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Traduzido do original em Inglês
Journey into the Gospel
By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com
Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume
único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte IV deste livro.
O conteúdo deste e-book não é reconhecido por HeartyCry Missionary Society
como a publicação oficial desta obra em Língua Portuguesa.
Para obter mais informações sobre HeartyCry Missionary Society visite o seu website:
www.HeartCryMissionary.com
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Agosto de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado pelo website oEstandarteDeCristo.com, com contato prévio com HeartyCry
Missionary Society (HeartCryMissionary.com), sob a licença Creative Commons Attribution-
NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer
[Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos.
A presente publicação é composta da parte IV deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]
O Amor De Deus Manifestado
O que é o amor de Deus? É aquele atributo Divino que O move livre e altruisticamente a
dar a Si mesmo a outros para o seu benefício ou bem. As Escrituras nos ensinam que o
amor de Deus é muito mais do que uma atitude, emoção ou obra. É um atributo de Deus,
faz parte do Seu próprio Ser ou natureza. Deus não somente ama, mas Ele é amor. Ele é
a própria essência do que é o amor verdadeiro e todo amor verdadeiro flui dEle como a sua
fonte última.
A altura, profundidade e largura do amor de Deus estão além do entendimento das maiores
e mais perspicazes criaturas. Seria mais fácil contar todas as estrelas no Céu ou cada grão
de areia sobre a terra do que medir ou mesmo tentar descrever o amor de Deus. As Es-
crituras ensinam que o amor de Deus se manifesta a todas as Suas criaturas em um número
quase infinito de maneiras. No entanto, há uma manifestação do amor Divino que supera
todas estas: Sua doação de Seu Filho unigênito para a salvação de uma humanidade
pecadora e rebelde! Sem dúvida ou disputa, esta é a maior obra do amor Divino!
John Flavel escreve: “O dom de Cristo é a manifestação mais elevada e mais plena do amor
de Deus pelos pecadores, do que alguma vez foi feito desde a eternidade para eles” (Obras,
Vol. 1, p. 64).
Archibald Hall escreve: “Estas circunstâncias muito deploráveis de culpa e perdição, nas
quais nos mergulhamos, por pecarmos contra Deus, deu ocasião para que a cena mais
surpreendente da benevolência e misericórdia, que supera toda a expressão, e até mesmo
o próprio pensamento é perdido em maravilha e alegria. Eis, que tipo de amor é esse que
Deus demonstrou por nós! Ele amou o mundo, a ponto de dar o Seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Gospel Worship [Culto
Evangélico], Vol. 2, p. 96-97).
Thomas Boston escreve: “O evangelho é uma respiração de amor e benevolência ao mundo
da humanidade de pecadores” (Obras, Vol. 3, p. 564).
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Notas De Estudo
1 João 4:8. “Deus é amor”. Albert Barnes escreve: “Jamais foi feita uma declaração mais
importante do que esta; jamais houve mais significado condensado em poucas palavras do
que nesta curta frase: Deus é amor” (BN [Barne's Notes: Notas de Barnes], 1 João, p. 331).
É essencial compreender que o amor não é apenas uma decisão ou ação da parte de Deus,
mas um atributo do Seu próprio Ser. Não é necessário que Deus queira amar mais do que
é necessário que Ele queira existir, ser eterno ou ser santo. Ele é amor e, portanto, todos
os Seus decretos e obram fluem do Seu amor e são realizados no reino do amor. Deus cria,
revela, governa, salva e até mesmo julga em amor. Samuel Davies escreve: “Deus é amor;
não somente amorável e amoroso, mas o próprio amor; amor puro, sem mistura, nada além
de amor; amor em Sua natureza e em Suas ações; o objeto, fonte e quintessência de todo
o amor” (Davie’s Sermons [Sermões de Davies], Vol. p. 316). Quando olhamos para a raça
depravada e rebelde de Adão, não encontramos nada que moveria um Deus santo a salvar,
mas Deus encontra razão em Seu próprio caráter. Sua obra de salvação flui de quem Ele
é. Ele ama, não por causa de algum valor inerente encontrado nos homens ou de algum
mérito que eles têm tido. Pelo contrário, Ele ama o homem, apesar do homem, e é movido
a salvar aqueles que não merecem, porque Ele é amor!
1 João 4:9: “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco...”. Albert Barnes escreve:
“O apóstolo não intenciona que ele [ou seja, o amor de Deus] não foi manifestado de
nenhuma outra maneira, mas que esta era uma instância tão proeminente de Seu amor,
que todas as outras manifestações pareciam absorvidas e perdidas nesta” (BN, 1 João, p.
