00 - Português - Claudia

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  • 7/31/2019 00 - Portugus - Claudia

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    CURSO ON-LINE PORTUGUS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRFICO

    PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI

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    www.pontodosconcursos.com.br

    AULA Z ERO L NGUA PORTUGUESA PARA CONCURSOS

    Bem-vindos aula demonstrativa de Lngua Portuguesa para Concursos.Por se tratar de uma turma terica, como praticamente TODOS os concursos exigemessa disciplina (a exceo fica por conta de alguns certames jurdicos), nosso estudono ser dirigido a uma nica banca, mas a maior parte delas, de modo que o alunoesteja preparado para prestar qualquer prova e obter um timo desempenho. Claroque isso vai depender, principalmente, de sua dedicao, acompanhando as aulas,resolvendo os exerccios de fixao e participando ativamente do frum.

    Estaremos sempre disposio para qualquer esclarecimento. No tenha inibio emexpor suas dvidas, pois s as tem quem estuda, no mesmo?

    Nos exerccios de fixao, o aluno ser apresentado s questes de prova dasprincipais bancas examinadoras do pas (Cespe/UnB, ESAF, Fundao Carlos Chagas,

    Vunesp etc.) e ter a oportunidade de conhecer a forma como elas costumam exploraros conceitos da disciplina.

    A novidade deste curso terico a apresentao das novas regras or t ogr f icas , e,em relao a isso, cabe o seguinte aviso. O Acordo j est em vigor e, por isso, nadaimpede que alguma banca examinadora exija do candidato conhecimento sobre oassunto. Alm disso, as bancas j adaptaram suas provas nova grafia. Assim, maisdo que nunca, voc que deseja a aprovao em um concurso pblico precisa estaratualizado.

    Para uma melhor fixao das regras, ao lado da forma antiga, ser apresentada anova ortografia. H, tambm, na rea aberta do stio, alguns artigos que tratamdessas mudanas vale a pena conferir. A adaptao ser feita aos poucos teremosat 2012 para adequar nosso jeito de escrever (s mudou a grafia a pronnciacontinua a mesma!) e at l valem as duas (nova e antiga). Somente a partir de 2013,a velha ortografia deixar de existir e restar apenas uma vaga lembrana dela(...rs...).

    As questes apresentadas tm apenas a funo de fixar o conceito ensinado. Por isso,decidimos manter a grafia original da prova (se aplicada antes de 2009, no sofrer asalteraes provenientes do Acordo Ortogrfico). No comentrio, citaremos o queporventura tenha sido alterado.

    Quem acha que estudar Portugus besteira, que d pra fazer a prova s com o quej sabe, se esquece que, alm do conhecimento, o que a banca busca no candidato agilidade em resolver a prova.

    Recebo muitas mensagens com dvidas sobre como se preparar para um concurso

    pblico, especialmente os da rea fiscal. Minha resposta costuma ser a mesma. Sodois os elementos fundamentais para a preparao de qualquer candidato a concursospblicos: DEDICAO e HUMILDADE.

    Normalmente, aquele que chega de salto alto, achando que no preciso estudar adisciplina X ou Y, certamente ter dificuldades exatamente nessa matria.

    Quem j est nessa estrada sabe que no so poucos os exemplos de candidato que,na hora da prova, no consegue tempo suficiente para resolver todas as questes eacaba tendo de contar com a sorte. Ou ento, erra questes fceis simplesmenteporque perdeu tempo tentando resolver uma questo mais complicada.

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    Por fim, vire um chato corrija (mentalmente, se no quiser acumular inimigos) o queescuta e l por a, traga para o seu cotidiano as lies que veremos aqui, procureincorporar os conhecimentos de Portugus ao seu dia-a-dia. Afinal, no assim que sefaz quando se aprende uma lngua estrangeira?

    Desarme-se, livre-se dos traumas que carrega at hoje e receba as lies de coraoaberto.

    Em nosso encontro de hoje, daremos uma demonstrao do que teremos a partir daprimeira aula apresentao de conceitos e resoluo de questes de prova parafixao do contedo.

    Como sempre, comeamos com ORTOGRAFIA, assunto que ser abordado j naprxima aula.

    ORTOGRAFI A E SEMNTI CA

    Ortografia a parte da gramtica que estabelece normas para a correta grafia daspalavras.

