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Euro 2012 Portugal 2 Espanha 4 em penáltis LALIS novo CEO Lino Amaral A first-generation Luso-American born, son of an Azorean immigrant father and mother also of Por- tuguese descent. After earning a B.S. Degree in Business Adminis- tration & Economics from Saint Mary’s College in Moraga, California, he spent time as an Executive Recruiter with an emphasis on selection of finance and accounting professionals, 3 years as a Finan- cial Advisor with Morgan Stanley Smith Barney and has amassed over 15 years of hands-on expe- rience in the real estate industry, most recently as Broker Associate for J. Rockcliff Realtors. Pág. 21 Michelle Nunes - 6 anos e meio separam estas duas fotos. Bolsa de Estudo da Fundação Portuguesa de Educação do Vale Central e graduação em Farmácia pela University of the Pacific. Esta é a nossa Homenagem a todos os Estudantes que no dia-a-dia fazem das escolas a sua base de educação e de futuro. Pág 17 a 20 Cinco Chagas e a Festa da IES Michelle Nunes Homenagem a todos os Estudantes QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1ª Quinzena de Julho de 2012 Ano XXXII - No. 1135 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

The Portuguese Tribune, July 7th 2012

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Euro 2012 Portugal 2 Espanha 4em penáltis

LALIS

novo CEO

Lino AmaralA first-generation Luso-American born, son of an Azorean immigrant father and mother also of Por-tuguese descent.After earning a B.S. Degree in Business Adminis-tration & Economics from Saint Mary’s College in Moraga, California, he spent time as an Executive Recruiter with an emphasis on selection of finance and accounting professionals, 3 years as a Finan-cial Advisor with Morgan Stanley Smith Barney and has amassed over 15 years of hands-on expe-rience in the real estate industry, most recently as Broker Associate for J. Rockcliff Realtors. Pág. 21

Michelle Nunes - 6 anos e meio separam estas duas fotos. Bolsa de Estudo da Fundação Portuguesa de Educação do Vale Central e graduação em Farmácia pela University of the Pacific. Esta é a nossa Homenagem a todos os Estudantes que no dia-a-dia fazem das escolas a sua base de educação e de futuro.

Pág 17 a 20

Cinco Chagas e a Festa da IES

Michelle NunesHomenagem a todos os Estudantes

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1ª Quinzena de Julho de 2012Ano XXXII - No. 1135 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

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Year XXXII, Number 1135, July 1st, 2012

2 1 de Julho de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

Mais uma vez, muitos dos nossos queridos colabo-radores ficaram de férias nesta edição cheia de festas.E por falar em festas, leiam com atenção os nomes

das nossas rainhas e aias e vejam como o mundo está a mudar em frente aos nossos olhos e semanalmente todos os domingos. As Marias, as Manuelas, Marias de Fátima, Margaridas, Marias de Lourdes, Gorettis, Eduardas, Sãozinhas, Marias da Concei-ção, já pertencem à história da nossa comunidade. Hoje temos a Makayla, April, Isabella, Amya, Jordan, Allison, Edlya, Emily, Kylee, Roxanne, Jessica, Shania, Tuesday, etc. E para não falar-mos ainda nos apelidos dos pais. Uma autêntica revolução.

O Padre António Reis serviu a Comunidade de San José como Vigário na Igreja das Cinco Chagas durante os ultimos 6 anos. O seu último dia será Sábado, dia 30 de Junho. A nossa Comunida-de, como bem o sabe fazer, vai despedir-se dele com emoção e agradecimento por estes seis anos de bom convívio.

E de repente, as passagens aéreas em certas épocas do ano, de Oakland para os Açores, desceram a números muito interessan-tes e convidativos a uma visita de saudade às nove ilhas per-didas no Atlântico Norte, terra-berço da maioria de todos nós. Em tempo de crise é melhor aproveitar estas boas-aventuranças antes que mudem de ideias.

Em Michelle Nunes, retratada na primeira página, saudamos todos os nossos estudantes que por esta California fora estão a graduar-se. Temos pena de não receber mais fotos desses impor-tantes eventos. jose avila

Caro Senhor Director,

Foi com assombro que lemos o edi-torial do vosso jornal, do dia 15 de Junho ultimo, sobre o concerto de musica clássica Portuguesa, intitu-lado “Sinfonia and Fado”, na Igre-ja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas, integrado nas celebrações do Dia de Portugal. No seu texto refere que é um insulto o fato de a musica ter sido escolhida em Lisboa e não aqui. Esclareça-se que as par-tituras foram escolhidas em Lisboa para voz masculina, e vieram de lá porque é aí que existem partituras sobre o Fado para uma orquestra sinfónica. Afirma, sem ter estado presente, que assistiram ao espectá-culo cerca de 150 pessoas. Não re-futamos a sua afirmação porque não as contamos. Informamos, contudo, que o número de bilhetes vendidos ultrapassou largamente a cifra por si mencionada, com vendas significa-tivas junto do publico americano e de outros grupos étnicos que, deste modo, puderam usufruir de um mo-mento de cultura portuguesa. Das suas palavras, o que, de fato, lamentamos é que tenha dito que devíamos ter vergonha na cara por andarmos a pedinchar a Portugal. Recordo para esclarecimento dos leitores que todos os anos há um orçamento estipulado pelo governo Português, a fim de subsidiar even-tos deste género durante as celebra-

ções do Dia de Portugal. Se parte desta verba não for gasta em San José da Califórnia será utilizada em qualquer outra parte do mundo aonde existam comunidades por-tuguesas. Também diz que se não somos capazes de angariar 5 ou 6 mil dólares para um concerto, de-víamos contactar uma banda local para o fazer. Quanto aos montantes envolvidos numa iniciativa destas, é de lamentar que esteja mal informa-do. Como deve saber, um concerto deste nível, protagonizado por uma orquestra sinfónica composta por 65 elementos, não custa só essa quantia e o impacto causado não será o mes-mo de uma banda local portuguesa. Sem o apoio de Portugal e dos patro-cinadores locais, concertos com este nível jamais se realizariam, uma vez que o que as pessoas pagam para as-sistirem geralmente cobre apenas uma quarta parte das despesas. Não sentimos, nem jamais sentire-mos vergonha na cara em estarmos envolvidos em seis concertos anuais consecutivos, integrados nas ce-lebrações do Dia de Portugal, que muito tem contribuído para a dig-nificação e promoção das nossas comunidades e suas idiossincrasias sócio-culturais. Estamos, sim, ex-tremamente orgulhosos porque, na nossa opinião, os concertos de mu-sica clássica portuguesa, na Igreja Nacional Portuguesa das Cinco

Chagas, constituem uma referencia no panorama musical, na nossa ci-dade mesclada de multiculturalis-mo, são momentos culturais únicos, dignificam o nome de Portugal, bem como promovem os compositores, músicos e cantantes Portugueses.

Manuel Bettencourt Presidente do Comité

Nota do editor:

Em consciência só podemos respon-der completamente a esta interes-sante carta quando Portugal sair da bancarrota e tiver dinheiro "seu" para gastar em comemorações, concertos e viagens presidenciais à Ásia.Dizer NÃO a ofertas de um País na bancarrota, com um milhão de de-sempregados e fome em milhares de casas, que estão sendo minoradas por organizações caritativas e Igre-ja, fazia muito bem à nossa comu-nidade e mesmo ao nosso ego. E foi isso que não foi feito. E temos pena. Não se devia ter aceite esmolas de quem não tem dinheiro.No respeitante à escolha de artistas é melhor ficarmos por aqui.Quanto às partituras, elas estão à distância de um clique em qualquer computador ou mesmo smartphone. Não precisamos de intermediários em Lisboa para as escolher ou com-prar.

O mundo a mudar. . .

Tribuna do Leitor

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3FESTAS

Festejando o Espírito Santo em Stevinson

Aia Jordan Cota, Rainha Grande Shania Rolf, aia Allison Clarot; aia Edelya Borges, Rainha Pequena Iliana Borges, aia Emily ZizzoAo fundo, José e Teresa Soares (VP), Myron Cotta, pregador da Festa, Natalina e Osvaldo Toste (Presidente) Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

Natalina e Osvaldo Toste, Presidente. A Festa decorreu de 6 a 11 de Junho

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4 1 de Julho de 2012FESTAS

Espírito Santo em Tracy

Nicole e Robert Rocha (Presidente da Festa da IPFES de Tracy) Coroação da Rainha Pequena Madison Rocha, no dia 10 de Junho.

Rainhas Grande e Pequena acompanhadas pelas suas aias à saída de Igreja depois da Missa de Festa, presidida por Ivo Rocha, pastor de St. Bernard's.

Coroação da Rainha Grande Alex LeonardoAia Morgan Paulson, Rainha Pequena Madison Rocha, aia Ava Corallo

Coroação de Robert Rocha e de toda a sua famíliaAia Lauren Shankel, Rainha Grande Alex Leonardo, aia Katie Early

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5COLABORAÇÃO

Recordando o

Ezequiel Moreira da Silva (Se-nhor Ezequiel, nome abreviado) nasceu a 17 de agosto de 1893 na Ribeira Grande, São Miguel

Açores, e faleceu a 26 de julho de 1974. Teve a oportunidade de concluir o curso complementar dos liceus. Ainda jovem, contando 21 anos de idade, fundou na Ribeira Grande o Colégio Gas-par Frutuoso, que funcionou desde o ano letivo de 1914-15 até ao final de 1919-20. Na década de 1930 o Colégio ressurgiu, mas por razões políticas e económicas a sua existência foi de curta duração.Sem descurar nas responsabilidades de di-retor e professor do seu Colégio, Moreira da Silva deu início em 1916 à publicação do jornal “Ecos do Norte”, semanário ao seu inteiro cuidado como director, editor e proprietário. As edições mantiveram-se até 1921. Embora com produçao reduzida, Moreira da Silva regressaria ao jornalismo como editor e administrador do quinzená-rio “Jornal de Anúncios”.Mais tarde dirigiu uma tipografia privativa e ao longo dos anos colaborou extensiva-mente na imprensa regional.No dizer do Dr. Ruy Galvão de Carvalho, “foi um jornalista que soube honrar a pena, tratando com brilho e proficientemente as-suntos de natureza vária. Além disso dentro dos moldes tradicionais, escreveu poemas de circunstància,em que revela inspiração espontânea e facilidade em compô-los”. (Antologia Poética dos Açores, Volume I, Ed.1979).Na década de 1920 Moreira da Silva en-

veredou pela construção civil estabelecendo a pri-meira fábrica de blocos de cimento nos Açores. Em 1926, aquando do terra-moto ocorrido na Ilha do Faial provocando incon-táveis prejuízos, Moreira da Silva partiu p’rá cidade da Horta na companhia de pessoal da Ribeira Grande (homens e mulheres), e ali permaneceu até 1930 fabri-cando blocos de cimento destinados á reconstrução local. Na sua ausência, a fábrica da Ribeira Grande continuou a operar com gente da sua confiança.Moreira da Silva des-tacou-se como um dos mais valiosos promotores na construção do Teatro Ribeiragrandense, obra grandiosa admirada por nacionais e estrangeiros. A indústria do licor de mara-cujá salienta-se como outra das suas extraordinárias iniciativas.Aparentemente, tudo co-meçou com a venda de ma-racujá fresco nas mais importantes lojas de Ponta Delgada. Seguidamente, passou a fabricar sumo de maracujá, angariando rápida aceitação no mercado e rendendo-lhe a distinção de ser um dos primeiros a

produzir e a comercializar tal sumo.Curiosamente, no que diz respeito ao licor de maracu-já, as primeiras experiências resultaram desfavoráveis, mas com tempo, paciência e o inevitável ingrediente “surpresa”, desvaneceu-se o mistério e desvendou-se o “segredo” na feitura dum excelente licor de maracujá, mundialmente reconhecido e apreciado.No campo de investiga-ção histórica, Moreira da Silva publicou em 1949 o seu magnífico trabalho “O Convento de Jesus da Vila da Ribeira Grande”, cujo exemplar com dedicatória me foi entregue pelo autor. No ramo da poesia, havia publicado em 1932 o livro “Horas Incertas”, cuja foto-cópia foi-me oferecida pelo Armindo, filho do Senhor Ezequiel meu companheiro de escola na instrução pri-mária.P’ra sempre na memória coletiva, ficará gravado o

termo Vila-Cidade que, primeiro do que ninguém, Moreira da Silva aplicou á Ri-beira Grande. Pessoalmente,guardarei p’ra sempre a lembrança da minha derradeira visita ao

