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MÍN: 18°C MÁX: 26°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_BSB BRASÍLIA Segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 Edição nº 653, ano 3 MERCADOR ITALIANO MARCO POLO GANHA STATUS DE HERÓI DO KUNG-FU EM AVENTURAS NARRADAS NA NOVA SÉRIE NETFLIX PÁG. 12 DESBRAVANDO MARCO O italiano Lorenzo Richelmy é o destemido Marco Polo Crise nos cofres públicos ameaça até o carnaval Momo pode ficar sem festa. A preocupação é grande nas escolas de samba e sedes dos blocos tradicionais da capital. O GDF não repassou nada do dinheiro previsto para chegar entre outubro e este mês e o governador eleito não prometeu a verba PÁG. 13 A INCRÍVEL MARTA Partida pelo Torneio Internacional, no Mané Garrincha, aquece prêmio da Fifa: Marta disputa o título de melhor jogadora do mundo | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA Rollemberg anuncia hoje o secretariado PF deve convocar Lula para depor na Operação Lava Jato Senado vota amanhã o novo Código de Processo Civil Governador eleito deve diminuir pela metade o número de secretarias em um dos esforços para cortar custos PÁG. 06 Ex-presidente estava no poder na época da maioria dos fatos investigados CLÁUDIO HUMBERTO / PÁG. 04 Projeto que tramita há cinco anos pode agilizar o andamento de processos judiciais, mas é polêmico PÁG. 03 ACORDO CLIMÁTICO COMEÇA A SAIR DO PAPEL EM CÚPULA DA ONU REALIZADA EM LIMA, NO PERU PÁG. 10 EM CRISE, PETROBRAS VALE HOJE O MESMO QUE EM 2003, ANTES DA DESCOBERTA DAS RESERVAS DO PRÉ-SAL PÁG. 08 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela Gráfica Moura Ltda. Jogadora faz 3 gols e Brasil vence os EUA, de virada, por 3 a 2 PÁG. 16

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MERCADOR ITALIANO MARCO POLO GANHA STATUS DE HERÓI DO KUNG-FU EM AVENTURAS NARRADAS NA NOVA SÉRIE NETFLIX PÁG. 12

DESBRAVANDO MARCO

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BRASÍLIA Segunda-feira, 15 de dezembro de 2014Edição nº 653, ano 3

DESBRAVANDO MARCO

O italiano Lorenzo Richelmyé o destemido Marco Polo

Crise nos cofres públicos ameaça até o carnavalMomo pode ficar sem festa. A preocupação é grande nas escolas de samba e sedes dos blocos tradicionais da capital. O GDF não repassou nada do dinheiro previsto para chegar entre outubro e este mês e o governador eleito não prometeu a verba PÁG. 13

A INCRÍVEL MARTA

Partida pelo Torneio Internacional, no Mané Garrincha, aquece prêmio da Fifa: Marta disputa o título de melhor jogadora do mundo | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Rollemberg anuncia hoje o secretariado

PF deve convocar Lula para depor na Operação Lava Jato

Senado vota amanhã o novo Código de Processo Civil

Governador eleito deve diminuir pela metade o número de secretarias em um dos esforços para cortar custos PÁG. 06

Ex-presidente estava no poder na época da maioria dos fatos investigados CLÁUDIO HUMBERTO / PÁG. 04

Projeto que tramita há cinco anos pode agilizar o andamento de processos judiciais, mas é polêmico PÁG. 03

ACORDO CLIMÁTICOCOMEÇA A SAIR DO PAPELEM CÚPULA DA ONU REALIZADAEM LIMA, NO PERU PÁG. 10

EM CRISE, PETROBRASVALE HOJE O MESMO QUE EM2003, ANTES DA DESCOBERTADAS RESERVAS DO PRÉ-SAL PÁG. 08

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Jogadora faz 3 gols e Brasil vence os EUA, de virada, por 3 a 2 PÁG. 16

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |02| {BRASIL}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Brasília. Diretor-editor: Cláudio Humberto. Editor-Executivo: Lourenço Flores (MTB: 8075) Diagramação: Natalia Xavier. Gerente Executivo: Vandler Paiva Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. Diretor Geral: Flávio Lara Resende

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3966-4607

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Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: SBS Quadra.02 - Bloco "Q" - Ed. João Carlos Saad - 15º andar, CEP 70070-120, Brasília, DF, Tel.: 061/3966-4615. O jornal Metro é impresso na Gráfica Moura.

Filiado ao

Quase todos os 12 investiga-dos na 7ª fase da Operação La-va Jato que seguem presos a mando da Justiça, em Curiti-ba, completaram ontem um mês encarcerados.

As defesas têm tentado obter liberdade por todos os meios, desde a Justiça Fede-ral no Paraná e o TRF4 (Tri-bunal Regional Federal da 4ª Região), até as instâncias su-periores, no STJ (Superior Tri-bunal de Justiça) e no STF (Su-premo Tribunal Federal).

Até agora, porém, o ex--diretor de Serviços da Pe-trobras, Renato Duque, foi o único solto por força dos ad-vogados, que precisaram ir até o Supremo para obter pa-recer favorável do Ministro Teori Zavascki.

Só na última sexta, o STF rejeitou de uma só vez pedi-dos de habeas corpus de 11 presos, sendo 10 empreiteiros e o lobista Fernando Soares, o “Fernando Baiano”.

A defesa do vice-presiden-te da Camargo Corrêa, Eduar-do Leite, espera soltá-lo o quanto antes devido à saúde frágil do executivo, que sofre de problemas cardíacos.

“O quadro delicado de saú-de é anterior à prisão. Mas es-

tamos preocupados que ele sofra um agravamento”, diz Marlus Oliveira, que defende Leite.

O vice-presidente da Men-des Júnior, Sérgio Cunha Mendes, o Diretor da Gal-vão Engenharia, Erton Fon-seca, os executivos João Auler e Dalton Avancini, da Camar-go Corrêa, além de Fernando “Baiano”, também esperam decisões do TRF4.

Presos. Advogados ainda tentam revogações de prisão e habeas corpus, mas a maioria deve ficar presa até o fim do ano

Justiça já negou 37 pedidos de liberdade na Lava Jato

Advogados dos presos já ti-veram pedidos de soltura negados em todas as ins-tâncias da justiça

• Justiça Federal no Paraná - 4 pedidosTrês empreiteiros (Engevix, Mendes Júnior e Galvão Engenharia) já tiveram pedidos negados. Um (Camargo Corrêa) está em aberto.

• TRF 4ª Região - 13 pedidos Apenas a defesa da OAS fez três tentativas, todas rejeitadas. Cinco pedidos ainda esperam apreciação, mas o MPF já se manifestou contrário às solturas

• STJ - 5 pedidos A OAS, mais uma vez, foi a que mais teve recursos indeferidos, para quatro executivos.

• STF - 15 pedidos Só na última sexta-feira foram 11 negativas do Supremo

Tentativas em vão

Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi o único solto por ordem do STF até o momento | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO

Exceto pelo vice-presiden-te da Engevix, Gerson Alma-da, que teve denúncia do MPF acatada pela Justiça na última sexta, nenhum dos presos é oficialmente réu até o mo-mento. Por isso, eles não te-rão direito a benefícios co-mo indulto de Natal, que os permitiria passar a data fes-tiva fora da prisão.

Os familiares, quase to-

dos de São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, con-tinuam autorizados a visi-tar os executivos todas as quartas-feiras.

