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A SÍNDROME DE BOURNOUT E A EDUCAÇÃO€¦ · comuns, e quadros depressivos. É indicado pelo Ministério da Saúde que o tratamento de tal síndrome seja feito por meio de intervenções

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A SÍNDROME DE BOURNOUT E A EDUCAÇÃO

José Carlos do Nascimento¹ Marina Soares de Albuquerque Cavalcanti da Silva1

Paula Albuquerque Rodrigues1 Amanda Micheline Amador de Lucena2

RESUMO

O Ministério da Saúde do Brasil caracteriza a síndrome de Burnout como um distúrbio psíquico de caráter depressivo, procedido de esgotamento físico e mental intenso decorrente da tensão emocional crônica do trabalho e, não obstante, isso tem gerado inúmeros casos de absenteísmo docente. Diante disso, buscou-se com este trabalho identificar a percepção dos docentes sobre o seu ambiente de trabalho e sua interação com os membros da comunidade escolar associando se tais informações podem dar indícios que estes profissionais apresentam sintomas relacionados a síndrome de Burnout. O Estudo configura-se como uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. O campo de pesquisa foi a Escola Municipal João Heráclio Duarte, que oferta os anos iniciais e finais do ensino fundamental, localizada na zona rural do Município de Passira-PE, no Sítio Varjadas. conta com um total de 289 educandos matriculados no ano de 2020, e tem em seu quadro 22 docentes sendo que participaram do estudo 11 docentes. Embora distante de ser uma avaliação especializada, através dos dados obtidos no referido estudo pode-se inferir que expressivos percentuais de docentes indicaram ter (mesmo que eventualmente) sintomas relacionados a síndrome de Burnout, e isso deve ser melhor avaliado. Contudo, fez-se necessário trazer para o âmbito escolar e seus atores informações sobre a Síndrome de Burnout, suas causas, principais sintomas, formas de tratamento etc, pois assim poderemos auxiliar para minimizar ou erradicar quadros graves dessa síndrome. Ter a consciência dos fatores que lhes conduzem a processos de adoecimento possibilitam ao profissional buscar tratamento prévio, podendo esse profissional reverter e evitar o avanço da síndrome e ou de outras doenças psicossomáticas. Palavra-chave:Exaustão;Relações interpessoais; Doenças do Trabalho.

ABSTRACT

The Ministry of Health of Brazil characterizes the Burnout syndrome as a psychic disorder of a depressive character, resulting from intense physical and mental exhaustion due to the chronic emotional tension of the work and, nevertheless, this has generated countless teaching absenteeism. Therefore, this work sought to identify the perception of teachers about their work environment and their interaction with members of the school community, associating whether such information can give evidence that these professionals have symptoms related to Burnout syndrome. The Study is configured as a descriptive research with a quantitative approach. The research field was the João Heráclio Duarte Municipal School, which offers the initial and

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final years of elementary education, located in the rural area of the Municipality of Passira-PE, at SítioVarjadas. it has a total of 289 students enrolled in 2020, and has 22 faculty members, 11 of whom participated in the study. Although far from being a specialized assessment, through the data obtained in that study it can be inferred that expressive percentages of teachers indicated (even if eventually) symptoms related to Burnout syndrome, and this should be better evaluated. However, it was necessary to bring information about the Burnout Syndrome, its causes, main symptoms, forms of treatment, etc. to the school and its actors, as this way we can help to minimize or eradicate serious cases of this syndrome. Being aware of the factors that lead to illness processes allows the professional to seek prior treatment, and this professional can reverse and prevent the progress of the syndrome and or other psychosomatic diseases. Keywords: Exhaustion; Interpersonal relationships; Occupational

diseases________________________

¹ Mestrando(a) em Ciências da Educação pela VeniCreatorChistianUniversity; 2Professora do CETEC/VeniCreatorChistianUniversity;

1. Introdução

Desde 1999 e com base na lei nº 3048 da Previdência Social enquadra a

síndrome de Burnout como doença do trabalho. (BRASIL, 1999). Os principais

sintomas são fadiga extrema, perca de interesse pelo trabalho e atividades

comuns, e quadros depressivos. É indicado pelo Ministério da Saúde que o

tratamento de tal síndrome seja feito por meio de intervenções psicossociais,

acompanhamento farmacológico, e em casos extremos, utilizar-se de

fármacos.

