Uso do vídeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    1/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    1

    Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital1Andr Fagundes Pase

    Resumo

    Com a crescente indefinio do padro da TV Digital em alguns pases do mundo e aadaptao do modelo analgico para o digital, no s observamos a repetio dasmesmas lutas pr padres do comeo do sculo XXI bem como uma pluralidade dealternativas para o vdeo digital. Diante deste impasse, exemplos indicam que a Internetpode ser uma alternativa para o escoamento desta produo, permitindo umademocratizao da informao que dificilmente ser vista nos aparelhos de TV.

    Palavras-chave

    Internet; televiso; vdeo online; IPTV

    O fenmeno da integrao dos aparelhos no novo. A sala das casas foi modificada

    nos anos 40 com a presena do rdio e depois da televiso, que tambm era vendida em

    um nico mdulo integrado. Este hbrido de mvel e eletrodomstico tambm contava

    com um prato para LPs. Mais adiante, a difuso dos reprodutores de fita cassete e os

    rdios com transistores culminaram nos walkmans, marca registrada da Sony que virou

    substantivo.

    A unio ou modificao dos dois meios de comunicao em um foi observado em

    outros casos, como os 3 em 1 dos anos 80 (LP, rdio e cassete) e os telefones

    celulares no sculo XXI. Com a popularizao da musica digital no formato MP3 e das

    conexes atravs da porta USB, a Phillips lanou em 2002 o eletrodomstico

    Expanium. O microsystem inovou ao aceitar dados vindos do computador e

    reproduzir nas caixas de som tradicionais.

    Apesar das alteraes, a juno de um meio ou outra tecnologia com outra no resultou

    na modificao da linguagem, apenas houve uma justaposio de duas vantagens na

    formao de um construto diferente. Srgio Bicudo, no artigo Cultura Digital e

    Arquitetura da Informao, indica que isto fruto da digitalizao da comunicao.

    1Trabalho apresentado ao NP Tecnologias da Informao e Comunicao, do VI Encontro dos Ncleos de Pesquisada Intercom

    Doutorando do Programa de Ps-Graduao em Comunicao Social pela FAMECOS/PUCRS. Professor deJornalismo Online do curso de Jornalismo da Instituio. Contato por e-mail: [email protected] .

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    2/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    2

    Tecnicamente, com o processo de digitalizao, todas as

    mdias podem se fundir. Todo tipo de informao pode ser

    traduzido em uma estrutura binria de bits e, como tal, ser

    processado por qualquer tipo de eletro/eletrnico digital,

    telefone, computador ou assemelhado que exista ou venha a ser

    inventado. A utilizao no definida pela limitao

    tecnolgica e sim pela adequao ao uso, quanto ao local

    comodidade, interatividade e praticidade (BICUDO, 2004, p

    101)

    O avano da informtica, processo que iniciou nos anos 80 com a popularizao da

    microinformtica bem representada pelo fenmeno das vendas de aparelhos em

    magazines -, resultou no uso habitual dos computadores. A formao das redes, alm do

    posterior aumento da largura das bandas de transmisso, aliada com a digitalizao da

    comunicao, serviu como base para o trfego de contedo multimdia na Internet. Um

    interessante estudo da evoluo da Grande Rede foi realizado por Manuel Castells em A

    Sociedade em Rede.

    A Internet tem tido um ndice de penetrao mais veloz do que

    qualquer outro meio de comunicao na histria: nos Estados

    Unidos, o rdio levou 30 anos para chegar at 60 milhes de

    pessoas; a TV alcanou esse ndice de difuso em 15 anos; a

    Internet o fez apenas trs anos aps a criao da teia

    mundial. (CASTELLS, 1999, p. 439)

    A origem da digitalizao do vdeo leva aos anos 80. Seguindo a tendncia dos compact

    discs, a indstria ofereceu alta resoluo sob a forma dos laser discs, que ficaram

    restritos ao pblico de musica erudita. Na seqncia, o sinal da TV foi reforado com osreceptores digitais nos anos 90, operando na televiso paga. A digitalizao da televiso

    tornou-se um horizonte, com sua distncia reduzida atravs de aparelhos de melhor

    definio, como a High Definition Television (HDTV). Se na implantao da televiso

    convencional houve uma difuso de formatos que fatiou o mundo em PAL, PAL-M e

    SECAM, a TV transmitida digitalmente tambm tem seus diferentes padres. Este

    registro est presente no livro Uma Histria Social da Mdia (2003), de Asa Briggs e

    Peter Burke, que registra a evoluo de passos descritos anteriormente em um tom de

    anlise e antecipao de tendncias por Nicholas Negroponte em Vida Digital (1995).

