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Instrumentos de acompanhamento e avaliação das condições higiênico sanitárias em cozinha hospitalar terceirizada alinhado aos padrões e requisitos de acreditação ONA nível 1 em Hospital Público Psiquiátrico. Monitoring tools and evaluation of sanitary conditions in outsourced hospital’s kitchen in accordance with ONA level 1 standards and accreditation requirements in a public psychiatric hospital. Autores: Renata Malzyner Zalcman 1 , Zulmira Maria Lobato 2 , Lilian Del Valle 3 , Marina Fernandes André 4 . Colaboradores: Heloísa Toledo Garcia 5 Resumo: A produção de refeições em Unidades de Alimentação e Nutrição hospitalares deve garantir a segurança alimentar, sendo imprescindível o controle das condições higiênico sanitárias do estabelecimento. Aliado a esse conceito básico, atualmente, a busca pela excelência faz com que a certificação de qualidade seja uma constante na rotina dos hospitais com o objetivo de comprovar a qualidade dos serviços prestados. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo descrever e avaliar o uso de ferramentas utilizadas para o monitoramento dos quesitos exigidos pela Organização Nacional de Certificação nível um. Após análise, considerou-se que as ferramentas descritas auxiliam de forma efetiva, sistemática e prática a análise crítica das rotinas e processos e são ferramentas necessárias para garantir a manutenção dos critérios exigidos pela ONA nível 1 e para o alcance futuro dos próximos níveis de acreditação no serviço de nutrição e dietética em questão. Palavras chave: Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Acreditação Hospitalar, ONA, Boas Práticas, Gestão de Fluxos e Processos, Cozinha Terceirizada. Abstract: To ensure Food Safety in the whole food production chain in hospital dietary services it is essential to rely on an integrated approach to control the hygienic sanitary conditions. In agreement to this basic concept, currently, the pursuit of service excellence makes the new framework of quality certification a constant in the routine of hospitals in order to certify the quality of the services provided by the institution. Thus, this article aims to describe and evaluate the use of tools employed in monitoring the items required by the Accreditation National Organization (ONA) level 1. After analysis, this study endorses that the tools described assist effective and systematically in the critical analysis of routines and processes. For these reasons, the tools are needed to ensure the maintenance of the criteria required by the ONA level 1 and will be useful to reach the next levels of accreditation in the service of nutrition and dietetics characterized. Keywords: Food and dietary Service, Good Manipulation Practices, Hospital Accreditation, management quality control, third party food service. 1. Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Administração Hospitalar e

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Instrumentos de acompanhamento e avaliação das condições higiênico sanitárias em

cozinha hospitalar terceirizada alinhado aos padrões e requisitos de acreditação ONA

nível 1 em Hospital Público Psiquiátrico.

Monitoring tools and evaluation of sanitary conditions in outsourced hospital’s kitchen

in accordance with ONA level 1 standards and accreditation requirements in a public

psychiatric hospital.

Autores: Renata Malzyner Zalcman1, Zulmira Maria Lobato

2 , Lilian Del Valle

3, Marina

Fernandes André4

.

Colaboradores: Heloísa Toledo Garcia5

Resumo: A produção de refeições em Unidades de Alimentação e Nutrição hospitalares

deve garantir a segurança alimentar, sendo imprescindível o controle das condições

higiênico sanitárias do estabelecimento. Aliado a esse conceito básico, atualmente, a busca

pela excelência faz com que a certificação de qualidade seja uma constante na rotina dos

hospitais com o objetivo de comprovar a qualidade dos serviços prestados. Desta forma, o

presente artigo tem como objetivo descrever e avaliar o uso de ferramentas utilizadas para o

monitoramento dos quesitos exigidos pela Organização Nacional de Certificação nível um.

Após análise, considerou-se que as ferramentas descritas auxiliam de forma efetiva,

sistemática e prática a análise crítica das rotinas e processos e são ferramentas necessárias

para garantir a manutenção dos critérios exigidos pela ONA nível 1 e para o alcance futuro

dos próximos níveis de acreditação no serviço de nutrição e dietética em questão.

Palavras chave: Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Acreditação Hospitalar, ONA,

Boas Práticas, Gestão de Fluxos e Processos, Cozinha Terceirizada.

Abstract: To ensure Food Safety in the whole food production chain in hospital dietary

services it is essential to rely on an integrated approach to control the hygienic sanitary

conditions. In agreement to this basic concept, currently, the pursuit of service excellence

makes the new framework of quality certification a constant in the routine of hospitals in

order to certify the quality of the services provided by the institution. Thus, this article aims

to describe and evaluate the use of tools employed in monitoring the items required by the

Accreditation National Organization (ONA) level 1. After analysis, this study endorses that

the tools described assist effective and systematically in the critical analysis of routines and

processes. For these reasons, the tools are needed to ensure the maintenance of the criteria

required by the ONA level 1 and will be useful to reach the next levels of accreditation in

the service of nutrition and dietetics characterized.

Keywords: Food and dietary Service, Good Manipulation Practices, Hospital Accreditation,

management quality control, third party food service.

1. Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Nutrição

Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Administração Hospitalar e

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Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo. Nutricionista chefe do Serviço de

Nutrição e Dietética do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo – HC-FMUSP.

2. Nutricionista pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Mestre em Educação e

Pós- graduada em Nutrição Clínica. Diretora do Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto

de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São

Paulo – HC-FMUSP.

3. Nutricionista pela Universidade de Mogi das Cruzes-UMC. Pós-graduada em

Administração Hospitalar pelo Instituto de Pesquisas Hospitalares. Nutricionista chefe e ex-

diretora técnica do Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto de Psiquiatria do Hospital

das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HC-FMUSP.

4. Nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – FSP-

USP.

5. Nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – FSP-

USP.

Endereço para correspondência: Rua Dr. Ovídio de Campos, 785 – Cerqueira César CEP

05403-010 – São Paulo (SP), Brasil

Email: [email protected]

Conflito de interesses: nada a declarar.

Fonte de Financiamento: nenhuma

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Introdução

A produção de refeições em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN)

hospitalares deve atender as condições higiênicas sanitárias exigidas pelas legislações a fim

de garantir a segurança alimentar aos clientes. Segundo WENDISCH, 2010 os resultados do

gerenciamento inadequado nas etapas de elaboração de uma alimentação, em especial aquela

produzida na UAN hospitalar, podem ser particularmente sérios, uma vez que aumentam o

risco de os pacientes internados adquirirem uma doença transmitida por alimentos (DTA)

ou, até mesmo, uma infecção hospitalar.

Uma abordagem sistemática é necessária para controlar os contaminantes

alimentares, podendo ser constituída da elaboração de ferramentas para preservar a

qualidade higiênico-sanitária dos alimentos, atualização de conhecimentos e percepções,

além de supervisionar os funcionários técnicos responsáveis pela identificação de fatores

que podem contribuir para o desenvolvimento das DTAs (STANGARLIN, 2013).

A partir dos anos 90 a proliferação de modalidades alternativas à administração

estatal direta nos hospitais públicos envolvendo novas formas de gerencia e inserção de

profissionais de saúde começa a ocorrer de forma relevante. Dentro desse fenômeno está a

terceirização das atividades assistenciais do hospital, através da substituição de profissionais

de saúde/servidores públicos por prestadores de serviço privados (MACHADO, 2001).

Assim, quando há a substituição da administração de autogestão pela terceirização do setor

produtivo das refeições, o acompanhamento e controle dos fluxos e processos na produção

de alimentos se tornam mais complexos, pois o serviço passa a ser de execução da empresa

contratada. Entretanto, a contratante permanece como responsável pela qualidade final dos

serviços prestados e por assegurar a inocuidade das refeições oferecidas.

Segundo MANZO, 2012 o aumento crescente nos custos dos cuidados oferecidos, a

necessidade de atender a expectativa e direitos dos clientes e a preocupação com a garantia

da segurança de atendimento são aspectos que exigem dos profissionais de saúde uma

mudança na forma de gerenciar a saúde. De acordo com ABREU 2011, citado por BELLO

2011 a busca pela excelência tem exigido das empresas a adoção de um modelo

administrativo com ênfase na qualidade. Assim, a presença de certificações de qualidade

está cada vez mais presente na área hospitalar com o objetivo de demonstrar comprovantes

de bons resultados em seus serviços.

