8/11/2019 Memorial Do Convento- Sntese
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Portugus 12. Ano
SNTESESDE
MEMORIAL DO CONVENTO
JOS SARAMAGO
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O autorJos Saramago (1922-2010)
Estudos secundrios;
Variadas profisses (serralheiro, desenhador,funcionrio administrativo, jornalista, );
Escritor multifacetado (poesia, teatro e narrativa); Um dos mais clebres escritores portugueses do
sc. XX devido originalidade da sua prosa;
Obras traduzidas em diversas lnguas;
Vrios prmios literrios, destacando-se o PrmioNobel da Literatura (1998);
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O ttulo
MEMORIAL DO CONVENTO
Registo escrito sobrealgo que se pretende
guardar na memria;
Convento de Mafra,mandado construir por D.
Joo V, entre 1717 e1744, suportado pelasremessas de ouro doBrasil;
Obra exemplar do estilobarroco, considerado napoca um dos maiores daEuropa.
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A contracapa do romance
Remisso para 4 planos da narrativa / 4 linhas de ao:
a do rei D. Joo V e da promessa da construo do
convento; a dos trabalhadores do convento (o povo annimo
esquecido pela Histria e que Saramago faz questode elevar/enaltecer/imortalizar);
a de Baltasar e Blimunda (o casal popular, exemplodo amor puro e espontneo);
a do padre Bartolomeu, que abraou o sonho devoar.
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A inteno crtica do autor
Opulncia e exuberncia do rei e da nobreza,
contrastando com a extrema misria do povo;
Sujidade da cidade de Lisboa; Adultrio(a mulher que trai o marido ingnuo);
Frades (falso celibato envolvimento com mulheres,
levando-as para as celas);
Freiras (falso celibato relao do rei D. Joo V com
a irm Paula do convento de Odivelas);
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A inteno crtica do autor (cont.)
Inquisio a represso que exerce sobre opovo;
Povo, ignorante que se diverte com os autos
de f; Rei que recruta friamente trabalhadores para
a concretizao da sua promessa;
Infante D. Francisco, pelo seu comportamentoinfantil (divertimento em espingardearmarinheiros);
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O sonho de:
D. Joo V ter descendentes; construir o conventode forma megalmana;
D. Maria Ana
cumprir a misso de dardescendentes;
Frades franciscanos ter um convento;
Populares sobreviver, ganhando algum dinheiro naconstruo do convento; viver felizes com asmulheres e os filhos;
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O sonho de (cont.)
Padre Bartolomeu construir a Passarola; procurarconstantemente o saber;
Scarlattitocar msica quando a Passarola voasse;
Baltasarser til sem a mo esquerda; ajudar na
construo da Passarola; ser feliz;
Blimundaser feliz; contribuir para a construo daPassarola; encontrar Baltasar.
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A simbologia
Duas construes:
- convento: priso/privao/peso (construo
realizada custa do esforo humano)
- Passarola: liberdade/leveza/imaginao/
sonho/ evaso (construo realizada custadas vontades humanas)
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A simbologia (cont.)
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Os nmeros:
3perfeio; totalidade; magia (Baltasar trabalho fsico;Blimunda trabalho espiritual; Bartolomeu trabalhocientfico);
4a totalidade do Universo (Scarlatti liga-se triunidade,estabelecendo a unio pela via artstica);
7 totalidade; perfeio:
7 trabalhadores individualizados, vindos de 7 regies diferentesdo pas e respetivas 7 narrativas (cap. XVIII);
Data do lanamento da 1 pedra do convento (17 de novembrode 1717, cujas cerimnias comearam s 7 da manh)
7 anos da presena de Scarlatti em Lisboa;
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A simbologia (cont.)
7 vezes que Blimunda passou por Lisboa procurade Baltasar (cap. XXV);
7 bispos que batizaram a princesa Maria Brbara; Baltasar Sete-Sis e Blimunda Sete-Luas.
9o prmio, o coroamento dos esforos; o fim de um
ciclo; o fim e o recomeo: 9 anos procura Blimunda Baltasar (o reencontro; o
fim da procura; a comunho completa).
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A simbologia (cont.)
Os defeitos fsicos / psicolgicos dos
trabalhadores do convento (manetas, zarolhos,coxos, orelhudos, parvos, - cap. XIX) smbolo damarginalizao social, mas, ao mesmo tempo, da
superao, devido contribuio para a construodo convento/Passarola);
As(duas mil) vontadessmbolo das vontades quemovem o mundo;
A msica de Scarlatti simboliza a regenerao(recupera o estado de sade de Blimunda) e contribuipara atenuar a dureza do trabalho de Baltasar com aPassarola (cap. XV).
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O narrador
Heterodiegtico(3 pessoa ) exterior histria;
Homodiegtico (1 pessoa) estabelecendo uma
cumplicidade entre o narrador e o narratrio;
Focalizao omnisciente (revelador de umconhecimento total dos acontecimentos,
pensamentos e sentimentos das personagens,movimentando-se com facilidade no tempo e noespao) estatuto que lhe permite viajar no tempo,saltando, com frequncia , do presente para o futuroe para o passado (prolepses e analepses);
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O narrador (cont.)
Focalizao interna quando d voz a vriaspersonagens (por exemplo, ver a apresentao deSebastiana M de Jesus [cap. V]; ) - narradorpolifnico;
Comentador valorativo quando formula juzos devalor positivos (Baltasar/Blimunda/Bartolomeu) aepopeia do trabalho;
Comentador depreciativo sarcstico, irnico,
crtico (rei, rainha, clero, Inquisio, ) a farsapalaciana;
Narrador que se mistura com o autor,
contemporneo do leitor.