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    3/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    3

    Chineses, europeus, americanos e japoneses possuem seus sistemas especficos,

    enraizados em fatores culturais e na indstria local. Questes como a presena ou no

    do e-mail, alem da interatividade, variam de pais para pais em virtude do padro

    definido para cada territrio, tornando as normas locais e incompatveis entre si.

    Fenmeno til para as indstrias, governos e entidades de pesquisa, que podem

    desenvolver produtos especficos e at mesmo pesquisar possibilidades para os

    mercados, como no Brasil. Para o advogado norte-americano Lawrence Lessig, mentor

    do projeto de reviso do copyright Creative Commons

    (http://www.creativecommons.org), a guerra dos padres da TV mais uma das

    disputas mundiais pela definio de um sistema de comunicao, com seus reflexos

    econmicos e tambm sociais.

    Mas a encruzilihada digital, expresso usada por Srgio Caparelli e Vencio Lima em

    Televiso: Desafios da Ps-Globalizao (2004) para definir o momento atual, entre os

    caminhos da televiso e da Internet, torna-se cada vez mais confusa e repleta de

    oportunidades com o desenvolvimento das comunicaes. Este fenmeno de

    transformao recorda a prpria origem do meio televisivo, com pluralidade de

    formatos.

    Neste contexto, no apenas empresas de comunicao, mas profissionais free-lancers,

    realizadores cinematogrficos e usurios amadores das tecnologias audiovisuais

    conseguem escoar a sua produo reprimida atravs da Internet. O material que no

    exibido atravs da televiso acaba nos arquivos do formato torrent, nas pginas e nas

    trocas de arquivo. Alem disso, a facilidade de sites como o You Tube fazem com que

    cada pessoa transmita a sua mensagem e sem pagar por espao em um servidor online.

    Na metade da primeira dcada do sculo XXI, observamos indefinies e alternativas

    para a transmisso audiovisual digital. Para uma melhor compreenso das definies,

    formataes e caminhos que formarama televiso e depois contrastar com a Internet,

    necessrio recordar o incio da televiso. Conforme sintetizam Asa Briggs e Peter

    Burke, a transmisso dos sinais televisivos envolve um processo de varredura de uma

    imagem por um feixe de luz em uma srie de linhas seqenciais movendo-se de cimapara baixo e da esquerda para direita.

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    4/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    4

    Quando a luz passa por ela, cada parte da imagem produz

    sinais que so convertidos em impulsos eltricos, fortes ou

    fracos. Posteriormente, estes impulsos so amplificados e

    transmitidos pelo cabo ou pelo ar, por ondas de rdio que so

    reconvertidas em sinais de luz na mesma ordem e mesmo valor

    do original. (BRIGGS; BURKE, p. 179, 2004)

    As pesquisas iniciais mostravam diferenas no modo como essa leitura das imagens

    reais feita e repassada para as ondas de rdio. O primeiro modelo foi atravs da

    varredura mecnica, que contava com um disco giratrio perfurado, e outro utilizava

    uma captao eletrnica. Paul Nipkow desenvolveu o projeto de um captador mecnicoem 1885 na Alemanha, mas no colocou em pratica (BRIGGS; BURKE, p. 179, 2004).

    Este mtodo foi utilizado no artigo de Constantin Perskyi apresentado no Congresso

    Internacional de Eletricidade na Feira Mundial de Paris no dia 25 de agosto de 1900.

    Alm de ser o primeiro registro da palavra televiso, o trabalho ainda remete s

    pesquisas de Nipkow. (WIKIPEDIA, 2006)

    Ainda na Europa, o Boris Rosing finalizou um modelo de captao e transmisso de

    sinais com um tubo de raios catdicos utilizado para exibir os sinais recebidos na cidade

    de So Petersburgo em 1907. A soluo definitiva para a transmisso tambm nasceu do

    leste do continente. O uso de uma emisso contnua de eltrons agregada com a

    capacidade de acumulao e armazenamento de eltrons secundrios durante o processo

    de varredura foi proposto pelo hngaro Klmn Tihanyi em 1926 com patente publicada

    em 1928 (WIKIPEDIA, 2006).

