A Oração e Prisão de Jesus no Getsêmani - João Calvino.pdf

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    A ORAO E PRISO DE

    JESUS NO GETSMANIJOO CALVINO

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    Traduzido do Ingls

    Second Sermon on the Passion of Our Lord Jesus Christ

    By John Calvin

    Via:Monergism.com

    Traduo por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Maro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACFCopyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena Creative

    Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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    A Orao E Priso De Jesus No GetsmaniPor Joo Calvino

    E, voltando para os seus discpulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro:Ento nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que no entreis em

    tentao; na verdade, o esprito est pronto, mas a carne fraca. E, indo segunda

    vez, orou, dizendo: Pai meu, se este clice no pode passar de mim sem eu o beber,

    faa-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os

    seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez,

    dizendo as mesmas palavras. Ento chegou junto dos seus discpulos, e disse-lhes:

    Dormi agora, e repousai; eis que chegada a hora, e o Filho do homem ser

    entregue nas mos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que chegado oque me trai. E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com

    ele grande multido com espadas e varapaus, enviada pelos prncipes dos

    sacerdotes e pelos ancios do povo. E o que o traa tinha-lhes dado um sinal,

    dizendo: O que eu beijar esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, disse:

    Eu te sado, Rabi; e beijou-o. Jesus, porm, lhe disse: Amigo, a que vieste? Ento,

    aproximando-se eles, lanaram mo de Jesus, e o prenderam.(Mateus 26:40-50)

    Vimos nesta manh como o Filho de Deus, tendo que sustentar uma luta to difcil quanto

    o comparecer perante o tribunal de Deus Seu Pai para receber sentena de condenao

    como a nossa segurana, foi fortalecido pela orao. Pois, era necessrio que a fraqueza

    humana aparecesse nEle, e Ele no retirou nada de Sua Divina majestade, quando Ele

    teve, to abatido at ao p, que realizar a nossa salvao. Agora, temos que observar que

    no foi apenas uma vez que Ele orou. Por meio disso vemos que, por Seu exemplo Ele nos

    exortou a no desfalecermos se no somos ouvidos to logo quanto desejamos. Assim,

    aqueles que perdem a coragem quando o nosso Deus no responde ao seu primeiro anelo

    mostram que eles no sabem o que orar. Pois, a regra certa para encontrar o nosso ref-

    gio em Deus envolve perseverana. Assim que o principal exerccio de nossa f a ora-o. Ora, a f no pode existir sem espera. No possvel para Deus ceder-nos logo que

    abrimos nossas bocas e formamos o nosso pedido. Mas preciso que Ele demore e que

    Ele nos deixe definhar, muitas vezes, para que possamos saber o que invoc-lO com sin-

    ceridade e sem pretenso, para que possamos declarar que a nossa f to fundamentada

    sobre a Palavra de Deus que ela nos verifica como uma rdea para que possamos ter

    pacincia para suportar at o momento oportuno para que nos venha a ajuda. Notemos

    bem, ento, que o nosso Senhor Jesus Cristo no orou a Deus Pai uma nica vez, mas que

    Ele retornou a isso uma segunda vez.

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    Alm disso, temos que considerar o que j observamos, ou seja, saber que o nosso Senhor

    Jesus no formou aqui qualquer orao trivial, mas Ele esteve, por assim dizer, disposto a

    deixar de lado todas as consideraes egostas. Aquele que o poder de Deus Pai, por

    Quem o mundo inteiro sustentado, no entanto, porquanto Ele teve de mostrar-Se um ho-

    mem fraco, tomando o nosso lugar, estando ali em nosso lugar; Ele declarou, quando Ele

    assim reiterou a Sua orao que no era como um espetculo que a fez (assim muitas pes-

    soas profanas imaginam que, quando Jesus Cristo apareceu, Ele no sofreu nada), mas foi

    para que pudssemos ser ensinados, que no podemos escapar da mo de Deus e de Sua

    maldio, exceto por este meio. Agora, aqui declarado a ns (como foi esta manh) que

    o nosso Senhor Jesus foi esmagado at o limite, at mesmo na medida em que o fardo que

