Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CLEICE LUIZI DA SILVA
SOBREVIDA DE SOBREDENTADURAS MANDIBULARES IMPLANTORRETIDAS
PELO SISTEMA BARRA-CLIPE
NATAL/RN
2015
CLEICE LUIZI DA SILVA
SOBREVIDA DE SOBREDENTADURAS MANDIBULARES IMPLANTORRETIDAS
PELO SISTEMA BARRA-CLIPE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em
banca de TCC, como parte integrante dos requisitos
para a obtenção do título de graduação em
Odontologia.
Orientadora: Profª Drª Adriana da Fonte Porto
Carreiro.
NATAL/RN
2015
Silva, Cleice Luizi da. Sobrevida de sobredentaduras mandibulares implantorretidas pelo sistema barra-clipe / Cleice Luizi da Silva. – Natal, RN, 2015.
33 f. : il.
Orientador: Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia.
1. Revestimento de Dentadura – Monografia. 2. Fratura – Monografia. 3.
Sobrevivência – Monografia. I. Carreiro, Adriana da Fonte Porto. II. Título.
RN/UF/BSO Black D 32
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
CLEICE LUIZI DA SILVA
SOBREVIDA DE SOBREDENTADURAS MANDIBULARES
IMPLANTORRETIDAS PELO SISTEMA BARRA-CLIPE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, em banca de TCC, como parte integrante dos
requisitos para a obtenção do título de bacharel em Odontologia.
Aprovada em: ___/_____/____
________________________________________________________
Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Orientadora
_________________________________________________________
Profº Drº Rodrigo Othávio de Assunção e Souza
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
_________________________________________________________
Profª Msc Ana Clara Soares Paiva Torres.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Membro
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus, que me deu e dá forças para enfrentar as batalhas
diárias com dedicação e sapiência.
Agradeço à minha mãe por toda sua dedicação, amor, ensinamentos e paciência, sem o
seu apoio eu não seria o que hoje sou; e também ao meu pai que, mesmo não estando nesse
plano, se faz presente com seus ensinamentos os quais estão plantados em mim.
Aos meus irmãos pelo carinho e apoio, mesmo quando não se dão conta do quanto eles
me incentivam a continuar a jornada da vida através de um caminho ascendente.
Ao meu noivo, pela paciência, pelo amor, pelo companheirismo e por me ajudar
sempre na revisão dos meus trabalhos da graduação.
A professora Adriana da Fonte por ter me acolhido e orientado, sempre com palavras
de incentivo no decorrer da construção do trabalho, foram muitos os aprendizados; agradeço
também a Mestre Danielle Farias por sua contribuição fundamental no desenvolvimento
deste.
Por último, agradeço aos meus colegas de graduação pelas palavras de estímulo e pelo
apoio durante a graduação, em especial, a minha dupla Larissa Moreira, a nossa parceria fez
com que momentos difíceis fossem enfrentados de uma forma mais leve, aprendemos muito
uma com a outra e levaremos esse aprendizado para a vida e para odontologia que breve
exerceremos.
SURVIVAL OF MANDIBULAR OVERDENTURE IMPLANT-RETAINED BY THE
SYSTEM BAR-CLIP.
Cleice Luizi Da Silva¹
Federal University of Rio Grande do Norte. Dentistry Departament.
Summary
This study aimed to evaluate fractures that attacked mandibular overdentures retained by two
implants with bar clip system and correlates them with the existing mandibular space,
thickness of the prosthesis and masticatory efficiency. This is a retrospective cohort study
with a sample of 23 patients toothless bimaxillary users double conventional dentures which
had their lower dentures converted to removable dentures on implants - overdentures. All
patients were rehabilitated in Clinical Prosthodontics and Maxillofacial Surgery Department
of Dentistry (DOD) in the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN) from January
2011 to April 2014. The mandibular space was measured with the aid of a millimeter ruler
and needle point. The thickness of the base of the overdenture was checked with use of a
manual espessímetro at a specific point. Masticatory efficiencies were collected from a
database of a previous search that used the colorimetric method with fuscina capsule. Survival
analysis of Kaplan-Meier and the T test to analyze the independent variables was used. There
were eight fractures which represents a total of 34.7% of the sample. The found survival rate
was 49.5% and were not found significant values (p <0.05) variables related to occurrence of
fracture (mandibular space, thickness of the denture base and masticatory efficiency). It was
concluded that it is technically difficult to prevent such an occurrence, so it is suggested
strengthening the prosthesis structure as part of the protocol in its manufacturing process.
Keywords: overdenture, fracture, survival, bar-clip.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------7
2 MATERIAIS E MÉTODOS--------------------------------------------------------------------8
3 RESULTADOS-----------------------------------------------------------------------------------11
4 DISCUSSÃO--------------------------------------------------------------------------------------11
REFERÊNCIAS------------------------------------------------------------------------------------15
APÊNDICES----------------------------------------------------------------------------------------22
ANEXOS---------------------------------------------------------------------------------------------25
8
1 INTRODUÇÃO
Com o advento da Implantodontia, a reabilitação de mandíbulas edêntulas com
sobredentaduras retidas por dois implantes tem se tornado um tratamento com excelente
custo-benefício em relação ao tratamento com próteses totais convencionais (1,2).
Sobredentaduras implantossuportadas apresentam melhora na retenção e estabilidade, quando
comparadas a uma prótese total convencional; possuem baixo custo, quando comparadas a
uma prótese total fixa implantossuportada, melhora da estética (3), fonética (4), bem como
contribui para a preservação óssea, saúde física e emocional do paciente (5).