Senhor Ezequiel, aos 27 de junho de 1970. E jamais olvidarei o incentivo que me di-rigiu à despedida: “Continue a prestigiar o nome da nossa Ribeira Grande e a divul-gar a sua história e as suas tradições”.Ainda agora ouço ecos emanados do “Hino da Ribeira Grande”, por ele alinhavado re-cordando: “Foi aqui que Gaspar Frutuoso/ As saudades da terra escreveu/ Foi aqui neste vale ditoso/ Que a História das Ilhas nasceu”.A fechar, apresento “A Madalena”, num soneto que Moreira da Silva redigiu na Vila da Madalena (Pico), datado aos 22 de julho de 1927, dia da festa litúrgica come-morando Santa Maria Madalena:

Vejo ainda em teu rosto amarguradoAs lágrimas ardentes que chorasteE o sulco que deixaram, bem vincado,Do caminho escabroso que trilhaste,

Com teus lindos cabelos ondulantes,Caíndo desmanchados, em anéis,E o brilho dos teus olhos fulgurantes,Tu eras a raínha dos bordéis.

Mas um dia, o olhar enamoradoDesta escrava do vício e do pecadoEncontrou um olhar de redenção.

E ajoelhando aos pés do Nazareno,Num pranto copioso, mas sereno,Escreveu a Epopeia do Perdão.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno senhor Ezequiel

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6 1 de Julho de 2012COLABORAÇÃO

Santos-Robinson Mortuary

San Leandro

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Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

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O puto prometia. Via-se que ti-nha um jeitão para jogar à bola. Por ali, ainda não haviam visto igual. Exibia-se, de longe, a um

nível superior aos demais à sua volta. Aos poucos, foi dando mais e mais nas vistas. Os olheiros não o largavam. Foi só uma questão de tempo. Os “leões” ganharam a corrida. Disseram-lhe para fazer as malas. Compraram-lhe a passagem. Meteram-no no avião. Duas horas depois, estava a ater-rar na Portela. Deixou a ilha aos doze anos. Ainda nem tinha bigode. Mal pisou o relvado da pres-tigiada Academia, no entanto, viram logo que tinha pinta. E finta…? Nem se fala.

Era um autêntico marabilista. A rapazia-da ficava com os olhos trocados e não era para menos. Nos treinos, dava-lhes nós. Nos jogos, só dava bailhe. Ou não viessse ele da terra do Bailhinho.Terra boa, gente humilde, família pobre – tudo ficou para trás. O miúdo chegou, viu e não parou de vencer. Alvalade serviu-lhe de escola e mais não foi do que a mola pro-pícia, a rampa adequada, o arranque ideal para vôos mais altos.O próximo avião aterrou em Manchester. Em tempo nenhum, conquistou a Inglater-ra e a Europa começou a render-se ao seu talento ímpar. Marcou e deu a marcar. Ar-recadou prémios inviduais. Bateu recordes antigos. Acumulou troféus coletivos. Ga-nhou tudo o que ali havia para ganhar. O seu valor subiu e o seu passe disparou. A equipa, embora de dimensão máxima na esfera financeira do futebol profissional, não o pôde segurar. Custava uma fortuna absurda e estava de novo com as malas

aviadas, de regresso à Península Ibérica.Foi uma transferência astronómica. Ma-drid, em plano quase irreal, decidiu torná-lo no futebolista mais caro do planeta. Aí junta-se a Mourinho – outro espírito megalómano de ambição desmedida – e incendeia ainda mais a sua renhida riva-lidade com Messi para Melhor do Mundo. Os mídia adoram a disputa e promovem o duelo. O povo manda bocas. Os ânimos agitam-se. A pressão está criada. O fran-zino menino da Madeira virou vedeta. É um fenómeno, não resta dúvida. O proble-ma é quererem que seja também infalível. Não pode falhar um golo. Não o deixam desperdiçar uma oportunidade. Caem-lhe

logo em cima.Quando joga pela seleção das qui-nas parece que o faz sobre bra-sas. Não lhe dão tréguas. Nisso, somos exímios. Criticar a torto e a direito. Que é vaidoso, egoísta, arrogante, pri-madona – pro-vocações de mau gosto quando as coisas não cor-rem bem. Espe-ram que carregue

com a equipa às costas sem lhe darem margem de erro.Errou, porventura, o prodígio madeirense, ao descuidar a sua preparação académica para melhor poder defender-se dos riscos e atrevimentos mediáticos. A sua maquina-da imagem de “bad boy”, menino mima-do, deixa-o muitas vezes em maus lencóis, sobretudo quando aliada à de Mourinho (outro caso sério de sucesso luso além frontreiras), causador de imensas dores de cabeça e/ou de cotovelo nas hostes adver-sárias. Nos adversários, compreende-se. O que causa mais estranheza são as aparentes dores de cotovelo dos compatriotas mal humorados, ao que parece, com inveja do êxito milionário do nosso “fantabuloso” astro da bola que – verdade se diga – não deve nada a ninguém.Eu (e não só) é que lhe devo a bonita pren-da que me enviou no recente Dia de Pais. Foi obra prima. Apanhou-me de surpresa.

Com a pizza na boca e a cerveja na mão, quase me engasguei. Felizmente, tal não aconteceu. Sei, no entanto, que se engas-garam redondamente os múltiplos críticos do nosso precioso ás de trunfo. Calou-os a todos de forma categórica. O filho fazia dois anos. Ele decidiu fazer dois golos, para regozijo eufórico da esmagadora maioria dos muitos milhares de compatriotas espa-lhados pelos quatro cantos do mundo. Dois foram suficiente. Mas, podia ter marcado quatro…ou cinco – fora os que ainda deu a marcar. Arrancou uma exibição de luxo,

para não esquecer. Aconteça o que acontecer nos próximos jogos, o que importa aos portugas, em ge-ral, é ignorarem as suas cores clubísticas e convencerem-se de que, quando joga a seleção, o apoio tem de ser uníssono, a to-dos os selecionados. E convençam-se tam-bém de que, no plano individual, estão a apoiar aquele que, daqui a algum anos, vai ser considerado o maior futebolista luso de todos os tempos.É ilheu. É humano. É imperfeito. É um previlégio vê-lo jogar.

O ás de TrunfoRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

8 1 de Julho de 2012COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Numa iniciativa anual da Direc-ção Regional das C o m u n id a d e s ,

realizou-se na bela cidade de Toronto, o Congresso Inter-nacional dos Órgãos de Co-municação Social, nos dias 12, 13 e 14 de Junho, que reuniu 50 Jornalistas dos diversos órgãos de comuni-cação social da comunidade açoriana e portuguesa nos

Estados Unidos da América e Canadá para discutir a sua situação na diáspora.Sem tema único, este Con-gresso recorreu à participa-ção e diálogo dos diversos intervenientes ligados à Co-municação, com o objectivo de dinamizar a importante função que cada órgão repre-senta e o serviço que presta às suas comunidades, na di-vulgação das notícias e dos seus valores. A sessão de abertura deste congresso, assim como a mo-deração do diálogo dos traba-lhos apresentados, estiveram a cargo da Directora Regio-nal das Comunidades, Graça Castanho. “Jornalismo e con-tributos para a dignificação/integração das comunidades açorianas e promoção dos Açores no estrangeiro”, foi o mote para a primeira sessão, que contou com a importante visão do Economista Manuel Batáguas, sobre “O Mundo Global”; Euclides Álvares – Produtor e Locutor da Rá-dio Voz dos Açores – “Casos Verdadeiros” , experiências por ele vividas na rádio de ontem e de hoje que dispôs de forma hilariante e bem disposta todos os congres-sistas. O Escritor João-Luís de Me-deiros, levou “Ideias, desafios e opiniões”, considerando-se um ilhéu-cidadão do mundo, criou uma nova palavra “ne-tizen”... o cidadão da net. Na realidade, por mais global que esteja o mundo da escri-ta, por mais que queiramos e possamos aprender tudo, na-vegando no mar-encapelado da internet, difícilmente po-deremos alcançar a veloci-dade do tempo, sem correr o risco de perdermos o alcance da humanidade... Entre outros registos, de re-alçar “A formação e aposta das novas gerações”, de Ana Cristina Gil, da Universida-de dos Açores; “As novas tecnologias ao serviço da Informação ao nível local e global” por Luciano Bar-

celos, Chefe do Gabinete Multimédia da RTP-Açores e Irene Blayer, da Universi-dadade Brock - Responsável pelo Blog Comunidades. Sempre baseado em vastas experiências pessoais, ain-da ouvimos “Os desafios do jornalismo comunitário, por Luís Pires, da Universidade de Nova Iorque. No último dia do Congresso e sob o tema “O trabalho em rede

como optimização de resul-tados, os jornalistas foram recebidos pelo Abrigo Cen-tre, uma das instituições so-ciais que pertencem à Rede Alargada de Organizações de Serviço Social, igualmen-te apoiada pela Direcção Re-gional das Comunidades. Entretanto, outras visitas fo-ram feitas, à Casa dos Açores de Toronto e Centro Cultural Português de Mississauga, que promoveu um delicioso jantar para receber a vasta equipa de jornalistas, mais que tudo sempre disposta a aprender dos contactos de cada lugar que visitou.Atravessar o Atlântico para estes três dias de trabalho e ponderação intensos, só a paixão pela comunicação pode compensar! Está vis-to que a Arte de Comunicar não é para todos. Comunicar é um acto de Amor e Liber-dade. É deixar que o Mundo cresça, pule e avance.Para a Directora Regional das Comunidades, Graça Casta-nho, o propósito foi atingido, na prestação e debate dos temas apresentados. Resta aguardar o destino do pró-ximo Con-g r e s s o , que seja qual for a distância, s e m p r e será mais uma razão positiva e s au d ável de unir os que, na Diáspora, c o n s e -guem fazer A m i zade entre Co-m u n i d a -des através dos mais diferentes Órgãos da C omu n i -cação So-cial.

