CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A

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    6aSRIE 7oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

    Volume 2

    MATEMTICA

    CADERNO DO PROFESSOR

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    Nova edio

    2014-2017

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    SECRETARIA DA EDUCAO

    So Paulo

    MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO

    CADERNO DO PROFESSOR

    MATEMTICA

    ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS6aSRIE/7oANO

    VOLUME 2

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    Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-GovernadorGuilherme Afif Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretria-Adjunta

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao eAperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto daEducao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto deRecursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao,Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura eServios Escolares

    Dione Whitehurst Di Pietro

    Coordenadora de Oramento eFinanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para oDesenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

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    Senhoras e senhores docentes,

    A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-

    radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises quepermitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula

    de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

    os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-

    dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao

    Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste

    programa, seus maiores esforos ao intensicar aes de avaliao e monitoramento da utilizao

    dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Cadernonas aes

    de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, rma seu dever com a busca

    por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo usodo material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

    Enm, o Caderno do Professor,criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-

    taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Ocial do Estado de So

    Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades

    ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,

    dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade

    da sua escola e de seus alunos. O Cadernotem a proposio de apoi-los no planejamento de suas

    aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam

    a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-

    o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a

    diversicao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.

    Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu

    trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar

    e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.

    Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.

    Bom trabalho!

    Herman Voorwald

    Secretrio da Educao do Estado de So Paulo

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    Os materiais de apoio implementaodo Currculo do Estado de So Paulo

    so oferecidos a gestores, professores e alunos

    da rede estadual de ensino desde 2008, quando

    foram originalmente editados os Cadernos

    do Professor. Desde ento, novos materiais

    foram publicados, entre os quais os Cadernos

    do Aluno, elaborados pela primeira vez

    em 2009.

    Na nova edio 2014-2017, os Cadernos do

    Professor e do Aluno foram reestruturados para

    atender s sugestes e demandas dos professo-

    res da rede estadual de ensino paulista, de modo

    a ampliar as conexes entre as orientaes ofe-

    recidas aos docentes e o conjunto de atividades

    propostas aos estudantes. Agora organizados

    em dois volumes semestrais para cada srie/

    ano do Ensino Fundamental Anos Finais e

    srie do Ensino Mdio, esses materiais foram re-

    vistos de modo a ampliar a autonomia docente

    no planejamento do trabalho com os contedos

    e habilidades propostos no Currculo Ocial

    de So Paulo e contribuir ainda mais com as

    aes em sala de aula, oferecendo novas orien-

    taes para o desenvolvimento das Situaes de

    Aprendizagem.

    Para tanto, as diversas equipes curricula-

    res da Coordenadoria de Gesto da Educao

    Bsica (CGEB) da Secretaria da Educao do

    Estado de So Paulo reorganizaram os Cader-

    nos do Professor, tendo em vista as seguintes

    nalidades:

    incorporar todas as atividades presentesnos Cadernos do Aluno, considerando

    tambm os textos e imagens, sempre que

    possvel na mesma ordem;

    orientar possibilidades de extrapolao

    dos contedos oferecidos nos Cadernos do

    Aluno, inclusive com sugesto de novas ati-

    vidades;

    apresentar as respostas ou expectativas

    de aprendizagem para cada atividade pre-sente nos Cadernos do Aluno gabarito

    que, nas demais edies, esteve disponvel

    somente na internet.

    Esse processo de compatibilizao buscou

    respeitar as caractersticas e especicidades de

    cada disciplina, a m de preservar a identidade

    de cada rea do saber e o movimento metodo-

    lgico proposto. Assim, alm de reproduzir as

    atividades conforme aparecem nos Cadernos

    do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-

    crever a atividade e apresentar orientaes mais

    detalhadas para sua aplicao, como tambm in-

    cluir o cone ou o nome da seo no Caderno do

    Professor (uma estratgia editorial para facilitar

    a identicao da orientao de cada atividade).

    A incorporao das respostas tambm res-

    peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,

    elas podem tanto ser apresentadas diretamente

    aps as atividades reproduzidas nos Cadernos

    do Professor quanto ao nal dos Cadernos, no

    Gabarito. Quando includas junto das ativida-

    des, elas aparecem destacadas.

    ANOVA EDIO

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    Leitura e anlise

    Lio de casa

    Pesquisa em grupo

    Pesquisa decampo

    Aprendendo aaprender

    Roteiro deexperimentao

    Pesquisa individual

    Apreciao

    Voc aprendeu?

    O que pensosobre arte?

    Ao expressiva

    !?

    Situated learning

    Homework

    Learn to learn

    Alm dessas alteraes, os Cadernos doProfessor e do Aluno tambm foram anali-

    sados pelas equipes curriculares da CGEB

    com o objetivo de atualizar dados, exemplos,

    situaes e imagens em todas as disciplinas,

    possibilitando que os contedos do Currculocontinuem a ser abordados de maneira prxi-

    ma ao cotidiano dos alunos e s necessidades

    de aprendizagem colocadas pelo mundo con-

    temporneo.

    Para saber mais

    Para comeo deconversa

    Sees e cones

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    SUMRIO

    Orientao geral sobre os Cadernos 7

    Situaes de Aprendizagem 12

    Situao de Aprendizagem 1 A noo de proporcionalidade 12

    Situao de Aprendizagem 2 Razo e proporo 22

    Situao de Aprendizagem 3 Razes na Geometria 36

    Situao de Aprendizagem 4 Grco de setores e proporcionalidade 50

    Situao de Aprendizagem 5 Investigando sequncias por Aritmtica e lgebra 57

    Situao de Aprendizagem 6 Equaes e frmulas 68

    Situao de Aprendizagem 7 Equaes, perguntas e balanas 79

    Situao de Aprendizagem 8 Proporcionalidade e equaes 92

    Orientaes para Recuperao 101

    Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno paraa compreenso do tema 102

    Consideraes Finais 104

    Quadro de contedos do Ensino Fundamental Anos Finais 105

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

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    ORIENTAO GERAL SOBRE OS CADERNOSOs temas escolhidos para compor o con-

    tedo disciplinar de cada volume no se afas-

    tam, de maneira geral, do que usualmente

    ensinado nas escolas ou do que apresentado

    pelos livros didticos. As inovaes pretendi-

    das referem-se forma de abordagem desses

    temas, sugerida ao longo dos dois volumes.

    Nessa abordagem, busca-se evidenciar os

    princpios norteadores do presente currculo,

    destacando-se a contextualizao dos con-tedos, as competncias pessoais envolvidas,

    principalmente as relacionadas leitura e

    escrita matemtica, bem como os elementos

    culturais internos e externos Matemtica.

    Em todos os volumes, os contedos esto

    organizados em 16 unidades de extenses apro-

    ximadamente iguais. De acordo com o nmero

    de aulas disponveis por semana, o professor

    poder explorar cada assunto com mais ou me-

    nos aprofundamento, ou seja, poder escolher

    uma escala adequada para tratar do assunto.

    Em cada situao especca, ca a critrio do

    professor determinar o tempo necessrio, por

    exemplo, para trabalhar cada assunto. O tema

    correspondente a uma das unidades pode ser

    estendido para mais de uma semana, ao passo

    que o de outra pode ser tratado de modo mais

    simplicado. Independente disso, o ideal que

    voc tente contemplar todas as 16 unidades, ten-

    do em vista que, juntas, elas compem um pa-

    norama do contedo de cada volume e, muitas

    vezes, uma das unidades contribui para a com-

    preenso das outras. Insistimos, no entanto, no

    fato de que somente o professor, em sua circuns-tncia particular e levando em considerao seu

    interesse e o de seus alunos pelos temas apresen-

    tados, pode determinar adequadamente quanto

    tempo dedicar a cada uma das unidades.

    Ao longo dos volumes, so apresentadas,

    alm de uma viso panormica de seu con-

    tedo, oito Situaes de Aprendizagem, que

    pretendem ilustrar a forma de abordagem su-gerida, instrumentando o professor para sua

    ao em sala de aula.

    As Situaes de Aprendizagem so inde-

    pendentes e podem ser exploradas pelo pro-

    fessor com maior ou menor aprofundamento,

    segundo seu interesse e de sua classe. Natural-

    mente, em razo das limitaes de espao dos

    Cadernos, nem todas as unidades foram con-

    templadas com Situaes de Aprendizagem,

    mas a expectativa de que a forma de aborda-

    gem seja explicitada nas atividades oferecidas.

    Tambm so apresentados, sempre que

    possvel, materiais, como textos, softwares,

    sites, vdeos, entre outros, em sintonia com a

    abordagem proposta, que o professor poder

    utilizar para o enriquecimento de suas aulas.

    Compem o Caderno, ainda, algumas con-

    sideraes sobre a avaliao a ser realizada,

    bem como o contedo considerado indispen-

    svel ao desenvolvimento das competncias

    enunciadas neste volume.

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    Contedos bsicos do volume

    As oito primeiras unidades deste volume

    abordam os seguintes temas: proporcionali-dade, conceito de razo, porcentagem como

    razo, probabilidade como razo, razes

    constantes na Geometria, representao de

    porcentagens em grcos de setores, entre ou-

    tros. As oito unidades restantes, por sua vez,

    trabalham o uso de letras na Matemtica para

    resoluo de equaes de 1ograu.

    A variao das grandezas do mundo fsi-co geralmente envolve algum tipo de propor-

    cionalidade. Dessa forma, a noo de pro-

    porcionalidade de extrema importncia

    para fundamentar o estudo de outras dis-

    ciplinas, como Geograa, Fsica, Biologia,

    entre outras.

    Muitas situaes cotidianas requerem a ca-

    pacidade de resolver e identicar problemas de

    proporcionalidade. A interpretao da esca-

    la de um mapa ou da planta de uma casa, a

    adaptao de uma receita culinria para mais

    pessoas ou a comparao de preos de produto

    em quantidades diferentes so alguns exemplos

    que ilustram o uso da noo de proporcionali-

    dade no dia a dia.

    A proporcionalidade constitui um dos

    temas centrais estudados na 6asrie/7oano.