    Ele havia recebido seria insuportvel, a menos que o poder invencvel do Esprito de Deus

    houvesse operado nEle. No devemos pensar que a linguagem foi suprflua quando Ele

    repetiu as mesmas palavras. Pois, dito em outro trecho, que em orao a Deus, no de-

    vemos usar um longo murmrio, como aqueles que acreditam que por muito falar recebemmuito mais, o que no implica que no devemos continuar em nossas oraes, mas isto

    tributar a hipocrisia e superstio dos que creem em romper os tmpanos de Deus (usando

    uma maneira de falar) para convenc-lO do que eles querem. Assim podemos ver, como

    essa tolice tem prevalecido no mundo! Mais uma vez, quantos existem entre ns que usam

    essa magia, como muitos que no dizem mais do que a sua Ave Maria, a quem parece que

    eles ganharam um grande acordo cada vez que eles dizem Orao do seu Senhor, e que

    Deus considerar todas as suas palavras em que eles se envolvem quando oram! Agora,

    eu chamo isso de uma verdadeira feitiaria. Pois, eles miseravelmente profanam a oraoque nos foi dada por nosso Senhor Jesus Cristo, na qual Ele incluiu em um breve resumo

    tudo o que podemos pedir a Deus e o que lcito que desejemos ou peamos.

    No entanto, isso no implica que se um homem est esmagado em agonia, ele no deve

    retornar muitas vezes a Deus, e que quando ele estiver suspirando no deve recomear, e

    repetir a orao de novo imediatamente. Supondo que ns chegamos a ela, sem ambio

    e sem exibio e, em seguida, no temos nenhuma ideia de termos ganhado nada pelo

    nosso balbuciar, mas um querido sentimento nos impele, ento ns temos a verdadeira per-severana, semelhante de nosso Senhor Jesus Cristo. Agora h este artigo a notar, como

    j dissemos, que a principal coisa em todas as nossas oraes que Deus deve controlar-

    nos a tal ponto que h um acordo de nossa parte para estarmos de acordo com a Sua boa

    vontade. Isso certamente necessrio para ns. Eis que o nosso Senhor Jesus Cristo, ape-

    sar de que todas as suas afeies eram justas, santas e conformadas com a justia, no en-

    tanto, na medida em que Ele era homem natural, ainda assim, Ele teve que lutar contra a

    agonia e tristeza que poderiam t-lO esmagado e Ele teve que manter-Se cativo sob a obe-

    dincia a Deus Seu Pai. Como ser conosco, que no temos nada, seno malcia e rebelio

    e que somos to corrompidos que no sabemos como aplicar os nossos sentidos ao que

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    quer que seja? Ser que Deus no ser totalmente ofendido? Desde que assim, aprenda-

    mos a orar a Deus para que nos mantenhamos em constante autoexame para que ningum

    possa conceder a si mesmo como aquele que est acostumado a seguir seus prprios

    apetites. Mas deixe-nos saber que lucraremos muito, sendo capazes de manter-nos cativos,

    a fim de que Deus seja completamente o nosso Mestre.

    tambm uma frase notvel quando nosso Senhor Jesus diz aos Seus discpulos, Vigiai

    e orai, para que no entreis em tentao; na verdade, o esprito est pronto, mas a carne

    fraca [Mateus 26:41]. Ele mostrou aqui, ento, que o principal estmulo que deve nos incitar

    a clamar a Deus que temos que lutar, que nossos inimigos esto perto, e que eles so

    fortes, e que no seremos capazes de resistir a eles sem que sejamos ajudados e socorri-

    dos a partir do alto, e que Deus peleje por ns. Ora, ns sabemos que quando o homem

    est seguro, ele pede apenas para que sejam concedidos todos os seus confortos e para

    dormir em paz. Pois, ns no aceitamos voluntariamente a ansiedade ou a melancolia, amenos que a necessidade as faa vir sobre ns. Pois, ter certeza um bem soberano para

    ter descanso, ou ento estaramos sempre cansados. No entanto, muito necessrio que

    a necessidade nos pressione a sermos vigilantes. Nosso Senhor Jesus, ento, no sem

    motivo, declara que temos que suportar muitas agitaes. Pois, o que dito apenas uma

    vez aos Seus discpulos pertence a todos ns, em geral, uma vez que em nossa vida deve-

    mos estar sempre prontos para encontrar muitas tentaes. Porque o Diabo o nosso ini-

    migo perptuo, se ns somos membros de nosso Senhor Jesus Cristo. Haver, ento, uma

    guerra aberta, sem findar e sem cessar.