    Nas palavras de Pasquale Cipro Neto, no h quem, vez ou outra, no depare comuma dvida de grafia. bem verdade que precisamos, em boa parte dos casos,conhecer a etimologia das palavras, mas existe um nmero considervel de situaesem que h sistematizao. O professor afirma tambm que quanto mais se l equanto mais se escreve, mais se obtm familiaridade com as palavras e sua grafia.

    preciso, tambm, aceitar de peito aberto que no demrito desconhecer a grafia devocbulos pouco usados. Nessas horas, basta consultar um dicionrio.

    Como primeira regra, devemos ter em mente que uma palavra derivada mantm agrafia da palavra primitiva, como acontece com a palavra moada , derivada de moo ,e pr inces inha, derivada de pr incesa.

    Parece simples, no ? Ento, por que tanta gente tem dificuldade em escrever onome do profissional que cuida do cabelo das pessoas? Algum arrisca um palpite a?Vamos seguir o raciocnio de PALAVRA ORIGINRIA / PALAVRA DERIVADA. A partir dapalavra originria cabelo , formam-se as demais.

    Por exemplo: o conjunto de cabelos da cabea chamado de cabe le i ra (CABEL + -EIRA, sufixo latino que indica, dentre outras coisas, o conjunto ou acmulo deelementos).

    Assim, o profissional que cuida da cabele i r a de algum cabe le i re i ro (CABELEIR + o

    mesmo sufixo EIRO, desta vez indicando o praticante de certo ofcio, profisso ouatividade). Agora, d uma volta no seu bairro e perceba a quantidade de cabelereiroou cabeleleiro que h por a. Um profissional zeloso, na dvida, escreve salo debeleza. S no deve cometer o deslize de colocar na porta de seu estabelecimentouma placa com os seguintes dizeres (como j vi, eu juro!!!...rs...): Corto cabelo epinto. Esse texto possui uma ambiguidade capaz de afastar eventuais clientes.

    Algumas regras ajudam a entender o processo de formao de algumas palavras, maso que ajuda mesmo a fixar a grafia a memria visual. Quem tem filho pequeno jpercebeu como faz uma criana que acabou de ser alfabetizada: ela tem sede de lertudo o que passa na sua frente, de out-door a embalagem de biscoito. Vai juntandoslaba por slaba at identificar a palavra e a ela liga o significado. Com o tempo, nosacostumamos a ler o conjunto, a figura que a palavra forma. Identificamos a grafia

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    de uma palavra em seu todo, no lemos mais letra por letra, slaba por slaba, a noser que a palavra seja totalmente desconhecida para ns.

    Voc capaz de ler rapidamente as palavras que j conhece, ao passo que, as demais,precisa ler com mais cuidado. Agora, com as novas regras de ortografia, a dificuldadese tornou ainda maior, j que temos uma forte tendncia a no reconhecer a palavraescrita de forma diferente. Para mim, a pior de todas ide ia . Sem o acento,parece que fica faltando alguma coisa. Em breve, saberemos o que mudou, calma!

    Mais um desafio: leia I NEXPUGNABI LI DADE. Confesse: voc leu de primeira outeve de juntar as letrinhas? Mais outra: I N EXTI N G U I B I L I D AD E (essa tive de digitaraos poucos pra no errar... e voc, ao ler, pronunciou ou no o u do dgrafo gu i ? Viualgum trema ali? Quando falarmos sobre TREMA, veremos se voc leu certinho...).

    Por que esse bl-bl-bl todo? Para que voc no caia nas pegadinhas tradicionaisde algumas bancas. Elas omitem acentos (especialmente na letra i), trocam asletras, colocam uma palavra parecida ou at inventada, desde que com o mesmo som(subexistir, no lugar de subsistir, em uma questo da ESAF). Ao ler com pressa, ocrebro identifica a palavra correta e seu significado, sem que perceba a alterao feitapelo examinador. Por isso, nas questes em que a banca pede para marcar o nmerode erros de ortografia, necessrio ler diversas vezes o texto at identificar TODOS oserros.

    Veja agora uma questo de prova que abordou esse assunto:

    ( ESAF/ AFC SFC/ 20 02) No texto abaixo, foram introduzidos erros. Para san-los,foram propostas algumas substituies. Julgue as substituies e depois assinale aopo que contm a seqncia das alteraes necessrias para adequar o texto aopadro culto formal do idioma.

    O conceito de tributo, face sua interpretao nos conformes Constituio, tem essapeculiaridade: deve obedecer ao princpio da legalidade estrita. Cumpre ressaltar maisuma vez: no h possibilidade de discricionariedade na definio legislativa do tributo,mas s teremos tributo se o dever de pagar uma importncia ao Estado for vinculado previso de ter riqueza.

