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r SÈÈSt3&yÊdwWflL*^J^ jfffifcflJB toUa ?jSfflH» REDIGÇiO, ADMINISTRAÇÃO E OFFICINAS 16—Praça da Independência—17 LADO AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELÉM TELEPHONE 433 ESTUDO DO PARÍ—ESTADOS UNIDOS 00 BRASIL ' ISSIGKATURiS PARA A AMAZÔNIA Semestre i6$ooo Anno 30J000 Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHA DO NORTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ASSIGNATURAS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 208000 Anno 385000 NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS. NUMERO ATRASADO . . . 5OO » SEXTA-FEIRA, 12 de Junho de 1896 De Painambuco vaa para Maranhão uma força militar, a ancorporar-se ás tropas legaos (1839) Anno ,Num. 164 Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite. EXPEDIENTE No fim do mez corrente termina o 1.° semestre da assignatura da FOLHA. Para facilitar, gorem, a sua remessa aos assinantes do interior c dos Estados, não a suspendcromos aquelles que, estando em dia com o respectivo pagamento, manifós- tarem polo silencio a acceitacíto da assi- gnatura do 2,° semestre. O mesmo faremos quanto aos nossos clien- tos de publicações da capital, cujos conto- «tos parciaes terminam este mez, e são do costumada renovação, TÓPICOS DO DIA A monarchia—os factos o vao provando evidentemente dia a dia—nao é mais planta que vingue n'este bello recanto da America, onde a grande arvore da Republica tem 'de maneira admirável estendido por toda a parte as suas raizes. Varias tem sido as tentativas que no in- tento de a reimplantar _aqui hao posto em pratica os arautos d'essa absoleta forma de governo, sendo que todas ellas minguam, nul- lificam-se no nascedouro, por falta de ele- mentos de viabilidade, que lhe recusa tenaz e pátrioticamente a alma nacional, Sejam as suas idéias pregadas por Affonso Celso Júnior, o apóstata de 15 de Novem- bro, a admittir-se que o sentimento da repu» blica de que fez praça nos dias do império nao fosse um chie, uma mania elegante com que pretendia attrahir-se notoriedade; sejam as suas vantagens habilmente evangelisadas por Joaquim Nabuco, o bello espirito que tao grandemente podia estar resplandecendo n'este Armamento immaculado da Republica, se mais de perto quizesse ouvir os reclamos da Pátria; seja finalmente a propaganda dos ideiaes dynasticos confiada á penna fidalga e apuradissima de Tito Franco,—a Monar- chia jamais tornará a acampar sob este ceu eternamente primaveril e de cujo azul peren- ne como que decorre para a nossa alma essa tonificaçao que a alenta e a predispõe para as magnânimas concepções I E' facto indiscutível que foi definitivo, fa- tal, o garrote que a 15 de Novembro deu entre nós á instituição monarchica, cujo ca- daver exposto na necropole do passado ja- mais voltará á vida, a despeito mesmo do quanto para tal hao feito os sebastianistas que ainda nao quizeram ceder á evidencia da Republica, acceitando-a como a única forma de governo capaz de nos encaminhar pela auspiciosa estrada que conduz ao ver- dadeiro progresso e á verdadeira prosperi- dade, A monarchia pelo privilegio odioso e ri- diculo que lhe é nota predominante, nao está com o espirito liberrimo do século, com a larga corrente de idéias altruisticas e de- mocraticas que lhe fecundalisam e illumi- nam, como n'uma magnificente apotheose, este ultimo quartel que vamos atravessando. Mal dão hoje esses empedernidos sonha- dores ura signal qualquer de vida, e o pro» testo c a resistência de todos os cidadãos d'esta Pátria vao-lhes logo ao encontro, fa- zendo-os recuar a esse encerro do obscuran- tismo até onde os levou a teimosia pérfida ou a nostalgia dos extinetos dias da crimi- nosa abastança. E assim, ou elles se deixarão ficar iner- mes, sem nada fazer, ou então—o que seria bastante de estimar—n'um momento de ex- celsa elevação de animo renegarão as cren- ças anachronicas, entregando a fronte ao sagrado baptismo da Republica, vindo para o seio d'ella, amando-a e querendo-a, pro- fundamente, intensamente. DEMOSTHENES. A Singer Vibrante dez contos do réis a qualquer das suas rivaos que so apresonte como igual ou melhor. PELO EXTRANGEIRO TORTUGAL: Os jornaes da capital oecupam-se larga- mente dos acontecimentos do dia anterior aa da saida do ultimo paquete aportado a Belém, os quaes constam das popularissimas festas da espiga e da batalha de flores na Avenida, que sao assim descriptas pel' O Se- culo: O dia de hontem, consagrado pelo povo á romaria pelas hortas e pelos campos, em busca da espiga annunciadora da próxima colheita, apresentou-se sereno e límpido, com um esplendido sol e algum calor, posto que, pelas 2 horas da tarde, cahissem uns ligeiros borrifos que mais ; n3o serviam do que para fazer assentar a poeira da estrada, que sujava os fatos e se mettia pela bõcca. N'uma doida alegria, as alegres ranchadas sahiram as portas, os homens em mangas de camisa, chapéo ás tres pancadas, sobraçan- do as trouxas da merenda, e as mulheres, de fatos ligeiros, cabello ao vento, colhendo aqui e além a papoula e o ramo de oliveira, entrando pelos trigaes a cortar a loira espiga para compor o espavenloso ramalhete. Os pequerruchos, cavalgando cannas, en- chiam os ares com os seus estrepitosos gri- tos; os vehiculos rodavam ligeiros com a caixeirada em ferias; a borracha de vinho ia saflrendo.. alentados sorvos para animar a caminhada; a guitarra tangia plangentemen- te á voz gutural do cantador enthusiasmado; o som rouco da nora misturava-se com o brouhah das estradas, e, emfim, toda a cam- pina dos arrabaldes regorgitava de movi- mento e alegria, ao passo que o sol illumi- nava a coma das oliveiras em flor e os' oce- anos de trigo. Nas hortas, que lufa lufa! As alfaces es- corriam nas bordas do poço; o peixe frito espirrava na frigideira; os criados faziam prodígios de agilidade; o cego da viola en- toava os seus cantos sentimentaes; as cane- cas de vinho entornavam-se pelas mesas e pelas goelas dos freguezes; os malhas estala- vam nos taboleiros de chinquilho; os vendi- lhõos apregoavam as suas cautelas, o seu tremoço saloio e o seu camarSo cosido. Pena foi que os campos, em razão da es- tiagem, nao correspondessem, pela abun- dancia de pioductos, á alegre vida do povo e alguns casos de desordem viessem pertur- bar o natural prazer d'aquellas baechanaes. O vinho subira ás cabeças e era elle quem mandava. De regresso das hortas, os ran- chos vinham meio dispersos, tristes, cheios os chapéos de espigas e «bouquetss de bo- nina, empunhando os convivas do festim as enormes cannas coroadas de ramalhetes. NA ESTRADA DE SACA VEM Nao ha memória de ter havido tao gran- de concurrencia aos retiros campestres da estrada de Sacavem. Basta dizer que, em todas as casas, acabou a comida as 3 da tarde e que o povo, na estrada, tinha que abrir alas e parar para a passagem dos vehi- culos. Na Águia Roxa, no Jo3o da Assumpçao, no José dos Pacatos, na quinta da Assum- pçao, na adega do Tanoeiro, antiga casa da Balisa, no retiro do Gungunhana, no Per- na de Pau, na Fonte de Louro, na Monta- nha, na casa de Manoel dos Santos da Por- teila e n'outras, as quintas encheram-se de passeiantes e as mesas de comedores e be- bedores. Logo pela manha, os cairos que sahiam do Rocio eram verdadeiramente assaltados, sendo empreza de alto lote o apanhar um logar. A Companhia Canis de Ferro, os srs. Jacintho Gonçalves e Silvestre da Silva es- tabeleceram carreiras extraordinárias, nio podendo assim mesmo evitar o assalto, que se repetia á volta, ainda com maior violen- cia e copiosas peripécias. As vendedeiras de queijadas, tremoços, ca- marao, agua e refrescos, os rapazes que ven- diam ramos com espigas, os cegos e cantado- res enxameavam. pelas estradas e pelos reti- ros, bem como as roletas e os aleijados, que eram sem numero, mostrando enormes ma- zellas e entoando a costumada lenga-lehga. As ovarinas dançavam e cantavam modas da sua terra, com grande gáudio dos circúm- stantes, mostrando os seus cordões de ouro e as suas arrecadas. A' noite, as bebedeiras eram medonhas, tornando-se espectaculo digno de ver-se o re- gresso dos bandos, empunhando as cannas e as espigas, em grossos magotes. Na Montanha, nao cahia um alfinete no chão, tal era a quantidade de gente que en- chia a vasta coluna. Nos altos visinhos, para admirar a multidão, juntou-se muita gente, bem como nos atalhos próximos, de fôrma que todo o sitio era como um enxame de povo, movendo-se sem cessar, com cores va- riegadas e aspectos imprevistos! Espectaculo magnífico! No Alto do Pina, foram muito concorridas as quintas do Esparteiro e do Fadista. A GRANDE DESORDEM Toda a gente se lastimava da grande falta de policia que hontem havia pelas estradas. Estava toda na batalha de flores em numero superior ao que era necessário, vendo-se pou- quissimos guardas pelas immediações das hortas, onde eram mais precisos. As patru- lhas da municipal eram também diminutas. A's 8 horas da noite, na Montanha, sahiam uns indivíduos acompanhados de mulheres, travando-se de razões que redundaram em grossa pancadaria, de que resultaram alguns ferimentos, mas que breve serenou. Os indivíduos, porém, que tomaram parte na contenda, seguiram discutindo até ao Arieiro, seguidos de muito povo. Ahi, trava- ram-se novamente de razOes, mas como os que haviam tomado parte na discussão fossem em maior numero, também o conflicto tomou maiores proporções. Basta dizer, para se avaliar da importância da desordem, que n'ella tomaram parte mais de 50 indivíduos e que a pancadaria chegava do Arieiro ao José. dos Pacatos. As bengalas andavam pelo ar, viam-se ca- becas e mãos cobertas de sangue, gente atro- pellada, gritos afflictivos, exclamações de rai- va. Um inferno! Assim levaram alguns minutos em lambada doida, atei que, constando o caso no posto de Arroios, d'ali sahiram o commandante 750 e os guardas 108 e 724. Quando chegaram ao local da contenda, a maior parte dos de- sordeiros havia dispersado. A's portas, nao se via senão passar gente ferida, que ia curar-se a suas casas e ás phar- macias. A desordem tomou tal incremento, porque, estando a estrada cheia de povo, muitos ti- nham que se defender das pancadas que vi- nham vindo por tabeliã, generalisando-se por fim a bordoada. A policia conseguiu ainda prender e levar para o posto de Arroyos João Pinto, morador na calçada da Graça, 22; Antônio Rodrigues e Maria Dias Paiva, moradores no largo do Cabeço de Bolla, 21; Eduardo Dias dos Reis, morador na rua das Barracas, 23; José Ale- xandre e Maria de Figueiredo, moradores na rua da Fonte Santa, 27 e Joaquim da Con- ceiçao, morador no Regucirao dos Anjos, 127. Além de vários ferimentos que apresenta- ram estes indivíduos, foram curar-se ao hos- pitai Estephania, Maria Dias de Paiva, de um ferimento na cabeça e contusões pelo corpo e Maria de Figueiredo, de um grande feri- mento na cara. Esteve no local da desordem o chefe Cos- ta. Participado o caso para o governo civil, sahiu d'ali um piquete de policias, que trou- xe os presos para baixo. VA BATALÍ1A DAS FLORES Bastante desanimada e um pouco insipida a festa de hontem na Avenida. Ou porque o tempo nao seja próprio para diversões d'a- quella ordem, ou porque o dia fosse destina- do pela tradição á festa dos cr.-npos, ou ainda porque as principaes famílias da alta nobreza se nao interessavam em tornar ma- gnifico o espectaculo, o certo é que a con- correncia de carruagens foi muito inferior á dos demais annos e o numero de pessoas que tomaram logar nas cadeiras reservadas d°s talhões foi muito resumido, a comparal-o com a affluencia de gente a festas anteriores- Ao todo, estiveram na Avenida 144 trens, uns 30 cavalleitos e 8 cyclistas. Metade das cadeiras dos talhões estavam desoecupadas e, posto que o povo se agglomerasse em grande massa junto das grades que o sepa- ravam ido recinto reservado, transitava-se muito á vontade nas ruas oriental e oceiden- tal. Vamos, porém, descrever a festa, princi- piando por dar ao leitor nota do aspecto da Avenida. A AVENIDA Dividindo ao meio o espaço que vae do obelisco á rua do Jardim do Regedor, na rua central da grande artéria da cidade, via-se um tapume formado de algumas taboas pre- gadas parallelamente a alguns espeques. Es- tava disfarçado com verdura e muitos vasos com flores, que desciam também, de um lado ,e outro, á beira da valeta. De cada uma das extremidades do tapu- me, abriam-se duas vastas entradas, onde se viam postados os porteiros do theatro D. Amélia, com o respectivo fiscal, dístinguin- do-se da demais gente por um lacinho de fita ás riscas azues e brancas pregado no bra- ço esquerdo. O obelisco dos Restauradores estava também cercado de muitos vasos com arbustos e plantas. Pela Avenida fora, até á rua Barata Sal- gueiro, numa extensão de uns 800 metros, erguia-se junto á valeta uma paliçada, segu- rando dois fios de arame, vendo-se egual disposição nas ruas oriental e occidental, desde a.calçada da Gloria, onde se fazia a entrada para um dos talhões, até á rua das Pretas, onde se fazia a entrada para outro, que era tainbem servido pela ponte do tan- que; e desde a rua dos Condes, onde havia uma entrada, até á rua das Pretas, onde ha- via outra. As entradas eram marcadas nas arvores dos passeios oriental e occidental por grandes quadrilongos de cartão de côr ama- rella-e azul, onde se.via.o numero do talhão e a côr do bilhete. Em frente da calçada da Gloria, a palina- da abria-se n'uma meia laranja, com tapume de madeira e o mesmo suecedia em frente da praça da alegria e da rua das Pretas. Ao fundo do recinto, frente da rua Barata Sal- gueiro, havia um tapume semelhante ao da entrada. Os talhões tinham á frente duas filas de cadeiras de ferro numeradas e, na rectaguar- da, cinco filas de cadeiras de palhinha servi- das pelos velhinhos do Asylo de Mendici- dade. Os candieiros do centro estavam sim- pies e artisticamente ornamentados, tendo na haste florões de louro e plargonios, enro- lados em espiral, com margaridas-e outras flores do campo, enramilhetadas junto dos braços dos bicos de gaz, espigas de trigo e cevada, que também se englobavam no cimo do candieiro. As hastes dos bicos tinham pendentes grinaldas de louro, plargonios e margaridas. A .•ESTA A's 5 horas era grande na Avenida a quantidade de trens, que marchavam sorum- baticamente em 4 filas, como fora indicado na ordem policial que hontem publicamos. A essa hora apresentou-se um criado da casa real, a cavallo annunciando ao sr. barão da Regaleira a chegada da sr.-» d. Maria Pia, que se apresentou pouco depois, tocando as bandas o hymno. A rainda sr.a d. Amélia, precedida do mes- mo criado, entrou no recinto ás 5 e 35, dan- do-se então começo á festa. Começaram das carruagens a atirar flores, saccos com «bonbons>, amêndoas e feijões e serpentinas, mas como se estivessem com medo de ir magoar alguém, quando os trens se approximavam, sem nenhum enthu- siasrao. O povo assistia, morto, de sensaboria, ao divertimento, comprazendo-se apenas em ver as equipagens, que eram bem poucas, verdade seja. As creanças entretinhamrse a apanhar as flores na rua e a noite ia-se ap- proximando. A's 6 e meia, era tao pequena a quan- tidade de trens, que a policia resolveu que elles marchassem apenas em duas filas, do lado occidental. A's 7 horas sahiu a rainha sr.a d. Amélia, e 10 minutos depois, a rainha sr." d. Maria Pia, retirando-se o resto dos trens e sendo o recinto franqueado ao publico. A policia e a municipal abandonaram também a Avenida e os carpinteiros começaram a desmanchar as palliçadas. OS CARROS ENFEITADOS A rainha sr." d. Amélia vinha em carrua- gem á Daumont, puxada a 4 parelhase pre- cedida de 2 batedores com cabellèiràs em- poadas. Vestia um bello traje lilaz e um cha- péo de phantasia e era acompanhada pelo principe, que vestia á maruja, com fato bran- co e collarinho azul, e pelo infante, com fato branco e chapéo de palha. A carruagem le- vava, á frente e na cabeça*, alguns «bouquets» e flores diversas. A rainha atirava com flô- res e saquinhos de «confetti» azues e bran- cos, com o seu monogramma a ouro. Se- guiam-se, em carruagem idêntica, o sr. An- tonio Vasconcellos e Sousa e a sr.a d. José- pha Sandoval. A rainha sr.a d. Maria Pia vinha em car- ruagem á Daumont puxada a 3 parelhas, acompanhada pela sr.a d. Eugenia Niza. O carro tinha á frente como um balcão de vio- letas de Parma, verdura e outras flores, le- vando na cabeça e no chão da carruagem flores idênticas. O sr. cônsul He Hespanha apresentou-se n'um «break» adornado de flores de «began- ville» e hera, nas rodas, levando as senhoras que o acompanhavam1, largos chapéos de palha enfeitados com tule branco e flores da mesma trepadeira. A sr.a duqueza de Palmella ia n'um «tnylord», cujas lanternas foram disfarçadas com «bouquets» de flores de campo e hera. Os criados trajavam o uniforme da casa, cal- çao vermelho e casaca verde. O carro do sr. visconde de Coruche ia en- feitado com margaridas, heras e outras flores. A aranha dos filhos dos srs. Mayer e conde de Valenças ia enfeitada com flores de «be- ganville». O «breack» do sr. Plácido Carva- Iho ia enfeitado com varias flores e hera. O «mylord» da sr.a marqueza de Rio Maior ia enfeitado com malmequeres, papoulas e ver- dura. A aranha do sr. Jorge de Menezes le- vava o guarda-lama coberto de varias flores e o «breack» do sr. Chaves ia enfeitado com varias flores. O filho do sr. conde de Burnay ia n'uma aranha, com dois cavallos á tira. Osierra sem tregoas! Os astrônomos annunciam uma horroroas guerra para maio. Nao pôde ser maior do que a que as pílulas de piAo fazem ás moléstias da pelle. Vendem-se na Drogaria Nazareth. BANCOS INÍÍIiEZJES Sao do Winchestei City News os seguintes extraordinários algarismos que dizem respeito aos dous grandes bancos—sociedades ano- nymas—de Londres, que sommárao conjun- tamente: lbs. Capital subscripto .... 72.000.000 Capital realizado 15.300.000 Fundo de reserva, formado de lucros nao distribuídos.8.400.000 Depósitos 184.000.000 Capital total em giro . . . 308.000.000 Lucro liquido no semestre. 966.000 Numero de accionistas 51600. Esses bancos distribuem na média um di- videndo annual de cerca de onze e meio por cento, augmentando os fundos de reservas e levando grandes saldos ao credito das con- tas do exercício seguinte. Em assembléa geral ordinária dos accio- nistas o presidente do Londoii and Country Bank, o sr. W. E. Hubbard, mencionou aí- guns dados estatísticos interessantes e nota- veis. O Banco, durante o anno emiltio qua- torze milhões de cheques, que, collocados aos lados uns dos outros, cobririam setenta gei- ras quadradas de terreno. O Banco e as suas filiaes têm 126.452 contas abertas e 20.000 contas de depósitos. A somma em dinheiro recebida e paga nos balcões pelo pessoal do banco durante o anno foi de cerca de lbs. 34.000.000 e os enganos nesses pagamentos montaram a lbs. 11—15— s—2 d apenas ; reconheceu -so, por outro lado, que se havia recebido lbs. 4 10 s de mais, de modo que o prejuiso liquido foi unicamente de lbs. ... 7—5 í —2 <l- Diz esse jornal :' « E' reconhecido por todo o mundo linan- ceiro que o systema bancai ioingfe'z é ó me- lhor que existe, e que, conjuntamente com o solido systema monetário, fez do London o centro financeiro do mundo. Tendo ante nós os assombrosos algarismos do grande banco londrino, póde-se dizer que o systema inglez de escripturaçao é o mais approximado da perfeição a que a sciencia e a experiência do homem podem attingir. Um erro de um sobeiano apenas em cinco milhões esterlinos trocados é um milagre de exactidao. Resta- nos apenas a dizer que o banco tem um fun- do de reserva de um milhão esterlino... (27.000:0008000 da nossa moeda ao cambio actual) empregado em Consolidados que dis- tribuio lucros de 20 °[0 ao anno aos accionis- tas, e que levou para o exercício seguinte o saldo de lbs. 84.000. » HOME—por Emilio Zola (em francez) na livraria commercial. TIM-TIM POR TIM-TIM" (Lucas c o seu querido Ulysses passeiam va- garosamente ao longo da avenida índio do Ria- sil). —Pois é, como lhe digo, seu Lucas, não me posso esquecer do supremo ridículo do tal cartão em que o Canutinho, com vinte e pou- cas horas apenas de existência, sabendo, to- davia, lêr e escrever c entendendo de tolas etiquetas, houve por bem participar-me o seu nascimento. —Tem razão. O caso pode e deve ser commentado a gargalhadas, como tantos outros congêneres que por ahi tenho aprecia- do. Este, por exemplo: Estava eu ha dias na secçilo de publicações pagas da Folha, quan- do entrou um amigo meu o Carvalho Me- deiros, que, como você sabe, é até um ho- mem intelligente e de algum preparo. Levava qualquer cousa para publicar. Na falta do rc- dactor-gerente que estava ausente, recebi a publicação. Dei-lhe o preço e elle pagou. Mal havia saído o Cnrvalho Medeiros, e eu ... —O que então fez você, seu collega? —Explodia n'uma verdadeira gargalhada homefica e que custou-me a perda de dois estimadissimos botões do collete. Olhe ainda o lugar d'elles.' —E porque, camarada?\ —Ora, porque? Potque tinha lido atai pu- blicaçao. —È o que havia n'ella de novo ? —Uma cousa curiosa, e diante da qual nem um defuneto seria capaz de conservar a sua seriedade sepulchral. A publicação dizia mais ou menos o seguinte: Ao nosso querido papá, João Sorano de Carvalho Medeiros, felicitam por mais uma flor que colhe hoje no jardim da sua preciosa existência as suasfilhinhas ziül COLO. —Nao deo você ainda com o que motivou a minha expansão? —Ainda n3o, seu collega. —Pois eu lhe explico: as meninas Zizi e Colo, Jilhas de meu amigo Carvalho Medei- ros, têm, a I." dezoUo mezes e a 2.a apenas 4. Accresce ainda que a felicitação foi escri- pta por elle próprio, cuja letra conheço per- feitamente. Ahi está o lado cômico da cousa: um pai que escreve felicitações para si em nome de duas filhas, cujas idades juntas duo 22 mezes, e depois as leva á imprensa, paga, tudo para ser surprchendido no dia seguinte. (Ulysses solta uma tremenda gargalhada, e Lucas conclue sentenciosatncnte): —Está aqui uma copia da tal felicitação. Guarde-a bem: é outro documento... da fra- queza humana. . LUCAS Si ULYSSES. ANew-HOEiie ô a machina para costura mais porfeita.mais segura o mais econômica. Folhetim da Folha do Norte—12-6—96 (21 Justiça de Mulher ROMAIÍCE POR Daniel Lesuciii' XI CONTINUAÇÃO E como elle fez um gesto para segural-a, ella acerescentou : —Saiamos, nao temos mais nada a dizer um ao outro. Um raio de loucura passou pelo cérebro de João. —Sim, murmurou elle, tenho uma cousa para te dizer... Simone... Ah! Simone ... E segurou-a com firmeza. O busto de Si- mone torcia-se nos seus braços emquanto ella tentava desviar a bocca d'aquelles la- bios adorados. Então Joáo perdeu a cabeça, e as suas mãos tornarara-se brataes... Mas, ella luctava silenciosamente com os dentes apertados e os nervos inteiriçados; de re- pente teve uma inspiração; soltou ura grito: —Ah!.. inagoou-me !.. João teve medo, julgou que effectivamente lhe torcera o pulso e surprehendido quasi a soltou... Simone fez um esforço e fugio deitando a correr pelo estreito cimo do muro. O coração de João cessou de bater, as pernas tremiam-lhe... Isto durou alguns mi- nutos... até ver Simone e sahio do lado de do precipício. A perturbação de ri'Espayrac durava ain- da, tanto que n.lo ':n atrevia a por o no perigoso caminho. Finalmente, rcsulveu-se nao sem receio. Quando chegou ao fim nao avistou Mme. Mervil; mas tomando a escada que subsiste no lado da ruína avistou-a de novo e vio-a descer precipitadamente a col- hna como se fugisse ainda. Ao ver isto, tudo, se desvaneceu do espi- rito de João excepto o seu resentimento fu- rioso. Ah! era assim, ella preferia correr um perigo de morte a pettenecr-lhe outra vez ! Ah! então agora repellia-o, quasi lhe bale como a um vagabundo audacioso 1 ella que elle tivera nos seus braços ! Pois bem, n3o pensaria nella nem mais um minuto. D'ahi por diante a sua íecordaçao seria para elle como a d'essas creaturas do acaso, que nos distraem e que logo esquecemos. É ella ainda valia menos do que as outras; essas ao menos teem por desculpa a neces- sidade que as obriga a tao triste vida. E Si- mone Mervil I.. Este nome pronunciado mentalmente ainda lhe causava uma em- moção saudosa; depois a cólera voltava com a recordação das humilhações que sof- frera. «Fui um idiota! Eu devia saber que para as mulheres nao ha prazer como o de endoidecer um homem e depois deixal-o para ahi, para se envolverem então na sua virtude. Isto para ellas éa felicidade! Começo a crer, palavra de honra, que a virtude d'es- sas sujeitas é mais viciada do que os seus vicios ! » Ao fazer esta reflexão d'Espayrac repa- rou que chegava ao campo de oliveiras onde ainda ha pouco Simone se deixava beijar sem resistir. ^Parlamentei, pensou elle, foi quem me deitou a perder I » Avistou-a encostada a uma arvore, pallida, olhando para o mar. João demorou o passo para lhe dar tempo a seguir, mas Simone via-o e nao se movia. —Espera por mim, minha senhora ? per- guntou elle. —Sim, devemo.,|3ntrar juntos em casa. Sem acc;escentar uma palavra seguiram até a casa., Gisela debruçada a uma janella, gritou- lhe: ¦—Çntao, fm bonito o passeio ? Fica para almoçar comnosco, senhor d'Espayrac ? —Certamente, minha senhora, e com o maior prazer, respondeu-lhe com animação. E sentou-se n'uma cadeira de vime á som- bra da fina folhagem das pimenteiras, em- quanto Mme. Mervil abria as cartas que o correio trouxera na sua ausência. Instantes depois, Mme. Chambertier ap- pareceu no vao do pórtico emmoldurádo de heras. Trazia um vestido de uma cor artificial e encantadora, enfeitado com uma vestia em ponto de Veneza applicada sobre o corpo; entre os seus lábios rubros ironicamente ar- queados brilhavam os dentes unidos; e os seus cabellos escuros com reflexos de cobre, davam á sua physionomia um aspecto volu- ptuoso e bárbaro. Simone ao erguer os olhos ficou pasmada de a ver tao bella. —Tiveste más noticias ? Que ha ? Estás branca como a cal ! exclamou Gisela. A pallidez que trouxera do seu triste pas- seio transformava inteiramente o rosto de Simone. Parecia que todo o seu sangue cor- rera por uma ferida invisível. Entretanto, a exclamação de Gisela fez- lhe passar pelo rosto uma sombra cor de rosa que logo se desvaneceu. —Paulinha tem alguma cousa ? Simonenilo tinha coragem desmentir quan- do se tratava da saúde de sua filha; parecia- lhe que seria mau agouro; mas como João tinha outro pretexto para a sua partida disse: —Ah! Justamente ... Imagina, Paulinha está doente. Meu marido manda-me cha- mar eu morreria de inquietação se nao par- tisse immediatamente. Vou tomar o comboio das Ires horas. Creio que é o que correspon- de com o rápido de Toulon. x:i Quando Simone Mervil chegou a Paris, apoderou-se d'ella um profundo desanimo. Parecia-lhe que o horisonte da sua vida, que até então lhe parecia .Ilimitado se fe- chava completamente. Aos vinte e sete an- nos a vida era para ella um caminho sem sahida. Simone cahira na peior das misérias tiu- manas : o indi.-.ivel aborrecimento dos seres e das cousas. E' certo que amava seu mari- do e sua filha; mas, se podesse morrer como ás vezes desejava, seria sem pezar que lhes diria adeus. A's vezes ao consideral-as com curiosa affeiçao admirava-se da energia que elles desenvolviam para viver. O musico traba- lhava sem descanço com alternativas de en- thusiasino e de desespero que alentam e fa- tigam os verdadeiros artistas; quanto a Pau» linha, os seus dias eram uma successSo de alegrias ruidosas e de desgostos nao menu- violentos a propósito dos minúsculos incis dentes de que é tecida a infância. Aquella menina aprendia tudo sem difii- culdade, excepto o se/f-cou/iol que a sua go- vernante ingleza se esforçava em vilo por inculcar-lhe; dedicava-se com uma paixau extraordinária tanto aos brinquedos como aos estudos. Simone que antigamente a reprehendia pela sua impetuosidade dc poldro selvagem, pelos seus modos de rapaz e pelo ardor dos seus caprichos, deixava-a agora á redcásol- ta, para ter o prazer de ver agitar-se junto de si aquella exhuberancia que animava o seu abatimento mortal. Quando ella ouvia o riso de Paulinha riso de perfeita alegria—quando via os olhos da filha brilharem de satisfação com a pro- messa dc um passeio ou de um brinquedo, sentia uma commoçao confusa que lhe fazia' bem. Também cila possuirá essa alegria extra- ordinária, e... perdera-a. A sua Paulinha também perderia isso ura dia... Oh! o que é ávida! —Rogério, disse uma manha Simone a seu marido, se quizesses, podíamos ir este anno mais cedo para o campo, f.-f ttgHitj,