331). “...que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”. O Pai
ter enviado o Filho para suportar o pecado e morrer condenado em lugar de homens
pecadores, é a maior manifestação do amor Divino. O termo “unigênito” é usado para avivar
a nossa consciência e valorizar a obra do amor de Deus. O universo teria sido uma coisa
pequena em comparação com o dom do “Unigênito” de Deus. João Calvino escreve: “Ele
1. Em 1 João 4:8 é encontrada uma das declarações mais importantes das Escrituras
que diz respeito ao caráter de Deus: Deus é amor. Considere esta declaração cuida-
dosamente e, em seguida, explique o seu significado em suas próprias palavras. O que
isso nos revela sobre o motivo por trás da obra salvadora de Deus em favor dos homens
caídos?
2. De acordo com 1 João 4:9, qual é a maior manifestação do amor de Deus para com
os homens pecadores? Como este texto prova que não foi o mérito do homem, mas o
amor de Deus, que O levou a enviar o Seu Filho?
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O chama de Seu unigênito, para causa de amplificação. Pois nisso Ele mais claramente
mostrou quão singularmente Ele nos amou, porque Ele expôs o Seu Filho unigênito à morte
por nossa causa” (CC [Calvin's Commentaries: Comentários de Calvino], Vol. 22, p. 239).
Thomas Manton escreve: “Que tal remédio seja fornecido para nós demonstra o amor
inefável de Deus” (Obras, Vol. 1, p. 391).
Notas De Estudo
João 3:16-17. “Porque Deus amou... de tal maneira”. Robert L. Reymond escreve: “A
expiação nunca deve ser representada de forma a sugerir que isso ocorreu devido ao Pai
odiar o pecador e o Filho que amar o pecador, e que a Sua obra na cruz venceu o Pai para
a clemência ou apelou por atitude graciosa do Pai para com o pecador contra a Sua
vontade” (A New Systematic Theology [Uma Nova Teologia Sistemática], p. 641). Charles
Spurgeon escreve: “Deus tem tal amor em Sua natureza que Ele o deixa fluir a um mundo
que perece por seu próprio pecado voluntário; e quando o amor fluiu foi tão profundo, tão
grande, tão forte que mesmo a inspiração não calculou a sua medida, e, portanto, o Espírito
Santo nos deu essa grandiosa pequena expressão “de tal maneira”, e nos deixou para que
tentemos medi-lo, conforme percebemos mais e mais do amor Divino” (MTP [Metropolitan
Tabernacle Pulpit: Púlpito do Tabernáculo Metropolitano], vol. 31, p. 386). “O mundo”.
Alguém pode apreciar esta maravilhosa declaração somente na medida em que
compreende a depravação e rebelião deste mundo. Foi o amor de Deus e não a dignidade
do homem, o desejo de Deus para mostrar misericórdia, e não o mérito do homem que O
levou a salvar. Albert Barnes escreve: “Este foi um dom gratuito e imerecido. O homem não
tinha direito; e quando não havia nenhum olho a apiedar-se ou braço para salvar, aprouve
a Deus entregar o Seu Filho nas mãos dos homens para morrer em seu lugar. Foi o puro
movimento de amor; a expressão da compaixão eterna, e um desejo de que os pecadores
não perecessem para sempre” (BN, João p. 207).
“Que deu o seu Filho unigênito”. A grandeza do amor de Deus por homens de toda tribo,
língua, povo e nação se manifesta em que Ele entregou o Seu Filho amado como um
sacrifício por seus pecados e fez dEle o meio de sua reconciliação. João Calvino escreve:
“A palavra ‘unigênito’ (monogenés) é enfática, para ampliar o fervor do amor de Deus para
conosco. Por que os homens não são facilmente convencidos de que Deus os ama, a fim
de eliminar qualquer dúvida, Ele declarou expressamente que somos muito queridos por
Deus, de modo que, em nossa consideração, Ele nem sequer poupou o Seu Filho unigênito”
3. Em João 3:16-17 é encontrada uma das passagens mais conhecidas e amadas em
todas as Escrituras. De acordo com este texto, o que motivou Deus a enviar o Seu Filho
para a salvação de homens pecadores? Explique a sua resposta.
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(CC, Vol. 17, p. 124). “Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna”. Aqui testemunhamos tanto a amplitude e o propósito do Pai ao, livremente, dar o
Seu Filho. A amplitude é imensa: o mais vil entre a humanidade caída pode vir. Nenhumas
credenciais são necessárias, apenas um coração quebrantado e crente. O propósito é claro
e seguro: aqueles que creem não perecem, sob a justa condenação de seus pecados, mas
têm a vida eterna em comunhão perfeita com Deus. “Porque Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para que condenasse o mundo”. Embora o julgamento teria sido adequado em
função da rebelião do homem, Deus enviou o Seu Filho para demonstrar as grandes rique-
zas da Sua misericórdia. Albert Barnes escreve: “Deus poderia justamente tê-lO enviado
[para condenação]. O homem merecia condenação, e teria sido certo tê-la pronunciado;
mas aprouve a Deus que houvesse uma oferta de perdão, e a sentença de condenação foi
adiada” (BN, João, p. 207). Matthew Henry escreve: “Desde que o homem pecou, ele temia
a aproximação e a aparição de qualquer mensageiro especial do Céu, como estando
consciente da culpa e esperando por julgamento: ‘Certamente morreremos, porquanto
virmos a Deus’. Se, portanto, o próprio Filho de Deus vem, ficamos preocupados para obter
informações sobre em que incumbência Ele vem: ‘Há paz?’, ou, como eles perguntaram a
Samuel, trementes, ‘De paz é a tua vinda?’. E esta Escritura retorna a resposta: ‘É de paz’”.
(MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comentários de Matthew Henry], vol. 5, p. 889).
“Mas para que o mundo fosse salvo por Ele”. Matthew Henry escreve: “Ele veio ao mundo
com a salvação em Seu olhar, com a salvação em Sua mão” (MHC, Vol. 5, p. 888).
Deus Enviou, Embora O Homem Não Buscasse
John Flavel escreve: “Vejamos quão livremente este dom veio a partir dEle: Não foi arran-
cado de Sua mão por nossa insistência; pois, nós tão pouco desejávamos quanto mere-
cíamos” (Obras, Vol. 1, p. 68).
Charles Spurgeon escreve: “Nós nunca enviamos a Ele; Ele enviou para nós. Suponha que,
depois que todos tivéssemos pecado, tivéssemos caído de joelhos, clamado importuna-
mente, ‘Ó, Pai, perdoa-nos!’. Suponha que dia após dia estivéssemos, com muitas tristes
lágrimas e clamores, suplicando e pedindo perdão de Deus. Seria grande amor que Ele,
então, encontrasse uma forma de perdoar-nos. Mas não; ocorreu o contrário. Deus enviou
um embaixador de paz para nós; nós não enviaríamos nenhum embaixador a Ele. O homem
virou as costas para Deus, e prosseguiu afastando-se para mais longe e mais longe dEle,
e nunca pensou em voltar o seu rosto para seu melhor Amigo. Não é o homem que suplica
a Deus por salvação; é, se é que posso ousar dizê-lo, como se o próprio Deus Eterno im-
plorasse que Suas criaturas sejam salvas. Jesus Cristo não veio ao mundo para ser busca-
do, mas para buscar o que está perdido. Tudo começa com Ele. Não buscado, sem ser
solicitado pelo objeto de Sua compaixão, Jesus veio ao mundo” (MTP, Vol. 42, p. 29).
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Os Fundamentos Apropriados Para A Glória
Octavius Winslow escreve: “O homem sábio deve deixar de gloriar-se na sua sabedoria, o
homem poderoso deve deixar de gloriar-se na sua força, o homem rico deve deixar de
gloriar-se nas suas riquezas, e seu único fundamento de glória neles mesmos deve ser a
sua insuficiência, debilidade, pobreza e fraqueza. Seu único fundamento de glória fora deles
mesmos deve ser que ‘Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)’” (Evening Thoughts
[Pensamentos Noturnos], p. 330).
João Calvino escreve: “Essa é a ambição ímpia que pertence à nossa natureza, que,
quando a questão refere-se à origem da nossa salvação, nós rapidamente formamos imagi-
nações diabólicas sobre nossos próprios méritos. Assim, imaginamos que Deus é reconcili-
ado conosco, porque Ele tem nos considerado dignos, de modo que Ele deve olhar para
nós. Mas as Escrituras, em todas as passagens, exaltam a Sua misericórdia pura e sem
mistura, a qual deixa de lado todos os méritos... E, de fato, é muito evidente que Cristo falou
dessa maneira, a fim de atrair os homens da contemplação de si mesmos a olharem para
a misericórdia de Deus somente. Ele não diz que Deus foi movido a libertar-nos porque Ele
percebeu em nós algo que era digno de tão excelente bênção, mas atribui a glória de nossa
libertação inteiramente ao Seu amor” (CC, Vol. 17, p. 123).
Charles Spurgeon escreve: “Por que razão Deus deu Seu Filho unigênito para sangrar em
nosso lugar? Nós éramos vermes pela insignificância, éramos víboras pela iniquidade; se
Ele nos salvou, nós éramos dignos da salvação? Nós éramos tais infames traidores que se
Ele nos condenasse ao fogo eterno, nós poderíamos ser exemplos terríveis de Sua ira; mas
o Amado do Céu sangra para que traidores da terra não sangrem. Diga; diga isso no Céu,
e o anuncie em todas as ruas de ouro a cada hora de cada dia glorioso, que tal é a graça
de Deus “que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça,
mas tenha a vida eterna’” (MTP, vol. 56, p. 303).
Samuel Davies escreve: “Ó! Não foi isso amor; livre, rico, imerecido amor que proveu um
Salvador para os culpados filhos dos homens?... Ó amor, o que fizeste! Que maravilhas
fizeste! Foi tu, amor todo-poderoso, que fizeste descer o Senhor da glória do Seu trono
celestial, para morrer na cruz, um sacrifício expiatório pelos pecados do mundo!” (Davie’s
Sermons, Vol. 1, p. 316).
