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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DO PONTAL CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS RITUALÍSTICAS NA PRÁTICA RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA EM ITUIUTABA, MG KENNERI CEZARINI HERNANDES ALVES Projeto apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Uberlândia, para aprovação no componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso. Ituiutaba - MG 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DO PONTAL

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS RITUALÍSTICAS NA PRÁTICA RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA EM ITUIUTABA, MG

KENNERI CEZARINI HERNANDES ALVES

Projeto apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Uberlândia, para aprovação no

componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso.

Ituiutaba - MG2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DO PONTAL

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

KENNERI CEZARINI HERNANDES ALVES

ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS RITUALÍSTICAS NA PRÁTICA RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA EM ITUIUTABA, MG

Orientadora: Profa. Dra. Juliana Aparecida Povh - (UFU)

Coorientador: Prof. Dr. Anderson Pereira Portuguez - (UFU)

Ituiutaba - MG2019

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Ó homem! Toma cuidado! Que diz a profunda meia-noite?

“Eu dormia, eu dormia! De um profundo sono despertei:

O mundo é profundo, mais profundo do que o dia pensava

Profundo é a sua dor e a alegria mais profunda que o

sofrimento! A dor diz: Desaparece!

Mas toda a alegria quer eternidade, quer profunda, profunda eternidade!”

Assim Falava Zaratustra Nietzsche

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pela educação e caráter, além do apoio na conclusão do curso de Ciências Biológicas na

Universidade Federal de Uberlândia.

Aos amigos da graduação que estiveram presentes em momentos fáceis e difíceis. Em principal, Eduardo José e

Bruno Mantovani, que contribuíram com a aplicação dos questionários.

Aos colegas do Laboratório de Botânica e Ecologia no Domínio Cerrado (LABEC). Que tiveram pequenas

contribuições na execução do trabalho e também estiveram presentes em muitos momentos, que deixarão

saudades.

Ao Babalorixá por abrir as portas do terreiro, tornando possível a realização da pesquisa e por doar um pouco do

seu tempo e conhecimentos, que contribuíram muito estudo. Sou muito grato.

A professora doutora Juliana Aparecida Povh e professor doutor Anderson Pereira Portuguez pelas orientações,

além de sempre exigirem o meu melhor e concederem confiança e saberes neste trabalho.

Aos professores, condenadora e técnicos do curso de Ciências Biológicas (UFU) Campus Pontal, por

possibilitarem grandes transformações em minha vida profissional e pessoal.

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RESUMO

As plantas, no universo das religiões de influência africana, apresentam grande valor por serem utilizadas

para propósitos ritualístico e de rotina pelas comunidades dos terreiros. Neste sentido, este estudo foi realizado

com o objetivo de compreender e analisar a etnobotânica nas religiões de umbanda e candomblé com fins

medicinais, indicadas ao babalorixá e citadas nos questionários respondidos pelos participantes no município de

Ituiutaba, Minas Gerais. Para isso, foram realizadas visitas técnicas para coleta de dados, que contribuiu para a

realização de um catálogo com nome cientifico, família botânica, nome popular, uso religioso e terapêutico,

seguida de imagens de cada espécies presentes no quintal do terreiro ILé Àse Tobi Babá Olorigbin, doravante

tratado neste estudo apenas pela designação Axé Olorigbin. Neste estudo, foram abordados 20 participantes para

preenchimento do questionário e através destes foi possível obter informações sobre saberes da religião afro-

brasileira. Após o levantamento etnobotânico foi realizado análise fitoquímica, teor de fenol, flavonoide e DPPH

das espécies mais citada. Os resultados possibilitaram compreensão os benefícios que os rituais e a utilização das

plantas promoveram nos frequentadores do terreiro, promoveram na qualidade de vida e no bem-estar dos

praticantes da religião. Por fim este estudo contribuiu para registrar os conhecimentos e cultura da religião afro-

brasileira e desmistificar o preconceito sobre os terreiros de umbanda e candomblé.

Palavras-chave: Afro-brasileira; Candomblé; Plantas medicinais; Rituais; Umbanda.

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SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 12. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................................................... .42.1.Área de Estudo...........................................................................................................................................4

2.2.Público Alvo..............................................................................................................................................5

2.3.Quantificação de teor de composto fenólicos total................................................................................... 7

2.4.Quantificação do teor de flavonoide......................................................................................................... 82.5. Atividade antioxidante ........................................................................................................................................... 9

3. RESULTADOS E DICUSSÃO...............................................................................................................10

3.1.Coleta de dados........................................................................................................................................103.2.Levantamento por família........................................................................................................................24

3.3.Analise de dados do questionário.............................................................................................................24

3.4.Atuação da religião em promover a cura e melhora na qualidade de vida..............................................26

3.5.Resultados dos questionário.................................................................................................................... 28

3.6.Análise fitoquímica das espécies mais citadas.........................................................................................29

4. CONCLUSÃO......................................................................................................................................... 31

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

No momento da colonização do Brasil os escravos eram classificados pela região de onde embarcavam

na África, obtendo negros de diferentes regiões, predominavam as etnias Bantos (Congo, Angola, Moçambique

e outros), Jejes (Benin, Togo, Gana e Nigéria) e Nago-Yorubás (Benin, Nigéria, Ketu e outros) Ferreira (2008).

Os africanos, logo quando chegavam no Brasil, após terem sobrevivido as precárias condições de viagem nos

porões dos navios negreiros, em meados do século XVI até metade do século XIX, foram escravizados e

trabalhavam principalmente na produção açucareira. Houve uma grande influência africana na cultura brasileira,

deixando marca principalmente na música, língua, culinária e religião. Os escravos africanos ocuparam toda costa

litorânea e interior do país, principalmente Minas Gerais e Goiás Vagner (2015)

As religiões de matriz africana chegou ao Brasil junto aos escravos, com suas características e

ensinamentos, trazendo um povo fiel sobre seus costumes e crenças, mas com o desenvolvimento da Europa e

necessidade de exploração por novas regiões, ocorreu a chegada dos portugueses ao Brasil, sendo assim, a

diversidade da cultura brasileira resultou em um forte desmembramento sobre os ensinamentos de cada região,

gerando divergências de opiniões devido as crenças dos indígenas, dos africanos e dos português. Silva (2005).

Os europeus exigiam que os escravos que os serviam, tinham que ser batizados e seguir os ensinamentos do

catolicismo, eram proibidos de praticar algum tipo de religião, que não fosse a católica. Assim, os indígenas e

africanos foram catolizados, servia a doutrina dos brancos, mas isso não fez com que os escravos perdessem a fé

em seus santos. Após a escravidão, com conhecimentos indígenas e africanos, foi possível a criação das religiões

de Umbanda e Candomblé no Brasil, a partir do enraizamento cultural de africanos escravizados e saberes dos

indígenas, gerou-se as religiões afro-brasileira. Silva (2005).

A cultura produzida é interligada pelas junções do modo de vida de um grupo social, incluindo formas de

influenciar ou sendo influenciado por doutrinas em relação a determinado espaço social. Este fenômeno ocorreu

com as religiões de matriz africana e indígenas, foram moldadas a condição dos europeus, que determinaram que

os princípios da católica seriam considerados mais importante ou superior em relação as outras, conceito

conhecido como etnocentrismo. Essa concepção de definir qual religião é mais evoluída que a outra, resulta em

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um julgamento aos traços da cultura alheia, visão de mundo, ética e moral, resultando no preconceito, que é

observado nos dias atuais em relação aos terreiros. Portuguez, (2015).