Algumas das famílias, con-forme apurou o Metro Jor-nal, optaram por não visitar os parentes presos devido à exposição midiática, e são re-presentados apenas pelos ad-vogados. METRO CURITIBA

Familiares podem visitar executivos normalmente

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Vice de Marina sofre tentativa de assaltoCandidato a vice-presiden-te na chapa de Marina Sil-va nas eleições de outubro, o deputado federal Beto Al-buquerque (PSB-RS) teve o carro atingido por tiros na tarde de sábado na zo-na sul de Porto Alegre. Os disparos foram feitos por criminosos que tentavam roubar o veículo. O deputa-do não ficou ferido.

A tentativa de assal-to ocorreu por volta das 15h na avenida Cavalha-da, uma das principais da região. Ao ser abordado na

via, Beto acelerou o veícu-lo para fugir dos ladrões. A caminhonete modelo SsangYong Rexton foi alve-jada. O 1º Batalhão de Polí-cia Militar, responsável pe-la segurança da área, não soube informar o número de disparos na lataria.

Logo após, o trio assal-tou uma farmácia nas pro-ximidades e baleou um se-gurança que trabalhava em uma obra próxima ao estabelecimento. Ele foi atendido no Hospital de Pronto Socorro e recebeu

alta no mesmo dia. Os as-saltantes acabaram presos em flagrante pela Brigada Militar, que os identificou como Diego Santos da Ro-sa, Júlio César Faustino da Silva e Nil Cristian Martins Borba.

O deputado Beto Albu-querque registrou ocorrên-cia policial em uma delega-cia. Procurado ontem, ele informou, por meio da as-sessoria de imprensa, que não esta disposto a comen-tar o assunto. METRO POA E BANDNEWSBeto Albuquerque (centro) não comentou o assunto | SÉRGIO NEGLIA/DIVULGAÇÃO

Dilma Rousseff

Aniversário escondido

A presidente Dilma Rousseff comemorou

ontem seu aniversário de 67 anos na casa do

ex-marido, o advogado e ativista Carlos Araújo,

em Porto Alegre. A comemoração aconteceu

sem holofotes, após seguranças despistarem a imprensa com reforço na vigilância e cortinas fechadas no salão de

festas de um prédio onde a presidente tem um

apartamento.

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |03|◊◊

Após cinco anos de tramita-ção no Congresso, o proje-to de lei que atualiza o Có-digo de Processo Civil deve ser votado pelo plenário do Senado amanhã.

Na última semana, o se-nador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa, acertou com líderes dos partidos a data para co-locar em pauta o calhama-ço com mais de mil artigos que deverá substituir o tex-to aprovado durante a dita-dura militar, em 1973.

NovidadesA promessa é que a nova lei agilize o andamento de pro-

cessos de natureza civil na Justiça, ampliando a possi-bilidade de acordos e limi-tando os recursos utilizados para amarrar as ações.

O projeto prevê ainda multas a partes que utiliza-rem instrumentos apenas para adiar os processos e o cumprimento das senten-ças. Cria também mecanis-mos para aplicar decisões a processos iguais, como aque-les contra planos de saúde que negam procedimentos.

Casos que afetem um grupo de pessoas, como acionistas ou clientes de uma empresa, poderão ser convertidos em ação coleti-

va, segundo o texto em dis-cussão no Congresso.

QuestionamentosAlgumas novidades, porém, como a ampliação do leque de possibilidades de inter-venção judicial em empre-sas, causam preocupação entre especialistas (veja mais na entrevista ao lado).

Por causa destas preocu-pações, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), conseguiu evitar que o pro-jeto fosse votado na última quarta-feira, pedindo um exame mais detalhado do texto na Comissão de Cons-tituição e Justiça da Casa,

que já liberou a votação.

Longa tramitação O novo CPC começou a ser elaborado em 2009, por uma comissão de juristas insti-tuída pelo Senado que tinha entre seus integrantes Luiz Fux, atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

O texto chegou a ser aprovado na Casa no ano seguinte, mas passou três anos na Câmara, onde um substitutivo só foi aprovado em março deste ano.

Se aprovado novamen-te pelos senadores, o proje-to irá a sanção presidencial.

METRO BRASÍLIA

No Senado. Texto prevê a agilização do andamento de processos judiciais com a redução nas possibilidades de recurso, mas empresas temem prejuízos por causa de intervenções

Novo Código de Processo Civil deve ser votado amanhã

DIVULGAÇÃO

Segundo a pesquisadora Luciana Yeung, coordena-dora dos cursos de gradua-ção do Insper e diretora da Associação Brasileira de Direito e Economia, proje-to do novo CPC pode inibir empresas que pretendem investir

Em geral, a atualização do CPC é festejada pela pos-sibilidade de deixar a Jus-tiça mais rápida. O texto também tem problemas?Claro que essa agilidade é necessária, mas os legisla-dores brasileiros têm uma tradição de querer abraçar o mundo com as pernas. O novo CPC é muito gran-de e alguns pontos não fo-ram discutidos adequada-mente, como a questão da ampliação da possibilidade de intervenção judicial nas empresas.

Como é hoje e o que mudaria?O código em vigor prevê a intervenção em um núme-ro limitado de situações, so-bretudo quando a empresa está em situação de insol-vência, sem condições de pagar os credores. O novo CPC amplia isso indiscrimi-

nadamente, pois prevê que o juiz pode decretar a in-tervenção sempre que con-siderar necessário. Isso é muito vago, traz inseguran-ça jurídica.

E que prejuízos pode tra-zer a intervenção? Ela não é parte de uma solução para empresas em dificul-dades ou que não cum-prem seus compromissos?Do jeito que é hoje, é algo necessário, mas a amplia-ção da possibilidade de in-tervenção leva um temor aos empresários, porque eles podem ver, por razões ainda indefinidas, a empre-sa ser controlada por uma pessoa de fora, que vai in-terferir no funcionamen-to, ter acesso a segredos in-dustriais. Isso pode inibir os investimentos, princi-palmente de empresas no-vas ou de fora do país. É um cenário ruim para um setor econômico que já não está bem. Resumindo, é uma medida muito extre-ma; há outras maneiras de obrigar empresas a pagar seus credores e cumprir seus contratos. Espero que os congressistas revejam esse ponto. METRO BRASÍLIA

LUCIANA YEUNG

“Texto traz insegurança por ampliar demais a possibilidade de intervenção judicial”

Há acordo entre os senadores para votar o projeto amanhã | FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Saílson tem mais três tentativas de homicídio investigadas | REPRODUÇÃO/ BAND

43é o número de pessoas que Sailson José das Graças confessou ter matado no ano passado no Rio de Janeiro.

Serial killer confessa mais três ataquesSailson José das Graças, 26, que confessou ter assassina-do 43 pessoas no Rio de Ja-neiro em 9 anos, revelou à polícia ter tentando matar mais três pessoas no ano passado: duas mulheres e uma criança.

Segundo informou on-tem o delegado-assistente Marcelo Machado, da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), uma das mulheres, de 17 anos, já foi localizada e prestou de-poimento sobre a tentati-

va de homicídio em 18 de setembro de 2013. Sailson teria tentado sufocar a jo-vem por três vezes, mas ela não morreu. Depois disso, ele desistiu de matá-la. Ele achou “que Deus não queria que ela morresse”.

O outro caso foi em 8 de outubro do ano passa-do. O suspeito teria tentado atacar uma mulher, de 22 anos, e seu filho recém-nas-cido com uma faca, mas foi surpreendido por um ho-mem que tentou ajudá-los

e fugiu.De acordo com a DHBF,

subiu para 11 as vítimas já confirmadas – sendo sete assassinatos e quatro tenta-tivas. Por causa disso, Sail-

son foi conduzido no sába-do à DHBF, para ajudar nas investigações.

