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 518 GEOGRAFIA HUMANA DE PORTUGAL CADERNO DE TESTES FORMATIVOS BRANCA MIRANDA 2004

Testes Geo

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GEOGRAFIA HUMANA DE

PORTUGAL

CADERNO DE TESTES FORMATIVOS

BRANCA MIRANDA

2004

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ÍNDICE

Introdução ................................................................................................................5 Considerações Gerais............................................................................................5

Importância dos Testes Formativos e respectivos Relatórios...............................6

Testes Formativos Resolvidos .................................................................................81º Teste Formativo ................................................................................................92º Teste Formativo ................................................................................................183º Teste Formativo ................................................................................................244º Teste Formativo ................................................................................................29

Resolução dos Testes Formativos ...........................................................................33Resolução do 1º Teste Formativo .........................................................................34Resolução do 2º Teste Formativo .........................................................................41

Resolução do 3º Teste Formativo .........................................................................46Resolução do 4º Teste Formativo .........................................................................55

Testes Formativos por Resolver .............................................................................611º Teste Formativo ................................................................................................622º Teste Formativo ................................................................................................713º Teste Formativo ................................................................................................784º Teste Formativo ................................................................................................82

Resolução dos Testes Formativos por Resolver ....................................................87Resolução do 1º Teste Formativo .........................................................................88Resolução do 2º Teste Formativo .........................................................................92Resolução do 3º Teste Formativo .........................................................................97Resolução do 4º Teste Formativo .........................................................................103

Anexo.........................................................................................................................110

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INTRODUÇÃO

! CONSIDERAÇÕES GERAIS 

1. Esta cadeira tem como manual-base  o livro "Geografia de Portugal. Ambientenatural e ocupação humana; uma introdução" de Carlos Alberto Medeiros e umcaderno de apoio  intitulado "Geografia Humana de Portugal. Complementos para

um ensino a distância" do mesmo autor.Constitui ainda material de apoio da cadeira, um conjunto de 10 videogramas, de quese apresenta uma lista e cujo visionamento se aconselha.

Videograma 1 - “A Posição Geográfica e o Seu Significado”Videograma 2 - “População e Povoamento”Videograma 3 - “A Agricultura Portuguesa”Videograma 4 - “Imagens do Portugal Rural”

Videograma 5 - “As Pescas e a Aquicultura no Litoral Português”Videograma 6 - “A Indústria Transformadora”Videograma 7 -“Turismo em Portugal”Videograma 8 - “A Urbanização”Videograma 9 - “Organização e Vida da Cidade Contemporânea”Videograma 10 - “As Relações com o Exterior”

2. Quando adquirir o Manual deverá confirmar o número de edição, adquirindo aúltima à venda no mercado. De momento, a mais actual é a 5ª edição, publicada noano 2000.

3. Tenha em atenção que os capítulos II (O relevo) e III (O clima: característicasgerais e algumas incidências) não serão objecto de avaliação final.

4. O estudo da cadeira deve ser efectuado ao longo de todo o ano, de forma a ser possível recorrer em tempo útil aos serviços de apoio da Universidade. No caso deexistir necessidade em esclarecer qualquer dúvida ou de se querer aprofundar oudiscutir qualquer conteúdo, não se deve hesitar em contactar telefonicamente adocente, nos dias e no horário estabelecido para o efeito.

De forma a que o estudo seja mais consistente, aconselha-se os alunos a lerem oManual e no final de cada capítulo ler o capítulo complementar do livro "Geografia

 Humana de Portugal. Complementos para um ensino a distância", de modo a teremuma visão mais global de cada um dos aspectos focados. Só no final, deverão resolveros testes formativos.

5. Este caderno é constituido por 8 testes formativos e 8 relatórios e um anexo.Com o anexo deste caderno pretende-se fornecer informações mais actualizadas

relativas à evolução demográfica em Portugal. Para tal foram utilizados os dados docenso de 2001. Esta informação, bem como os esclarecimentos que se encontram nasrespostas às perguntas dos testes formativos, são matéria de avaliação final.

6. O caderno de apoio mencionado em 1., apresenta no final de cada capítulo um

conjunto de actividades e exercícios cuja resolução se aconselha vivamente. Paraqualquer esclarecimento neste sentido, deve-se também contactar a docente.

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! IMPORTÂNCIA DOS TESTES FORMATIVOS E RESPECTIVOSRELATÓRIOS 

1. Uma das finalidades dos testes formativos é facultar ao estudante a possibilidade

de complementar e de avaliar o seu estudo ao exercitar-se na elaboração das respostasaos itens formulados.Por outro lado, ao tomar contacto com o tipo de perguntas que podem aparecer noteste de exame, o estudante pode aperceber-se do grau de dificuldade dos mesmos e

 preparar-se com maior confiança para esta prova final.

2.  Os relatórios, têm a finalidade de transmitir aos alunos, as dificuldadesdiagnosticadas relativamente à aprendizagem dos conteúdos programáticos dacadeira, (contemplados no teste), assim como indicar o tipo de resposta esperada eorientar o estudo do aluno.

