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" Os alunos de Geografia da Escola Secundária de Santa Maria da Feira , publicaram o segundo número da sua revista. A todos os elementos da comunidade, desejam uma boa leitura"
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geografias (Uma partilha de reflexões em torno de questões geográficas...)
ESCOLA SECUNDÁRIA DE SANTA MARIA DA FEIRA
ALUNOS DE GEOGRAFIA 2011-2012
2
MAIO/JUNHO 2012
geografias (Uma partilha de reflexões em torno de questões geográficas...)
ESCOLA SECUNDÁRIA DE SANTA MARIA DA FEIRA
ALUNOS DE GEOGRAFIA 2011-2012
3
Editorial
Cá estamos! Desta vez somos mais. Somos os alunos de Geografia
e Área de Integração da Escola Secundária de Santa Maria da
Feira.
Os nossos professores lançaram-nos o desafio. Vimos o que os
nossos antecessores fizeram ano passado e decidimos ampliar…
Tudo foi escrito por nós a partir das aulas; É isso que também
deve ser uma aula, um ponto de partida não é? E a Geografia, que
ciência tão especial…parece que cruza todas as áreas
interpretando o mundo.
A todos os que nos lerem
Saudações geográficas
4
ÍNDICE
Página:
Recursos Naturais
A Terra, um planeta a proteger 4
Recursos Naturais: usá-los, preservá-los ou geri-los? 5
Portugal e o drama dos recursos naturais 5
A Paisagem… um recurso 6
Natalidade
A população é antes de mais um recurso 7
Portugal, um lar de idosos? 8
Desenvolvimento Sustentável
E contudo, ela vive 9
She´s alive … she´s hurting 10
Conflitos
Religião – Fonte de conflitos? 11
Imagine um mundo sem religião 12
(In)Acção da ONU 13
Dá que pensar … 14
5
A Terra, um planeta a proteger
O Homem consome os recursos naturais a um
ritmo muito acelerado, o que pode provocar o seu
esgotamento. Vamos falar da exploração irracional do
petróleo.
O petróleo é um recurso natural energético
que é usado como matéria-prima ou fonte de energia. É
a principal fonte de energia do mundo, o que gera
grandes interesses por parte de muitos países. O
mundo inteiro continua a depender dele para se poder
movimentar.
Há cerca de trinta anos, a possibilidade do
esgotamento dos recursos petrolíferos foi percebida
como uma ameaça real de curto prazo. O consumo de
petróleo cresce em ritmo acelerado, assim como o
preço do mesmo.
A utilização do petróleo pela indústria moderna é feita
desde 1846, tendo vindo a aumentar até hoje.
Atualmente, consumimos mais de 85 milhões de barris
por dia.
Nós achamos que a exploração do petróleo tem
sido prejudicial para a saúde e qualidade de vida do
Homem, prejudicando-o.
Por se tratar de um produto com alto risco de
contaminação, o petróleo provoca graves danos ao
meio ambiente quando entra em contacto com oceanos
ou com a superfície do solo.
Alguns dos principais problemas associados à
utilização do petróleo como fonte de energia são a
poluição atmosférica e o aumento do efeito de estufa,
que contribui para o Aquecimento Global.
A utilização deste recurso natural devia ter em
conta o sustento das gerações futuras e, neste
momento, isso não acontece.
O petróleo provoca o interesse de diferentes países, o
que pode levar ao desentendimento.
Concluindo, a exploração das reservas de petróleo
devia ser realizada de forma racional, já que é um
recurso energético não renovável. Devia ser explorado
de maneira a preservar o ambiente e não prejudicar as
gerações futuras.
Catarina Heitor nº10
Ana Rita Ferreira nº 3
Simone Loureiro nº28
8ºE
6
Os recursos naturais não renováveis estão a ser sobre-
explorados pelo Homem, sendo assim, estes correm o
risco de se extinguirem.
Para travar este acontecimento, acho que podemos
virar-nos para os recursos naturais renováveis e
respetivas energias (como por exemplo: o sol,
produzindo energia solar, o vento, produzindo energia
eólica, o calor do interior da terra produzindo energia
geotérmica, entre outros) ou optar por diminuir o
consumo dos recursos naturais não renováveis:
podemos escolher entre andar de autocarro, a pé,...