    Ento, observemos com que tipo de inimigo ns temos que lidar. No apenas um, mas o

    nmero infinito. Alm disso, o Diabo tem um grande nmero de meios para fazer-nos cair;

    agora ele ataca abertamente, agora ele planeja em secreto, e por astcia ele ter nos sur-

    preendido cem mil vezes antes que tenhamos pensado sobre isso. Quando somente, co-

    mo diz So Paulo, que nossos inimigos so poderes que habitam no ar sobre as nossas

    cabeas, e que somos aqui como pobres minhocas que apenas rastejam abaixo, isso certa-

    mente deve nos levar a estarmos preocupados. Como tambm So Pedro alega esta razo,que o nosso inimigo como um leo que ruge, procurando a quem possa devorar, e que

    nunca descansa. Isso o que devemos observar na palavra de nosso Senhor Jesus, que

    devemos estar atentos para que no entremos em tentao. Alm disso, apesar de estar-

    mos vigilantes, embora tenhamos muito cuidado, contudo podemos no estar livres do Dia-

    bo levantar-se contra ns ou de sermos assaltados por ele em muitas e de diversas manei-

    ras. No conseguimos, portanto, repelir os golpes para longe. Porm antes de entrarmos

    em combate, devemos estar atentos para que no sejamos mergulhados em tentao.

    Aprendamos, ento, que embora os crentes e filhos de Deus desejem ter descanso, no

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    devemos desejar estar vontade aqui. Mas, que seja suficiente para eles que Deus aper-

    feioa o Seu poder em sua fraqueza, como tambm So Paulo diz que ele teve que passar

    por isso. Esta , eu digo, a condio de todos os filhos de Deus: batalhar neste mundo, por-

    que eles no podem servir a Deus sem oposio. Mas, apesar de que eles so fracos, em-

    bora eles possam ser impedidos, at mesmo muitas vezes abatidos, eles podem se con-

    tentar em ser ajudados e socorridos pela mo de Deus, e eles podem sempre se apoiar

    nesta promessa, a saber, que a nossa f ser vitoriosa sobre todo o mundo. Mas tambm,

    a soluo proposta para ns que lutemos. Estejam certos de que Satans est sempre

    produzindo novos meios para nos atacar, mas Jesus Cristo tambm nos ordena a vigiar.

    Alm disso, Ele mostra que aqueles que presumem de sua prpria fora sero conquistados

    por Satans cem mil vezes antes de que obtenham uma nica vitria. O que necessrio,

    ento? Que, confessando com toda a humildade que no podemos fazer nada, nos ache-

    guemos ao nosso Deus.

    Aqui, ento, esto as nossas armas reais. Ele quem nos tira todo o medo e terror. Ele

    quem pode conceder-nos segurana e determinao, para que at o fim permaneamos

    sos e salvos, ou seja, quando clamamos a Deus. Como Salomo diz: Torre forte o nome

    do Senhor; a ela correr o justo, e estar em alto refgio (Provrbios 18:10).

    Tambm diz o profeta Joel: O sol se converter em trevas, e a lua em sangue, antes que

    venha o grande e terrvel dia do Senhor. E h de ser que todo aquele que invocar o nome

    do Senhor ser salvo [Joel 2:31-32]. Isso especialmente aplicado ao reino de nosso Se-nhor Jesus Cristo, a fim de que possamos estar totalmente convencidos de que, embora a

    nossa salvao possa estar, por assim dizer, em suspenso, e, ainda assim possamos ver,

    por assim dizer, mil perigos, contudo Deus sempre nos manter em Sua proteo, e sinta-

    mos que Seu poder est sempre perto de ns, e pronto para nos ajudar, desde que o procu-

    remos, pela orao da boca e do corao. Isso, ento, em resumo o que temos que

    lembrar. A fim de que possamos ser melhor confirmados nesta doutrina, notemos que o

    nosso Senhor Jesus ao orar no apenas invocou a Deus por Si mesmo e para seu prprio

    benefcio, mas Ele dedicou todos os nossos pedidos e oraes para que eles sejam santose que Deus os aprove e os considere aceitveis. Como diz no captulo 17 de So Joo, Ele

    santifica Si mesmo, a fim de que todos ns sejamos santificados nEle. Certamente tambm

    devemos concluir que Ele orou para que Sua orao pudesse nos beneficiar hoje, e para

    que ela pudesse ter sua fora mxima, e que por esse meio ns todos pudssemos ser

    ouvidos.

    Esta considerao muito valiosa quando Ele acrescenta: O Esprito est pronto, mas a

    carne fraca. Pois, isso deve mostrar que todos tm necessidade do conselho que Ele

    aqui impeliu aos Seus discpulos. Pois, muitos pensam que eles obtiveram tudo, se eles