No entanto, a reabilitação com sobredentaduras também apresenta desvantagens. Em
relação ao sistema de retenção barra-clipe, os principais problemas são a fratura da prótese e a
perda de retenção do clipe (6). Além disso, podem ocorrer falhas nos implantes, as quais são
indicadas pela dor durante a função, mobilidade do implante, perda óssea maior que 50% e
presença de exsudato purulento (7) ou o afrouxamento dos parafusos que ligam a barra ao
pilar (3).
Dentre as complicações presentes, a fratura da base da prótese mandibular é uma das
mais recorrentes (3,6). Uma das razões disto é a espessura insuficiente de resina acrílica que
compõe a base da sobredentadura (8). Já foi comprovado através de estudos que o aumento da
espessura da base da prótese leva a uma maior resistência a fratura, assim como que a adição
de outros materias no momento de confecção da prótese, como a fibra de vidro (9) ou uso de
metais pode reforça-la (5,10). Outro fator que pode estar relacionado à fratura da
sobredentadura é a mastigação, pois o aumento da retenção da prótese com o uso de dois
implantes leva ao aumento da eficiência mastigatória quando comparados com as próteses
convencionais mandibulares (11,12).
Outro fator relacionado à fratura da sobredentadura é o tamanho do espaço mandibular
(13). Esse é um fator importante, e que deve ser avaliado durante o planejamento da
reabilitação oral (14), de forma a evitar tendência à fadiga e fratura da prótese (13). A
confecção de sobredentaduras com espaço maxilomandibular inadequado pode resultar em
contorno inapropriado da prótese, próteses estruturalmente fracas e perda de estética (15).
Pasciuta e colaboradores (16) relataram na literatura que o espaço mandibular deve apresentar
um valor de aproximadamente 12 a 14mm, medido a partir da plataforma do implante até a
borda incisal do dente antagonista. Seguindo o mesmo princípio, Sadowsky (17) reportou um
espaço mandibular mínimo de 13 a 14mm para a instalação de uma sobredentadura.
9
De acordo com o estudo realizado por Philips e Wong (18) a respeito do espaço
requerido para comportar sobredentaduras implantorretidas pelo sistema barra clipe, o espaço
necessário medido a partir da plataforma do implante até a borda incisal da prótese no arco
antagonista é aproximadamente 12mm a 14mm. Para os autores esta altura deve ser dividida
da seguinte forma: 2mm a 3mm de espessura de tecido mole, geralmente presente acima do
implante; 2mm entre a mucosa e a barra, para possibilitar a limpeza da área sob a barra; 4,5
mm para a barra; 2mm para a resina da base da prótese juntamente com o alojamento do clipe
e 3mm para a colocação dos dentes. Uma divisão semelhante do espaço mandibular também é
proposta por Misch (13), ele afirma que o espaço mínimo entre o tecido ósseo e o plano
oclusal deve ser de 15mm, tendo em vista que a arcada inferior tem uma espessura de 3mm de
tecido mole.
A partir do conhecimento de complicações e falhas que podem ocorrer na reabilitação
com sobredentaduras mandibulares, dentre as quais a fratura da prótese é a mais recorrente
buscou-se avaliar a sobrevida das sobredentaduras mandibulares sobre dois implantes retidas
pelo sistema barra-clipe, no que concerne à fratura da prótese. No presente estudo foi avaliada
a correlação entre o espaço mandibular e a fratura da prótese, bem como a correlação entre a
espessura da base da prótese e a fratura. Além disso, foi analisada se a diferença do valor da
eficiência mastigatória (antes e após a instalação da sobredentadura) também contribuiu para
a ocorrência do evento em questão.
Dessa forma a hipótese nula (H0) é que não há correlação entre a fratura da
prótese e as variáveis estudadas (espessura da base da prótese, espaço mandibular e diferença
das eficiências mastigatórias) e a hipótese alternativa (H1) que há correlação entre a fratura da
prótese e as variáveis citadas anteriormente.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 DESENHO DO ESTUDO, CONSIDERAÇÕES ÉTICAS, POPULAÇÃO
ESTUDADA
O presente estudo trata-se de um coorte retrospectivo, o qual foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Onofre Lopes (CEP-HUOL), sob o
protocolo de número 970.713 de 27 de Fevereiro de 2015 , o estudo foi realizado no
Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande Norte (DOD-UFRN).
A população do estudo foi composta por conveniência com um total de 23 pacientes
reabilitados com prótese total convencional (PTC) superior e sobredentadura mandibular
10
retida pelo sistema barra-clipe sobre dois implantes, como forma de uniformizar os indivíduos
estudados, todos os participantes foram reabilitados nas clínicas de prótese dentária e de
cirurgia bucomaxilofacial do DOD-UFRN no período de janeiro de 2011 a abril de 2014.
2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Em relação aos critérios de inclusão, todos os pacientes deveriam ser usuários de PTC
superior e sobredentadura mandibular implantorretida através do sistema barra-clipe
reabilitados há pelo menos três meses. Todos pacientes deveriam ter sido reabilitados nas
clínicas de prótese dentária do DOD-UFRN, tal conduta buscou controle adequado da
amostra, uma vez que todas as reabilitações foram realizadas seguindo o mesmo padrão
clínico. Além disso, os pacientes também deveriam ter domínio cognitivo e motor para
executar os comandados dados pelo pesquisador necessários para a execução adequada da
coleta de alguns dados. Os critérios de exclusão incluíam pacientes que apresentaram perda de
pelo menos um implante durante os períodos de controle, que tiveram suas sobredentaduras
convertidas em próteses fixas do tipo protocolo, ou que deixaram de usar a sobredentadura
inferior.