    Apesar das experincias, a transmisso de imagens ao vivo, em tons de cinza foi

    realizada por John Logie Baird. Em 26 de janeiro de 1926, o escocs convidou

    membros da imprensa e comunidade cientfica para uma demonstrao pblica do

    sistema. A disputa por um padro dominante de tecnologia de televiso no mercado

    norte-americano foi classificada por Hal Hellman como uma das mais energticas j

    observadas na rea. Em Great Feuds of Technology, o autor resgata a histria de David

    Sarnoff e Philo T. Farnsworth nas dcadas de 20 e 30. As pesquisas europias

    chamaram a ateno do jovem Farnsworth e da empresa RCA. Enquanto o primeiro

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    5/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    5

    trilhou caminho prprio, a empresa buscou contratar especialistas no novo tema para

    repetir o domnio mostrado no meio radiofnico.

    Vladimir Zworykin, aluno de Rosing na Rssia, desenvolveu um projeto para viso

    distancia de um modo eltrico, mas abandonou os projetos e migrou para os Estados

    Unidos em 1920. No novo continente, desenvolveu pesquisas para a Westinghouse, mas

    os relatos sobre um sistema de varredura eltrica para a captao das imagens no

    receberam ateno por parte da diretoria da empresa (HELLMAN, 2004).

    O imigrante russo decidiu buscar apoio com uma empresa focada na comunicao, sem

    o interesse nos eletrodomsticos como a Westinghouse. David Sarnoff j era conhecido

    pelo seu trabalho no meio radiofnico e a RCA era referncia no rdio. O executivo

    contratou Zworykin e financiou as suas pesquisas em 1929.

    A disputa pelos padres envolveu processos judiciais e at o testemunho de um

    professor de Farnsworth. A RCA utilizou o seu poder de lobby junto outras empresas

    e terminou definindo o padro vigente para o mercado norte-americano. (HELLMAN,

    2004).

    Paralelo a isso, as transmisses na Inglaterra tambm surgiram de forma mais oficial na

    dcada de 30. O consrcio EMI-Marconi ofereceu um sistema sem elementos

    mecnicos, j todo eletrnico, enquanto Baird apresentou evolues eletromecnicas

    com base nas pesquisas do norte-americano Farnsworth. Ambos iniciaram testes abertos

    com material da BBC, mas o interesse nas comunicaes de modo comercial cessou

    com a 2 Guerra Mundial, retornando com o fim do conflito e j com o formato PAL

    (BRIGGS; BURKE, p. 182, 2004).

    Conforme observado diante do resgate da origem da televiso, as perspectivas digitais

    refletem conflitos presentes na origem do meio. A definio de padres pelos governos

    dos paises, pesquisas de formatos incompatveis e jogos de mercado no so prticas do

    sculo XXI, mas do DNA televisivo.

    No sculo XXI, horizonte digital, os estudos de Srgio Caparelli observam as regrasdesta expanso, muitas vezes conseqncia de normas antes estabelecidas para a

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    6/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    6

    comunicao tradicional nas dcadas de 60 e 70. Grandes grupos de comunicao,

    conforme descrito em Televiso: Desafios da Ps-Globalizao, j buscam adaptaes,

    quando no ditam regras, para a nova realidade. A obra, escrita com Vencio A. De

    Lima, descreve este cenrio com a devida observao das tendncias.

    Antnio Brasil criticou as divies dos sietemas da TV Digital e o papel do Brasil neste

    contexto no livro Telejornalismo, Internete Guerrilha Tecnolgica. A TV Digital est

    repleta de promessas que demandam mais pesquisas. Assim como em outras pocas,

    promessas tecnolgicas ou revolues nomeio televisivo (...) so conversas de bom

    sedutor interessado em ganhar dinheiro. (BRASIL, 2002,p. 362)

    Voltando ao texto de Bicudo, encontramos uma anlise do atual momento do setor no

    pas. "O momento tecnolgico favorvel propagao global da informao, o que

    possibilita a pases relegados a um "terceiro plano", como o Brasil, propor solues

    criativas, apontando caminhos diferentes dos que vm dos centros mais

    "desenvolvidos". " (BICUDO, 2004, p. 101)

    Estes estudos foram realizados durante o perodo de incubao do Sistema Brasileiro de

    Televiso Digital. A proposta de uma plataforma nica e 100% brasileira proposta pelo

    governo federal tranformou-se e os prprios prazos para a transmisso na Copa do

    Mundo de 2006 foram colocados em dvida no final do primeiro trimestre do corrente

    ano. As propostas do padro DVB, da Europa, e ISDB, do Japo, descartando o ATSC

    norte-americano.