Diminuindo assim o consumo de petróleo; promover a
reciclagem, com isto reaproveitamos material não sendo
preciso consumir mais petróleo para o fabrico de
plásticos. Além de que reduzimos consideravelmente os
lançamentos de gases poluidores para a atmosfera.
José António Almeida, 8ºD
Portugal e o drama dos Recursos Naturais Como deveria ser do saber nacional,
Portugal é muito “pobre” em recursos naturais não-
renováveis como: carvão, petróleo, urânio, e gás
natural, tendo que importar esses combustíveis
fósseis de outros países.
Mas agora eu pergunto: porquê gastar
milhões a importar esses recursos? Por que não
apostar em recursos renováveis?
Segundo especialistas a instalação do
equipamento e a sua manutenção iria ser de elevado
preço, a sua eficiência energética poderia ser
limitada. Mas a longo prazo iríamos poupar mais,
iríamos respeitar o ambiente, pois os recursos
renováveis não poluem nem a sua exploração degrada
o ambiente. Também esses recursos não se esgotam
ou têm a capacidade de se regenerar a uma
velocidade elevada. Os recursos não-renováveis pelo
contrário esgotam-se, degradam e poluem o ambiente.
Hugo Leal 8ºD
Recursos Naturais: usá-los,
preservá-los ou geri-los?
7
A Paisagem… um recurso
Meio rural e Meio urbano
Revendo todas as matérias que demos desde o
1ºperíodo, a que mais me chamou a atenção e a que mais
gostei de estudar foi o tema das áreas de fixação
humana.
Gostei particularmente deste tema porque foi
interessante conhecer as diferenças entre o meio rural
e o meio urbano. Não imaginava que as diferenças
fossem tão significativas. Agora percebo a razão pela
qual algumas pessoas mudam de área de residência. Por
exemplo, quem vive no meio urbano e está “cansado” do
stress habitual que existe nas cidades, tenta arranjar
uma forma de ir viver para o campo e assim ter uma
vida mais calma. Por sua vez, algumas pessoas preferem
a agitação das cidades e mudam-se do meio rural para o
meio urbano.
Vanessa Costa 8º D
8
A População é antes de mais, um
recurso…
Ao longo dos anos, a população vai envelhecendo,
mas este não é um facto que, há uns tempos atrás,
levantasse grande preocupação, pois a renovação de
gerações era assegurada pelas taxas de natalidade
(número de nascimentos numa dada população por cada
1000 habitantes) que eram muito elevadas.
Estas continuam a ser muito elevadas nos países
em vias de desenvolvimento, como por exemplo em
Angola, que, segundo uma estimativa da ONU divulgada em
Outubro de 2011, tem a maior taxa de natalidade do mundo
pelo que a renovação de gerações está assegurada.
Nestes países em desenvolvimento há um excesso de
população jovem e são, geralmente, países da África, Sul
da Ásia e do Médio Oriente.
No entanto, quando falamos dos países
desenvolvidos (países da Europa, América do Norte e
Oceânia; Japão) a história muda de cenário. Segundo o
Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011
divulgado a 26 de Outubro de 2011 pelas Nações Unidas,
Portugal tem a segunda mais baixa taxa de fecundidade
(número médio de filhos por mulher em idade de
procriar) do mundo com apenas 1,3 filhos por mulher.
Esta é inferior a 2,1 filhos por mulher, que é a necessária
para que haja renovação de gerações.
Isto deve-se a muitos fatores, mas
principalmente à idade cada vez mais tardia do
casamento e ao facto de as mulheres também se
encontrarem no mercado de trabalho.
Além do perigo de não haver renovação de gerações,
estes países enfrentam as graves consequências da baixa
natalidade como: a diminuição da população ativa; o
aumento das despesas com a saúde, construção de lares
e segurança social; escolas e maternidades são
encerradas.
Caso a taxa de natalidade não comece a aumentar nos
países desenvolvidos, tal pode vir a comprometer a
humanidade. Um futuro próximo, em que haja poucas
crianças, levará a um futuro não tão próximo em que
essas crianças já serão adultos, em pouca quantidade,
que também levarão ao nascimento de poucas crianças e
assim sucessivamente, criando um ciclo repetitivo.
