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Leis de Incentivo Fiscal Audiovisuais Gilberto Toscano

Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

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AULA 3 | Lei do Audiovisual | Gilberto Toscano | Artigos 1º, 1º A, 3º e 3º A e Medido Provisória 2.228-1/01 (Art 39: Condecine e Art 41: Funcine)

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Leis de Incentivo Fiscal Audiovisuais

Gilberto Toscano

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COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS: POLÍTICA PÚBLICA CULTURAL

• A Constituição Federal e o Plano Nacional de Cultura: princípios,objetivos, 53 metas de longo prazo (2011-2020).

• MINISTÉRIO DA CULTURA (1985): fomento e incentivo à cultura.

- 6 Secretarias: de Políticas Culturais; da Cidadania e da DiversidadeCultural; do Audiovisual (SAV); de Economia Criativa; de ArticulaçãoInstitucional; e de Fomento e Incentivo.

SAV: “propõe a política nacional do cinema e do audiovisual”,respeitadas “as diretrizes dapolítica nacional do cinema e do audiovisuale doPlano Nacional de Cultura”.

- 6 Entidades Vinculadas: 4 fundações e 2 autarquias (dest: AgênciaNacional de Cinema – ANCINE).

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COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS: POLÍTICA PÚBLICA CULTURAL

● ANCINE (2001): regulação como fomento, incentivo e fiscalizaçãoaudiovisual.

Agência regulatória cujas competências são fixadas no art. 7º da MP 2228-1/01, entre as quais “executar a política nacional de fomento ao cinema”,definida pelo Conselho Superior de Cinema. Sua atuação divide-se em:

- fomento (incentivo fiscal, FSA, desoneração para investimento em salas decinema) e incentivo ao audiovisual (PAR, PAQ, promoção internacional); e

- fiscalização (fiscaliza cota de tela nos cinemas nacionais – que existe desdeVargas – e as obrigações legais quanto à organização dos pacotes, exibição deconteúdos brasileiros na TV paga e credenciamento de agentes econômicos –desde 2011 –).

● OUTRAS INSTITUIÇÕES: Ministério da Justiça (classificação indicativa),Fundação Biblioteca Nacional (meio de prova de registro de obrasintelectuais), BNDES (Procult: fomento, incentivo), Anatel, SBDC etc.

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INCENTIVO FISCAL COMO FORMA DE INVESTIMENTO

INCENTIVO FISCAL

(Lei Audiovisual/MP 2.228-1/01Lei Rouanet/Leis Estaduais e Municipais)

INVESTIMENTO PRIVADOINVESTIMENTO PÚBLICO

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COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS

� Das acepções distintas do termo financiamento; empréstimo; doação,

patrocínio, investimento e coprodução; (pré-)licenciamentos;

� Fundos: públicos (FSA) ou privados (crowdfunding, Funcine);

� Panorama dos mecanismos federais de incentivo ao audiovisual –

divisão didática em 3 grupos: Rouanet; 1º/1-A/Funcines; e 3º/3-

A/39X);

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COMENTÁRIOS INTRODUTÓRIOS

� Recursos estaduais e municipais como alternativas para

complementação de recursos ou viabilização de obras; e

� Da necessidade de busca de fontes de financiamento de uma obra além

da órbita dos recursos públicos e de incentivo fiscal: product placement

(no contexto de crescimento de serviços on demand); merchandising;

cotas mistas; crowdfunding tradicional e equity crowdfunding;

empréstimos; fundos de investimento (tradicionais e Funcines).

Interpenetração de fontes.

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�FEDERAIS (baseados, em geral, no imposto de renda – de pessoas

físicas e de pessoas jurídicas que o apuram pelo lucro real):

- Culturais: Lei Rouanet e específicos do Audiovisual (teto conjunto de 4% do IR

para pessoas jurídicas);

- Esporte: Lei Federal de Incentivo ao Esporte (até 1% do IR);

- Criança e Adolescente: Fundos (também podem ser estaduais, municipais)

(até 1% do IR);

- Doação a OSCIP’s e a entidades de Utilidade Pública Federal (até 2% do IR); e

- Etc. (projetos para idosos, oncologia, inclusão de portadores de nec. espec...).

