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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA LAURA CAROLINA AHUMADA HERNÁNDEZ EFEITO DA ESTIMULAÇÃO EMOCIONAL SOBRE O PROCESSAMENTO SENSORIAL AUDITIVO Natal / RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA

LAURA CAROLINA AHUMADA HERNÁNDEZ

EFEITO DA ESTIMULAÇÃO EMOCIONAL SOBRE O PROCESSAMENTO SENSORIAL

AUDITIVO

Natal / RN

2016

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LAURA CAROLINA AHUMADA HERNÁNDEZ

EFEITO DA ESTIMULAÇÃO EMOCIONAL SOBRE O PROCESSAMENTO SENSORIAL

AUDITIVO

Dissertação apresentada à

Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, para

obtenção do título de Mestre em

Psicobiologia.

Orientador: John Fontenele Araújo.

Natal / RN

2016

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Catalogação da Publicação na Fonte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas

Biblioteca Central Zila Mamede / Setor de Informação e Referência

Ahumada-Hernández, Laura Carolina.

Efeito da estimulação emocional sobre o processamento sensorial

auditivo. / Laura Carolina Ahumada Hernández. - Natal, RN, 2016.

93 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. John Fontenele Araújo.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em

Psicobiologia.

1. Emoção - Dissertação. 2. Processamento sensorial -

Dissertação. 3. Potencial evocado auditivo - Dissertação. 4. Bandas de

frequência - Dissertação. 5. Resposta autonômica - Dissertação. I.

Araújo, John Fontenele. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 159.942:612.78

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TÍTULO DA DISSERTAÇÃO:

Efeito da estimulação emocional sobre o processamento sensorial auditivo.

AUTOR: Laura Carolina Ahumada Hernández

LOCAL E DATA DE APRESENTAÇÃO: Natal, 24 de maio de 2016.

Comissão avaliadora:

_______________________________

Prof. Dr. John Fontenele Araújo (Orientador)

Depto. de Fisiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_______________________________

Profa. Dra. Kátia Cristine Andrade (Examinadora Externa)

Instituto do Cérebro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_______________________________

Prof. Dr. Nelson Torro Alves (Examinador Externo)

Depto. de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

BER: Brainstem Evoked Response

ECG: Eletrocardiografia

EEG: Eletroencefalografia

EMG: Eletromiografia

EPN : Early Posterior Negativity

FFT: Transformada rápida de Fourier

fMRI: functional Magnetic Resonance Imaging

IAPS: International Affective Pictures System

LNRB: Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica

MMN: Mismatch Negativity

PET: Positron Emission Tomography

RCP: Resposta de Condução da Pele

SAM: Self Assessment Manikin

SPL: Sound Presure Level

UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Sumário

1. RESUMO ........................................................................................................................ 7

2. ABSTRACT ..................................................................................................................... 8

3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 9

3.1. Introdução .............................................................................................................. 9

3.2. Emoção................................................................................................................. 10

3.2.1. As principais teorias da emoção ................................................................... 10

3.2.2. Bases neurobiológicas da emoção ................................................................ 12

3.2.3. Como estudar as emoções ............................................................................ 15

3.3. Emoção e a resposta elétrica do córtex. .............................................................. 17

3.3.1. O Potencial Evocado ...................................................................................... 18

3.3.2. Atividade Elétrica Cortical ............................................................................. 23

3.3.3. Modulação sensorial pela emoção ............................................................... 25

4.1. Objetivo geral ....................................................................................................... 29

4.2. Objetivos específicos ........................................................................................... 29

4.3. Hipóteses ............................................................................................................. 29

5. METODOLOGIA ........................................................................................................... 30

5.1. Participantes ........................................................................................................ 30

5.2. Local da pesquisa ................................................................................................. 30

5.3. Instrumentos ........................................................................................................ 30

5.4. Procedimento ...................................................................................................... 31

5.5. Registro eletrofisiológico ..................................................................................... 32

5.6. Análise estatística ................................................................................................ 33

6. RESULTADOS ............................................................................................................... 35

6.1. Avaliação subjetiva das imagens (SAM) e variabilidade da frequência cardíaca 35

6.2. Potencial Evocado Auditivo ................................................................................. 38

6.3. Potência das Bandas de Frequência .................................................................... 41

7. DISCUSSÃO .................................................................................................................. 45

7.1. Avaliação subjetiva das imagens (SAM) e variabilidade da frequência cardíaca 45

7.2. Potencial evocado auditivo .................................................................................. 46

7.3. Potência das Bandas de Frequência .................................................................... 49

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8. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 52

9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 54

10. ANEXOS ..................................................................................................................... 64

10.1. Comparações post-hoc ......................................................................................64

10.2. Parecer Comitê de Ética ....................................................................................90

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1. RESUMO

As emoções influenciam no comportamento, contribuindo para a adaptação ao

ambiente, e modulando os processos cognitivos como a percepção, a atenção e a

memória. As imagens com conteúdo emocional afetam o potencial evocado visual,

provocando aumento nas amplitudes dos componentes precoces. Porém, ainda não é

claro como o conteúdo emocional associado a uma determinada via sensorial pode

afetar o processamento de outras modalidades sensoriais. O objetivo deste estudo foi

avaliar como as imagens com conteúdo emocional influenciam o processamento

sensorial auditivo, através do potencial evocado auditivo de um som inócuo. Para isso,

foi registrado o potencial evocado auditivo em 36 estudantes universitários durante a

apresentação de blocos de imagens negativas, blocos de imagens positivas, blocos de

imagens neutras ou uma tela em branco. Analisamos também os escores de valência e

alerta das imagens, a variabilidade da frequência cardíaca e a potência das bandas de

frequência teta e alfa,. As imagens negativas, positivas e neutras tiveram os escores de

valência e alerta esperado para esses tipos de imagens, mas esses resultados diferiram

dos escores da padronização realizada para o Brasil. Já na variabilidade da frequência

cardíaca, foi observada uma desaceleração do ritmo cardíaco durante a apresentação

das imagens negativas e positivas, o que correlacionou com os escores das imagens.

Quanto ao potencial evocado auditivo, não encontramos um efeito da emoção.

Contudo, foi encontrada uma diminuição da amplitude do potencial evocado durante a

apresentação das imagens, independentemente da sua valência. As análises das

bandas de frequências mostraram um aumento da potência de teta e alfa no

hemisfério esquerdo inicialmente durante as quatro condições. Em um segundo

momento foi observado um aumento da potência dessas bandas durante a

apresentação das imagens emocionais no hemisfério direito. Por último, foi observada

uma diminuição da potência de teta no hemisfério direito na condição de imagens

negativas. Os resultados da avaliação das imagens e a variabilidade da frequência

verificam que as imagens do International Affective Picture System (IAPS) são um bom

método para induzir e avaliar emoções. Contudo, é importante fazer uma melhor

padronização para todo o Brasil. A resposta do potencial evocado indica uma divisão

da orientação da atenção entre as duas fontes de estimulação. Por fim, o incremento

da potência de teta e alfa principalmente no hemisfério direito, evidência a

importância do hemisfério direito no processamento de informação sensorial.

Palavras-chave: emoção; processamento sensorial; potencial evocado auditivo; bandas

de frequência, resposta autonômica.

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2. ABSTRACT

Emotions are crucial for the survivor of the organisms. They allow individuals to

recognize what is threatening and what is safe in the environment. Emotions work

modulating several cognitive processes, such as perception, attention and memory. At

an electrophysiological level, emotions influence the response of neuronal networks

measured by Event-Related Potentials (ERP). It has been documented that pleasant

and unpleasant pictures increase the amplitude of the visual ERP in the visual areas of

the brain. However, little is known about how emotions affect the processing of stimuli

of different sensory modalities. The aim of this work was to test how the International

Affective Picture System (IAPS) may affect the ERP of an innocuous sound. For this

purpose the auditory ERP of 36 healthy students was recorded while they were

watching a stream of high arousal unpleasant, high arousal pleasant, neutral images or

a white screen. Heart rate variability (HRV), subjective self-report and band frequency

power were measured too. Results showed that subjective self-report of the pictures

emotional property verified the emotional qualities of these pictures, but it was

slightly different form the Brazilian standard scores. We also found a deceleration of

the HRV during emotional pictures viewing, and this correlated with the subjective

self-report. No effect from emotional valence on the auditory ERP was found, only an

effect of the pictures when compared to the white screen condition. In the left

hemisphere, band frequency power showed a increase of theta and alpha power in the

first moment for the four conditions. In a second moment, there was a increase of the

power of this two bands during emotional pictures presentation in the right

hemisphere. And then, it was seen a decrease in the right hemisphere of theta band

power during unpleasant picture viewing. Scores from the subjective self-report and

HRV confirmed that IAPS are a good method to elicit and evaluate emotions, but is

necessary to extend the Brazilian standardization to have a more reliable instrument.

Findings in the auditory ERP suggest a division of attention between the two kind of

stimulation. Finally, the increase in the theta and alpha band power, especially in the

right hemisphere, throughout the temporal series suggest a specialization of right

hemisphere in the processing of emotional information.

Keywords: emotion; sensory processing; event-related potential; frequency bands;

autonomic response.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. Introdução

Dia a dia adaptamos nosso comportamento às exigências do ambiente. Quando

nos encontramos frente a uma situação ameaçadora precisamos agir de uma forma

rápida e eficiente para nos afastarmos do perigo, esse tipo de resposta adaptativa é o

que pode garantir nossa sobrevivência e nosso sucesso reprodutivo. Nosso organismo

precisa da atuação de múltiplos sistemas biológicos que trabalhem em conjunto para

garantir essa resposta adaptativa; por exemplo, em uma situação de perigo, é

necessária a ativação do sistema nervoso simpático para orquestrar as respostas

fisiológicas que vão nos preparar para a ação (fugir ou lutar), algumas dessas respostas

incluem o aumento da frequência cardíaca, aumento do consumo de oxigênio,

liberação de adrenalina e preparação das unidades motoras para a ação.

Simultaneamente, é necessária a intervenção do sistema nervoso central para realizar

a ação voluntária e modular a resposta comportamental, mediante o controle dos

comandos motores, que também dependem da influência dos processos cognitivos.

A emoção, decorrente de uma situação aversiva, pode influenciar a resposta

comportamental do indivíduo, determinando, por exemplo, o estado de alerta atingido

frente a essa situação provocadora da emoção. Para isso acontecer, a emoção deve

modular o funcionamento de processos cognitivos como a percepção, a atenção e a

memória. Conhece-se, por exemplo, que quando seres humanos são expostos a

estímulos subliminares com conteúdo emocional, atentam a um maior número de

estímulos, do que quando são expostos a estímulos subliminares neutros (Anderson &

Phelps, 2001; Phelps 2006).

Esta modulação emocional pode ocorrer em nível neuronal, podendo alterar a

resposta elétrica de redes de neurônios, o que pode estar relacionado com a atenção

ou outros processos cognitivos. Por exemplo, em pesquisas realizadas mensurando o

potencial evocado visual em humanos, tem-se demonstrado maior amplitude do

potencial evocado, quando são apresentados estímulos com valência emocional em

comparação às apresentações de estímulos com valência neutra (Carretié et al., 2004;

Schupp et al., 2004). Contudo, ainda não é claro como o estado emocional do cérebro

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pode afetar o processamento sensorial dos estímulos ambientais, mesmo quando o

estímulo processado não seja o mesmo que está gerando a emoção. No presente

estudo se pretende avaliar como a emoção gerada por imagens emocionais pode

alterar a resposta sensorial de um estímulo diferente das imagens, no caso, um som.

3.2. Emoção

3.2.1. As principais teorias da emoção

Desde o trabalho de Charles Darwin em 1872, que originou o livro As

expressões das emoções no homem e nos animais, sabe-se que existem determinadas

emoções que podem ser inferidas a partir das expressões faciais e corporais, tanto em

animais não humanos, quanto em humanos. Essas emocionais são compostas por

respostas motoras e viscerais que possuem uma determinação inata que se tem

conservado ao longo da evolução das espécies. Por tanto, essas respostas são úteis

para a vida dos animais, isto é, tem valor adaptativo para garantir a sobrevivência dos

indivíduos e das espécies (Nesse & Ellsworth, 2009). As principais emoções descritas, a

partir dos estudos de Darwin, são as emoções básicas de medo, alegria, raiva, nojo,

surpresa e tristeza (Ekman, 1992).

William James em 1884 e Carl Lange em 1887 desenvolveram por separado uma

hipótese que posteriormente seria conhecida como a primeira teoria da emoção, a

teoria James-Lang. Nesta teoria afirma-se que as situações que geram emoções ativam

uma sequência de respostas fisiológicas, tais como: o aumento do ritmo cardíaco,

sudorese, tremores e outras series de reações corporais. Estas respostas seriam

detectadas pelo sistema sensorial e teriam repercussão sobre o Sistema Nervoso

Central, sendo a consciência dessas respostas o que chamamos de emoção (Carlson,

2006).

Vários anos após a concepção dessa teoria, o fisiólogo estadunidense Walter

Cannon aparece para contrariar a proposta de James, argumentando que os órgãos

não tem a capacidade para responder rapidamente e assim enviar retroalimentação ao

Sistema Nervoso Central. Cannon por exemplo mostra que mesmo havendo a secção

dos nervos sensoriais responsáveis por essa retroalimentação, ainda continua

ocorrendo as emoções (Cannon, 1927; Dalgleish, 2004). Portanto, para Cannon, as

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emoções podem ser experimentadas mesmo quando as alterações fisiológicas não são

sentidas, e estas estariam sendo controladas pelo tálamo (Cannon, 1927) (Figura 1).

A partir destas duas propostas nasce uma terceira teoria que sugere a

necessidade da interação do componente fisiológico e o componente cognitivo na

geração das emoções conhecida como a teoria dos dois fatores de Schachter e Singer.

Esta teoria postula que a ativação fisiológica determina a intensidade da emoção,

enquanto a resposta cognitiva dessa ativação determina qual emoção será

experimentada (Reisenzein, 1983). Cada vez que há uma resposta fisiológica deve ser

gerada uma interpretação cognitiva dessa resposta para surgir a emoção, caso

contrário não surge (Reisenzein, 1983).

A teoria dos dois fatores tem sido objeto de crítica porque não esclarece como

se apresenta essa interpretação cognitiva da ativação fisiológica (Reisenzein, 1983;

LeDoux, 1998). Outras teorias tem tentado explicar como se estabelece essa relação

entre a resposta fisiológica e o processo cognitivo na geração das emoções, como a

teoria da avaliação de Arnold, que propõe que existe uma avaliação mental de quanto

perigosa ou benéfica uma situação pode ser, a qual gera uma tendência a se afastar ou

aproximar (LeDoux, 1998). Contudo, não existe uma teoria unificadora que consiga

abranger o fenômeno da emoção na sua totalidade. Na atualidade são os estudos em

neurobiologia e em áreas relacionadas que têm aberto novos caminhos para

compreender as emoções e a maneira como são originadas.

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Figura 1. Teorias da emoção. Teoria de James-Lange e Teoria de Cannon-Bard. Fonte: Bear et al. (2001).

3.2.2. Bases neurobiológicas da emoção

Para compreender como surgem as emoções e como elas podem modular

outros processos cognitivos, primeiramente é importante entender os mecanismos

neurais subjacentes das emoções, é preciso esclarecer que estes mecanismos têm sido

descobertos principalmente a partir dos estudos com animais de laboratório e

pacientes com lesões cerebrais ou patologias neurológicas. Um dos primeiros modelos

proposto para explicar as bases neurofisiológicas da emoção é o circuito de Papez, o

qual postula que existe um grupo de estruturas cerebrais que interagem entre si para

produzir a resposta emocional; este circuito inclui o hipotálamo, o tálamo anterior, o

giro do cíngulo e o hipocampo (Barreto & Silva, 2010; Gazzaniga et al., 2006).

Posteriormente, com os avanços nas pesquisas do cérebro, o circuito de Papez foi

alimentado com novas estruturas que incluíram a descrição estrutural do lobo límbico

de Broca, além de outras áreas como a amígdala, o córtex orbitofrontal e porções dos

núcleos da base. Esta extensão do circuito de Papez foi chamada Sistema Límbico

(MacLean, 1955) (Figura 2).

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Figura 2. Modelos das bases neurobiológicas da emoção. (A) O circuito de Papez; (B) O sistema límbico

de MacLean. Fonte: Barger et al. (2014).

Estes modelos têm funcionado para entender um pouco a organização das

emoções no sistema nervoso, mas na atualidade se sabe que dependendo do tipo de

situação emocional existem diferentes estruturas que são ativadas em resposta à

emoção (Panksepp, 1982), quer dizer que uma emoção como a raiva não vai ativar

exatamente as mesmas redes neurais que ativaria uma emoção como o medo.

Contudo, existem regiões específicas do encéfalo que estão comprometidas com uma

grande parte da experiência emocional, as mais estudadas são: o córtex orbitofrontal,

a ínsula, o córtex cingulado e a amígdala (Dolan, 2002).

O córtex orbitofrontal, localizado na frente dos córtices motor e pré-motor,

possui uma conexão bidirecional com o núcleo médio-dorsal do tálamo (Rolls, 2004).

Esta área do córtex frontal está relacionada com um tipo de aprendizado associativo, o

condicionamento operante, também conhecido como aprendizado associativo

estímulo-reforço (Rolls, 2004). A lesão no córtex orbitofrontal produz incapacidade de

estabelecer a relação estímulo-reforço, e este tipo de falha conduz a um

comportamento social inadequado, aumento da impulsividade, problemas na

percepção do tempo, alteração emocional e prejuízo da memória de trabalho espacial

(Berlin et al., 2004). Outro tipo de faculdade que também é afetada pelo dano no

córtex orbitofrontal é a tomada de decisão (Bechara et al., 2000), como os indivíduos

não conseguem fazer uma relação entre o comportamento e a consequência

emocional, não há uma avaliação da emoção após a tomada de decisão (Bechara et al.,

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2000), isto é, não há um retorno emocional da ação executada. Portanto, o

comportamento de tomada de decisão não é executado corretamente, o que nos faz

refletir sobre a importância dessa área no estabelecimento das contingências

ambientais.

A ínsula por sua vez encontra-se localizada no sulco lateral do cérebro, entre os

lobos frontal, temporal e parietal, ela está relacionada com a experiência emocional

subjetiva, a interocepção e a empatia. (Aziz-Zadeh et al., 2012; Singer et al., 2009).

Lesões na ínsula afetam o reconhecimento de emoções faciais (Adolphs et al, 2000),

assim como a diminuição da matéria cinzenta na região ventral dessa área conduz a

um prejuízo no reconhecimento da emoção do nojo e uma maior expressão da mesma,

por consequência uma desregulação do controle dessa emoção (Woolley et al., 2015).

O córtex cingulado também participa do reconhecimento de algumas emoções,

principalmente da experiência consciente da emoção e a locação da atenção (Bush et

al., 2000; Lane et al., 1998). Os estudos com lesão têm demostrado a importância do

córtex cingulado na estabilidade emocional (Bush et al., 2000). Estas duas regiões são

chaves principalmente na percepção e na manifestação da emoção.

Finalmente, a amigdala é uma estrutura subcortical localizada no lobo temporal

medial e está formada por uma aglomeração de núcleos divididos em três grupos: os

núcleos basolaterais, os núcleos corticomediais e o núcleo medial (Barreto & Silva,

2010; Bear et al., 2001). A amígdala se comunica com varias regiões do cérebro, tanto

corticais quanto subcorticais, envolvidas no processamento sensorial, pelo qual se

acredita que influencia algumas emoções, como o medo, e diferentes tipos de

processamento de informação, tais como a percepção, atenção e a memória (Dolan,

2000; Dolan, 2002; Phelp, 2004a; Bear, 2001; Phelps, 2006). A lesão na amígdala pode

estar associada com a supressão do medo (Feinstein et al., 2011), o que remete a

alterações na memória (Adolphs et al, 1997; McGaugh, 2004; Phelps, 2004b).