Desde 1995, quando da criação do Programa de Garantia e Aprimoramento da

Qualidade em Saúde, o Ministério da Saúde vem investindo no desenvolvimento do

Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Assim, o Ministério da Saúde e a

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Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecida formalmente como entidade

competente para o desenvolvimento do processo de acreditação hospitalar, tornaram-se

parceiros em todas as fases do processo, desde a habilitação de empresas acreditadoras até a

certificação dos hospitais. (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)

A Acreditação é um método de avaliação voluntário, periódico e reservado, que

busca garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente definidos.

Constituindo assim um programa de educação continuada (ORGANIZAÇÃO NACIONAL

DE ACREDITAÇÃO, 2014).

O modelo referencial da ONA utiliza três níveis de padronização para avaliação,

abrangendo do mais simples (nível 1) ao mais complexo (nível 3). Sua metodologia foi

desenvolvida para apreciar a qualidade da assistência médico-hospitalar em todas as suas

esferas como: gestão e liderança, atenção ao paciente, diagnóstico e terapêutica, apoio

técnico e abastecimento e apoio logístico (ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE

ACREDITAÇÃO, 2014). Segundo LIMA, 2006 as estruturas e processos do hospital são

interligados, de tal modo que o funcionamento de um componente interfere em todo o

conjunto e no resultado final. Desta forma, a busca pela excelência deve ser instalada como

uma política da instituição e todos os indivíduos e equipes da comunidade hospitalar

precisam estar comprometidos e engajados nesse quesito.

Os princípios e padrões que norteiam a avaliação para cada nível representam uma

série de itens que possibilitam a identificação exata do que precisa ser avaliado e o padrão

estabelecido:

Nível 1: Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade,

conforme legislação correspondente; dispõe de responsável habilitado e/ou capacitado para a

condução do serviço; identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança.

Nível 2: Gerencia os processos e suas interações sistemicamente; estabelece sistemática de

medição e avaliação dos processos; possui programa de educação e treinamento continuado,

voltado para a melhoria de processos.

Nível 3: Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e

correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos; dispõe de sistemática de

comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência

favorável para os indicadores; apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes

do processo de análise crítica (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

No âmbito de Nutrição, a primeira fase para esta certificação tem base na segurança

alimentar do estabelecimento e na assistência nutricional. Assim, consideram-se os critérios

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estabelecidos para avaliação do setor de produção dos alimentos, sendo que os quesitos

voltados para estas áreas, no nível 1 são: (1) Profissionais com competências e capacitação

compatíveis com o perfil assistencial; (2) Profissionais dimensionados de acordo com a

realidade da organização, considerando as boas práticas; (3) Planeja as atividades, avaliando

as condições operacionais e de infraestrutura, viabilizando a execução dos projetos de

trabalho de forma segura; (4) Monitora a manutenção preventiva e corretiva das instalações

e dos equipamentos, incluindo metrologia legal e a calibração; (5) Estabelece critérios e

procedimentos de segurança para a utilização de matérias, insumos, equipamentos e

serviços, com base em boas práticas; (6) Gerencia o fluxo e a demanda do serviço; (7)

Assegura as boas práticas na manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento,

distribuição e transporte de alimentos; (8) Cumpre com as diretrizes da política de

identificação do paciente; (9) Estabelece mecanismos e procedimentos para identificação,

rastreabilidade, conservação e descarte apropriado de alimentos e amostras; (10) Define

planos de contingência; (11) Monitora o desempenho dos fornecedores críticos, alinhado à

política institucional; (12) Cumpre as diretrizes de prevenção e controle de infecção e

biossegurança.

Nota-se, assim, que o monitoramento dos padrões de qualidade não é uma tarefa

simples, mas sim, um complexo e robusto desenvolvimento de atividades por parte dos

profissionais de saúde e gestores com foco na adequação e normatização dos processos de

trabalho.

Caracterização do Local em estudo:

O cenário apresentado ocorreu em Hospital Universitário Público Psiquiátrico

sediado na cidade de São Paulo. Sua atividade principal é exercer atividades no campo da

prevenção, tratamento e reabilitação de pacientes com transtornos psiquiátricos além do

desenvolvimento de ensino e pesquisa, sendo considerado um dos maiores e mais

importantes centros universitários para psiquiatria. O hospital possui um total de 120 leitos e

cerca de 600 funcionários.

A Unidade de Alimentação e Nutrição do hospital está sob responsabilidade e

subordinação do Serviço de Nutrição e Dietética do mesmo. Por tratar-se de um hospital

público, todos os serviços terceirizados são adquiridos por licitação pública. Atualmente, o

Hospital descrito conta com a terceirização de 4 Serviços interligados ao SND: Dedetização

e desratização, Limpeza dos ambientes, manutenção dos equipamentos e instalações prediais

e Produção e Distribuição de refeições (com exceção do estoque e controle das sondas

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enterais e suplementos orais, que permanece como auto gestão). Apesar de terceirizada, a

contratante permanece como responsável pela qualidade final dos serviços prestados e por

assegurar a inocuidade das refeições oferecidas.

A empresa terceirizada responsável pela Produção e Distribuição de refeições,

fornece 5 refeições diárias para pacientes internados e acompanhantes de acordo com

política estabelecida pelo hospital, sendo essas desjejum, almoço, lanche da tarde, jantar e

ceia. Ainda, são oferecidos 3 refeições diárias para funcionários autorizados deste Hospital.

Seu horário de funcionamento é das 06:00 às 21:00 horas.

Referente aos Serviços prestados, para dedetização e desratização, o contrato prima

pelo serviço mensal de todas as instalações do Hospital, contemplando desta forma, cozinha

e copas dos andares. A Empresa terceirizada para limpeza dos ambientes (pisos e paredes)

nomeia como “concorrentes”, as limpezas diárias de manutenção e de “Terminais” as

limpezas pesadas. A Empresa responsável pela manutenção de equipamentos e instalações

prediais, atende aos chamados de cada serviço do Hospital, através de solicitações por

Ordens de Serviço (ramal telefônico e Sistema de informática), presta ainda Serviços de

limpeza de grelhas e exaustores. Desta forma, todos os Serviços terceirizados citados contam

com cronogramas pré-estabelecido para monitoramento e análise da qualidade dos serviços

prestados. Caso exista qualquer razão de quebra de contato, são realizados processos

emergenciais individualizados.

Quanto as condições higiênico sanitárias, o SND do hospital em questão baseia-se no

“Roteiro de inspeção das Boas Práticas em estabelecimentos comerciais de alimentos e

serviços de alimentação” da legislação Estadual em vigor, Portaria CVS 5, de 09 de abril

de 2013 (anexo 1). Assegurando, assim, as Boas Práticas e Procedimentos Operacionais

Padronizados.

Segundo indicado por TEIXEIRA et al (2007), a normatização das operações

realizadas para o funcionamento adequado de uma UAN possibilita a racionalização do

trabalho e permitirá uma avaliação constante de seu desempenho, a partir do qual poderão

ser definidas as modificações necessárias. Sendo assim, torna-se evidente a importância de

se utilizar ferramentas de avaliação das condições higiênicos sanitárias para alcançar a

obtenção e manutenção de certificações de qualidade nos setores identificados neste artigo.

Quanto a certificação de qualidade, atualmente, o hospital descrito é acreditado pela

ONA nível 2, visando o desenvolvimento e aprimoramento da excelência dos serviços.

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Objetivos

O presente artigo tem como objetivo descrever e avaliar o uso das ferramentas de

monitoramento utilizadas no Serviço de Nutrição de Hospital Público Psiquiátrico com

cozinha hospitalar terceirizada, fomentando a importância desse tipo de instrumento no

âmbito de produção de refeições hospitalares para obtenção e adequação aos critérios

exigidos pela Organização Nacional de Acreditação nível 1.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional descritivo com abordagem qualitativa. O

presente estudo, além de caracterizar a realidade prática, produz referencial teórico para a

construção de ferramentas vantajosas para a área de produção de refeições hospitalares e

acreditação.