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    Agora, quando dito que os discpulos dormiram, pela terceira vez, apesar de terem sido

    estimulados to drasticamente (alm do que discutimos nesta manh, ou seja, que ns

    vemos como Jesus Cristo para aperfeioar a nossa salvao no procurou por nenhuma

    outra companhia), contemplemos tambm quo lentos ns somos. Pois certo que no

    temos mais capacidade do que os trs que so aqui mencionados, e ainda assim eles eram

    os mais excelentes da companhia, e aqueles a quem Jesus Cristo havia assinalado como

    a flor dos doze que deviam anunciar o Evangelho a todo o mundo. Embora, ento, j havia

    tal bom comeo, ainda vemos como eles enfraqueceram. Agora, isso a fim de que ns

    tenhamos proviso apenas no Filho de Deus e que possamos buscar nEle tudo o que est

    faltando em ns, e que ns no percamos a coragem quando sentimos uma tal fraqueza

    em ns. verdade que o exemplo dos apstolos no nos d nenhuma ocasio para nos

    bajularmos de modo algum (quantos diro que eles tm tanto direito a dormir como Pedro,

    Joo e Tiago!), mas, sim, para nos tornar insatisfeitos com nossos vcios, para que possa-

    mos sempre saber que o nosso Senhor Jesus est pronto para nos receber, desde quevenhamos a Ele. Alm disso, h sempre esta razo especial que declaramos, esta manh,

    que era necessrio que tudo o que h no homem deva ser removido a fim de que saibamos

    que a realizao da nossa salvao est nAquele que foi designado por Deus como nosso

    Mediador. Devemos tambm notar quando estamos perto de nosso Senhor Jesus Cristo,

    que, ento, devemos ser mais vigilantes. Para os mundanos e aqueles a quem Deus cortou

    inteiramente como membros podres e a quem Ele abandona, no h grande luta. Pois, o

    Diabo j tem domnio sobre eles. E por isso que eles podem dormir vontade. Mas, con-

    forme o nosso Senhor Jesus exerce em relao a ns a graa de nos chamar para Si mes-mo, e de Se aproximar de ns familiarmente, as batalhas tambm so instigadas por Sata-

    ns, porque ele quer nos fazer recuar da obedincia ao Filho de Deus. Quando (digo eu)

    ele v que estamos no caminho certo, ento temos todos os mais rudes ataques. Assim,

    cada um pode preparar-se, sabendo para que ele foi chamado por Deus, e qual o seu

    fardo. Isto , ento, em resumo, o que temos que lembrar.

    Alm disso, quando se diz: Dormi agora, e repousai; eis que chegada a hora, isto , por

    assim dizer, uma declarao de que logo seriam surpreendidos a menos que Deus vigiassesobre eles. No entanto, Ele os repreendeu, dizendo: Como agora? Vejam onde vocs es-

    to. Pois o Diabo est fazendo todos os esforos para a perdio da humanidade, e na mi-

    nha Pessoa, o Reino de Deus deve ser recuperado, ou todas as criaturas perecero e, no

    entanto, vocs esto aqui dormindo. Agora, esta admoestao dificilmente serviu naquela

    poca. Mas como o tempo passou, os discpulos sabiam que deveriam atribuir todo o louvor

    da sua salvao a Deus, em vista de sua ingratido, que foi exibida em tal covardia brutal.

    Ento agora, somos admoestados (como j mencionado) que o Filho de Deus teve que ser

    mostrado ser o nosso Redentor por Si mesmo, sozinho, e sem ajuda. Alm disso, apren-

    damos tambm que absolutamente necessrio que Deus cuide de ns mesmo enquanto

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    dormimos. Por quantas vezes isso acontecer, que o Diabo teria nos oprimidos cem mil

    vezes? Contudo, o que significa que temos que resistir a ele, a menos que Deus tenha

    piedade de ns, embora Ele nos veja, por assim dizer, reduzidos insensibilidade. De modo

    que no devemos dar-nos a oportunidade de errar e parar de nos dirigirmos a Deus em

    orao. Mas, ainda devemos sempre nos lembrar desta frase do Salmo: Eis que no tos-

    quenejar nem dormir o guarda de Israel (Salmos 121:4).

    Assim, de nossa parte, estejamos vigilantes, assim como ns somos encorajados por esta

    exortao. Mas, reconheamos que embora ns mesmos sejamos vigilantes, Deus ainda

    deve manter uma vigilncia cuidadosa. Caso contrrio, nossos inimigos em breve prevale-

    ceriam contra ns.