    Nessa etapa da escolaridade, o aluno j pos-

    sui os conhecimentos bsicos que lhe permi-

    tem resolver muitos problemas de proporcio-

    nalidade, pois ele certamente j lidou com

    proporcionalidade de maneira informal, em

    atividades de ampliao e reduo de guras,

    em atividades envolvendo escalas de mapas

    ou no estudo de fraes equivalentes. Mas

    este o momento em que a noo de varia-o direta ou inversamente proporcional

    apresentada e aprofundada, permitindo que

    o aluno identique e diferencie as situaes

    em que a proporcionalidade aparece.

    Tradicionalmente, o ensino da proporcionali-

    dade era feito de forma pragmtica, privilegiando

    o uso da regra de trs e a formalizao algbrica

    das relaes de proporcionalidade. Partia-se dadenio de razo e chegava-se ao conceito de

    proporo como uma igualdade entre duas ra-

    zes. O carter algbrico e formalista desse tipo

    de abordagem acabava por afastar o aluno do

    real entendimento da ideia de proporcionalidade

    e cristalizava o uso indiscriminado da regra de

    trs na resoluo de qualquer problema. Esse

    fato geralmente apontado pelos professores do

    Ensino Mdio ao proporem problemas que en-

    volvem variaes exponenciais ou quadrticas,

    nos quais no possvel usar a regra de trs.

    No presente Caderno, propomos uma

    abordagem que prioriza a construo da

    noo de proporcionalidade pelo aluno, in-

    centivando sua capacidade de interpretar

    problemas e de identicar o tipo de propor-

    cionalidade envolvida. No caso da 6a srie/

    7o ano, esse tema pode aparecer sem uma

    preocupao formal com o uso da represen-

    tao simblica ou da regra de trs. Esses

    procedimentos podem ser introduzidos mais

    adiante, no contexto das fraes algbricas

    e da resoluo de equaes.

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

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    As quatro primeiras Situaes de Apren-

    dizagem desenvolvidas neste Caderno percor-

    rem as oito unidades apresentadas de forma

    direta ou indireta. Na Situao de Aprendiza-gem 1, propomos uma sequncia de situaes-

    -problema envolvendo o reconhecimento da

    existncia de proporcionalidade. A constru-

    o da noo de proporcionalidade envolve

    tambm a capacidade de identicar situaes

    em que ela no est presente. Sugerimos uma

    metodologia alternativa para a resoluo dos

    clssicos problemas que envolvem a variao

    diretamente ou inversamente proporcionalentre duas ou mais grandezas. Em vez de usar

    a frmula da regra de trs composta, o aluno

    convidado a desenvolver uma sequncia de

    transformaes proporcionais inspirado por

    um jogo de palavras chamado duplex, cria-

    do por Lewis Carroll, autor de Alice no pas

    das maravilhas.

    Na Situao de Aprendizagem 2, passa-

    mos a tratar diretamente do conceito de razo,

    construdo a partir das situaes-problema que

    envolvem proporcionalidade direta. Apresenta-

    mos, tambm, situaes-problema envolvendo

    diferentes tipos de razo, como a porcentagem, a

    escala em mapas e desenhos, a velocidade ou ra-

    pidez, a densidade etc. Inclumos ainda a proba-

    bilidade como uma razo, que expressa a chance

    de ocorrncia de um evento em determinado es-

    pao amostral, como no lanamento de moedas,

    dados etc. Para nalizar a sequncia, propomos

    uma atividade prtica envolvendo as razes pre-

    sentes no corpo humano a partir do desenho de

    Leonardo da Vinci, chamado Homem vitruvia-

    no. Com base nesse desenho, os alunos pode-

    ro observar e explorar o conceito de razo por

    meio de medidas e comparaes.

    Na Situao de Aprendizagem 3, procura-mos explorar a ideia de proporcionalidade nas

    formas planas geomtricas. Inicialmente, apre-

    sentamos uma situao que envolve a amplia-

    o de uma gura, com o objetivo de construir

    a noo de proporcionalidade geomtrica. Em

    seguida, analisamos os principais casos envol-

    vendo a determinao da razo de proporcio-

    nalidade entre as partes de uma gura geom-

    trica, como a razo entre a diagonal e o ladodo quadrado ou a razo entre o comprimento

    da circunferncia e seu dimetro, chamada de

    pi (). A opo por incluir essas duas ra-

    zes, que normalmente aparecem somente na

    8a srie/9o ano ou no Ensino Mdio, deve-se

    ao fato de que ambas constituem um exemplo

    bastante ilustrativo da existncia de proporcio-

    nalidade em guras geomtricas simples. Apre-

    sent-las agora aos alunos, sem a preocupao

    de formalizar o conjunto dos nmeros irracio-

    nais, contribui bastante para a compreenso da

    proporcionalidade na Geometria.

    Na Situao de Aprendizagem 4, articula-

    mos, de maneira bastante pertinente, dois blo-

    cos temticos do currculo de Matemtica: o

    eixo denominado grandezas e medidas e o eixo

    tratamento da informao. A elaborao e a in-

    terpretao de grcos de setores envolvem tan-

    to a noo de proporcionalidade e a compreen-

    so da razo parte/todo como a capacidade de

    representar informaes por meio de tabelas e

    grcos. Propomos, inicialmente, algumas ativi-

    dades que exploram a proporcionalidade na cir-

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    cunferncia (entre ngulos e arcos). Em seguida,

    passamos s situaes-problema, envolvendo

    desde a interpretao e a leitura de grcos de

    setores at a construo desses grcos a partirde tabelas com dados estatsticos.

    As quatro Situaes de Aprendizagem -

    nais desenvolvidas neste Caderno tm como

    objetivo principal apresentar e discutir algu-

    mas estratgias de ensino para a introduo

    do uso de letras na Matemtica e para a reso-

    luo de equaes de 1ograu

    Na Situao de Aprendizagem 5, o foco

    das atividades o reconhecimento de padres

    em guras e em sequncias numricas. Um dos

    objetivos da lgebra justamente a represen-

    tao de regularidades por meio da linguagem

    simblica da Matemtica. Apresentamos uma

    srie de atividades que envolvem a descoberta

    de padres e regularidades, bem como a poste-

    rior representao destas na forma algbrica.

    A Situao de Aprendizagem 6 explora a re-

    lao entre frmulas e equaes. Entendemos

    que o trabalho com frmulas uma estratgia

    valiosa para trabalhar com equaes sem a

    preocupao explcita de resolv-las. A fr-

    mula possui um contexto que lhe inerente e

    que favorece a compreenso e a aprendizagem

    do aluno. Nessa Situao de Aprendizagem, o

    objetivo principal fazer que o aluno realize

    operaes com expresses algbricas sem se

    preocupar com tcnicas e mtodos de resolu-

    o. Para isso, so apresentados alguns exem-

    plos de frmulas de diversas reas do conheci-

    mento, como Economia, Fsica, Sade etc.

    Na Situao de Aprendizagem 7, o foco do

    trabalho a resoluo de equaes, e aqui ex-

    ploramos duas linhas principais. A primeira

    envolve um tipo de resoluo mais imediato, aoenxergar uma equao como uma pergunta do

    tipo: qual o nmero que satisfaz determinadas

    operaes aritmticas? Por meio de um racioc-

    nio aritmtico, o aluno capaz de resolver deter-

    minado tipo de equao usando apenas opera-

    es inversas. A segunda linha de resoluo est

    relacionada ideia de equivalncia. Faremos

    uso da analogia com a imagem do equilbrio de

    uma balana, a m de facilitar a compreensodos alunos com relao a certos procedimentos,

    como somar ou subtrair um mesmo termo em

    ambos os lados de uma equao. Nesse caso,

    discutiremos as vantagens e os limites do uso

    dessa imagem para ajudar na compreenso dos

    processos de resoluo de equaes.

    Por m, na Situao de Aprendizagem 8,

    retomaremos algumas das noes de propor-

    cionalidade trabalhadas anteriormente para

    introduzir a regra de trs. No incio deste Ca-

    derno, a abordagem dessas noes priorizou a

    anlise de tabelas e o conceito de razo. Ago-

    ra, dentro do contexto do estudo das equa-

    es, podemos introduzir o procedimento da

    regra de trs como forma de resoluo de pro-

    blemas envolvendo proporcionalidade.

    Consideramos que essas quatro ltimas Si-

    tuaes de Aprendizagem compem um pano-

    rama de estratgias bastante amplo e diversi-

    cado, o qual deve ser utilizado para introduzir

    o uso de letras na Matemtica. preciso ter

    em mente que esse processo ter continuidade

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

    1

    Unidade 1 Explorando a noo de proporcionalidade.

    Unidade 2 Proporcionalidade direta e proporcionalidade inversa.

    Unidade 3 Problemas envolvendo variao diretamente ou inversamente proporcional.

    Unidade 4 A razo de proporcionalidade.

    Unidade 5 Principais tipos de razo.

    Unidade 6 A porcentagem como razo.

    Unidade 7 Razes na geometria.

    Unidade 8 Grco de setores e porcentagem.

    Unidade 9 O uso de letras na Matemtica identicao de padres e generalizao.

    Unidade 10 O uso de letras na Matemtica letras para representar nmeros ou grandezas.

    Unidade 11 Frmulas e equaes.Unidade 12 Incgnitas e variveis.

    Unidade 13 Resoluo de equaes.

    Unidade 14 Resoluo de equaes.

    Unidade 15 Proporcionalidade e equaes.

    Unidade 16 Regra de trs.

    ao longo das sries/anos seguintes e que, nes-

    se primeiro momento, procuramos valorizar a

    construo do signicado para o uso de letras

    e para a resoluo de equaes.

    Reiteramos que as Situaes de Aprendi-

    zagem apresentadas ao longo deste Caderno

    so sugestes de trabalho que podem inspirar

    a ao do professor em sala de aula. A adoo

    de uma ou outra situao deve depender no

    apenas do projeto de ensino do professor, mas

    tambm das caractersticas de cada turma. O

    professor pode e deve ampliar ou modicar asatividades propostas, desde que os objetivos

    mnimos de aprendizagem sejam alcanados.

    Gostaramos de ressaltar, por m, que as

    atividades propostas a seguir constituem um

    referencial para que o professor possa dire-

    cionar as atividades em sala de aula. Nessesentido, elas so atividades exemplares que

    tratam de alguma dimenso importante do

    tema estudado.

    Contamos com a leitura cuidadosa do que

    proposto e apresentado aqui e esperamos

    contribuir para uma aprendizagem efetiva dos

    alunos.

