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FACULDADE DE MSICA DO ESP RITO SANTO
MAURCIO DE OLIVEIRA
CURSO DE LICENCIATURA EM MSICA
2012
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SUMRIO
1 APRESENTAO........................................................................................... 5
2 HISTRICO..................................................................................................... 103 CONCEPO DO CURSO............................................................................. 12
4 OBJ ETIVOS DO CURSO................................................................................ 20
5 DIRETRIZES PEDAGGICAS........................................................................ 21
O PERFIL DO EGRESSO DA LICENCIATURA EM MSICA........................ 24
6.1 HABILIDADES E COMPETNCIAS.......................................................... 27
7 CAMPOS DE ATUAO PARA O LICENCIADO EM MSICA..................... 31
8 CURRCULO DO CURSO............................................................................... 32
8.1BASES DE ELABORAO DO CURRCULO.......................................... 34
8.1.1 Ncleo dos contedos Bsicos.................................................... 37
8.1.2 Ncleo da Formao Especfica................................................... 37
8.1.3 Ncleo dos contedos Terico-Prticos..................................... 37
8.1.4 Responsabilidade Social............................................................... 39
8.1.5Estgios Supervisionados e Atividades Complementares........ 40
8.1.6Carga horria do Curso e sua distribuio.................................. 41
8.2 ESTRUTURA CURRCULAR.................................................................. 41
8.2.1 Matriz curricular............................................................................ 42
8.2.2 Integralizao do Currculo Pleno do Curso.............................. 468.3NCLEOS DISCIPLINARES..................................................................... 48
8.4ATIVIDADES INTEGRADORAS................................................................ 50
8.4.1 Estgios Curriculares Supervisionados...................................... 51
8.4.1.1Os programas de estgio supervisionado............................ 52
8.4.2. Prtica Profissional...................................................................... 55
8.4.3. Atividades complementares........................................................ 56
4.3.1 Programa de monitoria......................................................... 57
8.4.3.2 Atividades independentes..................................................... 58
8.4.4 Trabalho de Concluso de Curso TCC....................................,, 59
8.4.5 Normas para desenvolvimento do Trabalho de Concluso deCurso...............................................................................................
61
8.4.6 Seminrios Interdisciplinares....................................................... 69
8.5PRINCPIOS METODOLGICOS............................................................. 69
8.5.1 Princpios Metodolgicos da Faculdade de Msica do EspritoSanto Maurcio de Oliveira.........................................................
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8.6 AVALIAO DA APRENDIZAGEM........................................................... 74
8.6.1 Quanto aos aspectos conceituais.............................................. 74
8.6.2 Quanto ao aspecto normativo..................................................... 76
8.6.3 Quanto ao aspecto operacional.................................................. 768.7 EMENTRIO E BIBLIOGRAFIA.............................................................. 79
8.8 CONDIES DA OFERTA...................................................................... 80
8.8.1 Forma de ingresso........................................................................ 123
8.8.2 Durao e Perodo de Concluso............................................... 124
8.8.3 Regime........................................................................................... 124
8.9 CONDIES DA OFERTA...................................................................... 124
8.10 A AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO....................................... 125
9INFRAESTRUTURA........................................................................................ 127
9.1 INSTALAES GERAIS......................................................................... 127
9.1.2 Ateno aos equipamentos em geral......................................... 141
9.2 BIBLIOTECA.............................................................................................. 140
9.2.1 Horrio de funcionamento........................................................... 140
9.2.2 Atendimento aos usurios........................................................... 140
9.2.3 Servios......................................................................................... 141
9.2.4 Emprstimo................................................................................... 141
9.2.5 Deveres do usurio...................................................................... 142
9.2.6 Penalidades................................................................................... 1429.2.6 Acervo para o Curso de Licenciatura em Msica............. 143
10 CORPO DOCENTE......................................................................................... 188
10.1 DOCENTES DO QUADRO EFETIVO..................................................... 188
10.2 DOCENTES EM REGIME DE DESIGNAO TEMPORRIA............... 189
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1 - APRESENTAO
Nos ltimos tempos temos passado por muitas transformaes em todas as reas
do conhecimento tanto cientifico quanto tecnolgico, o que provoca,
obrigatoriamente, tambm, mudanas na economia, nas polticas e no mercado de
trabalho. Assim, a histria se constri e reconstri, mudando, permanentemente, os
micros e macros cenrios nacionais e mundiais.
O efeito dessas mudanas provoca, ainda, mudanas na forma de pensar e agir do
homem e no processo educacional, uma vez que o contexto escolar que formaaqueles que atuam como sujeitos responsveis por todas essas mudanas, a fim de
se fazer ajustes adequados s necessidades humanas, ambientais, sociais, de
melhor qualidade de vida e de, at mesmo, sobrevivncia da humanidade. Desse
modo, as instituies de ensino fazem atualizam seus currculos, adequam as suas
propostas pedaggicas, melhoram e aperfeioam os seus espaos, sempre com o
objetivo de possibilitar aos seus egressos a oportunidade de no s se realizarem
como pessoa e como profissionais, mas, ainda, a de promover a transformao
social.
Se fizermos um percurso pela histria do ensino de msica nas escolas, na
educao brasileira, poderemos verificar uma srie de avanos, retrocessos e
equvocos. Antes mesmo dos portugueses chegarem ao Brasil, a populao nativa
deste pas praticavam a arte por meio dos seus ritos, cerimoniais, msica, dana,
pintura, dentre outros, que constituem os traos vivos da cultura indgena. Com a
chegada dos portugueses e, com eles os Jesutas, trouxeram consigo a educao
catequtica da cultura portuguesa, pela qual perpassavam as prticas artsticas dePortugal, que estavam intrinsecamente ligadas religio catlica. Isso porque, tanto
a arte como os ofcios refletiam a f crist, dando incio aculturao dos ndios aos
moldes de Portugal.
sabido que a educao jesutica, embora focando a catequese dos indgenas,
direcionou-se para a educao das elites. Essa educao tinha por fim suprir as
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demandas do mercado liberal que propunha formar futuros servidores da coroa,
continuando a hegemonia da elite e seus interesses na colnia. O currculo escolar
seguido pelos Jesutas, sistematizado no Ratio Studiorum, previa o aprendizado de
portugus, doutrina crist, escola de ler e escrever, canto orfenico e msica
instrumental (ZOTTI (2004). Embora, formal, conservadora e limitada, esta foi a
primeira iniciativa no campo da msica da educao no Brasil.
Com a chegada da Famlia Real ao Brasil em 1808, a colnia passou a sediar o
governo portugus que fugira da invaso de tropas francesas. Obrigatoriamente, o
Rio de Janeiro tornou-se capital do pas, abrindo-se para o mercado estrangeiro
adotando toda a estrutura de economia liberal atravs dos interesses da elite. Logo,
todos os seguimentos da sociedade como os aspectos polticos, econmicos esociais precisavam estar de acordo com essa nova realidade.
Com a vinda da Famlia Real, vieram para o Brasil, diversos artistas europeus com o
objetivo, dentre outros, de reforar o exerccio das artes. Como consequncia, criou-
se a Capela Real e o Conservatrio Imperial de Msica.
No ano de 1854, foi institudo, nas escolas brasileiras, o ensino da msica por meio
de um decreto que previa a prtica musical em dois nveis: noes de msica e
exerccios de canto. Um ano aps a Repblica, outro decreto federal fez referncia
msica e exigncia de professor especial de msica, atravs de concurso pblico
(JANIBELLI apud FONTERRADA, 1993).
Percebe-se, portanto, que na passagem do tempo entre colnia e imprio, o ensino
da msica, neste pas, refletia ideais respaldados pelo poder centralizador da poca.
A Igreja e o Governo eram os empregadores dos artistas e mestres de artes, uma
vez que, enquanto para a Igreja o objetivo primordial era servir a Deus e difundir a
religio catlica com seus dogmas, para o Governo o objetivo era defender osinteresses governamentais que iam para alm das festas no Palcio, passando a
fazer parte dos setores administrativos e dos teatros, alm de proporcionar a
formao artstica da elite.
Durante o sculo XX, a msica rompeu nas escolas com a tradio europia e
erudita, o que j acontecia na Europa. Villa Lobos destacou-se na rea musical entre
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os nacionalistas, tornando-se msico educador, pesquisador e responsvel em
trazer uma nova vertente para a msica brasileira, que contemplasse o
nacionalismo. Na dcada de 30, ele tornou-se um incentivador da msica nas
escolas, atravs do canto orfenico divulgado em todo o territrio, embora seguisse,
ainda, os moldes tradicionais, porm, com nfase no iderio nacional. Por intermdio
do canto orfenico e do canto coletivo em massa objetivava divulgar o respeito ao
que era nacional e ao governo Vargas.
Nessa dcada, surgiu o movimento da Escola Nova no Brasil, cuja influncia na
msica evidenciou-se na proposta de iniciao musical feita por Antnio S Pereira
e Liddy Chiaffarelli Mignone, paralelamente ao movimento do canto orfenico,
influenciados por pedagogos musicais europeus que buscavam inovaes no ensinoda msica. Havia, portanto, uma preocupao de se ensinar a partir das teorias de
Piaget que argumentava suas teorias no plano da construo do conhecimento, de
acordo com a faixa etria do indivduo. (MINISTRIO DA EDUCAO, 2006, p.
172).
Para o ensino da msica, conforme as teorias Piagetianas, tanto aluno como
professor (a) interagiam na construo do seu conhecimento quanto ao ensino
musical. Diante de uma nova perspectiva na rea de educao, que as leis foramse moldando ou se adaptando as tendncias atuais, de modo que, alm de uma
viso chamada construtivista, a educao se via na necessidade de trabalhar o
indivduo por completo. Evidenciou-se, ento, a perspectiva humanitria da
educao.
Na dcada de 70, conforme a Lei 5.692/71, a msica como foi considerada como
obrigatria por meio da disciplina Educao Artstica, que englobava o ensino de
msica, artes visuais e teatro. Mas, ensino das artes era polivalente com destaque
nas artes visuais e, posteriormente, no teatro, o que fez com que ensinar msica
ficasse em terceiro plano para o professor que, em geral, no dominava o contedo
musical. O professor polivalente era responsvel em trabalhar as msicas cantadas,
sem o devido preparo em msica. Dessa forma, o ponto culminante do prprio mau-
entendimento da Arte-Educao, na escola brasileira, foi instalao da Educao
Artstica nas escolas com a LDB 5692/71, que com a polivalncia, trouxe srias
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conseqncias, tanto para a formao dos professores quanto para a prtica
pedaggica.
