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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GUARATINGUETÁ TI VERDE Alvaro Perez Sanchez, Bruno Vergatti, José Marcos Rocca, Pedro Aurélio Lemes Guaratinguetá – SP 2011

Ti Verde Final

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TI Verde

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  • FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GUARATINGUET

    TI VERDE

    Alvaro Perez Sanchez, Bruno Vergatti,

    Jos Marcos Rocca, Pedro Aurlio Lemes

    Guaratinguet SP

    2011

  • FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GUARATINGUET

    TI VERDE

    Alvaro Perez Sanchez, Bruno Vergatti,

    Jos Marcos Rocca, Pedro Aurlio Lemes

    Trabalho apresentado Faculdade de Tecnologia de Guaratinguet - curso Tecnologia em Informtica,4 semestre - Professor Paulo Marcondes disciplina Gesto Ambiental.

    Guaratinguet SP

    2011

  • Sanchez, A.P., Vergatti,B., Rocca, J.M., Lemes, P.A. TI Verde. Guaratinguet, 2011 29p. Trabalho apresentado Faculdade de Tecnologia de Guaratinguet - curso Tecnologia em Informtica,4 semestre - Professor Paulo Marcondes disciplina Gesto Ambiental.

  • SUMRIO 1 INTRODUO.................................................................................................................10

    2 O QUE TI VERDE ? .................................................................................................. 11 2.1 RECURSOS ............................................................................................................... 11

    2.1.1 Hardware ............................................................................................................. 11 2.1.2 Software............................................................................................................... 12 2.1.3 Humano ............................................................................................................... 12

    3 PROGRAMA ENERGY STAR .........................................................................................13 4 MERCADO E MARKETING VERDE ..............................................................................14

    4.1 MERCADO VERDE .................................................................................................. 14 4.2 MARKETING VERDE .............................................................................................. 15

    5 CERTIFICAES E ORGANIZAES DE GESTO DE TECNOLOGIA SUSTENTVEIS .................................................................................................................19

    5.1 CERTIFICAES:..................................................................................................... 19 5.1.1 Energy Star .......................................................................................................... 19 5.1.2 Isos Ambientais (14000)....................................................................................... 20 5.1.3 RoHS ................................................................................................................... 20 5.1.4 Selo verde USP .................................................................................................... 20

    6 DADOS NEGATIVOS ......................................................................................................21 6.1 EMISSES E CONSUMO ENERGTICO ................................................................ 21 6.2 LIXO ELETRNICO ................................................................................................. 22 6.3 QUANTIDADES E NMEROS DE LIXO GERADOS ............................................. 22 6.4 DANOS SADE E AO MEIO AMBIENTE ........................................................... 24

    7 DADOS POSITIVOS ........................................................................................................25 7.1 T.I. VERDE: IMPULSO PARA A REDUO DE EMISSES E CONSUMO ENERGTICO................................................................................................................. 25 7.2 LIXO ELETRNICO COMO OPORTUNIDADE ..................................................... 26

    8 CASOS..............................................................................................................................27 8.1 GOOGLE.................................................................................................................... 27 8.2 ATIVAS ..................................................................................................................... 28 8.3 BANCO REAL........................................................................................................... 29 8.4 CEMIG....................................................................................................................... 30 8.5 ITAUTEC................................................................................................................... 31

    9 CONCLUSO...................................................................................................................32 10 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................32

  • 1 INTRODUO

    No intuito de marcar presena no mundo globalizado, muitas empresas esto aderindo

    aos apelos da sociedade na questo ambiental. Muito mais que adeso, as empresas esto

    descobrindo que o Marketing ambiental proclamado por diversas ONGs que lutam pelo meio

    ambiente ao redor do mundo, a TI Verde se desponta como uma oportunidade de negcios

    que faz bem ao meio ambiente, e ao caixa da empresa. Maximizando recursos, revendo

    processos existentes e enxugando estruturas que devido a atualizao tecnolgica se tornam

    arcaicas da noite para o dia, estas empresas esto descobrindo como se tornar mais

    competitivas, obtendo mais lucros, atendendo ao retuit, podemos dizer assim, apelo ambiental

    presentes na mdias sociais, que so a voz da sociedade. Ou seja, a sociedade aprova, os

    resultados econmicos aparecem, os ganhos ambientais tambm. Afinal de contas, o que TI

    verde ? Uma iniciativa ambiental no meio tecnolgico fruto da conscincia humana dos

    empresrios, ou uma grande oportunidade de negcios ? Esta a questo que pretendemos

    apresentar atravs deste trabalho.

  • 2 O QUE TI VERDE ?

    TI verde o conjunto de aes efetivas que podem ser colocadas em prtica com o

    objetivo de maximizar o uso dos recursos de informtica, sejam estes ativos de hardware,

    software, ou humanos.

    Este conceito foi criado por empresas de tecnologia da informao preocupadas com o

    meio ambiente visando tambm uma atitude de responsabilidade scio ambiental

    economizando energia o que traz ganhos tambm no campo econmico.