2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Todos os pacientes incluídos na pesquisa foram chamados para a realização da coleta
de dados referente à medida da espessura da sobredentadura e do espaço mandibular, os quais
foram registrados em ficha clínica específica da pesquisa. As variáveis ocorrência de fratura,
diferença da eficiência mastigatória antes e após 3 meses da instalação da sobredentadura e o
tempo decorrido entre a instalação e a fratura foram coletadas do banco de dados da pesquisa
“ Avaliação da altura do rebordo alveolar remanescente, da eficiência mastigatória e o índice
de sucesso dos implantes de pacientes reabilitados com próteses totais implantossuportadas
com carga imediata com diferentes tipos de junções” (326/2011), também realizada nesta
instituição(19). Os dados sobre a eficiência mastigatória foram obtidos através do método
colorimétrico com a cápsula de fucsina (20). A variável eficiência mastigatória foi medida em
absorbância.
Todos os implantes utilizados foram da marca Neodent (Curitiba, Brasil), com
dimensões de 3,75mm X 9,00 ou 11,00mm, com plataforma hexágono externo (HE) ou cone
morse (CM) sendo que 16 pacientes foram reabilitados com HE e 7 com CM. O tempo de
reabilitação foi diferente entre os pacientes, 16 deles foram reabilitados com carga imediata e
7 pacientes foram reabilitados com carga tardia.
11
2.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
As medidas das espessuras das próteses foram realizadas através de um espessímetro
(Wilcos, Petrópolis). Para a medição da base da prótese uma das pontas do espessímetro foi
posicionada ao lado do clipe na parte interna da prótese (Fig-1) e a outra ponta na parte
externa (Fig-2) em posição oposta à primeira ponta posicionada. Todas as medidas foram
tomadas no lado direito da prótese.
Para a realização da medida do espaço mandibular do paciente foi utilizado um
compasso de ponta seca (Jon, São Paulo) e uma régua milimetrada. Para efetuar esta medição
a prótese inferior foi removida, assim como a barra que une os implantes, enquanto que a
prótese total superior permaneceu posicionada na boca do paciente. O paciente deveria ficar
em posição supina na cadeira odontológica com a cabeça desencostada da mesma. Após
orientação de fazer a deglutição da saliva e em seguida selar os lábios de forma que
permanecessem em posição de dimensão vertical de repouso (DVR). O avaliador afastou os
lábios do paciente para que fosse realizada a medição do espaço mandibular (Fig-3). Para isto,
uma das pontas do compasso foi posicionada de forma a tocar a plataforma do implante e a
outra de forma a tocar a incisal do incisivo lateral da PTC superior, em seguida a essa medida,
a distância entre as duas pontas foi medida com o auxílio de uma régua milimetrada. Todas as
medidas foram tomadas em referência ao implante direito. Esse procedimento foi repetido três
vezes sendo o valor médio utilizado na análise.
2.5 VARIÁVEIS ESTUDADAS
A variável dependente foi a fratura da prótese e as demais variáveis foram espaço
mandibular, espessura da base da prótese, tempo de uso da sobredentadura e a diferença da
eficiência mastigatória entre a PTC e a sobredentadura, após três meses de uso.
2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA
As análise foram realizadas através da criação de um banco de dados no software
SPSS 20.0 para Windows. O Kaplan-Meier foi utilizado para analisar a sobrevida das
sobredentaduras e o teste T para avaliar e houve correlação da ocorrência da fratura com as
variáveis independentes analisadas no estudo.
12
3 RESULTADOS
A amostra foi composta por vinte e três (23) indivíduos dos quais três (03) eram do
sexo masculino (13%) e vinte (20) do sexo feminino (87%), a média de idade foi de 57,62
anos com desvio padrão de 9,078, sendo observadas oito fraturas (08), o que corresponde a
34,7% do número total de sobredentaduras.
Realizada a análise de sobrevida de Kaplan-Meier, foi observado que conforme o
tempo passa, a probabilidade de ocorrência da fratura aumenta consideravelmente em relação
à ocorrência do primeiro evento de fratura, no qual a sobrevida é de 91,3%, ao final da curva é
possível observar que a sobrevida é de 49,5%. A curva de sobrevida não apresenta um
declínio acentuado ao longo do tempo, o que representaria que o evento ocorreria com uma
maior frequência. No entanto, é possível observar que o evento continua a ocorrer em
intervalos de tempo distintos. No gráfico observam-se seis quedas, embora tenham ocorrido
oito eventos, tal fato ocorreu, pois houve duas fraturas no intervalo de tempo de um mês e de
três meses (Graf.1).
O teste para avaliar se a ocorrência da fratura poderia estar relacionada com as
variáveis independentes foi o teste T. A aplicação do teste T foi possível, pois a amostra
apresentou distribuição normal de acordo com a realização do teste Kolmorogov-Smirnov. A
análise do teste T também não apresentou diferenças estatísticas significativas (Tab.1).
4 DISCUSSÃO
De acordo com os resultados obtidos, se aceita a hipótese nula (H0) e nega-se a
hipótese alternativa (H1).
O índice de fratura apresentado nesse estudo (34,7%) destoa dos resultados
encontrados na literatura, uma vez que estes variam de 8,5% (21) a 11,1% (3). Essa diferença
de valores pode ter relação com a diferença entre os tamanhos das amostras. O primeiro
contava com uma amostra de 36 pacientes enquanto o segundo apresentava 59, cada um com
um ano e 3,4 anos de período de acompanhamento, respectivamente. O período de
acompanhamento do presente estudo apresentou uma média de 1,7ano. Provavelmente em um
período de acompanhamento maior Bilhan e colaboradores (21) poderiam encontrar um índice
de fratura maior, como o que ocorreu no estudo de Cakarer e colaboradores (3), no qual o
tempo médio de acompanhamento foi de 3,4 anos e o índice de fratura foi de 11,1%.
