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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MESTRADO EM ODONTOLOGIA FELIPE AUGUSTO RAMIREZ DE PAULA EFEITO DE ANTIOXIDANTES NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM SISTEMA ADESIVO AO ESMALTE BOVINO TRATADO COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO 35% FORTALEZA 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, … · 2018. 12. 13. · AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida e por sempre estar ao meu lado.A Ele toda glória e louvor

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

MESTRADO EM ODONTOLOGIA

FELIPE AUGUSTO RAMIREZ DE PAULA

EFEITO DE ANTIOXIDANTES NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM SISTEMA

ADESIVO AO ESMALTE BOVINO TRATADO COM PERÓXIDO DE

HIDROGÊNIO 35%

FORTALEZA

2017

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FELIPE AUGUSTO RAMIREZ DE PAULA

EFEITO DE ANTIOXIDANTES NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM SISTEMA

ADESIVO AO ESMALTE BOVINO TRATADO COM PERÓXIDO DE

HIDROGÊNIO 35%

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade

de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da

Universidade Federal do Ceará, como requisito

parcial para a obtenção do Título de Mestre em

Odontologia.

Área de Concentração: Clínica Odontológica.

Orientador: Prof. Dr. Juliano Sartori Mendonça.

FORTALEZA

2017

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FELIPE AUGUSTO RAMIREZ DE PAULA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade

de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da

Universidade Federal do Ceará, como requisito

parcial para a obtenção do Título de Mestre em

Odontologia.

Aprovada em __________ / __________ / __________.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof. Dr. Juliano Sartori Mendonça

Universidade Federal do Ceará - UFC

Orientador

_________________________________________

Prof Dra Marina Studart Alencar Borges

Centro Universitário Christus

1º Examinador

_________________________________________

Prof. Dr Emanuel Arraes de Alencar Júnior

Universidade Federal do Ceará - UFC

2º Examinador

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Aos meus pais, Isolda e Omar, por todo

esforço, incentivo, carinho e amor que sempre

me dedicaram. Com eles aprendi e aprendo a

como ser um ser humano cada vez melhor e a

buscar meus sonhos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida e por sempre estar ao meu lado. A Ele toda glória e louvor.

A minha mãe, Isolda Ramirez, minha melhor amiga, companheira e exemplo de

dignidade, caráter e de ser humano. A cada dia desejo ser mais parecido com a senhora, pois

assim sei que serei um ser humano melhor.

Ao meu pai, Omar Ramirez, por me ensinar o valor dos estudos e do trabalho. O

senhor que trabalha tanto para me proporcionar sempre o melhor. Uma frase sua que levo

comigo é: “Estude! Pois é a única herança que posso deixar a você é a sua educação”.

Ao meu irmão, Fernando Ramirez, e à minha cunhada, Ana Priscilla, por todos os

momentos de felicidade e descontração e por me apresentarem uma nova forma de amar que

eu até então desconhecia. Obrigado por me darem a honra de ser tio e padrinho do nosso

Murilo Ramirez.

Às minhas amigas, Flávia Jucá e Maria Elisa por todas as conversas, desabafos e

puxões de orelha. Sem vocês essa caminhada teria sido ainda mais árdua.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Juliano Sartori Mendonça, por sempre estar disponível

para conversas, dúvidas e ajudas. Obrigado por ser um orientador que conduz tudo com muita

leveza.

À doutoranda Jacqueline Santiago e à mestranda Talita Arrais por me ajudarem em

todos os momentos durante a trajetória do mestrado. A ajuda de você foi crucial para meu

aprendizado.

Aos alunos de iniciação científica, Lorena Macêdo, Marcelo Lemos, Vanessa

Nepomuceno, Paula Regina e Emanuel Alcantara que me ajudaram em diversas etapas da

pesquisa. Muito obrigado!

Aos amigos do laboratório de pesquisa, que fizeram as horas de pesquisa ficarem mais

alegres e divertidas. Agradeço profundamente por toda ajuda e apoio dedicado, em especial,

ao meu amigo David Queiroz por sempre ser tão gentil e prestativo. E ao amigo Diego

Martins, pela indispensável ajuda.

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Aos membros da banca examinadora, Profa. Dra. Marina Studart Alencar Borges e

Prof. Dr. Emmanuel Arraes de Alencar Júnior, por todas as contribuições que fizeram ao

trabalho.

Ao Programa de Pós-graduação em Odontologia da Universidade Federal do

Ceará, em especial aos funcionários e docentes.

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RESUMO

Quando a restauração adesiva é imediata ao clareamento dentário, o oxigênio residual

oriundo da degradação do peróxido de hidrogênio inibe a polimerização dos compostos

resinosos, diminuindo a resistência de união. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar a

influência da aplicação de substâncias antioxidantes, ascorbato de sódio 10%, glutationa 5% e

glutationa 10%, na resistência de união de um sistema adesivo ao esmalte bovino previamente

tratado com peróxido de hidrogênio 35%. O teste de atividade antioxidante pelo radical livre

DPPH foi realizado para mensurar o poder antioxidante das substâncias experimentais, usando

a água destilada como controle negativo. Blocos de esmalte obtidos a partir de 111 incisivos

bovinos hígidos foram aleatoriamente divididos em cinco grupos: sem (C+) ou com

clareamento (C-), com clareamento e aplicação de soluções de ascorbato de sódio 10% (ASC-

10), glutationa 5% (GLUT-5) ou glutationa 10% (GLUT-10), por cinco minutos, e resina

nanohíbrida Filtek Z350 foi aplicada em incrementos de 1 mm. No teste do grau de conversão

dos monômeros do sistema adesivo, foram utilizadas fatias (1 mm) de dois espécimes de cada

grupo para comparação com o sistema adesivo nos estados polimerizado e não polimerizado

por eletroscopia Micro-Raman, operando com laser HeNe a 532 nm. No teste de resistência de

união, os blocos foram seccionados até obtenção de palitos de 1 mm2. Os palitos foram

submetidos a tração de 0,5 mm/min em uma máquina de ensaios universais. O modo de fratura

foi analisado e classificado. Os testes ANOVA one-way e Kruskal-Wallis adotando nível de

significância de 5% foram realizados para análise estatística. O ASC-10 apresentou melhor

atividade antioxidante (p<0,05). A aplicação das substâncias antioxidantes não influenciou no

grau de conversão dos monômeros adesivos (p>0,05). No grau de conversão, o grupo C- foi

estatisticamente inferior aos demais grupos (p<0,05). No teste de resistência de união, GLUT-

5 e GLUT-10 foram estatisticamente superiores (p<0,05) ao C+. Os grupos ASC-10 e C+ não

apresentaram diferenças estatísticas. Apesar de o ASC-10 ter apresentado melhor atividade

antioxidante e ter recuperado os valores de resistência de união, GLUT-10 foi mais eficiente

que o ASC-10 em reverter o efeito de redução da resistência de união após uso de agentes

clareadores. Houve prevalência de falhas do tipo adesiva em todos os grupos.