Sobre essa situao, Penna (1995, 1998) nos mostra que o ensino da arte no Brasilpode ser caracterizado, historicamente, pela presena de trs tendncias: 1) o
enfoque tcnico-profissionalizante; 2) o enfoque que trs a arte na educao
vinculada formao plena do individuo; e 3) o enfoque que tenta resgatar os
contedos de linguagem, visando a apreenso, compreenso e apreciao.
Mediante o que possvel observar, por algumas dcadas, o ensino de msica
esteve afastada dos nossos currculos escolares, ficando a merc das instituies
que desejassem acrescent-la por considerarem-na importante ou para agregarem
valor ao curso, como marketing. A msica no ocupava o seu devido lugar. Com
isso, o campo de trabalho para o profissional professor de msica tornava-se restrito
iniciativa de algumas escolas, aos consertrios de msica, condio de professor
particular de msica, ou, ainda, s ONGs assistenciais e/ou s iniciativas pblicas e
particulares que quisessem investir no ensino de msica para atender a pessoas
que desejassem seguir uma carreira profissional, ou como forma de promover aes
sociais.
Agora, com a regulamentao da Lei n 11.769, torna-se obrigatrio o ensino da
msica na escola bsica, envolvendo educao infantil, ensino fundamental e ensino
mdio. O seu Art. 1 passa a complementar o Art. 26 da Lei n 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, acrescido como 6 A msica dever ser contedo obrigatrio,
mas no exclusivo, do componente curricular de que trata o 2 deste artigo." (NR).
O Art. 3 da mesma Lei determina que Os sistemas de ensino tero 3 (trs) anos
letivos para se adaptarem s exigncias estabelecidas nos Arts. 1 e 2 desta Lei.
Portanto, os Sistemas, Pblico e Privado, esto com o prazo marcado de, at 2011,
estarem com suas escolas adaptadas s novas regras. Como possvel observar-
se, abrem-se grandes perspectivas para o Licenciado em Msica, que, mais do que
qualquer outro profissional das reas das artes, estar habilitado a desenvolver um
trabalho eficiente e eficaz em msica, em espaos escolares e outros espaos
educativos.
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Perante essas possibilidades e acreditando em poder contribuir com a
transformao da educao pela msica, a Faculdade de Msica do Esprito Santo
FAMES, apresenta o seu o seu Projeto Pedaggico do Curso de Licenciatura em
Msica, tem como misso Promover a formao msicos docentes capazes de
atuarem em qualquer nvel e modalidade de ensino da educao bsica, eficientes
conhecedores e executores dos saberes tericos e prticos inerentes a esse campo
profissional e de contriburem para a transformao social por meio da educao
musical.
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2 - HISTRICO DO CURSO
O Curso de Licenciatura em Msica da Faculdade de Msica do Esprito Santo
Maurcio de Oliveira, criado atravs da Lei Complementar 281/2004 e aprovado
pela Resoluo CEE n 1287/2006, situa-se na Praa Amrico Poli Monjardim, n 60,
no Centro de Vitria, ES, CEP. 29016040.
A iniciativa de implantar esse curso, partiu da identificao, no mbito da
comunidade da FAMES, de um pblico com perfil delineado pelo interesse em
questes relacionadas docncia em msica, diversos dos objetivos do Curso de
Bacharelado em Msica com habilitao em Instrumento/canto, oferecido por esta
Instituio desde a dcada de 60.
A partir da sua aprovao, conforme os atos legais apresentados, o Curso de
Licenciatura em Msica foi implantado em 2005, de modo que o primeiro ingresso
deu-se com cinqenta alunos (25 matutinos e 25 noturnos), no primeiro semestre do
referido ano. Em todos os anos consecutivos, sempre ingressaram duas novas
turmas: uma matutina e, outra, noturna.
Em dezembro de 2008, colou Grau a primeira turma do Curso de Licenciatura em
Msica da FAMES, formando, ento, na ocasio, um total de dezessete alunos,
sendo que boa parte do grupo j se encontrava em atividades docentes, fato que
comprova a necessidade do referido curso que, oferece simultaneamente
conhecimentos referentes ao processo ensino aprendizagem de msica e legitima
a atividade de professor de msica junto comunidade e as instituies de ensino
atravs dessa formao inicial.
Desde a implementao do curso, algumas adequaes se fizeram necessrias,
partindo da percepo do colegiado e para atender s exigncias da atualidade em
relao msica e s cincias bem como legislao vigente, tais como, a
Resoluo n 2, de 8 de Maro de 2004, que aprova as Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduao em Msica e d outras providncias; Resoluo
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3. CONCEPO DO CURSO
O curso de Licenciatura em Msica, da Faculdade de Msica do Esprito Santo
Maurcio de Oliveira, tem por finalidade a formao das competncias e
habilidades gerais e especficas que caracterizam o perfil acadmico-profissional do
Docente da Educao Bsica, pautando-se em legislao prpria do Conselho
Nacional de Educao, Conselho Pleno, Conselho de Educao Superior e do
Conselho Estadual de Educao do Estado do Esprito Santo, bem como nas
orientaes especficas para esta formao, tratadas na Resoluo CNE/CES N 2,
de 08 de maro de 2004 e, ainda, nas Resolues CNE/CP n 1 de 18 de fevereirode 2002, CNE/CP n 2 de 19 de fevereiro de 2002 e demais atos legais que
regulamentam a educao superior, especialmente as Licenciaturas.
A Resoluo CNE/CES N 2, de 08 de maro de 2004, Art. 3 diz que
O curso de graduao em Msica deve ensejar, como perfil desejado doformando, capacitao para apropriao do pensamento reflexivo, dasensibilidade artstica, da utilizao de tcnicas composicionais, do domniodos conhecimentos relativos manipulao composicional de meiosacsticos, eletro-acsticos e de outros meios experimentais, e dasensibilidade esttica atravs do conhecimento de estilos, repertrios, obrase outras criaes musicais, revelando habilidades e aptides indispensveis atuao profissional na sociedade, nas dimenses artsticas, culturais,sociais, cientficas e tecnolgicas, inerentes rea da Msica.
Alm do que est determinado pelas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduao
em Msica, as diretrizes de Formao de Professores, resoluo CNE/CP n 1 de 2
de fevereiro de 2002, diz em seu Art. 3:
Art. 3 A formao de professores que atuaro nas diferentes etapas emodalidades da educao bsica observar princpios norteadores desse
preparo para o exerccio profissional especfico, que considerem:I - a competncia como concepo nuclear na orientao do curso;
II - a coerncia entre a formao oferecida e a prtica esperada do futuroprofessor, tendo em vista:
a) a simetria invertida, onde o preparo do professor, por ocorrer em lugarsimilar quele em que vai atuar, demanda consistncia entre o que faz naformao e o que dele se espera;
b) a aprendizagem como processo de construo de conhecimentos,habilidades e valores em interao com a realidade e com os demaisindivduos, no qual so colocadas em uso capacidades pessoais;
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c) os contedos, como meio e suporte para a constituio dascompetncias;
d) a avaliao como parte integrante do processo de formao, quepossibilita o diagnstico de lacunas e a aferio dos resultados alcanados,consideradas as competncias a serem constitudas e a identificao dasmudanas de percurso eventualmente necessrias.
III - a pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, umavez que ensinar requer, tanto dispor de conhecimentos e mobiliz-los para aao, como compreender o processo de construo do conhecimento.
Portanto, o Licenciado em Msica deve ter uma formao generalista, humanista e
crtica, qualificadora da interveno acadmico-profissional fundamentada no rigor
cientfico, na reflexo filosfica e na conduta tica, alm da necessidade de estar
qualificado para a docncia deste componente curricular em Msica na educao
bsica, obedecendo ao que determinam as legislaes especficas de formao de
professores e, tambm, Resoluo especfica do curso.
Pelo fato da Instituio fundamentar-se na tendncia Progressista Crtico-social dos
Contedos e numa perspectiva scio-interacionista, justifica-se o fato de preocupar-
se com um processo de formao do docente comprometido com a aquisio de
conhecimentos cientficos e prticos vinculados msica e s tendncias polticas,
sociais, culturais, econmicas, de modo a promover a melhoria no processo de
aprendizagem, a transformao social, o bem estar do ser humano.
Portanto, a tica da formao pedaggica do educador, defendida por esta
Instituio, visa uma formao da competncia docente com dupla dimenso: a
tcnica e a poltica. Nessa perspectiva, emerge uma exigncia plena em
fundamentar com conhecimentos tcnicos especficos, com nfase tcnicas
composicionais, do domnio dos conhecimentos relativos manipulao
composicional de meios acsticos, eletro-acsticos e de outros meios experimentais,
e da sensibilidade esttica atravs do conhecimento de estilos, repertrios, obras e
outras criaes musicais, bem como a incorporao de atitudes tica profissionais,
nesse processo curricular, comprometendo-se com o domnio dos contedos, o
significado do direcionamento destes e a busca do saber.
A msica sempre esteve presente na vida do homem atravs de ritmos e de sons
vocais e instrumentais percorrem o tempo enriquecem culturas, alegra a natureza,
eleva espiritualmente o homem, movem os corpos pelo exerccio ou pela dana,
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representa simbolicamente a ptria, marca compassos da marcha do soldado, nos
faz admirar as aves, harmoniza o esprito, dentre tantos outros benefcios ou formas
de manifestao em que a msica se apresenta na vida dos seres vivos. Os seus
benefcios para a formao humana desde cedo se faz presente. Isso pode ser visto
quando a me canta para seu filho bate palmas ao ritmo da msica estimulando-o a
perceber o que est em volta e aguando-lhe a ateno.
A escola no diferente, na educao infantil a msica contribui para o
desenvolvimento da fala, para desenvolver habilidades cognitivas, afetivas, sociais e
psicomotoras, excelente auxiliar na alfabetizao, no desenvolvimento do
raciocnio lgico matemtico, dentre muitos outros benefcios que proporciona.
Pestalozzi (1746-1827), como Rousseau, (1712-1778), defendia um tipo deeducao que tivesse por base a prtica e a experimentao de cunho afetivo.