3.  Por outro lado, também se utilizam estes testes para formular itens referentes aconteúdos não muito explícitos no manual adoptado e cujas respostas não seencontram claramente expostas nas suas páginas.Pretende-se assim que os alunos contactem com diversas obras (referidas na

 bibliografia ou outras) de forma a explorarem um pouco mais determinados conteúdose/ou tomarem contacto com definições, conceitos ou explicações de algunsfenómenos considerados importantes.

5. Nos relatórios da presente cadeira, a indicação das respostas esperadas pode serfeita através:

- do recurso à enunciação dos principais tópicos que deveriam ter sido referidos ou deelementos que estão relacionados com a resposta desejada, reportando-noseventualmente a algumas citações de autores de referência.

- de alguns comentários e/ou observações que julgamos pertinentes, para acompreensão e resolução do(s) item(ns) em causa;

- da indicação das páginas do manual adoptado (Geografia de Portugal, C. A.Medeiros), do caderno complementar ou de outra(s) obra(s) considerada(s)

fundamental(ais), que de alguma forma dão resposta ao problema ou à questãoexposta. Com efeito, chama-se desde já a atenção para o facto de ser convenienteconsultar outras obras da bibliografia sugerida, afim de se complementar eaprofundar o estudo da matéria;

- da redacção de uma possível resposta onde se tenta sistematizar algumas dasinformações consideradas mais importantes;

6. Ao responder às questões colocadas deverá ler o seu enunciado com a máximaatenção procurando interpretar o seu sentido. Por exemplo: quando se pede uma

 justificação não se esqueça que não suficiente a indicação dos factores; quando são

 pedidos exemplos deverá atender ao número exacto que é indicado; etc.

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TESTES FORMATIVOS RESOLVIDOS

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1º TESTE FORMATIVO

I

1. A distribuição da população no território continental português não é de forma

alguma regular ou homogénea. As diferenças são de facto bem evidentes.

1.1. Assinale com uma cruz a opção que refere as áreas onde existem maioresdensidades populacionais.

1. Orla algarvia;2. Área a norte do Mondego;3. Faixa ocidental para norte do Sado;4. Área a norte do Tejo;5. Áreas em torno de Lisboa e do Porto;6. Áreas ao longo dos principais vales e vias de comunicação importantes;

!  A. 1,3,5;6!  B. 1,3,6;!  C. 1,2,5;!  D. 4,5,6;

1.2. São vários os factores responsáveis pela distribuição da população portuguesa.Leia atentamente os que se seguem e assinale com uma cruz a opção que

refere aqueles que são determinantes, à escala do território continental.

1. Clima ameno;2. Solos férteis;3. Melhor qualidade ambiental;4. Atracção urbana;5. Existência de indústrias;6. Presença de eixos de transporte importantes;

!  A. 1,2,4,5

!  B. 1,2,3,4!  C. 1,4,5!  D. 4,5,6

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2. O modelo da transição demográfica é constituido por três fases:

- Fase pré-transição;- Fase da transição demográfica;- Fase pós-transição;

2.1. Assinale com uma cruz, a afirmação que torna correcta a seguinte frase:

- A fase da transição demográfica é aquela em que:

!  A.  A mortalidade e a natalidade são ambas muito elevadas e com níveis próximos;

!  B.  A mortalidade declina e a natalidade permanece num nível elevado num primeiro período e num segundo período, a mortalidade continua o seudeclínio e a natalidade começa a declinar;

! C.  Os níveis de mortalidade e de natalidade são pouco elevados e com níveissemelhantes;

!  D.  O nível de mortalidade é muito baixo e o de natalidade é bastante elevado;

2.2. De acordo com o modelo da transição demográfica, Portugal está já numa fasede pós-transição porque apresenta:

!  A.  Taxas elevadas e semelhantes de natalidade e mortalidade, de que resultamtaxas de saldo natural baixas;

!  B. Taxas pouco elevadas e semelhantes de natalidade e mortalidade de que

resultam taxas de saldo natural baixas;!  C. Uma taxa pouco elevada de mortalidade e uma taxa muito elevada de

natalidade, de que resultam taxas de saldo natural altas;!  D. Uma taxa pouco elevada de natalidade e uma taxa elevada de mortalidade

de que resultam taxas de saldo natural muito baixas;

3.1. Assinale com uma cruz a opção que define estrutura etária de uma

população.

!  A.  Composição da população por idades;!  B.  Relação percentual entre os jovens e os idosos;!  C.  Proporção de jovens em relação aos idosos;!  D.  Percentagem de homens e mulheres em relação à população total;

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3.2. Actualmente a estrutura etária da população portuguesa caracteriza-se por ser:

!  A.  Jovem;!  B.  Rejuvenescida;!  C.  Envelhecida;!  D.  Idosa;

4.  Para cada conceito  da coluna A procure, na coluna B, a respectiva definição.Escreva ao lado de cada conceito o número correspondente à sua definição.

