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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA Avaliação dos eventos adversos pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002 – 2005. Sandra Aparecida Moreira Gomes Monteiro Dissertação apresentada à Banca d o Programa de Mestrado em Saúde Coletiva, para a obtenção do Título de Mestre em Saúde Coletiva. Área de Concentração: Epidemiologia Orientadora: Profa. Dra. Olga Akiko Takano Co-Orientador: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman Cuiabá - MT 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOINSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA

Avaliação dos eventos adversos pós-vacinaTetravalente. Brasil, 2002 – 2005.

Sandra Aparecida Moreira Gomes Monteiro

Dissertação apresentada à Banca d o Programa deMestrado em Saúde Coletiva, para a obtenção doTítulo de Mestre em Saúde Coletiva.

Área de Concentração: Epidemiologia

Orientadora: Profa. Dra. Olga Akiko Takano

Co-Orientador: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman

Cuiabá - MT2007

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Avaliação dos eventos adversos pós-vacinaTetravalente. Brasil, 2002 – 2005.

Sandra Aparecida Moreira Gomes Monteiro

Dissertação apresentada à Banca do Programa deMestrado em Saúde Coletiva do Instituto de SaúdeColetiva da Universidade Federal de Mato Grosso,para a obtenção do Título de Mestre em SaúdeColetiva.

Área de Concentração: Epidemiologia

Orientadora: Profa. Dra. Olga Akiko Takano

Co-Orientador: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman

Cuiabá - MT2007

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FICHA CATALOGRÁFICA

M775a Monteiro, Sandra Aparecida Moreira Gomes Avaliação dos eventos adversos pós -vacinaTetravalente. Brasil, 2002-2005. /Sandra AparecidaMoreira Gomes Monteiro. – 2007. 180p. : il. ; color.

Disssertação (mestrado) – Universidade Federal deMato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Área deconcentração: Epidemiologia, 2007. “Orientação: Profª Drª Olga Akiko Takano”. “Co-Orientador: Profº Drº Eliseu Alves Waldman”

CDU – 614.47(81)

Índice para Catálogo Sistemático

1. Vacina Tetravalente2. Vacina DTPw/Hib3. Vacina DTP/Hib4. Vacina DTP5. Vacina DTPH6. Imunização – Eventos adversos pós-vacina

7. Eventos adversos pós-vacinal – Saúde Pública 8. Vacina Tetravalente – Eventos adversos pós-vacina

É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua

forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida

exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, dede que na reprodução

figure a identificação da autora, título, instituição e ano da dissertação.

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Aos meus amores maiores:

Moreira e Adelaide;

Mário;

Lívia, Luisa e João.

Razões de tudo.

E ao meu irmão Sidney,

Em meu coração, eternamente.. .

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AGRADECIMENTOS

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim!”

(Francisco Cândido Xavier)

Cursar o Mestrado estava entre os meus “projetos para o futuro”, feitos najuventude, e que tiveram que ser adiados . Concluí-lo tem, portanto, um valorespecial, e só foi possível graças aos anjos terrenos e espirituais que Deus, deinfinita bondade, colocou em meu caminho e que me f izeram compreenderMaurice Halbwachs em sua afirmação “nunca estamos sós”...

Impossível ser fiel aos sentimentos apenas com palavras. Não tenho essedom! Mas tenho a certeza de que meus anjos entenderão minhas limitações...

Hoje e sempre:

Ao meu pai, “Seu” Moreira, personificação do amor ao próximo, pormostrar-me que sempre é tempo de começar;

À minha mãe, Adelaide, pelo amor sem limites e por “tomar conta demim” em todos os momentos da minha vida;

Aos meus filhos, Lívia, Luisa e João, por me fazerem vivenciar aplenitude da felicidade humana nos menores gestos ...

Ao Mário, alma-gêmea de minh’alma, que com seu dom da paciência sabecompreender minhas necessidades, segurar minhas ”ondas” e, muitas vezes, pôrmeus pés no chão... “Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida”...

Ao Imortal João Novis, mais que sogro, colega de profissão e amigoquerido, pelo apoio constante e vibração entusiasmada com minhas conquistas. Hápoucos dias de volta ao “nosso lar”, tenho certeza de seu abraço afetuoso nestemomento;

Aos demais membros da minha enorme e linda família, tão queridos eespeciais na minha vida que citar a todos resultaria em uma nova dissertação;

À Professora Olga, pela paciência, dedicação, carinho, competência eincentivo que me foram dispensados na orientação desta d issertação, muitas vezescomo que “segurando a minha mão”;

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Ao Professor Eliseu, pela generosidade, receptividade, atenção eprofissionalismo com que me dedicou seu tempo, inteligência e enorme experiênciana co-orientação deste trabalho;

ÀDra Helena Sato, pelo estímulo e por ter me apresentado ao ProfessorEliseu;

A todos os Professores do Mestrado, por abrirem caminhos e desataremos nós da pesquisa, em especial àqueles que participaram dos Seminários d eAcompanhamento, Qualificação, Pré-banca e Banca, pelas contribuiçõesvaliosas e incentivo;

Aos colegas de Mestrado, especialmente Marta e Cida, que partilharamcomigo as expectativas e caminhos para a dissertação, pela troca de materiais,idéias e palavras de encorajamento;

Ao Giovanny e Alexandre, pela p rovidencial ajuda com os softwares;

Às amigas: Stella e Lize, por terem me feito acreditar que eu podiaalcançar algo mais; Valéria, por saber resgatar minha auto -estima comoninguém; e Silvinha, por estar sempre de coração aberto;

Aos colegas de trabalho, pelas sobrecargas que cumpriram quando tive queme ausentar;

Aos meus pacientes, por toda a confiança depositada, estímulo para aincessante busca de crescimento;

À Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, por reconhecer nacapacitação profissional um direito, garantindo assim minha saída para a Pós -Graduação;

Ao Programa Nacional de Imunizações, nas pessoas da Dra. Luiza deMarilac Meireles Barbosa e Sâmia Abdul Samad, pela oportunidade,confiança e atenção sempre prontamente dispensada; e Dr. José Evóide deMoura, pelo apoio e leitura atenta da dissertação, com observações muitooportunas;

Àqueles que me ajudaram e eu não percebi, àqueles que me ajudaram semperceber e àqueles que, pelos corredores ou em uma conversa rápida, estavam natorcida por esta dissertação;

“Muito obrigada!”

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Monteiro, SAMG. Avaliação dos eventos adversos pós -vacina Tetravalente.Brasil, 2002 – 2005. [Dissertação de Mestrado]. Cuiabá: Instituto de SaúdeColetiva, Universidade Federal de Mato Grosso; 2007.

RESUMO

Objetivo: Analisar os eventos adversos pós -vacina Tetravalente (EAPV-T)notificados no país desde sua introdução na Rede Pública do Brasil em 2002até 2005. Métodos: Estudo de corte transversal. A população de estudoabrangeu crianças menores de um ano de idade que receberam pelo menosuma dose da vacina Tetravalente no território brasileiro. A fonte de dados foio Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós -Vacinais (SVEAPV) doPrograma Nacional de Imunizações Resultados: Foram notificados 11.558casos de EAPV-T, resultando em uma taxa de 34,0 casosnotificados/100.000 doses aplicadas, com distribuição heterogênea nasUnidades da Federação (6,0 - 141,0). Apenas 36,6% de municípiosapresentaram notificação. Foram classificados como graves 65,3% doscasos notificados. M ostrou-se associado à gravidade do evento, apenas ointervalo de tempo inferior à uma hora (OR=7,4) e entre uma e seis horas(OR=3,7). O sexo e a dose da vacina não apresentaram associação com agravidade do evento. Dentre os 14.241 eventos notificados , os maisfreqüentes foram: Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH), Febre eConvulsão. A evolução para cura sem seqüelas ocorreu em 98,7% doscasos notificados. A taxa de óbitos temporalmente associado foi de 0,04casos/100.000 doses aplicadas. Conclusões: Ocorreu aumento dasnotificações após a introdução da vacina combinada Tetravalente refletindoem taxas mais elevadas de notificação de EAPV -T no país em relação àvacina DTP quando aplicada isolada ou simultaneamente à anti -Hib emsítios separados, mas essas taxas foram menores que as descritas emestudos clássicos da vacina DTP. O percentual expressivo de casos gravespode ter ocorrido pelo viés de notificação gerado pela valorização de casosgraves em relação aos eventos não -graves. O banco de dados não permitiua análise qualitativa da investigação dos casos graves. Os dadosencontrados indicam a necessidade de novas estratégias para elevar asensibilidade da vigilância e alcançar maior homogeneidade do SVEAPV noBrasil.

Palavras-chave: Vacinas, Vacina Tetravalente, vacina DTPw/Hib, vacinaDTPH, vacina DTP, eventos adversos, vigilância

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Monteiro, SAMG. Avaliação dos eventos adversos pós -vacina Tetravalente.Brasil, 2002 – 2005./ Evaluation of DTP/Hib post-vaccine adverse events.Brazil, 2002 – 2005. [dissertation]. Cuiabá (BR): Instituto de Saúde Coletiva,Universidade Federal de Mato Grosso; 2007.

ABSTRACT

Objective: To analyze the DTP/Hib adverse events following imm unisation(DTPH-AEFI) reported in the country from its introduction to the BrazilianPublic Health System in 2002 up to 2005. Methods: Cross-sectional study.The population in the study covered children less than one year in age whoreceived at least one dose of the DTP/Hib vaccine in the Brazilian HealthServices. The data source was the Vaccine Adverse Events Vigilance System- VAEVS of the National Immunization Program . Results: 11,558 cases ofDTPH-AEFI were reported, resulting in a reporting rate of 34.0 cases per100,000 applied doses, with heterogeneous distribution in Federal State s (6,0– 141,0). Only 36.6% of Brazilian municipalities presented reports of DTPH -AEFI. 65.3% of the reported cases were classified as serious events. Only thetime interval of less than one hour (OR=7.4) and between one and six hours(OR=3.7) showed association with the case severity. The gender of the patientand the vaccine dose did not present association statistics with the caseseverity. Amongst the 14,241 reported cases, the most frequently DTPH -AEFIreported was the Hypotonic-Hyporesponsive Episode (HHE), Fever andGeneralized Convulsive Seizure. The evolution to cure without side -effectsoccurred in 98.7% of the reported cases. The death rate with temporalassociation with the vaccine was 0.04 cases per 100,000 applied doses.Conclusions: An increase of reports occurred after the introduction ofDTP/Hib combined vaccine, resulting in higher reporting rates DTPH-AEFIthan DTP vaccine in Brazil, when applied isolated or simultaneously to anti -Hibin different injection sites. However, these rates were lower than the onesdescribed in DTP vaccine classical researches. The expressive percentage ofserious cases may be due to a reporting bias caused by the val orization ofserious cases in relation to non-serious cases. The database did not allow thequalitative analysis of investigation of serious cases. The data found indicatesthe necessity of new strategies to increase the surveillance sensibility andreach more homogeneity to VAEVS in Brazil.

Keywords: vaccine, DTP/Hib vaccine, DTPw/Hib vaccine, DTPH vaccine,DTP vaccine, adverse events, vigilance, surveillance.

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ÍNDICE

LISTA DE FIGURAS 10LISTA DE TABELAS 13LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 15

1 INTRODUÇÃO 171.1 ASPECTOS GERAIS DA IMUNIZAÇÃO 171.2 HISTÓRICO 181.3 IMUNIZAÇÃO, EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS E

SAÚDE COLETIVA 221.4 O PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES 251.5 O PROCESSO DE LICENCIAMENTO DAS VACINAS E

CONTROLE DE QUALIDADE28

1.6 EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS 301.7 VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAÇÃO 341.8 A VACINA TETRAVALENTE (DTP/HIB) E SUA

INTRODUÇÃO NO CALENDÁRIO VACINAL BRASILEIRO 43

2 OBJETIVOS 52

3 MATERIAIS E MÉTODOS 533.1 DELINEAMENTO 533.2 ÁREA E POPULAÇÃO DE ESTUDO 533.3 DEFINIÇÕES 53

3.3.1 Definição de caso 533.3.2 Definição de caso de Evento Adverso Pós -Vacinal

grave 543.3.3 Critérios de inclusão 543.3.4 Critérios de exclusão 54

3.4 FONTE DE DADOS 553.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO 553.6 ORGANIZAÇÃO E MANEJO DO BANCO DE DADOS 563.7 ANÁLISE DOS DADOS 573.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 59

4 RESULTADOS 604.1 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOS

ADVERSOS PÓS-VACINA TETRAVALENTE 604.1.1 Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 874.1.2 Convulsão 944.1.3 Óbitos 101

4.2 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOSADVERSOS PÓS-VACINA DTP 2000-2001 104

4.3 ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS À GRAVIDADE 120

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5 DISCUSSÃO 123

6 CONCLUSÕES 146

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 150

ANEXOS 160

Anexo 1 – Ficha de Notificação de Eventos Adversos Pós-Vacinais 161

Anexo 2 – Número de doses aplicadas de vacina Tetravalente,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.Brasil, 2002-2005 163

Anexo 3 – Cobertura vacinal para vacina Tetravalente em menoresde 1 ano, segundo Macro-Regiões e Unidades daFederação. Brasil, 2002 – 2005 164

Anexo 4 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente, segundo dose da vacina, sexo eidade de aplicação. Brasil, 2002-2005 165

Anexo 5 – Taxa de distribuição dos casos n otificados de eventosadversos pós-vacina Tetravalente por 100.000 dosesaplicadas, por Macro-Regiões e Unidades da Federação.Brasil, 2002-2005 166

Anexo 6 – Percentual de Municípios com casos notificados deevento adverso pós-vacina Tetravalente, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002 - 2005 167

Anexo 7 – Distribuição do número de casos notificados de eventosadversos por vacina Tetravalente, segundo gravidade,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.Brasil, 2002-2005. 168

Anexo 8 – Distribuição do número de casos notificados de eventosadversos por vacina Tetravalente, segundo conduta frenteao esquema vacinal, segundo Macro -Regiões e Unidadesda Federação. Brasil, 2002-2005. 170

Anexo 9 – Distribuição do número de casos notificados de eventosadversos por vacina Tetravalente, segundo evolução, porMacro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002 -2005. 172

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Anexo 10 – Metodologia de preenchimento da codificação do loteproduzido pelo Laboratório Bio -Manguinhos/FIOCRUZ. 174

Anexo 11 – Número de doses aplicadas de vacina DTP, segundoMacro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000 -2001. 177

Anexo 12 – Cobertura vacinal para vacina DTP em menores de 1ano, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação.Brasil, 2000-2001. 178

Anexo 13 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP, segundo dose da vacina, sexo e idadede aplicação. Brasil, 2000-2001. 179

Anexo 14 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós -vacina DTP, por 100.000 doses aplicadas, segundoMacro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000 -2001. 180

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente por dose aplicada e idade.Brasil, 2002-2005. 65

Figura 2 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente por 100.000 doses aplicadas porMacro-Regiões. Brasil, 2002-2005. 65

Figura 3 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós -vacina Tetravalente, por 100.000 doses aplicadas,segundo Unidades da Federação . Brasil, 2002-2005. 66

Figura 4 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, por 100.000 doses aplicadas,segundo municípios da Região Norte. Brasil, 2002 -2005. 67

Figura 5 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, por 100.000 doses aplicadas,segundo municípios da Região Nordeste. Brasil, 2002 -2005. 68

Figura 6 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, por 100.000 dose s aplicadas,segundo municípios da Região Sudeste. Brasil, 2002 -2005. 69

Figura 7 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, por 100.000 doses aplicadas,segundo municípios da Região Sul. Brasil, 2002 -2005. 70

Figura 8 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, por 100.000 doses aplicadas,segundo municípios da Região Centro -Oeste. Brasil,2002-2005 71

Figura 9 – Percentual de Municípios com casos notificados deeventos adversos pós-vacina Tetravalente, por Unidadesda Federação. 72

Figura 10 – Percentual de Municípios com casos notificados deeventos adversos pós-vacina Tetravalente, por Macro-Regiões. Brasil, 2002-2005. 73

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Figura 11 – Distribuição de casos notificados de eventos adver sospós-vacina Tetravalente por Macro -Região, ano e mêsde aplicação da vacina. Brasil, 2002 -2005. 74

Figura 12 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente por semana epidemiológica deaplicação. Brasil, 2002-2005. 75

Figura 13 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente por macro -regiões, segundogravidade. Brasil, 2002-2005. 76

Figura 14 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicaçãoda vacina e o evento adverso pós -vacina Tetravalentenotificado. Brasil, 2002-2005. 77

Figura 15 – Distribuição da proporção de tipo de atendimentomédico/hospitalização por eventos adversos pós-vacinaTetravalente notificados. Brasil, 2002-2005. 79

Figura 16 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente segundo conduta frente aoesquema vacinal. Brasil, 2002-2005 81

Figura 17 – Distribuição dos casos notificados de evento s adversospós-vacina Tetravalente segundo evolução. Brasil, 2002 -2005. 83

Figura 18 – Distribuição por semana epidemiológica dos casosnotificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalenterelativos aos 6 lotes com maior número de notificações.Brasil, 2002-2005. 85

Figura 19 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP por dose aplicada e idade. Brasil, 2000 -2001. 107

Figura 20 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP por 100.000 doses aplicadas por Macro -Regiões. Brasil, 2000-2001. 108

Figura 21 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP por ano e mês de aplicação. Brasil,2000-2001. 109

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Figura 22 – Distribuição de casos notificados de evento adversospós-vacina DTP por ano e semana epidemiológica deaplicação. Brasil, 2000-2001. 109

Figura 23 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP por macro-regiões, segundo gravidade.Brasil, 2000-2001. 110

Figura 24 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicaçãoda vacina e o evento adverso pós -vacina DTP notificado.Brasil, 2000-2001. 112

Figura 25 – Distribuição de casos notificados de evento s adversospós-vacina DTP, segundo conduta frente ao esquemavacinal. Brasil, 2000-2001. 115

Figura 26 – Distribuição dos casos notificados de evento s adversospós-vacina DTP, segundo evolução. Brasil, 2000 -2001. 115

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente de acordo com número deeventos apresentados, segundo Macro -Regiões eUnidades da Federação. Brasil, 2002-2005. 63

Tabela 2 – Distribuição dos principais tipos de evento s adversospós-vacina Tetravalente notificados, segundo tempodecorrido entre a aplicação da vacina Tetravalente e aocorrência do evento adverso. Brasil, 2002 -2005. 78

Tabela 3 – Distribuição dos casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente, com referência de atendimentomédico/hospitalização, segundo Macro -Regiões eUnidades da Federação. Brasil, 2002 -2005. 80

Tabela 4 – Distribuição dos eventos adversos pós-vacinaTetravalente notificados, segundo tipo e tempo deatendimento médico/hospitalização. Brasil, 2002-2005. 82

Tabela 5 – Taxa dos principais eventos adversos pós -vacinaTetravalente notificados, por 100.000 doses aplicadas.Brasil, 2002-2005. 86

Tabela 6 – Distribuição de casos notificados de EpisódioHipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente,por Macro-Região e Unidades da Federação. Brasil,2002-2005. 88

Tabela 7 – Características dos casos notificados de EpisódioHipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente.Brasil, 2002-2005. 92

Tabela 8 – Distribuição de casos notificados de Convulsão pós -vacina Tetravalente, por Macro -Região e Unidades daFederação. Brasil, 2002-2005. 96

Tabela 9 – Características dos casos notificados de Convul são pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002 -2005. 99

Tabela 10 – Distribuição de casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP de acordo com número de eventosapresentados, segundo Macro-Regiões e Unidades daFederação. Brasil, 2000-2001. 105

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Tabela 11 – Distribuição dos principais tipos de evento s adversospós-vacina DTP notificados, segundo tempo decorridoentre a aplicação da vacina Tetravalente e a ocorrênciado evento adverso. Brasil, 2000-2001. 110

Tabela 12 – Distribuição dos casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP, com referência de atendimentomédico/hospitalização, segundo Macro -Regiões eUnidades da Federação. Brasil, 2000 -2001. 113

Tabela 13 – Distribuição dos eventos adversos pós-vacina DTPnotificados, segundo tipo e tempo de atendimentomédico/hospitalização. Brasil, 2000-2001. 114

Tabela 14 – Taxa dos principais eventos adversos pós-vacina DTPnotificados, por 100.000 doses aplicadas. Brasil, 2000 -2001. 116

Tabela 15 – Características dos casos notificados de EpisódioHipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina DTP. Brasil,2000-2001. 118

Tabela 16 – Características dos casos notificados de Convulsão pós -vacina DTP. Brasil, 2000-2001. 119

Tabela 17 – Análise Bivariada relativos a fatores associados àgravidade dos casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002 -2005. 121

Tabela 18 – Modelo final da Regressão Logística analisando osfatores associados à gravidade do s casos notificados deeventos adversos pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002 -2005. 121

Tabela 19 – Análise Bivariada relativa aos fatores associados àgravidade dos casos notificados de eventos adversospós-vacina DTP. Brasil, 2000-2001. 122

Tabela 20 – Modelo final da Regressão Logística analisando osfatores associados à gravidade dos casos notificados deeventos adversos pós-vacina DTP. Brasil, 2000-2001. 122

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CAEFISS Canadian Adverse Events Following ImmunizationSurveillance System

CDC Centers for Disease Control and Prevention

CRIE Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais

CGPNI Coordenação Geral do Programa Nacional deImunizações

DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único deSaúde do Ministério da Saúde

DNEES Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística deSaúde

DTP Vacina tríplice bacteriana, contra difteria, tétano ecoqueluche

DTPa Vacina tríplice bacteriana acelular, contra difteria, tétanoe coqueluche

DTPH Vacina combinada Tetravalente DTP/Hib

DTPH-AEFI DTPH adverse events following immunization

EAPV-DTP Eventos Adversos Pós-Vacina DTP

EAPV-T Eventos Adversos Pós-Vacina Tetravalente

EHH Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo

EUSAFEVAC European Research Program for Improved VaccineSafety Surveillance

FDA Food and Drugs Administration

GAVI Aliança Global para Vacinas e Imunizações

GSK Laboratório GlaxoSmithKline

Hib Haemophilus influenzae tipo b

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMPACT Immunization Monitoring Program Act ive

INCQS Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde

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MSAEFI Monitoring System for Adverse Events FollowingImmunization

MS Ministério da Saúde

NCVIA National Childhood Vaccine Injury Act

OMS Organização Mundial de Saúde

PAHO Pan American Health Organization

PAI Programa Ampliado de Imunizações

PHAC Public Health Agency of Canada

PNI Programa Nacional de Imunizações

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PSF Programa de Saúde da Família

SI-EAPV Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós -Vacinais

SMSL Síndrome da Morte Súbita do Lactente

SPSS Statistical Package for Social Sciences

SVEAPV Sistema Nacional de Vigilância de Eventos AdversosPós-Vacinais

SVS Secretaria de Vigilância em Saúde

TETRAVALENTE Vacina combinada DTP/Hib

UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

UTI Unidade de Terapia Intensiva

VAAESS Vaccine Associated Adverse Events Surveillance Sys tem

VAERS Vaccine Adverse Event Reporting

VAEVS Vaccine Adverse Events Vigilance System

VIGAT Vigilância Ativa de Eventos Adversos Pós -VacinaTetravalente

VSD Vaccine Safety Datalink

VSU Vaccine Safety Unit

WHO World Health Organization

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1 INTRODUÇÃO

1.1 ASPECTOS GERAIS DA IMUNIZAÇÃO

O objetivo principal da imunização é a erradicação da doença; o

objetivo imediato é a prevenção da doença em indivíduos ou grupos. A

erradicação global da varíola em 1977 e a eliminação da p oliomielite das

Américas em 1991, do Pacífico Ocidental1 em 1997 e da Europa em 1998,

são modelos de controle de doenças através da imunização. Estes dois

feitos foram atingidos combinando -se um programa de imunização efetivo

com vigilância epidemiológica intensiva e medidas eficient es de Saúde

Pública (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS , 2000; THE GLOBAL

POLIO ERADICATION INICIATIVE , 2006).

A vacinação tornou-se, assim, um componente essencial dos

modernos programas de Saúde Pública, situando -se entre as intervenções

médicas de melhor custo-benefício e a maior realização em Saúde Pública

do Século XX (ELLENBERG e CHEN , 1997; CDC, 1999a).

Apesar do aprimoramento dos processos utilizados em sua

produção e purificação, as vacinas são constituídas por agentes infecciosos

atenuados ou inativados, ou por algum de seus produtos ou componentes,

que podem induzir a ocorrência de eventos adversos (MINISTÉRIO DA

1 A Organização Mundial da Saúde trabalha com seis regiões: Américas, África, Europa,Pacífico Ocidental, Leste do Mediterrâneo e Sudeste Asiático.

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SAÚDE, 1998). As vacinas, como todos os outros produtos farmacêuticos,

não são, portanto, inteiramente livres de riscos (ELLENBERG e CHEN , 1997).

Os benefícios da vacinação são medidos pela redução da

incidência das doenças por ela prevenidas (ISKANDER et al., 2004). O

sucesso dos programas de imunização reduziu o peso de um grande

número de doenças infecciosas em escala global. Como conseqüê ncia, o

impacto dessas devastadoras doenças tem sido, cada vez mais,

desconhecido pela população, principalmente em países industrializados.

Com a diminuição do medo dessas doenças imunopreveníveis, o foco de

interesse tem mudado na direção de verdadeiros e presumidos “eventos

adversos” das vacinas (HEININGER, 2004). Assim, a morbidade associada,

ou presumidamente associada , com a vacina pode causar mais apreensão

ao público do que as doenças em si (SMEETH et al., 2002).

1.2 HISTÓRICO

A história da vacinação está pontilhada de incidentes que

expressam, alternadamente, grande entusiasmo pelo procedimento ou, ao

contrário, furiosa rejeição. Pasteur e Sabin foram saudados como heróis, ao

passo que Oswaldo Cruz foi execrado por boa parte da opinião pública por ter

introduzido a vacina obrigatória contra a varíola no Rio de Janeiro em 1904,

no episódio que ficou conhecido como Revolta da Vacina (SCLIAR, 2005).

Naquele ano, uma epidemia de varíola assolou a cidade, então

capital da República. Em apenas cinco mes es, 1.800 pessoas foram

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internadas. Diante da gravidade apresentada, o governo federal decidiu

intervir na situação. Embora houvesse lei anterior estabelecendo a

imunização compulsória das crianças contra a doença, ela nunca havia sido

cumprida. Foi então necessário que o governo enviasse um projeto ao

Congresso Nacional reinstaurando a obrigatoriedade da vacinação

antivariólica. Estarrecida, a população rebelou -se contra as medidas e

nasceu uma violenta oposição a Oswaldo Cruz, reunindo jornalistas,

parlamentares e associações de trabalhadores. No dia 13 de novembro de

1904, estourou a revolta propriamente dita, colocando em lados opostos

população e governo. Foram registrados choques com a polícia, greves,

barricadas, quebra-quebra, tiroteios (MINISTÉRIO D A SAÚDE, 2004a).

Hoje, mais de 100 anos após a Revolta da Vacina, a varíola

encontra-se erradicada no mundo e a poliomielite eliminada em várias

regiões. A imunização diminuiu drasticamente os casos de difteria,

coqueluche, tétano, sarampo, caxumba, rubéola (congênita e adquirida),

febre amarela e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.

Constata-se, pelo êxito dos Dias Nacionais de Vacinação que a adesão da

população aproxima-se de 100%.

MOULIN (2003) fez uma análise crítica a respeito da h istória da

vacinação, revelando a complexidade do fenômeno vacinal ao se adotar

uma perspectiva que combina ciências biológicas e sociais. Referiu não

existir uma única história da vacinação, mas sim vacinas que surgiram em

diferentes períodos e países. A partir dessa abordagem antropológica, pode -

se deixar de atribuir a resistência das populações às campanhas de

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imunização ao atraso dos homens, considerando o fenômeno em toda a sua

complexidade, ao mesmo tempo científica, política e social.

A guerra da vacina era, para além da recusa da vacinação, a

explosão de uma profunda oposição aos programas de higienização do

espaço urbano. Os novos planos dos engenheiros não levaram em conta as

necessidades do pequeno comércio informal e substituíram a densa rede de

vielas da capital federal – que encarnava as solidariedades, flexíveis e

fortes, do povo – por espaço aberto e purificado à Haussma nn2. De um lado,

os cientistas armados de certezas, do outro lado, um povo oprimido por

inúmeras medidas das quais se perceb e a forma autoritária e a negação de

justiça e igualdade, que manifestava com a revolta contra a vacinação uma

reação à violência, à derrota política e à expulsão do centro vital da cidade

(MOULIN , 2003).

A passagem da resistência para a aceitabilidade é sintomática de

um reequilíbrio da relação dos indivíduos com a ciência médica. Na análise

antropológica da história pode -se constatar que em várias ocasiões a

segurança do indivíduo foi sacrificada ao bem público, mesmo que em razão

do acaso biológico ligado à idiossincrasia (MOULIN , 2003).

A história recente da política de imunizações no Brasil tem como

marco o ano de 1973, com o término da campanha de erradicação da

2 Barão Georges-Eugène Haussmann — foi prefeito do departamento do Sena (França)entre 1853 e 1870, tendo sido encarregado pelo Imperador Napoleão III de modernizar acidade de Paris; para isso demoliu as ruas sujas e apinhadas da cidade medieval e criouuma capital ordenada sobre a geometria de avenidas e bulevare s. É uma referência nahistória do urbanismo e das cidades.

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varíola, iniciada em 1962, e a criação do Programa Nacional de Imunizações

– PNI (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003; MOULIN, 2003).

A década de 1970, anos de contrastes e de enfrentamento de

múltiplos modelos e projetos no campo da saúde, fo i determinante para a

atual configuração do sistema de saúde brasileiro. Foi um tempo de

introdução de propostas racionalizadoras, do planejamento como

instrumento do desenvolvimento de políticas públicas, do surgimento de

iniciativas que propugnavam a universalização dos cuidados em saúde e da

estruturação de um novo campo de saber e práticas, o denominado

Movimento Sanitário Brasileiro, que originou a Saúde Coletiva (PAIM e

ALMEIDA, 1998; TEMPORÃO, 2003).

Aquele momento específico de desenvolvimento da política de

saúde permitiu apreender, portanto, um movimento com três faces: o

fortalecimento das práticas méd icas como espaço de estruturação de uma

nova etapa no processo de capitalização da saúde; a modernização dos

espaços e das práticas institucionais com programas de extensão de

cobertura, dos quais o PNI é um exemplo ; e o surgimento de um

pensamento crítico que questiona as duas anteriores (TEMPORÃO , 2003).

Em 1975 foi promulgada a lei 6.259 (BRASIL, 1975) que dispunha

sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, da notificação

compulsória de doenças e da regulamentação do PNI. Esta lei tornou

obrigatória a vacinação básica no primeiro ano de vida , sujeitando os pais

infratores à suspensão do pagamento do salário -família.

A Constituição de 1988 refere-se à saúde como um "direito de

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todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas

que visem à redução do risco de doenças ou outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e

recuperação do indivíduo" (BRASIL, 1988).

Portanto, o Brasil e também outros países criaram dispositivos

legais que obrigam a imunização inf antil das vacinas incluídas no c alendário

vacinal, e para tanto as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo governo a

toda a população do país, sendo inclusive obrigatório o cumprimento do

calendário vacinal para a matr ícula em escolas e creches em todo o território

nacional. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe sobre a

proteção integral à criança e ao adolescente , quando afirma que "é

obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas

autoridades sanitárias" , também está baseado nos princípios que norteiam

as ações preventivas e constitui, assim, a vacinação um direito coletivo de

proteção à saúde (BRASIL, 1990).

1.3 IMUNIZAÇÃO, EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAIS E SAÚDE

COLETIVA

A imunização é, ao mesmo tempo, uma prática de saúde

individual e de saúde coletiva. Para romper a cadeia epidemiológica de

algumas doenças é necessário imunizar certo percentual da população. Esta

é uma obrigação que cada cidadão deve a si mesmo, ou - caso ele não

reconheça tal obrigação como indivíduo - à comunidade. Tuberculose,

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coqueluche, poliomielite e sarampo são exemplos de doenças

transmissíveis, em que um caso pode gerar outros, às vezes em caráter

epidêmico (SCLIAR, 2005).

Sob a perspectiva da saúde coletiva, a imunização está

fundamentada em três motivos éticos: sua virtude antecipatória, o princípio

da universalidade e a capacidade de atenuação dos conflitos. A virtude

antecipatória da imunização manifesta -se na capacidade de, como

intervenção, antecipar-se à doença e ao dano, preservando a autonomia da

pessoa humana, permitindo assim a realização plena de seu potencial

genético e impedindo que os prejuízos à saúde reduzam suas chances no

justo compartilhamento de todas as oportunidades que a sociedade oferec e.

Assim, ao beneficiar todas as classes sociais e todas as nações do mundo, a

vacinação tem um potencial igualitário, expressão do princípio da

universalidade e da igualdade de oportunidades. E ainda que a imunização

não elimine os contrastes - nem entre interesses, nem entre legítimos

valores humanos - constitui-se em uma maneira de agir oportuna e

apropriada para promover e manter a eqüidade social, concorrendo para a

justiça e a saúde entre os homens (BARATA , 1999).

Por todos estes motivos, a imunização tem sido considerada um

eficaz procedimento preventivo tanto pelos profissionais de saúde como

pelos governos. Este consenso fez com que esta prática raramente tenha

sido questionada do ponto de vista ético (LOCH, 2005).

Há uma peculiaridade, porém, sobr e a imunização que a faz

diferente de outras medidas preventivas, pois pode consistir na inoculação

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de um agente patogênico, mesmo que atenuado, num organismo sadio e,

conseqüentemente, esta intervenção pode gerar eventos adversos

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998).