Jornalistas da Diáspora, em Congresso Aqui, vai a promessa:

sem qualquer propósito de paroquiar a glorifi-cação litigiosa exercida

pelos lustradores capitães-dos-donatários do património literário da açorianidade, gostaria de vos convidar a oferecer uma ‘olhada’ solidária ao talento imigrante que permanece alheio à vitrina do cha-mado sucesso pequeno-burguês. Todos sabemos que a estafafa (por vezes velhaca) táctica de usar a cha-mada ‘política-do-encosto’, tendo em vista forçar a visibilidade efê-mera à mediocridade, serve apenas para engrossar o efeito causativo de adiar sine die o reconhecimento da autenticidade artística não con-vertida às leis do mercado…Como não disponho de espaço gráfico nem de indumentária aca-démica para impressionar ‘auri sa-cra fames’ os amadores do aplau-so fácil, tomei há pouco a serena decisão de, em breves dizeres, su-gerir a esperança de açorianizar a convivência literária. Continuo vo-luntariamente atado ao pudor de trazer à ribalta do memorandum apenas aquelas pessoas e obras que dispensam fanfarronices ilumina-das pelo fogo-fátuo comunitário, como sejam: o veterano cronista, estimado padre Ferreira Moreno, que é o mais acabado exemplo da antítese do vedetismo literário; o doutor Fernando Soares da Silva, rigoroso investigador do inexau-rível tesouro que é o pensamento filosófico de Antero de Quental. Entrementes, sinto-me consciente do risco voluntariamente aceite de cometer lapsos nominais nas mi-nhas referências, todavia isentas de intenções ocultantes do talento alheio…Mas hoje, caríssimas(os), não va-mos ‘açorianizar’ autores e obras já consagrados pelo tempo, como seria, por exemplo, o enorme Mi-guel Torga; mas já agora, vamos apenas oferecer parte do seu po-ema ‘Viagem’, escrito em 1973, no tempo em que a madrugada do nosso abrilismo português (1974) permanecia hesitante no útero da Espera da liberdade lusitana: É o vento que me leva.O vento lusitano.É este sopro humano UniversalQue enfuna a inquietação de

Portugal…

Seja-me permitida a repetição: vamos açorianizar a convivência literária. Refiro-me desta feita a alguns dos artistas que criam (por vezes ‘pela-calada’ comunitária) os seus próprios albuns artísticos, os seus livros (poesia e novelas), as suas crónicas radiofónicas, tudo semeado na dispersão geo-cultural da açorfórnia e da mexifórnia…Atrevo-me a sugerir alguns livros para abraçar neste verão, que pro-mete abraçar a humanidade com o torpor da incerteza planetária. Mas cuidado: numa primeira fase, não seria ajuizado sugerir temas da ‘pesada’, de autores como Sacunta-la de Miranda (A Emigraçao Por-tuguesa e o Atlântico – 1870-1930), nem o jovem promitente escritor Gonçalo M. Tavares (Uma Viagem à India), ou mesmo o Prof. José Medeiros Ferreira (Os Açores na Politica Internacional) … Todavia, gostaria de realçar outros livros que não aconteceram para disputar prémios na idolatria europeia, mas que merecem ser referenciados (so-bretudo apreciados) no panorama artístico-literário da comunidade luso-americana:Raiz de Pedra (poesia) – Cisaltina MartinsBeijo de Abelha (poesia) – Maria das Dores Beirão Encruzilhadas (poesia) – José Manuel Jorge RaposoE da Carne se fez Verbo – José F. CostaPensar São Jorge – Frederico MacielO Cântico do Silêncio – José Luís N.P. da Silva Cem Anos Sem Ti – Luciano Car-doso

Os amáveis leitores desta coluna certamente já notaram que o nosso estilo não se adapta facilmente às homilias inspiradas pelo ‘amiguis-mo’ literário. Socorro-me nesta emergência da perspicácia queiro-ziana que nos diz: nos amores des-te mundo, desde Eva, há sempre um que ama e outro que se deixa amar. Concordo. Até mais ver, parece verdade: o homem não se aperfeiçoa no que lhe é inato...

Não custa admitir que os meus apressados comentários àcerca da Obra e dos Autores supracitados podem suscitar algumas reticên-

cias aos mordomos da credibilida-de académica. Daí que talvez valha a pena recordar uma frase dum po-ema que escrevi há dez anos: … marchar com a coragem de ter medoMas sem temor das curvas do mistério;Atlanta comovido a oeste do dilema,Cativo na vala-comum duma esperaApós queda-livre em busca do poema… (*) Um dos recentes livros aparecidos nos escaparates da comunidade lusófona da Califórnia apresenta-se com o sugestivo título ‘Cem Anos Sem Ti’, da autoria do nos-so compatriota Luciano Cardoso. Trata-se de um trabalho de fino recorte artístico-sentimental, que só poderia ser narrado por alguém que bem conhece as atalhadas da etnodiceia da emigração : Vamos, vamos, toca a andarEmigrar não é trair nem vergar – é partir para um novo-estar… (*)

Pessoalmente, apronto-me a con-firmar que não fui totalmente apanhado de surpresa pelo facto do escritor Luciano Cardoso ser conhecedor do solfejo da Escrita. Sabemos da sua presença nas pá-ginas da Tribuna Portuguesa, com as suas sonatas opinantes (melhor dizendo, pensantes). Sabemos ain-da da sinceridade narrativa patente no seu ‘Cem Anos sem Ti’ – livro que dispensa o habitual elogio editorial. Quem neste verão deci-dir oferecer algumas fatias do seu tempo livre à sua leitura, verá que não estou equivocado...Antes de interromper este breve depoimento, vou pedir emprestado ao nosso Eça de Queiroz alguns dos seus dizeres, oferecidos há mais de 100 anos: ‘o livro precisa de ser interrogado para que diga o que contém; assim como a harpa precisa de ser tocada para se lhe apreciar a voz sonora, e o frasco de perfume necessita de ser aber-to para se lhe conhecer a essência que contém…’ (*) vide livro (Re)verso da Palavra

Memorandum

João-Luís de [email protected]

açorianizar a convivên-cia literária…

Page 9: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

9 COMUNIDADE

O melhor queijo tipo São Jorge fabricado na California

Enviam-se ordens via UPS com o mínimo de 2 libras

Joe Matos3669 Llano Rd

Santa Rosa, CA 95407707-584-5283

Novo CD do Conjunto ProgressoNuno MathiasNovo Cônsul-Geral de Portugal

Curriculum Vitae de Nuno Mathias:

- Nuno Vaultier Mathias- Nascido a 12 de Junho de 1968, em Lisboa.- Licenciado em Direito pela

Universidade Autónoma de Lisboa- Pós-gradua-ção em Estu-dos Europeus pela Universi-dade Católica Portuguesa.- Casado com dois filhos

P e r c u r s o Profissional:

2012 - Nome-ado Cônsul-Geral de Por-tugal em San Francisco a 30

de Abril de 2012

2009-2012 - Diretor de Serviços dos Assuntos Institucionais e das Relações Bilaterais, na Direcção Geral dos Assuntos Europeus.

2008-2009 - Chefe de Divisão da Justiça e dos Assuntos Internos, na Direção Geral dos Assuntos Europeus.

2003-2008 - Colocado na Em-baixada de Portugal em Maputo

1998-2003 - Colocado na Embai-xada de Portugal em Washing-ton. Durante este período, exer-ceu as funções de Encarregado da Secção Consular da Embai-xada em Washington, cuja área de jurisdição comporta 27 Esta-dos e superitende os Consulados Honorários de Miami, Chicago, Houston e Nova Orleãs.

1995 - Ingressou na Carreira Di-plomática. Actuações do Conjunto:

Page 10: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

10 1 de Julho de 2012COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Há dias, numa das mi-nhas frequentes via-gens a Fresno que fica a 45 minutos de minha

casa), para gravar o programa de televisão que modero, os Portugue-ses no Vale (a celebrar o seu 23o aniversário) vi um autocolante, de certeza num carro de um professor de matemática, que dizia: a mate-mática é radical. Também é cliché dizer-se que: a verdade está nos nú-meros. E é de números que quero refletir, particularmente os núme-ros que falam de quantos somos no estado da Califórnia, um dos mais emblemáticos da união americana e onde a nossa presença portugue-sa data o século XIX. Um dos nossos números favori-tos, é, indubitavelmente, o milhão. Todo o mundo quer ser milioná-rio. E nós portugueses e luso-descendentes, não fugimos à regra. Quando se pergunta por aí, quantos somos na Califórnia, é quase una-nime que somos: um milhão. E em cada estado da na união america-na queremos ser um milhão, o que nos dava, nos Estados Unidos pelo menos uns cinco a seis milhões de portugueses e luso-descendentes. Mas a realidade é diferente. Se nos faz bem ao nosso ego coletivo sermos um milhão, que fiquemos com ele. Porém, não são esses os números oficiais. Esses sim é que contam. São esses números que as entidades americanas se ba-seiam para distribuir recursos, dar apoios, reestruturar serviços, etc. Daí achar boa ideia olharmos para os números e depois, claro que vol-

taremos ao nosso milhão.Permitam-me prefaciar esta olha-dela pelos números estabelecendo a premissa de que é obvio que duran-te o recenseamento, o Census 2010, houve alguns luso descendentes que não se identificaram como tal, ou por não acharem importante, ou por não querem. O que também se poderá acrescentar: se não se que-rem identificar como tal, serão? É uma questão pertinente e discutí-vel. Segundo o relatório do governo americano somos, nos Estados Unidos, 1,405,900 portugueses e luso-descendentes, ou seja, repre-sentamos cerca de 4,7 da popula-ção do país. Somos 374,875 no estado da Califórnia, seguidos por Massachusetts que tem 311,767. E até estamos, como se sabe, no Ha-waii, onde somos um pouco mais de 100 mil luso-descendentes. Das pessoas que se identificaram como sendo de origem portuguesa na Califórnia, 49,3% são homens e 50,7% são mulheres, daí que não faça sentido que as nossas insti-tuições ainda estejam controlados pelos machos, com pouquíssimos cargos de importância a serem ocupados pelas senhoras. A idade média das pessoas de origem por-tuguesa na Califórnia é 39,1 anos de idade, o que nos diz aquilo já há muito sabemos: somos uma co-munidade envelhecida. Quando há anos ia a eventos culturais da nossa comunidade (o que faço com regularidade há três décadas) e era o mais novo, achava piada. Agora com 53 anos feitos e por vezes sou dos mais novos, já não tem piada nenhuma.