Outros processos cognitivos além da memória que também são modulados

pela amígdala são a percepção e a atenção. A emoção pode tanto capturar a atenção,

quanto melhorar o processamento atencional (Phelps, 2004a). Por exemplo, na tarefa

de piscadela atencional (attentional blink) que consiste na exposição a uma lista de

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estímulos subliminais (duração de 10 ms aproximadamente), em que o sujeito deve

relatar a aparição de estímulos alvos (por exemplo: palavras com uma cor particular)

de pouca frequência, o sujeito relata mais estímulos alvos quando estes são alertantes

que quando são neutros (Phelps, 2004a; Phelps 2006). De fato, quando são avaliados

pacientes com lesão na amígdala esquerda, estes mostram uma diminuição similar no

relato de estímulos alertantes e estímulos neutros (Anderson & Phelps, 2001).

É possível que a amígdala facilite o processamento de informação (Dolan, 2000;

Pessoa, 2008; Phelps, 2004a; Phelps 2006). Existe uma teoria que indica que a

amígdala detecta informação sobre a natureza emocional dos estímulos visuais nos

primeiros momentos do processamento sensorial, o que permite que module esse

processamento influenciando a atividade de outras áreas, como o córtex visual

(Phelps, 2004a; Phelps 2006). Esse rápido processamento da informação sensorial por

parte da amígdala possivelmente deve-se ao valor adaptativo que tem responder

rapidamente a estímulos proeminentes (Dolan, 2000).

3.2.3. Como estudar as emoções

Para estudar as emoções é necessário definir com antecedência como será

induzida a emoção e posteriormente como será sua forma de medição. Para a

pesquisa sobre emoção com seres humanos existem várias maneiras de abordar estes

dois pontos.

As técnicas mais básicas para induzir emoção segundo Gazzaniga et al. (2006)

são as de indução de humor, recompensa e punição, e a apresentação de estímulos

que evocam emoções. Na indução de humor, o pesquisador indica ao participante que

se deve auto induzir um estado emocional, por exemplo, utilizando memórias de

eventos de sua vida que foram excitantes ou tristes, o que pode ser acompanhado de

estímulos externos que facilitam o surgimento da emoção. Na recompensa e punição é

geralmente utilizado o dinheiro como reforço secundário, ou seja, o individuo é

instruído a realizar uma tarefa e a partir de seu desempenho recebe (recompensa) ou

perde (punição) dinheiro, o que pode gerar satisfação ou frustração. Por último, na

apresentação de estímulos que evocam emoções, utiliza-se uma variedade de

estímulos emocionais de diferentes modalidades sensoriais para gerar uma resposta

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emocional, os mais conhecidos são figuras de cenas emotivas, palavras que

representam conceitos emocionais, sons altos e perturbadores, sons com conteúdo

emocional e choques elétricos suaves (Gazzaniga et al., 2006).

Para medir as respostas emocionais é possível utilizar diversas técnicas,

dependendo do tipo de avaliação e o nível da resposta que condiz com o objetivo da

pesquisa. Mauss e Robinson (2009) resumem os tipos de medições de respostas

emocionais que são utilizados nas pesquisas atuais:

Auto-relato: é a técnica mais subjetiva, onde o indivíduo deve relatar,

utilizando uma escala de estados emocionais ou através de uma resposta

concreta, o sentimento ou a emoção, e o grau de excitabilidade que

experimentou esse instante ou em um momento anterior.

Medidas do sistema nervoso autonômico: as medidas mais comuns

utilizadas para avaliar a resposta do sistema nervoso autonômico ante a

estimulação emocional são: a resposta eletrodérmica e a medida

cardiovascular. Para a resposta eletrodérmica é utilizada a resposta de

condução da pele (RCP), que mede mudanças na resistência galvânica da pele

nas glândulas sudoríparas das mãos. E para a medida cardiovascular são

utilizados vários métodos, tais como a taxa cardíaca, a pressão arterial, a

resistência total periférica e a variabilidade na taxa cardíaca.

Magnitude da resposta de sobressalto: o sobressalto é um reflexo

universal que serve para proteger o corpo frente um perigo potencial. O

componente desta resposta mais utilizado em pesquisas é o reflexo de piscar

do olho. Mediante o registro eletromiográfico (EMG) da atividade do músculo

orbitocular dos olhos é avaliada a magnitude da piscadela do olho. Este reflexo

pode ser medido como resposta defensiva ante a apresentação de um estímulo

emocional, no caso visual.

EEG: o registro da atividade eletroencefalográfica ou

eletroencefalograma (EEG) pode ser utilizado para avaliar a resposta do cérebro

aos eventos emocionais desde uma perspectiva temporal. Utilizando o EEG

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podem ser feitas comparações a partir da amplitude das bandas de frequência,

a densidade espectral da onda. Outras das avaliações decorrente do EEG é o

potencial evocado, que mede resposta de populações neuronais a um evento

pontual.

fMRI e PET: a principal vantagem destas técnicas é a possibilidade de

localizar regiões especificas do cérebro que foram ativadas ante uma

estimulação sensorial. O fMRI (functional Magnetic Resonance Imaging)

detecta variações na proporção de HB/ deoxi-HB em resposta à atividade

neural. Enquanto, o PET (Positron Emission Tomography) mede a atividade

metabólica no cérebro a partir de um isótopo radioativo em concentrações que

podem ser detectados por um radioisótopo emissor de positrons.

Comportamento facial (EMG): esta medida também utiliza a técnica de

eletromiografia para o registro dos movimentos faciais. O objetivo desta

metodologia é registrar as expressões faciais produzidas pelos indivíduos

quando são expostos a estímulos que geram emoções básicas.

3.3. Emoção e a resposta elétrica do córtex.

Motivado por entender como o cérebro humano poderia se comunicar com o

cérebro de outra pessoa, o neurologista alemão Hans Berger, na primeira metade do

século XX, começou a estudar a atividade elétrica do cérebro humano utilizando como

instrumento o galvanômetro. O trabalho de Berger o levou a desenvolver uma técnica

especializada para medir com maior fineza a atividade cerebral, o que finalmente o

levou a concluir que o registro encefalográfico era um contínuo de ondas senoidais

periódicas que variavam em frequência e amplitude (Buzsáki, 2006). É por isso que

hoje em dia Berger é conhecido como o pai da eletroencefalografia.

Como foi mencionado previamente, uma das possíveis formas de avaliar a

resposta emocional é mediante o registro da atividade elétrica do córtex. A técnica

eletroencefalográfica nos permite observar como se comportam regiões específicas do

córtex cerebral ao longo de um determinado tempo. Portanto, avaliar a mudança da

resposta elétrica dessas regiões específicas diante a estimulação emocional. Estas

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18

mudanças geralmente estão relacionadas com processos cognitivos que estão sendo

desenvolvidos durante ou após a estimulação.

O potencial evocado e a dessincronização\sincronização das oscilações

cerebrais ou potência das bandas de frequência são as análises comumente realizadas

sobre o registro do EEG, delas surgem interpretações sobre o tipo de fenômeno

neurofisiológico que está tendo lugar no cérebro. A seguir, será realizada uma breve

descrição sobre o potencial evocado e a oscilações cerebrais, e posteriormente

descreveremos o efeito da emoção sobre estas respostas elétricas.

3.3.1. O Potencial Evocado

O estudo de potenciais evocados neuronais é uma das técnicas

neurofisiológicas mais utilizadas atualmente para a pesquisa das funções cognitivas em

humanos. Esta técnica permite fazer análises no nível temporal das respostas de redes

neurais à estimulação sensorial.

Os potenciais evocados são respostas elétricas de grupos de neurônios do

sistema nervoso à estimulação sensitiva ou motora que consistem em uma sequência

de ondas. Suas características principais são a polaridade, a latência, a amplitude e a

localização (Misulis, 2003). A variabilidade dessas características depende em parte da

particularidade dos estímulos apresentados.

A partir do registro EEG, desprendem-se os potenciais evocados das flutuações

de voltagem geradas pelo cérebro (Sanei & Chambers, 2007). O registro dos potenciais

utilizam, como no EEG comum, eletrodos de superfície colocados no couro cabeludo

dos sujeitos, a quantidade de eletrodos a serem utilizados depende do tipo de

pesquisa a ser realizada.

A média das ondas resultantes do registro de potenciais evocados consiste em uma

sequência de deflexões de voltagens positivas (P) e negativas (N), que indicam a

polaridade da onda, e que se conhece pelo nome de componentes (Luck, 2005). Os

componentes dos potenciais não só são classificados pela sua polaridade, mas também

pela posição do pico da onda ou a latência do pico após a apresentação do estímulo (o

P1 é um componente de deflexão positiva que tem seu pico em torno dos 100 ms).

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19

Cada componente do potencial evocado tem uma distribuição específica no couro

cabeludo, os primeiros componentes a serem gerados dependem da estimulação

externa, denominados componentes exógenos (ex. P1), e os componentes mais tardios

dependem dos processos internos ao sistema, denominados componentes endógenos,

como é o caso do P300 ou P3 (Luck, 2005) (Figura 3).

Figura 3. Principais componentes do potencial evocado, classificados a partir da polaridade, a latência e

a amplitude. Fonte: Luck (2005).

A seguir, será realizada uma descrição dos principais componentes estudados

nas áreas de psicologia e neurociência cognitiva. Estes componentes podem estar

classificados a partir do tipo da estimulação externa que os provocam (visual, auditiva,

olfativa, gustativa ou somatosensorial) ou segundo as subdivisões dos componentes

mais complexos (N2 e P3).

DESCRIÇÃO SEGUNDO A NATUREZA DO ESTÍMULO

Potencial Evocado Visual

No potencial evocado visual o primeiro componente a aparecer seguido

da apresentação do evento é o C1 (40-60 ms). Este componente não possui a

nomenclatura comum (N ou P) porque a direção da deflexão pode variar

dependendo das características do estímulo (Luck, 2005). O C1 é maior nos

eletrodos localizados na linha média posterior e possivelmente é gerado na

área V1 (córtex visual primário) que nos humanos corresponde ao sulco

calcarino (Luck, 2005).

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20

Os próximos componentes que têm lugar na curva do potencial evocado

visual são o P1 e o N1. O primeiro tem uma latência aproximadamente de 100-

130 ms, este componente é maior nas áreas dos eletrodos occipitais laterais

(Heinze et al., 1990). O segundo componente, o N1 se divide em dois

subcomponentes, um de latência de 100-150 ms, que é detectado no córtex

parietal, e outro de latência 150-200, registrado no córtex occipital parietal.

Estes dois componentes, P1 e N1, apresentam um padrão de resposta similar,

variam conjuntamente. Acha-se que estes dois componentes facilitam o

processamento sensorial, principalmente na atenção espacial (Heinze et al.,

1990; Hillyard & Anllo-Vento, 1998; Woldorff et al., 1993).

O seguinte componente é o P2, que se encontra localizado

principalmente na parte anterior e central. Este componente é maior quando

há uma incongruência na aparição dos estímulos e é violada a expectativa, em

especial quando o estímulo incongruente não é frequente (Freunberger et al.,

2007).

Existe um componente adicional, que é originado durante as tarefas de

percepção de rostos, este componente é o N170 ou potencial positivo do

vértex. Este componente tem origem na linha média central (vértex) e na área

occipital lateral aos 150-200 ms (Itier & Taylor, 2004).

Potencial Evocado Auditivo

Os primeiros componentes do potencial evocado auditivo, gerados a

partir dos 10 ms, são gerados na trajetória das vias auditivas do tronco

cerebral, e são conhecidos como respostas evocadas do tronco cerebral (ou

BER- Brainstem Evoked Response). Os componentes corticais consistem

principalmente em dois picos. O primeiro pico, com uma deflexão negativa

(N1), tem uma latência entre os 75 e os 150 ms após a aparição do evento

(Crowley & Colrain, 2004), e possivelmente é gerado no córtex auditivo na

superfície do lobo temporal (Luck, 2005). O segundo pico (P2) possui uma

latência entre 150 e 250 ms e comumente é registrado na região central do

córtex, acima do vértex (Crowley & Colrain, 2004). Tem se documentado que

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N1 está relacionado com a detecção do estímulo, enquanto o P2, menos

estudado, acha-se que está envolvido com alguns aspetos do processo de

classificação dos estímulos (Crowley & Colrain, 2004).

Por último encontra-se o Mismatch negativity (MMN), este componente

é observado quando os indivíduos são submetidos a treinos repetitivos de um

estímulo padrão, mas no qual um estímulo diferente aparece ocasionalmente.

O estímulo mismatch (estímulo ocasional) gera uma onda negativa localizada

na linha média com picos de 160 ou 220 ms (Luck, 2005).

DESCRIÇÃO CONFORME A COMPLEXIDADE DOS COMPONENTES

O Grupo do N2

Encontram-se identificados vários subcomponentes neste intervalo de

tempo, principalmente durante tarefas nas que o indivíduo deve executar uma

resposta motora ante um estímulo alvo (GoNoGo). O mais básico é um desvio

(N2a) gerado por um estímulo frequente e não alvo, este componente

atualmente é substituído pelo MMN na modalidade auditiva do potencial

evocado (Näätänen & Gaillard, 1982; Folstein & Van Petten, 2008). O segundo

componente é o N2b, e geralmente se encontra acompanhado do P3a, o qual

será descrito posteriormente, aparece em resposta de estímulos alvos e não

alvos, com uma maior amplitude nos não alvos, e é localizado tanto para a

modalidade auditiva, quanto para a visual na área central (Näätänen & Gaillard,

1982; Folstein & Van Petten, 2008). O terceiro componente (N2c) responde

mais ao estímulo alvo do que ao não alvo, e tem uma distribuição na região

posterior para os estímulos visuais, e na região frontocentral para os estímulos

auditivos (Folstein & Van Petten, 2008). Tem se argumentado que os primeiros

componentes, N2a e N2b estão associados ao processo de controle cognitivo,

que funciona como a inibição da resposta na presença de estímulos não alvos.

Enquanto o N2c teria um papel na classificação do estímulo a partir da sua

modalidade (Näätänen & Gaillard, 1982; Buzzell et al., 2014; Folstein & Van

Petten, 2008; Jackson et al., 1999; Swainson et al., 2003). Por último encontra-

se o componente N2pc, observado nos eletrodos posteriores,

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contralateralmente do local onde é apresentado o alvo e associado com a

atenção espacial no campo visual contralateral (Luck, 2005; Robitaille &

Jolicoeur, 2006).

O Grupo do P3

Dentro deste grupo se encontra o P3a que correlaciona com a aparição

do N2b como já foi mencionado e está relacionado com a orientação

automática da atenção a um estímulo inesperado (Luck, 2005; Polich & Criado,

2006). O segundo subcomponente, que é o que mais tem sido estudado na

pesquisa cientifica em psicologia cognitiva, é o P3b (ou apenas P3). Existe

evidência de que o P3b (300-600 ms) é observado quando na tarefa os alvos

são infrequentes, mas esperados e relevantes; (Hillyard et al., 1971; Polich &

Criado, 2006; Twomey et al., 2015) este componente é maior quando a

probabilidade de aparição do estímulo alvo é pequena (Luck, 2005). A relação

mais provável que tem o P3 com os processos cognitivos, é com a tomada de

decisão, acredita-se que este componente tem um papel importante na

formação da decisão per se (Nieuwenhuis et al., 2005; Twomey et al., 2015).

Adicionalmente, a amplitude do P3 é maior quando os sujeitos fazem mais

esforço na tarefa, isso permite propor que a amplitude do P3 pode ser usada

como uma medida de alocação do recurso atencional (Luck, 2005). Enquanto a

latência, alguns estudos têm demostrado que pode estar correlacionada com o

tempo de reação em relação com o estímulo alvo (Hillyard et al., 1971).

N400: Este último componente está relacionado com a resposta à

violação da expectativa semântica (Weber & Lavric, 2008) ou violação das

expectativas das ações humanas (Proverbio & Riva, 2009). O N400 é maior nos

eletrodos centrais e parietais; tem uma amplitude levemente maior no

hemisfério direito do que no hemisfério esquerdo; mas é mais comum que seja

gerado no lobo temporal esquerdo (Luck, 2005).

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23

3.3.2. Atividade Elétrica Cortical

As oscilações cerebrais, a diferença dos potenciais evocados, são respostas

eletromagnéticas periódicas (portanto, acontecem com uma determinada frequência)

que são geradas espontaneamente.

Como já foi comentado, Hans Berger foi o primeiro cientista em descrever a

atividade elétrica do cérebro como ondas periódicas. Ele deu o nome de alfa e beta às

primeiras oscilações que descreveu. A onda alfa, que é predominantemente occipital e

tem uma maior predominância durante a vigília com os olhos fechados, inclui as

frequências que vão dos 8 aos 12 Hz. Beta por sua vez, abrange as frequências entre a

banda de 12 e 30 Hz. Outras frequências que têm sido descritas posteriormente são

delta (0-3 Hz), teta (4-7 Hz) e gamma (30-200 Hz) (Uhlhaas et al., 2008). As oscilações

de frequências baixas geralmente se apresentam com amplas amplitudes ,pois a

amplitude das oscilações é proporcional ao número de neurônios sincronizados

(Pfurtscheller & Lopes, 1999).

A dessincronização das oscilações corticais, que é uma diminuição da amplitude

das oscilações, é entendida como uma ativação de áreas corticais que podem estar

relacionadas com o processamento de informação sensorial ou cognitiva. Esta ativação

pode ser decorrente de um incremento da atividade de grandes redes neurais

(Pfurtscheller & Lopes, 1999). Enquanto a sincronização é o aumento da amplitude que

acontece quando uma grande população de neurônios dispara de forma coerente, em

outras palavras, sincronizam-se, o que é equivalente a uma redução do processamento

de informação sensorial em um sistema específico (Pfurtscheller & Lopes, 1999;

Pfurtscheller, 2001).

No estudo das oscilações cerebrais as bandas de frequência delta, teta, alfa e

gamma podem ter um papel importante nas funções integrativas do cérebro em todos

os níveis do processamento sensorial e cognitivo (Başar et al., 2000).

Delta é a oscilação que caracteriza o estágio do sono de ondas lentas, e como é

o caso da maioria das ondas de baixa frequência, tem um grande efeito sincronizador

sobre todo o cérebro. A principal relação que tem delta com os processos cognitivos,

durante a vigília, é com os processos motivacionais, em particular com a expectativa

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antes da apresentação de uma recompensa (Gennady G. Knyazev, 2007). A onda delta

também encontra-se relacionada com a atenção e a detecção seletiva do estímulo

saliente, o que se pode evidenciar na resposta de delta diante estímulos alvos e sua

relação com o P3 (Başar et al., 2000; Gennady G. Knyazev, 2007).

A onda teta, a banda de frequência mais estudada, é uma oscilação neural que

tem uma origem clara, o hipocampo e seus arredores. A pesquisa eletrofisiológica em

ratos tem servido amplamente não só pra compreender as bases anatômicas e

neuroquímicas do ritmo teta, senão também para entender como são originadas as

oscilações em geral ao nível da unidade neuronal. O ritmo teta é reconhecido

principalmente pela sua participação nos processos de memória (Gennady G. Knyazev,

2007; Lisman, 2010; Raghavachari et al., 2006). Também a ativação de teta durante a

presença de estímulos emocionais está relacionada com uma ativação da memória

emocional que poderia em algum nível estar associada a esses estímulos (Knyazev,

2007).

Alfa como ritmo tem uma origem no lobo occipital e sua dessincronização está

relacionada com o processamento visual (Silva et al., 1991). Porém, a banda alfa

registrada em varias regiões do cérebro tem diferentes funções, desde participar na

resposta sensorial à estimulação externa até ser essencial para alguns dos processos

cognitivos e motores (Başar et al., 2000). No caso do comportamento motor, acredita-

se que alfa tem um papel na inibição de processos no cérebro; na supressão voluntária

de movimentos encontra-se um aumento da potência de alfa, o que indica a

importância de alfa no controle inibitório voluntário da ação motora (Knyazev, 2007).

Por outro lado, nas funções cognitivas existe evidência científica de que alfa esteja

envolvido em alguns processos atencionais, o processo inibitório no qual alfa pode

estar participando é importante para ignorar estímulos que não são relevantes

durante a atenção seletiva (Knyazev, 2007), e por esse meio que se acredita que alfa

influencia a atenção.

