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ALFABETIZAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: UM ESTUDO SOBRE O PROCESSO DA APRENDIZAGEM TARDIA MOREIRA, Terezinha Fernandes Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM) [email protected] MEIRELES, Jacqueline Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM) RESUMO: A perspectiva de vida da população brasileira tem aumentado nas últimas décadas, tornando necessária a criação de políticas públicas e a adequação de serviços para atender os indivíduos nessa faixa etária, como por exemplo, os âmbitos da saúde e da educação. A presente pesquisa tem como objetivo identificar os principais benefícios e dificuldades da alfabetização no desenvolvimento psicológico da pessoa idosa, bem como refletir sobre as contribuições da psicologia na superação dessas dificuldades. Foi realizada uma revisão integrativa sobre a produção científica dos últimos dez anos a respeito da alfabetização de idosos, a partir de 7 artigos selecionados segundo critérios pré-estabelecidos. Os resultados mostram que os idosos alfabetizados sentem-se mais independentes, aumentam os vínculos de amizade, expõem mais ideias e tornam-se mais cientes de seus direitos, porém encontram desafios como falta de estímulo; inadequação do currículo e desrespeito por parte de algumas pessoas. No âmbito da psicologia escolar, por exemplo, um trabalho envolvendo os alunos pode ser proposto, usando a empatia e a importância de ouvir pessoas com uma extensa bagagem de experiências angariada nos anos de vida. 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

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ALFABETIZAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: UM ESTUDO SOBRE O PROCESSO DA APRENDIZAGEM TARDIA

MOREIRA, Terezinha FernandesFaculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM)

[email protected], Jacqueline

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM)

RESUMO: A perspectiva de vida da população brasileira tem aumentado nas últimas

décadas, tornando necessária a criação de políticas públicas e a adequação de

serviços para atender os indivíduos nessa faixa etária, como por exemplo, os

âmbitos da saúde e da educação. A presente pesquisa tem como objetivo identificar

os principais benefícios e dificuldades da alfabetização no desenvolvimento

psicológico da pessoa idosa, bem como refletir sobre as contribuições da psicologia

na superação dessas dificuldades. Foi realizada uma revisão integrativa sobre a

produção científica dos últimos dez anos a respeito da alfabetização de idosos, a

partir de 7 artigos selecionados segundo critérios pré-estabelecidos. Os resultados

mostram que os idosos alfabetizados sentem-se mais independentes, aumentam os

vínculos de amizade, expõem mais ideias e tornam-se mais cientes de seus direitos,

porém encontram desafios como falta de estímulo; inadequação do currículo e

desrespeito por parte de algumas pessoas. No âmbito da psicologia escolar, por

exemplo, um trabalho envolvendo os alunos pode ser proposto, usando a empatia e

a importância de ouvir pessoas com uma extensa bagagem de experiências

angariada nos anos de vida.

Palavras-chave: Alfabetização, idosos, Terceira Idade, Educação de Jovens e

Adultos, Educação Continuada

ABSTRACT: Brazilian population’s life expectancy has increased the last few

decades, and because of that, the creation of public policies and adjustment of

society aspects are necessary to provide for individuals in this age range, such as

health and education. This research aims to identify the main benefits and difficulties

of literacy in the psychological development of the elderly, as well as reflect upon the

contributions of Psychology in overcoming these hinderances. A systematic review

was made based on seven academic articles using criteria established previously.

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The results show that positively, literate elderly feel more independent, have their

friendship circles grow, expose their ideas and become more aware of their rights,

but at the same time they face obstacles such as lack of encouragement, lack of a

curriculum suited for their needs, and disrespect from people. In the field of school

Psychology, for example, a project involving the students can be made, harnessing

empathy and the importance to hearing people with an extensive array of

experiences earned throughout the years.

Keywords: Literacy, eldery, Third Age, Young-Adult Education, continued education

1. IntroduçãoMuitas pessoas na terceira idade que nunca frequentaram a escola e não

sabem ler e escrever já deixaram esse intento para trás. Outros, no entanto, ainda

mantêm esse objetivo. Alguns, por inúmeras razões (falta de oportunidade,

vergonha, dificuldade para se locomover, etc.), não se arriscam a procurar meios

para realizá-lo. Por isso, é necessário pensar e promover estratégias para que esse

direito seja concretizado, visto que o mesmo também incidirá sobre a autoestima e

qualidade de vida desses indivíduos.