A descoberta e o desenvolvimento das primeiras vacinas

implicaram riscos, exigiram grande coragem e só foram possíveis graças a

um contexto histórico no qual as epidemias provocavam terror entre as

populações (MARTINS e MAIA , 2003). As epidemias de varíola, como a

ocorrida em Cuiabá durante do final do século XIX , por exemplo, matou mais

da metade dos habitantes (MONTEIRO, 2001).

Em situações de epidemias, ou de alta incidência de doenças

graves, os riscos associados às vacinas tendem a ser menos valo rizados

(saldo favorável à vacina em uma análise clássica de risco versus benefício

comparando-se vacinas e doenças). A vacina antivariólica era a pior das

vacinas no que se refere a eventos adversos - causava febre, às vezes

lesões vacinais disseminadas e havia, embora raramente, casos de

encefalite vacinal. Entretanto, foi com ela, e através da uma vacinação

obrigatória feita casa a casa, que a varíola foi erradicada no mundo

(MARTINS e MAIA, 2003).

No contexto da Saúde Coletiva inicia -se, juntamente com o

conceito de controle, o planejamento em saúde com a básica determinação

do custo versus benefício (NUNES , 1994). No entanto, sabemos que quanto

melhor forem as estratégias de promoção de saúde, em longo prazo, menos

pessoas ficarão doentes e menos recurs os serão necessários para seus

tratamentos.

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Num contexto secular, a promoção e a preservação da saúde são

vistas como uma evidência de respeito pela humanidade, pelo homem como

ser racional. Os benefícios das vacinas, na concepção da saúde coletiva,

estão bem fundamentados nos princípios da beneficência, da não -

maleficência e da justiça social. Do ponto de vista ético, a peculiaridade de a

imunização ser uma interferência física num organismo sadio, constituindo -

se numa estratégia preventiva e não no trata mento de uma doença

estabelecida, traz consigo a necessidade de informação detalhada dos

riscos/benefícios (LOCH, 2005).

O declínio acelerado da morbimortalidade por doenças

imunopreveníveis, porém, trouxe à observação dos profissionais que atuam

principalmente nas áreas de saúde pública, epidemiologia, infectologia e

imunizações um aumento de notificação e investigação de casos de eventos

adversos pós-vacinais, em sua grande maioria benignos e transitórios

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ). Estudos científicos com base em

observações de campo sobre os eventos adversos pós -vacinais têm, assim,

se tornado mais freqüentes, no país e no mundo, e os conceitos e

informações técnicas são a cada dia mais consistentes.

1.4 O PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

Durante a primeira metade do século XX, a utilização das vacinas

esteve praticamente restrita aos países industrializados. Em escala mundial,

a cobertura geográfica da vacinação era (e ainda é) muito heterogênea. A

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primeira implementação em escala planetária de uma vacin a deu-se com a

vacina da varíola, iniciada em 1956, sob o patrocínio da Organização

Mundial de Saúde (OMS). O objetivo era erradicar a doença, o que foi

alcançado nos países industrializados por volta de 1960 e, em todo o

mundo, em 1977. Permanece como o ú nico caso de erradicação global de

uma doença infecciosa humana e deveu -se a condições muito favoráveis:

uma estratégia bem delineada, uma vacina estável, muito eficaz e barata,

apesar de bastante reatogência (PLOTKIN, 1994).

No seguimento do sucesso conse guido com a varíola, em 1974 a

OMS criou o “Programa Ampliado de Imunizações” (PAI), que incluía meta

de altas coberturas inicialmente para sei s vacinas contra as seguintes

doenças: tuberculose (BCG), difteria, té tano, coqueluche, poliomielite e

sarampo. Mais tarde a OMS adicionaria a febre amarela e a hepatite B. Essa

seleção foi feita com base na alta morbimortalidade destas doenças e na

disponibilidade de vacinas bem experimentadas e baratas (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2003).

O Brasil, saindo na vanguarda, já havia formulado em 1973 o PNI,

por determinação do Ministério da Saúde (MS), a partir do aprimoramento

metodológico no desenvolvimento de estratégias integradas de controle de

doenças por vacinação adquirido pela Divisão Nacional de Epidemiologia e

Estatística de Saúde (DNEES) do seu Departamento Nacional de Profilaxia e

Controle de Doenças, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações

que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter

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episódico e pela reduzida área de cobertura (TE MPORÃO, 2003;

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Ao longo do tempo, a atuação do PNI, ao consolidar uma estratégia

de âmbito nacional, apresentou na sua missão institucional precípua

consideráveis avanços, alcançados pelo fato de ter -se adaptado, ao longo

dessas mais de três décadas, às mudanças institucionais por que passou o

Ministério da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Atualmente, o PNI

apresenta um novo perfil gerencial, descentralizado, com integração entre os

três níveis de governo, que discutem juntos no rmas, definições, metas e

resultados. O grande executor das ações de va cinação agora é o município.

Os estados coordenam e assessoram tecnicamente, e o Ministério da Saúde

mantém as ações essenciais, como o fornecimento das vacinas

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003). O PNI é, hoje, parte integrante do

Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico,

operacional e financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Infância -

UNICEF, e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (CARVALHO e EDUARDO, 1998).

As altas coberturas vacinais no Brasil, como um todo, refletem a

confiança da população no PNI e a credibilidade do Programa perante a

comunidade médica brasileira (MARTINS e MAIA, 2003) e organismos

internacionais, sendo hoje o PNI citado como referência mundial, inclusive

estabelecendo cooperação técnica em inúmeros países (FEIJÓ e SÁFADI ,

2006).

As ações do PNI resultaram em uma substancial alt eração no

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perfil de morbimortalidade da população brasileira nas últimas décadas,

sendo um traço marcante das modificações o declínio no peso relativo das

doenças infecciosas e parasitárias, notadamente as doenças

imunopreveníveis (WALDMAN, 1999).

1.5 O PROCESSO DE LICENCIAMENTO DAS VACINAS E

CONTROLE DE QUALIDADE

Assim como de outros produtos farmacêuticos, o processo de

desenvolvimento e licenciamento de uma nova vacina é extremamente

laborioso, objetivando o maior grau possível de proteção (eficácia) c om o

menor número possível de eventos adversos (inocuidade) , antes de seu

registro como produto a ser comercializado .

Inicialmente são realizados estudos de laboratório e em animais

de experimentação (ensaios pré-clínicos), visando estabelecer segurança e

atividade biológica. A seguir a vacina é testada em ensaios clínicos em

humanos, cumprindo as três fases recomendadas pela OMS :

- Fase I: em pequenos grupos de 10 a 100 voluntários adultos sãos, para

estabelecer sua segurança, imunogenicidade (preliminar ) e dosificação;

- Fase II: em grupos de 50 a poucas centenas de voluntários, visando

principalmente a avaliação da efetividade, imunogenicidade, segurança,

dose-resposta e reações adversas;

- Fase III: esta fase, com tamanho das amostras geralmente de 1.000 ou

mais voluntários sãos, objetiva principalmente o conhecimento da eficácia

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clínica, verificação da efetividade e monitoração de reações adversas ;

muitos destes estudos incluem grupo placebo e os eventos adversos são

detectados de maneira duplo cega. (ELLENBERG e CHEN, 1997;

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2005 a; RODRIGUES, 1999; BRITO, 2000;

FRITZELL, 2002; ISKANDER et al., 2004).

Apesar de todo esse processo , tais amostras ainda são de

tamanho insuficiente para detectar eventos adversos raros. Além disso ,

ensaios vacinais são geralmente realizados em populações bem definidas e

homogêneas, com tempo de acompanhamento relativamente curto, o que

limita sua generalização. Assim, a avaliação pós-licenciamento da

segurança da vacina é fundamental. Essa avaliação é realizada pelos

sistemas de vigilância passiva de eventos adversos pós -vacinais e estudos

epidemiológicos retrospectivos (denominados de fase IV), que tem o

potencial de fornecer avaliação de eventos adversos raros, tempor almente

associados à imunização e que não foram detectados dura nte os testes

clínicos prévios (ROSENTHAL et al., 1996; AMERICAN ACADEMY OF

PEDIATRICS, 2000; BRITO, 2000; ISKANDER et al., 2004).

Todos os procedimentos de fabricação da vacina licenciada

também são estritamente regulados e continuamente avaliados . Antes da

liberação para o público, cada lote de vacina é submetido a rigorosos testes ,

que obedecem critérios internacionais para controle de qualidade de vacinas

e asseguram a potência vacinal e ausência de contaminação (ELLEMBERG

e CHEN, 1997; BRITO, 2000). No Brasil, o responsável por esta atividade é

o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), unidade

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técnico-cientifica da Fundação Oswaldo Cruz , e que está diretamente

articulada com o Sistema Nacional de V igilância Sanitária. Desde 1983,

todos os lotes de imunobiológicos adquiridos pelos programas oficiais de

imunização são analisados pelo INCQS, antes de serem utilizados n a

população. A avaliação é feita através de análise laboratorial e de análise de

documentação (protocolo de produção e controle de qualidade emitida pelo

produtor). Na análise laboratorial, são realizados ensaios específicos para

cada tipo de imunobiológico, e, em geral, podemos classificar estes ensaios

em biológicos (potência, termoestab ilidade, identidade, toxicidade

inespecífica, toxicidade específica e pirogênio), microbiológicos (esterilidade

bacteriana e fúngica, contagem de bactérias viáveis) e químicos e/ou físico -

químicos (pH, concentração de proteínas, concentração de conservante s,

concentração de adjuvantes, conteúdo de polissacarídeo, dentre outros .

Com base nestas duas avaliações é emitido um laudo de análise para

orientação aos programas de imunização, quanto à qualidade do produto . As

análises laboratoriais podem auxiliar na elucidação das causas de eventos

adversos supostamente atribuídos à vacina (BRITO, 2000; MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2005a).

1.6 EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAIS

Entende-se por evento adverso toda situação clínica ocorrida em

tempo variável após a utilização de p rodutos imunobiológicos, respeitando -

se um diagnóstico diferencial adequado, o afastamento de situação

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coincidente e a plausibilidade biológica do evento (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2005a, 2005b).

Em vacinação, nem tudo o que é subseqüente é conseqüente

(WECKX, 2003). Determinar a causalidade de eventos pós -vacinação

associados com uma vacina específica é desafiador e requer cuidadosa

análise de todas as evidências científicas, avaliação da qualidade e

consistência dos dados e consideração da plausibilidade biol ógica entre a

vacina e o evento (ISKANDER et al., 2004; TOZZI, 2004).

Os eventos adversos pós-vacinais podem ser causados pela

aplicação das vacinas, ser desencadeados pelas vacinas em pacientes com

determinados fatores predisponentes (tais como convulsõe s febris), ou ser

eventos independentes, associados temporalmente à vacinação, como as

intercorrências infecciosas. Portanto, a incidência de reações indesejáveis

provocadas pelas vacinas varia de acordo com as características do produto

utilizado e as peculiaridades da pessoa que o recebe (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 1998, 2005a).

Os eventos adversos pós-imunização podem variar de triviais e

inconvenientes a graves e ameaçadores à vida. Alguns eventos adversos

são observados com freqüência relativamente alta dep ois da administração

de algumas vacinas. Esses eventos adversos mais comuns são

normalmente leves a moderados e sem seqüelas permanentes, isto é, são

manifestações geralmente benignas e transitórias. Em geral são reações

intrínsecas ao antígeno imunizante ou a algum outro componente das

vacinas como, por exemplo, febre e dor no local decorrente da aplicação.

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Abscessos estéreis podem ocorrer, resultando, provavelmente, da natureza

irritante de algumas vacinas ou de seu adjuvante ou da inoculação

inadvertida subcutânea de uma vacina feita para uso intramuscular

(MANSOOR e PILLANS, 1997; SANTANA, 1999; AMERICAN ACADEMY

OF PEDIATRICS, 2000).

Raramente os eventos adversos após imunização conduzem a

seqüelas permanentes ou morte (BARLOW et al., 2001). Estes efeitos

individuais não são previsíveis. É importante ressaltar que a ocorrência de

um evento adverso após a imunização não prova que a vacina causou os

sinais e sintomas (MINISTÉRIO DA SAÚDE , 1998).

A maioria das vacinas é aplicada em lactentes e crianças durante

um período de suas vidas em que certas condições clínicas manifestam -se

com maior freqüência, como os distúrbios convulsivos (SMEETH et al.,

2002). No caso de vacinas de vírus vivos, a associação etiológica definitiva

entre a vacina e a doença subseqü ente exige o isolamento do vírus vacinal

do paciente. Entretanto, mesmo esta generalização tem exceções, como o

vírus vacinal da poliomielite, que é encontrado habitualmente na garganta de

vacinados durante 1 a 2 semanas e nas fezes durante semanas após a

imunização. A ocorrência de uma síndrome neurológica, como uma

encefalite, durante este período, não prova que o poliovírus vacinal causou a

doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE , 1998).

A associação de um evento clínico adverso com uma vacina

específica é sugerida se o evento ocorre em taxa significativamente maior

em receptores da vacina do que em grupos não vacinados, de idade e local

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de residência semelhantes, ou quando o mesmo evento ocorre após doses

subseqüentes da mesma vacina. Acúmulo fora do habitual, em associação

temporal, de um determinado evento adverso com vacinação anterior,

reforça a hipótese de associação causal e deve ser investigada

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998; FERNANDES et al., 2005).

Os verdadeiros eventos adversos são apenas uma fração do que

é imputado às vacinações. Muitos eventos são intercorrências devidas ao

acaso, mas quando um aumento da freqüência ou intensidade habitual dos

eventos adversos (“surtos”) ocorre, uma investigação adequada deve ser

realizada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998 , 2005a).

São três os pontos básicos para uma investigação dos eventos

adversos pós-vacinais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2005a):

- fatores relacionados à vacina : inclui o tipo (viva ou não-viva), cepa, o

meio de cultivo dos microrganismos, processo de inativação ou

atenuação, adjuvantes, estabilizadores ou substâncias conservadoras , o

lote da vacina;

- fatores relacionados aos vacinados : idade, sexo, número de doses e

datas das doses anteriores da vacina, eventos adversos às doses

prévias, doenças concomitantes, do enças alérgicas, auto-imunidade,

deficiência imunológica;

- fatores relacionados à administração (injetor a pressão, agulha e seringa,

ponto de inoculação, via de inoculação - intradérmica, subcutânea ou

intramuscular).

Uma rápida identificação e investiga ção de eventos adversos pós -

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vacinais é importante para que uma resposta clara e cientificamente

sustentada possa ser oferecida à população ( FERNANDES et al., 2005),

pois a segurança com que a população encara o uso das vacinas, quando

frustrada diante de eventos adversos mais sérios, pode resultar em perda da

confiança em um programa de vacinação, na diminuição da adesão e,

conseqüentemente, ressurgimento de doenças já controladas (CHEN et al.,

1997).

As vacinas estão entre os produtos biológicos mais segur os e

eficazes, mas nenhuma vacina é completamente segura ou completamente

eficaz. Nenhuma vacina está, portanto, totalmente livre de provocar eventos

adversos, porém é consenso que os riscos de complicações graves

causadas pelas vacinas são muito menores d o que os das doenças contra

as quais elas protegem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998).

1.7 VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS -VACINAÇÃO

No Brasil, assim como em diversos países do mundo, enquanto

existia grande incidência de doenças imunopreveníveis, as atençõ es eram

voltadas para o seu controle. Pouco se discutia acerca de segurança de

vacinas e sobre os eventos adversos relacionados às vacinações. Porém,

com a queda das incidências das doenças evitáveis por vacinação, as

doenças passaram a assustar menos e ga nharam relevo os eventos

adversos pós-vacinais, dando início à organização de sistemas de vigilância

de eventos adversos após o licenciamento das vacinas ( MANSOOR et al.,

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1997; SANTANA, 1999; SINGLETON et al., 1999; BRITO, 2000; CDC, 2003,

LAWRENCE et al., 2003; MARTINS e MAIA, 2003; PÉREZ e DIEZ, 2003;

ZANONI et al., 2003; ISKANDER et al., 2004; LANKINEN et al., 2004;

PHAC, 2006).

Os objetivos da vigilância de eventos adversos após o

licenciamento das vacinas são: identificar reações adversas raras não

detectadas durante os estudos pré -licenciamento, monitorar aumento de

reações conhecidas, identificar fatores de risco ou condições pré -existentes

que podem promover reações, identificar lotes de vacinas com altas taxas e

tipos de eventos incomuns, e identif icar possíveis reações adversas que

possam justificar futuros estudos (WHO, 1997; SANTANA, 1999;

SINGLETON et al., 1999; LAWRENCE et al., 2003; PÉREZ e DIEZ, 2003;

ZANONI et al., 2003; ISKANDER et al., 2004; LANKINEN et al., 2004) .

Há dois tipos de vigilância de eventos adversos pós -licenciamento

em uso: vigilância ativa e vigilância passiva.

No sistema de vigilância ativa é realizado uma avaliação

sistemática de todos os vacinados , permitindo associar o estado vacinal de

todas as pessoas de uma população definida aos seus desfechos clínicos.

Isso permite o cálculo adequado das taxas de eventos adversos , uma vez

que minimiza a subnotificação. Tal sistema pode fornecer dados mais

fidedignos que o sistema passivo, mas geralmente são muito caros e podem

não ter capacidade para detectar eventos muito raros ou óbitos devido ao

número de participantes comparativamente menor (ISKANDER et al., 2004).

Os sistemas de vigilância passiva desenvolvem -se com base na

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notificação espontânea, dependem de profissionais de sa úde, vacinadores

ou outros que voluntariamente notifiquem enfermidade após vacinação. A

vigilância passiva constitui-se no método mais antigo de vigilância e

freqüentemente é utilizada na análise sistemática de eventos adversos à

saúde. São sistemas simples e de baixo custo, não limitam a população

cujas notificações são recebidas e, devido ao grande número de

notificações, oferece um potencial para detectar eventos raros (WALDMAN,

1998; ISKANDER et al., 2004; CDC, 2003; VARRICHIO et al., 2004).

As limitações do sistema de vigilância passiva incluem

variabilidade nos critérios e vieses de notificação, como erros no diagnóstico,

maior probabilidade de eventos mais sérios ou ocorridos após menor

intervalo de tempo serem mais comumente notificados que eventos

menores, etc. Geralmente ocorre subnotificação, isto é, somente uma fração

do real número total de eventos ocorrido s após vacinação são notificados .

Super-notificação também pode ocorrer, uma vez que: a) muitos eventos

adversos notificados podem ter sido causados por medicamentos ou outros

produtos utilizados concomitantemente ; b)a vacina pode ter sido aplicada em

período de incubação de alguma doença; e c) algumas condições notificadas

podem não cumprir critérios ideais de diagnóstico, considerando a

dificuldade em se padronizar definições de caso (WALDMAN , 1998; CDC,

2003; ISKANDER et al., 2004; VARRICHIO et al., 2004).

Ambos os sistemas de vig ilância, ativo e passivo, têm baixa

especificidade, isto é, eventos pós -vacinação podem ser coincidentes , e não

necessariamente resultado da administração da vacina (BRAUN e

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ELLEMBERG, 1997; CDC, 2003; MARTINS e MAIA, 2003; BONHOEFFER

et al., 2004a; ISKANDER et al., 2004).

Embora uma condição específica ocorrendo em uma única

pessoa após imunização não forneça evidênci a suficiente para estabelecer

associação causal com a vacina, o relato de eventos adversos após a

imunização é importante porque, em conjunto com outros relatos, pode

permitir a identificação e melhor entendimento de eventos que sejam

demasiadamente raros para serem detectados nos ensaios clínicos pré -

licenciamento (ou que ocorram apenas esporadicamente em estudos de

larga escala), possibilitando a geração de hipóteses e recomendações de

estudos adicionais (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS , 2000; BRAUN

e ELLEMBERG, 1997; ELLEMBERG e CHEN, 1997; MANSOOR , 1997;

FRITZELL, 2002; CDC, 2003).

Nos Estados Unidos foi estabelecido em 1986 o Ato Nacional de

Danos na Infância pela Vacina (National Childhood Vaccine Injury Act -

NCVIA), que ordenou que os profissionais de saúde e produtores de vacinas

notificassem ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos determinados

eventos adversos ocorridos após a aplicação de certas vacinas. Naquele

ano, o Center for Diseases Control and Prevention (CDC) implementou o

Sistema de Monitoramento de Eventos Adversos pós -imunização (Monitoring

System for Adverse Events Following Immunization - MSAEFI). A partir de

1990, o MSAEFI foi substituído pelo VAERS (Vaccine Adverse Event

Reporting), sob administração conjunta do CDC e FDA (Food and Drug

Administration), para receber as notificações de casos suspeitos de eventos

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adversos pós administração de alguma vacina licenciada no país (BRITO,

2000; ISKANDER et al., 2004).

O VAERS é um sistema de vigilância passiva e faz parceria com

outras quatro grandes organizações de manutenção de saúde para

estabelecer o projeto Vaccine Safety Datalink (VSD). Esse projeto permite

estudos planejados de segurança de vacinas, assim como investigações de

preocupações emergentes sobre segurança de vacinas ( ROSENTHAL et al.,

1995, 1996; SINGLETON et al., 1999; AMERICAN ACADEMY OF

PEDIATRICS, 2000; VARRICCHIO et al., 2004).

O Canadá desenvolveu em 1987 seu sistema de notificação de

EAPV, o Vaccine Associated Adverse Events Surveillance System

(VAAESS), que em 2005 passou a chamar-se Canadian Adverse Events

Following Immunization Surveillance System (CAEFISS). É um sistema de

vigilância passiva monitorado pelo Vaccine Safety Unit (VSU), Divisão de

Imunização e Infecções Respiratórias do Centre for Infectious Disease

Prevention and Control (CIDPC) da Public Health Agency of Canada – PHAC

(BRITO, 2000; PHAC, 2006).

Como medida suplementar ao CAEFISS, foi criado em 1990 o

Programa de Monitorização Ativa de Imunização ( Immunization Monitoring

Program ACTive - IMPACT) um sistema de vigilância ativa de eventos

adversos pós vacinais sérios, falhas vacinais e doenças infecciosas

selecionadas. O IMPACT atua através de um contrato com a Sociedade

Pediátrica Canadense e envolve uma rede de 12 centros pediátricos

canadenses, que representam mais de 90% de todos as admissões de

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cuidados terciários para crianças no país. Esse programa procura, em todas

as admissões possíveis, correlações com as vacinações (BRITO, 2000;

HEALTH CANADA, 2002; SCHEIFELE et al., 2002; PHAC, 2006).

No Brasil, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo foi

pioneira ao implantar, em 1984, o primeiro sistema de vigilância para

eventos adversos pós-vacinação (BRITO, 2000; FREITAS, 2005). A

implantação do Sistema Nacional de Vigilância de Eventos Adversos Pó s-

Vacinação (SVEAPV) do Ministério da Saúde teve início em 1992 (MARTINS

e MAIA, 2003; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ), embora somente em 14 de

julho de 2005 a Portaria Ministerial nº 33 tenha tornado compulsória a

notificação dos eventos adversos pós -vacinais no país (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2005c).

Em 1998, o PNI elaborou um Manual de Vigilância de Eventos

Adversos Pós-Vacinais, que orienta aos profissionais de saúde quanto à

conduta, notificação e investigação de casos associados às vacinas

disponíveis na rede pública. Nesse Manual também são encontradas as

Normas para o SVEAPV, que estabelece os objetivos do Sistema, os

critérios de notificação, as atribuições dos diferentes níveis (local, municipal,

regional, estadual, e nacional), o fluxograma de informação e listagem de

EAPVs de fluxo imediato (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998).

Também no ano de 1998 foi realizado , em uma parceria com o

DATASUS, um teste piloto de um sistema informatizado, o SI -EAPV -

Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós -Vacinais, desenvolvido

com o objetivo de registrar a ocorrência de eventos adversos por

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imunobiológicos, laboratório, dose, faixa etária e tempo. Esse Sistema foi

implantado em todas as capitais da Federação em 2000 e com ele o PNI

garantiu um melhor gerenciamento das ações de vigilância dos eventos

adversos pós-vacinais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998, 2003).

Em 2005 uma revisão do Manual de EAPV foi submetida a

consulta pública, estando no prelo para publicação (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2005a). Essa revisão dispõe mais especificam ente sobre os

objetivos do SVEAPV, introduz uma definição de caso de EAPV, estabelece

uma classificação dos eventos quanto à intensidade, apresenta uma nova

listagem de eventos para notificação, atualiza o fluxograma e atribuições de

todos os níveis e apresenta o novo Formulário de Investigação de Eventos

Adversos Pós-Vacinais.

Os eventos adversos ocorridos após a aplicação de uma vacina ,

definidos de acordo com os critérios do Manual de Eventos Adversos, são

notificados ao SVEAPV por meio de formulário próprio, encontrados nas

Unidades de Saúde, especialmente nas que dispõe de serviço de vacinação .

O formulário preenchido é encaminhado à Vigilância Epidemiológica local ou

municipal. Para fins da vigilância epidemiológica, o tempo máximo para se

considerar a investigação iniciada em tempo oportuno é de 48 horas após a

notificação. A notificação/investigação deverá ser encaminhada às Regionais

de Saúde (formulário/ meio eletrônico), que ao receberem dos municípios

devem proceder a sua análise, realizar as complementações necessárias e

encaminhar ao nível estadual (em unidades federadas sem regionais as

notificações serão encaminhadas diretamente dos municípios para o nível

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estadual). Os dados da investigação inicial devem ser digitados no sistema

de informação e atualizados sempre que novas informações forem

incorporadas à investigação.

As vacinas que têm criado mais problemas de eventos adversos

são as vacinas DTP e DTP/Hib (quádrupla bacteriana ou Tetravalente ,

associando a DTP à vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b), devido

particularmente ao componente Pertussis (Coqueluche). Esse componente é

sabidamente o responsável pela maioria dos eventos adversos, que podem

ser graves, embora raramente isto ocorra. (LAWRENCE et al., 2003;

MARTINS e MAIA, 2003).

Em 1997, um óbito inicialmente atribuído à vacina, ocorrido em

um estado do Nordeste, teve grande repercussão na mídia falada e escrita,

dando início, talvez pela primeira vez no país, aos questionamentos sobre

alguma das vacinas em uso no setor públi co. No caso, tratava-se da vacina

DTP clássica, de células inteiras (tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e

coqueluche). Vale ressaltar que no Brasil já estava em uso, no setor privado,

a vacina DTP acelular, menos reatogênica . Foi necessário um trabalho

intenso e rápido que evitasse o descrédito do programa e, ao mesmo tempo,

o risco de ressurgimento de doenças já controladas pelas vacinas

(MARTINS e MAIA, 2003).

O conhecimento científico acumulado sobre a eficácia e

segurança dos diversos produtos vacinais, as conseqüências

epidemiológicas das doenças que se podem prevenir com vacinas e os

recursos financeiros e de pessoal para aplicar vacinas em indivíduos ou

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grupos populacionais resultam em recomendações contidas nos programas

públicos e calendários de vacinação, destinados, de modo geral, para

indivíduos sadios e em condições de vida normal . Indivíduos em maior risco

de adoecer, de apresentar ou que apresentaram eventos adversos pós -

vacinais podem requerer vacinas ou esquemas especiais (SUCCI , 2003).

Esses indivíduos são encaminhados aos Centros de Referência em

Imunobiológicos Especiais (CRIEs).

Os CRIEs foram implantados gradativamente no Brasil em todas

as unidades federadas desde 1993, onde já estivesse implantado o Sistema

de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais, sendo regulamentados

pela Instrução Normativa nº 002 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Os CRIEs

atendem à demanda dos casos mais graves de eventos adversos pós -

vacinais e disponibilizam produtos especiais, de moderna tecnologia e al to

custo, àqueles que por motivos biológicos são impedidos de dar

continuidade aos esquemas já iniciados ou mesmo de usufruir os benefícios

dos produtos que se encontram na rotina, disponibilizados na rede pública ,

por exemplo, portadores de imunodeficiências primárias ou secundárias,

doenças crônicas pulmonares, hepáticas ou renais , etc. Os imunobiológicos

especiais são administrados, gratuitamente, mediante prescrição médica

especializada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).

O SVEAPV brasileiro, por ser um sistema de vigilância passiva,

encontra-se ainda com muitas limitações, como subnotificação, notificação

de casos relacionados temporalmente, mas sem associação causal, sujeito a

influências que afetam sua sensibilidade, etc. Um dos pontos mais negativos

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desse sistema é, de certa forma, dar credibilidade a eventos com associação

temporal mas sem relação causal com as vacinações (MARTINS e MAIA,

2003). Investigações clínicas e epidemiológicas adicionais são

freqüentemente necessárias para esclarecer hipóteses lev antadas pelos

dados da Vigilância (FERNANDES et al., 2005).

1.8 A VACINA TETRAVALENTE (DTP/ Hib) E SUA INTRODUÇÃO NO

CALENDÁRIO VACINAL BRASILEIRO

Na segunda década do Século XX, as vacinas contra difteria,

tétano e coqueluche foram gradualmente introduzi das mundialmente.

Inicialmente foi introduzida a imunização vacinal com os toxóides diftérico e

tetânico inativados quimicamente, mas em vacinas isoladas. A partir dos

anos 1940 iniciou-se no mundo o uso combinado de ambos toxóides,

adsorvidos em hidróxido de alumínio, com a vacina contra coqueluche,

constituída por suspensão de 15 a 20 milhões (4UI) de bacilos completos de

Bordetella pertussis inativados, em forma de uma vacina trivalente: a vacina

Tríplice Bacteriana ou DTP (DTPw na nomenclatura internaci onal atual:

"whole-cell DTP vaccine" - vacinas de células inteiras) (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2003).

No Brasil a implantação da vacina DTP iniciou -se nos anos 50,

com melhoras lentas, mas progressivas , nas coberturas vacinais, sendo

maior de 80% na rotina para menores de um ano em 1995 e mais de 95% de

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cobertura na rotina para essa faixa etária a partir de 2000, quando também

já contava com auto-suficiência garantida para produção d essa vacina

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 ; DATASUS, 2006).

Na década de 1970 foi introduzida a primeira geração da vacina

contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), constituída exclusivamente pelo

polissacarídeo capsular purificado, o principal fator de virulência do Hib.

Essa vacina demonstrou eficácia protetora de cerca de 90% em cri anças

maiores de 18 meses de idade, porém baixa imunogenicidade em menores

dessa idade, que são precisamente os indivíduos com maior risco de

padecer da enfermidade devido à imaturidade do sistema imune (DECKER e

EDWARDS, 1998; PELTOLA, 2000).

Com o objetivo de se produzir uma vacina anti -Hib imunogênica

em crianças menores de dois anos, procedeu-se a conjugação do

polissacáride capsular com antígenos protéicos . Essas novas vacinas são

chamadas de vacinas conjugadas de Hib e têm sido recomendadas para uso

em lactentes desde 1990 (CDC, 1993; DECKER e EDWARDS, 1998;

PELTOLA, 2000; BRASIL, 2003).

Existem quatro tipos básicos de vacinas conjugadas contra Hib

que, apesar de diferirem quanto à sua composição química, propriedades

imunológicas e esquema de administração, têm demonstrado alta margem

de segurança e eficácia clínica em diferentes países. Essas vacinas diferem

no tipo de antígeno protéico conjugado e sua efetividade vem sendo

demonstrada pelo decréscimo das taxas de incidências das doenças por

elas prevenidas na medida em que é aumentada a cobertura vacinal

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(BRICKS, 1998).

A vacina conjugada contra Hib foi introduzida no Brasil em 1999

para menores de dois anos de idade e a partir de 2002 para menores de

cinco anos de idade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003) .

Antes da introdução da vacina contra Hib, este agente ocupava o

segundo lugar dentre as meningites bacterianas especificadas, e hoje os

dados disponíveis apontam para um impacto altamente positivo dessa

vacina, com uma redução de 95% na incidência de men ingites por

Haemophilus influenzae tipo b em menores de cinco anos, quando

comparados os anos de 1998 e 2003 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).

O número de casos de difteria notificado no Brasil também vem

decrescendo progressivamente, de 640 casos em 1990, com coeficiente de

incidência de 0,45 casos/100.000 habitantes, até 58 casos em 2000 (0,03

casos/100.000 habitantes). Em 2003, registraram -se 40 casos, o que

corresponde a 0,02 casos/100.000 habitantes (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2004b).

A morbidade da coqueluche no país também já foi elevada. No

início da década de 1980, eram notificados mais de 40 mil casos anuais, e o

coeficiente de incidência era superior a 30 casos/100.000 habitantes. A partir

de 1996, o número de casos anuais não excedeu 2.000, mantendo -se com

coeficiente de incidência em torno de 1 caso/100.000 habitantes

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).

O tétano acidental reduziu-se de 2.226 casos em 1982 para

menos de 600 desde 2002. No mesmo período ocorreu uma redução no

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número de casos de tétano neonatal, de 584 em 1982 para 15 em 2003.

Considerando que esta enfermidade apresenta uma letalidade média de

70%, esse controle contribui positivamente na redução da mortalidade

infantil neonatal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004b).

A vacina é o único meio para interromper a cadeia de transmissão

de muitas doenças imunopreveníveis, porém o controle das doenças só é

obtido se as coberturas vacinais alcançam , e sejam mantidos, índices

homogêneos para todos os subgrupos da população , em níveis

considerados suficientes para redu zir a morbimortalidade por essas doenças

(BRAUN E ELLEMBERG, 1999; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).

O surgimento de vacinas para mais doenças resulta em um

desafio para a inclusão das mesmas no , já complexo, calendário vacinal,

uma vez que a necessidade de adm inistração de três ou quatro injeções em

uma mesma visita à Unidade de Saúde pode resultar em não uniformidade

de coberturas, assim como maiores custos de aplicação (CDC , 1999b;

PAHO, 2000; DI FABIO e QUADROS, 2001 ; ARAÚJO et al., 2001).

Devido ao aumento do número de vacinas recomendadas para

lactentes, uma alta prioridade é o desenvolvimento de vacinas combinadas

que permitam administração simultânea, com menos injeções separadas

(CDC, 1993; PAHO, 2000).