A polícia levou Sailson para locais onde ele afirma que teria matado pessoas. Lá, foram encontradas pro-vas que confirmam os de-poimentos do criminoso.

No final da tarde do mes-mo dia, ele foi levado de vol-ta para Polinter, na Cidade da Polícia, onde segue pre-so. O suspeito foi detido na noite da última terça-feira.

METRO RIO

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |04| BRASIL}

CLÁUDIO HUMBERTO WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

COM ANA PAULA LEITÃO

E TERESA BARROS

LULA DEVE SER CHAMADO PARA DEPOR NA LAVA JATOA força-tarefa que desmantelou a roubalheira na Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, con-sidera inescapável o depoimento do ex-presidente Lula sobre fatos investigados, reforçados em depoi-mentos sob delação premiada. Discute-se a maneira mais adequada de ouvir o depoimento de Lula, que em princípio ainda não é um investigado. O esque-ma corrupto começou em 2005, durante seu primei-ro governo.

INTIMAR OU NÃO?

Lula pode ser intimado a depor na Polícia Federal em São Paulo, onde mora, ou convidado a prestar esclarecimentos em local de sua escolha.

SABIAM DE TUDOEm depoimento sob delação premiada, em outubro, o megadoleiro Alberto Youssef garantiu que Lula e Dilma Rousseff “sabiam de tudo”.

CARTÃO NO MOTELSegue a farra com cartões corporativos, até para pagar motel, como José Ademar Araújo, do IBGE, no motel Oasis, em Macaíba (RN), e Nestor Santo-rum, do Planalto, no motel Holliday, em Ananin-deua (PA).

CAFÉ CONTRA LEITEDiante da velha queda de braço entre as bancadas mineira e paulista, o PSDB empurrou para fevereiro a escolha do novo líder na Câmara.

OLHA QUEM MANDAVAO ex-presidente Lula agia como se mandasse no di-nheiro do Petrolão. O doleiro Alberto Youssef con-tou à Justiça que certa vez ele mandou o então pre-sidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, orientar a empreiteira Camargo Correa fazer pagamentos à agência de propaganda Muranno.

PENSANDO BEM......quem diria que a melhor arma da ex-guerrilheira Dilma para salvar seu governo seria o que ela cha-ma de “neoliberal” Joaquim Levy.

CARA LISA

Após o doleiro Alberto Youssef afirmar na Justiça que “só se salvam dois no PP”, Paulo Maluf (SP), foi logo dizendo: “E eu sou um deles!”.

VAI DAR TRABALHOPMDB, PR, PTB, PSC e SD devem formalizar o blo-cão, que antes era apenas informal, composto de 160 deputados, para apoiar a candidatura de Eduar-do Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara.

DESCARTECada vez menos levado em conta por Dilma, que o de-testa, o aspone para assuntos internacionais aleató-rios, Marco Aurélio ‘Top-Top’ Garcia, deverá ter papel apenas honorário no círculo bolivariano do governo.

RESISTÊNCIAS

Cotada para ministra da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (TO) enfrenta resistência do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, e do presiden-te da Embrapa, Maurício Lopes, com quem andou brigando.

“Até arma na cabeça...”VENINA VELOSA DA FONSECA, FUNCIONÁRIA DE CARREIRA,

SOBRE AS AMEAÇAS QUE SOFREU POR DENUNCIAR MARACUTAIAS NA PETROBRAS

PODER SEM PUDORO PODER ENGORDA?

Ministro do Trabalho e da Previdência de João Goulart, Almino Afonso estava no cargo há apenas dois meses, mas já havia ganhado peso, visivelmente. Ao encontrá-lo na Câmara, o deputado José Maria Alkmin não perdoou:- Almino, pelo jeito, o poder

engorda mesmo. É só dar uma olhada em você.- A tese é pelo menos discutível – respondeu Almino, irritado.- Por quê?- Você sempre esteve no poder ou perto dele e, mesmo assim, continua magro como um palito...

Ex-presidente Lula | B MATHUR/REUTERS

Deputado Paulo Maluf| LEONARDO PRADO/AGENCIA CÂMARA

Senadora Kátia Abreu | VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Política

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |06| BRASÍLIA}

“Esta é uma briga que travamos para que o administrador não seja alguém indicado politicamente que irá cair de paraquedas no cargo”VIVIANE FIDELIS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DO JARDIM BOTÂNICO

Faltando duas semanas para a posse, Rodrigo Rollemberg (PSB), o governador eleito do DF, anuncia hoje seu time de secretários de Estado. A equipe terá um perfil mais técnico do que político e se-rá bem menor do que a de Agnelo Queiroz (PT).

Das 39 secretarias que a atual gestão chegou a ter, de-verão sobrar entre 20 e 22. O número de servidores tam-bém será menor, já que um dos principais compromis-sos de Rollemberg é o corte de 60% dos cargos comissio-nados de livre provimento da administração pública do DF. Os cortes também servem ao objetivo de diminuir custos, já que a equipe de transição prevê enormes dificuldades financeiras no primeiro ano de governo. Até o número de administrações regionais po-de cair, por meio de fusões.

Fiel ao discurso de que não trocaria o apoio de par-tidos por cargos de desta-que, Rollemberg deve colo-car pessoas de sua inteira confiança nas secretarias mais importantes.

Os mais cotadosO jornalista Hélio Doyle,

que coordenou a campanha do socialista, deve ser se-cretário de Governo e con-trolar também a área de co-municação do GDF. A pasta do Planejamento pode ficar com Carlos Thomé, que, co-mo coordenador técnico da equipe de transição, já es-tá debruçado sobre os pla-nos para os próximos me-ses, mas Leany Lemos, que trabalha ao lado dele, tam-bém é cotada.

A Casa Civil ou outra pasta que trate da articu-lação política deverá ficar com Marcos Dantas, presi-dente local do partido de Rollemberg.

Para a Saúde, o mais co-tado é o médico Ivan Castel-li, que ocupou cargo de di-retor na pasta durante parte do governo Agnelo.

O titular da Secretaria de Transportes ainda é dúvi-da. Um dos mais cotado é o

professor Marcelo Dourado, formado em história pela UnB e pós-graduado em ad-ministração pública. Técni-co muito próximo do gover-nador eleito, Dourado foi o mentor do programa de mo-bilidade da campanha, mui-to focado em modais sobre trilhos, como o VLT. Por is-so, existe a possibilidade que ele assuma a presidên-cia do Metrô e não a secreta-ria, mas seu papel será im-

portante na gestão da área.A secretária de Esporte

deverá ser a ex-jogadora de vôlei Leila, que foi candi-data a distrital e é uma das diretoras da equipe Brasí-lia Vôlei.

Já o publicitário Jaime Recena, também muito amigo de Rollemberg, deve-rá ficar com uma pasta rela-cionada ao desenvolvimen-to econômico.

A negociação para a pasta

da Educação é um problema que extrapolou os escritó-rios. Muito ligado ao tema, o senador Cristovam Buar-que (PDT), um dos maiores aliados de Rollemberg, re-clamou publicamente por não ter sido ouvido para in-dicar o secretário, mas fez a sugestão via imprensa: Jo-sé Carlos Vasconcellos, que é um quadro antigo do PDT e ocupa a primeira suplên-cia do senador eleito José Antônio Reguffe (também do PDT). O nome mais cita-do até ontem, porém, era o do professor Julio Gregório, formado em química pela UnB e ex-diretor de escolas públicas e particulares.