    As inovaes tecnolgicas apresentadas pelas universidades, como os mdulos

    SORCER e SAINT da PUCRS, foram desvalorizadas pelo Ministro das ComunicaesHelio Costa em janeiro de 2006. Mesmo com aspectos relevantes e robustos perante os

    outros padres de emisso digital, os estudos no foram colocados em pratica conforme

    fora previsto para os membros das academias envolvidas no projeto e afirmadas em

    cartas de requisio de pesquisa assinadas inclusive pelo autor deste trabalho e que no

    podem ser publicadas em virtude de um acordo de no revelar as informaes (non-

    disclosure act) assinado em 2004.

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    7/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    7

    Com alteraes no cronograma proposto pelo Ministrio das Comunicaes, o Brasil

    mostrou forte interesse pelo padro japons, mas a escolha permanece em aberto,

    mesmo com jornais do porte da Folha de So Paulo garantindo a escolha. Por trs de

    todo o processo, h uma escolha que no envolve apenas a economia, mas tambm a

    campanha para a reeleio do Presidente Lus Incio Lula da Silva.

    As atuais emissoras de televiso abertas do Brasil mostraram interesse no padro

    japons, inclusive com uma campanha reforando o atual carter aberto e livre. Em

    segundo plano est a manuteno das atuais concesses e caractersticas deste novo

    padro, que mantm a atual grade de sete canais na transmisso terrestre. Alm disso, a

    transmisso do contedo para dispositivos mveis realizada pela emissora e no

    tambm por operadoras de telefonia celular, o que manteria tambm a transmisso para

    um seleto grupo de empresas do meio.

    A outra forma, o DVB europeu, trabalha com um espectro de canais maior e com

    contedo mvel transmitido pelas empresas de telefonia, em melhor situao

    financeira que as redes de televiso. Neste jogo poltico-econmico, o governo

    brasileiro, conforme reportagem da Folha de So Paulo (2006), teria interesse em

    escolher o formato nipnico, com adaptaes. As empresas telefnicas receberiam a

    concesso para a explorao do servio de IPTV, uma televiso totalmente via

    protocolo IP, o mesmo da Internet.

    Ao passo que a definio do padro brasileiro adiada, mesmo com sucessivos

    movimentos dos grupos financeiros, a digitalizao dos vdeos via Internet e na

    produo do material aumenta. Apesar de ser analgica em boa parte do mundo, a

    produo para TV cada vez mais utiliza tcnicas digitais e abandona padres analgicosde edio, redao e armazenamento. Se a parte do backstage da televiso est nesse

    universo, os aparelhos recm agora caminham para isso, com a presena das televises

    de LCD ou plasma, mas ainda caras.

    J os computadores agregam cada vez mais recursos e aplicaes multimdia,

    compensando eventuais trocas do aparelho por atualizaes de softwares ou incluso de

    mais recursos de memria. O cenrio fica completo com as conexes com a Internet,que oferecem mais velocidade e contam com tabelas de preo, alem do acesso discado

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    8/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    8

    gratuito. Ou seja, o computador aos poucos agrega para si recursos antes do campo

    audiovisual.

    Um interessante exemplo desta interseco est nos programas de televisodigitalizados disponveis para download. A quarta temporada do seriado 24 Horas

    exibida apenas nos Estados Unidos, mas cerca de uma hora aps a sua exibio j

    possvel encontrar o arquivo com o episdio digitalizado na Internet. Fs da srie de

    outras partes do mundo podem assistir na tela ou at mesmo exportar o sinal do

    computador para o televisor. A base do sinal digital.

    Aps observar este tipo de troca de arquivo, Mark Pesce mapeou a troca de arquivoscom o seriado Battlestar Galactica. Produzido por uma parceria entre emissoras norte-

    americanas e inglesas, foi exibido em 18 de outubro de 2004 na Amrica. O pblico

    europeu apenas veria em janeiro de 2005, mas espectadores que gravaram o episdio

    inicial converteram em formato DivX;), para ser visto no computador, horas depois da

    primeira transmisso. Os dados foram divulgados em uma palestra realizada no dia 6 de

    maio de 2005 na Australian Film Television and School em Sydney e o autor ainda

    afirmou que a TV como conhecemos normalmente morreu neste dia (relato disponvelem http://www.mindjack.com/feature/piracy051305.html).

    A distncia entre o computador e a televiso diminuiu, e aparelhos como o iMac (do

    tamanho de uma tela de 20 polegadas, http:llwww.apple.com), o seu clone Sony Vaio e

    o MacMini, aliados a sistemas adaptados como o Windows Multimedia Edition

    (http:llwww.microsoft.com), reforam a presena da comunicao no computador, que

    passa a ser um centro de mdia domstico.

    Esse fato deve ser observado em conjunto da anteriormente citada informatizao dos

    aparelhos.