Soares e Istoe (2015) apresentam diferentes informações sobre a sociedade

em relação ao envelhecimento populacional e alterações na distribuição etária. A

concepção da longevidade com qualidade de vida supõe a superação de

paradigmas como preconceitos, estigmas, e a concepção de que o envelhecimento

estaria vinculado à incapacidade, declínio e morte. Por isso, a educação contribui

para a formação crítica do idoso, para que ele se sinta ativo, com maior inserção

social, articulação, dignidade, respeito, e o cumprimento dos seus direitos. Ações

educativas para este público exigem estratégias estruturadas que atendam suas

especificidades.

Ainda de acordo com essas autoras, dados do IBGE de 2015 mostram que

até a década de 50, por conta das taxas de fecundidade de mais de 6 filhos por

mulher, a distribuição etária se assemelhava a uma pirâmide, com a base larga,

representando muitos jovens e crianças, e cume estreito, com poucos idosos. Por

isso, as políticas públicas estavam predominantemente direcionadas à saúde e

educação infantil. Todavia, a partir dos anos 2000, com a taxa de fecundidade

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abaixo de 2 filhos por mulher (WORLD BANK GROUP, 2020) e a longevidade

aumentada, espera-se que as políticas sociais estejam mais voltadas para adultos e

idosos.

A Constituição Federal de 1988 assegura como direito de todos e dever do

Estado a educação para o cidadão brasileiro, mas, de acordo com Oliveira, Moura e

Sousa (2018), sua efetivação ainda não é a realidade de minorias analfabetas,

especialmente entre pessoas idosas, pois isso requer investimentos em programas

de educação inclusiva, voltados para aprimorar habilidades de escrita e leitura na

norma culta padrão. O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741 de 1º de Outubro de 2003)

estabelece em seu capítulo 5, e em seu artigo 20 que “o idoso tem direito à

educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que

respeitem a sua peculiar condição de idade”. Destaca no artigo 21 que “o poder

público criará condições de acesso do idoso à educação, adequando currículos,

metodologias e material didático aos programas educacionais a eles destinados”.

A partir dessas políticas, pensa-se uma educação que possa ser oferecida

dentro das características que esse público idoso apresenta, tendo profissionais

preparados para recepciona-los, considerando algumas especificidades que podem

aparecer conforme o avanço da idade. Segundo Silva, Galdino e Colella (2015),

desde a meia-idade é possível verificar um declínio da cognição, o chamado

envelhecimento intelectual é complexo e acarreta ganhos e perdas. Na velhice

avançada, pode haver perda da atenção seletiva, memória episódica e operacional,

raciocínio abstrato, nomeação de objetos, fluência verbal, velocidade e

processamento de informações, mas também há a construção de novos saberes.

Sendo assim, adequar a alfabetização à terceira idade é uma missão desafiadora,

pois é preciso se afastar dos limites e criar mediações eficazes para o

desenvolvimento dos idosos. As escolas precisam se preparar para acolher essa

população, devendo contar com a ajuda de profissionais como o psicólogo, para a

adaptação do currículo, instrução do educador e elaboração de técnicas e

ferramentas.

A presente pesquisa intenciona conhecer e refletir sobre a produção científica

dos últimos dez anos a respeito da alfabetização de idosos. Como objetivos

específicos, busca identificar quais são os principais benefícios da alfabetização no

desenvolvimento psicológico da pessoa idosa de acordo com a literatura

selecionada, bem como identificar quais são as principais dificuldades na

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alfabetização de idosos segundo as publicações e refletir sobre as contribuições da

psicologia na superação dessas dificuldades.