Segundo Laydmilla (2016) a síndrome de Burnout tem sido considerada

como uma das principais causas do “afastamento de profissionais da

educação, e consequentemente, a responsável pelo aumento da evasão de

profissionais dos seus ambientes de trabalho.” Contudo, uma das maiores

dificuldades para iniciar o tratamento referente às doenças ocupacionais, é que

em geral,esses tipos de doenças não são tratadas com a importância devida,

fazendo com que o indivíduo muitas vezes procure o tratamento tardiamente e

sinta-se solitário nesta luta contra esses problemas.

O profissional quando acometido pela síndrome de Burnouté atingindo

não apenas nas suas relações profissionais, mas também nas relações

pessoais. Os professores e profissionais da educação comumente vem sendo

expostos a situações de alto grau de estresse, que são por recorrentes vezes

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causadas pelas relações professor-educando, professor - gestão e ambiente

físico que envolve o âmbito educacional. O trabalho docente traz consigo uma

responsabilidade histórica social, uma vez queo professor muitas vezes tem se

deparado com problemas que perpassam as suas responsabilidades enquanto

mediador do conhecimento, frequentemente, intervindo em causas familiares, e

relações pessoais dos educandos. Outrora, esse professor muda seu

posicionamento tendo que exercer a função de avaliador, e questionador

trazendo consigo um desconforto diante das situações vividas no ambiente

educacional.

A prática pedagógica atribui competências que o profissional da

educação deve exercer em sua rotina para conseguir manter o equilíbrio no

desenvolvimento de seu trabalho, conduzindo suas aulas de forma que consiga

um rendimento satisfatório para ambas as partes. Neste contexto, manter-se

em um ambiente equilibrado e saudável é fator imprescindível quando se

almeja um processo de ensino aprendizagem eficientes.Larusso (1997),

adverte para a importância de buscar o equilíbrio emocional e afirma que:

Saúde mental é o equilíbrio emocional entre o seu interior e as vivências externas. É ter a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um ambiente ou mundo de mudanças e ao seu redor sem perder o valor do real. É ser capaz de ter controle de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. Saúde mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida, saber lidar com boas emoções e também com as desagradáveis: alegria e tristeza, coragem e medo, amor e ódio, serenidade e raiva, ciúmes, culpa e frustração. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário (LARUSSO, 1997, p. 78).

A saúde mental está relacionada com a maneira que cada indivíduo vive

os momentos de sua vida, cada um é responsável pelo seu bem-estar em

todos os seus momentos de êxitos e conflitos. Cada pessoa está inserida em

um cotidiano no qual as diferenças existem, logo cada um tem que cuidar de

suas individualidades, construindo e preservando a sua saúde, que segundo a

Organização Mundial de Saúde - OMS (1947) “é um estado de completo bem-

estar físico, mental, social e não constituído somente da ausência de uma

doença ou enfermidade.”.

A Síndrome de Burnout está ligada geralmente com malefícios à saúde,

segundo Lalande (2011, p.126) síndrome é “um grupo especial e habitual de

sintomas mórbidos, (...) um fato patológico a considerar em si, a distinguir e

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denominar abstração feita dascausas quaisquer que elas sejam que possam

produzir”.

Os primeiros indícios da Síndrome de Burnout são datadas de 1970, nos

Estados Unidos, em busca de respostas ao afastamento de trabalhadores que

apresentavam muitos atestados médicos gerando uma preocupação em suas

respectivas áreas de trabalho. (LAYDMILLA, 2016).