Há milênios o homem utiliza plantas e rituais como forma de cura para diversas enfermidades, seja ela

física ou psicológica, obtendo técnicas para limpezas espirituais, na busca pelo bem-estar e equilíbrio mental, no

o trabalho citado por Kleinman (1978), descreveu o conceito do sistema médico atribuído ao grupo que identifica

a doença, compartilhando saberes que relaciona a alternativas de conceder a cura de enfermidades por métodos

como ficar de repouso e relacionar com itens de espécies vegetais, animais e entre outros.

Diferentes rituais que auxiliam na aproximação do mundo espiritual e ativação de plantas para fins

curativos, resultam em diferentes técnicas para que possam fornecer aos fiéis uma experiência do poder das

plantas e conhecimentos sobre as danças e músicas dentro aos ensinamentos de Umbanda e Candomblé. Além

disso religiões e crenças populares fazem o uso de plantas para cura de enfermidades e no Brasil, a influência

afro-brasileira não menos relevante. Entre eles, quando alguém adoecia é porque estava repleto de energias ruins,

um curandeiro se encarregava de expulsá-la por meio de rezas e curas de origem vegetal, mas muitas vezes

também provenientes de animais seguido Martins et. al. (2000). Embora as religiões de matiz africana sejam

descriminadas aos olhos da comunidade, devido aos mitos criados por outras religiões, são repletas de

conhecimentos e estão retidos devido aos maus olhos a religião pela sociedade, tornando os saberes religiosos de

matriz africana algo exclusivo dos terreiros.

Além dos óleos essenciais, as plantas sintetizam ampla diversidade de outros compostos secundários,

como os fenólicos, que podem atuar de diferentes maneiras: muitos agem como compostos na defesa contra

herbivoria e interação com patógenos, outros têm função no suporte mecânico, podem também agir como

atrativos para polinizadores ou dispersores de frutos, na proteção contra a radiação ultravioleta ou reduzindo o

crescimento de plantas competidoras de acordo com Taiz & Zeiger (2009).

Os compostos fenólicos podem ser agrupados em diferentes categorias, como fenóis simples, ácidos

fenólicos, flavonoides, taninos condensados hidrolisáveis e ligninas Naczk & Shahidi (2004). Os flavonoides

constituem o maior grupo dentro dos compostos fenólicos e são importantes devido às suas diversas atividades

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sobre o sistema biológico, em peculiar, sobre o sistema cardiovascular e ação antioxidante Taiz & Zeiger (2009).

Em síntese, os compostos antioxidantes são capazes de interagir com os radicais e restringir os malefícios

causados por estes no organismo, diminuindo a incidência de doenças degenerativas, como o câncer, doenças

cardiovasculares, inflamações, disfunções cerebrais e a retardar o envelhecimento precoce de acordo com

Pimentel et al. (2006).

O presente trabalho tem como objetivo compreender a importância do uso dos vegetais nas práticas

ritualísticas do terreiro brasileiro do ramo Ketu originado da etnia Yorubá localizada no município de Ituiutaba,

Minas Gerais. Além disso, identificar as diversas espécies de plantas indicadas ao babalorixá (sacerdote);

especificamente as plantas utilizadas em ritos de Umbanda e Candomblé indicadas como medicinais; verificar a

identidade botânica das mesmas; registrar os nomes populares atribuídos às plantas pelo babalorixá e ressaltar a

capacidade que os médiuns tem de auxiliar os fiéis em sua trajetória de vida e proporcionado aos mesmo um

conhecimento sobre as técnicas e rituais de como utilizar a religião como fonte de cura e busca do bem-estar. Por

fim recrutar as espécies mais citadas nos questionários para a realização de analises fitoquímicas para analisar a

atividade antioxidante destras espécies.

Diante do exposto o presente trabalho contribuiu para registrar espécies de plantas e técnicas de uso na

religião afro-brasileira do terreiro Axé Olorigbin, além disso auxilia para divulgação da cultura e dos ritos que

promovem a melhora no bem estar dos iniciados da religião. Apesar dos terreiros serem mau vistos dês do início

do formação das religiões, por ser formada a meio dos escravos e índios, este trabalho contribuirá para romper o

preconceito e divulgar dos conhecimentos que estão enraizados na cultura e como os saberes podem contribuir

para melhorar a vida dos praticantes.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Área de Estudo

Na (Figura. 1) está ilustrado mapa do município de Ituiutaba pertence ao centro-norte do Triângulo

Mineiro, localizado no oeste do estado de Minas Gerais. Possui uma área de 2.694 km2 tendo como vegetação

típica o Cerrado (Prefeitura Municipal de Ituiutaba, 2018). O município possui atualmente 104,067 habitantes,

dentre esses, 93.125 residentes na área urbana e 4.046 na área rural, com uma densidade demográfica igual a

37,40 hab/ km2 (IBGE, 2010). A população economicamente ativa é de 49.862 habitantes (Prefeitura Municipal

de Ituiutaba, 2018).

O terreiro ILé Àse Tobi Babá Olorigbin foi o primeiro a se regularizar na Prefeitura Municipal de Ituiutaba

e também na Federação Espirita, Umbandista e Candomblé de Minas Gerais, considerado a construção pioneira

no loteamento Cidade Jardim. Situado no terreno de número 399 da Rua das Orquídeas, bairro Residencial Cidade

Jardim, na região sul do município, próximo dos bairros Pirapitinga, Camilo Chaves e Lagoa Azul II, segundo

Portuguez, (2016).

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Figura 1. Mapa com a localização do terreiro Axé Olorigbin, localizado no município de Ituiutaba, Minas Gerais.

2.2. Público alvo

O estudo foi realizado em quatro etapas, a primeira se iniciou com visita técnica que ocorreu para auxiliar

quais ervas fazem parte do quintal do terreiro e conhecer o local para a aplicação dos questionários, para

compreender a ação das plantas e seus benefícios utilizados na religião afro-brasileira. Em um segundo momento

no sábado que é dia das giras no terreiro, ocorreu a aplicação dos questionários aos 20 participantes. Após a

aplicação do questionário e coleta de dados foram identificadas e catalogadas, contribuindo para a criação de um

catálogo das espécies utilizadas nos rituais e por fim as espécies mais citadas no questionário, foram coletadas

secas em temperatura ambiente e utilizadas para análises fitoquímica no Laboratório de Botânica e Ecologia no

Domínio Cerrado (LABEC).

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As coletas dos dados ocorreram entre os meses de novembro e dezembro de 2018, no templo religioso

Axé Olorigbin, localizado no município de Ituiutaba, Minas Gerais.

Antes de dar início a execução do trabalho, o projeto foi submetido para apreciação pelo Comitê de Ética

e Pesquisas com Seres Humanos - CEP/UFU de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

Após a aprovação no CEP, sobre o registro 078401/2018 a equipe executora deu início aos trabalhos.

Considerando que o templo realiza suas atividades aos finais de semana, a equipe executora realizou uma

visita piloto no templo em novembro de 2018 para explicar quais objetivos ao babalorixá e participante sobre a

ação da pesquisa.

A primeira abordagem foi realizada diretamente aos frequentadores do templo, a fim de promover

recrutamento dos participantes e os mesmos foram convidados a participar da pesquisa, os que concordaram e

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), responderam o questionário. O questionário

utilizado foi o semiestruturado e teve como objetivo verificar os conhecimentos que os participantes possuem

com relação a utilização de plantas na religião. Ressalta-se que a aplicação do questionário foi realizada no fundo

do templo, com os participantes sentados e precisaram de aproximadamente 10 minutos, não houve necessidade

de deslocamento para realização da pesquisa.