Palavras-chave: Glutationa, Antioxidantes, Clareamento dental

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ABSTRACT

When restoration is placed immediately after dental bleaching, the residual oxygen from

the hydrogen peroxide degradation inhibits the polymerization of the resinous compounds,

reducing the bond strength. Therefore, the objective of this study was to evaluate the influence

of the application of antioxidant substances, 10% sodium ascorbate, 5% glutathione and 10%

glutathione, on the bond strength of an adhesive system on the bovine enamel previously treated

with 35% hydrogen peroxide. The antioxidant activity test by the DPPH free radical was

performed to measure the antioxidant power of the experimental substances, using distilled

water as a negative control. Enamel blocks of 111 healthy bovine incisors were randomly

divided into five groups: without (C+) or with (C-) bleaching, with bleaching and application

of solutions of 10% sodium ascorbate (ASC-10), 5% glutathione (GLUT-5) or 10% glutathione

(GLU-10), for five minutes, and Filtek Z350 nanohybrid resin was applied in 1mm increments.

In the monomers’ degree conversion test of the adhesive system, slices (1mm) of two specimens

of each group were used for comparison with the adhesive system in the polymerized and non-

polymerized states by Micro-Raman eletroscopy, operating with HeNe laser at 532nm. In the

bond strength test, the blocks were sectioned until obtaining sticks of 1.0 mm2. The sticks were

subjected to a traction of 0.5 mm/min in an universal testing machine. The fracture mode was

analyzed and classified. The one-way ANOVA and Kruskal-Wallis tests, adopting a

significance level of 5%, were performed for statistical analysis. ASC-10 showed better

antioxidant activity (p<0.05). The application of the antioxidant substances did not influence

the degree of conversion of the adhesive monomers (p>0.05). In the test of degree conversion,

the C- group statistically inferior to others groups (p<0.05). In the bond strength test, GLUT-5

and GLUT-10 were statistically superior (p<0.05) than the C+. The ASC-10 and C+ groups did

not show any statistical differences. Although ASC-10 showed better antioxidant activity and

recovered the values of bond strength, GLUT-10 was more efficient than ASC-10 in reversing

the effect of decrease of bond strength after the use of bleaching agents. There was prevalence

of adhesive failure in all groups.

Key-words: Glutathione, Antioxidants, Dental bleaching.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................11

2. PROPOSIÇÃO......................................................................................................15

Objetivo Geral.............................................................................................15

Objetivos Específicos...................................................................................15

3. CAPÍTULO............................................................................................................17

4. CONCLUSÃO.......................................................................................................34

5. REFERÊNCIAS....................................................................................................36

6. ANEXOS................................................................................................................41

Anexo A - Artigo 46 do Regimento Interno do Programa de Pós-Graduação

em Odontologia da Universidade Federal do Ceará..................................41

Anexo B - Instruções aos autores para submissão de manuscrito ao

periodico Journal of Applie Oral Science...................................................42

Anexo C - Gráfico 1: Médias e desvios padrão do grau de conversão dos

monômeros adesivos...................................................................................46

Anexo D - Gráfico 2: Percentual de cada tipo de fratura por grupo

experimental................................................................................................47

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Introdução Geral

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1. INTRODUÇÃO GERAL

Devido à grande quantidade de produtos industrializados, a pigmentação dos dentes

anteriores tem sido cada vez mais comum (KHOROUSHI; AGHELINEJAD, 2011)

aumentando, dessa forma, a busca por soluções estéticas. A causa da pigmentação dos dentes

pode ser categorizada em dois principais grupos: manchas intrínsecas e extrínsecas (CAREY,

2014). Manchas intrínsecas, também chamadas de internas, ocorrem quando agentes

cromógenos são depositados no interior da estrutura dentária (MINOUX; SERFATY, 2008,

SULIEMAN, 2008) e podem ser atribuídas a fatores como genética e idade, uso de antibióticos

e, antes da erupção dos dentes, altos níveis de flúor e desordens de desenvolvimento (CAREY,

2014). Manchas extrínsecas, algumas vezes chamadas de externas, surgem quando agentes

cromógenos são depositados na superfície dos dentes (MINOUX; SERFATY, 2008,

SULIEMAN, 2008) e, em geral, são devido a fatores ambientais como a fumaça do cigarro,

pigmentos provenientes de bebidas, comidas e/ou metais (CAREY, 2014). Dentre as formas de

tratamento disponíveis, encontra-se o clareamento dentário, considerado como conservador,

eficaz e seguro (PERDIGÃO et al., 2004, KHIN, 2007, KWON; WERTZ, 2015).

O clareamento dentário pode ser realizado em dentes vitais e não vitais, e as técnicas

empregadas envolvem a aplicação do agente clareador no interior ou no exterior das coroas

dentárias, podendo, em alguns casos, ser realizada a associação dessas duas técnicas.

(CADENARO et al, 2006, MINOUX; SERFATY, 2008, KHOROUSHI; AGHELINEJAD,

2011). Independente da técnica de clareamento utilizada, o mecanismo do clareamento se dá

pela degradação dos componentes cromógenos. O agente ativo mais utilizado é o peróxido de

hidrogênio (CAREY, 2014) que, devido à sua característica de ser um forte agente oxidante

(FÉLIZ-MATOS et al., 2014), é capaz de reduzir ou clivar as ligações duplas de moléculas dos

pigmentos em moléculas menores (KHIN, 2007, JOINER, 2006, JOINER, 2007, SULIEMAN,

2008). Uma vez que esses pigmentos apresentam seu tamanho reduzido, podem ser eliminados

por meio da estrutura dentária ou, então, passam a absorver uma menor quantidade de luz,

aparentando mais claros (KIHN, 2007).

Porém, quando somente o clareamento dentário não resolve as questões estéticas

envolvidas, sugere-se a melhora na estética com compósitos resinosos ou restaurações indiretas

cimentadas (TITLEY et al., 1991). Quando se realizam procedimentos adesivos imediatamente

após o clareamento, uma limitação encontrada é o decréscimo da resistência de união dos

materiais empregados às superfícies dentárias clareadas. Estudos sugerem que a baixa

resistência de união é devido ao oxigênio liberado pelo agente clareador, que inibe a

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polimerização dos materiais resinosos (BARGUI; GODWIN, 1994, CADENARO et al., 2006,

TORRES et al., 2006, MURAGUCHI et al, 2007, KHOROUSHI; AGHELINEJAD, 2011,

BERGER et al., 2013, GULER et al., 2013, BRISO, et al., 2014, HANSEN et al., 2014

WHANG; SHIN, 2015). Como consequência, a resistência de união é reduzida, prejudicando,

assim, o selamento marginal e propiciando microinfiltração marginal (ATTIN et al, 2004).

O oxigênio residual é capaz de se difundir através da estrutura dentária e, dessa forma,

o decréscimo da resistência de união apresenta caráter temporário (GÖKÇE et al., 2008). Como

abordagem geral, recomenda-se a postergação do procedimento restaurador por um período

entre 24 horas a quatro semanas (BARGUI; GODWIN, 1994, CADENARO et al., 2006,

TORRES et al., 2006, MURAGUCHI et al, 2007, KHOROUSHI; AGHELINEJAD, 2011,

BERGER et al., 2013, GULER et al., 2013, BRISO, et al., 2014, HANSEN et al., 2014

WHANG; SHIN, 2015) após a realização do procedimento clareador.

Algumas técnicas foram propostas para reduzir esse efeito deletério do clareamento

causado pela liberação do oxigênio residual (GÖKÇE et al., 2008). Civtko et al, em 1991,

propuseram realizar um polimento no esmalte entre os procedimentos clareador e restaurador.