    "O quadro atual no indica que o computador ser ocentro das mdias, e, sim, que todas as mdias j setornaram, ou tornaro em breve, computadores. ..Na

    verdade, parece incrvel que a televiso ainda no sejaum "computador" ou ao menos digital. II (BICUDO,

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    9/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    9

    2004, p. 102).

    A juno da televiso com computador foi reforada por Nicholas Negroponte em Vida

    Digital. Na obra, lanada em 1995, o autor recorda as disputas por padres e ainda

    afirma que "a chave para ofuturo da televiso parar de pensar nela como televiso.

    Pensar em termos de bits beneficia sobretudo a TV. Osfilmes so, tambm eles, apenas

    um casoparticular de transmisso de dados. " (NEGROPONTE; 1995, p. 53).

    A manuteno do pensamento oposto a esse, segundo Negroponte, est na base das

    empresas, "redutos do antigo pensamento analgico" (p. 44). Um indicador desta

    filosofia a aposta da Microsoft na InternetTV, lanada em janeiro de 2005.

    Aos poucos, o prrpio padro de transmisso ao vivo da TV alterado. A variedade de

    funes do TiVo (e seus clones, como o embutido no receptor da SKY+) permite que o

    instantneo seja freado, que o agora ganhe contornos de um arquivo acessado em

    streaming direto, sem falar nas facilidades para gravao e programao - tudo em bits.

    Enquanto no existem regras, o uso feito pelas empresas de comunicao constri o

    caminho. A publicao dos vdeos ao lado de matrias em texto, grficos e udio da

    CNN apresentada em 2001 foi adaptada para diferentes padres, como os gols da Copa

    do Mundo de 2002 vistos pelo Yahoo!. Se outrora unidos e volumosos os arquivos eram

    bem recebidos, o streaming tambm serviu para driblar as baixas conexes nas

    transmisses de programas menores ou pequenas matrias.

    Mesmo compactados, shows como a volta de Paul McCartney ao Cavern Club na

    Inglaterra foram divulgados para o mundo ao vivo. A nica exigncia era ter um

    determinado software, no caso o Windows Media, para visualizar. em novembro de

    1999, 3 milhes de mquinas (por analogia para compreenso de dados na rede, cada

    mquina equivale a no mnimo um usurio) acessaram a transmisso do evento. 0

    recorde foi quebrado por Madonna em dezembro de 2000, 9 milhes acessaram o site da

    MSN para ver apenas seis msicas (THE GUARDIAN, 2005).

    Alm da necessidade apenas da troca ou atualizao do software no computador, o

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    10/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    10

    vdeo "cortado", como conhecido nos ambientes de produo, permite que uma

    programao exibida ganhe uma sobrevida na Internet. Se antes uma reportagem era

    repetida nos telejornais de uma emissora, por exemplo, agora ela est disponvel para

    que o pblico veja a qualquer momento.

    Este formato, previsto principalmente por Negroponte, foi reforado com o lanamento

    do Globo Media Center em 2003. O contedo da TV foi quebrado em partes menores,

    inclusive com a reduo das novelas a pequenos trechos. No campo jornalstico,

    matrias so disponibilizadas aps a exibio na TV convencional. Se o norte-

    americano afirmou que "o horrio nobre o meu" (1995, p. 165), possvel afirmar que

    a ordem de valores na apresentao de um programa tambm particular. Quem nodeseja ver as notcias de economia pode apenas clicar nos vdeos esportivos ou, em um

    exemplo na rea do entretenimento, possvel ver as cenas finais do captulo da novela

    antes de abrir o arquivo com as primeiras imagens do captulo.

    Este modelo do streaming das televises tambm gerou uma fonte de renda para as

    emissoras com arquivos grandes. A Globo, h 40 anos no ar, criou uma rea paga com

    um banco de dados que continua a crescer. Imagens dos anos 70 e 80 preservadas emarquivos agora voltam para a programao, mas focada para a necessidade de cada

    usurio, e ainda servem com

    O servio de broadcast na web ganhou flego com sites como o Google Video

    (http://video.google.com) e o You Tube (http://www.youtube.com). De acordo com

    nmeros do site, apenas no You Tube so exibidos mais de 30 milhes de videos por dia

    (ESTADO DE SO PAULO, 2006). O custo para a hospedagem do material, que ficaem streaming na rede, gratuito. Toda a liberdade e democratizao prevista para o

    formato da televiso digital encontra vazo na Internet. Mesmo o problema do alto custo

    de um microcomputadro combatido atualmente, com propostas do porte do laptop de

    US$ 100.

    Nesse novo contexto da comunicao, tambm necessrio olhar o papel do internauta.

