Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica Janeiro 2015
«Show me Lisbon» - Rita Sousa Tavares
Das últimas aquisições…
Neste número:
Das últimas
aquisições
- Show me Lisbon
Das nossas
estantes
- The use of
alternative
materials in
marine structure
construction
Revista do mês
- Turismo de Lisboa
Boletim
Bibliográfico
- dezembro de
2014
O que se passa
por aqui
- Exposição
“Momentos no
Porto de Lisboa” -
FNAC Viseu
Há uns anos...
- 500 anos da Torre
de Belém
Poesia pelo
porto
- Vitorino Nemésio
Ligações
Interessantes
- Docapesca, Portos
e Lotas, S.A.
Foto Final
Contactos
Das nossas estantes…
Revista do mês
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Ligação Interessante
Boletim Bibliográfico
Foto Final
Nota: O Boletim Bibliográfico encontra-se na intranet da APL (para o ler necessita de
aceder previamente à intranet).
Nota: Estes artigos encontram-se na intranet da APL (para o ler necessita de aceder
previamente à intranet).
«The use of alternative materials in marine structure construction» - PIANC
“Embarcações tradicionais do Tejo” - Turismo de Lisboa
Mais artigos selecionados:
Looking inside the box : the containerisation of commodities - Port Tecnhology
International - novembro 2014
A importância de uma estratégia marítima lusófona - Jornal da Economia do Mar -
dezembro 2014
Top 10 projects for 2015 - Dredging and Port Construction - janeiro 2015
Há uns anos...
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo Centro de
Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as publicações
que deram entrada no CDI, revistas ou livros; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês, sob a
forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas através
da catalogação enquanto as publicações periódicas podem ser
visualizadas através dos índices dos respetivos artigos de modo a
que facilmente o leitor possa escolher o tema que o interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a todos os
leitores que as tenham solicitado mas qualquer leitor pode
requisitar ao CDI a disponibilização de livro ou artigo avulso que
pretenda.
Show me Lisbon,
Coord. Rita Sousa Tavares, fotog. João Pina
Café Pessoa, 2014, 303 págs
Se gostou deste vai gostar:
José Megre : como eu vi todos os países do mundo (menos um), José Megre, Megre
Motorsport, 2010, 540 págs.
Vista d'olhos : Portugal, hoje, João Paulo Cotrim, fot. Marizilda Cruppe, Maurício Lima,
Christian Cravo, Estação Imagem—Associação Cultural, 2013, 93 págs.
O que se passa por aqui
The use of alternative materials in marine structure construction,
Recreational Navigation Commission,
PIANC Secrétariat Général, 2009, 36 págs
Se gostou deste vai gostar:
L'inspection, l'entretien et la reparation des ouvrages maritimes exposes a des
degradations dues aux eaux salees, Groupe de Travail nº 17, PIANC, 2007, 60 págs.
Coberturas de edifícios, LNEC, 1988, 452 págs.
Poesia pelo porto
«Azorean Torpor» - Vitorino Nemésio
No passado mês de dezembro, foi apresentado o livro e o filme
documentário “Show me Lisbon”, uma produção de Rita Sousa Tavares
que conta com a participação de várias personalidades famosas de
Lisboa. “Show me Lisbon” tem o apoio, entre outros, da Administração
do Porto de Lisboa, e insere-se no âmbito do projeto “Show me Cities”,
que procura dar a conhecer várias cidades mundiais pelos olhos dos
seus conterrâneos.
A obra, publicada em versão bilingue (português e inglês), convida a um passeio pela
capital portuguesa, vista através dos olhos de treze lisboetas, de nascença ou por opção,
abordando temas como a definição de “ser lisboeta”, a luz da cidade, o Tejo, a
gastronomia, os sons, a história, as misturas étnicas, o fado ou as fachadas da cidade. É
um guia da cidade diferente do habitual, um guia que pretende revelar o que um lisboeta
sente pela sua cidade, procurando, acima de tudo, desvendar a alma de Lisboa e o que
faz de Lisboa aquilo que ela é.