Bargui e Gordwin, em 1994, trataram o esmalte clareado com álcool antes do procedimento

restaurador. Em busca de mais alternativas para minimizar o tempo de espera entre os

procedimentos clareador e restaurador, pensou-se em utilizar os agentes antioxidantes.

Antioxidantes são moléculas que podem neutralizar radicais livres, produtos da reação de

clareamento, por meio de aceitação ou doação de elétrons eliminando a condição de

instabilidade do radical livre (LÜ et al., 2010). Estudos foram realizados com diversos agentes

antioxidantes, dentre eles o ascorbato de sódio (MURAGUCHI et al., 2007, KHOROUSHI;

AGHELINEJAD, BERGER et al., 2013, GULER et al., 2013, BRISO et al., 2014, HANSEN

et al., 2014), o alfa-tocoferol (WHANG; SHIN, 2015) e o bicarbonato de sódio (TORRES et

al., 2006, TOSTES et al., 2012, ALENCAR et al., 2016, SVIZERO et al., 2017).

O ascorbato de sódio tem se apresentado como a melhor opção de agente antioxidante

para recuperar a resistência de união do esmalte tratado com agentes clareadores (BERGER et

al., 2013, GÜLER et al., 2013, WHANG; SHIN, 2015, ALENCAR et al.,2016, SVIZERO et

al., 2017). Um dos motivos de sua ampla utilização em pesquisas é seu pH, por volta de 7.76

(TORRES et al., 2006), que não permite um efeito desmineralizador no esmalte. No entanto, o

ascorbato de sódio é instável em solução aquosa, além de precisar ser armazenado

adequadamente, pois está sujeito a rápida oxidação quando exposto ao ar (SVIZERO et al.,

2017).

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Nesse contexto, outra substância antioxidante vem sendo testada, a glutationa (TORRES

et al., 2006, NASSAR et al, 2014a, NASSAR et al., 2014b). A glutationa é o mais prevalente

e importante tampão-redox de dissulfeto em células animais (NASSAR et al., 2014a, NASSAR

et al., 2014b) e é importante no sistema de defesa enzimático contra o aumento de radicais livres

(JÚNIOR et al., 2001) e injúrias oxidativas (HUBER; ALMEIDA; FÁTIMA, 2008,

THOMPSON; FRANKLIN, 2010). No organismo, a glutationa se apresenta em duas formas:

a glutationa (GSH) e a glutationa oxidada (GSSH) (JÚNIOR et al., 2001, NASSAR et al.,

2014a, NASSAR et al., 2014b). Um fato interessante é que o principal substrato da glutationa

é o peróxido de hidrogênio (JÚNIOR et al., 2001).

A glutationa, utilizada como substância antioxidante após tratamento com agentes

clareadores, ainda foi pouco estudada, enquanto o ascorbato de sódio já é referido na literatura

como um bom agente antioxidante para essa finalidade. Dessa forma, o estudo teve como

objetivo avaliar a influência das substâncias antioxidantes ascorbato de sódio 10%, glutationa

5% e 10% na resistência de união de esmalte bovino tratado com peróxido de hidrogênio 35%.

O estudo também avalia a atividade antioxidante dessas substâncias, a influência das

substâncias no grau de conversão dos monômeros do sistema adesivo e analisa o modo de

fratura dos espécimes após o teste de resistência de união.

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Proposição

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2. PROPOSIÇÃO

2.1 Objetivo Geral

O objetivo desse estudo “in vitro” foi avaliar a influência da aplicação de agentes

antioxidantes na resistência de união de um sistema adesivo ao esmalte bovino previamente

tratado com peróxido de hidrogênio 35%.

2.2 Objetivos Específicos

- avaliar o potencial de atividade antioxidante das concentrações de ascorbato de sódio

10%, glutationa 5% e glutationa 10% por meio do teste de atividade antioxidante pelo radical

livre DPPH;

- avaliar a influência dos agentes antioxidantes no grau de conversão dos monômeros

do sistema ao esmalte por meio de eletroscospia micro-Raman;

- avaliar a influência dos agentes antioxidantes sobre a resistência de união de um

sistema adesivo ao esmalte bovino previamente tratado com peróxido de hidrogênio 35%;

- analisar o tipo de falha dos espécimes após serem submetidos ao teste de resistência

de união.

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Capítulo

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3. CAPÍTULO

Esta dissertação está baseada no Artigo 46 do Regimento Interno do Programa de Pós-

Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Ceará, que regulamenta o formato

alternativo para dissertações de Mestrado e teses de Doutorado, e permite a inserção de artigos

científicos de autoria e coautoria do candidato (Anexo A). Assim sendo, esta dissertação contém

o artigo intitulado “Análise do potencial antioxidante da glutationa e seu efeito na adesão ao

esmalte bovino tratado com peróxido de hidrogênio 35%”, que será submetido à publicação

no periódico Journal of Applied Oral Science (Anexo B).

ANÁLISE DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA GLUTATIONA E SEU EFEITO

NA ADESÃO AO ESMALTE BOVINO TRATADO COM PERÓXIDO DE

HIDROGÊNIO 35%

DE PAULA FAR, SANTIAGO JN, MENDONÇA JS

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RESUMO

Quando a restauração adesiva é imediata ao clareamento dentário, o oxigênio residual

oriundo da degradação do peróxido de hidrogênio inibe a polimerização dos compostos

resinosos, diminuindo a resistência de união. Este estudo “in vitro” teve como objetivo avaliar

a influência da aplicação de agentes antioxidantes na resistência de união de um sistema adesivo

ao esmalte bovino tratado com peróxido de hidrogênio a 35%. O teste de atividade antioxidante

pelo radical livre DPPH também foi realizado avaliando o poder antioxidante da água destilada,

ascorbato de sódio 10%, glutationa 5% e glutationa 10%. Para os testes de grau de conversão e

resistência de união, blocos de esmalte obtidos a partir de 111 incisivos bovinos hígidos (4x4

mm) foram aleatoriamente divididos em cinco grupos: com (C-) ou sem clareamento (C+), com

clareamento e aplicação de soluções de ascorbato de sódio 10% (ASC-10), glutationa 5%

(GLUT-5) ou glutationa 10% (GLUT-10), por cinco minutos. No teste do grau de conversão

dos monômeros, foram usadas três fatias de dois espécimes de cada grupo para comparação

com o sistema adesivo em união ou isolado, polimerizado ou não, por eletroscopia Micro-

Raman, operando com laser HeNe a 532 nm. No teste de resistência de união, os blocos foram

seccionados para a obtenção de espécimes em forma de palitos de 1 mm2 de área de secção

transversal e foram testados sob tração de 0,5 mm/min, em uma máquina de ensaios universais.