    George Gilder, na obra Telecosmo, argumenta que as grandes larguras de banda vo

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    11/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    11

    alterar ainda mais a informtica e as comunicaes. Para ele, "a televiso, de alta

    potncia e baixa opo, morrer. Est rapidamente cedendo espao largura de banda

    de baixa potncia da Internet com uma mirade de opes." (2001, p. 309).

    Justapondo os pensamentos de Gilder, Negroponte e Bicudo, observamos que h um

    novo consumidor da informao. Ele tanto o flanur do ciberespao (Lemos, 2002, p.

    78) como tambm o tradicional espectador da TV acostumado com a troca de canais.

    No apenas consumidor, mas tambm trabalha a mesma, interagindo com ela desde as

    escolhas da programao at o fato de indicar um vdeo para download para um amigo

    atravs de um sistema de mensagens instantneas. O pblico torna-se fruidor,

    degustador dos dados que recebe.

    Lorenzo Vilches aborda o comportamento do pblico e possveis caminhos para o

    estudo disso em a Migrao Digital. "Mas hoje os conceitos de emissores-receptores

    no so adequados para a rede.. Devem-se definir novas categorias, para enfrentar a

    nova natureza dos meios, dos pblicos e dos acessos." (183)

    O comportamento do pblico, que hoje ocupa boa parte da sua conexo para o

    download - visto que 30% do trfego da rede de dados passando pela rede Bit Torrent

    (WIRED, 2004). Sistemas como o TiVo para TV e rdio permitem que usurio no s

    grave, mas manipule o armazenamento da mdia ao seu bel prazer. Ainda h o RSS,

    libertando o leitor online de recursos grficos mais robustos e alguns anncios - criando

    um processo de acelerao da informao.

    Conforma afirma Lorenzo Vilches em A Migrao Digital (2001), "a pesquisa de

    audincia se deslocar, cada vez mais, para o estudo do status do usurio epara a sua

    nova funo como pea-chave da convergncia dos meios." (p. 21)

    No ambiente domstico digital, o contedo diz quanto vai durar, a sua importncia ou

    relevncia para o usurio ou um grupo vai determinar o seu nmero de acessos. A

    audincia no mais por pessoas vendo, mas por acessos, que necessitam de um raio-x

    das conexes e sistemas utilizados. Alm disso, a alta capacidade de back-up permite

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    12/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    12

    que o pblico faa seus arquivos, muitas vezes sem controle do que est guardado.

    Os telephones celulares tambm entraram na lista dos aparelhos reprodutores de

    linguagens. Mesmo com as atuais restries dos formatos de TV Digtal no momento datranscrio para os dispositivos movies, o caminho do material feito no computador e

    disponibilizado na Internet serve para levar contedo rico nos locais com area de

    cobertura da telefonia.

    No ambiente do vdeo pelo computador, o uso atravs dos dispositivos mveis muitas

    vezes nem precisa de uma nova formatao, em virtude da capacidade dos aparelhos de

    acessar a Internet. Alm disso, os celulares que acessam a web contam, na sua maioria,

    com e-mail, formando pequenas unidades "genricas" dos microcomputadores

    tradicionais.

    Este caminho mais acessvel pode ser uma alternativa econmica para o futuro. Para as

    empresas, o processo de digitalizao iminente, mas ainda necessria uma

    democratizao maior dos microcomputadores com recursos multimdia. A prpria

    placa de som, item avanado para o ano de 1995, dez anos depois faz parte das

    configuraes standard.

    O fluxo inverso, colocar a informtica na TV, esteve nas metas de empresas como a

    Microsoft, que inclusive assinou uma parceria com a Globo.

    "O acordo previa, na poca, o desenvolvimento conjunto deaes de TV Digital, Web TV e a construo de um portal deInternet. 0 projeto chegou a ser desenvolvido, mas Globo eMicrosoft acabaram divergindo, aos 42 minutos do segundotempo, sobre qual caminho seguir. "(VIEIRA, 2003,p. 180)

    Mesmo com a manuteno das iniciativas antigas, como a WebTV

    (http:llwww.webtv.com/) e a tentativa de interligao via Bluetooth entre o Windows XP

    edio Media Center, que no obteve sucesso em apresentao relaizada em janeiro de

    2005, a nova vedete da empresa a IPTV, uma televiso atravs do protocolo IP .

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    13/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    13

    Esta tentative requer uma conexo com banda larga e um computador ligado ao

    televisor, que atua como monitor. A Internet j utilizada pelo pblico, que hoje conta

    com dois milhes de assinantes dos services de acesso por banda larga do total de 14

    milhes de internautas brasileiros (IBGE, 2004) e precisaria de pequenas atualizaes.

