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T O D A S A S P Á G I N A S Q U E E S T Á F A L T A N D O É P O R QU E . N O
D O C U M E N T O O R I G I N A L A P Á G I N A E S T Á E M B R A N C O
C B O
 
Tod os os Direitos Reservados. Co pyr igh t C 1995 para a língua portuguesa da Casa Publicadoras das As -
sembléias de D eus.
Sindicato N acional dos Editores de Livros, R J.
McNair, S.E.
M1 46 b A B íblia explicada/S.E. Mc Na ir. - 4\ ed. - R io de Janeiro: Casa Publicado ia
das Assembléias de Deus , 1983.
1. Bíb lia - Critica e interpretação 2. Bíblia - Estudo - Livros-texto I. Ti tul o
C D D - 220.6
83-0730 268
Casa Publicadora das Assembléias de Deus
Caixa Postal 331
1985 - 4
1985 - 5* Edição (2
1985 -  T  Edição (4
1987 - 9* Edição (6
1992- I P Edição (8* Edição C P A D )
1993 -  12
1994-  13* Edição ( IO
1 Reis
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1   í o ü  Í J i l d T à tu r r j 1 f l
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291
295
'.  297
-  — 301
N o v o T e s t a m e n t o
Prefácio
Abreviaturas.  —
.......  _ 307
333
João
373
Atoa
389
Romanos  — — —
"Nós seguimos o agrupamento da Vulgata Lati-
na, que. por sua vez, se baseia no da Versão grega
dos Setenta ( L X X ), nome que lhe vem dos seus [ su-
postos] setenta tradutores.
desta maneira; Lei (cinco livros), História (doze li-
vros), Poesia (cinco livros), e Pr ofecias (dezessete li-
vros). Na coleção hebraica vê-se bem que não está
claramente fundamentada a divisão. Prov avelmente
obedece esta ao processo seguido no colecionamento
dos sagrados escritos, isto é, à história do Cánon.
marcando trés períodos. A primeira Biblia hebraica
foi a 'L ei' - os cinco livros de Moisés, ou o Pentateu-
co. Mais tarde foi aumentada, e era já a 'Le i e os Pro-
fetas'. No decurso dos anos foi reconhecido como
tendo autoridade divina um derradeiro grupo de li-
vros: ficou o Cânon completo: 'a L ei, os Profetas, e os
Hagiógrafos'.
hebraicas (ou os trinta e nove da nossa versão) cons-
tituem o que se chama o Cánon do Velho Testamen -
to. Diz-se a respeito de cada liv ro que ele é canònico,
para o distinguir dos considerados
  apócrifos.
hebraico os seguintes:
Ester.  Sapiénciais:  Sabedoria, Eclasiástico.   Proféti-
cos: Baruque. Apêndices ao livro  d e  Daniel:  História
de Suzana, História de Bel, e Epiaódio do Dragèo.
Estas adições... procedem da Versão dos Setenta
(L X X ). ainda que com algumas diferenças quanto
ao número dos livros e sua ordem.  Na  verdade, os li-
vros apócrifos constituem um aumento da Vulgata
Latina sobre o Velho Testamento hebraico."
O mesmo  D r .  Angu s  diz o segu inte sobre o  v er d a -
deiro lugar do Velho Testamento:   "Convém agora
o principio não havia o Ve-
lho Testamento. Enoque
a n d o u c om D e u s sem
nenhuma palavra escrita
pendia de comunicações
' Jo6é. no Egito, não pod ia consolar-se com a lei-
da Bíblia, mas certamente recordava as tradi-
daquilo que Deus tinha falado com seus ante-
passados, e que ele, José, tantas vezes tinha ouvido
repetir durante a sua mocidade.
Quando o Salmista escreveu o salmo 119, com
176 versículos, engrandecendo a Pala vra d e Deus, tal-
vez não possuísse dessa Palavra mais do que o Pen-
tateuco, e Josué. Juizes e Rute, porque pareço que
nenhum do6 profetas tinha ainda escrito qualquer
coisa.
período de uns mil anos pelo aumento de um livro
sagrado após outro, começando com Gênesis e aca-
bando em Malaquias.
Diz o Dr.
"A s Escrituras hebraicas acham-se assim dividi-
das: A l e i  (Torá ) . O*  Pro f e t a s  (Habbim) ,  Os  Esc r i t o s
(Kethubhim). Pelos tradutor» gregos (os LXX). foi
a última parte chamada  O s  Hag i i t g r u f o s.   ou santos
escritos.
"En tre os profetas são conaideradoe  c m  classe se-
parada alguns dos livros históricos. Nota-se que o
número de livros é na Bíblia hebraica consideravel-
mente menor que no nosso Velho Testamento; geral-
mente vinte e quatro para trinta e nove. Ê porque é
considerado com o um só livro cada grupo dos seguin-
tes: os dois de Samuel, os dois dos Reis. os dois das
Crônicas, Esdras e Neem ias, os doze profetas meno-
res. etc.
apreciar devidamente os dois Testamentos. Precisa-
mos estudar o Antigo para ver o que Deus fez, e
quem Ele é. Nessa parte das Escrituras acharemos
um protesto solene contra a idolatria, e uma prova
de que ninguém pode ser justificado pelas obras da
Lei; e, além disso, uma manifestação gradual da
vontade divina e do plano da redenção.
"P or todas estas razões devemos estimar
 o
 Antigo
inspirados escritores, com parando -» com o Nov o, fa-
lam dele era termos de importância transitória. A
antiga dispensaçào, à parte do seu cumprimento na
nova, é 'obscuridade*. 'carne', 'letra*, 'escravidão*,
'os rudimentos do mundo* (G1 4.3). ao passo que no
Evange lho há 'luz', 'espírito', ' liberdade* e 'um reino
celestial*. Importantes princípios de interpretação se
vêem deste modo sugeridos, não sendo, por isso. de
menor importância as particulares obrigações da
nossa posição. Requer-se. pois, de nós, cristãos, que
nos aperfeiçoemos em tudo, que é da vontade de
Deus. Como a nossa dispensação é luz, sejamos sá-
bios; como é espírito, aejamoa santos; e. como é po-
der, sejamos fortes".
  Utmm
x
«our vj , 'U :i *»;"• '.ODIO Mi<r.'
M m i l i l i i n u j n « 8   CS um .T.V ofc •
10
 
s t a p a r t e s eg u e m a u o u
m e n o s o m e sm o es t i l o d e
O N o v o  Te st am en t o  E x -
p l i c a d o , q u e p u b l i q u e i
p r i m e i r o , n o  a n o  d e  1 9 3 7 .
I s t o é p r o c u r o  escl a rece r
n e l a   r eéo s d o V e l h o  Te st am en t o  q u e  pa r e c em ca r e -
d e  dup l i cação; cont ud o,  n ão   e cap i t u l o t o d a s a s
q u e o L i v r o  Sag r ad o con tém .  E m  a l g uma s
qua nd o não pa r ece ha ver a possi b i l i d ad e
d e e l u c i d a r ca s o s p r ob l emái cos , con fesso   f r a n c a -
m e n t e q u e o a s sun t o  d e v e   i c a r  se m  exp l i ca ção  a t é
s e r  n t e r p r e t a d o  po r  al guém m a i s sábi o,  ou a téo  d i a
e m q u e c o n h e c er e m o s c o m o so m o s  conhec i dos
Isso  se  dá  p o r  e x emp l o ,  c o m  a orm ação do pr im e i r o
h o m e m   "do pó da terra", e d a m u l h e r  "d a costela
[ou dos lados] do homem".
 P r e c i sam en t e  c o m o i s t o
se ez,  ém a i s  pr ud ent e não   en t a r m o s  a f i r m a r .  T a m -
bém co m o  a ume n t a  d e  Ba l a d o ch e g ou a a l a r ,  f r a n -
c a m e n t e , n ão s a b e m o s ; p a r s t o c r e m o s enha  s i d o
u m  m i l a g r e  d e D eu s .
E  c l a r o  qu e  não  p o d e  haver um a ex p l i ca ção sat i s -
f a t ó r i a  se m  p r i me i r o v e r i f i c a r  s e a   r a d ução  éco r r e -
t a . N o c a s o d o V e l h o T e s t a m e n t o , não ép o s s ív e l
r e i m p r i m i r  o t e x t o   odo .  C on t u d o , v em a s e r  essen -
c i a l  va l e rm o -nos  d e   o d a s  a s  correções  ma i s  i m p o r -
t a n t e s d a s   r ad uções an ter io r es ,   e i s s o e m o s f ei t o
p o r m e io d e no t a s ,  c o m o s  d i ze res:  u m a  t r a d ução
m a i s  c o r r e t a  s e r i a . . . , o u   p r o p o s t a emenda  d e t r a -
d u ção .
E m e n d a s m u i t a s v e z e s ém  ba st a n t e impo r t ân -
c i a ,  p o i s  mud am c omp l e t am e n t e  o  s en t i d o .  P o r  a l t a
d e e s p a ço , é i m p o s s ív e l u s t i f i c a r c a d a c o r r e ção ;
ma s , p a r a q u e os  n ter essados não iqu em  s e m b a s e
compr ovada , ge ra l men t e a zemos e fe rênc ia a a l gum
l i v r o o n d e a e m e n d a ép l e n a m e n t e d i s c u t i d a .   P o r
exemp lo ,  em  J osué24 .19 ,  e m v e z d e  er  Não  pode i s
s er v i r a o S e n h o r d amo s  a  t r ad ução pr ovave lm ent e
m a i s c o r r e t a :  Não  cesseis  d e  s er v i r a o  S en h o r c om
a   efer ên ci a  R .  6 5 ,  q u e  s i g n i f i c a  q u e a  emenda  éa m -
p l a m e n t e d i s c u t i d a  n o l i v r o T h e R o m a n c e o f h e
H e b r ew L a n g u a g e , n a  pág in a 65 L
O l e i t o r p o d e t e r a c e r t ez a d e q u e n e n h u m a
 f o i  s e m m o t i v o
r i o . Po r  i sso ,  n ão co n vém  des p r e za r q ua l q u e r de l a s
m e r ame n t e p o r s e r  e st r a n h a  a o  a c o st um ado .