    2.1 RECURSOS

    2.1.1 Hardware

    o Com o desenvolvimento dos processadores de ultima gerao, mais velozes e

    robustos observou-se que em grande parte do tempo estes permaneciam

    ociosos, praticamente sem o uso de sua capacidade. Da motivao de fazer

    com que estes computadores fizessem uso dessa capacidade ociosa de

    processamento surgem as ferramentas tambm de otimizao dos outros

    sistemas que colaboram para o fortalecimento da TI Verde favorecendo desta

    forma o melhor uso destes ativos tecnolgicos, evitando assim o consumo de

    novos recursos computacionais, que gerariam maior produo de poluentes

    durante seu processo produtivo e posteriormente durante o processo de gerao

    de energia para a alimentao eltrica destes equipamentos.

    o E nesta direo tambm que so dirigidos os esforos quando fazemos o uso

    compartilhado de impressoras, que graas a evoluo da tecnologia hoje so

    dotadas de uma capacidade de impresso superior com qualidade alm de

  • possibilitar a remanufatura dos cartuchos utilizados nestes processos de

    impresso de documentos.

    2.1.2 Software

    o Aliado ao desenvolvimento do hardware, a virtualizao tem papel

    fundamental na evoluo deste conceito, pois complementa este recurso

    computacional ( hardware ). Podemos destacar a Computao nas Nuvens

    como um dos processos fundamentais para a obtenso de grandes resultados,

    quando falamos do conceito de TI Verde.

    o Alem disso os softwares tem alcanado desenvolvimento no que diz respeito a

    otimizao do processamento realizando menos operaes por tarefa, alem de

    realizar estas de uma s vez a fim de chamar o processador naquele momento

    nico para realizar todas de uma s vez possibilitando manter o processador

    em mode de economia de energia por mais tempo quando for este o caso.

    Enfim, a organizao de processos de software colabora tambm com o

    Conceito de TI Verde.

    2.1.3 Humano

    o Gesto dos recursos humanos no sentido da conscientizao que vai desde o

    questionamento se voc precisa mesmo imprimir aquele documento, ao fato de

    faz-lo, utilizando frente e verso do papel. O uso de mdias regravveis como

    pendrives por exemplo para o transporte de dados quando necessrio no lugar

    dos CDs e DVDs.A conscientizao dos profissionais do meio tecnolgico

    para fazer uso das tecnologias visando a otimizao dos recursos

  • computacionais. E finalmente a questo do descarte de modo correto de

    baterias e toda espcie de lixo eletrnico evitando assim a poluio do meio

    ambiente.

    3 PROGRAMA ENERGY STAR

    Energy Star um programa criado pela Environmental Protection Agency EPA

    (Agncia de Proteo Ambiental do governo americano ) em 1993 com o objetivo inicial de

    incentivar os fabricantes de monitores CRT (tubo) a introduzirem no processo de fabricao

    destes monitores, tecnologia que possibilitasse o gerenciamento de energia eltrica. Para

    que os monitores recebessem o selo da Energy Star, deveriam consumir no mximo 30 Watts

    em modo stand-by e menos de 8 Watts ao serem desligados via software. O objetivo era

    reduzir a poluio causada quando da gerao de energia eltrica, utilizada por estes

    equipamentos.

    Este programa tem como objetivo no a criao de normas, mas a orientao para o

    desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos e foi implantado em diversos pases.

    Nos dias de hoje orienta inclusive a produo de veculos automotores nos EUA. Semelhante

    ao Energy Star o selo PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA, institudo por decreto

    presidencial em 8 de dezembro de 1993. Em comum os dois programas tem os objetivos de

    reduo de consumo de energia, alm do apelo comercial quando do uso do selo, uma vez que

    em ambos os casos so necessrios o enquadramento dentro de padres de consumo de

    energia.

  • 4 MERCADO E MARKETING VERDE

    4.1 MERCADO VERDE

    Mercado Verde o nicho de mercado concentrado em torno do conceito de

    sustentabilidade (o uso consciente de recursos, viabilizando s geraes futuras seu

    desenvolvimento e sustento). Caracteriza-se por um segmento especfico, que valoriza

    produtos e servios de alinhamento ecolgico, chegando at mesmo a dispor-se a pagar mais

    caro por um produto que no agrida o meio ambiente, conforme demonstrado em pesquisa

    feita pela CNI (Confederao Nacional de Indstrias) e Ibope em Maio de 1998, na qual

    evidenciaram-se conforme a declarao trs de cada quatro dos pesquisados.

    Vale ressaltar que este nicho de mercado marcado como um segmento em formao,

    isto , possui baixa concorrncia, alta capacidade de penetrao de investimentos e

    oportunidades de mercado. Alm disso, caracteriza-se por sua cultura de consumo em

    formao, o que impulsiona o desenvolvimento e evoluo tanto dos produtos quanto dos

    consumidores. Enquanto no Brasil este mercado comea a engatinhar, com programas como o

    Selo Verde da USP em parceria com a Itautec (que segue as normas da RoHS europia), nos

    EUA, a parcela de consumidores do mercado verde de cerca de 37% da populao. Em

    pases europeus o nmero aumenta: 50% (Souza, 1993). Quanto participao de produtos

    verdes no mercado, segundo estudo americano, era de 0,5% em 1989 dando um salto para

  • 9,2% em 1990. Caracteriza-se ento um aumento tanto da demanda quanto da oferta de

    produtos verdes nestes mercados internacionais, que se reflete no Brasil.

