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w^^wgjffifltfafBaWa*)" MmLmaWaâ\*aaaaaWBm * \ •- a. pJBJ£j BJPJ^BJB^^ B^al^H^al^al^B al^aiil^al^Hal^allI B^al^aB al^ail^al^B WÊÊ ^^a\\\I I ¦ RI 1111 p^H ^^Ê w^g ^H H ^i}..Hí^im^HIvl:'III ' \\\W IIB"BB BaB II BIÜÊm I I I Órgão do «Partido 'HepujBlicAiNO Constructor --¦ »-—»— —» * •'«•jajjp^a^ai^ Director Folítico AUGUSTO Vi l ANNO XIV ESPIRITO-SANTO-VICTORIA— Domingo, 5 de, Agosto de 1894 NUM. 3528 Fundado em 15 do Março dc 18tt2[correndo tumultuoso num leito de cascalhos por margens revolvidas q ue POR Moniz FpoíVo o Cloto Nunes ASSIGNATURAS CAPITALLOCALIDADES Anivi. . . . Semestre . Irimestre. 18*000 '9§000 5*000 Anno. . . . Semestre . Trimestre. 20$000 i0$000 5$000 ,.q\\ MEZ 5$Q00~FÓLI1A AVOLSA 200 RÉIS & ( :^M íÉÍéé Causa do out» tempo Cató^**" —^'Í(Í|S3 # V ¦4 Em viagem para aterra de meu pri- meiro empregojudiciário, depois que deixei os bancos acadêmicos da bru- mosa capital paulista, tive que per- noitar no arraial do Infeccionado- povoação algumas legoas distante de Ouro Preto. Eu trazia boas horas de marcha, n'um burrico trotão, pelos tortuosos caminhos mineiros, atravezde serras e campinas, debaixo da soalheira de um dia de Novembro. Foi pois, com a mais accentuada alegria que ouvi ao pagem a noticia de que a pequena torregretada pelo tempo, deprimi- tivaarchitetúrà colonial e que então surgia aos meus olhos, de entre um bosque verdenegro dc tamarineiros iolhudos, indicava a approximação do v yaso desejado. Em pouco tempo, com effcito, ap- pareceram as primeiras, habitações, e súbito, na volta de um barranco o pittoresco panorama do arraial se des- cortinuou com a única rua de peque- nas casas caiadas,com a igreja em cujo pateo de ladrilho brincavam crean- ças, com o cruzeiro suggestivamente plantado na collína próxima e agora nitidamente destacando-se sobre o céo límpido d3 uma tarde luminosa e calma. Debaixo do alpendre de uma venda a cujo balcão, debruçados, conversa- vam pausadamente caipiras, einqu- antocáfora pastava pelas ruas a tro- pa,ao conl.ínuo badalardos cinc?rros, apeamo-nos, atando o pagem as bes- tas nus argoías dc um moirão. Tinha chegado á hospedaria da ter- ra e onde me esperava todo o con- forto possível em tal sertão paraleni- tivo do corpo moido pelos solavancos intermináveis do animal viageiro. Uma porta no alpendre, ao lado das portas da venda, dava ingresso ao quarto que eu teria por aquella noite e em cuja penumbra eu percebi ao fundo, um vasto leito ant go, de Pia, com um colchão sem lençóes. ;m breve espaço, porém, estava a cama feta com alvos linhos de tecido grosso e esperava-me um banho te- piJo, cujo calor se evolava aromati- sado de aguardente. Foi com a melhor disposisao de espirito e com o mais solutar appetite que, em companhia do pagem, um velhrj camarada, pratico e de confi- anca, eu me sentei á mesa, posta n'uma sala interior que abria em ja- nellas para a paysagem alpestre de peneJias graniticas, em frente aos prato; de louça azul, chineza, onde fumegava uma tostada tarcha de lom- bo cheiroso e um mexido caracteris- tico dc couves picadas. _ Pois, dessa parcimônia culinária, bem me lembro,fez o mom -nto a mais prmcipesca refeição com que me te- nho banqueteudo : lombo tostado, c-uve mineira; a; depois, marme- lada de Lisboa, um copo de água cns- talina, café de sacco e mais, para o pagem, urna pouca de caninha... * Como tivesse de madrugar, logo que se fez noite completa dispunha- me a dormir e me recolhi de facto de- pois de um passeio no qual o acaso guiou meus passos para as proximi- Sales dc um regato dc águas escuras, \ denunciavam antigos trabalhos de mi- neração. Ao compi id) no largo leito de ta- lhapregostava eu as delicias de uma noitadade cansaço,nesses indefinidos momentos, de meia vida, que prece- dem o soTnno. Havia ainda algazarra na venda e, persistente, uma viola plangia uma cantilena monótona. Tudo constituía o ambiente plían- tasista do meu espirito, que, n'um meio somno me transportava aos mo- destos auditórios de minha futura co- marca, onde triumpbos me espera- vam e a minha carreira publica se abriria empromettedora apoteose de aurora....--W'.-', Croio que esse devanear opfcimista chegou a ser sonho. A cessação da algazarra, peloechoar sinistro do re- logio da 'greja, me despertou. Ape- nas viola, persistente, plangia ainda a cantilena monótona. Agora, porém, havia junto de-mi- nha porta, no alpendre, uma voz des- tacada que contava, com vagar, n'um rosário interminável, alguma coisa que deveria ser um a historia, interes- sante, por certo, pelo attento silencio com que era ouvida. Aquillo me prendeu a attenção. Eu não podia ouvira narração con- ti nua e apenas percebia uma outra palavra do narrador nocturno. O cs- forço porém, afugentou-me o semno. Nào sei que tempo se passou. A^voz por flm calou-se, confundin. do-se tudo no quieto sussurro de mil vozes que forma a silenciosa placidez da noite nos campos. E ouvi, então perfeitamente a voz do meu pagem perguntar:*" —"E do Gongo-Velho, que sabe você, paeJoaquim?... A estas palavras taes ergui-me do leito. Tomei a roupa e abria porta do quarto. Havia a um canto do alpendre um pequeno grupo,sentadosalgunsn/um banco ao longo da parede, estendi- dos outr s pelo chão. Álumnava a scena uma simples candeia de azeite, fumegante, prendi- da a um esteio do teltjeirp. Pedi que se não desconcertassem á minha chegada; apenas desejava ser tombem da companhia, e apro- veitar a minha noite de somno per- dido, ouvindo as historias de. quem as estava cDntando. —Cousas de outro tempo, nho-rno? ço" pronunciou, n'um riso acapha- do, um velho africano que deveria ser centenário a julgar-se pela cara- pinha cinzeta que lhe envolvia a ca- beca e lhe cob-iia o mérito de acõen- tuado prognatismo: "Cousas .de ou- tro tempo": —Pois terei muito \T\zex de ou- vil-as se você quizer str tão bom que m'as conte, disse. E ! nhô-moço... Preto tem meia língua. Nho-moço n3b ha de enten- der meia língua de pr-to. As historias de que me lembro ainda em minha 1- dade sei contar aos companheiros que me podem entender.S* # —Pois conte aos seus companhei- ros. Serei também um delles por ai- «Vumas horasv Conte a historia do G.n g°—Do Gongo-Velho,atalhou o meu camarada. -Sim, do Gongo-Velho, repeti, a- proximando-me do narrador e to- mando ass nto no banco." Oafricano,comarcontrafcito,n um meio riso, picava com uma faca de ponta um-pedaço dc fumo torcido, para uma comprida palha de milho que tinha presa atraz da orelha. Os outros companheiras dispuze- ram-se a ouvir e eu então percebi que dormia a um lado, resomnando, re- costado á parede um caipira tendo sobre as pernas estendidas, cahida a viola, muda, que nào mais plnngia a cantilena monótona..; -v' O Gongo-Velho".?. começou o africano," apertando ço|ri a_ unha grossa o fogo do comprido cigarr «, ha pouco acceso. "O Gòiígo-Velho - tem uma triste historia... JEü mesmo não sei se a devo contar eíji hora^âo adiantada. Isto deve ir- roçando pela. meia noite ehadefunítos nahis- toria do Gongo-Velho... ' Neste instante, como a desfazer os escrúpulos do africano supersticiosos o reogio da torre disse-lhe soturnal- mente que eram onze hfras,apertas... Sumido que foi o echo da ultima badalada o africano dispoz-se e com singela vivacidade contòii-nos n'um colorido original a historia extraor- dinaria cujos traços gerais inda côn- servo indeléveis no. espirito. —Pois bem: lá... disse, n'um suspiro. "£' de ouvido qüe conto, porque não é de meu temfjo que és- tas coisas que vou contar,? se passa- ram. Mas dellâs sei por ifliudo, que de minha mãe as ou vi, um |em. num - ro de vezes, por serões. Gongo-Velho se chamava noutro tempo um pequeno çorrejgo que ja desaguar no Ria das Montes. Hoje tem outro nome, que o corpçào man- da calar para que se não sa;ba aacer» to o lugar deste drama, onde tanta lagrima de captivp foi vertida... Corria elle pelas terras (de dois ir- mãos, que um dia chegaram rei- no,com uma cadeia de cscjravos c ahi se estabeleceram, n'um viver tão so- litario e recolhido que não parecia de humana creatura. Era de muito ouro toda a redon- deza e Gongo-Velho se ficou char mando toda a terra dos dois irmãos recemviqdos, Foram de rude labor os annos que se sucçederam. Minerava-se no Gon- go Velho Còm verdadeira fúria de a- montoar thesouros. E sobre a che^a- dados moços portuguezes muítos anros se' passaram. Nunc i ninguém soube da vida dei- les, também nunca se soube que ei- les"semettessem com a vida dos ou- tros. Apenas fóra,aquém dos mu- ros do retiro, verdadeiro presidio, transpirarão certos rnmores de sce- nas horrorosas de perversidade, nar- rações assombrosas de bárbaros cas- tigc&a que re pugnava ao espirito maisembrutecido dar credito por in- teiro. "Deveria naturalmente haver exa- gero naquilo", era o que se pensava. Dura, porem corria , a existência do captivo nas lavras do Gongo-Velho. Ao certo, o que se passava ninguém o sabia,mesmo porque, quando ai- gum desgraçadoconseguia.furtandò- se á severa vigilância dos algozes, e- vadir-se, pfocuraraziló em para- gens bem distante* daquelles valles, Cujas quebradas rcpetiâo o echo do- loroso dos soluços de agonia "dos seus irmãos de infortúnio. E os dois moços do reino çnvelhe- ceram.