A banda de frequência gamma também está relacionada tanto com processos

sensoriais, quanto com processos cognitivos. Na resposta sensorial a estímulos visuais

e auditivos, pode se observar a onda gamma em regiões corticais e subcorticais

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vinculadas ao processamento sensorial a partir dos 100 ms após a estimulação (Başar

et al., 2000). Um gamma mais tardio, nas regiões frontais e centroparietais, pode estar

relacionado com a preparação de uma resposta ou a avaliação do contexto do

estímulo, quando se aplica uma tarefa de detecção de estímulo alvo, o que

correlaciona com a aparição do componente P3 (Haig et al., 2000). A onda gamma tem

múltiplas funções e, muito provavelmente, tenha um papel importante na

comunicação neuronal em todo o sistema nervoso.

3.3.3. Modulação sensorial pela emoção

Existem na literatura muitas pesquisas que abordam os efeitos da estimulação

sensorial sobre os componentes dos potenciais evocados gerados pelo cérebro

utilizando imagens com conteúdo emocional, tal como o banco de imagens afetivas

IAPS (International Affective Picture System) (Lang et al., 1993; Cuberth et al., 2000;

Carretié et al., 2004; Schupp et al., 2004; Bradley et al., 2007; Cano et al., 2010). As

imagens do IAPS são classificadas segundo as categorias ou dimensões de avaliação

emocional que são dadas aos estímulos, que também podem ser definidas como

qualidades da emoção (Barrett, 1998). As duas primeiras dimensões são a valência,

que varia do agradável ao desagradável, e o alerta, que varia do estado de calma ao

estado de excitação. A terceira dimensão é a dominância, e se refere à prevalência de

um estímulo sobre outros (Lang et al., 1997). Nestes estudos, as dimensões de valência

e alerta têm sido relacionadas com a modulação dos potenciais evocados, sendo o

curso temporal dos efeitos da valência e o alerta diferente.

Os principais achados apontam a que os primeiros componentes gerados após

a apresentação do estímulo visual (em torno dos 150 ms) referem a uma resposta da

atenção automática às imagens desagradáveis, quando o potencial é registrado nos

eletrodos frontais (Carretié et al., 2004). Este tipo de ativação cortical é conhecido

como “Viés de negatividade”, e ocorre quando eventos desagradáveis geram respostas

mais rápidas e proeminentes em comparação com os eventos agradáveis ou neutros

(Cacioppo & Gardner, 1999; Carretié et al., 2001; Carretié et al., 2004). Acredita-se que

essa resposta tem uma relação direta com a participação precoce da amígdala no

processamento dos estímulos emocionais (Cacioppo & Gardner, 1999). No mesmo

estudo de Carretié et al. (2004) foi encontrado que posteriormente a atenção

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automática é alocada nos estímulos emocionais em geral, tanto agradáveis quanto

desagradáveis, aos 180 ms (P2), em comparação com os estímulos neutros. Portanto,

inicialmente o recurso atencional é captado pelos estímulos de maior importância

evolutiva, porém, apenas os estímulos aversivos conseguem ativar o sistema com

maior rapidez, visto que possuem mais relevância para a sobrevivência dos

organismos.

Contudo, nas regiões centro-occipitais, também são gerados potenciais

precoces (N1 e N2) que têm maior amplitude para imagens emocionais em

comparação com imagens não emocionais (Schupp et al., 2003a; Schupp et al., 2003b;

Schupp et al., 2004), o que é conhecido como Early Posterior Negativity (EPN).

Por outro lado, na análise dos efeitos remotos, é visto que o potencial positivo

tardio do potencial evocado, mensurado sobre os sensores centro-parietais em um

intervalo de 400 a 700 ms após a apresentação do estímulo visual, foi maior quando

foram apresentados estímulos emocionais em comparação com os estímulos neutros,

para imagens de composição simples ou composição complexa (Bradley et al., 2007).

Deste modo, também existe uma preferência na ativação cortical por imagens com

conteúdo emocional, independente da composição perceptual.

Em relação ao anterior, Cuberth et al. (2000) encontraram que existe uma

tendência de imagens emocionais promoverem um potencial tardio marcado, o qual é

baixo ou ausente para as imagens sem conteúdo afetivo. É possível que os estímulos

emocionais possuam uma significância motivacional, o que possibilita que eles sejam

objeto do processo de atenção sustentada (Lang et al., 1997).

Em relação ao efeito do alerta, as imagens com alto alerta geram componentes

tardios de maior amplitude, mesmo se as propriedades perceptuais do estímulo forem

alteradas (Rozenkrants & Polich, 2009).

No caso do efeito da emoção sobre a potência das bandas de frequência, Os

estudos realizados com emoção e alteração na potência das bandas mostram uma

mudança em componentes atencionais, perceptuais e de memória do estímulo do que

uma representação da emoção per se (Muller, 1999; Aftanas et al., 2001; Aftanas et al.,

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2002; Knyazev et al., 2009). Alguns estudos indicam que o hemisfério esquerdo está

envolvido no processamento de estímulos emocionais positivos, enquanto o

hemisfério direito no processamento de estímulos emocionais negativos (Aftanas et

al., 2001; Silberman & Weingartner, 1986; Tucker, 1981). Enquanto outra hipótese

formula que o hemisfério direito está mais vinculado com a percepção mesma da

emoção do que com a avaliação da valência emocional (Hirschman & Safer, 1982;

Muller, 1999). Contrário ao esperado, os estímulos emocionais podem aumentar a

potência das bandas de baixa frequência, e igualmente isto está relacionado a

processos atencionais e de memória (Aftanas et al., 2001; Aftanas et al., 2002; Knyazev

et al., 2009). Isso pode acontecer porque estímulos com alto poder de ativação

produzem uma significante sincronização nas regiões anteriores de ambos os

hemisférios (Aftanas el al, 2002). O cálculo da potência espectral das bandas de

frequência neste tipo de pesquisa é similar ao cálculo do potencial evocado,

apresenta-se o estímulo várias vezes e depois se faz uma media da potência das

bandas para cada repetição com janelas de tempo de aproximadamente 10 min antes

e depois da aparição do evento.

Finalmente, é perceptível que os componentes do potencial evocado, quando

são apresentadas imagens com conteúdo emocional e é registrada a resposta elétrica

ante essa estimulação visual, tendem a ser maiores para imagens com conteúdo

emocionais e não para imagens neutras, e quando o alerta dessas imagens é alto. Mas,

pouco se sabe sobre o efeito dessas figuras emocionais sobre o processamento de

informação de outras modalidades de estímulo sensorial. Questão que poderia ser de

grande importância para entender como nossos estados emocionais afetam nossas

vivências no dia a dia.

No caso da estimulação auditiva-visual, é conhecido que quando é pareada a

apresentação de expressões faciais e a voz de uma pessoa zangada, utilizando rostos

infrequentes (‘deviant’) e rostos padrões, aparece um MMN quando o som que é

constante está acompanhado de um rosto infrequente (Gelder et al., 1999); levando

em consideração que o MMN geralmente aparece apenas quando o estímulo

infrequente é um som, os autores concluíram que este resultado é uma evidência de

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que há uma integração precoce da informação do rosto e da voz no processamento

emocional (Gelder et al., 1999).

O potencial evocado auditivo em condições neutras se caracteriza por possuir

um pico de deflexão precoce em torno aos 100 ms a partir do começo do evento.

Acredita-se que os neurônios subjacentes a esse componente N1 são capazes de

detectar o começo e o final do estímulo, portanto agem como um ativador interno

atencional (Näätänen, 1990). Em outro estudo, em que foi avaliada a modulação de

figuras emocionais no processamento de informação auditiva, utilizando um estímulo

infrequente auditivo (MMN), o N1 foi estável para todas as condições das figuras

emocionais (Surakka et al., 1998). Entretanto, o MMN não teve incremento

significativo em nenhuma das condições, pelo contrário, diminuiu quando foram

apresentadas as figuras com valência positiva (Surakka et al., 1998). Os autores

acreditam que os resultados devem-se ao fato de que as imagens não possuíam alerta

elevado (Surakka et al., 1998).

Contudo, ainda não se sabe como ocorre a modulação dos estímulos visuais

com conteúdo emocional sobre o potencial evocado auditivo puro (sem tarefa),

quando as imagens afetivas têm alto alerta. Este tipo de estudo poderia dar uma nova

luz na pesquisa sobre a modulação sensorial.

A partir do papel da emoção na modulação do processamento sensorial, o

presente estudo teve o objetivo avaliar o efeito de imagens com conteúdo emocional

sobre o processamento sensorial de um estímulo auditivo inócuo, utilizando a técnica

de potencial evocado. Além disso, se avaliou as alterações na potência das principais

bandas de frequência como medida complementaria.

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4. OBJETIVOS E HIPÓTESES

4.1. Objetivo geral

Avaliar o efeito de imagens com conteúdo emocional e alto alerta sobre o

potencial evocado de um estímulo auditivo inócuo.

4.2. Objetivos específicos

Verificar a validação das figuras do IAPS na nossa amostra. (Dizer se é

correspondete)

Avaliar os efeitos das imagens selecionadas sobre a resposta autonômica;

variabilidade da frequência cardíaca.

Avaliar o efeito de imagens com valência emocional e alto alerta sobre as

amplitudes dos componentes N1 e P2 do potencial evocado auditivo produzido

por um tom intermitente.

Avaliar o efeito de imagens com valência emocional e alto alerta sobre a

potência espectral das bandas de frequências delta, teta e alfa no registro

eletroencefalográfico.

4.3. Hipóteses

Tanto os valores de alerta quanto os de valência das imagens selecionadas para

conformar os grupos de imagens negativas, positivas e neutras serão

equivalentes aos valores registrados pelo instrumento padronizado no Brasil.

A variabilidade da frequência cardíaca frente às imagens com carga emocional

será significativamente diferente à variabilidade encontrada frente às imagens

neutras.

As imagens afetivas com alto alerta aumentarão a amplitude dos componentes

N1 e P2 do potencial evocado auditivo produzido por um som inócuo.

As imagens afetivas com alto alerta aumentam a potência espectral das bandas

de frequências delta, teta e alfa.

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30

5. METODOLOGIA

5.1. Participantes

A amostral inicial de participantes foi de 36 sujeitos, 18 mulheres e 18 homens

(entre 18 e 30 anos), todos eles estudantes de graduação e pós-graduação da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A convocação dos voluntários

foi realizada a partir de visitas às salas de aulas e aos laboratórios, informando sobre

os experimentos e convidando-os a participar.

O critério de inclusão abrangia ser estudante ativo da UFRN e ter entre 18 e 30

anos de idade. Os critérios de exclusão foram: possuir algum tipo de deficiência

sensorial que poderia comprometer a compressão ou execução da tarefa (como por

exemplo: cegueira ou surdez), consumir medicamentos que podem alterar a

percepção do indivíduo (como por exemplo: uso de drogas alucinógenas, ansiolíticos

ou relaxantes), ou possuir algum tipo de transtorno atencional ou emocional. Na

amostra final foram excluídos dois sujeitos que não cumpriam com o critério de idade,

deste modo no total foram 34 estudantes (18 mulheres e 16 homens).

5.2. Local da pesquisa

A pesquisa foi realizada na sala de eletrofisiologia do Laboratório de

Neurobiologia e Ritmos Biológicos (LNRB) do Departamento de Fisiologia, Centro de

Biociência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Campus

Universitário Lagoa Nova, Natal – RN, Brasil.

5.3. Instrumentos

Estímulos visuais: Foram utilizadas figuras afetivas do banco de imagens IAPS.

As imagens deste sistema são classificadas por sua valência, alerta e dominância,

utilizando uma escala de 1-9 pontos. A adaptação brasileira foi realizada em

estudantes universitários (homens e mulheres) de várias universidades do Brasil

(Ribeiro et al.,2004). As imagens foram apresentadas em um tamanho de 27 x 20,4 cm

na tela de um monitor, e foram reproduzidas pelo software SuperLab® (Cedrus

Corporation).

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Estes estímulos se dividiram em quatro blocos, sendo o primeiro bloco

composto apenas por uma tela em branco para registrar o potencial evocado auditivo

“sem estímulo visual imperante” como linha de base, este bloco sempre foi o primeiro

a ser apresentado para todos os participantes. Os três blocos seguintes

corresponderam às imagens do IAPS, constituindo assim um bloco de imagens neutras,

um bloco de imagens com valência positiva e alto alerta e um bloco de imagens com

valência negativa e alto alerta; cada bloco de imagens foi composto por 12 imagens no

total, e cada imagem ficou exposta durante 10 s na tela (imagens: 1510, 1640, 1650,

2215, 2518, 2710, 3053, 3063, 3102, 3170, 3266, 4680, 4683, 4800, 5629, 6260, 6350,

6571, 7035, 7100, 7150, 7175, 7205, 7211, 7217, 7235, 7490, 7491, 8030, 8185, 8400,

8490, 8501, 9050, 9410, 9921.). Os blocos de imagens foram aleatorizados entre os

participantes.

Escala SAM (Self Assessment Manikin): A escala SAM é um instrumento que

mede as impressões afetivas geradas pelas figuras do IAPS, conta com duas figuras

com valores numéricos de 1 até 9. Para a dimensão alerta 1 é muito calmo e 9 muito

alertante. Para a dimensão valência 1 é muito negativo e 9 muito positivo.

Estímulos auditivos: Foram utilizadas 200 apresentações de um tom

reproduzido a partir de um áudio estimulador interno fornecido pelo mesmo programa

de registro eletroencefalográfico (Neuro-Spectrum.NET). A frequência de ocorrência

dos estímulos foi de 2 Hz, a intensidade dos estímulos foi de 80 dB (SPL), e a duração

de 50 ms.

Fone de ouvido: Para a apresentação dos estímulos auditivos foi utilizado um

fone de ouvido de inserção da marca 3M, modelo 3A (E-A-R-TONE Gold), que possui

dois tubos de som, de condução no ar, de 24 cm que terminam em duas pontas de

espuma canalizadas, uma para cada ouvido. O fone era conectado ao

eletroencefalógrafo de onde era transmitido o som.

5.4. Procedimento

No momento da chegada do participante ao laboratório, este foi informado

sobre os objetivos da pesquisa e lhe foi comunicado que podia desistir de participar

em qualquer momento, dado o caso se sentisse inconfortável. Imediatamente, o

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32

participante preencheu uma folha com suas informações básicas e questões sobre sua

condição física e psicológica.

Em seguida, o participante foi convidado a sentar-se em uma cadeira localizada

na frente da tela do computador onde foram apresentadas as imagens emocionais. A

tela utilizada foi um monitor LED de 23 polegadas e resolução de 1920x1080 - 60Hz,

com 2ms de taxa de resposta, que se encontrava aproximadamente a 92 cm de

distância dos olhos do participante. Nessa posição, foram fixados os eletrodos corticais

no couro cabeludo do participante, os eletrodos de referência bilaterais no mastoide,

os eletrodos para ECG e o eletrodo terra na testa, a fixação foi realizada utilizando uma

pasta condutora, posterior à limpeza da área com uma pasta abrasiva. Os eletrodos

foram conectados ao cabeçote do software Neuro-Spectrum.Net (da Neurosoft,

Ivanovo, Rússia) que apresenta uma saída conectada ao computador onde foram

registrados os potenciais evocados auditivos, este computador estava localizado na

sala de apoio à sala experimental.

Após a fixação dos eletrodos e a colocação dos fones de ouvido, foram

comunicadas as instruções do experimento. Também foi explicada ao voluntário uma

tarefa de memória operacional (N-back) que devia ser realizada após a apresentação

de cada bloco de estímulo. Esta tarefa tinha a finalidade de manter ativo (buffer task)

ao participante nos intervalos entre blocos. Após o participante afirmar ter entendido

o procedimento se iniciou a sequencia de imagens por blocos e de estímulos sonoros

intermitentes. Ao finalizar o experimento o participante avaliou cada uma das imagens

que foram apresentadas utilizando a escala SAM e em seguida foram retirados os

eletrodos e as áreas de fixação dos eletrodos foram higienizadas.

5.5. Registro eletrofisiológico

Os potenciais evocados auditivos foram registrados no couro cabeludo em oito

canais corticais (F3, F4, C3, C4, T3, T4, O1, O2), tendo como referência os mastoides da

orelha esquerda e direita. As medições dos pontos de localização dos eletrodos

seguiram as indicações do Sistema Internacional 10-20. A frequência de amostragem

do EEG foi de 1000hz; os filtros de passagem de banda foram de 0,5 Hz a 100,0 Hz. A

Impedância foi mantida abaixo dos 7 kΩ. A época de registro dos potenciais evocados

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auditivos foi de 400 ms. O sistema utilizado para o registro dos potenciais evocados foi

o software Neuro-Spectrum.Net, proporcionado pela empresa NeuroSoft.

O eletrocardiograma foi registrado a partir de dois eletrodos, um localizado no

torso e alinhado paralelamente ao ombro direito, e o outro, também no torso, porém

alinhado paralelamente ao quadril esquerdo. Posteriormente, o registro do ECG foi

importado ao software de livre uso para análise da variabilidade da frequência

cardíaca Kubios (versão 2.2), desenvolvido pelo grupo Biosignal Analysis and Medical

Imaging Group, do departamento de Física da Universidade de Kuopio- Finlândia. A

principio foram realizadas correções das épocas com artefatos, e em alguns casos onde

foi necessário, eliminaram-se manualmente. No mesmo programa calcularam-se os

parâmetros temporais da variabilidade da frequência cardíaca: média do intervalo R-R,

desvio do intervalo R-R e média da variabilidade cardíaca por batimento por minuto

(BPM).

Para o processamento do sinal do EEG foi criada uma rotina no MATLAB, onde

foi realizada inicialmente a limpeza do sinal, utilizando um filtro de passagem-baixa de

30,0 Hz. Em seguida foi realizado o corte do sinal em janelas de 400 ms após o inicio do

som, para posteriormente fazer a média de todos os potenciais latentes. Sobre a

média do potencial evocado de cada individuo foram calculados os picos dos

componentes N1 e P2 (o primeiro com uma janela de tempo entre 50 e 150 ms, e o

segundo com uma janela entre 150 e 250 ms), dado que se utilizou para fazer as

análises estatísticas entre as quatro condições experimentais. No MATLAB também foi

criada outra rotina onde foi aplicada a transformada rápida de Fourier (FFT) e

posteriormente extraída a potência das bandas de frequências Delta, Teta e Alfa.

5.6. Análise estatística

Para comparar os valores de valência e alerta percebido pelos nossos

voluntários e os escores padronizados, foi comparada as médias dos escores das

imagens conforme a condição; negativo, neutro ou positivo (nas dimensões de alerta e

valência) utilizando uma ANOVA de medidas repetidas, dado que as comparações

foram realizadas dentre os sujeitos. Esse teste também foi utilizado nas comparações

dos parâmetros da variabilidade da frequência cardíaca entre as quatro condições. Por

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34

outro lado, foi realizado um teste T de Student de uma amostra para comparar os

resultados dos escores das imagens obtidos no nosso estudo com os resultados

reportados no estudo de padronização no Brasil. Adicionalmente, foi aplicada a

correção de Bonferroni para fazer as comparações entre pares e ajustar o erro das

múltiplas comparações.

Para avaliar os efeitos das condições, blocos de imagens (linha de base,

imagens com valência negativa, imagens com valência positiva, imagens neutras) nos

componentes do potencial evocado auditivo, também foi realizada uma análise de

variância para medidas repetidas utilizando os dados dos componentes N1 e P2 que

foram calculados no MATLAB, isso para cada um dos eletrodos registrados. Também

foi realizado um teste T de Student de amostras dependentes para avaliar as

diferenças do componente N1 e P2 entre os hemisférios, em cada um dos eletrodos.

Igualmente foi aplicada a correção de Bonferroni.

Por fim, para as comparações da potência das bandas de frequência Delta, Teta

e Alfa entre as quatro condições experimentais e em cada um dos eletrodos corticais,

o procedimento estatístico anterior foi realizado.

Em todas as análises estatísticas foi levado em consideração um nível de

significância de p<0,05. O programa utilizado para realizar as análises estatísticas foi o

SPSS 21 da IBM.

