Performa 11 Encontros de Investigao em Performance Universidade de Aveiro, Maio de 2011
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A gua como fonte sonora percussiva
Lus Alberto Bittencourt
Universidade de Aveiro [email protected]
Abstract
This paper discusses the use of water as a sound source in contemporary repertoire for percussion. It begins with a brief overview of its first uses among the composers in classical music and on key works related to the topic. Then, a discussion of some key techniques that use water as a percussive instrument through musical examples from Tan Duns work Water Music (2004). It also hopes to contribute to the enrichment of existing information in contemporary music, where there is a shortage related to the repertoire for water percussion in particular. Keywords: Water, percussion, sound source, percussion technique.
Introduo Em diferentes perodos histricos, a gua tem servido de inspirao para
poetas, pintores, compositores e filsofos. Ela um dos quatro elementos da
filosofia de Aristteles, elemento indispensvel no trabalho do arquitecto Andr
Le Ntre em seu Palcio de Versailles em Paris e tema de Leonardo da Vinci
em seu livro Del moto e misura Dell'Acqua, em que descreve sofisticadas
investigaes sobre as propriedades fsicas da gua. Entre os compositores,
h mais de dois sculos que ela serve de inspirao para diversas obras, entre
elas encontramos Water Music (1717) de George Friedrich Haendel (1685-
1759), que no entanto completamente ausente de sonoridades aquticas.
Dois sculos mais tarde o norte-americano John Cage (1912-1992) comps
Water Music (1952) uma obra em que a gua utilizada, entre outros
instrumentos, como uma genuna fonte sonora. Toru Takemitsu (1930-1996)
tambm deu seu contributo esta temtica com a sua obra eletroacstica de
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mesmo nome (1960), construda sobre os sons do cair de gotas de gua de
uma torneira. Nos sculos XX e XXI, encontramos obras em que o uso da gua
cada vez mais proeminente: Dialog ber erde (1994) de Vinko Globokar
(n.1934), Water Music (2004) e Water Concerto (1998) de Tan Dun (n. 1957) e
Electric Bath (2002) de Matthias Kaul (n.1949) so alguns exemplos.
Observando o repertrio escrito nos sculos XX e XXI, percebemos que um
dos aspectos mais proeminentes nas obras que utilizam a gua como fonte
sonora a diversidade de timbres no convencionais que podem ser obtidos. A
demanda tcnica envolvida nesse tipo de composio musical gera variadas
questes ao intrprete, uma vez que no so encontradas informaes na
bibliografia especializada relacionadas ao uso de tcnicas to peculiares,
requeridas neste tipo de repertrio. O conhecimento acerca da execuo de
obras que utilizam gua como gerador de som obtido, de modo geral, via
tradio oral, no assegurando uma informao completa a respeito das
possibilidades de execuo instrumental neste domnio. Desta forma o
resultado musical final corre o risco de nem sempre ser o mais satisfatrio, pois
nem professor nem aluno podem recorrer a fontes seguras que abordem o
assunto de maneira especfica. Pretende-se portanto nesse artigo1 investigar e
elucidar as tcnicas referentes ao emprego da gua como instrumento
percussivo em obras seleccionadas do repertrio escrito para estes
instrumentos.
1. Possibilidades do uso da gua no repertrio para percusso O emprego da gua como fonte sonora no repertrio para percusso segue
dois caminhos distintos. Em um deles encontramos gua actuando
propriamente como um instrumento e, consequentemente como gerador
sonoro. Um exemplo disso ser os sons obtidos atravs do acto de percuti-la com as mos. Como outra possibilidade temos a gua como um agente
modificador ou amplificador das possibilidades sonoras de outro instrumento. 1 Lembramos que texto aqui contido o resultado parcial de uma pesquisa que far parte da dissertao de mestrado intitulada A gua como fonte sonora percussiva, ainda em fase de
concluso.