Secretarias unidasA pasta dos Direitos Hu-manos, que deve ser assu-mida pela diplomata Mari-se Ribeiro Nogueira, é um exemplo do esforço para di-minuir o número de secre-tarias. Dentro dela, deve-rão ficar sub-secretarias de Igualdade Racial e de Políti-cas para as Mulheres.

Transição. Governador eleito deve cortar pela metade o número de secretarias e indicar, principalmente, nomes com perfil técnico

Governador eleito observa equipe em uma das reuniões de trabalho | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Rollemberg anuncia hoje um secretariado enxuto

RAPHAELVELEDA METRO BRASÍLIA

Comunidade será ouvida na escolha dos administradores

Rollemberg prometeu eleição direta | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Uma das principais bandei-ras do governador eleito durante a campanha foi a proposta de eleição direta para administrador regio-nal. Como isso é impossí-vel já no início do gover-no, Rodrigo Rollemberg se comprometeu a ouvir as comunidades na decisão. “Vou consultar associações de moradores, comercian-tes, lideranças em geral. E começar a debater a for-ma de eleição para implan-tar essa proposta no me-nor tempo possível”, disse ele, em entrevista coletiva no último sábado.

Rollemberg também já garantiu que os escolhidos serão moradores das cida-des que administrarem.

Entidades das cidades do DF já estão se mobilizando para indicar nomes.

Nomes já enviadosEm Ceilândia, que é a maior cidade do DF, por exemplo, um encontro no Fórum Permanente das En-tidades escolheu três no-mes: o político derrotado nas últimas eleições Gou-dim Carneiro (PPL), o líder comunitário Chico Mor-beck e o prefeito da Guari-roba, Higor Sávio (PT).

Os moradores do Jardim Botânico também têm can-didatos. Síndicos de condo-mínios e representantes de associações comunitárias se reuniram para escolher três indicações entre os 10 mo-

radores da região que candi-dataram-se para o cargo de administrador.

“Já havíamos feito esta indicação anteriormente e não fomos ouvidos. Como o novo governador afirmou que ouviria a comunidade, estamos tomando novamen-te a posição de apresentar os nomes que desejamos. Não queremos passar nova-mente o que passamos nes-tes quatro anos”, disse Vi-viane Fidelis, presidente da AJAB (Associação Comunitá-ria dos Condomínios da Re-gião do Jardim Botânico).

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A equipe de transição de Ro-drigo Rollemberg pintou um cenário devastador para as finanças públicas no início do governo. Em entrevista coletiva no último sábado, o governador eleito e seus técnicos estimaram que po-dem receber os cofres públi-cos com um rombo de qua-se R$ 4 bilhões, número que a atual gestão não confirma.

De acordo com Rollem-berg, há o risco de apagão em serviços como transpor-te, saúde e educação. Os se-cretários anunciados hoje, segundo o governador, vão começar a trabalhar ime-diatamente para fazer um pacto com categorias profis-sionais e órgãos como o Mi-nistério Público para evitar que a capital pare de fun-cionar logo nas primeiras semanas.

Promessa de austeridade“Seremos austeros, teremos

que fazer ajustes importan-tes”, adiantou o governador eleito, sem entrar em deta-lhes sobre que áreas deve-rão sofrer com cortes.

A redução prometida nos cargos comissionados e no número de secretarias não será suficiente, segundo Rollemberg, para cobrir o buraco no orçamento. “Mas vamos montar uma estraté-gia para ampliar receita e reduzir despesas”, disse.

METRO BRASÍLIA

Secretários já têm a missão de evitar ‘apagão’ de serviços

3,8 bié o déficit nos cofres públicos que a gestão de Agnelo Queiroz (PT) pode deixar de heranças, segundo estimativa da equipe de Rollemberg. O atual governo garante que o número não existe e que as contas serão entregues em dia.

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |08| {} ECONOMIA

Em meio à crise de corrup-ção e com a queda do preço global do petróleo, a Petro-bras fechou a semana passa-da valendo R$ 127 bilhões, menos do que o registrado antes do anúncio das desco-bertas do pré-sal, em 2003.

De maio de 2008, no au-ge da cotação da empresa, quando valia R$ 737 bilhões, para a semana passada, a es-tatal perdeu R$ 610 bilhões, em valores de hoje e já con-siderada a inflação do pe-ríodo. Como destacou o jor-nal “O Estado de S. Paulo”, é como se a empresa estives-se paralisada há onze anos, desde o primeiro ano do go-verno Lula.

A perda, equivalente ao PIB português ou a quatro vezes o PIB uruguaio, é re-sultado de um efeito cascata que começou logo em 2008,

em meio à crise financeira mundial, quando a estatal brasileira sofreu perdas.

Em 2013, para não pres-sionar a inflação, a Petro-bras não pôde reajustar os preços da gasolina, gerando mais perdas para a empre-sa. A cotação estava come-çando a se recuperar este ano, quando as denúncias de corrupção dentro da es-tatal comprometeram seus resultados.

Anúncio adiadoNo sábado, a Petrobras anunciou o adiamento da divulgação das demonstra-ções contábeis não audita-das do terceiro trimestre de 2014 para até 31 de ja-neiro, devido a “novos fa-tos” relacionados à opera-ção Lava Jato, que investiga um suposto esquema de

corrupção na estatal.O novo adiamento foi

possível porque os credores aceitaram mudanças nos termos contratuais dos bô-

nus que tratam dos prazos para a apresentação dos re-sultados, eliminando o ris-co de a empresa ter de pa-gar antecipadamente parte

da dívida crescente.A Petrobras divulgou

apenas alguns indicadores operacionais e informações econômico-financeiras que

acredita que não serão afe-tados por eventuais baixas contábeis que possivelmen-te terão de ser feitas em função dos resultados das investigações.

O endividamento líqui-do fechou o terceiro trimes-tre em R$ 261,45 bilhões, aumento de 35,5% em re-lação ao mesmo período do ano passado. Da dívida total de R$ 331,7 bilhões, R$ 28,2 bilhões vencem no curto prazo.

Este foi o segundo adia-mento da divulgação dos resultados, esperada ini-cialmente para o início de novembro. O adiamento e as incertezas relativas às inves-tigações estão deixando a es-tatal brasileira com menos opções de financiamento de seu gigantesco plano de in-vestimento. METRO E AGÊNCIAS

Crise do petróleo. Estatal brasileira fechou a semana com perdas de R$ 610 bilhões em comparação a maio de 2008, quando esteve no seu auge, valendo R$ 737 bilhões. Efeito cascata provocou resultados ruins. Perda é comparável ao PIB de Portugal

Estatal adiou novamente anúncio de resultados | VANDERLEI ALMEIDA/AFP

A R$ 127 bilhões, Petrobras tem o mesmo valor que antes do pré-sal

Al-Badri, da Opep, diz que não há meta de preço para o petróleoO secretário-geral da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Abdullah al-Badri, disse ontem que o bloco não tem uma meta de preço, sinalizando que não have-rá mudança na política de manter os níveis de produ-ção, que têm contribuído para uma queda acentua-da no preço do produto.

Em Dubai, Badri afir-mou que o preço do pe-tróleo, que caiu para mí-nimas sucessivas de cinco anos nos últimos dias, ti-nha recuado mais do que os fundamentos do merca-do deveriam ter ditado.

Ele pediu que os países do Golfo sigam investin-do em exploração e produ-ção, dizendo que os EUA vão continuar dependen-tes do petróleo do Orien-te Médio por muitos anos.

