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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS- GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
A Educação Inclusiva Do Aluno Com Síndrome De Down
Marilene de Jesus Matos de Sá
Orientadora: Professora Maria Esther de Araújo
Co-orientadora: Giselle Boger Brand
Rio de Janeiro
2016
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS- GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
A Educação Inclusiva Do Aluno Com Síndrome De Down
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<>
<>
<>
<>
Monografia Apresentada Ao Instituto A Vez Do Mestre Como
Requisito Parcial Para Obtenção Do Titulo De Especialista Em
Educação Especial E Inclusiva
Rio de Janeiro
2016
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida e por me permitir conviver com
esses seres de luz na minha caminhada que são as crianças com Síndrome de
Down que tanto me ajudam a enxergar nelas seu potencial no ato de aprender.
A minha mãe pela existência, que sempre esteve a meu lado e hoje
de onde estiver torce por mim.( in memorian)
E a meus amigos inseparáveis Artênio e Luzia que estiveram o
tempo todo a meu lado colaborando com informações, debates, livros, links me
incentivando e auxiliando para que esse trabalho pudesse ser realizado.
Alexandre Magno amigo de todas as monografias, tecnólogo da
informação, ter sua dedicação e conviver com ele fundamental nessa fase de
formatação de monografia.
Ao Colégio Educação e Arte pelo incentivo nessa trajetória para que
eu pudesse ser uma especialista em educação especial e inclusiva.
E a todos os amigos que junto ao meu coração me motivaram para o
sucesso do meu trabalho acadêmico.
3
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a Milena e Victoria meninas adoráveis com
Síndrome de Down que me permitiram conhece-las e me proporcionaram
conviver e aprender a enxergar o universo das crianças com necessidades
educacionais especiais percebendo todo seu potencial de aprender.
4
RESUMO
Este trabalho abordou o tema inclusão de alunos com Síndrome de
Down com o objetivo de estudar a inclusão de alunos com Síndrome de Down.
Tendo em vista a importância do tema e a necessidade em lidar com
a diversidade na escola é que se propôs uma pesquisa qualitativa descritiva e
em segundo plano, quantitativa, para identificar o que pensam os professores
que trabalham nas escolas sobre a inclusão de alunos com Síndrome de Down.
Investigou- se a metodologia e estratégias de ensino, os aspectos
facilitadores e dificultadores encontrados pelos professores e sobre a
importância da parceria escola-família na inclusão de crianças com Síndrome
de Down. Para embasamento teórico fez-se estudo de vários autores dentre
eles Stray
Gundersen(2007)Carneiro(2013)Glat(2009)Carvalho(2000)Boechat(2007)
Melman(2006) O´Regan(2007) entre outros.
Analisando a pesquisa considerou-se ser possível alfabetizar a
criança com Síndrome de Down desde que a escola tenha condições
necessárias, dê suporte pedagógico e seja adaptada, respeite o tempo da
criança e suas limitações. Utilizam a metodologia interacionista porque é a
mais adequada para esse tipo de criança e várias estratégias como atividades
concretas e lúdicas, atividades em grupo, acompanhamento colegas, jogos e
brincadeiras, softwares e apoio pedagógico de um professor. Percebeu-se
também a necessidade de atualização dos professores e o investimento na
valorização dos profissionais da educação, bem como adaptação da estrutura
física da escola. Concluiu-se que a família deve participar de perto da vida
escolar da criança, trocando informações e experiências ajudando no
direcionamento dos trabalhos visto que o diálogo com a família trás grandes
benefícios ao desenvolvimento da criança.
Palavras chaves: Síndrome de Down- inclusão- estratégias de
ensino- família.
5
SUMÁRIO
CAPITULO I Breve histórico da educação especial e inclusiva........6
1.1 Educação especial- Histórico do Surgimento.............................. 7
1.2 Educação Especial no Século XX................................................9
1.3 Educação Inclusiva: Uma Visão Histórica .................................11
CAPITULO II - A SÍNDROME DE DOWN.........................................15
2.1 Históricos da Síndrome de Down...............................................15
2.2 Definição de Síndrome de Down................................................16
CAPITULO III - A SÍNDROME DE DOWN E A LDB.........................19
3.1 Educação Inclusiva e Legislação Brasileira ...............................19
3.2 A Síndrome de Down na Educação Inclusiva.............................23
CAPITULO IV - A RELAÇÃO ESCOLA X FAMÍLIA NA SÍNDROME
DE DOWN........................................................................................27
4.1 Educação Inclusiva: professor, escola e família........................28
4.2 Dilema das famílias e a escola inclusiva....................................29
4.3 Metodologia e estratégias de ensino..........................................30
CONCLUSÃO...................................................................................33
BIBLIOGRAFIA.................................................................................35
WEBGRAFIA....................................................................................37
6
CAPITULO I - BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL E INCLUSIVA
Evidencia-se que a inclusão ou a exclusão das pessoas com
deficiência estão intimamente ligadas às questões culturais. No Brasil, até a
década de 50, praticamente não se falava em Educação Especial. Foi a partir
de 1970, que a educação especial passou a ser discutida, tornando-se
preocupação dos governos com a criação de instituições públicas e privadas,
órgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação no capitulo V da Educação
Especial tem na sua relevância na sociedade ao descobrir que os alunos com
necessidades especiais são educandos e devem ser educados.
Educação para todos define a lei. Ainda hoje se discute sobre ao
atendimento educacional escolar de alunos com necessidades especiais e as
propostas de uma escola inclusiva e de boa qualidade e não que exclua
aqueles que possuam essas necessidades especiais.
As novas tendências na educação especial devem continuar
intensificando os debates envolvendo toda a comunidade acadêmica para que
nossos alunos alcancem a cidadania.
Na atualidade o movimento de inclusão é mundial e tem como tema
educação para todos, centrados no respeito e valorização das diferenças.
Onde a causa é de profissionais, pais e das pessoas com deficiência que lutam
contra a ideia de que a educação especial seja de fato inclusiva com a
integração escolar.
O objetivo da escola inclusiva é propor adequações curriculares para
o trabalho pedagógico, auxiliar o professor em sala de aula, enfim lutar para
que o trabalho seja uma atividade compartilhada.
7
Vemos um movimento de varias conferências mundiais realizadas
sobre necessidades educativas especiais que lutam em defesa da inclusão que
impulsionaram todo o mundo.