    Segue-se que Jesus Cristo diz aos Seus discpulos: Levanta i-vos, partamos; eis que

    chegado o que me trai. Ele no deseja que eles lhe faam companhia (como j declarado),

    exceto que eles vejam como Ele no poupa a Si mesmo por causa deles, nem por causa

    da raa humana. Pois, Ele Se apresentou para receber todos os golpes e para livrar seus

    discpulos de tais golpes, como se fosse necessrio que esta palavra pudesse ser cum-

    prida. Ele no permitiu com que nenhum perecesse dos que o Pai celestial lhe havia dado

    e comissionado a Ele como a sua carga e proteo. Mas, por meio disso Ele declara que

    foi voluntariamente morte, seguindo o que tratamos esta manh, que o sacrifcio da obe-

    dincia tinha que responder de forma a lanar fora todas as nossas rebelies. Se Jesus

    Cristo, a partir de Sua livre vontade no houvesse sido oferecido para aplacar a ira de DeusSeu Pai, Sua morte e paixo no teriam sido de nenhuma utilidade para ns. Mas Ele man-

    tm-se a isso e declara que como Ele se revestiu de nossa natureza, a fim de realizar a

    nossa redeno, agora no ato supremo, Ele no queria falhar em Seu ofcio.

    De acordo com a narrativa: E o que o traa [Judas] tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O

    que eu beijar esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te sado, Rabi

    e beijou-o. Agora, observemos que esta era uma forma de saudao. Como em algumas

    naes eles abraam, em outras naes eles apertam as mos. Os judeus eram totalmenteacostumados a esse sculo, como se v pela Sagrada Escritura. Alm disso, algum pode-

    ria achar estranho que Judas, tendo estado na companhia de Jesus Cristo um pouco antes,

    ou seja, ainda na mesma noite, voltasse e o beijasse como se ele viesse de uma viagem

    distante. Mas ele usa essa cerimnia, porque ele vai ali como um homem amedrontado. E

    por isso que outro escritor do Evangelho diz: Rabi, Rabi [Marcos 14:45]. Ele faz acreditar,

    ento, que ele est muito triste que seu mestre seja assim assaltado. Quando ele v uma

    dessas companhias vindo para surpreend-lO, ele se aproxima e beija Jesus Cristo, como

    se quisesse dizer: Oh, meu Senhor, eles esto buscando por Voc, aqui esto os Seus

    inimigos que o cercam, eles buscam exterminar Voc, Voc ser cortado do meio dos

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    homens, uma vez que eles puserem as suas mos sobre Voc. Isso, ento, um sinal de

    piedade e compaixo que Judas busca simular.

    Alm disso, dito que Jesus Cristo o repreende: Amigo, a que vieste?, que como se Ele

    dissesse: Voc vilo, voc que esteve coMigo Minha mesa, voc foi, por assim dizer, de

    Meu sangue, quando ns estvamos unidos como filhos de Deus (pois, eu sendo seu Cabe-

    a, ento eu o reconheci como um de Meus membros) e ainda assim, voc vem a trair-Me,

    mesmo com um beijo. Ao que, notemos, o Filho de Deus teve que ser marcado, a fim de

    que a Escritura fosse muito melhor provada, e para que fosse conhecido que foi Ele a quem

    Deus elegera como nosso Redentor. Pois, tudo isso havia sido tipificado na pessoa de Davi,

    que era, por assim dizer, um espelho e a imagem do Filho de Deus. Agora dito que no

    so desconhecidos nem aqueles que se declararam abertamente os seus inimigos que O

    aborreceram e atormentaram, mas O que (Ele diz) come o po comigo, levantou contra

    mim o seu calcanhar [Joo 13:18]. Na verdade, mesmo ele (como ele diz em out ra passa-gem) que me acompanhou para irmos juntos casa do Senhor. Como se Deus dissesse

    que no era apenas uma amizade particular e humana, como se esta se situasse entre

    aqueles que vivem em comum, mas que ali havia fraternidade dedicada ao nome de Deus.

    Isso, ento, o que o Esprito Santo quis nos mostrar: que nada aconteceu com o Filho de

    Deus, que no fora testemunhado anteriormente e que no havia sido tipificado, a fim de

    que possamos estar ainda mais certos de que Ele Aquele, desde todos os tempos, esta-

    belecido por Deus, j que Ele carrega essas marcas infalveis.

    Alm disso, na pessoa de Judas, ns vemos que a Igreja de Deus sempre estar sujeita a

    muitas traies. Estejam certos, algo a se acautelar o ter Satans com todas as suas pa-

    rafernlias como um inimigo, e tudo o que j declaramos, e ter tambm aqueles que lutam

    abertamente contra Deus e buscam apenas a confuso de Sua Igreja. algo (digo eu) que

    tenhamos de lutar contra esses inimigos, mas Deus ainda quer provar nossa pacincia a

    este respeito, que em nosso meio sempre pode haver inimigos internos, que so cheios de

    traio e deslealdade. Embora esta praga seja detestvel, ainda assim a Igreja nunca ser

    purgada disso. Certamente temos que vigiar contra isso, e cada um deve tentar, tantoquanto est em seu poder, retirar tal odor e infeco. Mas quando tivermos feito tudo, ainda