Produção inalteradaEsses foram os primeiros comentários de Badri des-de que a Opep deixou seus níveis de produção inalte-rados em uma reunião no mês passado, quando tam-bém disse que não havia uma meta de preço. “Os fundamentos não deve-riam levar a essa redução dramática (no preço)”, dis-se Badri, que é líbio.

A queda nos preços do petróleo pressionou as ações de energia e moe-das vinculadas à exporta-ções de petróleo na sex-ta-feira, reduziu o apetite por ativos de maior risco e levou os investidores pa-ra a segurança da dívida do governo apesar da for-te confiança do consumi-

dor norte-americano.Badri disse que a Opep

busca um nível de pre-ços adequado e satisfató-rio tanto para consumido-res como para produtores, mas não especificou um número. Questionado se havia necessidade de uma reunião de emergência an-tes de junho, Badri sorriu e disse: “Eu não sei”.

VenezuelaO presidente venezuela-no, Nicolás Maduro, disse ontem que “não há pres-sa” para aumentar o pre-ço da gasolina no país. A Venezuela enfrenta uma inflação anual de mais de 60% e recessão aparente.

Cada vez mais impopu-lar, Maduro se esquiva de implementar uma refor-ma interna considerada arriscada em meio à crise. “Considerei, como chefe de Estado, que o momen-to não chegou”, disse ele, em entrevista transmitida ontem.

O subsídio da gasoli-na mais barata do mun-do custa a Caracas, mem-bro da Opep, cerca de US$ 12,5 bilhões por ano. Em 1989 um aumento do preço provocou revol-tas e centenas de mortes. METRO

Secretário-geral do bloco sinaliza quenão haverá mudanças | H. BADER/REUTERS

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |10| MUNDO

Cento e noventa países concordaram ontem com as bases de um acordo global, a ser definido em 2015, com o objetivo de combater as mudanças cli-máticas, em meio a alertas de que ações bem mais du-ras serão necessárias pa-ra limitar as elevações das temperaturas globais.

Segundo o acordo alcan-çado em Lima, governos te-rão de apresentar planos nacionais para controlar as emissões de gases do efei-to estufa até um prazo in-formal de 31 de março de 2015, para formar a estrutu-ra de um acordo global a ser fechado em uma cúpula em Paris dentro de um ano.

A maioria das decisões mais difíceis sobre como de-sacelerar as mudanças climá-ticas foi adiada para o ano que vem. “Muita coisa per-manece para ser feita em Pa-ris no próximo ano”, disse o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

Os textos, definidos com dois dias de atraso após duas semanas de negocia-ções quase colapsarem, sa-tisfizeram economias emer-gentes lideradas por China e Índia, preocupadas que esboços anteriores impu-nham um ônus pesado de-mais a economias emergen-tes em comparação às ricas.

Ricos na dianteira“Conseguimos o que que-ríamos”, disse o ministro

do Meio Ambiente da Índia, Prakash Javedekar, segun-do quem o texto preserva a noção conservada na con-venção climática de 1992, no Rio de Janeiro, de que os países ricos têm de estar na dianteira dos cortes das emissões de gases.

O texto também foi do agrado das nações ricas li-deradas pelos EUA, que di-zem que chegou a hora de economias emergentes de rápido crescimento contro-

larem as emissões que cres-cem cada vez mais. A Chi-na é agora o maior emissor de gases do efeito estufa, à frente de EUA, UE e Índia.

CríticasAlguns grupos ambienta-listas, entretanto, disseram que o acordo é fraco de-mais. “Fomos de fraco para mais fraco e para mais fra-co ainda”, disse Samantha Smith, do grupo de conser-vação WWF, sobre os suces-sivos esboços nas negocia-ções de Lima.

Analistas dizem que a re-união terminou com uma agenda muito mais mo-desta do que muitos espe-ravam. A decisão final do acordo diluiu uma versão anterior, excluindo qual-quer revisão dos compro-missos dos países que a tornava mais rigorosa. Ela também exclui uma revisão técnica de apoio financeiro aos países em desenvolvi-mento. METRO E AGENCIAS

COP20. Plano prevê que países apresentem planos nacionais para controlar emissões de poluentes do efeito estufa até o fim de março; acordo ainda é visto como insuficiente

Manifestantes com máscaras de líderes em Lima | E. CASTRO-MENDIVIL/REUTERS

Cúpula da ONU define base para acordo climático

Ebola

Falta ‘tratamento de choque’, diz chefe da OMS

O chefe de resposta ao ebola na OMS (Organi-zação Mundial da Saú-de), Bruce Aylward, disse que falta “tratamento de choque” para mudar o comportamento das pes-soas no combate à doen-ça em Serra Leoa.

“Cada novo lugar infec-tado passa por essa mes-ma curva de aprendizado terrível, onde um monte de gente tem de morrer antes que esses compor-tamentos comecem a mu-dar”, afirmou Aylward.

Segundo ele, o país tem boas condições para conter a doença, como in-fraestrutura e organiza-ção. “O problema é que as pessoas ainda precisam ser impactadas”. METRO

Turquia prende 24 em ação contra ‘golpe’

Dumanli é aplaudido ao ser detido por policiais à paisana | MURAD SEZER/REUTERS

A polícia turca invadiu on-tem instalações de meios de comunicação próximos a um clérigo muçulmano baseado nos EUA e prendeu 24 pes-soas, incluindo executivos e ex-chefes de polícia, em ope-rações contra o que o presi-dente Tayyip Erdogan diz ser uma rede terrorista conspi-rando para derrubá-lo.

As invasões ao jornal “Zaman” e à TV Samanyo-lu marcaram uma escalada da batalha de Erdogan con-tra o ex-aliado Fetullah Gu-len, com quem está em con-flito aberto desde que uma investigação por corrupção sobre o círculo próximo a Erdogan surgiu, há um ano.

Em cenas divulgadas ao vivo por canais de TV locais, o editor do “Zaman” Ekrem Dumanli foi levado pela po-lícia sob aplausos. “Deixem aqueles que cometeram cri-mes ficarem com medo”,

disse ele ao ser detido. “Não estamos com medo”.

Segundo a imprensa lo-cal, mandados de prisão fo-ram emitidos para 32 pes-soas. A emissora estatal TRT Haber disse que 24 pessoas foram detidas em incursões na Turquia.

Espetáculo vergonhoso“Este é um espetáculo vergo-nhoso para a Turquia”, dis-

se o presidente da Murad Se-zer, Hidayet Karaca, antes de ser detido. “Infelizmente, na Turquia do século 21, este é o tratamento dado a um gru-po de mídia com dezenas de estações de rádio e televisão, mídia de internet e revistas”.

Erdogan, do Partido AK, eleito em 2002, adotou mui-tas reformas democráticas em seus primeiros anos no poder e restringiu a partici-

pação do Exército na políti-ca. Aliados da Otan frequen-temente citam a Turquia como um exemplo de demo-cracia muçulmana bem-su-cedida, mas recentemente os críticos têm acusado Er-dogan de intolerância com a oposição e de, cada vez mais, uma reversão às raí-zes islâmicas.

O editor do “Zaman” Bu-lent Kenes disse à agência de notícias Reuters que a po-lícia havia mostrado a eles documentação que se refe-ria a uma acusação de “for-mação de quadrilha para to-mar a soberania do Estado”.

Os ministros do governo se recusaram a fazer comen-tários específicos sobre as operações, mas o ministro da Saúde, Mehmet Muezzi-noglu, disse que “qualquer pessoa que comete erros pa-ga o preço”, informou a mí-dia estatal. METRO

UE: Batidas se opõem a ‘valores europeus’A UE (União Europeia) de-nunciou ontem as batidas policiais, dizendo que são in-compatíveis com valores eu-ropeus, em um comunicado contundente.