1.1 Educação especial- Histórico do Surgimento
É importante contextualizar a Educação Especial desde os seus
primórdios até a atualidade, para que se perceba que as escolas especiais são
as principais responsáveis pelos avanços da inclusão, longe de serem
responsáveis pela negação do direito das pessoas com necessidades
educacionais especiais, de terem acesso à educação. Evidencia-se que a
inclusão ou a exclusão das pessoas com deficiência estão intimamente ligadas
às questões culturais.
No Brasil, até a década de 50, praticamente não se falava em
Educação Especial. Foi a partir de 1970, que a educação especial passou a ser
discutida, tornando-se preocupação dos governos com a criação de instituições
públicas e privadas, órgãos normativos federais e estaduais e de classes
especiais.
Hoje, muitos autores defendem este sistema de Ensino Especial
paralelo, criado para educar os portadores de uma diferença, contribuem
também para que sejam segregados, e excluídos da sociedade que os nega.
Estes autores parecem que desconhecem a importância de se construir um
processo de inclusão, gradativo, que é aconselhado por muitos. A educação é
responsável pela socialização, que é a possibilidade de uma pessoa conviver
com qualidade na sociedade, tendo, portanto, um caráter cultural acentuado,
viabilizando a integração do indivíduo com o meio.
Tem-se a Declaração de Salamanca (1994) como marco e início da
caminhada para a Educação Inclusiva. A inclusão é um processo educacional
através do qual todos os alunos, incluído, com deficiência, devem ser educados
juntos, com o apoio necessário, na idade adequada e em escola de ensino
8
regular. Enquanto educadores, nosso papel frente à inclusão, reside em
acreditar nas possibilidades de avanços acadêmicos dos alunos denominados
normais, terão de se tornar mais solidários, acolhedores diante das diferenças
e, crer que a escola terá que se renovar, pois a nova política educacional é
construída segundo o princípio da igualdade de todos perante a lei que
abrange as pessoas de todas as classes sociais. A prática da educação
inclusiva merece cuidado especial, pois estamos falando do futuro de pessoas
com necessidades educacionais especiais. Antes mesmo de incluir, é
importante certificar-se dos objetivos dessa inclusão, para o aluno, quais os
benefícios/avanços, ele poderá ter, estando junto aos alunos da rede regular e
produzir transformações.
A educação especial surgiu com muitas lutas, organizações e leis
favoráveis aos deficientes e a educação inclusiva começou a ganhar força a
partir da Declaração de Salamanca (1994), a partir da aprovação da
constituição de 1988 e da LDB 1996. Historicamente, a educação especial tem
sido considerada como educação de pessoas com deficiência, seja ela mental,
auditiva, visual, motora, física múltipla ou decorrente de distúrbios evasivos do
desenvolvimento, além das pessoas superdotadas que também têm integrado
o alunado da educação especial. A deficiência principalmente a mental tem
características de doenças exigindo cuidados clínicos e ações terapêuticas
. A educação dessas pessoas é denominada de educação especial
em função da “clientela” a que se destina e para a qual o sistema deve oferecer
“ tratamento especial” tal como contido nos textos da lei 4024/61 e da 5692/71,
hoje substituída pela nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei
9394/96. Como se pode contatar na atual LDB, há sensível evolução, embora
o alunado continue com “clientela” e a educação especial esteja conceituada
como modalidade de educação escolar oferecida a educandos portadores de
necessidades especiais.
9
1.2 Educação Especial no Século XX
A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em
associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera
governamental prossegue a desencadear algumas ações visando a
peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino
regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo
fundadas ,há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas,
institutos psicopedagógigos e outros de reabilitação geralmente particular a
partir de 1500, principalmente, tudo isso no conjunto da educação geral na fase
de incremento da industrialização do Brasil, comumente intitulada de
substituição de importações, os espaços possíveis deixados pelas
modificações capitalistas mundiais.
O governo não assume esse tipo de educação, mas contribui
parcialmente com entidades filantrópicas. Em São Paulo, por exemplo, o
governo auxilia tecnicamente o Instituto Padre Chico (para cegos) em 1930 e a
fundação para o livro do cego no Brasil, esta fundada por Darina Nowwil e
Adelaide Peis Magalhães em 1946, decretada de utilidade pública em 1954.
Em 1954, surge o movimento das Associações dos Pais e Amigos
dos Excepcionais (APAE), e aumenta o número de escolas especiais. A APAE
é concebida tendo como parâmetro a organização da National Association for
Retarded Children dos Estados Unidos da América, que consistia em uma
associação de assistência às crianças excepcionais. Após a Segunda Guerra
Mundial, devido ao grande número de lesionados, a Europa aproximou-se na
área da saúde para este atendimento. No Brasil, os deficientes sempre foram
tratados nesta área, porém agora surgem clínicas, serviços de reabilitação
psicopedagógicos alguns mais outros menos voltados à educação.
Na década de (50) na Dinamarca as associações de pais
começaram a rejeitar as escolas especiais do tipo segregadoras e receberam
apoio administrativo incluindo em sua legislação o conceito de normalização o
10
qual consiste em ajudar o deficiente a adquirir condições e os padrões da vida
cotidiana o mais próximo possível do “normal’ introduzindo essa pessoa na
sociedade já na década de 70 nos Estados Unidos, ouvia-se falar em inclusão.
O período entre 1960 e 1968 foi marcado pela crise da nova
Pedagogia e pela articulação de tendência tecnicista, assumida pelo grupo
militar e tecnocrata. A educação nessa época passou a ser enfatizada como
derivada do projeto de 5 desenvolvimento econômico e após isso, no período
de 1968/71, a educação, a escola e o ensino foram concebidos como
investimentos.
A nova ideologia da eficácia da produtividade refletiu nas
preocupações didáticas da época, reproduzindo o ensino da disciplina à
dimensão técnica, afirmando a neutralidade científica dos métodos. Neste
ínterim, em 1961, foi publicada a lei nº 4.024. De certa forma, não houve
alteração na estrutura do ensino já que permaneceu a mesma reforma
Capanema (1942), mas com a vantagem de ter sido quebrada a rigidez,
permitindo a equivalência dos recursos e, portanto, a flexibilidade na passagem
de um para outro., fala-se em ingresso à escola, notamos então a preocupação
dos poderes públicos com os problemas de aprendizagem e com a educação
especial e a educação nacional vem mostrando o quanto necessita de
mudanças para atender a todos os alunos, garantido o desenvolvimento
escolar destes, e como nesse sentido, a vontade política para enfrentar um
programa em favor das transformações de qualidade tem sido preferida pela
opção por políticas que a um custo que não exija ampliação significativa da
participação da educação na renda nacional e no orçamento público,
privilegiam intervenções que tem sido compensatórias ou orientadoras para
ações que possam mostrar números indicativos e maior acesso e permanência
dos alunos no sistema escolar.