TÓPICOS DO DIAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00164.pdfNo fim do mez corrente termina o 1.° semestre da assignatura da FOLHA. Para facilitar, gorem, a sua remessa aos assinantes

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SÈÈSt3&yÊ dwWflL *^J^ jfffifcflJB toUa jSfflH»

REDIGÇiO, ADMINISTRAÇÃO E OFFICINAS16—Praça da Independência—17

LADO DÁ AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELÉMTELEPHONE 433

ESTUDO DO PARÍ—ESTADOS UNIDOS 00 BRASIL '

ISSIGKATURiSPARA A AMAZÔNIA

Semestre i6$oooAnno 30J000

Pagamento, assim de assignaturas comode quaesquer publicações, adiantado.

Absolutamente imparcial, a FOLHA DONORTE recebe e publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtanto

que lançados em termos convenientes.

ASSIGNATURASPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 208000Anno 385000

NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS.NUMERO ATRASADO . . . 5OO »

SEXTA-FEIRA, 12 de Junho de 1896De Painambuco vaa para Maranhão uma força militar, a ancorporar-se ás tropas legaos (1839)

Anno Num. 164Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite.

EXPEDIENTENo fim do mez corrente termina o 1.°

semestre da assignatura da FOLHA.Para facilitar, gorem, a sua remessa aos

assinantes do interior c dos Estados, nãoa suspendcromos aquelles que, estando emdia com o respectivo pagamento, manifós-tarem polo silencio a acceitacíto da assi-gnatura do 2,° semestre.

O mesmo faremos quanto aos nossos clien-tos de publicações da capital, cujos conto-«tos parciaes terminam este mez, e são docostumada renovação,

TÓPICOS DO DIA

A monarchia—os factos o vao provandoevidentemente dia a dia—nao é mais plantaque vingue n'este bello recanto da America,onde a grande arvore da Republica tem 'demaneira admirável estendido por toda a parteas suas raizes.

Varias tem sido as tentativas que no in-tento de a reimplantar _aqui hao posto empratica os arautos d'essa absoleta forma degoverno, sendo que todas ellas minguam, nul-lificam-se no nascedouro, por falta de ele-mentos de viabilidade, que lhe recusa tenaze pátrioticamente a alma nacional,

Sejam as suas idéias pregadas por AffonsoCelso Júnior, o apóstata de 15 de Novem-bro, a admittir-se que o sentimento da repu»blica de que fez praça nos dias do impérionao fosse um chie, uma mania elegante comque pretendia attrahir-se notoriedade; sejamas suas vantagens habilmente evangelisadaspor Joaquim Nabuco, o bello espirito que taograndemente podia estar resplandecendon'este Armamento immaculado da Republica,se mais de perto quizesse ouvir os reclamosda Pátria; seja finalmente a propaganda dosideiaes dynasticos confiada á penna fidalgae apuradissima de Tito Franco,—a Monar-chia jamais tornará a acampar sob este ceueternamente primaveril e de cujo azul peren-ne como que decorre para a nossa alma essatonificaçao que a alenta e a predispõe paraas magnânimas concepções I

E' facto indiscutível que foi definitivo, fa-tal, o garrote que a 15 de Novembro deuentre nós á instituição monarchica, cujo ca-daver exposto na necropole do passado ja-mais voltará á vida, a despeito mesmo doquanto para tal hao feito os sebastianistasque ainda nao quizeram ceder á evidenciada Republica, acceitando-a como a únicaforma de governo capaz de nos encaminharpela auspiciosa estrada que conduz ao ver-dadeiro progresso e á verdadeira prosperi-dade,

A monarchia pelo privilegio odioso e ri-diculo que lhe é nota predominante, já naoestá com o espirito liberrimo do século, coma larga corrente de idéias altruisticas e de-mocraticas que lhe fecundalisam e illumi-nam, como n'uma magnificente apotheose,este ultimo quartel que vamos atravessando.

Mal dão hoje esses empedernidos sonha-dores ura signal qualquer de vida, e o pro»testo c a resistência de todos os cidadãosd'esta Pátria vao-lhes logo ao encontro, fa-zendo-os recuar a esse encerro do obscuran-tismo até onde os levou a teimosia pérfidaou a nostalgia dos extinetos dias da crimi-nosa abastança.

E assim, ou elles se deixarão ficar iner-mes, sem nada fazer, ou então—o que seriabastante de estimar—n'um momento de ex-celsa elevação de animo renegarão as cren-ças anachronicas, entregando a fronte ao

sagrado baptismo da Republica, vindo parao seio d'ella, amando-a e querendo-a, pro-fundamente, intensamente.

DEMOSTHENES.

A Singer Vibrante dá dezcontos do réis a qualquer das suas rivaosque so apresonte como igual ou melhor.

PELO EXTRANGEIROTORTUGAL:

Os jornaes da capital oecupam-se larga-mente dos acontecimentos do dia anterioraa da saida do ultimo paquete aportado aBelém, os quaes constam das popularissimasfestas da espiga e da batalha de flores naAvenida, que sao assim descriptas pel' O Se-culo:

O dia de hontem, consagrado pelo povo áromaria pelas hortas e pelos campos, embusca da espiga annunciadora da próximacolheita, apresentou-se sereno e límpido,com um esplendido sol e algum calor, postoque, pelas 2 horas da tarde, cahissem unsligeiros borrifos que mais ; n3o serviam doque para fazer assentar a poeira da estrada,que sujava os fatos e se mettia pela bõcca.