Por lupa estereoscópica, a análise e a classificação de acordo com o tipo de fratura foram

realizadas. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística paramétrica (análise de

variância a um critério e Teste de Tukey) para os testes de atividade antioxidante, grau de

conversão e resistência de união, e a análise estatística não-paramétrica (Kruskal-Wallis e teste

de Dunn) para o modo de fratura, ambas com nível de significância de 5%. ASC-10 mostrou

ter maior atividade antioxidante em comparação às diferentes concentrações de glutationa. No

teste de grau de conversão, C- foi estatisticamente inferior aos demais grupos, que foram

semelhantes entre si e ao sistema adesivo. GLUT-5 e GLUT-10 proporcionaram valores de

resistência de união semelhantes entre si e superiores aos obtidos nos demais grupos. Não houve

diferenças estatisticamente significantes entre os grupos C+ e ASC-10. Os agentes

antioxidantes não influenciaram negativamente no grau de conversão dos monômeros. Apesar

da maior atividade antioxidante do ASC-10 e da capacidade de recuperar a resistência de união,

a GLUT-10 foi mais eficaz que o ASC-10 em reverter o efeito de redução da resistência de

união do esmalte bovino ao sistema adesivo. Houve prevalência de falhas do tipo adesiva em

todos os grupos.

Palavras-chave: Glutationa, Antioxidante, Clareamento dental.

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ABSTRACT

When the adhesive restoration is placed immediately after the dental bleaching, the

residual oxygen from hydrogen peroxide degradation inhibits the polymerization of the resinous

compounds, reducing the bond strength. This “in vitro” study aimed to evaluate the influence

of the application of antioxidant agents in the bond strength of an adhesive system on bovine

enamel treated with 35% hydrogen peroxide. The antioxidant activity test by the DPPH free

radical was performed by evaluating the antioxidant power of distilled water, 10% sodium

ascorbate, 5% glutathione and 10% glutathione. For the tests of conversion degree and bond

strength, enamel obtained from 111 healthy bovine incisors were randomly divided into 5

groups: with (C-) and without (C+) bleaching, with bleaching and application of solutions of

10% sodium ascorbate (ASC-10), 5% glutathione (GLUT-5) and 10% glutathione (GLUT-10),

for 5 minutes. In the monomer conversion test, three slices of two specimens of each group

were used for comparison with the adhesive system, in bonds or insulated, polymerized or not,

by Micro-Raman electroscopy, operating with HeNe laser at 532 nm. In the bond strength test,

the blocks were sectioned to obtain 1.0 mm2 cross sectional area and were tested under traction

of 0.5 mm/min in an universal test machine. The analysis and classification according to the

type of fracture was performed by stereoscopic loupe. The obtained data was submitted to

parametric statistical analysis (variance analysis of one criterion and Tukey’s test) for the tests

of antioxidant activity, conversion degree and bond strength, (Kruskal-Wallis and Dunn’s test)

for the fracture mode, adopting a significance level of 5%. ASC-10 showed to have higher

antioxidant activity compared to both concentrations of glutathione. In the conversion degree

test, the C- group was statistically inferior to the others groups, which were similar to each other

and to the adhesive system. The GLUT-5 and GLUT-10 groups provided bond strength values

similar to each other and higher than those obtained in the other groups. There were no

statistically significant differences between the C+ and ASC-10 groups. The antioxidant agents

did not negatively influence the conversion degree of monomers. Despite the higher antioxidant

activity of ASC-10 and the ability to recover the bond strength, GLUT-10 was more effective

than ASC-10 in reversing the effect of bond strength decrease of the bovine enamel to the

adhesive system. There was a prevalence of adhesive failures in all groups.

Key-words: Glutathione, Antioxidant, dental bleaching.

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21

INTRODUÇÃO

O clareamento dental é considerado o método mais conservador, eficaz e seguro1 para

tratamento de descolorações dentárias2. A técnica é relativamente simples e pode ser realizada

em dentes vitais e não vitais3. O clareamento é definido como a degradação dos componentes

cromógenos4 e, apesar de vários métodos terem sido descritos a respeito do clareamento, todos

eles são baseados no uso direto do peróxido de hidrogênio (H2O2), ou seu precursor, peróxido

de carbamida5. O mecanismo de ação dos agentes clareadores é baseado na complexa reação

de óxido-redução, com a liberação dos radicais livres de oxigênio que penetram através dos

poros dos prismas de esmalte e, via processo químico, causam a ruptura das moléculas

orgânicas que pigmentam os substratos dentários, convertendo essas moléculas em dióxido de

carbono e água6.

Porém, um dos efeitos adversos dos agentes clareadores é a redução da resistência de

união a compósitos resinosos7-9. É necessária uma maior atenção uma vez que o clareamento é

frequentemente considerado um tratamento estético preliminar à realização de procedimentos

adesivos10. Agentes clareadores contendo 10–35% de peróxido de carbamida ou hidrogênio

afetam adversamente a resistência de união do compósito resinoso ao esmalte clareado quando

a adesão é realizada imediatamente após o procedimento clareador11. Acredita-se que o

oxigênio gerado na reação do peróxido, na superfície ou no interior da estrutura dentária, iniba

a polimerização dos monômeros resinosos, causando, assim, a redução da resistência de união12-

14. No entanto, essa redução se apresenta em caráter temporário15. Então, como abordagem

geral, recomenda-se a postergação dos procedimentos adesivos, sendo que o tempo de espera

pode variar de 24 horas a três semanas9, 12, 13, 16.

Com o objetivo de diminuir esse tempo de espera entre os procedimentos clareador e

restaurador, vários estudos envolvendo resistência de união têm sido realizados6, 9,11-13, 15-22.

Uma abordagem bastante estudada é a utilização de agentes antioxidantes após o clareamento

dentário11. Agentes antioxidantes são moléculas capazes de reagir com radicais livres de

oxigênio e neutralizar os efeitos do peróxido de hidrogênio8, 20. Dentre as substâncias

antioxidantes já estudadas, tem-se o ascorbato de sódio9,11,13,16, 17, o alfa-tocoferol6 e o

bicarbonato de sódio14 ,20-22.

Nesse contexto, outra substância antioxidante que vem sendo testada14,23 é a glutationa.

A glutationa é tripeptídeo endógeno que protege as células animais contra a ação dos radicais

livres24 e injúrias oxidativas25, 26. No organismo, a glutationa se apresenta em duas formas: a

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glutationa (GSH) e a glutationa oxidada (GSSH)23. Devido à sua capacidade de doação de

elétrons, a glutationa (GSH) é considerada um bom agente antioxidante25, 26. Soma-se a isso o

fato de o principal substrato da glutationa ser o peróxido de hidrogênio27. O objetivo deste

estudo in vitro foi avaliar o potencial antioxidante da glutationa e sua ação na adesão ao esmalte

bovino tratado com peróxido de hidrogênio 35%. A hipótese nula de estudo é que a glutationa,

apesar de sua propriedade antioxidante, não é capaz reverter o efeito de redução da resistência

de união do esmalte bovino ao sistema adesivo após o tratamento com peróxido de hidrogênio

35%.

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento experimental

O estudo foi realizado em quatro etapas, sendo elas: 1) Avaliação do potencial

antioxidante, com quatro níveis (I - água destilada; II – ascorbato de sódio 10%; III – glutationa

5% e IV – glutationa 10%); 2) Teste de resistência de união por microtração, com cinco níveis

(I – controle positivo; II – controle negativo; III – ascorbato de sódio 10%; IV – glutationa 5%

e V – glutationa 10%); 3) Teste de grau de conversão dos monômeros adesivos, com cinco

níveis (I – controle positivo; II – controle negativo; III – ascorbato de sódio 10%; IV – glutationa

5% e V – glutationa 10%) e 4) Análise do modo de fratura, com o fator tratamento em quatro

níveis (I – fratura adesiva; II – fratura coesiva em esmalte; III – fratura coesiva em resina e IV

– fratura mista).