    No entanto, o mercado verde internacional possui normas rgidas de conduta, e est

    consolidado com consumidores tambm mais exigentes. Uma pesquisa conduzida na Europa

    demonstrou o nvel de preocupao do consumidor com o meio ambiente; nos resultados, os

    consumidores mais exigentes so Espanha (86%), Rssia (76%) e Alemanha (73%)

    (OTTMAN, Jacquelyn A. So Paulo: Makron Books, 1994. p.6). Embora haja oportunidades

    de exportao para tais mercados, uma estratgia de insero necessria, bem como toda

    uma reviso de valores o que passou a ocorrer na dcada de 80 onde os gastos ambientais

    passaram a serem vistos como investimento futuro e vantagem competitiva. Esse

    reposicionamento global foi reforado pelas conferncias ambientais, que, juntamente com a

    adoo de legislaes ambientais (Protocolo de Kyoto) e campanhas (Rio 92, Agenda 21),

    impulsionou a adoo de novas tcnicas de produo e hbitos de consumo, incentivando e

    impondo mudanas nos valores das empresas e na forma como produzimos bens

    industrializados. J costuma ser uma prtica difundida e em uso em algumas corporaes,

    cargos no setor estratgico voltados ao meio ambiente inicia-se a propagao da SGA

    (Sistema de Gesto Ambiental), cujo foco o relacionamento da empresa com a questo

    ambiental (tratamento de resduos, poluio, proteo ambiental e at mesmo aes sociais).

    4.2 MARKETING VERDE

    Dentro do contexto atual, onde as empresas desenvolvem uma preocupao ambiental

    mais presente e ativa, interessante notar a propagao desta mentalidade aos diversos setores

    da empresa e sua conseqente adaptao ao contexto. O Marketing Verde a faceta da

    empresa que interage com consumidor, comunidade e mercado. Consiste em esforo em

  • satisfazer necessidades e desejos dos consumidores por produtos que provoquem menores

    impactos ambientais ao longo do ciclo de vida e tambm a divulgao desses esforos para

    estimular a demanda destes produtos, conseqentemente, aumentando os lucros desta

    empresa Marsili (2000). Neste contexto de interface em que se insere, o Marketing

    Ambiental uma ferramenta que se torna cada vez mais importante, no apenas para divulgar

    uma imagem ecologicamente correta da empresa e sustent-la, mas para rever todo o processo

    desde a coleta de insumos at o produto final como um produto ecologicamente vivel; hoje

    em dia, como mencionado acima, a percepo de valor do produto envolvido no conceito de

    sustentabilidade superior a um produto sem as mesmas preocupaes, isto , uma empresa

    que no possua ou pelo menos oriente seus esforos em direo solues que levem em

    conta o papel ambiental de suas aes, corre o risco de ser segregada do mercado pelos

    prprios consumidores cada vez mais sabedores do seu poder de compra. O ecomarketing

    no se limita, entretanto, a apenas divulgar um produto que tenha caractersticas ambientais

    em sua produo: suas preocupaes e esforos se voltam de maneira mais integralista aos

    processos empresariais e a transformaes de mentalidades dos colaboradores - para atingir de

    fato a imagem de uma empresa ambientalmente responsvel, a empresa precisa, em primeiro

    lugar, lapidar seus processos para adequ-los a atitudes e padres ambientalmente

    responsveis. Uma empresa precisa ter um comportamento ambiental correto se sua imagem

    pretende-se ecologicamente responsvel, e a definio para esse perfil de sustentabilidade est

    sempre em formao, o que traz a necessidade de atitudes pr-ativas em relaes ambientais;

    necessrio o papel integralizador do Marketing Verde para que a adoo deste papel

    responsvel seja corroborado por todos em todos os setores adequando a organizao a

    padres ambientais cada vez mais rgidos, e com custos de erros e acidentes ambientais cada

    vez mais fabulosos.

  • Extrapolando este conceito percebemos que, mesmo que uma empresa esteja inserida

    neste contexto, um acidente ambiental significa, alm de uma brutal perda de recursos

    financeiros, uma degradao imensurvel no mbito de posicionamento de mercado no que

    tange a percepo dos consumidores e a recuperao desta imagem junto aos consumidores

    um processo lento e complicado.

    A inteno de estabelecer uma poltica ambiental responsvel atravs de um plano

    rgido de Marketing Verde, no entanto, gera frutos que incentivam as organizaes a fazerem

    esta escolha, conforme aponta Winter (1987) e Marsili (2000):

    - Consenso pblico: a conscientizao dos consumidores em relao questo da

    responsabilidade ambiental se expande e adquire novos significados sempre, muito

    dinmica. As organizaes que obtm sucesso ao alinharem-se com os consumidores

    adquirem maior posicionamento de mercado e competitividade, reagindo s expectativas do

    consumidor.

    - Oportunidades de Mercado: o marketing ambiental aponta para novos produtos e

    formas de se interagir com o consumidor, proporcionando novos campos de ao.