L i v r o s   e f e r i d o s  c o m  m ai s r eqüênc i as  vão  a p o n -
t a d o s c o m a s r e s p ec t i v a s ab r e vi a t u r a s ,   a s s i m A
s i g n i f i c a  •T h e  Ch r i s t i a n 's  A r m o u r y ; J , H o w t o
E n j o y t h e B i b l e : R , T h e R o m a n c e o f t h e
H e b r ew L a n g u a g e ; T , T h e  T r e a s u r y o f S c r i p t u -
r e K n o w l e d g e .
N i n g u ém s a b e t u d o , e n i ngu ém pod erá exp l i ca r
c a d a p a r t e d a  cabá;  ss o   e i t o r
n ão d e v e e st r a n h a r  q u e  a l g u n s c apíu l o s s o f r am  u m
t r a t a m e n t o m a i s   e s um i d o  q u e  ou t r os .
A s s i m , h á expos i t o r es  q u e  per cebem  n o C ân t i c o
d o s  Cân t i cos a l u sões m is t e r i o sas  e  pr oféica s à gr eja
d e  Cr i s t o ,  e q u e  en c on t r a m  em  qu ase cad a versícu l o
a l g u m s e n t i d o es p i r i t u a l N ão v a m o s a c om p a n h a r
essa in ter pr eta ção, p o r q u e  não  éa u t o r i z a d a  p o r n e-
n h u m a  r efer ênci a   d o N o vo  Te st am en t o .   P or o u t r o
l a d o , o N .  T . au to r i za -nos a pe r ceber a l u sões  a  Cr i s t o
n a  Rocha e r i d a  (1 Co  10 .4 ),  em  Melqu i sedeque  H b
7 ) , n o  Ta bern ácul o   (H b 9 . 1 1 ) , n o s  Sacr i f íci os  H b
10.1-8), e t c . A o  i n v es t i g a r  u m  s en t i d o pa r a ból i c o  e
pr o féico ,  em  t a i s casos , es t am os  em   e r r eno segu r o .
O  e st u d a n t e  qu e  d eseje saber  o  ve r d a d e i r o  s en t i -
d o d o V e l h o Tes t amen t o p r e c i sa c on s u l t a r r e qüen -
t eme n t e, s e  não exc lu s ivam ent e ,  a  Ver são Bra s i l e i r a
(V .B ) . Em  i n úmeros ca sos  a V . B . , p o r  se r  u m a t r a -
du ção ma is cor r e ta , e l uc i da  o  se n t i d o , q u and o F i g u ei -
r e d o o u A l m e i d a p o u c o escl a r ecem.  A s  emenda s  d e
t r a d ução q u e  s u ger im o s  s ão a s q u e n e m m e s m o a
V . B . t e m  o fe rec i do .
P a r e c e n evi tável  d a r m a i o r  esp a ço ás pa r t es  d o
V .T . q u e  ma i s o c upam o pen s amen t o da m a i o r i a d o s
l e i t o r es ,   e o n d e se c o s t u m a  a c h a r  m a i s  ed i fi ca ção.
Po r   sso vam os  d a r  m ai s a ten ção aos sa lm os  d e D a v i
d o q u e às pa la vra s  d e  E l i f a z ,  o   ema n i t a ; B i l d a d e
, o
11
I -
q u a i s D eu s m e s m o
' que ara ret o"  {J ó  42 .7 ) .
p a l a v r a s d e s s es t ré
q u e n ós h a v e m o s d e
a c h a r m u i t a  edi f i ca ção  n e l a s .
D a s p a r t e s p r o féi c a s d o V .T . . e s p ec i a l m e n t e
a q u e l a s a i n d a n ão c u m p r i d a s , h a v e m o s d e r a t a r
c o m m u i t a p r u d ên c i a , ev i t a n d o u m a  i n t erp r eta ção
d o g m á i c a q u a n d o s a b em o s q u e h á m u i t a  d i f e rença
d e p e n s a m e n t o e n t r e os  expos i t o r es  m a i s e r u d i t o s .
P o r e x e m p l o , c o n s t a -n o s q u e h á a o m e n o s u m a s s e-
t e n t a  d i fe ren tes in te r p r e tações re f e ren t es  ás se t e n -
t a s em a n a s d e D a n i e l  9 . 24 -27 .  P o d e m o s  ap r e s en t a r
s o b r e e i s e   r e c h o  o  pa recer  d e u m o u ou t r o  expos i t o r ,
m a s s e m a f i r m a r q u e s e ja o ú n i c o a c e i t áv el .
N n s s o e s f o r o  será  se m p r e q u e  p ossível ,   c o l h e r
d o r e c h o q u e  e st u d amos a l g um en s i n o  d e  va l o r  p r á-
t i c o e e s p i r i t u a l , p a r a q u e n o s s o e s t u d o d o V e l h o
T e s t a m e n t o n ão p r o p o r c i o n e u m c o n h e c i m e n t o d a s
verd ades d i v i n as ,  m a s e su l t e e m a l g u m n o t áv el e -
f o r ço n a n o s s a v i d a  es p i r i t u a l .
Na c o n f e c ção
 des t a
 c on s u l t am o s
 os
 escr i -
t o s dos ma i s eru d i t o s ao nosso a l ca nce . Vá ias veses ra -
d u z i m o s a s s u a s  p r ó p r i a s p a l a v r a s ,  p o r u l o a  ci t ação
en t r e aspas .  Po r   sso,  o  e i t o r não i ca im i t ado a o e -
s u l t a d o d o s es t u d o s  d e u m s ó. m a s  ap r o ve i t a  o  ens i no
d e m u i t o s . E m a l g u n s c a s os d e m a i s  i m p o r t ân c i a ,
d a m o s os n o m e s d o s
 au t o r e s
 o u d o s i v r o s co n s u l t a -
d o s .
A - Th e Christian's Armou ry, por W. R. Brad-
ia ugh.
C -C au ses of Corruption, par Burgon &
Miller.
J - How to Enjoy the Bible, por Bullinger.
Lee - Th e Outline Bible, por Robert Lee.
Grant - Th e Num erical Bible, por F. W. Grant.
R - Th e Roman ce of the Hebrew Language,
por Saulez.
- The Scofield Bible.
etc.
rias, etc.
- Th e Doctrine of the Prophets, por Kirk-
patrick.
George Adam Smith.
fintiqo Testamento
D I G I T A L I Z A D O
  P O R
 
ço®. Recorda não somen-
Terra, mas da vida vege-
tal, animal e humana, e
todas as instituições e relações humanas;
, fala do novo nascimento: a nova criação,
um estado de caos e ruína,
o Gênesis, começa também a progressiva
auto-revelação de Deus, que se completa em Cristo.
N o G ênesis encontramos os três principais nomes da
divindade:  E l o h i m , J e o vá e  Ac i o n a i ,   e também os
MU» cinço mais importantes nomes compostos:
1) Jeová-jireh ( O Senhor provê );
2) Jeová-nissi (O Senhor é minha band eira);
3) Jeová-shalom ( O Senhor é paz );
4) Jeová-tsidkenu ( O Senhor é nossa justiça );
5) Jeová-shammah (O Senhor está ali) e tudo
isso de uma certa ordem que não podia  se r  alterada
sem haver confusão.
Criação (1.1 - 2.25). (2) Queda e Redenção (3.1 - 4.7).
(3) As diversas descendências: Caim e Abel ao Dilú-
vio (4.8 - 7.24). (4) O D ilúvio a Babel (8.1 - 11.9). (5)
A cha- ada de Abraã o até a morte de José (11.10 -
50.26) .  (S c o f i e l d ).
A N Á L I S E D O G Ê N E S I S
1. H i s t ó r i a  p r i m i t i v a   (cape. 1 a 11.9)
1.1. Da Criação á Queda (ca ps. 1 a 3).
1.1.1. A Criação, e a semana de trabalho di-
vino (caps. 1.1 a 2.3).
1.1.2. O Jardim. • a prova do homem (caps.
2.4-26).
1.1.3. A Serp ente. • a queda de Adão e Eva
(cap. 3).
1.2. Da Queda ao Dilú vio (caps . 4 a 8.14).
1.2.1. Caim e Abe l e as suas ofertas (ca p.
A M E N S A G E M D O G Ê N E S I S
*'l. Devemos estudar este livro primeiro
  histori-
O problema do pecado na vida humana, e a sua
relação com Deus, se encontram no Gênesis na sua
essência. Dos oito grandes pactos que se referem á
vida humana e á redenção divina, quatro deles, o
Edênico, o Adâmico, o N oéico e o Abraámico, estão
neste livro; e estes são os fundamentais, aos quais os
outros quatro: o Mosáico, o Palestiniano. o Davídi-
co e o Novo Pacto, estão relacionados maiormente
como desenvolvimentos.
O Gênesis entra profundamente na estrutura do
No vo Testam ento, em que é citado mais de sessenta
vezes, em 17 livros. Em sentido profundo, por isso,
as raízes de toda a revelação subseqüente estão lan-
çadas em Gênesis, e quem quiser compreender a re-
velação divina precisa começar aqui.
A inspiração do Gênesis e seu caráter como r eve-
lação são autenticados, tanto pelo testemunho da
história co mo pelo de C risto ( M t 19.4-6; 24.37-39;
M c 10.4-9; Lc 11.49-51: 17.26-29, 32; Jo 1.61; 7.21-
23;  8.44,56).
senvolve. O livro se apresenta em  12 seções; a partir
da segunda, essas seções começam com as palavras:
'Estas são as gerações d e'.  Essas onze sáo as seguin-
tes: 'as gerações': 1) dos céus e da tara (2.4 a cap.