A elaboração de mecanismos facilitadores do monitoramento de todos os processos e

fluxos na produção e Distribuição de refeições iniciou-se a partir da observação da

complexidade de cada requisito necessário tanto pela Legislação vigente quanto pela ONA

nível 1. Desta forma, foram desenvolvidos instrumentos que buscam esquematizar e tornar

mais prático o controle dos critérios presentes no Manual Brasileiro de Acreditação. Essas

ferramentas foram desenvolvidas pelo SND em questão, para melhor entendimento e

aplicabilidade da avaliação e adequação dos registros de controle preenchidos pela empresa

terceirizada.

Desta forma, visamos a implementação de ferramentas pela empresa contratante que

auxiliem na gestão e avaliação da qualidade dos processos da empresa terceirizada com foco

na verificação dos pontos referentes à qualificação na produção de refeições, garantindo

alimentos seguros e condições higiênico-sanitárias adequadas. Estas ferramentas são

instrumentos de avaliação da empresa terceirizada que conseguem detectar as falhas mais

frequentes, fragilidades dos processos de produção e distribuição de refeições, auxiliando

em planos de ação para melhoria dos mesmos e posterior analise de efetividade dos

resultados.

A seleção dos critérios para monitoramento foi realizada com base nos pontos

críticos existentes na cadeia de produção de refeições e devem ser monitorados

constantemente, tanto pela existência de não conformidades que prejudicam o

desenvolvimento do serviço, como para entender a legislação que norteia e padroniza

condutas no setor de alimentação (ISOSAKI, 2015). Assim, definimos dez processos críticos

para o SND em questão para serem monitorados (anexo 2).

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Baseado nas exigências da ONA, pela legislação vigente e pelos Processos Críticos

do SND em questão, foram elaborados 4 instrumentos de identificação e monitoramento dos

Serviços prestados, sendo eles: Vistoria Técnica, Cronograma de entrega de documentos,

Cronograma de Limpeza das áreas e utensílios, Cronograma Dedetização e Desratização.

Resultados

- Vistoria Técnica

Este instrumento, “Vistoria Técnica” (anexo 3), é de preenchimento diário,

realizado pela nutricionista responsável pela equipe de qualidade do SND em conjunto com

a técnica em nutrição responsável pela empresa terceirizada. Realizada uma vez ao dia, no

início da manhã, em todas as áreas da cozinha hospitalar e possui o objetivo de detectar

eventuais não conformidades e falhas deixadas pelo turno anterior.

O impresso permite a avaliação das áreas de produção, como: antecâmara, câmaras

de: carnes/ laticínios/ hortifruti/câmara freezer e lixo, corredor de circulação das câmaras

frigoríficas, açougue, cocção, montagem de dietas gerais e especiais, depósito de sondas,

descartáveis, DML, estoque, higienização de panelas/ pratos e caixas, recebimento, pré

preparo e montagem de sobremesa e saladas, produção de sondas enterais.

Para cada área são analisados cinco critérios específicos que irão garantir a qualidade

do trabalho executado conforme indicado na tabela 1.

Tabela 1. Critérios específicos analisados pelo documento de Vistoria

Técnica 2015.

Critérios O que deve ser analisado

Organização e fluxo operacional

da área

Organização do espaço e fluxo adequado

de atividades;

Limpeza Áreas, equipamentos e utensílios limpos e

apropriados para uso;

Registro de limpeza

Registros de higienização devidamente

preenchidos, limpeza realizada, sinalizada

no impresso próprio e assinada pelo

funcionário responsável pela limpeza e

pela chefia da empresa terceirizada;

Registro de temperatura Temperatura ideal para cada câmara

frigorífica e freezer

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Identificação/data

validade/utilização

Presença de etiqueta própria de

identificação de alimentos

aberto/manipulado que contém as

informações de identificação do produto,

data de abertura e data da nova validade.

Permite também, a avaliação da coleta/ conferência/ armazenamento e descarte das

amostras líquidas e sólidas, referentes a todas as preparações confeccionadas no desjejum,

almoço, lanche da tarde, jantar e sondas enterais.

Existem campos específicos para análise de conformidade quanto a: tipo de

insumos/material, limpeza/descartáveis, características organolépticas dos alimentos,

realização de pré preparos, cumprimento do cardápio, qualificação de funcionários ( através

de faltas e/ou atrasos que possam comprometer o organograma da Empresa, além da análise

da postura dos funcionários) e adequação do uso e limpeza dos Equipamentos de Proteção

Individual (EPI).

Os critérios são avaliados de forma que o preenchimento contenha “C” caso a área

estiver conforme as exigências requeridas; “NC” se o requisito estiver não conforme; “NA”

caso o critério não se aplique a determinada área; “AU” caso a área esteja em uso,

impossibilitando a verificação de algum critério. Nas notificações de: “NC” ou “NA”, as

mesmas devem ser descritas no verso do impresso, no campo de “observações”, notificando

o motivo da não conformidade. Uma vez detectadas as não conformidades, a Empresa

terceirizada deve colocar em prática um plano de ação e/ou ação corretiva para amenização

dos riscos e garantia da segurança alimentar.

A Vistoria Técnica deve ser assinada pela responsável técnica da empresa

terceirizada, fazendo com que esta, fique ciente das falhas encontradas e providenciem

melhor gestão de seus fluxos e processos.

Ao final do turno de trabalho, é realizado novo monitoramento da vistoria técnica por

um funcionário da Equipe de qualidade do SND, com objetivo de avaliar a efetividade das

ações corretivas propostas pela Empresa Terceirizada. Este monitoramento é notificado

através de anotações no campo de “observações”, do próprio impresso.

- Cronograma de entrega de documentos

Para adequação dos requisitos documentais, foi elaborado o “Cronograma de

entrega de documentos” (Anexo 4) no qual, toda a entrega de documentos e controles de

registros é monitorado por meio de seu preenchimento. Deve ser assinado pela nutricionista

do SND e gerente da Unidade terceirizada.

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Este impresso permite que seja feito um rastreamento dos documentos exigidos pela

ONA nível 1,conforme indicado na tabela 2.

Tabela 2. Requisitos monitorados pelo Cronograma de entrega de

documentos 2015.

1. Laudo da amostra

2. Absenteísmo

3. Rotatividade

4. Manutenção Preventiva

5. Higienização dos EPIs

6. ASO

7. Vacina

8. Registros de temperatura (cadeia fria e cadeia quente)

9. Registros de recebimento

10. Qualificação dos fornecedores

11. PPRA e PCMSO

12. Atualização Manual de Boas Práticas

O cronograma contém a frequência e as datas que devem ser entregues e atualizados

os documentos exigidos. Caso a entrega dos documentos/registros não sejam realizada

dentro dos prazos estipulados, a não conformidade deve ser sinalizada e uma nova data deve

ser remarcada.

- Cronograma de Limpeza das áreas e utensílios

O cronograma de Limpeza foi elaborado pelo SND em parceria com a Empresa

Terceirizada de Limpeza. Nele, constam as datas e a frequência (semanal, quinzenal e

mensal) que devem ser realizadas as limpezas terminais das áreas e equipamentos descritos

na tabela 3. Após a realização da limpeza o funcionário da empresa terceirizada entrega

recibo de execução para o SND, este deve conter a área/equipamento na qual foi realizada a

limpeza, material utilizado, data execução e assinatura da empresa limpadora e SND. Ainda,

no cronograma de limpeza deve ser realizada a marcação de conformidade ou não

conformidade, sendo que, caso exista alguma não conformidade o motivo é registrado e a

data é reagendada. Esta nova data segue a mesma rotina e vistoria, conforme exemplificado

no Anexo 5.

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Tabela 3. Requisitos monitorados pelo Cronograma de Limpeza.