À medida que mais vacinas são desenvolvidas e com eçam a ser

disponíveis, a combinação de vacinas pode fornecer uma maneira de

administrar múltiplos antígenos, evitando múltiplas injeções e complicações

na uniformidade do calendário vacinal. As vantagens da combinação de

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vacinas são que elas diminuem o de sconforto para os receptores das

vacinas e seus pais e também reduzem o custo de administração das

mesmas (DI FABIO e QUADROS, 2001).

Nos Estados Unidos, o Food and Drugs Administration (FDA)

licencia vacinas combinadas com base em estudos indicando que a

imunogenicidade dos produtos (ou eficácia) e segurança são comparáveis

ou equivalentes aos produtos monovalentes ou combinados licenciados

previamente. Também autoriza geralmente aquelas vacinas combinadas que

possam ser intercambiáveis com formulações mon ovalentes, ou outras

vacinas combinadas com componentes antigênicos similares produzidos por

outros fabricantes, para continuar a série vacinal (CDC , 1999b).

Em 2000, o Relatório da XIV Reunião do Grupo Técnico

Consultivo em Doenças Imunopreveníveis da Org anização Pan-Americana

da Saúde, enfatizou a cooperação continuada e coordenada de todos os

países membros na ampliada Aliança Global para Vacinas e Imunizações

(GAVI) e, entre outras recomendações, estava a combinação da vacina

conjugada contra o Hemophilus influenzae tipo b com a vacina DTP, como

forma de reduzir o número de visitas necessárias e os custos, e aumentar o

cumprimento do calendário vacinal (PAHO, 2000).

O mesmo documento referia, ainda, ser essencial que os

Programas usassem vacinas com qua lidade reconhecida, de acordo com

padrões internacionais de segurança, potência, eficácia e estabilidade, e que

as Autoridades Regulatórias Nacionais assegurassem um efetivo controle de

qualidade das vacinas utilizadas no país, com imediata notificação e

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cuidadosa investigação de possíveis eventos adversos atribuídos à

vacinação (PAHO, 2000).

Nesse contexto, em 2002, foi introduzida no país a vacina

combinada DTP e Hib, denominada Tetravalente, para menores de um ano

de idade em início de esquema. O esquem a básico de vacinação

recomendado é de três doses, com intervalo de dois meses entre as doses

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).

A vacina Tetravalente DTP/Hib utilizada no Brasil , contra difteria,

tétano, coqueluche e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b

tem sua formulação final realizada por Bio -Manguinhos/Fiocruz, utilizando a

vacina Hib produzida pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), e a vacina DTP

produzida pelo Instituto Butantan (MARTINS et al., 2005; FIOCRUZ, 2006).

Assim, a vacina Tetravalente é uma vacina obtida através da reconstituição

da vacina conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), liofilizada,

com a vacina tríplice (DTP), líquida. A vacina conjugada contra Haemophilus

influenzae tipo b (Hib), liofilizada, é composta do polissacarídeo capsular

poliribosil-ribitol fosfato (PRP) purificado de Hib, covalentemente ligado ao

toxóide tetânico. A vacina tríplice (DTP) é uma suspensão composta pelos

toxóides diftérico e tetânico, combinados com a vacina pertussis

(coqueluche), adsorvidos em hidróxido de alumínio e adicionados de

timerosal como conservante (FIOCRUZ, 2006) .

Muitos autores referem que a imunogenicidade e a tolerância da

vacina Tetravalente são similares às obtidas quando são aplicadas as

vacinas contra DTP e Hib separadamente (BEGG et al., 1995; PELTOLA,

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2000; ARAÚJO et al., 2001; DECKER e EDWARDS, 2004; PUNJABI et al.,

2006).

No Brasil, antes da introdução da vacina Tetravalente produzida

no país, um estudo de fase III realizado referiu que a vacina combinada

nacional foi tão imunogênica quanto a vacina européia registrada para tétano

e coqueluche, com taxas de soroconversão e títulos do componente diftérico

discretamente menores (CLEMENS et al., 2003). No tocante à

reatogenicidade, os resultados desse estudo mostram-na semelhante a

vacina de referência internacional (vacina DTP/Hi b de GSK), e um pouco

inferior aos dados encontrados no estudo clássico de CODY et al. (1981)

com a vacina DTP, isto é, não foi encontrada diferença clínica relevante

entre a vacina combinada brasileira e a vacina européia registrada , sendo

considerada adequada a segurança da vacina utilizada no Brasil. A

incidência de alguns eventos adversos é bastante alta , mas apesar disso,

em sua maioria são leves e desprovidos de complicações maiores, não

constituindo contra-indicações para a administração de doses subseqüentes

da vacina (CLEMENS et al., 2003; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ).

Durante primeiro ano de introdução da vacina Tetravalente no

Brasil, foi observado pela Coordenação Geral do Progr ama Nacional de

Imunizações do Ministério da Saúde (CGPNI/MS) um aparente incremento

no número de notificações de eventos adversos pós -vacinais. Foram

consideradas todas as limitações do sistema passivo de vigilância e

constatada a necessidade de estudos a dicionais, conforme recomenda o

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CDC, que utiliza um sistema similar de notificações (CDC, 2003; MARTINS

et al., 2005).

Para permitir, então, uma melhor informação sobre a freqüência

dos eventos adversos mais graves e mais raros da vacina Tetravalente,

recentemente introduzida no país, a CGPNI/MS apoiou e financiou um

estudo de Vigilância Ativa de Eventos Adversos Pós-Vacina Tetravalente

(VIGAT), realizado pelo Laboratório brasileiro Bio -Manguinhos/Fiocruz, no

Município do Rio de Janeiro de março a dezembro de 2004 (MARTINS et al.,

2005). O objetivo primário do estudo foi verificar a freqüência de Episódio

Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH), e seus objetivos secundários incluíram a

apuração da freqüência de febre alta, convulsões febris e afebris, apnéia e

eventos graves após a vacina DTP/Hib utilizada pelo PNI. Esse estudo

verificou que a vacina DTP/Hib (Tetravalente) utilizada pelo Programa

Nacional de Imunizações apresenta os eventos adversos mais raros, tais

como episódio hipotônico-hiporresponsivo e convulsões, em freqüência

compatível com outros estudos de vigilância ativa re ferentes à vacina DTP,

como o clássico estudo de CODY et al. (1981) (MARTINS et al., 2005,

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ).

Considerando que a vacina DTP é , historicamente, a vacina com

o maior número de notificações de eventos adversos no Brasil (MARTINS e

MAIA, 2003), a proposta deste trabalho é analisar o perfil de reatogenicidade

da vacina combinada DTP/Hib, denominada vacina Tetravalente, notificados

ao Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinais (SVEAPV) do

Brasil, com a finalidade de conhecer sua magnitude, características e grupos

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51

de maior risco e oferecer subsídios para o aprimoramento da vigilância .

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52

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar os eventos adversos pós -vacina Tetravalente (EAPV-T)

notificados no Brasil, desde sua introdução na Rede Pública do país em

2002 até 2005.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.2.1 Descrever os EAPV-T notificados e inseridos no SI-EAPV, segundo

ano de notificação, idade, sexo e número da dose , por Macro-Regiões

e Unidades da Federação, com ênfase aos eventos Episódio

Hipotônico-Hiporresponsivo, Convulsão e Óbito.

2.2.2 Comparar as taxa de casos notificados de EAPV -T com as de EAPV-

DTP utilizada isoladamente ou simultaneamente à vacina anti -Hib, em

sítios separados.

2.2.3 Analisar fatores associados à gravidade dos casos de EAPV -T

notificados.

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53

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DELINEAMENTO

Trata-se de um estudo de corte transversal.

3.2 ÁREA E POPULAÇÃO DE ESTUDO

A população de estudo abrangeu crianças menores de um ano de

idade que receberam ao menos uma dose da vacina Tetravalente no

território brasileiro, no período de 2002 a 2005 .

A área de estudo compreendeu todo o território brasileiro, que

possuía uma população de crianças menores de um ano de idade estimada

em 3.309.775 em 2002 e em 3.500.554 em 2005 (IBGE, 2006).

3.3 DEFINIÇÕES

3.3.1 Definição de caso

Criança menor de um ano de idade que, após receber qualquer

dose da vacina Tetravalente em território brasileiro no período de 2002 a

2005, tenha apresentado algum evento adverso que tenha sido notificado e

inserido no SI-EAPV. Considerando que o Episódio Hipotônico -

Hiporresponsivo (EHH) pode ser confundido com vários eventos, entre eles

a convulsão, em toda notificação de EHH associada à convulsão, somente a

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convulsão foi considerada como evento adverso (BLUMBERG et al., 1993;

DUVERNOY e BRAUN, 2000) .

3.3.2 Definição de caso de Evento Adverso Pós -Vacinal grave

Qualquer evento pós-vacina Tetravalente, notificado e inserido no

SI-EAPV entre 2002 e 2005, que tenha resultado em óbito, hospitalização

por mais de 12 horas, ocorrência de episódio hipotônico-hiporresponsivo,

convulsão, encefalopatia, púrpura ou reação de hipersensibilidade até 2

horas após a aplicação da vacina ( HEALTH CANADA, 2002; CDC, 2003;

LAWRENCE et al., 2003; FREITAS, 2005; MARTINS et al., 2005; WHO,

2005).

3.3.3 Critérios de inclusão

Foram incluídos somente os casos de eventos adversos pós -

vacina Tetravalente que tenham sido notificados e inseridos no SI-EAPV e

assinalados como “confirmados”.

3.3.4 Critérios de exclusão

Foram excluídos todos os casos notificados cujo fechamento foi

assinalado como “descartado”, “indefinido”, “em investigação”, “associado a

outras vacinas” ou “sem fechamento”. Também foram excluídos os casos

inseridos no SI-EAPV por outros imunobiológicos que não fossem a vacina

Tetravalente.

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55

3.4 FONTE DE DADOS

Foram utilizados os dados secundários do Sistema de Vigilância

Epidemiológica de Eventos Adversos Pós -Vacinais (SVEAPV), armazenados

no Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinais (SI-EAPV),

desenvolvido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), disponíveis em

formato eletrônico.

Para obtenção do número de doses aplicadas e coberturas

vacinais foram utilizados os dados oficiais do PNI, disponibilizados pelo seu

Sistema de Informações (SI-PNI) no portal do Departamento de Informática

do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS). Para dados

populacionais foram utilizados os dados do IBGE disponibilizadas no portal

do DATASUS.

O modelo de Ficha de Notificação de Eventos Adversos Pós-

Vacinais utilizado no período de interesse deste Estudo está representado

no Anexo 1.

3.5 VARIÁVEIS DE ESTUDO

Foram analisadas variáveis demográficas (sexo e idade), relativas

ao espaço (distribuição de casos segundo Municípios, Unidades da

Federação e Macro-Regiões do país), relativas ao tempo (d ata de aplicação,

semana epidemiológica, mês e ano de aplicação, tempo decorrido entre a

aplicação e o início dos sintomas) , relativas às vacinas Tetravalente e DTP

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(vacina utilizada, número da dose, lote e laboratório), relativas ao evento

adverso apresentado (tipo de evento adverso, gravidade e evolução,

hospitalização, local e tempo de hospitalização, conduta frente ao esquema

vacinal).

3.6 ORGANIZAÇÃO E MANEJO DO BANCO DE DADOS

O banco original do SI-EAPV foi disponibilizado pelo PNI em

junho de 2006, em arquivo Dbase, sendo convertido para o software

estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 14.0.

Inicialmente foi realizada rigorosa análi se de consistência de

todas as variáveis, eliminação da duplicidade de casos e exclusão daqueles

que não preenchiam os critérios de definição de caso .

A distribuição dos dados no banco original era feita por cada

evento adverso pós-vacinal notificado e não por receptor da vacina. Isso

ocorre porque o SI-EAPV cria fichas separadas, com mesmos dados de

identificação, para cada evento adverso digitado para um mesmo vacinado

com a mesma vacina, data e dose. Assim, quando mais de um evento

adverso notificado era referente a uma mesma criança e mesma dose, esses

eventos foram considerados como um único caso com dois ou mais eventos.

Foi considerado duplicidade quando uma mesma criança

apresentou um mesmo evento notificado mais de uma vez com a mesma

data, mesmo local, mesma dose e mesmo número do lote, sendo mantida

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apenas a notificação que entrou no sistema pela primeira vez ou a mais

completa. Os casos duvidosos foram mantidos.

Para possibilitar a análise foram criadas variáveis dicotômicas

para cada evento. Também foram criados intervalos de classes para idade e

tempo decorrido e transformados em variáveis numéricas. Foi criada a

variável relativa à gravidade do caso, a partir de critérios aceitos por vários

pesquisadores e utilizados no presente estudo para def inição de caso de

evento adverso pós-vacinal grave (HEALTH CANADA, 2002; CDC, 2003;

LAWRENCE et al., 2003; WHO, 2005). A variável Semana Epidemiológica

foi criada para possibilitar análise da distribuição dos eventos adversos no

tempo.

3.7 ANÁLISE DOS DADOS

Foi feita análise descritiva dos caracteres epidemiológicos dos

EAPV-T, referentes à pessoa, tempo e espaço.

Uma análise dos EAPV-DTP notificados nos dois anos anteriores

à introdução da vacina Tetravalente (2000 e 2001) em que a vacina DTP foi

utilizada simultaneamente à vacina anti-Hib, porém em sítios separados,

também foi realizada com o objetivo de possibilitar a comparação e detectar

possíveis mudanças nos perfis de notificação após a introdução da nova

vacina combinada.

Foi construída uma série histórica das taxas de eventos adversos

pós-vacina Tetravalente notificados no país, de 2002 a 2005, e pós -vacina

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DTP, de 2000 a 2001, noti ficados e inseridos no SI -EAPV, onde o

numerador foi o número de casos e o denominador o número de doses

aplicadas em cada período.

Foram utilizadas as medidas de tendência central (média e

mediana) e de dispersão (desvio padrão, valores máximos e mínimos), com

Intervalo de Confiança de 95% e nível de significância 5%.

Verificou-se associação entre variáveis independent es (sexo,

faixa etária, tempo decorrido e dose aplicada) e a variável relativa à

gravidade do caso, utilizando-se o Teste de Qui-quadrado (x2) de Pearson,

com nível de significância de 5%. Calculou -se, ainda, a razão de prevalência

(RP) para tais associações, determinando-se os intervalos de confiança de

95%. Realizou-se análise multivariada aplicando -se regressão logística não

condicional, incluindo todas as variáveis avaliadas na análise bivariada,

considerando significativas, no modelo final, aquelas que apresentaram

p<0,05.

As análises estatísticas foram realizadas utilizando -se o software

estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 14.0 e Epi

Info 2000 versão 3.3.2.

Os dados deste estudo foram apresentados em tabelas e gráficos ,

sendo feitas comparações entre o grupo que recebeu a vacina combinada

DTP/Hib (Tetravalente) na mesma seringa (2002 -2005) e o grupo que

recebeu a vacina DTP simultânea à vacina anti -Hib em locais separados

(2000 e 2001). Uma análise adicional foi realizada , comparando-se os dados

deste estudo com dados de estudo de eventos adversos pós -vacina DTP

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utilizada isoladamente no Estado de São Paulo no período de 1984 a 2001

(FREITAS, 2005), onde foi utilizada metodologia semelhante.

Considerando a relevância do Município do Rio de Janeiro devido

ao estudo de Vigilância Ativa dos EAPV -T (VIGAT) realizado durante o ano

de 2004 (MARTINS et al., 2005), foi estimada a prevalência de casos de

EHH e Convulsão, notificados e inseridos no SI -EAPV referentes àquele

município naquele ano.

3.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Müller com o Protocolo N o 276/CEP-

HUJM/06 em 13 de setembro de 2006.

A pesquisa observou as recomendações da Resolução no 196 de

10/10/96 - Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde, para Pesquisa

Científica em Seres Humanos.

O estudo foi realizado com fundamento em análise de dados

secundários referentes às informações de rotina da vigilância de eventos

adversos pós-vacina do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da

Saúde. Foram preservadas a privacidade das informações e o anonimato

dos sujeitos da pesquisa, utilizando -se os dados assim obtidos

exclusivamente para os propósitos desta pesquisa.

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60

4 RESULTADOS

4.1 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS AOS EVENTOS ADVERSOS

PÓS-VACINA TETRAVALENTE

Foram aplicadas no Brasil cerca de 34 milhões doses de vacina

Tetravalente de 2002 a 2005 (DATASUS , 2006). O número de doses

aplicadas por Unidade da Federação está apresentado no Anexo 2.

A cobertura vacinal com 3ª dose da vacina Tetravalente atingiu,

segundo dados consolidados nacionais, a meta estabelecida pelo PNI de

95%3 das crianças menores de um ano nos anos de 2003 a 2005 (95,7%,

96,1% e 95,3% respectivamente). Nesses t rês anos, todas as Macro-

Regiões atingiram a meta estabelecida, com exceção do Norte e Nordeste

em 2004 e 2005, porém estes mantiveram cobertura vacinal acima de 90%.

Em 2002, ano em que a vacina Tetravalente foi gradativamente substituindo

a DTP e a anti-Hib no país, a cobertura de 53,9% da vacina Tetravalente

subestima a cobertura para as quatro vacinas isoladamente (DATASUS,

2006). A cobertura vacinal para a 3ª dose da vacina Tetravalente por

Unidade da Federação está apresentada no Anexo 3.

No período de interesse ocorreram 16.293 notificações de

eventos adversos pós-vacina Tetravalente (EAPV-T). Destas, foram

3 Para cada vacina é estabelecida uma meta de cobertura na vacinação de rotina, levando -se em conta as características epidemiológicas de cada doença e os nívei s estimados parapropiciar a proteção pretendida. Para a tetravalente a meta é de 95% da população menorde um ano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004 b).

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excluídos 956 eventos por duplicidade e 902 eventos por fechamento

diferente de “confirmado”, sendo 353 como “descartado”, 283 como

“indefinido”, 179 como “em investigação”, 24 como “sem fechamento” e 63

como “associado a outras vacinas”. Foram excluídos, ainda, 194 eventos

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) associados à convulsão em uma

mesma criança e data, sendo mantida apenas esta última naquele caso.

Foram, então, considerados para análise 14.241 eventos, apresentados por

11.558 crianças, aqui denominadas Caso Notificado (Tabela 1).

O número médio de casos notificados por ano foi de 2.890,

variando entre 2.126 em 2002 a 3.383 em 2004. Do total de casos

notificados no período, 53,8% (6.222/11.558) eram do sexo masculino e

46,2% (5.336/11.558) do sexo feminino . Para ambos os sexos, a média das

idades foi de 3,8 meses e a mediana foi de 4 meses (desvio padrão – DP –

de 1,9 meses). Quando analisado por dose aplicada, observou -se que a

média da idade correspondeu à idade recomendada de aplicação de cada

dose e que a proporção de eventos adversos notificados diminuiu a cada

dose aplicada (Figura 1). Quando analisada a idade mínima de aplicação por

dose aplicada encontrou-se 2,5% de crianças com idade inferior à

recomendada para a primeira dose, 3,4% para a segunda dose e 4,1% para

a terceira dose (Anexo 4).

As taxas de casos notificados de eventos adversos por 100.000

doses aplicadas da vacina Tetravalente por ano estão apresentadas na

Figura 2 e a distribuição espacial da mesma taxa, por Estados da

Federação, está apresentada na Figura 3 e detalhada no Anexo 5.

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62

Observou-se, para a totalidade de casos notificados no Brasil no período de

2002 a 2005, uma taxa de 34,0 casos/100.000 doses aplicadas, com uma

distribuição não homogênea pelo país.

A Região Sul apresentou as maiores taxas de casos notificados,

sendo que o Estado de Santa Catarina foi o Estado com a maior taxa para o

período, de 141,0 casos por 100.000 doses aplicadas, quase duas vezes a

taxa do Rio Grande do Sul, com 80,6 casos por 100.000 doses aplicadas,

segunda maior taxa, seguido pelo Acre, com 75,5 casos notificados por

100.000 doses aplicadas.

A Região Nordeste apresentou as menor es taxas de EAPV-T,

sendo o Estado do Maranhão, com 6,0 casos notificados por 100.000 doses

aplicadas, aquele que apresentou a menor taxa do período. Os Estados da

Região Centro-Oeste apresentaram um marcante decréscimo nas suas

taxas de notificação EAPV-T nos dois últimos anos, particularmente Goiás e

Mato Grosso do Sul, sendo este o Estado com a menor taxa por ano, de 1,6

casos por 100.000 doses aplicadas, em 2005.

A taxa de casos notificados de EAPV -T por 100.000 doses

aplicadas por municípios (dados não apresentados) mostrou-se muito

heterogênea em todos os Estados da Federação , variando de zero a

12.500,0. A distribuição espacial dessa taxa está apresentada nas Figuras 4

a 8.

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63

Tabela 1 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente de acordo com número deeventos apresentados, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006. (continua)

63

64

1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6Acre 9 3 1 0 13 18 22 5 1 1 0 29 39 15 22 6 1 0 0 44 81Amazonas 4 0 0 0 4 4 21 7 2 0 0 30 41 13 2 2 0 0 0 17 23Amapá 3 1 0 0 4 5 9 2 0 0 0 11 13 5 0 0 0 0 0 5 5Pará 32 0 0 0 32 32 53 1 0 0 0 54 55 50 9 4 0 0 1 64 86Rondônia 29 0 0 0 29 29 33 3 0 0 0 36 39 29 8 1 0 0 0 38 48Roraima 5 0 0 0 5 5 2 0 0 0 0 2 2 2 2 1 0 0 0 5 9Tocantins 9 0 0 0 9 9 62 1 0 0 0 63 64 55 1 0 0 0 0 56 57Sub-total 91 4 1 0 96 102 202 19 3 1 0 225 253 169 44 14 1 0 1 229 309

Alagoas 11 0 0 0 11 11 29 2 0 0 0 31 33 31 8 4 0 0 0 43 59Bahia 51 3 0 0 54 57 52 25 2 0 0 79 108 50 20 1 1 0 0 72 97Ceará 40 11 4 0 55 74 42 24 3 0 0 69 99 65 33 1 1 0 0 100 138Maranhão 24 4 0 0 28 32 16 3 0 0 0 19 22 16 2 1 1 0 0 20 27Paraíba 17 2 0 0 19 21 40 0 0 0 0 40 40 43 1 0 0 0 0 44 45Pernambuco 23 3 1 0 27 32 20 16 2 1 0 39 62 38 11 4 0 0 0 53 72Piauí 4 0 0 0 4 4 21 0 0 0 0 21 21 56 1 0 0 0 0 57 58Rio Grande do Norte 28 0 0 0 28 28 24 0 0 0 0 24 24 24 2 0 0 0 0 26 28Sergipe 29 0 0 0 29 29 36 0 0 0 0 36 36 35 0 0 0 0 0 35 35Sub-total 227 23 5 0 255 288 280 70 7 1 0 358 445 358 78 11 3 0 0 450 559

Paraná 55 4 0 0 59 63 135 58 5 0 0 198 266 122 89 1 0 0 0 212 303Rio Grande do Sul 186 0 0 0 186 186 228 3 0 0 0 231 234 505 6 0 0 0 0 511 517Santa Catarina 193 39 3 1 236 284 231 111 22 4 0 368 535 190 140 41 3 2 0 376 615Sub-total 434 43 3 1 481 533 594 172 27 4 0 797 1.035 817 235 42 3 2 0 1.099 1.435

Espírito Santo 79 3 0 0 82 85 111 4 0 0 0 115 119 108 16 1 0 0 0 125 143Minas Gerais 203 15 0 0 218 233 266 22 0 0 0 288 310 203 9 0 0 0 0 212 221Rio de Janeiro 190 38 0 0 228 266 216 41 0 0 0 257 298 203 18 3 0 0 0 224 248São Paulo 484 73 0 0 557 630 506 212 17 1 0 736 985 531 210 16 1 0 0 758 1.003Sub-total 956 129 0 0 1.085 1.214 1.099 279 17 1 0 1.396 1.712 1.045 253 20 1 0 0 1.319 1.615

Distrito Federal 99 5 0 0 104 109 83 22 2 0 0 107 133 60 24 5 2 0 0 91 131Goiás 22 4 0 0 26 30 98 17 8 1 1 125 165 49 16 7 5 0 0 77 122Mato Grosso do Sul 14 1 1 0 16 19 43 7 0 0 0 50 57 40 18 7 0 0 0 65 97Mato Grosso 48 11 3 1 63 83 61 28 11 1 0 101 154 29 16 7 1 0 0 53 86Sub-total 183 21 4 1 209 241 285 74 21 2 1 383 509 178 74 26 8 0 0 286 436

1.891 220 13 2 2.126 2.378 2.460 614 75 9 1 3.159 3.954 2.567 684 113 16 2 1 3.383 4.354

Número de eventosNúmero de eventos Totalde

casos

Total deeventos

Cen

tro-

Oes

teSu

l

Número de eventos Totalde

casos

Total deeventos

Totalde

casos

Total deeventos

Sude

ste

Nor

teN

orde

ste

Reg

ião

Estados

2002 2003 2004

Brasil

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64

Tabela 1 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente de acordo com número deeventos apresentados, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

(continuação)

Fonte: PNI,2006.

64

1 2 3 4 5Acre 11 35 3 1 0 50 94 136 232Amazonas 12 6 1 0 0 19 27 70 95Amapá 5 3 0 0 0 8 11 28 34Pará 100 0 0 0 0 100 100 250 273Rondônia 22 4 2 0 0 28 36 131 152Roraima 3 1 0 0 0 4 5 16 21Tocantins 54 0 0 0 0 54 54 182 184Sub-total 207 49 6 1 0 263 327 813 991

Alagoas 24 10 0 0 0 34 44 119 147Bahia 122 33 1 0 0 156 191 361 453Ceará 85 17 1 0 0 103 122 327 433Maranhão 8 5 7 1 0 21 43 88 124Paraíba 79 0 0 0 0 79 79 182 185Pernambuco 32 12 2 1 0 47 66 166 232Piauí 36 1 0 0 0 37 38 119 121Rio Grande do Norte 37 0 0 0 0 37 37 115 117Sergipe 45 0 0 0 0 45 45 145 145Sub-total 468 78 11 2 0 559 665 1.622 1.957

Paraná 46 53 2 0 0 101 158 570 790Rio Grande do Sul 370 3 0 0 0 373 376 1.301 1.313Santa Catarina 165 133 43 5 2 348 590 1.328 2.024Sub-total 581 189 45 5 2 822 1.124 3.199 4.127

Espírito Santo 97 30 0 0 0 127 157 449 504Minas Gerais 203 16 0 0 0 219 235 937 999Rio de Janeiro 157 18 1 0 0 176 196 885 1.008São Paulo 496 60 2 1 0 559 626 2.610 3.244Sub-total 953 124 3 1 0 1.081 1.214 4.881 5.755

Distrito Federal 68 4 3 1 0 76 89 378 462Goiás 7 9 4 0 0 20 37 248 354Mato Grosso do Sul 2 0 0 0 0 2 2 133 175Mato Grosso 44 18 3 2 0 67 97 284 420Sub-total 121 31 10 3 0 165 225 1.043 1.411

2.330 471 75 12 2 2.890 3.555 11.558 14.241

Totalde

casos

Nor

teN

orde

ste

Sul

Cen

tro-

Oes

te

Número de eventos

Reg

ião

Estados Total de eventos

Sude

ste

Total deeventos

Total decasos

Brasil

2002 - 20052005

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65

Figura 1 – Distribuição percentual de casos de eventos adversos pós -vacinaTetravalente por dose aplicada e idade. Brasil, 2002 -2005.

0

20

40

60

80

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Idade em meses

% d

e Ca

sos

1ª dose 2ª dose 3ª dose

Fonte: PNI, 2006.

Figura 2 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós -vacinaTetravalente por 100.000 doses aplicadas por Macro -Regiões. Brasil, 2002-2005.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

2002 2003 2004 2005

Ano

Taxa

por

100

.000

dos

es a

plic

adas

Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste Brasil

Fonte: PNI, 2006.

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66

Figura 3 - Taxas de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo Unidades daFederação. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

2002 2003

20042005

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67

Figura 4 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo municípios da RegiãoNorte. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

2002 2003

20042005

Total

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68

20022003

2005

Total

2004

Figura 5 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo municípios da RegiãoNordeste. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

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69

2002 2003

20042005

Total

Figura 6 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo municípios da RegiãoSudeste. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

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70

Figura 7 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo municípios da RegiãoSul. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

2002 2003

20042005

Total

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71

Figura 8 – Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacinaTetravalente, por 100.000 doses aplicadas, segundo municípios da RegiãoCentro-Oeste. Brasil, 2002-2005

Fonte: PNI, 2006.

2002 2003

20042005

Total

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72

Foi encontrado um percentual muito heterogêneo de municípios

que notificaram EAPV-T em cada Estado, com o maior percentual ,

excetuando-se o Distrito Federal, sendo o do Estado do Espírito Santo , com

73,1%, e o com menor percentual o Estado do Piauí, com apenas 7,7% de

seus municípios tendo notificado algum EAPV-T (Figura 9, Anexo 6). De

uma maneira geral, as Regiões Sul e Sudeste apresenta ram maior

percentual de municípios noti ficantes e as Regiões Norte e Nordeste os mais

baixos percentuais (Figura 10).

Figura 9 – Percentual de Municípios com casos notificados de eventoadverso pós-vacina Tetravalente, por Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

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73

Figura 10 – Percentual de Municípios com casos notificados de eventoadverso pós-vacina Tetravalente, por Macro-Regiões. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

As distribuições dos casos notificados por mês e semana

epidemiológica de aplicação estão apresentadas nas Figuras 11 e 12,

respectivamente.

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74

Figura 11 – Distribuição de casos notificados de eventos ad versos pós-vacina Tetravalente por Macro -Região, ano e mês de aplicação da vacina.Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

Observa-se um progressivo aumento do número de notificações

nos primeiros meses de 2002, com o maior pico de notificações de EAPV-T

do período desta avaliação ocorrendo no mês de março de 2004 (446

casos), concentrando-se o maior número na semana 10 (127 casos) .

Destes, 49 casos foram notificados na Região Sudeste (sendo 33 casos no

Estado de São Paulo) e 42 casos na Região Sul (sendo 19 no Estado do Rio

Grande do Sul e 14 casos em Santa C atarina).

Norte

05

101520253035

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação da vacina

Núm

ero

de c

asos

Nordeste

010203040506070

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Mês de aplicação da vacina

Núm

ero

de c

asos

Sul

0

50

100

150

200

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação da vacina

Núm

ero

de c

asos

Sudeste

0

50

100

150

200

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação da vacinaN

úmer

o de

cas

os

Centro-Oeste

0

10

20

30

40

50

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação da vacina

Núm

ero

de c

asos

Brasil

0

100

200

300

400

500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação da vacina

Núm

ero

de c

asos

2002 2003 2004 2005

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75

Figura 12 – Distribuição de casos de evento s adversos pós-vacinaTetravalente por semana epidemiológica de aplicação. Brasil, 2002 -2005.

N o r t e

0

4

8

1 2

1 6

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a

me

ro d

e C

as

os

N o r d e s t e

05

1 01 52 02 53 0

1 3 5 7 9 11

13

15

17

19

21

23

25

27

29

31

33

35

37

39

41

43

45

47

49

51

53

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a

me

ro d

e C

as

os

S u l

0

1 0

2 0

3 0

4 0

5 0

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3

S e m a n a E p id e m io ló g ic a

me

ro d

e C

as

os

S u d e s t e

0

1 02 0

3 0

4 05 0

6 0

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a

me

ro d

e C

as

os

C e n t r o - O e s t e

02468

1 01 21 41 6

1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 2 9 3 1 3 3 3 5 3 7 3 9 4 1 4 3 4 5 4 7 4 9 5 1 5 3

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a

me

ro d

e C

as

os

B r a s il

02 04 06 08 0

1 0 01 2 01 4 0

1 3 5 7 9 11

13

15

17

19

21

23

25

27

29

31

33

35

37

39

41

43

45

47

49

51

S e m a n a E p i d e m i o l ó g i c a

me

ro d

e C

as

os

2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5

Fonte: PNI, 2006.

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76

Os casos considerados graves, conforme critérios adotados nesta

análise, alcançaram 65,3% (7.542/11558) dos casos notificados no período

estudado, tendo ocorrido uma maior proporção (72,9%) em 2002 e uma

menor proporção (62,2%) em 2004, com taxas de 26,4 e 22,6 por 100.000

doses aplicadas, respectivamente. O percentual de casos graves notificados

foi maior que o de casos não-graves em todas as macro-regiões do Brasil,

com oscilações ano a ano (Figura 13, Anexo 7).

Figura 13 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente por macro -regiões, segundo gravidade. Brasil, 2002 -2005.

0102030405060708090

Nor

te

No

rdes

te

Sul

Sud

este

Cen

tro-

Oes

te

No

rte

Nor

dest

e

Sul

Sud

este

Cen

tro-

Oe

ste

não grave grave

G ra vida de

%

2002 2003 2004 2005

Fonte: PNI, 2006.

A Figura 14 apresenta a distribuição dos EAPV -T de acordo com

o intervalo de tempo decorrido entre a aplicação da vacina e a ocorr ência do

evento, onde se observa que a grande maioria (78,2%) dos eventos

adversos ocorreu nas primeiras seis horas, com pico ocorrendo em duas

horas após aplicação da vacina (20,7%). A Tabela 2 apresenta a distribuição

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77

dos principais EAPV-T a partir desse critério, onde pode ser observado que

dentre os eventos mais freqüentes nas primeiras seis horas estavam o EHH,

a febre maior que 39,5oC e a convulsão febril. A febre maior que 39,5 oC

persistiu como evento mais frequentemente notif icado até 72 horas após a

aplicação da vacina, a partir de quando os eventos locais passaram a

predominar em relação aos sistêmicos.

Figura 14 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação davacina e o evento adverso pós -vacina Tetravalente. Brasil, 2002 -2005.