4); 2) de Ad ào (5 a 6.8 ); 3) de Noé (6.9 a 9.29); 4) dos
filhos de N oé (9.1 a 11.9): 5) de Sem (11.10-26); 6) de
Tera (11.27 a 25.11); 7) de Ismael (25.12-17); 8) de
Isaque (25.19 a cap. 35); 9) de Esaú (36.1-8); 10» dos
filhos de Esaú (36.9-43). e 11) de Jacó (37.2 a 50.26).
" A história é, maiormente. cronológica; mas deve
ser observado que o capitulo 11.1-9 precede em tem-
po ao capitulo 10, e recorda as razões da dispersão.
"Es ta história do Gênesis nào é geral, mas especi-
fica. Contém pouco do que desejaríamos saber. Esta
é a história, nào por amor da historicidade, mas
como o veiculo de uma revelação divina. E por isso
que mais de 2000 anos ficam comprimidos dentro
dos primeiros onze capítulos do livro..enquanto trin-
ta e nove capítulos sào dedicados ã história de 300
anos. A ênfase divina não é sobre o que é material,
mas moral.
"2. Então o Gênesis devo ser estudado  profética'
mente.  É o livro manancial de toda a profecia. A pri-
meira e fund amen tal profecia está no capítulo 3.15;
e nesse único versículo toda a revelação divina está
compreendida em resumo. Podemos estudar as pro-
fecias referentes á Terra (8.22): aoa filhos de Noé
(9.35-37); a Abra ão (12.1-3; caps. 15,17,18); a Ismael
(17.20); a Isaque (18); a Esaú e .Jacó (25.23); a
Efraim e Manasses (cap. 48). e aos doze  filhos de Jacó
(cap. 49). Eetas, e outras profecias são maravilhosas
em si mesmas, e surpreendentes no seu cum primen-
to. Nenhu ma peaeoa razoável pode duvidar do fato e
da realidade da profecia bíblica se estudar a história
de Israel à luz das predições do Gênesis.
"3. A lém disso, o livro deve ser estudado com re-
lação ás Di spen sa ções.   Isto é, os métodos pelos quais
Deus agiu para com os homens em d iferentes épocas
e sob d iferentes circunstâncias devem ser cuidadosa-
mente no tados. Há quatro dispensações no Gênesis:
1) o período da In ocênc ia ,   durante o qual Deus fez
prova do homem; 2) o da Consci ênc ia ,   quando Ele
suportou o hom em; 3) o do Gover n o hum ano ,   duran-
te o qual Ele refreou o homem, e 4) o da   Promessa.
no qual Ele agiu em fav or do homem. Outras dispen-
sações seguirão estas no restante da Escritura, e de-
vem ser estudadas mais tarde.
"4. Faria muita falta se não estudássemos o Gê-
nesis   tipicamente,  porque está cheio de tipos. O mo-
tivo d e perceber um sentido típico está claro (veja-se
Gn 5.7 e 1 Co 10.6.11, etc.h e tal estudo traz grande
galardão. Entre os tipos ma is evidentes do Gênesis,
podem-se nomear os seguintes:
" A criação e reconstrução da terra (1.1 a 2.3), que
tipificam a história do homem, criado perfeito: ar-
ruinado; e restaurado. O primeiro Ad ão é tipo de Je-
sus Cristo, o último Ad ão (cap . 2 e R n 5.12-21). O
sacrifício de 3.21, tipo do Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo. Abel e Sete. tipos da morte e
ressurreição de nosso Senhor (cap. 5 e Hb 12.24).
Enoque, tipo da Igreja arrebatada, antes do Dilúvio,
que é tipo do dia da tribulação de Jacó (caps. 5 a
8.14). Noé, tipo de C risto. Os oito salvos na arca sáo
tipo d ô R estante de Israel que será salvo através da
Tribulação. Caim e Abel. tipos das duas naturezas.
Ismael c Isaque, tipos das dispensações da Lei, e
Graça. Abraão e Ló, tipos dos dois princípios da vi-
da :  ée  v i s t a .  A Arca, tipo do meio de salvação e li-
bertação na hora do juízo que virá sobre a Terra. Jo-
sé, o mais perfeito tipo de Cristo que temoa na
Bíblia. Estes, e m uitos outros podem ser verificados.
Nã o devemos entretanto dogm a ti zar sobre o estudo
aqui traçad o, nem descobrir fantasias, mas o olho es-
piritual perceberá m uito do que fica oculto ao racio-
nalista.
"5 . Finalmente, devemos, por certo, descobrir os
v a l o r e s e sp i r i t u a i s  do livro. Por exemplo, a revelação
de Deus, o desenvolvimento da graça divina, o pro-
gresso do pecado, os vários concertos, a demonstra-
ção de fé, as orações do livro, as duas descendências:
a presença, poder e propósito de Satanás; as visões e
sonhos, as manifestações de Jeová, o ministério de
anjos, e muitos outros temas. Notem os no Gênesis os
três grandes períodos da vida de A br aã o- o de s per t a -
m e n t o ,  d i s c i p l i n a ,  e o  a pe r f e içoam en to :  os quatro
períodos na vida de Jacó:
 Su p l a n t a d o r .  S e r v o , S a n t o
e Vi d e n t e .  O livro é rico de sugestões espirituais, e
cada página dará ao paciente investigador tesouros
sem preço" (S c r o g g i e ) .
Capítulo 1
A c r i a ção d o m u n d o . N o p r i n c íp i o c r i o u
D e u s . . . A palavra D e u s  está no plural, e o verbo no
singular (no hebraico há três números: singular, d uai
e plura l); assim, a natureza de Deus é revelada nas
primeiras palavras do Gênesis: uma Trindade, po-
rém um só Deus. Em outros lugares aprendemos q ue
foi o Filho que criou todas as coisas (Jo 1.3; Cl 1.16;
Hb 1.2). Foi o Pai que propôs, e o Filho que agiu
pela energia do E spírito. As três pessoas da Trind ade
são reveladas na obra da criação (Jo 5.17,18).
A terra já criada (v .l ) chegou a ser  s em
  o rm a  e
v a z i a (v.2), mas não fora criada assim (Is 45.18).
Há uma semelhança entre a criação do mundo
material e a "nova criação" da alma regenerada: a)
inocência ( w . 1 e27; b) ruína (v. 2a); c) restauração
(v.2b); d) i luminação (w.3-5) ; e) separação (w.6- £);
0 l ibertação (w.9,10); g) fruto (vv. 11-13);  h) teste-
munho (w.14-19).
nas três vezes neste capítulo ( w . 1,21,27). Algun s
têm achado uma diferença entre o que Deus "criou"
e o que Ele "f ez ". Assim os mares foram feitos de á-
guas já existentes (9,10). O Sol e a Lua foram fe itos
'ou levados a aparecer através das espessas nuvens*,
no dia quarto, mas foram criados no dia primeiro
(v.3).
E possível admitir um mui grande período de
tempo entre o v. 1 e o v. 2 - um recurso mais aceitá-
vel do que entender que os "dias" da criação foram
períodos de m ilhares de anos, - uma teoria que não
combina com Êxodo 31.17. "Um ato de criação ne-
cessariamente será num tempo imediato e definido.
Isto é evidente no caso da criação do homem. Pela
Palavra de Deus, ele foi criado à imagem de Deus;
desde o seu começo era ele dotado de imagem e se-
melhança de Deus, uma semelhança vista na sua
perfeição naquele que era Deus manifesto na carne,
o Homem Perfeito. Esta semelhança consiste em ter
vontade livre: poder de agir por si mesmo; de esco-
lher entre o bem e o ma l, e de possuir uma personali-
dade e uma responsabilidade moral"  (G o o d m a n ). ,
18
 
O Dr. S c r o g g i e  diz: " A 'imagem " é a substância
espiritual da alm a. e não pode ser perdida. A 'seme-
lhança* é o caráter m oral separável da substância, e
foi perdida na Que da; assim os filhos de Adã o nasce-
ram na sua semelhança e não na de Deus (5.3). Ima-
gem e semelhança não sâo para entender material e
sim moralmente".
O luzeiro m aior (v. 16) é um tipo de Cristo, o   S o l
d a J u s t i ça (M l 4-2). Ele tomará este caráter na sua
9egunda vinda. Mora lmente, o mundo está agora no
estado entre Gênesis 1.3 e 1.16; At 26.18; Ef 6.12; 1
Pe 2 .9): o sol não se vê. ma s a luz existe . Cristo é essa
luz (Jo 1.4,5.9). mas "resplandec e nas trevas" sendo
compreendido somente pela fé. Como o "Sol da Jus-
tiç a" Ele anulará todas as trevas. Sob o ponto de vis-
ta da dispensação, a Igreja está no lugar do "luzeir o
menor", a lua. que reflete a luz do Sol quando este
não é visíve l. As estrelas (1.16) representam crentes
individualmente que sào "lureiroa" (Fp 2.15,16)
( S c o f i e l d ) .
Um tipo é uma ilustração divinamente proposta
de alguma verdade. Pode ser: (.1) uma pessoa (Rm
5.14); (2) um acontecimento (1 Co 10.11); (3) uma
coisa (Hb 10.20); (4) uma instituição (Hb 9.11); (5)
uma cerimônia (1 Co 5.7). Os tipos se encontram
mais freqüentem ente no pentateuco. mas podem ser
achados em outras partes da Bíblia. O antitipo ou
cumprimento do tipo se encontra geralmente no
X . T .  ( S c o f i e l d ) .