13
Em um estudo de revisão sistemática da literatura, Andreiotelli e colaboradores (22)
realizaram um estudo com trabalhos publicados de 1980 a 2008, com um período mínimo de
acompanhamento de 5 anos e não foram encontrados valores que se aproximassem do valor
encontrado pelo presente estudo. No trabalho supracitado foi publicado que a fratura da
sobredentadura ocorre em 7% dos casos, no entanto, essa taxa sofria uma variação de 3% a
24%. Considerando que os trabalhos analisados apresentavam diferentes amostras e tempos
de acompanhamento, ainda assim, foi observada em nosso estudo uma quantidade de fraturas
superior ao observado na literatura.
O alto índice de fratura do presente estudo pode estar relacionado à instalação da
prótese com carga imediata, tratamento realizado em 70% da amostra total e em 87,5% dos
pacientes que apresentaram fratura. O desgaste inicial necessário para instalar a prótese pode
ter provocado o enfraquecimento da estrutura da mesma, visto que é realizado um desgaste
mais amplo da base da prótese, pois além do espaço necessário para a captura do clipe
também é necessário espaço para que a barra seja acomodada, uma vez que na moldagem
prévia a instalação da prótese a barra não está instalada, situação esse que não ocorre na carga
tardia, na qual é realizada uma moldagem prévia com a barra já em posição, logo a captura do
clipe necessária para a instalação da prótese irá requerer um desgaste menor quando
comparado com a instalação através da carga imediata.
Na análise de sobrevida acumulada observamos que o valor apresentado no
último evento de fratura é de 49,5%, um valor muito baixo, ou seja, a chance de ocorrer a
fratura aos 32 meses de uso da prótese é maior que 50%, se compararmos esse valor aos
índices de fraturas relatados pela literatura anteriormente, poderemos concluir que as fraturas
deveriam ocorrer com uma maior frequência. A literatura não relata estudos sobre a sobrevida
das sobredentaduras consequentemente não é possível fazer comparações conclusivas, no
entanto, mesmo assim, é possível afirmar que esse valor é baixo, entretanto compatível com o
que ocorreu no presente estudo. Possivelmente se as fraturas tivessem começado a ocorrer em
intervalo de tempo maior a sobrevida poderia ter sido maior, mas tal fato não é possível de ser
afirmado com precisão, pois o valor da sobrevida é recalculado a cada ocorrência do evento
observado.
Com relação às análises que mostrariam a influência de diferentes variáveis na
ocorrência da fratura, todas mostraram não haver relação entre os dados encontrados e o
evento, quanto ao espaço mandibular no grupo de pacientes que tiveram fratura da
sobredentadura foi observado que o seu valor médio foi de 13,87mm e nos que não tiveram,
foi de 12,40mm, valores esses considerados favoráveis para a confecção de sobredentaduras
14
com o sistema barra-clipe, tendo em vista que a literatura relata um valor mínimo de 12mm
(13). Espaços menores podem dificultar a montagem da superestrutura da barra-clipe e
favorecer a ocorrência de fratura do sobredentadura (13,18). Pelo fato da amostra ser
uniforme, pois todas as reabilitações ocorreram seguindo os mesmos critérios, não são
encontradas diferenças significativas entre os valores dos espaços mandibulares nos dois
grupos analisados (com e sem fratura), visto que foi respeitado o espaço mandibular mínimo
para os dois grupos.
No tocante a espessura da base da prótese - que é outro fator bastante citado na
literatura relacionado à fratura de sobredentadura (9,23) - podemos observar que o valor
médio apresentado foi de 4,08mm no grupo em que houve fratura e 3,81mm no grupo em que
não houve. O valor mínimo preconizado é de 2mm (18) e ambos os grupos (com e sem
fratura) mostram valores maiores do que o indicado. Foi observado que não há relação dessa
variável com a fratura. Na literatura, todos os estudos sobre essa temática apresentam
experiências realizadas in vitro, não sendo possível compará-los ao do presente estudo. Um
deles é o de Fajardo e colaboradores (9), o qual mostrou que o aumento de duas vezes da
espessura da base da prótese aumenta sua resistência a fratura em 20%, além disso, foi
mostrado também o aumento da resistência a fratura quando se adiciona fibra de vidro a base
da prótese.
O uso de outros materiais é relatado na literatura para aumentar a resistência á fratura
da sobredentadura, em especial o uso de metais, os quais já apresentam seu uso como
estruturas de reforço consolidada na literatura (10,23,24). Exemplo disso é o uso de metais
como estruturas de reforço nas clínicas da Nova Southeastern University, College Of Dental
Medicine (NSU-CDM) no estado da Flórida nos Estados Unidos, onde foram implantados
protocolos para que já na confecção das sobredentaduras seja adicionada uma malha metálica
no momento da confecção da base de prova com o objetivo de evitar a fratura e
posteriormente evitar a fabricação de uma nova prótese (24). Com esses estudos recentes,
direcionados para essa nova forma de confecção de sobredentadura, podemos ter a indicação
de um caminho a ser adotado futuramente pelos protesistas.