No campo da educação 12,1% das pessoas que se identificaram como portuguesas, têm apenas a instru-ção primária; 27,3 possuem o en-sino secundário; 37% têm alguma instrução além do ensino secundá-rio, desde curso técnico a algumas unidades universitárias; 16,1% pos-suem uma licenciatura (Bachelor's degree) e 6,8% possui mestrado ou doutoramento. Daí que 87% da nossa comunidade concluiu o ensi-no secundário, ou seja um número muito acima da média dos hispâ-nicos, por exemplo, e 22,9% tem cursos universitários, algo que, felizmente, tem mudado muito nos últimos anos. Outros números interessantes e importantes para refletirmos quem somos neste grande estado norte-americano, referem-se por exemplo a quantos somos os que nascemos em Portugal e os que nasceram nos Estados Unidos e ainda se consi-deram portugueses. Das quase 375 mil pessoas que se identifica-ram como de origem portuguesa, 36,7% nasceram em Portugal (a vasta maioria nos Açores), Desses 25,3% naturalizaram-se ameri-canos, mas temos ainda 11,3% da comunidade que não se naturali-zou. No que concerne à língua de comunicação utilizada em casa, 83,3% dos nossos lares só falam inglês e apenas 16,7% das nossas famílias ainda falam português nas suas casas. Dos homens recenseados com mais de 16 anos de idade, 51,1% estão casados; 34,6% estão soltei-ros; 1,4% separados; 2,5% viúvos e 10,3% divorciados. No que con-cerne às mulheres, 38% solteiras;

47,7% casadas; 1,9% separadas, 9,2% viúvas e 13% divorciadas. Quanto às profissões e vencimen-tos, das quase 375 mil pessoas de origem portuguesa na Califórnia, 73% trabalham na industria priva-da e por conta de outrem; 16,8% trabalham no sector publico, 9,8% trabalham por conta própria, 0,2% estão nas forças armadas (apenas 713 pessoas em todo o estado) e 5,5% estão desempregados (ou es-tavam em 2010). Dos trabalhado-res 39,2% têm um vencimento anu-al inferior a 50 mil dólares (desses 13,8 % menos de 24 mil dólares ao ano); 17,9% ganham entre 50 a 74 mil dólares por ano; 14,6% entre 75 e 99 mil dólares por ano; 16,7 por cento entre 100 a 140 mil dólares; 6,4% entre 150 a 199 mil dólares e 5,1% têm um vencimento anual superior a 200 mil dólares. Dos apoios e reformas publicas, 27,8% das pessoas que se identificaram como de origem portuguesa, rece-bem a sua reforma do Social Secu-rity e 6,7% recebem apoio gover-namental, tal como food stamps. No que concerne à distribuição da nossa comunidade, estamos, como se sabe, um pouco por todo o es-tado, por exemplo: 33,816 no con-dado de Alameda; 24, 670 no con-dado de Contra Costa; 11,221 no condado de Fresno; 6,056 no con-dado de Kings; 22, 001 no condado de Los Angeles; 12,031 no condado de Merced; 1,890 no condado de Napa; 11,110 no condado de Oran-ge; 7,268 no condado de Riverside; 23,575 no condado de Sacramento; 7,111 no condado de San Bernar-dino; 21,184 no condado de San Diego; 19, 096 no condado de San

Joaquin, 6,069 no condado de San Luís Obispo; 28, 205 no condado de Santa Clara; 25, 212 no condado de Stanislaus; 7,894 no condado de Sonoma; 9,668 no condado de Tu-lare e 3,562 no condado de Hum-boldt, entre outros. Em termos de cidades temos, se-gundo o Census de 2012, San Jose com 15,480; San Diego com 7,027; Los Banos 1,871; Santa Clara 3,654; Chino 1,174; Artesia 1,379; Tulare, 4,122; Hilmar 2,015; Antio-ch 1,998; Modesto 7,250; Stockton 2,568; Petaluma 1,755; Sacramento 7,182; Turlock 5,184; San Leandro 2,713; PismoBeach com 208, entre outras cidades. Claro que números são números, mas destes números podem tirar-se muitas ilações. É que, como dizia o tal autocolante, a mate-mática é radical. O importante é termos em consideração quantos somos, segundo os números ofi-ciais, e enquanto eles forem estes, e provavelmente a tendência é para diminuírem, acho que deveremos ter muito cuidado com o tal má-gico milhão. Pode ser um número bonito, redondo, bem sonante e até pode alimentar o nosso ego comu-nitário. Porém, não é verdade e fica-nos mal andarmos a dizer que somos o que não somos, porque, e cá vem o cliché: a verdade está nos números e eles explicam-nos muito o que se passa nas nossas comu-nidades de origem portuguesa na Califórnia.

A verdade dos números

Page 11: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

11COLABORAÇÃO

Fados d'Alma Lusa

Fado! Fados e dos bons, foi o que se ouviu na noite do lançamento do CD “Fados d'Alma Lusa”, do David

Silveira Garcia. Não vou relatar o que se passou cronológicamente, porque, para falar a verdade, não tomei notas e vou escrever à medida que me for lembrando os acontecimentos. Para já, a sala da Portuguese Band of San Jose estava bem de-corada e os comes e bebes eram bons, abundantes e bem confec-cionados. Os Rouxinóis estão a tocar lindamente e o Jorge Costa a cantar cada vez melhor. Fiquei também impressionado com a atu-ação da Lysandra e da sua “Rosa Enjeitada” e se ela continuar a cantar da maneira que cantou nes-sa noite, será uma Rosa Desejada. A Crystal Mendes, penso eu, foi a terceira vez que a ouvi e sem dú-vida alguma que essa moça terá futuro como fadista. As outras, a Sandra, a Natália e a Mary Lou ( a quem nunca tinha ouvido antes e fracamente gos-tei), cantaram todas lindamente bem. A Loraine Barcelos Jacinto, na minha o opinião, merece um aparte pela razão de que todas as vezes que a ouço, canta sempre fados diferentes dos que costuma-mos ouvir e com tal beleza e per-feição que só Loraine sabe fazer. Eu não sabia era que tínhamos um Doutor, o Paulo, a cantar o fado de Coimbra. Bravo, homem! Os meus parabéns. Quanto à Zélia, o que posso eu dizer? É como o vinho do Porto, nem precisa be-ber para saber que é bom, basta a presençae isso, ela tem de sobra. O dueto que ela cantou com o David foi impecável. Penso que não dei-xei nenhum fadista atrás. Gostei da maneira como o espetáculo foi apresentado, inclusive quando o Helder Carvalheira, o João Car-dadeiro e o Carlos Goulart eluci-daram sobre a maneira de se fa-zer e lançar um CD no mercado. São, realmente, muitas horas de trabalho, mas quando o produto final é apresentado e tem a clas-se que o CD do David tem, vale a pena todo o esforço despendido. Os elementos dos “Sete Colinas” são, sem dúvida alguma, músicos (tocadores) inigualáveis e o David pode e deve se orgulhar de ter a acompanhá-lo, tão distintas figu-ras.Mas, afinal, a estrela da noite foi mesmo o David. E que brilho

teve e tem essa estrela! Um rapaz nascido nesta terra, assim como muitas das fadistas que atuaram durante a noite, que fala e can-ta muito bem a língua Lusa (que inclusive deveria servir de lição para quem canta em português sem saber pronunciar as palavras), arrancou da sua alma uma coleção de fados que, sem dúvida alguma, merece o título que ele escolheu para o seu CD. O David tem uma bela voz, tem presença, tem caráter, tem pessoas amigas que o admiram e respeitam e como ele disse, tem uns pais que o educaram de maneira que ele se sentisse (como se sente) orgulhoso da nossa cultura, o que o fez plan-tar a sua voz nesta bela Califórnia, que criará raízes neste solo fértil, tanto ou mais profundas como as das figueiras, as videiras ou as ur-zes do mato nas pedras negras do Pico. Foi, também, durante essa noite a apresentação de um vídeo do Da-vid, com o título “Falta escrever na Lua”. Extraordinária a letra e a interpretação do David muito mais. A maneira como o vídeo foi feito, mostra bem todo o empenho e o amor que foi colocado em tal trabalho. Todas as pessoas que, de uma maneira ou de outra, colabo-raram, estão de parabéns. E para ti, David, só tenho a acrescentar que:Teus braços não chegam à luamas, cada quadra, cada verso,se cantados pela voz tua, atravessam o universo. Quando vou a qualquer evento dessa natureza, tento sempre guar-dar na minha mente uma palavra ou uma frase que eu possa usar como tema para os meus artigos neste nosso Tribuna. Houve tantas que foram proferidas pelo David, pelos outros fadistas, pelos guitar-ristas, até pela amiga Connie Gou-lart que fez um excelente trabalho, mas, houve uma frase que o Hel-der Carvalheira proferiu que me ficou a martelar na cabeça. Várias vezes ele disse que queríamos ser iguais aos de Lisboa ou a Lisboa. Claro que ele se estava a referir ao produzir um CD, ao cantar o fado, ao tocar os instrumentos e tudo o mais que se relaciona com o fado. Caro amigo Helder, eu penso que iguais aos de Lisboa já somos. Agora seremos melhores, depois do que se pude ver e ouvir nessa noite da apresentação dos “Fados d'Alma Lusa.“

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Page 12: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

12 1 de Julho de 2012COMUNIDADE

On November 27, 2011 - A historical day for the Portuguese cultu-re. UNESCO (United

Nations Educational Scientific and Cultural Organization) finally proclaimed Fado as an Intangible World Heritage. Now, Fado is not only for the Portuguese. Fado be-longs to the entire world.For many, Fado is an anguished song that talks about suffering, the longing of the past, fate, pain, love, and jealousy. In the begin-ning, Fado was often instrument of social criticism. Fado is the essence of being Por-tuguese. Fado is in our hearts, it

runs inside our veins. Its origins got lost in time and no one knows for sure, when it first appeared, although, the first documented description came from the end of the XVIII century.Everyone had the opportunity of learning the many faces of Fado: Fado Vadio, non-professional, Fado Castiço, the most traditio-nal in Lisbon neighborhoods, Fado Falado, the beautiful and romantic Fado de Coimbra …The Portuguese Fraternal Socie-ty of America would like to ex-presses sincere appreciation to everyone that attended the 2012 PFSA Symposium…a great Suc-

cess. A special THANK YOU to Dr. Nuno Vaultier Mathias, Consul General of Portugal in San Francisco, who had just arri-ved to California on June 5th and graciously accepted our invita-tion. His words were extremely timely and we thank him for the 2012 commemorative medallion . A Special THANK YOU to the Presenters - João Cardadeiro & Isolete Facão-Grácio; musicians - Leonel Medeiros, Manuel Es-

cobar and João Cardadeiro, Fa-dista.- David Garcia,. A Thank you to Max Grácio, Isolete Fa-cão-Grácio; and Hélia Borges Sousa, a local artist for displaying their art and to Angelino Santos for being the photographer for the evening.We hope that our Symposium brought lots of memories and love for Fado.