Cabe esclarecer que um número pequeno de variáveis da medida

eletrofisiológica não passou o critério de normalidade. Porem, na visualização dos

gráficos Quartil-Quartil a distribuição dos nossos dados foi semelhante à distribuição

normal. Além disso, como foi mencionado por Andy Field no seu livro Descobrindo a

estatística usando o SPSS (Field, 2009), quando se aumenta o número da amostra é

fácil obter valores significativos nos teste de normalidade, mas esses pequenos desvios

na distribuição não afetam a análise estatística a ser utilizada. Portanto, neste estudo

se decidiu utilizar estatística paramétrica na análise dos dados.

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35

6. RESULTADOS

6.1. Avaliação subjetiva das imagens (SAM) e variabilidade da frequência

cardíaca

A média dos escores da escala SAM para as dimensões de alerta e valência das

12 imagens dentro de cada um dos blocos é mostrada na Tabela 1. O alerta nos três

grupos foi significativamente diferente (F(2,66)=92,96, p<0,001), as imagens negativas

apresentaram um alerta maior em comparação com as imagens positivas (p<0,001) e

neutras (p<0,001) e, por sua vez, as imagens positivas foram mais alertantes do que as

neutras (p<0,001). Os três blocos de imagens também diferiram significativamente na

avaliação da valência das imagens (F(2,66)=459,82, p<0,001); foram julgados sendo mais

aversivas as imagens negativas, em comparação com as neutras (p<0,001) e positivas

(p<0,001), e foram julgadas como mais prazerosas ou agradáveis as imagens positivas

em comparação com as neutras (p<0,001).

Comparando, a partir de testes T de uma amostra, os escores obtidos na

avaliação das imagens neste estudo com os escores informados por Ribeiro e colegas

(Ribeiro et al., 2004), foram encontradas diferenças significativas tanto em homens (H)

quanto em mulheres (M) na média do alerta das imagens negativas (H: T(15)=-3,35,

p=0,004/ M: T(17)=-5,11, p<0,001) e positivas (H: T(15)=-3,44, p=0,004); e na valência das

imagens negativas (M: T(17)=4,73, p<0,001), neutras (H: T(15)=2,37, p=0,031/ M:

T(17)=3,25, p=0,005) e positivas (H: T(15)=-2,81, p=0,013) (Figura 4).

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36

Tabela 1. Média e desvio padrão da avaliação na escala de alerta e valência das 12 imagens que conformaram cada um dos três grupos de figuras emocionais (negativas, neutras e positivas).

Imagens Negativas Imagens Neutras Imagens Positivas

N Alerta Valência Alerta Valência Alerta Valência

M DP M DP M DP M DP M DP M DP

Homens Mulheres

Total

16 18 34

7,20 7,65 7,38

1,98 1,39 1,80

1,68 2,14 1,92

0,80 1,50 1,27

3,60 4,41 4,01

1,74 1,58 1,72

5,23 5,52 5,37

0,78 1,24 1,10

5,70 5,77 5,69

2,14 2,07 2,15

6,74 6,88 6,77

1,61 1,73 1,73

Figura 4. Média + DP dos escores das imagens nos blocos negativo, neutro e positivo na adaptação brasileira do IAPS (em vermelho) e no estudo atual (em preto). (A) valores do alerta. (B) valores da valência. (*p<0,05; **p<0,001).

Para a análise da variabilidade da frequência cardíaca foi necessário excluir os

valores de quatro participantes devido à perda do sinal do ECG durante o registro. Nas

comparações encontrou-se diferenças significativas na média dos intervalos R-R

(F(3,87)=5,38, p=0,002), sendo maior a média dos intervalos durante a apresentação das

imagens desagradáveis (p=0,002) e agradáveis (p=0,047), do que durante a

apresentação das imagens neutras (Figura 5A). Consequentemente, a média do

batimento cardíaco por minuto (BPM) também foi diferente entre as condições

(F(3,87)=5,35, p=0,002), com menor número de batidas por minuto durante a

apresentação do bloco negativo (p=0,001) e positivo (p=0,040), em comparação com o

bloco neutro (Figura 5B).

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Figura 5. Variabilidade da frequência cardíaca (Média + EP) nas quatro condições experimentais. (A)

média do intervalo R-R em segundos. (B) média do batimento cardíaco por minuto (BPM). (*p<0,05).

Finalmente, a correlação entre os escores de alerta dos três grupos de imagens

e os valores da variabilidade da frequência cardíaca (média do intervalo R-R e média

do BPM) durante cada bloco de imagem mostrou uma correlação positiva entre a

média do intervalo R-R e o alerta das imagens negativas (r=0,41; p=0,027) e o alerta

das imagens positivas (r=0-42; p=0,020). Assim como também foi encontrada uma

correlação negativa entre a média do BPM com o alerta das imagens negativas (r=-

0,41; p=0,023) e o alerta das imagens positivas (r=-0,39; p=0,036) (Tabela 2).

Figura 6. Correlações entre a média do intervalo R-R e o escore do alerta nas três condições de imagens

(A), e entre a média do BPM e o escore do alerta nas três as condições de imagens (B).

A B

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6.2. Potencial Evocado Auditivo

Os valores médios do componente N1 do potencial evocado auditivo foram

significativamente diferentes na maioria dos canais registrados (a exceção dos frontais)

quando comparamos o bloco de linha de base com os blocos de imagens negativas,

positivas e neutras; os valores do componente P2 apenas mostraram diferenças em

dois canais (Tabela 2). As médias dos potenciais evocados auditivo para todos os canais

são mostradas na Figura 6.

Tabela 2. ANOVA de medidas repetidas das comparações das médias entre as condições linha de base, imagens negativas, imagens positivas e imagens neutras, para o componente N1 (esquerda) e P2 (direita).

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Figura 7. Média do potencial evocado auditivo de todos os participantes nas condições linha de base, imagens negativas, imagens positivas e imagens neutras, para cada um dos eletrodos.

A análise da resposta do potencial evocado auditivo de todas as condições

entre os canais mostrou uma diferença significativa na amplitude do componente P2

do potencial evocado entre todas as áreas do couro cabeludo que foram registradas

(F(3,99)=40,35, p<0,001), sendo as áreas frontal e central as que apresentaram maiores

amplitudes (Figura 8).

Adicionalmente, comparando as respostas no componente P2 entre os dois

hemisférios, utilizando o teste T de medidas dependentes, encontrou-se uma

diminuição significativa da resposta ao som durante a apresentação das imagens na

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região occipital do hemisfério direito, durante os blocos de imagens neutras (T(33)=-

2,29, p=0,028) e imagens positivas (T(33)=-3,73, p=0,001) (Figura 9).

Figura 8. Média + EP da amplitude do componente P2 do potencial evocado auditivo, nas regiões frontal, central, temporal e ocipital. (**p<0,001).

Figura 9. Média + EP do componente P2 do potencial evocado auditivo nos hemisférios esquerdo e direito da região occipital do cérebro, calculada para os blocos linha de base, imagens negativas, imagens neutras e imagens positivas. (*p<0,05).

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6.3. Potência das Bandas de Frequência

As comparações da potência total entre cada condição experimental para as

bandas de frequência Delta, Teta e Alfa deram poucas diferenças significativas (Tabela

3). O post hoc dos resultados do teste que pontuaram menor do que 0,05 mostraram

um efeito principal entre o bloco de linha de base e os blocos de imagens.

Tabela 3. Escore F e valor da significância das comparações das médias das potência de delta, teta e alfa

entre as condições linha de base, imagens negativas, imagens positivas e imagens neutras.

Delta Teta Alfa

F p F p F p

F3 1,11 0,348 0,25 0,865 0,95 0,420

F4 4,96 0,003 5,01 0,003 2,52 0,063

C3 2,07 0,109 1,60 0,195 0,26 0,853

C4 2,42 0,070 1,71 0,169 4,63 0,005

T3 4,78 0,004 1,12 0,346 0,95 0,419

T4 1,24 0,299 4,37 0,006 2,55 0,060

O1 1,22 0,305 1,75 0,161 0,39 0,761

O2 1,08 0,361 3,19 0,027 0,70 0,554

Contudo, com o objetivo de observar detalhadamente se existem variações ao

longo do tempo na potência dessas bandas devidas ao fator emocional, o registro

eletroencefalofráfico foi dividido em cinco momentos de aproximadamente 21

segundos cada, e foi executada uma ANOVA fatorial de medidas repetidas para avaliar

a interação entre esses momentos e as condições experimentais

(MomentoXCondição), isso para cada uma das bandas de frequência. Não foram

encontradas diferenças significativas na banda delta. O resultado da banda Teta

revelou um efeito do momento sobre a potência de Teta entre as condições (F3:

F(12,396)=2,22, p=0,010/ F4: F(12,396)=2,20, p=0,011/ C3: F(12,396)=2,68, p=0,002/ C4:

F(12,396)=2,60, p=0,002/ T3: F(12,396)=3,89, p<0,001/T4: F(12,396)=4,01, p<0,001/ O1:

F(12,396)=1,30, p<0,217/ O2: F(12,396)=2,95, p<0,001). Por sua vez, a potência da banda

Alfa ao longo do tempo, também foi encontrado o efeito da interação (F3:

F(12,396)=2,58, p=0,003/ F4: F(12,396)=3,07, p<0,001/ C3: F(12,396)=3,31, p<0,001/ C4:

F(12,396)=3,44, p<0,001/ T3: F(12,396)=4,55, p<0,001/T4: F(12,396)=5,11, p<0,001/ O1:

F(12,396)=2,28, p<0,008/ O2: F(12,396)=3,51, p<0,001).

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O efeito principal das interações em teta e alfa para cada eletrodo foi calculado

a partir de uma ANOVA de medidas repetidas modificada (foi adicionada na sintaxe da

ANOVA uma linha de comando que permite realizar o cálculo do efeito principal das

interações), isso com o fim de tentar ver que condições foram diferentes em cada

momento. Na banda teta as principais diferenças significativas foram entre as imagens

negativas e neutras no momento 2 e nos eletrodos F4, C4, T4 (p<0,05); e no momento

3 entre as imagens negativas e positivas em F4, C4, T4 e O2 (p<0,05) (Figura 10). Em

alfa as principais diferenças significativas foram encontradas no momento 2 entre as

imagens emocionais e as imagens neutras, nos eletrodos C4, T4, e O2 (p<0,05) (Figura

11); também foram encontradas diferenças significativas entre imagens negativas e

positivas e neutras no momento 4, nos eletrodos F3, F4, C4, T3, T4, T3, T4, O1 e O2

(p<0,05). Todas as comparações post-hoc entre as condições para cada momento e em

cada um dos eletrodos podem ser encontradas nos ANEXOS.

Figura 10. Média + EP da potência da banda Teta na interação MomentoXCondição para os canais frontais, centrais, temporais e occipitais (Cinco momentos de 21 seg). (*p<0,05).

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Figura 11. Média + EP da potência da banda Alfa na interação MomentoXCondição para os canais frontais, centrais, temporais e occipitais (Cinco momentos de 21 seg). (*p<0,05).

Outra análise mais específica executada foi uma ANOVA de medidas repetidas para

três fatores (HemisférioXMomentoXCondição). O teste revelou tanto para a banda

Teta, quanto para a banda Alfa um efeito na interação dos três fatores nas áreas

frontal e central (TetaFrontal: F(12,396)=2,22, p=0,010/ TetaCentral: F(12,396)=2,32,

p=0,007/ (AlfaFrontal: F(12,396)=4,16, p<0,001/ AlfaCentral: F(12,396)=4,45, p<0,001)

(Figuras 12 e 13).

Figura 12. Média da potência da banda de frequência Teta na interação dos fatores HemisférioXMomentoXCondição. (A) região frontal. (B) região central. (Cinco momentos de 21 seg).

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Figura 13. Média da potência da banda de frequência Alfa na interação dos fatores HemisférioXMomentoXCondição. (A) região frontal. (B) região central. (Cinco momentos de 21 seg).

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45

7. DISCUSSÃO

7.1. Avaliação subjetiva das imagens (SAM) e variabilidade da frequência

cardíaca

Nossos primeiros resultados estão relacionados com a validação das imagens

com diferentes padrões emocionais. Primeiro validamos as categorias das figuras,

positiva, negativa e neutra com a percepção subjetivas dos voluntários. Os resultados

obtidos na avaliação subjetiva das dimensões de alerta e valência na escala SAM das

imagens selecionadas no presente estudo, mostram que, como era esperado, as

imagens com conteúdo emocional negativo forem avaliadas como negativas e

alertantes, as imagens com conteúdo emocional positivo forem avaliadas como

positivas e alertantes, e as imagens neutras como neutras e pouco alertantes.

Entretanto, nossos resultados foram diferentes ao serem comparados os valores

obtidos pelos participantes do presente estudo com os valores normativos informados

por Ribeiro e colaboradores (2004) na adaptação do IAPS feita para o Brasil.

Encontrou-se que tanto os homens quanto as mulheres no presente estudo

consideraram como menos alertantes as imagens negativas, já os homens

consideraram menos alertantes as imagens positivas, isso em comparação com os

valores normativos. No caso da valência emocional, mulheres deram uma maior

pontuação nas imagens negativas e homens deram uma menor pontuação nas

positivas, o que é coerente com o resultado do alerta; por sua vez as imagens neutras

foram pontuadas com uma valência maior, tanto em homens quanto em mulheres.

Este último resultado pode ser explicado pelo fato de que algumas das imagens, que

ficaram dentro do grupo de imagens neutras, foram avaliadas como positivas, por

exemplo, a imagem de uma idosa em uma cadeira.

O que os nossos resultados mostram é que é necessário expandir a

padronização do banco de figuras do IAPS para outros padrões culturais do território

nacional. Afinal, o estudo realizado pelos pesquisadores da UNIFESP foi com uma

porção da população universitária dos estados de Curitiba e São Paulo, localizados no

sul e sudeste do país, respectivamente. Enquanto o presente estudo foi realizado em

uma amostra da população universitária de Natal, no Rio Grande do Norte. Por ser o

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Brasil um país com uma grande extensão territorial, existem muitas diferenças

culturais entre as regiões que o compõe, portanto, qualquer tipo de padronização de

testes psicológico ou escala deve ser ampla, ou pelo menos especificada para uma

região em particular. Todavia, os resultados relativos a percepção das imagens pelos

nossos voluntários em valência positivas, negativas ou neutras foram coincidentes com

a classificação no banco de imagens, validando o uso deste instrumento.

Corroborando também a validade da utilização das imagens como estímulos

emocionais, nossos resultados mostraram um aumento na média do intervalo RR e

uma diminuição da média do batimento cardíaco nas duas condições de imagens com

conteúdo emocional, sendo um reflexo da desaceleração cardíaca nessas condições. A

desaceleração do ritmo cardíaco durante a apresentação de imagens com conteúdo

emocional tem sido explicada como um efeito da atenção, o que se conhece como

reação de orientação e está relacionado com uma ativação cortical (Graham & Clifton,

1966; Palomba et al., 1997; Pollatos et al., 2007). Tem se documentado que são

principalmente as imagens negativas que produzem uma maior desaceleração (Angrilli

et al. 1997; Pollatos et al.2007), portanto mantem mais o foco atencional. Contudo, no

presente estudo, tanto as imagens com conteúdo negativo, quanto as imagens com

conteúdo positivo apresentaram uma desaceleração do ritmo cardíaco. Diante disso,

temos evidência de que o fato do estímulo visual ser emocional é suficiente para

diminuir o ritmo e direcionar a atenção ao estímulo.

Por último, a correlação significativa entre os escores das imagens na escala de

alerta e a variabilidade da frequência cardíaca (média do R-R e média do BPM) indica

que os voluntários foram capazes de interpretar a resposta fisiológica que estavam

experimentando durante a apresentação das imagens.

7.2. Potencial evocado auditivo

O potencial evocado auditivo mostrou uma morfologia típica para esta classe

de estímulo sensorial, um componente N1 em torno de 100 ms, e um componente P2

entre os 150 e 250 ms (Crowley & Colrain, 2004). Nas comparações entre as condições

conforme o tipo de imagem apresentado, só foram encontradas diferenças na

amplitude dos componentes N1 e P2 entre a condição sem imagens e a outras

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condições com imagens, independentemente se forem negativas, positivas ou neutras.

Este resultado sugere uma possível divisão do recurso atencional entre as duas fontes

externas de estimulação sensorial. Afinal, foram apresentadas imagens

simultaneamente com o som, e por isso a amplitude do potencial evocado auditivo

diminui para permitir o redirecionamento dividido da atenção para as imagens.

Comparando o nosso resultado com o do estudo de Surakka e colaboradores (1998),

vemos que eles encontraram uma diminuição da amplitude do componente MMN

apenas com imagens positivas. Já um trabalho realizado com EMG mostrou uma

diminuição da resposta eletromagnética de um som repetitivo somente ante a

apresentação de imagens negativas (Yamashita et al., 2005). Parcialmente estes dois

resultados poderiam respaldar a ideia de uma divisão da atenção entre os dois tipos de

input sensorial.

Contudo, em um estudo parecido onde foi avaliado o potencial evocado

auditivo de uma tarefa de discriminação de tons durante a apresentação de imagens

emocionais, encontrou-se que principalmente as imagens negativas aumentaram a

amplitude dos componentes N1 do potencial evocado auditivo durante a apresentação

de estímulos altamente infrequentes e P2 durante a apresentação de estímulos

frequentes (Sugimoto et al., 2007). Um efeito similar também foi reportado em um

experimento onde imagens desagradáveis apresentadas antes de um tom elevaram a

amplitude do potencial evocado auditivo (Tartar et al., 2012). Esses resultados

discrepam dos nossos e dos de Surakka et al. (1998) e Yamashita et al., (2005), pois

contrariamente sugerem que a emoção pode intensificar a resposta sensorial de outro

estímulo ambiental.

Tem sido sugerido que quando são apresentados estímulos emocionais de

modalidade sensorial diferente, apresentados fora do foco de atenção, pode ocorrer

por parte dos estímulos emocionais uma captura dos recursos atencionais nas etapas

iniciais do processamento do estímulo emocional (Schupp et al., 2008). Nesse estudo

foi avaliada a interferência emocional mediante influência de uma tarefa atencional

auditiva sobre o EPN, e se encontrou que a tarefa de atenção auditiva não alterou o

EPN gerado pelas imagens emocionais (Schupp et al., 2008). Se formos ajustar esta

sugestão aos resultados deste trabalho, vemos que não só seriam os estímulos

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emocionais que preservariam o foco atencional, senão os estímulos visuais em geral, e

isso se deveria a que na disputa de recursos atencionais os estímulos visuais poderiam

ter maior relevância do que os auditivos, talvez por causa de um efeito da habituação

ao som repetitivo, o qual não sofreram os estímulos visuais.

Por outro lado, a distribuição espacial do componente P2 ao longo das regiões

corticais mostra uma amplitude maior na área central, perto do vértex. É conhecido

que este componente na maioria das modalidades sensoriais, incluindo a auditiva,

alcança sua máxima amplitude acima do vértex (Crowley & Colrain, 2004). Por

conseguinte, podemos confirmar que de fato o registro do potencial evocado auditivo

foi adequado, e os resultados encontrados no estudo não foram devido a uma

aplicação errada da metodologia.

Por fim, a diminuição da amplitude do componente P2 no hemisfério direito,

quando foram apresentadas imagens (principalmente neutras e positivas)

simultaneamente ao o som, poderia ser também um reflexo da divisão atencional, a

qual foi mencionada previamente. Como é bem conhecido, o hemisfério direito é

especializado na percepção holística do mundo, incluindo o processamento dos

estímulos visuais como um todo. Portanto, uma diminuição assimétrica da resposta

elétrica sensorial auditiva ao serem apresentadas imagens pode ser interpretada como

uma primazia no hemisfério direito da percepção das imagens.

O fato de não ter encontrado um efeito da emoção induzidas pelas imagens

com conteúdo emocional sobre o potencial evocado auditivo, não quer dizer que não

exista uma influência da emoção sobre a maneira como se percebe os estímulos do

ambiente, como já tem sido demostrado em outros estudos (Sugimoto et al., 2007;

Tartar et al., 2011), e sim que neste estudo não conseguimos detectar tal fenômeno.