Com referência à diferença entre as eficiências mastigatórias com a PTC dupla e com
a sobredentadura, a literatura não menciona a sua relação com a ocorrência da fratura, mas
essa foi mais uma variável observada no presente estudo. Essa variável foi considerada devido
o fato de haver aumento da eficiência mastigatória nos usuários de sobredentaduras
mandibulares quando comparamos com os usuários de próteses totais convencionais (11,12).
A literatura mostra que a força máxima de mordida de usuários de sobredentaduras
15
mandibulares é maior do que em usuários de PTC dupla, logo é possível afirmar que a força
que incide sobre a sobredentadura é maior, o que poderia estar relacionado com o aumento da
possibilidade da fratura (25). No entanto, tal diferença também não foi observada. Embora
não se tenha observado significância, podemos notar que em valores numéricos compostos
pelos valores das médias da diferença das eficiências entre o grupo da fratura e o que não
fraturou, 0,4017 e 0,1182 respectivamente, foi verificada uma diferença de quase 3,5 vezes
entre o maior e o menor valor, por conseguinte podemos inferir que em uma amostra maior
poderá ser observada diferenças significativas.
A taxa de sobrevida do presente estudo foi de 49,5%, consequentemente, conclui-se que o
risco de fratura é alto. Sabendo disso e diante de tudo que foi exposto, e após observarmos
que não houve correlação entre a fratura da prótese e os principais fatores de risco,
concluímos que tecnicamente é difícil prevenir tal ocorrência. Nessa perspectiva, sugerimos o
reforço da estrutura da prótese como conduta de rotina.
RESUMO
Este estudo objetivou avaliar fraturas que acometeram sobredentaduras mandibulares retidas
por dois implantes com sistema barra clipe e correlaciona-las com o espaço maxilo-
mandibular existente, espessura da prótese e eficiência mastigatória. Trata-se de uma coorte
retrospectiva com uma amostra de 23 pacientes desdentados bimaxilares usuários de próteses
totais convencionais duplas que tiveram suas próteses inferiores convertidas em próteses
removíveis sobre implantes – sobredentaduras. Todos os pacientes foram reabilitados nas
Clínicas de Prótese Dentária e Cirurgia Buco Maxilo Facial do Departamento de Odontologia
(DOD) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no período de Janeiro de
2011 a Abril de 2014. O espaço maxilo-mandibular foi medido com auxílio de régua
milimetrada e compasso de ponta seca. A espessura da base da sobredentadura foi verificada
com uso de um espessímetro manual em um ponto específico. As eficiências mastigatórias
foram coletadas de um banco de dados de uma pesquisa anteriormente realizada que utilizou o
método colorimétrico com a cápsula de fuscina. Na análise de sobrevida foi observado que o
valor da sobrevida acumulada sofre uma grande variação do primeiro evento, sendo o valor de
91,3%, para o último onde esse valor é de 49,5%. Das variáveis relacionadas a ocorrência da
fratura, nenhuma delas apresentou valores significativos (p < 0,05). Concluiu-se que o risco
de fratura é inerente a técnica, sendo difícil a sua prevenção, sendo assim sugerimos que o
reforço da estrutura da prótese como parte do protocolo no seu processo de confecção.
16
REFERÊNCIAS
1. Ekelund JA, Lindquist LW, Carlsson GE, Jemt T. Implant treatment in the edentulous
mandible: a prospective study on Branemark system implants over more than 20 years. Int J
Prosthodont 2003;16(6):602-608.
2. Gotfredsen K, Holme B. Implant-supported mandibular overdentures retained with ball or
bar attachments: a randomized prospective 5-year study. Int J Prosthodont 2000;13(2):125-
130.
3. Cakarer S, Can T, Yaltiric M, Keskin C. Complications associated with the ball, bar and
Locator attachments for implant-supported overdentures. Med Oral Patol Oral Cir Bucal
2011;16(7):e953-e959.
4. Karabuda C, Yaltink M, Bayraktar M. A clinical comparison of prosthetic complications of
implant-supported overdentures with different attachment systems. Implant Dent
2008;17(1):74-81.
5. Reddy MR, Metta KK, Charry NS, Avinash CKA, Chittaranjan B. Remedy for repeated
implant retained denture fracture-a challenging case report. J Clin Diagn Res 2014;8(11):14-
15.
6. Meijer HJ, Raghoebar GM, Batenburg RH, Visser A, Vessink A. Mandibular overdentures
supported by two or four endosseous implants: a 10 year clinical trial. Clin Oral Implants Res
2009;20(7):722-728.
7. Chen K, Lin T, Liu P, Ramp Lc, Lin Hj, Wu Ct, et al. An analysis of the implant-supported
overdenture in the edentulous mandible. J Oral Rehabil 2013;40(1):43-50.
8. Vahidi F, Pinto-Sinai G. Complications associated with implant-retained removable
prostheses. Dent Clin N Am 2015;59(1):215-226.
9. Fajardo R, Pruitt L, Finzen FC, Marshall GW, Singh S, Curtis DA. The effect of E-glass
fibers and acrylic resin thickness on fracture load in a simulated implant-supported
overdenture prosthesis. J Prosthet Dent 2011;106(6):373-377.
10. Piermatti J, Winkler, S. Metal bases for implant overdentures. Gen Dent 2010;58(5):400-
403.
11. Toman M, Toksavul S, Saracoglu A, Cura C, Hatipoglu A. Masticatory performance and
mandibular movement patterns of patients with natural dentitions, complete dentures, and
implant-supported overdentures. Int J Prosthodont 2012;25(2):135-137.
17
12. Sun X, Zhai JJ, Liao J, Teng MH, Tian A, Liang X. Masticatory efficiency and oral
health-related quality of life with implant retained mandibular overdentures. Saudi Med J
2014;35(10):1195-1202.