É importante que se saliente que as escolas e classes especiais
passaram a ter um elevado número de alunos com “problemas” e que não
11
necessitariam estar ali. Assim, verificou-se que a organização da educação
especial e de classes especiais se deu em conseqüência da Lei 5.692/71, com
a criação do centro Nacional de Educação Especial (CENESP) e,
posteriormente, a estruturação da Secretaria de Estado de Educação e do
serviço de Educação de Excepcionais, passa a denominar-se Departamento de
Ensino Especial.
Na realidade, na época, a expressão Educação Especial foi se
firmando desde o governo de Médici (1969- 1974). Na comunidade acadêmica
isso se manifestou com a criação, em 1978, do Programa de Mestrado em
Educação Especial da Universidade de São Carlos (UFSCar) e do Curso de
Mestrado em educação, em 1979, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ).
Na década de 70, o movimento de integração social passou a ser a
discussão, quando então se intentava a inserção do deficiente na sociedade de
uma forma geral. A literatura pertinente ao tema evidencia que, de um modo
geral, a prática de integração teve maior impulso a partir da década de 80, com
o surgimento da luta pelos direitos das pessoas portadoras de deficiência.
Cabe salientar que a Educação Especial hoje, integrada ao sistema
educacional identificou-se com suas dificuldades, objetivos e filosofia, que
consiste em formar cidadãos conscientes e participativos.
1.3 Educação Inclusiva: Uma Visão Histórica
Com os movimentos internacionais surge a educação inclusiva,
ainda mesmo sem ter essa denominação essa consciência (que hoje impera),
começou a se fortalecer em diversos pontos do mundo como, Estados Unidos,
Europa e a parte inglesa do Canadá. O movimento cresceu, ganhou muitos
adeptos em progressão geométrica como resultados de vários fatores, entre
12
eles, o desdobramento de um fenômeno que caracterizou-se a fase Pós-
Segunda Guerra Mundial. Feridos da guerra se tornaram deficientes. Uma vez
reabilitados, voltariam a produzir. Ao redor deles, foi surgindo uma legião
multidisciplinar de defensores de seus direitos. Eram cidadãos que se sentiam,
de algum modo, responsáveis pelos soldados que tinham ido representar a
pátria há décadas. Apesar de dano e perdas, o saldo foi positivo. O mundo
começou a acreditar na capacidade das pessoas com deficiência. Na defesa da
educação inclusiva Werneck enfatiza a construção de uma sociedade inclusiva
que estabeleça um compromisso com as minorias, dentre as quais se inserem
os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. A autora
coloca que a inclusão vem “quebrar barreiras cristalizadas em torno de grandes
estigmatizados” (1997, p. 45). construídos e ambientes naturais, em busca da
realização de seus sonhos e objetivos (2002, p. 41).
A Educação Inclusiva se caracteriza com uma política de justiça
social que alcança alunos com necessidades especiais, tomando-se aqui o
conceito mais amplo, que é o da Declaração de Salamanca: O princípio
fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as
crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e
crianças bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças
de minorias lingüística, étnicas ou culturais e crianças e crianças de outros
grupos ou zonas desfavoráveis ou marginalizadas (1994, p. 17- 18).
Percebe-se que os movimentos pela sociedade inclusiva são
internacionais e o Brasil está engajado nele, pois cerca de 15 milhões de
brasileiros portadores de deficiência aguardam a oportunidade de participar
plenamente da vida em sociedade como tem direito.
A educação Inclusiva, que vem sendo divulgada por meio de
Educação Especial, teve sua origem nos Estados Unidos, quando a lei pública
94.142, de 1975, resultado dos movimentos sociais de pais e alunos com
13
deficiência, que reivindicavam o acesso de seus filhos com necessidades
educacionais especiais às escolas de qualidades.
(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994) contanto com a
participação de noventa e dois representantes governamentais e vinte cinco
organizações internacionais, realizou-se em 1994, na cidade de Barcelona,
Espanha, a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais:
acesso a qualidade. Cabe salientar, que é preciso reconhecer que a proposta
de Educação Inclusiva foi deflagrada pela Declaração de Salamanca, a qual
proclamou, entre outros princípios o direito de todos à educação,
independentemente das diferenças individuais.
De acordo com Carvalho (2000) a formulação e a implementação de
políticas voltadas para a integração de pessoas portadoras de deficiência têm
sido inspiradas por uma série de documentos contendo declaração,
recomendações e normas jurídicas internacionais e nacionais envolvidas com a
temática da deficiência.
A Educação Inclusiva e Legislação Brasileira nos fala do direito de
todos à educação está estabelecido na Constituição de 1988 e na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, sendo um dever do Estado e da
família promove-la. A finalidade da educação é o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A lei 9394/96, Lei de Diretrizes e bases da Educação apresenta
características básicas de flexibilidade, além de algumas inovações que em
muito favorecem o aluno portador de necessidades educativas especiais. Pela
primeira vez surge em uma LDB um capítulo (cap. V), destinado à Educação
Especial, cujos detalhamentos são fundamentais.
Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, quanto a
Constituição Brasileira, têm sido interpretadas por alguns estudiosos, como
incentivadoras da inclusão, isto porque ambas definem que o atendimento de
alunos com deficiência deve ser especializado e preferencialmente na rede
14
regular de ensino. E, a escola tem obrigação de receber a todos que procuram,
indistintamente.
As escolas comuns, com essa orientação integradora representam o
meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar oportunidades
acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação para todos;
além disso, proporcionam uma educação efetiva à maioria das crianças e
melhoram a eficiência e, certamente, a relação custo x benefício de todo
sistema educativo.
15
CAPITULO II - A SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down ocorre em todas as raças e continentes,
acontece numa proporção de 1(um) caso para cada 600( seiscentos)
nascimentos. È a mais comum e mais conhecida síndrome cromossômica já
existente, e foi o primeiro distúrbio cromossômico reconhecido no homem.
