Upload
anonymous-vm9yqrh
View
253
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
1/114
6aSRIE 7oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
Volume 2
MATEMTICA
CADERNO DO PROFESSOR
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
2/114
Nova edio
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAO
So Paulo
MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
MATEMTICA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS6aSRIE/7oANO
VOLUME 2
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
3/114
Governo do Estado de So Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-GovernadorGuilherme Afif Domingos
Secretrio da Educao
Herman Voorwald
Secretria-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretria de Articulao Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formao eAperfeioamento dos Professores EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gesto daEducao Bsica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gesto deRecursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informao,Monitoramento e Avaliao
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assuno
Coordenadora de Infraestrutura eServios Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Oramento eFinanas
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundao para oDesenvolvimento da Educao FDE
Barjas Negri
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
4/114
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-
radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises quepermitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula
de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao
Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforos ao intensicar aes de avaliao e monitoramento da utilizao
dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Cadernonas aes
de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, rma seu dever com a busca
por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo usodo material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enm, o Caderno do Professor,criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-
taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Ocial do Estado de So
Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,
dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade
da sua escola e de seus alunos. O Cadernotem a proposio de apoi-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam
a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-
o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a
diversicao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.
Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar
e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.
Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretrio da Educao do Estado de So Paulo
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
5/114
Os materiais de apoio implementaodo Currculo do Estado de So Paulo
so oferecidos a gestores, professores e alunos
da rede estadual de ensino desde 2008, quando
foram originalmente editados os Cadernos
do Professor. Desde ento, novos materiais
foram publicados, entre os quais os Cadernos
do Aluno, elaborados pela primeira vez
em 2009.
Na nova edio 2014-2017, os Cadernos do
Professor e do Aluno foram reestruturados para
atender s sugestes e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexes entre as orientaes ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades
propostas aos estudantes. Agora organizados
em dois volumes semestrais para cada srie/
ano do Ensino Fundamental Anos Finais e
srie do Ensino Mdio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente
no planejamento do trabalho com os contedos
e habilidades propostos no Currculo Ocial
de So Paulo e contribuir ainda mais com as
aes em sala de aula, oferecendo novas orien-
taes para o desenvolvimento das Situaes de
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gesto da Educao
Bsica (CGEB) da Secretaria da Educao do
Estado de So Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes
nalidades:
incorporar todas as atividades presentesnos Cadernos do Aluno, considerando
tambm os textos e imagens, sempre que
possvel na mesma ordem;
orientar possibilidades de extrapolao
dos contedos oferecidos nos Cadernos do
Aluno, inclusive com sugesto de novas ati-
vidades;
apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-sente nos Cadernos do Aluno gabarito
que, nas demais edies, esteve disponvel
somente na internet.
Esse processo de compatibilizao buscou
respeitar as caractersticas e especicidades de
cada disciplina, a m de preservar a identidade
de cada rea do saber e o movimento metodo-
lgico proposto. Assim, alm de reproduzir as
atividades conforme aparecem nos Cadernos
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientaes mais
detalhadas para sua aplicao, como tambm in-
cluir o cone ou o nome da seo no Caderno do
Professor (uma estratgia editorial para facilitar
a identicao da orientao de cada atividade).
A incorporao das respostas tambm res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
elas podem tanto ser apresentadas diretamente
aps as atividades reproduzidas nos Cadernos
do Professor quanto ao nal dos Cadernos, no
Gabarito. Quando includas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
ANOVA EDIO
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
6/114
Leitura e anlise
Lio de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa decampo
Aprendendo aaprender
Roteiro deexperimentao
Pesquisa individual
Apreciao
Voc aprendeu?
O que pensosobre arte?
Ao expressiva
!?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Alm dessas alteraes, os Cadernos doProfessor e do Aluno tambm foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB
com o objetivo de atualizar dados, exemplos,
situaes e imagens em todas as disciplinas,
possibilitando que os contedos do Currculocontinuem a ser abordados de maneira prxi-
ma ao cotidiano dos alunos e s necessidades
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporneo.
Para saber mais
Para comeo deconversa
Sees e cones
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
7/114
SUMRIO
Orientao geral sobre os Cadernos 7
Situaes de Aprendizagem 12
Situao de Aprendizagem 1 A noo de proporcionalidade 12
Situao de Aprendizagem 2 Razo e proporo 22
Situao de Aprendizagem 3 Razes na Geometria 36
Situao de Aprendizagem 4 Grco de setores e proporcionalidade 50
Situao de Aprendizagem 5 Investigando sequncias por Aritmtica e lgebra 57
Situao de Aprendizagem 6 Equaes e frmulas 68
Situao de Aprendizagem 7 Equaes, perguntas e balanas 79
Situao de Aprendizagem 8 Proporcionalidade e equaes 92
Orientaes para Recuperao 101
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno paraa compreenso do tema 102
Consideraes Finais 104
Quadro de contedos do Ensino Fundamental Anos Finais 105
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
8/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
7
ORIENTAO GERAL SOBRE OS CADERNOSOs temas escolhidos para compor o con-
tedo disciplinar de cada volume no se afas-
tam, de maneira geral, do que usualmente
ensinado nas escolas ou do que apresentado
pelos livros didticos. As inovaes pretendi-
das referem-se forma de abordagem desses
temas, sugerida ao longo dos dois volumes.
Nessa abordagem, busca-se evidenciar os
princpios norteadores do presente currculo,
destacando-se a contextualizao dos con-tedos, as competncias pessoais envolvidas,
principalmente as relacionadas leitura e
escrita matemtica, bem como os elementos
culturais internos e externos Matemtica.
Em todos os volumes, os contedos esto
organizados em 16 unidades de extenses apro-
ximadamente iguais. De acordo com o nmero
de aulas disponveis por semana, o professor
poder explorar cada assunto com mais ou me-
nos aprofundamento, ou seja, poder escolher
uma escala adequada para tratar do assunto.
Em cada situao especca, ca a critrio do
professor determinar o tempo necessrio, por
exemplo, para trabalhar cada assunto. O tema
correspondente a uma das unidades pode ser
estendido para mais de uma semana, ao passo
que o de outra pode ser tratado de modo mais
simplicado. Independente disso, o ideal que
voc tente contemplar todas as 16 unidades, ten-
do em vista que, juntas, elas compem um pa-
norama do contedo de cada volume e, muitas
vezes, uma das unidades contribui para a com-
preenso das outras. Insistimos, no entanto, no
fato de que somente o professor, em sua circuns-tncia particular e levando em considerao seu
interesse e o de seus alunos pelos temas apresen-
tados, pode determinar adequadamente quanto
tempo dedicar a cada uma das unidades.
Ao longo dos volumes, so apresentadas,
alm de uma viso panormica de seu con-
tedo, oito Situaes de Aprendizagem, que
pretendem ilustrar a forma de abordagem su-gerida, instrumentando o professor para sua
ao em sala de aula.
As Situaes de Aprendizagem so inde-
pendentes e podem ser exploradas pelo pro-
fessor com maior ou menor aprofundamento,
segundo seu interesse e de sua classe. Natural-
mente, em razo das limitaes de espao dos
Cadernos, nem todas as unidades foram con-
templadas com Situaes de Aprendizagem,
mas a expectativa de que a forma de aborda-
gem seja explicitada nas atividades oferecidas.
Tambm so apresentados, sempre que
possvel, materiais, como textos, softwares,
sites, vdeos, entre outros, em sintonia com a
abordagem proposta, que o professor poder
utilizar para o enriquecimento de suas aulas.
Compem o Caderno, ainda, algumas con-
sideraes sobre a avaliao a ser realizada,
bem como o contedo considerado indispen-
svel ao desenvolvimento das competncias
enunciadas neste volume.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
9/1148
Contedos bsicos do volume
As oito primeiras unidades deste volume
abordam os seguintes temas: proporcionali-dade, conceito de razo, porcentagem como
razo, probabilidade como razo, razes
constantes na Geometria, representao de
porcentagens em grcos de setores, entre ou-
tros. As oito unidades restantes, por sua vez,
trabalham o uso de letras na Matemtica para
resoluo de equaes de 1ograu.
A variao das grandezas do mundo fsi-co geralmente envolve algum tipo de propor-
cionalidade. Dessa forma, a noo de pro-
porcionalidade de extrema importncia
para fundamentar o estudo de outras dis-
ciplinas, como Geograa, Fsica, Biologia,
entre outras.
Muitas situaes cotidianas requerem a ca-
pacidade de resolver e identicar problemas de
proporcionalidade. A interpretao da esca-
la de um mapa ou da planta de uma casa, a
adaptao de uma receita culinria para mais
pessoas ou a comparao de preos de produto
em quantidades diferentes so alguns exemplos
que ilustram o uso da noo de proporcionali-
dade no dia a dia.
A proporcionalidade constitui um dos
temas centrais estudados na 6asrie/7oano.
Nessa etapa da escolaridade, o aluno j pos-
sui os conhecimentos bsicos que lhe permi-
tem resolver muitos problemas de proporcio-
nalidade, pois ele certamente j lidou com
proporcionalidade de maneira informal, em
atividades de ampliao e reduo de guras,
em atividades envolvendo escalas de mapas
ou no estudo de fraes equivalentes. Mas
este o momento em que a noo de varia-o direta ou inversamente proporcional
apresentada e aprofundada, permitindo que
o aluno identique e diferencie as situaes
em que a proporcionalidade aparece.
Tradicionalmente, o ensino da proporcionali-
dade era feito de forma pragmtica, privilegiando
o uso da regra de trs e a formalizao algbrica
das relaes de proporcionalidade. Partia-se dadenio de razo e chegava-se ao conceito de
proporo como uma igualdade entre duas ra-
zes. O carter algbrico e formalista desse tipo
de abordagem acabava por afastar o aluno do
real entendimento da ideia de proporcionalidade
e cristalizava o uso indiscriminado da regra de
trs na resoluo de qualquer problema. Esse
fato geralmente apontado pelos professores do
Ensino Mdio ao proporem problemas que en-
volvem variaes exponenciais ou quadrticas,
nos quais no possvel usar a regra de trs.