1. Coifas

2. Grades

3. Luminárias

4. Telas

5. Cozinha

6. Sala de Produção

7. Câmaras – Laticínios, Hortifruti, Carnes, Resíduos

8. Freezer

9. Sala e depósito de sonda

10. Recebimento

11. Sala das nutricionistas

- Cronograma Dedetização e Desratização

O cronograma de Dedetização e Desratização possui as datas que devem ser

realizadas o procedimento por empresa terceirizada apropriada, quinzenalmente, conforme

presente no Anexo 6. Caso seja necessário algum reagendamento ou procedimento

emergencial, estes devem ser anotados no documento para monitorização e caso exista

alguma não conformidade o motivo é registrado e a data é reagendada e vistoriada. Após a

realização do procedimento, a empresa terceirizada entrega recibo de execução que é

guardado pelo SND.

A rotina de monitoramento dos requisitos da ONA nível 1, voltados para o setor de

produção de alimentos, ocorre por meio dos materiais elaborados seguindo a sistematização

abaixo:

(1) Profissionais com competências e capacitação compatíveis com o perfil

assistencial;

Para avaliação dos profissionais de acordo com suas competências e capacitação o

Hospital Psiquiátrico realiza a verificação da qualificação por meio do organograma de

funções previamente definido, análise diária do quadro de faltas e pela postura dos

funcionários registrada no impresso de” Vistoria Técnica” nos itens: “Qualificação/Postura

funcionários copa” e “Qualificação/Postura funcionários cozinha”.

(2) Profissionais dimensionados de acordo com a realidade da organização,

considerando as boas práticas;

O dimensionamento do quadro de funcionários é realizado por meio do organograma

de funções previamente estabelecido e pela análise diária do quadro de faltas anotado em

impresso próprio anexado no documento de Visita Técnica do dia.

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(3) Planeja as atividades, avaliando as condições operacionais e de

infraestrutura, viabilizando a execução dos projetos de trabalho de forma

segura;

Para adequação desse requisito os itens presentes no documento de Visita Técnica

são usados como principais mecanismos de monitoramento, por meio dos critérios

Organização e fluxo operacional da área, Limpeza, Registro de limpeza, Registro de

temperatura, Identificação/data validade/utilização avaliados em todas as áreas.

(4) Monitora a manutenção preventiva e corretiva das instalações e dos

equipamentos, incluindo metrologia legal e a calibração;

O monitoramento é realizado de acordo com PPRA e PCMSO da empresa

terceirizada compartilhada com o SND nas datas propostas pelo Cronograma de entrega de

documentos. Em conjunto, o cronograma indica a frequência que deve ser realizada a

manutenção preventiva dos equipamentos, higienização dos EPIs e registros de

temperaturas.

(5) Estabelece critérios e procedimentos de segurança para a utilização de

matérias, insumos, equipamentos e serviços, com base em boas práticas;

O impresso Visita Técnica aborda a avaliação do uso de EPIs pelos funcionários, a

presença de alimentos impróprios para consumo e a montagem das dietas visando o

estabelecimento de critérios e processos seguros para clientes e funcionários. Ainda, o

Cronograma de entrega de documentos propõe a frequência que deve ser atualizado o

Manual de Boas Práticas da empresa terceirizada para assegurar processos atualizados e

efetivos.

(6) Gerencia o fluxo e a demanda do serviço;

O gerenciamento da demanda de refeições e o seu cumprimento em totalidade é

realizado por meio do impresso de Visita Técnica no item “Cumprimento do Cardápio”.

(7) Assegura as boas práticas na manipulação, preparação, fracionamento,

armazenamento, distribuição e transporte de alimentos;

Com base no Manual de Boas Práticas da empresa terceirizada e legislação vigente.

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(8) Cumpre com as diretrizes da política de identificação do paciente;

Há a utilização de sistema automatizado de identificação de dietas onde é gerada

etiqueta que contêm identificação completa do paciente. Em conjunto, o documento “Visita

Técnica” também avalia a correta identificação dos pacientes e dietas por meio do item

“Montagem de dietas sólidas especiais e gerais”.

(9) Estabelece mecanismos e procedimentos para identificação, rastreabilidade,

conservação e descarte apropriado de alimentos e amostras;

Os mecanismos envolvidos nesse requisito englobam as etiquetas de identificação

por lote desenvolvido para uso no estoque seco e câmaras frigorificas presentes no Anexo 7.

Essas etiquetas com cores diferenciadas facilitam a visualização e identificação dos prazos

de validade, evitando perdas e não conformidades.

(10) Define planos de contingência;

É avaliada a presença de planos de contingência específicos para cada área por meio

do documento “Visita Técnica”. Se algum plano de contingência for aplicado, este deve ser

descrito no verso do documento, sendo relatado qual é a não conformidade, como o plano de

contingencia será executado e prazo para adequação.

(11) Monitora o desempenho dos fornecedores críticos, alinhado à política

institucional;

Os fornecedores são avaliados continuamente pela empresa terceirizada e

monitorados pelo SND. No Cronograma de entrega de documentos há a presença do item

“Qualificação de Fornecedores”, no qual a terceirizada deve assegurar a entrega dos

documentos na frequência estipulada.

(12) Cumpre as diretrizes de prevenção e controle de infecção e biossegurança.

O controle de infecção e biossegurança são assegurados pelo Cronograma de

documentos pela presença do monitoramento dos “Laudos de Amostras”, ASO e vacinação

dos funcionários da empresa, monitorados pela SND.

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Discussão

As Unidades de Alimentação e Nutrição que atendem a coletividade enferma

possuem o grande desafio de oferecer refeições equilibradas e que contribuam com a

recuperação e melhora dos clientes. Soma-se, ainda, o desafio da adequação às iniciativas de

melhoria da qualidade que têm sido desenvolvidas tais como os programas de acreditação

hospitalar, certificações e sistemas de gestão internos. A busca pela excelência no serviço

prestado acaba por modificar a cultura organizacional da instituição e as rotinas de trabalho

em prol de melhores processos e resultados como estratégia de competitividade e satisfação

do cliente (FELDMAN et al, 2006).

Um estudo sobre avaliação das condições higiênicos sanitárias em serviços

hospitalares realizado por SACCOL et al, 2009, mostrou que somente 17% dos

estabelecimentos foram classificados como regular com relação ao nível de adequação às

Boas Práticas em serviços de alimentação; o restante dos serviços (83%) foram avaliados

como deficientes e nenhum estabelecimento foi classificado como adequado. Esse achado

contribui para o incentivo à elaboração de ferramentas que servirão de apoio à análise,

implementação e monitoramento dos critérios exigidos pela legislação e órgãos de

acreditação hospitalar para assegurar condições higiênico-sanitárias adequadas. Desta forma,

estas ferramentas auxiliarão no controle da qualidade do Serviço prestado e permitirão que

as decisões sejam tomadas baseadas em avaliações efetivas das operações e processos.

As ferramentas descritas neste artigo, da forma como foram elaboradas, reúnem os

principais tópicos exigidos às Boas Práticas e Acreditação Hospitalar verificado em todas as

áreas do serviço bem como todas as exigências de registros e documentos, possibilitando o

seu emprego de forma sistemática e concisa. A sua utilização na rotina de um SND pode

contribuir de forma crítica na qualidade dos processos e fluxos de trabalho a fim de adotar

uma sistematização na avaliação e controle da área de produção de refeições na sua

totalidade.

O fato de a vistoria técnica ser realizada por um profissional do SND do Hospital em

conjunto com a nutricionista da empresa terceirizada garante que a avaliação das condições

sanitárias ocorrerá de maneira ciente e formal. De acordo com o estudo realizado por

STANGARLIN et al 2013, auditorias internas em serviços hospitalares de Alimentação e

Nutrição realizados por auditores da própria empresa frequentemente são classificados como

“Bom estado geral de qualidade”. Contudo, quando as auditorias são realizadas por auditores

externos, estas são frequentemente classificadas como “Regular”, mostrando diferenças

significativas entre as avaliações dos auditores. Sendo assim, é importante o emprego de

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avaliações conjuntas, como a realizado no SND em questão, para promover uma análise

imparcial das não conformidades encontradas e seus devidos planos de ação.

Por meio da utilização destas ferramentas foi evidenciado que a mesma facilita com

que os nutricionistas detectem mais facilmente as não conformidades e pontos críticos,

auxiliando na elaboração e monitoramento dos planos de ação de forma mais eficiente.

