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T endências sobre educação & negócios Fevereiro 2012 by _05 Fonte: “Disciplined Autonomy: Resolving the tension between flexibility and control”. Economist Intelligence Unit, 2008. Cada vez mais o modelo hierárquico tradicional, que dominou o cenário corporativo dos séculos 19 e 20, vem perdendo espaço nas organizações para dar lugar a um modelo mais plano de gestão, em que a autonomia individual é permitida e estimulada. Afinal, colaboradores com autonomia são mais empreendedores e comprometidos com a organização AUTONOMIA Autonomia significa mais do que estar no controle. É poder direcionar as próprias ações e formular opções, atuando de acordo com escolhas sensatas, dentro de um contexto apropriado. Ao contrário da ideia de pessoas desunidas e isoladas que contam apenas com suas próprias capacidades e pontos de vista, a autonomia tem a ver com ponderação e ações norteadas pela autoexigência. Ela é estimulada quando as pessoas podem optar, gerando Ao investigar a tensão que há entre a autonomia desejada pelos profissionais e o controle necessário para conduzir um negócio eficiente, uma pesquisa recente, com 227 executivos de diversos setores, aponta que as organizações estão se tornando menos centralizadoras. Os resultados mostram como a capacidade das pessoas em participar na tomada das decisões que interessam a elas na organização evoluiu em cinco anos. QUATRO DIMENSÕES A autonomia é proporcionada quando as pessoas percebem que têm opções. A sensação de autonomia se dá por meio de quatro dimensões: mais resultados, ou quando interagem em relações horizontais, compartilhando informação relevante com os outros – em resumo, quando enfrentam situações que promovem escolha em vez de coerção e controle. Gestores que quiserem dar autonomia à sua força de trabalho vão precisar criar um contexto propício e aumentar as possibilidades de seus colaboradores tomarem mais decisões em suas tarefas diárias. Fonte: “The Road to Empowerment: seven questions every leader should consider”. Robert Quinn & Gretchen Spreitzer, Center for Effective Organizations, 2009. Senso de autodeterminação quando sabem que podem escolher como fazer seu trabalho não são submetidas à microgestão. Senso de significado quando sentem que seu trabalho é importante para elas mesmas se importam com o que estão fazendo. Senso de competência quando são confiantes sobre sua própria habilidade em fazer bem o trabalho sabem que são capazes de desempenhar. Senso de impacto quando sentem que podem ter influência em sua área de trabalho os outros ouvem suas ideias. rumo à descentralização 0 1 5% Hierarquia centralizadora Hierarquia mais flexível Sistema descentralizado 10% 15% 20% 25% 2 3 4 5 Hoje 6 7 8 9 Média 3.9 5% 10% 15% 20% 25% Média 3.5 Cinco anos atrás

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Tendências sobre Educação & Negócios

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Tendências sobre educação & negócios

Fevereiro 2012

by_05

Fonte: “Disciplined Autonomy: Resolving the tension between

flexibility and control”. Economist Intelligence Unit, 2008.

Cada vez mais o modelo hierárquico tradicional, que dominou o cenário corporativo dos séculos 19 e 20, vem perdendo espaço nas organizações para dar lugar a um modelo mais plano de gestão, em que a autonomia individual é permitida e estimulada. Afinal, colaboradores com autonomia são mais empreendedores e comprometidos com a organização

AUTONOMIAAutonomia significa mais do que estar no controle. É poder direcionar as próprias ações e formular opções, atuando de acordo com escolhas sensatas, dentro de um contexto apropriado. Ao contrário da ideia de pessoas desunidas e isoladas que contam apenas com suas próprias capacidades e pontos de vista, a autonomia tem a ver com ponderação e ações norteadas pela autoexigência. Ela é estimulada quando as pessoas podem optar, gerando

Ao investigar a tensão que há entre a autonomia desejada pelos profissionais e o controle necessário para conduzir um negócio eficiente, uma pesquisa recente, com 227 executivos de diversos setores, aponta que as organizações estão se tornando menos centralizadoras. Os resultados mostram como a capacidade das pessoas em participar na tomada das decisões que interessam a elas na organização evoluiu em cinco anos.

QUATRO DIMENSÕESA autonomia é proporcionada quando as pessoas percebem que têm opções. A sensação de autonomia se dá por meio de quatro dimensões:

mais resultados, ou quando interagem em relações horizontais, compartilhando informação relevante com os outros – em resumo, quando enfrentam situações que promovem escolha em vez de coerção e controle.Gestores que quiserem dar autonomia à sua força de trabalho vão precisar criar um contexto propício e aumentar as possibilidades de seus colaboradores tomarem mais decisões em suas tarefas diárias.