L-R: Leonel Medeiros, Manuel Escobar, Isolete Facão-Grácio, David Garcia and João Cardadeiro

L- R: Richard J. Castro, PFSA Supreme President; Dr. Nuno Vaultier Mathias, Consul General of Portugal in San Francisco and Timothy L. Borges, CEO of PFSA

L-R: Leonel Medeiros, Manuel Escobar, Isolete Facão-Grácio

Fado (Portuguese pronunciation: [➢faðu], "destiny, fate") is a music genre which can be traced to the 1820s in Portugal, but probably with much earlier origins. Fado historian and scholar, Rui Vieira Nery, sta-tes that "the only reliable information on the history of Fado was orally transmitted and goes back to the 1820s and 1830s at

best. But even that information was fre-quently modified within the generational transmission process that made it reach us today."[1] In popular belief, fado is a form of music characterized by mournful tunes and lyrics, often about the sea or the life of the poor, and infused with a characteristic sentiment of resignation, fatefulness and

melancholia (loosely captured by the word "saudade", or longing). However, although the origins are difficult to trace, today fado is by many regarded as a simply a form of song which can be about anything, but must follow a certain structure. The music is usually linked to the Portuguese word saudade which symbolizes the feeling of

loss (a permanent, irreparable loss and its consequent life lasting damage).

in wikipedia

Fotos de Lidia Mata

Page 13: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

13 COMUNIDADE

Anna & Joe Luis - 60 anos de vida conjugal

Sentados: Anna e Joe Luis. Em pé: Joseph e JoAnn Luis; Jessica e Chad Parsons; Jennifer e Gary Read; Michael Parsons; Jon Enberg, Elizabeth e Tom Enberg;

Realizou-se no dia 6 de Maio no Salão de Festas da Azorean Band em Escalon a Festa do 60º Aniversário de Anna e Joe Luís, organizada pelos seus filhos Joseph, JoAnn, Elizabeth e Jennifer.Tribuna Portuguesa sauda os amigos Anna e Joe Luís por esta tão bonita data.

60 anos separam esta duas fotografias. Nesses anos faziam-se bonitos bolos de casamento como se pode ver por esta linda foto.

Falecimento

Adriano Melo FagundesCom a idade de 58 anos, faleceu no dia 1 de Junho no Hospital de Stanford, Palo Alto, Adriano Melo Fagundes. Deixa de luto sua esposa Maria Fagundes, mãe Rosa da Anunciação Fagundes, na Vilanova, Ilha Terceira, filho Moisés Fagundes, de Turlo-ck, duas filhas, Marcia Silva, casada com Nelio Silva, de Turlock; Lisandra e marido Danny Machado, de Hilmar; dois irmãos, Lázaro Fagundes e esposa Zelinda, na Agualva; Adão Fagundes e esposa Alda, de Modesto. Uma irmã, Marta e marido João de Sousa, de Hilmar. Deixa também a cho-rar a sua morte, quatro netos, Isabella Silva, Cristiano Silva, Victoria Machado e Daniel Machado.Trabalhou durante 20 anos no Gallo Wi-nery. Era membro da Igreja da Nossa Se-nhora da Assunção de Turlock e da Banda

Açoriana de Escalon. Gostava muito de jogar dominó e adorava o seu Benfica e de passar tempo com os filhos e netos. O Rosário e a Missa de Corpo presente tiveram lugar na Igreja de Nossa Senhora da Assunção a 6 e 7 de Junho. Adriano Fagundes ficou sepultado no Turlock Memorial Park.Tribuna Portuguesa envia sentidas condolências a toda a família Fagundes.

Tempos de Outrora em Arcata

Realizou-se de 31 de Maio a 3 de Junho de 2012, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, o V Congresso International Sobre as Festas do Divino Espírito Santo, organizado pela Direcção Regional das Comunidades. O congresso contou com a participação de cerca de 100 pessoas, incluin-do 33 palestrantes em representação de diversas comunidades da diáspora Açoreana, incluíndo San-ta Catarina e Rio Grande do Sul, Brasil; Canada; California; bem como re-presentantes de Portugal continental e ilhas Aço-rianas. Francisco Henrique Di-nis, Presidente da edito-ra, Portuguese Heritage Publications of Califor-nia, Inc. de San José, e Evelyn DaRosa Felicia-

no, Presidente da United Portuguese S.E.S. Inc., de San Diego, represen-taram as comunidades Portuguesas do Norte e Sul da California, respec-tivamente.Evelyn Feliciano, apre-sentou um trabalho sob o tema: “San Diego’s Oldest Ethnic Festival – The U.P.S.E.S. Festa do Divino Espirito Santo – Celebrating 100+ Years of Festa”. Por seu turno, a apresentação de Henrique Dinis versou o tema: "Es-pírito Santo na California – Tradições e Peculiari-dades da Diáspora”. Para ler o texto completo em Português visite http://por tuguesebooks.org /wordpress/wp-content/uploads/2011/05/V-Con-resso-E-S-_California.pdf Neste congresso ficou

assente que os investi-gadores Manuel Serpa e Maria Norberta Amorim, irão liderar o processo de candidatura das festas do Divino Espírito Santo a Património Imaterial da Unesco. A Direcção Re-gional das Comunidades, que organizou o evento, garantiu o apoio à inicia-tiva. Também ficou tenta-tivamente decidido que o próximo congresso a rea-lizar em 2014, será orga-nizado pela comunidade Portuguesa de Winnipeg, Canada.Agradecemos à Direc-ção Regional das Comu-nidades, na pessoa da Dra. Graça Castanho a gentileza do convite para participarmos neste con-gresso.

Henrique DinisPresident, PHPC

V Congresso Internacional sobre as Festas do Divino Espírito Santo

David Garcia agradece o convite da deslocação do Grupo Folclórico Tempos de Outrora a Arcata

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14 1 de Julho de 2012 FESTAS

Patterson em festa

Realizaram-se nos dias 13 a 18 de Junho a Festa do Espirito Santo em Patterson, com um programa habitual neste tipo de festas. A Missa foi presidida por Isaque Meneses. A Presidente foi Lizabeth Machado, VP Jacinta e Germano Soares, Secretária Amanda Machado, Tesoureira Bernardette Avila, Marshall Lúcio Toste (ver foto à esquerda). Cantoria com João Pinheiro, Adeli-no Toledo e António Azevedo (foto acima). Na Segunda-feira, corrida de toiros na Praça de Gustine, com cavaleiros Rui Santos, João Garcia e matador Enrique Garza. Toiros da Ganadaria do Pico dos Padres.

Rainha Pequena Kelsea Garcia, aias Madeline Agueda, Alexandria Cortez. Rainha Grande Laura Machado, aias Lesley Oliveira, Jacquelyn Melo.

Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

Page 15: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

15 FESTAS

Troca de coroas entre as rainhas do ano passado e de 2012.Isaque Meneses coroa a Rainha Pequena Kelsea Garcia

Christina Machado, Kelsea Garcia, Madeline Agueda, Lesley Oliveira, Laura Machado e Jacquelyn Melo Embaixo: aspecto do princípio do Bodo de Leite

Page 16: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

16 1 de Julho de 2012FESTAS

Irmandade do Espírito Santo de San José

Coroação das Rainhas Kyle Gonzalez e Catherine Brasil e Presidente Irene e Joe Fagundes. Possívelmente esta foi a ultima coroação de António Reis, que já está na Igreja das Cinco Chagas há seis anos, sendo o seu ultimo dia a 30 de Junho.

Page 17: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

17 FESTAS

Irmandade do Espírito Santo de San José

Irene e Joe Fagundes, Presidente

A convite da Igreja, Graça Castanho e Nuno Mathias congratulam a IES bem como a Comunidade em geral, por tão linda festa.

Aia Roxanne Aguilar, Rainha Kylee Gonzalez, aia Susanne Aguilar

Aia Angelica Bettencourt, Rainha Pequena Catherine Brasil, aia Jessica Brasil

Page 18: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

18 1 de Julho de 2012FESTAS

I.E.S. de San José - 98 anos de festa

Teve lugar nos dias 22, 23 e 24 de Junho a maior Festa do Espírio Santo da Área da Baía. O IES de San José vestiu-se de gala para comemorar 98 anos de devoção ao

Divino Espirito Santo. Milhares de pesso-as compareceram à festa, muito embora as noites estivessem ventosas e frias. A Coroação foi bonita e congregou muitas

organizações de quase toda a California. No dia 22 houve a habitual cantoria, com Maria Clara, João Rodrigues, Abel Raposo e Manuel dos Santos, acompanhados por

Manuel Mendes, Jorge Reis, Chris Mar-tins e Tommy Vieira. A homilia da festa foi feita por Tony Silveira, o novo diácono da paróquia.

No Sábado, dia 23 houve Missa Campal com a participação do Grupo Coral Sau-dades da Terra.Actuação do Grupo Folclórico Tempos de Outrora de San José, apresentação da Rai-

nhas, arrematações e baile com o Conjunto Raça. No Domingo, Coroação, benção das rosquilhas (ver foto), seguida de Missa de Festa, presidida por António Reis e ajuda-do por Tony Silveira. Serviu-se a primeira

mesa de Sopa e carne. Concertos musicais, arrematações, baile com Roberto Lino, distribuição das tradicionais rosquilhas e

a finalizar concerto pela Banda Portugue-sa de San José.Acima: Maria e Olegário Avila (VP)

Nuno Mathias, novo Cônsul-Geral de Portugal, Graça Castanho, Directora Regional das Comunidades e Manuel Bettencourt, Presidente da LAEF e POSSO.

Page 19: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

19 FESTAS

Francisco e Maria Martins (Marechal) Cozinheiro-mór, José Sarmento (quarto a contar da direita) e ajudantes

Tempo para deixar em liberdade as pombas do Espírito Santo, depois de todas a terem beijado (o que não aconteceu com todas, por receio)

Embaixo, esquerda - aspecto parcial do Salão de Festas do IES de San José, que alberga mil pessoas por cada mesa de Sopas e Carne.

Page 20: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

20 1 de Julho de 2012FESTAS

Festa de Hayward

Aia Brianna Machado, Rainha Pequena Eliana Ferreira, aia Anya Ortiz

Aia Celina Avila, Rainha Junior Sofia Ferreira, aia Adriana Avila

Aia Isabella Hernandez, Rainha Grande Angelina Ferreira, aia Lauren Soares

Coroação da Presidnte da Festa Neuza Garcia, da Rainha Junior Sofia Ferreira, de Jessica Fagundes (como Santa Isabel) e Rainda Grande Angelina Ferreira (acima à direita) Cozinheiros e ajudantes - os que nunca vêem a festa

Page 21: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

21 COMUNIDADE

Long-time Member Ta-pped to be CEO of oldest Portuguese Fraternal Be-nefit Organization in the United States.