Importante destacar também que o processo de criação e implementação das ferramentas foi

definido após diversas análises e discussões no serviço em questão, sendo necessários

ajustes e revisões periódicas para aperfeiçoamento do material e adaptação às condições da

Empresa Terceirizada.

Contudo, algumas limitações encontradas se baseiam no fato de que o emprego da

Acreditação Hospitalar no Brasil é recente e, portanto, a busca por referências na literatura e

prática profissional ainda é escassa. Ainda, quando considerado a área de Nutrição na gestão

e controle de projetos e processos de qualidade há uma carência de conhecimento técnico

uma vez que as instituições de ensino de Nutrição não contemplam essa área de atuação do

nutricionista como disciplina necessária para formação. Desta forma, é visto como um

desafio na área de produção de refeições a elaboração e aplicação de ferramentas de

qualidade com relação à gestão administrativa da unidade terceirizada.

A utilização das ferramentas impacta positivamente na distribuição final de refeições

ao paciente já que a monitorização contínua da rotina do SND garante o cumprimento de

aspectos como: pré preparo, armazenamento, montagem e identificação correta das dietas,

cumprimento do cardápio, limpeza, entre outros aspectos que garantem a segurança

alimentar do paciente.

Conclusão

Os impressos de “Vistoria técnica”, “Cronograma de entrega de documentos”,

“Cronograma de Limpeza das áreas e utensílios” e “Cronograma de dedetização e

desratização” descritos neste artigo, auxiliam de forma efetiva, sistemática e prática a análise

crítica das Empresas Terceirizadas no SND em questão, como também, são ferramentas

necessárias para garantir a manutenção dos critérios exigidos pela ONA nível 1 e para

manutenção e alcance futuro do último nível desta Acreditação .

Torna-se importante salientar que o tema de Acreditação Hospitalar e terceirização

de Serviço de Nutrição e Dietética são áreas poucos exploradas na literatura. Assim, reforça-

se a necessidade de realização de trabalhos que visem disseminar e orientar demais

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profissionais para a utilização de ferramentas de qualidade para obtenção de excelência no

serviço, além de contribuir com conhecimento científico para a área de Nutrição.

Referências Bibliográficas

VANCOUVER

1. Wendisch C. Avaliação da Qualidade de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN)

Hospitalares: construção de um instrumento. Dissertação (Mestrado) – Esc Nac Saúde

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2. Stangarlin L, Hecktheuer LH, Serafim AL, Medeiros LB. Evaluation of hygienic-

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recentes. PHYSIS: Rev Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. 2001;11(1): 105-97.

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hospitalar no cotidiano de profissionais de saúde. Rev Esc Enferm USP. São Paulo.

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7. Ministério da Saúde (BR). Organização Nacional de Acreditação. Manual das

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8. Lima SBS, Erdmann AL. A enfermagem no processo de acreditação hospitalar em

um serviço de urgência e emergência. Acta paul enferm. São Paulo. 2006;19(3). 271-

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9. Teixeira S, Milet Z, Carvalho J, Biscontini TM. Administração Aplicada às Unidades

de Alimentação e Nutrição, São Paulo: Atheneu,2007.

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10. Isosaki M, et al. Indicadores de nutrição hospitalar, São Paulo: Atheneu, 2015.

11. Feldman LB, Cunha ICKO. Identificação dos critérios de avaliação de resultados do

serviço de enfermagem nos programas de acreditação hospitalar. Rev Latino-am

Enfermagem. São Paulo. 2006;14(4):540-5.

12. Saccol ALF et al. Importância de treinamento de manipuladores em Boas Práticas.

Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde. Santa Maria. 2006;7(1):.91-9.

ABNT

1. WENDISCH, C. Avaliação da qualidade de unidades de alimentação e nutrição (uan)

hospitalares: construção de um instrumento. Dissertação (mestrado) Escola nacional

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2. STANGARLIN, L. et al. Evaluation of hygienic-sanitary conditions of hospital

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3. MACHADO, CV. Novos modelos de gerência nos hospitais públicos: as

experiências recentes.. Physis: revista saúde coletiva, Rio de janeiro, v. 1, n. 1, p.

105-97,2011.

4. MANZO, BF; BRITO, MjM Brito; CORREA, AR. Implicações do processo de

acreditação hospitalar no cotidiano de profissionais de saúde. Revista escola

enfermagem usp, Rio de janeiro, v. 46, n. 2, p. 388-394,2012.

5. BELLO, M; SPINELLI, MGN. Utilização de indicadores de qualidade em unidades

de alimentação e nutrição e em restaurantes comerciais. VII jornada de iniciação

científica, Rio de janeiro, 2011.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Secretaria de

Assistência à Saúde. Brasília, DF: 2002.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Nacional de Acreditação. Manual das

Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde - Coleção Manual Brasileiro de

Acreditação; Brasília, DF:2014.

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8. LIMA, SBS; ERDMANN, AL. A enfermagem no processo de acreditação hospitalar

em um serviço de urgência e emergência. Acta paulista de enfermagem, São

paulo, v. 19, n. 3, p. 271-278, 2006.

9. TEIXEIRA, S. et al. Administração aplicada às unidades de alimentação e

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10. ISOSAKI, M. et al. Indicadores de nutrição hospitalar: subt tulo do livro. 1

ed. São Paulo: Atheneu, 2015. 78 p.

11. FELDMAN, LB; CUNHA, ICKO. Identificação dos critérios de avaliação de

resultados do serviço de enfermagem nos programas de acreditação

hospitalar. Revista latino-americana de enfermagem, São paulo, v. 14, n. 4, p.

540-545, 2006.

12. SACCOL, A L F. Importância de treinamento de manipuladores em boas práticas.

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Anexos

1. ROTEIRO DE INSPEÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS EM ESTABELECIMENTOS

COMERCIAIS DE ALIMENTOS E SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

Artigo

ITENS DE AVALIAÇÃO Conformidade

CAPÍTULO II - HIGIENE E SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS,

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E CAPACITAÇÃO DE

PESSOAL

S N NA

Seção I - Controle de Saúde dos Funcionários

Art. 8º

1 - A saúde dos funcionários é comprovada por atestado médico e laudos laboratoriais.

Art. 9º 2 - Os funcionários estão aparentemente saudáveis, observadas as ausências de lesões cutâneas e de sinais e sintomas de infecções respiratórias e oculares.

Seção II - Higiene e Segurança dos Funcionários

Art. 10

3 - Os funcionários apresentam-se asseados, com mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte ou adornos.

Art. 11 e 12

4 - Os funcionários encontram-se com uniformes limpos e com os equipamentos de proteção individual, quando necessários.

Art. 12, 13 e 14

5 - Durante as atividades de produção, foram observados hábitos e comportamentos que evitam a contaminação dos alimentos.

Art. 15

6 - Há cartazes educativos sobre a higienização das mãos nas instalações sanitárias e lavatórios.

Seção III - Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal

Art. 16,

7 - O estabelecimento possui um responsável técnico comprovadamente capacitado para implantar Boas

17 e 18 Práticas.

Art. 19

8 - O estabelecimento possui um programa de capacitação do pessoal em Boas Práticas.

Seção IV - Visitantes

Art. 20 9 - Os visitantes apresentam-se devidamente uniformizados

Artigo

CAPÍTULO III - QUALIDADE SANITÁRIA DA PRODUÇÃO DE

ALIMENTOS

Conformidade

S N NA

Seção I - Recepção e Controle de Mercadorias

Art. 21, 22, 23, 24

e 25

10 - A recepção de produtos é realizada em local apropriado, com observações sobre a qualidade de: transportadores, embalagens, rotulagens, avaliação sensorial e medições de temperaturas, entre outros.

Seção II - Armazenamento de Produtos

Art. 26, 27, 28,

30, 32, 34

11 - Embalagens, matérias-primas, ingredientes, alimentos preparados, que necessitam ou não de refrigeração ou congelamento são identificados, protegidos e armazenados adequadamente, de acordo com suas características e necessidades de localização, organização e controle de

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temperatura.

Art. 29 12 - Produtos reprovados com prazo de validade vencido ou para devolução aos fornecedores estão armazenados adequadamente quanto à organização e ao local.