Coluna A Coluna B

 _____ Crescimento efectivo

 _____ Crescimento natural

 _____ Emigração

 _____ Esperança média de vida

 _____ Índice de envelhecimento

 _____ Índice de sintético de fecundidade

 _____ Mortalidade

 _____ Natalidade

 _____ Saldo fisiológico

 _____ Saldo migratório

 _____ Taxa de natalidade

 _____ Taxa de mortalidade

1.  Diferença entre a natalidade e amortalidade;

2.  Diferença entre a taxa de natalidade e ataxa de mortalidade;3. Número de anos que, em média, se tem

 probabilidade de viver;4.  Número de óbitos, por cada milhabitantes, ocorridos num ano;5.  Número de óbitos, por cada cemhabitantes, ocorridos num ano;6. Número de nascimentos, por cada cemhabitantes, ocorridos num ano;7.  Número de nascimentos vivos, por cada

mil habitantes, ocorridos num ano;8.  Número de óbitos ocorridos num ano;9.  Número total de nascimentos vivosocorridos num ano;10.  Número de filhos que, em média, cadamulher tem durante a sua vida;11.  Diferença entre o número deimigrantes e o de emigrantes;12.  Diferença entre o número deemigrantes e o de imigrantes;13.  Soma do crescimento natural e do

saldo migratório;14.  Soma do crescimento real e do saldomigratório;15.  Número de pessoas que saem do país;16.  Número de pessoas que entram no

 país;17.  Número de idosos por cada 100

 jovens;18.  Aumento da proporção de pessoasidosas na população;19.  Movimento de entrada de pessoas;20.  Movimento de saída de pessoas;

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5. Os dados obtidos no último recenseamento da população vêm mostrar que atendência de envelhecimento da população portuguesa ainda se mantém.

5.1. Este facto, resulta da conjugação de determinados factores.Considere a listagem do Quadro I e assinale com uma cruz a opção que os

indica.

1 - Diminuição dos activos jovens;2 - Redução da emigração;3 - Aumento da esperança média de vida;4 - Decréscimo da taxa de natalidade;5 - Aumento da taxa de crescimento natural;6 - Declínio da fecundidade;

!  A. 1, 2, 3

!  B.  1, 2, 5!  C. 3, 4, 5!  D. 3, 4, 6

5.2. São várias as consequências do envelhecimento da população. Leiaatentamente as hipóteses que se enunciam no quadro seguinte e assinale aopção que as refere.

1 - Elevados encargos e despesas sociais;2 - Menor dinamismo e redução da capacidade de empreendimento;3 - Aumento das regalias sociais;4 - Maior taxa de desemprego;5 - Fraca produtividade do sector terciário;6 - Diminuição da natalidade;

!  A. 1, 3, 4!  B. 1, 2, 6!  C. 2, 5, 6!  D. 3, 4, 5

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6. Entre os vários sistemas de organização da economia agrícola, há dois muitoconhecidos, que têm características bem contrastantes. Estamos a referirmo-nos àagricultura tradicional ou de subsistência e à agricultura moderna ou de mercado.

6.1. Assinale com uma cruz a alternativa que refere o conjunto das opções que

completam de forma correcta a frase que se segue.

- A agricultura de mercado caracteriza-se por ser: 

1.  Praticada em áreas de especialização agrícola, por vezes extensiva,apresentando uma elevada produtividade; 

2.  Vocacionada para o consumo do agregado familiar do produtor, gerandorendimentos elevados em consequência da mecanização introduzida; 

3.  Mecanizada, praticada em explorações com sistema de contabilidade organizadae utilizando, por vezes, alguma mão-de-obra familiar; 

4.  Geralmente praticada por agricultores com formação profissional especializada,

que frequentemente recorrem ao crédito, apresentando rendimentos variáveisem função da natureza dos produtos; 

5. Praticada em regime de policultura por agricultores mais idosos, apresentandorendimentos elevados em consequência da utilização de sofisticados sistemas derega; 

6.  Intensiva, constituída essencialmente por culturas de regadio, praticada emregime de policultura, e cuja produtividade é elevada;

!  A. 1,3,4!  B. 1,2,3,5

!  C. 1,2,3,6!  D. 1,4,6

6.2.  Assinale com uma cruz a alternativa que refere o conjunto das opções quecompletam de forma correcta a frase que se segue.

- A agricultura tradicional ou de subsistência caracteriza-se por ser:

1. Praticada em explorações de reduzida dimensão, utilizando tecnologia artesanal

em que o produto final não é integrado nos circuitos de comercialização;2. Intensiva, praticada em regime de policultura destinando-se fundamentalmente

às trocas comerciais nos mercados tradicionais;3. Praticada com base em técnicas rudimentares, trabalho essencialmente manual,

visando a satisfação das necessidades alimentares de quem a pratica, comexcedentes mínimos;

4.  Uma agricultura bastante dependente das condições físicas do meio, sendoexercida de acordo com as tradições alimentares do agregado familiar;

5. Praticada essencialmente em regime de monocultura, recorrendo à mão-de-obrado agregado familiar pouco especializada, e em que toda a produção é paraautoconsumo;

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6.  Praticada em pequenas explorações, por mão-de-obra familiar, através detécnicas tradicionais e cuja finalidade é não só o autoconsumo, como a obtençãodo maior lucro possível com a comercialização dos excedentes;

!  A.  1,3,4,5

!  B. 1,3,6!  C. 1,3.4!  D. 2,4,6

7. Complete as seguintes frases, utilizando a palavra correcta, de modo a obterafirmações verdadeiras.

 Na agricultura intensiva o rendimento agrícola é ___________ (baixo/elevado).

Utiliza _________ (pouca/muita) mão-de-obra ___________ (familiar/assalariada)

e tem um _________(baixo/elevado) grau de mecanização.