    - Reduo de riscos e custos: ao assumir uma postura que envolva a responsabilidade

    ambiental ao longo de toda a cadeia produtiva (aderindo a normas de conduta e certificaes

    na rea, como as Isos da srie 14000), tratando da emisso de resduos e poluio (que

    representam processos ineficientes, nos quais as matrias no so aproveitadas

    completamente), extrao de matria prima e uso de recursos naturais, bem como auditorias

    ambientais, a empresa diminui os riscos de acidentes ambientais cujas conseqncias para o

    ecossistema so muitas vezes irremediveis (haja visto Chernobyl) e ainda so aplicadas

    diversas modalidades de penalizaes pelo governo quase sempre na forma de multas de

    preo exorbitante, ou compensao na forma de investimentos ambientais. Da mesma forma,

  • ao desenvolver programas de reciclagem ou reaproveitamento de produtos e promover

    campanhas de reduo de consumo de recursos (energia, gua, materiais de escritrio), nota-

    se a reduo direta de custos nas contas mensais da organizao.

    - Satisfao de stakeholders h satisfao em saber que a organizao empreende

    programas de responsabilidade ambiental, o que pode at mesmo aumentar a produtividade.

    - Presso governamental e de ONGs o governo pressiona com legislaes cada vez

    mais rgidas, multas cada vez mais alta e proibies, interferindo na compra de materiais que

    ponham em risco o meio ambiente (como agrotxicos). Em contrapartida, podem haver

    fomentos governamentais na direo de produtos ecolgicos. J a presso das ONGs, pode

    adquirir a forma de campanhas na imprensa, lobbys junto aos legisladores e denncias contra

    corporaes que degradem o meio ambiente.

    No Brasil, um estudo elaborado pelo Pacto Global (iniciativa da ONU em prol da

    responsabilidade social) Programa de Meio Ambiente das Naes Unidas e a consultoria

    francesa Utopies, divulgado ao final de 2005, O Walk the Talk, demonstrou que o mercado de

    consumidores responsveis no Brasil de 10% do total de consumidores, mas tende a crescer

    nos prximos anos.

    Este relatrio destacou duas empresas: Natura (uma das cinco citadas como pioneira

    em marketing verde no mundo) e Po de Acar (cujo projeto Caras do Brasil leva aos

    consumidores produtos de pequenos agricultores), constituindo uma tentativa de se relacionar

    atravs do marketing ambiental. O Estudo concluiu que esta modalidade de marketing

    economicamente vivel especialmente para organizaes que no possuem recursos

    disponveis para publicidade confiando nas aes sociais e ambientais para fazer a sua

    prpria divulgao, agregando valor produto e empresa. Neste mesmo estudo foi constatado

    que 70% dos consumidores gostariam de consumir produtos socialmente corretos; s no o

  • fazem por falta de informaes. Tais aes de marketing tambm beneficiam-se do apoio das

    organizaes s quais se filiam que indiretamente, promovem a marca e o produto. Estas

    mesmas aes, segundo o estudo, so apoiadas por formadores de opinio; o relatrio ilustra

    com o caso do Toyota Prius modelo de automvel movido a gasolina e eletricidade,

    emitindo at 90% menos poluentes. A partir de 2003, atores indicados ao Oscar Morgan

    Freeman, Salma Hayek chegam cerimnia em Holywood nestes carros.

    Citando o caso da Natura, o relatrio demonstra que as aes de Marketing Verde do

    retornos favorveis a custos baixos, e pode inclusive refletir num aumento real de vendas: nos

    perodos de 2002-2004, a Natura registrou um aumento de 32% nas vendas, alcanando 19%

    do mercado e gerando receita de US$ 604 milhes.

    5 CERTIFICAES E ORGANIZAES DE GESTO DE TECNOLOGIA SUSTENTVEIS 5.1 CERTIFICAES:

    Energy Star, RoHS, Selo Verde(USP), Isos Ambientais(14000 e 14001);

    5.1.1 Energy Star

    Um programa da Agncia de Proteo Ambiental (EPA, na sigla em ingls) e do

    Departamento de Energia americanos que visa a reduo de consumo e proteo do meio

    ambiente atravs de produtos com alta eficincia energtica e um conjunto de prrticas. Em

    2010, o Energy Star economizou energia o suficiente para evitar emisses de gases do efeito

    estufa equivalente a 33 milhes de carros, representando US$18 bilhes de economia real.

    O programa desenvolveu um selo de garantia destinado a produtos, ferramentas e at

    mesmo casas, para facilitar a escolha de produtos energeticamente eficientes; a organizao

  • aponta uma possvel reduo de um tero na conta de luz atravs da seleo de equipamentos

    com o selo e da aplicao de prticas divulgadas em seu site.

    Seus esforos tambm alcanam a esfera corporativa, desenvolvendo parcerias e

    divulgando estratgias de reduo de consumo e medio de performance.

    5.1.2 Isos Ambientais (14000)

    As isos da srie 14000 so normas que regulamentam a interao das empresas com o

    meio ambiente.