A aplicação do questionário semiestruturado, possibilitou as conversa com o babalorixá sobre forma de

uso das plantas e relatos dos benefícios que a religião trouxe aos frequentadores, aprofundamento de situações

que surgiram no decorrer das visitas técnicas, proposto por Albuquerque et al. (2010). As questões buscaram

registrar informações e a não identificação pessoal do participantes, somente (idade e sexo) e os dados sobre as

plantas utilizadas, bem como o modo, a finalidade e capacidade de curar enfermidades, segundo Negrelle &

Fornazzari. (2007).

As informações etnobotânicas sobre o local de coleta e a categoria de uso das plantas como medicinais,

litúrgicas e/ou ornamentais foram provenientes de observações, contatos informais com o babalorixá, responsável

pela liturgia e administração do terreiro e frequentadores do templo. Os roteiros das questões abertas que

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abordaram aspectos socioculturais e ritos que promovem curas na religião afro-brasileira e o conhecimento

etnobotânico dos frequentadores do templo.

É importante ressaltar que, em um terceiro momento, após análise dos questionários, foi realizada a coleta

do material botânico mais citado pelos informantes e na presença do babalorixá nos jardins. O material botânico

foi herborizado e será comparado com as espécies do Herbário de Uberlândia, HUFU Holmgren et al. (1990) e

as espécies foram identificadas através do sistema APG IV (2016), literatura específica Souza; Lorenzi. (2012);

Lorenzi; Matos, (2002) e comparações às exsicatas do herbário HUFU.

Para encerrar a coleta de dados, foi utilizado curvas de acumulação de espécies (curva do coletor) que

permitiu avaliar o quanto um estudo se aproxima de capturar todas as espécies do local. Quando a curva estabiliza,

ou seja, nenhuma nova espécie é adicionada, significa que a riqueza total foi obtida. A partir, disso, novas

amostragens não foram necessárias segundo SCHILLING; FERREIRA (2008). Sendo assim, a amostra foi

realizada por saturação, o que justifica a não necessidade de um número amostral de pessoas e espécies

A análise dos dados foram geradas através do perfil dos participantes e a relação destes com as práticas

afro-brasileiras e o uso das plantas em rituais, o conhecimento etnobotânico e a ocorrência de estudos químicos

e farmacológicos realizados com espécies que foram mais citadas acima de três vezes. Para tanto, será acessado

as bases de artigos científicos SciELO, Scopus, Science Direct e Web of Science.

Por fim, com estas informações obtidas, foi elaborado uma lista de espécies organizada por ordem

alfabética das famílias botânicas, seguidas pelo nome científico, nomes populares, categoria de uso na religião

afro-brasileira e uso popular (medicinal, litúrgica e/ou ornamental) e forma de obtenção das plantas (cultivo,

feiras livres e extrativismo). Além disso, houve um retorno a comunidade estudada através da divulgação dos

resultados encontrados, sendo disponibilizado para os frequentadores do terreiro uma cartilha com todas as

plantas citadas por eles e as principais informações sobre identificação, formas de uso e função medicinal.

2.3. Quantificação do teor de compostos fenólicos total

Para a determinação de fenóis totais foi utilizado o método de Folin - Ciocalteau com modificações

segundo Singleton, V.L; Rossi, J.A.J. (1965).

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Para a obtenção do extrato 0,1g de material botânico seco foi macerado em 10 mL de acetona 70% (v/v).

O extrato então foi filtrado e levado a centrífuga por 10 minutos a 10.000 rpm. Após a centrifugação alíquotas de

20 |iL do sobrenadante da amostra foram homogeneizados com 150 |iL do reagente de Follin - Ciocalteau. A

reação foi neutralizada com 600 liI. de carbonato de sódio 15% (30g de carbonato de sódio (Na2CO3) e 100 mL

de água destilada, que foram levados para chapa aquecedora onde deveram aquecer por 20 minutos) e o volume

completado até 4 mL através da adição de água destilada. Após 45minutos de incubação, absorbância da solução

foi verificada a 760 nm em espectrofotômetro UV-Visível. A quantificação do teor de fenóis foi feita com base

em curva de referência de ácido gálico e expresso em mg de fenóis (equivalente de ácido gálico) g-1 M.S.-1. Foram

realizadas três repetições de cada espécie, cada repetição em triplicata.

2.4. Quantificação do teor de flavonoides totais

O teor de flavonoides foi determinado de acordo com o método espectrofotométrico adaptado de Santos

& Blatt (1998); Awad et al. (2000). Para a análise do teor de flavonoides totais foram utilizadas três repetições

cada uma em triplicata, e amostras de 0,1 g de material vegetal seco foram maceradas em 20 mL a mistura de

etanol 70% (v/v) e 15mL de ácido acético 10% (v/v). A mistura foi filtrada e levada para centrifugar por 20

minutos a 10.000 rpm. Após a centrifugação 4mL do sobrenadante foram homogeneizadas com 200 liI. de cloreto

de alumínio (AlCl36H2O) a 10% e o volume foi completado para 5 mL com ácido acético 10% (v/v). A

absorbância foi verificada após 30 minutos a 425 nm em espectrofotômetro UV-Visível. O teor de flavonoides

totais foi determinado em comparação com a curva de referência de quercetina e expresso em mg de flavonoides

(equivalente de quercetina) g-1 M.S.-1.

2.5. Atividade antioxidante

O método de determinação da atividade antioxidante foi através da capacidade dos antioxidantes presentes

na amostra em capturarem o radical livre DPPH (2,2- difenil-1-picril-hidraliza) (Brand-Williams et al. (1995);

Sanchez-moreno et al. (1998). O procedimento do ensaio foi realizado de acordo com o método descrito por

Mensor et al. (2001). Inicialmente a solução de DPPH será preparada a 0,3 mM em metanol 70%. Para a obtenção

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do extrato 0,2 g de material seco foi macerado e homogeneizado com 20 mL de etanol 70%, filtrado e diluído

com etanol 70% nas concentrações 5, 10, 50, 125 e 250 |ig. mL-1 em um volume final de 2,5 mL.

A amostra foi preparada, em cada concentração, com alíquotas de 2,5 mL de extrato e adicionado 1 mL

de solução de DPPH (0,3 mM), obtendo-se um volume de 3,5 mL em cada concentração. As diluições foram

mantidas em repouso à temperatura ambiente e ao abrigo da luz por 30 minutos. A leitura de absorbância das

amostras foi realizada em 518 nm em espectrofotômetro UV-Visível. O branco foi preparado com 2,5 mL do

extrato, nas diferentes concentrações, e 1 mL de etanol 70%, somando também um volume total de 3,5 mL. Foi

preparado também o controle com 2,5 mL de metanol 70% e 1 mL do radical livre DPPH. A leitura obtida foi

convertida em porcentagem de atividade antioxidante (%AAO), usando a seguinte fórmula:

%AAO = 100 - {[(ABSamostra - ABSbranco) x 100]/ ABScontrole Onde:

AAO% = Percentual de Atividade Antioxidante ABSamostra = leitura da amostra

ABSbranco = leitura do branco ABScontrole = leitura do controle

Após a leitura, foi construída a curva de regressão utilizando as concentrações da amostra (5, 10, 50, 125

e 250 |ig. mL-1) e suas respectivas porcentagens de atividade antioxidante (%AAO), obtendo-se assim a equação

da reta. Usando o “Microsoft Excel”, a partir da curva de regressão, plotando-se na abscissa as concentrações das

amostras (5, 10, 50, 125 e 150 ^g. mL-1) e na ordenada, a proporção da atividade antioxidante (%AAO), a equação

da reta (y = ax+b) foi obtida e sua resolução (substituindo y por 50) resultou no valor de CE50, que se refere à

quantidade de antioxidante necessária para decrescer a concentração inicial de DPPH em 50%. A partir deste

valor foi avaliada a capacidade da amostra em sequestrar o radical livre DPPH, expressando assim seu potencial

antioxidante, sendo mais eficiente quando o extrato apresentar menor CE50, de acordo com Souza et al. (2007).