Outra possível explicação é o tipo de emoção que usamos para parear com o estímulo

auditivo. Sabe-se que as emoções provocadas como conteúdo emocional como as do

IAPS podem ser definidas como prazerosas, no caso das imagens positivas; e

desagradáveis, no caso das imagens negativas (Kreibig, 2010), por isso é possível que

esses tipos de emoções não produzam uma alta ativação no cérebro como o fariam

emoções mais fortes, por exemplo, o medo. Adicionalmente, a duração e o contexto

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no qual são apresentadas as imagens podem produzir um efeito no sujeito de curta

duração. De modo que, juntando os dois elementos anteriores, é possível sugerir que

as imagens com conteúdo emocional não têm um efeito contundente na ativação do

cérebro e, portanto, a resposta emocional que elas produziram não foi capaz de

influenciar o potencial evocado de estímulos auditivos.

7.3. Potência das Bandas de Frequência

O fato de não termos encontrado diferenças entre as condições na potência

espectral das bandas de frequência, deve-se a que as propriedades das ondas corticais

não são constantes, pois elas mudam ao longo do tempo devido aos fatores externos

ou internos ao organismo. Por tal razão, nós fizemos uma análise da dinâmica

temporal da dessincronização do sinal do EEG por momentos. A nossa análise da

potencia das bandas de frequência ao longo do tempo foi diferente das análises

reportadas na maioria dos estudos. Pois estes estudos avaliaram o potencial

relacionado com a dessincronização e sincronização. Isto faz com que nosso estudo

seja provavelmente o primeiro em fazer este tipo de observação. Dai que as

comparações realizadas entre os resultados do presente estudo e a literatura prévia

sejam com pesquisas que utilizaram o potencial relacionado com a dessincronização e

sincronização.

Os resultados da interação entre o momento e a condição experimental

mostraram um aumento da potência da banda teta na condição imagens negativas, em

comparação com as imagens neutras, nos canais frontal direito, central direito e

temporal direito, no momento 2 (entre 21 e 42 segundos depois do início da

estimulação). Para a banda alfa neste mesmo momento, foi achado um aumento da

potência nas condições de imagens emocionais, em comparação com as de imagens

neutras e condição de linha de base, nos canais frontal, central e temporal. Esses

resultados no momento 2 para as duas bandas sugerem uma especialização

hemisférica na percepção da emoção. Já se tinham proposto que o hemisfério direito

estava relacionado com a detecção da emoção per se (Hirschman and Safer, 1982;

Muller, 1999), e os nossos resultados corroboram essa hipótese.

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A sincronização da banda teta é coerente com o resultado de outro estudo

onde os voluntários foram expostos às imagens emocionais do mesmo banco utilizado

por nós. Eles encontraram, como nós, que as ondas teta tiveram uma sincronização

durante a apresentação dos estímulos com valência emocional (Aftana et al., 2001). Os

autores desse estudo indicam que o aumento da potência de teta pode ser decorrente

de um efeito de mecanismos de memória, especificamente um reconhecimento da

emoção. Um estudo interessante, realizado em seres humanos com eletrodos

implantados no hipocampo, e que foram apresentados rostos com expressões

emocionais negativas e positivas de humanos e primatas, mostrou um aumento da

sincronização de teta hipocampal, principalmente no hemisfério direito (Nishitani,

2003). Isto corrobora o papel de teta no reconhecimento das emoções dado a o papel

do hipocampo em algumas fases da memória.

Entretanto, outro estudo encontrou que a sincronização da banda alfa é mais

relacionada com processos atencionais, predominantemente na parte posterior do

hemisfério direito (Aftanas et al., 2002). Por conseguinte, é possível que a resposta da

potência de frequência alfa registrada nos participantes do nosso estudo refleta a um

aumento da atenção dirigida aos estímulos emocionais e a um processamento

sensorial dos mesmos.

Os resultados achados no momento 3 (aproximadamente 63 segundos após o

início da estimulação) mostram uma diminuição da potência da banda teta durante a

apresentação de imagens negativas, em comparação com imagens positivas, em todos

os eletrodos do hemisfério direito. No caso de alfa no momento 4, foi encontrada uma

diminuição da potência dessa onda durante a apresentação de imagens negativas, em

comparação com imagens positivas e neutras, em praticamente todos os eletrodos

registrados, a exceção do C3. O resultado em teta apoiam a hipótese de que o

hemisfério direito está envolvido no processamento de estímulos emocionais

negativos, relacionado ao comportamento de esquiva (Tucker, 1981; Silberman &

Weingartner, 1986, Aftanas, 2001). Mas o resultado da banda alfa não apoiariam essa

hipóteses.

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Nas comparações entre os hemisférios nas quatro condições e em cada

momento, pode ser visto que no primeiro momento o hemisfério esquerdo apresenta

uma sincronização maior em teta e em alfa para todas as condições, nos eletrodos

frontais e parietais. No segundo momento teta e principalmente alfa mostram uma

ativação maior do hemisfério direito para as imagens com valência emocional. Já no

terceiro e quarto momento começa a diminuir a potência das duas bandas na condição

de imagens negativas, diminuição que se aprofunda mais nos dois hemisférios no

terceiro momento. Essas diferenças entre a ativação dos dois hemisférios ao longo do

tempo mostram que ambos os hemisférios apresentam uma dinâmica funcional

diferente durante o processamento de informação sensorial.

Dessa maneira, os resultados encontrados no presente estudo indicam que em

um primeiro momento o hemisfério esquerdo responde mais do que o direito à

estimulação externa, independente dela ser auditiva ou auditiva-visual. Em um

segundo momento o hemisfério direito responde mais aos estímulos com conteúdo

emocional em geral, nas bandas alfa e teta (confirmando a hipótese do papel do

hemisfério direto). Além disso, é visto uma dessincronização de teta nas imagens

negativas no hemisfério direito (confirmando a hipótese da lateralização do

processamento da valência emocional). Essa mesma dessincronização em alfa na

maioria dos eletrodos ainda deve ser estudada com mais detalhes para saber se tem

relação com uma resposta bilateral às emoções não prazerosas.

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8. CONCLUSÃO

Uma análise dos nossos resultados mostra que o uso das figuras do IAPS é uma

metodologia adequada para o estudo com estímulos emocionais, principalmente

quando é avaliada a resposta subjetiva, embora seja necessária uma melhor

padronização em outras regiões do Brasil. Além disso, as imagens emocionais

promoveram uma desaceleração cardíaca, corroborando a hipótese de que os

estímulos emocionais provoca um direcionamento atencional.

A diminuição da amplitude dos componentes N1 e P2 do potencial evocado

auditivo somente durante a apresentação de imagens (independente de serem

emocionais ou não) indica uma divisão da atenção entre as duas fontes de estimulação

(visual e auditiva), e não uma influência da emoção na resposta sensorial ao som.

Contudo, isso não indica que as emoções não possam alterar o processamento dos

estímulos do ambiente. Talvez seja necessário realizar outros estudos utilizando

estímulos emocionais mais intensos para comprovar se existe essa influência. Outra

alternativa que também poderia ser utilizada é alterar a frequência do som para

controlar o efeito da habituação ao som repetitivo.

A sincronização das bandas de frequência teta e alfa ao longo do registro

eletroencefalográfico sugerem que nesse período de estimulação emocional

primeiramente há um processamento da estimulação externa, independente de suas

características sensoriais ou emocionais, principalmente no hemisfério esquerdo.

Seguido disso, há uma ativação do hemisfério direito ante o conteúdo emocional dos

estímulos. E posteriormente se evidência uma discriminação da valência da emoção,

principalmente das imagens negativas no hemisfério direito. Esses achados sugerem

que o hemisfério direito tem um papel importante na discriminação das emoções.

Dentre as limitações que tivemos neste estudo encontra-se o fato de não ter

podido fazer uma ligação automática entre o ordenador que apresentava as imagens e

o ordenador que apresentava o som, o que não nós permitiu fazer uma aleatorização

das imagens, não aleatorizar as imagens em ocasiões pode produzir um efeito de

habituação, portanto foi uma variável que não foi controlada. Outro fator limitante foi

não ter registrado a atividade elétrica do cérebro antes da apresentação de qualquer

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estímulo, seja auditivo ou visual, pois esse registro poderia ter sido extraído no sinal

final na parte de pós processamento.

Por fim, para futuras investigações relacionadas com o efeito da emoção no

processamento sensorial é recomendável escolher melhor o tipo de estímulo a serem

utilizados, também é importante fazer uma limpeza mais exaustiva do sinal elétrico

para diminuir a variabilidade devida a fatores externos. Adicionalmente, outros

tratamentos matemáticos podem ser aplicados à série temporal para obter mais

informação dos dados.

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10. ANEXOS

10.1. Comparações post-hoc

Alfa MomentoXCondição

Comparações de pares

Medida: F3

F4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite superior

1 1 2 -2397,210 2260,173 1,000 -8740,975 3946,556

3 -1342,530 2154,770 1,000 -7390,454 4705,394

4 7,558 1349,173 1,000 -3779,248 3794,365

2 1 2397,210 2260,173 1,000 -3946,556 8740,975

3 1054,680 2412,709 1,000 -5717,219 7826,579

4 2404,768 2198,016 1,000 -3764,537 8574,073

3 1 1342,530 2154,770 1,000 -4705,394 7390,454

2 -1054,680 2412,709 1,000 -7826,579 5717,219

4 1350,088 2189,764 1,000 -4796,055 7496,231

4 1 -7,558 1349,173 1,000 -3794,365 3779,248

2 -2404,768 2198,016 1,000 -8574,073 3764,537

3 -1350,088 2189,764 1,000 -7496,231 4796,055

2 1 2 2147,084 1930,319 1,000 -3270,859 7565,026

3 -455,180 2561,554 1,000 -7644,849 6734,489

4 1449,794 2461,171 1,000 -5458,124 8357,712

2 1 -2147,084 1930,319 1,000 -7565,026 3270,859

3 -2602,263 1596,896 ,676 -7084,369 1879,842

4 -697,290 1286,485 1,000 -4308,145 2913,565

3 1 455,180 2561,554 1,000 -6734,489 7644,849

2 2602,263 1596,896 ,676 -1879,842 7084,369

4 1904,973 1652,017 1,000 -2731,845 6541,792

4 1 -1449,794 2461,171 1,000 -8357,712 5458,124

2 697,290 1286,485 1,000 -2913,565 4308,145

3 -1904,973 1652,017 1,000 -6541,792 2731,845

3 1 2 -123,697 2501,000 1,000 -7143,407 6896,012

3 -2526,531 2757,084 1,000 -10265,006 5211,944

4 -3252,074 2183,205 ,875 -9379,809 2875,662

2 1 123,697 2501,000 1,000 -6896,012 7143,407

3 -2402,834 1809,979 1,000 -7483,013 2677,345

4 -3128,376 1996,368 ,760 -8731,703 2474,951

3 1 2526,531 2757,084 1,000 -5211,944 10265,006

2 2402,834 1809,979 1,000 -2677,345 7483,013

4 -725,542 2147,590 1,000 -6753,314 5302,229

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65

4 1 3252,074 2183,205 ,875 -2875,662 9379,809

2 3128,376 1996,368 ,760 -2474,951 8731,703

3 725,542 2147,590 1,000 -5302,229 6753,314

4 1 2 356,792 1825,390 1,000 -4766,641 5480,225

3 -5323,700 2216,001 ,132 -11543,485 896,085

4 -5699,391 2117,774 ,067 -11643,476 244,695

2 1 -356,792 1825,390 1,000 -5480,225 4766,641

3 -5680,492* 1701,241 ,013 -10455,468 -905,515

4 -6056,182* 1632,237 ,005 -10637,481 -1474,884

3 1 5323,700 2216,001 ,132 -896,085 11543,485

2 5680,492* 1701,241 ,013 905,515 10455,468

4 -375,691 1895,827 1,000 -5696,823 4945,442

4 1 5699,391 2117,774 ,067 -244,695 11643,476

2 6056,182* 1632,237 ,005 1474,884 10637,481

3 375,691 1895,827 1,000 -4945,442 5696,823

5 1 2 -2724,852 2867,347 1,000 -10772,810 5323,107

3 1390,950 2174,854 1,000 -4713,346 7495,245

4 1993,756 2276,052 1,000 -4394,579 8382,091

2 1 2724,852 2867,347 1,000 -5323,107 10772,810

3 4115,801 1761,948 ,154 -829,567 9061,169

4 4718,608 1918,797 ,116 -666,998 10104,213

3 1 -1390,950 2174,854 1,000 -7495,245 4713,346

2 -4115,801 1761,948 ,154 -9061,169 829,567

4 602,807 1557,208 1,000 -3767,903 4973,516

4 1 -1993,756 2276,052 1,000 -8382,091 4394,579

2 -4718,608 1918,797 ,116 -10104,213 666,998

3 -602,807 1557,208 1,000 -4973,516 3767,903

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: F4

F3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite superior

1 1 2 455,338 1649,937 1,000 -4175,640 5086,316

3 -715,199 1980,368 1,000 -6273,618 4843,220

4 232,494 2404,035 1,000 -6515,058 6980,046

2 1 -455,338 1649,937 1,000 -5086,316 4175,640

3 -1170,537 1810,173 1,000 -6251,260 3910,186

4 -222,844 2164,469 1,000 -6297,992 5852,304

3 1 715,199 1980,368 1,000 -4843,220 6273,618

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66

2 1170,537 1810,173 1,000 -3910,186 6251,260

4 947,693 2503,783 1,000 -6079,827 7975,213

4 1 -232,494 2404,035 1,000 -6980,046 6515,058

2 222,844 2164,469 1,000 -5852,304 6297,992

3 -947,693 2503,783 1,000 -7975,213 6079,827

2 1 2 -4525,732 2591,452 ,540 -11799,317 2747,853

3 -639,424 2309,223 1,000 -7120,862 5842,014

4 -4392,290 2426,170 ,476 -11201,969 2417,390

2 1 4525,732 2591,452 ,540 -2747,853 11799,317

3 3886,308 1815,876 ,239 -1210,421 8983,037

4 133,443 2204,199 1,000 -6053,218 6320,103

3 1 639,424 2309,223 1,000 -5842,014 7120,862

2 -3886,308 1815,876 ,239 -8983,037 1210,421

4 -3752,866 1426,631 ,077 -7757,077 251,346

4 1 4392,290 2426,170 ,476 -2417,390 11201,969

2 -133,443 2204,199 1,000 -6320,103 6053,218

3 3752,866 1426,631 ,077 -251,346 7757,077

3 1 2 3953,190 2863,041 1,000 -4082,683 11989,063

3 -757,121 3385,246 1,000 -10258,697 8744,455

4 330,377 3043,549 1,000 -8212,137 8872,892

2 1 -3953,190 2863,041 1,000 -11989,063 4082,683

3 -4710,311 2198,069 ,238 -10879,764 1459,142

4 -3622,812 1916,235 ,405 -9001,226 1755,602

3 1 757,121 3385,246 1,000 -8744,455 10258,697

2 4710,311 2198,069 ,238 -1459,142 10879,764

4 1087,499 2541,894 1,000 -6046,991 8221,988

4 1 -330,377 3043,549 1,000 -8872,892 8212,137

2 3622,812 1916,235 ,405 -1755,602 9001,226

3 -1087,499 2541,894 1,000 -8221,988 6046,991

4 1 2 4713,959 2204,704 ,240 -1474,118 10902,036

3 -1974,587 1917,928 1,000 -7357,752 3408,579

4 959,445 2389,078 1,000 -5746,126 7665,015

2 1 -4713,959 2204,704 ,240 -10902,036 1474,118

3 -6688,546* 2077,513 ,017 -12519,629 -857,462

4 -3754,514 1816,125 ,280 -8851,943 1342,914

3 1 1974,587 1917,928 1,000 -3408,579 7357,752

2 6688,546* 2077,513 ,017 857,462 12519,629

4 2934,032 1916,850 ,812 -2446,109 8314,172

4 1 -959,445 2389,078 1,000 -7665,015 5746,126

2 3754,514 1816,125 ,280 -1342,914 8851,943

3 -2934,032 1916,850 ,812 -8314,172 2446,109

5 1 2 -6519,176 3030,658 ,233 -15025,508 1987,156

3 -2072,780 1787,111 1,000 -7088,773 2943,212

4 -3934,885 2302,777 ,581 -10398,231 2528,460

2 1 6519,176 3030,658 ,233 -1987,156 15025,508

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

67

3 4446,396 1996,055 ,197 -1156,054 10048,845

4 2584,291 2862,135 1,000 -5449,037 10617,619

3 1 2072,780 1787,111 1,000 -2943,212 7088,773

2 -4446,396 1996,055 ,197 -10048,845 1156,054

4 -1862,105 1852,395 1,000 -7061,335 3337,125

4 1 3934,885 2302,777 ,581 -2528,460 10398,231

2 -2584,291 2862,135 1,000 -10617,619 5449,037

3 1862,105 1852,395 1,000 -3337,125 7061,335

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: C3

C4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -3793,185* 1114,596 ,011 -6921,589 -664,782