Como a mesma está ligada a profissionais que lidam diretamente com

pessoas, ou seja, setor de serviços de forma intensa e exaustivamente, é

reconhecida pelo esgotamento profissional e foi descoberta pelo psicanalista

Freundenberger. O Ministério da Saúde do Brasil caracteriza a Síndrome como:

Um distúrbio psíquico de caráter depressivo, procedido de esgotamento físico e mental intenso decorrente da tensão emocional crônica do trabalho. Esta Síndrome está ligada a profissionais que lidam diretamente com pessoas deforma intensa e exaustivamente. É definida por alguns autores como uma consequência do estresse profissional. O termo Burnout é uma composição de BURN= queima e OUT= exterior, que significa em português: combustão completa. É a doença que queima a vocação, é uma síndrome de pessoas que trabalham, com pessoas, ex: psicólogos, professores, enfermeiros, agentes penitenciários etc. O termo é utilizado hoje por especialistas da saúde mental, em estados avançados de estresse, cuja causa é o ambiente de trabalho (BRASIL, 2019).

O pedagogo, ao longo de sua profissão, tem que ir se adaptando à sua

nova jornada de trabalho, ampliando a sua carga horária para garantir uma

renda confortável com as suas necessidades, muitas vezes sendo obrigado a

ministrar aulas em múltiplos horários, e em escolas diferentes e por vezes

distantes de suas residências. Estes mesmos profissionais têm a necessidade

de ampliar seus conhecimentos e informações fora da escola, fazendo com que

também se tornem estudantes nos momentos que seriam reservados ao seu

descanso ou laser.

Com a sobrecarga de seu trabalho e defasagem das condições do

mesmo (como a falta de material, de recursos didáticos e de um ambiente

favorável), da própria desvalorização e o desrespeito com o profissional da

educação, que afeta suas atividades, se torna vítima do seu próprio cotidiano, o

que desencadeia uma série de incômodos, podendo resultar naSíndrome de

Burnout.

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A evolução desta doença é lenta, podendo levar alguns anos para que

se manifestem os primeiros sintomas. Estas manifestações dependem dos

fatores individuais, ambientais e de como as pessoas se encontram, qual a sua

clientela, os conflitos e onde está inserida a escola, se é num bairro pobre,

violento, de classe média ou alta.

Burnout foi o nome escolhido: em português, algo como “perder o fogo”“perder a energia”, ou “queimar (para fora) completamente” (numa tradução mais direta). É uma síndrome através da qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho de forma que as coisas já não importam mais e qualquer esforço lhe parece ser inútil (CODO, 2012, p. 238).

O cotidiano do profissional de educação é marcado por muita agitação,

por muitos conflitos e problemas. Um exemplo simples é ajudar aquele

educando que está passando por problemas em casa e consequentemente

dificuldade no aprendizado. Cada educando tem sua individualidade, suas

necessidades e muitas vezes o profissional precisa ser pai, mãe, psicólogo,

assistente social e, acima de tudo, professor.

Na tentativa de solucionar ou minimizar os problemas que mais afetam a

aprendizagem do estudante, o professor, por muitas vezes têm se deparado

com obstáculos como: não receber o apoio do coordenador, ou do diretor e

muito menos de alguns pais. Então esses profissionais se veem sozinho e com

responsabilidades outras, o que, acrescida à falta de tempo para se dedicar

mais aos educandos e sua vida pessoal, e ainda, os baixos salários, a falta e

precariedade de recursos materiais nas escolas entre outros, se torna uma

avalanche sobre o mesmo, levando-o a um esgotamento físico e, sobretudo,

mental. Diante disso, buscou-se com este trabalho identificar a percepção dos

docentes sobre o seu ambiente de trabalho e sua interação com os membros

da comunidade escolar associando se tais informações podem dar indícios que

estes profissionais apresentam sintomas relacionados a síndrome de Burnout.

2. MARCO TEÓRICO

Pouco conhecida no ambiente educacional e até mesmo nos espaços de

saúde, síndrome de Burnout é considerada uma descoberta recente, para

Laydmilla (2016):

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Diagnosticada a primeira vez em 1974-1975 nos Estados Unidos, a síndrome de Burnoutfoi descrita por Herbert J. Freudenberger, psicanalista de Nova York, que começou a se auto avaliar quando percebeu que estava sentindo um esgotamento total seguido de sentimento de fracasso e exaustão. Nesse momento ele notou que sentia necessidade de afastar-se de seus pacientes, isolando-se de todos com quem se relacionava, tanto profissionalmente, quanto socialmente.