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1.Coleta de dados

Foram contabilizada 53 espécies vegetais com indicação do nome científico, Família, nome religioso,

nome popular, uso religioso e uso terapêutico representado na (Tabela 01), seguida das pranchas de imagens para

melhor identificação. O tamanho da amostra (20 entrevistados) e os diálogos com o babalorixá, estabeleceu uma

representação expressiva para representar 95% das espécies que se utilizam nos rituais de umbanda e candomblé

presentes no terreiro Axé Olorigbin.

Os dados da (figura 9) está representados por famílias, o grupo entre as famílias mais citadas na tabela 1

foi Asparagaceae, segundo trabalho do PIRES, M. V. et. al. (2009) o trabalho indicou Asteraceae com o maior

citação, não foi encontrado descrição da família asparagaceae neste trabalho, porém o total de plantas coletadas

entre os dez terreiro estudados, localizados no município de Ilheus -BA e Itabuna -BA, contabilizou 73 especeis

de vegetais utilizadas na religião, concluindo que este trabalho obteve uma coleta de dados muito significativas

comparando com as quantidades de plantas de quintal nos terreiros.

O levantamento das espécies botânicas descrita na (Tabela 01), contribuiu para compreensão da

importância do nome cientifico de cada planta, por haver uma diferença nos nomes populares criados por culturas

de diferentes região, além disso os nomes escolhidos para as plantas tem relação com sua ação medicinal, uma

delas é a tira teia ou vence tudo (Justicia gendarussa Burm f.), que são espécies conhecidas por quebrar feitiço,

desfazer “macumba”, além de abrir caminhos deixando para trás negatividade, atuando como descarrego

Pagnocca (2017). Entretanto os nomes são trazidos junto a criação da religião, nomeando as plantas com nomes

de santos, ação curativas e por suas morfologias externa.

As plantas que são consideradas tóxicas apresentam estruturas e aparência expressiva, alertando ao

cuidado, observação realizada por obter conhecimento da espécie ser toxica e relacionar com suas morfologia,

uma das plantas que deixou isso bem visível foi a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena Bull), suas

folhas apresentam manchas brancas sobre a cor verde insinuando cuidado, além de atuar na proteção contra

energias negativas Camargo (2014). Porém uma planta considerada forte com folhas que exibem espinhos,

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machas e sinais de perigo, são utilizadas como banhos quentes na umbanda, para sacudir a vida, agitar e fornecer

uma carga vital a pessoas desmotivadas e sem expectativas.

Nossos resultados indicam que a capacidade das plantas de curar enfermidades do meio físico está

interligada ao meio espiritual. Algumas plantas demostram bem esse fato, o uso do banho com as folhas da alface

d'água (Pistia stratiotes L.) no meio religioso tem finalidade de atuar enfermidades da visão, fornece a pessoa

uma limpeza nos olhos, para começar desenvolver mediunidade, segundo Medeiros et.al (2004), estas espécies

tem um potencial medicinal terapêutico que contribui em curar males dos olhos, sendo benéfica para conjuntivite,

alergias e irritações, assim é possível observar uma relação na capacidade da planta de atuar no meio físico e

espiritual, com um princípio relacionado aos olhos.

Ainda assim, é possível observar ações relacionadas ao meio físico com o meio energético, uma planta

muito utilizada como banho de descarrego na umbanda é o boldo, uma espécie que apresenta grande capacidade

de limpeza energética, consegue eliminar energias negativas acumuladas nas pessoas. Porém no meio terapêutico

o boldo (Plectranthus ornatos Cool) tem a mesma finalizada de limpeza, mas atua no corpo físico melhorando o

funcionamento do estomago, intestino e fígado, assim eliminando impurezas do corpo Santos; Almeida (2016).

Neste sentido existem outras espécies de plantas que apresentam capacidade de limpeza corporal, uma

delas é espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata Prain), espada de Santa Barbara (Sansevieria zeylanica Willd)

e lança de São Jorge (Sansevieria cylindrica Bojer), atuam muito bem em tirar energia negativas das pessoas e

de locais Pagnocca (2017). Entretanto estas plantas quando utilizada como ornamentais tem a capacidade de

purificar o ambiente, apresentam uma capacidade de absorver gases poluentes e eliminar oxigênio, assim se

observa que o mecanismo de limpeza está relacionado com o meio energético e físico.

Com uma análise nos resultados do trabalho entre os conhecimentos empíricos religioso, foi possível

observar que o Abébé (Polyscias scutellaria Burm f.), é uma planta com uma capacidade de atuar no aumento da

autoestima da pessoa que faz o uso do banho, além de promover uma visão ampla para as enxergar as coisas

felizes e alegres da vida, substituindo a sensação de tristeza e melhorando a qualidade de vida.

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12

Os conhecimentos empíricos descrito pelo babaorixá descreveu que as plantas descritas na (Tabela 01),

apresentam diversas ações medicinais, uma parte destas plantas são utilizadas como decoração, são utilizado

flores sementes e arranjos de galos e folhas, além de compartilham um potencial de alegrar o local e contribui

com o afeto da beleza que transmite, então no meio cientifico estas plantas não tem ação medicinal propriamente

dita, mas na religião quando uma das folhas caem no chão sobre o terreiro, ela é lavada depois seca ao sol e

triturada para servir de incenso no momento das giras aos fins de semana, estas folhas, para a religião, recebe

carinho, atenção, afeto e amor e estes sentimentos criado sobre a planta, se torna parte da folha, e quando

queimada estas folhas eliminam essas energias boas cheia de fé. Apesar da fé ser o mecanismo que potencializa

os princípios ativos das plantas, as espécies vegetais atuam como um intermédio para que a fé atue sobre a

capacidade da planta de cura.

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12

Tabela 1. Espécies utilizadas para fins ritualísticos no Centro Religioso Axé Olorigbin do município de Ituiutaba, Minas Gerais, com indicação do nome científico, família botânica, nome religioso, nome popular, uso religioso e uso terapêutico.

FAMILIA/Nome científico Nome Religioso Nome Popular Uso Religioso Uso Terapêutico

ACANTHACEAEJusticia gendarussa Burm. f.(1)

Vence demanda ouTira teima

Abre-caminho, quebra-tudo e vence-tudo.

Banho ata para abrir caminhos e quebra feitiços

Dor de cabeça, problemas respiratórios, bronquite,reumatismo, reduz a febre e digestivo.

ANACARDIACEAESpondias dulcis G.Forst.(2)

Cajazeira Cajá-manga Arvore representa aancestralidade feminina, fruto não pode ser comido. Planta sagrada.

Cicatrizante, regula intestino, dores estomacais e antimicrobiana.

ANACARDIACEAEMangifera indica (L.) (3)

Mangueira Mangueira, manga-indica e mangueirão.

Banhos auxilia na fertilidade, são utilizadas nas giras para descarregar energias negativas.

Anti-inflamatório, gripe, reduz febre, tosse, bronquite e asma.

ARACEAEColocasia esculenta (L.) Schott (4)

Inhame inhame-coco, inhame-dos- açores, taioba.

Folhas utilizadas para servir oferendas.

Melhora sistema imunológico, qualidade do sangue, grande fonte de vitaminas e minerais.

ARACEAEDieffenbachia amoena (Bull) (5)

Comigo ninguém pode.

Comigo ninguém pode. Banho quente, ativa vida, abre caminhos, limpeza espiritual.

Tóxica

ARACEAEPistia stratiotes (L.)(6)

Ojuoro ou Erva de santa Luzia

Pistia, alface d'água. Banho Auxilia na visão, desenvolver mediunidade.