Art. 31 e 33

13 - Refrigeradores e freezers estão adequados às necessidades, quanto ao estado de conservação, higienização e controle de temperatura, assim como os volumes e as disposições dos alimentos naqueles equipamentos estão adequados.

Seção III - Pré-preparo dos Alimentos

Art. 35 e 36

14 - Os procedimentos de pré-preparo evitam a contaminação cruzada entre alimentos crus, semi preparados e prontos ao consumo, e as embalagens dos produtos são higienizadas e adequadas à área de pré-preparo

Art. 37 e 38

15 - O descongelamento e a retirada do sal de produtos são realizados de maneira adequada.

Art. 39 16 - A higienização de hortifrutícolas é realizada em local adequado e conforme as recomendações desta Portaria. Princípios ativos desinfetantes e a concentração de uso encontram-se adequados.

Art. 40

17 - Há instruções facilmente visíveis e compreensíveis, sobre a higienização dos hortifrutícolas no local dessa operação.

Seção IV - Preparo dos Alimentos

Art. 41, 44 e 45

18 - Os procedimentos de cocção, resfriamento e refrigeração dos alimentos são realizados em locais apropriados e sob controles de tempos e temperaturas adequadas.

Art. 42 19 - Existe controle de temperatura do procedimento de fritura e as características sensoriais dos óleos utilizados nesse procedimento encontram-se adequadas.

Art. 43

20 - O estabelecimento não oferece aos consumidores ovos crus, nem preparações onde os ovos permanecem crus. O Responsável Técnico conhece as regras sobre a utilização de ovos determinadas nessa Portaria.

Seção V - Distribuição de Alimentos Preparados

Art. 46 e 47

21 - Os alimentos expostos ao consumo imediato encontram-se protegidos e sob adequados critérios de tempo e temperatura de exposição.

Art. 48

22 - A água do balcão térmico encontra-se limpa e sua temperatura é controlada.

Art. 49

23 - Os ornamentos e ventiladores da área de consumação encontram-se adequados.

Art. 50

24 - O pagamento de despesas ocorre em local específico e reservado e o funcionário do caixa não manipula os alimentos.

Art. 51

25 - A doação de sobras de alimentos, quando realizada observam-se as Boas Práticas.

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Seção VI - Guarda de Amostras em Cozinhas Industriais e Serviços de Alimentação

Art. 52 26 - A cozinha industrial ou o serviço de alimentação guarda amostras das refeições preparadas conforme as determinações desta Portaria.

Seção VII - Transporte de Alimentos

Art. 53, 54, 55,

56,57,58, 59,60 e

61

27 - Os alimentos são transportados de maneira adequada e identificados, em veículos apropriados e higienizados, e em condições adequadas de tempo e temperatura.

Artigo

CAPÍTULO IV - HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES E DO

AMBIENTE

Conformidade

S N NA

Art. 62 e 63

28 - Os procedimentos de higienização do ambiente e das instalações são adequados e seguem as etapas obrigatórias determinadas nessa Portaria.

Art. 64

29 - Os produtos saneantes são rotulados, adequados e armazenados separadamente dos alimentos.

Art. 65 30 - Os funcionários que realizam as operações de higienização são capacitados para isso e utilizam equipamentos de proteção individual, quando necessário.

Artigo CAPÍTULO V - SUPORTE OPERACIONAL

Conformidade

S N NA

Seção I - Abastecimento de Água

Art. 66 e 67

31 - A água utilizada no abastecimento da empresa é adequada e sua qualidade é satisfatória, controlada por análise laboratorial periódica, conforme a legislação em vigor.

Art. 68

32 - O reservatório de água está adequado e sua higienização periódica encontra-se documentada.

Art. 69

33 - O gelo utilizado para entrar em contato com alimentos e bebidas é produzido com água potável e manipulado com higiene.

Art. 70 34 - O vapor em contato com alimentos ou usado para higienização é produzido com água potável, sem produtos químicos que possam provocar contaminação.

Seção II - Esgotamento Sanitário

Art. 71 35 - Há um sistema de esgoto adequado.

Art. 72 e 42

36 - Os despejos das pias de produção passam por caixa de gordura higienizada periodicamente e instalada fora da área de manipulação e armazenamento dos alimentos. Resíduos de óleo da produção não são descartados na rede de esgoto.

Seção III - Materiais Recicláveis e Resíduos Sólidos

Art. 73 e 74

37 - Na área de produção, o lixo é depositado em recipientes com tampas acionadas por pedal, sem contato manual e é periodicamente retirado de maneira que não provoca contaminação cruzada com alimentos. Os recicláveis e o lixo encontram-se adequadamente armazenados em local que impossibilita atração

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de vetores e pragas urbanas.

Seção IV - Abastecimento de Gás

Art. 75

38 - A área para armazenamento de gás é instalada em local ventilado e protegido.

Seção V - Controle integrado de vetores e pragas urbanas

Art. 76 39 - Existem procedimentos para o controle de pragas e vetores urbanos. Há comprovação dos serviços efetuados por empresa licenciada no órgão competente de vigilância sanitária.

Artigo

CAPÍTULO VI - QUALIDADE SANITÁRIA DAS EDIFICAÇÕES E

DAS INSTALAÇÕES

Conformidade

S N NA

Seção I - Localização

Art. 77

40 - Área externa livre de focos de insalubridade, ausência de lixo e objetos em desuso, livre de focos de

vetores, animais domésticos e roedores. Acesso independente, não comum a habitação e outros usos.

Seção II - Instalações

Art. 78 e 79

41 - As instalações são separadas por meios físicos que facilitam higienização e a produção ocorre em fluxo contínuo e não promove contaminação cruzada. Existem locais específicos para pré-preparo e para preparo. O dimensionamento das instalações é proporcional ao volume de produção.

Art. 79

42 - As reformas são executadas fora do horário de manipulação dos alimentos.

Art. 80 43 - Existe lavatório exclusivo para higiene das mãos, com um cartaz educativo sobre isso, em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos.

Art. 81 44 - A higienização de materiais de limpeza, tais como baldes, vassouras, pano de chão, entre outros, ocorre em local exclusivo, fora da área de preparo de alimentos.

Seção III - Equipamentos, Utensílios e Móveis

Art. 82 e 83

45 - Equipamentos, utensílios e móveis são de fácil higienização, não transmitem substâncias tóxicas, odores ou sabores aos alimentos e têm as partes de maior risco protegidas, tais como motor, prensa, peça cortante, sucção, correia e outros.

Art. 84 46 - As câmaras frigoríficas encontram-se adequadas.

Seção IV - Piso

Art. 85

47 - O piso é constituído de material liso, antiderrapante, resistente, impermeável, lavável, íntegro, sem trincas, vazamento e infiltrações. Os ralos são sifonados com dispositivos que permitem seu fechamento.

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Seção V - Paredes, Tetos e Forros

Art. 86 e 87

48 - As paredes e divisórias, assim como tetos e forros são sólidos, com acabamento liso e impermeável. Não possuem vazamentos, umidade, bolores, infiltrações, trincas, rachaduras, descascamento, goteiras, dentre outros.

Seção VI - Portas e Janelas

Art. 88 e 89

49 - As portas são ajustadas aos batentes, de fácil limpeza, possuem mecanismo de fechamento automático e proteção na parte inferior contra insetos e roedores. As janelas são ajustadas aos batentes e protegidas com telas milimétricas removíveis para limpeza.

Seção VII - Iluminação

Art. 90

50 - As lâmpadas e luminárias encontram-se protegidas contra quedas acidentais ou explosão. As instalações elétricas são embutidas ou encontram-se protegidas por tubulações presas e distantes das paredes e teto.

Seção VIII - Ventilação

Art. 91 e 92

51 - O sistema de ventilação da edificação garante conforto térmico, renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores, dentre outros. A ventilação/exaustão do ar é direcionada da área limpa para a suja. Os exaustores possuem telas milimétricas removíveis para impedir a entrada de vetores e pragas urbanas. Os equipamentos e filtros são higienizados.

Art. 93 52 - Não são utilizados ventiladores nem climatizadores com aspersão de neblina sobre os alimentos, ou nas áreas de manipulação e armazenamento.