N'uma doida alegria, as alegres ranchadassahiram as portas, os homens em mangas decamisa, chapéo ás tres pancadas, sobraçan-do as trouxas da merenda, e as mulheres, defatos ligeiros, cabello ao vento, colhendoaqui e além a papoula e o ramo de oliveira,entrando pelos trigaes a cortar a loira espigapara compor o espavenloso ramalhete.

Os pequerruchos, cavalgando cannas, en-chiam os ares com os seus estrepitosos gri-tos; os vehiculos rodavam ligeiros com acaixeirada em ferias; a borracha de vinho iasaflrendo.. alentados sorvos para animar acaminhada; a guitarra tangia plangentemen-te á voz gutural do cantador enthusiasmado;o som rouco da nora misturava-se com obrouhah das estradas, e, emfim, toda a cam-pina dos arrabaldes regorgitava de movi-mento e alegria, ao passo que o sol illumi-nava a coma das oliveiras em flor e os' oce-anos de trigo.

Nas hortas, que lufa lufa! As alfaces es-corriam nas bordas do poço; o peixe fritoespirrava na frigideira; os criados faziamprodígios de agilidade; o cego da viola en-toava os seus cantos sentimentaes; as cane-cas de vinho entornavam-se pelas mesas epelas goelas dos freguezes; os malhas estala-vam nos taboleiros de chinquilho; os vendi-lhõos apregoavam as suas cautelas, o seutremoço saloio e o seu camarSo cosido.

Pena foi que os campos, em razão da es-tiagem, nao correspondessem, pela abun-dancia de pioductos, á alegre vida do povoe alguns casos de desordem viessem pertur-bar o natural prazer d'aquellas baechanaes.

O vinho subira ás cabeças e era elle quemmandava. De regresso das hortas, os ran-chos vinham meio dispersos, tristes, cheiosos chapéos de espigas e «bouquetss de bo-nina, empunhando os convivas do festim asenormes cannas coroadas de ramalhetes.

NA ESTRADA DE SACA VEM

Nao ha memória de ter havido tao gran-de concurrencia aos retiros campestres daestrada de Sacavem. Basta dizer que, emtodas as casas, acabou a comida as 3 datarde e que o povo, na estrada, tinha queabrir alas e parar para a passagem dos vehi-culos.

Na Águia Roxa, no Jo3o da Assumpçao,no José dos Pacatos, na quinta da Assum-pçao, na adega do Tanoeiro, antiga casa daBalisa, no retiro do Gungunhana, no Per-na de Pau, na Fonte de Louro, na Monta-nha, na casa de Manoel dos Santos da Por-teila e n'outras, as quintas encheram-se depasseiantes e as mesas de comedores e be-bedores.

Logo pela manha, os cairos que sahiamdo Rocio eram verdadeiramente assaltados,sendo empreza de alto lote o apanhar umlogar. A Companhia Canis de Ferro, os srs.Jacintho Gonçalves e Silvestre da Silva es-tabeleceram carreiras extraordinárias, niopodendo assim mesmo evitar o assalto, que

se repetia á volta, ainda com maior violen-cia e copiosas peripécias.

As vendedeiras de queijadas, tremoços, ca-marao, agua e refrescos, os rapazes que ven-diam ramos com espigas, os cegos e cantado-res enxameavam. pelas estradas e pelos reti-ros, bem como as roletas e os aleijados, queeram sem numero, mostrando enormes ma-zellas e entoando a costumada lenga-lehga.

As ovarinas dançavam e cantavam modasda sua terra, com grande gáudio dos circúm-stantes, mostrando os seus cordões de ouro eas suas arrecadas.

A' noite, as bebedeiras eram medonhas,tornando-se espectaculo digno de ver-se o re-gresso dos bandos, empunhando as cannas eas espigas, em grossos magotes.

Na Montanha, nao cahia um alfinete nochão, tal era a quantidade de gente que en-chia a vasta coluna. Nos altos visinhos, paraadmirar a multidão, juntou-se muita gente,bem como nos atalhos próximos, de fôrmaque todo o sitio era como um enxame depovo, movendo-se sem cessar, com cores va-riegadas e aspectos imprevistos! Espectaculomagnífico!

No Alto do Pina, foram muito concorridasas quintas do Esparteiro e do Fadista.

A GRANDE DESORDEM

Toda a gente se lastimava da grande faltade policia que hontem havia pelas estradas.Estava toda na batalha de flores em numerosuperior ao que era necessário, vendo-se pou-quissimos guardas pelas immediações dashortas, onde eram mais precisos. As patru-lhas da municipal eram também diminutas.

A's 8 horas da noite, na Montanha, sahiamuns indivíduos acompanhados de mulheres,travando-se de razões que redundaram emgrossa pancadaria, de que resultaram algunsferimentos, mas que breve serenou.

Os indivíduos, porém, que tomaram partena contenda, seguiram discutindo até aoArieiro, seguidos de muito povo. Ahi, trava-ram-se novamente de razOes, mas como osque haviam tomado parte na discussão fossemem maior numero, também o conflicto tomoumaiores proporções.

Basta dizer, para se avaliar da importânciada desordem, que n'ella tomaram parte maisde 50 indivíduos e que a pancadaria chegavado Arieiro ao José. dos Pacatos.

As bengalas andavam pelo ar, viam-se ca-becas e mãos cobertas de sangue, gente atro-pellada, gritos afflictivos, exclamações de rai-va. Um inferno!

Assim levaram alguns minutos em lambadadoida, atei que, constando o caso no posto deArroios, d'ali sahiram o commandante 750 eos guardas 108 e 724. Quando chegaram aolocal da contenda, já a maior parte dos de-sordeiros havia dispersado.

A's portas, nao se via senão passar genteferida, que ia curar-se a suas casas e ás phar-macias.

A desordem tomou tal incremento, porque,estando a estrada cheia de povo, muitos ti-nham que se defender das pancadas que vi-nham vindo por tabeliã, generalisando-se porfim a bordoada.

A policia conseguiu ainda prender e levarpara o posto de Arroyos João Pinto, moradorna calçada da Graça, 22; Antônio Rodriguese Maria Dias Paiva, moradores no largo doCabeço de Bolla, 21; Eduardo Dias dos Reis,morador na rua das Barracas, 23; José Ale-xandre e Maria de Figueiredo, moradores narua da Fonte Santa, 27 e Joaquim da Con-ceiçao, morador no Regucirao dos Anjos, 127.

Além de vários ferimentos que apresenta-ram estes indivíduos, foram curar-se ao hos-pitai Estephania, Maria Dias de Paiva, de umferimento na cabeça e contusões pelo corpoe Maria de Figueiredo, de um grande feri-mento na cara.

Esteve no local da desordem o chefe Cos-ta. Participado o caso para o governo civil,sahiu d'ali um piquete de policias, que trou-xe os presos para baixo.

VA BATALÍ1A DAS FLORES

Bastante desanimada e um pouco insipidaa festa de hontem na Avenida. Ou porque otempo nao seja próprio para diversões d'a-quella ordem, ou porque o dia fosse destina-do pela tradição á festa dos cr.-npos, ouainda porque as principaes famílias da altanobreza se nao interessavam em tornar ma-gnifico o espectaculo, o certo é que a con-correncia de carruagens foi muito inferior á

dos demais annos e o numero de pessoas quetomaram logar nas cadeiras reservadas d°stalhões foi muito resumido, a comparal-ocom a affluencia de gente a festas anteriores-

Ao todo, estiveram na Avenida 144 trens,uns 30 cavalleitos e 8 cyclistas. Metade dascadeiras dos talhões estavam desoecupadase, posto que o povo se agglomerasse emgrande massa junto das grades que o sepa-ravam ido recinto reservado, transitava-semuito á vontade nas ruas oriental e oceiden-tal.

Vamos, porém, descrever a festa, princi-piando por dar ao leitor nota do aspecto daAvenida.

A AVENIDA

Dividindo ao meio o espaço que vae doobelisco á rua do Jardim do Regedor, na ruacentral da grande artéria da cidade, via-seum tapume formado de algumas taboas pre-gadas parallelamente a alguns espeques. Es-tava disfarçado com verdura e muitos vasoscom flores, que desciam também, de um lado,e outro, á beira da valeta.

De cada uma das extremidades do tapu-me, abriam-se duas vastas entradas, onde seviam postados os porteiros do theatro D.Amélia, com o respectivo fiscal, dístinguin-do-se da demais gente por um lacinho defita ás riscas azues e brancas pregado no bra-ço esquerdo. O obelisco dos Restauradoresestava também cercado de muitos vasos comarbustos e plantas.

Pela Avenida fora, até á rua Barata Sal-gueiro, numa extensão de uns 800 metros,erguia-se junto á valeta uma paliçada, segu-rando dois fios de arame, vendo-se egualdisposição nas ruas oriental e occidental,desde a.calçada da Gloria, onde se fazia aentrada para um dos talhões, até á rua dasPretas, onde se fazia a entrada para outro,que era tainbem servido pela ponte do tan-que; e desde a rua dos Condes, onde haviauma entrada, até á rua das Pretas, onde ha-via outra. As entradas eram marcadas nasarvores dos passeios oriental e occidental porgrandes quadrilongos de cartão de côr ama-rella-e azul, onde se.via.o numero do talhãoe a côr do bilhete.

Em frente da calçada da Gloria, a palina-da abria-se n'uma meia laranja, com tapumede madeira e o mesmo suecedia em frenteda praça da alegria e da rua das Pretas. Aofundo do recinto, frente da rua Barata Sal-gueiro, havia um tapume semelhante ao daentrada.

Os talhões tinham á frente duas filas decadeiras de ferro numeradas e, na rectaguar-da, cinco filas de cadeiras de palhinha servi-das pelos velhinhos do Asylo de Mendici-dade. Os candieiros do centro estavam sim-pies e artisticamente ornamentados, tendona haste florões de louro e plargonios, enro-lados em espiral, com margaridas-e outrasflores do campo, enramilhetadas junto dosbraços dos bicos de gaz, espigas de trigo ecevada, que também se englobavam no cimodo candieiro. As hastes dos bicos tinhampendentes grinaldas de louro, plargonios emargaridas.

A .•ESTA

A's 5 horas era já grande na Avenida aquantidade de trens, que marchavam sorum-baticamente em 4 filas, como fora indicadona ordem policial que hontem publicamos.

A essa hora apresentou-se um criado dacasa real, a cavallo annunciando ao sr. barãoda Regaleira a chegada da sr.-» d. Maria Pia,que se apresentou pouco depois, tocando asbandas o hymno.

A rainda sr.a d. Amélia, precedida do mes-mo criado, entrou no recinto ás 5 e 35, dan-do-se então começo á festa.

Começaram das carruagens a atirar flores,saccos com «bonbons>, amêndoas e feijões eserpentinas, mas como se estivessem commedo de ir magoar alguém, só quando ostrens se approximavam, sem nenhum enthu-siasrao.

O povo assistia, morto, de sensaboria, aodivertimento, comprazendo-se apenas emver as equipagens, que eram bem poucas,verdade seja. As creanças entretinhamrse aapanhar as flores na rua e a noite ia-se ap-proximando.

A's 6 e meia, já era tao pequena a quan-tidade de trens, que a policia resolveu queelles marchassem apenas em duas filas, dolado occidental.

A's 7 horas sahiu a rainha sr.a d. Amélia,e 10 minutos depois, a rainha sr." d. Maria

Pia, retirando-se o resto dos trens e sendo orecinto franqueado ao publico. A policia e amunicipal abandonaram também a Avenidae os carpinteiros começaram a desmancharas palliçadas.

OS CARROS ENFEITADOS

A rainha sr." d. Amélia vinha em carrua-gem á Daumont, puxada a 4 parelhase pre-cedida de 2 batedores com cabellèiràs em-poadas. Vestia um bello traje lilaz e um cha-péo de phantasia e era acompanhada peloprincipe, que vestia á maruja, com fato bran-co e collarinho azul, e pelo infante, com fatobranco e chapéo de palha. A carruagem le-vava, á frente e na cabeça*, alguns «bouquets»e flores diversas. A rainha atirava com flô-res e saquinhos de «confetti» azues e bran-cos, com o seu monogramma a ouro. Se-guiam-se, em carruagem idêntica, o sr. An-tonio Vasconcellos e Sousa e a sr.a d. José-pha Sandoval.

A rainha sr.a d. Maria Pia vinha em car-ruagem á Daumont puxada a 3 parelhas,acompanhada pela sr.a d. Eugenia Niza. Ocarro tinha á frente como um balcão de vio-letas de Parma, verdura e outras flores, le-vando na cabeça e no chão da carruagemflores idênticas.

O sr. cônsul He Hespanha apresentou-sen'um «break» adornado de flores de «began-ville» e hera, nas rodas, levando as senhorasque o acompanhavam1, largos chapéos depalha enfeitados com tule branco e flores damesma trepadeira.

A sr.a duqueza de Palmella ia só n'um«tnylord», cujas lanternas foram disfarçadascom «bouquets» de flores de campo e hera.Os criados trajavam o uniforme da casa, cal-çao vermelho e casaca verde.

O carro do sr. visconde de Coruche ia en-feitado com margaridas, heras e outras flores.A aranha dos filhos dos srs. Mayer e condede Valenças ia enfeitada com flores de «be-ganville». O «breack» do sr. Plácido Carva-Iho ia enfeitado com varias flores e hera. O«mylord» da sr.a marqueza de Rio Maior iaenfeitado com malmequeres, papoulas e ver-dura. A aranha do sr. Jorge de Menezes le-vava o guarda-lama coberto de varias florese o «breack» do sr. Chaves ia enfeitado comvarias flores.

O filho do sr. conde de Burnay ia n'umaaranha, com dois cavallos á tira.

Osierra sem tregoas!Os astrônomos annunciam uma horroroas

guerra para maio. Nao pôde ser maior doque a que as pílulas de piAo fazem ásmoléstias da pelle.

Vendem-se na Drogaria Nazareth.

BANCOS INÍÍIiEZJES

Sao do Winchestei City News os seguintesextraordinários algarismos que dizem respeitoaos dous grandes bancos—sociedades ano-nymas—de Londres, que sommárao conjun-tamente:

lbs.Capital subscripto .... 72.000.000Capital realizado 15.300.000Fundo de reserva, formado

de lucros nao distribuídos. 8.400.000Depósitos 184.000.000Capital total em giro . . . 308.000.000Lucro liquido no semestre. 966.000Numero de accionistas 51600.

Esses bancos distribuem na média um di-videndo annual de cerca de onze e meio porcento, augmentando os fundos de reservas elevando grandes saldos ao credito das con-tas do exercício seguinte.

Em assembléa geral ordinária dos accio-nistas o presidente do Londoii and CountryBank, o sr. W. E. Hubbard, mencionou aí-guns dados estatísticos interessantes e nota-veis. O Banco, durante o anno emiltio qua-torze milhões de cheques, que, collocados aoslados uns dos outros, cobririam setenta gei-ras quadradas de terreno. O Banco e as suasfiliaes têm 126.452 contas abertas e 20.000contas de depósitos. A somma em dinheirorecebida e paga nos balcões pelo pessoal dobanco durante o anno foi de cerca de lbs.34.000.000 e os enganos nesses pagamentos

montaram a lbs. 11—15— s—2 d apenas ;reconheceu -so, por outro lado, que se haviarecebido lbs. 4 — 10 s de mais, de modo queo prejuiso liquido foi unicamente de lbs. ...7—5 í —2 <l-

Diz esse jornal :'« E' reconhecido por todo o mundo linan-

ceiro que o systema bancai ioingfe'z é ó me-lhor que existe, e que, conjuntamente com osolido systema monetário, fez do London ocentro financeiro do mundo. Tendo ante nósos assombrosos algarismos do grande bancolondrino, póde-se dizer que o systema inglezde escripturaçao é o mais approximado daperfeição a que a sciencia e a experiênciado homem podem attingir. Um erro de umsobeiano apenas em cinco milhões esterlinostrocados é um milagre de exactidao. Resta-nos apenas a dizer que o banco tem um fun-do de reserva de um milhão esterlino...(27.000:0008000 da nossa moeda ao cambioactual) empregado em Consolidados que dis-tribuio lucros de 20 °[0 ao anno aos accionis-tas, e que levou para o exercício seguinte osaldo de lbs. 84.000. »

HOME—por Emilio Zola (em francez)na livraria commercial.

TIM-TIM POR TIM-TIM"(Lucas c o seu querido Ulysses passeiam va-

garosamente ao longo da avenida índio do Ria-sil).

—Pois é, como lhe digo, seu Lucas, nãome posso esquecer do supremo ridículo do talcartão em que o Canutinho, com vinte e pou-cas horas apenas de existência, sabendo, to-davia, lêr e escrever c entendendo de tolasetiquetas, houve por bem participar-me o seunascimento.

—Tem razão. O caso só pode e só deveser commentado a gargalhadas, como tantosoutros congêneres que por ahi tenho aprecia-do. Este, por exemplo: Estava eu ha dias nasecçilo de publicações pagas da Folha, quan-do lá entrou um amigo meu o Carvalho Me-deiros, que, como você sabe, é até um ho-mem intelligente e de algum preparo. Levavaqualquer cousa para publicar. Na falta do rc-dactor-gerente que estava ausente, recebi apublicação. Dei-lhe o preço e elle pagou. Malhavia saído o Cnrvalho Medeiros, e já eu ...—O que então fez você, seu collega?