Entendia que a educao o desenvolvimento natural, simtrico e harmonioso
de todas as faculdades da criana e que ela baseia-se na intuio e busca a
construo e a expresso de idias. Para ele, a educao deveria partir dos
sentidos, da a importncia do cultivo das artes.Dava nfase utilizao de canes
no processo educativo e reconhece plenamente sua influncia na formao do
carter. Os princpios do sistema Pestalozzi de educao musical eram:
Ensinar sons antes de ensinar signos e fazer a criana aprender acantar antes de aprender a escrever as notas ou pronunciar seusnomes.
Lev-Ia a observar auditivamente e a imitar os sons, suas seme-lhanas e diferenas, seu efeito agradvel ou desagradvel, em vezde explicar essas coisas ao aluno - em suma, tornar o aprendizadoativo, e no passivo.
Ensinar uma coisa de cada vez: ritmo, melodia e expresso, antes defazer a criana executar a difcil tarefa de praticar todas elas de umavez.
Faz-Ia trabalhar cada passo dessa diviso at que os domine, antes
de passar para o prximo. Ensinar os princpios e a teoria aps a prtica. Analisar e praticar os elementos do som articulado para aplic-los na
msica.
Fazer que os nomes das notas correspondam aos da msica ins-
trumental. Ensinar sons antes de ensinar signos e fazer a criana aprender a
cantar antes de aprender a escrever as notas ou pronunciar seusnomes(FONTERRADA, 2005, p.52).
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Plato e Aristteles acreditavam que a msica moldava o carter do homem, o que,
se evidenvia na doutrina do thos. Por isso, o modo drico era considerado o
preferido na educao dos jovens, visto que, segundo aquela doutrina, propiciava oequilbrio e a fora moral, importantes para a formao do cidado e o
fortalecimento da plis. A doutrina provinha do pensamento de Pitgoras, que
concebia a msica como um sistema de sons e ritmos regido pelas mesmas leis
matemticas que operam na criao. Infelizmente, mantiveram-se os textos a
respeito, mas no a msica. Apesar desse fato, possvel afirmar que, entre os
gregos, a msica era vista sobretudo de duas maneiras, uma que a concebia como
regido por leis matemticas universais e outra que acreditava que seu poder
emanava da relao estreita entre ela e os sentimentos - thos.
Nesse contexto, o valor atribudo msica era grande, visto que se acreditava
que ela colaborava para a formao do carter e da cidadania. Em Esparta,
em seu sistema de educao para os jovens e para o povo, Licurgo exigia que
a msica fizesse parte da educao da infncia e da juventude e que fosse
supervisionada pelo Estado. Justificava esse procedimento, lembrando a expe-
rincia de Creta, em que a prtica da msica, recomendada por Minos,
provocara uma notvel devoo aos deuses e tornara os cretenses um povoobediente s leis.
Henry Lang sintetiza os ideais buscados em cada poca, dizendo:
Na Antigidade, era a beleza, na Idade Mdia, o bem, durante o iluminismo,a verdade [...] Mas a venerao da verdade logo foi abandonada, com adescoberta de que [...] ela varia de acordo com o ngulo pelo qual vista. Enem a bondade serve mais, porque o iluminismo mostrou que ela escondemotivos ulteriores. O homem, ento, volta-se para os ideais da Antigidadeclssica [...] pondo nfase, novamente, no universal (Lang, 1941. ApudFONTERRADA, 2005. P 48).
O final do sculo XIX foi um perodo de grandes mudanas intelectuais, sociais,
morais e artsticas, contundentemente dirigidas contra as bases sustentadoras do
romantismo. Como nas outras fases da histria, essa revoluo se manifesta nas
artes de tal forma que se torna possvel traar-se um paralelo entre a reverso de
noes do espao pictrico, da forma e da tonalidade e as reavaliaes de espao e
tempo executadas pela fsica.
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Ao analisar a educao musical em seu pas (Frana) Dalcroze apontou dois tipos
de preocupao distintos, mas no conflitantes: a educao musical e a
necessidade de sistematizao das condutas, em que msica, escuta e movimento
corporal estivessem estreitamente ligados e interdependentes. Em relao
educao musical, ele atribuiu aos rgos educacionais, aos professores e aos
artistas a responsabilidade de promover a educao das massas. Considerava que
aforte presena da msica na escola seria o nico meio de catalisar o que esse
terico chamava de "as foras vivas do pas". Para que essa experincia
tivesse xito, seria preciso formar mestres inteligentes e capazes (Dalcroze,
Prefcio, 1919, in 1965, p.7). O ideal de Dalcroze a unio dos indivduos, num
processo que caminha em direo ao coletivo; para ele, caberia arte esse
papel aglutinador, graas sua capacidade de suscitar, nos indivduos, a
expresso de sentimentos comuns.
Pode-se ver na Educao Bsica, a msica sendo usada como instrumento para
alcanar objetivos educacionais em outras disciplinas, que, certamente, tm muito a
contribuir. Todavia, preciso garantir a autenticidade da vivncia musical, inserindo-
a nas salas de aula de modo abrangente, dialogando com a linguagem especfica,
buscando discutir suas possibilidades como rea de conhecimento e alimentando-
nos de sons e imagens que nos levem a acreditar na educao como fonte de vida,
de crescimento e de realizao. Enfim, este o recorte de um momento
determinado desta histria, que se faz contnua na contribuio da linguagem
musical, para que educador-educando e educando-educador possam constituir-se
como sujeitos participativos, ativos e crticos (FARIA, 2001. p. 32).
comum observar-se que a msica na sala de aula passa a ser vista como tempo
para deleite, para combater a exausto de outras atividades mais duras
(BELLOCHIO, 2003. p. 32), quando as outras reas do conhecimento, em geral, soconsideradas prioritrias, necessitando de maior tempo e dedicao, estabelecendo-
se o critrio de lazer para as atividades artsticas.
Procurando justificar a presena da msica na escola, muitos professores utilizam
argumentos que no esto diretamente ligados ao processo musical, como
desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, motricidade, interdisciplinaridade,
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raciocnio, conhecimento de si prprio e as inter-relaes. So aspectos importantes,
mas que no so de seu domnio especfico: a msica vista como meio para atingir
outros objetivos. Assim, o ensino da msica nas escolas uma forma de propiciar
aos alunos o entendimento e o desenvolvimento deste domnio que, por ser
especializado, poder contribuir para o seu desenvolvimento global (HENTSCHKE,
2003. p.182).
A partir desta concepo, justifica-se que o conhecimento especfico a ser
apropriado pelo Docente em Msica seja aquele referente educao musical,
expressa nas suas diversas formas e pelas prticas sociais, como meio de
comunicao com o mundo e constitudo por um processo histrico-social.
A Faculdade de Msica do Esprito Santo Maurcio de Oliveira, considera que o
Curso de Licenciatura em Msica, no campo de atuao profissional da Docncia na
Educao Bsica, precisa oferecer, ao futuro educador, essa percepo de
permanente transformao em que vivemos, de modo que cada sujeito constri a
sua prpria histria ao mesmo tempo em que contribui para a construo da histria
coletiva. Neste contexto, a pesquisa vista como a possibilidade de acesso ao
conjunto de conhecimentos produzidos, seus modos de produo, bem como
instncia de reflexo sobre a realidade. Na mesma direo, tem a extenso comopossibilidade de interlocuo e troca com as comunidades, nas perspectivas de
interveno e investigao da realidade social. Assim, prope oferecer possibilidade
de apropriao/objetivao de conhecimentos por meio de Ensino e a
Pesquisa/Extenso como mediadoras da formao profissional em Msica.
Assumindo o compromisso com a educao e o desenvolvimento social, a FAMES,
ministra o Curso de Licenciatura em Msica, de forma a mostrar aos discentes as
diferentes aplicaes do que aprendem, no respectivo campo profissional para que
eles compreendam a significncia do que estudam e, a partir da, sintam-se
comprometidos com as tarefas acadmicas e a responsabilidade em tornarem-se
profissionais competentes da rea. A Instituio acredita que, proporo que
estabelecem a relao teoria e prtica, os discentes percebero que o sucesso da
sua futura profisso depende da postura segura, eficiente e crtica, com a qual a
exercero no futuro.
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Conforme orientaes do Art. 2, pargrafo 1, da Resoluo CNE/CES N 2, de 08
de maro de 2004 das Diretrizes Curriculares da Graduao em Msica, esta
Instituio de Ensino Superior fundamenta o Projeto Pedaggico do Curso de
Graduao em Msica, modalidade Licenciatura, nos aspectos estruturais:
I - objetivos gerais do curso, contextualizados em relao s suas inseres
institucional, poltica, geogrfica e social;
II - condies objetivas de oferta e a vocao do curso;
III - cargas horrias das atividades didticas e da integralizao do curso;
IV - formas de realizao da interdisciplinaridade;
V - modos de integrao entre teoria e prtica;
VI - formas de avaliao do ensino e da aprendizagem;VII - modos da integrao entre graduao e ps-graduao, quando houver;
VIII - cursos de ps-graduao lato sensu, nas modalidades especializao
integrada e/ou subseqente graduao, de acordo com o surgimento das
diferentes manifestaes terico-prticas e tecnolgicas aplicadas rea da
graduao, e de aperfeioamento, de acordo com as efetivas demandas do
desempenho profissional;
IX - incentivo pesquisa, como necessrio prolongamento da atividade de ensino e
como instrumento para a iniciao cientfica;
X - concepo e composio das atividades de estgio curricular supervisionado,
suas diferentes formas e condies de realizao, observado o respectivo
regulamento;
XI - concepo e composio das atividades complementares;
XII incluso opcional de trabalho de concluso de curso sob as modalidades
monografia, projeto de iniciao cientfica ou projetos de atividades centrados em
rea terico-prtica ou de formao profissional, na forma como estabelecer o
regulamento prprio.
As competncias de natureza poltico-social, tico-moral, tcnico-pedaggico-
profissional e cientfica constituem a concepo nuclear do projeto pedaggico de
formao do graduado em Msica, modalidade Licenciatura.
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4 OBJ ETIVOS DO CURSO
Formar profissionais na rea de docncia em msica, direcionando tal
profissional para a atuao nas escolas de educao bsica (educao infantil,
ensino fundamental e ensino mdio), escolas especficas de msica e demais
espaos que envolvam a educao musical.