Luso-American Life Insurance Society announced today. June 18, the appointment of Lino M. Amaral as its incoming Executi-ve Vice President/Chief Executi-ve Officer. Mr. Amaral will be succeeding J. Larry Soares who announced his retirement in Fe-bruary 2012. A first-generation Luso-Ameri-can born son of an Azorean im-migrant father and mother also of Portuguese descent, Amaral has been involved in the Luso-American Life Insurance Society virtually all of his life after beco-ming a member at the young age of 6 months. Through the years, he has held various leadership po-sitions within the Luso-American Fraternal Federation organizatio-nal structure including insurance salesperson, Director of Youth Programs, Director of the Luso-American Fraternal Federation and Advisory Board member.In addition to his lifetime of So-ciety experience, Amaral brings a wealth of broad financial busi-ness expertise and unparalleled commitment to customer satis-faction. After earning a B.S. De-gree in Business Administration & Economics from Saint Mary’s College in Moraga, California, he spent time as an Executive Recruiter with an emphasis on

selection of finance and accoun-ting professionals, 3 years as a Financial Advisor with Morgan Stanley Smith Barney and has amassed over 15 years of hands-on experience in the real estate industry, most recently as Broker Associate for J. Rockcliff Real-tors.Luso-American Life Insurance Society is the oldest Portuguese fraternal benefit society in the United States with over 20,000 members. The organization was originally established as the Portuguese Protective and Benevolent Association, which was founded by Portuguese im-migrants over 140 years ago. As an organization which is dedica-ted to preserving and promoting their cultural heritage, traditions and values while striving for the betterment of its members, their purpose can be best described through their mission statement: “To be the premier provider of life insurance, financial and fra-ternal services to individuals and families in the Luso-American Communities.” "We are honored to have Lino as an integral part of our organiza-tion.” states Joseph B. Vieira, President of the Luso-American Life Insurance Society. “His bre-adth of experience makes him an ideal candidate for leading our organization at a time of such ra-pid industry change. The entire Board looks forward to working with Lino on the many challenges and opportunities that are facing all fraternal benefit societies du-

ring these changing times.”Amaral cites several opportuni-ties and challenges for the orga-nization. “With diminishing im-migration and recent economic complexities, we must be more creative in our pursuit of obtai-ning new members and managing how we provide services to our existing members. There are cer-tainly challenges, however, I be-lieve we have the opportunity to maximize our efforts by embra-cing the use of new technologies such as our recent system conver-sion and utilization of various so-cial media platforms to connect with not only our vast base of previous youth members, but the many thousands who claim Por-tuguese as part of their ancestry. We do have a valuable message and product offerings that need to be disseminated amongst our community. One example is our Luso-American Education Foundation which provides scho-larships and educational grants in various catego-ries and sponsors student exchange programs, annu-al education conferences, summer youth educational camps and Portuguese Day activities. This additional access and assistance to hi-gher learning can only lead to the betterment of not only our Society, but to the community as a whole.”An avid sportsman and food lover, Amaral resides in Concord with his wife Linda, three children Mat-

thew, Monica and Lindsey and his Boxer Maui. A devoted fa-mily-man who is certainly proud of his Portuguese heritage, he en-joys RV camping, music, playing golf and baseball and being acti-ve in various youth sports organi-zations in the community.For Lino Amaral, his next mis-sion reflects his dedication to his

new endeavor: “I look forward to the opportunity to serve all of the members of this great Socie-ty that I have been a part of my entire life. I will seek to incorpo-rate the ideas and thoughts of our members in every effort to work together as a team to grow and promote our Society now and in the future.”

New Executive Vice-President/CEO Begins Duties at Luso -American Life Insurance Society

Lino Amaral

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Portuguese IN California visitou Artesia

Nelson Ponta-Garça e a sua equipa desta vez deslocou-se a Artesia afim de explicar o projecto Portuguese IN California. Projecto am-bicioso de jovens ambiciosos, que vão precisar do apoio da nossa comunidade.

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26 1 de Julho de 2012

Em 1910, quando Charrua viu a luz do dia, o rendimento médio em Portugal deveria situar-se — esti-mam alguns — entre 1 e 2 dólares por dia . E, mesmo assim, tendo em conta que o Poeta nasceu numa freguesia, é acertado pensar que um trabalhador rural, como era seu pai, Vitorino, ganharia féria abaixo desta média estatística, ainda que tivesse a sorte de ter trabalho todos os dias.José de Sousa Brasil veio ao mun-do no seio de uma família de fracos recursos económicos, pelo que não surpreende que o pároco de Nos-sa Senhora do Pilar, Cinco Ribei-ras, tivesse anotado à margem do assento de batismo a dispensa de emolumentos, por indigência.

Nessa altura a ilha Terceira so-breabundava, como os Açores em geral, de famílias como esta — hu-mildes, esforçadas e trabalhado-ras — em que mães, pais e filhos, ainda crianças, labutavam do rom-per d’alva ao sol-pôr, descansando apenas ao domingo, para ganharem o magro pão e o escasso leite com que calavam a fome.

Aqueles que haviam nascido em tal ambiente não ambicionavam senão poder ter fartura sobre a mesa e, por isso, dar-se a devaneios de espí-rito, que sobrelevam o ser humano ao mais alto da Humanidade, mas não sossegam de imediato o grito do estômago, não entrava nos mo-dos de vida, nem nos pensamentos, nas nem preocupações daquelas gentes de então. Surpreende, por-tanto, que um jovem nascido em tal desventura económica, em meio e época tão contrários e difíceis, te-nha com facilidade notória feito 3º ano do ensino primário elementar, como sucedeu com o jovem José.

Na época, a instrução primária obrigatória era de 3 anos, o chama-do 1º grau. Só mais tarde se tornou obrigatório o 2º grau — a 4ª clas-se — que Charrua veio a obter «no exame de adultos», conforme mos-tra o seu «Diploma da 4ª Classe» , que integra o seu espólio literário, em boa hora entregue à guarda da Biblioteca Pública e Arquivo Re-gional de Angra do Heroísmo por sua filha, D. Maria do Socorro.Este sucesso na escola, quando a esmagadora maioria soçobrava e desistia, não concluindo a escola para ir ajudar aos pais nas lides das terras donde tirava o pão, incluin-do as crianças de famílias mais abastadas, era já em si um indício de que o José Charrua sentia em si o impulso de pegar o destino pelos cornos e torcer-lhe a cabeça, recu-sando seguir o mesmo caminho de todos, conforme à primeira vista o Destino parecia lhe ditar. Era o coração do Poeta que começava a bater, forte, naquele peito.

Logo, muito jovem, nas festas, que tradicionalmente então se faziam de acordo com as estações do ano e em ajuntamentos festivos, ousou, ainda em reduzidas assembleias, ensaiar o estro e desafiar os mais velhos em cantigas, depressa con-vencendo todos, e cada vez mais nas freguesias em redor, da sua superioridade como improvisador, e da novidade, esmero e agilidade que traziam as suas quadras.

Nada nem ninguém nasce do nada. O aparecimento do jovem cantador José de Sousa Brasil — O Charrua, alcunha de família pela qual se ia tornando conhecido e que ele ado-tou, acrescentando-a ao seu pró-prio nome — é, de alguma forma, também consequência do fulgor que a arte efémera da Cantoria vi-via na ilha Terceira desde o século XX, atingindo picos elevados com nomes como os de António Iná-cio e O Terra, aos quais se juntava agora, entre outros, mas este com singular brilho, o nome de Manuel Borges Pêcego, cognominado O Bravo.Na evolução da arte da Cantoria, o nome de Manuel Borges Pêcego, cujo brilho foi um tanto ofuscado depois pelo esplendor do génio de Charrua, deve ser considerado como uma referência incontornável na história e na evolução da Canto-ria na ilha Terceira e, também, nos Açores. Até ao aparecimento de O Bravo nos terreiros, rodas e core-tos daquela época — e estamos, então, nos inícios do século XX — as quadras da cantoria eram de rima cruzada apenas no segundo e quarto versos, tal como as fize-ram António Inácio e O Terra. Foi Pêcego o primeiro a apresentar-se com cantigas igualmente de rima cruzada, rimando também o pri-meiro com o terceiro versos, além do segundo com o quarto. Esta ino-vação foi primordial na evolução e melhoramento da quadra popular terceirense e, em consequência, da Cantoria e causou na época sur-presa e espanto no Povo, que dizia d’ O Bravo: Ele faz duas cantigas numa! Logo, os demais cantadores se esforçaram por o acompanhar na nova quadra — à qual Charrua haveria de chamar a «quadra lite-rária» — que em poucos anos se instalou e se tornou a quadra nor-mal.Quando o jovem Charrua se reve-la como brilhante cantador, ainda aqui e ali de forma semipública, cantando apenas em privado, era já O Bravo a estrela maior no firma-mento da Cantoria, conforme era em geral e por todos reconhecido. Isto explica, juntamente com o fac-to de ele ter introduzido a «quadra literária», a admiração e o subido conceito em que o jovem cantador tem o Pêcego e que este seja o pri-meiro ídolo do estreante Charrua, pois, mais tarde, havia de juntar

a este os grandes nomes da Poesia (e não só) do século XIX, dos quais soube tirar ricos ensinamentos.Faltava, assim, apenas colo-car os dois frente a frente: O Bravo leão e Charrua, o jo-vem aspirante. O batismo — conforme me narrou meu pai incontáveis vezes — ocorreu nas Cinco Ribeiras, em casa do sr. Chi-co Monteiro, abastado proprietário e lavrador, (primo por afinidade de meu avô Joaquim Coelho) que, já não recordo se por matança de porco, terço do Espírito Santo ou outra razão, «dava uma festa» com Cantoria, para a qual estava convi-dado o grande Bravo — e o Char-rua não falhou com a sua presença, para ouvir o grande mestre.

Foi no decorrer dessa festa que al-guém fez saber ao Bravo da presen-ça de um jovem muito prometedor que já fazia muito boas cantigas. E sendo o Bravo pessoa de mui-to bom trato e nada soberbo, logo Charrua foi instado a mostrar-se, o que fez assim:

Meus senhores, muito me custa,Mas, enfim, isto me cabe,Eu acho uma coisa injustaOuvirem cantar quem não sabe.

Pela atitude e pela escorreição da quadra, logo o experiente Bravo se apercebeu da qualidade artística do estreante que tinha na sua frente e respondeu:

Canta, cantor mundial,que diante de mim vejo,mostra o teu saber real,mata este meu desejo.

Resposta generosa de um mestre, que não podia ser mais encoraja-dora.Um dia, conta-se, quando cum-pria serviço militar obrigatório, Charrua escafedeu-se do quartel, ou, como se usa dizer em lingua-gem castrense, desenfiou-se pelos cerrados próximos, que hoje já não existem como tal, plantados de batata doce, o que porém não escapou ao proprietário, que dele logo se queixou ao comandante da unidade, aquartelada no Castelo de São João Batista.