�ESTADUAIS (baseados, em geral, no ICMS):

- São Paulo: Proac (Cultura).

�MUNICIPAIS (baseados, em geral, no ISS e IPTU):

-ProMac (pendente de regulamentação – julho/14).

INCENTIVO FISCAL COMO MECANISMO DE CORREÇÃO DE FALHAS DE MERCADO:

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�Qual o tipo de empresa ou pessoa física apta a propor projetos cuja

produção pode ser financiada por meio de um certo mecanismo

(proponente)?

�Qual o tributo a que se refere determinado mecanismo e qual ocontribuinte que pode beneficiar-se dele aportando recursos para um

projeto?

�Qual o órgão governamental apto a aprovar projetos e, se aplicável, a

cadastrar/registrar os contribuintes interessados naquele incentivo?

�Que tipo de projeto é contemplado (exemplos comuns: tipo de

conteúdo, valor mínimo/máximo por projeto, contrapartida do

proponente, despesas admitidas/vedadas, local de execução/de

estabelecimento dos prestadores que serão contratados, etc.)?

� Em que consiste esse mecanismo de incentivo fiscal: isenção ou

redução do valor devido de um tributo?

PASSO A PASSO PARA COMPREENDER UM MECANISMO DE INCENTIVO FISCAL:

Page 9: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

�Em se tratando de redução do tributo devido, qual o limite dededução do tributo devido pelo contribuinte que pode ser destinado a

um projeto;

�Em se tratando de redução, o valor dedutível destinado a esse projeto

será abatido totalmente (abatimento integral – 100%) ou parcialmente

(abatimento parcial) no momento da declaração desse tributo para a

Receita? Se o abatimento for parcial, então parte do aporte destinado

àquele projeto será de recursos próprios do contribuinte!

�O valor destinado a um projeto está sujeito a um regime contábilespecífico (exemplo: pode ser lançado como despesa operacional?Existe previsão de valor máximo que um projeto pode receber?

�A que título esse aporte de recursos para um projeto aprovado é feito:

doação, patrocínio, investimento ou coprodução?

�A proponente precisa aportar recursos próprios (contrapartida)?

PASSO A PASSO PARA COMPREENDER UM MECANISMO DE INCENTIVO FISCAL:

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OS MECANISMOS DE INCENTIVO AO AUDIOVISUAL

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LEI ROUANETLei nº 8.313/91

(MINC/SAV*)

�Arts. 25/26 (ref. IR)

� Art. 18 (ref. IR)*Exceto se o projeto em questão utilizar recursos

beneficiados por “mecanismos audiovisuais”: nesse caso, a

competência será da ANCINE.

Obs1.: a Lei Rouanet não impõe um valor máximo de aporte

financeiro via Lei Rouanet por projeto aprovado.

Obs2.: pessoas físicas também podem ser contribuintes (6%

do IR).

Obs3.: são mais utilizados para complementação de

recursos para produções audiovisuais.

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LEI ROUANET – ARTIGOS 25/26: A REGRA.

- Produções audiovisuais beneficiadas:

Telefilmes;

Minisséries;

Obras seriadas;

Obras de longa-metragem; e

Programas de televisão de caráter educativo e cultural.

- Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real podem aportar até 4% do IR

devido (somente do IR: não conta adicional ou CSLL) (limite de dedução) e

fazer o abatimento parcial desse valor do imposto de renda devido por elas:

abatimento de 30% para patrocínio e de 40% para doação.

- Esse valor pode ser lançado como despesa operacional (i.e., despesa

necessária à atividade fim da empresa, computada no custo, dedutível do lucro

real): o abatimento, com isso, chega a 64% (patrocínio) e a 74% (doação).

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LEI ROUANET - ARTIGO 18: A EXCEÇÃO.

- Projetos audiovisuais beneficiados:

Curta e média-metragem;

Festivais Nacionais;

Doações de Acervos a arquivos públicos e cinematecas; e

Preservação e difusão de acervo audiovisual.

- Pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real podem aportar até 4% do IR

devido (somente do IR: não conta adicional ou CSLL) (limite de dedução) e

fazer o abatimento integral desse valor do imposto de renda devido por elas;

- Esse valor não pode ser lançado como despesa operacional.

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MECANISMOS AUDIOVISUAIS(ANCINE)

• LEI DO AUDIOVISUAL (Lei nº 8.685/93) - 4 MECANISMOS:

Art. 1º (ref. IR)* (até 2016)

Art. 1º-A (ref. IR)* (até 2016)Obs.: permite-se o aporte por projeto de até R$4 milhões via art. 1º e/ou

1º-A.

Art. 3º** (ref. IR + isenção CONDECINE)Art. 3º-A** (ref. IR)

Obs.: permite-se o aporte por projeto de até R$3 milhões via art. 3º e/ou

3º-A. +

• MEDIDA PROVISÓRIA (MP 2228-1/01) - 2 MECANISMOS:

Funcines (ref. IR)*

Art. 39-X** (isenção CONDECINE)

Obs.: Não há valor máximo de aporte financeiro por projeto

aprovado para Funcines ou para o art. 39-X.

*2º grupo; **3º grupo.

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REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS:

• Incentivos apenas beneficiam produtoras brasileiras eindependentes registradas e obras brasileiras e independentes:

– Produtora brasileira: capital social majoritário nas mãos debrasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, com poderdecisório de fato e de direito;

– Produtora independente (análise obra por obra): obra cujaprodutora majoritária (51%) não tenha vínculo direto ou indiretocom emissoras de TV ou operadoras de TV por assinatura(conceito distinto do da Lei n. 12.485/11);

– Obras beneficiadas: obras não publicitárias e que não sejamregistros de shows/performances musicais (conceito distinto dode espaço qualificado, da Lei n. 12.485/11 e do RG do FSA);

– Gêneros: ficção, documentário ou animação;

– Primeira janela: cinema ou televisão;

– Recursos incentivados estão limitados a 95% do orçamentoaprovado para um projeto pelo menos 5% devem ser recursospróprios da proponente ou de terceiro (contrapartida); e

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REQUISISTOS COMUNS AOS MECANISMOS AUDIOVISUAIS:

- Nacionalidade: obras independentes beneficiadas devem sernacionais ou coproduções internacionais reconhecidas comobrasileiras pela ANCINE:

• (Co)produção brasileira nacional: produzida por produtora brasileira+ diretor brasileiro ou residente há mais de três anos no Brasil + 2/3de artistas e técnicos brasileiros ou residentes há mais de 5 anos.

• Coprodução internacional (entre uma produtora brasileira e umaprodutora estrangeira) tratada como brasileira:

– mediante Acordo Internacional de Coprodução Audiovisual(“ratificado” pelo Brasil); ou

– na ausência de Acordo, a produtora brasileira deve deter pelomenos 40% dos direitos patrimoniais sobre a obra + 2/3 deartistas e técnicos brasileiros ou residentes há mais de três anosno Brasil (consultar IN 106/12).

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VALOR MÁXIMO PARA UTILIZAÇÃO DESSES MECANISMOS POR PRODUTORA

•Apenas produtoras brasileiras independentes registradas

como tal na ANCINE podem utilizar esses mecanismos (IN

91/10): 1º) – registro da produtora na ANCINE.

• Captação de recursos por produtora: ranqueamentoconforme IN 54/06:

-pontuação progressiva, mediante: 2º) emissão do

Certificado de Produto Brasileiro (CPB) de cada obra + 3º)

comprovação de sua exibição (que por via de regra

pressupõe a emissão de CRT) + 4º) exigências adicionais

conforme o nível de ranqueamento.

-aplicável à Lei Rouanet, mas não abrange “fomento direto”

(dest.: FSA) nem fontes estaduais e municipais;

-restrição à captação por pessoas físicas produtoras

(constitua uma pessoa jurídica produtora);

-estratégias para contornar limite de captação:

coprodução nacional/internacional, outras fontes.