Conforme Carlotto e Câmara (2004), após refletirem as visões de

diversos autores, citam que Freudenberger completou em 1997 seus estudos

incluindo em sua definição o comportamento de fadiga, depressão,

irritabilidade, aborrecimento, sobrecarga do trabalho, rigidez e inflexibilidade

como sintomas latentes da síndrome.

No Brasil, ainda existe poucos estudos sobre a síndrome, a mesma foi

citada pela primeira vez por França (1987), assim como citado por Carlotto

(2012) na Revista Brasileira de Medicina.

Na década de 90 surgiram as primeiras teses que abordavam o tema Burnout, mas o aspecto mais relevante foi em 1996 quando houve a Regulamentação da Previdência Social, incluindo a síndrome Burnout como agente patogênico causador de doença profissional. (LAYDMILLA, 2016).

De acordo com Benevides-Pereira (2013), em função do

desconhecimento de alguns profissionais que apresentavam níveis

consideráveis de Burnout, a síndrome é tratada como sendo um quadro de

estresse ou depressão.

O Brasil não se distancia da realidade de outros países com incidência

de Burnout, tendo em vista que, existe um grande número de trabalhadores

afastados por esse transtorno(LAYDMILLA, 2016), o que demonstra mais uma

vez a falta de estrutura e preocupação com o professor e os funcionários da

educação, elevando-se a um processo de cultura educacional enraizada nas

suas práticas.Assim como afirma Araújo et al. (2005, apud CARDOSO et al.

2012), a categoria docente é uma das mais expostas a ambientes conflituosos

e de alta exigência de trabalho.

No Brasil a educação apresenta grandes problemas no que se refere à

saúde do professor e suas condições de trabalho, contribuindo para o

desencadeamento de síndromes e transtornos emocionais. Conforme Carvalho

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(2014) argumenta, “alguns estressores são típicos da natureza da função e

outros ocasionados pelo contexto onde se realiza essa função”.

A história docente no Brasil veio sofrendo alterações que contribuem

para a despersonalização dos profissionais da educação. Faber (1991 apud

CARLOTTO 2002) pontua que a severidade do Burnout entre os profissionais

de ensino já é atualmente superior à dos profissionais de saúde, o que coloca o

magistério como uma profissão de alto risco.

O professor é exposto a diversas situações cotidianas, acarretando

assim assumir diversos papéis dentro e fora do ambiente escolar, sendo

obrigado a lidar com questões de cunho emocional, social, e ainda conflitos em

relação as expectativas dos pais, gestores e sociedade. Muito mais que apenas

mediador do conhecimento na sala de aula, o professor passa a figurar como

instituição familiar para alguns educandos, fazendo com que os mesmos

tragam as suas mazelas pessoais e depositem nesses profissionais.

Nessa sua trajetória docente muitos fatores potencializam o

desenvolvimento do problema e esgotamento dos profissionais, podemos

elencar aqui alguns deles: não existência de suporte psicológico no ambiente

de trabalho, precariedade das estruturas físicas, falta de material para

execução das atividades, excessos de educandos no espaço de sala de aula,

entre outros.

Outro ponto sempre presente nas bibliografias pesquisadas é a

desvalorização do profissional de educação por seus gestores, que mesmo

tendo conhecimento das rotinas estressantes desses profissionais por vezes

fazem cobranças exacerbadas, reverberando em mais sobrecarga emocional.

Os efeitos do stress excessivo refletem-se também, de modo geral, na sociedade. Uma sociedade saudável e desenvolvida requer a somatória das habilidades dos seus cidadãos. Se o stress está muito alto no país, ou na comunidade, os adultos podem se tornar frágeis, sem resistência aos embates e dificuldades da vida. (LIPP E MALAGRIS 2011 p. 475-489).

Para Selye (1956) quando o profissional acometido pela Síndrome de

Burnout toma consciência do seu estado de saúde ele já está quase chegando

a exaustão. O mesmo autor apresenta o desenvolvimento do estresse em três

fases.