Desenvolver prticas acadmicas que assegurem experincias para uma
aprendizagem reflexiva, por meio das quais os alunos tenham oportunidade de
intervir efetivamente em situaes reais.
Articular o ensino, a pesquisa e a extenso com vistas formao de
profissionais capazes de atuarem com competncia em espaos escolares e no
escolares em que couberem o ensino e projetos de educao musical.
Propiciar condies para que a prtica profissional exercida nos trabalhos de
estgio e extenso se constitua numa oportunidade de reflexo e
questionamento e construo de novos conhecimentos.
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Aprimoramento da equipe tcnico-administrativa e docente, por intermdio da
pesquisa, da formao continuada e da participao em eventos culturais,
tcnicos e cientficos.
Ampliao e aperfeioamento das competncias interpessoais e tcnicas pela
ressignificao de contedos tericos na rea da msica em aes interativas
com a comunidade.
Cuidadoso trabalho pedaggico integrado e interdisciplinar, que busque a
compreenso do conhecimento em sua totalidade, de forma que permita a
apropriao e a construo de saberes tcnico-cientficos e poltico-sociais que
consolidem as diferentes competncias profissionais do graduado em msica.
Valorizao das relaes professor e aluno, estabelecidas num processo
dialtico e numa prxis educativa formadora de competncias profissionais e
humanas.
Reavaliao permanente de contedos, objetivos, finalidades e aes
curriculares para o enfrentamento da crescente complexidade e mutabilidade do
conhecimento cientfico, das novas ordens mundiais e das relaes de trabalho.
Promoo do ensino para a cidadania, com vistas formao de profissionais
dotados de autonomia, criatividade e competncia, no s para se inserirem no
mercado, mas, tambm, para empreenderem novas oportunidades de emprego
e de novas formas de trabalho.
Constante preocupao com a formao do comportamento e desenvolvimento
da tica, no contexto dos gneros humano, social e profissional;
Viso holstica, valorizando a condio humana e identidade terrena como bases
da sustentabilidade social.
Para atingir tais propsitos, o curso tem como propostas:
criar mecanismos que incentivem a participao dos discentes em programas
comunitrios, acompanhando o desenvolvimento e organizao das classes
sociais;
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6 - O PERFIL DO EGRESSO DA LICENCIATURAEM MSICA
Ao final do curso, o licenciado em msica dever possuir autonomia para
desenvolver aes de ensino/aprendizagem no campo da msica e em suas
diversas articulaes com as demais reas do conhecimento bem como com o
contexto scio-cultural em que ir atuar. Tal profissional se encontrar apto para
atuar, no mbito do ensino/aprendizagem em msica, imbudo de competncias
musicais, pedaggicas, intelectuais, polticas, antropolgicas, sociolgicas e
psicolgicas inerentes formao docente.
O ensino/aprendizagem da msica, assim como em qualquer outra rea relacionada
pedagogia do ensino, dever ter como preocupao primeira, a formao plena do
indivduo. Tal formao se dar atravs do desenvolvimento do potencial pessoal e
coletivo considerando aspectos relacionados ao campo intelectual, cultural e
emocional. Cabe levar em conta a construo da personalidade individual em sua
plenitude e articulaes com a sociedade em que vive de acordo com coordenadas
relativas a espao e tempo.
Para o licenciando fundamental saber lidar naturalmente com as inovaes
culturais, cientficas e tecnolgicas s quais estamos sujeitos, cotidianamente, bem
como com a diversidade inerente s sociedades contemporneas. Deve estar
disposto a enfrentar o desafio de atuar em contextos que exigem demandas no
previstas embora possveis de serem contempladas atravs de um pensamento
reflexivo e criativo.
imprescindvel, ao professor de msica, o conhecimento de diversos estilosmusicais provenientes de diferentes culturas, nas diversas pocas e a compreenso
das vrias msicas no mbito da criao, apreciao e performance. Torna-se de
essencial que esse educador tenha clareza da importncia de construir um
referencial cultural amplo, disposto a olhar para a diversidade de forma respeitosa e
sem preconceito. As vivncias musicais, as quais o educador dever vivenciar e
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proporcionar a seus alunos sero mais ricas e valorosas quanto maior a diversidade
do repertrio a ser explorado em sua profundidade e possibilidades.
O futuro docente deve desenvolver conscincia crtica e reflexiva livre depreconceitos e discriminaes, de forma a possibilitar aos seus futuros alunos a
percepo do rico campo das artes e a msica nela inserida como uma das
oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Nessa perspectiva, a formao
do licenciando requer a aproximao dos mais diversos gneros musicais de forma
a apresentar um amplo leque de opes, a seus alunos, acompanhado da reflexo
crtica e equilibrada, atravs dos conhecimentos tcnicos, estticos e culturais.
Mediante essa perspectiva, torna-se necessrio que o curso de formao do
professor de msica desenvolva conhecimento vocal e instrumental alm de
conhecimentos nas reas de regncia, composio, apreciao, performance,
improvisao, harmonia e teoria que permita um bom nvel de atuao junto a seus
alunos. Outras questes relevantes que no podem ser esquecidas, o
envolvimento do discente em pesquisas no contexto musical, artstico, educacional,
cientfico e acadmico, pois de posse dos conhecimentos citados, o licenciado em
msica deve colaborar com a construo do conhecimento na rea da msica nos
espaos educacionais onde atuar como profissional.
Assim sendo, a Faculdade de Msica do Esprito Santo "Maurcio de Oliveira,
mediante o que propem como misso, viso e filosofia, e respeitando as
determinaes da Resoluo n 2, de 8 de maro de 2004, que Institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o curso de graduao em Msica, em nvel superior de
Graduao Plena e das Resolues e Diretrizes de Formao de Professores,
estabelece que o egresso em Licenciatura em Msica dever estar preparado para
atuar como docente em escolas das Redes Pblica e Privada, em todos os nveis e
modalidades da educao bsica, bem como em projetos educativos junto
comunidade, em hospitais, ONGs, Centros Comunitrios, dentre outros,
apresentando o seguinte perfil:
ser crtico, tico e cidado com esprito de solidariedade e de respeito ao meio,
cultura e sociedade;
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ser inovador e empreendedor, entretanto, sempre preocupado com o
desenvolvimento e bem estar social e da coletividade, estimulando criaes
musicais e sua divulgao como manifestao do potencial dos sujeitos que a
compem;
ter conscincia da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade a
favor da conservao do bem estar pessoal, social e ambiental, tanto nos
aspectos tcnico-cientficos, quanto na formulao de polticas que promovam a
cidadania;
ser capaz de planejar, organizar, administrar, coordenar e executar pedaggica,
cientifica e tecnicamente, atividades musicais no mbito da educao musical
em escolas e nos diversos espaos educativos respeitando suas manifestaes
culturais, demonstrando sensibilidade e criao artsticas e excelncia prtica;
saber atender, avaliar, propor e desenvolver atividades musicais para alunos
com necessidades educacionais especiais, na perspectiva da incluso;
saber respeitar as diferenas individuais e coletivas e implementar aes que
contribuam para o processo de incluso social;
ser preocupado, permanentemente, com o avano tecnolgico e cientfico da
profisso, de forma a buscar pesquisas constantes de novas tcnicas musicais,
sem perder de vista a dimenso social e educacional vinculada formao do
profissional de Msica;
ser criativo e capaz de utilizar modelos, tcnicas de simulao e trabalhar com
projetos que estimulem a investigao cientfica e tecnolgica em Msica,
visando criao, compreenso e difuso da cultura e seu desenvolvimento;
ser conhecedor das fontes onde buscar informaes, ou seja, como pesquisar e
obter conhecimentos sobre msica necessrias prtica profissional;
ser lder democrtico, com autonomia e comprometido com as decises
coletivas e projetos sociais e ambientais;
ser comprometido com os resultados de sua atuao, pautando sua conduta
profissional por critrios humansticos, compromisso com a cidadania e rigor
cientfico, bem como por referenciais ticos legais.
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ter conscincia de sua responsabilidade como educador, nos vrios contextos
de atuao profissional em espaos escolares e no escolares.
ser um docente responsvel e tico, que ministre as aulas, preocupado com a
aprendizagem efetiva e a motivao dos seus alunos e que saiba atuar de, de
forma significativa, nas manifestaes musicais, institudas ou emergentes;
ser, permanentemente, preocupado com a sua formao pessoal e profissional,
buscando atualizao e aperfeioamento constante e zeloso com sua postura e
aes em relao s diversidades culturais, religiosas, tnicas, sexuais, etc.;
ter idias prospectivas em relao ao futuro, desenvolvendo projetos inovadores
e aes estratgicas, capazes de ampliar e aperfeioar sua rea de atuao;
saber atuar em projetos scio-educativos nos diversos espaos sociais,
educacionais, dentre outros que demandem a atuao do docente em Msica;
ser articulado e atualizado em relao s tendncias dos mercados regional,
nacional e mundiais na rea no campo da docncia em Msica para ampliar a
sua competncia e segurana na preparao dos discentes para este mundo,
cada vez mais, globalizado.