Diurético, frieira, fígado, rins e colírio irritações nos olhos.

ARALIACEAEPolyscias scutellaria (Burm. f.)(7)

Abébé Erva- capitão, acaricioba, arália-de-balfour eacariroba.

Banhos- Ligada a autoestima, visão para as coisas felizes e retirar tristezas.

Manchas na pele; Anti-inflamatório;Digestão; Diurética.

ARECACEAEElaeis guineensis (Jacq.)(8)

Dendezeiro Dendezeiro, palmeira-de- óleo-africana, palmeira- dendém e palma de guiné.

Folhas utilizadas para fazer franjas de Mariô. Raízes, galhos e frutos são utilizados para decoração e oferendas.

Óleo do fruto rico em vitamina A, auxilia no melhoramento da pele, olhos e colesterol.

ASPARAGACEAESansevieria cylindrica (Bojer) (9)

Lança de São Jorge Lança de São Jorge, lança e espada

Banho utilizado para limpezas corporais e locais, espanta energias negativas.

Utilizada para purificar o ar.

ASPARAGACEAESansevieria trifasciata (Prain)(10)

Espada de São Jorge verde

Espada de Santa Barbara, Espada-de-São-Jorge erabo-de-lagarto.

Banho utilizada para limpezas corporais e locais, espanta energias negativas.

Utilizada para purificar o ar.

ASPARAGACEAESansevieria zeylanica (willd.)(11)

Espada de santa Barbara e espada de carijó espada de Oxossi.

Espada de Santa Barbara, Espada de São Jorge.

Banho utilizada para limpezas corporais e locais, espanta energias negativas.

Utilizada para purificar o ar.

ASPARAGACEAEDracaena deremensis Engl.(12)

Peregum verde Dracena ou pau D' água. Banhos que auxilia na manifestação dos orixás, leva ao transe, atrair sorte.

Reumatismo uso externo.

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13

ASPARAGACEAEDracaena fragrans (L.) Ker Gawl. (13)

Peregum ou CarijóAmarelo

Peregum amarelo. Banhos para Limpezas, proteção e sacudimento.

Compressa para reumatismo.

ASTERACEAEAcmella oleracea (L.) R.K. Jansen (14)

Capeba, Oripepé eJambú

Jambú, jabuaçu, erva- maluca, agrião do norte e agrião do Pará.

Utilizada como banho frio.Acalmar cabeça quente.

Digestão, anestésicas e melhora o apetite.

ASTERACEAEElephantopus mollis (Kunth) (15)

Língua de vaca Erva-grossa, erva-grossa, fumo-bravo, erva-de-colégio e suçuaia.

Banhos quentes, auxilia na purificação e fortificara em cumprir as obrigações

Diurética, irritações na pele, alergias, antirreumática, tosse, gripe, catarro pulmonar, bronquite.

ASTERACEAESolidago chilensis (Meyen)(16)

Arnica Espiga -de-outro, arnica- do-campo, arnica silvestre.

Banho limpeza corporal. Cicatrizante e anti-inflamatória.

BIGNONIACEAENewbouldia laevis (P. Beauv.) Seem. ex Bureau.(17)

Acoco africano Acoco, akóko enewbouldia.

Banho para prosperidade de dinheiro e filhos,(Multiplicação)

Analgésica, estomacal, diarreia, dessentiria, tosse e para crianças com epilepsia e convulsões.

CLUSIACEAEGarcinia kola (Heckel)(18)

Orobô. Orogbô ou Orobó. Pedir permissão para os orixás realizarem rituais.

Bronquite, Infecções na garganta, cólicas, gripe, distúrbio no fígado, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral.

CONVOLVULACEAEIpomoea sect. Batatas (Choisy) Griseb(19)

Eue caxuman Batata-doce Banhos atuara na fertilidade e adoçar corações amargos.

Vitamina A, chá das folhas aumenta lactação.

COSTACEAECostus spicatus (Jacq.) Sw.(20)

Canela de macaco, Ewé tètèrègún e Pèrègún.

Cana-de-macaco e cana- do-brejo.

Banhos no intuito de limpeza, acalmar e tranquilizar.

Diurético, anti-inflamatório,gonorreia, problemas na bexiga, cólicas, laxante e diabetes.

CRASSULACEAEBryophyllum Pinnatum (Lam.) kurz(21)

Fortuna Milagre de são Joaquim, Saião, Folha grossa e fortuna.

Banho atrai prosperidade, calmante, dificuldade na concentração e manter a cabeça nos estudos.

Anti-inflamatório, tosse, furúnculo, Infecções na pele como feridas e cortes.

CRASSULACEAEKalanchoe brasiliensis (Cambess) (22)

Saião Kalanchoe, flor-da-fortuna, coerana e erva-da-costa.

Banhos em relação a visão, esclarecer melhor os olhos, utilizados para vendar os olhos das oferendas para não ver a morte, e banhar os búzios.

Diurético, infecção pulmonar, elimina leishmaniose e uso incorreto cauda hipertireoidismos.

CRASSULACEAEKalanchoe laetivirens Desc. (23)

Língua de exu Aranto, mãe de milhares ou mãe de mil filhos

Banho atua para aumentar comunicação, para pessoas com dificuldade de socializar.

Anti-inflamatório, câncer, lesões feridas adstringente, alivia febre e diarreia.

CURCUBIACEAELuffa aegyptiaca (L.)(24)

Bucha vegetal Bucha, bucha-dos-paulistas, bucha-de-pescador e esfregão,

Banho de folhas para limpeza espiritual

Vermífuga, fígado, prisão de ventre, diurético, anemia e sinusite.

DIOSCOREACEAEDioscorea bulbifera (L.) (25)

Inhame cará Cará-do-ar, inhame-do-ar e Cará-moela.

Servir oferendas aos orixás (folhas e tubérculo)

Fortalece o sistema imunológico, controle na pressão arterial, anti- inflamatório e reduz cólicas menstruais.

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14

EUPHORBIACEAE Jatropha gossypiifolia L. (26)

Pinhão roxo Pinhão-de-purga, pinhão- paraguaio e pinhão-bravo.

Banho para crianças que crescem com amarelão.

Catarro nos pulmões, gripe, dores de garganta e limpa útero.

EUPHORBIACEAERicinus communis L.(27)

Mamona Ricinus, mamona Utilizada em banhos de limpeza, folhas para servir oferendas e decorações.

Reumatismo, emenagoga, uso externo para inflamação e sementes são tóxicas

EUPHORBIACEAERicinus sanguineus Groenl. (28)

Mamona roxa Mamona, carrapateira Limpeza de energiasnegativas, folhas para servir oferendas e fruto decoração.

Reumatismo, emenagoga, uso externo para inflamação e sementes são tóxicas

EUPHORBIACEAERuta graveolens L. (29)

Arruda Arruda-fedida, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins.

Benzedura Inflamações de pele, dores de ouvido(compressa), dores de dente, abortivo, anti-helmínticas, fígado e promove a menstruarão.

FABACEAETetrapleura tetráptera (Schumach. E Thonn)(30)

Aridã ou Aridan Fava-de-aridan Banhos para atrair boa sorte e proteção de feitiços

Convulsão, hanseníase,inflamações, e ainda aplicada nas dores de reumatismo

LAMEACEAEPlectranthus ornatus (cood) (31)

Boldo miúdo Boldo gambá ou boldo rasteiro

Banho frio, auxilia no relançamento e tranquilizante.

Funcionamento do fígado e sistema digestivo.

LAMIACEAEOcimum basilicum (L.)(32)

Alfavaca Alfavaca ou alfavaca de vaqueiro.