"Seres viventes"   (V.B .) ou  "Alma vivente"  ( AL . )
nos versículos 20,21.24. etc. é, no hebraico,
"nephesh".   Esta palavra traz o sentido de vida e
consciência d iferentes da vida das plantas, que têm
vida inscônsciente. Neste sentido os animais tam-
bém têm "a lma" .
A  cr i ação  d o h o m e m  (v. 26). O homem foi criado,
e náo evo luído de algum ser inferior durante muitos
milênios. Isto é expressamente declarado aqui, e a
declaração é confirmada por Cristo (Mt 19.4; Mc
10.6). "Existe um vasto espaço, uma divergência,
praticamente inf inita"   ( H u x l e y )   "entre o homem
mais baixo e a besta mais alta". "A besta não tem
traço algum de consciência de Deus: não tem uma
natureza religiosa. As investigações cientificas nada
têm feito para desfazer essa divergência"  {S c o f i e l d ).
Com o versículo '28 começa a "Prim eira Dispen-
sação". Uma dispensação (El 1.10) é um período de
tempo em que o homem é provado com respeito à
sua obediência e alguma revelação específica da von-
tade div ina. Se te de tais dispensações podem ser dis-
cernidas. A primeira fo i a da In ocênc ia  o homem foi
colocado num ambiente perfeito, sujeito a uma lei
simples, e advertido das conseqüências da desobe-
diência. A mulher caiu pelo orgulho, o homem , deli-
beradamente (1 Tm 2.14). Deus restaurou as suas
criaturas pecaminosas, mas a dispensaçáo da ino-
cência terminou com o julgamento e expulsão (Gn
3.24). Ah outras dispensações são: da   C o n s c iên c i a
(Gn 3.23); do  G o v er n o h u m a n o   (Gn 8.20);  d a p r o-
m e s sa  (Gn 12.1);  d a L e i   (Êx 19.9); d a G r a ça   (Jo
1.17); d o R e i n o  (E f 1.10) (S c o f i e l d ).
Nesse versículo 28, temos também a primeira das
oito grandes Aliança* da Bíblia, a Edênica, que de-
termina a vida e a salvação do hom em. Esta aliança
tem seis elementos. O homem e a mulher no Éden
haviam de:
1) Encher a terra de uma nova ordem - a huma-
na.
3) Te r d ominio sobre a criação animal.
4) Comer ervas e frutas.
5) Zelar o jardim.
6) Abster-se de com er da árvore da ciência do
bem e mal.
ordenação era a morte.
As outras alianças são: a Adám ica, (3.15); a com
Noé (9.1); a com Abraão (15.18) a com Moisés (Êx
19.25); a da Palestina (Dt 30.3); a com Davi (2 Sm
7.16); a Nova Aliança (Hb 8.8)  (S c o f i e l d ).
Capitulo 2
 descansa .   Podemos notar com cuidado o
versículo 3:  A  h ençoou  D e u s o  d i a  séi m o e o s a n i i -
cou .  p o r q u e n e l e  d escansou  d e   od a  a  ob ra  qu e   i z e r a
c o m o C r i a d o r ,  e ver a sua aplicabilidade a um dia
com manhã a tarde (tard e e manhã, segundo a con-
tagem dos israelitas, visto que com eles o dia come-
çava às 18 horas do nosso tempo».
Se o descrente não pode admitir que o universo
tenha sido feito por um só Deus todo-poderoso. cabe-
lhe enunciar outra explicação para a origem. E ncon-
trará apenas duas alternativas: que a criação foi
obra de uma variedade de Beres sobrenaturais, agin-
do em perfe ito acordo; ou que se fez a si mesmo. Esta
última hipótese pode ser resumida na frase: "D o na-
da. o Ninguém fez tudo"
Parece-nos mais razoável adm itir, de acordo com
o ensino da Bíblia, ser o universo a criação de um
Deus infinito em poder, sabedoria e benevolência.
É muito natural qüe a nossa inteligência fique as-
sombrada pelo estupendo milagre de Deus criar (ou
"r e" criar) o mundo  em  se is  d i a s e m   tempos muito
remotos e sem haver ninguém presente para relatar o
processo da operação. Por isso podemos estudar ou-
tra operação do poder criador em ponto m enor, pre-
senciada por milhares de testemunhas e reportada
por quatro diferentes escritores, um pelo menos tes-
temunha ocular: A multiplicação de cinco pães e
dois peixes em alimentação para mais de cinco mil
pessoas c um milagre do criação instantânea, igual-
mente incompreensível á nossa inteligência. O des-
crente deve cancelar com provas o milagre recente,
antes de afirm ar que não existe um Ser no universo
capaz de fazer o milagre remoto.
A alusào à criação do homem no primeiro capitu-
lo é geral, referindo-se à raça humana; no segundo,
fala mais particularmente da formação de Adão "do
pó da terra" (v.7), e da Eva duma das costelas (la-
dos) de Adão (v.21). E inútil tentar adivinhar como
Adã o foi formado do pó e Eva t irada "dos lados" de-
le. embora tenha havido muitas engenhosas explica-
ções oferecidas por vários escritores eruditos. [Al-
guns têm achad o no profund o sono de Adão. que re-
sultou cm ele adquirir uma noiva, um tipo da morte
de Cristo, pela qual Ele obteve por companheira a
sua Igreja.]
estado de inocência, num jardim de delicias, com
serviços e deveres leves (v . 15) sob o imediato jpver-
no e direção do Criador. Do capitulo três em diante,
o hom em é um ser decaído, e sua mais sublime aspi-
ração náo é mais a inocência, mas a santidadde.
Notem os, de passagem, algumas expressões inte-
ressantes neste capítulo:  O "exército"da   terra e céus
19
 
é, já se vê, sem qualquer alusão militar, ma s apenas
no sentido de multidão, imensidade, variedade. Vá-
rias vezes na Biblia Deus é referido como o Senhor
dos exércitos, sem qualquer significação militar, mas
por ser Ele quem dispõe de uma m ultidão de seres ás
suas ordens.
Vemos que Deus "santi f icou" o sétimo dia. nâo
em qualquer sentido de o purificar de pecado, mas
no de pôr á parte, distinguir, especializar o dia.
Outras alusões bíblicas á criação sáo as seguin-
tes:
Deus fez oa céus (1 Cr 16.26; Jó 26.13; SI 8.3;
33.6; 96.5; 136.5; Pv 8.27).
Deus fez a terra (Jó 38.4; Pv 8.28; Is 48.28; At
17.24; Rm 1.20; Cl 1.16,17; Hb 1.2; 11.3>.
Deus fez oa céus e a terra (Ex 20.11; 31.17; Ne
9.6; SI 89.11,12; 102.75; 115.15; 121.2; 124.8; 134.3;
146.6; Pv 3.19; Is 37.16; 42.5; 44.24; 45.18; 51.13,16;
Jr 10.12; 32.17; 51.15; Zc 12.1; A t 4.24; 14.15; EÍ 3.9 ;
2 Pe 3.5; A p 4.11; 10.6; 14.7)
Em seis dias (Ex 20.11; 31.17).
Fez por sua Pala%Ta (SI 33.9; 148.5; Hb 11.3; 2 P e
3.5).
"Deus-Jeová"  v.4). O sentido primár io do nome
Jeová é "o que exi.. • por si" . Literalmen te (com o em
Ex 3.14): "Aq ue la é quem é " por isso, "o eterno
Eu sou".
nome Jeová  rui Escritura segue a criação do homem.
Foi Deus (Elohimj que disse   "façamos o homem à
nossa imagem ' '   (1.26); mas quando o homem, como
no segundo capitulo, vai encher a cena. é o Senhor
Deus (Jeová El ohim ) que age. Isto claramente indica
uma especial reiação da divindade, no seu caráter
jeóvico. para com o homem: e toda a Escritura con-
firma isto.
dade. Quando entrou o pecado no mundo, e a reden-
ção tornou-se necessária, foi Jeová Elohim quem
procurou os pecaminosos (Gn 3.9-13) e os vestiu de
peles (3.21), um lindo tipo de uma justiça fornecida
por Deus, med iante o sacrifício (Rm 3.21,22). A pri-
meira distinta
  de Deus pelo seu nome Jeo-
vá fo i com relação à redenção do Egito, do po vo esco-
lhido (Ex 3.13-17)   (Scofield).
Capítulo 3
7>nfaçao e queda   Até o fim do capitulo 2 tudo
que temos contemplado é "mu ito b om ", mas agora a
cena muda e o mal aparece. O Tentador, com o as-
pecto de uma serpente, tenta a mulher, e ela cai no
pecado da desobediência, acompanhando-a Adão.
Sobre a serpente, lemos no "Christian Armou-
ry": "É af irmado por Matthew Pool e outros emi-
nentes comentadores qu e o artigo definido ora Gêne-
sis 3.1 é en fático, e por isso se refere a uma serpente
especial. E no hebraico, 'hennachash:'  esta serpente,
ou   essa  serpente,  significando que não era uma ser-
pente qualquer, mas um réptil influíd o ou personifi-
cado por Satanás.
pelo Maligno ou se era uma positiva materialização
dele, não sabemos; não resta dúvida, porém , que Sa-
tanás foi a causa original da tentação (Ap 12.9 e
20.2). Ao menos é evidente que a serpente foi possuí-
da por Sataná s e que chegou a ser identificada com
ele. e o que Satanás falou por ela. se diz que a ser-
pente faíou".
Deus dissera:  "Ê assim que Deus disse?"   E Eva na
sua resposta náo tem o cuidado de citar as palavras
de Deus corretamente. Acrescenta "nem nele toca-
reis" e muda o sentido, pondo "no m eio" do jardim
uma das árvores, quando ali Deus pusera outra   (2.9),
Devemos ter imenso cuidado em não torcer a Pala-
vra de Deus quando a citamos.