15,0

11,9

20,7

12,7

9,4

3,35,3

7,5 7,3

3,01,5 2,3

0

5

10

15

20

25

<1 h 1h 2h 3h 4h 5h 6h 7-12h 13-24h 25-48h 49-72h >72h

Intervalo entre a aplicação e o evento

%

Fonte: PNI, 2006.

Dentre o total de casos notificados, foi referido atendimento médico

em 57,1% (6.604/11.558) das crianças que apresentaram EAPV -T. O Estado

do Amapá foi o que apresentou o maior percentual, 92,9% (26/28), e o Estado

de São Paulo, o menor percentual, 31,0% (809/2.610), dos casos notificados

tendo referência de atendimento médico . Em números absolutos, os Estados

com maior número de casos notificados com referência de atendimento médico

foram o Estado de Santa Catarina, São Paulo e Rio Gran de do Sul (Tabela 3).

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78

Tabela 2 - Distribuição dos principais tipos de evento adverso pós-vacina Tetravalente notificados, segundo tempodecorrido entre a aplicação da vacina Tetravalente e a ocorrência do evento adverso. Brasil, 2002-2005.

Intervalo em horasEvento Adverso<1 h 1 a 6 h 7 a 12 h 13 a 24 h 25 a 48 h 49 a 72 h >72 h

Total

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)EHH 992 (46,5) 3768 (41,9) 233 (21,8) 143 (13,4) 41 (9,6) 16 (7,3) 15 (4,6) 5208 (36,6)Febre 431 (20,2) 2628 (29,2) 405 (38,0) 344 (32,3) 131 (30,7) 54 (24,7) 59 (18,0) 4052 (28,5) Febre > 39,5 326 (15,3) 1790 (19,9) 285 (26,7) 235 (22,1) 100 (23,4) 42 (19,2) 44 (13,5) 2822 (19,8) Febre < 39,5 105 (4,9) 838 (9,3) 120 (11,2) 109 (10,2) 31 (7,3) 12 (5,5) 15 (4,6) 1230 (8,6)Convulsão 369 (17,3) 1242 (13,8) 191 (17,9) 109 (10,2) 44 (10,3) 23 (10,5) 14 (4,3) 1992 (14,0) Convulsão Febril 279 (13,1) 998 (11,1) 158 (14,8) 91 (8,5) 30 (7,0) 16 (7,3) 6 (1,8) 1578 (11,1) Convulsão Afebril 90 (4,2) 244 (2,7) 33 (3,1) 18 (1,7) 14 (3,3) 7 (3,2) 8 (2,4) 414 (2,9)Dor, rubor e calor 99 (4,6) 384 (4,3) 57 (5,3) 120 (11,3) 42 (9,8) 31 (14,2) 29 (8,9) 762 (5,4)Encefalopatia aguda 0 (0,0) 1 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (0,3) 2 (0,0)Hipersensibilidade < 2 h 57 (2,7) 68 (0,8) 2 (0,2) 3 (0,3) 2 (0,5) 1 (0,5) 0 (0,0) 133 (0,9)Hipersensibilidade > 2 h 7 (0,3) 123 (1,4) 43 (4,0) 58 (5,4) 25 (5,9) 7 (3,2) 3 (0,9) 266 (1,9)Púrpura 0 (0,0) 3 (0,0) 0 (0,0) 2 (0,2) 0 (0,0) 2 (0,9) 0 (0,0) 7 (0,0)Choque anafilático 10 (0,5) 13 (0,1) 1 (0,1) 0 (0,0) 2 (0,5) 0 (0,0) 0 (0,0) 26 (0,2)Cefaléia e Vômitos 16 (0,7) 69 (0,8) 16 (1,5) 8 (0,8) 6 (1,4) 0 (0,0) 0 (0,0) 115 (0,8)Abscesso Quente 6 (0,3) 48 (0,5) 17 (1,6) 45 (4,2) 30 (7,0) 14 (6,4) 89 (27,2) 249 (1,7)Abscesso Frio 5 (0,2) 14 (0,2) 4 (0,4) 25 (2,3) 6 (1,4) 8 (3,7) 22 (6,7) 84 (0,6)Exantema generalizado 19 (0,9) 82 (0,9) 18 (1,7) 34 (3,2) 18 (4,2) 14 (6,4) 11 (3,4) 196 (1,4)Nódulo 27 (1,3) 90 (1,0) 15 (1,4) 54 (5,1) 19 (4,4) 15 (6,8) 29 (8,9) 249 (1,7)Linfadenite não supurada 0 (0,0) 7 (0,1) 4 (0,4) 10 (0,9) 5 (1,2) 4 (1,8) 16 (4,9) 46 (0,3)Enduração 16 (0,7) 60 (0,7) 9 (0,8) 27 (2,5) 18 (4,2) 11 (5,0) 15 (4,6) 156 (1,1)Outros eventos inusitados 51 (2,4) 228 (2,5) 29 (2,7) 35 (3,3) 13 (3,0) 9 (4,1) 5 (1,5) 370 (2,6)Outras reações locais 22 (1,0) 139 (1,5) 14 (1,3) 38 (3,6) 19 (4,4) 7 (3,2) 9 (2,8) 248 (1,7)Total de eventos 2134 (100,0) 9002 (100,0) 1067 (100,0) 1065 (100,0) 427 (3,0) 219 (100,0) 327 (100,0) 14241 (100,0)

Fonte: PNI/2006.

78

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79

No país, dentre os casos com essa referência, foi predominante o

atendimento médico em Unidades de Emergência, em 63,2% (2.903/4.594) dos

casos notificados e a menor proporção de atendimentos encontrada foi em

UTIs, com 2,2% (101/4.594) dos casos notificados; ressalta-se, porém, que em

30,4% (2.010/6.604) dos casos notificados essa informação não estava

disponível (Figura 15).

Dentre os casos classificados como graves , foi referido

atendimento médico/hospitalização em 66,3% (5.003/7.542) . Dentre os

classificados como não-graves, foi referido atendimento

médico/hospitalização em 39,9% (1.601/4.016) dos casos.

Figura 15 – Distribuição da proporção de tipo de atendimento médico/hospitalização por evento adverso pós -vacina Tetravalente not ificado. Brasil,2002-2005.

Fonte: PNI, 2006.

501 (10,9%)

1.012 (22,0%)

2.903 (63,2%)

101 (2,2%)

77(1,7%)

Posto de SaúdeEnfermariaEmergênciaUTIOutros

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80

Tabela 3 - Distribuição dos casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, com referência de atendimento médico/ hospitalização,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

2002 2003 2004 2005 2002-2005

Reg

iões

Estados

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)AC 10 (76,9) 16 (55,2) 27 (61,4) 32 (64,0) 85 (62,5)AM 2 (50,0) 19 (63,3) 11 (64,7) 15 (78,9) 47 (67,1)AP 3 (75,0) 10 (90,9) 5 (100,0) 8 (100,0) 26 (92,9)PA 7 (21,9) 15 (27,8) 57 (89,1) 99 (99,0) 178 (71,2)RO 21 (72,4) 21 (58,3) 26 (68,4) 21 (75,0) 89 (67,9)RR 5 (100,0) 2 (100,0) 5 (100,0) 1 (25,0) 13 (81,3)TO 6 (66,7) 54 (85,7) 32 (57,1) 40 (74,1) 132 (72,5)

Nor

te

Sub-total 54 (56,3) 137 (60,9) 163 (71,2) 216 (82,1) 570 (70,1)

AL 1 (9,1) 9 (29,0) 33 (76,7) 25 (73,5) 68 (57,1)BA 36 (66,7) 50 (63,3) 47 (65,3) 99 (63,5) 232 (64,3)CE 39 (70,9) 51 (73,9) 92 (92,0) 97 (94,2) 279 (85,3)MA 22 (78,6) 13 (68,4) 15 (75,0) 16 (76,2) 66 (75,0)PB 8 (42,1) 21 (52,5) 14 (31,8) 22 (27,8) 65 (35,7)PE 17 (63,0) 27 (69,2) 45 (84,9) 36 (76,6) 125 (75,3)PI 3 (75,0) 12 (57,1) 41 (71,9) 25 (67,6) 81 (68,1)RN 17 (60,7) 19 (79,2) 26 (100,0) 32 (86,5) 94 (81,7)SE 19 (65,5) 18 (50,0) 21 (60,0) 33 (73,3) 91 (62,8)

Nor

dest

e

Sub-total 162 (63,5) 220 (61,5) 334 (74,2) 385 (68,9) 1.101 (67,9)

PR 39 (66,1) 117 (59,1) 148 (69,8) 85 (84,2) 389 (68,2)RS 48 (25,8) 92 (39,8) 217 (42,5) 195 (52,3) 552 (42,4)SC 155 (65,7) 262 (71,2) 299 (79,5) 289 (83,0) 1005 (75,7)Su

l

Sub-total 242 (50,3) 471 (59,1) 664 (60,4) 569 (69,2) 1.946 (60,8)

ES 53 (64,6) 91 (79,1) 105 (84,0) 116 (91,3) 365 (81,3)MG 126 (57,8) 150 (52,1) 128 (60,4) 153 (69,9) 557 (59,4)RJ 74 (32,5) 165 (64,2) 152 (67,9) 137 (77,8) 528 (59,7)SP 188 (33,8) 208 (28,3) 209 (27,6) 204 (36,5) 809 (31,0)Su

dest

e

Sub-total 441 (40,6) 614 (44,0) 594 (45,0) 610 (56,4) 2.259 (46,3)

DF 80 (76,9) 76 (71,0) 71 (78,0) 59 (77,6) 286 (75,7)GO 20 (76,9) 104 (83,2) 59 (76,6) 12 (60,0) 195 (78,6)MS 11 (68,8) 30 (60,0) 59 (90,8) 2 (100,0) 102 (76,7)MT 13 (20,6) 52 (51,5) 33 (62,3) 47 (70,1) 145 (51,1)

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 124 (59,3) 262 (68,4) 222 (77,6) 120 (72,7) 728 (69,8)

Brasil 1.023 (48,1) 1.704 (53,9) 1.977 (58,4) 1.900 (65,7) 6.604 (57,1)

Fonte: PNI, 2006

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81

Das crianças referidas como tendo recebido atendimento médico ,

53,6% (3.542/6.604) permaneceram na Unidade de Saúde por menos de

uma hora, 25,7% (1.695/6.604) ficaram em observação/ hospitalizadas até

seis horas. Permaneceram hospitalizadas por mais de 12 horas, 17,1% dos

casos, sendo que apenas 3,7% por mais de 48 horas . Daquelas crianças

que permaneceram na Unidade de Saúde por menos de uma hora, 42,7%

(1.512/3.542) foram atendidas em Unidades de Emergência, e 18,9%

(669/3.542) foram atendidas no próprio Posto de Saúde. As crianças

atendidas em Unidades de Emergência foram liberadas em 81,7%

(2.371/2.903) dos casos com até seis horas de hospitalização e em 95,9%

(2.783/2.903) dos casos com até 24 horas de hospitalização (Tabela 4).

Em 75,4% dos casos notificados (8.710/11.558) havia informação

sobre a conduta em relação ao esquema vacinal. Destes, foi mantido

esquema vacinal em 30,5% e contra -indicado com troca de esquema em

67,2% dos casos notificados (Figura 16, Anexo 8).

Figura 16 – Distribuição de casos notificados de evento s adversos pós-vacina Tetravalente segundo conduta frente ao esquema vacinal. Brasil,2002-2005.

5.853 (67,2%)

204 (2,3%)

2.653 (30,5%)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Mantido esquema Contra-indicação semtroca de esquema

Contra-indicação comtroca de esquema

Conduta

Núm

ero

de c

asos

Fonte: PNI, 2006.

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82

Tabela 4 - Distribuição dos eventos adversos pós-vacina Tetravalente notificados, segundo tipo e tempo de atendimentomédico/ hospitalização. Brasil, 2002-2005.

Tempo de Hospitalização

< 1 h 1 - 6 h 7 - 12 h 13 - 24 h 25 - 48 h > 48 hTotal

Tipo

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)

Posto deSaúde 669 (66,2) 296 (29,3) 13 (1,3) 25 (2,5) 5 (0,5) 3 (0,3) 1.011 (100,0)

Enfermaria 83 (16,6) 60 (12,0) 19 (3,8) 163 (32,5) 81 (16,2) 95 (19,0) 501 (100,0)

Emergência 1.512 (52,1) 859 (29,6) 146 (5,0) 266 (9,2) 65 (2,2) 55 (1,9) 2.903 (100,0)

UTI 28 (27,7) 36 (35,6) 5 (5,0) 9 (8,9) 10 (9,9) 13 (12,9) 101 (100,0)

Outros 73 (94,8) 4 (5,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 77 (100,0)

Seminformação 1.177 (58,6) 440 (21,9) 55 (2,7) 198 (9,9) 59 (2,9) 81 (4,0) 2.010 (100,0)

Total 3.542 (53,6) 1.695 (25,7) 238 (3,6) 662 (10,0) 220 (3,3) 247 (3,7) 6.604 (100,0)

Fonte: PNI, 2006.

82

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83

A evolução estava informada em 79,5% dos casos notificados

(9.190/11.558), sendo que “cura sem seqüela” foi o desfecho de 98,7%

(9.073/9.190) dos casos notificados que continham esse campo preenchido

(Figura 17, Anexo 9). Havia a informação de 12 óbitos (0,1% dos casos

notificados) temporalmente associados à vacinação com Tetravalente e cura

com seqüelas em 105 casos notificad os (1,1%). As características

apresentadas pelos casos com evolução assinalada como óbito ser ão

descritas adiante, porém, nesse Banco de Dados, não há informações sobre

a investigação dos óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas.

Também não há descrição dos tipos de seqüelas apresentadas pelos casos

com evolução assinalada como “cura com seqüelas”.

Figura 17 – Distribuição dos casos notificados de evento s adversos pós-vacina Tetravalente segundo evolução. Brasil, 2002 -2005.

Fonte: PNI, 2006.

Havia informação sobre o número do lote em 84,7%

(9.789/11.558) dos casos notificados de EAPV -T. Para estes encontrou-se

4.711 lotes, com um número médio de 2,1 notificações por lote. Para 76,7%

9.073 (98,7% )

105 (1,1% ) 12 (0,1% )0

1.500

3.000

4.500

6.000

7.500

9.000

Cura sem sequelas Cura com sequelas ÓbitoEvolução

Núm

ero

de c

asos

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84

(3.616/4.711) dos lotes informados ha via apenas uma notificação e para

9,0% (426/4.711) apenas duas notificações.

Os seis lotes com os maiores números de notificações somavam

juntos 2,7% (264/9.711) dos casos notificados. O lote com maior freqüência

foi encontrado em 70 notificações (0,7% do s casos notificados), com 54,3%

(38/70) dos casos relacionados classificados como graves, mas com

evolução para cura sem seqüelas em 100% dos casos. Na análise por

semana epidemiológica e ano foi observada uma distribuição por longos

períodos das notificações desses seis lotes (Figura 18) e na análise por

Macro-Regiões e Unidades da Federação encontrou -se distribuição irregular,

com um mesmo lote sendo encontrado em notificações de Estados das

cinco Regiões.

Em relação à maior ocorrência de notificações ve rificadas na

semana epidemiológica 10 de 2004 e demonstrada na Figura 12, a análise

de distribuição dos lotes por semana epidemiológica não encontrou nenhum

lote específico associado a tal achado.

É importante ressaltar que em inúmeros casos foi impossíve l a

identificação correta do lote, pois a descrição dos mesmos era incompatível

com a metodologia de identificação utilizada pelo laboratório produtor ( Anexo

10). Outros lotes continham, ainda, a identificação dos rótulos de um dos

frascos componentes (DTP ou Hib) e não do cartucho (Tetravalente), como

deveria ser, inclusive os dois lotes mais freqüentes, cujos números

informados se referiam ao frasco do componente Hib.

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Figura 18 – Distribuição por semana epidemiológica dos casos de eventos adversos pós-vacina Tetravalente relativos aos6 lotes com maior número de notificações. Brasil, 2002-2005.

Fonte: PNI, 2006. 85

Lote 037VZF027Z

0

2

4

6

8

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2004

2005

Lote 034VZF011Z

0123456

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2004

2005

Lote 037VZD062Z

012345

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2004

2005

Lote 033VZD011Z

012345

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2003

2004

Lote 033VZD009A

0

2

4

6

8

1 5 8 11 14 17 20 23 26 29 32 35 38 41 44 47 51

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2003

2004

Lote 033VZF006Z

012345

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2003

2004

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86

Os eventos adversos mais freqüentes no período foram: Episódio

Hipotônico-Hiporresponsivo (n=5.208), febre (n=4 .052) e convulsão

(n=1.992), totalizando juntos 7 9% (11.252/14.241) dos eventos notificados.

Outros eventos também classificados como graves, como choque anafilático

(n=26), púrpura (n=7) e encefalopatia (n=2) ficaram entre os eventos menos

freqüentes (Tabela 5).

Tabela 5 – Taxa dos principais eventos adversos pós-vacina Tetravalentenotificados, por 100.000 doses aplicadas. Brasil, 2002-2005.

EAPV NTaxa/100.000

dosesaplicadas

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 5208 15,3Febre 4052 11,9

Febre > 39,5 2822 8,3 Febre < 39,5 1230 3,6Convulsão 1992 5,9 Convulsão Febril 1578 4,6 Convulsão Afebril 414 1,2Dor, rubor e calor 462 1,4Outros eventos graves e/ou inusitados 356 1,0Abscesso 333 1,0Hipersensibilidade > 2 horas 266 0,8Outras reações locais 248 0,7Nódulo 246 0,7Exantema generalizado 196 0,6Enduração 156 0,5Hipersensibilidade < 2 horas 133 0,4Cefaléia e Vômitos 115 0,3Choque anafilático/ anafilactóide 26 0,1Púrpura 7 0,0Encefalopatia aguda 2 0,0Total de eventos 14.241 41,9

Fonte: PNI, 2006.

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87

4.4.1 Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo

O Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) foi o evento com a

maior freqüência de notificação no período estudado, ocorrendo em 45,1%

(5.208/11.558) dos casos notificados. Considerando o total de doses

aplicadas no período, o EHH apresentou uma taxa de notificação de 15,3

casos/100.000 doses aplicadas, ou 1 caso/6.532 doses aplicadas. A Tabela

6 apresenta as taxas por 100.000 doses aplicadas e as proporções de

ocorrência de EHH por ano nas Macro -Regiões e Unidades da Federação .

O Estado que apresentou a menor taxa de EHH foi o Maranhão,

com taxa de 2,0 casos notificados/100.000 doses aplicadas . O Estado de

Santa Catarina foi o que apresentou a maior t axa, com 70,3 casos

notificados/100.000 doses aplicadas, mais que o dobro da segunda e

terceira maiores taxas encontradas, do Estado do Acre e do Distrito Federal,

com 31,1 e 30,2 casos notificados/100.000 doses aplicadas ,

respectivamente.

No Município do Rio de Janeiro, em 2004 foram aplicadas

250.604 doses de vacina Tetravalente e notificados 50 casos de EHH,

resultando em uma taxa de 20,0 casos/100.000 doses aplicadas.

A Tabela 7 demonstra as características apresentadas pelos

casos notificados de EHH. Houve uma predominância do sexo masculino em

todos os anos, variando de 52,5% em 2002 e de 56,6% em 2005.

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Tabela 6 - Distribuição de casos notificados de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente, por Macro-Região e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

2002 2003 2004 2005 2002-2005RegiõesN %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa*

AC 6 46,2 17,5 11 37,9 21,7 13 29,5 28,7 26 52,0 52,1 56 41,2 31,1AM 1 25,0 1,0 12 40,0 5,9 7 41,2 3,4 11 57,9 5,0 31 44,3 4,2AP 4 100,0 12,4 6 54,5 13,3 4 80,0 9,2 4 50,0 9,2 18 64,3 10,9PA 4 12,5 2,1 14 25,9 2,8 43 67,2 8,9 78 78,0 15,6 139 55,6 8,3RO 16 55,2 25,1 13 36,1 14,5 18 47,4 20,0 13 46,4 14,1 60 45,8 17,8RR 2 40,0 9,6 1 50,0 3,6 3 60,0 11,1 1 25,0 3,4 7 43,8 6,6TO 2 22,2 3,1 19 30,2 23,2 8 14,3 10,0 14 25,9 17,1 43 23,6 13,9

Nor

te

Sub-total 35 40,7 6,9 76 33,8 7,6 96 41,9 9,8 147 55,9 14,4 354 44,1 10,1

AL 9 81,8 6,5 21 67,7 10,2 16 37,2 8,3 15 44,1 7,6 61 51,3 8,3BA 20 37,0 5,2 26 32,9 3,4 21 29,2 2,8 52 33,3 6,8 119 33,0 4,5CE 25 45,5 7,5 49 71,0 10,5 55 55,0 12,6 65 63,1 14,6 194 59,3 11,5MA 10 35,7 4,1 6 31,6 1,4 7 35,0 1,8 7 33,3 1,6 30 34,1 2,0PB 8 42,1 7,0 23 57,5 11,8 16 36,4 8,4 18 22,8 8,9 65 35,7 9,3PE 15 55,6 4,7 15 38,5 2,9 29 54,7 6,0 22 46,8 4,5 81 48,8 4,5PI 1 25,0 1,7 6 28,6 3,6 22 38,6 13,0 18 48,6 10,3 47 39,5 8,3RN 19 67,9 17,5 12 50,0 7,7 10 38,5 6,5 14 37,8 8,9 55 47,8 9,6SE 8 27,6 10,4 19 52,8 15,9 11 31,4 9,6 10 22,2 9,2 48 33,1 11,4

Nor

dest

e

Sub-total 115 45,1 6,5 177 49,4 5,9 187 41,6 6,5 221 39,5 7,4 700 43,2 6,6continua

88

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89

Tabela 6 - Distribuição absoluta, proporcional em relação ao total de notificações e taxa* de casos notificados de EpisódioHipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente, por Macro-Região e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

continuação

2002 2003 2004 2005 2002-2005RegiõesN %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa*

PR 24 40,7 9,2 60 30,3 12,4 57 26,9 12,0 51 50,5 10,7 192 33,7 11,3RS 64 34,4 21,3 48 20,8 11,0 94 18,4 21,3 74 19,8 17,0 280 21,5 17,4SC 128 54,2 72,1 172 46,7 68,7 201 53,5 78,1 161 46,3 62,7 662 49,8 70,3Su

l

Sub-total 216 44,9 29,2 280 35,1 23,9 352 32,0 30,0 286 34,8 24,5 1134 35,4 26,7

ES 37 45,1 28,4 44 38,3 25,1 60 48,0 35,1 51 40,2 30,6 192 42,8 29,9MG 135 61,9 23,4 163 56,6 18,7 145 68,4 16,7 132 60,3 15,1 575 61,4 18,0RJ 65 28,5 14,2 107 41,6 16,0 97 43,3 14,1 77 43,8 11,2 346 39,1 13,8SP 361 64,8 28,0 383 52,0 20,9 406 53,6 22,0 325 58,1 17,8 1475 56,5 21,7Su

dest

e

Sub-total 598 55,1 24,4 697 49,9 19,6 708 53,7 19,8 585 54,1 16,5 2588 53,0 19,7

DF 52 50,0 44,3 41 38,3 30,1 34 37,4 25,1 29 38,2 22,7 156 41,3 30,2GO 17 65,4 16,3 56 44,8 19,6 30 39,0 10,1 6 30,0 2,1 109 44,0 11,1MS 3 18,8 4,3 20 40,0 16,7 22 33,8 18,6 1 50,0 0,8 46 34,6 10,6MT 27 42,9 27,9 43 42,6 27,3 23 43,4 14,2 28 41,8 16,9 121 42,6 20,8

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 99 47,4 25,5 160 41,8 22,9 109 38,1 15,3 64 38,8 9,0 432 41,4 17,2

Brasil 1063 50,2 18,1 1390 44,0 14,8 1452 42,9 15,6 1303 45,1 13,8 5208 45,1 15,3Fonte: PNI, 2006.Nota: * Taxa por 100.000 doses aplicadas.

§ Percentual do total de notificações de cada Unidade da Federação ou Macro-Região.

89

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90

Observou-se uma maior ocorrência de EHH em crianças menores

de 4 meses de idade, sendo a idade mediana de 3 meses e idade média de

3,6 meses (DP 1,8 meses). A 1ª dose foi responsável pela maioria absoluta

(53,3% a 56,5%) dos casos em todos os anos, com exceção de 2005, com

quase metade dos casos. A 2 a dose veio a seguir, com um terço dos casos,

em média.

Em 91,4% (4.760/5.208) dos casos, o EHH ocorreu nas primeiras

seis horas após a aplicação da vacina Tetravalente, sendo 72,4%

(3.768/5.208) entre uma e seis horas, predominantemente com duas horas,

quando ocorreram 25,1% (1.305/5.208) dos casos de EHH notificados.

Apenas 1,4% ocorreu após 24 horas da vacinação.

Foi referido atendimento médico/ hospitalização em 61,4%

(3.200/5.208) das crianças que apresentaram EHH, em uma tendência

crescente, de 50,3% (535/1.063) em 2002 a 71,9% (937/1.303) em 2005. O

tempo de observação/hospitalização foi menor de 12 horas em 81,8%

(2.166/3.199) dos casos, sendo que apenas 3,1% (98/3.199) permaneceram

internadas por mais de 48 horas. O tipo de atendimento médico/hospitalização

foi encontrado em 67,7% (2.167/3.200) dos casos com essa referência, sendo

69% (1.496/2.167) em unidades de Emergência, 16,8% (365/2167) em Postos

de Saúde e 1,7% em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A conduta tomada após a notificação dos casos de EHH com

relação ao esquema vacinal com Tetravalente estava descrita em 72,5%

(3.776/5.208) dos casos notificados, sendo que a vacina foi contra -indicada

com substituição em 92,8% (3.504/3.776) e mantida em 4,1% (153/3.776).

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91

A evolução foi descrita em 77% (4.009/5.208) dos casos

notificados de EHH. Daqueles que continham essa informação, 99,2%

(3.975/4.009) evoluíram para cura sem seqüela.

Havia a referência de evolução para óbito em cinco (5/4.009)

casos de EHH, sendo quatro do sexo masculino e um do sexo feminino; com

relação à dose, dois foram temporalmente associados à 1ª dose (com 2 e 3

meses de idade), outros dois à 2ª dose (ambos com 4 meses de idade) e um

à 3ª dose (com 7 meses de idade). Em todos esses casos, o tempo

decorrido entre a aplicação e o evento foi menor de seis horas, sendo um

com menos de uma hora. Todos os cinco casos de EHH em que a evolução

foi referida como óbito tinham referência de hospitalização, sendo quatro em

Unidades de Emergência e um em enfermaria. No ano de 2003 concentrou-

se a maior proporção de óbitos associados ao EHH, com quatro casos,

sendo que três óbitos foram notificados em Santa Catarina e um em Minas

Gerais. O caso restante foi notificado em 2002 em Santa Catarina.

Como já referido, nesse banco de dados não há informações

sobre a investigação dos óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas,

tampouco descrição dos tipos de seqüelas temporalmente associadas à

vacinação.

Em 79,3% (4.132/5.208) dos casos , o EHH não estava associado a

outros eventos. Em 18,3% estava associado a um evento e em 2,4% estava

associado a dois ou mais eventos. Febre foi o evento mais freqüentemente

associado à EHH, encontrado em 18,5% dos casos (966/5.208), sendo

predominante a febre acima de 39,5ºC, em 11,3% (589/5.208) dos casos.

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92

Tabela 7 - Características dos casos notificados de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente. Brasil,2002-2005.

Característica 2002-2005(n=5.208)

2002(n=1.063)

2003(n=1.390)

2004(n=1.452)

2005(n=1.303)

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)Sexo Feminino 2.401 (46,1) 505 (47,5) 645 (46,4) 685 (47,2) 566 (43,4)

Masculino 2.807 (53,9) 558 (52,5) 745 (53,6) 767 (52,8) 737 (56,6)Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)

Idade Media 3,6 meses 3,5 meses 3,6 meses 3,5 meses 3,7 mesesMediana 3 meses 3 meses 3 meses 3 meses 4 meses

1ª Dose 2.776 (53,4) 599 (56,5) 740 (53,3) 792 (54,6) 645 (49,6)Dose aplicada2ª Dose 1.738 (33,4) 331 (31,2) 465 (33,5) 456 (31,4) 486 (37,4)3ª Dose 686 (13,2) 130 (12,3) 183 (13,2) 203 (14,0) 170 (13,1)Total 5.200 (100,0) 1.060 (100,0) 1.388 (100,0) 1.451 (100,0) 1.301 (100,0)

<4m 2.717 (52,2) 588 (55,3) 722 (51,9) 780 (53,7) 627 (48,1)Faixa etária (emmeses) 4 a 5m 1.660 (31,9) 317 (29,8) 438 (31,5) 436 (30,0) 469 (36,0)

6 a 7m 691 (13,3) 130 (12,2) 191 (13,7) 203 (14,0) 167 (12,8)>7m 140 (2,7) 28 (2,6) 39 (2,8) 33 (2,3) 40 (3,1)Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)

<1h 992 (19,0) 220 (20,7) 302 (21,7) 243 (16,7) 227 (17,4)1 a 6h 3.768 (72,4) 758 (71,3) 973 (70,0) 1.081 (74,4) 956 (73,4)

Intervalo entreaplicação eevento 7 a 12h 233 (4,5) 45 (4,2) 57 (4,1) 66 (4,5) 65 (5,0)

13 a 24h 143 (2,7) 29 (2,7) 32 (2,3) 44 (3,0) 38 (2,9)>24 h 72 (1,4) 11 (0,2) 26 (0,5) 18 (0,3) 17 (0,3)Total 5.208 (100,0) 1.023 (96,2) 1.332 (95,8) 1.390 (95,7) 1.248 (95,8)

Continua

92

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93

Tabela 7 - Características dos casos notificados de Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo pós-vacina Tetravalente. Brasil,2002-2005.

continuaçãoCaracterística 2002-2005

(n=5.208)2002

(n=1.063)2003

(n=1.390)2004

(n=1.452)2005

(n=1.303)N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)

Não 2.008 (38,6) 528 (49,7) 604 (43,5) 510 (35,1) 366 (28,1)Sim 3.200 (61,4) 535 (50,3) 786 (56,5) 942 (64,9) 937 (71,9)

Atendimentomédico/Hospitalização Total 5.208 (100,0) 1.063 (100,0) 1.390 (100,0) 1.452 (100,0) 1.303 (100,0)

<12h 2.616 (81,8) 492 (92,0) 583 (74,3) 733 (77,8) 808 (86,2)Tempo dehospitalização 12 a 24h 387 (12,1) 35 (6,5) 133 (16,9) 149 (15,8) 70 (7,5)

25 a 48h 98 (3,1) 2 (0,4) 33 (4,2) 32 (3,4) 31 (3,3)>48h 98 (3,1) 6 (1,1) 36 (4,6) 28 (3,0) 28 (3,0)Total 3.199 (100,0) 535 (100,0) 785 (100,0) 942 (100,0) 937 (100,0)

Posto de Saúde 365 (16,8) 7 (8,0) 74 (14,1) 134 (19,2) 150 (17,5)Tipo de AtendimentoMédico Enfermaria 238 (11,0) 13 (14,9) 78 (14,9) 46 (6,6) 101 (11,8)

Emergência 1.496 (69,0) 66 (75,9) 362 (69,0) 490 (70,2) 578 (67,4)UTI 37 (1,7) 1 (1,1) 10 (1,9) 19 (2,7) 7 (0,8)Outros 31 (1,4) 0 (0,0) 1 (0,2) 9 (1,3) 21 (2,5)Total 2.167 (100,0) 87 (100,0) 525 (100,0) 698 (100,0) 857 (100,0)

Evolução Cura s/ sequelas 3.975 (99,2) 175 (97,8) 1.126 (98,3) 1.392 (99,5) 1.282 (99,7)Cura c/ sequelas 29 (0,7) 3 (1,7) 15 (1,3) 7 (0,5) 4 (0,3)Óbito 5 (0,1) 1 (0,6) 4 (0,3) 0 (0,0) 0 (0,0)Total 4.009 (100,0) 179 (100,0) 1.145 (100,0) 1.399 (100,0) 1.286 (100,0)

Conduta Mantido esquema 153 (4,1) 3 (1,8) 55 (5,0) 64 (5,1) 31 (2,5)Contra-indicação semtroca 119 (3,2) 11 (6,7) 44 (4,0) 25 (2,0) 39 (3,1)

Contra-indicação comtroca 3.504 (92,8) 149 (91,4) 998 (91,0) 1.167 (92,9) 1.190 (94,4)

Total 3.776 (100,0) 163 (100,0) 1.097 (100,0) 1.256 (100,0) 1.260 (100,0)Fonte: PNI/2006.

93

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94

4.1.2 Convulsão

O evento adverso Convulsão ocorreu em 17,2% (1.992/11.558)

dos casos notificados de EAPV -T no período analisado, sendo a Convulsão

Febril a mais freqüente, responsável por 78,2% (1.578/1.992) dos casos

notificados de Convulsão. Considerando o total de doses aplicadas no

período, a convulsão ocorreu na proporção de 5,9 casos /100.000 doses

aplicadas, ou 1 caso/17.078 doses aplicadas. A Tabela 8 apresenta as taxas

por 100.000 doses aplicadas e as proporções de ocorrência de convulsão

por ano nas Macro-Regiões e Unidades da Federação.

O Estado que apresentou a menor taxa de Convulsão foi o

Amapá, com taxa de 0,6 casos/100.000 doses aplicadas, e o Estado de

Espírito Santo foi o que apresentou a maior taxa, com 22,7 casos/100.000

doses aplicadas, seguido dos Estados de Santa Catarina e Acre, com 17,1 e

16,1 casos notificados/100.000 doses aplicadas , respectivamente.

No Município do Rio de Janeiro, em 2004 , foram aplicadas

250.604 doses de vacina Tetravalente e notificados 14 casos de Convulsão

(5,6 casos/100.000 doses aplicadas) , sendo 11 casos de Convulsão Febril

(4,4 casos/100.000 doses aplicadas) e três casos de Convulsão Afebril (1,2

casos/100.000 doses aplicadas ).