Interpelado pelo comandante, Charrua não negou e suavizou, em quadra:

Ele há sempre quem nos vejaPor entre a batata doce,Mas não pus um pé que sejaEm cima dum pé que fosse.Muito para além da habilidade usada para se sair de uma situação de aperto, importa aqui salientar a mestria com que um jovem nas-cido no mundo rural, de poucas e minguadas letras, de reduzida ins-trução primária, manobra a língua

p o r -t u -g u e -s a ; p o r

outras palavras, a habilida-de no uso do duplo sentido da palavra pé e a destreza com que usa o verbo ser no modo conjuntivo, impri-mindo na quadra intensi-dade ao seu pedido de des-culpas, pelas sonoridades sibilantes que resultam do uso das formas conjunti-vas.Outros são os tempos, mas naqueles em que se diz ter sucedido este episódio, um comandante e governador da Fortaleza de São João Batista, quem quer que ele fosse, era uma entidade bem alto colocada, num pedestal inatingível para um simples soldado, a quem este devia dirigir-se apenas na mais aprumada posição de sentido, expressando a maior humildade e o maior respei-to. Se for verdadeira esta história, como provavelmente é, ela eviden-cia uma ousadia e uma coragem que, a meu ver, Charrua só possui porque já nessa jovem idade se en-contra imbuído e, no íntimo, pro-fundamente persuadido, de que um Poeta é um ser cujo destino o eleva ao mais alto da condição humana, um ser acima dos outros em enten-dimento, um visionário, um eleito, talvez mesmo um profeta, que re-cebe a inspiração do Alto.

Na verdade, na atitude de Charrua face ao comandante — conquanto ocorra num episódio imprevisto nos cânones militares — não existe nenhum elemento de indisciplina; na prática, a atitude dele configu-ra-se como o requerimento de que lhe seja perdoada a falta por ele ser Poeta.

A assunção do superior estatuto de Poeta / Profeta, de «ser eleito», há de manifestar-se depois pela vida fora, principalmente, a meu ver, depois que Charrua incorpora em si, pelas leituras, o ideal do Poeta Romântico, surgido no século XIX, mas que chega a Charrua como Ul-trarromantismo, forma ainda mais exacerbada de Romantismo, que dominou até tarde no século XX; para a corrente ultrarromântica, o Poeta é um ser superior e subli-me, um inspirado, um eleito, um profeta, um semideus, sem ligação ao mundo real e às futilidades da vida, centrado no Ideal e na sua li-gação com o Alto.Para os Românticos, Camões constitui o modelo supremo e este

será o modelo de Charrua: o mo-delo, segundo o Romantismo, do inadaptado e incompreendido, que vive acima dos outros pelo Espí-rito, num patamar mais elevado,

mais alto que o dos demais huma-nos, por inteiro entregue ao Ideal da sua Arte, a ela consagrando a sua inteira existência. Charrua, convicto das suas capacidades ar-tísticas, do seu enorme talento e da sua superioridade sobre os demais poetas na Arte da Cantoria e do Improviso Poético, adota e veste, impetuoso, a pele de Camões e o seu Espírito.A sua inadaptação na vida às mais variadas profissões, às rotinas or-dinárias do dia a dia, à vida pau-tada e regular, aos limites de um repetitivo ganha-pão, resultam, a meu ver, da assunção plena do Ideal Romântico e, sem dúvida, da personagem de Camões.

Tudo isto contribui para construir a sua singularidade, a sua grande ori-ginalidade, para assentar a enorme diferença que se estabelece e que o distingue dos demais poetas da Cantoria, reservando-lhe o lugar mais alto entre os maiores — gran-deza à qual faz jus a admiração que perdura na memória do Povo ao qual ele pertenceu e para o qual tão maravilhosamente cantou.À sua grandeza e à sua memória faz igualmente justiça o editor Liduino Borba, que aplaudo, ao empreender a edição deste livro, que há de perpetuar e levar mais longe a memória do grande Poeta José de Sousa Brasil Charrua — e em particular àqueles que ain-da no coração vivem e revivem, maravilhados, as inolvidáveis cantorias do Grande Charrua e as incomparáveis belezas do seu génio poético.Angra do Heroísmo, 13 de março de 2012.

ARTES & LETRAS

Charrua - prefácio

Em pleno verão de 2012, a Maré Cheia traz-nos um trabalho do poeta Marcolino Candeias. Foi o prefácio escrito para um livro sobre o célebre improvisador tercei-rense, Charrua. O livro e da autoria de Liduino Borba, que nos últimos anos tem vido a publicar vários trabalhos ligados aos improvisadores e à nossa diáspora, incluin-do o livro sobre o improvisador Adelino Toledo, do qual falaremos ainda este ano nesta página. De todos os improvisado-res, o Charrua, foi talvez o mais famoso. O prefácio do poeta Marcolino Candeias, e a nota de Liduino Borba, fazem parte do nosso convite para lerem este livro, repleto de documentos interessantes sobre a vida do Charrua. E em pleno verão de 2012, é através do Charrua, uma homenagem aos vários improvisadores que na Califórnia mantêm esta nobre tradição.

abraçosdiniz

Diniz [email protected]

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Page 28: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

28 1 de Julho de 2012COLABORAÇÃO

Nos dias 12 e 13 do mês de Maio, a comunida-de desta cidade levou a efeito os tradicionais

festejos em louvor de Nossa Se-nhora de Fatima, com um exten-so e bem organizado programa.O padre Domingos Machado foi o responsável pela parte religio-sa, que teve inicio no dia 4 com missa e terço na Igreja da Sagra-da Familia. Todos os dias houve terço e missa até ao sábado, dia 12. Após a missa teve inicio a Procissão das Velas, com uma relevante assistência. Após per-correr um quarteirão regressou à Igreja, seguindo-se a Benção do Santissimo. Domingo, dia 13, missa solene à uma da tarde. Após a missa, foi inaugurada uma nova Capela construida ao lado da Igreja da Sagrada Familia, com uma nova Senhora de Fati-ma, oferta de uma familia da co-munidade. A capela foi oferta da familia do abastado proprietario desta comunidade Eliseu Jacinto, falecido recentemente. Seguida-mente foi organizada a procissão a qual percorreu o habitual per-curso em direcção à Sociedade, na qual tomaram parte as Filar-mónicas do Chino e Artesia, co-missão das festas, oficiais da ci-dade, direcção do Artesia D.E.S., padres Domingos Machado e

Luis Proenca, diversos represen-tantes de varias sociedades e pela primeira vez a comissão teve a feliz ideia de convidar os polícias de familias portuguesas desta co-munidade, para acompanharem e

transportarem a imagem da Se-nhora de Fátima. Entre polícias, highway patrol e sherifes, conse-guiram uma duzia, que com a sua

presença, ofereceram mais brilho à magnifica procissão, caso iné-dito e que ficará para a historia dos festejos do corrente ano e que talvez sirva de exemplo para os vindouros. As deliciosas sopas foram servidas pelas 13:00 horas e após a chegada da procissão.Houve mais uma outra imagem, que também foi oferecida por uma familia da comunidade, a qual foi rifada. Durante a tarde houve as habituais arrematações e concertos pelas duas filarmoni-cas presentes.Pelas oito horas, todos assisti-ram ao Adeus à Virgem que ao som dos cantares e rezas deu a volta ao recinto, recolhendo no-vamente à Capela. Parabéns aos membros da Lei que foram muito apreciados, extensivos à comiss-sao e todos os colaboradores que mais uma vez dignificaram a co-munidade.

AgradecimentoA comissão de Artesia de 2012, em honra de Nossa Senhora de Fatima, vem por este meio agra-decer a generosidade de todas as

pessoas que contribuiram a favor da mesma, quer em donativos ou ajuda para este evento.Que Nossa Senhora de Fatima lhes conceda inumeras gracas principalmente na saude.

Bem hajam. Presidente - Manuel e Noelia Ma-druga da Silva, Vice-Presidente-Gualter e Clementina Silveira, Secretario - Manuel e Bibiana Martins, Tesoureiro Fernando e Regina Mariano, Directores - Joao e Juliana Leal, Daniel e Na-talia Lopes, Jose e Adilia Rocha, Tony e Sãozinha Sousa, Francis-co e Maria Trovao e Dennis Co-elho.

Este torneio que se rea-liza anualmente na ul-tima semana do mês de Maio, com a presençaa

de doze equipas, práticamente vindas de quase todas as comu-nidades portuguesas do Estado da California e uma do Estado de Massachusetts, foi realizado nos dias 26 e 27. Este extenso evento desportivo conhecido pela "festa da bola" teve inicio na sexta-feira dia 25 com um torneio de golfe, finais dos torneios de bilhar, mar-ralinha, sueca e dominó, jantar convivio e entrega da taça do tor-neio de golfe e pelas 9h00 musica e baile ao ar livre, com conjuntos locais. Sábado dia 26, pelas 8h00 foi efe-tuado o sorteio para o 39º torneio de futebol entre as doze equipas presentes: Artesia D.E.S.-A, Ar-tesia D.E.S.-B, Academica de Turlock, Açorianos Sport de Hil-mar, S.C. Benfica de Santa Maria, F.C. Azores de Escalon, F.C. Chi-no D.E.S., Milford Lusitanos de Massachusetts, P.P.C. Half Moon Bay, S.C. Maritimo de Santa Cla-ra, S.C. Santos de San Clemente e Tulare Angrense A.C. Seguiu-se o grande desfile com todas as equipas, arbitros, repre-sentantes da cidade, rainhas e respectivas aias, directores, di-rectores desportivos e óbviamen-te a filarmónica. Após a chegada em frente à tribuna receberam as boas vindas pelo mestre de cerimonias e pelo presidente da sociedade, ouviram os Hinos Na-cionais Americano e Português, interpretados pela magnifica voz da jovem Justine Martins. Foram entregues ramos de flores pelas rainhas e suas aias, aos capitães das equipas e individualidades. Seguiu-se o inicio do torneio nos campos A e B, os jogos continu-aram de acordo com o sorteio até cerca das seis horas. Cerca das

sete horas houve festival taurino e pelas 9h00 danca ao ar livre com musica do DJ Produxion. Domin-go 27, pelas 10h00 continuação do torneio. No intervalo houve um jogo entre velhas guardas. O torneio terminou cerca das 7h00 com as duas equipas finalistas, Artesia D.E.S.-A e S.C. Mariti-mo de Santa Clara. Durante qua-

se todo o jogo a equipa da casa foi mais podorosa, embora o Mariti-mo tivesse apresentado um bom futebol, no entanto ganha quem mete golos e o Artesia meteu dois sem resposta. Vitoria justa dos donos da casa e mais uma vez campeã do torneio. Parabéns aos campeões e vice-campeões, bem como a todas as equipas partici-pantes pelo significante compor-tamentos demonstrados, exten-sivos aos arbitros, directores e a todos quanto colaboraram neste magnifico festival. Pelas 9h00 houve musica e baile ao ar livre e cerca das 10h00 foram distribui-dos os troféus aos felizes contem-plados. Na segunda-feira dia 29, continuaram algumas atividades desportivas e uma vacada pelas 5:00 horas.