13. Misch C. Dental implant prosthetics. 1th ed. São Paulo: Editora Santos; 2006.
14. Abujamra N, Stravridakis M, Miller RB. Evaluation of interarch sapace for implant
restorations in edentulous patients: a laboratory technique. J Prosthodont 2000;9(2):102-105.
15. Chaimattayompol N, Arbree S. Assessing the space limitation inside a complete denture
for implant attachments. J Prosthet Dent 2003;89(1):82-85.
16. Pasciuta M, Grossman Y, Finger, I. A prosthetic solution to restoring the edentulous
mandible with limited interarch space using an implant-tissue-supported overdenture: a
clinical report. J Prosthet Dent 2005;93(2):116-120.
17. Sadowsky SJ. Treatment considerations for maxillary implant overdentures: a systematic
review. J Prosthet Dent 2007;97(6):340-348.
18. Philips K, Wong Km. Space requerements for implant-reatined bar-and-clip overdentures.
Compend Contin Educ Dent 2001;22(6):516-518,520,522.
19.
20. Escudeiro Santos C, Freitas O, Spadaro AC, Mestriner- Júnior W. Development of a
colorimetric sytem for evaluation of the masticatory efficiency. Braz Dant J 2006;179(2):95-
99.
21. Bilhan R, Geckili O, Mumcu E, Bilmenoglu C. Maintenance requirements associated with
mandibular implant overdentures: clinical results after first year of service. J Oral Implantol
2011;37(6):697-704.
22. Andreiotelli M, Att W, Strub J. Prosthodontic Complications with implants overdentures:
a systematic literature review. Int J Prosthodont 2010;23(3):195-203.
23. Rodrigues A H. Metal reinforcement for implant-supported mandibular overdentures. J
Prosthet Dent 2000;83(5):511-513.
24. Godoy A, Siegel SC. Simplified technique for incorporating a metal mesh into record
bases for mandibular implant overdentures. J Prosthodont 2015; No prelo.
25. Müller F, Duvernay E, Loup A, Vazquez L, Herrmann FR, Schimmel M. Implant-
supported mandibular overdentures in very old adults: a randomized controlled trial. J Dent
Res 2013;92(12):154S-60S.
18
TABELAS
Tab.1
Tabela 1 Resultados das médias, desvios padrões e valores de p encontrados através do teste T
(Natal,2015).
Ocorrência da Fratura Valor de p
Sim Não
Espaço Maxilomandibular 13,875±2,1002 12,400±2,7723 0,204
Espessura da base 4,087±1,3239 3,813±1,1837 0,617
Diferença entre as
eficiências mastigatórias.
0,4075±0,045506 0,11820±0,112263 0,078
19
LEGENDA DAS FIGURAS
Graf.1- Curva de Sobrevida de Kaplan-Meier
Fig.1- Mensuração da base da sobredentadura (visão interna).
Fig-2- Mensuração da base da sobredentadura (visão externa).
Fig-3- Mensuração do espaço maxilo-mandibular.
20
FIGURAS
Graf.1
Legenda do Gráfico
Eixo X ( Tempo) Eixo Y (Sobrevida
acumulada)
1ª queda do gráfico 1 mês 91.3%
2ª queda do gráfico 3 meses 82,6%
3ª queda do gráfico 10 meses 77,7%
4ª queda do gráfico 13 meses 72,6%
5ª queda do gráfico 17 meses 66%
6ª queda do gráfico 32 meses 49,5%
21
Fig.1
Fig.2
22
Fig.3
23
APÊNDICES
Apêndice A
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Esclarecimentos.
Esse é um convite para você participar da pesquisa Sobrevida de sobredentaduras
mandibulares sobre dois implantes retidas pelo sistema barra-clipe que é coordenada por Adriana
da Fonte Porto Carreiro.
Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento,
retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade.
Essa pesquisa procura esclarecer quais as principais causas da fratura da sobredentadura
implantossuportadas pelo sistema barra-clipe, pois essa é uma falha bem recorrente em usuários
desse tipo de prótese. Caso queira aceitar o convite você será submetido(a) aos seguintes
procedimentos: será realizado um exame clínico no qual será tomada a medida do espaço maxilo-
mandibular com o uso de um compasso de ponta seca e uma régua milimetrada e também serão
realizadas quatro medições na sobredentadura mandibular a medição da espessura da prótese
mandibular, todas com o auxílio de um espessímetro. Serão medidas as espessuras de resina
acrílica vestibular e lingual na região próxima ao clipe, a espessura que liga a parte interna e
externa do clipe, e , por fim, a espessura que liga o clipe a região cervical interna dos dentes.
Os riscos envolvidos na pesquisa são: as tomadas de dados executadas serão de simples
realização, não acarretando, em nenhum momento, riscos aos pacientes.
Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: será avaliada a saúde da mucosa
periodontal ao redor dos implantes, também serão avaliadas as condições da superestrutura que
suporta a prótese e caso exista a necessidade de algum tipo de manutenção essa será realizada
pelos discentes condutores da pesquisa.
Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum
momento. Os dados serão guardados em local seguro a divulgação dos resultados será feita de forma a
não identificar os voluntários.
24
Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, você será ressarcido,
caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente desta pesquisa,
você terá direito a indenização.
Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito desta
pesquisa, poderá perguntar diretamente para Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro no
endereço Av. Senador Salgado Filho, 1787, Lagoa Nova, Natal-RN ou pelo telefone (84) 3215-
4135.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em
Pesquisa da UFRN no endereço Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal-RN ou pelo
telefone (84) 3342-2230.