6.1 HABILIDADES E COMPETNCIAS
A partir do perfil visado para o egresso do Curso de Licenciatura em Msica, a
FAMES pretende que cada um dos profissionais formados apresente habilidades e
competncias de natureza poltico-social, tico-moral, tcnico-profissional e
cientfica, cuja formao constitui a concepo nuclear do projeto pedaggico do
curso. Assim sendo, este Curso foi concebido, planejado e operacionalizado e
avaliado, visando aquisio e desenvolvimento de competncias e habilidades
para:
dominar os conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais especficos
da Msica, orientados por valores sociais, morais, ticos e estticos prprios de
uma sociedade plural e democrtica;
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pesquisar, conhecer, compreender, analisar, avaliar a realidade social para nela
intervir acadmica e profissionalmente, por meio da msica, visando a formao,
a ampliao e enriquecimento cultural da sociedade;
interpretar textos e resultados experimentais e formular novas questes com base nesta
interpretao;
expressar-se com clareza e assertividade, fundamentado nos conhecimentos
cientficos;
criar e utilizar modelos, tcnicas de simulao e trabalhar com projetos que
estimulem a investigao cientfica na msica;
Intervir, acadmica e profissionalmente, de forma deliberada, adequada e,
eticamente balizada, nos campos da formao cultural, da educao musical, do
lazer, alm de outros campos que oportunizem ou venham a oportunizar a prtica
na educao musical;
participar, assessorar, coordenar, liderar e gerenciar equipes multidisciplinares de
discusso, de definio e de operacionalizao de polticas pblicas e
institucionais nos campos msica, da educao, da cultura, dentre outros;
diagnosticar os interesses, as expectativas e as necessidades das pessoas
(crianas, jovens, adultos, portadoras de deficincia), a fim de planejar, ensinar,
orientar, assessorar, com vistas melhoria das relaes interpessoais, das
condies de vida, do autoconceito e da auto-estima;
supervisionar, controlar e avaliar projetos de educao musical;
conhecer, dominar, produzir, selecionar, e avaliar os efeitos da aplicao de
diferentes tcnicas, instrumentos, procedimentos e metodologias para a
produo e a interveno acadmico-profissional em msica nos campos da
formao cultural, da educao, da msica, do lazer, da gesto de projetos
educacionais e musicais, alm de outros campos que oportunizem ou venham a
oportunizar a participao em de atividades musicais;
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acompanhar as transformaes acadmico-cientficas da Msica e de reas afins
mediante a anlise crtica da literatura especializada com o propsito de contnua
atualizao e produo acadmico-profissional;
utilizar recursos da tecnologia da informao e da comunicao de forma a
ampliar e diversificar as formas de interagir com as fontes de produo e de
difuso de conhecimentos especficos da Educao Musical e de reas afins,
com o propsito de contnua atualizao e produo acadmico-profissional.
lidar com crianas, adolescentes, jovens e adultos de forma incentivadora, a fim
motiv-los a identificar, na Msica, meios de educar-se desenvolver-se e
aprender melhor;
preparar suas aulas conceitual e metodologicamente correta e exeqvel,
prevendo o interesse, a participao, a interao e integrao de todos os alunos
sem qualquer tipo de discriminao;
ministrar aulas, utilizando, adequadamente, os recursos disponveis e
necessrios maior compreenso e motivao dos alunos;
atuar no campo da Msica como agente transformador comunitrio, colaborando
para o desenvolvimento social e da cidadania;
reconhecer as potencialidades e demandas da escola propondo estratgias de
atividades que visem a melhoria do clima e ambiente institucional;
aplicar conceitos tcnico-cientficos e ticos para resolver os mais diversos
problemas relacionados Msica por meio da elaborao e execuo de
projetos individuais ou em parceria com instituies particulares ou pblicas;
agir com tica e responsabilidade no exerccio da profisso;
envolver-se em atividades e projetos desenvolvidos pela escola e pela
comunidade, respeitando a diversidade natural de cada ambiente educacional
(cultural, emocional, lingstica, religiosa, tnica, alunos/pessoas com
deficincia, lngua, dentre outras que possam surgir) e exercendo uma liderana
democrtica e participativa, possibilitando a integrao de alunos, pais,
comunidade e professores;
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integrar-se, perfeitamente, s atividades desenvolvidas por profissionais da rea
de Msica e reas afins;
enfrentar os desafios decorrentes do avano tecnolgico, preparando-se
permanentemente para a aplicao de tecnologias modernas na msica, sem
perder de vista a dimenso social e profissional.
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7 CAMPOS DE ATUAO PARA OLICENCIADO EM MSICA
A FAMES tem a preocupao em oferecer, aos seus alunos do Curso de
Licenciatura em Msica, uma formao que os tornem capazes de atuarem em:
Centros de Educao Infantil e Escolas de Ensino Fundamental e Mdio.
Escolas especializadas no ensino da msica, atuando na musicalizao de
crianas, adolescentes, jovens e adultos e em cursos de graduao compatveis
com a sua formao.
Organizaes governamentais e no governamentais, realizando projetos scio-
culturais.
Instituies para crianas com necessidades especiais.
Instituies que mantm programas de incluso scio-cultural.
Demais espaos em que exista demanda para ensino/aprendizagem de msica.
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8. CURRCULO DO CURSO
Conforme a Resoluo n 2 de 08 de maro de 2004, que Institui as DiretrizesCurriculares Nacionais para os cursos de graduao em Msica, em nvel superior
de graduao plena, em seu Art. 3, diz que este curso deve formar profissionais
com
capacitao para apropriao do pensamento reflexivo, da sensibilidadeartstica, da utilizao de tcnicas composicionais, do domnio dosconhecimentos relativos manipulao composicional de meios acsticos,eletro-acsticos e de outros meios experimentais, e da sensibilidadeesttica atravs do conhecimento de estilos, repertrios, obras e outrascriaes musicais, revelando habilidades e aptides indispensveis atuao profissional na sociedade, nas dimenses artsticas, culturais,
sociais, cientficas e tecnolgicas, inerentes rea da Msica.
Portanto, um curso de graduao em Msica, que vise preparar um profissional
Licenciado em Msica deve organizar o seu currculo de forma que garanta ao
discente uma formao generalista, humanista e crtica, qualificadora para a
interveno acadmico-profissional, fundamentada no rigor cientfico, na reflexo
filosfica e na conduta tica e esttica.
O futuro profissional Licenciado em Msica precisa qualificar-se para ser capaz de
analisar criticamente a realidade social e nela intervir de maneira acadmica eprofissional, sabendo fazer uso de diferentes manifestaes e expresses culturais,
com vistas formao, ampliao e ao enriquecimento cultural das pessoas e
para aumentar as possibilidades perceptivas, equilbrio e harmonia pessoal.
Especialmente o Licenciado, de acordo com as Diretrizes j referenciadas (Art. 12)
os cursos de graduao em Msica para formao de docentes, licenciatura plena,
devero observar as normas especficas relacionadas com essa modalidade de
oferta.
Nesse contexto, os discentes assumem o seu processo de formao, com vistas a
desenvolver as competncias necessrias ao seu futuro desempenho profissional,
embasado nos conhecimentos cientficos, tcnicos e pedaggicos para o exerccio
de suas atividades com responsabilidade tcnica e social.
O principal marco pedaggico do currculo do curso a sua proposta de
interdisciplinaridade. As diferentes disciplinas foram organizadas de modo a permitir
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a utilizao de metodologias e prticas de ensino integradoras de contedos e de
situaes de prtica, de forma que o egresso do Curso de Licenciatura em Msica
da FAMES, desde o incio do curso, compreenda e aprenda as relaes entre as
diversas reas de conhecimentos e a sua aplicao na complexidade da prtica
profissional.
A proposta baseia-se, principalmente, na estruturao do currculo e dos contedos
programticos, com o objetivo de proporcionar ao estudante uma viso mais
abrangente de seu campo de atuao e formar um docente em Msica preparado
para os desafios do cotidiano da escola ou de qualquer outro espao educativo.
Para tanto, os discentes esto em contato direto com atividades relacionadas
futura profisso, j no primeiro semestre do curso, por meio da carga horriadestinadas prtica e contextualizao prevista para as disciplinas e dispostas na
estrutura curricular do curso.
As atividades e projetos educativos desenvolvidos nas escolas-campo e em espaos
no escolares que possuem funo educacional tm se mostrado, tambm, como
um importante instrumento de ligao entre o contedo terico/prtico estudado e a
sua insero na realidade scio-poltico-cultural do nosso Estado. Tanto as
atividades interdisciplinares como os projetos disciplinares permitem que osdiscentes tenham contato direto com atividades relacionadas futura profisso
desde o primeiro semestre do curso, nas disciplinas que envolvem prticas
pedaggicas, metodologia, Didtica e o Estgio Supervisionado.
As inter e transdisciplinaridade, como norte para uma educao holstica, tambm
contemplada via realizao de eventos cientficos, palestras e seminrios
(colaborao de profissionais da prpria Instituio ou convidados), pela maneira
como se organizam as disciplinas, de modo a articular maior integrao entre os
contedos programticos e por intermdio da participao em atividades
comunitrias
8.1 BASES DE ELABORAO DO CURRCULO
Considerando a importncia do profissional docente em Msica, a Instituio, ao
organizar o currculo e a estrutura curricular do curso de Licenciatura em Msica,
visa cumprir o que recomendam as Diretrizes Curriculares deste curso (Resoluo
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CNE/CES 2, de 08 de maro de 2004, as Diretrizes para Formao de Professores,
Resoluo CNE/CP n 1, de 18 de fevereiro de 2002, alterada pela Resoluo
CNE/CP n 2, de 19 de fevereiro de 2002, pela Resoluo CNE/CP n 1, de 17 de
novembro de 2005, pelo Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 e pela
Resoluo CEE n 1286 publicada no DO. em 29 de maio de 2006, alm das
Diretrizes estabelecidas pela Faculdade de Msica do Esprito Santo Maurcio de
Oliveira a qual se integra este curso. Assim sendo, a matriz curricular, bem como a
sua alocao de tempos e espaos curriculares, esto organizados em eixos em
torno dos quais esto articuladas as dimenses necessrias formao do docente
em Msica, conforme as Diretrizes de Formao de Professores:
1 eixo:articulao dos diferentes mbitos do conhecimento profissional esse eixodiz respeito a todos os contedos que so trabalhados durante o curso, exigidos
pelas Diretrizes Curriculares do Curso Graduao em Msica ou considerados
necessrios pelo colegiado do curso, de modo que ao concluir a sua formao
acadmica o egresso tenha todas as competncias necessrias ao Licenciado nesta
rea, capaz de uma atuao segura, tica, humana e profissional em qualquer
espao educacional.
2 eixo:articulao da interao e comunicao, bem como do desenvolvimento da
autonomia profissional a integrao permanente com projetos de diversas
naturezas, as participaes em projetos sociais e a prtica educativa que so
estabelecidos com a comunidade, em geral e, especialmente, do entorno da desta
Faculdade, e com os estabelecimentos de ensino e ONGs, permitem ao discente
compreender o verdadeiro sentido e importncia da sua profisso, a entender a
necessidade de saber interagir e conviver com a realidade dentro de uma tica
humana e profissional, de ser um profissional seguro, empreendedor, percebendo as
possibilidades e exigncias do meio e da sua atuao responsvel.
3 eixo: articulao entre disciplinaridade e interdisciplinaridade em todos os
perodos os professores desenvolvem projetos interdisciplinares conjuntos,
envolvendo pesquisa bibliogrfica e de campo, intervenes em comunidades,
projetos de extenso, seminrios, dentre outras atividades, que permitem aos
discentes compreenderem que o conhecimento de cada disciplina no estanque
em si mesma, mas que possibilita a compreenso de outras disciplinas e da vida,
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por fazermos parte de um universo que global.