    Deus sempre permite que haja um Judas. Pois, uma vez que isso foi tipificado em Davi, e

    uma vez que foi cumprido em nosso Senhor Jesus Cristo, devemos ser conformados a Ele

    (como diz So Paulo), pois Ele carrega, por assim dizer, o braso da casa de Deus, sendo

    o Primognito entre todos os crentes. Devemos, ento, ter essa condio em comum com

    Ele. Mas, podemos ver aqui que isso advm de uma conscincia assustada, quando Deus

    colocou ali o esprito de perturbao, frenesi ou estupidez, como Ele sempre falou disso por

    Seus profetas. Judas, ento, mostra-nos a penalidade daqueles que lutam conscientemen-

    te contra Deus, que eles devem estar to perdidos que j no tm senso de razo. No en-

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    tanto, eles tentam esconder tudo por meio de hipocrisia, mesmo ao dizer que Deus os obri-

    ga e que Ele os leva sua condenao final. primeira vista, certamente parece que essas

    duas coisas so opostas: (1) que um homem vem a atirar-se como um touro selvagem

    contra Deus, pois ele se esqueceu de que no o far qualquer bem o cuspir para o sol, de

    forma que muitas vezes ele deseja odiar a natureza, e (2) ainda assim, tenta esconder-se

    por subterfgios, e achar que ganha algo por sua hipocrisia. Algum dir que essas duas

    coisas so incompatveis. Mas elas so vistas em Judas. Pois ele tinha experimentado o

    poder celestial de nosso Senhor Jesus Cristo, ele tinha visto tantos milagres, e em sua parte

    ele os havia feito, mesmo em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Tendo conhecido, ento,

    que o Filho de Deus tem todo o poder, tanto sobre a vida quanto sobre a morte, ele O trai,

    e diz que ele o fez justamente. De outro modo, ele teria imediatamente fugido. Judas, ento,

    totalmente depravado do sentido e razo, e , por assim dizer, desvairado. Assim, ape-

    nas por um beijo e por essas doces palavras, dizendo: Ai meu Mestre, ele ainda no se

    permite ter subterfgios, pensando que ele ser absolvido por este meio. Mas assim queSatans deslumbra seus lacaios.

    Aprendamos, pois, em primeiro lugar, a nos humilharmos para que ningum se atire contra

    esta rocha, que muito dura. Ou seja, ns no podemos travar uma guerra contra nosso

    Senhor Jesus Cristo. Observemos com cuidado, ento, para que no permaneamos nessa

    fria diablica, para que ns no lutamos contra a verdade, e para que no lutemos contra

    a nossa conscincia, de forma que conscientemente provoquemos a ira de Deus, como se

    quisssemos desafi-lO. Protejamo-nos contra isso. Ento, no nos lisonjeemos em nossahipocrisia e em nossas fices, de forma que sejamos finalmente iludidos e enganados por

    elas. Pois, ns vemos o que aconteceu com Judas (como mencionado no relato), que no

    foi necessrio que um juiz o condenasse, que no foi necessrio obrig-lo a retratar-se.

    Mas ele confessou que tinha vendido e trado sangue justo. No entanto, ele no pediu per-

    do pelo seu delito, mas retirou-se em desespero para se enforcar e ele se arrebentou. Es-

    tejamos bem advertidos, ento, para no demos esse acesso a Satans, para que ele dila-

    cere os nossos olhos enquanto estamos dormindo em nossos pecados, e no esperemos

    por esses meios para da mo de Deus. Mas, removamos todo esse faz de conta.

    Alm disso, reconheamos que certamente ordenado que ns beijemos o Filho de Deus

    em Salmos 2:12, mas isso para prestar-Lhe homenagem, como o nosso Rei e como Aque-

    le que tem domnio soberano sobre todas as criaturas. Porque a palavra beijo implica so-

    mente reverncia e uma declarao solene que somos Seus. Como Ele disse: Vs me

    chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou [Joo 13:13]. Mas ao vir a Ele,

    estejamos advertidos a no cham-lO de Mestre da ponta da lngua, enquanto ainda somos

    inimigos dEle, no para praticarmos para com Ele uma falsa reverncia, de forma a chutar

    e recalcitrar contra Ele. Ou seja, que no sejamos obstinados e impertinentes pela nossa

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    deslealdade, mas que possamos mostrar que temos buscado nos manter em Sua Igreja, a

    fim de servir o nosso Deus. Estejamos, ento, advertidos de tudo isso. Alm disso, embora

    a palavra de nosso Senhor Jesus Cristo no teve efeito imediatamente sobre Judas, final-

    mente, pela virtude desta palavra, ele teve que enforcar-se, sem esperar pela outra conde-

    nao.