    Um modelo parecido poderia at mesmo ser adotado no Brasil, mas com a devida

    nfase em protocolos de Software Livre e computadores com custo reduzido.

    Atualmente, a web tambm serve de base para complementos da programao da TV.

    Assim como o cinema, que chega a ter pginas fictcias de alguns filmes - como foram

    criados sites para Blair Witch, Artificiallntelligence e Eternal Sunshine of the Spotless

    Mind, entre outros (IMDB, 2005) -, a televiso explora isso em alguns seriados. Mas a

    srie 24 Horas, que tambm criou os episdios para a srie, inovou em 2003. No incioda 3 temporada, a atriz Elisha Cuthbert, que interpreta Kim Bauer, participou de um

    chat em vdeo sobre a srie, dando pistas sobre os novos programas

    (http:l/www.fox.com).

    Esta sada da Televiso pelo IP, no necessariamente pelos padres da Microsoft,

    tambm tem um carter mais aberto, sem as restries de grandes grupos na definio

    dos padres. Um exemplo disso o Adultinternet. TV, "canal" de televiso com

    contedo adulto e de acesso pago via Internet. O mesmo vale para grupos alternativos,

    como a Ciranda da Notcia (www.ciranda.net), que publicou material jornalstico

    independente e licenciado para publicao em outros meios desde que citada a fonte.

    Outro ponto interessante a abertura da Internet para novos padres, novas formas de

    compactar contedo multimdia com menor tamanho de bytes e melhor qualidade. Isto

    preserva a abertura para o desenvolvimento de novos sistemas sem a padronizao em

    escala industrial proposta pela TV Digital e o seu set-up box de acesso.

    Uma nfase no vdeo via Internet sedimenta um caminho mais democrtico e criativo,

    alm de j conhecido pelo pblico, sem a necessidade de uma nova alfabetizao

    digital. O mesmo processo de incluso realizado atualmente serviria para as

    transmisses. Alternativas como a do Participatory Culture, que hospeda videos online

    de forma gratuita, e do Yahoo Videos, espao de transmisso/armazenamento virtual

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    14/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    14

    para usurios do GMail, permitem um uso da capacidade multimedia da rede sem a

    associao a um grupo de comunicao ou mesmo empresa.

    Outro ponto interessante a agilidade deste paradigma, que acompanha o ritmo da redee permite ao usurio ter no seu aparelho diversos sistemas de codificao e

    decodificao, como se contasse com diferentes tipos de televisor em casa. Alm disso,

    a interatividade j nativa e bastaria apenas adaptar messengers ou mesmo criar pginas

    em HTML ou SMIL como suporte para a criao de caminhos e escolhas.

    A adoo de padres, como pretende o governo brasileiro, pode ter resultados no futuro,

    mas continua a ser gestada nos escritrios federais e passvel de presses externas de

    indstrias. O caminho da informtica, dentro das suas devidas propores, delega o

    desenvolvimento, avano e publicao do contedo no apenas para as grandes, mas

    tambm para pequenas empresas - o que reflete nos pequenos usurios que juntos

    formam a grande "massa" da cibercultura.

    Em uma conversa com Anthony Giddens relatada no livro En El Lmite, Will Hutton

    afirma que Los capitalistas saben que se puede ganar una fortuna mediante la

    exploracin de nuevas tecnologas, pero nadie puede saber de antemano qu tecnologa

    va a triunfar. (HUTTON in GIDDENS, 2002, p. 39). Na era da informao e da

    convergncia de mdias, j observamos veculos de diferentes naturezas convivendo

    entre si. A disputa por padres no tem um resultado definido, mas o modo como cada

    uma destas novas alternatives de video sera usada pelo pblico vai ajudar a definir o

    futuro desta comunicao.

    Como viso, as polticas do setor de cada pais definem o comportamento do usurio,

    relao que ocorre de modo inverso no universo informtico. A liberdade para escolhas

    e sistemas regida pelas possibilidades de cada usurio e de acordo com a finalidade do

    equipamento e dos programas que sero utilizados. O mesmo fenmeno, no apenas

    uma economia liberal para iniciativas mas sim de um controle de padres mais flexveis

    e compatveis, pode ser visto com relao as tecnologias de internet sem fio no padro

    WiFi e na prpria Internet. O padro HTML, por exemplo, no conta com registros e

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    15/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    15

    patentes para um grupo ou empresa, mas as mesmas desenvolvem aplicaes e

    contedos alicerados por este formato.