%: Tinham um capataz de confiança, portuguezcomo elles que conduzia a tropa de ouro á Villa Rica Ningu im mais sahjado retiro, e ninguém mais entrava nelle senão o capataz, de vol- ta, trazendo, as mais das vezes, novo contigente de pretos, reforço para a escravatura. Mas atèentão o Gongo-Vclho nào ;tinha historia. iam bem adiantados em annos os dois irmãos quando se deram os suecessos que se tornaram celebres as lavras do Gongo-Vellio. O prin- cipio do episódio ninguém o sabe ao certo,pois não restou um só, de tan- itos, para trazel-o ao mundo. O que se sabe é que uma tarde,quasi á noi- te, os captivos se rebellaram.e num sitio afastado, onde se achavam, de- pois do trabalho do dia, antes de re- colheremá casa,em uma rcacçào de energia que se manifestou numa ex- plosào canibal, aggrediram um dos senhores, oque de costume feitorava loserviçi, lançaram-no por terra o estraçalharam-lhe o corpo com uma gana desenfreada de carnívoros resfo- meados.Çonsummado o crime, o bando re- volto veio, em marcha célere, pelo ca- minho de casa, e, a mesma fila paci- fica de captivos que todas as noites se recolhia á senzala numa passiva sub- missão dc animaes domesticados, en- trou os terreiros murados da fazenda como uma horda selvagem, aos ber- ros agitando no ar-os instrumentos do trabalho, tintos agora do sangue do senhor. , Âooutro fazendeiro que estava em frente da ca^n a espera da gen e, se desvendou em um instante ,a signifi- cdção daquelle imcomparavel acto de insúbordipação. E a falta do companheiro lfíe de- nuncióu logo a certeza do que se ha- via passado. * Num impeto de heroísmo, porem o velho portuguez precipitou-se com os punhos cerrados,ao encontro do ban- amotinado e uma explosão de a- pòstrophes violenta-*,conseguiu num morriento dominar o espirito rebel1 ladòdos captiv s.\ Ao bando revolto de ha pouco tor- nou a qu'eta passividade submissa qüe lhe constituía o fundo do cara- cter, e ao assomo de enérgico atrevi- mento do senhor os escravos perde- ram de novo a liberdade de acção em que se haviam conseguido abroque- lar algum tempo. * Restituida a ordem, os captivos se recolheram ásenzala numa muda pro- cissâo de penitentes. Ao outro dia fo"am. levadas p:l¦> Capataz, para o serviço em logar op- posto aquelle em que haviam estado na vtspera e onde deviam jazer os despejos dp velho infeliz qu« havia sido victimado por um acto talvez de justa vjndieta. Conta-<e que o 'r não, rolitar'o e em lagrimas, se dirigira em busca do ignorado local da scena sanguinária eo tendo encontrado afinal, piid jsa- mente recolhera todos os' destroços do corpo do irmão assassinado e os sepultara em cova aberta com as suas próprias mãojü .. Alguns dias se passaram depois destes acontecimentos sem que nada de extraordinário oceorresse. Uma tardeVtendo chegado a gente das lavras o senhor em pessoa foi pre- sídir á distribuição do rancho. Appa- receu com ar prarenteiro, até então desconhecido nelle. ¦ —"Nào sabia porque naquella noi- te sentia n'a)ma uma alegria immen- sa"... disse, que ia que todos co- messem bastante e foi de melhor qualidade éfartacomida que se se; vio. Feita a distribuição os captivos se repartiram em grupos, e o fazendeiro triumphante esfregava as mãos cabel- judas, por entre os grupos de escra- vos que sorprezos mastigavam cala- dos. A um canto o capataz,com o queixo apoiado no alto cabo rebenque de couro, olhava espantado, para o amo, pensando que por certo a loucura lhe havia transtornado o espirito, tão in- çomprehensivel achava aquelle pro- cedimento extraordinário. Terminada a refeição o próprio fa- zendeiro, tomando ao capataz as grossas chaves que trazia á cinta,abrio à porta da senzala e assistio á entrada hunvldedos captivos que, todos, um por um, creanças e velhos, elevando supplicemente as negras mãos calosas iam tomando a bençào com um gru- nhido inintelligivel e triste. Depois que o ultimo escravo entrou o velho torceu a fechadura a chave ferrugenta, atirou p*ara o meio do terreiro o masso das chaves e encos- tando uma escada ao alto muro ma- cissO, de taipa, do fúnebre dormitório galgou-lhe os degráos e trepando á comieira abrio um buraco no sapo j bue formava a coberta. Seus olhos então se-mergulharam pelo vácuo enorme e soturno, da hor- renda habitação poiro illuminada pôr algumas candeias de azeite prezas á parede, sem reboco. Na meia claridade da senzala per- cebía-se no chão como um tumultuar sinistroj de vermes. Ein um e o .tro ponto iam ja brilhando as labaredas de pequenas fogueiras dc cavaco e lenha secca. Mais acostumado aquelle ambiente ó fazendeiro distinguiu agora bem os corpos dos captivos, acomodanclo-se pelo chão, numa promiscuidade in- dceorosa, velhos e creanças, homens c mulheres. De repente um grito lancinante quebrou a monotonia morna daquelle sepulchro repulsivo. Todos voltaram-se para o lado de um infeliz que tendo desdobrado, de um salto, a estatura hercúlea na meia sombra da senzala, extorcia-se agora n'umas.contonpes horrorosas, deses- peradamente agitando-se, rastros, como a querer mettêr-se pelo chão a dentro. 'Súbito out -o grito,ma's otitre; outro ainda, e em alguns momentos uma vozeria infernal, que abalava os ali- cercos da casa, que estremecia tudo, elevava-se do interior da senzala em cujo chão negro, numa desesperada convulsão infernal, agitavam-se, rc- volviam-se centenas cie mjseraveis, presos de uma agonia, Indescriptivel, numa'dança macabra*" nunca vista, numa horrível communhão de soffri- mento que_ diflici'mente poderia ser concebida pe!o delirio de uma imaginação aljucinada para exempla" tortura e castigo dos mais detestáveis reprobos humanos. E toda a agitação tumultuaria e do- brosa f >i pouco a pouco se amainan- do e se confundindo no mesmo inde- ' finivel resfol?gar, soluçado c tremulo que mais e mais se apagava até que tudo se converteu na sèpülchrál quie- tude de um silencio de morte. Sem comprehcnder o que seria aquillo o capataz colava o ouvido a porta da senzala e mergulhava o olhar curioso pulo estreito orifeioda fecha- dura. Tinha medo de haver acertado com a verdadeira significação das scenas cuja vista ãquòllas paredes de cárcere lhe estavam interceptando.1 Clicando vio que tudo tinha termi- nado lembrou-se do velho fazendeiro que jazia ainda estendido sobre a palha da coberta, com a cabeça mer- gulhada pela abertura feita, em uma attenciosa e immovel contemplação sinistra. O capataz chamou por elle; como não respoivlesse, sábio também a es- cada; chamou de novo, sacudio-lhe o corpo; estava rijo, inanimado, morto, com as orbitas horrendamente esbu- galhadas. com as pupillas a lhe salta- rem do rosto, as pupillas -apagadas agora, mas cujo espe ho deveria ago- ra guardar ainda o reflexo de tanta agonia afflictiva, o desespero de tanto soffrimento angustioso... " Aqui acaba a historia do Gongo- Velho", continuou o africano depois de uma pausa. " Bem lhes dizia que não era própria de ser contada a ho- ras tão assombradas? pois isso deve ir roçando pela meia noite e é de defuntos a historia do Gongo-Ve- lhe"... Calou-se o preto. O relógio da torre da egreja come- çou sinistramente a badalar a hora 'unebre das almas penadas, e um vento sussurrante arrepiava com um frêmito as folhagens do arvoredo. Então ergueu-se o velho narrador c d''sse aos companheiros com piedosa intonaçâo na voz;