Fonte: “The Road to Empowerment: seven questions every leader should consider”.

Robert Quinn & Gretchen Spreitzer, Center for Effective Organizations, 2009.

Senso de autodeterminação

quando sabem que podem escolher como fazer seu trabalho

não são submetidas à microgestão.

Senso de significado

quando sentem que seu trabalho é importante para elas mesmas

se importam com o que estão fazendo.

Senso de competência

quando são confiantes sobre sua própria habilidade em fazer bem o trabalho

sabem que são capazes de desempenhar.

Senso de impacto

quando sentem que podem ter influência em sua área de trabalho

os outros ouvem suas ideias.

rumo àdescentralização

01

5%

Hierarquia centralizadora

Hierarquia mais flexível

Sistemadescentralizado

10%

15%

20%

25%

2 3 4 5

Hoje

6 7 8 9

Média 3.9

5%

10%

15%

20%

25%

Média 3.5

Cinco anos atrás

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O Top Trends tem como objetivo promover a divulgação de tendências em aprendizagem dentro doLAB SSJ, aumentando o acesso e a disseminação de conteúdos relevantes e originais sobre educação & negócios, para criar repertório e gerar maior troca de ideias e conhecimento estratégico entre labbers.

Direção: Alexandre Santille • Concepção, pesquisa, redação e edição: Isadora Marques • Projeto gráfico: Marcelo Valente • Diagramação: Fabiana Reis

AUTOGESTÃOÉ possível tocar uma empresa na qual ninguém dá nem recebe ordens? Na Morning Star Company é. Com um modelo singular de gestão, em que os profissionais se gerenciam sozinhos e coordenam suas atividades com colegas, clientes e fornecedores, a maior processadora de tomates do mundo também consegue ser a mais eficiente do setor. Há 20 anos, a empresa cresce num ritmo de dois dígitos. O segredo? Liberdade com responsabilidade. Ali, as pessoas tomam decisões de acordo com os pactos operacionais estabelecidos entre pares. No lugar de uma hierarquia formal, há muitas informais. Assim, mesmo com um alto nível de autonomia, todos trabalham juntos dentro de uma rede de compromissos multilaterais. A autogestão parece ser o modelo mais adaptável ao contexto futuro dos negócios, no qual a interdependência será cada vez mais valorizada.

SEM CONTROLE“Há um novo mantra que os líderes poderão ignorar por sua conta e risco: é preciso acolher e arquitetar a perda de controle”. É com essa ideia que Tim Leberecht, especialista em inovação e tomada de decisão, propõe a construção de um ambiente de trabalho como um sistema em que exista “fluxo” e, ao mesmo tempo, alguma retenção de controle. Para criar tal ambiente, é preciso gerenciar o que possibilita a perda de controle, dentro de certos parâmetros: processos, acessibilidade, limites, autoria, agenda, colaboração, documentação, etc. “Hoje, comprometimento é instável e a lealdade é escassa. Em vez de lamentar isso, líderes espertos vão compreender que nunca estiveram realmente no comando: de fato, o que estão sendo forçados a abrir mão é da sua necessidade de controle”, diz Leberecht. Para ele, em breve este será um dos maiores desafios da liderança atual.

MENOS É MAIS?A tarefa mais difícil para um gestor é dar um passo atrás, confiar na equipe e se abster de tanta orientação. Eisenhower entendia isso perfeitamente: “Motivação é a arte de levar as pessoas a fazerem o que você quer porque elas querem fazer isso.”Para gestores, a capacidade de confiar nos colaboradores para que façam seu trabalho sem a necessidade de ser vigiados será algo novo no futuro próximo. A liderança que interferir o mínimo possível e der mais autonomia ao time deslocará o foco das tarefas específicas para a geração de valor relevante. Ao fazer a supervisão direta desaparecer, assumindo a forma de processos, métricas, relatórios de status, a “gestão minimalista” poderá desbloquear níveis sem precedentes de contribuição nas equipes.

Fonte: “Minimalist management: when less is more”. Ross

Smith, Labnotes 20, 2011.

Fonte: “Embracing Openness: designing for the loss of

control”. Tim Leberecht, Rotman Magazine, Winter 2012.

Fonte: “Primeiro, vamos demitir todos os gerentes”. Gary

Hamel, Harvard Business Review, dezembro 2011.

o poder deoptar

Liderança tem a ver com remover os obstáculos que atrapalham a execução. Líderes são basicamente motivadores e facilitadores – simples assim.” Mary Fontain

www.labssj.com.br

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