As características apresentadas pelos casos notificados de

Convulsão estão demonstradas na Tabela 9. Houve uma predominância do

sexo masculino em todos os anos, variando de 52,8% em 2004 (282/584) e

de 55,9% (255/456) em 2005.

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A faixa etária de maior freqüência de convulsão foi a de menores

de 4 meses, seguida da de 4 a 5 meses, com idade média de 4 meses (DP 2

meses), sendo, portanto, mais freqüente nas duas primeiras doses, com

43,6% (866/1.986) e 37,4% (743/1.986) das notificações desse evento,

respectivamente.

Em 81,0% (1.611/1.992) dos casos notificados, a c onvulsão

ocorreu nas primeiras seis horas após a aplicação da vacina Tetravalente,

sendo 62,3% (1.242/1.992) entre uma e seis horas, predominantemente com

duas horas em 19,6% (390/1.992) dos casos notificados. Apenas 4,1%

(81/1.992) após as 24 horas da aplicação.

Há referência de que receberam atendimento

médico/hospitalização 76,1% (1.516/1.992) dos casos de convulsão

notificados, sendo que 71,6% (1.085/1.516) destes permaneceram em

observação/hospitalizados por tempo inferior a 12 horas e apenas 11,8% por

mais de 24 horas O tipo de atendimento médico/hospitalização foi

encontrado em 60,2% (913/1.516) dos casos com essa referência. Destes,

69,1% (631/913) ocorreram em Unidades de Emergência, 12,7% (1 16/913)

em Postos de Saúde e 1,9% (17/913) foram atendidos em UTIs.

A evolução dos casos de convulsão pós -Tetravalente estava

descrita em 76,3% (1.519/1.992). Destes, 98,9% (1.503/1.519) apresentaram

evolução para cura sem seqüelas.

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Tabela 8 – Distribuição de casos notificados de Convulsão pós-vacina Tetravalente, segundo Macro-Regiões e Unidadesda Federação. Brasil, 2002-2005.

2002 2003 2004 2005 2002-2005Região EstadoN %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa*

AC 2 15,4 5,8 3 10,3 5,9 11 25,0 24,3 13 26,0 26,1 29 21,3 16,1AM 0 0,0 0,0 4 13,3 2,0 3 17,6 1,5 1 5,3 0,5 8 11,4 1,1AP 0 0,0 0,0 1 9,1 2,2 0 0,0 0,0 0 0,0 0,0 1 3,6 0,6PA 0 0,0 0,0 2 3,7 0,4 10 15,6 2,1 8 8,0 1,6 20 8,0 1,2RO 5 17,2 7,9 11 30,6 12,2 6 15,8 6,7 5 17,9 5,4 27 20,6 8,0RR 3 60,0 14,3 1 50,0 3,6 1 20,0 3,7 1 25,0 3,4 6 37,5 5,7TO 2 22,2 3,1 9 14,3 11,0 8 14,3 10,0 5 9,3 6,1 24 13,2 7,8

Nor

te

Sub-Total 12 12,5 2,4 31 13,8 3,1 39 17,0 4,0 33 12,5 3,2 115 14,1 3,3

AL 1 9,1 0,7 4 12,9 2,0 9 20,9 4,7 5 14,7 2,5 19 16,0 2,6BA 12 22,2 3,1 14 17,7 1,9 11 15,3 1,5 24 15,4 3,1 61 16,9 2,3CE 13 23,6 3,9 13 18,8 2,8 27 27,0 6,2 20 19,4 4,5 73 22,3 4,3MA 5 17,9 2,1 5 26,3 1,2 5 25,0 1,3 4 19,0 0,9 19 21,6 1,3PB 6 31,6 5,3 7 17,5 3,6 5 11,4 2,6 1 1,3 0,5 19 10,4 2,7PE 5 18,5 1,6 10 25,6 1,9 10 18,9 2,1 5 10,6 1,0 30 18,1 1,7PI 1 25,0 1,7 3 14,3 1,8 9 15,8 5,3 2 5,4 1,1 15 12,6 2,6RN 5 17,9 4,6 8 33,3 5,1 9 34,6 5,9 6 16,2 3,8 28 24,3 4,9SE 11 37,9 14,3 7 19,4 5,8 10 28,6 8,7 22 48,9 20,2 50 34,5 11,9

Nor

dest

e

Sub-Total 59 23,1 3,3 71 19,8 2,4 95 21,1 3,3 89 15,9 3,0 314 19,4 3,0continua

96

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Tabela 8 - Distribuição de casos notificados de Convulsão pós-vacina Tetravalente, segundo Macro-Regiões e Unidadesda Federação. Brasil, 2002-2005.

continuação2002 2003 2004 2005 2002-2005Região Estado

N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa* N %§ taxa*

PR 16 27,1 6,1 41 20,7 8,5 35 16,5 7,4 26 25,7 5,4 118 20,7 7,0RS 24 12,9 8,0 22 9,5 5,0 42 8,2 9,5 33 8,8 7,6 121 9,3 7,5SC 34 14,4 19,2 43 11,7 17,2 52 13,8 20,2 32 9,2 12,5 161 12,1 17,1Su

l

Sub-Total 74 15,4 10,0 106 13,3 9,1 129 11,7 11,0 91 11,1 7,8 400 12,5 9,4

ES 36 43,9 27,7 39 33,9 22,2 29 23,2 17,0 42 33,1 25,2 146 32,5 22,7MG 48 22,0 8,3 64 22,2 7,3 41 19,3 4,7 56 25,6 6,4 209 22,3 6,6RJ 25 11,0 5,5 35 13,6 5,2 26 11,6 3,8 38 21,6 5,5 124 14,0 4,9SP 130 23,3 10,1 132 17,9 7,2 126 16,6 6,8 73 13,1 4,0 461 17,7 6,8Su

dest

e

Sub-Total 239 22,0 9,7 270 19,3 7,6 222 16,8 6,2 209 19,3 5,9 940 19,3 7,2

DF 29 27,9 24,7 11 10,3 8,1 13 14,3 9,6 18 23,7 14,1 71 18,8 13,7GO 6 23,1 5,7 23 18,4 8,0 9 11,7 3,0 2 10,0 0,7 40 16,1 4,1MS 4 25,0 5,7 9 18,0 7,5 13 20,0 11,0 0 0,0 0,0 26 19,5 6,0MT 25 39,7 25,8 33 32,7 21,0 14 26,4 8,6 14 20,9 8,4 86 30,3 14,8

Cen

tro-

Oes

te

Sub-Total 64 30,6 16,5 76 19,8 10,9 49 17,1 6,9 34 20,6 4,8 223 21,4 8,9

Brasil 448 21,1 7,6 554 17,5 5,9 534 15,8 5,7 456 15,8 4,8 1.992 17,2 5,9Fonte: PNI/ 2006Nota: * Taxa por 100.000 doses aplicadas.

§ Percentual do total de notificações de cada Unidade da Federação ou Macro-Região.

97

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98

Havia referência de evolução para óbito em três (3/1.519) casos de

convulsão, sendo dois do sexo masculino e um do sexo feminino. Os dois óbitos em

crianças do sexo masculino ocorreram temporalmente associados à 3ª dose, tendo

um ocorrido em 2003, no Estado de Santa Catarina, em menino de seis meses de

idade, e outro em 2005, no Estado de Minas Gerais, em menino de 10 meses d e

idade. O caso do sexo feminino ocorreu temporalmente associado à 2ª dose da

vacina, em 2003, no Estado do Paraná, em menina de sete meses de idade. Todos

os casos de Convulsão pós-Tetravalente com evolução para óbito apresentavam

entre uma e seis horas de tempo decorrido entre a aplicação da vacina e o evento e

todos tinham referência de hospitalização, sendo que, dos do is casos com o tipo de

hospitalização informado, um assinalava Unidade de Emergência e o outro, Posto

de Saúde. Não há informações nesse banco de dados, como já referido, sobre a

investigação dos óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas, tampouco

descrição dos tipos de seqüelas temporalmente associadas à vacinação.

A conduta tomada após a notificação dos casos de convulsão com

relação ao esquema vacinal com Tetravalente estava descrita em 72,5%

(1.444/1.992) dos casos notificados, sendo que em a vacina foi contra -indicada

com substituição em 92,7% (1.338/1.444) e mantida em 4,4% (64/1.444).

A Convulsão foi notificada como evento isola do em 80,9%

(1.611/1.992) dos casos. Em 17,3% (344/1 .992) estava associada a um

evento e em 1,9% (37/1.992) estava associada a dois ou mais eventos. Febre

foi o evento mais freqüentemente associado à convulsão, encontrado em

17,2% dos casos (343/1.992), sendo predominante a febre acima de 39,5ºC,

que ocorreu em 13,7% (273/1.992) dos casos.

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99

Tabela 9 – Características dos casos notificados de Convulsão pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002-2005.

Característica 2002-2005(n=1.992)

2002(n=448)

2003(n=554)

2004(n=534)

2005(n=456)

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)Sexo Feminino 919 (46,1) 210 (46,9) 256 (46,2) 252 (47,2) 201 (44,1)

Masculino 1.073 (53,9) 238 (53,1) 298 (53,8) 282 (52,8) 255 (55,9)Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)

Idade Media 4 meses 4 meses 4 meses 4,1 meses 4 mesesMediana 4 meses 4 meses 4 meses 4 meses 4 mesesModa 2 meses 2 meses 2 meses 2 meses 2 meses

1ª Dose 866 (43,6) 204 (45,6) 228 (41,5) 227 (42,5) 207 (45,5)Dose aplicada2ª Dose 743 (37,4) 164 (36,7) 220 (40,0) 206 (38,6) 153 (33,6)3ª Dose 377 (19,0) 79 (17,7) 102 (18,5) 101 (18,9) 95 (20,9)Total 1.986 (100,0) 447 (100,0) 550 (100,0) 534 (100,0) 455 (100,0)

<4m 829 (41,6) 189 (42,2) 220 (39,7) 221 (41,4) 199 (43,6)Faixa etária (emmeses) 4 a 5m 681 (34,2) 151 (33,7) 206 (37,2) 179 (33,5) 145 (31,8)

6 a 7m 372 (18,7) 81 (18,1) 97 (17,5) 101 (18,9) 93 (20,4)>7m 110 (5,5) 27 (6,0) 31 (5,6) 33 (6,2) 19 (4,2)Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)

<1h 369 (18,5) 94 (21,0) 107 (19,3) 95 (17,8) 73 (16,0)1 a 6h 1.242 (62,3) 274 (61,2) 346 (62,5) 318 (59,6) 304 (66,7)

Intervalo entreaplicação eevento 7 a 12h 191 (9,6) 44 (9,8) 45 (8,1) 63 (11,8) 39 (8,6)

13 a 24h 109 (5,5) 27 (6,0) 31 (5,6) 30 (5,6) 21 (4,6)>24 h 81 (4,1) 9 (2,0) 25 (4,5) 28 (5,2) 19 (4,2)Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)

continua

99

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100

Tabela 9 – Características dos casos notificados de Convulsão pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002-2005.continuaçao

Característica 2002-2005(n=1.992)

2002(n=448)

2003(n=554)

2004(n=534)

2005(n=456)

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)Não 476 (23,9) 143 (31,9) 149 (26,9) 110 (20,6) 74 (16,2)Sim 1.516 (76,1) 305 (68,1) 405 (73,1) 424 (79,4) 382 (83,8)

Atendimento médico/Hospitalização

Total 1.992 (100,0) 448 (100,0) 554 (100,0) 534 (100,0) 456 (100,0)

<12h 1.085 (71,6) 257 (84,3) 244 (60,2) 273 (64,4) 311 (81,4)Tempo dehospitalização 12 a 24h 252 (16,6) 28 (9,2) 105 (25,9) 91 (21,5) 28 (7,3)

25 a 48h 80 (5,3) 11 (3,6) 25 (6,2) 28 (6,6) 16 (4,2)>48h 99 (6,5) 9 (3,0) 31 (7,7) 32 (7,5) 27 (7,1)Total 1.516 (100,0) 305 (100,0) 405 (100,0) 424 (100,0) 382 (100,0)

Posto de Saúde 116 (12,7) 4 (6,5) 22 (9,6) 37 (12,7) 53 (16,1)Tipo de AtendimentoMédico Enfermaria 140 (15,3) 16 (25,8) 40 (17,5) 37 (12,7) 47 (14,2)

Emergência 631 (69,1) 39 (62,9) 165 (72,1) 207 (70,9) 220 (66,7)UTI 17 (1,9) 3 (4,8) 2 (0,9) 10 (3,4) 2 (0,6)Outros 9 (1,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (0,3) 8 (2,4)Total 913 (100,0) 62 (100,0) 229 (100,0) 292 (100,0) 330 (100,0)

Evolução Cura s/ sequelas 1.503 (98,9) 102 (100,0) 452 (97,8) 511 (99,6) 438 (99,1)Cura c/ sequelas 13 (0,9) 0 (0,0) 8 (1,7) 2 (0,4) 3 (0,7)Óbito 3 (0,2) 0 (0,0) 2 (0,4) 0 (0,0) 1 (0,2)Total 1.519 (100,0) 102 (100,0) 462 (100,0) 513 (100,0) 442 (100,0)

Conduta Mantido esquema 64 (4,4) 4 (4,0) 21 (4,7) 23 (4,9) 16 (3,7)Contra-indicação semtroca 42 (2,9) 3 (3,0) 22 (4,9) 6 (1,3) 11 (2,5)

Contra-indicação comtroca 1.338 (92,7) 92 (92,9) 403 (90,4) 436 (93,8) 407 (93,8)

Total 1.444 (100,0) 99 (100,0) 446 (100,0) 465 (100,0) 434 (100,0)

Fonte: PNI, 2006.

100

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101

4.1.3 Óbitos

No período de 2002 a 2005 foram notificados 34 casos de EAPV-T em

menores de um ano de idade com evolução para óbito. Destes, 14 casos tiveram

fechamento assinalado como “descartados”, quatro como “em investigação”, dois

como “indefinidos”, dois como “sem fechamento” e 12 como “confirmados”.

Dos 12 óbitos notificados no período de estudo como

confirmados, oito eram do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com

idade média de 4,9 meses e mediana de 4 meses (DP =2,4 meses).

Quando analisada a idade por sexo, observo u-se uma maior

variação nas crianças do sexo masculino, que apresentavam idade média e

mediana de cinco meses (DP=2,8 meses), com idades variando de dois a 10

meses. As crianças do sexo feminino que evoluíram para óbito

apresentavam idade média de 4,8 mese s, mediana de quatro meses

(DP=1,5 meses), com idade variando de quatro meses a sete meses.

A 2ª dose foi mais freqüentemente associada ao óbito , estando

relacionada a cinco dos 12 óbitos notificados como confirmados, sendo que todos os

quatro óbitos de crianças do sexo feminino foram temporalmente associados a essa

dose. Após a 3ª dose foram associados quatro óbitos e após a 1ª dose, três óbitos.

Considerando o total de doses de Tetravalente aplicadas no país no

período de 2002 a 2005, os óbitos temporalmente associados a vacina

Tetravalente representaram uma taxa de 0,04 casos 100.000 doses aplicadas,

ou 1 caso/2.834.988 doses aplicadas. Apenas duas Macro-Regiões

apresentaram casos confirmados com evolução para óbito: Região Sul, com

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102

sete casos e Região Sudeste, com cinco casos, sendo quatro os Estados:

Santa Catarina (cinco casos), Minas Gerais (quatro casos), Paraná (dois casos)

e São Paulo (um caso). Considerando o número de doses aplicadas por

Unidade da Federação, as taxas de óbitos por 100.000 doses aplicadas foram

de 0,53 para o Estado de Santa Catarina, 0,13 para o Estado de Minas Gerais,

0,12 para o Estado do Paraná e 0,01 para o Estado de São Paulo.

A maioria dos óbitos ocorreu no ano de 2003, com nove casos,

sendo oito entre fevereiro e maio daquele ano. A única semana epidemiológica

em que ocorreu mais de um caso de óbito foi a semana 08 de 2003, que

apresentou dois casos, sendo um no Estado de Santa Catarina e um no Estado

de São Paulo. Os demais casos ficaram dispersos nas semanas subseqüentes .

No ano de 2002 ocorreram dois óbitos e um no ano de 2005.

Dentre os 12 casos notificados com evolução para óbito, o evento

adverso que mais freqüentemente esteve temporalmente relacionado foi o EHH, em

41,7% (5/12) dos casos, seguido de Convulsão, em 25% (3/12). Nos outros casos

ocorreram Hipersensibilidade até 2 horas em um deles e febre maior que 39ºC no

outro. Os dois eventos restantes foram Abscesso Local Quente e Abscesso Local

Frio. Devido a este último evento não ser relacionado com a vacina Tetrav alente,

todo o Banco de Dados do SI-EAPV foi verificado e constatado que, além dele,

todos os demais casos notificados e assinalados como confirmados como EAPV-T

com evolução para óbito foram notificados exclusivamente como temporalmente

associados à vacinação com Tetravalente.

Em 75% (9/12) dos casos o evento ocorreu nas primeiras seis horas da

aplicação da vacina, em um caso em menos de uma hora e em dois casos em mais

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103

de 72 horas, sendo estes os Abscessos quente e frio, com o evento ocorrido após

sete e dez dias da aplicação da vacina, respectivamente . O campo Tempo

Decorrido, na Ficha de Notificação de EAPV, refere -se ao intervalo de tempo entre a

aplicação da vacina e o início do evento adverso, não sendo possível determinar se

nos casos de óbitos (assinalados no campo Evolução), o tempo decorrido foi

utilizado para referir-se ao intervalo entre a aplicação da vacina e o óbito.

Foi encontrada referência de atendimento médico/hospitalização em

83,3% (10/12) dos casos com evolução para óbito, com o t ipo de atendimento

médico/hospitalização informado em 80% (8/10) destes, sendo seis em

Unidades de Emergência, um em Enfermaria e um em Posto de Saúde.

Dos 12 óbitos referidos como confirmados de EAPV -T, 83,3%

(10/12) tinham a informação do número do lote, send o que nenhum

desses lotes estava associado a mais de um óbito. Desses 10 lotes

informados, 50% (5/10) apresentavam outras notificações, totalizando

outros 64 eventos que não evoluíram para óbito, entre eles Febre em

40,6% (26/64), EHH em 28,1% (18/64), Con vulsão em 9,4% (6/64) e

outros não graves em menor proporção .

Entre os oito óbitos com fechamento diferente de “confirmado” ou

“descartado”, sete eram do sexo masculino, seis ocorreram após a 1ª dose,

cinco com idade de dois meses, cinco após 24 horas da aplicação da vacina,

dois casos com evento EHH, um caso com Convulsão e três com “Outros

Eventos Graves/ Inusitados”, quatro do Estado de São Paulo (todos “em

investigação”, sendo três em 2005 e um em 2002), dois na Bahia (um

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104

“indefinido”, em 2003 e um “sem fechamento”, em 2004), um em Mato Grosso

(“sem fechamento”, em 2004) e um no Paraná (“indefinido”, em 2003).

Não há informações nesse banco de dados sobre a investigação

dos óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas.

4.2 CARACTERÍSTICAS RELATIVAS A OS EVENTOS ADVERSOS

PÓS-VACINA DTP 2000-2001

Foram aplicadas quase 20 milhões de doses de vacina DTP no Brasil

de 2000 a 2001 (DATASUS, 2006) (Anexo 11). A cobertura vacinal com 3ª

dose da vacina DTP, segundo dados consolidados nacionais, foi superior a

95% em todas as Macro-Regiões do país, com exceção da Região Norte nos

dois anos e Nordeste em 2000 (Anexo 12).

Nesse período ocorreram 3.871 notificações de eventos adversos pós -

vacina DTP (EAPV-DTP) em crianças menores de 12 meses de idade.

Destas, foram excluídos 68 eventos por duplicidade, 8 eventos por

fechamento diferente de “confirmado”, sendo 2 como “descartado”, 5 como

“indefinido” e 1 como “em investigação”. Foram excluídos, ainda, 34 eventos

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) associados à convulsão, sendo

mantido apenas esta última. Foram, então, incluídos para análise 3.761

eventos, apresentados por 3.487 crianças, aqui denominadas Caso

Notificado, sendo 1.486 casos em 2000 e 2.001 casos em 2001 (Tabela 10).

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Tabela 10 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP de acordo com número de eventosapresentados, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000-2001.

2000 2001 2000-2001Número de eventos Número de eventosRegião Estado

1 2 3 4Total deCasos

Total deeventos 1 2 3

Total deCasos

Total deeventos

Totalde

Casos

Total deeventos

AC 0 0 0 0 0 0 9 0 0 9 9 9 9AM 10 1 0 0 11 12 9 2 0 11 13 22 25AP 1 0 0 0 1 1 4 0 0 4 4 5 5PA 23 7 1 0 31 40 41 2 0 43 45 74 85RO 12 0 0 0 12 12 10 0 1 11 13 23 25RR 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1TO 0 0 0 0 0 0 6 0 0 6 6 6 6

Nor

te

Sub-Total 46 8 1 0 55 65 80 4 1 85 91 140 156

AL 8 0 0 0 8 8 28 1 0 29 30 37 38BA 28 2 0 0 30 32 59 1 0 60 61 90 93CE 7 1 0 0 8 9 31 2 0 33 35 41 44MA 15 2 0 0 17 19 21 0 0 21 21 38 40PB 4 0 0 0 4 4 5 2 0 7 9 11 13PE 16 3 0 0 19 22 23 1 0 24 25 43 47PI 2 0 0 0 2 2 5 0 0 5 5 7 7RN 3 0 0 0 3 3 4 0 0 4 4 7 7SE 13 1 0 0 14 15 29 0 0 29 29 43 44

Nor

dest

e

Sub-Total 96 9 0 0 105 114 205 7 0 212 219 317 333

PR 36 6 0 0 42 48 48 3 0 51 54 93 102RS 268 4 0 0 272 276 252 8 0 260 268 532 544Su

l

SC 149 0 0 1 150 153 196 10 3 209 225 359 378Sub-Total 453 10 0 1 464 477 496 21 3 520 547 984 1.024

continua

105

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106

Tabela 10 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP de acordo com número de eventosapresentados, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000-2001.

continuação

2000 2001 2000-2001Número de eventos Número de eventosRegião Estado

1 2 3 4Total deCasos

Total deeventos 1 2 3

Total deCasos

Total deeventos

Totalde

Casos

Total deeventos

ES 43 3 0 0 46 49 65 4 0 69 73 115 122MG 98 19 0 0 117 136 169 15 0 184 199 301 335RJ 81 6 0 0 87 93 79 13 0 92 105 179 198SP 455 18 1 1 475 498 561 83 1 645 730 1.120 1.228

Sudeste

Sub-Total 677 46 1 1 725 776 874 115 1 990 1.107 1.715 1.883

DF 42 2 0 0 44 46 65 0 0 65 65 109 111GO 35 1 0 0 36 37 44 2 0 46 48 82 85MS 16 1 0 0 17 18 9 0 0 9 9 26 27MT 32 8 0 0 40 48 58 12 4 74 94 114 142

Centro-Oeste

Sub-Total 125 12 0 0 137 149 176 14 4 194 216 331 365

Total 1.397 85 2 2 1.486 1.581 1.831 161 9 2.001 2.180 3.487 3.761Fonte: PNI, 2006.

106

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107

Do total de casos notificados no período, 53,4% (1.862/3.487) eram

do sexo masculino e 46,6% (1.625/3.487) do sexo feminino . Para ambos os

sexos, a média das idades foi de 3,8 meses e a mediana foi de 4 meses, com

desvio padrão de 2 meses para masculino e 2,2 para feminino (Anexo 13).

Quando analisado por dose aplicada, observou -se que a média de

idade corresponde à idade recomendada de aplicação de cada dose e que a

proporção de eventos adversos notificados diminuiu a cada dose aplicada

(Figura 19). Quando analisada a idade mínima de aplicação por dose

aplicada encontrou-se 2,0% de crianças com idade inferior à recomendada.

Figura 19 – Distribuição percentual de casos de eventos adversos pós-vacina DTP por dose aplicada e idade. Brasil, 200 0-2001.

0

20

40

60

80

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Idade em Meses

% d

e Ca

sos

1ª Dose 2ª Dose 3ª Dose

Fonte: PNI, 2006.

As taxas de casos notificados de eventos adversos por 100.000

doses aplicadas da vacina DTP por ano estão apresentadas na Figura 20 e

detalhadas no Anexo 14. Observou-se, para a totalidade de casos

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108

notificados no Brasil no período de 2000 e 2001, uma taxa de 17,7

casos/100.000 doses aplicadas, com uma distribuição não homogênea pelo

país. A Região Sul apresentou as maiores taxas de casos notificados, sendo

que o Estado de Santa Catarina foi o Estado com a maior taxa para o

período, de 63,1 casos/100.000 doses aplicadas. A Região Nordeste

apresentou as menores taxas de EAP V-DTP, com 5,3 casos/100.000 doses

aplicadas, porém o Estado com menor taxa pertence à Região Norte,

Roraima, com 1,5 casos/100.000 doses aplicadas. Com exceção dos

Estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul e Amazonas, todos os demais

Estados apresentaram um aumento na s suas taxas de notificação no

segundo ano analisado.

Figura 20 – Taxa de casos de eventos adversos pós-vacina DTP por100.000 doses aplicadas por Macro -Regiões. Brasil, 2000-2001.

0,05,0

10,015,020,025,030,035,040,045,0

2000 2001

Ano

Taxa

por

100

.000

dos

es a

plic

adas

Sul Centro-Oeste Sudeste Norte Nordeste Brasil

Fonte: PNI, 2006.

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109

As distribuições dos casos notificados por mês e semana

epidemiológica de aplicação estão apresentadas nas Figuras 21 e 22,

respectivamente. Observou-se um discreto aumento do número de

notificações nos meses de agosto e outubro, com os maiores picos de

notificações de EAPV-DTP do período avaliado ocorrendo na semana 34 em

2001 (70 casos) e semana 33 em 2000 (62 casos).

Figura 21 – Distribuição de casos de eventos adversos pós-vacina DTP porano e mês de aplicação. Brasil, 2000-2001.

0

50

100

150

200

250

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Mês de aplicação

Núm

ero

de C

asos

2000 2001

Fonte: PNI, 2006.

Figura 22 – Distribuição de casos de evento adversos pós -vacina DTP porano e semana epidemiológica de aplicação. Brasil, 2000-2001.

01020304050607080

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

Semana Epidemiológica

Núm

ero

de C

asos

2000 2001

Fonte: PNI, 2006.

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110

Os casos considerados graves, conforme critérios adotados nesta

análise totalizaram 79,1% dos casos notificados no período estudado, tendo

ocorrido uma maior proporção (80,2%) em 2001, que também teve a maior

taxa por 100.000 doses aplicadas (16,3). O percentual de casos graves

notificados foi maior que para os casos considerados leves em todas as

Macro-Regiões do Brasil, com oscilações ano a ano (Figura 23).

Figura 23 – Distribuição de casos de eventos adversos pós -vacina DTP porMacro-Regiões, segundo gravidade. Brasil, 200 0-2001.

0102030405060708090

100

Nor

te

Nor

dest

e

Sul

Sude

ste

Cen

tro-

Oes

te

Nor

te

Nor

dest

e

Sul

Sude

ste

Cen

tro-

Oes

teNão Grave Grave

%

2000

2001

Fonte: PNI, 2006.

A Tabela 11 apresenta a distribuição dos EAPV-DTP de acordo

com o intervalo de tempo decorrido entre a aplicação da vacina e a

ocorrência do evento adverso e a Figura 24 apresenta a distribuição dos

principais eventos a partir desse critério, onde se observa que a grande

maioria (84,6%) dos eventos adversos ocorreu nas primeiras seis horas da

aplicação da vacina, com dois picos, um com menos de uma hora (20,6%) e

outro com duas horas (21,5%) da aplicação da vacina.

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111

Tabela 11 - Distribuição dos principais tipos de evento adverso pós-vacina DTP notificados, segundo tempo decorridoentre a aplicação da vacina Tetravalente e a ocorrência do evento adverso. Brasil, 2000-2001.

<1h 1 a 6h 7 a 12h 13 a 24h 25 a 48h 49 a 72h >72h TotalTipo de EAPV-DTP

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 445 (55,5) 1247 (52,2) 75 (28,7) 33 (20,4) 14 (22,2) 3 (12,0) 2 (3,3) 1.819 (48,4)Convulsão 198 (24,7) 524 (22,0) 73 (28,0) 49 (30,2) 15 (23,8) 2 (8,0) 4 (6,6) 865 (23,0) Convulsão Febril 138 (17,2) 412 (17,3) 64 (24,5) 36 (22,2) 13 (20,6) 1 (4,0) 2 (3,3) 666 (17,7) Convulsão Afebril 60 (7,5) 112 (4,7) 9 (3,4) 13 (8,0) 2 (3,2) 1 (4,0) 2 (3,3) 199 (5,3)Febre 76 (9,5) 448 (18,8) 75 (28,7) 40 (24,7) 19 (30,2) 4 (16,0) 5 (8,2) 667 (17,7) Febre> 39,5 70 (8,7) 438 (18,3) 73 (28,0) 40 (24,7) 19 (30,2) 4 (16,0) 5 (8,2) 649 (17,3) Febre < 39,5 6 (0,7) 10 (0,4) 2 (0,8) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 18 (0,5)Hipersensibilidade até 2 horas 28 (3,5) 35 (1,5) (0,0) 1 (0,6) (0,0) 0 (0,0) 1 (1,6) 65 (1,7)Hipersensibilidade após 2 horas 6 (0,7) 44 (1,8) 25 (9,6) 21 (13,0) 5 (7,9) 3 (12,0) 4 (6,6) 108 (2,9)Abscesso Quente 2 (0,2) 13 (0,5) 4 (1,5) 7 (4,3) 4 (6,3) 8 (32,0) 30 (49,2) 68 (1,8)Exantema generalizado 6 (0,7) 12 (0,5) 2 (0,8) 1 (0,6) 1 (1,6) 3 (12,0) 2 (3,3) 27 (0,7)Outros eventos graves e/ou inusitados 4 (0,5) 12 (0,5) (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,6) 17 (0,5)Choque anafilático 5 (0,6) 4 (0,2) (0,0) 2 (1,2) 1 (1,6) 0 (0,0) 0 (0,0) 12 (0,3)Abscesso Frio (0,0) 2 (0,1) 1 (0,4) 2 (1,2) 2 (3,2) 1 (4,0) 3 (4,9) 11 (0,3)Dor, rubor e calor 2 (0,2) 5 (0,2) 1 (0,4) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (3,3) 10 (0,3)Total de eventos 802 (100,0) 2387 (100,0) 261 (100,0) 162 (100,0) 63 (100,0) 25 (100,0) 61 (100,0) 3.761 (100,0)

Fonte: PNI, 2006

111

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112

Figura 24 – Distribuição proporcional do intervalo entre a aplicação davacina e o evento adverso pós -vacina DTP. Brasil, 2000-2001.

20,9

12,6

21,5

12,69,7

3,3 4,17,0

4,31,7 0,7 1,6

0

5

10

15

20

25

<1h 1h 2h 3h 4h 5h 6h 7-12h 13-24h 25-48h 49-72h >72h

Intervalo entre a aplicação e o evento

%

Fonte: PNI, 2006.

Dentre os casos notificados, foi referido atendimento

médico/hospitalização em 46,9% (1.636/ 3.487) das crianças que

apresentaram EAPV-DTP (Tabela 12); destas, em 94,9% (1.553/1636) dos

casos o tipo de atendimento médico/hospitalização não estava disponível.

(Tabela 13).

Em apenas 4,6% (159/3.487) dos casos notificados havia informação

sobre a conduta em relação ao esquema vacinal (Figura 25). A evolução dos

casos notificados também estava informada em apenas 4,8%(167/3.487)

dos casos notificados (Figura 26). Havia a informação de dois óbitos (0,1%

dos casos notificados) e cura com seqüelas em dois casos notificados

(0,1%), porém, como já referido, nesse Banco de Dados não há informações

sobre a investigação do óbito e/ou descrição do tipo de seqüela

temporalmente associados à vacinação.

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113

Tabela 12 - Distribuição dos casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP, com referência de atendimento médico/hospitalização, segundoMacro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000-2001.

2000 2001 2000-2001Regiões EstadosN (%)* N (%)* N (%)*

AC 0 (0,0) 9 (100,0) 9 (100,0)AM 3 (27,3) 8 (72,7) 11 (50,0)AP 0 (0,0) 4 (100,0) 4 (80,0)PA 17 (54,8) 30 (69,8) 47 (63,5)RO 6 (50,0) 7 (63,6) 13 (56,5)RR 0 (0,0) 1 (100,0) 1 (100,0)TO 0 (0,0) 4 (66,7) 4 (66,7)

Nor

te

Sub-Total 26 (47,3) 63 (74,1) 89 (63,6)

AL 3 (37,5) 13 (44,8) 16 (43,2)BA 24 (80,0) 35 (58,3) 59 (65,6)CE 6 (75,0) 23 (69,7) 29 (70,7)MA 15 (88,2) 13 (61,9) 28 (73,7)PB 2 (50,0) 3 (42,9) 5 (45,5)PE 8 (42,1) 11 (45,8) 19 (44,2)PI 1 (50,0) 3 (60,0) 4 (57,1)RN 2 (66,7) 1 (25,0) 3 (42,9)SE 10 (71,4) 20 (69,0) 30 (69,8)

Nor

dest

e

Sub-Total 71 (67,6) 122 (57,5) 193 (60,9)

PR 18 (42,9) 23 (45,1) 41 (44,1)RS 88 (32,4) 60 (23,1) 148 (27,8)SC 94 (62,7) 143 (68,4) 237 (66,0)Su

l

Sub-Total 200 (43,1) 226 (43,5) 426 (43,3)

ES 30 (65,2) 46 (66,7) 76 (66,1)MG 64 (54,7) 104 (56,5) 168 (55,8)RJ 53 (60,9) 58 (63,0) 111 (62,0)SP 188 (39,6) 227 (35,2) 415 (37,1)Su

dest

e

Sub-Total 335 (46,2) 435 (43,9) 770 (44,9)

DF 35 (79,5) 48 (73,8) 83 (76,1)GO 28 (77,8) 31 (67,4) 59 (72,0)MS 10 (58,8) 3 (33,3) 13 (50,0)MT 1 (2,5) 2 (2,7) 3 (2,6)

Cen

tro-

Oes

te

Sub-Total 74 (54,0) 84 (43,3) 158 (47,7)

Brasil 706 (47,5) 930 (46,5) 1.636 (46,9)Fonte: PNI, 2006.Nota: * Percentual do total de casos notificados por cada Unidade da Federação ou Macro -

Região.