3 -1451,576 1397,176 1,000 -5373,117 2469,964

4 -373,893 1150,253 1,000 -3602,379 2854,594

2 1 3793,185* 1114,596 ,011 664,782 6921,589

3 2341,609 1312,784 ,502 -1343,062 6026,280

4 3419,293* 1079,993 ,020 388,010 6450,576

3 1 1451,576 1397,176 1,000 -2469,964 5373,117

2 -2341,609 1312,784 ,502 -6026,280 1343,062

4 1077,684 1263,707 1,000 -2469,239 4624,606

4 1 373,893 1150,253 1,000 -2854,594 3602,379

2 -3419,293* 1079,993 ,020 -6450,576 -388,010

3 -1077,684 1263,707 1,000 -4624,606 2469,239

2 1 2 1343,501 1212,178 1,000 -2058,794 4745,795

3 -18,201 1608,675 1,000 -4533,367 4496,966

4 1495,873 1428,345 1,000 -2513,149 5504,895

2 1 -1343,501 1212,178 1,000 -4745,795 2058,794

3 -1361,701 1110,234 1,000 -4477,863 1754,461

4 152,372 762,129 1,000 -1986,742 2291,486

3 1 18,201 1608,675 1,000 -4496,966 4533,367

2 1361,701 1110,234 1,000 -1754,461 4477,863

4 1514,073 1149,862 1,000 -1713,315 4741,461

4 1 -1495,873 1428,345 1,000 -5504,895 2513,149

2 -152,372 762,129 1,000 -2291,486 1986,742

3 -1514,073 1149,862 1,000 -4741,461 1713,315

3 1 2 581,576 1595,163 1,000 -3895,665 5058,817

3 -907,958 1916,777 1,000 -6287,895 4471,978

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

68

4 -1546,249 1560,577 1,000 -5926,416 2833,919

2 1 -581,576 1595,163 1,000 -5058,817 3895,665

3 -1489,535 1162,783 1,000 -4753,189 1774,119

4 -2127,825 1082,619 ,347 -5166,479 910,829

3 1 907,958 1916,777 1,000 -4471,978 6287,895

2 1489,535 1162,783 1,000 -1774,119 4753,189

4 -638,290 1248,196 1,000 -4141,677 2865,097

4 1 1546,249 1560,577 1,000 -2833,919 5926,416

2 2127,825 1082,619 ,347 -910,829 5166,479

3 638,290 1248,196 1,000 -2865,097 4141,677

4 1 2 500,374 1157,417 1,000 -2748,219 3748,966

3 -2536,266 1298,689 ,356 -6181,376 1108,843

4 -2469,063 1487,764 ,639 -6644,862 1706,735

2 1 -500,374 1157,417 1,000 -3748,966 2748,219

3 -3036,640 1177,086 ,087 -6340,440 267,160

4 -2969,437 1097,312 ,064 -6049,330 110,456

3 1 2536,266 1298,689 ,356 -1108,843 6181,376

2 3036,640 1177,086 ,087 -267,160 6340,440

4 67,203 1182,858 1,000 -3252,798 3387,204

4 1 2469,063 1487,764 ,639 -1706,735 6644,862

2 2969,437 1097,312 ,064 -110,456 6049,330

3 -67,203 1182,858 1,000 -3387,204 3252,798

5 1 2 -2517,527 1522,867 ,647 -6791,851 1756,798

3 584,330 1140,807 1,000 -2617,644 3786,304

4 849,355 1225,784 1,000 -2591,127 4289,837

2 1 2517,527 1522,867 ,647 -1756,798 6791,851

3 3101,857 1328,685 ,155 -627,444 6831,158

4 3366,882 1269,075 ,073 -195,110 6928,873

3 1 -584,330 1140,807 1,000 -3786,304 2617,644

2 -3101,857 1328,685 ,155 -6831,158 627,444

4 265,025 1126,350 1,000 -2896,370 3426,419

4 1 -849,355 1225,784 1,000 -4289,837 2591,127

2 -3366,882 1269,075 ,073 -6928,873 195,110

3 -265,025 1126,350 1,000 -3426,419 2896,370

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: C4

C3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

69

1 1 2 -229,424 1314,282 1,000 -3918,300 3459,451

3 -189,802 1485,188 1,000 -4358,370 3978,766

4 -612,963 1668,569 1,000 -5296,237 4070,310

2 1 229,424 1314,282 1,000 -3459,451 3918,300

3 39,622 1113,812 1,000 -3086,582 3165,826

4 -383,539 1321,959 1,000 -4093,963 3326,885

3 1 189,802 1485,188 1,000 -3978,766 4358,370

2 -39,622 1113,812 1,000 -3165,826 3086,582

4 -423,161 1525,349 1,000 -4704,452 3858,129

4 1 612,963 1668,569 1,000 -4070,310 5296,237

2 383,539 1321,959 1,000 -3326,885 4093,963

3 423,161 1525,349 1,000 -3858,129 4704,452

2 1 2 -3793,650* 1331,627 ,045 -7531,207 -56,092

3 -857,987 1351,319 1,000 -4650,816 2934,843

4 -4058,087 1509,884 ,067 -8295,971 179,797

2 1 3793,650* 1331,627 ,045 56,092 7531,207

3 2935,663* 948,013 ,024 274,817 5596,510

4 -264,437 1152,896 1,000 -3500,341 2971,466

3 1 857,987 1351,319 1,000 -2934,843 4650,816

2 -2935,663* 948,013 ,024 -5596,510 -274,817

4 -3200,101* 921,263 ,009 -5785,865 -614,337

4 1 4058,087 1509,884 ,067 -179,797 8295,971

2 264,437 1152,896 1,000 -2971,466 3500,341

3 3200,101* 921,263 ,009 614,337 5785,865

3 1 2 2277,028 1732,052 1,000 -2584,427 7138,484

3 -504,565 2186,460 1,000 -6641,435 5632,306

4 -243,849 1692,144 1,000 -4993,294 4505,596

2 1 -2277,028 1732,052 1,000 -7138,484 2584,427

3 -2781,593 1296,409 ,236 -6420,303 857,117

4 -2520,878 1086,155 ,160 -5569,455 527,700

3 1 504,565 2186,460 1,000 -5632,306 6641,435

2 2781,593 1296,409 ,236 -857,117 6420,303

4 260,715 1463,585 1,000 -3847,218 4368,649

4 1 243,849 1692,144 1,000 -4505,596 4993,294

2 2520,878 1086,155 ,160 -527,700 5569,455

3 -260,715 1463,585 1,000 -4368,649 3847,218

4 1 2 2651,872 1390,813 ,392 -1251,808 6555,553

3 -791,520 1194,898 1,000 -4145,312 2562,272

4 1354,740 1563,405 1,000 -3033,364 5742,843

2 1 -2651,872 1390,813 ,392 -6555,553 1251,808

3 -3443,392* 1129,014 ,027 -6612,265 -274,520

4 -1297,133 1085,962 1,000 -4345,167 1750,902

3 1 791,520 1194,898 1,000 -2562,272 4145,312

2 3443,392* 1129,014 ,027 274,520 6612,265

4 2146,260 1258,638 ,585 -1386,437 5678,956

4 1 -1354,740 1563,405 1,000 -5742,843 3033,364

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

70

2 1297,133 1085,962 1,000 -1750,902 4345,167

3 -2146,260 1258,638 ,585 -5678,956 1386,437

5 1 2 -3500,340 1443,841 ,126 -7552,856 552,176

3 -1511,788 1196,055 1,000 -4868,828 1845,253

4 -2292,825 1335,111 ,572 -6040,161 1454,511

2 1 3500,340 1443,841 ,126 -552,176 7552,856

3 1988,552 951,670 ,267 -682,559 4659,664

4 1207,514 1410,811 1,000 -2752,294 5167,323

3 1 1511,788 1196,055 1,000 -1845,253 4868,828

2 -1988,552 951,670 ,267 -4659,664 682,559

4 -781,038 1161,369 1,000 -4040,722 2478,647

4 1 2292,825 1335,111 ,572 -1454,511 6040,161

2 -1207,514 1410,811 1,000 -5167,323 2752,294

3 781,038 1161,369 1,000 -2478,647 4040,722

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: T3

T4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite superior

1 1 2 -3926,349* 1185,213 ,013 -7252,959 -599,738

3 -1271,847 1805,810 1,000 -6340,323 3796,629

4 -2008,025 1373,856 ,920 -5864,109 1848,059

2 1 3926,349* 1185,213 ,013 599,738 7252,959

3 2654,501 1668,341 ,727 -2028,133 7337,136

4 1918,324 1008,739 ,396 -912,965 4749,612

3 1 1271,847 1805,810 1,000 -3796,629 6340,323

2 -2654,501 1668,341 ,727 -7337,136 2028,133

4 -736,178 1660,393 1,000 -5396,504 3924,148

4 1 2008,025 1373,856 ,920 -1848,059 5864,109

2 -1918,324 1008,739 ,396 -4749,612 912,965

3 736,178 1660,393 1,000 -3924,148 5396,504

2 1 2 -700,749 2137,964 1,000 -6701,503 5300,004

3 1145,445 2356,113 1,000 -5467,600 7758,490

4 -116,179 2213,910 1,000 -6330,095 6097,737

2 1 700,749 2137,964 1,000 -5300,004 6701,503

3 1846,194 1362,678 1,000 -1978,517 5670,906

4 584,570 800,278 1,000 -1661,618 2830,758

3 1 -1145,445 2356,113 1,000 -7758,490 5467,600

2 -1846,194 1362,678 1,000 -5670,906 1978,517

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

71

4 -1261,624 1378,737 1,000 -5131,408 2608,160

4 1 116,179 2213,910 1,000 -6097,737 6330,095

2 -584,570 800,278 1,000 -2830,758 1661,618

3 1261,624 1378,737 1,000 -2608,160 5131,408

3 1 2 1403,560 1790,009 1,000 -3620,567 6427,686

3 -2706,874 2696,213 1,000 -10274,499 4860,751

4 -1237,262 1882,016 1,000 -6519,632 4045,109

2 1 -1403,560 1790,009 1,000 -6427,686 3620,567

3 -4110,434 1681,301 ,120 -8829,444 608,576

4 -2640,822* 893,234 ,034 -5147,916 -133,728

3 1 2706,874 2696,213 1,000 -4860,751 10274,499

2 4110,434 1681,301 ,120 -608,576 8829,444

4 1469,612 1845,918 1,000 -3711,439 6650,663

4 1 1237,262 1882,016 1,000 -4045,109 6519,632

2 2640,822* 893,234 ,034 133,728 5147,916

3 -1469,612 1845,918 1,000 -6650,663 3711,439

4 1 2 2653,690 1552,729 ,581 -1704,449 7011,829

3 -1040,496 1702,016 1,000 -5817,648 3736,656

4 -3025,168 1978,895 ,815 -8579,452 2529,117

2 1 -2653,690 1552,729 ,581 -7011,829 1704,449

3 -3694,186* 1196,681 ,024 -7052,985 -335,388

4 -5678,858* 1058,597 ,000 -8650,086 -2707,630

3 1 1040,496 1702,016 1,000 -3736,656 5817,648

2 3694,186* 1196,681 ,024 335,388 7052,985

4 -1984,672 1280,075 ,783 -5577,536 1608,192

4 1 3025,168 1978,895 ,815 -2529,117 8579,452

2 5678,858* 1058,597 ,000 2707,630 8650,086

3 1984,672 1280,075 ,783 -1608,192 5577,536

5 1 2 -3224,591 1893,132 ,587 -8538,160 2088,977

3 2497,105 1532,189 ,676 -1803,382 6797,593

4 894,955 1687,162 1,000 -3840,506 5630,416

2 1 3224,591 1893,132 ,587 -2088,977 8538,160

3 5721,696* 1304,613 ,001 2059,960 9383,433

4 4119,546* 1324,038 ,023 403,289 7835,803

3 1 -2497,105 1532,189 ,676 -6797,593 1803,382

2 -5721,696* 1304,613 ,001 -9383,433 -2059,960

4 -1602,150 1211,846 1,000 -5003,513 1799,213

4 1 -894,955 1687,162 1,000 -5630,416 3840,506

2 -4119,546* 1324,038 ,023 -7835,803 -403,289

3 1602,150 1211,846 1,000 -1799,213 5003,513

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

72

Comparações de pares

Medida: T4

T3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite superior

1 1 2 166,650 1886,125 1,000 -5127,252 5460,552

3 1232,774 2050,523 1,000 -4522,555 6988,103

4 -1262,253 2014,116 1,000 -6915,395 4390,888

2 1 -166,650 1886,125 1,000 -5460,552 5127,252

3 1066,124 1162,046 1,000 -2195,463 4327,711

4 -1428,903 1060,049 1,000 -4404,208 1546,402

3 1 -1232,774 2050,523 1,000 -6988,103 4522,555

2 -1066,124 1162,046 1,000 -4327,711 2195,463

4 -2495,027 1534,560 ,681 -6802,170 1812,116

4 1 1262,253 2014,116 1,000 -4390,888 6915,395

2 1428,903 1060,049 1,000 -1546,402 4404,208

3 2495,027 1534,560 ,681 -1812,116 6802,170

2 1 2 -5478,836* 1583,232 ,009 -9922,589 -1035,083

3 602,327 1400,853 1,000 -3329,533 4534,186

4 -5167,080* 1734,519 ,032 -10035,461 -298,698

2 1 5478,836* 1583,232 ,009 1035,083 9922,589

3 6081,162* 1023,774 ,000 3207,672 8954,652

4 311,756 1386,158 1,000 -3578,858 4202,369

3 1 -602,327 1400,853 1,000 -4534,186 3329,533

2 -6081,162* 1023,774 ,000 -8954,652 -3207,672

4 -5769,406* 1183,750 ,000 -9091,910 -2446,903

4 1 5167,080* 1734,519 ,032 298,698 10035,461

2 -311,756 1386,158 1,000 -4202,369 3578,858

3 5769,406* 1183,750 ,000 2446,903 9091,910

3 1 2 2345,352 2136,813 1,000 -3652,172 8342,876

3 -647,745 2572,536 1,000 -7868,239 6572,748

4 -768,138 2136,488 1,000 -6764,748 5228,472

2 1 -2345,352 2136,813 1,000 -8342,876 3652,172

3 -2993,097 1485,660 ,313 -7162,989 1176,795

4 -3113,490* 978,943 ,019 -5861,150 -365,830

3 1 647,745 2572,536 1,000 -6572,748 7868,239

2 2993,097 1485,660 ,313 -1176,795 7162,989

4 -120,392 1767,593 1,000 -5081,604 4840,819

4 1 768,138 2136,488 1,000 -5228,472 6764,748

2 3113,490* 978,943 ,019 365,830 5861,150

3 120,392 1767,593 1,000 -4840,819 5081,604

4 1 2 2964,027 1482,281 ,323 -1196,383 7124,436

3 -2243,108 1307,716 ,574 -5913,555 1427,339

4 -1429,592 1696,630 1,000 -6191,627 3332,443

2 1 -2964,027 1482,281 ,323 -7124,436 1196,383

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

73

3 -5207,134* 1649,487 ,020 -9836,850 -577,419

4 -4393,619* 1225,735 ,006 -7833,964 -953,273

3 1 2243,108 1307,716 ,574 -1427,339 5913,555

2 5207,134* 1649,487 ,020 577,419 9836,850

4 813,516 1918,973 1,000 -4572,581 6199,613

4 1 1429,592 1696,630 1,000 -3332,443 6191,627

2 4393,619* 1225,735 ,006 953,273 7833,964

3 -813,516 1918,973 1,000 -6199,613 4572,581

5 1 2 -3357,724 1975,363 ,591 -8902,097 2186,649

3 1282,350 1920,300 1,000 -4107,472 6672,173

4 -1278,103 1742,340 1,000 -6168,434 3612,229

2 1 3357,724 1975,363 ,591 -2186,649 8902,097

3 4640,074* 1128,446 ,001 1472,795 7807,353

4 2079,621 1524,881 1,000 -2200,356 6359,598

3 1 -1282,350 1920,300 1,000 -6672,173 4107,472

2 -4640,074* 1128,446 ,001 -7807,353 -1472,795

4 -2560,453 1479,713 ,557 -6713,654 1592,747

4 1 1278,103 1742,340 1,000 -3612,229 6168,434

2 -2079,621 1524,881 1,000 -6359,598 2200,356

3 2560,453 1479,713 ,557 -1592,747 6713,654

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: O1

O2Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -1131,849 854,304 1,000 -3529,676 1265,979

3 -1146,902 618,494 ,436 -2882,868 589,064

4 -1321,261 559,679 ,146 -2892,146 249,625

2 1 1131,849 854,304 1,000 -1265,979 3529,676

3 -15,053 741,998 1,000 -2097,663 2067,556

4 -189,412 633,589 1,000 -1967,745 1588,921

3 1 1146,902 618,494 ,436 -589,064 2882,868

2 15,053 741,998 1,000 -2067,556 2097,663

4 -174,358 532,753 1,000 -1669,669 1320,952

4 1 1321,261 559,679 ,146 -249,625 2892,146

2 189,412 633,589 1,000 -1588,921 1967,745

3 174,358 532,753 1,000 -1320,952 1669,669

2 1 2 -939,556 712,168 1,000 -2938,442 1059,330

3 53,536 688,839 1,000 -1879,870 1986,941

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

74

4 -140,580 630,700 1,000 -1910,804 1629,644

2 1 939,556 712,168 1,000 -1059,330 2938,442

3 993,092 633,551 ,759 -785,135 2771,319

4 798,976 439,632 ,469 -434,966 2032,918

3 1 -53,536 688,839 1,000 -1986,941 1879,870

2 -993,092 633,551 ,759 -2771,319 785,135

4 -194,116 517,391 1,000 -1646,309 1258,078

4 1 140,580 630,700 1,000 -1629,644 1910,804

2 -798,976 439,632 ,469 -2032,918 434,966

3 194,116 517,391 1,000 -1258,078 1646,309

3 1 2 800,068 972,670 1,000 -1929,983 3530,119

3 -265,212 1342,566 1,000 -4033,474 3503,050

4 -779,664 1139,593 1,000 -3978,229 2418,901

2 1 -800,068 972,670 1,000 -3530,119 1929,983

3 -1065,280 1042,209 1,000 -3990,512 1859,952

4 -1579,732 632,489 ,106 -3354,976 195,513

3 1 265,212 1342,566 1,000 -3503,050 4033,474

2 1065,280 1042,209 1,000 -1859,952 3990,512

4 -514,452 963,147 1,000 -3217,774 2188,871

4 1 779,664 1139,593 1,000 -2418,901 3978,229

2 1579,732 632,489 ,106 -195,513 3354,976

3 514,452 963,147 1,000 -2188,871 3217,774

4 1 2 321,363 1075,794 1,000 -2698,134 3340,861

3 -1021,127 1091,818 1,000 -4085,600 2043,345

4 -1503,425 1150,019 1,000 -4731,253 1724,402

2 1 -321,363 1075,794 1,000 -3340,861 2698,134

3 -1342,491 703,696 ,391 -3317,598 632,617

4 -1824,789* 634,744 ,042 -3606,364 -43,213

3 1 1021,127 1091,818 1,000 -2043,345 4085,600

2 1342,491 703,696 ,391 -632,617 3317,598

4 -482,298 720,562 1,000 -2504,744 1540,149

4 1 1503,425 1150,019 1,000 -1724,402 4731,253

2 1824,789* 634,744 ,042 43,213 3606,364

3 482,298 720,562 1,000 -1540,149 2504,744

5 1 2 -2013,867 1179,471 ,583 -5324,361 1296,628

3 1177,841 808,443 ,928 -1091,266 3446,949

4 395,089 875,614 1,000 -2062,550 2852,729

2 1 2013,867 1179,471 ,583 -1296,628 5324,361

3 3191,708 1162,797 ,058 -71,986 6455,402

4 2408,956 1169,346 ,284 -873,117 5691,030

3 1 -1177,841 808,443 ,928 -3446,949 1091,266

2 -3191,708 1162,797 ,058 -6455,402 71,986

4 -782,752 783,530 1,000 -2981,932 1416,428

4 1 -395,089 875,614 1,000 -2852,729 2062,550

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

75

2 -2408,956 1169,346 ,284 -5691,030 873,117

3 782,752 783,530 1,000 -1416,428 2981,932

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: O2

O1Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -1183,800 840,905 1,000 -3544,019 1176,418

3 483,808 980,993 1,000 -2269,605 3237,221

4 -23,030 1187,096 1,000 -3354,926 3308,866

2 1 1183,800 840,905 1,000 -1176,418 3544,019

3 1667,609 833,108 ,322 -670,727 4005,945

4 1160,770 969,204 1,000 -1559,554 3881,095

3 1 -483,808 980,993 1,000 -3237,221 2269,605

2 -1667,609 833,108 ,322 -4005,945 670,727

4 -506,838 888,007 1,000 -2999,261 1985,585

4 1 23,030 1187,096 1,000 -3308,866 3354,926

2 -1160,770 969,204 1,000 -3881,095 1559,554

3 506,838 888,007 1,000 -1985,585 2999,261

2 1 2 -1790,731 840,976 ,245 -4151,150 569,687

3 148,510 858,545 1,000 -2261,222 2558,242

4 -2637,883 1073,359 ,116 -5650,545 374,780

2 1 1790,731 840,976 ,245 -569,687 4151,150

3 1939,241* 557,568 ,009 374,282 3504,201

4 -847,152 552,925 ,810 -2399,081 704,778

3 1 -148,510 858,545 1,000 -2558,242 2261,222

2 -1939,241* 557,568 ,009 -3504,201 -374,282

4 -2786,393* 773,252 ,006 -4956,725 -616,061

4 1 2637,883 1073,359 ,116 -374,780 5650,545

2 847,152 552,925 ,810 -704,778 2399,081

3 2786,393* 773,252 ,006 616,061 4956,725

3 1 2 1409,972 1032,039 1,000 -1486,714 4306,659

3 433,018 1383,537 1,000 -3450,240 4316,275

4 -144,697 1131,195 1,000 -3319,691 3030,296

2 1 -1409,972 1032,039 1,000 -4306,659 1486,714

3 -976,955 746,054 1,000 -3070,951 1117,042

4 -1554,670 762,247 ,297 -3694,114 584,775

3 1 -433,018 1383,537 1,000 -4316,275 3450,240

2 976,955 746,054 1,000 -1117,042 3070,951

4 -577,715 1118,994 1,000 -3718,464 2563,034

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

76

4 1 144,697 1131,195 1,000 -3030,296 3319,691

2 1554,670 762,247 ,297 -584,775 3694,114

3 577,715 1118,994 1,000 -2563,034 3718,464

4 1 2 1971,956 1066,166 ,440 -1020,518 4964,431

3 1139,574 972,084 1,000 -1588,834 3867,982

4 412,263 1241,453 1,000 -3072,197 3896,724

2 1 -1971,956 1066,166 ,440 -4964,431 1020,518

3 -832,383 610,905 1,000 -2547,049 882,283

4 -1559,693* 536,132 ,039 -3064,489 -54,897

3 1 -1139,574 972,084 1,000 -3867,982 1588,834

2 832,383 610,905 1,000 -882,283 2547,049

4 -727,310 710,152 1,000 -2720,537 1265,916

4 1 -412,263 1241,453 1,000 -3896,724 3072,197

2 1559,693* 536,132 ,039 54,897 3064,489

3 727,310 710,152 1,000 -1265,916 2720,537

5 1 2 -2237,923* 758,751 ,035 -4367,554 -108,291

3 -22,526 753,683 1,000 -2137,934 2092,881

4 -1027,045 699,932 ,910 -2991,587 937,496

2 1 2237,923* 758,751 ,035 108,291 4367,554

3 2215,396* 737,925 ,030 144,217 4286,576

4 1210,877 720,206 ,613 -810,570 3232,324

3 1 22,526 753,683 1,000 -2092,881 2137,934

2 -2215,396* 737,925 ,030 -4286,576 -144,217

4 -1004,519 662,678 ,834 -2864,497 855,459

4 1 1027,045 699,932 ,910 -937,496 2991,587

2 -1210,877 720,206 ,613 -3232,324 810,570

3 1004,519 662,678 ,834 -855,459 2864,497

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Teta MomentoXCondição

Comparações de pares

Medida: F3

F4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -2549,780 1613,571 ,742 -7078,688 1979,129