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Como exemplo podemos citar um gongo sendo tocado e em seguida
submergido em gua para a obteno de sons diferentes do convencional; ou
ainda o tambor de gua, um instrumento de percusso que faz uso das
qualidades da gua como condutora do som.
Neste artigo iremos nos deter, por uma questo de espao, somente s
tcnicas relacionadas ao uso da gua como principal fonte sonora. As tcnicas
aqui descritas foram investigadas atravs de uma metodologia que inclui o
estudo e execuo das obras escolhidas como fundamentais para uma maior
aproximao entre a anlise performativa e terica; relaes e comparaes
com gravaes em CD e vdeo j realizadas das obras e anlise das partituras
das msicas a serem executadas; colecta de dados atravs da anlise de
entrevistas com os prprios compositores e com intrpretes que j as tenham
executado; Execuo das obras em concerto com o intuito de confirmar a
exequibilidade e contundncia da pesquisa tcnica realizada.
2. A gua como matriz sonora
Entre as obras investigadas Water Music do compositor chins Tan Dun
notvel pela diversidade de tcnicas aquticas empregadas. Nesta obra, para
solo ou quarteto de percusso, Dun procura ampliar e controlar, at certo
ponto, os sons aquticos atravs da manipulao da gua pelo percussionista,
que inclui diversos tipos de toques, gestos e movimentos.
Em termos gerais, mesmo quando temos a gua operando como agente
amplificador ou modificador das propriedades sonoras de outro instrumento,
inevitvel que sons aquticos sejam produzidos, servindo como um
acompanhamento para outros sons mais definidos que se destacam. Neste
tipo de aplicao a gua no deixa de ser, ainda que em um plano secundrio,
uma fonte sonora. Porm, as tcnicas examinadas nessa obra diferenciam-se
pela sua abordarem primordial da gua como um genuno instrumento de
percusso e principal elemento na gerao do som.
2.1 Water Drips (Gotas de gua)2 2 Dun 2004:2. Traduo por Lus Alberto Bittencourt. Todas as tradues nesse artigo so
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Esta uma tcnica bastante especfica que foi observada, at ento, somente
em obras como Water Concerto e Water Music de Tan Dun. O termo refere-se
a produo de um som gotejante a partir da colecta de pequenas quantidades
de gua pelas mos do percussionista. A produo sonora desta tcnica se d
atravs da coliso das gotas que escorrem das mos contra a superfcie da
gua contida na bacia. Podemos observar aqui um trecho musical onde esta
tcnica solicitada (ex. 1).
Ex. 1 Water Music (2004), Tan Dun.
Neste trecho possvel observarmos instrues do prprio compositor para o
posicionamento das mos em uma forma plana (with flat palms) durante a
execuo. Para um melhor controle da dinmica especificada neste exemplo
sugere-se que o percussionista execute esta passagem com as mos
espalmadas, em sentido paralelo superfcie da gua e com os dedos, de
ambas as mos, afastados uns dos outros (fig. 1).
Fig.1 Posio da mo com dedos afastados.
livres e de responsabilidade do autor.
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Dessa forma pequenas quantidades de gua sero colectadas do recipiente
em cada movimento, resultando na queda de poucas gotas que escorrero por
entre os dedos da mo produzindo sons em dinmica piano ou pianissimo. Tan
Dun discorre sobre esta tcnica drips: Quando voc executa esta tcnica, muito importante ter as mos assim [o compositor mostra
as mos abertas de uma forma plana e com os dedos afastados] para as notas piano ou
pianssimo. Isso ir produzir uma sonoridade gotejante de pouco volume. Se voc desejar mais
sonoridade ou mais volume voc pode colectar mais gua (Dun 2009).
Para dinmicas mezzo piano sugere-se que o percussionista colecte gua
com as mos na mesma posio porm com os dedos encostados uns nos
outros sem que haja espao entre os mesmos. Dessa forma uma quantidade
maior de gua ser colectada em cada movimento resultando em sons com
mais volume sonoro (fig. 2).