—Explodia n'uma verdadeira gargalhadahomefica e que custou-me a perda de doisestimadissimos botões cá do collete. Olhe cáainda o lugar d'elles. '

—E porque, camarada? \—Ora, porque? Potque tinha lido atai pu-

blicaçao.—È o que havia n'ella de novo ?—Uma cousa curiosa, e diante da qual nem

um defuneto seria capaz de conservar a suaseriedade sepulchral. A publicação dizia maisou menos o seguinte:

Ao nosso querido papá, João Soranode Carvalho Medeiros, felicitam por maisuma flor que colhe hoje no jardim da suapreciosa existência as suasfilhinhas

ziülCOLO.

—Nao deo você ainda com o que motivoua minha expansão?

—Ainda n3o, seu collega.—Pois eu lhe explico: as meninas Zizi e

Colo, Jilhas de meu amigo Carvalho Medei-ros, têm, a I." dezoUo mezes e a 2.a apenas4. Accresce ainda que a felicitação foi escri-pta por elle próprio, cuja letra conheço per-feitamente. Ahi está o lado cômico da cousa:um pai que escreve felicitações para si emnome de duas filhas, cujas idades juntas duo22 mezes, e depois as leva á imprensa, paga,tudo para ser surprchendido no dia seguinte.

(Ulysses solta uma tremenda gargalhada, eLucas conclue sentenciosatncnte):

—Está aqui uma copia da tal felicitação.Guarde-a bem: é outro documento... da fra-queza humana.

. LUCAS

Si ULYSSES.

ANew-HOEiie ô a machina paracostura mais porfeita.mais segura o maiseconômica.

Folhetim da Folha do Norte—12-6—96(21

Justiça de Mulher

ROMAIÍCEPOR

Daniel Lesuciii'XI

— CONTINUAÇÃO —

E como elle fez um gesto para segural-a,ella acerescentou :

—Saiamos, nao temos mais nada a dizerum ao outro.

Um raio de loucura passou pelo cérebrode João.—Sim, murmurou elle, tenho uma cousapara te dizer... Simone... Ah! Simone ...

E segurou-a com firmeza. O busto de Si-mone torcia-se nos seus braços emquantoella tentava desviar a bocca d'aquelles la-bios adorados. Então Joáo perdeu a cabeça,e as suas mãos tornarara-se brataes... Mas,ella luctava silenciosamente com os dentes

apertados e os nervos inteiriçados; de re-pente teve uma inspiração; soltou ura grito:—Ah!.. inagoou-me !.. João teve medo,julgou que effectivamente lhe torcera o pulsoe surprehendido quasi a soltou... Simonefez um esforço e fugio deitando a correrpelo estreito cimo do muro.

O coração de João cessou de bater, aspernas tremiam-lhe... Isto durou alguns mi-nutos... até ver Simone só e sahio do ladode lá do precipício.

A perturbação de ri'Espayrac durava ain-da, tanto que n.lo ':n atrevia a por o pé noperigoso caminho. Finalmente, rcsulveu-senao sem receio. Quando chegou ao fim naoavistou Mme. Mervil; mas tomando a escadaque subsiste no lado da ruína avistou-a denovo e vio-a descer precipitadamente a col-hna como se fugisse ainda.

Ao ver isto, tudo, se desvaneceu do espi-rito de João excepto o seu resentimento fu-rioso. Ah! era assim, ella preferia correr umperigo de morte a pettenecr-lhe outra vez !Ah! então agora repellia-o, quasi lhe balecomo a um vagabundo audacioso 1 ella queelle já tivera nos seus braços ! Pois bem,n3o pensaria nella nem mais um minuto.

D'ahi por diante a sua íecordaçao seriapara elle como a d'essas creaturas do acaso,que nos distraem e que logo esquecemos.É ella ainda valia menos do que as outras;

essas ao menos teem por desculpa a neces-sidade que as obriga a tao triste vida. E Si-mone Mervil I.. Este nome pronunciadomentalmente ainda lhe causava uma em-moção saudosa; depois a cólera voltava coma recordação das humilhações que sof-frera. «Fui um idiota! Eu devia saber quepara as mulheres nao ha prazer como o deendoidecer um homem e depois deixal-opara ahi, para se envolverem então na suavirtude. Isto para ellas éa felicidade! Começoa crer, palavra de honra, que a virtude d'es-sas sujeitas é mais viciada do que os seusvicios ! »

Ao fazer esta reflexão d'Espayrac repa-rou que chegava ao campo de oliveiras ondeainda ha pouco Simone se deixava beijarsem resistir. ^Parlamentei, pensou elle, foiquem me deitou a perder I »

Avistou-a encostada a uma arvore, pallida,olhando para o mar.

João demorou o passo para lhe dar tempoa seguir, mas Simone via-o e nao se movia.

—Espera por mim, minha senhora ? per-guntou elle.

—Sim, devemo.,|3ntrar juntos em casa.Sem acc;escentar uma palavra seguiram

até a casa. ,Gisela debruçada a uma janella, gritou-

lhe:¦—Çntao, fm bonito o passeio ? Fica para

almoçar comnosco, senhor d'Espayrac ?—Certamente, minha senhora, e com o

maior prazer, respondeu-lhe com animação.E sentou-se n'uma cadeira de vime á som-

bra da fina folhagem das pimenteiras, em-quanto Mme. Mervil abria as cartas que ocorreio trouxera na sua ausência.

Instantes depois, Mme. Chambertier ap-pareceu no vao do pórtico emmoldurádo deheras.

Trazia um vestido de uma cor artificial eencantadora, enfeitado com uma vestia emponto de Veneza applicada sobre o corpo;entre os seus lábios rubros ironicamente ar-queados brilhavam os dentes unidos; e osseus cabellos escuros com reflexos de cobre,davam á sua physionomia um aspecto volu-ptuoso e bárbaro.

Simone ao erguer os olhos ficou pasmadade a ver tao bella.

—Tiveste más noticias ? Que ha ? Estásbranca como a cal ! exclamou Gisela.

A pallidez que trouxera do seu triste pas-seio transformava inteiramente o rosto deSimone. Parecia que todo o seu sangue cor-rera por uma ferida invisível.

Entretanto, a exclamação de Gisela fez-lhe passar pelo rosto uma sombra cor derosa que logo se desvaneceu.

—Paulinha tem alguma cousa ?Simonenilo tinha coragem desmentir quan-

do se tratava da saúde de sua filha; parecia-lhe que seria mau agouro; mas como Joãotinha outro pretexto para a sua partida disse:

—Ah! Justamente ... Imagina, Paulinhaestá doente. Meu marido manda-me cha-mar eu morreria de inquietação se nao par-tisse immediatamente. Vou tomar o comboiodas Ires horas. Creio que é o que correspon-de com o rápido de Toulon.

x:iQuando Simone Mervil chegou a Paris,

apoderou-se d'ella um profundo desanimo.Parecia-lhe que o horisonte da sua vida,

que até então lhe parecia .Ilimitado se fe-chava completamente. Aos vinte e sete an-nos a vida era para ella um caminho semsahida.

Simone cahira na peior das misérias tiu-manas : o indi.-.ivel aborrecimento dos serese das cousas. E' certo que amava seu mari-do e sua filha; mas, se podesse morrer comoás vezes desejava, seria sem pezar que lhesdiria adeus.

A's vezes ao consideral-as com curiosaaffeiçao admirava-se da energia que ellesdesenvolviam para viver. O musico traba-lhava sem descanço com alternativas de en-thusiasino e de desespero que alentam e fa-tigam os verdadeiros artistas; quanto a Pau»

linha, os seus dias eram uma successSo dealegrias ruidosas e de desgostos nao menu-violentos a propósito dos minúsculos incisdentes de que é tecida a infância.

Aquella menina aprendia tudo sem difii-culdade, excepto o se/f-cou/iol que a sua go-vernante ingleza se esforçava em vilo porinculcar-lhe; dedicava-se com uma paixauextraordinária tanto aos brinquedos comoaos estudos.

Simone que antigamente a reprehendiapela sua impetuosidade dc poldro selvagem,pelos seus modos de rapaz e pelo ardor dosseus caprichos, deixava-a agora á redcásol-ta, para ter o prazer de ver agitar-se juntode si aquella exhuberancia que animava oseu abatimento mortal.

Quando ella ouvia o riso de Paulinhariso de perfeita alegria—quando via os olhosda filha brilharem de satisfação com a pro-messa dc um passeio ou de um brinquedo,sentia uma commoçao confusa que lhe fazia'bem.

Também cila possuirá essa alegria extra-ordinária, e... perdera-a.

A sua Paulinha também perderia isso uradia... Oh! o que é ávida!

—Rogério, disse uma manha Simone aseu marido, se quizesses, podíamos ir esteanno mais cedo para o campo,

f.-f ttgHitj,

Page 2: TÓPICOS DO DIAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00164.pdfNo fim do mez corrente termina o 1.° semestre da assignatura da FOLHA. Para facilitar, gorem, a sua remessa aos assinantes

í2 !!2 rJs Junho de 8

1Nossos Illlilp

Noticias do paizISio, 11 de junho.Hoje, á itlvornclü, por ser o íuiuí-

versario da batalha de Riachuelo, va-rias bandas de música marcial toca-ram íí portado quartel general; outrastocaram em seus quartéis.

A festa da armada foi magnifica.A corhmissííd dá marinha incumbi-

da de organisar a mátinée a. bordo docouraçado Riachuelo, desempenhou-se galhardamente de seu mandato.

Consistio essa màtiheé em uma ses-são commemorativa, que foi concorri-dissima. Aquelle vaso de guerra danossa marinha estava ricamente de-.corado '.

Todos os navios surtos na bahiado Rio de Janeiro, quer de guerra,quer da marinha mercante, embandei-raram em arco.

A's 4 horas da tarde começaram asréeãtns; com muita, aiiiihaçíío.

Até agora, não foi apurado o resul-tado dos pareôs.

Muitas lanchas cheias de espeota-dores e embandeiradiis sulcam a bnliia.

Foram nomeados os drs. Lúcio deMendonça, Fernandes Pinheiro e Al-freclo Maia para syndicarem dos factosoccorridos na Escola Polytechnica, eaveriguar das aceusações feitas peloslentes aos alumnos e por estes aquelles.

A Câmara votou unanimementeunia moção de pesar pela morte doscombatentes brasileiros na batalha na-vai de Riachuelo.

A commissão de diplomacia daCâmara dos Deputados já começoua discutir o protocollo assignado so-bre as reclamações italianas.

Os debates são ainda reservados.

Houve boje a segunda discussãodo projecto que prgaiiisa a força ar-mada.

Foram muito animados os debatessobre esse projecto, que estabelece oserviço militar obrigatório para todosos indivíduos validos, dos 21 ató os 42annos de idade, sem substituições nemisempções.

O tempo estabelecido para o servi-ço é de 7 annos, sendo três annos eruserviço activo e quatro annos na re-serva.

CAMBioi—Hoje esteve o camb\o fir-me, a 10 1]8, havendo só vendedores-Os compradores esperam alça.

Noticias do extrangeirofilio. 11 «üejmsslso.De Roma noticiam que o duque de

Sermoneta, ministro do exterior do ga-binete italiano, declarou que a Itáliapôde contrahir outras allianças, alémdo tratado idêntico que já fez. entran-do para a tríplice alliança.

Em New-York corre o boato deque o chefe revolucionário cubanoMaceo será processado por insubordi-nação.

A Sintger ¥ifo9*anfe a a mo-lhor machina de costura do unindo, por ser amais simples e silenciosa.

CENTENÁRIO DÃ ÍNDIA

Parece haver probabilidades de que poroceasião do centenário da índia se realise avisita a Portugal do chefe.de uma poderosanação recentemente visitado também pelorei de Portugal, e ainda de alguns outrospersonagens illustres.

A grande Universidade Americana deBaltimore coromunicou á Sociedade de Ceo-graphia que enviaria a juntar-se a ella, para'a celebração da viagem do grande Vasco daGama, entre outros representantes, o pro-fessor dr. Marshall Eliott, já para este fimnomeado. Consta que virão deputaçOcs deoutras Universidades.

Reuniu-se em Lisboa, sob a presidênciado sr. dr. Amado, a sub-commissao ericarré-gada. do programma da exposição industrialque ficou projectado, e reuniu também acommissão da exposição agrícola.

Em muitas revistas e corporações scietili-ficas estrangeiras começam a appavecerarti-gos muito honrosos e de louvor pela ceie-bração portugueza. Um dos últimos d'essesartigos, que foi tirado em ediç:1o separada feluxuosa, é do professor francêzsr. Merchier eintitula-se: Um centenário geographico — Vascoda Gama e o caminho da índia.

O illustre èscriptor termina com estas pa-lavras:

«Portugal é um valente povo, que bemmerece dá humanidade. Soffreu injustiçagrande ha bem pouco tempo ainda e :! injus-tiçanílò foi reparada. A Europa,táòprornplahoje em tomar a,defeza do Transvaal contraa Sul Africana, nilo teve então a mesmaenergia pára proteger Portugal contra a pb-derosa Companhia. Deve, pois, a si própria,associar-se a este centenário pacifico. Serácomo que uma allirmação de sympathia euma reparação tardia..-

Revista de jornaesDIÁRIO DE NOTICIA?,.—O sr. Ma-

noel Caetano Rodrigues Júnior oecupa parteda secção editorial do collega, narrando abatalha que a 11 do junho de 1865 realisou-

,se no baixo fjiraná, quando por meio dasarmas désággravava-se a Pátria do insultoparaguayo.

Lamenta ainda a morte do dr. EmilioDias, do qual dá ligeiros traços biographi-cos, feito o que comparece Giiaiany que dis-cüté com a Republica.

Antes do noticiário, que é bom. o sr. Ber-toldo Nunes consagra também palavras ao11 de junho, referindo-se, antes de lançal-as,a liih reparo que aqui fizemos ;'r indifferençaque se observa pelas datas gloriosas da Pa-tria, effeito da falta de educação cívica nasmassas populares."

A REPUBLICA.—O confrade abre como foinal dos jornaes, depois do que inauguraa sua gazetilha, onde informa sobre o mo-vimento das caieiras de S. Paulo; transcrevetópicos de uin discurso do dr. Manoel Vi-ctorino ha pouco pronunciado na capitald'aquelle Estado, e de elevado alcance po-litico, e estampa, ao concluir, um éxcerptode um mimoso poemeto que vae cm brevepublicar o glorioso poeta portuguez ThomazRibeiro.

No Boletim da Intendencia dá o expe-diéllle do dia 10 do corrente o continua nainserção do lançamento da décima urbana.

Jornalzinho da Moda

Zuleika, uma encantadora filhinha donosso distineto amigo, sr. Adolpho Domado,prefaz hoje < o seu primeiro annivèrsario,dando-nos ensejo de felicitar seus extremo-sos pães, por lão justo motivo.

IMPORTANTE Cüfía DE BRONCHITEcora o PEITORAL DE CAMBARA'

A 63tm\ esposa cio sr. Joaquim Soares Gomes, vice-cônsul di' Portugal c lfrnnça t-m Paranaguá, curou-seradicalmente do uma bronchite do peior caracter quelia uni anno a íifíiijjia com o uso do .} fiascos doPeitoral de. Catnòaid, de Sousa .Soares, tendo usadoinutilmente cerca de cincoenta remédios diversos !

Us agxmtes, Kodrigues^Vidigal w0 C*t ($

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'•4, CO**5, l_!_l

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PALESTRAS ÚTEISAS SEGUNDAS E SEXTAS

A insomnia a o seu tratamentoE' do tratamento da. insomnia que nos oc-

cuparemos hojo, e pela p;i];\via.^-/ratamcn/onao vao julgar que iremos indicar toda a sériede narcóticos, triste expediente a quo muilagente recorre.

Nao dormir, que suppíicio ! E quanto istoé commum nos nervosos, nos SÚRMENÉs,isto è, nas numerosas victimas da vida agi-tada que ora levamos.

Dormir, que repouso, que descanço cujasvantagens tomar-se-ia pueril enumerar!

O somno, esse recolhimento do organismo,essa parada temporária das actividades vi-tae-, é indispensável á economia das forçasdestinadas a fazer face a novos trabalhos, edeve ser natural.

Se a insomnia causada por dores vivas estásujeita a certos medicamentos applicadòs ex-cépcional e temporariamente, (cessando omal, devendo; cm qualquer caso, parar como remédio), ãquellas que provéem de outrascausas, como a insomnia dos velhos, dos ne-vropathàs, hypOcõndriacos, anêmicos, con-válescentes, alcoplistas; ãquellas que sao de-vidas ao abuso do café, a desgostos, obses-sOeSj ideas fixas ou outra qualquer causa, de-vera ser tratadas pela hygiene, simplesmentepela hygiene.

Com o liin de demonstrar esta verdade odr. Maurício de Fleury acaba de publicarum ligeiro mas interessantíssimo estudo. Elleindica os meios mais racionaes para recupe-rar o somno perdido, baseando-se nas causasque determinam a insomnia e que variamsegundo a sua origem. Da parte do doente,entretanto, é preciso um pouco de boa von-tade e energia, é necessário que elle aprendaprimeiramente a querer, pois todos os actosda nossa, vida são regulados por certos ha-bitos que, quando sao máos, como a vigíliaprolongada e as noites em claro, podem edevem ser substituídos pelo repouso a horafixa.

No fim de alguns dias o somno virá infal-livelmente aquella hora, se nao contrariarema nova impulsao que tiverem dado ao oiga-nismo.

Durante o somno normal, a pressão dosangue nas artérias diminúe; é por isso queo chá e o café, que augmontam considera-velmente esta press.lo, produzem uma exal-taçao cerebral incompatível com o somno.

A anemia, a falta de alimento, o esgota-mento nervoso, a convalescença âm;moles-tias graves, diminuindo-a excessivamenteproduzem o mesmo resultado.