A produtividade é geralmente __________ (baixa/elevada).

 No Norte a dimensão média das explorações é __________ (reduzida/elevada) e o

número destas explorações é _________(reduzido/elevado).

Pratica-se essencialmente a ____________ (monocultura/policultura).

 No Alentejo as culturas são ___________ (intensivas/extensivas).

Predomina a ____________ (pequena/média/grande) propriedade.

O tipo de povoamento é ___________ (concentrado/disperso/linear).

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8.8.1. O sector industrial em Portugal apresenta desequilíbrios de ordem estrutural

e de distribuição geográfica.Analise as seguintes afirmações e assinale com uma cruz a opção que refereaquelas que considera correctas.

1. Existe um grande número de unidades de pequenas dimensões;2. Existe um número excessivo de indústrias ligeiras tradicionais;3. Existe um número reduzido de unidades de grandes dimensões;4. As indústrias encontram-se concentradas na faixa litoral desde o limite Sul do

distrito de Viana do Castelo até ao norte do distrito de Setúbal;5.  As indústrias localizam-se predominantemente em toda a faixa litoral do país;6. As indústrias encontram-se concentradas unicamente junto aos grandes centros

urbanos;

!  A. 1,2,3,4,5!  B. 1,2,3,4!  C. 2,3,4!  D. 2,5

8.2. Analise o quadro seguinte.

DISTRITOS LISBOA PORTO

Valor Bruto da Produção

Industrial

22% 20%

Empregados 18% 24%

V.B.P. e Empregados na Indústria transformadora em Portugal, 1987. (Fonte:Manual de Geografia Humana, p. 223/224)

Assinale com uma cruz a opção que completa correctamente a frase que se segue:Ao observarmos o quadro podemos concluir que o distrito do Porto:

!  A. tem um maior número de indústrias;!  B. tem mais indústrias de capital intensivo;!  C.  tem mais indústrias de mão-de-obra intensiva;!  D. é mais industrializado;

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9.

9.1. O sector dos têxteis teve uma grande importância na indústria portuguesa.Assinale com uma cruz a opção que indica os factores que tiveram maiorimportância na implantação da indústria do algodão, preferencialmente nos

distritos de Braga e do Porto. 

1. Mão-de-obra;2. Tradição do fabrico do linho;3. Matéria-prima;4. Mercado;5. Transportes;

! A. 3, 5! B. 2, 4,

! C. 1, 3, 4! D. 1, 2, 5

9.2.  A indústria de moldes para plástico teve um grande desenvolvimento nodistrito de Leiria. Assinale com uma cruz a opção que indica os factores quetiveram maior importância na implantação destas unidades industriais.

1. Mão-de-obra;2. Tradição industrial;3. Matéria-prima;

4. Mercado;5. Transportes;6. Energia;

!  A. 1, 5, 6!  B. 2, 4, 5!  C. 1, 2!  D. 3, 4, 6

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II

1. Portugal continental apresenta acentuados contrastes espaciais na distribuição dasua população.

1.1. Refira quais as causas que explicam as diferentes densidades populacionaisexistentes no território português.

[14 linhas]

1.2. Explique quais as consequências desta distribuição para as diferentes regiões.

[11 linhas]

1.3. Aponte algumas medidas que possam contribuir para a redução destescontrastes.

[11 linhas]

FIM

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2º TESTE FORMATIVO

I

1. Assinale com uma cruz a afirmação que torna correcta as frases seguintes. 

1.1. Até ao século XVIII o aumento da população portuguesa foi muito lentodevido essencialmente a:

!  A. uma mortalidade muito elevada e, simultaneamente, a uma natalidade baixa;

!  B. uma natalidade muito elevada e, simultaneamente, a uma alta mortalidade.!  C. uma natalidade baixa e, simultaneamente, a um saldo migratório elevado;!  D. um saldo migratório elevado e, simultaneamente, a uma baixa esperança de

vida;

1.2. A partir do século XVIII a população portuguesa começou a aumentarum pouco mais rapidamente devido a:

!  A. uma diminuição da mortalidade e a um aumento da esperança de vida;!  B. uma diminuição da mortalidade e a um aumento da natalidade;!  C. um aumento da natalidade e a uma redução do saldo migratório;!  D. uma elevada esperança de vida e a uma redução do saldo migratório;

2.

2.1. Entre 1911 e 1920 registou-se uma retracção do crescimento populacional. Talfacto deve-se a uma:

!  A. emigração volumosa e ao aumento da mortalidade;!  B. imigração volumosa e às epidemias de 1918/19;!  C. emigração volumosa e à instabilidade política;!  D. imigração volumosa e à redução da natalidade;

2.2. Os aumentos da população registados entre 1931 e 1949 são, sobretudo,consequência:

!  A. de um aumento da natalidade;!  B. da redução da mortalidade;!  C. do aumento da imigração;!  D. da redução da emigração;

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3. Os destinos da emigração Portuguesa variaram ao longo dos anos.

3.1. Na primeira metade do século XX, o país de destino da maioria dosemigrantes Portugueses foi :

!  A. Brasil;!  B. EUA;!  C. França;!  D. Alemanha;

3.2. Na década de 60, o país de destino da emigração Portuguesa foi preferencialmente:

!  A. Brasil;

!  B. França;!  C. Canadá;!  D. Angola;

4. Analise as figuras 1 e 2 e responda às questões que se seguem.

Fig. 1 – Pirâmide de idades da população portuguesa, 1950.