E assim, desobedecendo, pecaram, e trocaram
sua inocência por uma consciência acusadora, sua
ignorância por um conh ecimento do bem que tinham
desprezado e do mal que não podiam remediar. Ti-
nham agora seus olhos abertos para descobrir o que
teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um
sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente)
para cobrir a sua nudez.
Notemos que Adão e Eva podiam estar tranqüi-
los com os aven tais de folhas que fizera m, enquan to
lhes parecia que Deus estava longe, mas em vindo o
Senhor, logo se esconderam, sentindo-se. aos olhos
divinos, descobertos e envergonhados.
Deus, porém, lhes fez "túnicas de pele s", e assim
ensinou, por uma figura, a necessidade da m orte de
uma vítima inocente para que o pecador pudesse fi-
car coberto e justificado perante Deus.
  "Sem derra-
  e
Notemos no pecado de Eva : a) o
  concupiscéncia
da carne: "boa para se comer", b) a concupiscén cia
dos olhos: "agradável aos olhos", e c) a soberba da
vida: "desejável para dar entendimento".   As primei-
ras conseqüências do pecad o foram a vergonha, uma
consciência acusadora. o receio, a morte espiritual,
pois "por um hom em entrou o pecado no mundo, e a
morte, pelo pecado" (Rm 5.12).
Mais uma coisa nos-interessa neste capitulo: que
foi Deus quem procurou o pecador, náo o pecador a
Deus. E essa atividade divina resultou na chamad a,
na descoberta, na interrogação, na confissão, na sen-
tença. na justiÇcação (as túnicas de peles), e na dis-
ciplina: foram expulsos do Eden.
Sobre a sentença contra a serpente, R. Winter-
botham oferece uma interessante explicação:
"Importantes dificuldades aparecem noa (versí-
culos. 14.15:)
ra é tão admiravolmente adaptada ao seu lugar na
natureza como a do leão ou a da águia. Nem pode-
mos dizer que ela com e pó: sua comida consiste dos
pequenos animais que são suas presas.
"2) Dificuldade moral.  Por que foi punida a ser-
pente por uma coisa que não fez? Será que Deus pu-
niu a astúcia do Diabo sobre seu inconsciente instru-
mento?
lizam-se. Se o moralista nos diz que Deus náo podia
ter resolvido punir a serpente por uma coisa que ela
nào fez, o homem de ciência nos assegura que Ele
náo fez isso. O verdadeiro peso da sentença recai
sobre o verdadeiro ofensor, o Diabo, enquanto a
mera forma da referida sentença foi acomodada á
evidente estrutura e natureza da serpente.
"Mas se foi o Tentador que pecou, por que Deus
nâo o sentenciou como tentador?
"Resposta: Porque no V.T. há uma notável reser-
va referente à personalidade de Satanás. A razão
disto é evidente: os homens não podiam suportar o
20
vinda do seu Libertador. Se percebermos que náo foi
da von tade de Deus nesse tempo revelar a existência
do Malign o, podemos compreender por que Ele per-
mitiu-lhe manter o aspecto da serpente".
A Al iança Adámica determina a vida do homem
decaído, marcando condições que prevalecerão até a
época do Reino, quando   "a própria criatura será li-
bertada do cativeiro da corrução par a a liberdade da
glória dos filhos de Deus"   (R m 8.21). São os seguin-
tes os elementos da Aliança Adám ica:
1) A serpente, instrumento de Satanás, amaldi-
çoada.
3) A condição da mulher, mudada (v. 16) em três
sentidos: a) conceição multiplicada; b) maternidade
ligada com sofrimento; c) sujeição ao homem (com-
parar com 1.26,27). A en trada do pecado, que sign ifi-
ca desordem , tom a necessário o governo, que compe-
te ao homem
17). Ê melhor para um homem caído lutar com uma
terra difícil, do que viver sem trabalho.
5) O inevitável cansaço da vida (v. 17).
6) O leve traba lho do Édem (2. 15), mudado para
serviço laborioso (w . 18,19).
7) A morte física (v. 19; Rm 5.12-21), para a mor-
te esp iritual, veja-se Gênesis 2.17 e E fésios 2.5   (Sco-
field).
Pela sua desobediência, o homem chegou a ter um
conhecimento pessoal e experimental do bem e do
mal - do bem com o a obediência, e do mal com o a
desobediência ã conhecida vontade de Deus. Me-
diante esse conhecimento, a sua consciência acor-
dou. Expelido do ívdem. e posto sob a segunda
Aliança, a Adámica, o homem era responsável para
fazer todo o bem que conhecia, abster-se de todo o
conhecido mal, e aproximar-se de Deus mediante o
sacrifício. O resultado desta segunda prova do ho-
mem é declarado em Gênesis 6.5, e a dispensação
terminou com o julgamento do Dilúvio   (Scofield).
Proposta emenda de tradução de 3.16: "A mulher
disse: Um laço tem aum entado a tua tristeza e o teu
gemido. Em tristeza darás á luz filhos. Virar-te-ás a o
teu marido, e ele te dominará ".
O dr. K. Bushnell tem investigado cuidadosa-
mente o sentido verdadeiro deste versículo e afirma
que a tradução supra está de acordo com a versão
Septuaginta, a Pesita, a Samaritana, a Velha L ati-
na, a Cóptáca e muitas outras. A palavra "concei-
ção" não está no original hebraico.
Proposta emenda de tradução do v. 22: "o ho-
mem. que tem estado como nós, tem chegado a co-
nhecer o bem mediante o mal" (R. 99).
Capítulo 4
tas, uma aceita por Deus e a outra   reprovada, pode-
mos subentender que Caim e Abel ouviram   muitas
vezes contar a história do primeiro pecado e  do pri-
meiro sacrifício: a morte do animal cuja  pele forne-
ceu as túnicas para Adão e Eva. Tinham ouvido que
as folhas da figueira costuradas em aventais - embo-
ra representassem esforço, trabalho, imaginação -
para nada serviam , porque nelas náo havia derram a-
mento de sangue. E Caim. que trouxe  O frUtõ da sua
lavoura, devia ter compreendido que isso náo seria
uma oferta que Deus pudesse aceitar.
A narrativa é bem resumida:   "e falou Caim com
o seu irmão Abel"   e em seguida o matou. Ficam os
imaginando  se  porventura teriam tido uma longa
discussão;
 se
da entre irmãos, e desde então quantas têm havido,
resultando em ódios, separações   e  mortes
Vemos em Hebreus  11.4 que  a oferta   "mais exce-
lente"  de Abel foi feita pela fé: pelos atributos que
ele via em Deus. De 1 J oão 3.12 aprendemos q ue ha-
via bastante diferença na conduta e caráter dos dois
irmãos, e isto. talvez, durante anos.   O versículo 7
pode ser traduzido: "Ese não fizeres bem, uma ofer-
ta pelo pecado jaz á porta "   Caim também se podia
ter valido de um cordeiro como oferta.
Caim faz uma pergunta a Deus no versculo 9.
Com o é qu e a responderíamos, se ela nos fosse feita
hoje?
quem teve Caim medo quando disse "será que todo
aquele que me achar me matará"?
Depreendemos do capitulo 4.25 que o assassinio
de Abe l teve lugar um pouco antes do nascimento de
Sete, isto é. uns 130 anos depois da criação do ho-
mem. Por isso náo devemos pensar que Caim e Abel
fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Lemos que
Adão
mente tiveram descendência; por isso, quando Abel
morreu, provavelmente havia muito mais gente no
mundo do que se pensa.
"E pós o Senhor um sinal em Caim"   (4.15). A
tradução de Almeida náo é tão correta como a
 V.B.:
  Nã o havemos de en-
tender que ele fosse marcado, e sim que Deus. de al-
gum modo, assinalou-lhe a proteção divina.
Uma pergunta bem freqüente é esta: "Com quem
casou Caim?" A resposta deve ser, por suposto,
"com uma das suas irmãs". Casamentos entre pa-
rentes foram pr oibidos uns 2500 anos mais tarde (L v
18.6), mas sabemos que tais uniões, ilícitas para os
israelitas, eram praticadas por outros povos (Lv
18.24).
quatro capítulos temos visto o começo do universo,
do mundo, do trabalho, do pecado, da família, das
cidades, da música, da metalurgia.
Propostas emendas de tradução (v.7):   "Uma
oferta pelo pecado jaz á porta ".  (V . 15): Isso não; pois
qualquer que matar a Caim.   (R . 104). ou:  quem ma-
tar a Caim ser á castigado. E le (Caim) ficará por sete
gerações  (A .  63).
Capítulo 5
Este é  o livro das gerações de Adão (v .l) . Deve-
mos notar não somente os nomes mchiídoe na lista.
Noim do Editor. ARA: "EémmUtmr  diooo: Multiplicar* nbficrf» —  mmtrimontoo dm tmm grwidm*: mm mtmio de dorom
é m r
t J *g êê à mulher- . Mu l t ip l i ca re i os f r f r im ento . do t eu paru » ; «U r i . á luz com do-
na ; t oas d i n j n t o lm pe iM o para o toa mar ido • tu es ta rás aob o sea dom ín io " .
21
mas os nomes omitidos. Nada se fala de Caim, por-
que ele "saiu de diante da face do Senhor" (4.16), e
assim saiu da história do povo de Deus. Abel não é
mencionado, provavelm ente porque nâo deixou pos-
teridade. Nenh uma mulher é nomeada, embora leia-
mos que Adão   "gcruu filhos e filhas" •  quantos não
sabemos.
Dois nomes prendem a nossa atenção: Enoque,
um homem de fé (H b 11.5,6) e Metusala, o mais ido-
so de todos. Deste diz o dr. Goodman: "Seu nome
significa
  ü Dilúvio
veio realmente logo depois de sua morte. A sua lon-
gevida de apareci' como um sinal da misericórdia d»
vina, dando aos homens temp o de se arrependerem.