2. DesenvolvimentoConforme Martins Filho (2017), o processo de ensino-aprendizagem necessita

de práticas pedagógicas que levem em consideração os contextos geográfico,

econômico, cultural, religioso, social e étnico. O professor alfabetizador de idosos

deverá mediar o acesso do idoso ao mundo da cultura grafocêntrica e, para isso,

deverá ter ampla compreensão do processo educativo em suas nuances. Na

pesquisa desses autores, os sujeitos enxergam a alfabetização não só como

domínio do código, mas como possibilidade e abertura de se viver o mundo de modo

mais enriquecedor, com capacidade para interpretar criticamente a realidade e

acionar novos sentidos.

Para Oliveira e Oliveira (2019), os estudos de Paulo Freire (Pedagogia da

Autonomia, 2004, e Educação como Prática para a Liberdade, 1999) apresentam

como base a educação popular e, através deles, houve uma revolução na maneira

de compreender a importância da alfabetização de jovens, adultos e idosos. Assim

sendo, as especificidades da Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem ser

consideradas e valorizadas, como um direito articulador e provedor da garantia de

diversos outros direitos. O olhar crítico é imprescindível, e trazer assuntos

relacionados ao cotidiano do alunado os ajuda a atribuir mais sentido às discussões.

Segundo Santos e Abreu Costa (2015), Paulo Freire nos conscientiza que a

educação libertadora só se dará através do diálogo, e também com a práxis, isto é, a

partir da interpretação da realidade da vida, que direciona um movimento de ação-

reflexão-ação. Desse modo, os discentes devem ser instigados a questionar, e não

simplesmente naturalizar as situações presenciadas. O papel do professor é

fundamental, transformador e construtivo, pois o mesmo orientará, mediará e

estimulará seus estudantes. O professor alfabetizador precisa ter conhecimento do

Sistema de Escrita Alfabética – SEA, estabelecendo uma intencionalidade nas

atividades. O aluno da EJA não é uma tabula rasa, mas alguém que alicerça

saberes. Portanto, há uma troca de conhecimentos entre professor-aluno-objeto de

conhecimento.

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O conceito de aprendizagem ao longo da vida está se tornando, na

estruturação das políticas públicas de educação, uma ideia de destaque, norteando

e formulando um novo aspecto na conformação e aplicação das avaliações dos

currículos e do próprio sentido da educação de modo geral. Esse enfoque quebra

uma visão estanque da educação, normalmente compartimentalizada em ciclos,

níveis, modalidades, etc., articulando a educação como um todo,

independentemente da idade, e de ser formal ou não. A partir de uma visão mais

holística, concebe-se que a educação se estabelece do nascimento até a morte, e é

sempre conectada à vida, às pessoas, à cidadania (GADOTTI, 2016).

Conforme a pesquisa realizada por Gadotti (2016), o analfabetismo

permanece fora da agenda política: é a política da desistência. Por causa desta

situação, 13 milhões de brasileiros podem continuar sem conseguir ler um livro pelo

resto da vida, e não serão apenas eles a perder, pois o Brasil perderá também 13

milhões de histórias que não empunharam caneta, lápis e papel para serem

registradas, o que empobrece o país.

Partindo das contribuições da psicanálise, Aranha (2007, APUD BIASUS,

2016) afirma que pensar na psicologia/funcionamento psíquico do idoso é averiguar

um conjunto de mecanismos e traços que intervém habitualmente no

envelhecimento, como perda da capacidade de sublimação, tendência ao

recolhimento narcísico e ao desinteressar-se pelo arredor, repressão para etapas

pré-genitais do desenvolvimento. Ou, ao contrário: atitudes de recusa, idealização

da infância. Lidar com as dificuldades dependerá do grau de autoestima,

maturidade, tolerância à frustração, capacidade de se envolver e investir em objetos

substitutivos. Aprender a ler e a escrever pode ser motivo estimulante para essas

pessoas.

Segundo Barroso et al (2018), o advento da terceira idade suscita uma

modificação da forma de olhar para o mundo, como se manter e se adaptar aos

relacionamentos sociais e familiares, e também como se relacionar consigo próprio.