4 eixo: articulao da formao comum com a formao especfica
estabelecida por meio dos contedos necessrios e comuns e que formam a base
estrutural do curso estabelecida pelas Diretrizes Curriculares da Graduao em
Msica, as quais devem constituir o ponto de partida para a formao especfica do
Licenciado neste campo do saber, composto pelas unidades de conhecimento que
constituem o objeto de ensino do componente curricular Msica, abrangendo trs
tpicos de estudos ou de contedos interligados: 1- Contedos Bsicos; 2-
Contedos Especficos; e 3- Contedos Terico-Prticos.
5 eixo: articulao dos conhecimentos a serem ensinados e dos
conhecimentos filosficos, educacionais e pedaggicos que fundamentam a
ao educativa nos conhecimentos da Licenciatura em Msica, esto includos,
aqueles relacionados s disciplinas Filosofia e Educao, Sociologia e Educao,
Psicologia da Educao, Didtica, Organizao da Educao Brasileira, Incuso,
que do aos discentes as bases filosficas, didticas e pedaggicas para lidar com o
processo ensino-aprendizagem nos nveis de ensino fundamental e mdio, nos
diversos espaos e tempos educacionais e com as diversidades que estiverem
presentes no universo em que atuar.
6 eixo:articulao das dimenses tericas e prticas a relao teoria e prtica
como j foi mencionada, anteriormente, acontece desde o primeiro perodo, visto
que em todas as disciplinas que possibilitam a realizao de interveno na
comunidade ou escola, trabalho e pesquisa de campo ou atividade prticas
envolvendo a msica, tm a concretizao pela ao integradas dos professores e
dos prprios alunos. Alm das prticas em cada disciplina, que permitem aos
discentes perceberem como podero articular aqueles contedos estudados para
exercerem a funo docente com os futuros alunos, h, ainda, aquelas especficas
da formao prtica voltadas especificamente para atuarem em sala de aula, como
o caso das prticas pedaggicas/ensino vinculadas a cada disciplina com essa
natureza e do Estgio Supervisionado.
A distribuio das disciplinas na grade curricular valoriza a correlao entre elas, o
que permite no, somente, a integrao horizontal e vertical entre os contedos,
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bem como o desenvolvimento de atividades inter e transdisciplinares que envolvam
a participao de profissionais de outras reas do saber da comunidade acadmica
e da sociedade.
Vale ressaltar que, a partir dos eixos acima mencionados, conforme recomendao
das Diretrizes Curriculares de Formao de Professores (Resoluo CNE/CP 1, de
18 de fevereiro de 2002, Art. 11), e dos tpicos de estudo determinados pelas
Diretrizes do Curso de Graduao em Msica - Resoluo n 2, de 4 de maro de
2004), o currculo contempla os trs ncleos: o primeiro, o tpico de estudos
envolvendo os contedos Bsicos; o segundo, o tpico de estudos envolvendo os
contedos Especficos, que abrange os conhecimentos identificadores da Msica; o
terceiro, o tpico de estudos envolvendo os contedos Terico-Prticos:
I- contedos Bsicos:estudos relacionados com a Cultura e as Artes, envolvendo
tambm as Cincias Humanas e Sociais, com nfase em Antropologia e
Psicopedagogia;
II - contedos Especficos:estudos que particularizam e do consistncia rea
de Msica, abrangendo os relacionados com o Conhecimento Instrumental,
Composicional, Esttico e de Regncia;
III - contedos Terico-Prticos:estudos que permitam a integrao teoria/prtica
relacionada com o exerccio da arte musical e do desempenho profissional, incluindo
tambm Estgio Curricular Supervisionado, Prtica de Ensino, Iniciao Cientfica e
utilizao de novas Tecnologias.
No desenvolvimento das disciplinas que compem esses ncleos, h sempre a
preocupao com a orientao e a formao crtica, investigativa e reconstrutiva,
baseada no princpio da indissociabilidade entre teoria e prtica, bem como
orientado por valores sociais, morais, ticos e estticos prprios de uma sociedade
plural e democrtica.
Outros aspectos que permeiam os contedos das disciplinas que compem a
estrutura curricular so as questes relativas s peculiaridades regionais, s
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identidades culturais, educao ambiental, ao trabalho, s necessidades das
pessoas portadoras de deficincia e de grupos e comunidades especiais.
8.1.1 Ncleo dos contedos Bsicos - os discentes cursam Lngua Portuguesa,Libras, Histria e Arte, Folclore, Filosofia e Educao, Sociologia e Educao,
Organizao da Educao Brasileira, Educao Inclusiva, Psicologia da Educao
dentre outras que lhes permitem conhecer o ser humano como sujeito social, que
constri a sua prpria histria e que nasce com suas potencialidades, mas se
desenvolve de acordo com o meio, sofrendo influncia da cultura e das
caractersticas do meio fsico e ambiental atravs do decurso da humanidade,
considerando aspectos filosficos, poltico-histricos, scio-econmicos e
psicopedaggicos.
8.1.2 Ncleo da Formao Especfica -Abrange os conhecimentos identificadores
da Msica e da formao especfica na docncia nesta rea, devendo contemplar
disciplinas como: Percepo Musical, Histria e Msica, Harmonia, Anlise Musical,
Apreciao Musical, Laboratrio de Composio, Tcnicas de Arranjo, dentre outras.
Os contedos abordados do consistncia formao musical, tratados de forma
dinmica e flexvel baseados nos interesses da comunidade acadmica, e buscam o
equilbrio entre atividades tericas e prticas e o desenvolvimento crtico-reflexivo
dos alunos, de modo que, pelos contedos tericos os discentes aprendem tanto os
conceitos como a forma de trabalhar tais contedos, suas implicaes e suas
dinmicas, j que pela sua prtica, esses mesmos discentes devem aprender a
maneira correta de execut-los e de ministr-los na escola ou outros campos
educativos.
7.1.3Ncleo dos contedos Terico-Prticos:nesse ncleo, as disciplinas devem
possibilitar estudos que permitam a integrao teoria/prtica relacionada com oexerccio da arte musical e do desempenho profissional, incluindo ainda o Estgio
Curricular Supervisionado, a Prtica de Ensino, Iniciao Cientfica e utilizao de
novas Tecnologias. Assim sendo, vrias disciplinas contribuem para a formao
nesse ncleo, tais como: Tcnica Vocal, Instrumento Harmnico, Expresso
Corporal, Prtica de Conjunto, Canto Coral, Prtica de Regncia, Flauta Doce,
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Metodologia da Educao Musical, Oficina de Percusso, Didtica, Metodologia da
Pesquisa, Informtica Aplicada Msica e Estgio Supervisionado.
Essas disciplinas possibilitam, ao discente, maior conhecimento da realidade social,do desenvolvimento e aprendizagem do ser humano, dos processos de ensino,
legislao, das relaes que se estabelecem nos diversos espaos, de cidadania, de
tica, de valores culturais e do saber conviver e lidar com diversidade cultural, social,
tnica, religiosa, sexual e das pessoas com necessidades especiais.
As horas de prtica possibilitam que o discente perceba a importncia do que estuda
para entrar em contato com a realidade, principalmente, quando relaciona a teoria
com as oportunidades de praticar esses conhecimentos com crianas, jovens eadultos, por meio do ensino sistematizado ou projetos em espaos escolares e no
escolares. Essas oportunidades tornam os discentes mais conscientes a respeito de
si mesmos, do significado de cidadania, da importncia da conscientizao para a
preservao e melhoria do ambiente e da qualidade de vida.
Como forma de possibilitar, ao discente, maior condio de aprofundamento terico
e/ou pesquisa e prtica em campo do seu interesse profissional ou para incrementar
sua pesquisa na elaborao do TCC, o currculo oferece as atividades
complementares, durante todo o curso, a Metodologia Cientfica no incio do curso,
Metodologia da Pesquisa, no 6 perodo, e vrias oportunidades de participar de
projetos de extenso, por meio dos quais, o discente pode desenvolver estudos,
leituras, participar de pesquisa de seu interesse sob a orientao do professor
responsvel.
Nos dois ltimos perodos os Licenciandos elaboram a sua monografia, como
Trabalho de Concluso de Curso (TCC), como resultado das experincias na
vivncia terica/prtica do campo musical e/ou educacional.
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8.1.4 Responsabilidade Social
Os professores em conjunto com os seus alunos deste Curso de Licenciatura em
Msica, alm de desenvolverem as atividades de estgio e prticas de ensino, por
meio de projetos em escolas e em outros espaos educativos, em comunidades do
entorno desta Instituio e da Grande Vitria, elaboram projetos sociais, tais como:
Projeto Bandas e Corais desenvolvido mediante convnio com a SEDU para
formar bandas e corais nas escolas de educao bsica. Esse projeto visa,
tambm, oferecer formao continuada aos professores dessas escolas para
continuarem mantendo, nelas, o trabalho com msica.
Curso Pr-vestibular preparatrio para a FAMES preparao gratuita para
alunos que desejem concorrer ao vestibular desta Instituio.
CFM Curso de Formao Musical oferecido a jovens que tenham cursado a
Musicalizao Infantil ou que sejam aprovados na seleo por desejarem
aprofundar em Msica ou profissionalizar-se na rea.
Curso de Musicalizao Infantil ministrado para crianas de toda a grande
Vitria, a partir de quatro anos, e tem a durao de seis anos. A chamada para a
participao feita por editais e as matrculas so feitas at as vagas serempreenchidas.
Eventos musicais so realizados como culminncia dos projetos
interdisciplinares, ou no, realizados na Faculdade e desenvolvidos em diversos
espaos, como: praas, teatros, Assembleia, igrejas, etc.
Promoo de Concursos Aurea Adnet para a graduao e Anny Cabral para
o CFM. Envolve instrumento e canto.
Incentivo a professores e alunos a participarem de concursos nacionais.
Participao no Festival de Msica de Domingos Martins.
8.1.5 Estgios Supervisionados e Atividades Complementares
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Toda a comunidade que compe a Grande Vitria, bem como as Escolas
Municipais, Estaduais e ONGs, alm da prpria Escola de Formao Musical em
nvel inicial, Musicalizao Infantil e mais avanado, CFM, mantida pela prpria
Instituio, constituem campos ricos para a prtica do futuro Licenciado em Msica
da Faculdade de Msica do Esprito Santo Maurcio de Oliveira.