Estes problemas são bastante graves e podem
comprometer o desenvolvimento do país. Para que tal não
aconteça os governantes devem promover as medidas da
política natalista, que visam um aumento da natalidade. Só
assim é que veremos a população infantil a aumentar e
estes problemas a diminuírem.
Gabriela Gomes, nº7, 8ºD
9
reduzida população em idade ativa; risco de colapso da
segurança social; encerramento de escolas e
maternidades visto que não há crianças para manterem
estes estabelecimentos abertos.
Contudo, também surgem algumas vantagens, como:
uma maior disponibilidade dos idosos no apoio à família
e a implantação da atividade turística. Em Portugal, a
média de filhos por mulher em idade fértil é de 1.3, sendo
por isso necessário procurar medidas para colmatar
este problema, para que o Índice de Fecundidade se
situe no mínimo nos 2.1. Estas medidas são,
presentemente, chamadas de Políticas Natalistas.
Algumas destas medidas são: reforço de abonos e
subsídios familiares; gratuidade na frequência de
infantários e na escolaridade obrigatória; vacinação e
assistência médica gratuita para as crianças;
alargamento da licença de parto, tanto para a mãe como
para o pai, e medidas de apoio especiais a famílias
numerosas. Atualmente, apesar da aplicação de algumas
estratégias referidas, “observamos” que este problema
que Portugal enfrenta, está muito longe de ser
solucionado.
Ana Luísa de Sá Almeida, Nº 2,8ºE
Portugal, um lar de idosos?
Hoje em dia, Portugal vive um problema de envelhecimento
populacional. Temos uma Taxa de Natalidade, um Índice de
Fecundidade muito baixos, uma Taxa de Mortalidade baixa,
uma Esperança Média de Vida elevada e um Crescimento
Natural baixo. Na figura ao lado podemos verificar que a
Natalidade apresenta uma constante diminuição. Este
problema é cada vez mais notório, visto que, atualmente
Portugal está a enfrentar uma crise económica e
consequentemente as famílias estão com dificuldades, por
isso não suportam as elevadas despesas com a educação
e assistência médica.
Para além disso o desemprego também é um fator que
afeta a evolução da população portuguesa, pois esta
pretende garantir o seu emprego, surgindo a maternidade
como uma limitação à manutenção da situação
profissional. O uso de meios contracetivos está
vulgarizado e a idade média das pessoas se casarem tem
subido, diminuindo assim a probabilidade de terem muitos
filhos. Outro fator que leva a uma Taxa de Natalidade
reduzida é o facto dos cidadãos portugueses preferirem
habitar nos meios urbanos, onde o elevado preço das
habitações leva a planear famílias mais pequenas.
Considero que este processo de envelhecimento
populacional tem como base a redução drástica da
Fecundidade que afeta a Taxa de Natalidade, e a diminuição
da Taxa de Mortalidade, aumentando a Esperança Média de
Vida. Assim, com esta diminuição da Taxa de Natalidade e
consequente, população envelhecida, os portugueses
sofrem as consequências, como:
10
E contudo, ela vive…
No vídeo "Shes alive" é mostrada a triste
realidade em que o nosso mundo vive.
A natureza é um assunto que todos nós já
ouvimos falar. Mas infelizmente há pessoas que
não param para pensar que a nossa vida, a
nossa sobrevivência depende dela.
Cada dia que passa todos nós a destruímos,
todos nós fazemos algo de errado, com ela sem pensar
como ela é tão importante para nós, sem pensar
na consequência que o deitar uma simples lata para o
chão, a descarga de materiais perigosos de uma fábrica
para o rio ou mar, o andarmos de carro para todo o lado
pode ser catastrófico, pode destruir uma cidade...
Os nossos comportamentos, de todos, estão
errados, somos egoístas ao não pensarmos nas
paisagens magníficas. O cheiro, na pureza da natureza.
É chamada de nossa mãe e porque não a
tratamos como tal?
Todos os dias deveríamos agradecer pela
dádiva que temos, pela beleza, por tudo que a natureza
nos oferece. Os seres vivos que diariamente morrem,
as espécies que morrem porquê? Qual a necessidade de
ter que se matar animais para as nossas futilidades?!
E no fundo o que acontece a aqueles que a
tentam proteger, que a tratam com respeito?