Não podemos negar algumas mudanças que podem ser prejudiciais, como doenças

crônicas, incapacidades físicas ou psicológicas. Consequentemente, é fundamental

que as pessoas próximas e o próprio indivíduo procurem trabalhar a questão do

isolamento, busquem criar e manter vínculos, afastar a angústia generalizada, e

procurar atividades e companhias que o auxiliem no encontro de um sentido para a

vida, reforçando sua identidade, e afastando possíveis quadros depressivos.

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3. MetodologiaA metodologia desta pesquisa está voltada para a integração de informações

que foram publicadas sob a perspectiva de vários especialistas, em artigos

publicados em periódicos científicos.

Neste caso, será realizada uma revisão integrativa de literatura, um “método

que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema

ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente” (ERCOLE, MELO,

ALCOFORADO, 2014, p.1). Esta revisão tem como propósito sintetizar e destacar

um corpo diversificado de conhecimentos expressos a partir de estudos prévios. Não

há busca por evidências para se tomar uma decisão, tampouco objetiva-se a análise

quantitativa para se obter padrões, mas a partir das declarações encontradas,

construir uma interpretação pessoal a respeito do assunto.

3.1. Fontes de informaçãoA análise foi respaldada por artigos publicados em revistas científicas na

língua portuguesa nos últimos 10 anos. Abrangeram-se os artigos de metodologia

qualitativa, selecionados a partir das buscas efetivadas no portal de periódicos da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a CAPES. A coleta

de dados foi realizada no mês de agosto de 2020.

Incluiu-se artigos que abordassem o processo de alfabetização na terceira

idade, mais especificamente falando a respeito das mudanças de vida notadas pelos

idosos a partir do desenvolvimento das capacidades de leitura e escrita. Empregou-

se como descritores as palavras “alfabetização”, “idosos”, “educação continuada”,

“educação de jovens e adultos”, “terceira idade”, em conjunto e separadamente, por

exemplo: (alfabetizar* OR “educação continuada” OR “educação de jovens e

adultos”) AND (idosos* OR “terceira idade” OR “melhor idade”).

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Figura 1: Estágios do processo de seleção de estudosFonte: Autoria própria

No resultado da busca foram obtidos 505 artigos na primeira fase da

pesquisa, sendo que em seguida, na seleção por idioma (Língua Portuguesa),

período de tempo (2010 a 2020) e área de publicação, restringiu a busca a 15

trabalhos. Levando em consideração artigos indisponíveis em sua totalidade ou

duplicados, as pesquisas selecionadas decaíram para 12. Por fim, após leitura e

análise dos resumos, somente sete pesquisas permaneceram no rol para mais

aprofundada análise. No quadro 1 é possível verificar os artigos selecionados e os

códigos atribuídos para os fins desta investigação:

Quadro 1: Codificação das publicações

Código Autor(es) e ano Título

Artigo 1 Todaro; Guimarães

(2014)

As pessoas idosas e o processo de alfabetização:

Algumas implicações pedagógicas

Artigo 2 Peres (2012) A educação de jovens e adultos e o analfabetismo na

velhice

Artigo 3 Rodrigues; Arruda

(2014)

Educação na melhor idade

Artigo 4 Lucini; Santana

(2019)

Pedagogia decolonial e educação de jovens, adultos e

idosos no contexto de uma sociedade racializada

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Artigo 5 Costa (2011) O que se aprende além das letras

Artigo 6 Adamo; Esper;

Bastos (2017)

Universidade aberta para a terceira idade: o impacto da

educação continuada na qualidade de vida dos idosos

Artigo 7 Pereira; Oliveira

(2020)

Benefícios alcançados por adultos que retornam à

escola

Fonte: Autoria própria

4. Resultados e discussãoApós a seleção dos artigos, os mesmos foram categorizados de acordo com

benefícios e dificuldades encontradas. A Tabela 1 apresenta o ano em que foram

publicados:

Tabela 1: Percentual de publicações de acordo com anoAno Número de publicações Porcentagem

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2017 1 14,3%

2019 1 14,3%

2020 1 14,3%

Total 7 100%

Fonte: Autoria própria

4.1. Benefícios da alfabetizaçãoConforme as informações foram coletadas, foram construídas quatro

categorias a respeito dos benefícios alcançados pelos idosos a partir da

alfabetização: autonomia, autoestima, dignidade e integração social. A frequência

destes benefícios nos artigos publicados pode ser observada na Tabela 2, sendo

que um artigo pode se enquadrar em mais de uma categoria:

A seguir, discorreremos a respeito de cada categorias que norteia os objetivos

traçados nesta pesquisa sobre a alfabetização na terceira idade.