    5.1.3 RoHS

    Juntamente com o Departamento de Negcios, Inovaes e Habilidades (BIS, na sigla

    em ingls), o Escritrio Nacional de Medies (NMO, em ingls) do Reino Unido a

    autoridade responsvel pela execuo dos Regulamentos da Restrio de Uso de Substncias

    Txicas em Equipamentos Eletro-Eletrnicos 2008 (o regulamento RoHS). Esses

    regulamentos implementaram a Diretriz EU 2002/95, que bane a comercializao de novos

    eletro-eletrnicos que contenham mais que o nvel acordado de chumbo, cdmio, mercrio,

    cromo hexavalente, biphenyl polybrominatado (PBB) e retensores de fogo de ter de diphenyl

    polybrominatado (PBDE).

    Tais normas entraram em vigor em 1 de julho de 2006.

    O NMO disponibiliza um flyer virtual para conscientizar os produtores, de forma que

    os mesmos adequem-se s normas.

    5.1.4 Selo verde USP

    O Selo Verde, iniciativa pensada pela Universidade de So Paulo, uma certificao

    de garantia que segue os passos da RoHS combate substancias nocivas na fabricao de

  • eletrnicos. O selo foi lanado em conjunto com a Itautec que mediante licitao pblica,

    forneceu cerca de duas mil estaes de trabalho para a Universidade; mquinas

    energeticamente eficientes, completamente reciclveis e livres de materiais txicos

    principalmente chumbo. A USP pretende expandir a utilizao do selo a impressoras e

    switches, mediante visitas s fbricas de equipamentos eletrnicos que estejam aptas a se

    adaptar s prticas exigidas pelo selo e sejam praticantes das ISOs 14000 e 9001. Entre os

    projetos desenvolvidos na rea de sustentabilidade, destacamos o E-Waste, em parceria com o

    MIT (Massachussets Institute of Technology) projeto que pretende lidar com as mquinas

    que se tornam obsoletas de maneira inteligente e responsvel.

    6 DADOS NEGATIVOS

    6.1 EMISSES E CONSUMO ENERGTICO

    As emisses de CO geradas pela rea de T.I. em todo mundo esto na faixa de 1,4%

    do total de emisso de CO anual, em valores diretos so um bilho de toneladas de CO,

    deste montante PCs e Monitores representam 57%, infraestrutura e servidores em geral 34%

    e impressoras 9%. Certamente so valores expressivos mas ainda pequenos perto do montante

    global de emisses de CO (algo em torno de 52 gigatons ou 52 bilhes de toneladas de CO).

    Quanto a energia eltrica a T.I. tem representado nmeros expressivos no consumo,

    por exemplo nos estados unidos apenas os Data Centers existentes consomem 1,5% de toda a

    energia eltrica daquele pas, ou 6 bilhes de KWh por ano, este nmero seria suficiente para

    prover eletricidade a 6,4 milhes de residncias por um ms. No mundo o percentual cai para

    0,98%, o que ainda muita eletricidade, especialmente se levarmos em conta que boa parte

    dela no tem seu uso corretamente dimensionado e acaba sendo desperdiada.

  • H ainda alguns dados que sugerem que a energia eltrica utilizada no mundo pela

    Internet hoje em dia equivale a 5% de toda a energia gerada, algo em torno de 860 bilhes de

    KWh. Estes dados foram obtidos atravs de clculos envolvendo o nmero de mquinas e

    equipamentos versus o nmero de pesquisas em sites como o Google.

    Apesar dos valores alarmantes uma pesquisa realizada pelo Gartner com gerentes e

    responsveis de T.I. em 2009 constatou que 45,7% dos entrevistados no consideram a gesto

    de emisses um fator preponderante nas suas decises estratgias, outros 36% no

    conseguirem nem dizer ao certo se a referida questo influencia as suas companhias e apenas

    18,3% afirmaram que o controle de emisses faz parte da pauta de sua estratgia.

    6.2 LIXO ELETRNICO

    O lixo eletrnico um dos maiores problemas do ponto de vista ecolgico gerado pela

    crecente tecnolgica das ltimas dcadas. O custo e facilidade para adquirir novos

    equipamentos eletroeletrnicos acaba banalizando o seu consumo, fazendo com que as

    pessoas muitas vezes troquem seus equipamentos sem de fato estar precisando. Neste tpico

    abordaremos sobre as estatsticas relacionadas com os dados ruins sobre lixo eletrnico,

    abortando a quantidade de lixo gerada e seu impacto as pessoas e ao meio-ambiente.

    6.3 QUANTIDADES E NMEROS DE LIXO GERADOS

    Os nmeros de lixo eletrnico gerado mundial e localmente so alarmantes, o caso

    ainda no tratado com o devido cuidado pela maioria das naes sejam elas desenvolvidas

    ou em desenvolvimento.

  • Temos hoje cinquenta (50) milhes de toneladas de lixo eletrnico geradas

    mundialmente todos os anos, este nmero equivale quantidade total de lixo comum gerado

    por uma cidade como So Paulo ao longo de quinze (15) anos. Os Estados Unidos so o maior

    gerador de lixo eletrnico do mundo com a impressionante marca de trs milhes de toneladas

    por ano, seguidos pela China com 2,3 milhes de toneladas. Os Estados Unidos tambm so

    acusados de exportar lixo eletrnico resolvendo o seu problema ambiental localmente e

    poluindo o resto do mundo, Jim Puckett da Basel Action Work, uma organizao de Seatle

    (EUA) que foi quem primeiro fez o alerta ao mundo de que os EUA estavam exportando lixo

    eletrnico, afirma Esse lixo est sendo reciclado, mas da maneira mais horrvel que voc

    pode imaginar.