    (Nina T. D. Rodrigues, com adaptaes)

    IV. substitu ir discricionariedade(l .5 e 6) por discricionaridade

    Item ERRADO.

    Comentrio.

    Se houvesse dvida com relao grafia, o candidato poderia buscar uma outrapalavra parecida (ou seja, um paradigma) que tivesse passado pelo mesmo processo:

    SRI O -> SERI EDADE

    SOLIDRI O - > SOLIDARI EDADE

    SCI O -> SOCIEDADE

    SBRI O -> SOBRI EDADE

    DISCRICIONRI O -> DISCRICIONARIEDADE

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    Como bem maior a quantidade de vocbulos terminados por I O, em comparaocom os de terminao EO, pode ocorrer a contaminao e, por conseguinte, erro nagrafia de vocbulos como HOMOGNEO (confira como foi a questo 17 da prova paraAFRF 2003, mais adiante). Ento, para dissipar dvidas, vamos buscar um paradigma.O que acontece com essa palavra o mesmo que ocorre com:

    CORPREO -> CORPOREI DADE

    IDNEO -> IDONEIDADE

    CONTEMPORNEO -> CONTEMPORANEIDADE

    INSTANTNEO -> INSTANTANEIDADE

    ESPONTNEO -> ESPONTANEIDADE

    Essa dica do paradigma vai tambm ajudar e muito em relao a conjugao

    verbal.Mais um exemplo de como essa regra do paradigma nos ajuda a resolver questes deortografia.

    ( FCC/ I SS- SP/ Jane i r o 2007 ) Est correta a grafia de todas as palavras na frase:

    (A) No constitui uma primasia dos animais a satisfao dos impulsos instintivos:tambm o homem regozija-se em atender a muitos deles.

    (B) As situaes de impunidade infligem srios danos organizao das sociedadesque tenham a preteno da exemplaridade.

    (C) difcil atingir uma relao de complementaridade entre a premnsia dos instintosnaturais e a fora da razo.

    (D) Se impossvel chegarmos abstenso completa da satisfao dos instintos,devemos, ao menos, procurar constringir seu poder sobre ns.

    (E) A dissuaso dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanes, de modoque a cada delito corresponda uma justa punio.

    Gabarito: E

    Comentrio.

    A partir da regra do paradigma, a grafia de muitas das palavras duvidosas daquesto poderia ser identificada.

    Na opo B, consta a palavra preteno.Ora, vamos nos lembrar de uma palavra parecida com essa: COMPREENSO (ato deCOMPREENDER), que se escreve com S.

    Se:

    COMPREENDER COMPREENSO

    Ento:

    PRETENDER PRETENSO (com s e no )

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    Em (D), o candidato deparou-se com abstenso, que o ato de ABSTER-SE. Nadvida, deveria buscar um paradigma. Uma palavra mais comum em nossovocabulrio DETENO (ato de DETER).

    Se:

    DETER DETENO

    Ento:

    ABSTER ABSTENO (com e no s)

    Na opo C, tambm poderamos empregar novamente a regra do paradigma, aoanalisarmos a grafia de premnsia.

    Essa palavra tem relao com PREMENTE (adjetivo). Podemos usar, para comparao,a palavra URGENTE (seu sinnimo mais popular).

    Se:

    URGENTE URGNCIA

    Ento,

    PREMENTE PREMNCIA (com c e no s)

    Finalmente, os substantivos correspondentes ao que PRIMAZ (o que ocupa oprimeiro lugar, escrito com a letra Z) apresentam duas formas: uma mantm a grafiada palavra primitiva: PRIMAZIA, tambm com Z; a outra, mais comum, sofre alterao PRIMACIA (com C e slaba tnica CI). Podemos compar-la com outras palavras:

    - CONTUMAZ CONTUMCIA- PERTINAZ PERTINCIA- EFICAZ EFICCIA (a mais famosa de todas).

    Em tempo: na opo (A), est correta a grafia do verbo REGOZIJAR (de gozo,tambm com z), e, na opo (B), foi usado adequadamente o verbo INFLIGIR, quesignifica aplicar. Mais sobre isso, veremos nas prximas aulas.

    Por hoje s.

    Lembramos que esse curso um relanamento e que as questes apresentadas,repito, tm a funo de fixar o conceito. A nica novidade est em incluir comentriossobre as mudanas ortogrficas, recentemente implantadas em nossa lngua.

    At o prximo encontro.