Exposição “Momentos no Porto de Lisboa” - FNAC Viseu
Inaugurada no passado dia 31 de outubro, no âmbito das
comemorações do 127.º aniversário do início das obras do porto de
Lisboa, na FNAC Colombo, a exposição “Momentos no Porto de Lisboa”
vai agora deixar esta loja e viajar mais para norte, mais
concretamente até Viseu, a partir do próximo dia 5 de fevereiro.
Esta exposição itinerante, patente na FNAC de Viseu até 5 de maio de 2015, dá a
conhecer um conjunto de 18 fotografias históricas que retratam momentos irrepetíveis
dos anos 30 e 40 do século passado, evidenciando as profundas transformações por que
passou o Porto de Lisboa.
A Docapesca, Portos e Lotas, S.A. tem por missão atuar nos
negócios do setor da Pesca, nomeadamente na primeira venda do
pescado e atividades conexas, criando as condições adequadas
para a produção e para a comercialização, explorando novos caminhos e competências
que garantam a criação de valor para a empresa, parceiros e sociedade. No âmbito do
exercício de funções de apoio ao setor da pesca e de valorização do pescado nacional, a
Docapesca tem vindo a dinamizar um conjunto de iniciativas, sendo de destacar a
produção de uma série de 13 episódios do programa televisivo “Bombordo”, dedicado à
economia do mar e aos recursos da pesca, tendo em vista a informação e sensibilização
da sociedade sobre aspetos ambientais, de sustentabilidade, de inovação e de qualidade.
O CDI dispõe, no seu acervo, de todos os episódios da temporada de 2014 do programa
Bombordo (gentilmente cedidos pela Docapesca), pelo que se tiver interesse em consultá
-los, basta entrar em contacto connosco.
Onde a vaga retumba eram as obras do porto:
Roldanas, guinchos, cais, pedras esverdeadas
E, na areia da draga, ao sol um peixe morto
Que vê passar na praia as damas enjoadas.
A cidade? Esqueci. Um poeta é sempre absorto;
De mais a mais—talvez paragens abandonadas.
O que é certo é que entrei um dia naquele porto
Em que as próprias marés parecem arrestadas.
Porque a mais leve luz que se embeba na Barra
Embacia os perfis dos cais e dos navios
Em frente à linha do horizonte que se perde
E um desconsolo, um não-partir nos pios
Das gaivotas sem céu que o vento empluma
[e agarra
Estilhaçando o arisco mar de vidro verde.
Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar,
José Fanha e José Jorge Letria,
Ed. Terra Mar, 2003, 280 págs.
Assim, devido a esta consciencialização ambiental, social e tecnológica do mundo atual,
as construções marítimas do século XXI têm assistido a um cada vez maior uso de
materiais alternativos à base de polímeros. Este relatório pretende, assim, apresentar e
clarificar o tema do uso de materiais alternativos, nomeadamente o uso de produtos à
base de polímeros, na construção de infraestruturas portuárias e marítimas.
Este relatório da PIANC, elaborado por um grupo de trabalho
internacional, constituído por especialistas oriundos de diversos países,
debruça-se sobre o uso de materiais alternativos na construção de
marinas, docas, portos de recreio e pontões.
Efetivamente, a maioria deste tipo de infraestruturas foram construídas
ao longo do século passado, utilizando materiais como o betão, aço e
madeira. No entanto, os atuais projetos, sejam os de construção de
novas infraestruturas ou os de reabilitação das existentes, veem-se
comummente confrontados com questões ambientais e de durabilidade
dos materiais tradicionais.
Este mês destacamos um artigo da revista Turismo de Lisboa dedicado
às embarcações tradicionais do estuário do Tejo e ao papel que estas
desempenharam (e ainda desempenham) na ligação das populações ao
rio.