Utilizado em banhos para limpeza corporal, auxilia na filtragem do sangue.

Diminui febre, infecção bacteriana, gastrite, digestivo, parasito intestinal alívio pulmonar, antibacteriana, antiespasmódico e antirreumático.

LAMIACEAEOcimum thyrsiflorum L.(33)

Manjericão Manjericão, alfavaca e alfavação.

Utilizado em banhos quente, para retirar negatividades, energia ruins e fornecer disposição e animo

Diminui febre, infecção bacteriana, gastrite, digestivo, parasito intestinal alívio pulmonar, antibacteriana, antiespasmódico e antirreumático.

LAMIACEAEPlectranthus amboinicus (Lour.) spreng (34)

Boldo graúdo Boldo brasileiro, falso boldo e hortelã graúda

Banho frio, para limpeza, relaxamento e equilíbrio

Problemas digestão, útero, ovários, tosse, dor de garganta e fígado.

LYTHRACEAEPunica granatum (L.) (35)

Romã Romãnzeiro, romeira,Granada, miligrana e milagrada.

Banho quente abrir os olhos para si mesmo, união de amigos e familiares.

Antioxidante, gengivite, tosse, anti- inflamatório garganta, diarreia e vermífugo.

MALVACEAECola acuminata (P.Beauv) (36)

Obi ou Noz de cola Café-do-fundão ou Cola. Banho para permissão para os orixás realizarem rituais.

Regulador da circulação sanguínea, estimula sistema nervoso e muscular, antidiarreica.

MELIACEAEMelia azedarach L.(37)

Para raio Santa-Bárbara, árvore-do- paraíso, Cinamomo,Amargoseira e Jasmim-de- calena.

Limpeza do ambiente Antimicrobiana, antiviral eantiparasitária.

MORACEAEArtocarpus heterophyllus (Lan.) (38)

Jaqueira, apaoka Jaca-mole e jaca-dura Banho relacionadoancestralidade feminina,utiliza para consagrar aos cultos a iyàmi

Tosse, asmas, problemas intestinais, antidiarreicas, ossos e dentes.

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15

MORACEAEFicus gomelleira (Kunth) (39)

Gameleira branca Cerejeira, figueira-brava eGameleira-de-purga

Arvore sagrada, responsável por esta arvore que os orixás descem a terra.

Dores corporal.

MORACEAEMorus nigra L. (40)

Amora Amoreira-negra, amora e amora-negra

Banho ligado a rituais em conexão com os ancestrais

Anti-inflamatório, regula trato gastrointestinal, regula pressão, calmante e diurético.

MUSACEAEMusa sp.(41)

Bananeira Banana-nanica Embrulhar e dar forma aos alimentos

Digestão, controle da diabete, câimbras, pressão sanguínea.

MYRTACEAE Psidium guajava L. (42)

Goiabeira Goiaba, araçá-goiaba,guaiaba e araçá-das-almas.

Utiliza como aquidavi baqueta para instrumento.

Diarreia, dor de garganta, tosse e gengivite.

PASSIFLORIACEAEPassiflora edulis (Sims) (43)

Maracujá Maracujazeiro Banho de folha para iniciação do orixá, o fruto é utilizado em ritos para depressão, tristezas ligada ao amor.

Auxilia na redução do estresse, insônia, controle da pressão sanguínea e calmante.

PIPERACEAEPeperomia pellucida (L.)(44)

Oriri erva-de-jabuti, alfavaquinha-de-cobra eoriri.

Auxilia na visão, seu banho é frio e acalma.

Anti-inflamatório, tosse, gengivite, previne infarto e combate chagas.

POACEAECymbopogon citratus (DC.) Stapf (45)

Capim cidreira Capim-limão, capim-santo e erva-príncipe.

Banhos para acalmar, relaxar e trazer equilíbrio.

Anti-inflamatório, analgésico,calmante, cólica, antimicrobiana e diurético.

POACEAE Zea mays L. (46)

Milho ou Abado Milho. Os grãos e cabelo, são utilizados para atrairprosperidade (oferta).

Diurético, hipoglicemia, febre, melhora sistema cardíaco, diminui a tiroide e atua como moderador do metabolismo

RUTACEAEMurraya paniculata (L.) (47)

Cafezeira, café Falsa-murta, murta-de-cheiro e dama-da-noite.

Utilizadas em decorações em rituais, aquidavi (instrumento)

Antioxidante, expectorante,antisséptica e digestivo,

RUTACEAEPilocarpus microphyllus (Stapf exWardlew.)(48)

Jaborandi Jabrandi-do-maranhão, jaborandi-legítimo, jaburandi.

Utilizados em banhos quentes, animar e dar ânimo.

Previne inflamação do coro cabeludo, seborreia e glaucoma.

SOLANACEAESolanum aculeatissimum (Jacq.) (49)

Espinheira Arrebenta cavalo, joá, joazeiro, joá-de-espinho.

Planta muito quente funções para exu, fundamentar ao orixá, Utilizadas paraalimentos, decoração

(Fruto uso - externo), problemas na pele, coceira, urticária e manchas.

SOLANACEAESolanum cernuum Vell. (50)

Panaceia Barba-de-bode, panaceia, velame.

Banho para caxumba e testículo.

Diurético, útero, pressão sanguínea, urticária, ulcera e irritações na pele.

VERBENACEAEAloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. (51)

AlfazemaBrasileira,

Erva-santa, alfazema cabocla, erva-da-graça e erva-de-colónia

Banho para atrair energias positivas.

Anti-inflamatório, alivia incômodos na bexiga, gripe e calmante.

ZINGIBERACEAEAlpinia speciosa (J.C. Wendl.) K. Schum. (52)

Colónia Flor-de-colônia, gengibre- concha, gengibre-casca, macacá.

Banhos para, acalmar, tranquilizar e ajuda dormir

Anti-inflamatório, diurético, resfriado, gripe e pressão arteriais.

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ZINGIBERACEAEZingiber officinale Roscoe. (53)

Gengibre Gengibre, mangarataia, gingibre e gengivre.

Bebida sagrada a todos orixás chamada Aruá, atrair prosperidade e saúde.

Inflamação de garganta, asma, bronquite, digestivo, cólica, antimicrobiana, anti-inflamatória, antitrombose melhora o estomago e fígado.

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17

Figura 2. Fotos: 1- Justicia gendarussa Burm f.; 2- Spondias dulcis Forst. f; 3: Mangifera indica L.; 4-Colocasia esculenta L.; 5- Dieffenbachia amoena Bull.; 6- Pistia stratiotes L.; 7- Polyscias scutellaria Brurm f. e 8- Elaeis guineenses Jacq.

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Figura 3. Fotos: 9- Sansevieria cylindrica Bojer.; 10- Sansevieria trifasciata Prain.; 11- Sansevieria zeylanicaWilld.; 12- Dracaena deremensis Engl; 13- Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl; 14- Acmella oleracea (L) R.K. Jansen.; 15- Elephantopus mollis Kunth.; e 16- Solidago chilensis Meyen.

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19

Figura 4. Fotos: 17- Newbouldia laevis (P. Beauv.) Seem. ex Bureaeu.; 18- Garcinia kola Heckel.; 19- Ipomoea sect. Batatas (Choisy) Griseb.; 20- Costus spicatus (Jacq.) Sw..; 21- Bryophyllum Pinnatum (Lam.) kurz .; 22- Kalanchoe brasiliensis Cambess.; 23- Kalanchoe laetivirens Desc.; e 24- Luffa aegyptiaca. L

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20

Figura 5. Fotos: 25- Dioscorea bulbifera L; 26- Jatropha gossypiifolia L.; 27- Ricinus communis L.; 28- Ricinus communis L.; 29- Ruta graveolens L.; 30- Tetrapleura tetráptera Schumach. E. Thonn.; 31- Plectranthus ornatos; Cool e 32-Ocimum basilicum L..