Fig. 2 - Pirâmide de idades da população portuguesa, 1970.

4.1. Quando comparamos as duas pirâmides etárias podemos concluir que a:

! A. natalidade diminuiu, a mortalidade aumentou e o saldo natural diminuiu;! B. natalidade aumentou, a mortalidade diminuiu e o saldo natural aumentou;! C. natalidade diminuiu, a mortalidade diminuiu e o saldo natural diminuiu;! D. natalidade estabilizou, a mortalidade aumentou e o saldo natural aumentou;

Sexo masculino Sexo feminino Sexo masculino Sexo feminino 

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4.2. A análise da pirâmide etária de 1970 permite-nos concluir que a população portuguesa registou um:

!  A. rejuvenescimento em consequência do aumento da natalidade;!  B. envelhecimento em consequência do aumento da emigração;

!  C.  rejuvenescimento em consequência do retorno das ex-colónias;!  D. envelhecimento em consequência da redução da natalidade;

5. Após a 2ª Grande Guerra a tendência para o isolamento do nosso país foi-seesbatendo. Portugal integrou-se em organismos internacionais e a economia

 portuguesa conheceu os efeitos do dinamismo económico dos países capitalistaseuropeus mais desenvolvidos.

5.1. Durante este período assistimos:

!  A. à implantação de unidades industriais destinadas a desenvolver fases menosqualificadas da produção;

!  B. a um aumento brusco da produção industrial como consequência daimplantação dos Planos de Fomento Nacional;

!  C. a um crescimento económico mais equilibrado e maior igualdade narepartição dos rendimentos;

!  D. a um desenvolvimento das indústrias baseadas nas necessidades crescentesdo mercado interno;

5.2. Durante esta mesma época registou-se:

!  A. um desenvolvimento equilibrado dos diversos ramos da indústria;!  B. a implantação de indústrias baseadas na utilização de mão-de-obra barata;!  C. uma implantação difusa das unidades industriais no território nacional;!  D. uma cada vez maior independência da industria nacional face ao exterior;

6.

6.1.  Assinale com um X a opção que corresponde à noção de indústrias deequipamento:

!  A. Indústrias que produzem bens destinados ao consumo directo pelas populações;

!  B.  Indústrias produtoras de bens destinados à exportação;!  C.  Indústrias que fornecem materiais destinados a fins produtivos;!  D.  Indústrias que utilizam matérias-primas muito pesadas e volumosas;

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6.2. Assinale com um X a opção que corresponde à noção de indústrias de bensde uso e consumo:

!  A.  São as que transformam as matérias-primas brutas ou semi-elaboradas em produtos destinados ao consumo directo pelas populações;

!  B. São as produtoras de bens destinados ao uso imediato;!  C. São as que fornecem materiais destinados a fins produtivos;!  D.  São as que fabricam material para outras indústrias ou actividades

económicas;

7.

7.1. Mariano Feio põe em evidência, que pelo facto do clima de Portugal

Continental ter essencialmente características mediterrânicas, apresenta váriosinconvenientes para a agricultura. Tais inconvenientes  advêm deste clima possuir:

!  A. um Inverno moderado e um Verão quente;!  B. um Inverno rigoroso e um Verão quente;!  C. chuvas concentradas no Inverno e Verão seco;!  D. chuvas concentradas no Inverno e acentuadas amplitudes térmicas anuais;

7.2. As paisagens agrárias do Noroeste do país apresentam característicasdiferenciadas das do Nordeste. Tal facto é consequência de diversos factores,dos quais destacamos os condicionalismos climáticos.

Indique qual a afirmação correcta:

!  A. O clima do Noroeste é mais húmido e apresenta temperaturas mais amenasdo que o do Nordeste;

!  B. O clima do Noroeste é mais seco e apresenta amplitudes térmicas maisacentuadas do que o do Nordeste;

!  C. O clima do Noroeste é mais húmido e apresenta amplitudes térmicas mais

acentuadas do que o do Nordeste;!  D. O clima do Noroeste é mais seco e apresenta temperaturas mais amenas do

que o do Nordeste;

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8.

8.1. Seleccione, entre as alternativas que se seguem, a que completa correctamentea afirmação:

“O sector industrial em Portugal apresenta desequilíbrios estruturais e dedistribuição geográfica, assinalando-se um número excessivo de indústrias…”

!  A. ligeiras, tradicionais, concentradas junto aos grandes centros urbanos;!  B.  pesadas, tradicionais, concentradas no litoral, a Norte do rio Sado;!  C.  ligeiras, tradicionais, concentradas no litoral, a Norte do rio Sado;!  D.  pesadas, tradicionais, concentradas junto aos grandes centros urbanos;

8.2. No distrito de Braga predomina a indústria:

!  A.  pesada, do ramo têxtil;!  B. ligeiras, do ramo metalúrgico;!  C.  pesada, do ramo metalúrgico;!  D. ligeiras, do ramo têxtil;

9. Atenda à variedade de situações da agricultura portuguesa e preencha o quadroseguinte.

Dimensão daPropriedade

PovoamentoTipo de mão-

de-obraProdutividade

 Noroeste

Alentejo

II

1. A importância da indústria têxtil, no nosso país, foi progressivamente decaindo ePortugal vê-se a certa altura a ser substituído por países asiáticos.Como explica esta decadência e substituição?