O Imerecido Amor De Deus
Possivelmente, o aspecto mais surpreendente, mesmo assombroso do amor de Deus é que
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ele é incondicional e imerecido. Deus é tão infinitamente grandioso que Ele deve condes-
cender ao amar até mesmo a mais esplêndida de Suas criaturas. Portanto, é uma
demonstração insondável de graça que Ele pudesse amar o homem caído, e que esse amor
levaria à encarnação e morte de Seu Filho unigênito. Nosso reconhecimento de que o amor
de Deus é totalmente imerecido é absolutamente essencial para qualquer compreensão
adequada do mesmo. É somente na medida em que entendemos a depravação do homem
e ausência de mérito que podemos compreender plenamente a natureza do amor de Deus
que O levou a enviar o Seu Filho.
Thomas Manton escreve: “Nossas obras, quaisquer que sejam, tanto deveres para com
Deus ou homem, não são a primeira causa ou estímulo para inclinar a Deus a mostrar-nos
favor, ou a efetivar a nossa salvação. Não; esta honra deve ser reservada para a graça de
Deus, que se move e causa tudo no empreendimento da nossa salvação. Foi a Sua graça
que nos forneceu um Salvador” (Obras, Vol. 2, p. 404).
John Gill escreve: “Ele [o amor de Deus] não surgiu a partir de qualquer amabilidade neles;
ou a partir de qualquer amor neles por Ele; nem de quaisquer obras de justiça feitas por
eles, mas a partir de Sua própria vontade soberana e prazer” (EONT [Exposition of the Old
and New Testaments: Exposição do Antigo e Novo Testamentos], Vol. 8, p. 451).
1. Em Deuteronômio 7:6-8 é encontrada uma das declarações mais poderosos nas
Escrituras a respeito do amor de Deus que O leva a chamar um povo formado por indig-
nos, pleiteá-los como Seus próprios, e prover para a salvação deles. Leia o texto até que
você esteja familiarizado com o seu conteúdo e, em seguida, responda às seguintes
perguntas:
a. De acordo com o verso 6, que privilégios Deus assegura ao Seu povo Israel?
b. De acordo com o verso 7, a Divina eleição e vocação de Israel baseou-se em alguma
grandeza ou mérito encontrado neles? Explique a sua resposta.
c. De acordo com o verso 8, qual foi a verdadeira motivação de Deus para redimir a
nação de Israel e chamá-los para ser Seus próprios? O que essa verdade nos revela
sobre o motivo de Deus para enviar o Seu Filho para redimir os homens pecadores e
torná-los Seus próprios?
2. No Salmo 44:26, a que o salmista apela para que Deus possa intervir e salvar? Como
isso demonstra que Deus salva o Seu povo não pelo seu próprio mérito, mas por causa
de Seu amor por eles? Apelos semelhantes são encontrados em Salmos 6:4 e Salmos
31:16.
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Notas De Estudo
Deuteronômio 7:6-8. (a) “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus”. A palavra “santo” vem
da palavra hebraica qadosh que é traduzida como “separado”, “especial”, ou “apartado”. O
povo de Israel era “santo” a Deus pois Ele os escolheu para Si mesmo, dentre todas as
nações sobre a terra e os chamou para ser Seu povo. Eles eram o Seu tesouro peculiar
entre as nações e os beneficiários de Sua graça especial. De acordo com 1 Pedro 2:9, o
mesmo pode ser dito da Igreja do Novo Testamento. Que Deus chamasse um povo para Si
mesmo é o maior privilégio Ele poderia lhes oferecer. (b) “o Senhor teu Deus te escolheu,
para que lhe fosses o Seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra”. A escolha
e redenção de Israel de Deus não foi por causa de qualquer mérito encontrado neles. Pelo
contrário, eles eram os menores e mais fracos entre as nações. A razão ou causa para a
salvação nunca é encontrada no homem, mas no propósito e beneplácito de Deus. Um
vislumbre da depravação e rebelião do homem é testemunho suficiente para provar que
essas coisas são assim. De acordo com 1 Coríntios 1:26-28, o mesmo pode ser dito da
Igreja do Novo Testamento. (c) “Mas, porque o Senhor vos amava”. A primeira razão dada
para a Divina eleição e vocação de Israel é mais um insulto do que uma explicação: “Eu o
fiz isso porque Eu fiz”. É uma maneira poderosa para explicar que não há nenhuma razão
para o amor de Deus pelo homem do lado de fora do próprio Deus. John Trapp escreve:
“Eis que Ele amou você, porque Ele amou você. Isto pode parecer idem per idem [mesmo
pelo mesmo], mas excelentemente mostra o fundamento do amor de Deus ser totalmente
nEle mesmo” (CONT [Commentary on The Old and New Testament: Comentário Sobre o
Novo e Antigo Testamento], Vol. 1, p. 294-295). John Gill escreve: “Com um amor gratuito;
Ele os amou, porque Ele os amou; ou seja, porque Ele quis amá-los; Seu amor não foi
devido a qualquer bondade neles, ou feita por eles, ou qualquer amor neles por Ele, mas
por Sua própria vontade e beneplácito” (EONT, Vol. 2, p. 32). Matthew Henry escreve:
“Deus foi buscar a razão disso exclusivamente a partir de Si mesmo. Ele amou porque Ele
quis amar. Tudo o que Deus ama, Ele ama livremente. Aqueles que perecem, perecerem
por seus próprios méritos, mas todos os que são salvos, são salvos por prerrogativa” (MHC,
Vol. 1, p. 756). “E para guardar o juramento que fizera a vossos pais”. A segunda razão
dada para a Divina eleição e vocação de Israel é a Sua fidelidade inabalável. Ao redimir
Israel de Egito, Ele cumpriu as promessas que havia feito aos patriarcas (6:10) e obteve
glória para Si mesmo como o Deus fiel, que guarda a aliança. Matthew Henry escreve:
“Nada neles, ou feito por eles, fez ou poderia fazer de Deus um devedor para com eles;
mas Ele fez de Si mesmo um devedor à Sua própria promessa, que Ele cumpriria apesar
da indignidade deles” (MHC, Vol. 1, p. 756).