Vi l ANNO XIV ESPIRITO-SANTO-VICTORIA— Domingo, 5 de ...memoria.bn.br/pdf/229644/per229644_1894_03528.pdf · beca e lhe cob-iia o mérito de acõen-tuado prognatismo: "Cousas .de

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Órgão do «Partido 'HepujBlicAiNO Constructor--¦ »-—»— —»* •'«•jajjp^a^ai^

Director Folítico AUGUSTOVi l

ANNO XIV ESPIRITO-SANTO-VICTORIA— Domingo, 5 de, Agosto de 1894 NUM. 3528

Fundado em 15 do Março dc 18tt2[correndo tumultuoso num leito decascalhos por margens revolvidas q uePOR

Moniz FpoíVo o Cloto Nunes

ASSIGNATURASCAPITAL LOCALIDADES

Anivi. . . .Semestre .Irimestre.

18*000'9§000

5*000

Anno. . . .Semestre .Trimestre.

20$000i0$0005$000

,.q\\ MEZ 5$Q00~FÓLI1A AVOLSA 200 RÉIS

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Causa do out» tempoCató^**" —^'Í(Í|S3

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V

¦4

Em viagem para aterra de meu pri-meiro empregojudiciário, depois quedeixei os bancos acadêmicos da bru-mosa capital paulista, tive que per-noitar no arraial do Infeccionado-povoação algumas legoas distante deOuro Preto.

Eu trazia boas horas de marcha,n'um burrico trotão, pelos tortuososcaminhos mineiros, atravezde serrase campinas, debaixo da soalheira deum dia de Novembro. Foi pois, coma mais accentuada alegria que ouvi aopagem a noticia de que a pequenatorregretada pelo tempo, deprimi-tivaarchitetúrà colonial e que entãosurgia aos meus olhos, de entre umbosque verdenegro dc tamarineirosiolhudos, indicava a approximação dov

yaso desejado.Em pouco tempo, com effcito, ap-

pareceram as primeiras, habitações, esúbito, na volta de um barranco opittoresco panorama do arraial se des-cortinuou com a única rua de peque-nas casas caiadas,com a igreja em cujopateo de ladrilho brincavam crean-ças, com o cruzeiro suggestivamenteplantado na collína próxima e agoranitidamente destacando-se sobre océo límpido d3 uma tarde luminosa ecalma.

Debaixo do alpendre de uma vendaa cujo balcão, debruçados, conversa-vam pausadamente caipiras, einqu-antocáfora pastava pelas ruas a tro-pa,ao conl.ínuo badalardos cinc?rros,apeamo-nos, atando o pagem as bes-tas nus argoías dc um moirão.

Tinha chegado á hospedaria da ter-ra e onde me esperava todo o con-forto possível em tal sertão paraleni-tivo do corpo moido pelos solavancosintermináveis do animal viageiro.

Uma porta no alpendre, ao ladodas portas da venda, dava ingressoao quarto que eu teria por aquellanoite e em cuja penumbra eu percebiao fundo, um vasto leito ant go, dePia, com um colchão sem lençóes.;m breve espaço, porém, estava a

cama feta com alvos linhos de tecidogrosso e esperava-me um banho te-piJo, cujo calor se evolava aromati-sado de aguardente.