Há alguém que prefere o dinheiro, que prefere a mansão,
que prefere andar com um casaco de pele de animal, do
que poder evitar as terríveis catástrofes que
habitualmente estão a sofrer.
Os incêndios, os rios secam, os glaciares
derretem, as árvores são cortadas, a poluição, tudo isto
para alguém ter os seus bens quando os seres vivos
morrem, e quando passam a vida a destruir aquilo que
nos dá vida, o nosso planeta!
Helena Petiz, nº 15, 9ºB
LOBO, José, Novas Coordenadas, 7, raiz ed.
11
She’s Alive … She´s Hurting
O vídeo, she´s alive … she´s hurtig, surpreendeu-
me um pouco, porque apesar de já ter uma ideia do que se
passava, não pensava que fosse tão grave.
A Terra pertence a todos, mas nem todos a
respeitam, sendo uma triste desilusão! A Terra é
complexa? Temos tudo o que podemos ter; É bonita? Diria
antes maravilhosa; É finita? Concordo plenamente; É a
nossa casa? Com todo o gosto.
As pessoas querem tudo, e ao quererem tudo,
acabam por magoá-la. O aquecimento global, os animais
em extinção, todo o tipo de poluição e a desflorestação, são
tudo obstáculos causados por nós!
A Terra? A Terra é a nossa Mãe! Ela pode ser salva
com pequenos gestos de todo o Mundo. Ela merece ser
defendida por nós, merece que morramos por ela! Tantas
pessoas que já morreram por ela, e foram mortas por
pessoas sem escrúpulos, que não mereciam viver, sequer!
A Terra é a nossa casa, por isso protege-a sempre, porque
um ato pode fazer toda a diferença!
Nunca te esqueças: para TU estares bem, a TERRA tem de
estar bem primeiro!
Sê sempre uma pessoa racional.
Ana Santos, 9ºB
Ben Heine, Global Warming, 2007
12
Religião – Fonte de Conflitos?
O Fundamentalismo nasceu no princípio do século
XX, no ano de 1909, quando nos EUA foram escritos artigos
protestantes anglo-saxónica. Os movimentos religiosos que
se apoiaram nestes documentos passaram a doutrina do
liberalismo bíblico, que constitui, aliás, um aspeto do
protestantismo.
É aqui que começa o fundamentalismo, e que
atualmente ainda se verifica. O fundamentalismo está
seguro de que a sua doutrina é verdadeira e única e que
todas as outras não são válidas.
As religiões monoteístas, como o judaísmo,
islamismo e cristianismo são onde o fundamentalismo
ganha expressão e notoriedade pelo impacto das suas
manifestações. O terrorismo é uma dessas manifestações
de atos violentos, pois quando se acredita numa forma de
religião, não se vê nenhuma outra como verdadeira.
O crescimento deste mesmo fundamentalismo
deve-se ao crescimento da modernidade, quando a religião
deixa de dar respostas e a ciência responde a várias
perguntas levando à perda de identidade religiosa.
Na minha opinião a religião é algo que dá fé às
pessoas e as faz acreditar na esperança e numa vida
melhor apesar de várias guerras se terem iniciado devido
à religião, mas não são as únicas fontes de guerras, pois
também nascem várias guerras por outros assuntos como
disputa de recursos naturais e pelo poder.
João Fernandes, 12ºG
http://urania-josegalisifilho.blogspot.pt
União das religiões monoteístas
http://profecianews.blogspot.pt
13
Imagine um mundo sem religião
Por fundamentalismo compreende-se a atitude
mental caracterizada pela defesa intransigente de
princípios de carácter conservador. O fundamentalismo é
um princípio presente em todas as religiões,
principalmente nas monoteístas, como por exemplo o
cristianismo ou o judaísmo.
A expressão fundamentalista nasceu no
Cristianismo, quando um pastor Batista americano, no
século XIX, combatia interpretações liberais da fé Batista.
Nesta época, esta expressão era utilizada com uma
conotação positiva, pois quando se era fundamentalista
era porque se ia ao fundamento da sua religião.
Há um embate entre a leitura liberal da bíblia,
que a aceita, por exemplo, a teoria de Darwin (os seres
humanos descendem dos macacos), pois acreditam que a
evolução pode ser a forma como Deus nos criou e entre a
leitura literal da bíblia, que não aceitam as leituras
liberais, porque acreditam que a bíblia deve ser lida tal
como ela está escrita.