    De fato, So Joo nos diz como o nosso Senhor Jesus atinge como um raio, embora ele

    tenha usado apenas uma nica palavra contra todos aqueles que vieram busc-lO, dizendo:

    Sou Eu. Ali est um bando enviado por Pilatos. H uma fora de homens reunidos pelos

    sacerdotes. Eles vm munidos com varapaus, espadas e outras lminas. Jesus Cristo est

    sozinho. Ele como um cordeiro levado ao matadouro, como diz Isaas. E que palavra ele

    usa? Sou Eu. E todos so lanadospor terra. Todos caem imediatamente. E como ocorre

    esta queda? Por isso, ns vemos que o nosso Senhor Jesus, embora Ele seja humilhado

    por um tempo, mesmo esvaziado de tudo, nunca deixou de reter, quando parecia bom paraEle, Seu poder celestial, de forma a derrubar todos os Seus inimigos, se Ele quisesse. Com-

    paremos nossos tempos com o que foi feito em seguida. Jesus Cristo teve que ser amarrado

    e preso (como veremos mais adiante). Ele teve que permitir que Seus inimigos o dominas-

    sem. Pois, Satans havia desencadeado o freio para for-los com toda a raiva e crueldade.

    Isto o que dito por So Lucas: esta a vossa hora e o poder das trevas [Lucas 22:53].

    Seja como for, quando disse: Sou Eu, Seus inimigos foram confundidos. O que ocorrer,

    ento, quando Ele vier em Sua majestade com todos os Seus anjos? Quando Ele vier para

    fazer de todos aqueles que Lhe resistiram o escabelo de Seus ps? Quando Ele vier comuma face terrvel e uma ira incompreensvel? Como diz So Paulo em 2 Tessalonicenses

    1:8. Ento como os mpios desprezadores da majestade de Deus e da Palavra de nosso

    Senhor Jesus Cristo podem subsistir diante de Sua face? Quando Ele, assim, lanou por

    terra os Seus inimigos, ento Ele estava pronto para sofrer e Ele no usou qualquer defesa.

    Eu digo, mesmo aquela de Deus Seu Pai. Como Ele disse, Ele poderia pedir que uma mira-

    de de anjos fosse enviada em seu favor. Mas Ele Se absteve, no entanto, Ele certamente

    quis mostrar que, somente por Sua voz, Ele poderia derrubar todos que estavam contra

    Ele, se Ele quisesse.

    Por meio disto, somos ensinados a temer a Palavra de nosso Senhor Jesus. Embora Ele

    no fale aqui de forma visvel em nosso meio, todavia, uma vez que o Evangelho pregado

    por Sua autoridade e Ele diz: Quem vos ouve a vs, a mim me ouve [Lucas 10:16], apren -

    damos a receber o que pregado para ns em Seu nome com toda a reverncia e nos su-

    jeitemos a ela. Encontraremos que esta palavra, que tanto fez cair os guardas e os que

    vieram contra Ele, ser o nosso nico fundamento e esteio. Pois, como podemos nos ale-

    grar, exceto quando o Filho de Deus aparece para ns, e ns vemos que Ele est perto de

    ns, e Ele nos mostra quem Ele , e por que Ele foi enviado a ns por Deus, o Pai? Ento,

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    nessa palavra Sou Eu que podemos saber, quando agradar ao nosso Senhor Jesus o

    manifestar-Se como Ele o faz para todos os Seus crentes, que nesta palavra Ele nos de-

    clara por que Ele nos chama para Si mesmo, por que Ele desceu por ns, e por que Ele ha-

    bita em ns pelo poder do Seu Esprito Santo, e nisso que consiste todo o nosso bem e

    todo o nosso descanso. Mas se queremos ser obstinados e desprezarmos a Palavra de

    Deus, como muitas pessoas profanas, nos asseguremos que Ele ser um raio a lanar-nos

    para dentro da profundidade do inferno. Por isso, temamos, e contudo, que o nosso Senhor

    Jesus abra-nos a porta, e que Ele possa dizer-nos de outra forma: Eis-me aqui, como Ele

    no o fez para aqueles que j eram seus inimigos declarados. Aprendamos a vir at Ele.

    Alm disso, aprendamos tambm assim a suportar com pacincia as traies que vemos

    hoje na Igreja, no importa quo ultrajantes elas sejam para ns, de modo que mostremos

    que ns realmente nos apegamos ao Filho de Deus, pois Ele a nossa Cabea. Ento, que

    possamos ter a Sua verdade. Que possamos, ento, falar uns com os outros, para que es-tejamos unidos em verdadeira concrdia e fraternidade, juntos. Isso o que temos que

    lembrar.