A Síndrome de Down no mundo começa no século XIX, ate então os
deficientes mentais eram vistos como um único grupo homogêneo. Eram
tratados e medicados identicamente, sem se levar em consideração as causas
das deficiências, que são inúmeras e podem ocorrer durante a gestação, no
momento do parto e depois do nascimento.
Não existem muitos relatos sobre os primeiros casos de Síndrome
de Down, não haviam muitas informações em revistas médicas, e o numero de
pesquisadores que se interessavam por problemas genéticos e deficiência
mental era muito pequeno.
Muitos pesquisadores descreveram algumas características em
pessoas com Síndrome de Down, mas somente John Langdon Down fez sua
descrição registrando todos os pontos cardinais da síndrome.
2.1 Históricos da Síndrome de Down
De acordo com Stray-Gundersen( 2007,p. 36-37) “ muito antes que
a relação genética com a Síndrome de Down fosse descoberta, John Langdon
Down, um medico inglês, descreveu essa condição como um distinto de
características”. Em 1866, diferenciou a Síndrome de Down de outras
condições, observando algumas características comuns a ela associadas como
cabelos lisos, nariz pequeno e face alargada. Down é também responsável
pela sua denominação de “mongoloide”. Essas outras denominações
depreciativas não são mais empregadas atualmente, embora as pessoas ainda
16
precisam ser lembradas de que a Síndrome de Down não se referre a alguém
que é infeliz ou inferior.
A autora( Stray- Gundersen,2002,p.37) esclarece que:
No século XX, os avanços nas pesquisas genéticas ajudaram os
cientistas a começarem a compreender a causa da Síndrome de
Down. No inicio da década de 1930 suspeitaram que a Síndrome de
Down podia ser causada por uma alteração cromossômica. Em 1959,
Jerome Lejeune, um dos geneticistas francês, descobriu que as
células cultivadas de indivíduos com Síndrome de Down tinham um
cromossomo extra. Mais tarde, descobriu-se que o cromossomo
extra, era exatamente o cromossomo 21. Esses resultados levaram à
descoberta das outras formas de Síndrome de Down, incluindo a
translocação e o mosaicismo. O tratamento de pessoas com
Síndrome de Down também progrediu de maneira notável ao longo
das décadas. Seu tempo de vida aumentou, melhorou a educação e
os cuidados das pessoas foram marcantes. Durante muitos anos,
considerava-se que as crianças com Síndrome de Down não tinham
potencial para aprender. Negava-se a oportunidade para aprenderem,
pareciam confirmar a errônea baixa estimativa da sociedade a
respeito de suas capacidades. Felizmente, o mundo atual é muito
diferente para as crianças com Síndrome de Down.
Contemporaneamente os médicos, cientistas e pesquisadores
continuam a explorar as causas, os efeitos e o tratamento da
Síndrome de Down.
O termo Síndrome de foi usado depois de muitos termos pejorativos
e discriminatórios, como: imbecilidade mongoloide, idiotia mongoloide,
cretinismo furfuráceo, acromicria congênita, criança mal acabada dentre outras.
2.2 Definição de Síndrome de Down
A Síndrome de Down pode ser definida como uma cromossopatia,
ou seja acidente genético cujo quadro clínico global é explicado por um
17
desequilíbrio na constituição cromossômica, a presença de um cromossomo 21
extra, caracterizando assim uma trissomia simples.
De acordo com a publicação da Fundação Síndrome de Down, é um
acidente genético, que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião.
Na célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23
pares. O individuo com Síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo
cromossomo extra ligado ao par 21. Esta alteração genética pode ser
apresentada de três formas. A trissomia 21 padrão, cujo cariótipo é : 47XX ou
47XY(+21), o individuo apresenta 47 cromossomos em todas as duas células,
tendo no par 21 três cromossomos. Isto ocorre em aproximadamente 95% dos
casos de Síndrome de Down causando um desequilíbrio genético que altera o
curso normal do crescimento e do desenvolvimento. Observa-se, no entanto,
que nem todas as crianças apresentam as mesmas características, existem
enormes variações que devem ser levadas em conta na educação familiar ou
escolar. Na trissomia por translocação, cujo cariótipo 46XX(t14;21) ) ou
46XY(t14;21), o individuo apresenta 46 cromossomos e o cromossomo 21 extra
está aderido a outro par, em geral o 14, isto acontece quando um segmento de
um cromossomo ou um cromossomo inteiro se quebra durante a meiose e
depois se conecta a outro cromossomo 21, neste caso, o zigoto tem Síndrome
de Down ou trissomia do 21 por translocação.
Segundo ( Stray-Gundersen,2007,p.24) no Mosaicismo, a forma
mais rara da Síndrome de Down a se dividir normalmente, ocorrendo não-
disjunção em uma linhagem celular, resulta um individuo com linhagens
celulares normais e trissomicas. Apenas 1% das pessoas apresenta esse tipo
de trissomia. Consequentemente, nem todas as células apresentam esse
cromossomo extra e a criança pode ter menos características físicas usuais da
Síndrome de Down, bem como maior capacidade intelectual, o modo como à
criança é afetada depende não do número de células normais, mas da região
do corpo em que essas células se localizam.
Um exame que confirmará esses resultados é de cariótipo que é a
análise citogenética, e esse diagnóstico é feito pelo pediatra que recebe a
18
criança logo após o parto. Nele serão apresentados as características
fenotípicas mais comuns que são: hipotonia muscular generalizada; fenda
palpebral oblíqua; prega palmar transversa única; face achatada; ponte
deprimida; orelhas com baixa implantação; entre outras.
O nascimento de crianças com Síndrome de Down é mais frequente
conforme aumenta a idade materna. Porém, qualquer pessoa está sujeita a ter
filho com esta Síndrome que ocorre ao acaso, sem distinção de raça ou sexo.