No presente Caderno, propomos uma
abordagem que prioriza a construo da
noo de proporcionalidade pelo aluno, in-
centivando sua capacidade de interpretar
problemas e de identicar o tipo de propor-
cionalidade envolvida. No caso da 6a srie/
7o ano, esse tema pode aparecer sem uma
preocupao formal com o uso da represen-
tao simblica ou da regra de trs. Esses
procedimentos podem ser introduzidos mais
adiante, no contexto das fraes algbricas
e da resoluo de equaes.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
10/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
9
As quatro primeiras Situaes de Apren-
dizagem desenvolvidas neste Caderno percor-
rem as oito unidades apresentadas de forma
direta ou indireta. Na Situao de Aprendiza-gem 1, propomos uma sequncia de situaes-
-problema envolvendo o reconhecimento da
existncia de proporcionalidade. A constru-
o da noo de proporcionalidade envolve
tambm a capacidade de identicar situaes
em que ela no est presente. Sugerimos uma
metodologia alternativa para a resoluo dos
clssicos problemas que envolvem a variao
diretamente ou inversamente proporcionalentre duas ou mais grandezas. Em vez de usar
a frmula da regra de trs composta, o aluno
convidado a desenvolver uma sequncia de
transformaes proporcionais inspirado por
um jogo de palavras chamado duplex, cria-
do por Lewis Carroll, autor de Alice no pas
das maravilhas.
Na Situao de Aprendizagem 2, passa-
mos a tratar diretamente do conceito de razo,
construdo a partir das situaes-problema que
envolvem proporcionalidade direta. Apresenta-
mos, tambm, situaes-problema envolvendo
diferentes tipos de razo, como a porcentagem, a
escala em mapas e desenhos, a velocidade ou ra-
pidez, a densidade etc. Inclumos ainda a proba-
bilidade como uma razo, que expressa a chance
de ocorrncia de um evento em determinado es-
pao amostral, como no lanamento de moedas,
dados etc. Para nalizar a sequncia, propomos
uma atividade prtica envolvendo as razes pre-
sentes no corpo humano a partir do desenho de
Leonardo da Vinci, chamado Homem vitruvia-
no. Com base nesse desenho, os alunos pode-
ro observar e explorar o conceito de razo por
meio de medidas e comparaes.
Na Situao de Aprendizagem 3, procura-mos explorar a ideia de proporcionalidade nas
formas planas geomtricas. Inicialmente, apre-
sentamos uma situao que envolve a amplia-
o de uma gura, com o objetivo de construir
a noo de proporcionalidade geomtrica. Em
seguida, analisamos os principais casos envol-
vendo a determinao da razo de proporcio-
nalidade entre as partes de uma gura geom-
trica, como a razo entre a diagonal e o ladodo quadrado ou a razo entre o comprimento
da circunferncia e seu dimetro, chamada de
pi (). A opo por incluir essas duas ra-
zes, que normalmente aparecem somente na
8a srie/9o ano ou no Ensino Mdio, deve-se
ao fato de que ambas constituem um exemplo
bastante ilustrativo da existncia de proporcio-
nalidade em guras geomtricas simples. Apre-
sent-las agora aos alunos, sem a preocupao
de formalizar o conjunto dos nmeros irracio-
nais, contribui bastante para a compreenso da
proporcionalidade na Geometria.
Na Situao de Aprendizagem 4, articula-
mos, de maneira bastante pertinente, dois blo-
cos temticos do currculo de Matemtica: o
eixo denominado grandezas e medidas e o eixo
tratamento da informao. A elaborao e a in-
terpretao de grcos de setores envolvem tan-
to a noo de proporcionalidade e a compreen-
so da razo parte/todo como a capacidade de
representar informaes por meio de tabelas e
grcos. Propomos, inicialmente, algumas ativi-
dades que exploram a proporcionalidade na cir-
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
11/11410
cunferncia (entre ngulos e arcos). Em seguida,
passamos s situaes-problema, envolvendo
desde a interpretao e a leitura de grcos de
setores at a construo desses grcos a partirde tabelas com dados estatsticos.
As quatro Situaes de Aprendizagem -
nais desenvolvidas neste Caderno tm como
objetivo principal apresentar e discutir algu-
mas estratgias de ensino para a introduo
do uso de letras na Matemtica e para a reso-
luo de equaes de 1ograu
Na Situao de Aprendizagem 5, o foco
das atividades o reconhecimento de padres
em guras e em sequncias numricas. Um dos
objetivos da lgebra justamente a represen-
tao de regularidades por meio da linguagem
simblica da Matemtica. Apresentamos uma
srie de atividades que envolvem a descoberta
de padres e regularidades, bem como a poste-
rior representao destas na forma algbrica.
A Situao de Aprendizagem 6 explora a re-
lao entre frmulas e equaes. Entendemos
que o trabalho com frmulas uma estratgia
valiosa para trabalhar com equaes sem a
preocupao explcita de resolv-las. A fr-
mula possui um contexto que lhe inerente e
que favorece a compreenso e a aprendizagem
do aluno. Nessa Situao de Aprendizagem, o
objetivo principal fazer que o aluno realize
operaes com expresses algbricas sem se
preocupar com tcnicas e mtodos de resolu-
o. Para isso, so apresentados alguns exem-
plos de frmulas de diversas reas do conheci-
mento, como Economia, Fsica, Sade etc.
Na Situao de Aprendizagem 7, o foco do
trabalho a resoluo de equaes, e aqui ex-
ploramos duas linhas principais. A primeira
envolve um tipo de resoluo mais imediato, aoenxergar uma equao como uma pergunta do
tipo: qual o nmero que satisfaz determinadas
operaes aritmticas? Por meio de um racioc-
nio aritmtico, o aluno capaz de resolver deter-
minado tipo de equao usando apenas opera-
es inversas. A segunda linha de resoluo est
relacionada ideia de equivalncia. Faremos
uso da analogia com a imagem do equilbrio de
uma balana, a m de facilitar a compreensodos alunos com relao a certos procedimentos,
como somar ou subtrair um mesmo termo em
ambos os lados de uma equao. Nesse caso,
discutiremos as vantagens e os limites do uso
dessa imagem para ajudar na compreenso dos
processos de resoluo de equaes.
Por m, na Situao de Aprendizagem 8,
retomaremos algumas das noes de propor-
cionalidade trabalhadas anteriormente para
introduzir a regra de trs. No incio deste Ca-
derno, a abordagem dessas noes priorizou a
anlise de tabelas e o conceito de razo. Ago-
ra, dentro do contexto do estudo das equa-
es, podemos introduzir o procedimento da
regra de trs como forma de resoluo de pro-
blemas envolvendo proporcionalidade.
Consideramos que essas quatro ltimas Si-
tuaes de Aprendizagem compem um pano-
rama de estratgias bastante amplo e diversi-
cado, o qual deve ser utilizado para introduzir
o uso de letras na Matemtica. preciso ter
em mente que esse processo ter continuidade
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
12/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
1
Unidade 1 Explorando a noo de proporcionalidade.
Unidade 2 Proporcionalidade direta e proporcionalidade inversa.
Unidade 3 Problemas envolvendo variao diretamente ou inversamente proporcional.
Unidade 4 A razo de proporcionalidade.
Unidade 5 Principais tipos de razo.
Unidade 6 A porcentagem como razo.
Unidade 7 Razes na geometria.
Unidade 8 Grco de setores e porcentagem.
Unidade 9 O uso de letras na Matemtica identicao de padres e generalizao.
Unidade 10 O uso de letras na Matemtica letras para representar nmeros ou grandezas.
Unidade 11 Frmulas e equaes.Unidade 12 Incgnitas e variveis.
Unidade 13 Resoluo de equaes.
Unidade 14 Resoluo de equaes.
Unidade 15 Proporcionalidade e equaes.
Unidade 16 Regra de trs.
ao longo das sries/anos seguintes e que, nes-
se primeiro momento, procuramos valorizar a
construo do signicado para o uso de letras
e para a resoluo de equaes.
Reiteramos que as Situaes de Aprendi-
zagem apresentadas ao longo deste Caderno
so sugestes de trabalho que podem inspirar
a ao do professor em sala de aula. A adoo
de uma ou outra situao deve depender no
apenas do projeto de ensino do professor, mas
tambm das caractersticas de cada turma. O
professor pode e deve ampliar ou modicar asatividades propostas, desde que os objetivos
mnimos de aprendizagem sejam alcanados.
Gostaramos de ressaltar, por m, que as
atividades propostas a seguir constituem um
referencial para que o professor possa dire-
cionar as atividades em sala de aula. Nessesentido, elas so atividades exemplares que
tratam de alguma dimenso importante do
tema estudado.
Contamos com a leitura cuidadosa do que
proposto e apresentado aqui e esperamos
contribuir para uma aprendizagem efetiva dos
alunos.
As 16 unidades temticas que compem
este Caderno esto relacionadas a seguir.
Quadro geral de contedos do volume 2 da 6asrie/7oano do Ensino Fundamental
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
13/11412
SITUAO DE APRENDIZAGEM 1A NOO DE PROPORCIONALIDADE
O objetivo principal desta Situao de
Aprendizagem ampliar as noes de variao
direta e inversamente proporcionais entre gran-
dezas, aprimorando no aluno a capacidade
de resolver problemas e fazer previses em si-
tuaes que envolvam proporcionalidade.
bom lembrar que os alunos provavelmente j
possuem um conhecimento intuitivo sobre
proporcionalidade, derivado de experincia
em situaes concretas da vida cotidiana. A
partir da 6asrie/7oano, devemos capacitar o
aluno a reconhecer o tipo de proporcionalida-
de envolvida em diferentes situaes e a operar
e relacionar os valores envolvidos.