    As 16 unidades temticas que compem

    este Caderno esto relacionadas a seguir.

    Quadro geral de contedos do volume 2 da 6asrie/7oano do Ensino Fundamental

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 1A NOO DE PROPORCIONALIDADE

    O objetivo principal desta Situao de

    Aprendizagem ampliar as noes de variao

    direta e inversamente proporcionais entre gran-

    dezas, aprimorando no aluno a capacidade

    de resolver problemas e fazer previses em si-

    tuaes que envolvam proporcionalidade.

    bom lembrar que os alunos provavelmente j

    possuem um conhecimento intuitivo sobre

    proporcionalidade, derivado de experincia

    em situaes concretas da vida cotidiana. A

    partir da 6asrie/7oano, devemos capacitar o

    aluno a reconhecer o tipo de proporcionalida-

    de envolvida em diferentes situaes e a operar

    e relacionar os valores envolvidos.

    Inicialmente, so propostas atividades que

    envolvem o reconhecimento da proporciona-

    lidade. Elas tm por objetivo sondar o conhe-

    cimento prvio dos alunos sobre proporciona-

    lidade, cuja noo j vem sendo desenvolvida

    desde as sries/anos anteriores, como no estudo

    das fraes equivalentes ou dos mltiplos de um

    nmero natural. Entendemos que a noo de

    proporcionalidade envolve tambm a capaci-

    dade de identicar as situaes em que ela no

    est presente. Sugerimos que os alunos analisem

    determinadas situaes, a m de vericar se h

    ou no proporcionalidade.

    Outro aspecto a ser destacado que no

    basta duas grandezas variarem no mesmo sen-

    tido, ou seja, aumentarem simultaneamente,

    por exemplo, para que elas sejam diretamen-

    te proporcionais. preciso que, se uma delas

    dobrar de valor, a outra tambm dobre; se

    uma delas triplicar, a outra tambm triplique,

    e assim por diante. As situaes propostas na

    atividade 5 tm por objetivo caracterizar a

    SITUAES DE APRENDIZAGEM

    Contedos e temas:proporcionalidade; variao diretamente proporcional; variao inversa-

    mente proporcional; razo de proporcionalidade.

    Competncias e habilidades: identicar situaes em que existe proporcionalidade entre grandezas;

    usar a competncia leitora para interpretar problemas de proporcionalidade; resolver problemas

    que envolvem a variao diretamente e inversamente proporcional entre grandezas.

    Sugesto de estratgias:anlise e resoluo de situaes-problema; discusso coletiva sobre as

    solues obtidas pelos alunos em cada situao-problema; uso de jogo para facilitar a com-

    preenso da variao proporcional.

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    diferena entre as variaes diretamente pro-

    porcionais e as inversamente proporcionais.

    importante, tambm, que os alunos sai-bam que a proporcionalidade direta entre duas

    grandezas envolve sempre uma multiplicao

    por um fator constante, chamado de razo de

    proporcionalidade.

    No nal, propomos uma atividade ldica

    que favorecer ao aluno compreender, na pr-

    tica, as noes de proporcionalidade apresen-

    tadas nas atividades anteriores. Baseada numjogo denominado duplex, a atividade sugere

    uma estratgia bastante simples para a reso-

    luo de problemas envolvendo a variao de

    duas ou mais grandezas proporcionais (dire-

    tamente ou inversamente), sem o uso da regra

    de trs composta.

    Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 1

    Reconhecendo a proporcionalidade

    As atividades 1 e 2 tm como objetivo ava-

    liar a capacidade de reconhecimento das si-

    tuaes que envolvem proporcionalidade. Na

    atividade 1, o aluno deve analisar se as previ-

    ses feitas obedecem a algum tipo de propor-

    cionalidade ou no.

    1.Verique se as previses fei-tas so conveis e se h pro-

    porcionalidade entre as gran-

    dezas envolvidas. Justique sua resposta.

    a) Um pintor gastou 1 hora para pintar

    uma parede. Para pintar duas paredes

    iguais quela, ele levar 2 horas.

    A previso consistente, pois h proporcionalidade entre o

    nmero de paredes e o tempo gasto para pint-las.

    b) Um time marcou 2 gols nos primeiros

    15 minutos de jogo. Portanto, ao final

    do primeiro tempo (45 minutos), ele

    ter marcado 6 gols.

    Apesar de os nmeros do problema apresentarem propor-

    cionalidade, a situao no permite uma previso confivel,

    pois o rendimento de um time no constante ao longo de

    um jogo, existindo uma srie de outros fatores que influen-

    ciam o nmero de gols, como uma melhor marcao dos

    jogadores da defesa do time adversrio.

    c) Uma banheira contendo 100 litros

    de gua demorou, aproximadamente,

    5 minutos para ser esvaziada. Para es-

    vaziar uma banheira com 200 litros de

    gua sero necessrios, aproximada-

    mente, 10 minutos.

    A previso consistente, pois o tempo de vazo depende

    do volume de gua a ser escoado. (Supe-se, nesse caso,

    que a velocidade de vazo no varie significativamente,

    podendo ser considerada constante.)

    d) Em 1 hora de viagem, um trem com

    velocidade constante percorreu 60 km.

    Mantendo a mesma velocidade, aps

    3 horas ele ter percorrido 150 km.

    A previso est errada, pois, mantida a velocidade, o

    trem deveria percorrer 180 km. Nesse caso, a distn-

    cia percorrida diretamente proporcional ao tempo

    de viagem.

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    e)Um estacionamento cobra R$ 3,00

    por hora. Por um automvel que ficou

    estacionado 2 horas, foi cobrado do

    motorista o valor de R$ 6,00. Se eleficasse estacionado 6 horas, o valor

    cobrado seria de R$ 18,00.

    Nesse caso, a previso est correta, pois o valor a ser cobra-

    do proporcional ao nmero de horas que o carro ficaria

    estacionado.

    f) Em 20 minutos, uma pessoa gastou

    R$ 30,00 no supermercado. Se ela car

    40 minutos, gastar R$ 60,00.A previso no consistente, pois o valor gasto em um su-

    permercado no diretamente proporcional ao tempo de

    permanncia nele.

    g) Ao tomar um txi para ir da minha casa

    at a escola, o motorista passou por 4

    avenidas diferentes. O valor cobrado

    pela corrida foi de R$ 10,00. Na volta,

    ele passar somente por 2 avenidas, por-

    tanto, o valor cobrado ser de R$ 5,00.

    A previso est errada, uma vez que no existe relao direta

    entre o nmero de avenidas pelas quais o txi passa e o valor

    cobrado.

    As situaes anteriores ilustram algu-mas caractersticas da proporcionalidade.

    Primeiramente, deve haver algum grau dedependncia entre as grandezas envolvidas.Nos itens f e g, por exemplo, no h depen-dncia direta entre as grandezas envolvidas.Em segundo lugar, a variao entre as gran-dezas tem de ser a mesma. No item d, o cl-culo correto seria 180 km para o percursoaps 3 horas.

    2. Em cada um dos casos a seguir, verique

    se h ou no proporcionalidade direta en-

    tre as medidas das grandezas correspon-

    dentes. Justique sua resposta.

    a) A altura de uma pessoa diretamente

    proporcional sua idade?

    No. Quando a idade de uma pessoa dobra digamos, passa

    de 2 a 4 anos , no verdade que sua altura tambm dobra.

    Se houvesse proporcionalidade direta, imagine a altura de

    uma pessoa aos 40 anos.

    b)O valor pago para abastecer o tanquede gasolina de um carro diretamen-

    te proporcional quantidade de litros

    abastecidos?

    Sim. O valor pago para abastecer o tanque de gasolina de

    um carro depende da quantidade de litros abastecida. Se

    para abastecer com 10 litros gasta-se R$ 25,00, o valor para

    abastecer com o triplo de litros (30 litros) ser trs vezes

    maior (R$ 75,00).

    c) A massa de uma pessoa diretamente

    proporcional sua idade?

    A massa de uma pessoa no diretamente proporcional

    sua idade, pois no existe uma relao direta entre o au-

    mento da idade de uma pessoa com sua massa, portan-

    to, no se pode afirmar que, com o decorrer do tempo, a

    massa aumenta ou diminui.

    d) O permetro de um quadrado direta-

    mente proporcional medida de seu lado?

    Sim. O permetro de um quadrado igual a quatro vezes

    a medida de seu lado. Se o lado aumenta, o permetro au-

    menta proporcionalmente. O permetro de um quadrado

    diretamente proporcional medida de seu lado, sendo a

    constante de proporcionalidade igual a 4.

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    e) A distncia percorrida por um auto-

    mvel em 1 hora de viagem direta-

    mente proporcional velocidade m-

    dia desenvolvida?Sim. Um automvel que desenvolve uma velocidade m-

    dia de 60 km/h ir percorrer 60 km em 1 hora. Se dobrar-

    mos a velocidade, a distncia percorrida duplicar na mes-

    ma proporo.

    a) Um professor corrige 20 provas em

    1 hora de trabalho. Aps 30 horas, ele

    ter corrigido 600 provas.

    No. Dificilmente o professor conseguir manter o mesmo

    ritmo de trabalho durante 30 horas.

    b) Um corredor percorre 10 km em 1 hora.

    Portanto, aps 20 horas, ele ter percor-

    rido 200 km.

    No. Mesmo para um atleta, seria impossvel manter esse rit-

    mo de corrida por tanto tempo.

    c) Uma pessoa leu 3 livros na semana pas-sada. Em um ano, ela ler 156 livros.

    No. O fato de ela ter lido 3 livros na semana anterior no

    garante que ela necessariamente v manter o mesmo ritmo

    de leitura ao longo do ano. Isso depende de outras variveis,

    como o nmero de pginas do livro, disponibilidade de tempo

    e dinheiro, disposio etc.

    importante discutir com os alunos que a

    proporcionalidade direta ocorre quando a va-

    riao resulta de um processo multiplicativo, e

    no aditivo. Ou seja, ambas as grandezas so

    multiplicadas pelo mesmo fator. Deve-se ob-

    servar que a multiplicao por um fator entre

    0 e 1 equivalente diviso por um nmero.

    Por exemplo, multiplicar por 0,5 o mesmo que

    dividir por 2. Multiplicar por 0,25 o mesmo

    que dividir por 4.