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21

Figura 6. Fotos: 33- Ocimum thyrsiflorum L.; 34- Plectranthus amboinicus Lour. Spreng.; 35- Punica granatum L.; 36- Cola acuminata P.Beauv; 37- Melia azedarach. L; 38- Artocarpus heterophyllus Lan.; 39- Ficus gomelleira Kunth.; e 40- Morus nigra L.

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22

Figura 7. Fotos: 41- Musa sp.; 42- Psidium guajava L; 43- Passiflora edulis Sims; 44- Peperomia pelúcida L.45- Cymbopogon citratus Stapf.; 46- Zea mays L.; 47- Murraya paniculata L.; 48- Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardlew.

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23

Figura 8. Fotos: 49- Solanum aculeatissimum Jacq.; 50- Solanum cernuum Vell.; 51- Aloysia gratíssima Gillies & Hook.; 52- Alpinia speciosa (J.C Wendl) K Schum.; e 53- Zingiber officinale Roscoe..

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24

3.2. Levantamento por famílias botânicas

Familía Botânica das espécies

56

o

Figura 9. Recrutamento das famílias botânicas presentes no quintal do terreiro, foram 53 espécies citadas no

trabalho, distribuídas em 30 famílias, sendo as mais representativas: Asteraceae, Lamiaceae, Moraceae, Araceae,

Asparagaceae, Crassulaceae e Euphorbiaceae.

3.3. Análise de dados do questionário

Os entrevistados foram recrutados aos sábados, dia que ocorre semanalmente as giras no terreiro, sem

distinção de idade ou gênero, utilizando como critério que os participantes tenham sido iniciados há mais de um

ano na religião, por apresentarem mais vivências e experiências dentro do terreiro. Após a decisão em participar,

concordar e assinar o Termo de Compromisso Livre Esclarecido (TCLE), os participantes responderam o

questionário, de acordo com as normas do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade

Federal de Uberlândia (UFU), que autorizou a pesquisa através do registro 078401/2018.

Através da análise dos dados obtidos com o questionário, foi possível observar uma diferença na idade

entre os praticantes da religião, foi identificado o integrante mais novo com 20 anos de idade e o mais velho com

62 anos, totalizando 11 mulheres e 9 homens. Todos participantes que praticam a religião no terreiro Axé

Olorigbin são moradores da cidade de Ituiutaba, Minas Gerais. Além disso, houve somente uma pessoa que

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25

respondeu nunca ter usado planta para fins medicinais, as outras 19 pessoas descreveram que utilizam plantas

para fins de curar doenças físicas e espirituais.

Foi possível observar também que a forma de uso como banhos apresentou um percentual de 33,87%,

utilizado pelos participantes, a ingestão de chás apresentou uma porcentagem de 20,97%, a realização de plantas

para uso externo como compressa resultou 9,7%, a forma de manusear as plantas em função de oferendas 12,90%

e benzedura com 22,58%. Além disso a Figura 10 está representando o levantamento quantitativo sobre a

frequências das formas de uso mais citados pelos participantes, observando que a utilização como banhos é a

mais frequentes na busca de curar enfermidades. Contudo a justificativa em relação aos banhos serem mais

citados é devido o fácil acesso de manusear e alcançar suas ações terapêutica, apesar de ser uma das técnicas que

os médiuns recomendam aos praticantes em obter as ações das plantas.

21

MODO DE USO25

20

15

10

5

0Banhos Chás Compressas Oferendas Benzedura

Figura 10. Levantamento quantitativo sobre a frequência de modo do uso das plantas do terreiro

De acordo com os ensinamentos do terreiro e conhecimentos dos ancestrais, é possível obter a atividade

das plantas em função de cura, devido a ação do campo energético presente em cada ser vivo, esta prática é

conhecida como fitoenergética, que atua na cura de enfermidades e está relacionada com atuação no campo

energético das plantas, representado na religião afro-brasileira como energias dos orixás presente em toda

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26

natureza, segundo Gimenes (2017). Embora todos que utilizaram plantas na busca por cura de enfermidades

disseram ter obtido resultados significativos sobre as ações das plantas do quintal.

3.4. Atuação da religião em promover a cura e melhora na qualidade de vida

Este estudo foi voltado a religião da umbanda devido as práticas ritualísticas aos sábados com objetivo de

melhorar a vida dos praticantes, mas também o candomblé promover aproximadamente 10 festas por ano com

finalidade de celebrar e saudar os orixás, acarretadas de muitas comidas, danças e músicas afro-brasileira. No

questionário foi abordado perguntas sobre o direcionamento que a religião trouxe aos iniciados do terreiro Axé

Olorigbin, e como as práticas ritualísticas realizadas contribuiu para melhorar a qualidade de vida dos

participantes que praticam os ensinamentos da religião. Inicialmente no sábado da visita técnica, dia da aplicação

do questionário foi possível observar que os participantes se apresentaram muito bem em relação ao bem-estar, e

se mostraram muito calmos e tranquilos no final da gira de umbanda. Além disso com as experiências dos

participantes, foi possível observar no questionário relatos de, que os filhos da casa que fazem o uso do passe,

buscam receber um descarrego físico, emocional, mental e espiritual, com isso ao final do passe, conseguem

perceber uma limpeza na energia corporal.

Porém observou-se claramente uma paz interior aos participantes, se apresentaram muito equilibrados e

tranquilos. A umbanda disponibiliza aos sábados ritos que promovem uma melhora na qualidade de vida dos

participante, os rituais ocorre com o início dos cantos e danças, em seguida é passado um incenso com uma

mistura de diversas ervas secas, para diminuir a frequência e limpar as energias do corporal e local, em seguida

os praticantes são chamado para compor uma roda de mãos dadas com sete mulheres em seguida uma roda com

sete homens, os médiuns com as plantas em mãos realiza os passe, rezando e cantando sobre a roda, em um

terceiro momento os praticantes tem a opção de se consultarem com os médiuns, que atuam como educadores da

vida. Ilustrado na Figura- 9 o local onde são realizado os passes, está situando os locais de atendimento com os

médiuns.

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27

A

DC

Figura 11. Espaço onde ocorre a realização dos ritos. A, B: local onde ocorre os passes; C, D: local de

consultas com os médiuns.

Entretanto os médiuns fornecem aos participantes pontos de vistas diferentes do que se já tem, mostrando

outros caminhos e direcionando conselhos para melhor reagirem aos fatos da vida, concedem experiências de

antepassados, que possibilitam instruir e direcionar de maneiras que entendam e compreendam as dificuldades

encontradas nos caminhos da vida, além de compreender os fatos que estão lhe deixando instáveis e são

concedidos ensinamentos que possa auxiliar em viver mais equilibrado e bem fisicamente, mentalmente e

espiritualmente. Apesar da pesquisa ser realiza somente com os iniciados da casa a mais de um ano, estes ritos

são abertos aos sábados a qualquer público que esteja interessado em conhecer e participar da religião.

Visto disso os relatos apresentados no questionário sobre a participação dos ritos que fazerem parte da

religião umbanda no terreiro Axé Olorigbin, representou que há uma grande evolução espiritual aos filhos da

casa, se sentem muito acolhido pelos orixás, garantindo uma família criada dentro a religião, diante disso

relataram ter se tornado pessoas mais compreensivas, com a capacidade de perdoar e ser auto perdoar, gerando

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uma melhor relação social ao próximo, o conceito de natureza é reinterpretada, é considerada parte de um todo,

apreciando com mais amor e importância. Participantes descreveu ter se tornado pessoas melhores, logo ter a

consciência de algo divido conhecido como Deus ou oxalá.