Essa realidade favorece tanto o desenvolvimento do Estgio Supervisionado, bem
como das Atividades Complementares, visto que por intermdio
das atividades complementares e de aprofundamento terico-prtico -
acadmico-cientfico-culturais - os alunos participam de atividades como
projetos sociais e de educao musical, de iniciao cientfica e de extenso,
seminrios, congressos, monitoria, dentre outros.
do Estgio Supervisionado - os discentes realizam observao, interao e
diagnstico para a elaborao de projetos interventivos em escolas dos nveis
de ensino fundamental e mdio e, inclusive, em educao infantil. Durante o 5
perodo inicia-se o Estgio Supervisionado I, quando o discente visita escolas
para conhecer a realidade educacional de uma unidade escolar. Aps essa
primeira visita, insere-se em uma escola de educao infantil e, com o
acompanhamento e orientao de um professor orientador, elabora e executa
projetos de interveno, elaborando, no final do perodo, um relatrio para
concluso e avaliao dessa primeira etapa. No Estgio Supervisionado II (6
perodo) o aluno vai, tambm, a campo, para desenvolver em escola do ensino
fundamental o mesmo trabalho feito no Estgio em escolas de educao infantil,
com a mesma orientao e avaliao do professor orientador. O Estgio
Supervisionado III ( 7 perodo) desenvolvido em escolas do ensino mdio e o
futuro professor executa intervenes planejadas, orientado e avaliado da
mesma forma que as anteriores. O Estgio Supervisionado IV desenvolvido
em outros espaos educativos, para os quais o futuro professor elabora projetos
especiais, executa-os, como nos anteriores e conclui por meio de relatrio e
discusso na turma, paralelamente, ao seu Trabalho de Concluso de Curso da
Licenciatura.
8.1.6 Carga horria do Curso e sua distribuio
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Com base no que foi exposto e atendendo as Diretrizes para Formao de
Professores, CNE/CP n 1, de 18 de fevereiro de 2002, alterada pela CNE/CP n 2,
de 19 de fevereiro de 2002 e pela CNE/CP n 1, de 17 de novembro de 2005; as
Diretrizes do Curso de Msica, Resoluo CNE/CES n 2, de 08 de maro de 2004,
Resoluo n 2, de 18 de junho de 2007, Resoluo n 3, de 2 de julho de 2007e as
Diretrizes estabelecidas pela Faculdade de Msica do Esprito Santo Maurcio de
Oliveira, a qual se integra este curso, o Curso de Licenciatura em Msica, poder
ser concludo no prazo mnimo de oito semestres quatro anos e, no mximo
quatorze meses sete anos, perfazendo um total de 3.070 horas (trs mil e setenta
horas) - 202 crditos, das quais:
Carga Horria Total para integralizao curricular da Licenciatura em Msica: 3.070horas, compreendendo
660 horas para o ncleo de contedos Bsicos, sendo que 650 so tericas e 10
horas so prticas.
1.170 horas para os contedos de formao especfica, sendo que dentre essas
horas esto contidas 420 horas de atividades prticas, nas quais permeiam o
fazer pedaggico e do contedo especifico de msica.
970 horas para o ncleo dos contedos terico-prticos, sendo que dessa carga
horria, 450 horas so equivalentes a contedos que envolvem prticapedaggica, a pesquisa e a Didtica, intensificando e ampliando as prticas dos
Ncleos dos Contedos Especficos e dos Contedos Bsicos; 400 horas ao
Estgio Supervisionado e 120 horas elaborao do TCC.
210 horas de Atividades Complementares.
8.2 ESTRUTURA CURRCULAR
Mediante a necessidade de ajustar a estrutura curricular s determinaes legais e
atualiz-la para melhor atender realidade atual, foi feito junto, ao colegiado, um
estudo e elaborada a estrutura apresentada a seguir.
8.2.1 - Matriz curricular
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De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduao
em Msica explicitadas na Resoluo do CNE/CES n 02, de 08 de maro de 2004,
os tpicos de estudos ou de contedos interligados devero ser identificados como
contedos bsicos; contedos especficos e contedos terico-prticos,
considerando, ainda, Resoluo CNE/CP n 1/2002, que institui as Diretrizes de
Formao de Professores da Educao Bsica, a Resoluo do CNE/CP n 2, de 19
de fevereiro de 2002, que institui a durao e a carga horria dos cursos de
licenciatura, de graduao plena, de formao de professores da Educao Bsica
em nvel superior,a Faculdade de Msica do Esprito Santo construiu a sua nova
proposta curricular, fundamentada nas Resolues citadas:
LICENCIATURA EM MSICA
ESTRUTURA CURRICULAR
CARGA HORRIA
ESTGIO
PERODO DISCIPLINAS OBRIGATRIAS TEOR. PRT. SUPER. TOTAL CRDITOS PR-REQUISITOS
PERCEPO MUSICAL I 50 10 - 60 4 -------------HISTRIA E ARTE 50 10 - 60 4 -------------LINGUA PORTUGUESA 60 - - 60 4 -------------INFORMTICA APLICADA MSICA I 15 15 - 30 2 -------------FILOSOFIA E EDUCAO 60 - - 60 4 -------------METODOLOGIA CIENTFICA 30 - - 30 2 -------------OFICINA DE PERCUSSO I 10 20 - 30 2 -------------
TCNICA VOCAL I 15 15 - 30 2 -------------INSTRUMENTO HARMNICO I 10 20 - 30 2 ------------
1
TOTAL 300 90 390 26
PERCEPO MUSICAL II 50 10 - 60 4 PERCEPO MUSICAL ILABORATRIO DE COMPOSIO I 15 15 - 30 2 -------------HISTRIA E MSICA I 30 - - 30 2 -------------
INFORMTICA APLICADA MSICA II 15 15 - 30 2INFORMTICA APLICADA MSICA I
ORGANIZAO DA EDUCAO BRASILEIRA 30 - - 30 2 -------------SOCIOLOGIA E EDUCAO 60 - - 60 4 -------------
OFICINA DE PERCUSSO II 10 20 - 30 2OFICINA DE PERCUSSOI
TCNICA VOCAL II 15 15 - 30 2 TCNICA VOCAL I
INSTRUMENTO HARMNICO II 10 20 - 30 2INSTRUMENTOHARMNICO I
2
TOTAL 235 95 - 330 22
PERCEPO MUSICAL III 25 5 - 30 2 PERCEPO MUSICAL IIHISTRIA E MSICA II 30 - - 30 2 HISTRIA E MSICA IEXPRESSO CORPORAL I 10 20 - 30 2 -------------
INFORMTICA APLICADA MSICA III 15 15 - 30 2INFORMTICA APLICADA MSICA II
HARMONIA I 60 - - 60 4 -------------CANTO CORAL I - 30 - 30 2 -------------PSICOLOGIA E EDUCAO 60 - - 60 4 -------------FLAUTA DOCE I 10 20 - 30 2 -------------
INSTRUMENTO HARMNICO III 10 20 - 30 2INSTRUMENTOHARMNICO II
3
TOTAL 220 110 - 330 22
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A Carga Horria Total para integralizao curricular da Licenciatura em
Msica de 3.010 horas, que compreendem:
660 horas para o ncleo de contedos Bsicos, sendo que 650 so
tericas e 10 horas so prticas.
1.170 horas para os contedos de formao especfica, sendo que dentre
essas horas esto contidas 420 horas de atividades prticas, nas quais
permeiam o fazer pedaggico e do contedo especifico de msica.
970 horas para o ncleo dos contedos terico-prticos, sendo que dessa
carga horria, 450 horas so equivalentes a contedos que envolvem
prtica pedaggica, a pesquisa e a Didtica, intensificando e ampliando
as prticas dos Ncleos dos Contedos Especficos e dos ContedosBsicos; 400 horas ao Estgio Supervisionado e 120 horas elaborao
do TCC.
210 horas de Atividades Complementares.
Pelos quadros acima apresentados, pode-se observar que em termos da Resoluo
CNE/CP n 2, de 19 de fevereiro de 2002, Art. 1, que determina as cargas horrias
dos Cursos de Formao de Professores, uma vez que em relao: aos contedos
de natureza tcnico-cientfico o curso de Licenciatura em Msica da FAMES perfaz
um total de 1.840 horas; s prticas, que perpassam o curso, verticalmente, desde o
incio, somam-se 450 horas; ao Estgio Supervisionado, esto garantidas as 400
horas; e quanto s Atividades Complementares, o Curso possui 210 horas.
8.2.2 Integralizao do Currculo Pleno do Curso
Conforme exposto anteriormente, em outros itens que compem este Projeto,
constata-se que todo o Currculo do curso foi elaborado tomando como referencial o
exposto na Resoluo CNE/CES N 2, de 08 de maro de 2004, que institui
Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduao em Msica, Resoluo CNE/CP N
1, de 18 de fevereiro de 2002, Diretrizes de Formao de Professores e a Resoluo
CNE/CP N 2, de 19 de fevereiro de 2002, que altera as Diretrizes de Formao de
Professores. No entanto, para integralizao do currculo pleno, considerou-se a
necessidade de voltar-se tambm a ateno para a Resoluo CES/CNE n. 3, de 2
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de julho de 2007, com fundamento no Parecer CES/CNE n 261, aprovado em 9 de
novembro de 2006 e homologado em 22 de junho de 2007, que dispe sobre
procedimentos a serem adotados quanto ao conceito de hora-aula. Considerando
que:
Trabalho acadmico efetivo toda e qualquer atividade desenvolvida no mbito
de componente curricular, unidade de ensino ou disciplina obrigatria sujeita a
acompanhamento, superviso e registro de freqncia, havendo avaliao nos
momentos indicados no regimento ou nos atos normativos internos. A unidade de
trabalho acadmico efetivo uma hora (h).
O ano letivo tem duzentos dias de trabalho acadmico efetivo, no mnimo,
excludo o tempo reservado aos exames finais, nos termos do art. 47 da Lei n9.384, de 20 de dezembro de 1996 (LDB).
A definio quantitativa em minutos da durao da hora-aula (h/a) uma
definio interna, desde que feita sem prejuzo do cumprimento das respectivas
cargas horrias totais do curso, atendidas a carga horria mnima do curso fixada
pelo MEC. Considerando as atividades desenvolvidas no curso de Licenciatura
em Msica da Faculdade de Msica do Esprito Santo Maurcio de Oliveira
FAMES, Hora, com o smbolo h, representa sessenta minutos.