    Porm, o que mais possa haver, que ns possamos aceitar o principal artigo da instruo

    que devemos nos lembrar a partir dessa passagem: a saber, que o Filho de Deus Se fez

    obediente em tudo e por tudo, a fim de reparar as nossas rebelies. verdade (como eu j

    disse) que todos os membros do Seu corpo devem ser governados por Seu exemplo. H

    uma boa razo, uma vez que Aquele que tem todo o domnio e superioridade, ser to hu-milde, que estejamos prontos para obedecer ao nosso Deus para a vida e para a morte.

    Ainda assim, reconheamos que a obedincia de nosso Senhor Jesus Cristo neste lugar

    especial, isto , por causa do fruto e o efeito que procedeu dela. Os apstolos bem esco-

    lheram a morte de Jesus Cristo como um exemplo. Pois eles foram fortalecidos em suas

    necessidades quando eles tiveram que lutar pelo testemunho do Evangelho. Eles no esta-

    vam, ento, dormindo. Vemos a vigilncia que estava neles e que eles estavam prontos pa-

    ra seguir seu chamado. Eles nem mesmo tinham medo de tormentos, nem da morte, que

    lhes foram apresentados, quando Deus os chamou para a glria do Seu nome, e para aconfisso de nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, eles insistiram principalmente em

    mostrar que por meio do derramamento do sangue de nosso Redentor somos lavados e

    purificados de todas as nossas mculas, que Ele fez o pagamento a Deus Pai por todas as

    nossas dvidas, a que estvamos obrigados, que Ele adquiriu para ns perfeita justia.

    Reconheamos, ento, a diferena entre a Cabea e os membros. Aprendamos que, ape-

    sar de que por natureza somos inteiramente inclinados para o mal, e embora Deus tenha

    nos regenerado em parte, a nossa carne ainda no deixa de se irritar contra Deus. No en-

    tanto, pela virtude da obedincia que vemos em nosso Senhor Jesus Cristo, ns no cessa-

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    mos de ser aceitveis para o nosso Deus. Se ainda no fao o bem que quero, contudo o

    mal muitas vezes nos impulsiona, e pode haver muitas falhas, ou talvez ns podemos ser

    muito lentos para fazer o bem, olhemos ento para o que o Filho de Deus sofreu, a fim de

    reparar todos os nossos defeitos. Observemos como Ele lutou de tal forma que no havia

    contradio nEle quando os nossos crimes e pecados foram imputados a Ele, como foi ex-

    plicado mais longamente nesta manh. Vejamos, ento, como o nosso Senhor Jesus fez

    satisfao em tudo e por tudo, mas hoje em dia, apesar de termos tido o cuidado de obede-

    cer a Deus, no somos capazes de ter sucesso, mas sempre abaixamos as nossas asas,

    devemos constantemente repetir isso: que ns sabemos que no deixamos de ser aceita-

    veis a Deus e que nossas imperfeies sempre sero abolidas pela obedincia de nosso

    Senhor Jesus Cristo, de modo que elas no entraro em conta diante de Deus. Alm disso,

    que cada um de acordo com a medida da sua f e da graa que recebeu, possa esforar-

    se para lutar at que cheguemos ao descanso celestial. Percebendo que nossas fraquezas

    ainda so to grandes, sendo convencidos de que no devemos sequer saber como ter umnico pensamento bom, e que, tendo tropeado no seramos capazes de erguer a ns

    mesmos, a menos que Deus estendesse a Sua mo para ns e nos fortalecesse a cada

    minuto, podemos ser aconselhados a orar para que Ele possa aumentar em ns as graas

    de Seu Esprito Santo; como Ele nos prometeu, e nos prope Jesus Cristo como a nossa

    Cabea e Capito, a fim de que depois sejamos capazes de chegar vitria que Ele adqui-

    riu para ns, da qual agora ns j experimentamos o fruto, mas, ento, ns a experimen-

    taremos em perfeio.

    Agora, curvemo-nos em humilde reverncia diante da majestade do nosso Deus.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um DistintivoNeotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTR S LEITUR S QUE RECOMEND MOS

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    Sola Scriptura Sola Fide Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo deClaraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade.3Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto.4

    Nos quais o deus deste sculo cegou osentendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus.5Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.6Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo.7Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos;11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre

    entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal.12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida.13

    E temos

    portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos.14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco.15

    Porque tudo isto por amor de vs, para

    que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus.

    16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, ointerior, contudo, se renova de dia em dia.

    17Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente;18

    No atentando ns nas coisas

    que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

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