[12 linhas]

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  23

2. O estudo da evolução dos fundamentos da economia portuguesa permite conheceros obstáculos que dificultaram o desenvolvimento da indústria no país e quelevaram ao seu atraso.Refira e explique de que obstáculos se tratam.

[18 linhas]

3.  A definição do conceito de cidade é uma das questões que tem sido alvo do estudode geógrafos.Em relação a este assunto refira:- elementos utilizados para a definição deste conceito;- dificuldades na definição do conceito;

[22 linhas]

FIM

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  24

3º TESTE FORMATIVO 

I

1. As fronteiras constituíram durante muito tempo um limite de fiscalização do

território, tendo conferido características muito específicas a estas áreas. Noentanto, actualmente começaram a verificar-se algumas transformações.- Refira quais as transformações que estas áreas fronteiriças estão a sofrer;- Refira quais os factores responsáveis por estas transformações;- Explique quais as consequências que daqui podem resultar;

[17 linhas]

II

1. Observe e analise atentamente o quadro que se segue, respeitante à evolução da população desde 1864 até 1991.

Anos População(milhares de habs.)

1864 4188,41890 5049,71911 5969,11920 6032,9

1940 7722,11960 8851,31970 8648,41981 9833,01991 9862,42001 10356,1*

Fonte: Manual, p. 126* Fonte: INE

1.1. Com base nos dados do quadro, comente e explique o ritmo da evolução

observada.[30 linhas]

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III

1. A emigração  é um fenómeno da maior relevância com implicações diversas nageografia humana portuguesa.

 No entanto, ao longo dos séculos, este fenómeno processou-se em contextos muito

diversificados, ao mesmo tempo que variavam também o volume dos emigrantes eos seus destinos.

De uma forma sucinta e sistematizada refira e justifique o modo como temevoluído este fenómeno, relativamente a Portugal Continental, desde o princípio doséculo até à actualidade.

[30 linhas]

2. O destino da emigração nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, é diferentedaquele que ocorreu, na década de sessenta do século XX, no continente.Justifique esta afirmação.

[15 linhas]

2.1. Refira três consequências que advêm destes movimentos migratórios, paraestas regiões.

[8 linhas]

IV

1. Em Portugal Continental o trigo  e o milho  são os cereais que assumem maiorimportância ao nível da nossa economia agrícola.

1.1. O que significa dizer que o trigo é um cereal essencialmente de sequeiro,

enquanto o milho é essencialmente de regadio?[8 linhas]

1.2. Refira as regiões do país de maior produção quer de trigo, quer de milho e justifique essas localizações, tendo em conta as condições climáticas propícias para ambas as culturas.

[15 linhas]

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2. Estabeleça a distinção entre rendimento e produtividade agrícola.

[10 linhas]

3. Os contrastes da estrutura fundiária entre o Norte e o Sul do país obrigam a encararde modo diferente os problemas destas áreas. As medidas a tomar são naturalmentediferentes.

3.1. Uma delas consiste no emparcelamento.- Explique de que se trata esta medida;- Refira em que regiões há necessidade de a implementar;- Justifique a sua importância;

[20 linhas]

3.2. O emparcelamento enfrenta sérias dificuldades. Esclareça a afirmação.

[13 linhas]

V

1. A pesca assume-se como um dos sectores de actividade cuja importânciaeconómica a nível europeu é bastante relevante.

Caracterize a evolução desta actividade no âmbito da economia portuguesa.

[20 linhas]

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VI

1.  No quadro I está representada a composição profissional da população activa portuguesa em 1960, 1971, 1981* e 2001**.

Quadro ISectores de Actividade (Percentagens) 

Anos  Primário Secundário Terciário 1960 43,9 29,1 27,01970 32,6 33,3 34,11981 19,7 38,4 41,9

2001** 3,7 24,1 72,2* Fonte: Manual, p. 150-151

** Fonte: INE, 2003

Refira e explique a evolução da composição profissional da população activa no período 1960-2001.

[20 linhas]

VII

1.  As fábricas modernas procuram produzir grandes quantidades de produtos no mais

curto espaço de tempo e com os menores custos possíveis. Daí que, para atingiremesses objectivos, adoptem determinados métodos de organização do trabalho.

1.1. Explique em que consiste a divisão e especialização do trabalho na indústriae procure explicar as suas vantagens económicas.

[11 linhas]

1.2.  Explique também em que consiste a produção em série  e o  trabalho emcadeia.

[11 linhas]

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VIII

1. “O turismo é uma actividade com grandes potencialidades para a economia portuguesa.”

Comente a frase anterior referindo-se aos seguintes aspectos, respeitantes a estaactividade no Continente e Regiões Autónomas:! Características geográficas do país que contribuem para o seu

desenvolvimento;! Papel na economia portuguesa;! Problemas e perspectivas;

[25 linhas]

FIM

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4º TESTE FORMATIVO 

1.  A expressão “explosão demográfica” pode exprimir o actual crescimento da

 população portuguesa?Justifique a sua resposta referindo-se aos seguintes conceitos:

! crescimento natural;! saldo migratório;! índice de envelhecimento;! taxa de natalidade;! taxa de mortalidade;! outros que considere necessários;

[25 linhas]

2.  Na figura 1 estão representadas as pirâmides de idades da população de duasregiões de Portugal Continental em 1996. À esquerda estão representados oshomens e à direita as mulheres. 