    4.Verique se houve variao pro-

    porcional nos seguintes casos.

    a)Uma empresa resolveu dar um aumen-

    to de R$ 200,00 para os funcionrios.

    O salrio de Joo passou de R$ 400,00

    importante orientar o aluno a fazerdeterminadas perguntas para decidir seuma situao envolve ou no proporciona-

    lidade direta: avaliar se uma grandeza de-pende da outra; vericar se elas variam nomesmo sentido; calcular de quanto essavariao. Deve-se chamar a ateno para ofato de que, para haver proporcionalidadedireta, no basta que as duas grandezasvariem no mesmo sentido, isto , quandouma crescer a outra tambm crescer, evice-versa. preciso que o aumento deuma delas seja proporcional ao aumento

    da outra.

    Os limites da proporcionalidade

    Na atividade 3, exploraremos os limites

    da proporcionalidade em diferentes contex-

    tos. Existem situaes em que a variao nu-

    mrica envolve proporcionalidade, mas que,

    na realidade, no so viveis ou possveis.

    J na atividade 4, os alunos devem perceber

    que a proporcionalidade ocorre em situa-

    es que envolvem a multiplicao por um

    fator constante.

    3. Analise as situaes a seguir e avalie se elas

    so possveis.

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    para R$ 600,00, enquanto o salrio

    de Antnio passou de R$ 1 000,00 para

    R$ 1 200,00. Houve proporcionalidade no

    aumento salarial dado aos dois funcion-rios? Justique sua resposta.

    O aumento no foi proporcional, pois embora tenha sido

    o mesmo em termos absolutos (R$ 200,00), em termos re-

    lativos ele foi diferente. Os R$ 200,00 de aumento represen-

    tam metade do salrio de Joo, ao passo que para Antnio

    esse acrscimo representa apenas um quinto de seu salrio.

    A variao para Joo foi de 600 400 = 1,5 e para Antnio,

    de 1 200 1 000 = 1,2.

    b) Uma empresa de informtica resolveu dar

    um desconto de 25% no preo de toda

    a sua linha de produtos. O preo de um

    computador passou de R$ 1 000,00 para

    R$ 750,00, e o de uma impressora pas-

    sou de R$ 400,00 para R$ 300,00. Houve

    proporcionalidade no desconto dado nos

    dois produtos? Justique sua resposta.

    A reduo no preo dos dois produtos foi diretamente pro-

    porcional aos preos originais. A variao no preo do com-

    putador foi de 750 1 000 = 0,75, e da impressora, de 300 400 =

    = 0,75. Ou seja, ambos foram multiplicados pelo mesmo fator.

    Grandezas diretamente ou inversamenteproporcionais

    A atividade 5, tem como objetivo a caracte-

    rizao da diferena entre a proporcionalidade

    direta e a proporcionalidade inversa. Na pro-

    porcionalidade direta, as grandezas variam no

    mesmo sentido, isto , se uma delas aumenta, a

    outra tambm aumentar na mesma proporo. J

    na proporcionalidade inversa, as variaes ocor-

    rem em sentidos opostos, isto , se uma grandeza

    aumenta, a outra diminui, e vice-versa, de modo

    que, se uma dobrar, a outra se reduz metade;

    se uma triplicar, a outra se reduz em1

    3, e assim

    por diante.

    5.Analise as situaes a seguir

    e verique se as grandezas en-

    volvidas so direta ou inversa-

    mente proporcionais.

    a)Um pintor demora, em mdia, 2 horas

    para pintar uma parede de 10 m2. Ob-serve a relao entre o tempo gasto, o

    nmero de paredes pintadas e o nmero

    de pintores representados na tabela a

    seguir e complete as sentenas.

    SITUAES A B C D

    Nmero de pintores 1 1 2 2

    Nmero de paredes de 10 m2 1 2 1 2Tempo gasto (horas) 2 4 1 2

    O tempo gasto inversamenteproporcio-

    nal ao nmero de pintores.

    O tempo gasto diretamenteproporcio-

    nal ao nmero de paredes.

    Se o nmero de pintores dobrar, o tempo gasto para se pin-

    tar uma parede ser a metade etc. O tempo gasto inversa-

    mente proporcional ao nmero de pintores. Contudo, se o

    nmero de paredes dobrar, o tempo necessrio para concluir

    o servio tambm vai dobrar. Portanto, o tempo gasto dire-

    tamente proporcional ao nmero de paredes.

    b) Um automvel gasta 2 horas para percor-

    rer 200 km, viajando com velocidade m-

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    Duplex

    Lewis Carroll, autor de Alice no pas das maravilhas, era um matemtico que adorava

    desenvolver quebra-cabeas. Em 1879, ele criou o duplex, um quebra-cabea que envolvia

    a transformao de duas palavras com o mesmo nmero de letras. O desao consistia em

    partir de uma palavra e chegar outra de mesmo nmero de letras, trocando uma letra por

    veze formando, no caminho, palavras conhecidas. Veja o exemplo a seguir.

    Transformar OURO em LIXO:

    OURO Etapas

    MURO Trocar o O pelo M

    MUDO Trocar o R pelo D

    MEDO Trocar o U pelo E

    LEDO Trocar o M pelo L

    LIDO Trocar o E pelo I

    LIXO Trocar o D pelo X

    dia de 100 km/h. Observe a relao entre

    a velocidade mdia, a distncia percorrida

    e o tempo gasto na viagem representados

    na tabela a seguir e complete as sentenas.

    SITUAES A B C D

    Velocidade mdia(km/h)

    100 100 50 50

    Distncia percorrida 200 400 400 100

    Tempo gasto (horas) 2 4 8 2

    A distncia percorrida diretamente pro-porcional velocidade.

    O tempo gasto inversamenteproporcio-

    nal velocidade.

    Dobrando a velocidade, o automvel percorrer o dobro da

    distncia no mesmo tempo. Portanto, a distncia percorrida

    diretamente proporcional velocidade. Por outro lado, se

    a velocidade mdia for reduzida metade, o tempo gasto

    para percorrer a mesma distncia dobrar. O tempo gasto

    inversamente proporcional velocidade.

    Duplex e os problemas deproporcionalidade

    As atividades a seguir tm como objetivo

    principal desenvolver a noo de proporciona-

    lidade direta e inversa de uma forma ldica esignicativa. Ela permite resolver os famosos pro-

    blemas de regra de trs composta de uma forma

    diferente, sem o uso de uma frmula algbrica.

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    Duplex, tabelas e proporcionalidade

    Usando o mesmo princpio, podemos resolver problemas matemticos por meio de tabelas.

    Em vez de letras, o incio e o m do encadeamento sero nmeros. Por exemplo:

    Para fazer uma dzia de pes, um padeiro gasta, aproximadamente, 3 600 gramas de

    farinha. Quantos gramas de farinha sero necessrios para fazer 18 pes?

    1opasso:colocar as informaes em uma tabela.

    Nmero de pes Farinha (gramas)12 3 60018 ?

    Proponha aos alunos que resolvam alguns

    duplex para perceberem o mecanismo do jogo.

    Eles devem notar que em cada etapa apenas uma

    letra muda, as outras permanecem inalteradas.

    6.Agora sua vez. Resolva os

    duplex a seguir.

    TIA POR LISO POETATUA PAR PISO PONTA

    MAR PESO PONTO

    PESA TONTOTANTO

    LUA MAL PENA TANGO

    Observao: pode haver outras solues para os duplex.

    Portanto, sero necessrios 5 400 gramas de farinha para fazer os 18 pes.

    2opasso:vericar se as grandezas envolvidas so direta ou inversamente proporcionais. Se

    forem diretamente proporcionais, ento as grandezas devem ser multiplicadas ou divididas

    pelo mesmo fator. No caso de serem inversamente proporcionais, se uma das grandezas for

    multiplicada por um nmero, a outra dever ser dividida por esse mesmo nmero e vice-versa.

    3opasso:assim como no duplex, o desao ser transformar o nmero 12 em 18 por meio

    de operaes de multiplicao ou diviso, mantendo a proporcionalidade (direta ou inversa)

    entre as grandezas envolvidas.

    Nmero de pes Farinha (gramas) Transformaes12 3 600 Diviso por 62 600 Multiplicao por 918 5 400

    6

    9

    6

    9

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    7.Na tabela a seguir, registra-

    ram-se a quantidade vendida e

    o valor recebido pela venda de

    um mesmo produto. Contudo, alguns valoresno foram preenchidos. Complete a tabela,

    mantendo a proporcionalidade direta entre a

    quantidade vendida e o valor recebido.

    Quantidade vendida Valor recebido

    . 1

    2

    10 R$ 30,00 .1

    2

    5 . 15

    . 15

    R$ 15,00

    7 1 R$ 3,00 7

    7 2 2R$ 21,00

    10 14 R$ 42,00 10

    140 R$ 420,00

    Havendo proporcionalidade direta, a ra-

    zo entre os valores correspondentes das duasgrandezas deve ser constante. Portanto, se aquantidade vendida cair pela metade (10 para 5),o valor recebido tambm cair pela metade(30 para 15). Da mesma forma, se o valor rece-bido aumenta em 7 vezes, a quantidade vendi-da tambm ser multiplicada por 7.

    A partir da tabela anterior, pode-se chamar

    a ateno para o fato de que algo permanece

    constante na comparao entre as colunas.

    Pea aos alunos que dividam o valor da segun-

    da coluna pelo da primeira, em todas as linhas.

    Eles vo perceber que a relao entre o valor

    recebido e a quantidade vendida sempre 3.

    (30 10 = 15 5 = 3 1 = 21 7 = 42 14 = 420

    140 = 3).Esse o preo unitrio do produto,

    cujo valor aparece na tabela quando a quantida-

    de vendida unitria. Trata-se, na verdade, da ra-

    zo de proporcionalidadeentre as duas grandezas.

    Dessa forma, podemos armar que, se

    duas grandezas so diretamente proporcio-

    nais, a razo entre os valores correspondentes

    permanece constante, sendo chamada de ra-

    zo de proporcionalidade.

    Vejamos agora uma situao que envolve

    grandezas inversamente proporcionais.