“As batidas policiais e pri-sões de jornalistas e represen-tantes da mídia na Turquia hoje são incompatíveis com a liberdade dos meios de co-municação, que é um princí-pio essencial da democracia”, disse o chefe de política ex-terna da UE Federica Moghe-rini e o Comissário Johannes Hahn em declaração conjun-ta. “Esta operação vai contra os valores e normas euro-peus, que a Turquia aspira a ser parte”, disseram Moghe-rini e Hahn. METRO

Milhares de manifestan-tes marcharam no sábado à noite em Washington, Nova York e em Boston, no Estado do Massachusetts, contra as mortes de homens negros desarmados por policiais.

Segundo organizadores, as manifestações estavam entre as maiores na recente onda de protestos que colo-caram os holofotes sobre as relações raciais nos EUA.

Manifestantes de todo o país se reuniram na Free-dom Plaza, em Washington, a poucos quarteirões da Ca-sa Branca, e marcharam pa-ra perto do Capitólio. Mui-tos deles, pais com crianças, gritavam: “Sem justiça não há paz” e “Mãos para cima, não atire”.

Os atos foram em geral pa-cíficos, embora a polícia em Boston tenha dito que pren-deu 23 pessoas que tentaram bloquear uma estrada.

CalifórniaPoliciais em Oakland, na Ca-lifórnia, disseram ter detido

45 pessoas por vandalismo, por não terem dispersado quando foram ordenadas, por resistência à prisão e por outras acusações no sá-bado à noite, após milhares terem tomado a ruas.

Decisões de tribunais de não acusar os policiais en-volvidos nas mortes de Mi-chael Brown, no Missouri, e de Eric Garner, em Nova York, colocaram o tratamen-to de minorias pela polícia de volta na agenda nacional.

‘Manter a luz acesa’“Vamos manter a luz sobre Brown, sobre todas as víti-mas. A única maneira de fa-zer as baratas correrem é manter a luz acesa”, disse Al Sharpton, líder de direitos ci-vis, cuja Rede de Ação Nacio-nal organizou a manifestação em Washington.

Sharpton pediu que o Congresso aprove a legisla-ção que permitirá que pro-motores federais assumam casos envolvendo violência da polícia. METRO

EUA. Milhares protestam contra violência policial

Ato em Boston, Massachusetts, reuniu milhares | BRIAN SNYDER/REUTERS

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |12| {CULTURA}

2CULTURA

O explorador veneziano Marco Polo (1254-1324) é um personagem cheio de histórias. Aquela em que esteve a serviço do impé-rio mongol é o mote para a nova investida do site de streaming Netflix, que es-treio na semana passada, de uma vez, os dez episó-dios da primeira tempora-da de “Marco Polo”.

Além de grande explo-rador, Polo foi considera-do um exímio historiador, sendo o primeiro europeu a relatar detalhes da vida de países como a China, até então desconhecida do mundo ocidental.

Assim como o desbra-vador italiano, a Netflix também quer dominar um mundo – o do entreteni-mento –, e investe alto para isso. Apenas para a produ-ção da leva inicial de capí-tulos foram investidos US$ 90 milhões (cerca de R$ 232 milhões), com gravações em Veneza (Itália), Caza-quistão e Malásia.

Protagonizada pelo des-conhecido italiano Lorenzo Richelmy, a série destaca o período da longa viagem que Marco Polo percorreu pelo Oriente e os 20 anos que serviu na corte do im-perador Kublai Khan.

Após uma viagem de

três anos pela Rota da Seda, o mercador Niccolò Polo e seu filho Marco chegam à corte do neto de Gengis Khan. Começa assim a his-tória de Marco em um rei-no estranho, ao ser usado como moeda de troca entre seu pai e o líder mongol.

Não há economia em ce-nas de violência e sexo na produção de John Fusco (“Corcel Indomável”). Logo nas primeiras imagens apa-recem vários corpos em um campo de batalha. O teor erótico surge principal-mente a partir do segundo episódio, com um harém com dezenas de mulheres nuas tentando seduzir Mar-co – impossível não lem-brar de “Game of Thrones”.

O ápice da trama nos primeiros episódios não es-tá com Marco Polo, mas em uma luta sangrenta de dois irmãos pelo poder do impé-rio, nos movimentos e mis-térios de personagens co-mo Mei Lin (Olivia Cheng), que vive uma concubina e exímia lutadora de kung fu, e Hundred Eyes (Tom Wu), professor cego de ar-tes marciais do explorador.

PAULOBORGIA METRO SÃO PAULO

Lorenzo Richelmy encarna o papel-título da série | DIVULGAÇÃO

1º temporada. Desbravador italiano é tema do novo projeto da empresa

Lorenzo Richelmy tem em “Marco Polo” a chance de se tornar estrela de Hollywood. Aos 24 anos, coube ao italia-no encarnar o explorador em suas andanças pelo Oriente. O problema é que, até ser es-colhido para o papel, o ator falva apenas o básico de in-glês. “O primeiro encontro que tive com os produtores foi ridículo”, confessou ele durante a Comic Con Expe-rience, na semana passada, em São Paulo.

Richelmy tem viajado desde criança com a famí-lia pelo mundo e já conhecia

os locais por onde Marco Po-lo passara. “Trouxe aquelas memórias e experiências e foi perfeito.”

A maior parte das ce-nas foi gravada em loca-ções reais e sem uso de computação gráfica. De acordo com o produtor-executivo Patrick Mac-manus, o Netflix deu ple-na liberdade criativa pa-ra a série. “Parte de contar a história direito signifi-cava que pudéssemos via-jar para lugares que nos dessem a dimensão dela.

AMANDA QUEIRÓS

Protagonista italiano não sabia falar inglês

Série do Netflix narra aventuras de Marco Polo

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

5,9 mide reais foram repassados para as agremiações de samba da capital no último carnaval. De acordo com a Secretaria de Cultura, a verba para 2015 não está sequer definida.

Está faltando dinheiro até para o samba

O carnaval pode ficar silen-cioso em Brasília neste ano. Uma da série de dívidas que o GDF acumula é com as escolas de samba e blo-cos carnavalescos do DF: a primeira parcela do paga-mento deveria ser feita até outubro, mas a Secult (Se-cretaria de Cultura) não sa-be nem quanto dinheiro repassará aos envolvidos. “Não sabemos nem se terá desfile em 2015, carnaval não se faz de um dia para o outro”, afirma Robson Fa-rias, presidente da Acadê-micos da Asa Norte, agre-miação campeã dos desfiles do ano passado.

No barracão da escola, no Setor de Clubes Norte, a única coisa disponível são retalhos de carros alegóri-cos de edições passadas da festa. “Estamos sem saber como pagar os credores. Fi-zemos empréstimos con-tando com o dinheiro, mas com a chegada de um novo governo, não temos garan-tias de que se honrarão os compromissos”, completa.

A equipe de transição do novo governo não garan-te os repasses. O próximo governador, Rodrigo Rol-lemberg (PSB), deverá ter dificuldades para firmar os primeiros pagamentos e, caso os repasses não se-jam feitos ainda na primei-ra quinzena de janeiro, não

haverá tempo para colocar a escola na avenida – que, a propósito, não tem lugar definido em 2015.