Tabela 2: Categorias de benefícios e sua frequência

Categoria Número de publicações Frequência (%)

Autoestima Artigo 3, Artigo 6, Artigo 7 42,8%

Autonomia Artigo 1, Artigo 4, Artigo 5, Artigo 7 57%

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Dignidade Artigo 1, Artigo 4, Artigo 5, Artigo 7 57%

Integração Social Artigo 4, Artigo 5, Artigo 6 42,8%

Fonte: Autoria própria

4.1.1. Benefício 1: AutoestimaA autoestima é concebida como “a imagem de si”, que habita a subjetividade

do sujeito, o que ele sente e pensa acerca de si mesmo e não o que o meio social

ou o outro imagina a respeito dele, exercendo, então, influência na relação do sujeito

com o ambiente em que faz parte. Na psicanálise é compreendida como “o tamanho

do ego”, que é aumentado a partir daquilo que o homem realiza ou detém. A

autoestima madura envolve uma imagem positiva de si (MACEDO; ANDRADE,

2012).

A respeito da autoestima, o Artigo 6 afirma que dentro do aprendizado de e

outras práticas sociais culturais e esportivas, as pessoas idosas se integram com

diferentes gerações, transmitem e adquirem novos conhecimentos, elevando esse

aspecto.

O Artigo 7 cita que a universalização do ensino fundamental e médio acaba

sendo uma via de reconhecimento de si, para que todos possam desenvolver sua

autoestima, possibilitando o exercício do pensar, a apropriação de conhecimentos

adquiridos para que as pessoas se tornem mais solidárias, tornando os países mais

autônomos e democráticos. Esta pesquisa supracitada frisa que a EJA também

incide em conhecimentos de melhoria para a saúde do indivíduo, relacionando a

autoestima com a conquista de racionalidade e poder, e com maiores possibilidades

de desenvolvimento. A autoestima, a qualidade de vida e o bem-estar social

aparecem como fatores que definem o que é saúde, para além da ausência de

doenças.

4.1.2. Benefício 2: AutonomiaDe acordo com Haeser, Buchele e Brzozowski (2011), a autonomia é tida

dentro da promoção de saúde como categoria central, ou seja, ser/estar

empoderado significa ser autônomo para fazer escolhas informadas. Ter autonomia

é se ordenar por si mesmo, condição pela qual a pessoa pretende poder escolher

através das leis que regem a conduta. É o inverso da heteronomia, em que as leis

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são recepcionadas de outrem. A construção da autonomia depende do sujeito e de

sua coletividade.

O Artigo 1, destaca que é possível ter domínio suficiente para acompanhar a

complexidade e velocidade do mundo contemporâneo no contexto da aprendizagem

continuada a partir da alfabetização, que confere a aprendizagem da escrita e leitura

com autonomia, portanto, amplia a condição de compreender linguagens, códigos e

símbolos. Já o Artigo 4 menciona a prática educativa que contribui para a autonomia

do ser, que passa a confiar mais em si mesmo, e conquista maior valorização

pessoal. A alfabetização altera projetos de vida, trazendo saberes geradores de

aprendizagem entre educadores e educandos, numa atitude de compartilhamento e

conscientização de que todos têm com o que contribuir. As pessoas passam a atuar

como agentes de transformação da realidade existente a partir dos conhecimentos

construídos.