Inicialmente, so propostas atividades que
envolvem o reconhecimento da proporciona-
lidade. Elas tm por objetivo sondar o conhe-
cimento prvio dos alunos sobre proporciona-
lidade, cuja noo j vem sendo desenvolvida
desde as sries/anos anteriores, como no estudo
das fraes equivalentes ou dos mltiplos de um
nmero natural. Entendemos que a noo de
proporcionalidade envolve tambm a capaci-
dade de identicar as situaes em que ela no
est presente. Sugerimos que os alunos analisem
determinadas situaes, a m de vericar se h
ou no proporcionalidade.
Outro aspecto a ser destacado que no
basta duas grandezas variarem no mesmo sen-
tido, ou seja, aumentarem simultaneamente,
por exemplo, para que elas sejam diretamen-
te proporcionais. preciso que, se uma delas
dobrar de valor, a outra tambm dobre; se
uma delas triplicar, a outra tambm triplique,
e assim por diante. As situaes propostas na
atividade 5 tm por objetivo caracterizar a
SITUAES DE APRENDIZAGEM
Contedos e temas:proporcionalidade; variao diretamente proporcional; variao inversa-
mente proporcional; razo de proporcionalidade.
Competncias e habilidades: identicar situaes em que existe proporcionalidade entre grandezas;
usar a competncia leitora para interpretar problemas de proporcionalidade; resolver problemas
que envolvem a variao diretamente e inversamente proporcional entre grandezas.
Sugesto de estratgias:anlise e resoluo de situaes-problema; discusso coletiva sobre as
solues obtidas pelos alunos em cada situao-problema; uso de jogo para facilitar a com-
preenso da variao proporcional.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
14/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
1
diferena entre as variaes diretamente pro-
porcionais e as inversamente proporcionais.
importante, tambm, que os alunos sai-bam que a proporcionalidade direta entre duas
grandezas envolve sempre uma multiplicao
por um fator constante, chamado de razo de
proporcionalidade.
No nal, propomos uma atividade ldica
que favorecer ao aluno compreender, na pr-
tica, as noes de proporcionalidade apresen-
tadas nas atividades anteriores. Baseada numjogo denominado duplex, a atividade sugere
uma estratgia bastante simples para a reso-
luo de problemas envolvendo a variao de
duas ou mais grandezas proporcionais (dire-
tamente ou inversamente), sem o uso da regra
de trs composta.
Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 1
Reconhecendo a proporcionalidade
As atividades 1 e 2 tm como objetivo ava-
liar a capacidade de reconhecimento das si-
tuaes que envolvem proporcionalidade. Na
atividade 1, o aluno deve analisar se as previ-
ses feitas obedecem a algum tipo de propor-
cionalidade ou no.
1.Verique se as previses fei-tas so conveis e se h pro-
porcionalidade entre as gran-
dezas envolvidas. Justique sua resposta.
a) Um pintor gastou 1 hora para pintar
uma parede. Para pintar duas paredes
iguais quela, ele levar 2 horas.
A previso consistente, pois h proporcionalidade entre o
nmero de paredes e o tempo gasto para pint-las.
b) Um time marcou 2 gols nos primeiros
15 minutos de jogo. Portanto, ao final
do primeiro tempo (45 minutos), ele
ter marcado 6 gols.
Apesar de os nmeros do problema apresentarem propor-
cionalidade, a situao no permite uma previso confivel,
pois o rendimento de um time no constante ao longo de
um jogo, existindo uma srie de outros fatores que influen-
ciam o nmero de gols, como uma melhor marcao dos
jogadores da defesa do time adversrio.
c) Uma banheira contendo 100 litros
de gua demorou, aproximadamente,
5 minutos para ser esvaziada. Para es-
vaziar uma banheira com 200 litros de
gua sero necessrios, aproximada-
mente, 10 minutos.
A previso consistente, pois o tempo de vazo depende
do volume de gua a ser escoado. (Supe-se, nesse caso,
que a velocidade de vazo no varie significativamente,
podendo ser considerada constante.)
d) Em 1 hora de viagem, um trem com
velocidade constante percorreu 60 km.
Mantendo a mesma velocidade, aps
3 horas ele ter percorrido 150 km.
A previso est errada, pois, mantida a velocidade, o
trem deveria percorrer 180 km. Nesse caso, a distn-
cia percorrida diretamente proporcional ao tempo
de viagem.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
15/11414
e)Um estacionamento cobra R$ 3,00
por hora. Por um automvel que ficou
estacionado 2 horas, foi cobrado do
motorista o valor de R$ 6,00. Se eleficasse estacionado 6 horas, o valor
cobrado seria de R$ 18,00.
Nesse caso, a previso est correta, pois o valor a ser cobra-
do proporcional ao nmero de horas que o carro ficaria
estacionado.
f) Em 20 minutos, uma pessoa gastou
R$ 30,00 no supermercado. Se ela car
40 minutos, gastar R$ 60,00.A previso no consistente, pois o valor gasto em um su-
permercado no diretamente proporcional ao tempo de
permanncia nele.
g) Ao tomar um txi para ir da minha casa
at a escola, o motorista passou por 4
avenidas diferentes. O valor cobrado
pela corrida foi de R$ 10,00. Na volta,
ele passar somente por 2 avenidas, por-
tanto, o valor cobrado ser de R$ 5,00.
A previso est errada, uma vez que no existe relao direta
entre o nmero de avenidas pelas quais o txi passa e o valor
cobrado.
As situaes anteriores ilustram algu-mas caractersticas da proporcionalidade.
Primeiramente, deve haver algum grau dedependncia entre as grandezas envolvidas.Nos itens f e g, por exemplo, no h depen-dncia direta entre as grandezas envolvidas.Em segundo lugar, a variao entre as gran-dezas tem de ser a mesma. No item d, o cl-culo correto seria 180 km para o percursoaps 3 horas.
2. Em cada um dos casos a seguir, verique
se h ou no proporcionalidade direta en-
tre as medidas das grandezas correspon-
dentes. Justique sua resposta.
a) A altura de uma pessoa diretamente
proporcional sua idade?
No. Quando a idade de uma pessoa dobra digamos, passa
de 2 a 4 anos , no verdade que sua altura tambm dobra.
Se houvesse proporcionalidade direta, imagine a altura de
uma pessoa aos 40 anos.
b)O valor pago para abastecer o tanquede gasolina de um carro diretamen-
te proporcional quantidade de litros
abastecidos?
Sim. O valor pago para abastecer o tanque de gasolina de
um carro depende da quantidade de litros abastecida. Se
para abastecer com 10 litros gasta-se R$ 25,00, o valor para
abastecer com o triplo de litros (30 litros) ser trs vezes
maior (R$ 75,00).
c) A massa de uma pessoa diretamente
proporcional sua idade?
A massa de uma pessoa no diretamente proporcional
sua idade, pois no existe uma relao direta entre o au-
mento da idade de uma pessoa com sua massa, portan-
to, no se pode afirmar que, com o decorrer do tempo, a
massa aumenta ou diminui.
d) O permetro de um quadrado direta-
mente proporcional medida de seu lado?
Sim. O permetro de um quadrado igual a quatro vezes
a medida de seu lado. Se o lado aumenta, o permetro au-
menta proporcionalmente. O permetro de um quadrado
diretamente proporcional medida de seu lado, sendo a
constante de proporcionalidade igual a 4.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
16/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
1
e) A distncia percorrida por um auto-
mvel em 1 hora de viagem direta-
mente proporcional velocidade m-
dia desenvolvida?Sim. Um automvel que desenvolve uma velocidade m-
dia de 60 km/h ir percorrer 60 km em 1 hora. Se dobrar-
mos a velocidade, a distncia percorrida duplicar na mes-
ma proporo.
a) Um professor corrige 20 provas em
1 hora de trabalho. Aps 30 horas, ele
ter corrigido 600 provas.
No. Dificilmente o professor conseguir manter o mesmo
ritmo de trabalho durante 30 horas.
b) Um corredor percorre 10 km em 1 hora.
Portanto, aps 20 horas, ele ter percor-
rido 200 km.
No. Mesmo para um atleta, seria impossvel manter esse rit-
mo de corrida por tanto tempo.
c) Uma pessoa leu 3 livros na semana pas-sada. Em um ano, ela ler 156 livros.
No. O fato de ela ter lido 3 livros na semana anterior no
garante que ela necessariamente v manter o mesmo ritmo
de leitura ao longo do ano. Isso depende de outras variveis,
como o nmero de pginas do livro, disponibilidade de tempo
e dinheiro, disposio etc.
importante discutir com os alunos que a
proporcionalidade direta ocorre quando a va-
riao resulta de um processo multiplicativo, e
no aditivo. Ou seja, ambas as grandezas so
multiplicadas pelo mesmo fator. Deve-se ob-
servar que a multiplicao por um fator entre
0 e 1 equivalente diviso por um nmero.
Por exemplo, multiplicar por 0,5 o mesmo que
dividir por 2. Multiplicar por 0,25 o mesmo
que dividir por 4.
4.Verique se houve variao pro-
porcional nos seguintes casos.
a)Uma empresa resolveu dar um aumen-
to de R$ 200,00 para os funcionrios.
O salrio de Joo passou de R$ 400,00
importante orientar o aluno a fazerdeterminadas perguntas para decidir seuma situao envolve ou no proporciona-
lidade direta: avaliar se uma grandeza de-pende da outra; vericar se elas variam nomesmo sentido; calcular de quanto essavariao. Deve-se chamar a ateno para ofato de que, para haver proporcionalidadedireta, no basta que as duas grandezasvariem no mesmo sentido, isto , quandouma crescer a outra tambm crescer, evice-versa. preciso que o aumento deuma delas seja proporcional ao aumento
da outra.