A mais tradicional esco-la de samba do DF, a Aruc (Associação Recreativa Uni-dos do Cruzeiro), está con-tabilizando os prejuízos. Além da cobrança dos for-necedores, o maior proble-ma está na comunidade, que está pouco esperanço-sa em relação ao próximo carnaval. “A comunidade envolvida está tentando se-guir como se estivesse tu-do normal, mas há um cli-ma de muita insegurança”, conta o presidente da agre-miação, Márcio Coutinho, o Careca.

Os blocos tradicionais também estão sem paga-mento. Para piorar, eles costumam ser os últimos a receber. “É impossível a gente ficar esperando tan-to tempo, a gente tem que contratar mais de 100 pes-soas para colocar o bloco

na rua”, afirma o presiden-te do Galinho de Brasília, Frankilin Torres.

Os atrasos nos pagamen-tos para as escolas de samba já são uma constante. “Mas nessa transição de governo está pior”, afirmaram todos os entrevistados pela repor-tagem. Os valores deveriam ser inteiramente pagos até dezembro, mas não há pre-visão de quando serão fei-tas – nem de quanto será.

Em 2014Este ano, o Carnaval custou ao todo R$ 13,1 milhões, sendo R$ 5,9 milhões para as agremiações, R$ 1,6 mi-lhão para os blocos tradi-cionais, R$ 5 milhões para a montagem de estruturas e R$ 650 mil para outras contratações artísticas – pa-gos em 8 de janeiro.

“A gente não quer que tirem dinheiro da saúde ou da educação para finan-ciar o Carnaval, mas nos-so dinheiro é reservado por lei”, sustenta Coutinho, da Aruc. Torres, do Galinho, se lembra que Rollemberg foi conhecido como “secretá-rio do carnaval” em 1996, quando ele foi secretário de Turismo. “A gente tem fé que ele achará uma saída”.

Crise financeira. Escolas de carnaval do DF não receberam incentivo que teria de ser pago em outubro e se unem para tentar salvar a festa

Robson Farias, presidente da Acadêmicos da Asa Norte, não tem verba para construir as alegorias | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Praças abandonadasA manutenção das praças entre as qua-dras do Guará é deficitária. Muitas es-tão completamente abandonadas e o mato está muito elevado. A falta de iluminação durante a noite também é um problema. Agora, com o fim de ano, a situação apenas piorou.JOSÉ CARLOS BARRETO – GUARÁ (DF)

EngarrafamentosÉ impossível sair de Santa Maria nos ho-rários de pico. Além dos ônibus não se-rem suficientes, o engarrafamento jun-ta os caminhões que passam pela BR e os carros que querem sair do Valparaíso e Ocidental. Todos os dias gasto pelo me-nos uma hora no trânsito. LUANA OLIVEIRA – SANTA MARIA (DF)

Metro Pergunta

O CFM autorizou a prescrição de canabidiol. Você concorda com a realização de pesquisas de medicamentos derivados da maconha?

@augustokneippConcordo! A hipocrisia humana impede de ver o que a planta oferece de benéfico para a sociedade e isso é um absurdo!

@wtarcisioSim. Acredito mais em pesquisadores da medicina do que em políticos. Farão melhor uso da planta.

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@jornal_metrobsb

Urano em seu signo acentua aspecto tenso com Plutão, uma influência que aumenta o anseio

por mudanças e para realizar novos projetos.

O exercício de adaptação aos costumes de lugares e de pessoas será mais intenso. Algo que

ajudará a lidar melhor certas convivências.

O momento é de moderação com questões financeiras e assuntos materiais ainda que

o período seja de gastos. Valorize pesquisas.

A área profissional despertará desejo para maior autonomia. Em relacionamentos,

projetos de longo prazo despertarão conversas.

O trabalho é propenso a mudanças e alguns desgastes em função de novos objetivos. 

Nas relações, paciência com diferenças de valores.

A relação com familiares terá momentos de ajustes e de decisões. O esclarecimento de

antigos sentimentos deve marcar a vida afetiva.

Mudanças e novas prioridades tendem a marcar os assuntos materiais. Procure evitar

posturas consumistas e reorganize suas despesas.

Com Urano - que rege seu signo – em aspecto tenso com Plutão, decisões importantes que

refletirão em transformações estão propensas.

Tendências para mudar de atitude em grupos que tenha mais vínculo. Na vida amorosa,

conversas com seu par serão essenciais.

Momento para mais intensidade afetiva, mas com atenção para se desprender de antigos

ressentimentos e receios em paqueras ou na relação.

Seja paciente com padrões que tem vontade de mudar e radicalizar. Na vida afetiva,

terá chances para esclarecer assuntos pendentes.

Urano reforça um aspecto tenso com seu regente Plutão, influência que traz uma 

disposição para se libertar de costumes e por inovações.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

COMEÇOU O MERRECA CHRISTMAS!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar!

PENSAMENTO DO DIA! Jesus nasce e você ganha presente. Jesus morre e você ganha chocolate. Tem como não gostar desse cara?

SHOPPINGS LOTADOS! Quem frequenta os shoppings não é consumista, é masoquista! E a minha mulher? A minha mulher só atinge o orgasmo fazendo 69... 69 COMPRAS NO SHOPPING!O único lugar em que a minha mulher fica excitada é no provador da Daslu. A minha mulher só fica excitada com o Luis. Luis Vuitton! Hahahaha!E olha que programa de índio: meu primo vai casar em dezembro. Até que faz sentido! Casamento é um Cristo a mais e uma Virgem a menos! Casamento é assim: você casa com uma boneca Barbie e depois descobre que ela é filha do boneco Chuck.

E NÃO ADIANTA PEDIR DIVÓRCIO! Você pede o divórcio e divide tudo. Um lado da casa fica com a mulher e um lado da casa fica com você. Ela fica com o lado de dentro e você fica com o lado de fora!

E ATENÇÃO! COMEÇOU O MERRECA CHRISTMAS! Nos EUA se diz ‘Merry Christmas’, mas no Brasil é Merreca Christmas. NATAL MERRECA: não tem neve e ninguém tem dinheiro!Por falar nisso, descobri a verdadeira vocação do meu so-gro: PAPAI NOEL. Meu sogro daria um ótimo Papai Noel, afinal é velho, barrigudo e só anda com veados. O úni-co problema é que ele tem bafo de pinga. Vai assustar as crianças!Ele é velho, barrigudo, barbudo, tem bafo de pinga...Vai acabar virando presidente da República! Hahahaha!E como disse um cara: “Se Jesus tivesse nascido em 2014, ganharia 3 presentes dos Reis Magos: um iPad, um iPhone e um iPod.” E a Virgem Maria ia fazer um selfie e postar no Instagram. E se Jesus tivesse nas-cido no Brasil? A Virgem ia ganhar Bolsa Família. E quem seria o presidente da Petrobras? O Barrabás. E o diretor: o Satanás!

PRA TERMINAR! Sabe qual é a semelhança entre o animal castrado e o lateral do Palmeiras? Ambos não cruzam!

Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos!  Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

3ESPORTE

Será?

CapetinhaAfastado do futebol

profissional desde 2010, quando defendeu o Bahia,

o atacante Edilson, 44, pode voltar aos gramados. Ele negocia contrato com o Guaratinguetá, time que

disputará a Série A2 do Paulistão e a 3a divisão do

Campeonato Brasileiro.

Gabriel Medina terá de espe-rar mais um pouco para dis-putar a terceira fase da etapa de Pipeline, no Havaí, do WCT – e tentar seu primeiro título no circuito mundial de surfe. O reinicio do estágio que po-de lhe valer um inédito título mundial foi adiado mais uma vez ontem pela Associação dos Surfistas Profissionais.