O seguinte quadro comparativo mostra que ele fale-
ceu no ano do Dilúvio:
Metusala. no nascimento de Lameque tinha 187
anos. Lameque, no nascimento de Noé tinha 182
anos. O Dilúvio veio quando Noé tinha 600 anos.
Assim vemos que o Dilúvio veio quando Metusa-
la tinha 969 anos, e nesse mesmo ano ele morreu."
No caso de Enoque, há muitas coisas que podem
recompensar-um longo estudo. Podemos, por exem-
plo. estudar seu andar, s ua fé   (Hb 11.5,6);  ma profe-
cia   (.Jd 14> e sua   trasladaçáo
Em Gênesis 5.24 lemos apenas que   "Deus para  st
o tomou ".
do com grande economia de palavras. Quando algo
semelhante se deu com Elias (2 Ra 2.1-11). foi conta-
do com pormenores Os dois incidentes fazem-nos
pensar na ascensão do S enhor -Jesus Cristo ( A t 1.9).
É interessante notar que Metusala foi contempo-
râneo de Adã o por uns 240 anos, e o seu filho U m e-
que dev i.i ter con hecido Ad ão por mais d e 50 anos.
Nào podemos ser mu ito positivos sobre qualquer
interpretação da idade dos patriarcas, devido às di
ferenças nos antigos manu scrito». As traduções para
o português sào todas feitas dos manuscritos hebrai-
cos. dos quais náo existem exemplares mui antigos.
O manuscrito hebraico mais antigo leva n data de
830 a.C.
teuco) apresentam o te xto hebraico em letras sama-
ritanas. Datam provável mente d o quinto século an-
tes de Cristo.
A Versão Grega do V. T.. chamada "dos Seten ta"
(ou L X X ). foi feita durante os séculos terceiro e se-
gundo antes de Cristo. Toda s as versões diferem nas
idades em Gênesis 5 e 11. Os expositores mais erudi-
tos acham que as genealogias na versão dos LX X são
de mais confiança do que as dos outros manuscritos.
Ao menos aquela admite haver um "segundo Cai-
nã" . filho de Arpachade, em Gênesis 11; isso concor-
da com Lucas 3.36.
"He ptad ic Structure of Scripture" por R Mc Cor
mack.
Enoque.  "trasladado para não ver a morte"   (Hb
11.5) antes do julgamento do D ilúvio, é um tipo dos
santos que hão de ser trasladados antes dos julga-
mentos apocalípticos (1 Ts 4.13-17). Noé. deixado
sobre a terra, mas conservado durante o julgamento
do Dilúv io, é um tipo do p ovo judaico, que será con-
servado através dos julgamentos apocalípticos (Jr
30.5-9; Ap 12.13-15) e levado, como um povo terres
tre, para uma nova terra e um novo céu (1*65.17-19;
66.2U-22; Ap 21.1)   (Scofield)
Capítulos 6 a 8
savam que "os filhos de Deus" em Gênesis 6.2 eram
anjos caídos, mas nenhum comentador moderno de
confiança adota essa idéia, exceto o dr. Bullinger.
Lemos em Mateus 22.30 que   "na ressurreição nem
catam nem são dados em casamento; mas serão
como os nnjit* de Deu * no céu". A expressão  "toma-
ram para st mulheres "è   usada no V. T. somente com
referência ao casamento leg itimo: nunca às relações
sexuais ilícitas.
E c laro que havia nesse tempo duas raças distin-
tas. a descendência de Sete e a de Ca im. Os exposi-
tores modernos concordam que "os filhos de Deus"
foram a descendência de Sete. e "as filhas dos ho-
mens" a descendência de Caim
Se aceitarmos esta interpretação, a lição do inci-
dente será que um jugo desigual com os descrentes
pode resultar em maior corrução e num castigo div i-
no. Logo em seguida. lemos da maldade humana
multiplicada, até não haver mais remédio, e seguiu-
se um dilúvio destruidor.
reta problemas físicos incompreensíveis para nós
contudo merece ser estudada. Diz ele:
"O titulo filhos de Deus é ligado precisamente
com a Igreja de Deus, pois, segundo o uso de Paulo, é
o título particular dos que sáo uma nova criação em
Cristo .Jesus. Isto vemos em todas as epístolas às
igrejas, especialmente em Romanos 8.
"Po rém não devemos transportar este uso para o
Velho Testamento e interpretar no mesmo sentido a
expressão 'filhos de Deus' que encontramos ali oito
vezes, em tíénesis 6.2.5; .fó 1.6.2.1; 38.7; Sal mo
29.1; 89.6; e Daniel 3.25 .
"K m todos estes textos a expressão 'filhos de De-
sus' significa anjos.
"A explicação destes dois uso» distintos da frase  <
com um sentido no V.T. e outro no N.T» com refe-
rência a diferentes classes de seres, é a seguinte: que
um 'filh o de Deu s' se refere a um ser que existe por
um ato criador de Deus; produzido por Ele em vez d e
ser produzido pelo homem.
tras. O primeiro Adão podia ser chamado um 'filho de
Deus' no mesmo sentido (Lc 3.38), porque Deus o
criou. Mas os descendentes de Adão não eram preci-
samente criação de Deu», porque Adão,
  'criadit... na
semelhança (3) Assim que, por sermos filhos do pri-
meiro Adão, somos 'filhos dos homens* e nào pode-
mos ser chamados filhos de Deus por geração natu-
ral
Cristo Jesus (Ef 2.10) e 'nova criação' em Cristo (2
Co 5.17), então. nele. podemos ser chamados 'filhos
de l>eus". Então so mo» seus filhos pelo ato de rege-
neração espiritual, porque Ele tem criado em nós
uma nova natureza, e nos tem dado um espirito de
adoção, pelo qual clamamos
Deus', é. por isso. inteiramente distinto do que en-
contramos n o V. T. S e iaso tivesse sido discernido, e a
presente dispensaçào náo tivesse sido atribuída ao
22
passado, ninguém teria pensado que a expressão 'fi-
lhos de Deu s' em Gên esis 6.2,4 pudesse ser em prega -
da em referência aos 'filhos de Sete ' (J. 144)".
Mais adiante, no mesmo livro, numa exposição
detalhada de 1 Pedro 3.19, o dr.  Bullinger  diz o se-
guinte em referência a Gênesis 6.2:
"O propósito de Satanás era frustrar o conselho
de Deus predito em Gênesis 3.15."
E resume:
dência pela qual
via de vir ao mundo, sua primeira tentativa foi de
corromper e destruir toda a raça humana. Isto ele
quis fazer conform e a referência de Gênesis 6 e Judas
6. 'Os filhos de Deus' eram anjos; 'os anjos que peca-
ram'. Todos os seres que são a imediata criação de
Deus (Gn 5.1; Lc 3.38). Nós não o somos. Por geração
natural somos filhos de Adáo. gerados nâ sua seme-
lhança (Gn 6.3). A nova natureza em nós faz-nos 'fi-
lhos de Deus' porque isso é a nova criação de Deus
(Rm 8.14-17; 2 Co6.1 7, Ef2 .18) . Pela mesma razão,
os anjos também são chamados 'filhos de Deus' por-
que são a imediata criação de Deus. No V .T. , a frase
sempre tem este sentido. Em Gênesis 6 não podem
ser da semente de Sete como geralmente se ensina,
porque são contrastados com 'as filhas  dos homens',
o que demonstra serem de uma natureza diferente.
"Sab em os por Gênesis 6 que este grande propósi-
to satânico quase teve êxito, pois toda a terra estava
corrompida e cheia de violência (Gn 6. 11,12).
"T od a a raça, exceto a família de Noé, era conta-
minada com essa geração chamada 'Nefilim*. Noé
era 'tamim Visto é. sem mancha, como  a palavra tra-
duzida 'p erfe ito' no versículo 9 significa. Era preciso
destruir todos pelo Dilúvio, mas os anjos que peca-
ram são  'reservados em cadeias' {1 Pe 3.19; 2 Pe 2.4
Jd 6) para serem julgados num dia ainda futuro".
O leitor pode agora escolher entre as duas inter-
pretações. Pode notar que o dr.   Bullinger  náo cita
Mateus 22.30 nem considera o fato de Gênesis 6.2 re-
ferir-se a casamentos legítimos.
Notem os que. antes de haver um dilúvio, havia a
pregação da justiça (2 Pe 2.5), a provisão de um meio
de salvação, a arca. a paciência divina, esperando
120 anos antes de m andar o castigo e o fechame nto
da porta da arca. quando não havia mais esperança
de os iníquos valerem-se do refúgio. A história da
Arca é resumida em Hebreus 11.7.
Gênesis 6.6 apresenta alguns problemas de or-
dem moral que têm preocupado o pensamento de
muitos e que não podem ser facilmente resolvidos.
Linguagem humana aplicada a um ser divino pode
ser inadequada para expressar toda a verdade. O
versículo ao menos ensina que Deus náo é indiferen-
te para com as ações humanas.
Aprendem os do capítulo 6 que o homem decaído,
longe de evoluir para um estado cada vez melhor, de-
genera-se, até Deus resolver de strui-lo da face da ter-
ra. Sua degeneração é marcada por inclinação carnal
e sensual (M t 24.38), uma completa d eprava çáo
(6.5) e impenitência obstinada (1 Pe 3.20).
Quanto ao versículo 6 o dr. Goodman  cita Carlos
Simeon:
que ia acontecer, porque presciéncia é essencial á
perfeição da sua natureza. Nem havemos de supor
que a sua felicidade foi realmente interrompida por
aquilo que viu nas suas criaturas, pois Ele é imutá-
vel na sua felicidade como na sua natureza.
A linguagem do texto acomoda-se à nossa débil
compreensão: é como se fala dos homens quando es-
tão desapontados nas suas espectações e esforços.