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PROCEDIMENTO PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS: NOÇÕES.

• Procedimento para apresentação, análise (orçamentária

e de adequação do projeto aos objetivos legais) e

aprovação de projetos - aplicação da IN 22/03 da ANCINE:

- Aprovação (análise provisória); e análise complementar

do projeto (mediante 20% de captação do orçamento);

- Atenção ao período de captação e de execução;

- Remanejamento X redimensionamento (antes e após

aprovação da análise complementar);

- Movimentação de recursos (conta de movimentação X

conta de captação); e

- Regularidade fiscal, tributária, previdenciária, FGTS,

Cadin, Ancine, atos constitutivos.

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Artigo 1º: investimento.

• Projetos audiovisuais beneficiados (cinematográficos):

- obras cinematográficas de curta (menos de 15`), média (de 15` a 70`) ou

longa metragem (mais de 70`);

- projetos de reforma/adaptação de salas de cinema; e

- projetos de aquisição de equipamentos de infraestrutura para exibição

cinematográfica.

• possibilita o abatimento integral do valor aportado a título de

investimento, até o limite de dedução de 3% do IR devido (excluídos

o adicional e a CSLL);

• o valor a ser abatido pode ser lançado como despesa operacional,o que resulta em um abatimento real de 125% sobre o valorinvestido; e

• Também pode ser utilizado por pessoas físicas (3%).

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Artigo 1º: investimento.

- A produtora deve providenciar o registro(previamente autorizado pela ANCINE) daemissão dessas quotas na CVM;

- Necessidade, para tanto, de contratação de

uma corretora para intermediar a colocação

dessas quotas; e

- A captação de recursos ocorre a partir da

assinatura de boletins de subscriçãoregistrados na CVM (a serem adquiridos pelo

investidor).

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Artigo 1º-A: patrocínio.

• Projetos audiovisuais beneficiados:

- obras cinematográficas de curta, média ou longa metragem;

- minisséries (i.e., mínimo de 3 e máximo de 26 capítulos –

duração máxima de 1.300 minutos);

- telefilmes (i.e., mínimo de 50 e máximo de 120 minutos); e

- obras seriadas (único mecanismo que oficialmente contempla

obras seriadas); e

- programas de TV de caráter educativo e cultural.

• (similar ao art. 18 da Lei Rouanet): possibilita abatimentointegral do valor aportado (não lançável como despesa

operacional) a título de patrocínio, até o limite de dedução de

4% do IR devido (excluídos o adicional e a CSLL).

•Também pode ser utilizado por pessoas físicas (6%).

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FUNCINES (Fundos de Financiamento a Indústria Cinematográfica): investimento.

• Regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

• Beneficia os seguintes projetos audiovisuais:

- produção de obras audiovisuais brasileiras independentes realizadas porempresas produtoras brasileiras;

- construção, reforma e recuperação das salas de exibição de empresasbrasileiras;

- aquisição de ações de empresas brasileiras para produção, comercialização,distribuição e exibição de obras audiovisuais brasileiras independentes,bem como para prestação de serviços de infraestrutura cinematográficos eaudiovisuais;

- comercialização e distribuição de obras audiovisuais cinematográficasbrasileiras independentes; e

- projetos de infraestrutura realizados por empresas brasileiras.

• Possibilita abatimento integral do valor despendido por contribuintes do IRcom a aquisição de cotas do Funcine até o limite de dedução de 3% do IRdevido (não conta adicional ou CSLL). Não pode ser lançado como despesaoperacional.

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Introdução à coprodução internacional via arts. 3º, 3º-A e 39-X.

- Projetos devem estar consoante o conceito de coprodução internacional

brasileira (variável conforme a (não) existência de Acordo Internacional):

atenção à participação mínima da(s) produtora(s) brasileira(s) independente(s);

- A IN 106/12 não se aplica a coproduções que apenas sejam “internacionais” em

razão do uso desses mecanismos;

- O contribuinte beneficiário é sempre uma pessoa jurídica estrangeira;

- Esses mecanismos referem-se ao IR e/ou à CONDECINE;

- Sua utilização pressupõe o envio de informações/documentos como o contratode coprodução; e

- Aplica-se ao art. 3º-A e ao art. 39-X a Deliberação 95/10 (a Ancine aplica tal

Deliberação a projetos televisivos em geral).