Consentimento Livre e esclarecido.
Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e
benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa Sobrevida de
sobredentaduras mandibulares sobre dois implantes retidas pelo sistema barra-clipe. Participante
da pesquisa:
Nome: ______________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________
Declaração do Pesquisador Responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo “SOBREVIDA DE SOBREDENTADURAS
MANDIBULARES SOBRE DOIS IMPLNTES RETIDAS PELO SISTEMA BARRA-CLIPE”,
declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir os procedimentos metodologicamente e
direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e
confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde –
CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
________________________________________________
Profª . Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro
25
Departamento de Odontologia
Av. Senador Salgado Filho, 1787, Lagoa Nova, Natal- RN/ Telefone: (84) 3215-4135.
Comitê de Ética e Pesquisa.
Endereço: Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova, Caixa Postal 1666. CEP 59072-970 Telefone:
(84) 3242-2230.
26
ANEXOS
Anexo A
ISSN 0103-6440 versão impressa
ISSN 1806-4760 versão online
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Escopo e política
Forma e preparação de manuscritos Envio de manuscritos
Escopo e política
O Brazilian Dental Journal publica artigos completos,
comunicações rápidas e relatos de casos relacionados a
assuntos de Odontologia ou disciplinas correlatas. Serão
considerados para publicação apenas artigos originais. Na
submissão de um manuscrito, os autores devem informar em
carta de encaminhamento que o material não foi publicado
anteriormente e não está sendo considerado para publicação
em outro periódico, quer seja no formato impresso ou
eletrônico.
ENDEREÇO ELETRÔNICO PARA SUBMISSÃO:
http://mc04.manuscriptcentral.com/bdj-scielo
SERÃO CONSIDERADOS APENAS TRABALHOS REDIGIDOS EM
INGLÊS. Autores cuja língua nativa não seja o Inglês, devem
ter seus manuscritos revisados por profissionais proficientes
na Língua Inglesa. Os trabalhos aceitos para publicação
serão submetidos à Revisão Técnica, que compreende
revisão lingüística, revisão das normas técnicas e
adequação ao padrão de publicação do periódico. O
custo da Revisão Técnica será repassado aos autores. A
submissão de um manuscrito ao BDJ implica na
aceitação prévia desta condição. A decisão de aceitação
para publicação é de responsabilidade dos Editores e baseia-
se nas recomendações do corpo editorial e/ou revisores "ad
hoc". Os manuscritos que não forem considerados aptos para
publicação receberão um e-mail justificando a decisão. Os
conceitos emitidos nos trabalhos publicados no BDJ são de
responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo
obrigatoriamente a opinião do corpo editorial.
Forma e preparação de manuscritos
27
AS NORMAS DESCRITAS A SEGUIR DEVERÃO SER CRITERIOSAMENTE SEGUIDAS.
GERAL
Submeter o manuscrito em Word e em PDF, composto
pela página de rosto, texto, tabelas, legendas das
figuras e figuras (fotografias, micrografias, desenhos
esquemáticos, gráficos e imagens geradas em
computador, etc).
O manuscrito deve ser digitado usando fonte Times
New Roman 12, espaço entrelinhas de 1,5 e margens
de 2,5 cm em todos os lados. NÃO UTILIZAR negrito,
marcas d'água ou outros recursos para tornar o texto
visualmente atrativo.
As páginas devem ser numeradas seqüencialmente,
começando no Summary.
Trabalhos completos devem estar divididos sequencialmente conforme os itens abaixo:
1. Página de Rosto
2. Summary e Key Words
3. Introdução, Material e Métodos, Resultados e
Discussão
4. Resumo em Português (obrigatório apenas para os
autores nacionais)
5. Agradecimentos (se houver)
6. Referências
7. Tabelas
8. Legendas das figuras 9. Figuras
Todos os títulos dos capítulos (Introdução, Material e
Métodos, etc) em letras maiúsculas e sem negrito.
Resultados e Discussão NÃO podem ser apresentados
conjuntamente.
Comunicações rápidas e relatos de casos devem ser
divididos em itens apropriados.
Produtos, equipamentos e materiais: na primeira
citação mencionar o nome do fabricante e o local de
fabricação completo (cidade, estado e país). Nas
demais citações, incluir apenas o nome do fabricante.
Todas as abreviações devem ter sua descrição por
extenso, entre parênteses, na primeira vez em que são mencionadas.
PÁGINA DE ROSTO
A primeira página deve conter: título do trabalho,
título resumido (short title) com no máximo 40
caracteres, nome dos autores (máximo 6),
Departamento, Faculdade e/ou
Universidade/Instituição a que pertencem (incluindo
cidade, estado e país). NÃO INCLUIR titulação (DDS,
MSc, PhD etc) e/ou cargos dos autores (Professor,
Aluno de Pós-Graduação, etc).
28
Incluir o nome e endereço completo do autor para
correspondência (informar e-mail, telefone e fax).
A página de rosto deve ser incluída em arquivo separado do manuscrito.
MANUSCRITO
O manuscrito deve conter:
A primeira página do manuscrito deve conter: título do
trabalho, título resumido (short title) com no máximo 40 caracteres, sem o nome dos autores.
SUMMARY
A segunda página deve conter o Summary (resumo
em Inglês; máximo 250 palavras), em redação
contínua, descrevendo o objetivo, material e métodos,
resultados e conclusões. Não dividir em tópicos e não
citar referências.
Abaixo do Summary deve ser incluída uma lista de Key
Words (5 no máximo), em letras minúsculas, separadas por vírgulas.