Para dormir bem é preciso um gráo deabatimento mt/i/io e é par isto que conselhos

=*v

/a sisuaíividadè

cpntracltctòfVcurar os doeifix

Os excitadosV,energia supcrlhui, >X .'intitilisada; farilo eíts,.' .i/Sinas; pas-seios a pé,embicycloia;X, /rein trabalhosintéllèçtuaes, pxccutal-os pèrí munha, nuncaa tarde; levar vida siçiples esóbria, não usarde alcoólicos nem de muita carne, fazendoa refeição mais çopiòsa ao meio dia.

Deverão dormir com a cabeça alta, n'umquarto fresco e arèjado, sem cobertores oulençóes.

Os deprimidos ao contrario usarão de to-nicos e estimulantes, massagem, ducthrasfrias, fricções secças com luva de crina; umaalimentação .-colada, vinhos velhos e bons,cerveja, ser-lhe-ao prescriptes, devendo dor-mir com a cabeça baixa, em leito quente,

O doente deverá sujeitar-se .1 deitár-se elevantar-se a horas fixas. No fim de algunsdias o que elie faz por imposição tortiar-sè-ánatural, o somno não se fará mais esperar e,conseqüência feli;:, p estado de saúde geralmelhorará; a moléstia causou a insomnia, acuia da insomnia fará desapparecer a mo-lestia.

Sobretudo, porém, livrem-se da pp.lyphar-macia!

Para dormir bem é necessário preparar osomno, e a preparação consiste no exercíciocorporal feito até o principio da fadigá.açom-panhado da calma do espirito e sobretudoda alma.

Procurar um repouso intelleclual, o bemestar do corpo, um gráo de calor sufficiente,uma occupaçao alternando com a tranquilli-dade, evitar qualquer estudo algumas horasantes de deitar-se e dar um passeio á noite,eis o que aconselha o dr. Bruçe, e que éevidentemente racional e inatacável sob oponto de vista hygienico, mas muito difficilde executar com esre nosso systema actualde vida a vapor Devemos entretanto em-pregar alguns esforços para, ao menos, nosapproximarmos d'este ideal.

Além d'estas regras geraes ha uma longasérie de meios mais ou menos preconisadospara favorecer o somno, alguns dos quaesaqui registramos:

A leitura de um livro insipido.Contar lentamente de 1 a 1.000 sem pa-

rar e com toda attenção.Abrir e fechar os olhos ininterrompida-

mente, pelo menos cem vezes.Para as pessoas quo trabalham muito com

o cérebro recommendam uma fricção friacom uma esponja li úmida.

Outros deitam-se com a cabeça viradapara o norte por causa das correntes mag-neticás que tem a direcçao de norte sul.

O que eu desejo é que qualquer dosmeios apontados possa ser útil aos leitoresem caso de necessidade.

PKEMIO BME S. J©Ã©

100:0008000Vae correr infallivelmente sabbado 20, a

H.-"2." loteria da capital federal do impor-tàntissimo plano de 100:000$ integraes. Alemdeste enorme premi'.', tem outros inuitosquèconstituem uma riqueza !

Premeia com approximáções, dezenas ecentenas até o 5° prêmio. Os bilhetes eslãoa venda na popular agencia de Moura Fer-10 «Sr C, e custam: inteiros 10Ç, nuTüíf hi-'lhetes 5Í? c décimos ií\ Esta imporlantissi-ma loteria joga apenas com 60 mil bilhetes.

Em 10 de Julho será extrahida a colossalloteria de 500:0008, por inteiro, custandocada bilhete wSooo,

O «DEMOCRATA» E O GARE BEIRÃO«Na secçfló competente publicamos importante!, do

cumentos, que attnstam a eficácia tlcstn poderoso mo-dicainerito, contra as febres que assolam o nosso in-terior.

«Argumento bem valioso ó a imitação tio quetrata o auetor na publicação quo faz sob sua assígna-tura.

«Effcctivamente só os nmigoa do muita extiacçiio ebem ãcebitos pulo publico attrahem as sympatías dosimitadores.

«Chamamos a attençíío dos quo soffrem para o ver*dadeiro—Ca/é JSeirâo.x

«Democrata» 13 do (unho de 1890., I—.N

Hospital do Rcpneiito Militar do EstadoDos doentes em tratamento nas enferma-

rias do Regimento Militar do Estado no mezde Maio ultimo, tiveram alta:Curados 88Por ordem superior iPor inspecção 3Fallecidos 4

'96

Eram: músicos 8; Io sargento, 1; 2?3 sár-gênios, 3; cabos, 8: anspeçadas ó; soldados,or; bombeiros, 4; ferrador, 1; corneteiros, 4;total, 96; sendo :

Do corpo de cavallaria .... 30Do Io de infanteria 30Do- 2° dito 26Do corpo de bombeiros . . . ; 4

nóOs curados soffriarn de :

_ Anemia, 3; adenitesyphilitica 4; jábcessbsimples, 1; blerTnorrhagia, 1; bronchite, 4;cancro syphilitico, 3; contusão, S; conjuneti-vite, 2; contusão e rheumatismo, 1; contusãoe escoriação; 1; escoriação, 2; empigem, 1;febre intermittente, 1: lebres, 6; feridas. 2:febre o adnits, 1; gastrite, 9; gastro-interíte,4; gastrite e febres, 1; hysteria, 1; hemorrhoi-das, 3; hepatite aguda.

"1; laríngyte, 1; ne-

vralgia, 2: orchite, 1; rlieumatismo', .14; ulce-ras, 8; ulcera e abscesso, 1; varíola, 1; to-tal, SS.

Tiveram alta pôr inspecção de: syphilislerciaria, 1; orchite chronica, I; atrophia donervo óptico, 1; total, 3.

_ Os fállecimentos se deram: por febre per-niciosa, 1: hepatite chronica, 1: beri-beri, 1;beri-beri galopante, 1; total, 4.

FOGOS! F0G0_SI FOGOS!

E'com certeza, c sem rebuço o dizemos, oestabelecimento, que nao sendo dos maioresdesta cidade, o é todavia, no seu cònjuiiçtode especialidades.

Não ha novidade, no mais recondicto lo-gar que appáfeça, que nao seja por nqsadquirida, trazendo assim os nossos fregue-zes ao pnr das evoluções artistico—mantífá-ctureiias. Devido a isto, tem a Casa B.thianao ensejo de apresentar á admiração publicaverdadeiras creações geniaes da pyrotechnia.Esperamos, pois, que o publico tome emconsideração este nosso esforço por bemservil-ò, visitando a espc.ciálissima Casa Ba-Maná.Rua de Santo Antônio ti. 20.

OLIVEIRA SILVA & COMP. (n

. fáe^-Eíome é a mulhor ma-ohiiia conhecida paru costura, ¦'

Livro da portaO sr. Eelippe Firlanxá, habilissimo photo-

grapho, propiielaiio de um dos melhoresatelicis do llrasil, muito conhecido pela irre-prehensivel correcçao de seus trabalhos, en-tre os quaes ha exhibido verdadeiras obrasprimas no gênero, brindou-nos hontem comuma beila photographia do interior do con-servatorio de musica, tirada por oceasião datomada da posse do maestro Carlos Gomes,como director d'aquelle instituto artístico.

E' escusado dizer, quo este, como todosos seus trabalhos, lhe recommenda assás asofficinas, que actualmente tem installado narua Conselheiro João Alfredo n. 22.

Somos gratos pelo delicado mimo, que éuma memorável lembrança do inclyto chefeda musica nacional. .

cnracla pelo PEITORAL DE CAMCARA'Atacado do uma fórto rouquidão e, sabendo dos

bons resultados do Peitoral de Cambará, do SousaSoaies, mu casos da mesma moléstia, deliberei expc-rimonta.-o e apenas com o uso do 2 frascos fiqueicompletainento rcstabelocido. Amando Augusto Ma-clifídÒ.—(TjTrriía reconhecida.)

Os agentes, Rodrigues, Vidigal ô-> C\ (6

ECHOS E NOTICIASUma cruel febre remittente palustre tem

açaíriadò, lorturando-o de afüicçao, o inte-ressaiite Lauro, filho do illustre sr. dr. LauroSodré, governador do Estado.

folgamos, porém, em noticiar que o ga-lante menino vae caminho de crescentes me-lhoras, pelo que sinceramente nos congratu-Íamos com seus desvelados pães, desejandoá meiga creança, próximo e feliz, o comple-to restabelecimento, que anciosamente é es-perado pela alma paterna, como necessáriocomplemento ás s3s alegrias do seu lar.

O sr. Carlos Falcão teve a fineza de mos-trar-nos hontem os seguintes telegrammas,trocados a propósito da queda no Senadofederal rio projecto pedindo prorogaçao dopraso para a nacionalização da navegaçãode cabotagem, e da qual circumstanciada-mente demos hontem noticia na seccçâo te-legraphica:

^Presidente do Club Naval—BelémO Senado rejeitou o projecto de proroga-

ção da cabotagem.Manoel Barata.»

«Senador Manoel Barata—RioO Club Naval agradece a attitude pátrio-

tica tomada por V. Ex.a e pela maioria doSenado.

Álvaro —presidente.»

Reunem-se depois d'amanha, ás 9 horasd-amauhã em sessão de assembléa geral ex-traordinaria, os sócios da Real SociedadePortugueza Beneficente.

Abre amanha os seus vastos salões para apartida mensal, a sociedade Assembléa Pa-

Pela Intendencia Municipal foram despa-íchtulasvis seguintes petiçOes: -

Rendeiro & Oliveira e Antônio FranciscoSantiago: A' commissio lançadora para osdevidos ii ns.

—Clemenlino José Lisboa: Certifique-se.—Cecília de Almeida Bastos: Ao admi-

nistrador rio Mercado para os devidos fins.—Joaquim da Costa Ramos e Cunha Cer-

queira ,V C.°: Restitua-se em termos.—Joaquim de Sá Alves de Oliveira, Ma-

noel Francisco de Belém, Tavares Ribeiro«: C", M.",c Bertha, Francisco Pedro & C.a,José Joaquim Coelho, Alfredo Guimbal ePaulino de Brito: Como requer.

—Jpao Mururé: Como requer, de accordocom a informação.

—Ananias Lins Cândido dos Reis: Atten-dido, nos termos da informação.

—Augusto César Pereira de Freitas: Cum-prindo o art. 109 do Código de Post., comorequer.

—Maria Izabel da Silva Santos: Como re-quer, repondo o solo em seu estado primi-tivo.

—Manoel Pereira Filho, João da Cruzd'Aguiar e Manoel C. da Cruz: Pagos os im-postos da lei, como requer.

—Antônio José de Pinho: Feita a caução,como requer.

—José Miguel Mellenas, Maurício A. Gon-çalves e Francisco de Sousa Gomes: Inde-ferido.

—Samuel Santos: Pague-se em termos.

Para o cargo de I.° supplente do juiz sub-stituto na 4» circumscripçao (Joroca) do i.°districto da comarca de Cametá,foi nomea-do o cidadão Francisco SerrSo Carneiro.

' Foi nomeada professora interina da esco-Ia elementar do logar «S. Pedro», no furo doPiramanlia, município da capital, D. Mareio-nilia Pereira de Araújo.

Pela chcf.itura de segurança foram ante-hontem enviados ao juizo criminal do i°dis-triclo oá autos de inquéritos policiaes quepor crime de burla foram abertos n'aquellajfêjí.-uíiçao.'•'O relatório do sr. dr. Ferreira Teixeirarefere que dos inquéritos em questão se ve-rífica a criminalidade de Joaquim IgnacioSousa, que, em companhia de um official dejustiça, e sob garantia de nao prenderemum empregado de Pinto, Braga & C.a, pon-do termo ao processo que lhe movia a iusti-ça publica por crime de ferimentos graves,receberam d'aquella firma 200S000, rasgan-do na sua presença um papel, que diziamser o mandado de prisão expedido pelo jui-zo contra o referido empregado.

Num formidável ganso andava hontempela manhã o individuo Jeronymo MacielZebalos a provocar desordens pelo Reducto,arremessando uma pedra sobre o menorAristides Mal tez, que ficou ferido na pernaesquerda.

Antonia Marcionilia da Conceição provo-cou enorme, chinfrim ante-hontem, ás 8 ho-ras da noute, na rua d'Alfama, com uma suacompanheira. A

Depois das offensasNl moral passaram asduas heroinas d'esta scena de ciumadas ásvias. de fado, intervindo o individuo PacificoPedro Ribeiro, que consegíüo serenar os uni-mos, sahindo as duas tivaes com diversospequeninos ferimentos em varias partes docorpo.

A cidade foi ante-honlem policiaria por194 praças d" reRÚníató militar do Estado,sendo 138 de infantafa e 46 de cavallaria,fiscalisadas pelas autoridades de segurançae ttez officiaes d"aquclles dous corpos.

Na enfermaria da cariei.-) publica existemem tratamento 9 presos doentes.

A's 9 hoias da manhã de hontem n'úmataverna á travessa tia Barroca, entrou Oiindi-viduo Cândido de Deus Mello.

Pedio ao taverneiro um pouco de caxainliú',no que fui satisfeito.

Achando, porém, Cândido Mello que es-tava roubado, reclamou a quantidade deagita correspondente a 120 réis.

Travando-se de razões com o taverneiro,arremessa-lhe o copo, que fez-se em peda-ços n'uma das prateleiras, armando-se o ta-verneiro de uma acha de lenha com que fe-rio a Mello na cabeça.

Maria Magdalena dtíNAguiar é mulherzi-nha da pá virada. (V.

A's 9 horas da manhalde hontem, tomouum grande pifão e nesse tstado po/. em alar-me os moradores d'üm coitiço á esliada rioAlmirante Tamandaié, ann.ada de uma na-valha com que dizia querer retalhar Mariade Nazareth Oliveira.

O caso foi que, procurando Firmo Anasla-cio Dias desarmal-a, teve uma das mãosgolpeada pela navalha da turbulenta.

Hoje, ás 10 horas da manhã, será vendi-do em hasta publica no palacête do Estado,depois da sessão do juizo da 3." vara com-mercial da capital, o iinmovel penhorado naexecução hypothecaria que dona Maria Fe-liciana Bandeira Picanço promove contraManoel Eugênio Poi tal.

N'um botequim á travessa São Matheus,esquina da rua do Riachuelo, deu-se ante-hontem, á noute, um conflicto entre diversosindividuos que já haviam chupado bons co-pos de vinho.

Da troca de palavras Ipassaram ás vias defacto, havendo lá dentro grande rebuliço decadeiras, mesas, copos rj garrafas por terra.

Aos sons dos apitos de diversas pessoasque presencearam o facto, rasparam-se osdesordeiros, dentre os quaes alguns sahiramferidos.

Trouxe ao conhecimento do dr. chefe desegurança o subprefeito do 2." districto doAcará, que no dia 13 de maio lindo suici-dou-se com um tiro de arma de fogo o inrii-viduo Custodio Antônio do Espirito-Santo^casado, residente no 3." quarteirão do cita-do districto.

A autoridade d'aquelle districto diz pro-ceder na forma da lei a respeito d'este facto.

No consistorio da igreja do Rosárioreunem-se depois d'amanha,. ás ó l[2da tarde os sócios da irmandade do SenhorBom Jesus da Columna, afim de proceder-seá eleição dos novos funecionarios para oexercício de 1890-97.

Foi designado o carteiro de 2.a classeDuarte Mendes Pereira, para seguir hoje novapor « Prudente de Moraes » afim de fiscali-sar as correspondências avulsas.

O bacharel Américo Lins de VasconcellosChaves, 2° promotor publicoe Ismael ri. deAraújo archivista da Recebedoria, serão ins-peccionados de saude hoje ás 10 i|2 horasdo dia na Repartição de Hygiene.

A' Sociedade Beneficente União Salva-terrense coube a quantia de 3008000, obulodistribuído pelosr. dr. Paes de Carvalho, doseu subsidio de senador estadual, em bene-ficio das instituições de caridade e assisten-cia fundadas em Bolem.

Falleceu ante-hontem nV.sta capital o co-nhecido e popular artista Joaquim |bsé deSant'Anna, vulgarmente chamado JoaquimSurdo. ,

A commissão arrumadora da IntendenciaMunicipal, dará hoje ás 9 horas da manhã,arrumação e alinhamento no terreno de An-tonio Corrêa de Miranda, sito á estrada S.Jeronymo.

A receita da Intendencia Municiai duran-te o mez de Maio findo foi de 203.4198674e a despeza de 146.505.80084, havendo umsaldo de 58.9148590, que passou para o cor-rente mez.

Pelo guarda municipal Queiroz, foi multa-do o cidadão Manoel Antônio de Miranda,em 30S000 por infracçao do art." 177 § 3."do cod. de post. municipaes.

O individuo João Hespanhol, foi multadoem 10S000, pelo guarda municipal Castro,por infracçao do art.° 165 do código dopos-turas municipaes.

Na rua do Bailique, hontem á I l|2 datarde, os individiiás Alfredo Ricardo da Silvae Prudencio Serajbiao Antônio travarara-se.de razões, depois do que luetaram corporal-mente, resultando sahir o primeiro Cora umadentada no tosto e o segundo com um feri-mento no braço direito feito com um canive-te de que se achava armado o seu centen-dor.

Ciumadas . . .Ç]

A's 2 horas da tarde de hontem n-t, traves-sa da Piedade, Augusta Mariana Seixas eThereza Maria da Conceição, depois de bre-ve troca de palavras passaram ás vias de fa-cto, esbofeieando-se as duas rivaes valente-mente, até que os trillos dos apitos obriga-ram-n'as a deixar a arena em que lutavam,para pôrem-se longe das vistas da policia.

Mandou-se pagar a Solheiro Marques &C.* as subvenções da navegaç-ao de Brevese escalas, relativas aos mezes de Abril e Maiofindos, a que teem direito,

Foi ao sr. inspector do thesouro para in-formar o requerimento em que d. Joanna C.da Silva Cantai, adjunta da escola de Abaetépede que lhe sejam pagos os vencimentos,com o augmento relativo á elevação da ca-thegoria da alludida escola.