Os limites da proporcionalidade
Na atividade 3, exploraremos os limites
da proporcionalidade em diferentes contex-
tos. Existem situaes em que a variao nu-
mrica envolve proporcionalidade, mas que,
na realidade, no so viveis ou possveis.
J na atividade 4, os alunos devem perceber
que a proporcionalidade ocorre em situa-
es que envolvem a multiplicao por um
fator constante.
3. Analise as situaes a seguir e avalie se elas
so possveis.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
17/11416
para R$ 600,00, enquanto o salrio
de Antnio passou de R$ 1 000,00 para
R$ 1 200,00. Houve proporcionalidade no
aumento salarial dado aos dois funcion-rios? Justique sua resposta.
O aumento no foi proporcional, pois embora tenha sido
o mesmo em termos absolutos (R$ 200,00), em termos re-
lativos ele foi diferente. Os R$ 200,00 de aumento represen-
tam metade do salrio de Joo, ao passo que para Antnio
esse acrscimo representa apenas um quinto de seu salrio.
A variao para Joo foi de 600 400 = 1,5 e para Antnio,
de 1 200 1 000 = 1,2.
b) Uma empresa de informtica resolveu dar
um desconto de 25% no preo de toda
a sua linha de produtos. O preo de um
computador passou de R$ 1 000,00 para
R$ 750,00, e o de uma impressora pas-
sou de R$ 400,00 para R$ 300,00. Houve
proporcionalidade no desconto dado nos
dois produtos? Justique sua resposta.
A reduo no preo dos dois produtos foi diretamente pro-
porcional aos preos originais. A variao no preo do com-
putador foi de 750 1 000 = 0,75, e da impressora, de 300 400 =
= 0,75. Ou seja, ambos foram multiplicados pelo mesmo fator.
Grandezas diretamente ou inversamenteproporcionais
A atividade 5, tem como objetivo a caracte-
rizao da diferena entre a proporcionalidade
direta e a proporcionalidade inversa. Na pro-
porcionalidade direta, as grandezas variam no
mesmo sentido, isto , se uma delas aumenta, a
outra tambm aumentar na mesma proporo. J
na proporcionalidade inversa, as variaes ocor-
rem em sentidos opostos, isto , se uma grandeza
aumenta, a outra diminui, e vice-versa, de modo
que, se uma dobrar, a outra se reduz metade;
se uma triplicar, a outra se reduz em1
3, e assim
por diante.
5.Analise as situaes a seguir
e verique se as grandezas en-
volvidas so direta ou inversa-
mente proporcionais.
a)Um pintor demora, em mdia, 2 horas
para pintar uma parede de 10 m2. Ob-serve a relao entre o tempo gasto, o
nmero de paredes pintadas e o nmero
de pintores representados na tabela a
seguir e complete as sentenas.
SITUAES A B C D
Nmero de pintores 1 1 2 2
Nmero de paredes de 10 m2 1 2 1 2Tempo gasto (horas) 2 4 1 2
O tempo gasto inversamenteproporcio-
nal ao nmero de pintores.
O tempo gasto diretamenteproporcio-
nal ao nmero de paredes.
Se o nmero de pintores dobrar, o tempo gasto para se pin-
tar uma parede ser a metade etc. O tempo gasto inversa-
mente proporcional ao nmero de pintores. Contudo, se o
nmero de paredes dobrar, o tempo necessrio para concluir
o servio tambm vai dobrar. Portanto, o tempo gasto dire-
tamente proporcional ao nmero de paredes.
b) Um automvel gasta 2 horas para percor-
rer 200 km, viajando com velocidade m-
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
18/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
1
Duplex
Lewis Carroll, autor de Alice no pas das maravilhas, era um matemtico que adorava
desenvolver quebra-cabeas. Em 1879, ele criou o duplex, um quebra-cabea que envolvia
a transformao de duas palavras com o mesmo nmero de letras. O desao consistia em
partir de uma palavra e chegar outra de mesmo nmero de letras, trocando uma letra por
veze formando, no caminho, palavras conhecidas. Veja o exemplo a seguir.
Transformar OURO em LIXO:
OURO Etapas
MURO Trocar o O pelo M
MUDO Trocar o R pelo D
MEDO Trocar o U pelo E
LEDO Trocar o M pelo L
LIDO Trocar o E pelo I
LIXO Trocar o D pelo X
dia de 100 km/h. Observe a relao entre
a velocidade mdia, a distncia percorrida
e o tempo gasto na viagem representados
na tabela a seguir e complete as sentenas.
SITUAES A B C D
Velocidade mdia(km/h)
100 100 50 50
Distncia percorrida 200 400 400 100
Tempo gasto (horas) 2 4 8 2
A distncia percorrida diretamente pro-porcional velocidade.
O tempo gasto inversamenteproporcio-
nal velocidade.
Dobrando a velocidade, o automvel percorrer o dobro da
distncia no mesmo tempo. Portanto, a distncia percorrida
diretamente proporcional velocidade. Por outro lado, se
a velocidade mdia for reduzida metade, o tempo gasto
para percorrer a mesma distncia dobrar. O tempo gasto
inversamente proporcional velocidade.
Duplex e os problemas deproporcionalidade
As atividades a seguir tm como objetivo
principal desenvolver a noo de proporciona-
lidade direta e inversa de uma forma ldica esignicativa. Ela permite resolver os famosos pro-
blemas de regra de trs composta de uma forma
diferente, sem o uso de uma frmula algbrica.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
19/11418
Duplex, tabelas e proporcionalidade
Usando o mesmo princpio, podemos resolver problemas matemticos por meio de tabelas.
Em vez de letras, o incio e o m do encadeamento sero nmeros. Por exemplo:
Para fazer uma dzia de pes, um padeiro gasta, aproximadamente, 3 600 gramas de
farinha. Quantos gramas de farinha sero necessrios para fazer 18 pes?
1opasso:colocar as informaes em uma tabela.
Nmero de pes Farinha (gramas)12 3 60018 ?
Proponha aos alunos que resolvam alguns
duplex para perceberem o mecanismo do jogo.
Eles devem notar que em cada etapa apenas uma
letra muda, as outras permanecem inalteradas.
6.Agora sua vez. Resolva os
duplex a seguir.
TIA POR LISO POETATUA PAR PISO PONTA
MAR PESO PONTO
PESA TONTOTANTO
LUA MAL PENA TANGO
Observao: pode haver outras solues para os duplex.
Portanto, sero necessrios 5 400 gramas de farinha para fazer os 18 pes.
2opasso:vericar se as grandezas envolvidas so direta ou inversamente proporcionais. Se
forem diretamente proporcionais, ento as grandezas devem ser multiplicadas ou divididas
pelo mesmo fator. No caso de serem inversamente proporcionais, se uma das grandezas for
multiplicada por um nmero, a outra dever ser dividida por esse mesmo nmero e vice-versa.
3opasso:assim como no duplex, o desao ser transformar o nmero 12 em 18 por meio
de operaes de multiplicao ou diviso, mantendo a proporcionalidade (direta ou inversa)
entre as grandezas envolvidas.
Nmero de pes Farinha (gramas) Transformaes12 3 600 Diviso por 62 600 Multiplicao por 918 5 400
6
9
6
9
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
20/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
1
7.Na tabela a seguir, registra-
ram-se a quantidade vendida e
o valor recebido pela venda de
um mesmo produto. Contudo, alguns valoresno foram preenchidos. Complete a tabela,
mantendo a proporcionalidade direta entre a
quantidade vendida e o valor recebido.
Quantidade vendida Valor recebido
. 1
2
10 R$ 30,00 .1
2
5 . 15
. 15
R$ 15,00
7 1 R$ 3,00 7
7 2 2R$ 21,00
10 14 R$ 42,00 10
140 R$ 420,00
Havendo proporcionalidade direta, a ra-
zo entre os valores correspondentes das duasgrandezas deve ser constante. Portanto, se aquantidade vendida cair pela metade (10 para 5),o valor recebido tambm cair pela metade(30 para 15). Da mesma forma, se o valor rece-bido aumenta em 7 vezes, a quantidade vendi-da tambm ser multiplicada por 7.
A partir da tabela anterior, pode-se chamar
a ateno para o fato de que algo permanece
constante na comparao entre as colunas.
Pea aos alunos que dividam o valor da segun-
da coluna pelo da primeira, em todas as linhas.
Eles vo perceber que a relao entre o valor
recebido e a quantidade vendida sempre 3.
(30 10 = 15 5 = 3 1 = 21 7 = 42 14 = 420
140 = 3).Esse o preo unitrio do produto,
cujo valor aparece na tabela quando a quantida-
de vendida unitria. Trata-se, na verdade, da ra-
zo de proporcionalidadeentre as duas grandezas.
Dessa forma, podemos armar que, se
duas grandezas so diretamente proporcio-
nais, a razo entre os valores correspondentes
permanece constante, sendo chamada de ra-
zo de proporcionalidade.
Vejamos agora uma situao que envolve
grandezas inversamente proporcionais.
8. Um clube dispe de uma quantia xa de
dinheiro para comprar bolas de futebol
para os treinamentos. Com o dinheiro dis-
ponvel, possvel comprar, de um forne-
cedor, 24 bolas a R$ 6,00 cada. O gerente
pesquisou os preos de outros fabricantes
e anotou as informaes na tabela a seguir.
Complete-a obedecendo ao princpio de pro-
porcionalidade e descubra qual foi o menor
preo pesquisado pelo gerente.