3 -2384,698 1739,744 1,000 -7267,743 2498,346

4 -2344,544 1192,482 ,346 -5691,556 1002,469

2 1 2549,780 1613,571 ,742 -1979,129 7078,688

3 165,082 1779,303 1,000 -4828,996 5159,159

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

77

4 205,236 1413,086 1,000 -3760,957 4171,429

3 1 2384,698 1739,744 1,000 -2498,346 7267,743

2 -165,082 1779,303 1,000 -5159,159 4828,996

4 40,154 1705,511 1,000 -4746,808 4827,117

4 1 2344,544 1192,482 ,346 -1002,469 5691,556

2 -205,236 1413,086 1,000 -4171,429 3760,957

3 -40,154 1705,511 1,000 -4827,117 4746,808

2 1 2 -68,429 1350,623 1,000 -3859,304 3722,446

3 190,225 1495,670 1,000 -4007,763 4388,214

4 1229,825 1567,285 1,000 -3169,169 5628,818

2 1 68,429 1350,623 1,000 -3722,446 3859,304

3 258,654 1243,653 1,000 -3231,984 3749,292

4 1298,253 1336,354 1,000 -2452,572 5049,079

3 1 -190,225 1495,670 1,000 -4388,214 4007,763

2 -258,654 1243,653 1,000 -3749,292 3231,984

4 1039,599 1031,957 1,000 -1856,858 3936,057

4 1 -1229,825 1567,285 1,000 -5628,818 3169,169

2 -1298,253 1336,354 1,000 -5049,079 2452,572

3 -1039,599 1031,957 1,000 -3936,057 1856,858

3 1 2 2,286 2181,523 1,000 -6120,729 6125,301

3 -876,210 2350,599 1,000 -7473,779 5721,358

4 586,301 1723,861 1,000 -4252,165 5424,768

2 1 -2,286 2181,523 1,000 -6125,301 6120,729

3 -878,496 1487,113 1,000 -5052,466 3295,473

4 584,015 1446,522 1,000 -3476,025 4644,056

3 1 876,210 2350,599 1,000 -5721,358 7473,779

2 878,496 1487,113 1,000 -3295,473 5052,466

4 1462,512 1946,648 1,000 -4001,265 6926,288

4 1 -586,301 1723,861 1,000 -5424,768 4252,165

2 -584,015 1446,522 1,000 -4644,056 3476,025

3 -1462,512 1946,648 1,000 -6926,288 4001,265

4 1 2 2610,094 1715,948 ,827 -2206,162 7426,350

3 -2087,276 1980,742 1,000 -7646,747 3472,195

4 -1053,122 1892,908 1,000 -6366,062 4259,818

2 1 -2610,094 1715,948 ,827 -7426,350 2206,162

3 -4697,370 1874,368 ,104 -9958,273 563,533

4 -3663,216* 893,035 ,002 -6169,751 -1156,681

3 1 2087,276 1980,742 1,000 -3472,195 7646,747

2 4697,370 1874,368 ,104 -563,533 9958,273

4 1034,154 1856,224 1,000 -4175,823 6244,131

4 1 1053,122 1892,908 1,000 -4259,818 6366,062

2 3663,216* 893,035 ,002 1156,681 6169,751

3 -1034,154 1856,224 1,000 -6244,131 4175,823

5 1 2 -3285,222 2095,144 ,759 -9165,791 2595,346

3 1147,007 1560,700 1,000 -3233,506 5527,520

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

78

4 1430,729 1841,179 1,000 -3737,021 6598,479

2 1 3285,222 2095,144 ,759 -2595,346 9165,791

3 4432,230* 1435,317 ,024 403,638 8460,821

4 4715,951* 1645,275 ,043 98,059 9333,844

3 1 -1147,007 1560,700 1,000 -5527,520 3233,506

2 -4432,230* 1435,317 ,024 -8460,821 -403,638

4 283,722 1044,878 1,000 -2649,002 3216,445

4 1 -1430,729 1841,179 1,000 -6598,479 3737,021

2 -4715,951* 1645,275 ,043 -9333,844 -98,059

3 -283,722 1044,878 1,000 -3216,445 2649,002

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: F4

F3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -1017,541 1555,773 1,000 -5384,225 3349,143

3 1104,295 1184,407 1,000 -2220,052 4428,643

4 -148,322 1541,471 1,000 -4474,863 4178,220

2 1 1017,541 1555,773 1,000 -3349,143 5384,225

3 2121,836 1237,052 ,574 -1350,272 5593,944

4 869,219 1455,918 1,000 -3217,194 4955,633

3 1 -1104,295 1184,407 1,000 -4428,643 2220,052

2 -2121,836 1237,052 ,574 -5593,944 1350,272

4 -1252,617 1510,483 1,000 -5492,181 2986,947

4 1 148,322 1541,471 1,000 -4178,220 4474,863

2 -869,219 1455,918 1,000 -4955,633 3217,194

3 1252,617 1510,483 1,000 -2986,947 5492,181

2 1 2 -4096,729 2533,239 ,692 -11206,925 3013,467

3 795,225 2474,630 1,000 -6150,471 7740,921

4 -1025,172 3025,287 1,000 -9516,428 7466,084

2 1 4096,729 2533,239 ,692 -3013,467 11206,925

3 4891,954* 1241,624 ,002 1407,013 8376,896

4 3071,557 2159,416 ,986 -2989,407 9132,521

3 1 -795,225 2474,630 1,000 -7740,921 6150,471

2 -4891,954* 1241,624 ,002 -8376,896 -1407,013

4 -1820,397 1717,246 1,000 -6640,298 2999,503

4 1 1025,172 3025,287 1,000 -7466,084 9516,428

2 -3071,557 2159,416 ,986 -9132,521 2989,407

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

79

3 1820,397 1717,246 1,000 -2999,503 6640,298

3 1 2 4228,675 2375,964 ,506 -2440,089 10897,439

3 1992,638 2646,562 1,000 -5435,628 9420,905

4 454,318 2355,212 1,000 -6156,198 7064,835

2 1 -4228,675 2375,964 ,506 -10897,439 2440,089

3 -2236,036 1123,521 ,329 -5389,490 917,417

4 -3774,357* 1151,461 ,015 -7006,232 -542,482

3 1 -1992,638 2646,562 1,000 -9420,905 5435,628

2 2236,036 1123,521 ,329 -917,417 5389,490

4 -1538,320 1504,287 1,000 -5760,493 2683,853

4 1 -454,318 2355,212 1,000 -7064,835 6156,198

2 3774,357* 1151,461 ,015 542,482 7006,232

3 1538,320 1504,287 1,000 -2683,853 5760,493

4 1 2 2486,330 2044,173 1,000 -3251,176 8223,835

3 58,196 1561,974 1,000 -4325,892 4442,284

4 1116,164 2668,247 1,000 -6372,969 8605,296

2 1 -2486,330 2044,173 1,000 -8223,835 3251,176

3 -2428,134 1716,676 1,000 -7246,434 2390,166

4 -1370,166 1355,385 1,000 -5174,408 2434,076

3 1 -58,196 1561,974 1,000 -4442,284 4325,892

2 2428,134 1716,676 1,000 -2390,166 7246,434

4 1057,968 2085,058 1,000 -4794,292 6910,228

4 1 -1116,164 2668,247 1,000 -8605,296 6372,969

2 1370,166 1355,385 1,000 -2434,076 5174,408

3 -1057,968 2085,058 1,000 -6910,228 4794,292

5 1 2 -2659,990 2308,020 1,000 -9138,049 3818,069

3 1704,175 1485,504 1,000 -2465,280 5873,631

4 -884,075 1859,174 1,000 -6102,333 4334,182

2 1 2659,990 2308,020 1,000 -3818,069 9138,049

3 4364,165 1579,156 ,056 -68,148 8796,479

4 1775,915 1496,436 1,000 -2424,224 5976,053

3 1 -1704,175 1485,504 1,000 -5873,631 2465,280

2 -4364,165 1579,156 ,056 -8796,479 68,148

4 -2588,251 1359,359 ,394 -6403,646 1227,145

4 1 884,075 1859,174 1,000 -4334,182 6102,333

2 -1775,915 1496,436 1,000 -5976,053 2424,224

3 2588,251 1359,359 ,394 -1227,145 6403,646

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: C3

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

80

C4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -2939,125* 981,544 ,031 -5694,084 -184,165

3 838,559 1146,506 1,000 -2379,410 4056,528

4 343,125 957,487 1,000 -2344,313 3030,562

2 1 2939,125* 981,544 ,031 184,165 5694,084

3 3777,684* 846,843 ,001 1400,797 6154,571

4 3282,249 1282,936 ,092 -318,645 6883,144

3 1 -838,559 1146,506 1,000 -4056,528 2379,410

2 -3777,684* 846,843 ,001 -6154,571 -1400,797

4 -495,435 1061,925 1,000 -3476,004 2485,135

4 1 -343,125 957,487 1,000 -3030,562 2344,313

2 -3282,249 1282,936 ,092 -6883,144 318,645

3 495,435 1061,925 1,000 -2485,135 3476,004

2 1 2 -,806 997,662 1,000 -2801,004 2799,392

3 -8,579 965,101 1,000 -2717,388 2700,230

4 674,226 928,685 1,000 -1932,370 3280,823

2 1 ,806 997,662 1,000 -2799,392 2801,004

3 -7,773 784,133 1,000 -2208,647 2193,102

4 675,033 906,261 1,000 -1868,626 3218,692

3 1 8,579 965,101 1,000 -2700,230 2717,388

2 7,773 784,133 1,000 -2193,102 2208,647

4 682,805 774,893 1,000 -1492,135 2857,746

4 1 -674,226 928,685 1,000 -3280,823 1932,370

2 -675,033 906,261 1,000 -3218,692 1868,626

3 -682,805 774,893 1,000 -2857,746 1492,135

3 1 2 243,900 1331,459 1,000 -3493,186 3980,987

3 -982,506 1650,241 1,000 -5614,337 3649,326

4 515,581 1105,792 1,000 -2588,113 3619,275

2 1 -243,900 1331,459 1,000 -3980,987 3493,186

3 -1226,406 1300,056 1,000 -4875,354 2422,541

4 271,681 966,386 1,000 -2440,734 2984,095

3 1 982,506 1650,241 1,000 -3649,326 5614,337

2 1226,406 1300,056 1,000 -2422,541 4875,354

4 1498,087 1479,865 1,000 -2655,540 5651,714

4 1 -515,581 1105,792 1,000 -3619,275 2588,113

2 -271,681 966,386 1,000 -2984,095 2440,734

3 -1498,087 1479,865 1,000 -5651,714 2655,540

4 1 2 1447,100 1105,997 1,000 -1657,169 4551,368

3 -1182,418 1084,972 1,000 -4227,676 1862,840

4 -500,315 1184,338 1,000 -3824,468 2823,838

2 1 -1447,100 1105,997 1,000 -4551,368 1657,169

3 -2629,518 954,498 ,057 -5308,567 49,531

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81

4 -1947,415* 593,750 ,015 -3613,929 -280,901

3 1 1182,418 1084,972 1,000 -1862,840 4227,676

2 2629,518 954,498 ,057 -49,531 5308,567

4 682,103 1023,058 1,000 -2189,375 3553,581

4 1 500,315 1184,338 1,000 -2823,838 3824,468

2 1947,415* 593,750 ,015 280,901 3613,929

3 -682,103 1023,058 1,000 -3553,581 2189,375

5 1 2 -2767,185 1535,975 ,485 -7078,300 1543,930

3 486,757 877,943 1,000 -1977,419 2950,933

4 753,184 1091,868 1,000 -2311,428 3817,796

2 1 2767,185 1535,975 ,485 -1543,930 7078,300

3 3253,942 1410,655 ,165 -705,430 7213,314

4 3520,369 1450,736 ,125 -551,499 7592,238

3 1 -486,757 877,943 1,000 -2950,933 1977,419

2 -3253,942 1410,655 ,165 -7213,314 705,430

4 266,427 798,069 1,000 -1973,562 2506,416

4 1 -753,184 1091,868 1,000 -3817,796 2311,428

2 -3520,369 1450,736 ,125 -7592,238 551,499

3 -266,427 798,069 1,000 -2506,416 1973,562

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: C4

C3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -1081,076 858,793 1,000 -3491,504 1329,351

3 725,484 806,099 1,000 -1537,044 2988,011

4 -407,824 957,331 1,000 -3094,824 2279,177

2 1 1081,076 858,793 1,000 -1329,351 3491,504

3 1806,560 754,768 ,135 -311,893 3925,014

4 673,253 883,220 1,000 -1805,736 3152,242

3 1 -725,484 806,099 1,000 -2988,011 1537,044

2 -1806,560 754,768 ,135 -3925,014 311,893

4 -1133,307 855,542 1,000 -3534,609 1267,995

4 1 407,824 957,331 1,000 -2279,177 3094,824

2 -673,253 883,220 1,000 -3152,242 1805,736

3 1133,307 855,542 1,000 -1267,995 3534,609

2 1 2 -3475,271 1330,769 ,081 -7210,420 259,879

3 -101,062 1408,792 1,000 -4055,206 3853,081

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

82

4 -1335,289 1738,063 1,000 -6213,617 3543,040

2 1 3475,271 1330,769 ,081 -259,879 7210,420

3 3374,208* 674,856 ,000 1480,048 5268,369

4 2139,982 1276,228 ,618 -1442,085 5722,049

3 1 101,062 1408,792 1,000 -3853,081 4055,206

2 -3374,208* 674,856 ,000 -5268,369 -1480,048

4 -1234,226 1054,995 1,000 -4195,345 1726,892

4 1 1335,289 1738,063 1,000 -3543,040 6213,617

2 -2139,982 1276,228 ,618 -5722,049 1442,085

3 1234,226 1054,995 1,000 -1726,892 4195,345

3 1 2 2863,969 1585,518 ,480 -1586,201 7314,139

3 1659,336 1732,246 1,000 -3202,664 6521,336

4 236,205 1549,199 1,000 -4112,028 4584,437

2 1 -2863,969 1585,518 ,480 -7314,139 1586,201

3 -1204,633 626,124 ,378 -2962,014 552,749

4 -2627,764* 691,906 ,004 -4569,780 -685,749

3 1 -1659,336 1732,246 1,000 -6521,336 3202,664

2 1204,633 626,124 ,378 -552,749 2962,014

4 -1423,131 827,668 ,569 -3746,197 899,934

4 1 -236,205 1549,199 1,000 -4584,437 4112,028

2 2627,764* 691,906 ,004 685,749 4569,780

3 1423,131 827,668 ,569 -899,934 3746,197

4 1 2 1864,397 1470,509 1,000 -2262,971 5991,764

3 423,726 1102,765 1,000 -2671,473 3518,925

4 673,308 1930,305 1,000 -4744,597 6091,214

2 1 -1864,397 1470,509 1,000 -5991,764 2262,971

3 -1440,670 1026,231 1,000 -4321,054 1439,713

4 -1191,089 1067,684 1,000 -4187,821 1805,644

3 1 -423,726 1102,765 1,000 -3518,925 2671,473

2 1440,670 1026,231 1,000 -1439,713 4321,054

4 249,582 1392,889 1,000 -3659,923 4159,087

4 1 -673,308 1930,305 1,000 -6091,214 4744,597

2 1191,089 1067,684 1,000 -1805,644 4187,821

3 -249,582 1392,889 1,000 -4159,087 3659,923

5 1 2 -1413,611 1331,920 1,000 -5151,990 2324,769

3 823,881 1082,354 1,000 -2214,028 3861,789

4 -155,845 1143,240 1,000 -3364,647 3052,957

2 1 1413,611 1331,920 1,000 -2324,769 5151,990

3 2237,491* 704,324 ,019 260,623 4214,359

4 1257,766 725,308 ,553 -778,000 3293,532

3 1 -823,881 1082,354 1,000 -3861,789 2214,028

2 -2237,491* 704,324 ,019 -4214,359 -260,623

4 -979,726 764,093 1,000 -3124,351 1164,900

4 1 155,845 1143,240 1,000 -3052,957 3364,647

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83

2 -1257,766 725,308 ,553 -3293,532 778,000

3 979,726 764,093 1,000 -1164,900 3124,351

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: T3

T4Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -2561,641* 747,016 ,010 -4658,336 -464,946

3 768,171 1348,029 1,000 -3015,424 4551,766

4 -788,574 1395,102 1,000 -4704,292 3127,143

2 1 2561,641* 747,016 ,010 464,946 4658,336

3 3329,812 1320,093 ,100 -375,375 7034,998

4 1773,067 1376,485 1,000 -2090,399 5636,532

3 1 -768,171 1348,029 1,000 -4551,766 3015,424

2 -3329,812 1320,093 ,100 -7034,998 375,375

4 -1556,745 1492,782 1,000 -5746,628 2633,138

4 1 788,574 1395,102 1,000 -3127,143 4704,292

2 -1773,067 1376,485 1,000 -5636,532 2090,399

3 1556,745 1492,782 1,000 -2633,138 5746,628

2 1 2 -3071,426 1154,447 ,072 -6311,682 168,831

3 212,440 1168,085 1,000 -3066,097 3490,976

4 -365,308 1151,445 1,000 -3597,139 2866,522

2 1 3071,426 1154,447 ,072 -168,831 6311,682

3 3283,865 1322,994 ,110 -429,464 6997,194

4 2706,117 1064,274 ,095 -281,046 5693,280

3 1 -212,440 1168,085 1,000 -3490,976 3066,097

2 -3283,865 1322,994 ,110 -6997,194 429,464

4 -577,748 982,265 1,000 -3334,730 2179,234

4 1 365,308 1151,445 1,000 -2866,522 3597,139

2 -2706,117 1064,274 ,095 -5693,280 281,046

3 577,748 982,265 1,000 -2179,234 3334,730

3 1 2 1733,450 1806,345 1,000 -3336,530 6803,429

3 -606,275 2487,153 1,000 -7587,119 6374,569

4 751,834 1662,796 1,000 -3915,236 5418,905

2 1 -1733,450 1806,345 1,000 -6803,429 3336,530

3 -2339,725 1478,208 ,738 -6488,702 1809,252

4 -981,616 985,866 1,000 -3748,706 1785,475

3 1 606,275 2487,153 1,000 -6374,569 7587,119

2 2339,725 1478,208 ,738 -1809,252 6488,702

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

84

4 1358,109 1866,750 1,000 -3881,413 6597,631

4 1 -751,834 1662,796 1,000 -5418,905 3915,236

2 981,616 985,866 1,000 -1785,475 3748,706

3 -1358,109 1866,750 1,000 -6597,631 3881,413

4 1 2 3086,041 1503,725 ,289 -1134,556 7306,638

3 -542,147 1099,210 1,000 -3627,366 2543,073

4 -711,265 1736,916 1,000 -5586,374 4163,844

2 1 -3086,041 1503,725 ,289 -7306,638 1134,556

3 -3628,188* 1054,396 ,010 -6587,625 -668,750

4 -3797,306* 761,604 ,000 -5934,948 -1659,665

3 1 542,147 1099,210 1,000 -2543,073 3627,366

2 3628,188* 1054,396 ,010 668,750 6587,625

4 -169,118 1181,502 1,000 -3485,313 3147,077

4 1 711,265 1736,916 1,000 -4163,844 5586,374

2 3797,306* 761,604 ,000 1659,665 5934,948

3 169,118 1181,502 1,000 -3147,077 3485,313

5 1 2 -2671,665 1723,600 ,784 -7509,399 2166,069

3 2208,763 1218,502 ,474 -1211,281 5628,807

4 1370,071 1428,229 1,000 -2638,627 5378,769

2 1 2671,665 1723,600 ,784 -2166,069 7509,399

3 4880,428* 1433,837 ,011 855,990 8904,866

4 4041,736 1520,951 ,072 -227,209 8310,681

3 1 -2208,763 1218,502 ,474 -5628,807 1211,281

2 -4880,428* 1433,837 ,011 -8904,866 -855,990

4 -838,692 836,604 1,000 -3186,839 1509,455

4 1 -1370,071 1428,229 1,000 -5378,769 2638,627

2 -4041,736 1520,951 ,072 -8310,681 227,209

3 838,692 836,604 1,000 -1509,455 3186,839

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: T4

T3Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -468,302 1285,144 1,000 -4075,392 3138,789