    8. Um clube dispe de uma quantia xa de

    dinheiro para comprar bolas de futebol

    para os treinamentos. Com o dinheiro dis-

    ponvel, possvel comprar, de um forne-

    cedor, 24 bolas a R$ 6,00 cada. O gerente

    pesquisou os preos de outros fabricantes

    e anotou as informaes na tabela a seguir.

    Complete-a obedecendo ao princpio de pro-

    porcionalidade e descubra qual foi o menor

    preo pesquisado pelo gerente.

    Preo de uma bola Nmero de bolas

    R$ 6,00 24

    R$ 12,00 12

    R$ 4,00 36

    R$ 2,00 72R$ 24,00 6

    R$ 1,00 144

    R$ 72,00 2

    O menor preo pesquisado foi de R$ 1,00, como mostra

    a tabela.

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    Nesse caso, os alunos devero perceber

    que, quanto maior o preo, menor a quanti-

    dade de bolas que se pode comprar. Portanto,

    as grandezas so inversamente proporcionais,e o que se mantm constante no a razo,

    mas o produto entre elas: 6 24 = 12 12 = 4 36 =

    = 2 72 = 24 6 = 1 144 = 722 = 144

    Ou seja, duas grandezas so inversamente

    proporcionais quando o produto do valor de

    uma delas pelo correspondente da outra for

    constante. No problema em questo, esse

    produto nada mais do que a quantia de di-

    nheiro disponvel para comprar as bolas.

    O prximo exemplo envolve a variao de

    trs grandezas distintas que possuem uma re-

    lao de interdependncia. importante que

    os alunos se questionem sobre o tipo de pro-

    porcionalidade (direta ou inversa) envolvida

    entre cada par de grandezas.

    9. Para produzir 1 000 m de um cabo telef-

    nico, 24 operrios trabalham regularmente

    durante 6 dias. Quantos dias sero neces-

    srios para produzir 1 250 m de cabo com

    10 operrios trabalhando?

    a) Indique se as grandezas, duas a duas,

    mantidas as demais constantes, so di-

    reta ou inversamente proporcionais.

    Fixando-se o tempo de trabalho, a pro-

    duo de cabos diretamenteproporcional

    ao nmero de operrios.

    Fixando-se a quantidade de cabos, o

    tempo de produo inversamente pro-

    porcional ao nmero de operrios.

    Fixando-se o nmero de operrios, a

    quantidade de cabos diretamentepropor-

    cional ao tempo de produo.

    b)Preencha a tabela a seguir mantendo a

    proporcionalidade entre as linhas.

    Produo decabos (m)

    Nmero deoperrios

    Tempo deproduo (dias)

    1 000 24 6

    2 000 24 12

    2 000 48 6500 12 6

    500 24 3

    500 6 12

    250 3 12

    125 3 6

    1 250 30 6

    1 250 10 18

    Professor, comente com os alunos que, emcada linha, h uma grandeza que permanececonstante, enquanto as demais variam, de for-ma direta ou inversamente proporcional. Nasegunda linha, considerando o mesmo nme-ro de operrios, para se produzir o dobro dametragem de cabos ser necessrio o dobrodo tempo, uma vez que se trata de grandezas

    diretamente proporcionais.

    Na atividade anterior, alguns passos

    para chegar resposta do problema j es-

    tavam preenchidos na tabela. Ou seja, havia

    um caminho que levava da situao inicial

    (produo de 1 000 metros de cabos, com 24

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

    2

    operrios, em 6 dias) para a situao nal

    desejada (saber quantos dias seriam neces-

    srios para produzir 1 250 metros de cabo

    com 10 operrios trabalhando). Na prximaatividade, o aluno dever construir o seu

    prprio caminho, partindo de uma situao

    inicial e chegando resposta da atividade.

    Da mesma forma que no duplex, cada alu-

    no poder construir um caminho diferente,

    desde que mantidas as relaes de propor-

    cionalidade entre as grandezas.

    10.Para produzir 180 pias de gra-nito, 15 pessoas trabalham du-

    rante 12 dias em uma jornada de

    10 horas de trabalho dirio. Procurando

    adequar sua empresa nova legislao traba-

    lhista, o diretor reduziu a jornada de tra-

    balho de 10 para 8 horas ao dia e contra-

    tou mais funcionrios. Ao mesmo tempo,

    a demanda por pias aumentou, e ser ne-

    cessrio aumentar a produo. Nesse

    novo contexto, quantos dias sero neces-

    srios para produzir 540 pias de granito,

    contando com 25 pessoas trabalhando

    8 horas por dia?

    a) Relacione, duas a duas, as grandezas,mantidas as demais constantes, e indi-

    que o tipo de proporcionalidade envol-

    vida (direta ou inversa).

    A produo de pias diretamente proporcional ao nmero

    de funcionrios.

    O tempo de produo inversamente proporcional ao n-

    mero de funcionrios.

    O tempo de produo diretamente proporcional ao nmero

    de pias a serem produzidas.

    A produo de pias diretamente proporcional ao nmero

    de horas trabalhadas por dia.

    O nmero de funcionrios inversamente proporcional ao

    nmero de horas trabalhadas.

    O tempo de produo inversamente proporcional ao n-

    mero de horas trabalhadas.

    b)Preencha a tabela a seguir e encontre a

    soluo do problema.

    Um possvel caminho o seguinte:

    Produode pias

    Nmero de funcionrios Tempo de produo (dias)Nmero de horas

    trabalhadas por dia

    180 15 12 10

    180 15 60 2

    180 15 15 8

    180 5 45 8

    180 25 9 8

    540 25 27 8

    Sero necessrios 27 dias de produo.

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    Consideraes sobre a avaliao

    Ao nal dessas atividades espera-se que os

    alunos sejam capazes de reconhecer situaesque envolvam algum tipo de proporcionalida-

    de direta e inversa. Eles devem ser capazes de

    quanticar a variao das grandezas e vericar

    se existe ou no proporcionalidade direta entre

    elas. Do mesmo modo, espera-se que eles con-

    sigam distinguir as situaes em que as grande-

    zas variam de modo diretamente proporcional

    daquelas em que variam entre si de maneira

    inversamente proporcional. Alm disso, quesaibam resolver problemas envolvendo duas

    ou mais grandezas, direta ou inversamen-

    te proporcionais.

    A avaliao da aprendizagem dos alunos

    com relao a esses tpicos poder ser feita a

    partir da aplicao de atividades similares s

    propostas ao longo da Situao de Aprendiza-

    gem. A organizao da resoluo e a capaci-

    dade de identicaras informaes pertinentes,organiz-lasem tabelas, calcularas variaes

    ocorridas, classic-lasquanto sua natureza

    e realizar os clculos obedecendo ao princpio

    de proporcionalidade so aspectos que devem

    ser trabalhados pelo professor e, consequen-

    temente, avaliados por meio de um ou maisinstrumentos: provas, tarefas de casa, traba-

    lhos em dupla, discusses coletivas etc. Cabe

    ao professor a escolha do instrumento de ava-

    liao mais adequado a ser utilizado em fun-

    o das caractersticas de seus alunos e do seu

    planejamento efetivo de aulas.

    importante, tambm, que o professor

    considere no apenas a aquisio do concei-to matemtico estudado no caso, a pro-

    porcionalidade , mas todas as dimenses

    envolvidas na resoluo dessas atividades,

    como a competncia leitora, que fundamen-

    tal para a interpretao dos enunciados das

    situaes-problema. Ou, ainda, a capacidade

    de expresso, seja na lngua materna, seja na

    matemtica usada para dar as respostas dos

    problemas. Alm disso, deve-se valorizar tam-

    bm a capacidade de argumentao, envolvida

    na escolha de determinado caminho na reso-

    luo de um problema.

    Contedos e temas:razo; proporcionalidade; escala; porcentagem; probabilidade.

    Competncias e habilidades:compreender o conceito de razo na Matemtica; saber calculara razo entre duas grandezas de mesma natureza ou de natureza distinta; conhecer os prin-cipais tipos de razo: escala, porcentagem, velocidade, probabilidade etc.; realizar medidascom preciso.

    Sugesto de estratgias:explorao, resoluo e discusso de situaes-problema envolvendoos diferentes tipos de razo; atividade prtica de investigao das razes e propores nocorpo humano.

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 2RAZO E PROPORO

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

    2

    A Situao de Aprendizagem 2 trata de

    um conceito fundamental na Matemtica:

    a razo. Ele est presente nos mais diversos

    contextos, desde o trabalho com medidas ato estudo de funes e progresses numricas,

    passando pela semelhana geomtrica, tri-

    gonometria etc. Optamos por formalizar o

    conceito de razo depois do estudo das va-

    riaes proporcionais entre grandezas, pois,

    dessa forma, os alunos j estariam inseridos

    no contexto da comparao entre grandezas.

    A ideia da existncia de um fator constante

    que relaciona duas grandezas, chamado derazo de proporcionalidade, foi problematiza-

    da na Situao de Aprendizagem 1. Agora,

    vamos ampliar o conceito de razo para ou-

    tros contextos.

    Inicialmente, consideramos importante

    partir do significado que a palavra razo

    assume no senso comum, ou seja, do enten-

    dimento que os alunos tm dessa palavra,

    para depois introduzir o conceito especfico

    que ela assume na Matemtica. Em seguida,

    propomos uma discusso sobre as formas de

    representao de uma razo, desde a forma

    fracionria at a porcentagem. So apresen-

    tadas tambm algumas situaes-problema

    envolvendo os tipos mais comuns de razo,

    como a escalausada em mapas, a velocidade

    de um objeto, a densidade, o PIB per capi-

    taetc. A probabilidade apresentada como

    uma razo especfica que expressa a relao

    entre o nmero de possibilidades de ocor-

    rncia de um evento particular e o nmero

    total de possibilidades de um espao amos-

    tral determinado.

    Por m, propomos a realizao de uma ati-

    vidade prtica envolvendo as razes presentes

    no corpo humano. Partindo de um texto e de

    uma obra de Leonardo da Vinci, conhecidacomo Homem vitruviano, os alunos devem em-

    pregar o conceito de razo para averiguar se as

    propores do desenho correspondem s ra-

    zes citadas no texto. Os alunos devem realizar

    medidas do desenho de Da Vinci e calcular as

    razes entre as partes do corpo humano. Essa

    atividade mobiliza uma srie de competncias

    dos alunos: a competncia leitora e escritora

    para interpretar um texto e traduzi-lo em lin-guagem matemtica, a competncia de realizar

    medidas com preciso, a capacidade de compa-

    rar medidas, razes e mdias, entre outras.

    importante lembrar que as atividades

    propostas a seguir constituem apenas um

    referencial para que o professor possa dire-

    cionar as atividades em sala de aula. Dessa

    forma, elas so apenas ilustrativas, podendo

    ser reduzidas, ampliadas e modicadas pelo

    professor de acordo com as caractersticas de

    cada grupo/classe.

    Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 2

    O conceito de razo

    O conceito de razo est intimamente liga-

    do ao de proporo. Na atividade 7 da Situa-

    o de Aprendizagem anterior, por exemplo,

    chamamos a ateno para o fato de que havia

    um valor constante que relacionava as duas

    grandezas envolvidas. Em qualquer uma das

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    linhas da tabela, ao dividirmos o valor recebi-

    do pela quantidade vendida, obtinha-se sem-

    pre o mesmo resultado, o nmero 3. Naquele

    contexto, esse valor signicava o preo unit-rio do produto vendido. Em termos matem-

    ticos, tal valor corresponde razo de propor-

    cionalidade entre as grandezas envolvidas.

    Esse conceito poderia ter sido introduzido

    antes do estudo das variaes proporcionais.

    Contudo, achamos que seria mais signicativo

    para o aluno compreender o conceito de razo a

    partir das situaes de proporcionalidade estu-dadas, como o nmero que expressa a relao de

    proporcionalidade entre duas grandezas. Duas

    grandezas so diretamente proporcionais quan-

    do a razo entre os valores de uma e os valores

    correspondentes da outra constante. Esse va-

    lor constante a razo de proporcionalidade.

    A razo pode no estar diretamente liga-

    da a uma situao de proporcionalidade. Ela

    pode simplesmente representar a relao entre

    duas grandezas em determinado momento ou

    circunstncia. Por exemplo, o nmero de gols

    por partida de um jogador em um determina-

    do campeonato ou a relao entre o nmero

    de meninos e meninas em uma classe. A razo

    uma forma de comparao entre os valores

    de duas grandezas de mesma natureza ou de

    naturezas diferentes.

    Representao de uma razo

    Um aspecto que pode ser explorado com

    os alunos so as diferentes formas de re-

    presentao de uma razo. Sendo a razo

    a diviso indicada entre dois nmeros, ela

    pode ser escrita de diversas maneiras.

    Quando o resultado da diviso for exato,a razo poder ser escrita como um nmero

    inteiro. Por exemplo: uma impressora impri-

    me 300 pginas em 10 minutos. Portanto, a

    razo pginas por minuto igual a 30.

    Quando o resultado da diviso no for

    exato, a razo poder ser escrita na forma

    decimalou fracionria. Por exemplo: um ter-

    reno de 35 m2custa R$ 12 000,00. Portanto,a razo reais por m2 de, aproximadamen-

    te, 342,85; para fazer determinado refresco,

    deve-se utilizar 1 parte de suco concentrado

    para 5 partes de gua. Tal razo pode ser

    escrita na forma de frao: 15

    .

    Alm da notao fracionria, muito co-

    mum o uso da lnguamaternapara expressar

    a razo entre duas grandezas. Por exemplo:

    1 em cada 10 brasileiros gosta de jogar v-

    lei, em vez de usar a frao 1

    10.

    Outra forma muito usual de expressar

    uma razo por meio da porcentagem. A por-

    centagem uma razo particular em que se

    compara certo nmero a 100. Ela til para

    expressar razes que, de outra forma, seriam

    de difcil compreenso na forma decimal

    ou fracionria.

    Consideremos, por exemplo, uma pesqui-

    sa feita sobre os hbitos de prtica esportiva

    em uma cidade. Consultando-se 17 425 pes-

    soas, constatou-se que 3 721 faziam exerccios

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    2

    fsicos regularmente. A partir dos nmeros

    apresentados, difcil fazer uma ideia exata

    da proporo de pessoas que praticam exer-

    ccios fsicos regularmente, seja na forma

    fracionria 3 72117 425

    , seja na decimal (0,214).

    Contudo, se tal razo fosse apresentada

    como 21,4%, teramos uma noo mais cla-

    ra dessa proporo: em cada 100 habitantes,

    aproximadamente 21 fazem exerccios fsicos

    regularmente.

    A porcentagem facilita no s a leitura,mas tambm a comparaoentre razes. Su-

    ponha que um aluno tenha acertado 12 ques-

    tes de 20 em uma prova, e 17 questes de

    26 em outra. O uso da porcentagem permite

    comparar facilmente a razo de acertos em

    cada prova: na 1a prova, a razo de acertos

    foi de 60%, e na 2a, de 65,4%. Trata-se de

    uma comparao entre fraes de mesmo de-

    nominador (100), ou seja, uma comparao

    entre equivalentes.

    Essa facilidade para leitura e compara-

    o faz da porcentagem uma forma bas-

    tante utilizada para representar razes que

    expressem uma relao entre a parte e o

    todo. Assim, costumamos ouvir expresses

    do tipo: a porcentagem de analfabetos em

    uma populao; a porcentagem de acertos

    em um teste; a porcentagem de meninos em

    uma escola etc.

    Para poder expressar uma razo como

    porcentagem, precisamos capacitar o aluno a

    transformar nmeros escritos na forma decimal

    em porcentagens. A porcentagem uma for-

    ma de representar fraes cujo denomina-

    dor 100. Escrevemos 5% para representar a

    frao5

    100, e 40% para representar

    40

    100.

    Em notao decimal, a centsima parte da

    unidade representada na casa dos centsi-

    mos. A leitura do nmero 0,02 (dois centsi-

    mos) remete sua representao fracionria,

    2

    100, e, consequentemente, sua forma

    percentual: 2%. Nas atividades a seguir,

    apresentamos alguns questionamentos nosquais podemos verificar as concepes es-

    pontneas do educando a respeito do con-

    ceito de razo.

    1. O que voc entende por

    razo?

    Resposta pessoal. Muitas interpretaes

    devero surgir, uma vez que esse conceito est extre -

    mamente disseminado em nossa lngua e assume in-

    meros significados de acordo com os contextos em que

    aparece. Neste primeiro momento, pode ser que o con-

    ceito matemtico de razo no aparea nas respostas

    dos alunos.

    2. Procure no dicionrio alguns signicados

    para a palavra razo.

    Resposta pessoal. Professor, vlido comentar com os alu-

    nos sobre os variados sentidos do verbete razo, referentes

    a diferentes temas (exemplo: Filosofia, Matemtica etc.). Por

    exemplo, o dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa traz

    a seguinte definio: Razo. S.f. 1. faculdade de raciocinar,

    apreender, compreender, ponderar, julgar; a inteligncia; 2.

    raciocnio que conduz induo ou deduo de algo; 3.

    capacidade de avaliar com correo, com discernimento;

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    bom senso, juzo; 4. causa origem; 5. argumento, motivo; 6.

    a lei moral, justia.

    3. Qual o signicado da palavra razo emMatemtica?

    Deve-se enfatizar o fato de que a palavra razo adquire

    um significado especfico no mbito da Matemtica. Ela

    representa a relao existente entre dois nmeros a e b,

    apresentada na forma b

    a, com b 0. Assim, se a razo b

    a

    igual a c, isso significa que b = c a. importante diferen-

    ciar o conceito de razo do de frao. A frao uma forma

    de expressar a razo entre dois nmeros inteiros. Assim, toda

    frao tambm uma razo, mas nem toda razo pode ser

    expressa como uma frao. bom lembrar que os nmeros

    irracionais no podem ser escritos na forma de frao, e o

    nmero , que irracional, representa a razo entre o com-

    primento da circunferncia e o dimetro desta.

    4. Calcule os resultados das razes a seguir e

    expresse-os em termos de porcentagem:

    a) razo 3 : 150A razo 3 : 150 tem como resultado 0,02 (2 centsimos). Em

    porcentagem, a razo de 2%.

    b) razo 24 : 40

    A razo 24 : 40 tem como resultado 0,6 (6 dcimos), que equi-

    vale a 0,60 (60 centsimos), ou seja, 60%.

    c) razo 4 : 50

    A razo 4 : 50 tem como resultado 0,08 (8 centsimos), ou

    seja, 8%.

    d) razo 9 : 125

    A razo 9 : 125 tem como resultado 0,072 (7 centsimos e

    2 milsimos), ou seja, 7,2%.

    e) razo 165 : 300

    A razo 165 : 300 tem como resultado 0,55 (55 centsimos),

    ou seja, 55%.

    Razes conhecidas

    Algumas razes recebem um nome especial

    em virtude de sua ampla utilizao em algu-

    mas reas do conhecimento, como escalas,

    renda per capita, velocidade mdia, densida-

    de, entre outras. As atividades a seguir explo-

    ram o clculo de algumas dessas razes.

    Escala

    5. O que escala? Explique por meio de um

    exemplo.

    De modo geral, escala a razo entre a medida de um ob-

    jeto representado em um desenho e a medida correspon-

    dente ao objeto real. importante que se destaque que a

    escala um tipo especial de razo matemtica. No caso

    dos mapas, por exemplo, a escala a razo entre a medida

    de uma regio representada em um desenho e a medida

    correspondente regio real. Geralmente, um mapa traz

    essa informao para facilitar a transposio da medida do

    desenho para a medida real do objeto. Um mapa constru-

    do na escala 1 : 100 000 indica que cada unidade de com-

    primento no desenho , na realidade, cem mil vezes maior.

    6. O mapa a seguir foi feito na escala

    1 : 30 000 000 (l-se um para trinta mi-

    lhes). Essa notao representa a razo de

    proporcionalidade entre o desenho e o real,

    ou seja, cada unidade no desenho , na reali-

    dade, 30 milhes de vezes maior. Utilizando

    uma rgua e a escala fornecida, determine:

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    7.Com base no texto apresentado

    na seo Leitura e anlise de texto,

    resolva as seguintes questes.

    a) Qual foi a velocidade mdia de um

    automvel que percorreu 530 km em

    6 horas?

    A velocidade mdia a razo entre o deslocamento de

    530 km e o intervalo de tempo para efetu-lo, ou seja, 6

    horas. Portanto, a velocidade mdia nesse caso de aproxi-

    madamente 88 km/h.

    b)Qual a pulsao (batimentos por mi-

    nuto) de uma pessoa cujo corao bate

    12 vezes a cada 10 segundos?