Preo de uma bola Nmero de bolas
R$ 6,00 24
R$ 12,00 12
R$ 4,00 36
R$ 2,00 72R$ 24,00 6
R$ 1,00 144
R$ 72,00 2
O menor preo pesquisado foi de R$ 1,00, como mostra
a tabela.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
21/11420
Nesse caso, os alunos devero perceber
que, quanto maior o preo, menor a quanti-
dade de bolas que se pode comprar. Portanto,
as grandezas so inversamente proporcionais,e o que se mantm constante no a razo,
mas o produto entre elas: 6 24 = 12 12 = 4 36 =
= 2 72 = 24 6 = 1 144 = 722 = 144
Ou seja, duas grandezas so inversamente
proporcionais quando o produto do valor de
uma delas pelo correspondente da outra for
constante. No problema em questo, esse
produto nada mais do que a quantia de di-
nheiro disponvel para comprar as bolas.
O prximo exemplo envolve a variao de
trs grandezas distintas que possuem uma re-
lao de interdependncia. importante que
os alunos se questionem sobre o tipo de pro-
porcionalidade (direta ou inversa) envolvida
entre cada par de grandezas.
9. Para produzir 1 000 m de um cabo telef-
nico, 24 operrios trabalham regularmente
durante 6 dias. Quantos dias sero neces-
srios para produzir 1 250 m de cabo com
10 operrios trabalhando?
a) Indique se as grandezas, duas a duas,
mantidas as demais constantes, so di-
reta ou inversamente proporcionais.
Fixando-se o tempo de trabalho, a pro-
duo de cabos diretamenteproporcional
ao nmero de operrios.
Fixando-se a quantidade de cabos, o
tempo de produo inversamente pro-
porcional ao nmero de operrios.
Fixando-se o nmero de operrios, a
quantidade de cabos diretamentepropor-
cional ao tempo de produo.
b)Preencha a tabela a seguir mantendo a
proporcionalidade entre as linhas.
Produo decabos (m)
Nmero deoperrios
Tempo deproduo (dias)
1 000 24 6
2 000 24 12
2 000 48 6500 12 6
500 24 3
500 6 12
250 3 12
125 3 6
1 250 30 6
1 250 10 18
Professor, comente com os alunos que, emcada linha, h uma grandeza que permanececonstante, enquanto as demais variam, de for-ma direta ou inversamente proporcional. Nasegunda linha, considerando o mesmo nme-ro de operrios, para se produzir o dobro dametragem de cabos ser necessrio o dobrodo tempo, uma vez que se trata de grandezas
diretamente proporcionais.
Na atividade anterior, alguns passos
para chegar resposta do problema j es-
tavam preenchidos na tabela. Ou seja, havia
um caminho que levava da situao inicial
(produo de 1 000 metros de cabos, com 24
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
22/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
2
operrios, em 6 dias) para a situao nal
desejada (saber quantos dias seriam neces-
srios para produzir 1 250 metros de cabo
com 10 operrios trabalhando). Na prximaatividade, o aluno dever construir o seu
prprio caminho, partindo de uma situao
inicial e chegando resposta da atividade.
Da mesma forma que no duplex, cada alu-
no poder construir um caminho diferente,
desde que mantidas as relaes de propor-
cionalidade entre as grandezas.
10.Para produzir 180 pias de gra-nito, 15 pessoas trabalham du-
rante 12 dias em uma jornada de
10 horas de trabalho dirio. Procurando
adequar sua empresa nova legislao traba-
lhista, o diretor reduziu a jornada de tra-
balho de 10 para 8 horas ao dia e contra-
tou mais funcionrios. Ao mesmo tempo,
a demanda por pias aumentou, e ser ne-
cessrio aumentar a produo. Nesse
novo contexto, quantos dias sero neces-
srios para produzir 540 pias de granito,
contando com 25 pessoas trabalhando
8 horas por dia?
a) Relacione, duas a duas, as grandezas,mantidas as demais constantes, e indi-
que o tipo de proporcionalidade envol-
vida (direta ou inversa).
A produo de pias diretamente proporcional ao nmero
de funcionrios.
O tempo de produo inversamente proporcional ao n-
mero de funcionrios.
O tempo de produo diretamente proporcional ao nmero
de pias a serem produzidas.
A produo de pias diretamente proporcional ao nmero
de horas trabalhadas por dia.
O nmero de funcionrios inversamente proporcional ao
nmero de horas trabalhadas.
O tempo de produo inversamente proporcional ao n-
mero de horas trabalhadas.
b)Preencha a tabela a seguir e encontre a
soluo do problema.
Um possvel caminho o seguinte:
Produode pias
Nmero de funcionrios Tempo de produo (dias)Nmero de horas
trabalhadas por dia
180 15 12 10
180 15 60 2
180 15 15 8
180 5 45 8
180 25 9 8
540 25 27 8
Sero necessrios 27 dias de produo.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
23/11422
Consideraes sobre a avaliao
Ao nal dessas atividades espera-se que os
alunos sejam capazes de reconhecer situaesque envolvam algum tipo de proporcionalida-
de direta e inversa. Eles devem ser capazes de
quanticar a variao das grandezas e vericar
se existe ou no proporcionalidade direta entre
elas. Do mesmo modo, espera-se que eles con-
sigam distinguir as situaes em que as grande-
zas variam de modo diretamente proporcional
daquelas em que variam entre si de maneira
inversamente proporcional. Alm disso, quesaibam resolver problemas envolvendo duas
ou mais grandezas, direta ou inversamen-
te proporcionais.
A avaliao da aprendizagem dos alunos
com relao a esses tpicos poder ser feita a
partir da aplicao de atividades similares s
propostas ao longo da Situao de Aprendiza-
gem. A organizao da resoluo e a capaci-
dade de identicaras informaes pertinentes,organiz-lasem tabelas, calcularas variaes
ocorridas, classic-lasquanto sua natureza
e realizar os clculos obedecendo ao princpio
de proporcionalidade so aspectos que devem
ser trabalhados pelo professor e, consequen-
temente, avaliados por meio de um ou maisinstrumentos: provas, tarefas de casa, traba-
lhos em dupla, discusses coletivas etc. Cabe
ao professor a escolha do instrumento de ava-
liao mais adequado a ser utilizado em fun-
o das caractersticas de seus alunos e do seu
planejamento efetivo de aulas.
importante, tambm, que o professor
considere no apenas a aquisio do concei-to matemtico estudado no caso, a pro-
porcionalidade , mas todas as dimenses
envolvidas na resoluo dessas atividades,
como a competncia leitora, que fundamen-
tal para a interpretao dos enunciados das
situaes-problema. Ou, ainda, a capacidade
de expresso, seja na lngua materna, seja na
matemtica usada para dar as respostas dos
problemas. Alm disso, deve-se valorizar tam-
bm a capacidade de argumentao, envolvida
na escolha de determinado caminho na reso-
luo de um problema.
Contedos e temas:razo; proporcionalidade; escala; porcentagem; probabilidade.
Competncias e habilidades:compreender o conceito de razo na Matemtica; saber calculara razo entre duas grandezas de mesma natureza ou de natureza distinta; conhecer os prin-cipais tipos de razo: escala, porcentagem, velocidade, probabilidade etc.; realizar medidascom preciso.
Sugesto de estratgias:explorao, resoluo e discusso de situaes-problema envolvendoos diferentes tipos de razo; atividade prtica de investigao das razes e propores nocorpo humano.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 2RAZO E PROPORO
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
24/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
2
A Situao de Aprendizagem 2 trata de
um conceito fundamental na Matemtica:
a razo. Ele est presente nos mais diversos
contextos, desde o trabalho com medidas ato estudo de funes e progresses numricas,
passando pela semelhana geomtrica, tri-
gonometria etc. Optamos por formalizar o
conceito de razo depois do estudo das va-
riaes proporcionais entre grandezas, pois,
dessa forma, os alunos j estariam inseridos
no contexto da comparao entre grandezas.
A ideia da existncia de um fator constante
que relaciona duas grandezas, chamado derazo de proporcionalidade, foi problematiza-
da na Situao de Aprendizagem 1. Agora,
vamos ampliar o conceito de razo para ou-
tros contextos.
Inicialmente, consideramos importante
partir do significado que a palavra razo
assume no senso comum, ou seja, do enten-
dimento que os alunos tm dessa palavra,
para depois introduzir o conceito especfico
que ela assume na Matemtica. Em seguida,
propomos uma discusso sobre as formas de
representao de uma razo, desde a forma
fracionria at a porcentagem. So apresen-
tadas tambm algumas situaes-problema
envolvendo os tipos mais comuns de razo,
como a escalausada em mapas, a velocidade
de um objeto, a densidade, o PIB per capi-
taetc. A probabilidade apresentada como
uma razo especfica que expressa a relao
entre o nmero de possibilidades de ocor-
rncia de um evento particular e o nmero
total de possibilidades de um espao amos-
tral determinado.
Por m, propomos a realizao de uma ati-
vidade prtica envolvendo as razes presentes
no corpo humano. Partindo de um texto e de
uma obra de Leonardo da Vinci, conhecidacomo Homem vitruviano, os alunos devem em-
pregar o conceito de razo para averiguar se as
propores do desenho correspondem s ra-
zes citadas no texto. Os alunos devem realizar
medidas do desenho de Da Vinci e calcular as
razes entre as partes do corpo humano. Essa
atividade mobiliza uma srie de competncias
dos alunos: a competncia leitora e escritora
para interpretar um texto e traduzi-lo em lin-guagem matemtica, a competncia de realizar
medidas com preciso, a capacidade de compa-
rar medidas, razes e mdias, entre outras.
importante lembrar que as atividades
propostas a seguir constituem apenas um
referencial para que o professor possa dire-
cionar as atividades em sala de aula. Dessa
forma, elas so apenas ilustrativas, podendo
ser reduzidas, ampliadas e modicadas pelo
professor de acordo com as caractersticas de
cada grupo/classe.
Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 2
O conceito de razo
O conceito de razo est intimamente liga-
do ao de proporo. Na atividade 7 da Situa-
o de Aprendizagem anterior, por exemplo,
chamamos a ateno para o fato de que havia
um valor constante que relacionava as duas
grandezas envolvidas. Em qualquer uma das
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
25/11424
linhas da tabela, ao dividirmos o valor recebi-
do pela quantidade vendida, obtinha-se sem-
pre o mesmo resultado, o nmero 3. Naquele
contexto, esse valor signicava o preo unit-rio do produto vendido. Em termos matem-
ticos, tal valor corresponde razo de propor-
cionalidade entre as grandezas envolvidas.
Esse conceito poderia ter sido introduzido
antes do estudo das variaes proporcionais.
Contudo, achamos que seria mais signicativo
para o aluno compreender o conceito de razo a
partir das situaes de proporcionalidade estu-dadas, como o nmero que expressa a relao de
proporcionalidade entre duas grandezas. Duas
grandezas so diretamente proporcionais quan-
do a razo entre os valores de uma e os valores
correspondentes da outra constante. Esse va-
lor constante a razo de proporcionalidade.
A razo pode no estar diretamente liga-
da a uma situao de proporcionalidade. Ela
pode simplesmente representar a relao entre
duas grandezas em determinado momento ou
circunstncia. Por exemplo, o nmero de gols
por partida de um jogador em um determina-
do campeonato ou a relao entre o nmero
de meninos e meninas em uma classe. A razo
uma forma de comparao entre os valores
de duas grandezas de mesma natureza ou de
naturezas diferentes.
Representao de uma razo
Um aspecto que pode ser explorado com
os alunos so as diferentes formas de re-
presentao de uma razo. Sendo a razo
a diviso indicada entre dois nmeros, ela
pode ser escrita de diversas maneiras.
Quando o resultado da diviso for exato,a razo poder ser escrita como um nmero
inteiro. Por exemplo: uma impressora impri-
me 300 pginas em 10 minutos. Portanto, a
razo pginas por minuto igual a 30.
Quando o resultado da diviso no for
exato, a razo poder ser escrita na forma
decimalou fracionria. Por exemplo: um ter-
reno de 35 m2custa R$ 12 000,00. Portanto,a razo reais por m2 de, aproximadamen-
te, 342,85; para fazer determinado refresco,
deve-se utilizar 1 parte de suco concentrado
para 5 partes de gua. Tal razo pode ser
escrita na forma de frao: 15
.
Alm da notao fracionria, muito co-
mum o uso da lnguamaternapara expressar
a razo entre duas grandezas. Por exemplo:
1 em cada 10 brasileiros gosta de jogar v-
lei, em vez de usar a frao 1
10.
Outra forma muito usual de expressar
uma razo por meio da porcentagem. A por-
centagem uma razo particular em que se
compara certo nmero a 100. Ela til para
expressar razes que, de outra forma, seriam
de difcil compreenso na forma decimal
ou fracionria.
Consideremos, por exemplo, uma pesqui-
sa feita sobre os hbitos de prtica esportiva
em uma cidade. Consultando-se 17 425 pes-
soas, constatou-se que 3 721 faziam exerccios
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
26/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
2
fsicos regularmente. A partir dos nmeros
apresentados, difcil fazer uma ideia exata
da proporo de pessoas que praticam exer-
ccios fsicos regularmente, seja na forma
fracionria 3 72117 425
, seja na decimal (0,214).
Contudo, se tal razo fosse apresentada
como 21,4%, teramos uma noo mais cla-
ra dessa proporo: em cada 100 habitantes,
aproximadamente 21 fazem exerccios fsicos
regularmente.
A porcentagem facilita no s a leitura,mas tambm a comparaoentre razes. Su-
ponha que um aluno tenha acertado 12 ques-
tes de 20 em uma prova, e 17 questes de
26 em outra. O uso da porcentagem permite
comparar facilmente a razo de acertos em
cada prova: na 1a prova, a razo de acertos
foi de 60%, e na 2a, de 65,4%. Trata-se de
uma comparao entre fraes de mesmo de-
nominador (100), ou seja, uma comparao
entre equivalentes.
Essa facilidade para leitura e compara-
o faz da porcentagem uma forma bas-
tante utilizada para representar razes que
expressem uma relao entre a parte e o
todo. Assim, costumamos ouvir expresses
do tipo: a porcentagem de analfabetos em
uma populao; a porcentagem de acertos
em um teste; a porcentagem de meninos em
uma escola etc.
Para poder expressar uma razo como
porcentagem, precisamos capacitar o aluno a
transformar nmeros escritos na forma decimal
em porcentagens. A porcentagem uma for-
ma de representar fraes cujo denomina-
dor 100. Escrevemos 5% para representar a
frao5
100, e 40% para representar
40
100.
Em notao decimal, a centsima parte da
unidade representada na casa dos centsi-
mos. A leitura do nmero 0,02 (dois centsi-
mos) remete sua representao fracionria,
2
100, e, consequentemente, sua forma
percentual: 2%. Nas atividades a seguir,
apresentamos alguns questionamentos nosquais podemos verificar as concepes es-
pontneas do educando a respeito do con-
ceito de razo.
1. O que voc entende por
razo?
Resposta pessoal. Muitas interpretaes
devero surgir, uma vez que esse conceito est extre -
mamente disseminado em nossa lngua e assume in-
meros significados de acordo com os contextos em que
aparece. Neste primeiro momento, pode ser que o con-
ceito matemtico de razo no aparea nas respostas
dos alunos.
2. Procure no dicionrio alguns signicados
para a palavra razo.
Resposta pessoal. Professor, vlido comentar com os alu-
nos sobre os variados sentidos do verbete razo, referentes
a diferentes temas (exemplo: Filosofia, Matemtica etc.). Por
exemplo, o dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa traz
a seguinte definio: Razo. S.f. 1. faculdade de raciocinar,
apreender, compreender, ponderar, julgar; a inteligncia; 2.
raciocnio que conduz induo ou deduo de algo; 3.
capacidade de avaliar com correo, com discernimento;
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
27/11426
bom senso, juzo; 4. causa origem; 5. argumento, motivo; 6.
a lei moral, justia.
3. Qual o signicado da palavra razo emMatemtica?
Deve-se enfatizar o fato de que a palavra razo adquire
um significado especfico no mbito da Matemtica. Ela
representa a relao existente entre dois nmeros a e b,
apresentada na forma b
a, com b 0. Assim, se a razo b
a
igual a c, isso significa que b = c a. importante diferen-
ciar o conceito de razo do de frao. A frao uma forma
de expressar a razo entre dois nmeros inteiros. Assim, toda
frao tambm uma razo, mas nem toda razo pode ser
expressa como uma frao. bom lembrar que os nmeros
irracionais no podem ser escritos na forma de frao, e o
nmero , que irracional, representa a razo entre o com-
primento da circunferncia e o dimetro desta.
4. Calcule os resultados das razes a seguir e
expresse-os em termos de porcentagem:
a) razo 3 : 150A razo 3 : 150 tem como resultado 0,02 (2 centsimos). Em
porcentagem, a razo de 2%.
b) razo 24 : 40
A razo 24 : 40 tem como resultado 0,6 (6 dcimos), que equi-
vale a 0,60 (60 centsimos), ou seja, 60%.
c) razo 4 : 50
A razo 4 : 50 tem como resultado 0,08 (8 centsimos), ou
seja, 8%.
d) razo 9 : 125
A razo 9 : 125 tem como resultado 0,072 (7 centsimos e
2 milsimos), ou seja, 7,2%.
e) razo 165 : 300
A razo 165 : 300 tem como resultado 0,55 (55 centsimos),
ou seja, 55%.
Razes conhecidas
Algumas razes recebem um nome especial
em virtude de sua ampla utilizao em algu-
mas reas do conhecimento, como escalas,
renda per capita, velocidade mdia, densida-
de, entre outras. As atividades a seguir explo-
ram o clculo de algumas dessas razes.
Escala
5. O que escala? Explique por meio de um
exemplo.
De modo geral, escala a razo entre a medida de um ob-
jeto representado em um desenho e a medida correspon-
dente ao objeto real. importante que se destaque que a
escala um tipo especial de razo matemtica. No caso
dos mapas, por exemplo, a escala a razo entre a medida
de uma regio representada em um desenho e a medida
correspondente regio real. Geralmente, um mapa traz
essa informao para facilitar a transposio da medida do
desenho para a medida real do objeto. Um mapa constru-
do na escala 1 : 100 000 indica que cada unidade de com-
primento no desenho , na realidade, cem mil vezes maior.
6. O mapa a seguir foi feito na escala
1 : 30 000 000 (l-se um para trinta mi-
lhes). Essa notao representa a razo de
proporcionalidade entre o desenho e o real,
ou seja, cada unidade no desenho , na reali-
dade, 30 milhes de vezes maior. Utilizando
uma rgua e a escala fornecida, determine:
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
28/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
29/11428
7.Com base no texto apresentado
na seo Leitura e anlise de texto,
resolva as seguintes questes.
a) Qual foi a velocidade mdia de um
automvel que percorreu 530 km em
6 horas?
A velocidade mdia a razo entre o deslocamento de
530 km e o intervalo de tempo para efetu-lo, ou seja, 6
horas. Portanto, a velocidade mdia nesse caso de aproxi-
madamente 88 km/h.
b)Qual a pulsao (batimentos por mi-
nuto) de uma pessoa cujo corao bate
12 vezes a cada 10 segundos?
Se o corao dessa pessoa bate 12 vezes a cada 10 segundos,
em 1 segundo ele bater 1,2 vez e, em 60 segundos, 72 vezes.
Portanto, a pulsao de 72 batimentos por minuto.
c) Qual a velocidade de transmisso de
dados na internet, em kbps (quilobytes
por segundo), de um computador que
leva 30 segundos para baixar um arqui-
vo de 12 megabytes?