Teste de Atividade Antioxidante

O percentual de atividade antioxidante (AA%) de cada substância foi avaliado pelo

ensaio do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picrihidrazil). As substâncias utilizadas como

amostra foram: água destilada, ascorbato de sódio 10%, glutationa 5% e glutationa 10%. As

amostras foram preparadas com o radical estável DPPH em solução de etanol. A mistura de

reação consistiu de 0.5 mL da amostra, 3 mL de etanol absoluto e 0.3 mL da solução de DPPH

0.5 mM em etanol. A mistura branca consistiu de 3.3 mL de etanol e 0.5 mL da amostra. A

mistura controle consistiu de 3.5 mL de etanol e 0.3 mL da solução de DPPH 0.5 mM em

etanol28.

A reação do radical DPPH com um antioxidante provoca uma alteração de cor que foi

lida no comprimento de onda de 517 nm após 30 minutos de reação. Essa leitura foi realizada

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em uma leitora de Elisa (Synergy, HT, BioTek, Winooski, VT, EUA). O percentual de atividade

antioxidante foi determinado através da seguinte fórmula:

Preparo dos Espécimes

Cento e onze coroas de incisivos bovinos foram selecionadas e mantidas em solução de

timol 0,1% até serem utilizadas. Dentes com trincas, rachaduras ou fissuras na superfície foram

excluídos. As coroas foram fixadas com cera pegajosa (Kota, São Paulo, SP, Brasil) em um

dispositivo para adaptação em uma máquina de corte manual Isomet Low Speed Saw (South

Bay Technology Inc., Buehler, Lake Bluff, IL, EUA) e, então, seccionadas nos sentidos mésio-

distal e inciso-cervical com disco de corte diamantado dupla face (mod 13 127 mm x 0,4 mm,

12,7 mm) (Buehler, Joinville, SC, Brasil) em baixa velocidade e sob refrigeração contínua, até

a obtenção de um bloco quadrangular de 4 x 4 mm. Os blocos que apresentaram rachaduras ou

defeitos estruturais foram descartados, bem como a face palatina excluída. Em seguida, os

blocos foram fixados com cera pegajosa no centro de um disco de acrílico com as faces de

dentina expostas e foram planificadas com disco de lixa d’água de granulação 320 em uma

politriz metalográfica (Aropol 2V, Arotec S.A. Indústria e Comércio – Coita, SP, Brasil) em

baixa velocidade e com refrigeração constante. Ao final, os blocos foram fixados, porém com

a face de esmalte exposta, para serem planificados com discos de lixa d’água de granulações

320 e 400 e polidos com discos de carbeto de silício de granulações 600 e 1200 em politriz

metalográfica em baixa velocidade e com refrigeração constante. Foram excluídos os blocos

em que, após planificação e polimento, houvesse exposição de dentina. Ao final desse processo,

os blocos foram inseridos no ultrassom (Ultracleaner 1400, Unique, Indaiatuba, SP, Brasil) por

cinco minutos, lavados em água corrente e secos com gaze. Por fim, foram aleatoriamente

divididos entre os grupos, conforme o Quadro 1.

AA%: percentual de atividade antioxidante; Abs: absorbância no comprimento de onda 517 nm.

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Quadro 1: Delineamento experimental

GRUPOS TRATAMENTOS

CONT-P Sem clareamento prévio ao procedimento adesivo

CONT-N Clareamento com Peróxido de Hidrogênio 35% seguido de procedimento

adesivo imediato

ASCS-10 Clareamento com Peróxido de Hidrogênio 35%, aplicação de ascorbato de

sódio 10% por 5 min e procedimento adesivo imediato

GLUT-5 Clareamento com Peróxido de Hidrogênio 35%, aplicação de glutationa

5% por 5 min e procedimento adesivo imediato

GLUT-10 Clareamento com Peróxido de Hidrogênio 35% e aplicação de glutationa

10% por 5 min e procedimento adesivo imediato

O gel clareador utilizado foi o HP Maxx (FGM, Joinville, SC, Brasil), à base de peróxido

de hidrogênio 35%. O agente clareador foi manipulado de acordo com as recomendações do

fabricante, sendo três gotas de peróxido para uma gota do espessante e aplicado na superfície

de esmalte dos blocos (1 mm), com exceção do grupo-controle positivo, durante 15 minutos. O

gel foi aplicado três vezes, totalizando 45 minutos de ação do gel clareador sobre a superfície

de esmalte. Ao fim do clareamento, os espécimes foram lavados com água destilada e imersos

em saliva artificial (Quadro 2) e armazenados em estufa (Olidef CZ, Ribeirão Preto, SP, Brasil)

a 37ºC durante uma semana.

Quadro 2: Composição da saliva artificial

SUBSTÂNCIAS FÓRMULA

MOLECULAR CONCENTRAÇÃO (g)

Cloreto de cálcio dihidratado CaCl2.2H2O 1,5 mM (0,354g)

Fosfato de sódio dibásico

heptahidratado Na2HPO4. 7H2O 0,9 mM (0,241g)

Cloreto de potássio KCl 0,15M (11,1825g)

Tris (hidroximetil) aminometano (HOCH2)3CNH2 0,02M (2,4228g)

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Fluoreto de sódio NaF 0,05 ppm (500µl)

Água destilada Q.S.P

pH 7,0

Após uma semana, foi realizada uma segunda sessão do procedimento clareador,

seguindo o mesmo protocolo. Ao final do clareamento, os espécimes foram lavados com água

destilada e tiveram as soluções antioxidantes aplicadas. As soluções de ascorbato de sódio 10%,

glutationa 5% e glutationa 10% foram aplicadas de forma passiva com pincéis descartáveis nas

superfícies de esmalte previamente clareadas de acordo com os grupos ASCS-10, GLUT-5 e

GLUT-10, respectivamente, durante cinco minutos8.

Procedimento Adesivo

Como o esmalte é o substrato em questão, optou-se por aplicar o sistema adesivo Adper

Single Bond Universal (3M ESPE, Sumaré, SP, Brasil) através da técnica de condicionamento

ácido do substrato. Dessa forma, seguindo as recomendações do fabricante, realizou-se o

procedimento adesivo com condicionamento das superfícies de esmalte com ácido fosfórico

37% (Maquira, Maringá, PR, Brasil) durante 15 segundos, seguido de lavagem abundante por

15 segundos. As superfícies foram secas com jatos de ar e, então, uma única camada do sistema

adesivo foi aplicada de forma ativa durante 15 segundos, com um leve jato de ar por cinco

segundos, e fotoativação do adesivo por dez segundos. Utilizou-se a resina composta

nanohíbrida Filtek Z350XT, cor A2B (3M, ESPE, Sumaré, SP, Brasil) em incrementos de 1

mm até a obtenção de uma camada de resina de 4 mm de espessura. Cada incremento foi

fotoativado por 20 segundos, com exceção do último, que foi fotoativado por 40 segundos. Os

espécimes foram imersos em saliva artificial e armazenados em estufa a 37ºC por 24 horas.