Fig. 2 Posio da mo com dedos encostados.
Para uma dinmica mezzo forte sugere-se que o percussionista agarre
pequenas quantidades de gua em cada movimento de mo (fig. 3). Dessa
forma a quantidade de gua apanhada ser maior do que as demonstradas
nos exemplos das fig. 1 e 2, gerando assim, um maior fluxo de gua escorrida
pelas mos e mais volume no som.
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Fig. 3 Sequncia ilustrativa para agarrar gua em dinmica mezzo forte.
2.2 Percutir a gua com as mos O percussionista David Cossin, que tem trabalhado com Tan Dun na
interpretao e gravao de obras como Water Concerto e Water Music,
ressalta que uma das dificuldades envolvidas no acto de percutir a gua que
nem sempre se pode obter o som que se est procurando (Cossin 2010). Sua
superfcie no estvel como um instrumento de percusso convencional e
torna-se difcil control-la para reproduzir o som que se tem em mente ou
previamente obtido. No entanto, apesar da dificuldade em obter alguns sons de
maneira constante, as tcnicas relacionadas ao acto de percutir a gua podem,
com um estudo prvio e direccionado, serem apreendidas e utilizadas de
maneira consciente.
a. Water Pattings (Tapas na gua)
A tcnica de water pattings consiste em percutir a gua com as mos espalmadas e paralelas sua superfcie. Esta tcnica similar tcnica
utilizada para percutir manualmente alguns membranofones. A forma como a
palma da mo projectada sobre a gua tambm afecta a sonoridade
produzida. Basicamente pode-se obter dois sons contrastantes: ao percutirmos
a gua com a mo em formato plano (fig. 4) obtm-se uma sonoridade em que
predominam frequncias agudas; com a mo em formato cncavo (fig. 5) o
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som resultante mais grave.
Fig. 4 mo em formato plano Fig. 5 mo em formato cncavo
Para um melhor controle desta tcnica, sugere-se tambm que as mos
permaneam sem espaos entre os dedos durante sua execuo (fig. 6). Desta
maneira, a rea da mo que entra em contacto com a superfcie da gua torna-
se mais compacta e possibilita a produo sonora com menos esforo e de
modo mais eficiente. Isto pode ser comparado ao som resultante de um tambor
percutido por uma vassourinha3 em posio fechada, por exemplo. Quando
utilizada nessa posio a vassourinha percutir uma rea menor do tambor e
exercer uma presso maior sobre a pele; em posio aberta esta atingir
diversas pequenas reas, exercendo assim uma presso menor do que em
posio fechada.
Fig. 6 mo sem espao entre os dedos Fig. 7 vassourinha fechada 3 Conjunto de finos fios de arame, com o mesmo comprimento (em mdia 4,5) amarrados ou
fixados numa das extremidades de modo que na extremidade livre as pontas tendam a se
afastar, tomando a forma de um ngulo que se abre como um leque ou abano (Frungillo 2002
:382,120)
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Fig. 8 mo com os dedos espaados Fig. 9 vassourinha aberta
A seguir observaremos um trecho musical em que a tcnica de water pattings
empregada (ex. 2) e combinada a um recurso expressivo (crescendo).
Ex. 2 Water Music (2004), Tan Dun.
Para compreendermos de uma maneira mais clara como se d a produo de
diferentes dinmicas utilizando essa tcnica, faremos uma comparao com as
tcnicas utilizadas para o mesmo fim no pandeiro sinfnico. Nesse
membranofone a dinmica desejada relaciona-se directamente com a
quantidade de dedos e rea da mo que percute a pele do instrumento. Assim,
para a execuo de notas em dinmica piano sugere-se o toque com dois ou
trs dedos simultneos e conforme mais dedos so adicionados, o toque
progride para um ataque com toda a palma da mo ou um golpe de punho
fechado (Press 1974: 27). Este recurso tcnico ilustrado atravs da Tabela
1:
pianssimo piano Mezzo piano
Mezzo forte forte fortssimo
dois Trs Quatro Mo Mo punho
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dedos dedos dedos espalmada fechada
Tab. 1 tabela explicativo da tcnica utilizada em diferentes nveis de dinmica no
pandeiro sinfnico.