Foi concedida dispensado lapso de tem|x>para d. Laura Rebello du Silva Neno entrarem exercício de professora interina de 1."entrancia de Almeirim, para a qual que foraultimamente nomeada.

Foi nomeada adjunta interina da 6." cs-cola do i.° districto dá capital, d. Maria Lúizade Sousa Franco.

Mandou-se pagar, por conta.dó credito do§ 5° do art." 12 do orçamento do presenteexercício, a Carlos Procópio de Sousa Vi-anna, a quantia de 500S000 proveniente dofornecimento de uma guarita para a guardario Palácio do Governo;

Augriientou.se o credito da verba do § 6."dò art.0 7." do orçamento vigente com aquantia 80:8948010. afim de oceorrer ao pa-gamento das respectivas despesas.

Na Beiv. L"j.\ Cap.\ Aurora ha sessãoespecial de init*.;. amanhã, ás hoiax c 110 lu-gar do costume,

Vae exercer o cargo rio. nrofessor interinoda escola elementar rio jaeahú, distrito deBreves, o cidadão João ferio de OliveiraGuimarães.

Para adjunto da escola do sexo masculinode Joannes parece que vae ser nomeado in-terinamente o cidadão Deodato Gonçalves.

No Tribunal Superior de Justiça ha ses-sao ordinária amanha, ás horas do cos-tume.

Em longa procissão desfilem os vagabun-dos Luiz Francisco, Raymundo Fernandesde Queiroz, Raymundo João de Sentia, Ri-<"itjU) Alves Cavalcanle, Manoel Campos deSitis.i, l''iaii'-isc" José de Almeida, LudgeroAiuuni.i de Uüvcira. Antônio Francisco Da-ínascen.', que ante-hontem, ás 11 i|2 danoite marcharam da guarda-moria para oquaitel do 2." corpo de infanteria, onde per-noitaram.

Porolfonsas á moial publica foi recolhidaao xadrez Antonia Maria da Silva.

Reunem-se depois d'amanha em sessãode assembléa geral extraordinária, ás 7 l[2horas da noite, afim de proceder-se á elei-çao dos cargos vagos pela renuncia de ai-guns directores, os membros da associaçãoDramática Recreativa e Beneficente.

Foram hontem terminados na Repartiçãode Hygiene Publica os exames medico le-gues nas duas ossadas remettidas de Came-tá, conforme requfsitou o desembargadorprocurador geral do Estado.

A commissão para esse fim nomeada, queé composta dos médicos da policia e mem-bros da lnspectoria de Hygiene, drs. LyraCastro ej. j. Godinho, trata de confeccio-nar o seu relatório para ser em breve apre-sentado.

Do Cardill' com 36 dias de viagem, cargacarvão, consignada a Booth éi C.a, entrouhontem a barca franceza «Assumption».

Devem amanhecer hoje em nosso portoos vapores inglezes «Hqr.atiÒ» e «Cleméni».

Passou hontem, ás 8 horas da manhã, emSalinas o vapor inglez «Hilary», que deveamanhecer hoje em nosso porto.

O Correio (leste listado expedi.;, as sogninlo.-. malas ://ij/V;—Pelo vapor ¦íPnw.ente doAUnaes*, p.ira Bre-

ves. Giinipjl, Pràliiii.1, JfiiiitiwVoirri), ÁIcTnquer, San-tarom, íJoim. Aveiros, jiiaaília Legal, üructirituba eitaituba. às 3 lioras da manhã.

—Polo vapur «Pari», para AhacU',, Trapi. ho Hy-polito, Camela. Mocnjuba u Baiãu, As mesma hora".

—Pelo vapOT çOilíom», para S', Doming.is,' S. Mi-piei o Ourem, As 5 horas da taido.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

B1NCO DO PABi"-.•ACTA

DA SÈSSXO IÍXTRAORDIXARIA

DA ASSIÍMT1LKA GF.R.AI. DOS ACCIONISTASDO BANCO DO I'AR\ •

K.M 1O1 'm; maio r>i: i3g'ó.'

Prpsiilritcía ilo illm,', sr. dr, Clementina Josi: Lis/iSit

Aos dezeseis dias do mez de Maio de miloitocentos e noventa e seis, n'esta cidade deBolem do Pará, 110 edifício cm que funccíouaa sociedade anonymá.«Banco do Pará», árua Conselheiro João Alfredo, achando-sereunidos cento e vinte e três accionistas, re--presentando 7:058 acções, como so verificado livro de presença, o sr. presidente convi-dou a oecuparem os logares de 1." e 2." se-cretarios os srs. Bento Gomes d'01iveiracLuiz Dias da Silva, por não terem compareci-do os respectivos funecionarios e declarandoconstituiria a Assembléa Geral, na forma riosestatutos do Banco, cujas disposições foram ri-gorosamente observadas, como da leitura quemandou fazer dos annuncios de convocaçõespara esta reunião, sendo a terceira conv.iça-ç3o feita também por cartas, como determinao decreto ti." 4 jj 4 de 4 de Julho de 1891,abriu a sessão á uma hora e vinte minutos daIa nlo.

Pelo 1." secretario foram lidos a acta dasessão ordinária de 27 de Fevereiro desteanno e os termos da t.a e 2.* convocaçõesda reunião presente, sendo tudo approvadounanimemente e sem discussão.

Em seguida o sr. presidente expõe o 1110-tivo da reunião que tem por fim tratar-se daproposta da directoria sobre augmento decapital do Banco e projecto de reforma dosestatutos, auctoiisada devidamente pelo con-selho fiscal. O sr, presidente manda lêr aproprxsla, parecer e projecto que sao do theorseguinte:

PROPOSTA DA DIRECTOUIA PARA ACGMüNTODF. CAPITAI.

.S'f5. .htióríiitas t

A vossa esclarecida observação não hadeter escapado, pela analyse dos balanços se-mestraes o balancetes mensaes, o gráo dedesenvolvimento que ha tido nos últimos nu-nos este nosso estabelecimento, por forma acolloral-o em posição vantajosa de credito ede resultados benéficos.

Mas, conseqüência disso mesmo, e porqueas operações tendem a desenvolver-se muitomais, em proveito não só do Banco, como dapraça em geral, o augmento de capital—senão indispensável para o actual movimento,—recommcnda-se por necessário ao alarga-mento de suas transacções, que, realisadassempre com a precisa segurança, oflerecerãomargem a lucros compensadores.

Assim julgando esta directoria e na me-lhor intenção cie corresponder ao honrosomandato de que a investistes, submeta- ávossa consideração a seguinte proposta paiaqne sobre ella delibereis :

a) —O capital do Banco do Paia que é nopresente de ires mil contos de réis, será ole-vado a cinco mil contos de réi-, fiuii,.'.!o-separa tal fim urna emissão de dois mil contosde réis, representada por vinte mil acçílésnominativas de cem mil réis cada uma.

/>,' —Aos accionistas do Banco, que o forematé ao dia da appiovação desta prrippM \ éfacultado, até ao encerramento da subscri-pção, o direito de preferencia á nova efnís-são, na razão de dois terços das acções quepossuírem.

c)—As acçõs qne deixarem de ser subscri-ptas por algum ou alguns accionistas serãora tendas entre 03 outros accionistas, e se ai-guina sobra houver dellas, novo rateio se farápelos subscriptores não accionistas.

dl—No acto da ratificação das acções quea cada um competirem, pagarão os subscri-ptores, para augmento do fundo de reservaexistente, um bônus de 15S000 para cadaacçao.

e)—O augmento assim proposto do capiialserá realizado com 20 "|„ até 30 de Junhopróximo e successivaiuenle 10 "k, d« cada

Page 3: TÓPICOS DO DIAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00164.pdfNo fim do mez corrente termina o 1.° semestre da assignatura da FOLHA. Para facilitar, gorem, a sua remessa aos assinantes

I Folha do Norte—'

vez, quando a directoria o julgar convenien-te e com intervallos nilo menores de 30 ilias.

Pará. 31 de Março de rSqfi;

Bernardo Ferreir.i dUlii.yiAlbino José Coil/i iro.'Manoel Augusto A/jtrJ/i/ís'.Antônio José Soares.Júlio Lambert Pct cita. '

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O conselho fiscal do Banco do Pará, ten-do sido ouvido a respeito do augmento docapital do mesmo Banco, é de parece, á vistadas razões apresentadas, por sua digna dire-ctoria, <|iie esse augmento seja levado a eíTei-to nos termos da proposta, visto apresentarvantagens a este impoitánte estabelecimentode credito. O referido augmento traz comoconseqüência a alteração dos estatutos, porisso também concorda o conselho com a re-forma apresentada pela mesma directoria.

Pará, 31 de Março de 1896.

Raymundo Diniz Pinto Marques.José' Antônio de Pinho.S. Grumbacher.

rUOjr.CTO DE REFORMA DOS ESTATUTOS

APRESENTADO PEI.A DIRECTORIA

Á ASSEMM.ÉA GERAL DOS ACCIONISTAS

Art.-1.°—Continua a funecionar na capitaldo Estado.do Pará a sociedade anonymadenominada «Banco do Pará», constituídaem 9 de abril de 1883, cujo fim é effectuartodas as operações bancarias em harmoniacom a lei das sociedades anonymas e os pre-sentes estatutos.

Art. 2.0—O seu capital de tres mil contosde réis, dividido em trinta mil acções nomi-naes de cem mil réis, é elevado a cinco milcontos de réis, constituído por aquelle e pelaemissão de nrais dois mil contos de réis emacções do mesmo valor, auetorizada em as-sembléa geral dos accionistas de....

Art. ;.°—Os dividendos consistirão nos lu-cros líquidos das operações effectivamenteconcluídas no semestre, depois de deduzidapara o 'Aindo de reserva a quota estabelecidano art. i).° por cento para remuneraçãoda direcloria, e serão pagos logo que o con-selho (iscai dê á directoria o seu parecerapprovativo s.bre o balanço e contas do res-pectivo semestre.

Art. 9.0—Ao fundo de- reserva sao desti-nados semestralmente cinco por cento doslucros líquidos, ou mais quando estes o per-mittiren-, a juizo da directoria e approvaçãodo conselho íiscal.

Art. io.°—O fundo de reserva destina-sea (azer face ás perdas do capital social ou asubstituil-o, cessando a accumulaçao de quetrata o artigo antecedente logo que tenhaattingidn a vinte por cento do capital.

Art. 15."—§ 4.0—Abrir créditos em contacorrente por adeantamentos a pessoas con-ceituadúS que derem 3. garantia sufficiente:

1.° sobre cs penhores de que trata o § l.°deste artigo;

2." sobre fianças mercantis;3.0 sobre cartas de credito de commercian-

tes que mereçam plena confiança.§ 5.0—Comprar e vender por conta pro-

pria metaes preciosos, apólices da divida pu-blica gf ral, estadual e municipal, letras hy-pothecarias, acçOes e obrigações de prefe-rencia (deber.ttires) de emprezas commerciaese industriaes, acções de outros bancos oucompanhias que tenham cotação real; naopodendo empregar em taes operações maisde um quarto do capital social.

Ü 8.°—Receber em guarda e deposito ouro,prata, jóias, titulos de credito e quaesqueroutros valores, mediante commissao, salvo aexcepçio do § 2.0 do art. 28.0.

Art. 20.0—Os empréstimos sobre penhores,de-que trata o § 1." do art. 15.", serio feitospor me!o de contracto, com vencimento fixo,ou em conta corrente garantida, mediante ascondiçõ-s s guintes:

2.a s- ndo os penhores consistentes emapólices da divida publica geral, estadual ouraunicip.il serão constituídos por averbaçaonos termos da inscripção ou transferencia seforem m minativas e no caso contrario, pelaentrega dos próprios titulos (Dec. n.° 8.821de 30 de dezembro de 1882). Sobre os titu-los mencionados nesta condição, serão feitosos empréstimos com o abatimento de dez porcento d . pieço do mercado.

3.a sendo os penhores consistentes em ac-ções de outros bancos ou companhias quetenham o seu capital integralizado, os em-prestim s terão feitos com o abatimento devinte p r 1 ento, observando-se a verba dacondição antecedente.

4.» c nsii-tindo os penhores em letras dapraça, poderá o banco adeantar até noventapor cen o da sua importância; se, porém, ospenhor s forem em mercadorias ou gênerosdevidamente armazenados, exigir-se-á a de-claraçao do valor firmada por dois correto-res, ou por dois commerciantes de inteirocredito, na falta daquelles, e apólice do se-guro, b m como o documento do depositopelo qu 1 . s depositários ponham á disposi-çao do b. nco as referjdas mercadorias ougêneros s ndo o documento firmado pelosdeposit ri s. Sobre estes penhores, os em-prestim' s .«rao feitos até oitenta e cinco porcento do seu valor, ficando os devedoresobrigados, sempre que o valor se deprecie aentrar com a differença em dinheiro, de for-ma que a margem a favor do banco n3opossa s r ciminuida.

5." n' o i endo paga no vencimento a divi-da proveniente de empréstimos sobre penho-res, se ett- s forem em letras ou titulos a pra-so fixo, ransmissiveis por endosso, serão co-bradas i.oi vencimentos, recebendo o bancopela col rança a commissao de meio por cen-to, es: forem em outros titulos ou valores,serão v. n-iidos era leilão mercantil, com as-sistenci 1 Ce um director, precedendo annun-cios no. jornaes com antecipação de oitodias.

6.a a é ao momento da arremataçao po-dera o dono dos penhores resgatal-os, pa-gando o que dever; effectuada, porém, a ven-da e liquidada a conta comas despezas, ju-ros e mais a commissao de um por cento,.osaldo que houver ficará á disposição de quemperteno r, nao vencendo juro algum emquan-to se co iservar no banco.

Art. 21." § 5."—Quando convier aos inte-resses c o banco, poderá suspender os em-prestim' s de que trata este artigo e exigir opagame il • do debito existente precedendoaviso du i-essenta dias aos responsáveis. Fin-do este piaso sem que lenha sido paga a di-vida, p oceder-se-ha nos casos de que tra-tam as a ndições 5.° e 6." do att. 20.0, e nocaso de fi. nça ou carta de credito, será feitajudicial-unte a cobrança.

Art. ?3 °—O praso máximo dos vencimen-tos provenientes de empréstimos sobre pe-nhores e 1 o dinheiro que o banco receber aprêmio, s. rá objecto de convenção, mas astaxas p..ra aquelles, nao poderão ser meno-

r:£-'ás estipuladas para o desconto dás letrastle iguaes prasos.

Art. ?¦¦,."— As operaçOès de que tratam os'§§ 3.0 e-).° do ail. 1.;." nenlo suspensas no

todo mi em parte quando a direciona o jul-gtie conveniente, devendo tal deliberação sertomádá por maioria de votos e inserida naacta.

Ait. 26 S 2.0—A guarda de qualquer titu-Io ou valor pertencente aacciònista do Ban-co será gratuita, comtanto que possa accom-modar-se o seuvolume em um dos cofres doBanco, cobrando-se no caso contrario umacommissao convencionada.

Art. 27.—A commissao para a cobrançade letras, dividendos, juros de apólices eoutros valores, será arbitrada pela directoria.

Art. 34.—Para o cargo de director só po-derao ser votados accionistas de cincoentaou mais acções; para os outros cargos deeleição poderao-ser votados os que possui-rem cinco ou mais acções, observando-seem qualquer dos casos as disposições doart. 33.

Art. 37.—A convocação da assembléa ge-ral far-se-á por annuncios publicados nosjornaes de maior circulação por oito diasconsecutivos, antes do designado para a re-união e do seguinte modo :

Art. 63.—A directoria em remuneraçãodo seu trabalho perceberá uma commissaode. . . por cento dos Jucros líquidos de cadasemestre,dividida egualmente entre si. Alémdesta commissao, terá o presidente da dire-ctoria o honorário mensal de. . . réis, e cadaum dos restantes directores o de. . . réis.

O supplente que entrar em exercicio ser-virá unicamente durante o impedimento dodirector substituído, cabendo-lhe todas asvantagens e encargos relativos.

Art. 64. VI.—Admittir e demittir os em-pregados necessários e marcar-lhes os ven-cimentos.

Art. 70. § i.°—Fechado o balanço e con-tas dos semestres bancários, o conselho fis-cal, a convite da directoria, fará o necessa-rio exame e emittirá o seu parecer, auetori-sando ou não a distribuição do dividendoproposto.

Art. 78.—Os bens de raiz ou quaesqueroutros que o Banco houver de seus devedo-res, por meios conciliatórios 011 judiciaes.se-rão vendidos cm leilão mercantil, quando adirectoria o julgue conveniente.

Art. 81.—Quando os interesses do Bancoassim o exijam, poderá a directoria crearagencias nas localidades que julgue conve-niente, além da que já tem em Manáos,observando sempre o maior escrúpulo naescolha dos respectivos agentes.

Art. 82.—Logo que estejam preenchidasas formalidades legaes, entrarão em plenovigor todas as disposições destes estatutos.

Pará, 31 de março de 1896.

Bcinardo Ferreira de Oliveira.Albino José' Cordeiro.

Manoel Augusto Marques.Antônio Tose' Soares.Júlio Lambert Pereira.