A expressão fundamentalismo abrange no século
XX uma conotação mais ampla e abrangente.
No Irão, no século XX, o fundamentalismo
religioso ganha forma. Por fundamentalismo religioso
entende-se a manutenção e a defesa dos princípios
religiosos tradicionais e ortodoxos, como a infalibilidade
dos textos sagrados e a sua aceitação como verdades
fundamentais imprescindíveis para a formação da
consciência.
Foi no Irão que o fundamentalismo passou a ser sinónimo de
violência e de destruição. No entanto, esta violência que
existe no Irão é uma violência que ocorre atualmente em
quase todas as religiões, principalmente nas monoteístas.
Numa palestra dada pelo professor universitário Leandro
Karnal, este fala-nos sobre as várias teorias existentes
sobre um possível mundo sem religião, sem Deus, este
mundo seria, em teoria, diferente, visto que estaria livre de
conflitos e estaria mais pacífico. Este acaba por discordar
com estas teorias.
Do meu ponto de vista, um mundo sem religião não é
sinónimo de paz no mundo, pois uma grande parte dos
conflitos mundiais acontece por motivos económicos,
políticos e também culturais, em países sem religião oficial
definida.
Penso também que os revoltosos se aproveitam da religião
para atacarem, ou seja, escondem os seus verdadeiros
motivos e matam “em nome de Deus”.
Um mundo sem religião continuaria, na minha opinião, cheio
de conflitos, visto que é algo que se encontra entranhado na
mente humana. Continuaria a existir a mania humana de
impor as suas ideias sobre as dos outros , ideias estas que
nem sempre se encontram ligadas à religião.
Concluindo, eu creio que um mundo sem religião seria um
mundo igual àquele que temos atualmente: cheio de
ganância, de revolução e de ódio.
Patrícia Ferreira Leite, 12 ºG
14
(IN)AÇÃO DA ONU
Durante as aulas de Geografia C fomos falando
sobre as organizações internacionais, formais e não
formais, na qual nos focamos na Organização das
Nações Unidas (ONU), no seu papel, objetivos e atuação
nos conflitos mundiais que ameacem a paz e a
segurança internacionais. A ONU é uma organização
mundial formal, da qual só podem fazer parte Estados.
Neste contexto visualizamos o filme Sometimes
in April, cujo tema é o conflito, interno, no Ruanda, das
etnias hutu e tutsi. Como já mencionei, a situação
ruandesa era um problema interno, o que não permitia
a intervenção da ONU. Contudo, o país africano pediu
ajuda à organização internacional, podendo, assim, esta
intervir para tentar harmonizar a situação e, já que é a
sua função, evitar que o conflito decorrente tomasse
proporções catastróficas. Porém, a atuação da ONU foi
ineficaz pois esta organização tinha apenas ordem para
retirar os estrangeiros que se encontrassem no país.
A atitude tomada pelas Nações Unidas foi a pior, na
minha opinião, pois numa conferência, que visualizamos
no filme, a ONU mostrou-nos que os interesses políticos
e/ou económicos podem influenciar a decisão de
intervenção, o que não é correto, porque
independentemente dos interesses (políticos e/ou
económicos, ou outros quaisquer), as Nações Unidas
deveriam intervir num conflito, sempre que a sua ajuda
fosse solicitada.
No caso do Ruanda, a ONU violou os seus princípios, pois
tinha-se comprometido a manter a paz e a assegurar a
segurança, a promover a defesa dos Direitos Humanos
(onde está claramente explícito que qualquer indivíduo
tem direito à vida), a promover e a estimular o respeito
pelas liberdades fundamentais para todos, a funcionar
como centro harmonizador das ações tomadas para
alcançar estes propósitos, entre outros. Penso que a
ONU deveria de ter intervido corretamente no Ruanda,
pois acho que se o tivesse feito, o genocídio que lá houve
poderia nunca ter acontecido, pelo menos poderia não
ter atingido aquelas dimensões.
Mariana Guimarães 12º
http://maryhelenpop.blogspot.pt/
15
Dá que Pensar …
http://www.tirinhasmemes.net Cartoon, Carlos Rico
Cartoon, Carlos Rico