Teste de Grau de Conversão

Dois espécimes de cada grupo foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual em

máquina de corte manual Isomet Low Saw Speed em três fatias de 1 mm de espessura. As fatias

foram levadas à eletrocroscopia Micro-Raman (Horiba, Paris, França). Após calibração do

equipamento, a interface adesiva foi localizada com auxílio de um microscópio óptico com

lente de aumento 10x (Olympus, São Paulo, Brazil). Os espécimes foram analisados de acordo

com os seguintes parâmetros: excitação dos espécimes com laser de HeNe operando a 532 nm;

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foi analisada a média dos três pontos da interface adesiva; o espectro foi obtido sob a região de

1580-1660 cm-1, verificando a altura dos picos 1608 cm-1 e 1637 cm-1; o espectro do adesivo

não polimerizado também foi utilizado como referência.

Teste de Resistência de União

Os espécimes foram seccionados em forma de palitos com áreas de secção transversal

de aproximadamente 1 mm2, usando uma máquina de corte manual Isomet Low Saw (South

Bay Technology Inc., Buehler, Lake Bluff, IL, EUA). Os palitos foram fixados pelas

extremidades, em dispositivos apropriados para o ensaio, com adesivo à base de cianoacrilato

(Super Bonder Flex Gel Control, Loctite, São Paulo, SP, Brasil) e testados sob força de tração,

a uma velocidade de 0.5 mm/min, utilizando uma célula de carga de 500N, em uma máquina

de ensaios universais EMIC (EMIC, São José dos Campos, SP, Brasil). As áreas de secção

transversal de cada um dos espécimes foram mensuradas com o auxílio de um paquímetro

digital (Mitutoyu, Suzano, SP, Brasil), e os valores individuais de resistência de união foram

determinados em MPa. Falhas prematuras dos espécimes foram contabilizadas e utilizadas para

a análise estatística dos dados.

Teste de Análise de Fratura

Os espécimes fraturados foram levados à lupa esterioscópica (Leica,Wetzlar,

Alemanha) e as fraturas foram classificadas em: 1- adesiva: fratura na interface adesiva; 2-

coesiva em esmalte: fratura totalmente em esmalte; 3- coesiva em resina: fratura totalmente em

resina; e 4- mista: fratura parcialmente na interface adesiva e parcialmente coesiva em esmalte

ou em resina.

Análise Estatística

As análises estatísticas foram realizadas pelos testes de análise de variância a um critério

(ANOVA) e comparações múltiplas com teste post-hoc de Tukey, para os testes de atividade

antioxidante, grau de conversão e resistência de união. Para a análise de fratura, foi utilizado o

teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e post-hoc de Dunn, adotando-se o nível de

significância de 5%.

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RESULTADOS

Teste de Atividade Antioxidante

Os valores de médias e seus respectivos desvios-padrão estão descritos na Tabela 1.

Tabela 1: Médias e desvios-padrão dos grupos para o teste de atividade antioxidante por radical livre

DPPH (%).

Grupos Média ± d.p. Comparações entre grupos

Água Destilada 1,8751 ± 0,2368 A

Ascorbato de Sódio 10% 0,2060 ± 0,0236 B

Glutationa 5% 0,9542 ± 0,1420 C

Glutationa 10% 0,8910 ± 0,0662 C

* Letras maiúsculas semelhantes entre si em uma mesma coluna representam a ausência de diferenças

estatisticamente significantes entre si (p > 0,05).

Teste de Grau de Conversão

Os valores de médias e desvios-padrão estão expressos em % no Gráfico 1.

Gráfico 1: Médias e desvios-padrão do grau de conversão (%) dos monômeros adesivos.

* Letras maiúsculas semelhantes entre si representam a ausência de diferenças estatisticamente

significantes entre si (p > 0,05).

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Teste de Resistência de União

As médias dos valores de resistência de união, obtidas por meio dos ensaios de

microtração para os diferentes grupos experimentais, e seus respectivos desvios-padrão estão

expressos na Tabela 2.

Tabela 2: Médias e desvios-padrão dos grupos experimentais para o teste de resistência de união por

microtração (MPa).

Grupos Média ± d.p. (n) Comparações entre grupos

C - 13,35 ± 7,18 (20) A

C + 24,44 ± 8,37 (18) B

ASC 10% 31,48 ± 14,37 (22) B C

GLUT 5% 40,76 ± 13,76 (21) C D

GLUT 10% 45,12 ± 8,00 (20) D

* Letras maiúsculas semelhantes entre si em uma mesma coluna representam a ausência de diferenças

estatisticamente significantes entre si (p > 0,05).

Teste de Análise de Fratura

Os percentuais de modos de fratura em cada grupo encontram-se no Gráfico 2.

Gráfico 2: Percentual de cada tipo de fratura por grupo experimental.

* Letras maiúsculas semelhantes entre si representam a ausência de diferenças estatisticamente

significantes entre si (p > 0,05).

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DISCUSSÃO

A redução da resistência de união, após o clareamento dentário, é causada pela liberação

de oxigênio residual e por radicais livres, oriundos da reação do agente clareador com as

moléculas cromógenas, que interferem na infiltração do sistema adesivo ao esmalte tratado11,

18. Radicais livres são átomos, moléculas ou íons com elétrons não emparelhados que são

altamente instáveis e reativos com outras moléculas24, 29. Esses radicais livres ficam retidos no

interior e na superfície da estrutura dentária. Estudos9, 11, 12, 13, 15-19 mostram que esses radicais

livres e o oxigênio residual inibem a polimerização da resina composta. Dessa forma, se o

procedimento adesivo for realizado imediatamente após a aplicação do agente clareador, a

interface adesiva pode ser prejudicada9.

Com o objetivo de diminuir o tempo de espera entre os processos de clareamento e

restauração dentários, o uso de antioxidantes vem sendo estudado6, 9,11-13, 15, 16-22. Antioxidantes

são moléculas com a capacidade de neutralizar radicais livres por aceitação ou doação de

elétrons, eliminando a instabilidade do radical livre29. Dentre as substâncias antioxidantes já

estudadas, tem-se o ascorbato de sódio9,11,13,16,17, o alfa-tocoferol6 e o bicarbonato de sódio14,20-

22. O ascorbato de sódio apresentou bons resultados8,12,15,17 para reverter os efeitos negativos

dos agentes clareadores na resistência de união. No entanto, as soluções de ascorbato de sódio

são instáveis, precisam ser estocadas em temperaturas entre 2-8ºC e estão sujeitas a rápida

oxidação quando em contato com o ar22. Propôs-se a glutationa como uma alternativa de

antioxidante, pois é o mais abundante tampão-redox em células mamíferas23 e, portanto, estável

em solução aquosa.

O teste de atividade antioxidante pelo radical livre DPPH é baseado na premissa que um

doador de hidrogênio é um antioxidante. Esse ensaio colorimétrico utiliza o radical livre DPPH,

alterando a cor de roxa para amarelo claro na presença de um antioxidante24,28. Os resultados

apontam que o ascorbato de sódio a 10% mostrou ter maior atividade antioxidante em

comparação com ambas as concentrações de glutationa (5% e 10%). Acredita-se que seja

devido ao principal substrato da glutationa ser o peróxido de hidrogênio27, enquanto o ascorbato

de sódio é um eficiente limpador de ânions radicais superóxido, radicais peroxil e oxigênio

isolado24. Dessa forma, acredita-se que a maior atividade antioxidante do ascorbato de sódio

10% se deve à sua melhor reação com radicais livres, como o DPPH.