De acordo com o Art. 2, da Resoluo CES/CNE n. 3, de 2 de julho de 2007,
so contabilizados como trabalho acadmico efetivo: I- prelees e aulas
expositivas; e II- atividades prticas supervisionadas, tais como laboratrios,
atividades em biblioteca, iniciao cientfica, trabalhos individuais e em grupo.
Sendo assim, para integralizao do Currculo Pleno do Curso de Graduao
Licenciatura em Msica, ou seja, para que o aluno tenha o direito de colar grau, este
dever:
Quanto carga horria do curso:
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CONTEDOS/ ATIVIDADES QUE CONSTAM NO CURRCULOPARA INTEGRALIZAO DA CARGA HORRIA DO CURSO
CARGAHORRIA EMH(60 minutos)
Cursar, com aproveitamento, todas as disciplinas da Organizao Curricularproposta que compem os Contedos Bsicosde acordo com o art. 5, das DCN
Resoluo CNE/CES N 2, de 08 de maro de 2004 Diretrizes Curriculares doCurso de Msica)
660h.
Cursar, com aproveitamento, todas as disciplinas da Organizao Curricularproposta que compem o ncleo dos Contedos Especfica (Contedosessenciais para o Curso de Graduao em Msica, de acordo com o art. 5, dasDCN Resoluo CNE/CES N 2, de 08 de maro de 2004 DiretrizesCurriculares do Curso de Msica)
1.170 h
Cursar com aproveitamento todas as disciplinas que compem o ncleo dosContedos Terico-prticos que envolvem as disciplinas dessa natureza e comenfoque didtico-pedaggico (450 horas), alm do Estgio Supervisionado (400h.) e da Elaborao do Trabalho de Concluso de Curso (120 horas) em
conformidade com o Art. 5, das DCN Resoluo CNE/CES N 2, de 08 demaro de 2004 e com o Art. 1, Incisos I e II, da Resoluo CNE/CP n 2 de 19 defevereiro de 2002.
970 h.
Atividades Complementares na forma da Resoluo CNE/CP n 2, de19/02/ 2002, Art. 1, Inciso IV, consideras nesta legislao comoAtividades Acadmico-cientfico-culturais (Curriculares e obrigatrias)
210 h.
Carga horria total mnima 3.010 h
Quanto ao tempo de integralizao:
Tempo mnimo 4 anos, organizados em oito perodos letivos,Tempo mximo 7 anos, organizados em catorze perodos letivos.
8.3 NCLEOS DISCIPLINARES
Como j foi dito, anteriormente, as disciplinas do currculo so organizadas em eixos que
compreendem ncleos formadores, Contedos Bsicos, Contedos Especficos e
Contedos terico-prticos, conforme o quadro abaixo:
CHNCLEOS PERO-DO
DISCIPLINAST P TOTAL
1 Lngua Portuguesa 60 - 60
1 Metodologia Cientfica 30 - 301 Histria e Arte 50 10 601 Filosofia e Educao 60 - 602 Histria e Msica I 30 - 302 Sociologia e Educao 60 - 602 Organizao da Educao Brasileira 30 - 303 Histria e Msica II 30 - 303 Psicologia da Educao 60 - 604 Histria e Msica III 30 - 305 Histria e Msica IV 30 - 30
CONTEDOS
BSICOS
5 Educao Inclusiva 30 - 30
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6 Libras 60 - 607 Histria e Msica V 30 - 308 Histria e Msica VI 30 - 308 Folclore 30 - 30
TOTAIS 650 10 6601 Percepo Musical I 50 10 601 Tcnica Vocal I 15 15 301 Instrumento Harmnico I 10 20 301 Oficina de Percusso I 10 20 302 Percepo Musical II 50 10 602 Tcnica Vocal II 15 15 302 Instrumento Harmnico II 10 20 302 Oficina de Percusso II 10 20 302 Laboratrio de Composio I 15 15 303 Harmonia I 60 - 603 Canto Coral I - 30 303 Flauta Doce I 10 20 303 Percepo Musical III 25 05 30
3 Instrumento Harmnico III 10 20 304 Harmonia II 60 - 604 Percepo Musical IV 25 05 304 Canto Coral II 15 15 304 Flauta Doce II 10 20 304 Instrumento Harmnico IV 10 20 305 Prtica de Conjunto I 10 20 305 Harmonia BIII 60 - 605 Laboratrio de Composio II 15 15 306 Prtica de Regncia I 15 15 306 Prtica de Conjunto II 10 20 306 Anlise Musical I 60 - 607 Apreciao Musical I 50 10 60
7 Prtica de Regncia II 10 20 307 Tcnicas de arranjo 40 20 608 Apreciao Musical II 50 10 608 Laboratrio de Composio III 20 10 30
CONTEDOSESPECFICOS
Totais 750 420 1.170
CHNCLEOS Subncleos
Perodo
DISCIPLINAST P Total
4 Metodologia da Educao Musical I 50 10 604 Didtica 60 - 605 Metodologia da Educao Musical II 50 10 606 Metodologia da Pesquisa 30 - 303 Expresso Corporal I 10 20 304 Expresso Corporal II 10 20 30
6 Optativa I 15 15 307 Optativa II 15 15 308 Optativa III 15 15 301 Informtica Aplicada Msica I 15 15 302 Informtica Aplicada Msica II 15 15 303 Informtica Aplicada Msica III 15 15 30
Disciplinasdena
turezaterico-
prtica
300 150 4505 Estgio Supervisionado I - 100 1006 Estgio Supervisionado II - 100 100
TPICOSDOS
CONTEDOSTERICO-PRTICOS
s
g
io
Doce
7 Estgio Supervisionado III - 100 100
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8 Estgio Supervisionado IV - 100 100Totais - 400 400
7 Trabalho de Concluso de Curso I 60 - 60
8 Trabalho de Concluso de Curso II 60 - 60
Pro
duo
T
cnico
cie
ntifico
120 - 120
TOTAIS DO NCLEO 420 550 970
AtividadesComplementa-
res
Durante oCurso
Atividades Complementares 210
Totais - 210 210
8.4 ATIVIDADES INTEGRADORAS
As atividades integradoras so de natureza curricular ou complementar, e tem asseguintes funes:
integrar teoria e prtica por meio de vivncia e/ou observao de situaes reais;
articular o ensino com a investigao cientfica, tcnica e cultural de modo a
estender para a comunidade, vislumbrando a articulao do trinmio: ensino,
pesquisa e extenso;
promover a contextualizao do currculo;
adequar o currculo aos interesses e necessidades concretas dos alunos; ampliar a dimenso do currculo pleno pela pluralidade e diversificao das
atividades que podem ser vivenciadas pelo aluno; e
possibilitar aos alunos o exerccio da sua cidadania, atuando como sujeitos
ativos e auto-determinados, capazes de selecionarem e priorizarem os
conhecimentos que julgarem mais importantes para o seu prprio
desenvolvimento.
Constituem as atividades integradoras:
Os programas de estgio;
A prtica profissional;
As atividades complementares;
O Trabalho de Concluso de Curso;
Os Seminrios Interdisciplinares.
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8.4.1 Estgios Curriculares Supervisionados
O estgio desenvolvido nas disciplinas Estgio Supervisionado I (5 perodo),
Estgio Supervisionado II (6 perodo), Estgio Supervisionado III (7 perodo) eEstgio Supervisionado IV (8 perodo), perfazendo um total de400 horas. Nessas
disciplinas, aps receberem orientaes sobre o estgio, os Licenciandos
desenvolvem, no Estgio Supervisionado I, a observao em escolas da Educao
Bsica e Espaos Educativos, entrevistam professores, pedagogos e alunos,
analisam o espao da escola, refletem sobre a realidade e elaboram projetos de
interveno, que so submetidos apreciao da equipe pedaggica. No Estgio
Supervisionado II desenvolvem a observao interativa nas escolas da Educao
Infantil. No Estgio Supervisionado III, os Licenciandos elaboram e desenvolvemprojetos de interveno docente no ensino fundamental e, no Estgio
Supervisionado IV, desenvolvem o mesmo trabalho no ensino mdio.
Como j foi dito, no 5 perodo, os Licenciandos realizam a interveno em escolas
de educao infantil a partir do projeto elaborado, conforme as necessidades da
escola, da turma envolvida e do contedo trabalhado pelo (a) professor (a). Ao final,
o aluno apresenta o relatrio das atividades do estgio supervisionado ao seu
orientador.
No 6 perodo, os Licenciandos realizam a interveno em escolas de ensino
fundamental, a partir do projeto elaborado, tambm, conforme as necessidades da
escola, da turma e da srie envolvida e do contedo trabalhado pela professora. Da
mesma forma que no Estgio anterior, ao final do semestre, o aluno apresenta o
relatrio das atividades do estgio supervisionado ao seu orientador.
Ao cursar o 7 perodo os Licenciandos realizam a interveno no ensino mdio,
tambm, a partir de um projeto anteriormente elaborado, com base nas
necessidades da instituio de ensino, turma e srie, onde o executar. Tudo feito
em concordncia com os(as) professores(as) da srie/turma e a equipe pedaggica.
Ao final, os concluintes apresentam o relatrio das atividades realizadas.
No Estgio Supervisionado IV, os alunos/licenciandos tm oportunidade de conhecer
e atuar em espaos educativos (ONGs, Classes Hospitalares, Associao de
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Moradores,etc) com projetos de interveno cuja funo scio-educativa possibilita
ao estudante conhecer e atuar em espaos que ultrapassam a sala de aula e os
muros da escola, onde a educao musical pode provocar transformaes e
benefcios sociais, culturais, emocionais, pessoais e coletivos.
Todas as etapas do Estgio so acompanhado por professores da Faculdade de
Msica, sendo que cada orientador fica responsvel por, no mximo, cinco grupos,
formados por at trs alunos. Esses professores orientadores atuam em conjunto
com o Supervisor de Estgio e professores da escola-campo, acompanhando,
avaliando e orientando os alunos estagirios.
8.4.1.1 Os programas de estgio supervisionado
As atividades de estgio so regulamentadas por normas prprias estabelecidas no
curso e constituem as seguintes atividades:
estgio extracurricular, remunerado ou no, em escolas