ingre-dientes para a indústria alimentícia, o

Brasil Ingredients Trends 2020. Elabo-rado pelo ITAL – Instituto de Tecnolo-gia de Alimentos, o estudo preliminar contou com 20 patrocinadores e teve como objetivo principal nortear os esforços de PD&I das áreas de ingre-dientes e alimentos.

Estruturado em três grandes blocos, o programa avaliará as tendências em nutrição e saúde, onde serão abor-dados temas como saúde cardiovas-cular, desempenho cognitivo, preven-ção e defesa imunológica, saúde dos olhos e as tendências em tecnologia de produto que tratará dos aspectos intrínsecos tais como sensorialidade, composição, confiabilidade e segu-rança.

O lançamento foi apenas a abertura do Seminar Sessions, palestras de 30 minutos que apresentou diferentes tecnologias e informações sobre pro-dutos e serviços de diversos exposi-tores.

As alternativas naturais para substitui-ção de açúcar, estabilização e espes-samento de bebidas, inovações em cacau, chocolate, superfrutas e pani-ficação, uso da pectina, antioxidantes, ingredientes naturais e inovadores para a saúde, ingredientes funcionais, nutrição e bem estar foram algumas das pautas discutidas.

As Tendências e Desafios na Indústria de Alimentos e o Papel do Fornecedor de Ingredientes neste Contexto nor-tearam o Workshop promovido pela ABIAM em parceria com a FiSA. Com grande repercussão entre os congres-sistas, o debate realizado na parte da manhã do dia 19 de Setembro, reuniu órgãos governamentais, associações, institutos e fabricantes para falar sobre a relação da indústria de ingredientes

com relação ao desenvolvimento de novos produtos alimentícios, as po-líticas nacionais e sua ligação com o setor industrial. O encontro evidenciou o posicionamento do setor e suas in-tenções em desenvolver o mercado juntamente com as associações e os fabricantes da área.

O setor também se reuniu para de-bater os rumos e tendências do mer-cado, por meio do Fi Conferences, que trouxe seis módulos para discutir nutrição esportiva, segurança alimen-tar, suplementos alimentares, novos aromas e sabores, tendências e ma-rketing, além de alimentos funcionais e nutracêuticos. Para Hélvio T. Colli-no, presidente da ABIAM e diretor da

Labonathus, a FiSA se tornou uma feira extremamente eficaz. “Este é um dos poucos eventos que atende 100% da necessidade do mercado de ingredientes. O conteú-do das conferências mostrou que nosso país está em um excelente patamar em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos”.

Momento confirmado durante a palestra da Givaudan, com ótimo quórum, Eduardo Fontcuberta – diretor de marketing para América Latina da empresa, trouxe alter-nativas para transformar a redução de sal e açúcar em excelentes experiências de consumo.

Para o congressista Bruno Sarmiento – chefe da unida-de de negócio da empresa peruana Montana, participar das Conferências da Food Ingredients é a melhor forma de saber os caminhos que o Brasil seguirá nos próximos anos. “As palestras foram excelentes e o conteúdo de extrema relevância para o setor, e com absoluta certeza guiará nossos passos na relação comercial que a Monta-na desenvolverá com as empresas brasileiras”, concluiu Sarmiento.

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“Atuamos no controle de qualidade do pro-duto como um órgão oficial, por isto é muito oportuno participar do Fi Conferences, pois esclarece e aproxima estas duas partes, que às vezes tem uma relação um pouco conflituosa”, finaliza Deise.

E também foi durante a FiSA que a capital paulista conheceu, em uma grande festa realizada no Moinho Santo Antonio, as me-lhores soluções em ingredientes e produtos para a indústria alimentícia.

O Fi Excellence Awards reconheceu o Pu-raQ Arome NA4 – da Purac Sínteses, como o Ingrediente Alimentício mais Inovador, o Bolo de Caneca – da Dr. Oetker como Pro-duto Alimentício Mais Inovador e o Piracan-

Além dos vencedores acima, as empresas finalistas das três catego-rias também ganharam destaque pelo investimento e qualidade na área de pesquisa e desenvolvimento de ingredientes, são elas: Ingredientes - Tate & Lyle com o SODA-LO Salt Microspheres e a DSM Produtos Nutricio-nais com o Fruitflow; Produtos - Funcional Drinks com o Poli Energy e Dori Alimentos com o Disquete de Semente de Girassol; Nutracêuticos e Funcionais - Laticínios Bela Vista com o Piracanjuba Quinoa e Linhaça e a Globek Healthy Products com o UPLOAD Healthy Drinks.

Outro momento importante da noite foi a entrega do Biodiversity Award para o Grupo Orsa. Premiado pelo “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Castanha”, a empresa teve o devido reconhecimento aos seus esforços e comprometimento com a conservação da biodiversida-de, a promoção de práticas sustentáveis na cadeia de abastecimento e a repartição justa dos benefícios provenientes da comercialização dos produtos.

juba Zero Lactose – da Laticínios Bela Vista como o Produto Nutracêutico / Funcional Mais Inovador. “Essa premiação reafirma nosso comprometimento em oferecer aos consumidores produtos inovadores, saudá-

veis e de qualidade”, afirma Helena Helena Camargo, Coordenadora de Pesquisa & Desenvolvimento da Piracanjuba.

Ainda como destaque, as líderes de merca-do de pesquisa Euromonitor, Mintel, Bureau de Soluções, EAS e Innova Market Insights apresentaram no Fórum Food & Marketing as tendências e oportunidades do setor até 2015. Para o palestrante Francisco Re-druello, analista de alimentos sênior do Eu-romonitor “a participação em conferências é uma ótima oportunidade de conhecer novas pessoas com conhecimentos e histórias di-ferentes, ou seja, uma chance de ampliar sua visão de mercado trocando experiên-cias e vivências com colegas de profissão”, conclui o palestrante.

No dia 19 também aconteceu Food Safety, onde os temas regulamentação e legislação foram abordados. Este bloco foi encerrado pela palestrante Deise Marsiglia, do Institu-to Adolpho Lutz e RENALI – Rede Nacional

de Análise de Alimentos, que destacou a ótima oportunidade para estreitar o contato direto com produtor de alimentos.

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Agora, a expectativa fica para o evento de 2013 que já tem data marcada para o dia 6, 7 e 8 de agosto, período que será realizada mais uma edição da Food Ingredients South America que, acompanhando as tendências do setor em busca da saudabilidade, ocorrerá em parale-lo a outros dois eventos CPhI South America e Hi South America.

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Basf

Dohler

Guarani

Braseq

M.Cassab Doremus

Doce Aroma Cargill

Ajinomoto

MatrixTate & LyleTovani

Master SensePlury QuímicaDSM

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