Conforme relata Stray-Gundersen (2007,p.27-34) em seus estudos
uma criança com Síndrome de Down apresenta varias características próprias,
destacando-se aqui a tônus muscular baixo, hipotonia, nariz menores,
microcefalia, braquicefalia descrita por um diâmetro fronto-occipital muito
pequeno ,fissura palpebral com inclinação superior, pregas epicânticas, base
nasal achatada e hipoplasia da região mediana da face. Além dessas
características o pescoço é mais curto, as orelhas são pequenas, as mãos
menores, dedos curtos, prega palmar transversal ou linha simiesca, os pés
embora pareçam normais podem apresentar um sulco profundo nas plantas
dos pés e grande espaço entre o primeiro e o ultimo dedo, a altura media
adulta de homens é de 1,57m e para mulheres de 1m.37cm, o tórax pode ser
um tanto afunilado, a pele pode ser mosqueada( manchada), clara e sensível a
irritação, a língua é protusa e hipotônica, há clinodactília no 5º dedo da mão.
As crianças com Síndrome de Down apresentam hipotonia muscular
e são muito sonolentas. Logo após o nascimento, elas mostram dificuldades
para sucção e deglutinação. Percebe-se um atraso no desenvolvimento de
alguns reflexos do bebê, havendo comprometimento na postura de semiflexão
dos quadris, que pode não ser evidente ou mesmo, estar ausente.
A linguagem é muito comprometida, a deficiência mental é uma das
características mais presentes na Síndrome de Down devido ao atraso global
do desenvolvimento, que pode variar de criança para criança.
19
CAPITULO III - A SÍNDROME DE DOWN E A LDB
A Lei 9394/96. Alguns anos atrás as pessoas com necessidades
educacionais especiais não era permitido ter o direito de frequentar escolas,
pois não era dado a credibilidade de que eles pudessem aprender a
desenvolver os seus potenciais positivamente.
Atualmente na busca de um modelo menos segregador e mais
eficiente de atendimento educacional deu-se o inicio ao processo de integração
dos alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares.
Houve uma transformação em relação as ideias pedagógicas dessas escolas,
iniciando com o treinamento de habilidades que são básicos ate a apropriação
de conhecimentos.
A integração de uma criança com Síndrome de Down tem
fundamento no principio de normalização, ou seja, uma pessoa diferente deve
ter o mesmo direito que os outros e oferecer oportunidades de educação
adequada e o mais parecido possível com a dos outros alunos.
Levando em consideração que o aluno com Síndrome de Down é
capaz de compreender suas limitações e conviver com suas próprias
dificuldades é mais do que justo que esse individuo seja incluído na classe
regular ,pois a presença desse aluno é necessária e enriquecedora para o
grupo escolar. Pois a sociedade é plural e a escola deve contribuir para que se
perceba a possibilidade e a importância de conviver com as diferenças.
3.1 Educação Inclusiva e Legislação Brasileira
O direito de todos à educação está estabelecido na Constituição de
1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, sendo um dever do
Estado e da família promove-la. A finalidade da educação é o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação
20
para o trabalho. Goffredo, no artigo “Educação: Direito de todos os brasileiros”
(1999, p. 28) destaca que o nosso atual texto constitucional (1988) consagra no
Art. 205, a educação como direito de todos e dever do estado e da família,
termo referido anteriormente. Concorda-se plenamente com o autor quando
realça, citando o Art. 205, colocando que a educação é direito de todos os
brasileiros, porém sabemos que nem todos são atendidos e contemplados no
seu direito. No Art. 206, podem-se destacar princípios eminentemente
democráticos, cujo sentido é nortear a educação, tais como: a igualdade de
condições não só para o acesso, mas também para a permanência na escola;
a liberdade de aprender, ensinar e divulgar o pensamento; o pluralismo de
idéias e concepções pedagógicas; a coexistência de instituições públicas e
privadas, a existência do ensino público gratuito e a gestão democrática do
ensino público. Goffredo (1999) ressalta que as linhas mestras estabelecidas
pela constituição foram regulamentadas em seus mínimos detalhes pela nova
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei Nº 9394/96. Além dessas
leis acima citadas, é preciso destacar o Estatuto da Criança e do Adolescente,
de 13 de julho de 1990; a Lei Federal Nº 7.855, de 24 de outubro de 1989. Esta
lei é relevante. Entre outras medidas, criou a Coordenadoria Nacional para a
integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), órgão responsável
pela política Nacional para a Integração de Pessoa Portadora de Deficiência.
Hoje a CORDE faz parte da Secretaria Nacional de Direitos Humanos do
Ministério Público da Justiça. A mesma lei 7.855/89, atribui competência
também ao Ministério Público para fiscalizar instituições e apurar possíveis
irregularidades através do inquérito civil e competente Ação Civil Pública, se for
o caso. O artigo de Goffredo (1999) já citado salientou que a lei 9394/96, Lei de
Diretrizes e bases da Educação apresenta características básicas de
flexibilidade, além de algumas inovações que em muito favorecem o aluno
portador de necessidades educativas especiais. Pela primeira vez surge em
uma LDB um capítulo (cap. V), destinado à Educação Especial, cujos
detalhamentos são fundamentais. Na concepção de Werneck (1997), tanto a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, quanto a Constituição
Brasileira, têm sido interpretadas por alguns estudiosos, como incentivadoras
21
da inclusão, isto porque ambas definem que o atendimento de alunos com
deficiência deve ser especializado e preferencialmente na rede regular de
ensino. Referindo-se a essas leis a autora sublinhou: 1. Na Constituição
Brasileira: o inciso III do Art. 208 da Constituição Federal fundamenta a
Educação no Brasil e faz constar a obrigatoriedade de um ensino especializado
para crianças portadoras de deficiência. Este é o texto: “O dever do Estado
com educação será efetivado mediante a garantia de: III – Atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino”. 2. Na lei de Diretrizes e Bases de 1996: No título III
“Do direito à educação e dever de educar”, a LDB diz que o dever do Estado
com a educação escolar será efetivado mediante algumas garantias. No seu
artigo 4º, inciso III, a lei postula; 3. “Atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na
rede regular de ensino” (1988, p. 82). Os pressupostos teóricos analisados, a
CF(Constituição Federal) e a LDB expressam claramente que a nova proposta
de Educação Inclusiva recomenda que todos os portadores de necessidades
educacionais especiais sejam matriculados em turma regular, baseada no
princípio de educação para todos. A esse respeito Goffredo acrescenta: Frente
a esse novo paradigma educativo, a escola deve ser definida como uma
instituição social que tem por obrigação atender todas as crianças, sem
exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade.