Contudo, as análise das respostas em geral dos participantes, sugere a transformação positiva na vida das

pessoas iniciadas no terreiro, alguns filhos da casa citaram que antes de conhecer a religião, se deparavam com

muitas tristezas, excesso drogas, com temperamento muito irritado e estresse elevado, não sabiam lidar com suas

percas, caso de depressões e ansiedades, além de participante ressaltar caso de pensamentos suicidas e sentiam

carregados e incomodados por energias negativas, a religião os acolheu e possibilitou uma oportunidade de curar

de suas enfermidades, além de trabalhar a evolução de cada pessoa interessada em crescer espiritualmente. Foi

citado pela maioria dos entrevistados que a maior força de cura, é a fé que existe dentro de cada um, e as

experiências na religião acarretou aos filhos da casa viverem uma vida mais plena e pacifica. Por fim, os

participantes da religião afro-brasileira, se encontram-se com estado mental e espiritual mais fortalecido e

equilibrado, hoje conseguem lidar com as dificuldades e não se deixam abater aos imprevistos da vida, sendo

gratos por tudo que tem.

3.5. Resultado dos questionários

Em relação ao uso das plantas citadas no questionário, a Tabela 2 ilustra quantitativamente as plantas

citadas no questionário, totalizando 33 espécies ao todo. Foi contabilizado a presença de 9 espécies mais citadas,

sendo elas: o boldo e a arruda com 13 citações; alecrim com 9 citações, esta espécie não foi encontrada no terreiro

não sendo possível realizar a fitoquímica desta, conforme será descrito a seguir; manjericão com 8 citações; arnica

com 6 citações, guiné com 5 citações; e acoco, capim-cidreira e pergum com 4 citações. Estes dados foram

levantados para realizar as análises fitoquímicas destas plantas, verificando o teor de compostos fenólicos totais,

flavonoide e atividade antioxidante.

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Tabela 2. Resultados quantitativo adquiridos referente as plantas mais citadas pelos participantes que

responderam os questionários.

Plantas Número de citações

abacate (semente), abacate (folha), abebé, aferé, alfazema, aroeira, gengibre, jaca (folhas), jatobá, jureminha, losna, manga, pinha, pinhão roxo, polónia, quebra demanda e teteregun

1

barbatimão e hortelã 2comigo-ninguém-pode e espada-de-São-Jorge 3acoco, capim-cidreira e peregum 4guiné 5Arnica 6Manjericão 8arruda e boldo 13

3.6. Análise Fitoquímica das espécies mais citadas

Os resultados para análise fitoquímicas estão expressos na Tabela 3. Foram analisados teor de compostos

fenólicos totais, flavonoides totais e atividade antioxidante e de maneira geral todas as espécies estudadas

apresentaram atividade antioxidante expressiva. A atividade antioxidante, também demonstradas na Tabela 3,

através da concentração eficiente (CE50) que é a quantidade de extrato necessário para decrescer a concentração

inicial de DPPH (radical livre), ou seja, quanto maior o consumo de DPPH por uma amostra, menor será sua CE50

e maior será sua atividade antioxidante (Souza et al., 2007). Em relação aos dados apresentados as espécies arnica,

capim-cidreira, manjericão e arruda presentes no terreiro Axé Olorigbin, demostraram expressiva atividade

antioxidante, 70,59, 73,95 e 74,40, 82,46 pg. mL-1 respectivamente, em relação as demais espécies estudadas. Os

compostos fenólicos encontrados nas plantas, dentre eles, ácidos fenólicos, derivados da cumarina, taninos e

flavonoides, podem atuar como agentes redutores, sequestrantes de radicais livres, quelantes de metais ou

desativadores do oxigênio singleto. Taiz & Zeiger, (2016).

Dentre as espécies que apresentaram maior atividade antioxidante, manjericão foi a espécie que também

apresentou maior teor de compostos fenólicos e alto teor de flavonoides e arruda apresentou valores ainda maiores

para flavonoides, sendo a segunda espécie com maior valor. Flavonoides são considerados os compostos

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fenólicos com grande ação antioxidante. Entretanto neste trabalho não existe a relação de maior teor de

flavonoides e maior ação antioxidante.

Assim, os resultados para atividade antioxidante indicam que manjericão apresentou expressivamente

melhor atividade antioxidante e alto teor de flavonoides, portanto a espécie com melhores resultados. Entretanto,

vale ressaltar que todas as espécies com maior citação neste trabalho apresentaram ação antioxidante, reforçando

a relação entre a ciência e a fitoenergética.

Tabela 3 - Teor de compostos fenólicos totais, flavonoides e atividade antioxidante apresentados em extrato

obtido a partir de massa seca das espécies de Solidago chilensis (arnica), Cymbopogon citratus (capim-cidreira),

Ocimum basilicum (manjericão), Ruta graveolens (arruda), Dracaena deremensis (peregum), Newbouldia laevis.

(acoco), Plectranthus ornatus (boldo) e Petiveria alliacea (guiné). Teor de fenóis totais expressos em equivalente

de ácido gálico (mg de EAG. g-1.M.S.-1), flavonoides expressos em equivalente de quercetina (mg de EQ. g-

1.M.S.-1) e atividade antioxidante expressos em concentração eficiente (CE50).

EspécieFenóis totais Flavonoides CE50 *

(mg EAG g-1 M.S.) (mg EQ g'1 M.S.) (gg. mL-1)

Arnica 44,05 1,87 70,59

Capim-cidreira 57,28 1,12 73,95

Manjericão 82,01 2,10 74,50

Arruda 44,28 2,57 82,46

Peregum 38,54 2,31 100,16

Acoco 42,29 3,00 107,50

Boldo 37,02 1,72 126,21

Guiné 34,64 1,56 161,87

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4. CONCLUSÕES

As plantas utilizadas para fins medicinais descritas neste trabalho, mostrou muito presente suas ações em

curar males do mundo energético e físico, as espécies vegetais citadas no trabalho mostraram uma relação com

os dois planos, os princípios ativos utilizados no plano físico são realizado com a mesma finalidades no plano

energético, apresentando eficiência nos princípios ativos nos meios físico e energético.

Com isso, as plantas podem atuar como intermédio da fé, a fé elaborada sobre as plantas pode estabelecer

a eficiência do princípio de cura das plantas para potencializar seus efeitos e atuar sobre as enfermidades. Os

resultados fornecidos nos questionários, possibilitaram compreendermos sobre quais foram as mudanças depois

dos participantes terem sido iniciados na casa Axé Olorigbin, foi observado que a religião concede uma

transformação da vida dos praticantes, tais como, a qualidade de vida, evolução espiritual e mental e físico.

Foi observado também que, antes dos participantes fazerem parte da religião se encontravam tristes,

excesso no uso de drogas, irritados, estressados, não sabiam lidar com suas perdas, depressão e ansiedade, além

disso, os participantes ressaltaram casos de pensamentos suicidas, mas depois de entrarem para a religião e

começarem a participarem dos ritos, renasceram e encontram-se mais tranquilos e equilibrados, apresentam

estado físico, mental, emocional e espiritual mais fortalecidos.

Através da análise fitoquímica das espécies foi possível concluir que as plantas mais citadas e coletadas

no terreiro apresentaram de forma geral atividade antioxidante e são espécies já utilizadas na medicina tradicional,

em sua maioria. Entretanto a espécie que mais se destacou em atividade química foi o manjericão que apresentou

a segunda maior citação e foi a espécies com maior composto fenólico e uma das melhores com capacidade

antioxidante.

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