Salmo 44:26. Esta petição serve como um excelente lembrete de que a salvação de Deus
não é motivada por alguma virtude ou bem intrínseco no homem, mas por Seu amor
incondicional e soberano (veja também Salmo 6:4; 31:16). “Levanta-Te em nosso auxílio, e
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resgata-nos”. Aqui, o salmista está invocando o Senhor para que liberte o Seu povo depois
de uma derrota devastadora por seus inimigos. A frase “levanta-Te” é um termo hebraico
que muitas vezes precede um apelo desesperado por ajuda ou libertação, e o termo
“resgata-nos” é devidamente entendido como exatamente um tal apelo. “Por amor das Tuas
misericórdias”. O fundamento para a petição ou apelo do salmista não é a piedade ou mérito
de Israel, mas a benignidade ou misericórdia de Deus. João Calvino escreve: “Eles se
contentam em atribuir a sua salvação à imerecida bondade de Deus como a única causa
dela” (CC, Vol. 5, p. 172). O único fundamento do homem caído para qualquer apelo por
salvação ou libertação é o caráter de Deus e a disposição em salvar. Além do amor Divino
e livre graça, não há simplesmente nenhuma razão para que um Deus justo realize a
salvação dos ímpios. Jonathan Edwards escreve: “E aqui pode-se observar, segundo que
maneira notável Deus fala do Seu amor aos filhos de Israel no deserto, como se Seu amor
fosse por causa do amor, e Sua bondade fosse sua própria finalidade e causa” (Obras, Vol.
11, p. 115). Matthew Henry escreve: “Nós dependemos da bondade da Tua natureza, que
é a glória do Teu nome (Êxodo 34:6)” (MHC, Vol. 3, p. 404).
Deus Amou Por Que Ele Quis Amar
Thomas Manton escreve: “Se você perguntar, por que Ele fez tanto esforço por uma criatura
sem valor, levantado do pó da terra, num primeiro momento, e que agora tinha desordenado
a si mesmo, e não poderia ser de nenhuma utilidade para Ele? Nós temos uma resposta à
mão, porque Ele nos amou. Se você continuar a perguntar, mas por que Ele nos ama? Não
temos outra resposta, senão porque Ele nos amou; pois, além da primeira fonte das coisas
nós não podemos ir” (Obras Completas, Vol. 2, p. 341).
Charles Spurgeon escreve: “De onde veio esse amor? Não de qualquer coisa fora do pró-
prio Deus. O amor de Deus surge de si mesmo. Ele ama porque é a Sua natureza fazê-lo.
‘Deus é amor’. Como eu já disse, nada sobre a face da Terra poderia ter merecido o Seu
amor, embora houvesse muito para merecer Seu desagrado. Esta corrente de amor flui de
sua própria fonte secreta na Divindade eterna, e não deve nada a qualquer chuva ou riacho
nascido da terra; brota sob o trono eterno, e enche-se plenamente das nascentes do infinito.
Deus amou porque Ele quis amar. Quando indagamos por que o Senhor amou esse homem
ou aquele, temos que voltar à resposta do nosso Salvador para a pergunta: ‘Sim, ó Pai,
porque assim Te aprouve’” (MTP, vol. 31, p. 386).
Por Causa da Bondade de Deus
Por Albert Barnes
“Levanta-te em nosso auxílio, e resgata-nos por amor das tuas misericórdias” (Salmos
44:26).
