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 17 Geograa - 1 a  série - Volume 4 O que pode ser observado?  Deve-se estimular os alunos a se concentrarem na lógica que relaciona as formações vegetais e o relevo, neste caso, a alti- tude. Para tanto, é preciso se familiarizar com os tipos de formação vegetal. Aqui convém deixar em suspenso as interpretações para antes oferecer ferramentas novas para esse trabalho. Na Figura 1 aparecem os nomes de três formações vegetais: estepe, savana e oresta. Como se classicam as formações vegetais?  Para responder a esta pergunta, peça aos alunos que observem e analisem o quadro (Figura 2) para ajudar na organização do olhar sobre as massas vegetacionais. Figura 1 – Variaç ão vegetacional segundo altitudes (“segundo andares”). Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Tipos de formação vegetal Estratos Características Estratos constituintes Formações vegetais Arbóreo Árvores, plantas com tronco. Variam de 2,3 metros a 80 metros. Dominante: arbóreo. Secundários: arbustivo e herbáceo. Floresta Arbustivo Arbustos, plantas sem troncos, com galhos e de pequena altura. Dominante: arbustivo. Secundários: arbóreo e herbáceo. Savana (*) Herbáceo Ervas, plantas sem tronco e sem galhos. Vegetação rasteira. Dominante: herbáceo. Secundário: arbust ivo. Pradaria (Estepe) Dominante exclusivo: herbáceo. Tundra (*)  As savanas podem, em algumas situações (margens de rios, por exemplo), não ter nenhum estrato claramente dominante. Figura 2 – Tipos de formação vegetal. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Para acompanhar o aproveitamento con- ceitual dos alunos, apresente algumas ques- tões sobre o quadro da Figura 2. E aqui um comentário: o olho treinado é uma soma: visão natural + pensamento (critérios teóricos, por exemplo). Eis uma questão fundamental justa- mente sobre a chave do quadro: Variação vegetacional segundo altitudes (ou “andares”) 5 000 m  Glaciares Glaciares 4 000 m  Glaciares Rochas nuas 3 000 m  Rochas nuas Estepe 2 000 m  Estepes esparsas Árvores esparsas 1 000 m Floresta conífera Savana 0 m  Floresta temperada Floresta densa  Re gi ão de cl ima te mp er ad o Re gi ão de cl ima tr op ic al GEO 1s VOL4 CP.indd 17 4/8/2010 19:38:47

2009 Volume 4 Cadernodoprofessor Geografia Ensinomedio 1aserie Errata - Pags. 17,33

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Geografa - 1a série - Volume 4

O que pode ser observado? Deve-se estimular os

alunos a se concentrarem na lógica que relacionaas formações vegetais e o relevo, neste caso, a alti-

tude. Para tanto, é preciso se familiarizar com os

tipos de formação vegetal. Aqui convém deixar

em suspenso as interpretações para antes oferecer

ferramentas novas para esse trabalho.

Na Figura 1 aparecem os nomes de três

formações vegetais: estepe, savana e oresta.Como se classicam as formações vegetais? Para

responder a esta pergunta, peça aos alunos que

observem e analisem o quadro (Figura 2)

para ajudar na organização do olhar sobre

as massas vegetacionais.

Figura 1 – Variação vegetacional segundo altitudes (“segundo andares”). Fonte: Elaborado especialmente para oSão Paulo faz escola.

Tipos de formação vegetal

Estratos Características Estratos constituintes Formações vegetais

ArbóreoÁrvores, plantas comtronco. Variam de 2,3metros a 80 metros.

Dominante: arbóreo.Secundários: arbustivo eherbáceo.

Floresta

Arbustivo

Arbustos, plantas semtroncos, com galhos ede pequena altura.

Dominante: arbustivo.Secundários: arbóreo eherbáceo.

Savana(*)

Herbáceo

Ervas, plantas semtronco e sem galhos.Vegetação rasteira.

Dominante: herbáceo.Secundário: arbustivo.

Pradaria

(Estepe)

Dominante exclusivo: herbáceo. Tundra

(*) As savanas podem, em algumas situações (margens de rios, por exemplo), não ter nenhum estrato claramente dominante.

Figura 2 – Tipos de formação vegetal. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Para acompanhar o aproveitamento con-

ceitual dos alunos, apresente algumas ques-

tões sobre o quadro da Figura 2. E aqui um

comentário: o olho treinado é uma soma: visão

natural + pensamento (critérios teóricos, por

exemplo). Eis uma questão fundamental justa-

mente sobre a chave do quadro:

Variação vegetacional segundo altitudes (ou “andares”)

5 000 m Glaciares Glaciares

4 000 m Glaciares Rochas nuas

3 000 m Rochas nuas Estepe

2 000 m Estepes esparsas Árvores esparsas

1 000 m Floresta conífera Savana

0 m Floresta temperada Floresta densa

Região de clima temperado Região de clima tropical

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Geografa - 1a série - Volume 4

há séculos na distribuição de árvores frutífe-

ras ao longo das muitas trilhas de caça. Feita

essa breve descrição, proponha aos alunos aquestão do alcance geográco das ações desse

agrupamento. Qual é a escala geográca dessas

ações humanas?

Exemplo 2: quando uma sociedade mo-

derna e desenvolvida atua sobre a superfície

de seu território, as transformações são bem

mais amplas e integradas do que as exerci-

das pelo grupo indígena em seu próprio ter-

ritório, mesmo que esse grupo seja nômadee atue sobre vários locais. O grau de modi-

cação da superfície natural é incomparável.

Numa sociedade moderna, a população se

multiplica e se concentra em cidades que

têm um volume impressionante de obras e

edicações.

A questão sobre a escala geográca das

ações dessas sociedades pode ser proposta

nos seguintes termos: Até onde são sentidas

as ações desses agrupamentos? Elas cam

restritas apenas a seu território ou o ultra-

 passam, chegando mesmo à escala global?

A princípio, analise a reação dos alunos so-

bre as diferenças escalares entre as ações dos dois

grupos humanos. É provável que eles percebam

as diferenças, pois os exemplos são contrastan-

tes. Mais uma vez, peça-lhes que registrem suas

ideias sobre as ações humanas, destacando a es-cala e as transformações no espaço. Um recurso

para organizar essas constatações é propor aos

alunos um quadro sintético.

Peça à classe que, em grupos, preencha os

espaços em branco do quadro:

Comparando a escala geográca das ações humanas

Agrupamentos humanos Escala Transformações no espaço

Grupo indígena Local e regional (reduzido) Moderadas

Sociedade moderna Local, regional e global Intensas

Para concluir esse segmento de construção

do raciocínio sobre escalas dos fenômenos geo-

grácos, exponha o seguinte comentário:

As ações da sociedade estadunidense e dasinstituições e empresas que ela cria ultrapas-

sam os limites de seu território e chegam até

o Brasil. Embora a erupção de um vulcão no

Equador não nos afete aqui no Brasil, não

 podemos dizer o mesmo quanto à política co-

mercial de uma grande empresa norte-ame-

ricana de roupa esportiva ou alimentação

fast-food. As forças mobilizadas nos EUA

muitas vezes conseguem atingir a escala glo-

bal. Será que elas chegam também à China eao Japão?

O trabalho sobre a discussão das escalas

dos fenômenos geográcos é essencial para

construir um raciocínio espacial.

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