No Artigo 5, os sujeitos entrevistados apontaram vantagens do processo de

alfabetização que influenciam diretamente na autonomia: uma delas confirmou que

consegue compreender melhor as ofertas de supermercado, ponderando o que vale

ou não a pena comprar. Outra participante afirmou que escreve o que ouve nas

reuniões da igreja que frequenta, assina o nome na lista de presença e também das

amigas que não quiseram estudar. Usa o telefone, pois agora reconhece os

numerais, e também escreve bilhetes para avisar a filha quando necessita sair. A

mesma pesquisa apresenta, ainda, uma alfabetizanda alegou que foi perdendo o

medo de se expor oralmente, e que está compreendendo coisas que antes tinha que

questionar. Uma delas disse que os filhos a zombavam porque ela falava errado e

ficava chateada com isso, e que frequentando a escola esse cenário mudou

bastante.

Já o Artigo 7 ressalta que a educação é um meio que leva o indivíduo à

reflexão, recuperando sua humanidade. A libertação para o oprimido. A partir do

letramento, os indivíduos adultos que regressaram à escola podem desenvolver

habilidades que transformam a sua vida, como o incremento da memória. Sentem-se

empoderados para participar ou perguntar algo em discussões com familiares e

amigos. Fazem novas amizades e muitos cogitam em seguir carreira ou ingressar

em um curso superior. Assim sendo, há uma melhora na autoconfiança, e mesmo na

esperança de seguir por novas perspectivas.

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Alguns indivíduos asseveraram que saem de casa mais confiantes. Uma

mulher conheceu mais pessoas, o que a ajudou no processo de luto do marido,

frisou que não fica mais em casa todo o tempo, sozinha, e que está se tornando

“mais sabida” (Artigo). Percebe-se, analisando os contextos e depoimentos, que

adquirir a habilidade de leitura e escrita permitiu mais do que independência no que

tange o domínio desses atributos, mas também maior socialização e uma criação de

redes de contato.

4.1.3. Benefício 3: DignidadeOs estudos de Frias e Lopes (2015) trazem a definição de dignidade humana,

a partir de três elementos: o valor intrínseco (inevitavelmente arbitrário), condições

exteriores (importante, no entanto incompleta), e a definição a partir de um atributo

adquirido (autonomia pessoal).

Sobre a categoria ‘dignidade’, o artigo 6 destaca que o envelhecimento ativo

advém de um equilíbrio biopsicossocial, com a integralidade do idoso em seu meio.

As políticas públicas devem focar na necessidade de projetos que favoreçam o

envelhecimento digno, enquanto o artigo 1 considera que a dignidade de cada um é

um imperativo ético, e não um fator que podemos ou não oferecer.

Segundo o Artigo 4, os elaboradores e executores da agenda propositiva de

redução de taxas de analfabetismo devem contar com um estado pleno de

consciência ético-crítica, articulando e fazendo dialogar com as diferenças num meio

de respeito, igualdade e legitimidade.

A respeito da definição de desenvolvimento humano, o Artigo 7 atesta que

viver uma vida decente, com liberdade, dignidade e liberdade, deve fazer parte de

viver uma vida longa e sã, ampliando as opções da pessoa, e contribuído também

para uma sociedade mais digna.

4.1.4. Benefício 4: Integração SocialConforme Ramos (2002), a integração social promove um sentido de

significado e propósito para a vida. Mede-se pela frequência e intensidade dos

contatos sociais, acontecendo por intermédio de um comprometimento, que as

pessoas têm com a ordem social, exercendo controle sobre o comportamento dos

indivíduos. Reforça um sentimento de pertencimento, influenciando positivamente na

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saúde dos indivíduos. Todavia, pode ter efeitos negativos, dependendo da qualidade

dos contatos.

De acordo com o Artigo 4, na década de 60, com Paulo Freire, pessoas de

comunidades em Sergipe, imbuídas de compromisso social, alfabetizavam adultos,

jovens e idosos, fora da estrutura escolar comum, em espaços alternativos,

valorizando e enaltecendo o entrecruzamento de saberes, dos espaços/tempos das

vivências e experiências além dos muros da sala de aula, conduzindo a um

conhecimento integral e integralizado. As universidades abertas para a Terceira

Idade (UNATI), apresentadas no Artigo 6, têm por objetivo oferecer opções para que

os idosos utilizem o tempo livre, de maneira a conhecer pessoas em atividades à

escolha deles.