Seção IX - Vestiários e Instalações Sanitárias

Art. 94

53 - Os vestiários dos funcionários não se comunicam diretamente com a área de armazenamento, manipulação de alimentos e refeitórios. São separados por gênero, possuem armários individuais, chuveiros e as portas externas são dotadas de fechamento automático. Os banheiros dispõem de bacia sifonada com tampa e descarga, mictório com descarga, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, pias com sabonete ou produto anti-séptico, toalha de papel não reciclado ou outro método de secagem higiênico e seguro.

Seção X - Área de Distribuição e Consumo dos Alimentos

Art.95

54 - As instalações sanitárias de clientes dispõem de bacia sifonada com tampa e descarga, mictório com descarga, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, lavatórios com sabonete ou produto anti-séptico, toalha de papel não reciclado ou outro método de secagem higiênico e seguro.

Artigo

CAPÍTULO VII - DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO DAS

INFORMAÇÕES

Conformidade

S N NA

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Seção I - Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados

Art. 96 55 - O estabelecimento possui um manual de Boas Práticas e os POPs estabelecidos nesta Portaria, que encontram-se disponíveis aos funcionários e à fiscalização sanitária.

DIRETRIZES PARA A DECISÃO SOBRE A QUALIDADE SANITÁRIA DO

ESTABELECIMENTO

O Roteiro de Inspeção é um instrumento que auxilia no raciocínio sobre o risco sanitário que pode existir num determinado estabelecimento. Os itens de avaliação do Roteiro de Inspeção são quesitos de Boas Práticas, que devem ser cumpridos pelos estabelecimentos comerciais de alimentos e serviços de alimentação. A autoridade sanitária se fundamenta no conhecimento científico e utiliza o Roteiro de Inspeção para fazer a avaliação do risco sanitário. A autoridade sanitária deve empregar o seu poder discricionário para concluir sobre a condição de funcionamento do estabelecimento inspecionado: SATISFATÓRIO [ ] NSATISFATÓRIO [ ]

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2. Processos Críticos SND

COLETA DE NÃO CONFORMIDADES DOS PROCESSOS CRÍTICOS

Processos de risco Subitens analisados Periodicidade de

coleta de informação

Instrumento de análise Área

responsável

1 Não conformidade nos Controles e Registros

(temperatura e limpeza)

Registros de higienização (equipamentos e utensílios);

Diária Checagem dos registros e cronograma de limpeza

Preenchimento e controle: empresa

terceirizada Monitoramento: SND qualidade

Estado de higienização;

Registro de temperatura - cadeia quente e fria – cozinha e copas (câmaras, geladeira e freezer doméstico, carros

térmicos, carros banho- maria).

2

Não conformidades quanto ao atendimento

de dietas gerais e especiais

Distribuição de dietas gerais e especiais. Diária

Planilha compartilhada com a terceirizada de

ocorrências e Planilha de eventos adversos da

equipe de enfermagem

SND assistencial e

Equipe de Enfermagem

3 Falta de itens Descartáveis e gêneros alimentícios. Diária

Vistoria técnica / Planilha compartilhada com a

terceirizada de ocorrências

SND qualidade;

SND assistencial

4

Atraso na distribuição de refeições (saída da

cozinha e distribuição final nas copas)

Desjejum, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Diária

Quadro de atrasos por refeição e Planilha

compartilhada com a terceirizada de

ocorrências e Planilha de eventos adversos da

equipe de enfermagem

SND qualidade;

SND assistencial e

Equipe de Enfermagem

5 Falta de qualificação dos

funcionários

Quantificação do número de faltas da cozinha e copa;

Diária

Vistoria técnica / Planilha compartilhada com

empresa terceirizada de ocorrência e Planilha de

Eventos Adversos da equipe de enfermagem

SND qualidade;

SND assistencial; Equipe de

enfermagem

Atrasos de funcionários cozinha e copa;

Qualificação dos serviços prestados (postura dos funcionários e avaliação de satisfação dos pacientes)

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6 - A Sonda - supervisão das atividades operacionais

(fluxo de processos)

Organização da área, fluxo de envase de sondas enterais, identificação e validade das dietas, Atraso de

entrega, registros de limpeza, temperatura e uso exclusivo da geladeira para esta rotina, identificação de

falta ou sobra de dietas, verificação de coleta, armazenamento e descarte de amostras de dietas e água

do filtro.

Diária

Vistoria técnica, Planilha compartilhada com a

terceirizada de ocorrências, Planilha de

Eventos adversos da enfermagem e

cronograma de entrega de documentos

SND qualidade;

SND assistencial e

Equipe de Enfermagem

Identificação de validade do filtro de água. Mensal

6 - B

Demais itens - supervisão das

atividades operacionais (fluxo de processos)

Organização e fluxo operacionais, controle de qualidade do recebimento, adequações de identificação e

armazenamento de gêneros alimentícios e materiais descartáveis e limpeza, controle de estoque, verificação de coleta, armazenamento e descarte de amostras das

preparações de desjejum, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

Diária

Impresso vistoria técnica, Planilha compartilhada com a terceirizada de

ocorrências e cronograma de entrega

de documentos.

SND qualidade;

SND assistencial.

Manutenção preventiva dos equipamentos e troca de vela dos filtros.

Mensal

7 Avaliação sensorial Alimentos impróprios para consumo - características

organolépticas. Diária

Impresso de avaliação sensorial

Preenchimento e controle: empresa

terceirizada Monitoramento: SND qualidade

8 Cumprimento do

cardápio Execução do cardápio. Diária Impresso vistoria técnica SND qualidade

9 Uso de EPI Registro e higienização dos EPIs. Diária

Impresso vistoria técnica, Planilha compartilhada

com terceirizada de ocorrências e

cronograma de entrega de documentos.

SND qualidade;

SND assistencial.

10 ASO e PPRA, Análise

microbiológica dos alimentos e treinamentos

Controle dos documentos de certificação. Mensal Impresso cronograma de entrega de documentos

SND qualidade

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3. Vistoria Técnica

VISTORIA TÉCNICA

AMOSTRAS

DATA HORÁRIO ÁREA

*ORGANIZAÇÃO E FLUXO

OPERACIONAL DA ÁREA

LIMPEZA REGISTRO

DE LIMPEZA *REGISTRO DE TEMPERATURA

*IDENTIFICAÇÃO/ DATA

VALIDADE/ UTILIZAÇÃO

Nº DE REFEIÇÕES

PRODUZIDAS

*PLANO DE CONTINGÊNCIA

COLETA CONFERÊNCIA ARMAZENA

MENTO DESCARTE XXXX

*C/NC *C/NC *C/NC *C/NC *C/NC *C/NC NA/*C/NC *C/NC *C/NC *C/NC *C/NC *C/NC

AÇOUGUE N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ANTE - CÂMARA

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CÂMARA DE CARNES

N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CÂMARA DE LATICÍNIOS

N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CÂMARA FREEZER

N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CÂMARA HORTIFRUTI

N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CÂMARA LIXO

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

COCÇÃO

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

MONTAGEM DIETAS SÓLIDAS ESPECIAIS E GERAIS

N.A N.A N.A N.A N.A

CORREDOR DE CIRCULAÇÃO CÂMARAS FRIGORÍFICAS

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

DEPÓSITO DE SONDAS

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

DESCARTÁVEIS

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

DML

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ESTOQUE

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

HIGIENIZAÇÃO DE CAIXAS

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

HIGIENIZAÇÃO DE PANELAS N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

HIGIENIZAÇÃO DE PRATOS N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

RECEBIMENTO

N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

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PRÉ-PREPARO (SOBREMESA/SALADA) N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

MONTAGEM SOBREMESA / SALADA N.A N.A N.A N.A N.A

SONDA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

SUCO / DIETAS LIQUIDAS N.A N.A N.A N.A N.A N.A

AMOSTRA - SONDA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

AMOSTRA - LÍQUIDA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

AMOSTRA - SÓLIDA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

INSUMOS/DESCART./ MAT. LIMP. N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ALIMENTOS IMPRÓPRIOS PARA CONSUMO N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