Page 24: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Art. 3º: coprodução.

Contribuintes estrangeiros (produtores,

distribuidores, intermediários) que

receberem rendimentos decorrentes da

importação, aquisição e exploração deobras estrangeiras no Brasil poderão:

- efetuar o abatimento integral de até 70% do IR

incidente sobre tal remessa (de 25%) seaportarem tal valor para projetos aprovados pela

ANCINE; e

- ter isenção da CONDECINE incidente sobre

aquela remessa (de 11%) se aportarem o valor

mencionado no parágrafo anterior para projetos

aprovados pela ANCINE.

Page 25: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Artigo 3º: coprodução.

Projetos audiovisuais beneficiados:

• Coprodução de obra cinematográfica de longa, média e

curta-metragem;

• Coprodução de minisséries e, por analogia, de obras

seriadas;

• Coprodução de telefilmes; e

• Investimento no desenvolvimento de projetos de

produção de obras cinematográficas de longa-metragem.

Page 26: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Artigo 3º: coprodução.

Procedimento – a empresa estrangeira (contribuinte):

•deposita os recursos em conta específica (“conta de

recolhimento”);

• celebra contrato de coprodução com empresa brasileira

independente para produção de obra audiovisual apta à

captação de recursos via art. 3º; e

• tem 180 dias (prorrogáveis por 180 dias) para utilizar os

recursos (indicação formal do projeto), sob pena de esses

recursos serem revertidos para a ANCINE.

Page 27: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Art. 3º-A: coprodução.

• Sistemática similar à do art. 3º (coprodução);

• Contribuintes estrangeiros que receberem

rendimentos decorrentes da aquisição ou

remuneração pelos direitos de transmissão (em

TV aberta ou por assinatura) de quaisquer obras

ou eventos (inclusive os esportivos de que faça

parte “representação brasileira”) poderão abater

até 70% do IR devido (de 15%) sobre essa remessa

se aportarem recursos a projetos aprovados (não

há isenção de CONDECINE);

Page 28: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Art. 3º-A: coprodução.

Projetos audiovisuais beneficiados:

• Coprodução de obra cinematográfica de longa, média

e curta-metragem;

• Coprodução de minisséries e, por analogia, de obras

seriadas;

• Coprodução de telefilmes; e

• Investimento no desenvolvimento de projetos de

produção de obras cinematográficas de longa-

metragem.

Page 29: Financiamento Audiovisual - Lei do Audiovisual - Gilberto Toscano - jul 2014

Art. 39-X: coprodução.

A programadora internacional que aplicar 3% do valor

das remessas que receber em decorrência da aquisição,

licenciamento, importação e exploração de obras

cinematográficas/videofonográficas em projetos

aprovados pela ANCINE estará isenta de recolher a

CONDECINE (de 11%) incidente sobre essa remessas, o

que resulta em um benefício fiscal real de (11% - 3% =)

8% do valor de tal remessa.

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Art. 39-X: coprodução.

Projetos audiovisuais beneficiados:

- obras de curta, média ou longa-metragens;

- telefilmes;

- minisséries (e, por analogia, obras seriadas); e

- programa televisivo educativo e cultural.

Obs: esse mecanismo também menciona “documentários, ficção e animação”.

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Exercícios:

• Quais mecanismos audiovisuais utilizar para umprojeto deminissérie parapay tv com vinte e sete episódios, orçadoem R$4,4 milhões? E se se tratar de umprograma devariedades parapay tv?

• Quais mecanismos de incentivo fiscal utilizar para umprojeto de longa-metragemcinematográfico de R$7,7milhões? Esse projeto pode ser executado por umaprodutora independente iniciante? Se não puder, comoviabilizá-lo?

• Como desenvolver umroteiro de longa comrecursosincentivados? E umroteiro de telefilme?

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OBRIGADO!

Contato:

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