Foi com a melhor disposisao deespirito e com o mais solutar appetiteque, em companhia do pagem, umvelhrj camarada, pratico e de confi-anca, eu me sentei á mesa, postan'uma sala interior que abria em ja-nellas para a paysagem alpestre depeneJias graniticas, em frente aosprato; de louça azul, chineza, ondefumegava uma tostada tarcha de lom-bo cheiroso e um mexido caracteris-tico dc couves picadas. _

Pois, dessa parcimônia culinária,bem me lembro,fez o mom -nto a maisprmcipesca refeição com que me te-nho banqueteudo : — lombo tostado,c-uve mineira; a; depois, marme-lada de Lisboa, um copo de água cns-talina, café de sacco e mais, para opagem, urna pouca de caninha...

*

Como tivesse de madrugar, logoque se fez noite completa dispunha-me a dormir e me recolhi de facto de-pois de um passeio no qual o acasoguiou meus passos para as proximi-Sales dc um regato dc águas escuras, \

denunciavam antigos trabalhos de mi-neração.

Ao compi id) no largo leito de ta-lhapregostava eu as delicias de umanoitadade cansaço,nesses indefinidosmomentos, de meia vida, que prece-dem o soTnno. Havia ainda algazarrana venda e, persistente, uma violaplangia uma cantilena monótona.

Tudo constituía o ambiente plían-tasista do meu espirito, que, n'ummeio somno me transportava aos mo-destos auditórios de minha futura co-marca, onde triumpbos me espera-vam e a minha carreira publica seabriria empromettedora apoteose deaurora... .--W'.-',

Croio que esse devanear opfcimistachegou a ser sonho. A cessação daalgazarra, peloechoar sinistro do re-logio da 'greja, me despertou. Ape-nas viola, persistente, plangia aindaa cantilena monótona.

Agora, porém, havia junto de-mi-nha porta, no alpendre, uma voz des-tacada que contava, com vagar, n'umrosário interminável, alguma coisaque deveria ser um a historia, interes-sante, por certo, pelo attento silenciocom que era ouvida.

Aquillo me prendeu a attenção.Eu não podia ouvira narração con-

ti nua e apenas percebia uma outrapalavra do narrador nocturno. O cs-forço porém, afugentou-me o semno.Nào sei que tempo se passou.

A^voz por flm calou-se, confundin.do-se tudo no quieto sussurro de milvozes que forma a silenciosa placidezda noite nos campos. E ouvi, entãoperfeitamente a voz do meu pagemperguntar:*"

—"E do Gongo-Velho, que sabevocê, paeJoaquim?...

A estas palavras taes ergui-me doleito. Tomei a roupa e abria porta doquarto.

Havia a um canto do alpendre umpequeno grupo,sentadosalgunsn/umbanco ao longo da parede, estendi-dos outr s pelo chão.

Álumnava a scena uma simplescandeia de azeite, fumegante, prendi-da a um esteio do teltjeirp.

Pedi que se não desconcertassemá minha chegada; apenas desejavaser tombem da companhia, e apro-veitar a minha noite de somno per-dido, ouvindo as historias de. quemas estava cDntando.

—Cousas de outro tempo, nho-rno?ço" pronunciou, n'um riso acapha-do, um velho africano que deveriaser centenário a julgar-se pela cara-pinha cinzeta que lhe envolvia a ca-beca e lhe cob-iia o mérito de acõen-tuado prognatismo:

"Cousas .de ou-tro tempo":

—Pois terei muito \T\zex de ou-vil-as se você quizer str tão bom quem'as conte, disse.

E ! nhô-moço... Preto tò tem meialíngua. Nho-moço n3b ha de enten-der meia língua de pr-to. As historiasde que me lembro ainda em minha 1-dade só sei contar aos companheirosque me podem entender. S* #

—Pois conte aos seus companhei-ros. Serei também um delles por ai-«Vumas horasv Conte a historia do G.n

g°—Do Gongo-Velho,atalhou o meucamarada.

-Sim, do Gongo-Velho, repeti, a-

proximando-me do narrador e to-mando ass nto no banco. "

Oafricano,comarcontrafcito,n ummeio riso, picava com uma faca de

ponta um-pedaço dc fumo torcido,para uma comprida palha de milhoque tinha presa atraz da orelha.

Os outros companheiras dispuze-ram-se a ouvir e eu então percebi quedormia a um lado, resomnando, re-costado á parede um caipira tendosobre as pernas estendidas, cahida aviola, muda, que nào mais plnngia acantilena monótona..;

-v' O Gongo-Velho".?. começouo africano," apertando ço|ri a_ unhagrossa o fogo do comprido cigarr «,ha pouco acceso. "O Gòiígo-Velho -tem uma triste historia... JEü mesmonão sei se a devo contar eíji hora^âoadiantada. Isto jà deve ir- roçandopela. meia noite ehadefunítos nahis-toria do Gongo-Velho... '

Neste instante, como a desfazer osescrúpulos do africano supersticiososo reogio da torre disse-lhe soturnal-mente que eram onze hfras,apertas...

Sumido que foi o echo da ultimabadalada o africano dispoz-se e comsingela vivacidade contòii-nos n'umcolorido original a historia extraor-dinaria cujos traços gerais inda côn-servo indeléveis no. espirito.

—Pois bem: vá lá... disse, n'umsuspiro. "£' de ouvido qüe conto,porque não é de meu temfjo que és-tas coisas que vou contar,? se passa-ram. Mas dellâs sei por ifliudo, quede minha mãe as ou vi, um |em. num -ro de vezes, por serões.

Gongo-Velho se chamava noutrotempo um pequeno çorrejgo que jadesaguar no Ria das Montes. Hojetem outro nome, que o corpçào man-da calar para que se não sa;ba aacer»to o lugar deste drama, onde tantalagrima de captivp foi vertida...

Corria elle pelas terras (de dois ir-mãos, que um dia chegaram dò rei-no,com uma cadeia de cscjravos c ahise estabeleceram, n'um viver tão so-litario e recolhido que não parecia dehumana creatura.

Era de muito ouro toda a redon-deza e Gongo-Velho se ficou charmando toda a terra dos dois irmãosrecemviqdos,

Foram de rude labor os annos quese sucçederam. Minerava-se no Gon-go Velho Còm verdadeira fúria de a-montoar thesouros. E sobre a che^a-dados moços portuguezes muítosanros se' passaram.

Nunc i ninguém soube da vida dei-les, também nunca se soube que ei-les"semettessem com a vida dos ou-tros. Apenas cá fóra,aquém dos mu-ros do retiro, verdadeiro presidio,transpirarão certos rnmores de sce-nas horrorosas de perversidade, nar-rações assombrosas de bárbaros cas-tigc&a que re pugnava ao espiritomaisembrutecido dar credito por in-teiro.

"Deveria naturalmente haver exa-gero naquilo", era o que se pensava.Dura, porem corria , a existência docaptivo nas lavras do Gongo-Velho.Ao certo, o que se passava ninguémo sabia,mesmo porque, quando ai-gum desgraçadoconseguia.furtandò-se á severa vigilância dos algozes, e-vadir-se, ià pfocuraraziló em para-gens bem distante* daquelles valles,Cujas quebradas rcpetiâo o echo do-loroso dos soluços de agonia "dos seusirmãos de infortúnio.