(Dica: 1 megabyte= 1 000 quilobytes.)
Como 12 megabytes igual a 12 000 quilobytes, ento, a ve-
locidade de transmisso ser igual a 12 000 30 = 400 kbps, ou
seja, 400 quilobytespor segundo.
8. Pesquise o signicado
das expresses densidade
de um materiale densidade
demogrca.
Densidade de um material a quantidade de massa
existente em cada unidade de seu volume. Ou seja,
a razo entre a massa e o volume de um corpo. Aunidade mais usada para expressar a densidade de um
material o grama por centmetro cbico (g/cm3). Por
exemplo, a densidade da gua de 1 grama por cent-
metro cbico (g/cm3).
J a densidade demogrfica a razo entre o nmero de
habitantes que vivem em uma regio e sua rea.
Velocidade
Em Fsica, a velocidade a medida da rapidez com que um objeto altera a sua posio. Emnosso cotidiano, a palavra velocidade geralmente signica velocidade mdia, que a razo
entre um deslocamento e o intervalo de tempo gasto para efetuar esse deslocamento. Dessa
forma, quando nos referimos velocidade de um carro (80 km/h), ou de um corredor (4 m/s),
estamos nos referindo sua velocidade mdia.
O conceito de velocidade pode ser estendido para outras situaes anlogas. Por exemplo:
a pulsaoou frequncia de batimentos cardacos exprime a rapidez com que o corao bate,
ou seja, o nmero de batimentos por minuto. O normal em uma pessoa ter uma pulsao
entre 60 e 100 batimentos por minuto.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
30/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
31/11430
Probabilidade
A probabilidade um tipo especial de razo, na qual se compara o nmero de pos-
sibilidades de ocorrncia de um evento particular com o nmero total de possibilidades
relacionadas a esse evento. Por exemplo, no lanamento de uma moeda, a probabilidade de
obter a face cara de uma em duas, ou seja, uma chance em duas, ou 1
2, ou, ainda, 50%.
a razo entre o nmero de possibilidades de obter cara (1) e o nmero total de possibilidades,
cara ou coroa (2). No lanamento de um dado numerado de 1 a 6, a probabilidade de obter o
nmero 5 de uma em seis, ou 1
6, ou 16,7%.
b) Jogando-se ao acaso duas moedas,qual a probabilidade de se obter duas
coroas?
O espao amostral do lanamento de duas moedas : cara-
-cara; cara-coroa; coroa-cara; coroa-coroa (4 possibilidades).
A probabilidade de obter duas coroas de 1 em 4, ou 0,25,
ou 25%.
c) Uma urna contm 7 bolas, sendo 3 ver-
melhas e 4 pretas. Retirando-se uma bola
ao acaso, qual a probabilidade de que
ela seja vermelha? E de que ela seja preta?
A probabilidade de retirar uma bola vermelha de 3 em 7,
ou 0,429, ou 42,9%.
A probabilidade de retirar uma bola preta de 4 em 7, ou
0,571 ou 57,1%.
d) Um baralho contm 52 cartas, sendo
13 cartas de cada naipe (copas, ouros,
espadas e paus). Retirando-se uma
carta ao acaso, qual a probabilidade
de se obter uma carta de copas? E de se
obter um valete?
A probabilidade de retirar uma carta de copas de 13 em 52,
ou 0,25, ou 25%.
Para determinar a probabilidade de ocorrn-cia de determinado evento, devemos quanticar
o nmero de casos em que esse evento ocorre e
o nmero total de casos possveis, chamado de
espao amostral. A razo entre esses valores
o que chamamos de probabilidade. O resultado
dessa razo pode ser expresso como nmero de-
cimal ou como porcentagem.
12.Com base nas informaes
apresentadas na seo Leitura
e anlise de texto, resolva as
questes a seguir.
a) No lanamento de um dado numerado
de 1 a 6, qual a probabilidade de se
obter um nmero par? E um nmero
maior que 4?
O nmero total de possibilidades no lanamento de um dado
6. O nmero de ocorrncias de nmero par so 3 (2, 4 ou 6).
Portanto, a probabilidade de obter um nmero par de 3 em
6, ou 0,5, ou 50%.
J o nmero de ocorrncias de nmeros maiores que 4 so 2
(5 ou 6). Portanto, a probabilidade desse evento de 2 em 6,
ou 0,333..., ou aproximadamente 33%.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
32/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
33/11432
e) Em determinado dia, US$ 20,00 eram
vendidos por R$ 36,00 e US$ 50,00 por
R$ 90,00.
Quantidade dedlares (US$)
Valor emreais (R$)
Razo(reais por dlar)
20 36 36 20 = 1,80
50 90 90 50 = 1,80
Sim, h proporcionalidade, pois o preo do dlar foi o mes-
mo nas duas situaes, ou seja, R$ 1,80 por dlar.
Na atividade a seguir, os alunos realizaro
medidas e clculos de razes no corpo huma-
no a partir das razes indicadas por Leonardo
da Vinci no Homem vitruviano. Proponha
inicialmente a leitura do texto a seguir e, na
sequncia, pea aos alunos que completem a
tabela que indica as diferentes razes apre-
sentadas no texto.
OHomem vitruvianoe as razes no corpo humano
Leonardo da Vinci foi uma das guras mais criativas de seu tempo. Ele viveu na Itlia, nosculo XV, e criou algumas das obras mais famosas de todos os tempos, como a Mona Lisa,A ltima ceia e A virgem das rochas. Leonardo realizou estudos nas mais diversas reas: pintura,arquitetura, engenharia, anatomia, entre outras. Ele conseguiu, como ningum, aproximar a cinciada arte. Leonardo tambm produziu um estudo sobre as propores do corpo humano, baseadono tratado feito pelo arquiteto romano Marcus Vitruvius, que, no sculo I a.C. havia descrito aspropores ideais do corpo humano, segundo um padro de harmonia matemtica. Assim comomuitos outros artistas, Leonardo interessou-se pelo trabalho de Vitruvius e registrou-o em um deseus cadernos de anotao. No meio dessas anotaes, desenhou a gura de um homem dentro
de um crculo e de um quadrado. Essa gura, chamada de Homem vitruviano, acabou se tornandoum de seus trabalhos mais conhecidos, simbolizando o esprito renascentista. O desenho de DaVinci evidenciou a retomada e a valorizao de princpios da tradio greco-latina, tais comobeleza, harmonia, equilbrio e proporo. Essa obra atualmente faz parte da coleo das GalleriedellAccademia(Galerias da Academia), em Veneza, na Itlia.
Reproduzimos, a seguir, alguns trechos do texto de Da Vinci que acompanham a gravura do Homemvitruviano.
[...] O comprimento dos braos abertos de um homem igual sua altura [...]; desde o fundo do
queixo at ao topo da cabea um oitavo da altura do homem [...]; a maior largura dos ombros contmem si prpria a quarta parte do homem. [...] Desde o cotovelo at o ngulo da axila um oitavo da alturado homem. A mo inteira ser um dcimo da altura do homem. [...] O p um stimo do homem [...]; adistncia entre o fundo do queixo e o nariz, e entre as razes dos cabelos e as sobrancelhas a mesma, e, como a orelha, um tero da cara.
Disponvel em: .Acesso em: 20 nov. 2013.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
34/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
35/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
36/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
3
Partes do corpoMedidasem cm
Em relao altura
Em relao face
Altura do homem 10,8
Longitude dos braos 10,8 1,001 ou 100,1%
Altura da cabea 1,3 0,121 ou 12,1%
Largura dos ombros 2,7 0,252 ou 25,2%
Do cotovelo s axilas 1,3 0,121 ou 12,1%
Comprimento da mo 1,1 0,102 ou 10,2%
Comprimento do p 1,5 0,139 ou 13,9%
Altura da face (do queixo raiz dos cabelos) 1,0
Do queixo ao nariz 0,3 0,30 ou 30%
Da sobrancelha raiz dos cabelos 0,3 0,30 ou 30%
Observao: valores aproximados.
16.Compare as razes obtidas por
meio das medidas (atividade 15)
com aquelas descritas no texto de
Da Vinci (atividade 14). Os resultados ca-
ram prximos? Houve diferenas? O que
poderia explicar as diferenas observadas
(se houver)?
As medidas sempre esto sujeitas a imprecises, assim como
a reproduo da imagem pode no estar na proporo do
desenho original. Talvez seja necessrio orientar os alunos
na identificao de determinadas distncias entre partes
do corpo, como entre o cotovelo e as axilas. O desenho
traz marcas que ajudam a perceber o incio e o fim de cada
membro. importante diferenciar o tamanho da cabea do
tamanho da face.
Se as medidas forem realizadas com preciso, provvel
que as razes obtidas pelos alunos fiquem muito prximas
das descritas na atividade 14.
Consideraes sobre a avaliao
No final deste percurso de aprendi-
zagem, a expectativa de que os alunos
compreendam o conceito de razo na Ma-
temtica e saibam reconhec-lo, calcul-lo
e problematiz-lo em diversas situaes e
problemas. Acreditamos que os exemplos
e as situaes-problema apresentados pos-
sam contribuir para um aprendizado signi-
ficativo e contextualizado do conceito de
razo. A atividade 14, alm de despertar a
curiosidade dos alunos em relao ao pr-
prio corpo, envolve uma srie de compe-
tncias e habilidades especficas, tais como:
leitura e interpretao de texto; observao
de imagem; clculo de razes e mdias; rea-
lizao de medidas.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
37/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
38/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
3
comprimento de uma gura em duas vezes, e
sua altura em trs vezes, o aluno facilmente
vericar que houve uma distoro, isto ,
que as partes no aumentaram proporcional-mente. Esse o tema da atividade 1.