3 2071,926 1063,710 ,360 -913,653 5057,506

4 -367,193 1318,817 1,000 -4068,796 3334,411

2 1 468,302 1285,144 1,000 -3138,789 4075,392

3 2540,228* 799,313 ,019 296,748 4783,707

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85

4 101,109 856,174 1,000 -2301,967 2504,185

3 1 -2071,926 1063,710 ,360 -5057,506 913,653

2 -2540,228* 799,313 ,019 -4783,707 -296,748

4 -2439,119* 860,814 ,047 -4855,218 -23,020

4 1 367,193 1318,817 1,000 -3334,411 4068,796

2 -101,109 856,174 1,000 -2504,185 2301,967

3 2439,119* 860,814 ,047 23,020 4855,218

2 1 2 -4891,090* 1425,159 ,010 -8891,171 -891,010

3 907,354 1704,584 1,000 -3877,007 5691,715

4 -1798,004 1981,877 1,000 -7360,660 3764,651

2 1 4891,090* 1425,159 ,010 891,010 8891,171

3 5798,444* 1048,339 ,000 2856,008 8740,881

4 3093,086 1605,191 ,376 -1412,300 7598,472

3 1 -907,354 1704,584 1,000 -5691,715 3877,007

2 -5798,444* 1048,339 ,000 -8740,881 -2856,008

4 -2705,359 1175,081 ,167 -6003,529 592,812

4 1 1798,004 1981,877 1,000 -3764,651 7360,660

2 -3093,086 1605,191 ,376 -7598,472 1412,300

3 2705,359 1175,081 ,167 -592,812 6003,529

3 1 2 3484,328 1985,148 ,531 -2087,508 9056,165

3 1018,473 2357,928 1,000 -5599,666 7636,613

4 597,446 1999,052 1,000 -5013,415 6208,307

2 1 -3484,328 1985,148 ,531 -9056,165 2087,508

3 -2465,855 1132,501 ,220 -5644,516 712,806

4 -2886,882* 647,821 ,001 -4705,162 -1068,603

3 1 -1018,473 2357,928 1,000 -7636,613 5599,666

2 2465,855 1132,501 ,220 -712,806 5644,516

4 -421,028 1217,808 1,000 -3839,123 2997,067

4 1 -597,446 1999,052 1,000 -6208,307 5013,415

2 2886,882* 647,821 ,001 1068,603 4705,162

3 421,028 1217,808 1,000 -2997,067 3839,123

4 1 2 2029,145 1430,400 ,992 -1985,645 6043,934

3 -374,177 1131,264 1,000 -3549,363 2801,010

4 -651,651 1992,207 1,000 -6243,299 4939,997

2 1 -2029,145 1430,400 ,992 -6043,934 1985,645

3 -2403,321 1393,802 ,564 -6315,391 1508,749

4 -2680,796 1086,825 ,114 -5731,254 369,663

3 1 374,177 1131,264 1,000 -2801,010 3549,363

2 2403,321 1393,802 ,564 -1508,749 6315,391

4 -277,474 1788,542 1,000 -5297,483 4742,534

4 1 651,651 1992,207 1,000 -4939,997 6243,299

2 2680,796 1086,825 ,114 -369,663 5731,254

3 277,474 1788,542 1,000 -4742,534 5297,483

5 1 2 -1233,623 1596,765 1,000 -5715,361 3248,115

3 2472,694 1483,384 ,630 -1690,810 6636,198

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86

4 253,373 1571,433 1,000 -4157,264 4664,010

2 1 1233,623 1596,765 1,000 -3248,115 5715,361

3 3706,317* 744,816 ,000 1615,796 5796,838

4 1486,996 699,921 ,247 -477,514 3451,507

3 1 -2472,694 1483,384 ,630 -6636,198 1690,810

2 -3706,317* 744,816 ,000 -5796,838 -1615,796

4 -2219,321 847,575 ,079 -4598,261 159,620

4 1 -253,373 1571,433 1,000 -4664,010 4157,264

2 -1486,996 699,921 ,247 -3451,507 477,514

3 2219,321 847,575 ,079 -159,620 4598,261

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: O1

O2Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

a

Intervalo de confiança 95% para a diferença

a

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -605,101 570,923 1,000 -2207,544 997,343

3 -235,430 590,643 1,000 -1893,225 1422,364

4 -490,785 501,891 1,000 -1899,473 917,903

2 1 605,101 570,923 1,000 -997,343 2207,544

3 369,671 591,290 1,000 -1289,940 2029,281

4 114,316 577,902 1,000 -1507,718 1736,349

3 1 235,430 590,643 1,000 -1422,364 1893,225

2 -369,671 591,290 1,000 -2029,281 1289,940

4 -255,355 568,849 1,000 -1851,979 1341,269

4 1 490,785 501,891 1,000 -917,903 1899,473

2 -114,316 577,902 1,000 -1736,349 1507,718

3 255,355 568,849 1,000 -1341,269 1851,979

2 1 2 -448,452 571,781 1,000 -2053,306 1156,401

3 441,746 437,378 1,000 -785,869 1669,362

4 695,979 457,983 ,829 -589,470 1981,427

2 1 448,452 571,781 1,000 -1156,401 2053,306

3 890,199 493,734 ,483 -495,596 2275,993

4 1144,431 481,048 ,140 -205,757 2494,618

3 1 -441,746 437,378 1,000 -1669,362 785,869

2 -890,199 493,734 ,483 -2275,993 495,596

4 254,232 266,670 1,000 -494,247 1002,711

4 1 -695,979 457,983 ,829 -1981,427 589,470

2 -1144,431 481,048 ,140 -2494,618 205,757

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87

3 -254,232 266,670 1,000 -1002,711 494,247

3 1 2 311,211 930,311 1,000 -2299,950 2922,372

3 -506,082 1427,377 1,000 -4512,389 3500,225

4 473,817 849,298 1,000 -1909,958 2857,592

2 1 -311,211 930,311 1,000 -2922,372 2299,950

3 -817,292 1185,395 1,000 -4144,414 2509,829

4 162,606 650,612 1,000 -1663,507 1988,719

3 1 506,082 1427,377 1,000 -3500,225 4512,389

2 817,292 1185,395 1,000 -2509,829 4144,414

4 979,898 1036,315 1,000 -1928,791 3888,588

4 1 -473,817 849,298 1,000 -2857,592 1909,958

2 -162,606 650,612 1,000 -1988,719 1663,507

3 -979,898 1036,315 1,000 -3888,588 1928,791

4 1 2 1233,982 1131,856 1,000 -1942,866 4410,831

3 200,661 979,040 1,000 -2547,270 2948,592

4 334,065 1151,457 1,000 -2897,799 3565,929

2 1 -1233,982 1131,856 1,000 -4410,831 1942,866

3 -1033,321 433,955 ,139 -2251,329 184,687

4 -899,917 381,484 ,146 -1970,652 170,818

3 1 -200,661 979,040 1,000 -2948,592 2547,270

2 1033,321 433,955 ,139 -184,687 2251,329

4 133,404 460,928 1,000 -1160,311 1427,119

4 1 -334,065 1151,457 1,000 -3565,929 2897,799

2 899,917 381,484 ,146 -170,818 1970,652

3 -133,404 460,928 1,000 -1427,119 1160,311

5 1 2 -1412,460 1378,951 1,000 -5282,846 2457,926

3 1162,359 605,013 ,380 -535,768 2860,487

4 611,437 655,149 1,000 -1227,409 2450,282

2 1 1412,460 1378,951 1,000 -2457,926 5282,846

3 2574,819 1534,380 ,617 -1731,820 6881,458

4 2023,897 1548,813 1,000 -2323,252 6371,046

3 1 -1162,359 605,013 ,380 -2860,487 535,768

2 -2574,819 1534,380 ,617 -6881,458 1731,820

4 -550,922 455,027 1,000 -1828,075 726,230

4 1 -611,437 655,149 1,000 -2450,282 1227,409

2 -2023,897 1548,813 1,000 -6371,046 2323,252

3 550,922 455,027 1,000 -726,230 1828,075

Baseado em médias marginais estimadas

a. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

Comparações de pares

Medida: O2

O1Moment Diferença média (I-J)

Modelo padrão Sig.

b

Intervalo de confiança 95% para a diferença

b

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · SPL: Sound Presure Level ... 52 9. REFERÊNCIAS ... (fugir ou lutar), algumas dessas respostas incluem o aumento da frequência

88

Limite inferior Limite

superior

1 1 2 -5,570 658,650 1,000 -1854,244 1843,104

3 1544,405 577,253 ,069 -75,806 3164,615

4 968,196 640,023 ,839 -828,195 2764,587

2 1 5,570 658,650 1,000 -1843,104 1854,244

3 1549,975 648,894 ,137 -271,316 3371,265

4 973,766 615,802 ,740 -754,642 2702,173

3 1 -1544,405 577,253 ,069 -3164,615 75,806

2 -1549,975 648,894 ,137 -3371,265 271,316

4 -576,209 435,164 1,000 -1797,610 645,192

4 1 -968,196 640,023 ,839 -2764,587 828,195

2 -973,766 615,802 ,740 -2702,173 754,642

3 576,209 435,164 1,000 -645,192 1797,610

2 1 2 -1594,666 818,833 ,360 -3892,935 703,603

3 950,845 761,871 1,000 -1187,544 3089,235

4 -591,613 963,609 1,000 -3296,233 2113,007

2 1 1594,666 818,833 ,360 -703,603 3892,935

3 2545,511* 505,253 ,000 1127,386 3963,636

4 1003,053 659,404 ,826 -847,737 2853,842

3 1 -950,845 761,871 1,000 -3089,235 1187,544

2 -2545,511* 505,253 ,000 -3963,636 -1127,386

4 -1542,458 603,440 ,092 -3236,170 151,253

4 1 591,613 963,609 1,000 -2113,007 3296,233

2 -1003,053 659,404 ,826 -2853,842 847,737

3 1542,458 603,440 ,092 -151,253 3236,170

3 1 2 1486,161 1013,983 ,913 -1359,848 4332,170

3 1262,706 1172,489 1,000 -2028,190 4553,601

4 -659,377 1170,029 1,000 -3943,370 2624,615

2 1 -1486,161 1013,983 ,913 -4332,170 1359,848

3 -223,455 431,031 1,000 -1433,256 986,345

4 -2145,539* 578,273 ,005 -3768,611 -522,466

3 1 -1262,706 1172,489 1,000 -4553,601 2028,190

2 223,455 431,031 1,000 -986,345 1433,256

4 -1922,083 712,140 ,065 -3920,889 76,723

4 1 659,377 1170,029 1,000 -2624,615 3943,370

2 2145,539* 578,273 ,005 522,466 3768,611

3 1922,083 712,140 ,065 -76,723 3920,889

4 1 2 1867,769 1036,806 ,485 -1042,298 4777,836

3 1231,861 799,967 ,799 -1013,455 3477,176

4 -106,060 1353,370 1,000 -3904,647 3692,527

2 1 -1867,769 1036,806 ,485 -4777,836 1042,298

3 -635,908 548,612 1,000 -2175,731 903,915

4 -1973,829* 634,533 ,023 -3754,811 -192,847

3 1 -1231,861 799,967 ,799 -3477,176 1013,455

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89

2 635,908 548,612 1,000 -903,915 2175,731

4 -1337,921 928,914 ,955 -3945,160 1269,318

4 1 106,060 1353,370 1,000 -3692,527 3904,647

2 1973,829* 634,533 ,023 192,847 3754,811

3 1337,921 928,914 ,955 -1269,318 3945,160

5 1 2 -725,844 1141,877 1,000 -3930,820 2479,131

3 1086,177 856,170 1,000 -1316,889 3489,243

4 505,835 696,943 1,000 -1450,317 2461,987

2 1 725,844 1141,877 1,000 -2479,131 3930,820

3 1812,021* 602,763 ,030 120,210 3503,833

4 1231,680 660,418 ,427 -621,956 3085,315

3 1 -1086,177 856,170 1,000 -3489,243 1316,889

2 -1812,021* 602,763 ,030 -3503,833 -120,210

4 -580,342 407,066 ,980 -1722,880 562,197

4 1 -505,835 696,943 1,000 -2461,987 1450,317

2 -1231,680 660,418 ,427 -3085,315 621,956

3 580,342 407,066 ,980 -562,197 1722,880

Baseado em médias marginais estimadas

*. A diferença média é significativa no nível ,05.

b. Ajustamento para comparações múltiplas: Bonferroni.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DORIO GRANDE DO NORTE /UFRN CAMPUS CENTRAL

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador:

Título da Pesquisa:

Instituição Proponente:

Versão:

CAAE:

EFEITO DE ESTÍMULOS EMOCIONAIS VISUAIS SOBRE O PROCESSAMENTOSENSORIAL AUDITIVO

John Fontenele Araujo

Centro de Biociências

2

50199615.1.0000.5537

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 1.381.776

DADOS DO PARECER

Trata-se de um dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Psicobiologia. Pelo seu valor

evolutivo, as emoções podem modular as respostas de diferentes processos psicológicos ou cognitivos,

como a percepção, a atenção e a memória. Quando os indivíduos são expostos a imagens com conteúdo

emocional, há um aumento da magnitude da resposta elétrica neuronal, em comparação com imagens

neutras, isto evidenciado pelo aumento da amplitude dos potenciais evocados visuais. Contudo, pouco se

sabe sobre a modulação emocional de imagens afetivas sobre o processamento sensorial de outras

modalidades de estímulos, como os estímulos auditivos. O presente estudo tem como objetivo avaliar o

efeito da estimulação emocional, mediante a apresentação de imagens emocionais, no potencial evocado

auditivo de um som inócuo. 36 estudantes da UFRN, de ambos os sexos, serão expostos a quatro blocos de

imagens (tela em branco, figuras com valência negativa, figuras com valência positiva e figuras neutras), e

simultaneamente será apresentado um tom intermitente através de um fone auricular. Estas imagens

pertencem ao banco de figuras IAPS (International Affective Picture System), cujos valores foram adaptados

à população brasileira. Serão feitas as análises dos componentes dos potenciais evocados auditivos

utilizando o software MATLAB, para sua posterior comparação cada uma das condições (blocos de

imagens).

Apresentação do Projeto:

MINISTERIO DA CIENCIA, TECNOLOGIA E INOVACAOPatrocinador Principal:

59.078-970

(84)3215-3135 E-mail: [email protected]

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Telefone:

Av. Senador Salgado Filho, 3000Lagoa Nova

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Avaliar o efeito de imagens com conteúdo emocional e alto alerta sobre o potencial evocado de um estímulo

auditivo inócuo.

Objetivo da Pesquisa:

Riscos:

O Projeto não apresenta riscos significativos para os participantes. Algumas das imagens que vão ser

apresentadas podem ter um conteúdo emocional forte. Caso o participante não esteja disposto a ver esse

tipo de imagens, tem o direito de desistir de participar do estudo. Aliás, se durante a apresentação das

imagens o participante sente desconforto, o estudo será interrompido.

Benefícios:

O principal benefício da pesquisa é contribuir ao entendimento do papel modulatório das emoções nos

processos cognitivos e portanto no comportamento das pessoas. O que posteriormente poderia levar a

entender algumas alterações psicológicas que afeitam a uma grande percentagem da população, por

exemplo, o trastorno de ansiedade generalizada, onde há uma generalização do sentimento de medo a

praticamente todos os elementos do ambiente; uma percepção de perigo injustificada, que talvez poderia

ser justificada por uma falha na modulação das emoções.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

As respostas às pendências foram respondidas satisfatoriamente.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Foram anexados os termos de apresentação obrigatória.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

A revisão ética de toda e qualquer proposta de pesquisa envolvendo seres humanos não poderá ser

dissociada da sua análise científica. Assim sendo, o CEP Central da UFRN decide pela APROVAÇÃO

deste protocolo de pesquisa por entender que as pendências observadas no Parecer Consubstanciado

anterior foram sanadas na atual versão do protocolo de pesquisa.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

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Em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - CNS e Manual Operacional

para Comitês de Ética - CONEP é da responsabilidade do pesquisador responsável:

1. elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE em duas vias, rubricadas em todas as

suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da pesquisa, ou por seu

representante legal, assim como pelo pesquisador responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada(s),

devendo as páginas de assinatura estar na mesma folha (Res. 466/12 - CNS, item IV.5d);

2. desenvolver o projeto conforme o delineado (Res. 466/12 - CNS, item XI.2c);

3. apresentar ao CEP eventuais emendas ou extensões com justificativa (Manual Operacional para Comitês

de Ética - CONEP, Brasília - 2007, p. 41);

4. descontinuar o estudo somente após análise e manifestação, por parte do Sistema CEP/CONEP/CNS/MS

que o aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício

de seus participantes (Res. 446/12 - CNS, item III.2u) ;

5. elaborar e apresentar os relatórios parciais e finais (Res. 446/12 - CNS, item XI.2d);

6. manter os dados da pesquisa em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e responsabilidade, por um

período de 5 anos após o término da pesquisa (Res. 446/12 - CNS, item XI.2f);

7. encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos créditos aos pesquisadores

associados e ao pessoal técnico integrante do projeto (Res. 446/12 - CNS, item XI.2g) e,

8. justificar fundamentadamente, perante o CEP ou a CONEP, interrupção do projeto ou não publicação dos

resultados (Res. 446/12 - CNS, item XI.2h).

Considerações Finais a critério do CEP:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicasdo Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_555388.pdf

03/12/201517:07:29

Aceito

TCLE / Termos deAssentimento /Justificativa deAusência

TCLE_Modificado.pdf 03/12/201517:06:39

John FonteneleAraujo

Aceito

Outros Resposta_as_pendencias.pdf 03/12/201517:05:01

John FonteneleAraujo

Aceito

Folha de Rosto FolhadeRosto2.pdf 15/09/201516:11:47

John FonteneleAraujo

Aceito

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NATAL, 28 de Dezembro de 2015

LÉLIA MARIA GUEDES QUEIROZ(Coordenador)

Assinado por:

Outros Declaração.pdf 16/07/201511:22:24

Aceito

Projeto Detalhado /BrochuraInvestigador

Projeto Mestrado Laura.pdf 15/07/201518:20:26

Aceito

Outros Questões do estado Físico-Psicológico.pdf

15/07/201518:19:04

Aceito

Outros Termo de confidencialidade.pdf 15/07/201518:12:11

Aceito

TCLE / Termos deAssentimento /Justificativa deAusência

Termo de Consentimento.pdf 15/07/201518:11:05

Aceito

Outros Formulario.pdf 15/07/201515:36:46

Aceito

Outros Carta de apresentação.pdf 15/07/201515:35:33

Aceito

Situação do Parecer:Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:Não

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