FALTA DE PRÉ-PREPARO N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

CUMPRIMENTO DO CARDÁPIO N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

FALTA FUNC. COPA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

FALTA FUNC. COZINHA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ATRASO DE FUNC. COPA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ATRASO FUNC. COZ. N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

QUALIFICAÇÃO/POSTURA FUNC. COPA N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

QUALIFICAÇÃO/POSTURA FUNC. COZ. N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

USO EPI N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

PORTÃO RECEBIM. TRANCADO ( ) NÃO TRANCADO ( ) N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A N.A

ASSINATURA RESP. SND Hospital:

ASSINATURA RESP. Terceirizada:

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Legenda: *NA - Não se aplica / *C/NC - CONFORME/NÃO CONFORME *AU - ÁREA EM USO Verificações: *Organização e fluxo operacional da área e identificação: Organização do espaço - tudo no seu respectivo lugar, monitoração de acordo com Manual de Boas Práticas, POPs e Roteiro da CVS-5. Estoque: Armazenamento por grupo de alimentos/amarração em cruz (ventilação)/ inexistência de papelão/alimentos pós abertos identificados com data de abertura/produção com nova validade e armazenamento adequado em freezer exclusivo das amostras sólidas por 96 horas e descarte das mesmas após este período. DML: Local separado de gêneros alimentícios e inexistência de papelão. Câmaras frigoríficas: Alimentos armazenados em caixa própria/identificados por data e preparação/pós abertos e/ou produzidos: cobertos e identificados com data de abertura/produção e validade. No caso da Câmara de carnes - verificar também, armazenamento adequado em caixas próprias, das amostras líquidas e de sondas por 96 horas e descarte das mesmas após este período. Câmara de lixo: Acondicionados em câmara exclusiva e separadas de alimentos, em sacos plásticos próprios e respeitando fluxo de retirada evitando fluxo cruzado.*Temperatura - Verificar temperatura ideal para cada câmara frigorífica e freezer, de acordo com especificação nos impressos da LBGS. *Limpeza e registro de limpeza - Verificar limpeza dos equipamentos/utensílios e registros de higienização, observando se as limpezas terminais foram feitas, sinalizadas como rotina realizada e assinadas pelo funcionário e se foram vistoriadas pela chefia da LBGS. Obs: A limpeza do piso e paredes - realizada pela Centro, é verificada em impresso próprio. Erro e quase erro de distribuição em pacientes com e sem risco nutricional anotado nas folhas de observações. Definições: ERRO - quando o erro chega ao paciente. QUASE ERRO - o erro é verificado e corrigido antes de chegar ao paciente. Plano de Contingência: Em caso de necessidade por quebra de equipamento ou falta de funcionários, o Plano de Contingência e prazo do mesmo é descrito em planilha própria e acompanhado na Vistoria Técnica. Qualificação/postura funcionários: A qualificação é monitorada conforme organograma de funções da empresa previamente definidos.

OBSERVAÇÕES / AÇÕES CORRETIVAS

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4. Modelo de Cronograma de entrega de documentos

CRONOGRAMA DE ENTREGA DE DOCUMENTOS

DOCUMENTO Frequência Referência Mês Dia Nutricionista da

empresa terceirizada Data

reagendada Nutricionista da

empresa terceirizada Observações

LAUDO DA AMOSTRA

MENSAL

Maio Junho

Junho Julho

Julho Agosto

Agosto Setembro

Setembro Outubro

Outubro Novembro

Novembro Dezembro

Dezembro Janeiro

DOCUMENTO Frequência Referência Mês Dia Nutricionista da

empresa terceirizada Data

reagendada Nutricionista da

empresa terceirizada Observações

ABSENTEISMO MENSAL

Maio Junho

Junho Julho

Julho Agosto

Agosto Setembro

Setembro Outubro

Outubro Novembro

Novembro Dezembro

Dezembro Janeiro

DOCUMENTO Frequência Referência Mês Dia Nutricionista da

empresa terceirizada Data

reagendada Nutricionista da

empresa terceirizada Observações

ROTATIVIDADE

MENSAL

Maio Junho

Junho Julho

Julho Agosto

Agosto Setembro

Setembro Outubro

Outubro Novembro

Novembro Dezembro

Dezembro Janeiro

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5. Modelo de cronograma de limpeza terminal Câmara de carne e freezer – Para todas as áreas da cozinha segue-se o mesmo modelo

de cronograma sendo alterados apenas o local, frequência e horário.

Cronograma de Limpeza Terminal

Ano:

Setor: Nutrição

Área: Semi Crítica

Local Frequência

Data Horário Obs.:

Mês Dia

Janeiro

Fevereiro

Março

Câmara de Carne Semanal Abril

e Freezer 4ª Feira Maio

10:00

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Emissão Inicial

Coord ...

Data Revisão Descrição da revisão Elaborado Aprovado

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6. Modelo de cronograma de Desinsetização, desratização e descupinização – Para cozinha segue-se o mesmo modelo de cronograma

sendo alterado apenas o dia.

Cronograma dos serviços de desinsetização, desratização e descupinização – Ano:

Locais

Data

Horário Nutricionista da

empresa terceirizada

Data reagendada

Nutricionista da empresa

terceirizada Observações

Mês Dia

Nutrição e

Dietética + Copa

dos Andares

Janeiro

18h

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

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7. Padronização de etiquetas

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8. Impresso de controle de horário

SND DESJEJUM DATA: D/MM /AAAA

Horário de saída da cozinha 07:15 07:45 07:45 08:00 07:45 08:15 08:15 07:45 07:15 07:45 08:15 07:45 07:45

Horário de distrib. na copa 07:30 08:00 08:00 08:15 08:00 08:30 08:30 08:00 07:30 08:00 08:30 08:00 08:00

ENFERMARIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

HORA DE SAÍDA DA COPEIRA:

NOME DA COPEIRA:

FALTAS DE FUNC. DA COPA:

ATRASOS DE FUNC. DA COPA:

CONFERENTES:

SND ALMOÇO INÍCIO DA ESTEIRA 10:________H

Horário de saída da cozinha 11:15 11:45 11:30 11:45 11:15 11:45 11:45 11:15 11:15 11:45 11:45 11:15 11:45

Horário de distrib. na copa 11:30 12:00 11:45 12:00 11:30 12:00 12:00 11:30 11:30 12:00 12:00 11:30 12:00

ENFERMARIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

HORA DE SAÍDA DA COPEIRA

NOME DA COPEIRA

CONFERENTES:

SND MERENDA

Horário de saída da cozinha 14:15 14:45 14:30 15:00 14:15 14:45 14:15 14:45 14:15 14:45 14:15 14:45 14:45

Horário de distrib. na copa 14:30 15:00 14:45 15:00 14:30 15:00 14:30 15:00 14:30 15:00 14:30 15:00 15:00

ENFERMARIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

HORA DE SAÍDA DA COPEIRA

NOME DA COPEIRA

CONFERENTES:

SND JANTAR INÍCIO DA ESTEIRA 16:_______H

Horário de saída da cozinha 17:15 17:45 17:30 17:45 17:15 17:45 17:15 17:15 17:45 17:15 17:45

Horário de distrib. na copa 17:30 18:00 17:45 18:00 17:30 18:00 17:30 17:30 18:00 17:30 18:00

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ENFERMARIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

HORA DE SAÍDA DA COPEIRA

NOME DA COPEIRA

CONFERENTES:

SND CEIA

Horário de saída da cozinha 19:30 19:45 20:05 20:45 19:45 20:05 20:25 20:45 19:45 20:05 20:25 OBS:

Horário de distrib. na copa 19:45 20:00 20:15 20:20 20:00 20:20 20:40 21:00 20:00 20:20 20:40

ENFERMARIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

HORA DE SAÍDA DA COPEIRA

NOME DA COPEIRA

CONFERENTES:

ÁREA FUNCIONÁRIO FALTA ATRASO SUBSTITUÍDO OBSERVAÇÕES

NUTRICIONISTA

TÉCNICA

DESPENSA

COZINHEIRO

1/2 OFICIAL

LOUÇA

LACTARISTA

SALADA/PRÉ-PREPARO

NOTURNO