    Se o corao dessa pessoa bate 12 vezes a cada 10 segundos,

    em 1 segundo ele bater 1,2 vez e, em 60 segundos, 72 vezes.

    Portanto, a pulsao de 72 batimentos por minuto.

    c) Qual a velocidade de transmisso de

    dados na internet, em kbps (quilobytes

    por segundo), de um computador que

    leva 30 segundos para baixar um arqui-

    vo de 12 megabytes?

    (Dica: 1 megabyte= 1 000 quilobytes.)

    Como 12 megabytes igual a 12 000 quilobytes, ento, a ve-

    locidade de transmisso ser igual a 12 000 30 = 400 kbps, ou

    seja, 400 quilobytespor segundo.

    8. Pesquise o signicado

    das expresses densidade

    de um materiale densidade

    demogrca.

    Densidade de um material a quantidade de massa

    existente em cada unidade de seu volume. Ou seja,

    a razo entre a massa e o volume de um corpo. Aunidade mais usada para expressar a densidade de um

    material o grama por centmetro cbico (g/cm3). Por

    exemplo, a densidade da gua de 1 grama por cent-

    metro cbico (g/cm3).

    J a densidade demogrfica a razo entre o nmero de

    habitantes que vivem em uma regio e sua rea.

    Velocidade

    Em Fsica, a velocidade a medida da rapidez com que um objeto altera a sua posio. Emnosso cotidiano, a palavra velocidade geralmente signica velocidade mdia, que a razo

    entre um deslocamento e o intervalo de tempo gasto para efetuar esse deslocamento. Dessa

    forma, quando nos referimos velocidade de um carro (80 km/h), ou de um corredor (4 m/s),

    estamos nos referindo sua velocidade mdia.

    O conceito de velocidade pode ser estendido para outras situaes anlogas. Por exemplo:

    a pulsaoou frequncia de batimentos cardacos exprime a rapidez com que o corao bate,

    ou seja, o nmero de batimentos por minuto. O normal em uma pessoa ter uma pulsao

    entre 60 e 100 batimentos por minuto.

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    Probabilidade

    A probabilidade um tipo especial de razo, na qual se compara o nmero de pos-

    sibilidades de ocorrncia de um evento particular com o nmero total de possibilidades

    relacionadas a esse evento. Por exemplo, no lanamento de uma moeda, a probabilidade de

    obter a face cara de uma em duas, ou seja, uma chance em duas, ou 1

    2, ou, ainda, 50%.

    a razo entre o nmero de possibilidades de obter cara (1) e o nmero total de possibilidades,

    cara ou coroa (2). No lanamento de um dado numerado de 1 a 6, a probabilidade de obter o

    nmero 5 de uma em seis, ou 1

    6, ou 16,7%.

    b) Jogando-se ao acaso duas moedas,qual a probabilidade de se obter duas

    coroas?

    O espao amostral do lanamento de duas moedas : cara-

    -cara; cara-coroa; coroa-cara; coroa-coroa (4 possibilidades).

    A probabilidade de obter duas coroas de 1 em 4, ou 0,25,

    ou 25%.

    c) Uma urna contm 7 bolas, sendo 3 ver-

    melhas e 4 pretas. Retirando-se uma bola

    ao acaso, qual a probabilidade de que

    ela seja vermelha? E de que ela seja preta?

    A probabilidade de retirar uma bola vermelha de 3 em 7,

    ou 0,429, ou 42,9%.

    A probabilidade de retirar uma bola preta de 4 em 7, ou

    0,571 ou 57,1%.

    d) Um baralho contm 52 cartas, sendo

    13 cartas de cada naipe (copas, ouros,

    espadas e paus). Retirando-se uma

    carta ao acaso, qual a probabilidade

    de se obter uma carta de copas? E de se

    obter um valete?

    A probabilidade de retirar uma carta de copas de 13 em 52,

    ou 0,25, ou 25%.

    Para determinar a probabilidade de ocorrn-cia de determinado evento, devemos quanticar

    o nmero de casos em que esse evento ocorre e

    o nmero total de casos possveis, chamado de

    espao amostral. A razo entre esses valores

    o que chamamos de probabilidade. O resultado

    dessa razo pode ser expresso como nmero de-

    cimal ou como porcentagem.

    12.Com base nas informaes

    apresentadas na seo Leitura

    e anlise de texto, resolva as

    questes a seguir.

    a) No lanamento de um dado numerado

    de 1 a 6, qual a probabilidade de se

    obter um nmero par? E um nmero

    maior que 4?

    O nmero total de possibilidades no lanamento de um dado

    6. O nmero de ocorrncias de nmero par so 3 (2, 4 ou 6).

    Portanto, a probabilidade de obter um nmero par de 3 em

    6, ou 0,5, ou 50%.

    J o nmero de ocorrncias de nmeros maiores que 4 so 2

    (5 ou 6). Portanto, a probabilidade desse evento de 2 em 6,

    ou 0,333..., ou aproximadamente 33%.

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    33/11432

    e) Em determinado dia, US$ 20,00 eram

    vendidos por R$ 36,00 e US$ 50,00 por

    R$ 90,00.

    Quantidade dedlares (US$)

    Valor emreais (R$)

    Razo(reais por dlar)

    20 36 36 20 = 1,80

    50 90 90 50 = 1,80

    Sim, h proporcionalidade, pois o preo do dlar foi o mes-

    mo nas duas situaes, ou seja, R$ 1,80 por dlar.

    Na atividade a seguir, os alunos realizaro

    medidas e clculos de razes no corpo huma-

    no a partir das razes indicadas por Leonardo

    da Vinci no Homem vitruviano. Proponha

    inicialmente a leitura do texto a seguir e, na

    sequncia, pea aos alunos que completem a

    tabela que indica as diferentes razes apre-

    sentadas no texto.

    OHomem vitruvianoe as razes no corpo humano

    Leonardo da Vinci foi uma das guras mais criativas de seu tempo. Ele viveu na Itlia, nosculo XV, e criou algumas das obras mais famosas de todos os tempos, como a Mona Lisa,A ltima ceia e A virgem das rochas. Leonardo realizou estudos nas mais diversas reas: pintura,arquitetura, engenharia, anatomia, entre outras. Ele conseguiu, como ningum, aproximar a cinciada arte. Leonardo tambm produziu um estudo sobre as propores do corpo humano, baseadono tratado feito pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius, que, no sculo I a.C. havia descrito aspropores ideais do corpo humano, segundo um padro de harmonia matemtica. Assim comomuitos outros artistas, Leonardo interessou-se pelo trabalho de Vitruvius e registrou-o em um deseus cadernos de anotao. No meio dessas anotaes, desenhou a gura de um homem dentro

    de um crculo e de um quadrado. Essa gura, chamada de Homem vitruviano, acabou se tornandoum de seus trabalhos mais conhecidos, simbolizando o esprito renascentista. O desenho de DaVinci evidenciou a retomada e a valorizao de princpios da tradio greco-latina, tais comobeleza, harmonia, equilbrio e proporo. Essa obra atualmente faz parte da coleo das GalleriedellAccademia(Galerias da Academia), em Veneza, na Itlia.

    Reproduzimos, a seguir, alguns trechos do texto de Da Vinci que acompanham a gravura do Homemvitruviano.

    [...] O comprimento dos braos abertos de um homem igual sua altura [...]; desde o fundo do

    queixo at ao topo da cabea um oitavo da altura do homem [...]; a maior largura dos ombros contmem si prpria a quarta parte do homem. [...] Desde o cotovelo at o ngulo da axila um oitavo da alturado homem. A mo inteira ser um dcimo da altura do homem. [...] O p um stimo do homem [...]; adistncia entre o fundo do queixo e o nariz, e entre as razes dos cabelos e as sobrancelhas a mesma, e, como a orelha, um tero da cara.

    Disponvel em: .Acesso em: 20 nov. 2013.

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    Partes do corpoMedidasem cm

    Em relao altura

    Em relao face

    Altura do homem 10,8

    Longitude dos braos 10,8 1,001 ou 100,1%

    Altura da cabea 1,3 0,121 ou 12,1%

    Largura dos ombros 2,7 0,252 ou 25,2%

    Do cotovelo s axilas 1,3 0,121 ou 12,1%

    Comprimento da mo 1,1 0,102 ou 10,2%

    Comprimento do p 1,5 0,139 ou 13,9%

    Altura da face (do queixo raiz dos cabelos) 1,0

    Do queixo ao nariz 0,3 0,30 ou 30%

    Da sobrancelha raiz dos cabelos 0,3 0,30 ou 30%

    Observao: valores aproximados.

    16.Compare as razes obtidas por

    meio das medidas (atividade 15)

    com aquelas descritas no texto de

    Da Vinci (atividade 14). Os resultados ca-

    ram prximos? Houve diferenas? O que

    poderia explicar as diferenas observadas

    (se houver)?

    As medidas sempre esto sujeitas a imprecises, assim como

    a reproduo da imagem pode no estar na proporo do

    desenho original. Talvez seja necessrio orientar os alunos

    na identificao de determinadas distncias entre partes

    do corpo, como entre o cotovelo e as axilas. O desenho

    traz marcas que ajudam a perceber o incio e o fim de cada

    membro. importante diferenciar o tamanho da cabea do

    tamanho da face.

    Se as medidas forem realizadas com preciso, provvel

    que as razes obtidas pelos alunos fiquem muito prximas

    das descritas na atividade 14.

    Consideraes sobre a avaliao

    No final deste percurso de aprendi-

    zagem, a expectativa de que os alunos

    compreendam o conceito de razo na Ma-

    temtica e saibam reconhec-lo, calcul-lo

    e problematiz-lo em diversas situaes e

    problemas. Acreditamos que os exemplos

    e as situaes-problema apresentados pos-

    sam contribuir para um aprendizado signi-

    ficativo e contextualizado do conceito de

    razo. A atividade 14, alm de despertar a

    curiosidade dos alunos em relao ao pr-

    prio corpo, envolve uma srie de compe-

    tncias e habilidades especficas, tais como:

    leitura e interpretao de texto; observao

    de imagem; clculo de razes e mdias; rea-

    lizao de medidas.