Finda a leitura o sr. presidente submette ádiscussão a proposta da directoria e parecerdo conselho fiscal, e concedendo a palavraao sr. Manoel José Rebello Júnior, que a pe-dio, disse este que não vinha oppôr-se aoaugmento de capital e sim ao bônus de 15!?,que propunha fosse reduzido a 10S000 poracçao. Depois de falar o sr. Bernardo d'01i-veira, seguio-se-lhe no uso da palavra o sr.Visconde de S. Domingos, que se manifestaem sentido favorável á proposta da directo-ria. O sr. Manoel Gonçalves de Brito man-da á mesa uma emenda á proposta para queseja facultada a integralisaçao até 30 de ju-nho próximo das acções ou emissão que sediscute; e o sr. Rebello Júnior envia outraemenda assim concebida : Os accionistasteem direito ao dividendo do 2.° semestresobre a entrada de 20 ü|0 que hao de reali-sar até 30 de junho próximo; e a principiarno l.° semestre de 1S97 de todas as entra-das que tiverem feito até 31 de dezembrodeste anno, podendo até então integralisarsuas acçOes, se o quizerem fazer. O sr. Ber-nardo d'01iveira, presidente da directoria,diz que em seu nome e no dos seus collegasvota pela emenda do sr. Rebello Júnior, quese adapta perfeitamente ao seu pensamento.Ninguém mais pedindo a palavra o sr. pre-sidente encerra a discussão e põe a votos aproposta da directoria, salvas as emendasdos srs. Brito e Rebello Júnior. E' approva-da por grande maioria a proposta, declaran-do este ultimo accionista que votara contrao bônus de 15S000, como se manifestara an-tes. Submettida em seguida á votação asduas emendas alludidas, é approvada a dosr. Rebello Júnior, ficando prejudicada a dosr. Gonçalves de Brito.

Acto continuo põe o sr. presidente emdiscussão, artigo por artigo, o projecto dereforma de alguns artigos do estatuto, oqual se acha impresso e ao alcance de todosos srs. accionistas, e sao approvados semdiscussão os arts. l,°, 2° e 7.0 Sobre o artigo9.0 vao á mesa duas emendas! uma do sr.Rebello Júnior, para que se fixasse em 10 °|0

por semestre a porcentagem para fundo dereserva e a outra do sr. dr. Antonio Pinhei-ro propondo que essa porcentagem fosse aomínimo de 5 °|0, podendo ser elevada a I0°|0a juizo da directoria e conselho fiscal e ap-provação da assembléa geral ordinária.

Postas em votação separadamente estasduas emendas, é rejeitada a do sr. RebelloJúnior e sendo, a requerimento do sr. dr.Pinheiro, votada a sua nominalmente, foiapprovada por 43 votos contra 16, tendo-seantes retirado diversos srs. accionistas. Saoapprovados sem discussão todos 03 arts. e§§ restantes do projecto de reforma, exce-pção feita da I.» parte do n. 63, sobre o qualapresentou o sr. Luiz da Silva a segifinteemenda complementar: A directoria,em re-muneração do seu trabalho, perceberá umacommissao de 5 °|<, dos lucros líquidos decada semestre, divididos igualmente entra si.Além desta commissao, terá o presidente dadirectoria o honorário mensal de 4008000 ecada um dos restantes directores o de 2008.Concedida a palavra ao sr. accionista Anto-nio José de Pinho, propõe este, verbalmente,uma subemenda á 2.* parte da indicação dosr. Dias da Silva: Em vez de 400S000 e 200$diga-se ,=j00.*ooo e 2508000 respectivamente.

Não havendo discussão sobre a emendae subentenda apresentadas, o sr. presidentesubmette a votação a-,-i." parte da propostado sr. Dias da Silva, que é unanimementeapproyhda depois de se terem retirado dasala os membros da directoria.

O sr. presidente põe em votação sepaia-damente a 2.a parte da emenda do sr. Diasda Silva e a subemenda do sr. Pinho, decla-rando que c< m a approvação de uma ficaráprejudicada a outra.

E' approvada por grande maioria a sub-emenda do sr. Pinho.

Achando-se exgottada a ordem do dia,

declara o sr. presidente que concederá a pa-lavra a quem lh'a pedir para quaesquer re-elamações sobre a legalidade ela presentereunião; e não havendo quem a impugnasseencerrou a sessão ás 4 horas e 40 minutosda tarde. E eu, Bento Gomes de Oliveira,servindo de i.° secretario, mandei lavrar apresente acta que subscrevo e assigno comos demais membros da mesa e os accionis-tas presentes.

Clcmentino Tose Lisboa, presidente.Bento Gomes de Oliveira, i." secre'ario.Luiz Dias da Silva, 2.0 secretario.

(Seguem-se mais 57 assignaturas).

ao direcm~m*™yincia"~Quem semeia ventos colhe .tempestades.E' um provérbio popular o que ahi fica, que

não deve ser esquecido por ninguém.Quanto ao resto, quem tem dignidade e

a consciência limpa, está apto para apararos botes insidiosos das espadas de dois gu-mes, mesmo que tenha de penetrar nas es-terqueiras, onde se alojam os sabujos, semde lá sair emporcalhado.

Todos ]>or um.

AFECCION DEL HIGADO, INTESTINOY CATARRO DEL ESTÔMAGO

Certifico quo despues de recurrir a muchos remo-dios. y consejos.médicos para curarme de crueles su-frimientos dei higado, intestinos y estômago mo so-meti á trátamiento com Ias pildoras Antídispeticas deidr. Heinzelmann, La digestion arruinada liada anosse hizo normal desde Ias primeras pildoras que tomo.A tos 20 dias de trátamiento com Ias pildoras dei dr.Heinzclmann estaba completamente curado y mi di-gestion inejor quo nunca asi ei higado y estômago.Agradecido me suscribo.

Capítan José Ernesto Lcivas, (i

Bronchite asthmaticacurada pelo PEITORAL DE CAMBARÁ

Uma distincta senhora da familia do sr. José Car-heiro da Silva Rego, padecendu do uma horrívelbronchite asthinatica, quo resistira a cinco annos detratamento, cutou-se radicalmente com u uso do Pei-loral de Cambará, de .Sousa Suaros,

Os agentes, Podrignes, Vidigal ÓJ-" O. (3mm-nrjH-cxgi^-p-Eyaio-i

DOLORES DE CABEZA, JAQUECACertifico que afligido por continuas jaquocas que mo

postraban em ei lecho por muchos dias, sulriendo dodolores de cabeza, consüpación y dureza dei vientreacompafiado de afecciún hemorroidal, me curo emnmy corto tíempo, usando Ias benéficas pildoras An-tidispepticas pel dr. Heinzelmann. Puedo gaiantir bajomi palavra do honor que estas pildoras son eficacespara curar estas enlermedadades.

Jorge C, Nevarez, negociante. {2

UMA CURA MARAVILHOSA

PELO LICOR PARAENSE

Srs. Podrigues Vidigal &* Comp.

Tendo uma minha sobrinha sido atacadade horríveis accessos de febres, e quasi prós-tada pela terrível moléstia, comprei um vi-dro do seu maravilhoso Licor Paraense e ásprimeiras dozes desappareceram as febres,nao chegando a tomar metade do- vidropara ficar completamente curada.

A' vista do maravilhoso effeito, recom-mondo a todos que soffrerem de febres e se-zões, o seu poderoso Licor Paraense, porqueé hoje o especifico mais infallivel contraeste mal.

Pedindo a vmes. que tornem publico embem da humanidade soffredora esta cura ra-dical do Licor Paraense, sou

De V. am°.

Pata, 20 de Julho de 1895.—Antônio daSilva Castro.—Firma reconhecida.

Gravíssima tossecurada pelo PEITORAL DE CAMBARÁ

Atormentado ha dois annos por uma tosse com es-carros de sangue, com caracter de uma moléstia pul-monar, e, depois de todos me julgarem perdido, re-solvi tomar o Peitoral de Cambará, de Sousa Soares,e, graças a este poderoso remédio, acho-me completa-mente restabelecido. Antônio Luiz Silveira de OH-veira.—{Firma reconhecida.)

Os agentes, Podrigues, Vidigal ô- C", (4

Suecesso sobre suecesso!SR. ELPIDIO R DA COSTA

A bem da humanidade, soiTredora, julgo converti-ente fazer a seguinte declaração:

Uma filha minha, do 9 annos de idade, foi accom-meltida de febre intermittente, que não cedia aos me-dieamento apropriados em taes casos.

Um amigo meu aconselhou que fizesse Uso do «Li-cor de Eucalyptos», de vossa composição,

Ein bóa hora o fiz, pois a penas com duas dúscsdo vosso agrádaVcl o miraculoso «Licor», a febre de-sapparcceu, ficando minha filha perfeitamente curada.

Pode fazor desta minha declaração o uso que lheconvier.

Vosso am". m°. ob°.

Antônio Podrigues Barata. 21 de Fevereiro d»1896,—(Está reconhecida a assignatura pelo tabelliãoGama.) (5

PURGANTE FRESCOQUAL O MELHOR ?

Ou sejam em granulos, pó ou agua, deve-se escolher o que for mais apropriado aoclima; e é porisso que a Agua Cruz Vermelhasupplanta todas.

A sua composição, approvada pela Inspe-ctoria de Hygiene, muito similhante á aguade Janos é( porém, mais concentrada e ade-quada ao clima.

A Agita Cruz Vetmelha é, pois, o melhorpurgante dos climas quentes, como o con-firmam os médicos que a empregam em suaclinica. E' o purgante mais fresco, mais suavee mais barato. Refresca o sangue, cura dys-pepsias e tonturas e regularisa as funeções dofígado e intestinos.

Filtrada por um processo novo (Chamber-lain-Pastemj, conserva-se indefenidamente,estando bem rolhada.

aos infiéis E aos cautei.osos aconse-lhamos o uso do Seguro da Saude, que é umliquido preservativo de valor incalculável.Não ha mais doenças contagiosas para quemquizer evital-as!

O Seguro da Saude, usado só externamente,6 ou 8 horas depois dum contacto suspeito,evita o contagio de todas as moléstias. Alémdisso, cura golpes, arranhaduras e ulcerassyphiliticas.

Vende-se nas principaes pharmacias edrogarias.

DEBILIDADE DO ESTÔMAGO, ACCU-MULAÇÀO DE GAZES

Declaro que tomei as «-Pílulas Antidyspepticas», dodr. Heinzelmann para curar-me do enxaqueca prove-nícntn de debilidade do estômago e grande accumula-ção do gazes que muito me anciava. Por srr verdadec estai muito agradecida e maravilhada com o effeitodas «Pílulas Antídyppipticas*, do dr. Hchuehnann,faço oxpontanoainonte • sta declaração.

Sofia Soenez de Mello3 senhora do sr, Alberto Pdo Mollo. (4

..',..-¦'.: /5í-: t

X ¦ ¦¦'-.-.

VA %_ ,mco, e o mais ia-

cionalcL „, /que ajuda a digestão ea assimilàç-») tios alimentos.

A pallidez, a anemia e a excitação nervo-sa, indicam uma má digestão. A Pepsencia éo melhor remédio para estes casos.

Preparada unicamente pelos afamadoschi-micos Faiichild Bros & Fos/er, Nova-York.

Vende-se em todas as Pharmacias e Dro-garias. (4——*h^» miHii-jni

SUFFOCADOSoffrendo de má digestão, e com tanta gravídado

que ficava suffocado depois de cada refeição, fiz usode muitas receitas dos melhores médicos d'esta cidade,sem resultado algum, pois minha doença continuavacada vez mais amargurando-me a vida. Desanimadorosolvi experimentar as Pilulas Antidyspepticas do dr.Heinzclmann o desde as primeiras pilulas colhi excel-lentes cffeitos. Segui tomando todos os dias uma pilu-Ia 1/2 hora antes do jantar c já ires mezes que estourestabelecido.

Attesto quo *soffri dessa doença 2 annos, padecendo

horrores, prejudicando meus negócios o gastando cx-traordinaria quantidade de dinheiro cm médicos c bo-tica. Quem ler este attestado poderá julgar quanto sougrato as Pilulas Antidyspepticas do dr. Heinzelmann.

Leonardo Gonc.ochea, negociante.Cada frasco custa 3§ooo. (3

11 lim><r>«»«Mii

Popular Agencia de LoteriasLISTA GERAL dos premios da J 5.* LOTERIA

DA CAPITAL FEDERAL extrahida em 10 do junhode 1896.NÚMEROS PREMIOS13519 • • • • • . ."'."'. .' i5:òóo£oòo23521 * 3*oooSuoo4^-122 2'000$0007052 i.ooojsoooI5925 ' • i:ooo$ouo

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lcgrammas com o resumo das extracções o sao francosao publico.

A venda de bilhetes em nossa agencia é franca.Os Agentes:

Moura Ferro & C.a

Dl ITWfll 'EHiiei.iIluo il»n Ii.llammaçoea

UUH11 UL c corrimentos das mucosas, re-centes ou chronicos, nos homens ou nas senhoras.

A SINGER VIBRANTE foi con.siderada pelo jiiry da Exposição do Chicagoa rainha de todas as machinas do costura.

EDITAES

13 ditai de praçaO doutor Antonio Clementinò Accioli Lins, juiz de di-

reito da 3" vara commercial da capital do Pará,etc,

Faço saber aos qtio o presente edital de praça pu-blica de venda e arremataçao virem, que em seguidaa audiência deste juiso no dia 12 do vindouro mez dejunho, no palacete do Estado, ás dez horas da ma-nha, o porteiro dos auditórios venderá em hasta pu-blica a quem mais der, o immovel abaixo declarado,penhorado na execução hypothecaria que dona MariaFeliciana Bandeira Picanço promovo contra ManoelEugênio Portal para pagamento da mesma execução,sendo que na falta de audiência d'aquelle dia, a ven-será effectuada na audiência que se seguir, a saber :um terreno sem numero, á rua João Balby, com 3braças de frente e 30 de fundos, tendo dentro umabarraca cobertas de pahla a qual contem 1 quarto e maisduas divisões, servindo uma para sala de visita e a outrapara sala do jantar, e confinando por um lado comFranci-co Soares Leitão o por outro com os herdeirosdu Valentim José Ferreira, avaliado por 2.ooo?oooruis.

O comprador pagará á banca o preço da arremata-ção, ou dentio de tres dias, dando fiador ednneo,bem assim pagará por inteiro os impostos de transmis-são e laudemios n as custas da arremataçao,

E para que chegue a noticia a todos mandei pas-sar este, affixar na porta das audiências do juiso epublicar

'pela imprensa. Dado o passado nesta cidadede Belém, capital do Estado do Pará, aos 24 de maiode 1896.

Eu, Berdardino do Espirito-Santo de Araújo, escri-vão que escrevi (Assignado Antônio Clementinò AcviolyLins. Conforme, o escrivão, Araújo, (1

t\ legitima Wew-»Home só se vendono CENTRO COMMERCIAL PARAENSE,de Moreira dos Santos & Comp., ÚNICOSagentes, rua lõ de NovomlJro, n. 8.

Boletim Io Commercio11 de junho de 1S96.

Mercado de CambioO mercado abrio muito firme no Rio a

IO I[8, dando alguns bancos l'P3[l6, ten-do-se feito negocio em papel bancário rc-passado a 10 114. De larde o mercado mos-trou mais estabilidade, vigorando a taxa ban-caria de 10 i|8 sem tomadores.

A excitação do mercado no Rio foi cau-sada pela noticia de estar arranjado em Pa-ris um empréstimo de 6o milhões de francospara o Estado de Minas. Como a maiorparte d'esta importância tem de ser sacada,prevê-se que as taxas cambiaes subirão bas-tante.

• Aqui o.s bancos affixaram a tabeliã de 10,e mais tarde houve papel bancário a 10 1132,10 1116 e 10 i[8, fechando o mercado firmeá ultima taxa.

Em papel particular houve algum movi-mento a 10 i|8 e 103116.

(

BorrachaNada entrou, sendo offertas feitas para

pequenos lotes das Ilhas a 68150 e 2S950pela manhã e 6S100 e 28900 á taide devidoá alça de cambio. Permanece o stock decaucho sem encontrar compradores.

Cotação tle titulosUltimas vendas até 23 de maio de 1896:

AcçOes tio Eanco Commercial 1308000« da 3." emissão com 40 "|0. 68$ooo«¦ dp l#anco do Pará . . 1508000« do Banco de Belém. . 100S000<r do Banco Norte do Brasil 1 iogooo« da S. de Credito Popular 1128000« da C.a de Seguros Paraense 8208000« da C.a de Seg. Commercial 4008000« da C.a de Seg. Gram-Pará 3008000<r da C." de Seg. Segurança 1408000« da C.a de Seg. Ainasonia 90S000« da C.a de Seg. Lealdade. 908000« da C.a Urbana Paraense. 908000« da C." Pastoril, de 508000 578000« da C.a Jockey-Club . . 508000« da Fabrica de papel . 608000

Letras hypothecarias, juro de 7 °[0 1008000Letras hypothecarias, juro de 5 u|„ 858000Apólices da divida geral, 5 °[a 9858000Ditas da divida do Estado, §°[0 1.000800ÔDitas da divida do Estado da

emissão das águas, juro 6 °[0 1:0208000

ISoIetina de cambioBANCO DO PARA

90 D/V10 3/16

937LondresParisLisboa, Porto e BragaProvínciasNew-York Hamburgo i?i6oItáliaHespanha

VISTA10 1/16

947430434

4S93018172

943943

VAPORES A ENTRARJ/oratio, da Europa, hojeClement, da Europa, a.,..,., hojeMaranhão, do Manaus, 14Lisboheme, da Europa, 14Olinda, do sid, 15IJttbert, do Manaus, 16Origen, de Manaus, 16Sobralense, de Manaus, a 17Santarense, da Europa, 24Cran/ense, de New-York, 27Ahselm, de Manaus, 28

VAPORES A SAHIRMaranhão, paia o sul, 14Olinda, para o sul, 16Dunstan, para o sul, 17J.ubonense, para Manaus, a .'...;, 17Iloratto, para Manaus, 18Origen, para Now-York, 18líubcrt, para Manaus, , 19Sobralense, para Europa, 20Santarense, para Manaus, 26Attsélm, para Europu, 30

Gêneros importadosDo Acará, entrou hontem a lancha <;Uio Acará»,

com o seguinte :496 alqueires de farinha, 9 ditos de arroz, 8 couros

de veado, 190 vigotas de acapú, Gi dúzias do taboas,180 kilos de borracha fina, 56 ditos de sernamby.