E os dois moços do reino çnvelhe-ceram. %:

Tinham um capataz de confiança,portuguezcomo elles que conduziaa tropa de ouro á Villa Rica Ningu immais sahjado retiro, e ninguém maisentrava nelle senão o capataz, de vol-ta, trazendo, as mais das vezes, novocontigente de pretos, reforço para aescravatura.

Mas atèentão o Gongo-Vclho nào;tinha historia.

Já iam bem adiantados em annosos dois irmãos quando se deram ossuecessos que se tornaram celebresas lavras do Gongo-Vellio. O prin-cipio do episódio ninguém o sabe aocerto,pois não restou um só, de tan-itos, para trazel-o ao mundo. O quese sabe é que uma tarde,quasi á noi-te, os captivos se rebellaram.e numsitio afastado, onde se achavam, de-pois do trabalho do dia, antes de re-colheremá casa,em uma rcacçào deenergia que se manifestou numa ex-plosào canibal, aggrediram um dossenhores, oque de costume feitorava

loserviçi, lançaram-no por terra o

estraçalharam-lhe o corpo com umagana desenfreada de carnívoros resfo-meados. •

Çonsummado o crime, o bando re-volto veio, em marcha célere, pelo ca-minho de casa, e, a mesma fila paci-fica de captivos que todas as noites serecolhia á senzala numa passiva sub-missão dc animaes domesticados, en-trou os terreiros murados da fazendacomo uma horda selvagem, aos ber-ros agitando no ar-os instrumentosdo trabalho, tintos agora do sanguedo senhor.

, Âooutro fazendeiro que estava emfrente da ca^n a espera da gen e, sedesvendou em um instante ,a signifi-cdção daquelle imcomparavel acto deinsúbordipação.

E a falta do companheiro lfíe de-nuncióu logo a certeza do que se ha-via passado. *

Num impeto de heroísmo, porem ovelho portuguez precipitou-se com ospunhos cerrados,ao encontro do ban-dò amotinado e uma explosão de a-pòstrophes violenta-*,conseguiu nummorriento dominar o espirito rebel1ladòdos captiv s. \

Ao bando revolto de ha pouco tor-nou a qu'eta passividade submissaqüe lhe constituía o fundo do cara-cter, e ao assomo de enérgico atrevi-mento do senhor os escravos perde-ram de novo a liberdade de acção emque se haviam conseguido abroque-lar algum tempo. *

Restituida a ordem, os captivos serecolheram ásenzala numa muda pro-cissâo de penitentes.

Ao outro dia fo"am. levadas p:l¦>Capataz, para o serviço em logar op-posto aquelle em que haviam estadona vtspera e onde deviam jazer osdespejos dp velho infeliz qu« haviasido victimado por um acto talvez dejusta vjndieta.

Conta-<e que o 'r não, rolitar'o e

em lagrimas, se dirigira em busca doignorado local da scena sanguináriaeo tendo encontrado afinal, piid jsa-mente recolhera todos os' destroçosdo corpo do irmão assassinado e ossepultara em cova aberta com as suaspróprias mãojü ..

Alguns dias se passaram depoisdestes acontecimentos sem que nadade extraordinário oceorresse.

Uma tardeVtendo chegado a gentedas lavras o senhor em pessoa foi pre-sídir á distribuição do rancho. Appa-receu com ar prarenteiro, até entãodesconhecido nelle.

¦ —"Nào sabia porque naquella noi-te sentia n'a)ma uma alegria immen-sa"... disse, que ia que todos co-messem bastante e foi de melhorqualidade éfartacomida que se se; vio.

Feita a distribuição os captivos serepartiram em grupos, e o fazendeirotriumphante esfregava as mãos cabel-judas, por entre os grupos de escra-vos que sorprezos mastigavam cala-dos.

A um canto o capataz,com o queixoapoiado no alto cabo dó rebenque decouro, olhava espantado, para o amo,pensando que por certo a loucura lhehavia transtornado o espirito, tão in-çomprehensivel achava aquelle pro-cedimento extraordinário.

Terminada a refeição o próprio fa-zendeiro, tomando ao capataz asgrossas chaves que trazia á cinta,abrioà porta da senzala e assistio á entradahunvldedos captivos que, todos, umpor um, creanças e velhos, elevandosupplicemente as negras mãos calosasiam tomando a bençào com um gru-nhido inintelligivel e triste.

Depois que o ultimo escravo entrouo velho torceu a fechadura a chaveferrugenta, atirou p*ara o meio doterreiro o masso das chaves e encos-tando uma escada ao alto muro ma-cissO, de taipa, do fúnebre dormitóriogalgou-lhe os degráos e trepando ácomieira abrio um buraco no sapo

j bue formava a coberta.

Seus olhos então se-mergulharampelo vácuo enorme e soturno, da hor-renda habitação poiro illuminadapôr algumas candeias de azeite prezasá parede, sem reboco.

Na meia claridade da senzala per-cebía-se no chão como um tumultuarsinistroj de vermes. Ein um e o .troponto iam ja brilhando as labaredasde pequenas fogueiras dc cavaco elenha secca.

Mais acostumado aquelle ambienteó fazendeiro distinguiu agora bem oscorpos dos captivos, acomodanclo-sepelo chão, numa promiscuidade in-dceorosa, velhos e creanças, homensc mulheres.

De repente um grito lancinantequebrou a monotonia morna daquellesepulchro repulsivo.

Todos voltaram-se para o lado deum infeliz que tendo desdobrado, deum salto, a estatura hercúlea na meiasombra da senzala, extorcia-se agoran'umas.contonpes horrorosas, deses-peradamente agitando-se, dé rastros,como a querer mettêr-se pelo chão adentro.

'Súbito out -o grito,ma's otitre; outroainda, e em alguns momentos umavozeria infernal, que abalava os ali-cercos da casa, que estremecia tudo,elevava-se do interior da senzala emcujo chão negro, numa desesperadaconvulsão infernal, agitavam-se, rc-volviam-se centenas cie mjseraveis,presos de uma agonia, Indescriptivel,numa'dança macabra*" nunca vista,numa horrível communhão de soffri-mento que_ só diflici'mente poderiaser concebida pe!o delirio de umaimaginação aljucinada para exempla"tortura e castigo dos mais detestáveisreprobos humanos.

E toda a agitação tumultuaria e do-brosa f >i pouco a pouco se amainan-do e se confundindo no mesmo inde- 'finivel resfol?gar, soluçado c tremuloque mais e mais se apagava até quetudo se converteu na sèpülchrál quie-tude de um silencio de morte.

Sem comprehcnder o que seriaaquillo o capataz colava o ouvido aporta da senzala e mergulhava o olharcurioso pulo estreito orifeioda fecha-dura. Tinha medo de haver acertadocom a verdadeira significação dasscenas cuja vista ãquòllas paredes decárcere lhe estavam interceptando.1

Clicando vio que tudo tinha termi-nado lembrou-se do velho fazendeiroque lá jazia ainda estendido sobre apalha da coberta, com a cabeça mer-gulhada pela abertura feita, em umaattenciosa e immovel contemplaçãosinistra.