Quer dar a entender que Deus náo fica como expec-
tador indiferente para com as ações humanas".
A história da salvação de Noé na arca é resumida
em Hebreus 11.7 assim:  "Peta fé Noé, divinamente
avisado a respeito das coisas que ainda náo se viam.
sendo temente a Deus, construiu uma arca para a
salvação da sua
tornou-se herdeiro d a justiça que é segundo a fé"
O meio de salvação, a arca. era uma simples e
clara figura de Cristo: passando pelas éguas da mor-
te, saiu a salvo numa criação - um mundo além do
juízo. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos
Ímpios- Assim Cristo nos salva pela sua morte e res-
surreição. se somos achados nele (Fp 3.9);  "não há
nenhuma condenação para os que estão em Cristo
Jesus"  (Rm 8.1), e "se alguém está em Cristo é uma
nova criação"   (2 Co 5.17).
Notemos como Noé, movido pelo temor, cons-
truiu a arca: não esperou para ver o começo do juízo
antes de a construir. A lguns pensam que jamais ti-
nha chovido a ntes (2.5,6). Contudo. No é obedeceu e
agiu, construindo a arca.
clássico de juízo divino e. por isso. deve ser aceito
com o o tipo e ensino do Espirito Sa nto sobre o assun-
to.
Lemos que juízo é uma obra estranha de D eus (Is
'28.21), ou seja. é diferente da obra em que Ele tem
prazer: a misericórdia. O juízo tem cinco aspectos:
1) E para a glória de Deus. 2) £ para a inst rução das
nações (Is 26.9). 3) Ê purificado r (Gn 15.16 e Lv
18.25). 4) Ê. conseqüentemente, uma libertação do
mal. 5) É profético (Lc 17.26.27)
  (Goodman).
como Adáo começasse a multiplicar-se sobre a face
da terra e lhe n ascessem filhas... e ntão disse o Se-
nhor: o meu fôlego náo ficará sempre em Adão. por-
que. ele também é carne, porém
  seus
Research"  pa r  dr .  Rendell Short:
"Se  fosse razoável interpretar a Bíblia no sentido
de ensinar que todo o mundo» como agora o conhece-
mos. incluindo a América d o  Sul. a Antártica, etc. fi-
casse submergido de uma vez. e que cada uma das
790.000 espécies de animais fosse representada na
arca, que tinha apenas 180 metros de comprimento,
a dificuld ade seria deveras formidável. Ê esse preci-
samente o tipo de dificuldade que alguns críticos
gostam de levantar contra a Bíblia . Mas é um ultra-
ge ao uso das palavras argumentar assim. As pala-
vras da Bíblia, como em qualquer outro livro, são em-
pregadas no sentido que.levaram na ocasião de es-
crever, e não no sentido t ue vieram ú ter hoje.  Foi o
mund o en(ão~con)ieciõo que ficou subm ergido, e os
animais então conhecidos foram conservados em vi-
da . Quando L ucas diz que todo o mundo havia de ser
recenseado (2.1). evidenteme nte não inclui a Am éri-
ca do S ul. N em . quando se nos diz que 'todos os reis
da terra procuravam ver o rosto de Salomao' (2 Cr
23
Gênesis  _
9 .23 ) , náo é para inc lu i r o Japão e a Aus t rá l i a . Gên e -
s i s 7 .19 d i z que ' t o dos os montes qu e hav ia deb a ixo
do céu f o ram cobe r tos " . Ent re os ouv in t es de Pe dro
no D io de Pen tecos t e hav ia homens ' de t odas as na -
ções deba ixo do céu ' (A t 2 .5 ) , e em cada caso é e v i -
den te que o sen t ido é ' o mundo en tão conhec ido ' . Se
o m ont e de Arara t e onde a a rca descansou é o m esm o
A r a r a t e d e h o j e . é c a s o p r o b l e m á t i c o " .
N o v . 4 n o t e m o s q u e o " s é t i m o m è s " é o s é t i m o
d o a n o : n ã o d o D i l ú v i o ( T ) .
Noé es t eve na a rca um ano in t e i r o , ou 365 d ias .
po i s en t rou no d ia 17 do segund o mês . quand o t inh a
600 anos . e con t inuou a t é o d ia 27 do segundo m ês no
a n o s e g u i n t e ( T ) .
  Terceira Dispensaçào   com eça em 8 .20 . E a do
G o v e r n o H u m a n o . S o b a   consciência,  com o sob a
inocência, o  hom em f racassou in t e i ram ente , e o ju l -
gam ent o do D i l úv i o marca o f im da segunda d i sp en*
saçáo e o com eço da t e r ce i ra . A dec la ra ção da a l i an>
ça com Noé su j e i t a a human idade a uma prova . Sua
f e i ção d i s t in t i va é a ins t i tu i ção , pe la p r ime i ra ve z ,
d o g o v e r n o h u m a n o - o g o v e r n o d o h o m e m p e l o h o -
me m. A fu nção ma is a l t a do gove rno é t om ar a v id a
humana (9 .6 ) . Todos os poderes in f e r i o r es gove rna -
menta i s e s tão inc lu ídos n i s to . Segue -se que a t e r ce i -
ra d i spens ação é e ssen c ia lme nte a do gove rno h uma -
no . O hom em é r esponsáve l pa ra gove rna r o m und o
de aco rdo com a von tad e de Deus . Essa r esponsab i l i -
dade pesou sobre t oda a raça : judeu e gen t i o . a t é que
o f racasso de I s rae l sob a A l i anç a Pa l es t in iana (D t
caps . 28 a 30 .1 -10 ) r esu lt ou no ju l gam ent o dos ca t i -
v e i r o s . q u a n d o c o m e ç a r a m " o s t e m p o s d o s g e n t i o s "
Nota do Editor:  A teor ia apra Mo Udâ pai » autor ( inundação local ) também encontra di f iculdade* j
pl ieãçáo. São Ln ame roa oo comentar istas que a contestam. N áo podem os c i ta- los a todos, m u
qu fl oos t r echo* da obra "M erec e « a a f c o p o Ant i go Tes tam ento? " , ãe  Gioaoon L. Archer. Jr..
pela Edições Vida Nov a - São Paul o fia. 228/30. 233/334:
"N ão é possíve l , contudo, sustentar que mesmo uma inundação local se ja uma expl icaçã o que i
culdades c ient í f icas. Gênesis 7.19 declara m uito expl ic i tam ente q ue o níve l da água cob r iu todoe os a l tos
 i
havia deb aixo do céu. Entendendo-aa que as montanhas em questão fossem meramente as daque la reg ião ( i
pretação que o texto d i f ic i lmente comportar ia ) , ao mínimo a água deve ter coberto os p icos do Monte Ararate . v isto
que a arca fo i eocalha r no pioo mais a l to (a lém de 5.000 met ro» de a l tu ra) . A infor tecia inev i táv e l t  que o nivH da á-
gua tenha subido até maia do que 5.000 metros ac ima do atual níve l do m ar. Isto cr ia para a teor ia do âm bito restr i to
do OUúvio d i f iculdades quase tão graves como aque la* que a teor ia procura ev i t ar . Como 4 que o níve l
ume do Ararate sam ter suhédo á mesma al tura do mundo inte iro? Só durante um surto
i
  da pororoca, é que a água não conserva um níve l igual . Ad mit i r que a Arm ênia t íveeee:
i
 ter havido nenhuma inundação em Au verg ne, na Franç a, i   propor um mi lagre  
impl icada pela maneira tradic ional de crer num Di lúvio universal .
da lenda de Ma no p reservada entre oa hindus (segundo o qual Manu e
 i
i
 navio duma inundação de a lcance mu ndial ) ; ou a dç Ff th-he entre os chineses ( fo i ê le o
 i
té, éòm sua esposa, três fi lhos e três fi lhas); ou a de Nu- u entr e os hav aian os; ou a de Tez pi ent re oa
 i
ou a de Manahoao entre os a lgonquina? Todas estas concordam em declarar que a raça hum ana tenha s ido inte ira-
mente destruída por um grand e di lúvio (usualmente descr i to como tendo s ido de a lcance mun dial ) , como resultado do
desgosto d iv ino perante o pecado humano, e que um único homem, com sua famí l ia e pouquiss i i
sobrev iv ido á catástrofe por meio dum navio , duma balsa ou duma canoa, daigum t ipo.
 |
abor ígenes das I lhas Andami. fo i um  pioo  montanhoso m ulto a Ho que oüweueu o re fú gio v i ta l ao único
 i
Mas fera desta deta lhe, aa linhas bãaicae da landa seguem a estrutura básica da n arrat iva de Gênesis . Os quurai
( t r ibo da sbor lgso es da Au strál ia ) ; aa hahétaataa das I lhas da Fi j í . aa nat ivos da PoUnée ia, Micron éeia. N ova Guiné.
Nova Zelândia. No vas H éfaridas, os aat i t eecé tt ics e do Pai * de Galas, ae tr ibais do Lago Caudie no
 l
tém suas tradições dum Di lúvio , da destruição un iversal .
d i f i -
5.000
t a narrat iva de Gte es is tem s ido cr i t icada c omo sendo não plausíve l por causa da 
i
 da arca segundo as dimensões reg istradas . Mas &a base de um cóvade de 52 cm (podia
 i
de 4€ cm ), a arca te ria 183 m de compri men to. 30,5 de largu ra. 18,3 m de profund idad e. Ent
aido a forma duma caixa ( arc a) - h ipóte** a l tam ente piu váte l em v iata de teu p ropósi to
i
 de perto de 102.000 m \ espaço su ficien te para 2.000 cam inhõe s de gad o (cad a um co ntend o 181
ou 80 a 100 ove lhas ). At ualm ente , sé existam 200 tipos de an ima is
i; há 757 espécies e ntr e o tamanho da o velh a e o do rato, e 1.35» meno res do que rato s.
ive lme nte na capacid ade cúbica da Arc a.
um Di lúvio locai .