De Vizeu, trouxe o barco eCearensc» :703 alqueires de farinha, 660 kilos de milho, 290

kilos do cacau, 37 alqueires de feijão, 308 kilos de ta-baco. 7 ditos de grude, 10 porcos, 103 bicos de cria-ção, 22 kilos de couros.

Procedente de Muaná o Cachoeira, entrou a lancha*lrene», com :

387 kilos de boiracha fina, 152 dit03 de sernamby,2 couros de veado, 8 leitões.

A canoa <01inda->, do Quatipurn, trouxe :1.302 kilos de tabaco, 175 alqueires de farinha, 47

bicos de criação, 28 couros de veado, 30 kilos degrudo, 224 ditos de sumahuma.

AVISOS MARÍTIMOS

'SEèUMÍÉ^^*?

3êio-S*iimIiiuy >Este magnífico paquete illuminado a luz electricá e

com cxccllentes accommodaçòes para passageiros, se-gutiã para o Amazonas, tocando em todos os portospara onde houver carga, ;U 9 horas da manhã de 14do corrente.

Recebe carga no trapiche do Commercio até o diaI2j encoiumondas, valores e passagens na véspera,no escriptorio dos consignatarius.—Pereira, Irmãos &-•Comp. (3

Viagem ao AnajásO vapor '<TROMBETAS-> segue em viagem extra-

ordinária ató á cidade do Anajás na noite de 13 docorrente.

Tendo a carga cng.ijada, recebe somente passagei-ros para qualquer ponto ató essa cidade.

Trata-se em casa de J. A. DE SOUSA &• C".Alberto Motta &> Cf.

Declarações e avisos

Banco do Pará '";RATIFICAÇÃO I.AS ACÇOES 1JA 4." 1ÍMISSÂ0 E I.*

CHAMADA IJK 20 "[„

São convidados os srs. accionistas a virem ratífienrdo dia 10 ató 30 do corrente mez, no edifício doBanco do Pará, ás horas do expediente, as acçõesque lhes competirem da nova emissão, realizando noacto o pagamento do bônus de 15Ç000 róis por cadaacção, assim como 20 "¦„ da 1.* chamada de capital,

A falta do ratificação e da entrada correspondentodentro do periodo indicado, importa para o subscriptora perda de direito á emissão,

Pará, 6 de Junho de 1896.Director secretario,

Manoel Augusto Marques*

Banco Commercial doPará,

3- EMISSÃO5a chamada de 20 °j0

De conformidade com o annuncio da directoria d'cs-te Banco do 4 do abril próximo passado, continuamconvidados os srs. accionistas a rcalísarem a 5* entra-da de ao °[0, na caixa do Banco, ás horas do expe-diente, alé o dia 30 de agosto próximo.

Chamo a attençao dos sis. accionistas para o seguiu-te art. dos Estatutos :

«Art. 64—Os accionistas do novo capital só tem di-reito a dividendos, dos lucros realisados 110 seinestroposterior aquelle em que tiverem effcctuudo as entra-das.

Pará, 23 do m.iio de 1896.O director sccretíirio, Manoel Perctra Dias.

Associação Dramática,Recreativa e Beneficente

Communico aos srs. associados, que a partida com-memorativa do 50 anniversaiio d'csta Associação rea-lisar-fie-á em a noite do 27 do corrente.

Outiosim previno aos mesmos srs. que, tendo derealisar*se em a t-irde de 22 30 corrente, um TorneioVelocipcdico, no Piado Paraense, com o mesmo fim,os pedidos de convites para as cxms, familias só serãoattendidos ató o dia 15, intpretcrivclmentc.

Pará, 9 de junho de 1896.Antônio Crespo, i8 secretario. 4)

Aos srs. funecionarios públicosAvisa-se que a Socícdada de Credito Popular, ces-

sionaria do Banco dos Funecionarios Públicos, continuaa adiantar 03 respectivos ordenados sem fiador, comaccordo reciproco aos srs. magistrados quer federaes,quer estadoaes, professores officiaes o mais emprega-dos offectivoa, aposentados tanto da capital, como doInterior do Estado. Expediente e informações todosos dias úteis das 9 horas da manhã ás 3 da tarde.

(41

Associação D. R. e Bene»ficente

SESSÃO D'ASSKMnLÉA OERAI.De ordem do sr. Pmsidente convido aos srfl, osso-

ciados para uma reunião extraordinária d'assemblóageral, no edifício da Associação, domingo, 14 do cor-rente, ás 7 1*2 horas da noite, afim de proceder-se áeleição dos cargos vagos pela renuncia do alguns di-rectoies.

Belém, 9 de junho de 1896,Paulino 6\ da Poc/uj, i° secretario. (3

Real Sociedade Portu-gueza Beneficente

ASSEMBLÉA GERAL EXTRAORDINÁRIAPor ordem do sr, presidente, e em harmonia com o

quo disoõe o n, 2 do § 6.° do art. 24 dos Estatutos,convido os dignos sócios a reunirem-se em sessão ex-traordinaria do assembléa gorai, no próximo dóiningoi14 do corrente, ís 9 horas da manha.afim do so dis-cutir o relatório da directoria de 1895, bem como orespectivo parecer da commissao do exame do contas.

Também n'esta sessão so tratará de uma propostada actual directoria, quo pedo autorisação para cederas acções da nova emissão do Banco do Pará, quopor direito lho cabem, visto que a sociedade não podopresentemente dispor da importância piccisa para ficarcom ellas todas.

1'ará, 10 do junho de iSofi,Giegorio Porphirio da Costa, ia secretario da as-

semblea geral, /-j

AVISOS ESPECIAES

Jockey Club ParaenseFicou prolongado ató ás 7 horas da noito ch; se-

gunda-fcíra, 15 do mez andante, o praso para a to-cepçno de propostas para o arrendamento dos terre-nos devolutos, no prado em São João, quo deveriaencerrar-se hoje, consoante foi annunciado.

Pa.á, 8 de Junho de 1896.D. Parreini,

Gerente.

JOCKEY-CLUB PARAENSE""""Domingo, Vi de junho de 96—A's 8 horas

5." corrida ordinsn-âs*(RESUMO DO PROGRAMMA)

Primeiro pareô—-CONSOLAÇÃO—Em Sõometros.

Esperança 54 kilogramtuasPuranga 50 « cíndio 52 « 'Ca*amurá 54 «

Segundo pareô—SUL AMERICA—Em 1.050metros—(handicap de pezo).

Tttfiá 55 kilogrammásBoreas —P liada mês 55

Teicciro parco—ANIMAÇÃO—Em 1.021metros

Tenor 54 kílogramniasDom Quixote 52 «Dollar 5,1 -¦,Claidc 52 «

Quarto parco—DES AI''!O—Em 1.200 metrosPlorêta 55 kilogrnmmasPelropolis 55

Quinto pareô—TIIEODOZIO CIIER-MONT—Em i.loo melios—(handicap

de distancia)Lucas 58 kilognunmasFausto 55 r.Claidc 55Condor —CONDOR dá 25 metros de avanço dos seus compo-

ti d ores.

As senhoras e crianças tí-m ainda gratuitamente en-trada nesta festa sportiva.

Imposição rigorosa do código do corridas, quanto ásirregularidades praticados pelos jockeys,

AO PRADO!!

Ama de leiteQuem precizar de uma bôa ama de leite,

dirija-se a casa n. 43, á Avenida 16 de\\Tn-vembro. (3

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co da Capital e do interior, na-cional e extrangeiro, pobre e rico,a regosijar-se e dançar d'alegria,porque — TODOS HÃO DEMORRER:

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Prevenimos ao respeitável publico quequaesquer bebidas que appareçam com estemesmo titulo, a nao serem os Refrigerantesn-Pereira Dias», s2o consideradas falsificadase merecedoras do completo desprezo do pu-blico.

Abaixo o abuso IAbaixo as falsificações IGueira aos falsificadores !

liijpií s:iÃninííiTiSiÂDe ordem do juiz Simmaco Xavier Tones, convido

a todos os irmãos para a sessão extraordinária de as-semblóa geral, que terá logar ás 7 horas da noite de11 do corrente, na casa n. 96, sita á estrada do Con-aelheirú Furtado, afim do se proceder d eleição d o.snovos funecionarios quo têm de dirigir os destinosdesta irmandade, no anno vindouro.

'Belém, 4 de junho de 189o. (

LICOR PAI1AEMSE é o uwc® Infalll is f ©fores e sezõesH-x \ 1

Page 4: TÓPICOS DO DIAmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00164.pdfNo fim do mez corrente termina o 1.° semestre da assignatura da FOLHA. Para facilitar, gorem, a sua remessa aos assinantes

£\4 \U2 de Junho de fSSS.M-

\

Xjí£SXXLé03E3 ^

HOJEDe um excellente prtaÀio

«le canto próprio para. mer-cearia ou outro qualquer

ramo de negocioO ri gente Mesquita fará leilão, do um soberbo jte-

dío, sito A estrada Conselheiro Furtado, canto d * 9,de Janeiro; o terreno em que esta situado o piedio,;tem a seguinte dimensão : 5 braças para á estradaConselheiro Furtado c 21 para a 9 do Janeiro, temfundos suficientes para fazer diversos prédios ; os srs.pretendentes, podem dtrijir-se ao mesmo agente, que.lhes serão dadas melhores informações—A's 4 i[2ho-ias.

A agencia Mesquita e na travessa Campos Salles,n, 24, em frente a BtbHotheca Publica.

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No armazém dos srs. M. L. de Sousa &G\ o agente Lamarâo venderá um completosortimento de estivas de todas as proceden-cias e manteiga Bretel da nova safra em la-tas de i[2, 1, 2, 7, e 14 libras em caixas ei'j_ ditas.

VIDE AVULSOS.Ao meio dia.

De liquidaçãoO agente Costa Bemfica venderá cm leilão, para li*

quidação, no armazém, sito á travessa Dr. FructuosoGuimarães, antiga das Mercês, cs seguintes : phospho-ros marcas Navio, Pyroco e eavallo, candieiros, Iam-parinas, arandellas, assentos para cadeiras, ioo caixasde chicaras diversas, diversas vidrarias, como sejam :compoteiras, copos, calix, fiucteiras, garrafas para vi-nho, etc, artigos paia illüminaçao, panellas, diversosartigos de ferro, bolsas de pano, ditas de caiihamo,vinho do meza em quintos o décimos o muitos artigosque serão espostos para liquidação, tudo será vendidoao correr do martello.—A' i hora.

Grande leilão de solaO agento Mesquita auetorisado pelos srs. Araújo Vi-

anna & Cunha fará leilão em seu armazém, sito A ruaNova de SanfAnna, n. 60, de uma grande partida dosola, que será vendida ao correr do martello, paradar-se conta do venda.—A's 9 horas em ponto.

Grande leilão de inoveisTerça-feira, 16

Na residência do íltm. sr. Constantino José Maitins.ao Boulevard da Republica, n. 33. por cima do es-criptoriu da Companhia de Seguros Paraense, 2.0 an-dar, será vendido o seguinte : moveis de familia, crys-taes completo para sala do jantar, crystolle, fogão deferro, gelladeira o um importante trem de cosinha.Vide os avulsos do dia do leilão, em que serão especifica*dos ns moveis.

Vendas francas e positivas, não se retirando lote.—Á's 2 horas.

Grande e importante lei-lão de moveis

Na próxima semanaN^agoncía Furtado ** rua 13 do Maio, n, 73, o

agente Sousa venderá em leilão, o seguinte: moveisdu apurado gaito, erystaes, bacarat, crystolle, appa*rolho do porcellana, soberba mobilia de mogno comencosto de palhinha, moveis de alcova, um rico guar-da-louça, aparador, obra de gosto artístico com cadeí-tiis para varanda, da mesma madeira, guarda-roupado niugno com porta de espelho, etc, etc. Informa-ções 11Jagencia Furtado, com o mesmo agente.

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Residência—Rua 28 de Setembro, n. 138. Telepho-no n. 2022.

ADVOGADOSALFREDO SOUSA tem a sua bnnca de advoga-

do no escriptorio da redacção d'esta folha, A praça daIndependência u°. 16, onde pode ser procurado das8 horas da manhã ás 5 da tarde.

E1-.AD10 LIMA.— escriptorio á rua 13 de Maion." 7b, nos altos do cartório do sr. tabellião Cama,das 9 horas da manhã ás 4 da tarde.

PEDRO RAIOL—Escriptorio á rua ConselheiroJoão Alfredo n. oi, i.c andar (altos da Livraria Çlassica.) E' encontrado das 9 da manhã ás 4 da tarde.

TIMOTHÉO TEIXEIRA—De volta do sua viagemao Ceará, reabriu seu escriptorios de advogada noprédio 11. 83 á rua Conselheiro Joáo Alfredo, autigoescriptorio ao dr, Sá e Souza, ondo continua á dis-posição dus seus amigos e clientes para es misteresUe sua profissão, toitus us dias dos 6 hora~t da mu-nhã, ás 4 lioras da tarde. Residência travessa RuyBarboza, n, 90. Telephone do escriptoria n. 10.

MOURA PALHA.—E' encontrado ein seu escri*ptorio, a rua Conselheiro João Allredo, nus altos daLivraria Clássica.

GAMA AlAlXJHliK.—Escriptorio a rutt Joüu Al-tredo, 11. '/ti—iJintruda pela Alfaiataria), telephuno n.

DK. GUILHERME iliiLl.O, uncarregu-so de lóUusos assumptus relativos a sua profissão—Residência áPraça da Republica u, ò.

O DKSKMBÀRUÀiJÚK EKNKSTÜ CHAVES, eo DR .'AMÉRICO CHAVES tom installado seu escripto-rio de advocacia á rua 13 de Maiu. n.u 35. r." anüar.

DK. ARTIIUK 1'ORTO, escriptorio á rua JoãoAlfredo u. ,Ú. (Entrada pela alfaiataria), feluphunu .-02.

ALVARES DA COSTA.—Tem o seu escriptuno arua 13 de Maio 11. 75.—Residência á rua Lauro Su-dro -u 173.—Telephono ii_ 394.

O TENENTE-CORONEL DINIZ BOTELHO, ha-bilitado, pelo Supremo Tribunal de Justiça, para ad*vogar nas comarcas do Cintra, Cuiuça e Vigia, eu-caiiega-sti de qualquer causa, tauto cível como criou-uai, e accèitã convites paru isso na Cidado do Ma-rapaniru, onde reside.

ENGENHEIROSFrancisco J&olonaM»

ENGENHEIRO CIVILEncarrega-se da execução de todo e qualquer tra-

balho relativo á sua profissão, com. especialidado deprojectos completos de construcções civis, do accordocom todas as exigências da Municipalidade.

Encontrado diariamente na Intendencia Municipaldo 1 ás 3 horas da tarde o em sua residência, a Es-trada de Nazareth, n. i, das 4 da tarde oui diajue.

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GABINETE CIRÚRGICO DENTÁRIODO

DR. A. C. GONÇALVESRua do Conselheiro João Alfredo, 11. 22, l.°Consultas das 7 da manha ás 4 da tarde.Todos os trabalhos feitos n'este Gabinete

sao garantidos.

ATTENÇÃOAOS SRS. CONSUMIDORES

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Esta casa fundada em 1891, é uma dasmais acreditadas no norte do Brazil, atten-dendo a que os nossos vinhos sao sempre pu-ros e de superior qualidade.

Por isso chamamos a attenção dos srs.consumidores, na certeza de que ficarão pie-namente convencidos da veracidade do queffirmamos.

Sao os vinhos a especialidade d'esta casa,que, fazendo abastecimento exlusivo de pro-duetos genuinamente portuguezes, offerece amais subida garantia da sua pureza aos con-sumidores, a quem se procura embahir, in-culcando-lhes como taes, produetos hespa-nhoes eminentemente contrafeitos, que con-stituem o mais criminoso allentado contra asaude publica pelos ingredientes nocivos quecontéem, fazendo de sua ingestão um peri-go latente, que convém evitar a todo custo.

Contra a grande quantidade dessa per-niciosa tlroga, que cõrn rotulo de vinho Cot-lares, o de outas proced encias portiiguçzaíi,teem ganho fotos de cidade 110.mercado pa-raense, é indeclinável dever dó humanidadeprevenir os incautos, que seduzidos pela in-ferioridade <lc preço, são victimas de suainexperiência, élegcndo-os paia seu consií-mo com grande íisco da saude e da vida.

Acabam de chegar-nos novas remessas dasconhecidas marcas—Rato—Felizardo —An-gelo—Teixeira, II 11 e Virgem.

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2fcdat."fcoi3 «Sc 3MC s_& o jtL a cioMaestro ensaiador e director da orchestra—A. LINDNER

Da qual ftizoni parte os distinetos artistas:EI_©3i>I:A MXOX.&ISMENIA MATEOSMARIETTA AL1VERTI-BALBINA MA1AMATHILDE NUNESMARIA AUGUSTAANNA LEOPOLDINAMARIA L1N0MARIA OLMOS

MATTOSMACHADO[OAQUIM MAIARANGEL fUNIORA. MESQUITAJOÃO AYRES"PEDRO

NUNESCAMPOSLINOMARQUÊS

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Stircoull", (o corsário)—A Ilha da Trindade--Abacaxy—Nem a tiro—Barbeirinho deSevilha—Ponte do Diabo—Cabula—Sinos de Gprheville— Mascotte—Volta do Mundo—OMajor—Zé Povinho -—Puni!—Solar dos Barrigas—Gato Preto—Filho do Averno—D. Jua-nita—2S Dias de Glarinha—Pera de Satanaz—Princeza Colombina—Gran-via—ChateauMargaux, etc.

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A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo deuzal-o etudomais quanto possa convir ao doente.

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