O capataz chamou por elle; comonão respoivlesse, sábio também a es-cada; chamou de novo, sacudio-lhe ocorpo; estava rijo, inanimado, morto,com as orbitas horrendamente esbu-galhadas. com as pupillas a lhe salta-rem do rosto, as pupillas -apagadasagora, mas cujo espe ho deveria ago-ra guardar ainda o reflexo de tantaagonia afflictiva, o desespero de tantosoffrimento angustioso...

" Aqui acaba a historia do Gongo-Velho", continuou o africano depoisde uma pausa. " Bem lhes dizia quenão era própria de ser contada a ho-ras tão assombradas? pois isso jà deveir roçando pela meia noite e é só dedefuntos a historia do Gongo-Ve-lhe"...

Calou-se o preto.O relógio da torre da egreja come-

çou sinistramente a badalar a hora'unebre das almas penadas, e umvento sussurrante arrepiava com umfrêmito as folhagens do arvoredo.

Então ergueu-se o velho narradorc d''sse aos companheiros com piedosaintonaçâo na voz;

:'".••<*;- ¦'

a

-*."*1'

2

—Façamos oração, meus câmara-'das,

para que seja aliviado em sai

penar sem fim o triste velho matador,cuja alma sem descanço deve áftdar

por estas horas lugubres, adejandonas proximidades do sitio assignala-do portão extraordinário episódio ...

E, persignando-se, voltou á prirni-tiva postura.

Rodrigo OcTàvio..¦¦¦«»¦'

Rio, maio 94.

Estado do Espirito SaPto r

BW^HSSSHS^ «

pT

--;' Jl uma messalinaVem; chega-tc mais, o'loira Messalina.Pousa a cabeça nos joelhos meus,Quero as faces beijar-te, aos lábios teusCollar meus lábios, o'mulher divina.

Que de ambrosia nao contem teus lábios,- Pérolas duas, rubras, engastadas,Como pedaços roseos cValvòradas,Na quenteboçca ainda deresabios...

Assim... a>sim... oh! deixa-me beijar-teA rubra bocca - n'ella quero dar-teBeijos de fogo, lúcidos, sedentos...

Quero-te minliah minha inteiramente,Inda que o mundo julgue-me demente«Quero-te minha ao menos porinomcntos...

Victoria. *,VALENTIM DBBiASE.

FACTOS E BOATOSPortos siaspeHos

O sr. dr. presidente recebeu O se-guinte telegramma:

Considerados suspeitos todos osportos Belgàsv Embarcações, sabidasa contar de trinta de julho findo,direçtamente ou escala, só serão re-cebidas no Brazil depois de quaren-tena no lazareto da Ilha Grande aoqual deverão primeiramente dirigir-se.—Ministro do Interior.

Sr

A partida Giub da Juventude an-nunciada pata Rontem ficou transfe-rida para o próximo sabbado.

Escrevem-nos da Secretaria doGoverno: .

No decreto n. 42. de 7 dejulho domez findo, publicado na edição dehontem, deu-se o seguinte engano decopia: y

No artigo 74 § único—b) onde le-seI892, é-1882.

Dos 243 immigrantes chegados noMatteo Bruzzo seguiram hontem 66

para a comarca de Santa Leopoldina.

a vossaattençãopara o modo irregu-lar pelo qual está se fasendo a illu-minação publica a kerozens, actual-mente á vosso cargo. ¦•"'

«De conformidade com a alineaJSTda cláusula primeira do contracto de-veis "manter todas as noites a maisperfeita illuminação publica da cida-de,seus arrabaldes e subúrbios, de-vendo,a contar de 21 de Março a 21de setembro tal illuminação começaras 6 horas da tarde e terminar as5 ho-ras da madrugada, e nos outros me-zes começar as 7 horas da noite e ter-minar as 4 da madrugada"."E sobre a iofracção d'esta clau-sula que ultimamente tenho recebi-do diversas reclamações as quaes de-veis tomar na devida consideração.

«Não estabelecendo o cortractopenas especiaés" para as faltas com»mettfdas na illuminação a kerozene,declaro-vos para vosso conhecimentoe devidos fins que proporei o gover-no a suspensão da subvenção até queseja, conforme vos' cumpre, devida-mente regulalarisado esse serviço.

«Outro sim devo lembrar-vos queo praso para o restabelecimento dailluminação a gaz termina em ji dedezembro do corrente anno,e no en-tanto os trabalhos de reforma da fà-brica estão sendo executados" commuita morosidade, não tendo aindasido feita, segundo çonsta-me, a en-commenda para a Europa do mate-rial necessário a tal restabelecimen-to. v ,.

E' esta a resposta qüc me cabe dara uma local publicada ,no"Cqmmer-cio", e bem assim provar que,a pe-zar de residir na-aprasivel chácarad) Rosário, onde nenhum incòmmo-do interrompe a felicidade do acon-ahego da familia, não deixo nuncade cumprir com os deveres inKeren-tes do cargo que oecupo n'este Esta-do e de, com a menor solicitude, pro-curar attender a todas as reclama-cões feitas a bem do interesse publi-co.

Victoria, 4 de Agosto de 1894.Genesio de Souza C. Barros P.

JLLVAkBEGA DO ESPIIIITO-SAV1©

Terrenos de marinhas

Pela inspectoria desta alfândegase faz publico, de conformidade como disposto no art. ia do decreto n.4.105 de 22 de fevereirode 1868. quetendo o cidadão Manoel José Rociorequerido por aforamento perpetuoos terrenos de marinhas contíguos áCasa de sua propriedade, sita a ruaPereira Pinto desta cidade, são con-vidadòs os posseiros confinantes e ou-tros interessados, para dentro do pra-so de 30 dias, contados desta data,reclamarem perante esta repartição oque entenderem e bem de seus direi-tos, sob pena de perda de preferenciagarantida pelo art. 16 do citado de-creto.i

Alfândega do Espirito-Santo, 26 dejulho de 1894. — C. Augusto-No-gueira da Gama, inspector interino.

Companhia brasileiratorrens

Animal furtado

O VAPOR

CERESSahirá brevemente para os portos do

Itaipeanlriau, Piai .na,Bonevente, Guarapary

Recebe carga e passageirosAs cargas a bordo serão recebidas

primeiro as de Guarapary e Bcne-vente, segundo as de Piuma e portimo as de Itapimirim.

Chama-se toda attenção dos se-nhores carregadores para a cláusulasexta das condições -estipuladas nosconhecimentos.

0 sr. dr. João Lordello, á vista denovo telegramma que recebeu daBahia transmittindo-lhe inquietado-ra noticia sobre o estado de saúde desua veneranda mãe, deve para ali se-guirhqje no Olinda.

O conto que hoje damos na primei-ra pagina firmado jpelo dr. RodrigoOctavio obteve trez menções honro-sas no concurso litterario que houveultimamente no Rio de Janeiro.

Transcrevemol-o da Semana.

Sabemos que já sahiram da Itáliamais 500 immigrautescomsdestinoaonosso estado.

Desprendeu-se da terra para habi-tar a mansão celeste o ínnocenteOswaldo, dilecto filho do tenentePassos Pereira.