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3. Romanos 5:6-10 é um texto que poderosamente demonstra que o amor Divino, e não
o mérito do homem, foi a motivação ou fundamento para Deus enviasse o Seu Filho
unigênito para morrer pelo pecado. Leia o texto várias vezes até que você esteja fami-
liarizado com o seu conteúdo e, em seguida, responda às seguintes perguntas:
a. Nos versos 6 a 10, há quatro termos usados para descrever os homens e sua relação
com Deus. Explique o significado e a importância destes quatro termos.
Fracos (v. 6):
Ímpios (v. 6):
Pecadores (v. 8):
Inimigos (v. 10):
b. De acordo com os versos 6, 8 e 10, como Deus responde à inimizade e rebelião do
homem? Como a condição miserável do homem e a resposta graciosa de Deus
demonstram que Seu motivo para salvar não veio de alguma virtude ou mérito no
homem, mas a partir de Sua própria natureza e vontade de amar?
c. Nos versos 7 e 8, um argumento está diante de nós, que serve para demonstrar a
natureza extraordinária da morte de Cristo em nome de homens pecadores. Explique
como esse argumento mostra o amor de Deus e prova que foi o amor Divino e não o
mérito humano que moveu Deus para salvar.
“Não foi primariamente ou principalmente por consideração deles que o salmista insta
esta oração; foi para que o caráter de Deus fosse conhecido, ou para que pudesse ser
visto que Ele era um Ser misericordioso. A manifestação adequada do caráter Divino,
como mostrando o que Deus é, é em si mesma algo de maior importância do que a nossa
salvação pessoal, pois o bem-estar do universo depende disso; e a esperança mais
elevada que podemos ter, como pecadores, quando chegamos diante dEle, é que Ele
glorificaria a Si mesmo em Sua misericórdia. A isso nós podemos recorrer, e disso nós
podemos depender. Quando isso é instado como um argumento para a nossa salvação,
e quando esse é o único fundamento de nossa confiança, podemos ter certeza de que
Ele está pronto para ouvir-nos e salvar-nos... Desde o começo do mundo — a partir do
momento em que homem apostatou de Deus —, através de todas as dispensações, e
em todas as eras e terras, a única esperança de salvação para os homens tem sido o
fato de que Deus é um Ser misericordioso; o verdadeiro fundamento de apelo bem-
sucedido a Ele é, e será sempre, que Seu próprio nome seja glorificado e honrado na
salvação dos pecadores perdidos e arruinados — nas demonstrações de Sua
misericórdia” (BN, Salmos, Vol. 2, p. 25-26).
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Notas De Estudo
Romanos 5:6-8. (a) Fracos. A palavra “fraco” vem da palavra grega que significa asthenés
“fraco”, “frágil” ou “sem força”. À luz dos versos que se seguem, o significado não é apenas
que o homem estava completamente destituído de qualquer virtude ou poder para salvar a
si mesmo, mas que não havia nada no homem que moveria um Deus santo e justo a salvá-
lo. Martyn Lloyd Jones escreve: “‘Fraco’. O que isso significa? Significa ‘incapacidade total’,
isso significa que nós éramos totalmente desprovidos de qualquer força espiritual” (Roma-
nos, Cap. 5, p. 112). Matthew Henry escreve: “Nós estávamos sem força, em uma condição
triste; e, o que é pior, completamente incapazes de ajudar-nos a sair desta condição —
perdidos, e não há nenhum caminho visível aberto para a nossa recuperação — nossa
condição deplorável, e de uma maneira desesperada” (MHC, Vol. 6, p. 397). Robert Halda-
ne escreve: “Isto introduz a prova do amor de Deus... Cristo morreu por nós enquanto éra-
mos incapazes de obedecê-lO, e incapazes de nos salvar” (Romanos, p. 192). Ímpios. A
palavra “ímpios” vem da palavra grega asebés que denota alguém que é ímpio ou destituído
de reverência a Deus. Martyn Lloyd Jones define o ímpio como alguém que é diferente de
Deus e/ou vive como se Deus nem sequer existisse — Deus não está presente em nenhum
de seus pensamentos (Romanos, Cap. 5, p. 117-118). A palavra “ímpio” é adicionada à
“fraqueza” para mostrar que os homens não são vítimas indefesas, mas rebeldes ímpios
cuja própria condição depravada torna impossível para eles a reforma. Robert Haldane
aponta que Cristo morreu por nós, mesmo quando Ele considerou-nos ímpios (Romanos,
p. 192). “Pecadores”, esta palavra vem da palavra grega hamartolos, que nas Escrituras,
indica aquele cujos pensamentos, palavras e ações são contrários à natureza e à vontade
de Deus. Matthew Henry escreve: “Não apenas criaturas fracas e, portanto, prestes a pere-
cer, mas criaturas pecadoras culpadas, e, portanto, merecedoras de perecer; não apenas
medíocres e sem valor, mas vis, odiosas e indignas de tal favor do santo Deus” (MHC, Vol.
6, p. 397).