A tcnica utilizada no pandeiro sinfnico para a produo de notas em
diferentes dinmicas poder ser adaptada s tcnicas de percutir a gua. Isso
auxiliar o percussionista na obteno de maiores requisitos interpretativos
(como expressividade, fraseado, etc.) na obra em questo. Da mesma forma
que o pandeiro, a obteno da dinmica desejada nesta tcnica se d atravs
de diferentes nveis de contacto da rea da mo em relao superfcie
percutida. Para notas em dinmica piano e pianssimo sugere-se o uso das
duas primeiras falanges dos dedos da mo em posio espalmada. Conforme
o nvel de dinmicas aumenta, maior ser o contacto com a superfcie da gua
realizando-se uma progresso de volume at um ataque completo com a mo
espalmada (notas em dinmica forte e fortssimo) (fig. 10).
Fig. 10 Pontos de contacto das mos para a produo de diferentes dinmicas.
Na concluso do ex. 2 solicitado que o percussionista produza uma
sonoridade aqutica ininterrupta durante quatro (4) segundos. A realizao
deste efeito descrita por Dun que instrui o percussionista a colectar gua com
as mos e deix-la escoar entre os dedos durante quatro (4) segundos. Um
efeito semelhante foi utilizado previamente pelo compositor norte-americano
John Cage (1912-1992) em sua obra homnima (1952) para um (1) pianista,
usando tambm um rdio, trs apitos, recipientes com gua, baralho de cartas,
um basto de madeira, quatro objectos para a preparao do piano e um
cronmetro (ex. 3).
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Ex. 3 Water Music (1952), John Cage.
No exemplo de Cage o intrprete tambm deve produzir uma sonoridade
aqutica, contnua e com durao determinada de aproximadamente 8
segundos. No entanto, este efeito deve ser realizado atravs de dois (2)
recipientes em que a gua transferida de um para o outro. As diferenas
tcnicas observadas entre esses dois exemplos produzem diferenas
considerveis no resultado sonoro final. O uso dos recipientes permite que o
percussionista altere a velocidade da transferncia de gua, alm de controlar,
de maneira mais precisa, o tempo de durao do efeito. A alterao da
velocidade, que , de facto, solicitada por Cage para a realizao desse trecho
musical, possibilita a obteno de diferentes texturas aquticas e amplia o
conjunto de sonoridades que podem ser geradas atravs dessa tcnica.
b. Flicking/plucking water (piparotes na gua)
Consiste em percutir a gua com um ou mais dedos atravs de piparotes4. Sua
execuo envolve dois mecanismos distintos: primeiro utiliza-se a face interna
do dedo polegar como uma espcie de gatilho ou trava para gerar tenso sobre
outro dedo (podendo ser o indicador, mdio ou anelar); em seguida o dedo
polegar solto fazendo com que o outro dedo seja ento impulsionado para
golpear a gua. Sugere-se que a execuo desta tcnica seja feita utilizando o
dedo polegar como gatilho e o dedo mdio para percutir a gua (fig. 11).
4 Pancada com a cabea do dedo mdio ou indicador dobrado e apoiado contra a face interna do polegar, em seguida solto bruscamente (Casteleiro 2001:896). Tambm conhecido
popularmente no Brasil como peteleco.
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Fig. 11 Posio dos dedos na realizao do flicking observada fora da gua.
No entanto, com estudo prvio possvel realizar esta tcnica utilizando outras
combinaes de dedos e tambm toques com dedos simultneos como
solicitado no ex. 4:
Ex. 4 - Water Music (2004). Tan Dun.