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A primeira fase segundo (SELYE apudLIPP, 2011, p.18) refere-se ao

alerta. Em seguida entra na segunda fase, fase está em que a resistência se

inicia, sofrendo uma adaptação, em que o organismo procura a homeostase

interna. Aqui o indivíduo passa a sofrer de um grande cansaço e desgaste. E

por fim, chega à exaustão, que é o momento em que o organismo deixa de

produzir estratégias de defesa, e assim, manifesta as sérias doenças, como o

Burnout.

Consoante a Lazarus e Folkman (1984 apudLIPP, 2011, p.18) as

atividades cognitivas utilizadas pelo indivíduo para interpretar eventos

ambientais, são fundamentais no processo do stress. Os autores pontuam que

esse ambiente, se não estiver saudável, é um fator contribuinte para o

desencadeamento do estresse, assim, volta-se a questão do ambiente

educacional em que o professor atua. E que, por conseguinte traz falhas na

gestão organizacional, que também contribuem para manifestações do

estresse em professores.

O estresse é um processo vital e fundamental onde pode ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças boas, temos o estresse positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando o estresse negativo. (SELYE, 1956, P.67).

O desgaste profissional ao qual as pessoas estão submetidas

diariamente, é um potencial gerador de doenças crônicas, assim como é

possível constatar nos estudos supracitados nessa pesquisa. Os modelos

expostos são responsáveis pelos seguintes fatores: agentes estressantes de

natureza diversas (física, biológica, mecânica, social, etc.), como conjunto de

características pessoais (tipos de personalidade, modos de reação ao estresse

etc.), um conjunto de consequências relacionados à saúde do indivíduo

(doenças cardiovasculares, perturbações psicológicas etc.) e da organização

(absenteísmo, acidentes, produtividade, performance etc.).

Para Posen (1995) “os sintomas físicos do estresse mais comuns são:

fadiga, dores de cabeça, insônia, dores no corpo, palpitações, alterações

intestinais, náusea, tremores e resfriados constantes”. Outros sintomas são

apresentados através do pensamento que podem ser representados de forma

compulsiva e obsessiva, levando em consideração a angústia e a sensibilidade

emocional, tornando o sujeito agressivo e violento.

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Antigamente o setor industrial era tido como o maior protagonista dos

altos índices de estresse no trabalho. Hoje, estudos voltados para essa área

mostram que profissionais ligados a educação, a saúde, executivos e

profissionais liberais com características no aspecto organizacional do trabalho

e com elevada capacidade de autogerenciamento de suas carreiras tem

apresentado os mais altos níveis de adoecimento.

Sendo assim é possível observar que os fatores que geram os riscos à

saúde e ao sofrimento psíquico estão crescendo cada vez mais, devido às

exigências que são impostas aos profissionais, que muitas vezes ultrapassam

sua capacidade de adaptação.

O sofrimento psíquico do profissional é percebido com certa clareza,

quando o trabalho deixa de ser motivo de prazer, bem-estar, satisfação, sentir-

se útil, passando a ser lugar de dor, sofrimento e cansaço. As condições de

trabalho inadequadas, baixa remuneração, prejudicam o bem-estar e a

satisfação no ambiente de trabalho. Os sintomas psíquicos, nomeados como

“mentais” e “emocionais”, estão relacionados à diminuição da concentração,

memória, confusão, ansiedade, depressão, frustração, medo e impaciência.

3. MARCO METODOLÓGICO

A pesquisa foi desenvolvida sob uma perspectiva descritiva. A priori foi

constituído suas bases teóricas por meio de levantamento bibliográfico, sendo

posteriormente coletados dados através de questionários e esses dados foram

abordados numa perspectiva qualiquantitativa. Segundo Triviños (2008), as

pesquisas do âmbito educacional visam descrever de forma profunda os

indivíduos, e suas características pessoais e dos espaços em que estejam

inseridos, sendo assim, pode-se afirmar que o método descritivo é adequado a

estudos como esse.

O estudo foi desenvolvido na Escola Municipal João Heráclio Duarte,

que oferta os anos iniciais e finais do ensino fundamental, localizada na zona

rural do Município de Passira-PE, no Sítio Varjadas. Conta com um total de 289

educandos matriculados no ano de 2020, e tem em seu quadro 22 docentes e

participaram do estudo 11 professoras (es).