Inimigos. A palavra inimigo vem do adjetivo grego echthrós e refere-se a alguém que é
hostil, que odeia, ou que se opõe oposição amargamente a outro. Nos Evangelhos, é usada
para descrever o Diabo (Mateus 13:39; Lucas 10:19), e em Romanos 8:7 e Colossenses
1:21, é usada para descrever a mente “hostil” do homem caído. Matthew Henry escreve:
“Não somente tais que eram inúteis, mas, tais que eram culpados e desagradáveis; não
somente tais em quem não haveria perda se perecessem, mas tais cuja destruição redun-
d. Como nossa compreensão do estado pecaminoso e miserável do homem leva-nos a
apreciar mais plenamente o amor de Deus ao enviar o Seu Filho unigênito para morrer
por nossos pecados?
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daria grandemente para a glória da justiça de Deus, sendo malfeitores e criminosos que
deveriam morrer” (MHC, Vol. 6, p. 397). Robert Haldane escreve: “Realça muito o amor de
Deus o fato dEle haver dado o Seu Filho por nós, sendo nós ainda Seus inimigos. Se nós
tivéssemos descoberto quaisquer sinais de disposição, em nós mesmos, para obedecê-lO,
ou qualquer grau de amor por Ele, Seu amor por nós não teria sido tão surpreendente”
(Romanos, p. 195). (b) “Deus prova o seu amor para conosco... Cristo morreu por nós”. A
palavra “prova” vem da palavra grega sunistáno que significa “mostrar, provar, estabelecer
ou confirmar”. Robert Haldane escreve: “A morte de Cristo por nós como pecadores, de
forma surpreendente, louva, manifesta ou demonstra o amor de Deus por nós” (Romanos,
p. 163). Charles Hodge escreve: “O dom de Cristo ao morrer em nosso lugar, é em toda
parte nas Escrituras representado como a maior prova possível ou concebível do amor de
Deus pelos pecadores” (CER [Commentary on the Epistle to the Romans: Comentário
Sobre a Epístola Aos Romanos], p. 135-136). John Gill escreve: “Deus deu uma clara evi-
dência disso [o Seu amor], uma prova completa e demonstração do mesmo; Ele tanto confir-
mou-o por este exemplo, que não há espaço nem razão para duvidar dele; Ele o ilustrou e
o revelou com o maior resplendor por esta circunstância dele” (EONT, Vol. 8, p. 451). É
extremamente importante entender que a morte de Cristo não adquiriu o amor de Deus por
nós, mas proclamou-o ou demonstrou-o de uma forma nunca antes conseguida. O amor de
Deus por Seu povo era uma realidade Divina antes de que Cristo morresse e era Sua razão
para enviá-lO. John Gill escreve: “O amor de Deus por eles [os pecadores] era muito antigo;
de modo que antecedeu a sua conversão; existia antes da morte de Cristo por eles; sim,
ele era desde a eternidade” (EONT, Vol. 8, p. 451). (c) “Porque apenas alguém morrerá por
um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor
para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. É considerado
um ato de amor altruísta e heroísmo quando alguém morre por outro que é digno salvação,
mas Cristo deu a Sua vida por nós quando não éramos nem justos, nem bons, mas mere-
cedores da mais severa condenação. Charles Hodge escreve: “Aí está o mistério do amor
Divino revelado. Que Deus amasse os bons, os justos, os puros, os piedosos, isso é o que
nós podemos compreender; mas que o infinitamente Santo ame o profano, e dê o Seu Filho
para a sua redenção, é a maravilha de todas as maravilhas” (CER, p. 136). Thomas Manton
escreve: “O caso é raro que alguém deva morrer por outro, mesmos sendo ele muito bom
e justo. Mas a expressão da misericórdia de Deus foi infinitamente acima da proporção de
qualquer uma que o homem mais amigável alguma vez mostrou. Não havia nada no objeto
para movê-lO a ele, quando não éramos nem bons nem justos, mas perversos. Sem
consideração a qualquer mérito em nós, pois estávamos todos em um estado condenável,
Ele enviou o Seu Filho para morrer por nós, para resgatar-nos e libertar-nos da morte
eterna, e para nos tornar participantes da vida eterna. Deus amou o mundo de tal maneira,
quando tínhamos pecado de tal maneira, e voluntariamente mergulhado a nós mesmos em
um estado de condenação” (Obras, Vol. 2, p. 343). (d) As Escrituras apresentam o homem
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como ele é: pecaminoso, rebelde, corrupto e odioso. Esta tela escura serve para magnificar
o amor de Deus, da mesma forma que o veludo preto serve para magnificar o brilho do
diamante colocado sobre ele. John Murray escreve: “Mas quando avaliamos nossa fraque-
za e particularmente a nossa impiedade, então, descobrimos tanto a necessidade quanto a
maravilha da prova que Deus deu. O que aparece em nossa convicção quando a nossa
impiedade é devidamente ponderada é a nossa odiosidade e a ira de Deus, e é impossível
tomar o amor de Deus por garantido. Que Deus poderia amar o ímpio, muito menos que
Ele os amava, nunca teria entrado no coração do homem (1 Coríntios 2:9-10). Neste
contexto, o texto deve ser entendido. A maravilha do amor de Deus é que este era o amor
pelos ímpios” (NICNT [New International Commentary on the New Testament: Novo
Comentário Internacional do Novo Testamento], Romanos, p. 166). Martyn Lloyd Jones
escreve: “Outra forma de medir esse amor é medir a profundidade da condição deplorável
das pessoas a quem Ele amou” (Romanos, Cap. 5, p. 112). Matthew Henry escreve: “Agora,
a partir daqui, Deus recomendou o Seu amor, não somente provou ou evidenciou o Seu
amor (Ele poderia ter feito isso a um preço mais baixo), mas o magnificou e o tornou ilustre.