Nos dias 9 e 10 do corrente, a Filarmónica de Artesia D.E.S. celebrou o seu quadragésimo aniversário ao serviço desta co-munidade e outras. Durante estes quarenta anos contou com cinco mestres, incluindo o presente, David Costa. Como é óbvio to-dos encontraram algumas difi-

culdades as quais tem sido sem-pre solucionadas de tal forma que a mesma tem mantido um nivel digno de admiração. Já foi duas vezes aos Açores e também aos grandiosos festejos do Divino Espirito Santo, realizados na ci-dade de Fall River, no estado de Massachusetts. No sábado, dia 9 pelas 5:00 horas da tarde, houve o tradicionasl jantar de sardinhas assadas e de polvo guisado, tudo bem cozinhado, nomeadamente o polvo que é um prato que neces-sita saber para o fazer. Seguiu-se a apresentação de todos os ele-mentos da filarmónica que termi-nou com a interpretação de um passo-dobrado. Cerca das 8:00 horas desfilou a marcha de São João, do Artesisa D.E.S., acom-panhada pela filarmónica, a qual foi muito apreciada. Por qualquer motivo a dança do Chino não conseguiu estar presente embora tenha sido anunciada. Seguiu-se um serão dançante com o DJ Ma-nuel Cabral. Domingo dia 10, Dia de Portugal, Camões e Comuni-dades, pelas 12:30 horas, içar das bandeiras Portuguesa, America-na, Açores e do Divino Espirito Santo, ao som dos respectivos hi-nos, interpretados pelas filarmó-nicas de Chino e Artesia. Pelas 1:00 hora da tarde, foi celebra-da a Santa Missa no edificio da sociedade após a qual seguiu-se a pequena procissão com o São João, um pouco antecipada por conveniência comunitária. Pelas 3:00 horas, jantar para todos os presentes, seguindo-se concertos pelas duas filarmónicas presentes no evento. Pelas 7:00 horas houve cantoria com Alberto Sousa, An-tonio Isidro, Carlos Nunes, José Ribeiro e Manuel Santos. Esta cantoria tornou-se mais alegre e com maior assistência, devido à presença do jovem cantador An-tonio Isidro, natural de ilha de Sao Jorge, pela sua magnifica maneira de cantar, já sobejamen-te conhecido em todo o Estado da California. Grande parte da assistência recordou que também era dia de Portugal, Camões e Comunidades através da canto-ria. Parabéns ao maestro David Costa e a todos os componentes desta briosa filarmónica com votos que esta data se repita por

muitos e felizes anos.

Festejos em Honra da Senhora de Fátima em Artesia

Torneio Anual de Futebol em Artesia

Aniversário da Filarmónica

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

Page 29: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

29 PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

Page 30: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

30 1 de Julho de 2012COMUNIDADE

Fim-de-semana em cheio em San DiegoDe 7 a 10 de Junho, foi um fim-de-semana em cheio em San Diego. Principiando por uma recepção/almoço oferecido ao novo Cônsul-Geral em San Fran-cisco, Nuno Vaultier Mathias, que aproveitou a sua deslocação a San Diego para a inauguração da exibição patente no San Diego Museum of Art das Tapeçarias de Pastrana, para contactar a comu-nidade portuguesa local. As Tapeçarias de Pastrana, são um conjunto de tapeçarias de grandes dimensões (11 metros por 4 metros), em lã e seda e que celebram episódios da conquista, em 1471, das praças marroquinas de Arzila e Tânger pelas forças de D. Afonso V de Portugal. Foram executadas sob encomen-da do rei português, sendo essa execução atribuída à oficina de Passchier Grenier em Tournai, hoje na Bélgica.

As tapeçarias fazem parte do mu-

seu da Colegiada de Pastrana, em Pastrana, na Espanha e sofreram uma intervenção de conservação e restauro em 2009. Antes da abertura, o Cônsul-Ge-ral, reuniu-se com a comunidade no restaurante Miguel’s em Point Loma para uma almoço informal, onde foi apresentado por Idalmi-ro da Rosa, conselheiro para San Diego ao Consulado de Portugal

em San Francisco. Presentes es-tavam representantes de várias organizações locais, assim como individualidades da comunidade.O jovem Cônsul, Nuno Mathias, preferiu palavras de agradeci-mento e de promessa de partici-par sempre e quando possível nas actividades da comunidade assim como de actualizar os serviços consulares, ando em conta

o uso de novas tecnologias para facilitar o acesso aos serviços consulares pelos utentes.Durante o almoço, o Consul Ge-ral ofereceu uma medalha à co-munidade portuguesa, especial-mente cunhada para comemorar o Dia 10 de Junho 2012. Esta fi-cará patente ao publico no Salão Portugues.Sabado à tarde, foi entregue a

titulo de em-p r é s t i m o temporár io, à biblioteca publica em Point Loma, o busto em bronze de Mary Rosa Giglitto. Com este gesto, a família Gi-glitto oferece a oportunida-de ao publico de apreciar a

hom e n a ge m prestada a Mary Rosa Gi-glitto, até à altura em que oportunamente se encontre o lugar permanente e digno para a sua exibição.No sábado à noite e or-ganizado pelo San Diego History Center, realizou-se um jantar/sarão alusivo à exibição que está patente no mesmo centro intitula-da, Tuna! Celebrating San Diego’s Famous Fishing Industry. A exibição está aberta ao público até o dia 21 de Dezembro, e relata a história da pesca do atum, e a sua importância para com San Diego.No Domingo, no Salão Por-

tuguês, realizou-se a celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades com um almo-ço de Bife à Portuguesa, e entre-tenimento com a participação da Filarmónica União Portuguesa de San Diego que iniciou a tarde tocando os hinos de Portugal e dos Estados Unidos acompanha-da pelos presentes.Depois de servido o almoço à as-sistência de cerca de 300 pessoas, a presidente do salão, U.P.S.E.S., Evelyn DaRosa Feliciano, deu as boas vindas aos presentes e leu mensagens do Secretario de Es-tado, José Cesário e do Cônsul Geral Nuno Mathias.Em seguida foi apresentado o grupo juvenil do Portuguese American Dancers, e antes de sua actuação, Fátima Estrela, declamou dois poemas alusivos à data.Em seguida seguiu-se um bem elaborado programa pelo gru -

po juvenil, dirigido por Therese Garcês, que foi muito apreciado. Por último, a Filarmónica União Portuguesa de San Diego, sob a batuta do maestro Gilberto Rosa, deliciou a assistência com um va-riado reportório, terminando com o hino da mesma.O que é importante salientar em tudo isto, são os jovens que assis-tiram e participaram nas activi-dades, contradizendo aqueles que acham que a comunidade está a enfraquecer. Na realidade o que se nota é uma mudança e adapta-ção à realidade dos nossos dias, e como o leitor pode determinar, foi na realidade um fim-de-sema-na em cheio em San Diego.

J. M. Lomelino Alves

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Page 31: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

31 TAUROMAQUIA

Quarto Tério

José Á[email protected]

Corrida de Gala à Antiga Portuguesa de Turlock

Fiquei com o meu chapéu en-terrado até às orelhas, durante 12 horas, quando vi as Sanjoaninas darem primazia na corri-da mista, a matado-res espanhóis, afim destes apanharem o avião para zarparem para Espanha. Eu até me parecia que a Terceira já tinha aprendido com o pas-sado. Os matadores querem correr, despachar o toiro, tourear mal e receber milhares de euros fácilmente. O matador no segundo toiro nem teve a gentileza de se despedir do publico. Foi para a enfermaria por causa de um golpe na mão (boa desculpa, possívelmente falsa) e desapareceu para as Lajes. Uma vergonha e uma falta de respeito. Quando é que aprendemos, que quem paga, manda?

Por motivos familiares não fui à Corrida de Patterson em Gustine, mas várias pessoas contaram-me que os nossos Forcados do Aposento de Turlock imitaram muito bem, os Forcados de Vila Franca de Xira, que no ano passado armaram uma das maiores broncas tauri-nas da nossa história. Como é que foi possível isso?

Tenho sido e continuo a ser um grande crítico da maio-ria dos peões de brega/bandarilheiros. Se antigamente esses homens tinham muita da minha admiração, agora tento ser cortêz com eles, mas muitos deles não sabem o que fazem dentro de uma arena. Seria importante que os artistas, cavaleiros, matadores, bandarilheiros, pe-ões de brega e mesmo forcados, pudessem ter uma pre-paração teórica do que é tourear, da história do toureio, do que é estar dentro de uma arena, saber quais são as suas responsabilidades, enfim, ser um verdadeiro artis-ta. Para ser pau mandado qualquer um serve...

Foi interessante verificar que as Corridas de Toiros das Sanjoaninas só foram vistas no mundo através da inter-net (Via Oceância e VITEC) devido à publicidade de empresas e pessoas da California.Afinal sempre somos bons para alguma coisa. Serviu para mostar ao mundo a importância da nossa Feira Taurina da Terceira. Tiro o chapéu a todos os que contribuíram para tal evento.

A prata da casa triunfou em grande nas Sanjoaninas taurinas - Tiago Pamplona, Forcados da Tertúlia Terceirense e do Ramo Grande, Bandarilheiros ter-ceirenses e um toiro sangue Albino.Chapéu ao ar a eles todos.

A pedido de muitos amigos vamos mostrar mais alguns pormenores daquilo que foi o passeio de artistas

mais bonito alguma vez feito em are-nas Californianas, na Corrida de Gala à Antiga Portuguesa na Comemora-

ção dos 100 Anos de Turlock Pente-cost Association, realizada na Praça de Stevinson a 4 de Junho de 2012.

Duvidamos que se faça tão cedo uma Corrida de Gala. Até se poderia fazer para o ano quando o GPS fizer 100 anos. Aqui fica a ideia, a custo zero. Mesmo que não gos-tem de toiros nunca percam uma Corrida de Gala à Antiga Portuguesa, aqui ou em Lisboa, porque é um espectáculo unico de beleza. Um autêntico teatro em movimento.Vale mesmo a pena ver.

O Neto, representante da autoridade, recebendo a chave dos curros. Embaixo: O Bando, anunciando o espectáculo.

A mula trazia as bandarilhas que iriam ser usadas pelos cavaleiros

Como os cavaleirosa vinham no coche (abaixo) os cavalos eram trazidos à mão no passeio

Os pagéns do Neto ficaram às ordens dele.

As bandeiras das Casa Reais, neste caso, símbolos nossos

Rui Santos, Alberto Conde e Paulo FerreiraOs Forcados levando as bandarilhas até à barreira

Page 32: The Portuguese Tribune, July 7th 2012

32 1 de Julho de 2012ULTIMA PÁGINA

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