INTRODUÇÃO
Breve descrição dos objetivos do estudo, apresentando
somente as referências pertinentes. Não deve ser feita
uma extensa revisão da literatura existente. As
hipóteses do trabalho devem ser claramente apresentadas.
MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia, bem como os materiais, técnicas e
equipamentos utilizados devem ser apresentados de
forma detalhada. Indicar os testes estatísticos
utilizados neste capítulo.
RESULTADOS
Apresentar os resultados em uma seqüência lógica no
texto, tabelas e figuras, enfatizando as informações
importantes.
Os dados das tabelas e figuras não devem ser
repetidos no texto.
Tabelas e figuras devem trazer informações distintas
ou complementares entre si.
Os dados estatísticos devem ser descritos neste capítulo.
DISCUSSÃO
Resumir os fatos encontrados sem repetir em detalhes
os dados fornecidos nos Resultados.
Comparar as observações do trabalho com as de
29
outros estudos relevantes, indicando as implicações
dos achados e suas limitações. Citar outros estudos
pertinentes.
Apresentar as conclusões no final deste capítulo.
Preferencialmente, as conclusões devem ser dispostas de forma corrida, isto é, evitar citá-las em tópicos.
RESUMO (em Português) - Somente para autores nacionais
O resumo em Português deve ser IDÊNTICO ao resumo em
Inglês (Summary). OBS: NÃO COLOCAR título e palavras-
chave em Português.
AGRADECIMENTOS
O Apoio financeiro de agências governamentais deve ser
mencionado. Agradecimentos a auxílio técnico e assistência de colaboradores podem ser feitos neste capítulo.
REFERÊNCIAS
As referências devem ser apresentadas de acordo com
o estilo do Brazilian Dental Journal. É recomendado
aos autores consultar números recentes do BDJ para
se familiarizar com a forma de citação das referências.
As referências devem ser numeradas por ordem de
aparecimento no texto e citadas entre parênteses, sem
espaço entre os números: (1), (3,5,8), (10-15). NÃO
USAR SOBRESCRITO.
Para artigos com dois autores deve-se citar os dois
nomes sempre que o artigo for referido. Ex:
"According to Santos and Silva (1)...". Para artigos
com três ou mais autores, citar apenas o primeiro
autor, seguido de "et al.". Ex: "Pécora et al. (2)
reported that..."
Na lista de referências, os nomes de TODOS OS
AUTORES de cada artigo devem ser relacionados. Para
trabalhos com 7 ou mais autores, os 6 primeiros
autores devem ser listados seguido de "et al."
A lista de referências deve ser digitada no final do
manuscrito, em seqüência numérica. Citar NO
MÁXIMO 25 referências.
A citação de abstracts e livros, bem como de artigos
publicados em revistas não indexadas deve ser
evitada, a menos que seja absolutamente
necessário. Não citar referências em Português.
Os títulos dos periódicos devem estar abreviados de
acordo com o Dental Index. O estilo e pontuação das
referências devem seguir o formato indicado abaixo:
Periódico
1. Lea SC, Landini G, Walmsley AD. A novel method for the
evaluation of powered toothbrush oscillation characteristics.
Am J Dent 2004;17:307-309.
30
Livro
2. Shafer WG, Hine MK, Levy BM. A textbook of oral
pathology. 4th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1983.
Capítulo de Livro
3. Walton RE, Rotstein I. Bleaching discolored teeth: internal
and external. In: Principles and Practice of Endodontics.
Walton RE (Editor). 2nd ed. Philadelphia: WB Saunders; 1996. p 385-400.
TABELAS
As tabelas com seus respectivos títulos devem ser
inseridas após o texto, numeradas com algarismos
arábicos; NÃO UTILIZAR linhas verticais, negrito e
letras maiúsculas (exceto as iniciais).
O título de cada tabela deve ser colocado na parte
superior.
Cada tabela deve conter toda a informação necessária,
de modo a ser compreendida independentemente do
texto.
FIGURAS
NÃO SERÃO ACEITAS FIGURAS INSERIDAS EM
ARQUIVOS ORIGINADOS EM EDITORES DE
TEXTO COMO O WORD E NEM FIGURAS EM
POWER POINT;
Os arquivos digitais das imagens devem ser gerados
em Photoshop, Corel ou outro software similar, com
extensão TIFF e resolução mínima de 300 dpi. Apenas
figuras em PRETO E BRANCO são publicadas. Salvar as
figuras no CD-ROM.
Letras e marcas de identificação devem ser claras e
definidas. Áreas críticas de radiografias e
fotomicrografias devem estar isoladas e/ou
demarcadas.
Partes separadas de uma mesma figura devem ser
legendadas com letras maiúsculas (A, B, C, etc).
Figuras simples e pranchas de figuras devem ter
largura mínima de 8 cm e 16 cm, respectivamente.
As legendas das figuras devem ser numeradas com
algarismos arábicos e apresentadas em uma página
separada, após a lista de referências (ou após as tabelas, quando houver).
Envio de manuscritos
CHECAR OS ITENS ABAIXO ANTES DE ENVIAR O MANUSCRITO À
31
REVISTA
1. Carta de submissão.
2.Página de rosto.
3. Manuscrito (incluindo tabelas e legendas).
4. No manuscrito, observar:
- identificação dos autores somente na página de rosto.
- texto digitado em fonte Times New Roman 12, espaço entrelinhas de
1,5 e margem de 2,5 cm em todos os lados. - tabelas, legendas e figuras ao final do texto.
5. Os arquivos digitais as figuras em preto e branco, salvas em TIFF,
com resolução mínima de 300 dpi.
32