Pirâmide 1 Pirâmide 2

Figura 1

2.1. Faça uma análise comparativa das pirâmides referidas e procure explicar asdiferenças observadas.

[13 linhas]

2.2. A que regiões do país estas pirâmides poderiam pertencer? Justifique a suaresposta.

[4 linhas]

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  30

2.3. Mencione os principais problemas socio-económicas resultantes de estruturasetárias como as destas pirâmides.

[11 linhas]

3. Portugal começa a, em 1960, ser um país de imigração.

3.1. Quais o principal país de origem desses imigrantes?

[1 linha]

3.2. Qual a formação/qualificação desses emigrantes?

[2 linhas]

3.2. Em que áreas se fixam preferencialmente?

[5 linhas]

II

1. A modernização da agricultura tem o seu reverso da medalha, traduzido porincidências ambientais negativas.

1.1. Explique as vantagens económicas da mecanização e do uso de produtosquímicos (fertilizantes químicos e pesticidas) na agricultura.

[10 linhas]

1.2. Explique como é que estes dois aspectos da agricultura moderna podem ter umforte impacte negativo no ambiente.

[10 linhas]

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IV

1. A adesão de Portugal à Comunidade Europeia, foi motivo de grandes mudanças.

1.1. Em que data ocorreu esta adesão?

[1 linha]

1.2. Refira algumas das vantagens desta integração

[15 linhas]

2. O célebre Tratado de Maastricht, é aplaudido por muitos e rejeitado por outros.

2.1. Em que data foi assinado pelos Estados membros da CE este Tratado?

[1 linha]

2.2. Refira quais os principais objectivos deste Tratado.

[15 linhas]

FIM

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RESOLUÇÃO DOS TESTES FORMATIVOS

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RESOLUÇÃO DO 1º TESTE FORMATIVO

I. INDICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DOS ITENS DO GRUPO I

1.1. AItem 1.1.A distribuição da população no território continental tem-se desde semprerevelado bastante irregular. A oposição entre o Norte e o Sul e entre o Litoral e oInterior é, em termos gerais, bastante notória. No entanto, se pretendermos sermais precisos, as áreas de maior concentração demográfica são:! a faixa ocidental para norte do rio Sado;! algumas áreas que penetram no interior através dos principais vales,

nomeadamente de alguns rios, como o do Douro e o do Mondego, e ao longode vias de comunicação importante;

! o litoral algarvio;

1.2. DItem 1.2.São vários os factores responsáveis pela distribuição da população em PortugalContinental.

 No entanto consideram-se como principais factores os referidos na opção D:- a atracção urbana,- a existência de indústrias;- a presença de eixos de transporte importantes;

Veja-se págs. 128-132 do Manual.

2.1. BItem 2.1. A análise de dois séculos de evolução demográfica no mundo levou à elaboraçãode um modelo com algum poder explicativo: o modelo de  transiçãodemográf ica . Este modelo tem três fases, sendo uma delas precisamente a faseda transição demográfica:

 Nesta segunda fase do modelo considera-se um primeiro período, em que diminui

a mortalidade e a natalidade continua alta (saldo natural também alto), e umsegundo período em que a natalidade passa também a decrescer, tal como amortalidade, o que provoca a diminuição do saldo natural, ainda que estemantenha valores apreciáveis. (opção B)Ver pág. 36 do livro de apoio.

A respeito deste assunto consultar ainda J. Manuel Nazareth.

2.2. BItem 2.2. 

De acordo com o modelo da transição demográfica, Portugal encontra-se na fasede pós-transição. Esta caracteriza-se por:

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apresentar níveis semelhantes de mortalidade e de natalidade, sendo estes poucoelevados. Consequentemente, os níveis de crescimento populacional são muito

 baixos e tendem para zero.

3.1. AItem 3.1A composição etária pode ser obtida através da análise da percentagem de

 população por grupos etários ou através da análise de pirâmides etárias.

3.2. CItem 3.1População envelhecida significa que a percentagem de população idosarelativamente à população jovem é elevada.

Item 4. 

Conceitos  DefiniçõesCrescimento efectivo 13Crescimento natural 1Emigração 15 ou 20Esperança média de vida 3

Índice de envelhecimento 17Índice sintético de fecundidade 10Mortalidade 8

 Natalidade 9Saldo fisiológico 1Saldo migratório 11Taxa de natalidade 7Taxa de mortalidade 4

O manual adoptado não define estes conceitos (considerados básicos), mas fala neles partindo do princípio que já são conhecidos, razão pela qual é importante que passem

a fazer parte do domínio de conhecimentos dos alunos.

5.1. DItem 5.1.O progressivo envelhecimento da população portuguesa deve-se em largamedida ao declínio da fecundidade  traduzido numa diminuição da taxa defecundidade e num decréscimo da taxa de natalidade, e a um aumento daesperança média de vida, (Opção D).Actualmente a emigração já não é um factor que influencie grandemente, namedida em que decresceu drasticamente. 