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Esses profissionais foram previamente contactados, informados sobre o

objetivo do estudo e selecionados àqueles que se disponibilizaram a responder

ao questionário. Termos de permissão/participação foram encaminhados e

assinados pelos mesmos. Faz-se necessário dizer que todos os indivíduos

participantes desse estudo foram informados que os dados obtidos seriam

utilizados unicamente para fins de pesquisa e, que suas identidades seriam

preservadas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando falamos em comportamento e saúde mental do profissional de

educação, a questão a ser discutida é sobre como as relações entre o

profissional, ambiente de trabalho, e vida pessoal são equilibradas. Uma

construção humanizada dessas relações deve ser comprometida com as

perspectivas humanistas do profissional, e de seu entrono. Deve-se vislumbrar

como meta, a construção de espaços receptivos, e que prezem pelo bem-estar

de todos os atores envolvidos, de forma a priorizar a empatia e sobretudo, o

respeito.

Partindo então desta perspectiva, mergulhamos no universo que

circunda um recorte dos profissionais da educação lotados na Escola Municipal

João Heráclio Duarte, indagando-os sobre seus sentimentos e interação

enquanto participadores ativos do movimento escolar da mesma. Dos sujeitos

participantes do estudo 64% declararam-se sendo do gênero feminino e 55%

atuam nos anos finais do ensino fundamental. Do total de respondentes, 64%

afirmaram trabalhar em dois turnos.

Quanto a percepção dos docentes no que se refere à questões

emocionais e físicas que estão ligadas ao ambiente de trabalho, constatou-se

pelas respostas dos sujeitos que algumas emoções “negativas” que são

vivenciadas no ambiente de trabalho, mesmo não acontecendo diariamente,

podem gerar danos psicológicos para esses profissionais (Gráfico 1)

Gráfico 1. Indicação dos docentes da Escola Municipal João Heráclio Duarte

sobre suas emoções e a correlação com o trabalho docente. Passira – PE,

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2020.

Fonte: Dados da pesquisa de campo (2020)

Constata-se no Gráfico 1 que 100% dos profissionais respondentes

algumas vezes se sentem esgotados ao fim da jornada diária de trabalho.

Podemos também verificar que um número expressivo desses profissionais

(64%) liga o seu desgaste físico e mental ao trabalho, o que também reverbera

em um número preocupante (45%) desses profissionais que sentem-se

decepcionados.Isso nos dá margem para reflexão sobre as oscilações

emocionais ligadas as cargas demandadas pela profissão na rotina escolar.

Para Codo (2012) existem três eixos que caracterizam a incidência da

síndrome de Burnout e outras doenças de aspecto mental, são elas: A

exaustão emocional, que é descrita como o momento em que os trabalhadores

sentem que não podem dar mais de si mesmos a nível afetivo. Percebem

esgotados a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato

diário com os problemas.; Despersonalização, que é desenvolvimento de

sentimento e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do

trabalho (usuários/clientes) endurecimento afetivo, “coisificação” da relação;

por fim, a Falta de envolvimento pessoal no trabalho, uma tendência de

“evolução negativa” no trabalho, afetando a habilidade para a realização do

trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho,

bem como a organização.

Os dados relativos a concepção dos docentes sobre si, suas relações

pessoais, competências e motivação encontram-se no Gráfico 2 e pode-se

0% 0% 0% 0%

45%

100%

73%64%

27%

55%

0%

27%36%

73%

EmocionalmenteDecepcionado

Esgotado ao Fim daJornada

Fadigado pela Manhã Desgastado peloTrabalho

Frustrado

Emoções dos docentes

Diariamente Algumas vezes Nunca

150

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perceber a maioria desses sujeitos (55%) indicaram que algumas vezes

vivenciam situações estressantes ao trabalhar com pessoas (Gráfico 2).

Gráfico 2. Indicação dos docentes da Escola Municipal João Heráclio Duarte

sobre suas emoções e despersonalização em relação ao trabalho docente.