Em seguida, passamos a investigar as guras
geomtricas mais tradicionais, como o quadra-
do, o tringulo e a circunferncia. Nessas ativi-
dades, o aluno dever vericar a existncia ou
no de uma razo de proporcionalidade cons-
tante. A constatao de que a diagonal do qua-
drado diretamente proporcional ao seu ladolevar o aluno a descobrir uma razo constante
cujo valor , aproximadamente, 1,4. Ou que o
comprimento da circunferncia proporcional
ao seu dimetro na razo aproximada de 3,1,
razo esta representada pela letra grega (pi).
Por outro lado, em outra atividade, ele po-
der perceber que a medida do cateto oposto
de um tringulo no diretamente proporcio-
nal medida do ngulo oposto a ele. Por meio
desses exemplos, pretende-se que o aluno seja
capaz de avaliar em que situaes existe pro-
porcionalidade direta ou no, calculando as
razes e comparando-as.
Embora o estudo do acontea geralmen-
te a partir da 8asrie/9oano, entendemos que
sua incluso na 6asrie/7oano, sem uma preo-
cupao formal com a ampliao do campo
numrico, contribui para a compreenso sig-
nicativa da existncia de uma razo constan-
te nas guras geomtricas. Alm disso, a partir
da caracterizao da razo , exploramos al-
guns problemas envolvendo a determinao
do comprimento da circunferncia ou do seu
dimetro (atividade 6).
Por m, exploramos a proporcionalidadeexistente no retngulo ureo com a mesma in-
teno adotada na explorao do e da raiz
quadrada de 2, ou seja, de servir como um
exemplo ilustrativo e signicativo da ideia de
proporcionalidade nas guras geomtricas.
Ampliao de guras
1. A gura a seguir mostra odesenho de uma caravela re-
presentado em uma malha
quadriculada.
a) Considerando como unidade de medi-
da os lados dos quadrados, determine o
comprimento e a altura da caravela.
Por meio da malha quadriculada, pode-se perceber que as
dimenses da caravela original ocupam 6 quadrados ho-
rizontais e 6 quadrados verticais. Portanto, a razo entre as
dimenses 1.
b) Qual das guras a seguir corresponde a
uma ampliao proporcional da cara-
vela original?
ConexoEditorial
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
39/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
40/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
41/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
42/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
43/11442
5. Registre as medidas do comprimento da cir-
cunferncia (C) e do dimetro (D) do objeto
circular na tabela. Em seguida, calcule a ra-
zo entre C e D. Registre tambm as medidas
e as razes obtidas por quatro colegas que te-
nham escolhido um objeto diferente do seu.
IV.Usando o compasso, trace a mediatrizentre os pontos A e B e entre os pontos B e C.
V.A interseo das duas mediatrizes o centro da circunferncia. Desenhe o dimetro da circunfe-rncia e mea seu comprimento com a rgua.
C A
B
Objeto circular Comprimento C (cm) Dimetro D (cm) Razo C___D
Mdia
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
44/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
45/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
46/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
47/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
48/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
49/11448
1o-)
2o-)
3o-)
4o-)
Tire as medidas dos lados dos quatro re-
tngulos assinalados nas guras e regis-
tre-as na tabela. Em seguida, resolva as
questes propostas.
a) Calcule a razo aproximada entre as
medidas do lado maior e do lado menor
de cada retngulo.
b) Calcule a mdia entre as razes obtidas.Resposta dos exerccios (a) e (b):
RetnguloLado maior
(cm)Lado menor
(cm)Razo
1o 6,3 3,9 1,61
2o 3,9 2,4 1,62
3o 2,4 1,5 1,6
4o 1,5 1,0 1,5
Mdia 1,58
c) A mdia cou prxima do valor da ra-
zo urea?
A mdia deve se aproximar do valor da razo urea, podendo
ser um pouco maior ou menor em razo das imprecises do
desenho e das medidas.
d) H proporcionalidade entre os retngu-
los destacados na cor vermelha?
Sim, pois a razo entre as medidas dos lados aproximada-
mente 1,6 para todos os retngulos.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
50/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
4
Construo geomtrica
9.A espiral urea ou logartmica uma es-
piral que cresce segundo a razo urea. Oformato da concha Nautilus(apresentada
na seo Leitura e anlise de texto) apro-
xima-se de uma espiral desse tipo. A cada
quarto de volta, a curva aumenta na razo
de 1,618, aproximadamente. Essa espiral
pode ser construda com base no retngu-
lo ureo, como veremos a seguir.
Etapas: Usando o compasso, trace um quarto
de circunferncia no quadrado maior (
direita), com centro no ponto Ae raio
igual ao lado desse quadrado.
Faa o mesmo com o segundo quadra-
do maior (em cima esquerda), com
centro no ponto B, de modo a dar con-
tinuidade ao arco anterior.
Repita essa construo para todos os
quadrados internos ao retngulo. O re-
sultado nal a espiral urea.
C
DE
FG
B
A
Consideraes sobre a avaliao
Ao nal desta Situao de Aprendizagem,
espera-se que os alunos sejam capazes de reco-nhecer a existncia de proporcionalidade em
guras geomtricas, por meio do clculo da ra-
zo de proporcionalidade. Alm disso, eles de-
vem conhecer as principais razes existentes na
Geometria, como a razo entre a diagonal e o
lado do quadrado ( 2 ) e a razo entre o com-
primento e o dimetro da circunferncia ().
Essa mais uma etapa do aprendizado
de proporcionalidade, que vai acompanhar
o aluno ao longo de sua vida escolar. Parti-
cularmente, as razes constantes em guras
geomtricas sero fundamentais para o pos-
terior estudo da semelhana geomtrica e
da trigonometria.
A avaliao da aprendizagemdos alunos em
relao ao contedo estudado pode ser feita a
partir da aplicao das atividades propostas
ao longo da Situao de Aprendizagem. H
de se ter ateno especial em relao s cons-
trues geomtricas e s medidas, principal-
mente no caso da representao de quadrados
e circunferncias.
Nas atividades desenvolvidas at aqui, explo-ramos a razo urea. Do mesmo modo que opi,o valor da razo urea simbolizado por uma
letra do alfabeto grego, o: . Ele tambm umnmero irracional, possuindo innitas casas de-cimais no peridicas. No o caso de comentar
essas caractersticas na 6a srie/7oano. Para osalunos, o importante nesse momento observarsituaes de proporcionalidade em guras geo-mtricas, o que foi feito ao longo desta Situao
de Aprendizagem.
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
51/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
52/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
53/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
54/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
55/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
56/114
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
5
O Grfico 3. Pode-se observar na tabela que o futebol corres-
ponde a 50% da preferncia, ou seja, meia circunferncia, ou
180o. O vlei foi escolhido por 25% das pessoas, ou seja, um
quarto da circunferncia, ou 90o. O nico grfico que possui
esses dois setores circulares (180oe 90o) o Grfico 3.
c) Que cor corresponde a cada um dos
esportes?
O azul corresponde ao futebol; o violeta, ao vlei; o bege, ao
basquete; e o azul-claro, corrida.
5. O resultado de uma pesquisa feita com
80 pessoas sobre a preferncia de um localde viagem gerou o seguinte grco:
Montanha
Outros
Cidadeshistricas Praia
a) usando um transferidor, mea os ngulos
centrais de cada setor circular represen-
tado no grco e anote-os na tabela.
b) calcule as porcentagens que represen-
tam a razo entre cada ngulo e 360.
Anote-as na tabela.
c) calcule o nmero de pessoas que escolheram
cada tipo de viagem. Anote-o na tabela.
Local ngulocentral %Nmero
de pessoasPraia 144,0 40,0 32
Montanha 108,0 30,0 24Cidades
histricas 72,0 20,0 16
Outros 36,0 10,0 8Total 360,0 100,0 80
6. Para saber qual era o programa cultural
mais apreciado pelos habitantes de uma ci-
dade, foi feita uma pesquisa cujos resulta-
dos (em porcentagem) esto representadosna tabela a seguir.
Programapreferido %
ngulocentral
Cinema 37,5 135o
Msica 25,0 90o
Teatro 16,7 60o
Dana 12,5 45o
Outros 8,3 30o
Total 100,0 360oObservao: valores aproximados
a) Usando proporcionalidade, determine
os ngulos correspondentes s porcenta-
gens expressas na tabela.
Se 100% corresponde a 360ona circunferncia, ento: 37,5%
de 360o igual a 135o. 25% de 360o igual a 90o. 16,7% de 360o
igual a aproximadamente 60o. 12,5% de 360o igual a 45o.
8,3% de 360o igual a 30oaproximadamente.
b) Usando a circunferncia a seguir, que
foi dividida em 24 setores de 15 cada
um, represente os resultados da pesqui-
sa por meio de um grco de setores.
(Dica:faa as aproximaes dos ngu-
los centrais para valores inteiros.)
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
57/114
7/26/2019 CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa MAT Matematica EF 6S 7A
58/1145
Matemtica 6asrie /7oano Volume 2
SITUAO DE APRENDIZAGEM 5INVESTIGANDO SEQUNCIAS POR ARITMTICA E LGEBRA
Roteiro para aplicao da Situaode Aprendizagem 5
Um dos objetivos centrais do processo de en-
sino e aprendizagem da lgebra generalizar re-
gularidades. O uso de letras para representar, por
exemplo, o padro de uma determinada sequn-
cia numrica um dos recursos que a lgebra
nos permite. Nesse caso, a generalizao de uma
sequncia numrica com o uso de expresses al-
gbricas pode ser til para determinar nmeros
especcos da sequncia sem recorrer a processos
aritmticos. Nesta Situao de Aprendizagem,
apresentamos uma proposta de trabalho com
sequncias, numricas ou no, como forma de
motivao para a busca de expresses algbricas.
Antes do trabalho com sequncias numri-
cas, propomos que sejam exploradas algumas
sequncias de padro geomtrico ou gur