Em tempos, estas embarcações foram essenciais para o dia-a-dia das
populações dos concelhos ribeirinhos do estuário do Tejo,
transportando pessoas e mercadorias entre as duas margens. As
tipologias eram diversas, dependendo do material transportado, da
zona de operação e dos estilos de construção dos vários estaleiros
navais localizados nesta região.
As fragatas, os varinos, os botes, os botes-de-fragata, os botes do pinho, as faluas, os
cangueiros, as canoas e os catraios representavam uma diversidade de formas e funções
que enchiam de cor e vida as águas do Tejo. No entanto, a partir do século XIX, com o
aparecimento das embarcações a vapor e o desenvolvimento das vias ferroviárias, as
embarcações tradicionais começaram a entrar em desuso, provocando não só uma grave
crise para os estaleiros navais do estuário do Tejo (outrora fontes de desenvolvimento e
emprego), como colocando em risco um valioso património.
Apesar disso, nos últimos anos, verificou-se um esforço, principalmente por parte dos
concelhos ribeirinhos do Tejo, no sentido de investir na recuperação destas embarcações
tradicionais para fins culturais e turísticos, continuando assim a navegar pelo Tejo. Pelas
suas características únicas, estas embarcações estão entre os principais elementos
patrimoniais da cultura da região, e hoje em dia, desempenham um papel fundamental
para o turismo da Grande Lisboa, dando a conhecer a região através de uma plataforma
única: o Tejo.
500 anos da Torre de Belém
A Torre de Belém, cuja construção se iniciou em 1514 e terminou em 1520, está a
comemorar 500 anos de existência. Neste âmbito, estão a ter lugar em Belém várias
iniciativas culturais, como exposições, concertos e congressos, dedicadas a este
monumento e à sua história. Estas comemorações irão estender-se até outubro deste
ano.
O Castelo de Sam Vicente da par de Belém, ou o baluarte do
Restelo, ou mais comummente ainda a Torre de Belém, foi
construído estrategicamente na margem norte do rio Tejo, com o
objetivo de, juntamente com a fortaleza de S. Sebastião da
Caparica, localizada na margem esquerda do Tejo, mesmo em
frente à Torre de Belém, auxiliar na defesa da barra do Tejo.
Sendo considerada uma das joias da arquitetura do reinado de D.
Manuel I, é constituída por dois corpos distintos, modelos da
arquitetura militar: a torre de menagem medieval e o baluarte
moderno que, com dois níveis para disparo de artilharia, permitia
um tiro de maior alcance, rasante e em ricochete sobre a água.
Em 28 de setembro de 1950 foram confiadas a guarda e a conservação da Torre de Belém
à Administração-Geral do Porto de Lisboa (AGPL), tendo a Torre de Belém, que já era
símbolo da cidade, se tornado também símbolo do Porto de Lisboa, figurando
inclusivamente como motivo principal do antigo brasão da AGPL.
Folheto turístico da Torre de Belém produzido pela AGPL, em francês
Classificada pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade, em 1983, a Torre de
Belém é, hoje em dia, uma referência da cidade e do país.
Enquanto esteve sob sua tutela, a AGPL promoveu a
execução de importantes obras de melhoria da zona
marginal junto à Torre de Belém, de iluminação do
monumento, de decoração interior, etc. Era a AGPL a
entidade responsável pela abertura ao público do
monumento, pela sua promoção turística e pela
determinação de preços de entrada e horários de visita.
Para além disso, esta empresa aproveitou a Torre de
Belém, enquanto edifício emblemático da cidade e do seu
porto, para a realização de variados eventos,
nomeadamente exposições (sendo de destacar a exposição
histórica inserida nas Comemorações Henriquinas, em
1960), receção a convidados ilustres, entre outros.
Em 1984, o monumento passou para a jurisdição do Ministério da Cultura, através do
então Instituto Português do Património Cultural.
“Vista Aérea —
Torre de Belém”
Fotógrafo: João
Ferrand
2008
Acervo do CDI
Logótipo da APL (até 1998)