AVISOS E EDITAESA' PBAÇA

José de Souza Oliveira Barretto.sócio da firma de Barretto de lie-zencle, pretendendo retirar-se tem-poràriamente para Europa, pojktodomez de agosto, pede as pessoas comquem tem tido negocioi commer-ciaes e particulares que apresen-tem suas contas para serem prompta-mente pagas, desejando fechar seubalanço até 30 de junho próximo pas-sado, sem ter credores.

Victoria, 25 de julho de, 1894.

José de Souza Oliveira Barretto

ATRACARD. Jacintha Maria Trinxet, viu?a

de João Trinxet, participa a esta pra-ça e fora d'ella a quem convier, quetem formado uma socieaade mercan-til para continuação do mesmo ramode commercio de seo finado marido,sob a fjrmade viuva Trinxet & Fi-lhos da qual fazem parte seos filhosJoãoe Emílio, que pela longa praticaadquirida em companhia de seo fi-nado pae garantem a todas as pessoasaue os honranrcom sua confiança onel comprimento de seos deveres.

Victoria, Io de Julho 1894.

JUIZ SECCIONAL

O doutor Joaquim Pires d'Amorim,. juiz seccional do Estado do Espi-

ritb-Santo etc,Faço saber que d'ora em diante as

minhas audiências serão dadas asquintas-feiras, ao meio dia, no logardo costume. E para que chegue aoconhecimento de todos, mandei pás-sar o presente, que será publicadopela imprensa.— Cidade da Victoriaem 27 de julho de 1894. — EuJoão Antunes Barbosa Brandão. Es-crivão esovtvx Joaquim Pires de Amo-rim.

O doutor Joaquim Pires d'Amorim,juiz seccional do Estado do Espiri-to-Santo.Faço saber que na forma do art. 26

da lei n. 35 de 26 dejaneiro de 1892,está funecionando na sala das audi-encias, d'este juizo das 10 as 4 horasda tarde, a junta eleitoral para deci-são dos recursos que lhe forem inter-postos, das decisões das commissõesmunicipaes d'este Estado, na revisãodo alistamento procedido no corren-e anno.

E para quéchegue aò*Conhecimen-to de todos, mandei passar o presen-te, que será publicado .cela impren-sa. •—¦• Cidade da Victoria em 27 dejulho de 1894. ~ Eu, João AntunesBarbosa Brandão, escrivão, escrevi.-—Joaquim Pires de Amorim.

O capitão Manoel Ferreira dos Pas-sos Costa Júnior, substituto do juizseacional do Estado do Espirito-Santo etc.Faço saber que tendo n'csta data

prestado o compromisso da lei; e en-trado no exercicio do referido cargode substituto do juiz seccional, asminhas audiências terão lugar a 5Mfeiras, na sala das audiências dt juisoseeçional,a rua Duque de Caxiâsn. 86.

E para constar mandei passar opresente edital, que será publicadopela imprensa. -- Cidade da Vicio-ria, 27 de julho de 1894. Eu, João An-tunes Barbosa Brandão, escrivão es-creyi. — Manoel Ferreira dos PassosCosta Junio/,

Teiicloum indivíduo que.sediz chamar João do Nasci-mento. caboclo, furtado umabesta desellaede carga, doabaixo assignado, por issovem prevenir ao publico detal furto, para/pie não ad-•quiraa.besta. Pede tambémas respectivas autoridades

^ que, por amor a justiça e aui. propriedade, providenciem a

fim dequesejaaprehendiflo odicto animal; bem como rogaa todos de darem noticia certa <$

Llóyd BrazileiroLINHA DO NORTE

^^^ÊK&tiaMiEf^^ i -"11 **2«ak-?fc-*. 2T«^B

Paquoto

OLINDAEsperado amanhã do Rio

de Janeiro, seguirá, depoisdaindispensayel demora, paraBa'iia, Maceió, Pernambuco,Parahyba, Natal, Ceará, Á-«narração, Maranhão, Para,Óbidos e Manàos.

Recebe carga, valores e encom-mendas

Passagens e mais infomações naagencia Rüa do Commercio

SOBRADO27- ¦27

ANNüNCIOS

0

Amissaconventoral, hoje seráce-lébrada na capella da Conceição daPiainha, em virtude de estar-sè pre-parando a matriz para recepção do sr.Bispo.

llliaiiiiaaaetlo Publica

Recebemos:Peço-vos a inserção nas columnas

do vosso jornal, do seguinte officioque dir/gi ao representante do ces-sionario do contracto da illuminaçãopublica d'està capital.

. Directoria de Obras e Emprehen-dimentos Geraes do E. doE. Santo.

N. 6 Victoria 4 de Agosto de 1894.«Sr. Adão Alves da Costa Guima-

rães M U- representante do cessio-nario dó contracto da illuminação pu-blica da Capital, :

"Reiterando as recommendaçocsnUe por veses vos tenho feito, chamo- (

CHAMADAConvidamos aos srs. accionistas da

companhia de Navegação «x VascoContinho » a realisarem ají* entradade io'/, ou 108000 por acçãodo diai* a 6 de agosto corrente, para o qualencontrarão o sr. João Zinzen, the-toureiro dacommissão, em seu,esta-belecimento commercial dás 10 ás 3horas da tarde.

SECÇÃO MARÍTIMA

AVISODalmacio da Silva Coutinho. pro-

pnetarro da fabrica de cerveja «SantaLeopoldina», sita nesta cidade,, fazsciente ao publico e a todos os ami-gos e freguezes que nesta data admit-tiu o Sr. Jacob Holtz como mestrefabricante de eewreja de diversas qi ahdades, bem como de outras bebi-das para o consummo publico.A longa pratica que tem o Sr.Holte, attestada pela excellencia deseu fabrico, corresponderá sem du-vida ás exigências do mesmo ftnopaladar.

Vendas por atacado.-Comprarse garrafas vasias a 200 rs.Cidade do Porto do Cachoeiro, 1 '

de agosto de 1894., Dalmacio da Silva Coutinho.

onde se âchéa besta,que serãogratificados.

Os carecterisfcicos da bestasão : tamanho grande, umacova na cabeça do lado direi-to, cauda corrida*, cor pretaaté os cascos e de marcha cur-ta. .

Protesta-se contra aquelleque maliciosamente a tiver.

Santa Thereza, 24 do julhode 1894. JGiocunão Zamprogno.

Coronel Laiix üa I&osn Loaa-rcia,o

tO

liava» «lo Ho!ijar<IÍjii111 (inda celebaNia* aaa egre-ja aaaalrix dVwla capital.Megiaaaua-lcii*a O do cor-

ronte, a° dia d» iia^saiiaeaitode scbi íiaado aaaaigo e pareaa-io coronel Luiz da Bosa Loaa-reiro, úm H horas do «lia. umaauiMoia pelo meu ro pouso cler^Lno; e, para arnsislil-a, convida\ \a &eai« amigoi e aos do íiaado, jaaitecipaaailo-lhcM «eaam agra-deeiaieutos.

Victoria, 4l§OJ.

y

do ago&to do

AvisoCapati San te, retratista, faz

por preço sem competidor,reproducqões a crayon, de pe-quenas photographias ao na-tural. Rua S. Francisco n. 16.