Portanto, deve manter as suas portas abertas às pessoas com necessidades
educativas especiais (1999, p. 31). Na realidade, cabe à escola a função de
receber e ensinar a todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais ou outras. O processo de ensino/aprendizagem
deve ser adaptado às necessidades dos alunos. E, a escola tem obrigação de
receber a todos que procuram, indistintamente.
22
A INCLUSÃO SOB A INFLUÊNCIA DA DECLARAÇÃO
DE SALAMANCA
A legislação que vige atualmente e os documentos oficiais fazem
menção explícita à Declaração de Salamanca. Cremos e proclamamos que: -
Todas as crianças, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e
que a elas deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável
de conhecimentos; - Cada criança tem características, interesses, capacidades
e necessidades de aprendizagem e que lhe são próprias; - Os sistemas
educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenha
em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades; - As
escolas comuns, com essa orientação integradora representam o meio mais
eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar oportunidades
acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação para todos;
além disso, proporcionam uma educação efetiva à maioria das crianças e
melhoram a eficiência e, certamente, a relação custo x benefício de todo
sistema educativo. O que a autora procura ressaltar é que quando a igualdade
de direitos aparece junto com o respeito às diferenças, prevalece a visão
universalista, marcada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de
1948. Os alunos têm direitos iguais, independente das características,
interesses e necessidades individuais, que são diferentes. A Declaração de
Salamanca deixa claro que a escola deve oferecer os serviços adequados para
atender à diversidade da população. Nesse contexto, a construção de uma
sociedade integradora, por sua vez, somente será possível se a integração se
efetivar em todos os âmbitos da vida social. Isto quer dizer que a sociedade
será integradora na medida em que a educação, a economia, a cultura e a
saúde integrarem as classes, camadas e grupos excluídos. Ainda segundo a
declaração: As escolas integradoras constituem um meio favorável à
construção da igualdade de oportunidades da completa participação; mas, para
ter êxito, requerem um esforço comum, não só dos professores e do pessoal
restante da escola, mas também dos colegas, pais, famílias e voluntários. A
reforma das instituições sociais não só é uma tarefa técnica, mas também
23
depende, antes de tudo, da convicção, do compromisso e da boa vontade de
todos os indivíduos que integram a sociedade (2004, p. 14). A mesma linha
está presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, de 1996), que
consiste na responsabilidade do poder público, matrícula preferencial na rede
regular de ensino, apoio especializado necessários. Essa referencia ao papel
central da escola comum é reforçada pela adesão do governo brasileiro à
Declaração de Salamanca (1994).
3.2 A Síndrome de Down na Educação Inclusiva
A Síndrome de Down na educação inclusiva é um movimento de
ação politica, cultural, social e pedagógica desencadeada em defesa do direito
de todos os alunos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum
tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma
educacional fundamental na concepção dos direitos humanos, que conjuga
igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avançam em relação
à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstancias históricas da
produção da exclusão dentro e fora da escola. Sabendo-se que as pessoas
com deficiência são amparadas por leis que enfatizam o respeito à diferença e
a sua inserção na sociedade é preciso que todos na escola conheçam as leis
para compreender a importância de garantir a matricula e permanência dessas
crianças no contexto escolar e na sociedade.
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos
fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça
,sexo, idade e quaisquer outras formas de descriminação”(art.3º, inciso
IV).Define em seu artigo 205 a educação como direito de todos, garantindo o
pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação
paar o trabalho. Em seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de
condições de acesso e permanência na escola” como um dos principais para o
24
ensino e garante como dever do Estado a oferta do atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art.208).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no
seu artigo 55 reforça os dispositivos legais supracitados ao determinar que os
“pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular seus filhos na rede regular
de ensino”.
E a Declaração de Salamanca (1994) aponta que o principio
fundamental das escolas inclusivas consiste em que todos os alunos devam
aprender juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e
das diferenças que apresentem.
A Lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no
seu artigo 58 define que educação especial é uma modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com necessidades especiais. Ainda, a referida lei determina que
haja, quando necessário, serviços de apoio especializado na escola regular,
para atender as peculiaridades da clientela com necessidades especiais. Este
atendimento será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre
que em função das condições especificas dos alunos, não for possível a sua
integração nas classes comuns do ensino regular.
A oferta da educação especial tem inicio na faixa etária de zero a
seis anos na Educação Infantil. Também de acordo com o artigo 59, a LDBEN
9.394/96, assegura aos alunos com necessidades especiais: currículo,
métodos, técnicas, recursos e organização específicos para atender suas
necessidades, terminalidade especifica para aqueles que não puderem atingir o
nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas
deficiências e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar
para os superdotados; professores com especialização adequada em nível
médio ou superior para atendimento especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a integração destes educandos nas classes
comuns; educação especial para o trabalho, visando sua efetiva integração na
25
vida em sociedade, inclusive dando condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante
articulação com órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que
apresentarem uma habilidade superior na área artística, intelectual ou
psicomotor, acesso igualitário aos benéficos dos programas sociais
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Segundo Stray-Gundersen(2007,p.187) a criança com Síndrome de
Down deve receber os serviços fornecidos pela escola regular como uma
criança normal recebe. Ou seja, receber igual tratamento. Sabe-se que a
criança com Síndrome de Down é mais lenta e também o seu desenvolvimento
cognitivo se processa de maneira diferente. Esse fato de ser mais lenta pode
ser consequência dos transtornos de aprendizagem. Mas isso não pode ser
mais pretexto das escolas para não fazer sua matricula pelo contrario, a
Constituição Federal de 1988 prevê a inclusão de todas as crianças em classes
regulares garantindo seu acesso e permanência.
A criança com Síndrome de Down apresenta muitas debilidades e
limitações, assim o trabalho pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo
da criança e proporcionar-lhe estimulação adequada para desenvolvimento de
suas habilidades. Programas devem ser criados de acordo com as
necessidades especificas das crianças.
O ensino das crianças especiais deve ocorrer de forma sistemática e
organizada, seguindo passos previamente estabelecidos, o ensino não deve
ser teórico e metódico e sim deve ocorrer de forma agradável e que desperte
interesse na criança. Normalmente o lúdico atrai muito a criança, na primeira
infância, e é um recurso muito utilizado, pois permite o desenvolvimento global
da criança através da estimulação de diferentes áreas.