    No Brasil a situao tambm no das mais confortveis, obtivemos em 2010 o ttulo

    de maior pas gerador de lixo eletrnico entre os emergentes, conferido em pesquisa realizada

    pela ONU, com a marca de aproximadamente 2,6Kg de lixo eletrnico per capita, que a

    soma do total dos vrios tipos de lixo eletrnico existentes. No bastasse os nmeros altos

    ainda pesou sobre o Brasil o fato de no haver na ocasio da pesquisa, estratgia ou qualquer

    tipo de levantamento sobre o tema realizado pelas indstrias e pelo governo Brasileiro, tanto

    que os dados relativos ao lixo eletrnico no Brasil tiveram que ser levantados pela ONU pois

    no dispnhamos de estatsticas.

  • 6.4 DANOS SADE E AO MEIO AMBIENTE

    O lixo tecnolgico pode ser muito danoso a sade das pessoas e animais, boa parte de

    seus componentes formada por materiais txicos e extremamente nocivos, como o

    exemplo de alguns metais pesados como o Chumbo que pode causar nuseas, perda de

    coordenao e memria levando em casos mais graves a morte, o Cdmio que relacionado a

    problemas sseos, do aparelho reprodutor, sanguneos e ao Cncer e o Mercrio que causa

    danos ao fgado, viso e crebro.

    Abaixo segue uma tabela com os principais materiais presentes na composio de um

    computador e seus percentuais estimados.

    O contato com os materiais txicos provenientes do lixo eletrnico se d na maior parte

    dos casos de forma indireta da seguinte forma:

    1. O Lixo eletrnico gerado e descartado sem tratamento em lixes e aterros;

    2. O solo destes aterros contaminado pelos elementos txicos;

    3. A contaminao se infiltra pelo solo at atingir os lenis freticos, levando a

    contaminao para lugares distantes do aterro;

  • 4. Esta gua utilizada mais tarde para o consumo do homem ou para o plantio

    de alimentos, contaminando quem venha a consumir diretamente a gua ou qualquer

    subproduto do seu uso.

    Um bom exemplo desta contaminao o caso da cidade de Guiyu na China, um

    grande receptor de lixo eletrnico, especialmente dos Estados Unidos e Japo. Em Guiyu a

    concentrao mdia de Chumbo no sangue de crianas atinge o nvel de 15,2 microgramas por

    decilitro, no h nvel considerado seguro para quantidade de chumbo no sangue, mais

    sabidamente em nveis acima de 15,2 h que se tomar medidas e tratamento imediatos.

    7 DADOS POSITIVOS

    7.1 T.I. VERDE: IMPULSO PARA A REDUO DE EMISSES E

    CONSUMO ENERGTICO

    Acabamos de sair de uma poca na rea de T.I. aonde o importante era a potncia e

    velocidade dos equipamentos, independente de seu uso. Isto faz com que em mais de 90% do

    tempo os recursos de hardware fiquem ociosos sem nenhum uso, porm consumindo energia.

    A T.I. verde prope o uso consciente dos recursos, alocando os equipamentos dentro de suas

    necessidades, sem exageros de desempenho que geram desperdcio de energia. Os netbooks e

    tablets que esto em voga so bons exemplos de baixo consumo energtico aliado a

    necessidade. O foco no ter mais do que se realmente necessita.

    Alguns especialistas na rea como Renata Serra, diretora de T.I. da Bozz&Co,

    defendem que a T.I. tem a capacidade de reduzir as emisses at o ano de 2020 em at 22

    gigatons de forma direta e indireta. Apresentando para isso novas tecnologias e estratgias

    que tendem a ser incorporadas em todo o conceito das organizaes.

  • Alguns exemplos reais e diretos so o uso de servidores virtualizados, prtica que j

    tem se tornado comum, aonde as empresas dispem de alguns poucos servidores virtualizando

    dezenas de outros servidores, aproveitando de forma completa a capacidade de hardware e a

    eletricidade consumida, fazendo-se desnecessrio a presena fsica de vrios servidores. Outro

    exemplo apoiado por T.I. porm indireto, o das salas de videoconferncias, que nada mais

    so do salas de reunio completas com infraestrutura audiovisual, link de dados e voz de

    modo a facilitar e tornar possvel a realizao de reunies remotamente, reduzindo

    drasticamente custos com viagem e logo emisso de gazes do efeito estufa.

    7.2 LIXO ELETRNICO COMO OPORTUNIDADE

    Apesar de ainda no ser o bastante para fazer real diferena, j existe um movimento

    de conscientizao por parte de algumas naes quanto necessidade de se resolver o

    problema do lixo eletrnico, alguns esforos conjuntos como o da Unio Europeia que se

    tornou o 2 maior reciclador de lixo eletrnico do mundo com quarenta por cento (40%) do

    seu lixo eletrnico reciclado, devem ser levados em conta. O Japo tambm ostenta

    vitoriosamente o posto de maior reciclador de lixo eletrnico do mundo, reciclando 84% de

    tudo o que consome.