Foz,  pois Dests o
a terra é a quant idade de água para iaao
volume de água suf ic iente ,
s seporoçdo entre ao água» debaixo do firmamento e ao
o s c a l -
Parece que todaa aa águaa (an tes ) se en-
i quant idade de águas (a me nor ) fo i ;
sobre o Armamento parece que não desciam.
tmha feito chover  sobre a  terra...". o mo  vers ículo 6:  "Um
i te da água que estava so6 o Armamento,
pode calcular a quant idade de água que havia
incalculáve l de água sabre a terra quando pela p r imeira i
" a "as /anelae de eéa se  abriram
a atração que aa
água ainda ai
Gtees is 2.5
s u b i a d a e r r a , «r e g a v a t o d a a
todo
ter iam a l ibertação das á-
D i lúv i o de ca rá t e r ge ra l .
24
(Lc 21.24), e o domínio do mundo passou definitiva-
mente para as mãos dos gentios (Dn 2.36-45; Lc
21.24: At 15.14-17). Que Israel, como os gentios. tem
governado para si e nào para Deus é tristemente e vi-
dente. o julgamento da confusáo de línguas terminou
a prova das raças: a doa cativeiros, a de Israel; en-
quanto a prova dos gentios terminará com o ferimen -
to da imag em descrita em Daniel 2.34 e o julgam ento
das nações com o que se vê em Mateus 25.31-46
(Scofield).
rão justo e reto em seus tempos. Noé andava com
Deus entre o povo" (J. 375).
Capítulos 9 e 10
guns pontos que prendem a nossa atenção: a bênção
e promessa de Deus e o pacto que fez com N oé e com
"toda a alma vwente"   (9.16).
O arco-íris  (9.12-17). Alguns pensam que antes
do Dilúvio nunca houve chuva (Gn 2.6) e por isso o
aparecimento do arco-íris depois da chuva havia de
ser bem notável. Quando Ezequiel viu em visão o
trono de Deus. viu que tinha "a aparência do arco
que se vê na nuvem no dia de chuva" (1.28).
Lemos neste capítulo acerca da embriaguez de
Noé (9.21) que nos faz ver que até um homem rica-
mente a bençoado por Deus pode ser vencido por pe-
cados carnais De passagem notamos o procedimen-
to correto de Sem e Jafé. que. em tempos tão remo-
tos. tiveram um sentimento moral tão desenvolvido
como o dos mais ilustrados de hoje. Notemos tam-
bém como a m aldição caiu sobre Canaá, o filho mais
moço de Cão. e não sobre Cão mesmo, e que desde
então os cananitas foram adversários do povo de
Deus até que chegou a ser necessário enxotá-los da
terra *<Ja 17.18).
Se a Bíblia náo tivesse recordado a embriaguez
de Noé. o adultério de Davi. e a mentira de Pedro,
poderíamos imaginar que os homens piedosos dos
tempos antigos eram bem diferentes de nós mesmos,
que temos tid o os nossos próprios lapsos da aenda da
retidão; com esta diferença, porém, os lapsos deles
ficaram recordados para aviso das gerações futuras,
e os nossos ficam ocultos.
De certos netos de Noé vieram vários povos bíbli-
cos: de L ude os lidios; de Assur os assírios; de Elam
os elamitas; de M ada i os midianitas; de Javã, os jô-
nios; de Tiras os tracianos (T).
A A l i a n ça c o m N oé (9.1-17). As bases são:
1) Confirmação de que o homem seria relaciona-
do á terra, conforme a Aliança adãmica (8.21).
2) Confirmação da ordem na natureza (8.22).
3) Estabelecimento do governo humano (Gn 9.1-
6 .
4) G arantia de qu e a terra náo sofreria outro dilú-
vio (Gn 8.21; 9.11).
5) Declaração de que procederia de C ão uma pos-
teridade inferior e servil (Gn 9.24.25).
6) Declaração pro fética de que haveria uma rela-
ção especial entre Jeová e Sem (Gn 9.26.27). (De fa-
to. a revelação divina tem vindo mediante a raça
acraítica; e Cristo, segundo a sua natureza humana,
procede de Sem).
7) Declaração profética de que de Jafé procede-
riam as raças "di lata da s" (Gn 9.27). Governos, ciên-
cias. artes, têm provindo, geralmente, de gente vin-
da de Jafé ; assim a história tem con firmado o exato
cumprimento dessas declarações  (S c o f i e l d ).
A  t o r r e  d e B a b e l .  Neste capitulo do Gênesis ("c o-
me ços" ) encontramos o começo da confederação e do
engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa
confederação: impediu o projeto de fazer uma alta
torre e "um no me ", confundiu as línguas e espalhou
os povos sobre a face da terra. É interessante con-
frontar com este começo o desenvolvimento de con-
federações humanas de hoje, e a multiplicidade de
nomes partidários.
A  descen dênci a  d e S e m .  Vemos qu e a posterida-
de abençoada por Deus nem sempre seguiu pela li-
nha do primogênito. Arpachade era o terceiro filho
de Sem (10.22) e náo o primogênito.
N o capitulo 5 vemos que a média da idade para o
nascimento de um filho era acima de cen- anos. No
capitulo 11. era de 349 anos. E cm todo o livro de Gê-
nesis as idades dos patriarcas vão quase sempre di-
minuindo.
eram, no principio, mais curtos do que depois? So-
mente assim poderemos compreender o caso de uni
homem esperar uns cem anos antes de nascer-lhe um
Hlho.
Propos ta  e m e n d a d e   r a d ução  (1 1 . 6 ): p o r v e n t u -
ra não h aver á r e t r ibu ição par a tu do o q u e  e l es n t en -
t a r e m a z e r V
Capitulo 12
 c h am a d a  d e A b ráo .  e as promessas que Deus
lhe fez. Neste capítulo podemos estudar:
V- i  a) A escolha divina. Deus escolheu Abrão , e isto
importa conhecimento, aprovação, confiança, pre-
paração para o fim destinado.
V â.b b) .0 plano de (med iante o escolhiao de D eus)
abençoar muitos povos.
V i c) A chamada divina - uma chamada p ositiva,
individual, imperativa.
V - 5 b d )  A proteção divina -   am a l d i çoa r e i  o s q u e e
am a l d i çoa r em   .
V 3 - A   revelação divina -  "apareceu o Senhor a
Abrão".
 t u a d escendênc ia da re i
esta terra".
A chamada é descrita em Atos 7.2.3. e a resposta
em Hebreus 11.8.
Abrão desce ao Egito  (v.10). Isto nos parece um
desvio da senda da fé . pois ai Abrão perde a sua con-
fiança na proteção de Deus e pretendo valer-se de
um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra.
Contudo. Deus o protegeu sem que ele esperasse.
i  a) Agiu sem consultar a Deus (v. 10)
ib ) Escolheu seu destino, confiando na própria in-
teligência (v.ltl)
propósito (v.13)
d) Perdeu de vista a perspectiva e o plano da sua
vida (rv. 2,12)
(w.14,15)
•o f) A chou-se mais tarde enlaçado na trama que ele
mesmo fizera (v.18)
1   g) Foi censurado por um rei pagão, e mandado
para sua própria terra ( w . 18-20).
A Quarta Dispensaçào   (Gn 12.1 a Êx 19.8): a da
promessa. Ê evid ente que para Abráo e seus descen-
dentes a aliança de Deus com ele fez uma grande di-
ferença. Vieram a ser herdeiros da promessa. A
aliança é de graça por nào ter condições. Os descen-
dentes de Ab rão teriam apenas de ficar na sua terra
para herdar a bênção. No Egito perderam as bên-
çãos. mas não a aliança. A Dispensaçào da Promessa
terminou quando Israel táo facilmente aceitou a Lei
(Ex 19.8). A Graça tinha fornecido um Libertador
(Mo isés), um sacrifício para o culpado, e. por divino
poder, libertado Israel da escravidão (Êx 19.4), mas
no Sinai trocaram a graça pela Lei. A Dispensaçào
da Promessa se estende de Gn 12.1 a Êx 19.8. e era
exclusivamente para os israelitas. Importa distin-
guir entre dispensaçào e a liança. A dispensaçào é um
modo de experimentar o estado espiritual do povo: a
aliança é eterna, porque é incondicional. A lei não
anulou a alianç a abraá mica (G1 3.15-18), mas era
uma medida disciplinária  "até que viesse a posteri-
dade a quem fora dada a promessa"   (G1 3.19-29: 4.1-
7). A dispensaçào somente, como meio de provar a
Israel, terminou com a aceitação da Lei   (Scofield).
Capitulo 13
Separação para Vens.   Agora Abráo volta do Egi-
to e vira o rosto para a terra p rometida. N otem os as
três coisas que caracterizam sua vida de peregrino : a
tenda, o altar,  e o  poço.  Ná o lemos nada de um altar
no Egito.
Ma s as riquezas que ele e Ló tinham acumulado
no Egito vêm a ser motivo de contenda na terra: re-
sultam numa separação.
Abrão, confiante na proteção divina, pode deixar
a escolha de destino a Ló, e este escolhe segundo as
aparências (v.10) nào, porém, após fervorosa oração.
O crente, quando precisa escolher um ponto de
morada, deve pensar, náo somente na fertilidade dos
terrenos, m as também na piedade dos vizinhos. P or-
ventura haverá uma casa de oração bem perto?
Notem os que " a senda da fé é a senda da separa-
ção". Abrão nunca foi plenamente abençoado en-
quanto não se separou de Ló (v . 14). Em cada pon to
onde Abrá o demora vemos a tenda e o altar (v . 18).
Gênesis 11 e 12 marcam uma Importante linha
divisória nas relações de Deus para com os homens.
Até aqui a história tem sido a de toda