Passira – PE, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa de campo (2020)

A motivação é um fator que serve de mola propulsora para desenvolver

muitas das ações de nosso cotidiano pessoal e profissional e neste sentido é

importante que todo profissional se sinta motivado a desenvolver suas

atividades laborais. Na contramão dessa perspectiva, observa-se que 45% dos

sujeitos que participaram da pesquisa afirmaram que por vezes sentem-se tão

desmotivados que chegam a questionar suas capacidades enquanto

profissionais, capacidades essas que estão diretamente relacionadas ao

processo de ensino que por sua vez interfere no processo de aprendizagem.

Além disso, um grupo que representa 45% desses docentes indicaram que por

vezes se sentem no limite das suas capacidades, fato que associado a outros

sintomas deveria ser melhor investigado por profissionais habilitados.

Com relação ao ambiente de trabalho e a forma de interagir com as

pessoas no ambiente profissional, todos os docentes que participaram do

estudo percebem o seu ambiente de trabalho, ou seja a Escola Municipal João

Heráclio Duarte como sendo um local agradável para desenvolver seu trabalho

docente (Gráfico 3).

0% 0% 0% 0%

55%45%

36%45%45%

55%64%

55%

Me Sinto EstressadoTrabalhando com Pessoas

Me Sinto no Limite dasMinhas Possibilidades

Me Sinto Mais Duro com asPessoas

Minha Desmotivação meFaz Questionar Minhas

Competências

Emoções e despersonalização

Diariamente Algumas vezes Nunca

151

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Gráfico 3. Indicação dos docentes da Escola Municipal João Heráclio Duarte

sobre seu ambiente de trabalho e as interações com pessoas correlacionada

com o trabalho docente. Passira – PE, 2020.

Fonte: Dados da pesquisa de campo (2020)

Um ambiente agradável é citado em diversas bibliografias como sendo

uma das maneiras de minimizar os sintomas causadores de doenças

psicossomáticas. Dos sujeitos respondentes, 64% indicaram que

frequentemente (diariamente) se importam com os problemas de outras

pessoas no trabalho, esse mesmo percentual(64%) consideram possuir

habilidades para lidar facilmente com as pessoas no ambiente de trabalho, algo

que é imprescindível para o ambiente escolar.

O manejo com os problemas advindos das interações no trabalho não é

uma tarefa fácil. Compreender o momento em que nossa mente e nosso corpo

precisam de auxílio médico especializado é primordial para o tratamento

precoce de diversas doenças. No Gráfico 4 apresenta-se Destaca-se o

percentual de profissionais que afirmaram já terem procurado suporte médico

por apresentarem sintomas psicológicos (45%), contudo a maioria dos

professores respondentes (82%) afirmaram que mantém a calma para lidar

com os problemas no trabalho.

Gráfico 4. Indicação dos docentes da Escola Municipal João Heráclio Duarte

sobre aspectos relacionados seu manejo com os problemas que envolve o

trabalho docente. Passira – PE, 2020.

64% 64%

100%

36% 36%

0%0% 0% 0%

Posso Entender as Pessoas noTrabalho Facilmente

Me Importo com os Problemas dasPessoas no Trabalho

Considero Meu Local de Trabalhocomo um Ambiente Agradável

Ambiente de trabalho e envolvimento pessoal

Diariamente Algumas vezes Nunca

152

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Fonte: Dados da pesquisa de campo (2020)

Sabe-se que estimular os profissionais resulta num melhor desempenho

de suas atividades, e mesmo um total de 100% dos sujeitos terem afirmado

que o ambiente de trabalho é agradável, apenas 36% ainda expressaram que

por vezes (e não frequentemente) se sentem estimulados após o

desenvolvimento de suas atividades. A rotina escolar e os problemas que

permeiam esse ambiente, exigem dos atores educacionais lidar com várias

responsabilidades profissionais e também pessoais. Sobre isso, Codo afirma

que:

Essa é a vida do professor, é exercer uma missão de tempo integral. O resultado de tudo isso não poderia ser outro, um sofrimento psíquico, a exaustão emocional e a despersonalização. Não tendo alternativa, se sentindo esgotado, desenvolve um sentimento de baixa autoestima profissional e de impotência porque, por mais que faça, não consegue fazer tudo que tem vontade ou acha que deveria fazer. Não quer largar a escola. Não quer largar a família. É pelos dois que está brigando. Então se protege se afastando, hipoteticamente (ou impotentemente?), do afeto que o trabalho lhe exige e que a família lhe cobra. Finge que não sente. Se desmotiva, e sofre. Assim lança mão de um recurso, a despersonalização (CODO, 2012, p. 13).