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    comprimento de uma gura em duas vezes, e

    sua altura em trs vezes, o aluno facilmente

    vericar que houve uma distoro, isto ,

    que as partes no aumentaram proporcional-mente. Esse o tema da atividade 1.

    Em seguida, passamos a investigar as guras

    geomtricas mais tradicionais, como o quadra-

    do, o tringulo e a circunferncia. Nessas ativi-

    dades, o aluno dever vericar a existncia ou

    no de uma razo de proporcionalidade cons-

    tante. A constatao de que a diagonal do qua-

    drado diretamente proporcional ao seu ladolevar o aluno a descobrir uma razo constante

    cujo valor , aproximadamente, 1,4. Ou que o

    comprimento da circunferncia proporcional

    ao seu dimetro na razo aproximada de 3,1,

    razo esta representada pela letra grega (pi).

    Por outro lado, em outra atividade, ele po-

    der perceber que a medida do cateto oposto

    de um tringulo no diretamente proporcio-

    nal medida do ngulo oposto a ele. Por meio

    desses exemplos, pretende-se que o aluno seja

    capaz de avaliar em que situaes existe pro-

    porcionalidade direta ou no, calculando as

    razes e comparando-as.

    Embora o estudo do acontea geralmen-

    te a partir da 8asrie/9oano, entendemos que

    sua incluso na 6asrie/7oano, sem uma preo-

    cupao formal com a ampliao do campo

    numrico, contribui para a compreenso sig-

    nicativa da existncia de uma razo constan-

    te nas guras geomtricas. Alm disso, a partir

    da caracterizao da razo , exploramos al-

    guns problemas envolvendo a determinao

    do comprimento da circunferncia ou do seu

    dimetro (atividade 6).

    Por m, exploramos a proporcionalidadeexistente no retngulo ureo com a mesma in-

    teno adotada na explorao do e da raiz

    quadrada de 2, ou seja, de servir como um

    exemplo ilustrativo e signicativo da ideia de

    proporcionalidade nas guras geomtricas.

    Ampliao de guras

    1. A gura a seguir mostra odesenho de uma caravela re-

    presentado em uma malha

    quadriculada.

    a) Considerando como unidade de medi-

    da os lados dos quadrados, determine o

    comprimento e a altura da caravela.

    Por meio da malha quadriculada, pode-se perceber que as

    dimenses da caravela original ocupam 6 quadrados ho-

    rizontais e 6 quadrados verticais. Portanto, a razo entre as

    dimenses 1.

    b) Qual das guras a seguir corresponde a

    uma ampliao proporcional da cara-

    vela original?

    ConexoEditorial

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    5. Registre as medidas do comprimento da cir-

    cunferncia (C) e do dimetro (D) do objeto

    circular na tabela. Em seguida, calcule a ra-

    zo entre C e D. Registre tambm as medidas

    e as razes obtidas por quatro colegas que te-

    nham escolhido um objeto diferente do seu.

    IV.Usando o compasso, trace a mediatrizentre os pontos A e B e entre os pontos B e C.

    V.A interseo das duas mediatrizes o centro da circunferncia. Desenhe o dimetro da circunfe-rncia e mea seu comprimento com a rgua.

    C A

    B

    Objeto circular Comprimento C (cm) Dimetro D (cm) Razo C___D

    Mdia

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    1o-)

    2o-)

    3o-)

    4o-)

    Tire as medidas dos lados dos quatro re-

    tngulos assinalados nas guras e regis-

    tre-as na tabela. Em seguida, resolva as

    questes propostas.

    a) Calcule a razo aproximada entre as

    medidas do lado maior e do lado menor

    de cada retngulo.

    b) Calcule a mdia entre as razes obtidas.Resposta dos exerccios (a) e (b):

    RetnguloLado maior

    (cm)Lado menor

    (cm)Razo

    1o 6,3 3,9 1,61

    2o 3,9 2,4 1,62

    3o 2,4 1,5 1,6

    4o 1,5 1,0 1,5

    Mdia 1,58

    c) A mdia cou prxima do valor da ra-

    zo urea?

    A mdia deve se aproximar do valor da razo urea, podendo

    ser um pouco maior ou menor em razo das imprecises do

    desenho e das medidas.

    d) H proporcionalidade entre os retngu-

    los destacados na cor vermelha?

    Sim, pois a razo entre as medidas dos lados aproximada-

    mente 1,6 para todos os retngulos.

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    Construo geomtrica

    9.A espiral urea ou logartmica uma es-

    piral que cresce segundo a razo urea. Oformato da concha Nautilus(apresentada

    na seo Leitura e anlise de texto) apro-

    xima-se de uma espiral desse tipo. A cada

    quarto de volta, a curva aumenta na razo

    de 1,618, aproximadamente. Essa espiral

    pode ser construda com base no retngu-

    lo ureo, como veremos a seguir.

    Etapas: Usando o compasso, trace um quarto

    de circunferncia no quadrado maior (

    direita), com centro no ponto Ae raio

    igual ao lado desse quadrado.

    Faa o mesmo com o segundo quadra-

    do maior (em cima esquerda), com

    centro no ponto B, de modo a dar con-

    tinuidade ao arco anterior.

    Repita essa construo para todos os

    quadrados internos ao retngulo. O re-

    sultado nal a espiral urea.

    C

    DE

    FG

    B

    A

    Consideraes sobre a avaliao

    Ao nal desta Situao de Aprendizagem,

    espera-se que os alunos sejam capazes de reco-nhecer a existncia de proporcionalidade em

    guras geomtricas, por meio do clculo da ra-

    zo de proporcionalidade. Alm disso, eles de-

    vem conhecer as principais razes existentes na

    Geometria, como a razo entre a diagonal e o

    lado do quadrado ( 2 ) e a razo entre o com-

    primento e o dimetro da circunferncia ().

    Essa mais uma etapa do aprendizado

    de proporcionalidade, que vai acompanhar

    o aluno ao longo de sua vida escolar. Parti-

    cularmente, as razes constantes em guras

    geomtricas sero fundamentais para o pos-

    terior estudo da semelhana geomtrica e

    da trigonometria.

    A avaliao da aprendizagemdos alunos em

    relao ao contedo estudado pode ser feita a

    partir da aplicao das atividades propostas

    ao longo da Situao de Aprendizagem. H

    de se ter ateno especial em relao s cons-

    trues geomtricas e s medidas, principal-

    mente no caso da representao de quadrados

    e circunferncias.

    Nas atividades desenvolvidas at aqui, explo-ramos a razo urea. Do mesmo modo que opi,o valor da razo urea simbolizado por uma

    letra do alfabeto grego, o: . Ele tambm umnmero irracional, possuindo innitas casas de-cimais no peridicas. No o caso de comentar

    essas caractersticas na 6a srie/7oano. Para osalunos, o importante nesse momento observarsituaes de proporcionalidade em guras geo-mtricas, o que foi feito ao longo desta Situao

    de Aprendizagem.

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    O Grfico 3. Pode-se observar na tabela que o futebol corres-

    ponde a 50% da preferncia, ou seja, meia circunferncia, ou

    180o. O vlei foi escolhido por 25% das pessoas, ou seja, um

    quarto da circunferncia, ou 90o. O nico grfico que possui

    esses dois setores circulares (180oe 90o) o Grfico 3.

    c) Que cor corresponde a cada um dos

    esportes?

    O azul corresponde ao futebol; o violeta, ao vlei; o bege, ao

    basquete; e o azul-claro, corrida.

    5. O resultado de uma pesquisa feita com

    80 pessoas sobre a preferncia de um localde viagem gerou o seguinte grco:

    Montanha

    Outros

    Cidadeshistricas Praia

    a) usando um transferidor, mea os ngulos

    centrais de cada setor circular represen-

    tado no grco e anote-os na tabela.

    b) calcule as porcentagens que represen-

    tam a razo entre cada ngulo e 360.

    Anote-as na tabela.

    c) calcule o nmero de pessoas que escolheram

    cada tipo de viagem. Anote-o na tabela.

    Local ngulocentral %Nmero

    de pessoasPraia 144,0 40,0 32

    Montanha 108,0 30,0 24Cidades

    histricas 72,0 20,0 16

    Outros 36,0 10,0 8Total 360,0 100,0 80

    6. Para saber qual era o programa cultural

    mais apreciado pelos habitantes de uma ci-

    dade, foi feita uma pesquisa cujos resulta-

    dos (em porcentagem) esto representadosna tabela a seguir.

    Programapreferido %

    ngulocentral

    Cinema 37,5 135o

    Msica 25,0 90o

    Teatro 16,7 60o

    Dana 12,5 45o

    Outros 8,3 30o

    Total 100,0 360oObservao: valores aproximados

    a) Usando proporcionalidade, determine

    os ngulos correspondentes s porcenta-

    gens expressas na tabela.

    Se 100% corresponde a 360ona circunferncia, ento: 37,5%

    de 360o igual a 135o. 25% de 360o igual a 90o. 16,7% de 360o

    igual a aproximadamente 60o. 12,5% de 360o igual a 45o.

    8,3% de 360o igual a 30oaproximadamente.

    b) Usando a circunferncia a seguir, que

    foi dividida em 24 setores de 15 cada

    um, represente os resultados da pesqui-

    sa por meio de um grco de setores.

    (Dica:faa as aproximaes dos ngu-

    los centrais para valores inteiros.)

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    Matemtica 6asrie /7oano Volume 2

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 5INVESTIGANDO SEQUNCIAS POR ARITMTICA E LGEBRA

    Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 5

    Um dos objetivos centrais do processo de en-

    sino e aprendizagem da lgebra generalizar re-

    gularidades. O uso de letras para representar, por

    exemplo, o padro de uma determinada sequn-

    cia numrica um dos recursos que a lgebra

    nos permite. Nesse caso, a generalizao de uma

    sequncia numrica com o uso de expresses al-

    gbricas pode ser til para determinar nmeros

    especcos da sequncia sem recorrer a processos

    aritmticos. Nesta Situao de Aprendizagem,

    apresentamos uma proposta de trabalho com

    sequncias, numricas ou no, como forma de

    motivao para a busca de expresses algbricas.

    Antes do trabalho com sequncias numri-

    cas, propomos que sejam exploradas algumas

    sequncias de padro geomtrico ou gur