No ex. 4 a gua deve ser percutida de modo aleatrio durante cerca de
dezasseis (16) segundos utilizando a tcnica de flicking. Dun tambm sugere
que as notas podero ser executadas atravs do uso de um ou mais dedos.
Para um resultado mais eficiente dessa tcnica sugere-se que o dedo que
realiza o golpe seja usado como referncia no posicionamento da mo em
relao gua. O dedo dever estar em contacto com a superfcie e no
dever estar completamente submerso ou fora da gua contida no recipiente
(fig. 12).
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Fig. 12 Posio da mo na realizao do flicking observada sobre a gua.
Concluso As tcnicas relacionadas ao uso da gua em obras para percusso, descritas
aqui nesse trabalho, no representam, de facto, todas as possibilidades
sonoras que esses instrumentos podem oferecer. No decorrer da escrita desse
artigo nos deparamos com diversas abordagens acerca do uso da gua em
obras musicais. Observamos que, de modo geral, a gua tem sido empregada,
na maior parte dessas obras, como uma ferramenta de auxlio para a obteno
de timbres no convencionais atravs da sua fuso com outros instrumentos
de percusso. Foram encontradas poucas obras que procuram explorar a gua
como a principal matriz sonora e genuno instrumento de percusso, entre elas
destacamos a obra Water Music de Tan Dun, que possibilitou praticamente
todos os exemplos musicais aqui contidos.
Nesse tipo de repertrio tambm foi possvel perceber que os compositores
assumem duas funes distintas. A performance e a qualidade interpretativa
dessas obras geralmente condicionada ao conhecimento tcnico do
intrprete sobre o assunto, que por sua vez, no dispe de uma bibliografia
especializada como j foi mencionado. Desse modo, o compositor sente a
necessidade de esclarecer e, de certa forma e sob o seu ponto de vista,
ensinar o intrprete atravs de diversas instrues escritas nas partituras
acerca da execuo das tcnicas envolvidas. Assim, o compositor encarrega-
se, alm da tarefa de criar, da incumbncia de ensinar o intrprete para
assegurar, at certo ponto, a qualidade da transmisso do discurso musical da
obra.
Nesse sentido, este artigo visou proporcionar ao percussionista informaes
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que lhe dem suporte para a performance de obras que utilizem a gua como
fonte sonora percussiva, e tambm servir bibliografia com um trabalho indito sobre a percusso. Espera-se tambm que estes dados e pesquisas
futuras venham auxiliar os percussionistas em um estudo mais consciente da
performance e da percusso em geral, e que o mesmo possa se tornar uma
ferramenta de auxlio aos estudos futuros nesta rea.
Referncias bibliogrficas
Cage, J. (1952) Water Music. Partitura. New York: Edition Peters.
Casteleiro, J. M. (2001) Dicionrio da Lngua Portuguesa
Contempornea. Lisboa: Editorial Verbo.
Dun, T. (2004) Water Music for solo or four percussionists. Partitura. New
York: G. Schirmer.
Frungillo, M. D. (2002) Dicionrio de Percusso. So Paulo: Editora Unesp.
Press, A. (1974) Classical Percussion. Elmsford, New York: Music Minus
One.
Outras referncias Dun, T. (2009) Water Concerto for water percussion and orchestra. DVD. Opus
Arte.
Cossin, D. (2010) David Cossin on Tan Duns Water Concerto
http://www.youtube.com/watch?v=AyWc1WDqLa4 [acessado em 24/03/11]
Notas biogrficas Lus Alberto Bittencourt natural de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Actualmente, reside em Portugal onde desenvolve pesquisa sobre as possibilidades sonoras da gua como instrumento de percusso no Mestrado em Performance pela Universidade de Aveiro, sob a orientao do prof. Dr. Antnio Chagas Rosa e Miquel Bernat. Lus Alberto tambm msico do Simantra Grupo de Percusso,e msico fundador do Kanakali Ensemble.