A integração social se estreita a partir de um convite pessoal, como um aviso

ao final da missa, uma sugestão feita pela educadora, ou algum colega que já esteja

no processo de alfabetização. Grupos de amigos que se incentivam e, por

consequência, conforme começam a frequentar o ambiente de estudo, aumentam

ainda mais o círculo de conhecidos e possíveis amizades. Esses são fatores de

acolhimento, que favorecem a permanência dos estudantes até a conclusão do

período matriculado, sem contar que os vínculos criados podem se estender a

outros contextos.

4.2. Dificuldades da alfabetização

Tabela 3: Categorias de dificuldades e sua frequência

Categoria Número de publicações Frequência (%)

Situação socioeconômica Artigo 5 14,3%

Preconceitos Artigo 4 14,3%

Sentimentos Artigo 3 14,3%

Fonte: Autoria própria

4.2.1. Dificuldade 1: Situação socioeconômicaA falta de uma situação socioeconômica favorável, citada no Artigo 5, reduz

as chances de um envelhecimento digno, dificultando o acesso a serviços de saúde

e mesmo aos bancos escolares para aqueles que desejam.

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4.2.2. Dificuldade 2: Preconceito/falta de solidariedade intergeracionalOs autores do Artigo 4 enfatizam que a falta de solidariedade intergeracional

pode ser um percalço, pois no atual cenário da EJA há uma mistura de faixas

etárias, com empatia por parte de muitos, mas com zombaria de alguns jovens em

relação aos idosos, o que obviamente prejudica a integração social.

4.2.3. Dificuldade 3: Sentimentos que atravancam o processo de aprendizagem.

O Artigo 3 comenta sobre uma dificuldade enfrentada pelos descritos no

processo de alfabetização para idosos, que é a baixa autoestima apresentada por

alguns, o que desencadeia entraves na aprendizagem e a desistência das aulas

(evasão). Por exemplo, alguém que se queixa de esquecimento dos conteúdos

abordados nas aulas, que faz com que necessitem rever várias vezes um mesmo

texto ou pedir a mesma explicação, demorando a fazer ligação com as explanações

seguintes.

5. Considerações finaisA partir da leitura e reflexões desenvolvidas a respeito dos artigos

selecionados, averígua-se que a alfabetização, assim como a continuidade do

processo educacional na terceira idade, não somente contribui para o aprendizado

de conteúdos formais, mas sim, em diversos outros aspectos para esse público:

incremento da independência (autonomia), elevação da autoestima, reforço da

dignidade, expansão das relações sociais, sensação de conquista pelos próprios

esforços.

Dessa forma, há grandes possibilidades de interferir positivamente no

psicológico desses indivíduos, já que possibilita o reconhecimento de outras

capacidades, o compartilhamento de conteúdos de seus históricos de vida, a criação

e fortalecimento de vínculos de amizade; Um compromisso para consigo mesmos,

saindo da rotina que, por vezes, se instaura, pois muitos depois que se aposentam

ou se concentram sobremaneira por anos nos afazeres domésticos acabam por

perder a oportunidade de receber novos estímulos. 

Pelo lado negativo pode-se frisar a questão da falta de estrutura, oferta e

planejamento específico para o atendimento dessas pessoas, visto que as aulas

para estas requerem uma avaliação e implementação apurados e específicos para

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suas necessidades. Igualmente, as famílias e comunidades de maneira geral

também incentivar à volta aos bancos escolares, uma vida ativa, visando o bem

estar.

É crucial que imponham a frequência à escola como meta, superando

dificuldades como o cansaço natural da idade ou cuidado que despendem aos netos

por conta dos filhos que trabalham fora. Que o sonho desses que almejam aprender

seja alcançado, com o governo também oferecendo unidades de ensino próximas,

formação continuada para os docentes, recursos financeiros para a proposição de

práticas e compra de materiais. O Brasil sendo de fato um país de todos.

Durante a pesquisa houve um pouco de dificuldade para encontrar artigos

publicados que abordassem o assunto alfabetização na terceira idade. Fica,

portanto, a recomendação para novos estudos referentes ao campo, visto a sua

importância no contexto histórico-cultural.

6. Referências bibliográficas

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