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114

Tabela 13 - Distribuição dos eventos adversos pós-vacina DTP notificados, segundo tipo e tempo de atendimentomédico/hospitalização. Brasil, 2000-2001.

Tempo de Hospitalização

Tipo < 1 h 1 - 6 h 7 - 12 h 13 - 24 h 25 - 48 h > 48 h Total

N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)

Posto de Saúde 7 (87,5) 1 (12,5) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 8 (100,0)

Enfermaria 1 (4,3) 1 (4,3) 2 (8,7) 7 (30,4) 6 (26,1) 6 (26,1) 23 (100,0)

Emergência 16 (32,0) 14 (28,0) 8 (16,0) 8 (16,0) 1 (2,0) 3 (6,0) 50 (100,0)

Outros 2 (100,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (100,0)

Sem informação 1.536 (98,9) 5 (0,3) 0 (0,0) 7 (0,5) 2 (0,1) 3 (0,2) 1.553 (100,0)

Total 1.562 (95,5) 21 (1,3) 10 (0,6) 22 (1,3) 9 (0,6) 12 (0,7) 1.636 (100,0)

Fonte: PNI, 2006.

114

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115

Figura 25 – Distribuição de casos notificados de evento s adversos pós-vacina DTP, segundo conduta frente ao esquema vacinal. Brasil, 2000-2001.

135 (84,9%)

24 (15,1%)

020406080

100120140160

Mantido esquema Contra-indicação com troca deesquema

Conduta

Núm

ero

de C

asos

Fonte: PNI, 2006.

Figura 26 – Distribuição dos casos notificados de evento s adversos pós-vacina DTP, segundo evolução. Brasil, 2000 -2001.

2 (1,2%)2 (1,2%)

163 (97,6%)

020406080

100120140160180200

Cura sem sequelas Cura com sequelas Óbito

Evolução

Núm

ero

de c

asos

Fonte: PNI, 2006.

Havia informação sobre o número do lote em 83% (2.890/3.4 87)

dos casos notificados de EAPV -DTP. Para estes encontrou-se 1.301 lotes,

com um número médio de 2,7 notificações por lote. Para 24,2% (844/3.487)

dos lotes informados havia apenas uma notificação e para 6,9% (242/3.487)

apenas duas notificações. Os seis lotes com maior freqüência somaram 110

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116

casos (3,2%), Na análise por semana epidemiológica e ano foi observada

uma distribuição por longos pe ríodos das notificações desses seis lotes,

mesmo se considerados os demais sub -lotes do lote principal a que

pertencem, que totalizaram 336 casos (9,6%). Na análise por Macro -Regiões

e Unidades da Federação encontrou -se distribuição irregular, com um

mesmo lote sendo encontrado em notificações de Estados das cinco

Regiões.

Os EAPV-DTP mais freqüentes no período de 2002 a 2001 foram:

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (n=1.818), convulsão (n=865) e febre

(n=667) que juntos totalizaram 89,1% (3.351/3.761) dos eventos notificados.

Outros eventos também classificados como graves ficaram entre os eventos

menos freqüentes, como choque anafilático (n=12) e púrpura (n=4), ou não

tiveram notificações, como encefalopatia (Tabela 14).

Tabela 14 – Taxa dos principais eventos adversos pós-vacina DTPnotificados, por 100.000 doses aplicadas. Brasil, 2000 -2001.

Tipo de EAPV NTaxa/ 100.000

dosesaplicadas

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo 1819 9,2Convulsão 865 4,4 Convulsão Febril 666 3,4 Convulsão Afebril 199 1,0Febre 667 3,4 Febre> 39,5 649 3,3 Febre < 39,5 18 0,1Hipersensibilidade após 2 horas 108 0,5Hipersensibilidade até 2 horas 65 0,3Abscesso Quente 68 0,3Exantema generalizado 27 0,1Outros eventos graves e/ou inusitados 17 0,1Choque anafilático 12 0,1Abscesso Frio 11 0,1Dor, rubor e calor 10 0,1Total de eventos 3.761 19,1

Fonte: PNI, 2006.

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117

O Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo ocorreu em 52,2%

(1.819/3.487) dos casos notificados. Considerando o total de doses

aplicadas no período, o EHH foi notificado na proporção de 9,2

casos/100.000 doses aplicadas, ou 1 caso /10.846 doses aplicadas. A Tabela

15 demonstra as características apresentadas pelos casos notificados de

EHH pós-DTP nesse período.

A Convulsão ocorreu em 24,8% (865/3.487) dos casos

notificados, sendo a Convulsão Febril a mais freqüente, responsável por

76,9% (666/865) dos casos notificados de Convulsão. Considerando o total

de doses aplicadas no período, a Convulsão ocorreu na proporção de 3,4

casos/100.000 doses aplicadas, ou 1 caso/22.809 doses aplicadas. As

características apresentadas pelos casos notificados de Co nvulsão estão

demonstradas na Tabela 16.

Dois casos de EAPV-DTP notificados no período de estudo

apresentaram evolução para óbito e fechamento igual a “confirmado”.

Destes, um era do sexo feminino, quatro meses de idade, com evento

ocorrido entre uma e seis horas após a aplicação da 1ª dose da vacina, em

2000, no Estado de Alagoas. O lote desse caso também foi referido em mais

três eventos, sendo dois EHH e um convulsão, todos com evolução

ignorada. O outro caso era do sexo masculino, dois meses de idade, c om

evento ocorrido após 72 horas da aplicação da 1ª dose vacina (15 dias) , em

2001, no Estado de Santa Catarina. O lote foi notificado em mais dois

eventos, sendo um convulsão e o outro febre maior que 39,5ºC, ambos com

evolução ignorada.

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118

Tabela 15 - Características dos casos notificados de Episódio Hipotônico -Hiporresponsivo pós-vacina DTP. Brasil, 2000-2001.

2000 - 2001 2000 2001Característica(N = 1819) (N = 747) (N = 1.072)

N (%) N (%) N (%)Sexo Feminino 864 (47,5) 337 (45,1) 527 (49,2)

Masculino 955 (52,5) 410 (54,9) 545 (50,8)Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)

Idade (em meses) Média 3,5 3,5 3,5Mediana 3 3 3

Dose aplicada 1ª Dose 1.039 (57,6) 427 (57,7) 612 (57,5)2ª Dose 513 (28,4) 193 (26,1) 320 (30,0)3ª Dose 253 (14,0) 120 (16,2) 133 (12,5)Total 1.805 (100,0) 740 (100,0) 1.065 (100,0)

< 4m 1.014 (55,7) 424 (56,8) 590 (55,0)Faixa etária4 a 5m 490 (26,9) 185 (24,8) 305 (28,5)6 a 7m 264 (14,5) 115 (15,4) 149 (13,9)> 7m 51 (2,8) 23 (3,1) 28 (2,6)Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)

<1h 445 (24,5) 195 (26,1) 250 (23,3)1 a 6h 1.247 (68,6) 500 (66,9) 747 (69,7)

Intervalo entreaplicação eevento 7 a 12h 75 (4,1) 28 (3,7) 47 (4,4)

13 a 24h 33 (1,8) 13 (1,7) 20 (1,9)>24 h 19 (1,0) 11 (1,5) 8 (0,7)Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)

Não 1.001 (55,0) 394 (52,7) 607 (56,6)Sim 818 (45,0) 353 (47,3) 465 (43,4)

Atendimentomédico/Hospitalização Total 1.819 (100,0) 747 (100,0) 1.072 (100,0)

<12h 803 (98,2) 345 (97,7) 458 (98,5)Tempo dehospitalização 12 a 24h 7 (0,9) 6 (1,7) 1 (0,2)

25 a 48h 5 (0,6) 2 (0,6) 3 (0,6)>48h 3 (0,4) 0 (0,0) 3 (0,6)Total 818 (100,0) 353 (100,0) 465 (100,0)

Posto de Saúde 3 (10,3) 1 (11,1) 2 (10,0)Enfermaria 8 (27,6) 4 (44,4) 4 (20,0)

Tipo deatendimentomédico* Emergência 18 (62,1) 4 (44,4) 14 (70,0)

Total 29 (100,0) 9 (100,0) 20 (100,0)

Evolução** Cura s/ seqüelas 86 (100,0) 35 (100,0) 51 (100,0)Total 86 (100,0) 35 (35,0) 51 (100,0)

Conduta*** Mantido esquema 3 (3,6) 1 (2,9) 2 (4,1)Contra-ind c/ troca 81 (96,4) 34 (97,1) 47 (95,9)Total 84 (100,0) 35 (100,0) 49 (100,0)

Fonte: PNI, 2006(Nota: Informação disponível somente em *29/818; **86/1.819; ***84/1.819 casos notificados)

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119

Tabela 16 - Características dos casos notificados de Convulsão pós -vacinaDTP. Brasil, 2000-2001.

2000 - 2001 2000 2001Característica(N = 865 ) (N = 363 ) (N = 502 )N (%) N (%) N (%)

Sexo Feminino 382 (44,2) 162 (44,6) 220 (43,8)Masculino 483 (55,8) 201 (55,4) 282 (56,2)Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)

Média 4,1 4,2 4Idade (em meses)Mediana 4 4 4

Dose aplicada 1ª Dose 386 (45,2) 153 (42,9) 233,0 (46,9)2ª Dose 277 (32,4) 116 (32,5) 161,0 (32,4)3ª Dose 191 (22,4) 88 (24,6) 103,0 (20,7)Total 854 (100,0) 357 (100,0) 497 (100,0)

Faixa etária < 4m 383 (44,3) 150 (41,3) 233 (46,4)4 a 5m 250 (28,9) 110 (30,3) 140 (27,9)6 a 7m 183 (21,2) 79 (21,8) 104 (20,7)> 7m 49 (5,7) 24 (6,6) 25 (5,0)Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)

<1h 198 (22,9) 87 (24,0) 111 (22,1)1 a 6h 524 (60,6) 220 (60,6) 304 (60,6)

Intervalo entreaplicação eevento 7 a 12h 73 (8,4) 25 (6,9) 48 (9,6)

13 a 24h 49 (5,7) 23 (6,3) 26 (5,2)>24 h 21 (2,4) 8 (2,2) 13 (2,6)Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)

Não 279 (32,3) 118 (32,5) 161 (32,1)Sim 586 (67,7) 245 (67,5) 341 (67,9)

Atendimentomédico/Hospitalização Total 865 (100,0) 363 (100,0) 502 (100,0)

<12h 557 (95,1) 235 (95,9) 322 (94,4)Tempo dehospitalização 12 a 24h 17 (2,9) 8 (3,3) 9 (2,6)

25 a 48h 4 (0,7) 1 (0,4) 3 (0,9)>48h 8 (1,4) 1 (0,4) 7 (2,1)Total 586 (100,0) 245 (100,0) 341 (100,0)

Posto de Saúde 3 (7,5) 1 (6,3) 2 (8,3)Enfermaria 12 (30,0) 7 (43,8) 5 (20,8)

Tipo deatendimentomédico* Emergência 25 (62,5) 8 (50,0) 17 (70,8)

Total 40 (100,0) 8 (50,0) 17 (70,8)

Evolução** Cura s/ seqüelas 46 (95,8) 21 (100,0) 25 (92,6)Cura c/ seqüelas 2 (4,2) 0 (0,0) 2 (7,4)Total 48 (100,0) 21 (100,0) 27 (100,0)

Conduta*** Mantido esquema 2 (4,3) 0 (0,0) 2 (7,1)Contra-ind c/ troca 45 (95,7) 19 (100,0) 26 (92,9)Total 47 (100,0) 19 (100,0) 28 (100,0)

Fonte: PNI, 2006.(Nota: Informação disponível somente em *40/586; **48/865; ***47/865 casos notificados)

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4.3 ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS À GR AVIDADE

Na análise bivariada foram encontradas associações

estatisticamente significativas entre gravidade dos casos de EAPV-T e o

intervalo de tempo decorrido e a dose aplicada. Observou -se que a

ocorrência de evento adverso em intervalo de tempo inferi or a uma hora

após a aplicação da vacina, bem como entre uma e seis horas , foi maior

(105% e 77%, respectivamente) que a prevalência de EAPV-T após seis

horas da aplicação. Em relação à dose aplicada, tanto a 1ª quanto a 2ª

doses apresentaram maior prevalê ncia de casos graves que a 3ª dose (11%

e 6% respectivamente). As variáveis sexo e faixa etária não apresentaram

significância estatística na análise bivariada (Tabela 17).

Em modelo ajustado, verificou-se que os intervalos de tempo

decorrido após a aplicação da vacina menor que uma hora e entre uma e

seis horas mantiveram-se estatisticamente significativos, representando

chance de ocorrência de caso grave de EAPV -T inversamente proporcional

ao tempo decorrido (Tabela 18).

Com relação à vacina DTP, na anál ise bivariada a 1ª dose

aplicada, a faixa etária de menores de quatro meses , o intervalo de tempo

decorrido entre a aplicação, tanto de uma a seis horas como menor que uma

hora, apresentaram associação estatisticamente significativa com gravidade

do caso de EAPV-DTP (Tabela 19). No modelo ajustado a dose da vacina

não manteve significância estatística (Tabela 20).

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Tabela 17 – Análise Bivariada relativa a fatores associados à gravidade docaso de evento adverso pós-vacina Tetravalente. Brasil, 2002 -2005.

Variáveis Grave(N)

Não-Grave(N) RP* IC 95% p

SexoFeminino 3.486 1.850 1,00 -Masculino 4.056 2.166 1,00 0,97-1,03

0,87

Total 7.542 4.016Faixa Etária

>7m 267 153 1,00 - -6 a 7m 1.109 728 0,95 0,88-1,03 0,234 a 5m 2.468 1.368 1,01 0.94-1,09 0,76< 4m 3.698 1.767 1,06 0,99-1,15 0,08Total 7.542 4.016

Intervalo entre aplicação e evento>6h 1.256 1.829 1,00 - -1-6h 4.844 1.864 1,77 1,70-1,86 <0,001<1h 1.285 251 2,05 1,96-2,16 <0,001Total 7.385 3.944

Dose aplicada3ª Dose 1.114 720 1,00 - -2ª Dose 2.607 1.451 1,06 1,01-1,10 <0,0011ª Dose 3.803 1.829 1,11 1,07-1,16 <0,001Total 7.524 4.000

* Razão de Prevalência

Tabela 18 – Modelo final da Regressão Logística analisando fatoresassociados à gravidade do caso de evento adverso pós-vacina Tetravalente.Brasil, 2002-2005.

Variáveis % graves OR*bruto OR*ajustado IC 95% pSexo

Feminino 65,3 1,00 1,00 - -Masculino 65,2 0,99 0,96 0,88-1,04 0,28

Faixa Etária>7m 63,6 1,00 1,00 -6 a 7m 60,4 0,87 0,84 0,67-1,07 0,164 a 5m 64,3 1,03 0,91 0,69-1,19 0,50<4m 67,7 1,20 0,97 0,72-1,33 0,87

Intervalo entre aplicação e evento>6h 40,7 1,00 1,00 - -1-6h 72,2 3,78 3,74 3,42-4,09 <0,001<1h 83,7 7,46 7,44 6,38-8,67 <0,001

Dose aplicada3ª Dose 60,7 1,00 1,00 - -2ª Dose 64,2 1,16 1,04 0,84-1,28 0,741ª Dose 67,5 1,34 1,09 0,84-1,41 0,51

* Odds Ratio

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Tabela 19 – Análise Bivariada relativos a fatores associadas à gravidade docaso de evento adverso pós-vacina DTP. Brasil, 2000-2001.

Variáveis Grave(N)

Não-Grave(N) RP* IC 95% p

SexoFeminino 1.181 344 1,00 -Masculino 1.247 385 0,99 0,95-1,03

0,49

Total 2.428 729Faixa Etária

>7m 107 39 1,00 - -6 a 7m 462 170 1,00 0,89-1,11 0,964 a 5m 756 243 1,03 0,93-1,15 0,53< 4m 1.433 277 1,14 1,03-1,26 0,01Total 2.758 729

Intervalo entre aplicação e evento>6h 375 303 1,00 - -1-6h 172 168 1,49 1,39-1,60 <0,001<1h 570 41 1,69 1,57-1,81 <0,001Total 1.117 512

Dose aplicada3ª Dose 464 168 1,00 -2ª Dose 805 250 1,04 0,98-1,10 0,181ª Dose 1.463 294 1,13 1,08-1,10 <0,001Total 2.732 712

* Razão de Prevalência

Tabela 20 - Modelo final da Regressão Logística analisando fatoresassociados à gravidade do caso de evento adverso pós -vacina DTP. Brasil,2000-2001.

Variáveis % graves OR*bruto OR*ajustado IC 95% pSexo

Feminino 77,4 1,00 1,00 - -Masculino 76,4 0,94 0,97 0,81-1,16 0,73

Faixa Etária>7m 73,3 1,00 1,00 - -6 a 7m 73,1 0,99 1,12 0,72-1,77 0,604 a 5m 75,7 1,13 1,18 0,72-2,00 0,51<4m 83,8 1,89 1,97 1,12-3,46 0,02

Intervalo entre aplicação e evento>6h 55,3 1,00 1,00 - -1-6h 50,6 3,76 3,61 2,98-4,38 <0,001<1h 93,3 11,23 11,36 7,92-16,29 <0,001

Dose aplicada3ª Dose 73,4 1,00 1,00 - -2ª Dose 76,3 1,17 1,08 0,73-1,60 0,691ª Dose 83,3 1,80 1,04 0,65-1,68 0,87

* Odds Ratio

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123

5. DISCUSSÃO

No presente estudo foi encontrado um substancial incremento das

taxas de casos de EAPV-T notificados por 100.000 doses aplicadas entre

2002 e 2005 (variando de 30,6 a 36,3), se comparadas às taxas de casos

EAPV-DPT entre 2000 e 2001 (14,9 e 20,6, respectivamente) . Esses valores

podem não indicar, necessariamente, uma maior reatogenicidade da vacina

Tetravalente, como será discutido adiante.

As taxas de EAPV-DPT entre 2000 e 2001 em menores de um

ano de idade encontradas na presente avaliação, período em que essa

vacina estava sendo utilizada simultaneamente à vacina Hib em sítios de

aplicação separados, são similares às taxas para a mesma vacina

encontradas no estudo de FREITAS (2005) no Estado de São Paulo, ao

mesmo período e faixa etária . Aquele estudo aponta também um incremento

da taxa geral de notificação de EAPV -DTP a partir do ano 2000, em relação

aos anos anteriores, quando do uso isolado da DTP.

Nos Estados Unidos, a taxa média de notificação de EAPV -DTP

no VAERS no período de 1991 a 2001 foi de 21,1 casos/ 100.000 doses

distribuídas; a vacina combinada Tetravalente (DTPw/Hib no estudo)

apresentou uma taxa menor (10,1 casos/100.000 doses distribuídas), porém

o estudo inclui crianças até sete anos de idade, fato que pode justificar a

diferença (CDC, 2003). Já em estudo realizado na Nova Zelândia, referente

às notificações recebidas pelo National To xicology Group’s Centre for

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Adverse Reactions Monitoring (CARM), o sistema de vigilância de eventos

adversos pós-vacinais do Ministério da Saúde daquele país, mostrou, assim

como o SVEAPV brasileiro, uma maior freqüência de eventos adversos com

a vacina DTP/Hib do que com a DTP, mas sem especificar a faixa etária

(MANSOOR e PILLANS, 1997).

Todas as taxas de EAPV, citadas acima, referem-se ao total de

casos que foram notificados em sistemas de vigilância passiva, existindo

uma variação muito grande no tipo d e evento notificado, na proporção de

gravidade, nas idades dos vacinados, nas definições de caso aplicadas em

cada período e local, além de diferentes proteínas carreadoras na vacina

conjugada Hib, tornando imprecisa qualquer comparação, não permitindo

conclusões a respeito.

Considerando a variabilidade de proporção de eventos graves e

não-graves entre os estudos de vigilância passiva, é possível que em uma

comparação feita especificamente por tipo de evento apresentado,

especialmente os considerados de maior interesse público, como EHH e

convulsão (BONHOEFFER et al., 2004; HEININGER, 2004), os dados sejam

menos sujeitos a vieses de notificação, portanto mais consistentes. Ambos

os eventos e a febre foram aqueles mais notificados, tanto na análise dos

EAPV-T notificados no Brasil, objeto desta dissertação, quanto na análise

dos EAPV-DTP do Estado de São Paulo, no período de 1984 a 2001 ,

realizado por FREITAS (2005).

No presente trabalho, a taxa média de EHH pós -Tetravalente no

Brasil chegou a duplicar no primeiro ano de sua utilização, em 2002 (18,1

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casos/100.000 doses aplicadas) , em relação à encontrada para a vacina

DTP entre 2000-2001 (9,2 casos/100.000 doses aplicadas) , quando do uso

simultâneo da vacina DTP e da Hib em aplicações separadas . Foi também

superior à encontrada na avaliação de FREITAS (2005), de metodologia

semelhante, em que a taxa de EHH pós-DTP situou-se entre 5 e 8

casos/100.000 doses aplicadas em 1997 e 1998 no Estado de São Paulo,

período de uso da DTP ainda isoladamente . Segundo aquele estudo, esses

números também já haviam apresentado um aumento ness es dois anos em

relação aos EHH notificados nos anos anteriores, que assinalavam taxas de

EHH em torno de 2 casos/100.000 doses aplicadas. De 1999 a 2001,

período de uso simultâneo DTP e Hib, as taxas de EHH situaram-se em

torno de 12 casos/100.000 doses aplicadas.

Apesar do incremento, as taxas de EHH notificados pós-

Tetravalente neste estudo ainda foram inferiores à encontrada pelo estudo

clássico de CODY et al. (1981) de vigilância ativa de EAPV-DTP, de 1

caso/1.750 doses, equivalente a 57,1 casos de EHH por 100.000 doses

aplicadas, bem como inferiores à taxa de EHH descrita em outros estudos

encontrados na literatura, que variam de 36 a 250 casos/100.000 doses

aplicadas da vacina DTP (VERMEER-DE-BONDT, 1998; BONHOEFFER et

al., 2004). Vale ressaltar que esses estudos incluíram crianças até seis ou

sete anos de idade e, como o predomínio dos casos de EHH ocorreu em

menores de um ano, a taxa desse evento para essa faixa etária fica

subestimada, uma vez que é considerado o total de doses aplicadas no seu

cálculo.

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126

As taxas de EHH nesta avaliação também foram inferiores às

encontradas no estudo de vigilância ativa pós -Tetravalente (VIGAT)

realizado em 2004 no Brasil, no município do Rio de Jane iro, que incluiu

apenas crianças menores de um ano de idade, cuja taxa de EHH pós-

Tetravalente foi de 1 caso/1.505 lactentes vacinados, o que equivale a 66

casos/100.000 doses aplicadas (MARTINS et al., 2005).

O único Estado do país a fazer exceção ao exp osto acima foi

Santa Catarina, cuja taxa de EHH encontrada neste estudo (70,3 casos/

100.000 doses aplicadas) foi um pouco maior que a observada no VIGAT

(MARTINS et al., 2005). Qualquer justificativa, neste estudo, para esse

achado seriam meras conjectura s, mas não se deve ignorá -lo. Uma

avaliação específica da vigilância dos EAPV naquele Estado poderia resultar

em sugestões de melhorias para o Sistema no Brasil, seja como descrição

de um modelo de atuação, seja como consolidação da necessidade de

reavaliação criteriosa do diagnóstico e definição de caso.

Analisando especificamente o Município do Rio de Janeiro e o

ano de 2004, a taxa de notificação de EHH pós-Tetravalente encontrada por

vigilância passiva, neste presente estudo, equivale a 28,6% da taxa de

casos de EHH encontrados por vigilância ativa por MARTINS et al. (2005)

naquele Município.

Considerando que aquele estudo (MARTINS et al., 2005) utilizou,

com rigor metodológico, um número substancial (21.064) de crianças

vacinadas em situações típicas de serviços de saúde, bem como a

consistência dos achados do estudo de vigilância ativa no Município do Rio

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de Janeiro quando comparado com o estudo clássico de CODY et al (1981),

e a semelhança das taxas encontradas na vigilância passiva do Município e

Nacional, é provável que esses resultados também se apliquem ao restante

do Brasil, podendo ser estimado que somente cerca de um terço dos

potenciais casos de EHH ocorridos pós -Tetravalente no país, como um todo,

tenham sido notificados no período em estudo . Essa estimativa, porém,

desconsidera a heterogeneidade das Unidades da Federação, necessitando

de estudos mais específicos para ser validada.

Com relação à convulsão, no presente estudo também foi

encontrado um incremento de notificações após a introdução da vacina

combinada Tetravalente (DTP/Hib) no Brasil , em 2002, em relação ao

consolidado nacional para DTP e Hib, em sítios de aplicação separados, nos

dois anos anteriores (3,4 casos/100.000 doses aplicadas) . O incremento foi

mais evidente no primeiro ano de utilização da Tetravalente (7,6

casos/100.000 doses aplicadas em 2002) , desacelerando nos anos

seguintes (5,9; 5,7 e 4,8 casos/100.000 doses aplicadas de 2003 a 2005,

respectivamente). Em todos os períodos, a convulsão febril foi mais

freqüente, sendo descrita em cerca de 80% dos casos de convulsão

notificados.

Essas taxas de convulsão pós -Tetravalente notificadas no Brasil

encontradas neste estudo foram semelhantes às taxas descritas em outros

dois estudos disponíveis na literatura , um realizado na Inglaterra

(FARRINGTON et al.,1995) e outro nos Estados Unidos (BARLOW et al.,

2001), que avaliaram o risco de convulsão pós -vacina DTP em revisões de

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prontuários médicos, com taxas de aproximadamente 6 a 9 casos de

convulsão/100.000 doses aplicadas.

No estudo da vigilância passiva do Estado de São Paulo

(FREITAS, 2005), também foi observado incremento das notificações de

convulsões pós-DTP em 1997 (aproximadamente 5 casos/100.000 doses

aplicadas) com relação aos anos anteriores (aproximadamente 2

casos/100.000 doses aplicadas), porém nos anos seguintes, até o último ano

avaliado (2001), a despeito da introdução da aplicação simultânea de vacina

contra Hib, a taxa de notificações estabilizou -se em torno de 4

casos/100.000 doses aplicadas, semelhante à taxa e ncontrada para o país

no mesmo período.

Apesar do aumento na proporção de notificações , nesta

avaliação, as taxas de convulsões pós-Tetravalente encontradas no país

também foram inferiores às taxas de convulsão pós-DTP descritas no estudo

clássico de vigilância ativa de CODY et al. (1981), de 1 caso/1.750 doses, o

que equivale a 57,1 casos/100.000 doses aplicadas (incluídas doses

aplicadas em crianças até seis anos de idade ), bem como inferior à taxa

observada no estudo de vigilância ativa no município do Rio de Janeiro

(VIGAT), de 1 caso/5.266 crianças vacinadas (considerados apenas

menores de um ano de idade) , equivalente a 19 casos/100.000 doses

aplicadas (MARTINS et al., 2005).

As exceções no caso das taxas de convulsões foram o Estado do

Espírito Santo, que apresentou taxa maior que a do VIGAT, e os Estados de

Santa Catarina e Acre, com taxas semelhantes. Assim como exposto acima,

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avaliações específicas da vigilância nos Estados com taxas próximas ou

superiores às esperadas podem contribuir para anális e da qualidade do

Sistema no país.

Considerando um número provável de casos esperados, tendo

como referência o VIGAT (MARTINS et al., 2005), com as mesmas

ressalvas descritas acima para o EHH, é provável que cerca de 30% dos

casos de convulsão pós-vacina Tetravalente tenham sido notificados no

Brasil nos primeiros quatro anos de introdução da vacina no país.

O incremento observado no número de notificações de EHH e

convulsões neste estudo, embora possa ser genuíno, decorrente de uma

potencialização da reatogenicidade da vacina DTP quando associada à anti -

Hib, ou vice-versa, não encontra respaldo em estudos científicos

previamente realizados. Portanto, é mais provável que seja resultado de

uma expectativa de aumento de eventos adversos induzida pela inclusão da

nova vacina combinada DTP/Hib no calendário vacinal do PNI, aumentando

a sensibilidade para notificação (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; MANSOOR

e PILLANS, 1997; SINGLETON et al., 1999; CDC, 2003; MARTINS et al.,

2005); e/ou resultado do maior investimento em capacitação de pessoal

promovido continuamente pelo PNI a partir de 1997 (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2003), e/ou, como sugerido por FREITAS (2005), ser explicado pela

necessidade da notificação do caso de EAPV para disponibilização pelos

Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIEs) da vacina

DTP acelular (DTPa), menos reatogênica, mas de custo mais elevado, para

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crianças que apresentaram EHH ou convulsão em doses anteriores de DTP

ou Tetravalente.

Vale ressaltar ainda que, apesar do crescimento nas taxas de

notificações, o total de Municípios notificantes representa apenas pouco

mais de um terço dos municípios do país, o que corrobora a hipótese de

subnotificação no SVEAPV.

A interpretação das taxas de EAPV -T encontradas por município

deve ser criteriosa, uma vez que alguns municípios, em conseqüência de

possuírem populações muito pequenas, apresentam para cálculo das taxas

um número pequeno de doses aplicadas no denominador. Assim, as taxas

de EAPV-T por 100.000 doses aplicadas tornam -se distorcidas,

extremamente elevadas, mesmo quando um número muito baixo de EAPV -T

foi notificado.

Devem ser consideradas, também, outras limitações para a

interpretação desses resultados, como as devidas à dificuldade em se obter

informações relativas à re-exposição entre indivíduos que apresentaram

reações pós-vacinais e a possibilidade de que várias vacinas sejam

administradas concomitantemente, dificultando a identificação daquela

possivelmente associada à reação adversa (BEGG e MILLER, 1990; CHEN

et al., 1997; WARD, 2000; CDC, 2003; WHO, 2005).

Existe, ainda, a possibilidade de vieses induzidos por erros de

diagnósticos, especialmente referentes ao EHH, uma condição fugaz, sem

correlato anatômico ou laboratorial, que pode ser confundida com uma série

de outros eventos, como a síncope e a convulsão, e que raramente é

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observada pelos profissionais da saúde, pois frequentemente já está resolvida

quando da chegada à unidade de saúde. A definição prévia de um evento na

ficha de notificação, em vez dos sinais e sintomas, deixa para o notificador,

nem sempre suficientemente capacitado, e não para uma equipe de vigilância

treinada, confirmar um caso. Nas condições típicas da rotina dos serviços,

estas dificuldades podem reduzir a comparabilidade dos dados informados ao

sistema de vigilância de eventos adversos (DUVERNOY e BRAUN, 2000;

BLUMBERG et al., 2003; FREITAS, 2005; MARTINS et al., 2005).

Outra limitação do estudo refere -se às proporções de casos

graves e não-graves, observadas em diferentes estudos. A elevada

proporção de casos graves encontrada neste estudo para a vacina

Tetravalente (65,3%) foi superior à encontrada para a vacina DTP utilizada

isoladamente (32%) no estudo da vigilância de EAPV -DTP de 1984 a 2001,

realizado no Estado de São Paulo (FREITAS, 2005) , onde foi utilizada

mesma definição de caso grave de EAPV . Já havia sido observado por

aquela autora que a proporção de casos graves encontradas em seu estudo,

superior aos 15% e 10% encontrados pelos sistemas de vigilância de EAPV

dos EUA e Austrália (BRAUN a t al., 1997; LAWRENCE et al., 2003), era

superestimada em virtude do viés de notificação de casos de maior

gravidade, uma vez que reações locais tendem a ser menos valorizadas,

tanto pelos pais, como pelos profissionais de saúde (HEININGER, 2004).

O mesmo viés ocorreu no caso nacional, resultado da orientação

do sistema no Brasil, que prioriza a notificação de casos de maior gravidade

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998 ). Essa priorização apresenta vantagens,

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132

como a de diminuir a quantidade de informação a ser anal isada, tornando-o

mais simples e diminuindo seus custos, além de dar ênfase aos eventos com

maior potencial de atingir a confiabilidade da vacina ; no entanto, apresenta

também desvantagens, como a de diminuir a representa tividade dos dados,

em virtude da superestimação de casos graves que ocasiona (FREITAS,

2005), dificultando a investigação, a partir dos dados da vigilância passiva,

de fatores associados à gravidade dos EAPV que, se melhor conhecidos,

podem subsidiar recomendações para a utilização mais se gura de vacinas.

Uma diferença na proporção de notificações por gênero foi

encontrada neste estudo, sendo mais freqüente notificações de casos em

crianças do sexo masculino, sem significância estatística com relação à

gravidade do caso, considerando -se o total de notificações. O mesmo

achado ocorreu no estudo de FREITAS (2005) com a vacina DTP. Também

para EHH foi encontrada predominância do sexo masculino em ambos os

estudos, diferentemente dos achados de CODY et al. (1981) e MARTINS et

al. (2005) com a vigilância ativa e de DUVERNOY e BRAUN (2000), em

revisão de EHH notificados ao VAERS, onde a predominância foi do sexo

feminino. Todavia, em todos , a diferença entre os sexos não foi

estatisticamente significante.