Esta circunstância muito magnificou e promoveu o Seu amor, não apenas acima de
contestação, mas considera-o objeto de maior assombro e admiração: “Agora Minhas
criaturas verão que Eu os amo, Eu vou dar-lhes um tal exemplo dele que será sem paralelo”
(MHC, Vol. 6, p. 397). Thomas Boston escreve: “Oh, que surpreendente bondade foi esta
que o grande e glorioso Deus entregou o Seu Filho unigênito à morte por esses rebeldes
vis e inimigos, como todos nós somos por natureza! A bondade de Deus, sob o nome de
Seu amor, é considerada como a única causa de nossa redenção por meio de Cristo”
(Obras, Vol. 1, p. 120).
A Verdade Sobre Um Pecador
Por Martyn Lloyd Jones
“Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém
ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós,
sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:7-8).
“Isto é como o apóstolo prova o seu caso. Ele, a princípio, parte de cima, do homem justo
ao homem bom. Então, ele chega ao fim e, vem para baixo. Onde nós estamos? Certa-
mente não no “bom”. Que tal, ‘justo’? Nem mesmo justos. Bem, o que nós somos? Peca-
dores! Não há absolutamente nada amável sobre nós. Deus mostra o Seu amor e prova
o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, não porque éramos amáveis,
encantadores e bons. Bem, apesar de não sermos amáveis, e encantadores, nós éramos
corretos de qualquer forma, éramos cumpridores da lei? Não! Nós não éramos nem
mesmo justos. A verdade sobre nós é que éramos pecadores, e um pecador é exata
mente o oposto do homem bom e justo. Um pecador é um criminoso. Um pecador é um
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ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
homem que errou o alvo; ele procedeu insuficientemente. Não há justiça sobre ele de
modo algum. O próprio termo sugere torpeza moral; não excelência moral, mas o fracas-
so moral. Não somente não guardamos a Lei, somos culpados de transgredir a Lei, nós
quebramos a Lei. Isso é o que um pecador é. Estes são os termos que são usados para
descrevê-lo na Bíblia. Em outras palavras, ele não é apenas um homem que é culpado
de torpeza e ofensas morais, ações erradas e iniquidades, e, por isso, culpado aos olhos
de Deus; ele é condenável diante da Lei, ele é merecedor de desagrado Divino, ele é
merecedor da ira de Deus”.
“Essa é a verdade sobre um pecador. Ele é aquele que deliberadamente desrespeitou a
Lei de Deus, ele não está interessado em Deus, ele não gosta de Deus, ele é um inimigo
de Deus. Por causa disso, ele coloca sua própria vontade contra a vontade de Deus. Ele
diz: ‘É assim que Deus disse? Muito bem, farei o oposto. É este o mandamento? Vou
quebrá-lo. Ele me diz para eu não cobiçar, mas eu quero essa coisa e eu estou indo
obtê-la’. Ele tem, portanto, deliberadamente ofendido a Deus, se rebelado contra Ele, O
atacado, desrespeitado a Sua Lei, rejeitado a Sua voz, seguido o seu próprio caminho
deliberadamente, e fazendo-se culpado aos olhos de Deus. Esse é o tipo de pessoa por
quem Cristo morreu. ‘Não os justos — os pecadores Jesus veio chamar’. Não os homens
bons e amáveis, mas os vis e odiosos!... É somente quando nos damos conta disso, que
somos capazes de seguir o argumento do Apóstolo. O argumento é o seguinte. Deus
prova o Seu amor para conosco, em que, quando éramos assim, quando nós merecía-
mos a ira de Deus em Sua justiça, e punição, e perdição, e banimento para fora de Sua
vista, Deus, de fato, enviou o Seu Filho para morrer por nós. Se isso não prova o amor
de Deus por nós, nada provará, nada pode provar. As pessoas que mais têm apreciado
o amor de Deus têm sido quase sempre aquelas que mais compreenderam a sua
pecaminosidade” (Romanos, Cap. 5, p. 121-123).
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.
— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.