O teste de grau de conversão realizado em eletroscopia Micro-Raman mostrou que, com

exceção do grupo-controle negativo, todos os grupos tiveram valores de grau de conversão

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estatisticamente semelhantes ao sistema adesivo isolado, levando a acreditar que as substâncias

antioxidantes empregadas após a utilização do peróxido de hidrogênio a 35% possibilitaram

adequada conversão dos monômeros presentes no sistema adesivo, diante da remoção do

oxigênio residual.

Estudos testando resistência de união por microtração após aplicação de substâncias

antioxidantes6, 8, 11, 17, 22 encontraram resultados semelhantes aos aqui apresentados. O ascorbato

de sódio a 10% conseguiu reverter os efeitos deletérios dos agentes clareadores7 de forma que

os valores de resistência de união retornassem a valores estatisticamente iguais ao grupo-

controle positivo (C+). O tratamento do esmalte clareado com antioxidantes promove um

aumento na resistência de união como resultado de uma efetiva reação do peróxido de

hidrogênio 35% e o sal de ascorbato de sódio22. Na literatura, vários tempos de aplicação da

solução de ascorbato de sódio foram testados, tais como períodos de 60 segundos6, cinco

minutos16, dez minutos17, 15 minutos22 e seis horas12. Estudos recentes8, 22 demonstram que o

tempo de aplicação de cinco minutos é suficiente para reduzir o agente clareador, pois o

peróxido de hidrogênio reage rapidamente com o ascorbato de sódio.

As concentrações de glutationa estudadas (5% e 10%) mostraram recuperar a resistência

de união do esmalte bovino tratado com peróxido de hidrogênio 35% a valores até superiores

ao controle positivo (C+), descartando a hipótese nula do estudo que dizia que a glutationa,

apesar de sua propriedade antioxidante, não seria capaz de recuperar a resistência de união do

esmalte bovino ao compósito resinoso após o clareamento com peróxido de hidrogênio 35%. A

glutationa tem como principal substrato o próprio peróxido de hidrogênio27, e acredita-se que

foi capaz de neutralizar o agente clareador de forma a eliminar seu efeito deletério na resistência

de união. Esses resultados não corroboram com o estudo de Nassar et al23, que mostra que a

concentração de glutationa a 5% apresentou melhor resultado em recuperar os valores de

resistência de união em comparação com a concentração de 10%.

A reação da glutationa com o peróxido de hidrogênio acontece quando duas moléculas

de glutationa reagem entre si e liberam íons H+ que, em seguida, reagem com o peróxido de

hidrogênio14. Dessa forma, a reação de óxido redução é interrompida e, como consequência,

não há a produção de novos radicais livres. Em contrapartida, o ascorbato de sódio reage com

radical livre hidroxil29, produto da reação de óxido redução, levando a acreditar que o peróxido

de hidrogênio que permanecer no interior da estrutura dentária, após a remoção do ascorbato

de sódio, não será neutralizado e pode reagir com moléculas cromógenas e produzir novos

radicais livres que ainda afetarão a resistência de união.

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Estudos de resistência de união confirmam que, em esmalte tratado com agente

clareador, ocorrem predominantemente falhas do tipo adesiva18, 20, 21. No presente estudo, houve

predominância de falhas do tipo adesiva em todos os grupos estudados, seguidas de falhas

mistas. Ferreira et al30, em seu estudo, mostram que espécimes em formato de palitos distribuem

as tensões da periferia e depois as direcionam para o centro da interface adesiva, aumentando a

chance da ocorrência de falhas do tipo adesivas.

É importante ressaltar que, sempre que possível, deve-se postergar o procedimento

adesivo pelo período de uma ou duas semanas após o clareamento13, visto que a resistência de

união retorna a valores normais após esse período16. Outra razão para o adiamento do

procedimento adesivo é permitir que haja tempo para a estabilização da cor, que pode alterar

os resultados estéticos18. Porém, há situações em que procedimentos adesivos necessitam ser

realizados imediatamente após o tratamento clareador21,22. Nesses casos, o uso da solução de

glutationa 10% torna-se uma alternativa para que se possam realizar esses procedimentos

imediatamente após o tratamento com agentes clareadores sem que haja prejuízo na resistência

de união.

CONCLUSÕES

Com base na metodologia empregada e nos dados obtidos, pode-se concluir que:

1. o ascorbato de sódio 10% apresentou melhor atividade antioxidante em comparação

com as concentrações de glutationa 5% e 10%;

2. a utilização de agentes antioxidantes após o tratamento de esmalte bovino clareado

com peróxido de hidrogênio 35% mostrou não alterar o grau de conversão dos

monômeros adesivos, inclusive apresentando valores estatisticamente iguais aos do

sistema adesivo em união ou isoladamente;

3. a glutationa 10% proporcionou, no teste de resistência de união por microtração,

médias estatisticamente superiores ao grupo-controle positivo (C+). Glutationa 5%

mostrou-se estatisticamente igual ao ascorbato de sódio 10%. E o ascorbato de sódio

10% mostrou-se estatisticamente igual ao grupo-controle positivo (C+);

4. houve predominância de falhas do tipo adesiva em todos os grupos.

AGRADECIMENTOS

À FUNCAP, Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e

Tecnológico.

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REFERÊNCIAS

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Restorative Dentistry. 2015; 27(5): 240–257.

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34

Conclusão

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35

CONCLUSÃO

O ascorbato de sódio 10%, apesar do melhor resultado no teste de potencial

antioxidante, apresentou-se estatisticamente igual aos grupos-controle positivo (C+) e

glutationa 5% no teste de resistência de união, enquanto a glutationa 10% apresentou-se

estatisticamente superior ao grupo ascorbato de sódio 10% no teste de resistência de união.

Com exceção do grupo-controle negativo (C-), em todos os grupos não houve interferência na

conversão dos monômeros do sistema adesivo. Houve prevalência de falhas do tipo adesiva em

todos os grupos.

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36

Referências

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40

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Anexos

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42

ANEXO A – Artigo 46 do Regimento Interno do Programa de Pós-Graduação em

Odontologia da Universidade Federal do Ceará

Art. 46 – As dissertações e as teses apresentadas ao Programa de Pós-Graduação em

Odontologia da Universidade Federal do Ceará poderão ser produzidas em formato alternativo

ou tradicional. O formato alternativo estabelece: a critério do orientador e com a aprovação da

Coordenação do Programa, que os capítulos poderão conter cópias de artigos e/ou relatórios de

patentes de autoria ou coautoria do candidato, publicados ou submetidos para publicação em

revistas científicas, escritos no idioma exigido pelo veículo de divulgação.

§1º - O orientador e o candidato deverão verificar junto às editoras a possibilidade de

inclusão dos artigos na dissertação ou tese, em atendimento à legislação que rege o direito

autoral, obtendo, se necessária, a competente autorização, deverão assinar declaração de que

não estão infringindo o direito autoral transferido à editora.