Uma das maiores preocupações em relação à educação da criança
se dá na fase que se estende do nascimento ao sexto ano de idade. Neste
período a educação infantil deve promover sua autonomia, experiências de
interação social e adequação. Permitindo que esta se desenvolva em relação a
26
aspectos afetivos, cognitivos, que sejam espontâneas e antes de tudo sejam
crianças.
27
CAPITULO IV - A RELAÇÃO ESCOLA X FAMÍLIA
NA SÍNDROME DE DOWN
É primordial que família e escola se unam para que ambas possam
cumprir de maneira mais efetiva eficaz os seus papeis.
Família e escola são instituições essenciais à formação do individuo.
Suas ações sempre interagem uma a outra. Uma é complemento da outra, daí
a necessidade que se estabeleça o dialogo constante entre elas, para
fortalecimento dessa relação.
É necessário que haja grande entendimento entre ambas, para que
se tornem parceiras na tarefa tão valiosa, que é a formação do individuo com
Síndrome de Down afetivo e social, que vai interferir de maneira positiva para a
melhoria da sociedade, na qual ele está inserido.
As causas de problemas de escolaridade, ás vezes, passam
despercebidas dos pais e dos professores, por isso a importância da escola e
família das crianças com Síndrome de Down, orientando, acompanhando o
desenvolvimento da criança como ser humano e a vida escolar de seus filhos.
Muitas das dificuldades de aprendizagem das crianças com
Síndrome de Down são provenientes da ausência, da falta da participação da
família, orientando, acompanhando o desenvolvimento da criança como ser
humano e a vida escolar de seus filhos..
Segundo Gundersen, 2007, a convivência e o relacionamento
familiar são fatores para o desenvolvimento pleno da criança. O portador de
Síndrome de Down aprende não só o conteúdo conceitual formal visto na
escola, mas aprende a própria vida, a ocupar um espaço e um tempo a se
comunicar, a interagir, a se expressar afetivamente e emocionalmente.
O desenvolvimento afetivo, trata das emoções, sentimentos, dor,
prazer, satisfação, insatisfação, enfim, aquilo que a criança pode perfeitamente
28
manifestar em sua relação com o outro, na relação familiar, na escola, onde o
individuo fica exposto a um mundo competitivo.
O clima familiar é uma importante condição associada ao
desenvolvimento cognitivo. O envolvimento dos pais com a escola favorece o
desempenho, destaca-se um de grande importância, é que através dos eu
desenvolvimento, os pais comunicam á criança o quanto se importam com ela
e o quanto valorizam o seu aprendizado escolar.
4.1 Educação Inclusiva: professor, escola e família
A educação dá-se em qualquer lugar, na família, nas indústrias,
escolas, instituições esportivas, hospitais, em todos os cantos do mundo.
Devemos pensar que ensinar não é só transmitir conhecimento, e sim criar
possibilidades na construção de conhecimentos. Nesse sentido deve-se
entender a educação como um progresso dinâmico e flexível, que possibilite ao
ser humano interagir diretamente com a sociedade, desenvolver suas
potencialidades, decidir sobre seus objetos e ações. Considerando-se que o
ato educativo, além de pedagógico, é eminentemente político, é preciso elevar
a capacidade crítica de todos os professores de modo a perceberem que a
escola, como instituição social, está inserida em contextos de injustiças e de
desigualdades que precisam ser modificados. Neste caso, Carvalho, afirma que
a “transformação social é a transformação das condições concretas da vida dos
homens” (2000, p. 164). E este é um processo histórico condicionado pelas
próprias condições de vida e resultado da ação histórica dos homens.
Prosseguindo, a referida autora ressalta, sem atribuir tamanha
responsabilidade aos professores, unicamente, há que reconhecer que eles
desempenham significativo papel nessa direção. Para se desincumbirem desse
papel, precisam dispor de conhecimentos além daqueles estritamente
relacionados aos assuntos que irão lecionar. É necessário que estejam
instrumentalizados a promover a educação com o sentido de formação e não
29
como transmissão de conhecimentos, apenas. A escola é entendida como
sendo de todos, independente de sua origem social, de um país de origem ou
étnica. Os alunos com necessidades especiais de aprendizagem recebem
atendimento individualizado, de modo que possam superar suas dificuldades.
4.2 Dilema das famílias e a escola inclusiva
Existe um grande dilema das famílias das crianças com Síndrome de
Down e a escola inclusiva.
Ressalta Stray Gundersen,(2007,p.145) disse que “ os pais de
crianças com Síndrome de Down, assim como os pais de crianças “ normais”,
desejam sempre saber como seu filho se desenvolve. Os pais e educadores
precisam entender que cada criança é única e que as crianças com Down
devem ser estimuladas a explorar, aprender e ser curiosas, assim como as
demais. As crianças devem ser desafiadas a concluir tarefas desde cedo,
desenvolver sua autonomia, realizar tarefas sozinhas sem ajuda de adultos,
ouvir historias, estudar, ouvir musicas e dançar.
A família tem um papel de destaque no desenvolvimento do en
sino/aprendizagem, pois é uma rede complexa de relações e emoções que
perpassam sentimentos e comportamentos. A família, seja ela normativa ou
extensiva, é responsável pela interação progressiva do individuo numa
sociedade. Portanto, segundo Stray-Gunderse,(2007) ao nascer uma criança
com Síndrome de Down é papel familiar inserir essa criança no contexto social
o amis cedo possível e garantir a inclusão dela ans escolas regulares,
colaborando com seu pleno desenvolvimento.
Os pais de crianças com Síndrome de Down se defrontam com
alguns dilemas quando seus filhos atingem a idade de frequentar a escola.
Questionam-se se devem ou não colocá-los numa escola e se essa escola
deve ser regular ou especial. Entretanto, é importante lembrar que esses dois
30
momentos são distintos e geram ansiedades especificas. Quando a inclusão é
bem feita, a socialização começa a se dar de maneira muito fluida.
Se de um lado a criança com a Síndrome de Down tem muito a
ganhar no desenvolvimento sócio/afetivos permanecendo no ensino regular,
por outro lado a maioria das vezes, as escolas ainda desconhecem estratégias
e alternativas para apreensão dos conteúdos em sala de aula.
As crianças com Síndrome de Down, assim como outra criança
qualquer, são muito diferentes entre si, tanto acerca de sua personalidade
quanto em relação aos variados interesses e habilidades. Os pais na hora de
escolherem a escola para seu filho devem ficar atentos para buscar subsídios
para que a escola os incluam sem discriminação e preconceitos.