Além de uma jornada dupla, muitas vezes tripla e cansativa de trabalho,

muitos dos profissionais que atuam na área de educação vivem em constante

conflito consigo mesmo, sem poder se dedicar à família, por passar muito mais

tempo na escola, ou seja, trabalhando em período integral, o que gera

desconfortos pessoais e afastamento do convívio familiar.

64%

82%

0%

36%

18%

45%

0% 0%

55%

Me Sinto Estimulado Após Trabalharcom Alunos e Professores

Tenho Muita Calma para Manejar osProblemas no Trabalho

Já Procurei um Médico porApresentar Sintomas Psicológicos

Manejo com problemas no âmbito escolar

Diariamente Algumas vezes Nunca

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Destaca-se que a falta de informação sobre a Síndrome de Burnout

impede de detectar a incidência de diversos sintomas que se apresentam de

forma lenta, impossibilitando-os de buscar ajuda em tempo hábil para que as

consequências não se agravem e reflitam em maior grau na vida pessoal e

profissional das pessoas acometidas (CODO, 2012).

É de conhecimento geral que o profissional, independentemente da área

que atue, não deve deixar que os problemas de origem pessoal afetem seu

desempenho, assim como, não devem deixar que as problemáticas

profissionais o limitem ou interfiram em sua vida pessoal. Essa dualidade vivida

reverbera em um enorme desgaste emocional, o qual impacta na vida pessoal

e/ou profissional.

5. CONCLUSÕES

É conclusivo que são os mais diversos os fatores que desencadeiam a

Síndrome do Burnout, e além disso sugere-se que maioria dos profissionais da

educação desconhecem ou não sabem reconhecer os sintomas dessa

síndrome.

Criar consciência dos limites que determinados atos praticados no

contexto educacional devem ter para que se construa um ambiente saudável

para execução do trabalho são primordiais, e possibilitam ao profissional

segurança na lida diária. De modo geral, é necessário o reconhecimento dessa

síndrome enquanto doença que deve ser combatida de forma eficaz.

É cada vez mais latente a necessidade de debater esse tema, e que o

mesmo seja amplamente divulgado. Seja por meio de palestras, mídias

impressas ou digitais, é importante que essa informação chegue a diversos

espaços, principalmente no escolar, fazendo com que um grande número de

pessoas adquira a consciência da real dimensão do problema que afeta esses

profissionais.

Com todos os confrontos vivenciados pelo profissional de educação, não

é difícil que o estado de exaustão emocional seja alcançado, que é

simplesmente uma sensação de esgotamento, desânimo geral, apatia, e

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diminuição expressiva da energia vital, que desencadeiam a Síndrome de

Burnout.

Embora distante de ser uma avaliação especializada, através dos dados

obtidos no referido estudo pode-se inferir que expressivos percentuais de

docentes indicaram ter (mesmo que eventualmente) sintomas relacionados a

síndrome de Burnout, e isso deve ser avaliado. Contudo, fez-se necessário

trazer para o âmbito escolar e seus atores informações sobre a Síndrome de

Burnout, suas causas, principais sintomas, formas de tratamento etc, pois

assim poderemos minimizar ou erradicar quadros graves dessa síndrome. Ter

consciência dos fatores que lhes conduzem a processos de adoecimento

possibilitam ao profissional buscar tratamento prévio, podendo esse

profissional reverter e evitar o avanço da síndrome e de outras enfermidades.

Possibilitar a esses profissionais abertura para expressar seus

sentimentos é uma das maneiras de reconhecer as problemáticas que tolhem

sua caminhada profissional. Comunicar mais e melhor sobre a Síndrome de

Burnout e outras doenças dessa natureza é a maneira mais efetiva de alcançar

esses profissionais com o tratamento.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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