    Economicamente a reciclagem de lixo eletrnico tambm pode ser muito interessante,

    segundo a consultoria GBI Research at 2020 o potencial do mercado global de recuperao

    de lixo eletrnico deve representar algo em torno de vinte e um (21) bilhes de dlares.

    Alguns materiais presentes em equipamentos eletrnicos so altamente valorizados

    como os metais preciosos, conforme representa a figura abaixo:

  • 8 CASOS

    8.1 GOOGLE

    Sendo a empresa que mais investe recursos financeiros em TI Verde no mundo, a

    Google opera os datacenters mais eficientes energeticamente do mundo. O Google certifcou-

    se como um atacadista de energia, permitindo evitar a compra de energia de empresas de

    utilidade pblica para efetuar compras de energia renovvel diretamente dos produtores.

    Usando-se desta estratgia, A Google comprou 20 anos de energia elica renovvel a partir de

    um parque elico de Iowa (parque elico este, que o Google tambm teve participao). O

    Google investiu US $ 100 milhes (ou mais) diretamente em mega projetos de energia

    renovvel, incluindo usinas elicas macias em Dakota do Norte e do Atlntico.

    Todo esse investimento em tecnologia limpa secundria para a histria principal, no entanto,

    imprescindvel para se alcanar os nmeros necessrios de sustentabilidade de seus

    datacenters. O nmero exato de datacenters ao redor do mundo ainda um segredo (o Google

    s diz que tem "dezenas" em todo o mundo), mas a empresa alega que seus centros de dados

    so to eficientes energeticamente que a energia consumida em um agregado familiar tpico

    nos EUA em um ms o equivalente a 3,1 milhes de pesquisas Google. A empresa est

    fortemente focada na minimizao de resfriamento evaporativo em centros de dados e diz que

  • a mdia ponderada sobre a carga de energia em todos os seus centros de dados de 19%

    contra 96% da mdia relatada pela EPA. A mdia Power Usage Effectiveness (PUE) dos

    centros de dados do Google de 1.18, no "estado da arte" da categoria pela EPA.

    Segundo Urs Hoelzle, vice-presidente de infraestrutura da empresa, nos ltimos 12

    meses foram feitos esforos para reduo do consumo de gua, energia e outros recursos

    necessrios para refrigerao dos datacenters. Primeiro, porque isso gera economia, segundo,

    porque melhor para o meio ambiente. Para chegar ao resultado, a Google desenvolveu uma

    receita que combina a troca de calor com o ambiente externo e resfriamento evaporativo.

    Alm disso, a empresa est trabalhando em um novo sistema de arrefecimento que usa gua

    do mar, que ser instalado no novo datacenter da empresa em Hamina, na Finlndia. Para

    estimular a prtica verde no TI, a Google divulgou um guia com cinco dicas para aumentar a

    eficcia dos bancos de dados. Entre elas, esto a gerenciamento inteligente do consumo de energia

    e o resfriamento gratuito, feito por meio de troca de calor com o ambiente externo ou por

    evaporao de gua.

    Alm disso, a empresa tambm est participando da comisso europeia para elaborao de

    um cdigo de conduta para data centers.

    8.2 ATIVAS

    O datacenter da Ativas, empresa de tecnologia do Grupo Asamar, foi certificado como o

    primeiro Tier III da Amrica do Sul entrando em operao em julho de 2010 seguindo os mais

    modernos parmetros internacionais de sustentabilidade ambiental. O datacenter teve um

    investimento na ordem de US$ 50 milhes. A Ativas utilizou virtualizao de servidores e o

    gs que faz a conteno de incndio tem como base o lquido Novec 1230. Ele se extingue em

  • cinco dias e no causa danos ao meio ambiente em contrapartida dos gases utilizados

    atualmente (gs FM 200), que pode demorar at 30 anos para se extinguir na atmosfera.

    Eficincia energtica tambm outro ponto forte do empreendimento, que tem como meta

    PUE (Power Usage Effectiveness) de 1,7. A Ativas investiu em tecnologias mais caras com a

    alem LCP para garantir maior eficincia no consumo energtico. Esta tecnologia processa a

    climatizao dos servidores blade nos prprios racks de armazenamento e no no ambiente, o

    que reduz o gasto energtico.

    A empresa tambm adquiriu aparelhos especiais de ar-condicionado, mais modernos e

    econmicos.

    8.3 BANCO REAL

    O Banco Real recebeu, em Londres, o prmio The Banker Technology Awards 2008,

    organizado pelo grupo Financial Times. A instituio foi contemplada na categoria Overall

    Winner - Environmental Technology Project of the Year por um projeto inovador, pautado em

    Green IT (TI Verde).

    O projeto premiado engloba cinco iniciativas com foco na Eficincia em Operaes e

    Reuso de computadores e reciclagem de lixo eletrnico. So elas Projeto Blade PC, Projeto

    Server Virtualization, Projeto MIPS Reduction, Papa-pilhas e Doao de Computadores.

    TI trabalha em parceria com a rea de Sustentabilidade do Banco para criar projetos em conjunto. Recentemente, lanamos uma plataforma de colaborao para publicar, gerenciar e disseminar o conhecimento do Banco Real sobre o tema Sustentabilidade (Sergio Costantini, CIO do Banco Real).