La Ligure Brasiliana \IVavigázione Italiana

Opnqiaete

Victoria *— í° — 8 — 94.-A commissão : •—João Maia, João

Zinzen, Silva Guimarães, BarbosaQuitiba;

A'PR.4Ç4Retirando-me por algum tempo

desta capital, ficão constituídos meusprocuradores os Srs. Ovidio dosSantos e íortunato José Martins deFigueiredo.

Victoria, 29 de julho de 1894.Antônio Pinto Guimarães.

VICTORIA V.Esperado de Gênova e escalas no

dia 10 de agosto sahirá de-pois da indispensável

demora para Rio deJaneiro e Santos.

Recebe passageiros e cargaTrata-se com os agentes

A. F10RITA & ORua Pereira Pinto n, 20

•y tende-se/'yLivre e desembaraçado um

bom negocio, com bilhares,no largo da Conceição, es-quina da rua Pereira Pinto.

Trata-se com CastelíoneJoão, na mesma casa.

ENCANAMENTOThomazHodgkinson, recentemen-

te chegado de S. Paulo, com grandepratica de fazer obras e concertos deencanamento, assentamento de bom-bas, fogões, banheiros e latrinas detodas ossystemas, offerece os seusserviços aquém d'elles precisar.Pode ser procurado á Rua Gene-ral Osório n. 23.

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seus serviços, c queinpreczar dorija-se ao Sr. Arfhu? o"-mmiano, empregado desta typogra^phia.

Victór ia, 14 dejulho de U,

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DR. IIEINZELMANNIPPíír ili\'RUIBCT

'M 111ii flfJUi

M

Contra Iodas as moléstias nervosas que acom-panham sempre em variadas formas as .

moléstias chronicas do abdômenA macrobiotica-ARTE DE PROLONGAR A VIDA

«.- **como meios princípaes' para este fim *#

Abstinência de alimentos e bebidas nocivas,gestão o uso de um medicamentbapropriado.

A escolha de alimentos e bebidas próprias para a natureza de caíapessoa ensina a experiência ; notamos, porém, que o uso de bebidisALCOÓLICAS augmenta sempre, salvo ranssimas excepçôes, as moléstiaschronicas do abdômen.

Quanto ao uso de medicamentos apropriada para facilitar adigestielaboriosa e incompleta—as pÜulas de minha invenção e pof mim prepara-das sào c AUXÍLIO PODEROSO. . . . ,

O peso do abdômen, aflatulencia, o abatimento ea indizível «ppreiào, devida aos embaraços da digestão, desapparecem pouco tempt UepèlSo u so dcstas.pilulas.

Os gazes que estendiam sobremaneira os intestinos, andando • doentesào expellidos e no dia seguinte as pílulas produzem evacuação suííicieate.

Os remédios pucgativos estragam os intestinos, debilitando-esf eleuso cada vez mais freqüente, o QUE NaO SUCCEDE com minhas pílula*cuja acção produz brandamente a necessária evacuação diária, fortificaadeo estômago e os intestinos pelas substancias tônicas que ellas contém.

iilém deste efleito summaníente salutar, estas pílulas augmentaai tappetite. ' . .

Ajudando ellas VIGOROSAMENTE'a completa digestão dos alimei-tos ENRIQUECEM também o sangue, servindo desta maneira come umPODICROSO MEIO contraia anemia e chlorose, ,a histeria e hypocondrincontra todas as moléstias nervosas, cuja verdadeira causa consiste aa náqualidade e insufficicnte quantidade de sangue.

í Contra dores de cabeça, tonturas, melancolia, insomnia, palpita*?!*do coração e contra as mil moléstias nervosas que acompanham sempre e»variadas fôrmas as moléstias chronicas do abdômen, póde-se fazer usa demeu remédio a qualquer hora, na dose de tres pílulas : contra a pnsãedêventre deve tomal-as de noite ná dose dç quatro pílulas.

nesguardü—Absolutamente nenhum. Póde-se tomar deste reraedi»mesmo viajando. ¦

fcãò encontradas nesta cidader naj. \ ' i{r '¦

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de h0l^^gend^°^ cavours, polainas, botas, bolcasatiracollo, baixeiros,

lombil^s,^hiwt^^e ^^.^g^ freios de felT0 e metal, esporas, coleiras para cães,

beqaes de meta lede ferro. ;¦•'. ,¦ Saooos para viagem, de lona ede tapete, alforges, luvas, raspadeiras, caro-nas, pelegos, cochinilhos, capoteiras e"tüdo o qúe/c indispensável aos senhores via-janl6S Malas—completo sortimento de malas de. mão, sendo de carneira e sola, ga-rantidàs: ditas d« camarote. - ; fc, > ;c, .. * ,

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CASA DOS VIAJANTES

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AO PUBLICOO abaixo assignado, empresário da

limpeza publica da capital, tendomandado vir carroças apropriadas,contracta a remoção de lixo das ca-sas, sob pagamento mensal. O preçoserá previamente conbinado entre oemprezarioe o interessado, emquan-to não for regulado pelo GovernoMunicipal. O serviço será iniciadoo numero de assignaturas parao"mes-mo, corresponder pelo menos a doisterços da despeza com o respectivocusteio.

7 Para mais informações com o em-pr.esario á rua do Commercio n. 33.Victoria, 10 de julho de 1894.

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ias abaixo mencionadas, á vihta ou a qualquer prazo, jazem remessas por tele*grammas, iSaccam Cêntr&o Bance e suas agencias

PORTUGALArrergeAvollàrAreúoaAbrantesAlije ,7AgUCMAlmeidaAloobaçaAraaranteAnadiaArcos dé Valá«T«iAreire-ArgánilAlbergariaArco de BaulkoBareellosBragaBragànfaBejaBoticasBustes, Barea 4'AlvaCeaCastelo Brane»CatakedoGasto DaireCamnkaabeceiras do BastoClarice «• Bastoarregál á» Sal

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ChavesCoimbraCovilhâ,Gelorlco da BeiraCarrazedo do MontenegreElvasEsposehdeEstremoz .Espinhal, EscalhãoEroraEstarrejaFelgueirasFàoFaroFafc

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FigueiraGoiivêà *Guarda 7-Góes .1Guimarães 1Lamego ,\Leiria uLixaLisbeaLouai«laaguaUo.Níareo de Canarezes

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Marinha SraadoMelgaço

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S. RomãoSetúbalTaviraThomarTondellaVinhaesVilla VerdeValpassosVallongoValençaVilla do CondeVilla da FeiraVilla Nova da Cerveir*Villa Nova de FamalieioVilla Nova de PertimàeVilla Pouca d'AguiarVilla RealVizeuVilla FlorVouseUaVianna do CastelloVieiraVilla da RuaVilla Nova de Feseêa

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Às pessets r«iden(es its Estados poderão mandar-nos suas orderi9 çor intermédio dos seus Cerrespondentes nesta Capital, iadicaa-lhoa nessa casa, *a aUre»to»#qU»em^ ná"cprtezá de que a taxa do nosso cambio será- sempre igual á dosutrcs•stabelecimeates, é eptia-not promptamente as lettras.O escriptêrie acha-se aberto desde ás 7 horas da manhã até âs 7 da noite. As lettras entregam-se sempre no act§ de efetivar 93 &mts

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OS CORRESPONDENTES

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ESCRIPTORIOS NAS ANTIGAS CASAS

--RUA DO ROSARIO-133Rio de Janeiro

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