O domingo em Pipeli-ne começou com chuva e o vento, sem ondas favorá-veis à prática do surfe. As-sim, a organização não teve condições climáticas favorá-veis para dar início às bate-rias pela manhã, como es-tava previsto. A chamada foi remarcada para o perío-

do da tarde, mas a situação não melhorou e a bateria foi adiada para hoje, às 7h30 lo-cais (15h30 de Brasília).

“A situação estava ruim, temos vento e chuva, é um pouco desapontador. Vamos esperar que as situações me-lhorem. Vamos esperar com os dedos cruzados”, afirmou Kieren Perrow, comissário da associação.

A terceira fase já deveria ter sido realizada no sábado, mas como o mar estava vio-lento e com ondas passando dos seis metros, os organiza-dores também adiaram. O prazo o para o término da eta-pa de Pipeline é o próximo sá-bado. METRO

Adiou. Bateria que pode determinar título inédito de Gabriel Medina é adiada para hoje

Medina pode ser campeão hoje | ADRIANO VIZONI/FOLHAPRESS

À espera da onda perfeita

• Se for 2o. Fica com o título independentemente dos resultados dos rivais

• Se cair na semifinal. Só perde o titulo se Mick Fanning vencer a etapa

• Se cair nas quartas. Só perde se Fanning vencer

• Se cair nas oitavas. Perde se Fanning chegar à final

• Se terminar entre 13o e 25o. Perde se Fanning chegar à final. Se o rival ficar em 5o, haverá uma bateria decisiva. Agora, se Fanning ficar abaixo de 5o, Kelly Slater leva o título se vencer a bateria

As contas de Medina

Copa de Clubes

Real Madrid já está no Marrocos para a disputa

Favorito ao título, o Real Madrid já está no Marro-cos para a disputa da Co-pa do Mundo de Clubes da Fifa. Pela programação ini-cial, o Real ficaria em Ra-bat para enfrentar o Cruz Azul na semifinal, ama-nhã, às 17h30 (Brasília). Porém, as fortes chuvas na cidade deixaram o grama-do em péssimas condições e a Fifa resolveu transferir a partida para Marrakesh.

A outra semifinal, en-tre San Lorenzo (ARG) e Auckland City (NZD), acontece na quarta-fei-ra, no mesmo horário.

METRO

Atletas postam foto antes do embarque

REPRODUÇÃO

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Marta comemora, ao centro, com seleção. Jogadora foi o nome do jogo. | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

1Chocolate chinês.

Mais cedo, a China deu um verdadeiro baile so-bre a Argentina: venceu por 6 a 0. As hermanas já haviam perdido de 4 para o Brasil.

2Torcida bonita.

Não chegou a ser um pú-blico expressivo, mas a torcida verde e ama-relo compareceu em maior quantidade ao es-tádio, vibrando mui-to com a incrível vitória brasileira.

3Goleira perde a pose.

Hope Solo, musa da sele-ção americana, não teve um dia muito bom. Ela, que evita o assédio da imprensa, ficou irada ao fim do jogo, após levar três gols de Marta. O ter-ceiro, bem feio para ela.

METRO

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FOTOS: ANDRESSA ANHOLETEImagens

O embate entre a Seleção Brasileira feminina de fute-bol -- de Marta -- e as atuais líderes do ranking mun-dial prometia ser o melhor do Torneio Internacional e cumpriu as expectativas dos torcedores que comparece-ram ao Mané Garrincha. Não foi apenas um duelo de tirar o fôlego, foi um show espe-tacular de uma das finalistas ao prêmio Bola de Ouro, da Fifa: com três jogadas indivi-duais simplesmente brilhan-tes, Marta mostrou que ain-da tem fôlego para levar seu sexto título de melhor do

mundo e foi a principal al-goz da poderosa seleção dos Estados Unidos.

O Brasil, no começo do jo-go, demonstrou nervosismo e, com menos de dez minu-tos, deixou o placar ser de 2 a 0 para as americanas. Elas marcaram primeiro com Carli, depois com Rapinoe, em falha da goleira Luciana.

Se Luciana ainda encon-traria motivos para se redi-mir -- com defesas incríveis, uma delas no último minuto -- o mesmo não se pode dizer da goleira musa Hope Solo, dos EUA. Ela não só foi inca-

paz de parar os chutes cruza-dos venenosos de Marta, co-mo levou um super frango no terceiro gol.

1,2,3...Com raiva dos erros bobos cometidos pela seleção,

Marta conseguiu diminuir para 2 a 1 ainda no primei-ro tempo, com uma bomba de fora da área. No segundo, ela demonstrou toda sua ca-tegoria, deixando uma filei-ra de jogadoras americanas a ver navios enquanto arris-cava quase da lateral da pe-quena área.

No gol da virada, as mãos de Solo escorregaram e não alcançaram o torpedo man-dado de fora da área.

“Eu tinha fôlego. O jogo estava bom para gente, eu não queria ficar fora des-ses”, brincou a camisa 10.

“Quero parabenizar o gru-po inteiro que lutou até o fim. Jogar contra os Estados Unidos é essa emoção e é jo-go assim que gostamos de jogar.”

Com o resultado, o Bra-sil já assegura de forma an-tecipada sua presença na fi-nal do torneio, no próximo domingo, às 18h45. O time espera definição do adversá-rio, que sairá na quarta.

Futebol feminino. Em aguardada partida contra a equipe dos Estados Unidos pelo Torneio Internacional, Marta brilha como nunca e mostra que ainda pode ser melhor do mundo. Seleção Brasileira acaba com a vitória por 3 a 2

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Embaixadora prestigia jovens talentos

Embaixadora se encontrou com jovens jogadoras |ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Enquanto o clima dentro de campo era de rivalida-de, em um dos camarotes do estádio a embaixadora dos Estados Unidos no Bra-sil, Liliana Ayalde, assis-tia à partida com um gru-po de 30 jovens jogadoras brasileiras: eram as alu-nas do Capital Feminino, escolinha de futebol femi-nino no DF. As meninas, sonhando um dia em jo-gar profissionalmente, sa-bem que o país de Lilia-na entende muito mais da modalidade.

O segredo do sucesso da seleção americana, con-forme explicou a embaixa-dora, é a forma como o es-porte é trabalhado desde

cedo por lá. “Eles têm fei-to muito nas escolas, para apoiar e isso ajuda na dis-ciplina das crianças”, afir-mou Liliana.

Presidente do Capital, que surgiu há cerca de dois anos, a ex-jogadora Camila Veríssimo foi convidada pe-la Embaixada dos Estados Unidos a fazer, juntamente com 13 outras brasileiras, um curso de cinco sema-nas no país para conhecer melhor a gestão do esporte. Voltou maravilhada.

“A cultura esportiva de-les é muito forte. Se esse torneio fosse nos Estados Unidos, não tenho dúvi-das de que o estádio estaria muito mais movimentado”,

argumentou a jovem.

FocoÉ a primeira vez que a sele-ção americana visita o Brasil desde 1997 e a embaixadora faz questão de cumprimen-tar pessoalmente as jogado-ras após os jogos. Sempre muito focadas, restringindo inclusive o contato com a imprensa, as atletas ameri-canas não estão no país pa-ra brincadeira.

“Elas até tinham planos de sair e conhecer a cidade, mas está chovendo muito, inclusive tiveram que adiar um passeio no lago”, expli-ca a embaixadora. “Mas es-tão mesmo é concentradas em ganhar.” METRO

“Eu tinha fôlego. O jogo estava bom para gente, eu não queria ficar fora dessa.”

MARTA, AUTORA DOS 3 GOLS DO BRASIL

FABIANEGUIMARÃES METRO BRASILIA