§2º - A dissertação e a tese em formatos tradicionais ou formatos alternativos deverão

seguir as normas preconizadas pelo Guia para Normalização de Trabalhos Acadêmicos da

Biblioteca Universitária disponível no sítio http://www.biblioteca.ufc.br. As partes específicas

do formato alternativo deverão ser feitas em concordância com o Manual de Normalização para

Defesa de dissertação de Mestrado e tese de Doutorado no formato Alternativo do PPGO,

disponível no sítio http://www.ppgo.ufc.br.

§3º - As dissertações defendidas no formato alternativo deverão constar de, no mínimo,

01(um) capítulo, enquanto que as teses no mesmo formato deverão constar de, no mínimo, 02

(dois) capítulos.

§4º - Admite-se que a dissertação ou a tese sejam escritas e/ou defendidas em língua

estrangeira seguindo as diretrizes definidas no regimento interno do Programa.

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43

ANEXO B - instruções aos autores para submissão de manuscrito ao periodico Journal

of Applie Oral Science.

Form and preparation of manuscripts

1. Presentation of the Manuscript

1.1 Structure of the manuscript

Cover page (must be submitted as a supplementary file through the online submission system)

which should contain only:

Title of the manuscript in English.

Names of the authors in direct order with their respective degrees and affiliations in

English.

Full address of the corresponding author, to whom all correspondence should be

addressed, including fax and phone number as well as e-mail address.

1.2 Text

The paper must be previously translated or reviewed by professional or company

responsible for English language. The costs of this service will be under the authors’

responsibility. Authors with English as native language must submit as supplementary

file a signed letter taking responsibility for the quality of the English language and

editing of the text.

Title of the manuscript and subtitle, if necessary, in English.

Abstract: should comprise at most 300 words, highlighting a little introduction,

objective, material and methods, results and conclusions.

Key words: (words or expressions that identify the contents of the manuscript). The

authors are referred to the list of subjects of the "lndex Medicus" and DeCS (Health

Sciences Descriptors available at http://decs.bvs.br/I/homepagei.htm/). Authors must

use periods to separate the key words, which must have the first letter of the first word

in capital letters. Ex: Dental implants. Fixed prosthesis. Photoelasticity. Passive fit.

Introduction: summary of the rationale and proposal of the study including only proper

references. It should clearly state the hypothesis of the study.

Material and Methods: the material and the methods are presented with enough detail

to allow confirmation of the findings. Include city, state and country of all

manufacturers right after the first appearance of the products, reagents or equipments.

Published methods should be referred to and briefly discussed, except if modifications

were made. Indicate the statistical methods employed, if applicable. Please refer to item

3 for ethical principals and registration of clinical trials.

Results: presents the outcomes in a logical sequence in the text, tables and illustrations.

Data contained in tables and illustrations should not be repeated in the text, and only

important findings should be highlighted.

Discussion: this should emphasize the new and important aspects of the study and the

resulting conclusions. Any data or information mentioned in the introduction or results

should not be repeated. Findings of other important studies should be reported. The

authors should point out the implications of their findings as well as their limitations.

Conclusion(s) (if any).

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44

Acknowledgments (when appropriate). Acknowledge those who have contributed to the

work. Specify sponsors, grants, scholarships and fellowships with respective names and

identification numbers.

References (please refer to item 2.3)

2. Technical normalization

The manuscript should be typed as follows: 1.5 spacing in 11 pt Arial font, with 3-cm

margins at each side, on an A4 page, adding up to at most 15 pages, including the

illustrations (graphs, photographs, tables, etc). The authors should keep a copy of the manuscript for possible requests.

2.1 Illustrations and Tables

2.1.1 The illustrations (photographs, graphs, drawings, charts, etc.), regarded as

figures, should be limited to the least amount possible and should be uploaded in

separate files, consecutively numbered with Arabic numbers according to the

order they appear in the text.

2.1.2 Photographs should be sent in original colors and digitized in .jpg or tif

formats with at least 10 cm width and at least 300 dpi. These illustrations should be provided in supplementary files and not inserted in the Word document.

2.1.3 The corresponding legends for figures should be clear, concise and typed at

the end of the manuscript as a separate list preceded by the corresponding

number.

2.1.4 The tables should be logically arranged, consecutively numbered with Arabic

numbers. The legend shall be placed on the top of the tables. Tables should be open in the right and left laterals.

2.1.5 Footnotes should be indicated by asterisks and restricted to the least amount possible.

2.2 Citation of the Authors

Citation of the authors in the text may be performed in two manners:

1) Just numeric: " and interfere with the bacterial system and tissue system 3,4,7-

10". References must be cited in a numeric ascending order within the paragraph.

2) or alphanumeric

one author - Silva23 (1986)

two authors - Silva and Carvalho25 (1987)

three authors - Ferreira, Silva and Martins27 (1987)

more than three authors- Silva, et al.28 (1988)

Punctuation characters such as periods and commas must be placed after the numeric citation of the authors. Ex: Ferreira38.

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45

2.3 References

The references must follow the "Uniform requirements for manuscripts submitted to

Biomedical Journals - Vancouver" available at: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.

2.3.1 All references must be cited in the text. They should be alphabetically

ordered by the last name of the author and numbered in increasing order

accordingly. The order of citation in the text should follow these numbers.

Abbreviations of the titles of the international journals cited should follow the Index Medicus/MEDLINE.

2.3.2 Personal communications and unpublished data with no publication date

must not be included in the reference list.

2.3.3 Abstracts, monographs, dissertations and theses will not be accepted as

references.

2.3.4 The names of all authors should be cited up to 6 authors; in case there are

more authors, the 6 first authors should be cited, followed by the expression ", et

al.", which must be followed by "period" and should not be written in italics. Ex:

Uhl, et al.

2.3.5 At most 30 references may be cited, except for invited reviews by the

Editor-in-Chief.

Examples of references:

Book

Melberg JR, Ripa LW, Leske GS. Fluoride in preventive dentistry: theory and clinical applications. Chicago: Quintessence; 1983.

Book chapter

Verbeeck RMH. Minerals in human enamel and dentin. ln: Driessens FCM,

Woltgens JHM, editors. Tooth development and caries. Boca Raton : CRC Press; 1986. p.95-152.

Papers published in journals

Wenzel A, Fejerskov O. Validity of diagnosis of questionable caries lesions in occlusal surfaces of extracted third molars. Caries Res. 1992;26:188-93.

Papers with more than 6 authors

The first 6 authors are cited, followed by the expression ", et al."

Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al. Childhood -

leukemia in Europe after Chernobyl : 5 years follow-up. Br J Cancer. 1996;73:1006-12.

Papers without authors’ names

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46

Seeing nature through the lens of gender. Science. 1993;260:428-9.

Volume with supplement and/or Special Issue

Davisdson CL. Advances in glass-ionomer cements. J Appl Oral Sci. 2006;14(sp. Issue):3-9.

Entire issue

Dental Update. Guildford 1991;18(1).

The authors are fully responsible for the correctness of the references.

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47

ANEXO C - Gráfico 1: Médias e desvios padrão do grau de conversão dos monômeros adesivos.

* Letras maiúsculas semelhantes entre si representam a ausência de diferenças estatisticamente significantes entre si (p > 0,05).

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48

ANEXO D - Gráfico 2: Percentual de cada tipo de fratura por grupo experimental.