Em relação aos óbitos temporalmente associados à vacina

Tetravalente, apesar da casuística ser muito pequena para permitir

conclusões definitivas, a diferença entre os gêneros foi notória. No presente

estudo, 66,7% dos óbitos referidos como associados à vacina Tetravalente

ocorreram em crianças do sexo masculino. Embora um estudo referente às

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133

notificações do VAERS de 1991 a 1994 (BRAUN e ELLEMBERG, 1997)

inclua todas as vacinas, a proporção de óbitos em meninos menores de um

ano foi semelhante (63,7%). Esses autores correlacionaram esse achado

com estudo anterior (WISE e RASTOGI, 1993) que mostrou que 58% de

todos os óbitos em menores de um ano notificados ao VAERS foram

atribuídos à Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL), e referiram,

ainda, que os lactentes masculinos têm risco 50% maior de SMSL e um risco

maior de mortalidade geral que lactentes do sexo feminino; e que a SMSL

não está associada com a vacinação com DTP, também referido por outros

autores (ELLEMBERG e CHEN, 1997; JONVILLE -BERA et al., 2001;

SILVERS et al., 2001). Nesse estudo do VAERS, ainda com relação aos

óbitos, também foi observado um incremento na proporção de óbitos em

crianças que apresentavam baixo peso ao nascer, o que favorece a

correlação com a SMSL (LEACH et al., 1999). Como no SI -EAPV não

constam dados de história perinatal, patológica pregressa e familiar ou

dados de investigação dos casos fatais relacionados à vacinação, maiores

comentários sobre os dados relativos aos óbitos não podem ser tecidos

neste trabalho. Talvez se consiga analisá-los a partir da articulação com a

base de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), mas tal

análise foge ao escopo desta dissertação.

Ressalta-se que, embora exista uma diferença na proporção de

gêneros ao nascimento, com maior percentual de recém -nascidos do sexo

masculino (DATASUS, 2006), as diferenças nas proporções de EAPV -T por

gênero encontradas neste trabalho foram maiores que as apresentadas pela

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134

população de nascidos vivos nos mesmos períodos. Um a análise da

distribuição dos EAPV-T por gênero a partir da taxa p or doses aplicadas

seria mais adequada para estimar a influência na reatogenicidade da vacina

sobre essa característica, porém as doses aplicadas não se encontram

disponibilizadas por sexo.

Com relação à dose da vacina, a 1ª dose apresentou uma maior

freqüência neste estudo, tanto geral , quanto especificamente para EHH e

convulsão, semelhante ao encontrado para a vacina DTP utilizada

isoladamente no Estado de São Paulo (FREITAS, 2005), porém, perdeu

significância estatística na análise multivariada. No est udo de vigilância ativa

de EAPV-T no Município do Rio de Janeiro (VIGAT), embora a dose de

maior freqüência para EHH e convulsão tenha sido a 3ª dose (MARTINS et

al., 2005), assim como no estudo de FARRINGTON (1995), também não foi

encontrada diferença estatisticamente significativa entre as doses.

O encontro, neste estudo, de um percentual não desprezível de

notificações de casos com idade de vacinação inferior à r ecomendada

remete à necessidade de revisão das notificações pelos responsáveis pela

vigilância dos EAPV nos diversos níveis (principalmente local e municipal),

pois provavelmente trata-se de erros no preenchimento da Ficha de

Notificação ou ocorridos durante a digitação.

O tempo decorrido entre a aplicação da vacina e o aparecimento

de algum evento adverso pós-Tetravalente, especialmente com relação ao

EHH e convulsão, foi similar ao descrito neste e em outros estudos com

relação à vacina DTP utilizada isolada ou simultaneamente à vacina anti-Hib

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(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998; DUVERNOY e BRAUN, 2000; FREITAS,

2005; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005a ). Esses dados também encontram

semelhança quando comparados ao estudo de vigilância ativa pós -

Tetravalente no Município do Rio de Janeiro, onde 76,5% dos EHH e 75%

das convulsões também ocorreram nas primeiras sei s horas da aplicação

(MARTINS et al., 2005). Tais achados mostram a importância do

acompanhamento nas primeiras horas após a vacinação, especialmente

quando é possível identificarmos grupos de risco, mas indica também a

possibilidade de subestimarmos a fre qüência de eventos adversos pós -

vacinação tardios (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; SINGLETON et al.,1999;

FREITAS, 2005).

As altas proporções de atendimento médico/hospitalização em

decorrência de EAPV-T encontradas neste estudo, bem como de casos que

tiveram contra-indicadas doses subseqüentes da vacina Tetravalente e

indicação de substituição do esquema vacinal, permitem estimar o impacto

potencial desses eventos na percepção de risco por parte da população e do

seu custo para a saúde pública . Isso torna clara a importância da vigilância,

à medida que oferece subsídios para a identificação de grupos e fatores de

risco a serem considerados no estabelecimento de estratégias visando a

diminuição da freqüência desses eventos (FREITAS, 2005).

Nesta avaliação, nenhum lote específico foi identificado como

associado a uma maior freqüência de casos graves de EAPV -T. Assim como

assinalado por FREITAS (2005) em relação aos lotes de vacina DTP no

Estado de São Paulo, também para a vacina Tetravalente no país a

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distribuição no tempo dos casos notificados de lotes aparentemente mais

reatogênicos não favorece a sua identificação devido ao não aparecimento

de picos quando a distribuição dos casos é analisada em curtos períodos,

como por semana epidemiológica ou mesmo meses.

Teoricamente, os sistemas de vigilância passiva poderiam

direcionar a questão da segurança de um lote individual de vacina muito

mais efetivamente que a questão da causalidade em casos individuais de

eventos adversos (ELLEMBERG e CHEN, 1997) , mas muitas outras

informações além do simples número de notificações relativas a cada lote de

vacina são necessárias, por diversas razões:

­ primeiro, muitos erros com rel ação à identificação do lote foram

encontrados na base de dados. Embora exista uma metodologia bem

estabelecida para definição do número do lote por cada laboratório produtor,

ela é desconhecida da imensa maioria dos notificantes. Por se tratar de um

conjunto de letras e números, isso pode facilitar erros ao copiar. Além disso,

a vacina Tetravalente utilizada no Brasil possui três números de lotes: um

lote relativo ao cartucho (que contém os dois frascos-ampola: componente

DTP - líquido e componente Hib - liofilizado) e os lotes relativos a cada um

dos frascos componentes individualmente. Com freqüência um dos lotes dos

frascos componentes foi assinalado incorretamente no campo específico da

Ficha de Notificação de EAPV;

­ segundo, a grande variedade no tamanho dos lotes e sua distribuição

aleatória por várias Regiões do país;

­ terceiro, a distribuição variável dos lotes no tempo, como descrito acima; e

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137

­ finalmente, haverá sempre a variabilidade do acaso em taxas de

notificação.

Essas ponderações reforçam a necessidade de melhor

capacitação de profissionais de saúde com relação à importância da correta

identificação do lote durante a notificação e, como observado por FRE ITAS

(2005), do acompanhamento contínuo e sistemático das notificações por

equipes responsáveis pela investigação dos casos classificados como

graves, com vistas à identificação dos denominados “lotes quentes” (ou Hot

Lots), ou seja, lotes de vacinas potencialmente mais reatogênicos e

geralmente associados à ocorrência de eventos mais graves, como EHH e

convulsões.

A vigilância com finalidade de identificação de tendências, grupos

e fatores de riscos também deve ser efetuada contínua e sistematicamente ,

preferencialmente pelas mesmas equipes responsáveis pela identificação

dos Hot Lots, devendo ser incluídos dados relativos às clínicas privadas de

vacinação. A articulação do PNI com a área regulatór ia (Agência Nacional de

Vigilância Sanitária - ANVISA), neste caso, deve ser melhor definida,

preferencialmente com ambos participando conjuntamente do SVEAPV, a

semelhança de muitos países (HEALTH CANADA, 2002; CDC, 2003;

LAWRENCE et al., 2003; LANKINEN e t al., 2004).

A interpretação dos dados de sistemas de vigilância passiva que

monitoram a segurança vacinal é complexa e associada a substanciais

incertezas. Os dados devem ser interpretados com cautela, porque

descrevem eventos que têm associação temporal com a vacinação, mas não

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necessariamente implicam em eventos que tenham sido causados pelas

vacinas (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; CDC, 2003; WECKX, 2003;

ISKANDER et al., 2004). Os sintomas apresentados podem ter sido

coincidentes, ou a vacina pode ter sido aplicada em período de incubação de

alguma doença, ou terem sido causados por medicamentos ou outros

produtos utilizados concomitantemente (MARTINS e MAIA, 2003; CDC,

2003).

Uma interpretação cautelosa também se impõe por ser o Sistema

de Vigilância de Eventos Adversos (SVEAPV) no Brasil , assim como

também todos os demais sistemas de vigilância passiva, sujeito a

subnotificação, que pode variar substancialmente de acordo com a região

geográfica, o tipo de evento adverso e, principalmente, com o grau de

sensibilização e capacitação dos profissionais da saúde, especialmente dos

vacinadores, e mesmo da população, para realizar a notificação. Também

dificultam a avaliação da segurança vacinal os erros de notificação, as

múltiplas exposições e os múltiplos desf echos. Outros potenciais vieses de

notificação incluem um aumento de notificação nos primeiros anos de

licenciamento de novas vacinas, aumento de notificações de eventos que

ocorrem imediatamente após a vacinação e aumento de notificações após

publicidade sobre um determinado verdadeiro ou alegado tipo de evento

adverso (BRAUN e ELLEMBERG, 1997; ELLEMBERG e CHEN, 1997;

WECKX, 2003; CDC, 2003, ISKANDER et al., 2004).

A grande heterogeneidade entre as Unidades da Federação

encontrada neste estudo reflete o e xposto acima, sugerindo que não sejam

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genuínas as variações da reatogenicidade da vacina Tetravalente nos

diferentes Estados, e sim artefatos do sistema.

Em decorrência de todos esses vieses, associados à dificuldade

em se obter denominadores mais precisos para a estimativa das taxas de

casos notificados de EAPV, uma vez que os relativos a doses de vacinas

aplicadas constituem informações administrativas, vulneráveis a

inconsistências nem sempre sanáveis (FREITAS, 2005), a taxa de incidência

e risco relativo de eventos adversos específicos não pode m ser calculados a

partir de dados resultantes de sistemas de vigilância passiva. Testes de

significância estatística e intervalo de confiança podem ser utilizados, mas

interpretados com a devida precaução e não ro tineiramente. Independente

dos métodos usados, a interpretação das combinações de EAPV que são

identificadas como possíveis sinais de alerta devem levar em conta todos os

vieses e erros de notificação, o estado atual do conhecimento médico sobre

as desordens notificadas e outras limitações já discutidas referentes aos

sistemas de vigilância passiva. Confirmação em estudos controlados pode

ser requerida, uma vez que muitos s inais identificados através de sistemas

de vigilância passiva podem ser falhos ao serem validados em rigorosos

estudos de seguimento (VARRICCHIO, 2004; MARTINS et al., 2005).

A diversidade de métodos utilizada por estudos de segurança

vacinal, inclusive dos que descrevem as características dos eventos

notificados em outros sistemas governa mentais de vigilância passiva, como

o VAERS americano (DUVERNOY e BRAUN, 2000; CDC, 2003), o CARM

neo-zeolandês (MANSOOR e PILLANS, 1997) ou o GREEN CHANNEL

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140

italiano (ZANONI et al., 2003), também dificulta a comparação de dados

entre países.

A comparabilidade requer uma padronização, pois a variabilidade

na definição de caso de evento adverso pós -vacinais pode fazer com que os

dados publicados não sejam comparáveis, o que acaba afetando a

sensibilidade e a especificidade, tanto em estudos, quanto na avaliaç ão de

dados de sistemas passivos de vigilância (BRAUN et al., 1998;

BONHOEFFER et al., 2002).

Muitos estudos não especificam, por exemplo, as taxas de

ocorrência de EHH por doses aplicadas de cada vacina, alguns porque não

há o registro do evento “EHH” e s im de sintomas separados, como hipotonia,

sonolência, palidez, apnéia, cianose, síncope ou estupor. Em um desses

estudos, que tinha como objetivo caracterizar os casos de EHH nas

notificações de EAPV recebidas pelo VAERS no período de 1996 a 1998,

esses sintomas foram identificados por um algoritmo computadorizado e

revisados a seguir (DUVERNOY e BRAUN , 2000).

Em 2000 foi criado um grupo internacional chamado The Brighton

Collaboration, com o objetivo de facilitar a disseminação e avaliação de

informações sobre a segurança de vacinas. O grupo é apoiado pelo Center

for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, Organização

Mundial da Saúde (OMS), European Research Program for Improved

Vaccine Safety Surveillance (EUSAFEVAC) e especialistas do m undo todo

(BONHOEFFER et al., 2002). Dentre os projetos já publicados desse grupo

estão a padronização e harmonização de definições de caso de EHH,

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141

convulsão, febre e nódulo no local da injeção, além das diretrizes para a

coleta e análise dos casos (BONHOE FFER et al., 2004a, 2004b; MARCY et

al., 2004; ROTHSTEIN et al., 2004).

No Brasil, o estudo de vigilância ativa pós -Tetravalente (VIGAT)

realizado em 2004 no Município do Rio de Janeiro, além da estimativa da

freqüência do evento Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo, também

apresentou um outro dado relevante para o Programa Nacional de

Imunizações, que foi a descrição detalhada da síndrome, que poderá

subsidiar o sistema nacional de vigilância de eventos adversos na rotina do

acompanhamento destes eventos n a rede pública de serviços de imunização

(MARTINS et al., 2005).

Apesar das limitações, compartilhadas por outros sistemas de

vigilância passiva, os dados encontrados no presente trabalho demonstram

ser o SVEAPV brasileiro muito útil no processo de monitor izarão da

segurança vacinal no país.

As dificuldades encontradas no Brasil, porém, vão além das

inerentes a qualquer investigação de associação causal para estabelecer a

plausibilidade entre os eventos adversos identificados pela vigilância e a

vacina, pois são intensificadas pelas dificuldades ocasionadas pela grande

extensão territorial de um país em desenvolvimento . A desigualdade de

distribuição da assistência médica, de Serviços de Verificação de Óbitos ou

disponibilização de exames complementares dificultam o estabelecimento de

diagnóstico diferencial, em casos suspeitos de EAPV, com outras patologias

de apresentação clínica semelhante e comuns na faixa etária pediátrica .

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142

Estratégias que ampliem a sensibilidade do SVEAPV podem

permitir a detecção rápida de sinais de alerta e geração de hipóteses sobre

novos possíveis EAPV ou mudanças na freqüência daqueles conhecidos.

A partir de 2005 a notificação de EAPV passou a fazer parte da

Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005c, 2006), e este pode ser um grande passo

para a melhoria da vigilância, mas novas estratégias ainda são requeridas.

Nesse sentido, uma série de sugestões foi feita por FREITAS

(2005), em seu trabalho de avaliação do sistema de vigilânci a de EAPV-DTP

no Estado de São Paulo, algumas baseadas em experiências de outros

países e passíveis de aplicação pelo nível nacional no Brasil.

Uma das alternativas citadas consiste em aumentar sua

sensibilidade por meio da distribuição de formulários , após a vacinação, com

instruções para que sejam notificadas doenças que se manifestem nas

quatro semanas seguintes, sempre que necessitem atendimento médico, à

semelhança do realizado pelo Monitoring System for Adverse Events

Following Immunization (MSAEFI) americano (STETLER et al., 1987). Essa

alternativa poderia ser considerada para o Brasil, mas restrita a municípios

sentinelas selecionados entre os que apresentam maior adesão ao sistema.

Um cuidado adicional de educação em saúde, nesse caso, deve ser tom ado

com objetivo de evitar ressaltar o temor em relação aos EAPV em

populações com percepção diminuída do risco da doença.

Outra estratégia baseia-se na utilização de pesquisas em bancos

de dados com prontuários eletrônicos onde são registradas informaçõe s

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143

sobre vacinação, intercorrências clínicas e outras informações de interesse,

relativas a coortes de crianças residentes em determinadas áreas pré -

definidas (CHEN et al., 1997; SANTANA et al., 1999). No Brasil, com o

progressivo aumento, em número e abrangência, de equipes do Programa

de Saúde da Família (PSF), a capacitação dos médicos e enfermeiro s

dessas equipes e disponibilização de instrumentos adequados podem tornar

viável a vigilância ativa-passiva de todas as pessoas vacinadas dentro de

seu território.

A realização de vigilância epidemiológica ativa em grandes

centros médicos de atendimento pediátrico no país , como proposto pelo

inglês FARRINGTON et al. (1995) , pelo Vaccine Safety Datalink project

americano (BARLOW et al., 2001) , ou à semelhança do Immunization

Monitoring Program Active - IMPACT canadense (BRITO, 2000; HEALTH

CANADA, 2002; PHAC, 2006), também pode disponibilizar uma fonte de

dados para a detecção e análise de eventos adversos pós -vacinais sérios,

assim como falhas vacinais, através da correlação das vacinações com

sintomas sugestivos de EAPV, ou diagnóstico da doença imunopre venível, à

admissão hospitalar.

No Brasil essa estratégia, assim como é realizada no Canadá

BRITO, 2000; HEALTH CANADA, 2002; PHAC, 2006), poderia ser

incorporada às equipes que já fazem a vigilância ativa das Paralisias

Flácidas Agudas (PFA). Essas equipes são responsáveis pela notificação

positiva ou negativa semanal de casos de PFA, considerado evento

sentinela para a detecção de casos novos de Paralisia Infantil (Poliomielite)

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144

e um dos indicadores de vigilância epi demiológica, preconizados pela OMS,

a serem atingidos para manter os padrões de Certificação de Erradicação da

Pólio nos países certificados (WHO, 2003). Não deve ser uma realidade tão

distante, também, a implementação de tecnologia da informação nos centros

médicos, permitindo a utilização de prontuários eletrônicos, bem como o

desenvolvimento de um registro nacional de imunização , o que facilitaria o

acesso a todas as admissões hospitalares de imunizados recentes, através

da conexão desses bancos de dados (SCHEIFELE et al., 2002). Ressalta-se

que a análise de dados desse tipo de vigilância deve considerar o viés de

casos graves e a conseqüente diminuição da força de associação de

preditores de gravidade.

Pode ser interessante a possibilidade de disponibilização no site

do PNI ou da SVS de uma Ficha de Notificação de EAPV, com modelos

específicos para preenchimento eletrônico por profissionais da saúde não

ligados à vigilância, ou por vacinados ou res ponsáveis, a exemplo de alguns

países como os Estados Unidos , Canadá, Espanha e Inglaterra (HEALTH

CANADA, 2002; CDC, 2003; LANKINEN et al., 2004). Vale ressaltar que

essa metodologia, por contar com preenchimento de fichas por pessoal não

capacitado, embora tenha o potencial de aumentar a sensibilidade, também

pode resultar em dados incompletos e com muitos erros, o que diminui a

precisão do banco de dados (ELLEMBERG e CHEN, 1997). Seriam

necessárias avaliações rotineiras e sistemáticas de todas as notific ações

recebidas pelas equipes técnicas da vigilância, bem como disponibilidade de

contato com o notificador para obtenção de informações complementares.

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145

Deve ser considerada, ainda, a necessidade de aprimoramento da

Ficha de Notificação de EAPV (já sendo elaborada pelo PNI) que permita a

incorporação de padronização das definições dos casos e diretrizes da

coleta de dados, bem como aperfeiçoamento do software de

armazenamento dos dados (SI -EAPV), visando facilitar a digitação ou

transferência de novas fichas, permitir análise estatística dos dados, além de

interface com outros sistemas informatizados do SUS.

À despeito de todas as limitações inerentes a um sistema de

vigilância passiva e da necessidade de incorporação de novas estratégias

que aumentem sua sensibilidade, os resultados encontrados nesta

dissertação mostram que o SVEAPV no Brasil é um instrumento valioso,

com potencial de dispor de dados de cobertura nacional e oferecer ao PNI

subsídios para garantir o seu compromisso em manter qualidade e

segurança das vacinas utilizadas no calendário vacinal brasileiro.

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146

6. CONCLUSÕES

­ Entre 2002 e 2005 foram notificados 11.558 casos de EAPV -T no Brasil,

ou seja, 34,0 casos notificados/100.000 doses aplicadas da vacina, com

uma distribuição heterogênea entre os Estados da Federação, variando

de 6,0 a 141,0 casos notificados/100.000 doses aplicadas .

­ Dos casos notificados, 65,3% foram classificados como graves e desse

total, 66,3% receberam atendimento médico/ hospitalização. O percentual

expressivo de casos graves pode ter ocorrido pelo viés de notificação

gerado pela valorização de casos graves em relação aos eventos não -

graves ou devido à consideração de EHH como evento grave. Há

necessidade de se rever os critérios de notificação de casos e a

classificação de gravidade.

­ Apenas 36,6% dos municípios brasileiros apresentaram notificação de

EAPV-T no período estudado.

­ Dos casos notificados 53,8% eram do sexo masculino. O sexo não se

mostrou associado à gravidade do evento (p<0,05).

­ A 1ª dose da vacina Tetravalen te apresentou a maior proporção de casos

notificados de EAPV-T (48,7%), mas não se mostrou associada com a

gravidade do evento (p<0,05).

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147

­ Mostrou-se associado à gravidade do evento, independentemente das

demais variáveis, apenas o intervalo de tempo inferi or a uma hora

(OR=7,4; IC95%=6,38-8,67) e entre uma e seis horas (OR=3,7 ;

IC95%=3,42-4,09).

­ Os EAPV-T mais frequentemente notificados no período estudado foram o

Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (45,1% dos casos), Febre > 39,5o C

(24,4% dos casos), Convulsão (17,2% dos casos).

­ A taxas de casos notificados de EHH foi de 15,5/100.000 doses aplicadas,

de Febre foi de 12,0/100.000 doses aplicadas e de Convulsão foi de

5,9/100.000 doses aplicadas.

­ O EHH ocorreu com maior freqüência em lactentes do sexo mascu lino

(53,9%), após a 1ª dose (53,4%) e entre uma e seis horas após a

aplicação da vacina (72,4%).

­ A Convulsão ocorreu com maior freqüência em lactentes do sexo

masculino (53,9%), após a 1ª dose (43,6%) e entre uma e seis horas após

a aplicação da vacina (62,3%).

­ Foi contra-indicada nova dose da vacina Tetravalente com troca de

esquema vacinal em 67,2% dos casos notificados. Especificamente para

EHH e convulsão, esse percentual foi de 92,8% e 92,7%,

respectivamente, embora a contra-indicação com substituição pela DTPa

(e anti-Hib, se anterior à 3ª dose), seja o recomendado.

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148

­ Em quase totalidade (98,7%) dos casos notificados de EAPV -T a

evolução foi para cura sem seqüelas e em 1,1% para cura com seqüelas.

A evolução para óbito foi temporalmente associada à vacinação com a

vacina Tetravalente em 0,1% dos casos notificados .

­ Houve maior proporção de óbitos temporalmente associados à vacinação

com vacina Tetravalente em lactentes do sexo masculino (66,7 %). Os

óbitos ocorreram com maior freqüência após a 2ª dose ( 41,7%). Nenhum

lote foi associado a mais de um óbito.

­ No Banco de Dados do SI-EAPV não há informações sobre a

investigação dos óbitos e/ou acerca das causas mortis declaradas, bem

como descrição dos tipos de seqüelas apresentadas pelos casos com

evolução assinalada como “cura com seqüelas” , não permitindo a análise

qualitativa da investigação e conclusão d esses casos.

­ Os resultados encontrados sugerem que as maiores taxas de EAPV -T, se

comparadas às referentes à vacina DPT utilizada isoladamente ou

simultaneamente à vacina anti -Hib em sítios separados, estão associadas

à melhoria da sensibilidade da vigilância, e não a um aumento da

reatogenicidade da vacina c ombinada DTP/Hib (Tetravalente); tais

resultados, porém, não podem ser conclusivos.

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­ O estudo da segurança vacinal com base em sistemas de vigilância

passiva é complicado em decorrência das limitações inerentes ao

sistema, porém, tem o potencial de documentar o perfil de

reatogenicidade da vacina, oferecendo subsídios para rápida detecção

em avaliações futuras de possíveis mudanças, gerando hipóteses a

serem testadas em estudos mais específicos.

­ A heterogeneidade das taxas de EAPV-T entre os Estados da Federação

demonstram a necessidade de novas estratégias para elevar a

sensibilidade da vigilância e alcançar maior homogeneidade do SVEAPV

no Brasil.

­ A avaliação sistemática do SVEAPV, o aperfeiçoamento de seus

instrumentos, em especial a Ficha de Notificação e o Sistema

Informatizado, a utilização de novas metodologias, entre elas a utilização

dos PSF como unidades sentinelas, e uma melhor interface com área

regulatória são essenciais para garantia da segurança vacinal no Brasil.

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ANEXOS

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Anexo 1 - Ficha de Notificação de EAPVM

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oc/

mai

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uma

vaci

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tido

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tra-

ind

icaç

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mtr

oca

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esqu

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()

Co

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a-in

dic

ação

sem

troc

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quem

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____

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CA

RIM

BO

Frente

Page 164: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE … · Objective: To analyze the DTP/Hib adverse events following imm unisation (D TPH-AEFI) reported in the country from its introduction

162

TA

BE

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ÃO

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mo

raçã

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olo

cal

de

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icaç

ão

com

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tuaç

ão,

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Msi

nai

sin

flam

atór

ios

evid

ente

s.2

Ab

sces

soqu

ente

Tu

mo

raçã

on

olo

cal

de

apl

icaç

ão

com

flut

ua

ção

,C

OM

sin

ais

infl

am

ató

rio

s(e

dem

a,c

alor

,ru

bor

edo

r).

23

Art

ralg

iaD

or

nas

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cu

laç

ões.

45

Art

rite

Do

rna

sar

tic

ula

çõe

sas

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oc

omin

flam

açã

od

asm

esm

as–

inch

aço

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erm

elhi

dão

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39

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xia

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eraç

ão

da

mar

cha.

Dev

ese

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alia

dap

or

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pro

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lha

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o.

57

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cal

da

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lica

ção

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oda

pel

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cal

da

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o.

50

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falé

iaD

or

deca

be

ça.

54

Ce

falé

iae

mit

oD

or

deca

be

çae

mit

o.

28

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ou

cho

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a,

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o.1

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açã

od

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ível

de

con

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ncia

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sin

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od

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corr

erse

mco

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çõ

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.S

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soci

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com

feb

re.

11

Co

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uls

ãofe

bri

lA

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açã

od

on

ível

de

con

sciê

nci

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pan

had

od

eco

ntr

açõ

esm

usc

ula

res

inv

olu

ntá

rias

.E

mc

rian

ças

men

ores

po

dem

oco

rrer

sem

cont

raç

ões

evid

ent

es.

Sem

pre

aco

nte

cem

apó

sp

erío

do

feb

ril.

52

Dif

icu

ldad

ede

dea

mb

ular

Dif

icu

ldad

ep

ara

cam

inh

ar.

Dev

ese

rav

alia

dap

or

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alh

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o.

29

Do

r,ru

bo

re

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ipo

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rea

ção

no

loca

ld

eap

lica

ção

.3

5E

nce

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teIn

flam

açã

od

oen

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ére

bro)

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gno

stic

ada

po

rpr

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sio

nal

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ado,

sen

do

afa

stad

aso

utr

asca

usas

con

hec

idas

atra

vés

deex

ames

com

plem

enta

res.

36

En

cefa

lop

atia

Dis

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iod

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rvos

oC

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aln

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cado

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alé

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ão,

oco

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an

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iro

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ente

nas

prim

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s7

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s)ap

ós

apli

caçã

oda

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elh

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nte

àe

ncef

alit

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asse

mev

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ncia

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ão

infl

amat

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.9

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ção

Tip

od

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açã

oco

men

du

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me

nto

no

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ld

eap

lica

ção

.1

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ezo

uci

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sep

erio

ral,

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nia

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ez")

ed

imin

uiç

ãode

resp

ost

aa

est

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rta

du

raç

ão.

17

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ma

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pçã

ocu

tâne

ag

ener

ali

zada

com

ou

sem

pru

rid

o.1

0F

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em

aior

ou

igu

ala

39

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Ver

ific

ada

com

term

ôm

etro

.5

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ran

ulo

ma

Tip

od

ere

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oco

mfo

rmaç

ãode

"car

oço"

no

loca

ld

eap

lica

ção

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gnó

stic

ohi

sto

pat

oló

gic

o).

56

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ríci

aC

olo

raç

ãoam

arel

ada

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pele

em

uco

sas,

mai

sev

iden

teno

sol

ho

s.4

1L

esõ

esg

ener

ali

zad

asL

esõ

esse

mel

hant

esà

sd

atu

berc

ulo

sed

eco

rren

tes

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diss

emin

ação

doB

CG

nos

órg

ãos.

6L

infa

den

omeg

alia

mai

or

que

03

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ãosu

pur

ada

Au

me

nto

do

sg

âng

lio

sli

nfá

tico

s("

ing

uas

")S

EM

flu

tuaç

ão

ou

sup

ura

ção

.5

Lin

fad

enom

egal

iam

aior

qu

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3cm

sup

urad

aA

um

ent

od

os

gân

gli

os

lin

fáti

cos

("in

gu

as")

CO

Mfl

utu

ação

ou

sup

ura

ção

.7

Lin

fad

enom

egal

ian

ãosu

pur

ada

Au

me

nto

do

sg

âng

lio

sli

nfá

tico

s("

ing

uas

")S

EM

flu

tuaç

ão

ou

sup

ura

ção

.8

Lin

fad

enom

egal

iasu

pura

daA

um

ent

od

os

gân

gli

os

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fáti

cos

("in

gu

as")

CO

Mfl

utu

ação

ousu

pu

raçã

o.2

2M

enin

git

eas

sép

tica

Infl

amaç

ão

das

me

nin

ges

com

cult

ura

sdo

LC

Rn

egat

ivas

.5

3M

ialg

iaD

or

mu

scu

lar.

42

Mie

lite

Infl

amaç

ão

da

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ula

espi

nh

alco

md

iagn

óst

ico

po

rp

rofi

ssio

na

lha

bili

tad

oe

rea

liza

ção

de

exam

es

com

ple

men

tare

s.1

4N

ód

ulo

Tip

od

ere

açã

oco

mca

roço

pal

páve

ln

olo

cal

da

apli

caçã

o.4

6O

rqu

ite

Infl

amaç

ão

dos

test

ícul

os.

49

Ost

eom

ieli

teIn

fecç

ãodo

apar

elh

steo

arti

cula

r.4

7O

utr

osev

ento

sS

emde

fini

ção

-U

sar

cam

po

de

resu

mo

clín

ico

par

ae

spec

ific

aro

even

to.

43

Pa

ncre

atit

eIn

flam

açã

od

opâ

ncr

eas

diag

no

stic

ado

po

rp

rofi

ssio

nal

hab

ilit

ado

ere

aliz

açã

od

eex

ames

com

ple

men

tare

s.2

6P

ara

lisi

ad

em

em

bro

sin

feri

ores

Par

alis

açã

od

asp

erna

s.D

eve

ser

ava

liad

apo

rp

rofi

ssio

nal

hab

ilit

ado

.5

5P

are

sia

Dim

inu

içã

od

efo

rça

de

mem

bro

so

ud

eu

mg

rupo

mu

scu

lar.

Dev

ese

rav

alia

da

po

rp

rofi

ssio

nal

hab

ilit

ado.

15

Pa

rest

esi

aA

lter

açã

od

ese

nsi

bil

idad

ena

pel

e(f

orm

igam

ent

o,

dorm

ênci

a).

Dev

ese

rav

alia

da

po

rpr

ofis

sio

nal

hab

ilit

ado.

21

Pa

roti

dit

eIn

flam

açã

od

asp

aró

tid

as-

reg

ião

sub

man

dib

ula

r-

no

rma

lmen

teac

omp

anha

dode

feb

ree

mal

-est

ar.

38

Po

lio

mie

lite

asso

ciad

aa

vac

ina

Par

alis

iafl

áci

daag

ud

aq

ue

ocor

reen

tre

4-4

0d

ias

apó

sap

lic

ação

da

vac

ina

sen

do

con

stat

ada

seq

üel

aa

pós

60

dia

sd

oin

ício

do

qu

adro

.N

os

caso

sd

ec

omu

nica

ntes

do

sv

acin

ado

so

per

íodo

éd

e4

-85

dia

s.4

8P

oli

rrad

icu

lite

(Sín

dro

me

de

Gu

illa

in-B

arré

)In

flam

açã

od

asra

ízes

nerv

osas

da

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dula

esp

inha

lca

ract

eriz

ado

po

rd

or

no

sM

MII

epa

rali

sia

asc

ende

nte

.D

eve

ser

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gn

osti

cad

ap

or

pro

fiss

ion

alh

abil

itad

oe

real

izaç

ão

de

exam

esco

mp

lem

enta

res.

18

rpu

ratr

omb

ocit

op

ênic

aP

rese

nça

dem

anch

asv

iolá

ceas

na

pel

ed

eta

man

hos

var

iad

os

(pu

nti

form

esa

equ

imo

ses)

aco

mpa

nha

doda

dim

inui

ção

do

núm

ero

de

pla

qu

etas

no

san

gu

e.2

7Q

uel

óid

eC

icat

riz

elev

ada

ed

isfo

rme

no

loc

ald

aa

plic

açã

o.3

2R

eaç

ãode

Art

hu

sR

eaçã

od

eh

ipe

rsen

bili

dad

elo

cal

imp

ort

ant

e.5

1R

eaç

ãode

hip

ers

ens

ibil

ida

deap

ós

2h

sU

rtic

ária

loca

liza

da

ou

dis

sem

inad

a,ed

ema

de

face

,lar

ing

oes

pasm

o.