    No incio do ano, jornais como Estado de So Paulo e Folha de So Paulo anunciaram

    2006 como o ano da Web 2.0. Esta indicao de um novo patamar da grande rede foi

    realizada apos observar no apenas sites com mais servios ou novo design, mas sim a

    migrao para a web de servios e at mesmo de programas, como os editores de texto.

    Alem disso, sites como o Flickr, MySpace e You Tube colocam online a expresso do

    Internauta em fotos e vdeos, potencializando blogs e pginas feitas de modo mais

    simples. A representao do imaginrio online do internauta torna-se mais completa.

    Paralelo a isso, a televiso enfrenta a sua digitalizao. Meio tradicional, no enfrentava

    um processo de alterao na sua concepo de transmisso desde a entrada da televiso

    colorida nas dcadas de 60 e 70. Nos anos seguintes, adaptou-se com o

    desenvolvimento do controle remoto, dos videojogos e dos videoscassetes. Na virada do

    sculo, a TV Digital foi definida, mas definies polticas e de mercados influenciaram

    no processo.

    Neste contexto de pr-converso para o digital, demandas reprimidas do meio

    audiovisual - como filmes em curta-metragem, edies feitas de modo simples e vdeos

    produzidos por profissionais freelancers encontraram um caminho para chegar at o

    pblico. Videocasts como o Rocketboom (http://www.rocketboom.com) ou a gama de

    arquivos indexados no You Tube (http://www.youtube.com) indicam que a Internet

    pode ser uma alternativa para a produo de material em vdeo mesmo com os sistemas

    de TV digital.

    Se observado o histrico da televiso, as invenes e definies de padro provocaram

    disputas e at mesmo guerras comerciais no comeo do sculo XX. Neste contexto

    online, a sua exploso, como vista nos dias atuais da web, pode prover uma alternativa

    democrtica para a expresso audiovisual e digital dos cidado conectados. Talvez no

    tenham o poder de atingir o imenso pblico da TV, mas agora contam com um espao

    para experimentar e dialogar de forma direta com seu pblico.

  • 7/31/2019 Uso do vdeo online como sintoma de alternativa para a TV na era digital

    16/16

    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXIX Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao UnB 6 a 9 de setembro de 2006

    16

    Referncias bibliogrficas

    BICUDO, Srgio. Cultura Digital e Arquitetura da Informao in LEO, Lcia. Derivas:Cartografias do Ciberespao. So Paulo: AnnaBlume, 2004.

    BRASIL, Antnio C. Telejornalismo, Internerte GuerrilhaTecnolgica. Rio de Janeiro: CinciaModerna, 2002.BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Histria Social da Mdia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,2002.CAPARELLI, Srgio; LIMA, Vencio. Televiso: Desafios da Ps-Globalizao. So Paulo:Hacker Editora, 2004CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.CREATIVE COMMONS. Los Angeles, Estados Unidos, 2005. Disponvel em http://www.creativecommons.org

    FOX. Nova York, Estados Unidos. Disponvel em http://www.fox.com GILDER, George.Telecosm. Nova York, EUA: Free Press, 2000HELLMAN, Hal. Great Feuds in Technology Ten of the livest disputes ever. Hoboken, New

    Jersey, Estados Unidos: Wiley, 2004.HUTTON, Will; GIDDENS, Anthony. En El Lmite. Madri, Espanha: Spanish LanguageBooks, 2002IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Braslia. Disponvel emhttp://www.ibge.gov.brIMDB -Internet Movie DataBase. Nova York, 2003. Disponvel em http://www.imdb.comLEMOS, Andr. Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2002LESSIG, Lawrence. Entrevista concedida ao autor em 28 janeiro de 2005 durante o V FrumSocial Mundial.NEGROPONTE, Nicholas. Vida Digital. So Paulo: Companhia dasLetras, 1996, 2a edio

    PESCE, Mark. Piracy is Good? Disponvel em

    http://www.mindjack.com/feature/piracy051305.html. Sydney, Austrlia, 2005.SBTVD. Campinas, 2005. Disponvel em http://sbtvd.cpqd.com.br. TELESSERIES. PortoAlegre, 2005. Disponvel em http://www.telesseries.com.br THE GUARDIAN, Londres, Inglaterra. Disponvel em http:/ /www .guardian .co.uk/online/story/O ,3605,407586,00. html.VILCHES, Lorenzo.A Migrao Digital.Rio de Janeiro: Loyola, 2001

    WIRED. Nova York, Estados Unidos, 2005. Disponvel em http://www.wired.com