    Sabendo que TI tem se tornado cada vez mais estratgico para as organizaes,

    sobretudo instituies financeiras, o Banco Real tem buscado por resultados sustentveis no

    dia-a-dia da rea de TI.

  • No caso do Banco Real, ao invs de descartar equipamentos bons, de tecnologia

    obsoleta segundo as estratgias da organizao, o banco envia os equipamentos para

    instituies que promovem incluso digital em comunidades e o projeto batizado de Blade

    PC, de substituio de computadores, gerou economia de 62% de consumo de energia eltrica

    e de 75% de ar condicionado. Existe tambm a preocupao em diminuir a circulao de

    papel que fez com que a empresa investisse em sistemas de workflow com assinatura

    eletrnica, medida esta que possibilitou a eliminao de 400 mil folhas de papel por ano.

    8.4 CEMIG

    Na esteira da poltica de racionalizao de energia de toda a empresa, a rea de TI substituiu a

    iluminao de mercrio por lmpadas de sdio, que mais eficiente. A empresa no tem a

    medio da economia alcanada no datacenter, mas aponta uma reduo estimada em 0,32

    Megawatts/ano por lmpada em relao s substitudas. Tambm foram tomadas iniciativas

    na poltica de impresso, que costuma gerar resultados rapidamente nas empresas. Na Cemig,

    esse programa est em vigor desde 2006 e inclui governana e boas prticas, impresso frente

    e verso e recarregamento de toner.

    Foi apurado que somente nos quatro primeiros meses de implantao dessas medidas a

    empresa contabilizou 34% de economia de papel.

    Dar prioridade a fornecedores que invistam em programas de reciclagem tambm uma

    forma encontrada pelas companhias para incentivar a prtica e na Cemig o departamento de

    suprimentos responsvel pelas especificaes de todas as compras. Dentro de cada

    especificao h exigncias sobre medidas sustentveis. Na rea de TI, no entanto, no

    possvel manter essas exigncias, j que os fornecedores no esto preparados para atend-las.

    A sada encontrada pela Cemig foi criar alternativas de reciclagem e reaproveitamento. A

    empresa participa do programa do governo mineiro, Servas Servio de Voluntariado e

  • Assistncia Social, recondicionando e doando equipamentos, como PCs e impressoras para

    instituies de incluso digital.

    8.5 ITAUTEC

    A Itautec se tornou a primeira empresa brasileira no campo de Tecnologia da

    Informao a fabricar equipamentos livres de chumbo. Desde 2007 so fabricados

    microcomputadores e notebooks livres de substncias nocivas ao ambiente e sade humana,

    como o cdmio, o cromo hexavalente (um anticorrosivo para partes metlicas) e a cadeia de

    bromobifenilas (usadas para evitar a propagao de chamas).

    Estes materiais foram substitudos por outros, de acordo com as recomendaes da

    diretiva europeia RoHS, referncia mundial na restrio ao uso de substncias que agridem o

    ambiente.

    No final de 2008, outras linhas de produtos da Itautec tambm passaram a ser

    fabricadas em conformidade com a RoHS, com rgidos controles ambientais. A Itautec

    investiu em torno de R$ 3 milhes, aplicados ao longo de dois anos na adequao de linhas de

    produo. A adoo de novos processos foi ampliada cadeia de fornecedores da empresa,

    fazendo com que muitos deles adequassem seus insumos segundo a diretiva ambiental

    europeia.

    A empresa tambm pioneira no desenvolvimento do que hoje um dos projetos mais

    avanados em destinao de resduos eletroeletrnicos em operao no Brasil. Trata-se do

    Centro de Reciclagem, localizado em Jundia, no interior de So Paulo, onde equipamentos

    so reciclados ao fim de sua vida til.

  • Neste espao, os equipamentos so recebidos, desmontados, descaracterizados, pesados

    e depois tm suas partes separadas por tipo de material, que so encaminhadas a recicladores

    homologados pela Itautec.

    A Itautec ganhou os prmios 5 e 6 Benchmarking Ambiental Brasileiro e a 13a

    edio do Prmio FIESP de Mrito Ambiental.

    9 CONCLUSO Aps termos passado por todo o contedo deste trabalho, vimos que TI Verde uma

    tendncia de mercado que aponta para a evoluo e perpetuao das prticas ambientais no

    ambiente corporativo, mas gostaramos de salientar que tais prticas provavelmente no

    teriam tanta fora no fosse o potencial lucrativo que elas oferecem em sua aplicao, seja

    como melhorias tecnolgicas ou simples orientaes a colaboradores. A reduo de consumo

    benfica para o ambiente? Sim. benfica para as organizaes? Sem a menor sombra de

    duvidas.

    No mbito de oportunidades que estes avanos nos trazem, destacamos as especializaes e

    cursos na rea de sustentabilidade Climate Savers Computers, as oportunidades de

    desenvolver aplicativos de controle para organizaes e produtos voltados ao consumidor com

    essa inclinao ecolgica.

    O fundo pode ser financeiro, econmico, mas os benefcios so inegveis e desejveis.

    10 BIBLIOGRAFIA

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