20

Re

ação

deh

ipe

rse

nsib

ilid

ade

até

2hs

Urt

icár

ialo

cali

zad

ao

ud

isse

min

ada,

edem

ad

efa

ce,l

arin

go

espa

smo

.4

Úlc

era

ma

ior

que

01c

mF

orm

ação

de

lesã

ou

lcer

ada

mai

orq

ue

01

cmn

olo

cal

da

apli

caçã

o.2

4V

isce

rali

zaçã

oQ

uad

rod

ed

isse

min

açã

od

ov

íru

sv

acin

ald

aFA

com

qu

adro

sem

elh

ante

àd

oen

ça

po

rví

rus

selv

agem

.D

eve

ser

ava

liad

apo

rpr

ofis

sio

nal

hab

ilit

ado

ere

aliz

açã

od

eex

ames

com

ple

men

tare

s.0

1O

utr

asre

açõ

eslo

cais

Sem

defi

niçã

o-

Usa

rca

mp

od

ere

sum

ocl

ínic

op

ara

esp

ecif

icar

oev

ento

.2

5F

ebr

em

eno

rq

ue

39

,5C

Ver

ific

ada

com

term

ôm

etro

.5

9C

efa

léia

/M

ialg

ia/

Mal

-est

ar

Sin

tom

asin

esp

ecíf

ico

sas

soci

ado

sq

ue

po

dem

ocor

rer

apó

sap

lica

ção

de

algu

mas

vac

inas

Verso

Page 165: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE … · Objective: To analyze the DTP/Hib adverse events following imm unisation (D TPH-AEFI) reported in the country from its introduction

163

Anexo 2 - Número de doses aplicadas de vacina Tetravalente , segundoMacro-Regiões e Unidades da Federação . Brasil, 2002-2005.

Região Estados 2002 2003 2004 2005 TotalAcre 34.223 50.633 45.308 49.870 180.034Amazonas 101.879 204.763 203.005 221.824 731.471Amapá 32.344 45.179 43.567 43.689 164.779Pará 188.805 505.649 485.820 501.271 1.681.545Rondônia 63.677 89.867 90.192 92.412 336.148Roraima 20.933 28.039 27.003 29.829 105.804Tocantins 64.618 82.044 79.971 81.926 308.559

Nor

te

Sub-total 506.479 1.006.174 974.866 1.020.821 3.508.340

Alagoas 139.418 204.931 192.176 196.504 733.029Bahia 383.364 754.631 745.065 767.152 2.650.212Ceará 332.342 466.205 438.117 445.978 1.682.642Maranhão 243.065 416.649 384.187 432.266 1.476.167Paraíba 113.555 194.147 190.690 201.995 700.387Pernambuco 320.762 515.595 485.398 488.237 1.809.992Piauí 58.205 166.974 169.347 174.193 568.719Rio Grande doNorte 108.577 155.472 152.886 157.105 574.040Sergipe 77.020 119.747 114.563 108.905 420.235

Nor

dest

e

Sub-total 1.776.308 2.994.351 2.872.429 2.972.335 10.615.423

Paraná 260.635 482.830 473.876 478.497 1.695.838Rio Grande do Sul 300.431 436.747 442.162 434.167 1.613.507Santa Catarina 177.459 250.467 257.310 256.691 941.927Su

l

Sub-total 738.525 1.170.044 1.173.348 1.169.355 4.251.272

Espírito Santo 130.091 175.529 170.995 166.440 643.055Minas Gerais 576.044 873.515 865.815 874.301 3.189.675Rio de Janeiro 456.347 670.793 689.779 689.334 2.506.253São Paulo 1.288.973 1.829.893 1.848.212 1.825.604 6.792.682Su

dest

e

Sub-total 2.451.455 3.549.730 3.574.801 3.555.679 13.131.665

Distrito Federal 117.310 136.372 135.213 127.727 516.622Goiás 104.380 285.768 298.284 292.285 980.717Mato Grosso do Sul 70.107 119.645 118.414 125.644 433.810Mato Grosso 96.781 157.445 161.952 165.833 582.011

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 388.578 699.230 713.863 711.489 2.513.160

Brasil 5.861.345 9.419.529 9.309.307 9.429.679 34.019.860

Fonte: DATASUS, 2006.

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164

Anexo 3 – Cobertura vacinal para vacina Tetravalente em menores de 1ano, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002 –2005.

Região Estados 2002%

2003%

2004%

2005%

Acre 67,7 104,6 86,4 94,4Amazonas 32,1 76,8 75,7 78,0Amapá 64,7 93,9 96,3 97,6Pará 33,1 106,5 101,0 98,1Rondônia 65,4 92,8 92,0 90,4Roraima 68,4 84,5 85,9 95,6Tocantins 75,8 100,5 95,5 93,8

Nor

te

Sub-total 43,3 96,4 92,4 91,9

Alagoas 61,1 100,2 91,5 91,0Bahia 35,7 92,3 89,5 89,5Ceará 69,9 99,8 94,7 90,0Maranhão 48,3 90,8 84,8 91,7Paraíba 46,2 95,7 93,6 97,7Pernambuco 62,2 113,1 108,3 107,7Piauí 24,2 91,2 91,6 93,0Rio Grande do Norte 60,8 96,8 98,4 100,0Sergipe 65,3 108,1 107,2 101,3

Nor

dest

e

Sub-total 51,1 97,9 94,0 94,3

Paraná 50,8 103,6 99,8 100,2Rio Grande do Sul 60,5 96,3 95,8 94,2Santa Catarina 64,6 101,6 100,5 100,7Su

l

Sub-total 57,4 100,4 98,4 98,0

Espírito Santo 74,5 112,0 109,1 105,8Minas Gerais 55,4 87,5 87,2 86,4Rio de Janeiro 42,2 95,2 99,7 99,0São Paulo 64,7 98,8 99,2 97,7Su

dest

e

Sub-total 58,5 95,7 96,5 95,2

Distrito Federal 83,1 98,5 98,5 87,3Goiás 28,4 104,0 113,8 110,7Mato Grosso do Sul 54,5 102,3 94,1 100,1Mato Grosso 59,2 100,9 101,0 99,9

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 50,6 101,9 104,2 101,6

Brasil 53,9 97,5 96,1 95,3Fonte: DATASUS/PNI, 2006.

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165

Anexo 4 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina Tetravalente, segundo dose da vacina, sexo eidade de aplicação. Brasil, 2002-2005.

1ª Dose 2ª Dose 3ª DoseIdade em

meses Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino MasculinoN (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)

0 36 (1,4) 49 (1,6) 15 (0,8) 16 (0,7) 8 (0,9) 6 (0,6)1 24 (0,9) 32 (1,1) 5 (0,3) 5 (0,2) 4 (0,5) 2 (0,2)2 1.914 (73,4) 2.211 (73,1) 35 (1,9) 35 (1,6) 6 (0,7) 5 (0,5)3 470 (18,0) 546 (18,1) 13 (0,7) 14 (0,6) 1 (0,1) 3 (0,3)4 79 (3,0) 98 (3,2) 1.084 (59,0) 1.369 (61,7) 11 (1,3) 9 (0,9)5 34 (1,3) 44 (1,5) 499 (27,1) 575 (25,9) 12 (1,4) 9 (0,9)6 21 (0,8) 21 (0,7) 98 (5,3) 113 (5,1) 442 (50,7) 494 (51,4)7 16 (0,6) 8 (0,3) 44 (2,4) 47 (2,1) 250 (28,7) 273 (28,4)8 7 (0,3) 6 (0,2) 22 (1,2) 23 (1,0) 71 (8,1) 100 (10,4)9 2 (0,1) 5 (0,2) 12 (0,7) 13 (0,6) 37 (4,2) 31 (3,2)10 2 (0,1) 3 (0,1) 9 (0,5) 7 (0,3) 19 (2,2) 15 (1,6)11 3 (0,1) 1 (0,0) 2 (0,1) 3 (0,1) 11 (1,3) 15 (1,6)

Média 2,3 2,3 4,5 4,5 6,6 6,6Mediana 2,0 2,0 4,0 4,0 6,0 6,0DesvioPadrão 1,0 0,9 1,1 1,1 1,4 1,3

Total 2.608 (100,0) 3.024 (100,0) 1.838 (100,0) 2.220 (100,0) 872 (100,0) 962 (100,0)Fonte: PNI/2006.Nota: em 34 casos a dose não estava informada.

165

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166

Anexo 5 - Taxa de distribuição dos casos notificados de eventos adversospós-vacina Tetravalente por 100.000 doses aplicadas, por Macro -Regiões eUnidades da Federação. Brasil, 2002 -2005.

AnoRegião Estados2002 2003 2004 2005

Total

Acre 38,0 57,3 97,1 100,3 75,5Amazonas 3,9 14,7 8,4 8,6 9,6Amapá 12,4 24,3 11,5 18,3 17,0Pará 16,9 10,7 13,2 19,9 14,9Rondônia 45,5 40,1 42,1 30,3 39,0Roraima 23,9 7,1 18,5 13,4 15,1Tocantins 13,9 76,8 70,0 65,9 59,0

Nor

te

Sub-total 19,0 22,4 23,5 25,8 23,2

Alagoas 7,9 15,1 22,4 17,3 16,2Bahia 14,1 10,5 9,7 20,3 13,6Ceará 16,5 14,8 22,8 23,1 19,4Maranhão 11,5 4,6 5,2 4,9 6,0Paraíba 16,7 20,6 23,1 39,1 26,0Pernambuco 8,4 7,6 10,9 9,6 9,2Piauí 6,9 12,6 33,7 21,2 20,9Rio Grande do Norte 25,8 15,4 17,0 23,6 20,0Sergipe 37,7 30,1 30,6 41,3 34,5

Nor

dest

e

Sub-total 14,4 12,0 15,7 18,8 15,3

Paraná 22,6 41,0 44,7 21,1 33,6Rio Grande do Sul 61,9 52,9 115,6 85,9 80,6Santa Catarina 133,0 146,9 146,1 135,6 141,0Su

l

Sub-total 65,1 68,1 93,7 70,3 75,2

Espírito Santo 63,0 65,5 73,1 76,3 69,8Minas Gerais 37,8 33,0 24,5 25,0 29,4Rio de Janeiro 50,0 38,3 32,5 25,5 35,3São Paulo 43,2 40,2 41,0 30,6 38,4Su

dest

e

Sub-total 44,3 39,3 36,9 30,4 37,2

Distrito Federal 88,7 78,5 67,3 59,5 73,2Goiás 24,9 43,7 25,8 6,8 25,3Mato Grosso do Sul 22,8 41,8 54,9 1,6 30,7Mato Grosso 65,1 64,1 32,7 40,4 48,8

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 53,8 54,8 40,1 23,2 41,5

Brasil 36,3 33,5 36,3 30,6 34,0

Fonte: PNI, 2006.

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167

Anexo 6 – Percentual de Municípios com casos notificados de eventoadverso pós-vacina Tetravalente, segundo Macro -Regiões e Unidades daFederação. Brasil, 2002 - 2005.

Municípios com NotificaçãoRegião Estados Total deMunicípios N %

Acre 22 11 50,0Amazonas 62 7 11,3Amapá 16 8 50,0Pará 143 41 28,7Rondônia 52 27 51,9Roraima 15 3 20,0Tocantins 139 41 29,5

Nor

te

Sub-total 449 138 30,7

Alagoas 102 22 21,6Bahia 417 138 33,1Ceará 184 76 41,3Maranhão 217 25 11,5Paraíba 223 68 30,5Pernambuco 185 57 30,8Piauí 222 17 7,7Rio Grande do Norte 167 34 20,4Sergipe 75 25 33,3

Nor

dest

e

Sub-total 1792 462 25,8

Espírito Santo 78 57 73,1Minas Gerais 853 275 32,2Rio de Janeiro 92 58 63,0São Paulo 645 334 51,8Su

dest

e

Sub-total 1668 724 43,4

Paraná 399 140 35,1Rio Grande do Sul 293 168 57,3Santa Catarina 497 230 46,3Su

l

Sub-total 1189 538 45,2

Distrito Federal 1 1 100,0Goiás 246 75 30,5Mato Grosso do Sul 78 39 50,0Mato Grosso 141 60 42,6

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 466 175 37,6

Brasil 5564 2037 36,6

Fonte: PNI/DATASUS, 2006.

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168

Anexo 7 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo gravidade,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

ANO2002 2003 2004 2005 2002-2005Região Estados

leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave TotalAcre 4 9 13 15 14 29 16 28 44 10 40 50 45 91 136Amazonas 3 1 4 10 20 30 6 11 17 7 12 19 26 44 70Amapá 0 4 4 4 7 11 0 5 5 4 4 8 8 20 28Pará 28 4 32 38 16 54 10 54 64 12 88 100 88 162 250Rondônia 8 21 29 11 25 36 10 28 38 8 20 28 37 94 131Roraima 0 5 5 0 2 2 1 4 5 2 2 4 3 13 16Tocantins 4 5 9 28 35 63 37 19 56 34 20 54 103 79 182

Nor

te

Sub-total 47 49 96 106 119 225 80 149 229 77 186 263 310 503 813Alagoas 1 10 11 6 25 31 17 26 43 14 20 34 38 81 119Bahia 20 34 54 34 45 79 37 35 72 74 82 156 165 196 361Ceará 16 39 55 7 62 69 18 82 100 18 85 103 59 268 327Maranhão 10 18 28 8 11 19 8 12 20 8 13 21 34 54 88Paraíba 4 15 19 9 31 40 22 22 44 58 21 79 93 89 182Pernambuco 6 21 27 14 25 39 12 41 53 18 29 47 50 116 166Piauí 1 3 4 12 9 21 25 32 57 16 21 37 54 65 119Rio Grande do Norte 4 24 28 4 20 24 6 20 26 17 20 37 31 84 115Sergipe 7 22 29 7 29 36 14 21 35 13 32 45 41 104 145

Nor

dest

e

Sub-total 69 186 255 101 257 358 159 291 450 236 323 559 565 1.057 1.622Paraná 19 40 59 92 106 198 110 102 212 20 81 101 241 329 570Rio Grande do Sul 96 90 186 147 84 231 351 160 511 258 115 373 852 449 1.301Santa Catarina 72 164 236 142 226 368 112 264 376 149 199 348 475 853 1.328Su

l

Sub-total 187 294 481 381 416 797 573 526 1.099 427 395 822 1.568 1631 3.199continua

168

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169

Anexo 7 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo gravidade,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

continuaçãoANO

2002 2003 2004 2005 2002-2005Região Estados

leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave Total leve grave TotalEspírito Santo 8 74 82 28 87 115 31 94 125 33 94 127 100 349 449Minas Gerais 30 188 218 53 235 288 21 191 212 30 189 219 134 803 937Rio de Janeiro 137 91 228 110 147 257 94 130 224 56 120 176 397 488 885São Paulo 57 500 557 200 536 736 212 546 758 145 414 559 614 1.996 2.610Su

dest

e

Sub-total 232 853 1.085 391 1.005 1.396 358 961 1.319 264 817 1.081 1245 3.636 4.881Distrito Federal 21 83 104 50 57 107 37 54 91 24 52 76 132 246 378Goiás 3 23 26 37 88 125 34 43 77 11 9 20 85 163 248Mato Grosso do Sul 8 8 16 18 32 50 25 40 65 1 1 2 52 81 133Mato Grosso 9 54 63 16 85 101 12 41 53 22 45 67 59 225 284

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 41 168 209 121 262 383 108 178 286 58 107 165 328 715 1043Brasil 576 1.550 2.126 1.100 2.059 3.159 1.278 2.105 3.383 1.062 1.828 2.890 4.016 7.542 11.558

Fonte: PNI, 2006

165

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170

Anexo 8 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo condutafrente ao esquema vacinal, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

2002 2003 2004 2005

Região Estado

Man

tido

esqu

ema

Con

tra-

indi

caçã

o se

mtr

oca

de e

sque

ma

Con

tra-

indi

caçã

o co

mtr

oca

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sque

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Man

tido

esqu

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tra-

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o co

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sque

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Man

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o co

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sque

ma

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Man

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o se

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oca

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sque

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oca

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Igno

rado

Acre 1 0 2 10 6 0 8 15 15 0 29 0 10 0 40 0Amazonas 1 0 0 3 11 0 11 8 6 0 9 2 4 0 11 4Amapá 0 1 3 0 2 1 8 0 0 3 1 1 0 0 4 4Pará 0 0 0 32 0 0 5 49 6 2 55 1 0 0 96 4Rondônia 0 0 2 27 5 0 17 14 11 1 24 2 9 0 19 0Roraima 0 0 4 1 0 0 2 0 0 1 4 0 2 0 2 0Tocantins 4 0 5 0 29 0 34 0 40 0 16 0 30 0 24 0

Nor

te

Sub-total 6 1 16 73 53 1 85 86 78 7 138 6 55 0 196 12

Alagoas 0 0 0 11 2 0 12 17 20 0 23 0 16 0 18 0Bahia 2 3 3 46 36 19 15 9 40 0 13 19 67 0 77 12Ceará 0 4 4 47 3 9 40 17 15 1 76 8 8 1 86 8Maranhão 3 0 1 24 8 0 4 7 5 2 11 2 3 0 3 15Paraíba 1 0 0 18 9 4 3 24 40 1 0 3 60 18 0 1Pernambuco 0 8 0 19 15 23 1 0 19 22 8 4 26 0 19 2Piauí 0 1 2 1 0 1 20 0 3 3 50 1 1 2 34 0Rio Grande do Norte 0 0 3 25 4 0 11 9 7 0 19 0 16 1 19 1Sergipe 0 1 0 28 6 0 9 21 13 0 22 0 11 0 32 2

Nor

dest

e

Sub-total 6 17 13 219 83 56 115 104 162 29 222 37 208 22 288 41continua

170

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171

Anexo 8 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo condutafrente ao esquema vacinal, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

continuação2002 2003 2004 2005

Regiao Estado

Man

tido

esqu

ema

Con

tra-

indi

caçã

o se

mtr

oca

de e

sque

ma

Con

tra-

indi

caçã

o co

mtr

oca

de e

sque

ma

Igno

rado

Man

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esqu

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caçã

o se

mtr

oca

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sque

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Con

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caçã

o co

mtr

oca

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sque

ma

Igno

rado

Man

tido

esqu

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caçã

o se

mtr

oca

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sque

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Con

tra-

indi

caçã

o co

mtr

oca

de e

sque

ma

Igno

rado

Man

tido

esqu

ema

Con

tra-

indi

caçã

o se

mtr

oca

de e

sque

ma

Con

tra-

indi

caçã

o co

mtr

oca

de e

sque

ma

Igno

rado

Paraná 3 0 7 49 56 0 109 33 71 1 128 12 7 0 89 5Rio Grande do Sul 0 0 22 164 17 0 203 11 106 0 392 13 19 0 292 62Santa Catarina 47 0 31 158 132 0 232 4 107 1 267 1 110 4 234 0Su

l

Sub-total 50 0 60 371 205 0 544 48 284 2 787 26 136 4 615 67

Espírito Santo 1 0 22 59 29 1 84 1 32 0 88 5 25 26 67 9Minas Gerais 1 0 5 212 22 0 68 198 15 0 5 192 19 0 153 47Rio de Janeiro 5 0 27 196 100 1 155 1 78 5 138 3 37 4 118 17São Paulo 24 0 112 421 221 11 473 31 214 1 507 36 157 2 390 10Su

dest

e

Sub-total 31 0 166 888 372 13 780 231 339 6 738 236 238 32 728 83

Distrito Federal 7 0 3 94 47 8 18 34 41 0 43 7 35 0 40 1Goiás 0 0 0 26 43 3 52 27 48 1 28 0 16 0 3 1Mato Grosso do Sul 0 0 1 15 23 0 16 11 35 0 0 30 1 0 0 1Mato Grosso 3 0 12 48 17 1 60 23 13 0 40 0 18 1 46 2

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 10 0 16 183 130 12 146 95 137 1 111 37 70 1 89 5

Brasil 103 18 271 1.734 843 82 1.670 564 1.000 45 1.996 342 707 59 1.916 208Fonte: PNI, 2006.

171

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172

Anexo 9 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo evolução,por Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

2002 2003 2004 2005

Região Estado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Igno

rado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Acre 3 0 0 10 14 0 0 15 44 0 0 50 0 0 0Amazonas 1 0 0 3 23 0 0 7 17 0 0 19 0 0 0Amapá 0 0 0 4 7 1 0 3 5 0 0 8 0 0 0Pará 0 0 0 32 5 0 0 49 62 2 0 96 4 0 0Rondônia 2 0 0 27 22 0 0 14 38 0 0 28 0 0 0Roraima 1 0 0 4 2 0 0 0 5 0 0 4 0 0 0Tocantins 4 5 0 0 26 35 0 2 56 0 0 53 1 0 0

Nor

te

Sub-total 11 5 0 80 99 36 0 90 227 2 0 258 5 0 0Alagoas 0 0 0 11 14 0 0 17 43 0 0 34 0 0 0Bahia 9 0 0 45 75 1 0 3 72 0 0 156 0 0 0Ceará 11 0 0 44 67 1 0 1 100 0 0 103 0 0 0Maranhão 5 0 0 23 16 0 0 3 18 2 0 21 0 0 0Paraíba 2 0 0 17 16 0 0 24 44 0 0 79 0 0 0Pernambuco 6 1 0 20 39 0 0 0 53 0 0 46 0 0 1Piauí 3 0 0 1 21 0 0 0 57 0 0 37 0 0 0Rio Grande do Norte 5 0 0 23 16 0 0 8 25 1 0 36 1 0 0Sergipe 1 0 0 28 16 0 0 20 34 1 0 44 1 0 0

Nor

dest

e

Sub-total 42 1 0 212 280 2 0 76 446 4 0 556 2 0 1Paraná 11 0 0 48 162 0 2 34 192 3 17 90 0 0 11Rio Grande do Sul 22 0 0 164 225 2 0 4 502 4 5 373 0 0 0Santa Catarina 72 0 1 163 290 1 4 73 374 1 1 346 2 0 0Su

l

Sub-total 105 0 1 375 677 3 6 111 1.068 8 23 809 2 0 11continua

172

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173

Anexo 9 – Distribuição do número de casos notificados de eventos adversos por vacina Tetravalente, segundo evolução,por Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2002-2005.

continuação2002 2003 2004 2005

Região Estado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Cur

ase

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quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Igno

rado

Cur

ase

mse

quel

as

Cur

aco

mse

quel

as

Óbi

to

Igno

rado

Espírito Santo 23 0 0 59 114 1 0 0 121 4 0 125 2 0 0Minas Gerais 21 0 1 196 163 3 2 120 157 0 55 198 1 1 19Rio de Janeiro 32 0 0 196 255 2 0 0 223 1 0 176 0 0 0São Paulo 143 0 0 414 711 1 1 23 725 1 32 550 1 0 8Su

dest

e

Sub-total 219 0 1 865 1.243 7 3 143 1.226 6 87 1.049 4 1 27Distrito Federal 10 1 0 93 69 2 0 36 87 2 2 74 1 0 1Goiás 0 0 0 26 97 1 0 27 77 0 0 20 0 0 0Mato Grosso do Sul 3 0 0 13 39 10 0 1 65 0 0 2 0 0 0Mato Grosso 18 0 0 45 82 1 0 18 50 0 3 65 0 0 2

Cen

tro-

Oes

te

Sub-total 31 1 0 177 287 14 0 82 279 2 5 161 1 0 3Brasil 408 7 2 1.709 2.586 62 9 502 3.246 22 115 2.833 14 1 42Fonte: PNI, 2006.

173

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174

Anexo 10 - Metodologia de preenchimento da codificação do lote produzidopelo Laboratório Bio-Manguinhos/FIOCRUZ.

O número do lote consiste de 10 campos nos cartuchos, rótulos eprotocolos das Vacinas e Diluentes

Apresentação dos Campos

Vacinas (exceto Vacina Contra Poliomielite), Diluentes.

CAMPOS 1 e 2: Dezena do ano de fabricação.

CAMPO 3: Dígito único identificador do mês de fabricação deve ter a seguintecorrespondência:

Janeiro Número “1”Fevereiro Número “2”Março Número “3”Abril Número “4”Maio Número “5”Junho Número “6”Julho Número “7”Agosto Número “8”Setembro Número “9”Outubro Letra ”O”Novembro Letra “P”Dezembro Letra “U”

CAMPOS 4, 5 e 6: Código do Produto, por apresentação (Anexo A).

Nota: No campo 4 usa-se “V” para Vacina, “D” para Diluente.

CAMPOS 7, 8 e 9: Número seqüencial do lote: Composto sempre de trêsalgarismos, iniciando-se a série a cada ano civil, a partir do número 001.

CAMPO 10: Letra identificadora (do lote único, sub -lote, ou ocorrência).

Deve obedecer a seguinte lista pré-definida:

A - 1º sub-loteB - 2º sub-loteC - 3º sub-loteD - 4º sub-loteE - 5º sub-loteF - 6º sub-loteY - Fusão de Pequenos LotesZ - Lote Único

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175

Validade

O preenchimento da dezena do mês de validade nos Rótulos e nos Cartuchossegue a correspondência abaixo:

Janeiro Número “1”Fevereiro Número “2”Março Número “3”Abril Número “4”Maio Número “5”Junho Número “6”Julho Número “7”Agosto Número “8”Setembro Número “9”Outubro Número “10”Novembro Número “11”Dezembro Número “12”

O preenchimento da dezena do ano de validade nos Rótulos e nos Cartuchos,a partir do ano 2000 deve ser:

2000 = 002001 = 01 e assim por diante.

Nos rótulos e cartuchos, as datas de fabricação e prazos de validade, ficamseparadas do número do lote (Anexo B)

Código do Produto

ZD VACINA COMBINADA CONTRA DTP E HIB 05 DOSESZE VACINA COMBINADA CONTRA DT P E HIB 10 DOSESZH COMPONENTE DTP 05 DOSESZI COMPONENTE DTP 10 DOSESZF COMPONENTE HIB 05 DOSESZG COMPONENTE HIB 10 DOSES

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176

Apresentação da Codificação d e Lotes – Vacinas, Diluentes EBiofármacos

- No Cartucho e no Rótulo

FA B. 010 6 VAL . 010 8123 4 567 8

1 e 2 ------------------ dezena do mês de fabricação3 e 4 ----------------- dezena do ano de fabricação5 e 6 ------------------ dezena do mês de validade7 e 8 ------------------ dezena do ano de validade

LOTE 0 61

V

ZD001 Z

1 234 5 6 789 10

1 e 2 ------------------ dezena do ano de fabricação3 ----------------------- dígito do mês de fabricação4 ----------------------- usa-se “V” para Vacina, “D” para Diluente.5 e 6------------------- código do produto7, 8 e 9 --------------- número seqüencial do lote10 ---------------------- letra identificadora do lote único, sub -lote ou ocorrência

Foto do cartucho da vacina Tetravalente e seus frascos componentes Hib e DTP, disponívelem: http://www.bio.fiocruz.br/interna/vacinas_dtp_hib.htm .

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177

Anexo 11 - Número de doses aplicadas de vacina DTP, segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação . Brasil, 2000-2001.

Região Estado 2000 2001 TotalAcre 37.957 41.782 79.739Amazonas 188.785 198.296 387.081Amapá 41.852 76.661 118.513Pará 368.869 437.173 806.042Rondônia 98.435 98.494 196.929Roraima 42.596 25.861 68.457Tocantins 85.507 86.979 172.486

Nor

te

Sub-Total 864.001 965.246 1.829.247

Alagoas 195.845 179.130 374.975Bahia 748.844 822.530 1.571.374Ceará 505.072 505.632 1.010.704Maranhão 348.858 389.968 738.826Paraíba 197.681 207.254 404.935Pernambuco 496.468 469.718 966.186Piauí 181.382 184.610 365.992Rio Grande do Norte 160.443 156.279 316.722Sergipe 127.587 121.757 249.344

Nor

dest

e

Sub-Total 2.962.180 3.036.878 5.999.058

Paraná 552.713 524.357 1.077.070Rio Grande do Sul 522.685 480.100 1.002.785Santa Catarina 292.742 276.452 569.194Su

l

Sub-Total 1.368.140 1.280.909 2.649.049

Espírito Santo 177.730 175.040 352.770Minas Gerais 1.063.967 945.432 2.009.399Rio de Janeiro 742.023 682.141 1.424.164São Paulo 2.108.904 1.939.703 4.048.607Su

dest

e

Sub-Total 4.092.624 3.742.316 7.834.940

Distrito Federal 146.755 142.822 289.577Goiás 286.172 280.296 566.468Mato Grosso do Sul 126.405 128.001 254.406Mato Grosso 155.597 151.666 307.263

Cen

tro-

Oes

te

Sub-Total 714.929 702.785 1.417.714

Brasil 10.001.874 9.728.134 19.730.008

Fonte: DATASUS, 2006.

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178

Anexo 12 – Cobertura vacinal para vacina DTP em menores de 1 ano,segundo Macro-Regiões e Unidades da Federação. Brasil, 2000 – 2001.

Fonte: DATASUS/PNI, 2006.

Região Estado2000

%2001

%Acre 65,06 79,12Amazonas 74,81 72,37Amapá 85,73 156,41Pará 68,19 83,93Rondônia 102,56 104,5Roraima 128,99 81,27Tocantins 100,46 106,32

Nor

te

Sub-Total 78,13 87,85

Alagoas 87,81 83,96Bahia 88,47 100,04Ceará 99,03 109,95Maranhão 73,67 83,64Paraíba 89,32 102,8Pernambuco 94,54 89,59Piauí 91,44 99,8Rio Grande do Norte 88,31 92,02Sergipe 100,48 100,87

Nor

dest

e

Sub-Total 89,93 96,31

Paraná 103,96 105,64Rio Grande do Sul 97,51 98,35Santa Catarina 103,08 105,04Su

l

Sub-Total 101,25 102,7

Espírito Santo 100,14 101,31Minas Gerais 105,43 97,25Rio de Janeiro 91,19 91,77São Paulo 100,35 101,77Su

dest

e

Sub-Total 99,82 98,65

Distrito Federal 99,45 100,28Goiás 96,9 97,73Mato Grosso do Sul 98,84 105,26Mato Grosso 93,94 100,82

Cen

tro-

Oes

te

Sub-Total 97,08 100,23

Brasil 94,71 97,45

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179

Anexo 13 – Distribuição de casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP, segundo dose da vacina, sexo e idade deaplicação. Brasil, 2000-2001.

1ª Dose 2ª Dose 3ª DoseFeminino Masculino Feminino Masculino Feminino MasculinoIdade em

mesesN (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%)

0 6 (0,7) 3 (0,3) 8 (1,6) 6 (1,1) 4 (1,4) 2 (0,6)1 9 (1,1) 16 (1,7) 0 (0,0) 1 (0,2) 1 (0,3) 1 (0,3)2 581 (71,4) 701 (74,3) 4 (0,8) 9 (1,6) 1 (0,3) 1 (0,3)3 153 (18,8) 157 (16,6) 10 (2,0) 8 (1,4) 2 (0,7) 1 (0,3)4 36 (4,4) 34 (3,6) 275 (55,7) 327 (58,3) 7 (2,4) 2 (0,6)5 10 (1,2) 14 (1,5) 135 (27,3) 139 (24,8) 4 (1,4) 7 (2,1)6 10 (1,2) 6 (0,6) 33 (6,7) 38 (6,8) 144 (49,5) 171 (50,1)7 5 (0,6) 5 (0,5) 11 (2,2) 16 (2,9) 86 (29,6) 101 (29,6)8 0 (0,0) 3 (0,3) 6 (1,2) 7 (1,2) 23 (7,9) 25 (7,3)9 2 (0,2) 0 (0,0) 7 (1,4) 7 (1,2) 8 (2,7) 20 (5,9)10 1 (0,1) 4 (0,4) 4 (0,8) 0 (0,0) 8 (2,7) 6 (1,8)11 1 (0,1) 0 (0,0) 1 (0,2) 3 (0,5) 3 (1,0) 4 (1,2)

Média 2,4 2,4 4,6 4,5 6,5 6,7Mediana 2 2,2 4 4 6 6

DP 1 1 1,3 1,2 1,5 1,3Total 814 (100,0) 943 (100,0) 494 (100,0) 561 (100,0) 291 (100,0) 341 (100,0)

Fonte: PNI/2006.Nota: em 43 casos a dose não estava informada.

179

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Anexo 14 - Taxa de casos notificados de eventos adversos pós-vacina DTP,por 100.000 doses aplicadas, segundo Macro-Regiões e Unidades daFederação. Brasil, 2000-2001.

Região Estado 2000 2001 2000 - 2001Acre 0,0 21,5 11,3Amazonas 5,8 5,5 5,7Amapá 2,4 5,2 4,2Pará 8,4 9,8 9,2Rondônia 12,2 11,2 11,7Roraima 0,0 3,9 1,5Tocantins 0,0 6,9 3,5

Nor

te

Sub-Total 6,4 8,8 7,7

Alagoas 4,1 16,2 9,9Bahia 4,0 7,3 5,7Ceará 1,6 6,5 4,1Maranhão 4,9 5,4 5,1Paraíba 2,0 3,4 2,7Pernambuco 3,8 5,1 4,5Piauí 1,1 2,7 1,9Rio Grande do Norte 1,9 2,6 2,2Sergipe 11,0 23,8 17,2

Nor

dest

e

Sub-Total 3,5 7,0 5,3

Paraná 7,6 9,7 8,6Rio Grande do Sul 52,0 54,2 53,1Santa Catarina 51,2 75,6 63,1Su

l

Sub-Total 33,9 40,6 37,1

Espírito Santo 25,9 39,4 32,6Minas Gerais 11,0 19,5 15,0Rio de Janeiro 11,7 13,5 12,6São Paulo 22,5 33,3 27,7Su

dest

e

Sub-Total 17,7 26,5 21,9

Distrito Federal 30,0 45,5 37,6Goiás 12,6 16,4 14,5Mato Grosso do Sul 13,4 7,0 10,2Mato Grosso 25,7 48,8 37,1

Cen

tro-

Oes

te

Sub-Total 19,2 27,6 23,3

Brasil 14,9 20,6 17,7

Fonte: PNI, 2006.

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