É importante ressaltar que a necessidade de estruturar atividades
apropriadas ao ano do aluno, particularmente em se tratando da participação
dos pais no seu acompanhamento.
4.3 Metodologia e estratégias de ensino
Tradicionalmente, as metodologias e estratégias de
ensino/aprendizagem forma baseadas no enfoque formal nos quais se atribui
mais importância aos conteúdos e neste caso o educador centra-se nos
objetivos e nas atividades que serão realizadas.
Até a década de 1970 ao falar de alfabetização, recorria-se a noções
de prontidão, habilidades psiconeurológicas e outras, já que se entendia o
aprendizado da escrita alfabética como uma questão de tipo perceptual, motor
e memorístico. Utilizava-se dos métodos analítico e sintético para alfabetizar as
crianças. No entanto, a partir da década de 80 adquiriram maior importância os
modelos de intervenção funcional em que as interações constituem a base para
o desenvolvimento da educação.
31
Todavia a alfabetização convencional centrada nas cartilhas foi
substituída por uma alfabetização mais dinâmica, construída a partir da
psicogênese da língua escrita, onde a criança precisa compreender que ler vai
além de codificar símbolos, mas de compreender antes de tudo o significado da
escrita e qual sua função, numa dimensão mais abrangente.
Entende-se que a metodologia compreende o estudo dos métodos, o
conjunto dos procedimentos de investigação das diferentes ciências quanto aos
seus fundamentos e validade, distinguindo-se das técnicas que são a aplicação
especifica dos métodos.
Percebem-se na atual conjuntura educacional que o enfoque
metodológico mudou e, portanto, professor e aluno passaram a ser aprendizes
no processo ensino/aprendizagem e que devem buscar compreende-lo como
um processo comunicativo bidirecional para atingir suas metas pessoais e
interpessoais utilizando toda tecnologia disponível no mercado.
A escola não é a mesma do passado, portanto, as metodologias e
estratégias devem acompanhar essas mudanças. Identifica-se que a ação do
professor e aluno, no processo educativo, é cíclica e recursiva, a atividade de
um impacta no outro e retorna em forma de nova informação sobre o fato, que
é novamente processado e transformado em novo processo interativo.
Cabe ao professor conhecer os diversos métodos de ensino e as
diversas estratégias para realizar um trabalho eficiente capaz de transformar o
pensamento da criança indiferente de suas limitações.
Stray-Gundersen considera-se que os pais são os primeiros
professores dos filhos sejam esses normais ou com necessidades especiais.
No entanto, os pais como os professores nas escolas precisam aprender
técnicas especiais de manipulação, habilidades especiais. Estabelecer
parcerias com os pais deve ser a meta principal dos professores que lidam com
essa criança.
32
Professores e pais precisam conhecer como se dá o
desenvolvimento e como lidar com essa criança para ajuda-la.
A escola é um local de mudanças e quebra de paradigmas. Se a
escola e o professor não estiverem comprometidos com a mudança de atitudes
a aprendizagem não será significativa. Por isso o ponto crucial para que a
inclusão aconteça, é a valorização das especificidades de cada um. Toda
criança que chega à escola já possui algum conhecimento, afinal o que ela
pode não saber é codificar e decodificar, mas ler o mundo, mesmo que sob a
sua visão, é um fator que deve ser previsto em todo e qualquer planejamento.
33
CONCLUSÃO
O objetivo desse estudo foi estudar a inclusão de alunos com
Síndrome de Down, para conhecer o histórico da Síndrome de Down, o perfil
dos professores a metodologia e estratégias aplicadas na alfabetização dessas
crianças, o que eles pensam sobre a inclusão, os aspectos facilitadores e
dificultadores encontrados no trabalho com essas crianças, bem como a
importância da parceria família/escola.
A Síndrome de Down recebeu esse nome em homenagem a John
Langdon Down, medico britânico que descreveu a Síndrome em 1862.
A Síndrome de Down é um acidente genético, que ocorre ao acaso
durante a divisão celular do embrião. Na célula normal da espécie humana
existem 46 cromossomos, sendo divididos em 23 pares. O individuo com
Síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado
ao par 21. O tratamento de pessoas com Síndrome de Down também progrediu
de maneira notável ao longo das décadas. Seu tempo de vida aumentou,
melhorou a educação e os cuidados das pessoas foram marcantes. Durante
muitos anos, considerava-se que as crianças com Síndrome de Down não
tinham potencial para aprender. Negava-se a oportunidade para aprenderem,
pareciam confirmar a errônea baixa estimativa da sociedade a respeito de suas
capacidades. Felizmente, o mundo atual é muito diferente para as crianças
com Síndrome de Down.
Quanto á percepção dos professores em relação à inclusão os
resultados mostram que os professores consideram a inclusão como um
desafio enorme para o nosso sistema educacional e afirmam que só será
possível quando a escola estiver adaptada e com profissionais capacitados.
Constatou-se ser possível alfabetizar a criança com Síndrome de
Down desde que a escola tenha condições necessárias, de suporte pedagógico
e seja adaptada, respeite o tempo da criança e suas limitações.
34
A parceria da escola com a família será possível realizar um bom
trabalho, porque é a família o elo das informações, viabilizando o entrosamento
das dificuldades, dos avanços e possibilidades da criança.
Esse estudo nos permitiu ver que os professores podem aumentar
suas possibilidades de observação e intervenção, objetivando aprimorar a
aprendizagem das crianças com Síndrome de Down e saber que elas são
crianças especiais, que tem dificuldades como qualquer outra pessoa e são
também crianças capazes de vencer e se desenvolverem se forem
devidamente assistidas.
O mais importante da pesquisa foi constatar que a inclusão de
crianças com Síndrome de Down contribui para mudanças no contexto da
escola e nos processos de ensino/aprendizagem despertando um novo olhar
dos profissionais, abrindo-se uma janela para reflexões sobre como incluir uma
criança com necessidades educacionais especiais e despertar novas
perspectivas dos profissionais acerca da oportunidade e qualidade de ensino
para os alunos com Síndrome de Down.
Os desafios a serem enfrentados na escola inclusiva sinalizam que a
convivência com as diferenças cria um ambiente rico e de aprendizagem e as
crianças crescem desenvolvendo habilidades como a tolerância e a aceitação
do outro, importantes para sua vida social e profissional futura.
35
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