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5.2. BItem 5.2.O envelhecimento da população, o declínio da taxa de fecundidade e omovimento migratório das áreas rurais para as áreas urbanas, origina uma faltade mão-de-obra no meio rural.

O envelhecimento, ou seja o aumento da proporção de pessoas idosas na população, tem como consequência a elevação dos encargos e despesas sociais(nomeadamente com as reformas e assistência médica).O envelhecimento traduz-se igualmente num enfraquecimento do dinamismo ecapacidade de empreendimento, que no nosso país tem graves consequências,especialmente no sector agrícola. A falta de dinamismo deste sector pode, em

 parte, ser explicado pela percentagem elevada de agricultores idosos, dado oêxodo rural que continua a verificar-se e que afecta em especial os grupos jovensda população.

6.1. AItem 6.1 É a opção A que reúne as frases consideradas correctas.A opção D, deve ser excluída devido à frase 6, que não é considerada correcta,

 pois na agricultura de mercado as culturas de sequeiro são umas das maisimportantes, muitas delas praticadas em regime de monocultura o que permite umaumento da produtividade agrícola.

6.2. CItem 6.2A opção C é a que reúne as frases correctas.A opção A não é considerada, porque inclui a frase 5. A agricultura tradicional oude subsistência caracteriza-se por ser praticada em regime de policultura e não demonocultura uma vez que a prática da monocultura não possibilitaria asobrevivência das famílias que dependem exclusivamente da agriculturatradicional.

Item 7. Trata-se de um item de completação.

!  Na agricultura intensiva o rendimento agrícola é elevado.Utiliza muita mão-de-obra familiar e tem um baixo grau de mecanização.A produtividade é geralmente baixa.

!  No Norte a dimensão média das explorações é reduzida e o número destasexplorações é elevado. Pratica-se essencialmente a policultura.

!  No Alentejo as culturas são essencialmente extensivas.

Predomina a grande propriedade.O tipo de povoamento é concentrado.

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8.1. BItem 8.1.O sector industrial apresenta desequilíbrios estruturais quanto à composição dosector pela excessiva participação das indústrias ligeiras tradicionais e,também, no que diz respeito ao carácter fortemente dualista da estrutura industrial

com proliferação de pequenas unidades e concentração do potencialprodutivo num número reduzido de unidades de grande dimensão.Desequilíbrios da repartição espacial das indústrias, concentradas, com algumasexcepções, na faixa litoral desde o limite sul do distrito de Viana do Casteloaté ao norte do distrito de Setúbal.

8.2. CItem 8.2. Ao analisarmos o quadro podemos observar que com um maior númerode empregados obtém-se, no Porto, um menor V.B.P.I. o que nos permiteconcluir que, neste distrito, existem mais indústrias de mão-de-obra intensiva.

Assim, no Porto predominam as indústrias em que a produção não está muitomecanizada e que, por isso, necessitam de um número elevado de trabalhadores.

9.1. DItem 9.1.Tratam-se de distritos de grande densidade populacional, com mão-de-obra abundante que a agricultura não absorvia. Esta, constituiu um factor de grandeimportância para a implantação da indústria do algodão nos distritos de Braga edo Porto.A tradição da cultura do linho, a existência de cursos de água que

 possibilitaram a construção de barragens para a produção de energiahidroeléctrica, a relativa facilidade de transportes para trazer a matéria-prima(proveniente das regiões tropicais), e para aceder aos mercados (portugueses eestrangeiros), são outros tantos factores que tiveram grande importância naimplantação da indústria do algodão nos referidos distritos.

 Note-se que nem a matéria-prima, nem o mercado contribuíram para aimplantação da indústria do algodão nos distritos referidos.

9.2. CItem 9.2.A indústria de moldes para plástico tem um grande incremento no distrito deLeiria ao longo das décadas de 70 e 80. Tal facto deve-se à importância daindústria de vidro nesta área (tradição industrial) que irá fornecer a mão-de-obraqualificada para o sector de moldes. Observe-se que nesta área não existe amatéria-prima necessária para o funcionamento destas indústrias, que éimportada, o mercado desta produção é internacional, os meios de transporte e asvias de comunicação são pouco desenvolvidos e a energia utilizada estava, então,disponível na maioria das localidades portuguesas.

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II. INDICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DOS ITENS DO GRUPO II

Item 1.1. A figura apresentada evidência o enorme contraste ou a enorme assimetria existenteentre a faixa litoral ou ocidental a norte do Sado  – densamente povoada e que

 penetra em algumas áreas mais interiores através dos vales de alguns rios como oDouro e o Mondego – e toda a faixa interior do país, assim como entre as já citadasregiões a Norte  do país e as do Sul, com excepção da orla algarvia, onde asdensidades populacionais também são consideráveis.

! Essas áreas densamente povoadas, que se designam por áreas de atracção ouatractivas, são aquelas que oferecendo melhores condições de vida, atraem a

 população, apresentando por isso, fortes densidades demográficas e umcrescimento efectivo maior que o crescimento natural.Detentoras de um maior desenvolvimento socio-económico, é nestas que selocalizam a maior parte das indústrias, onde o comércio é mais intenso e

especializado, onde a rede de comunicações é mais densa, onde os serviços eequipamentos de apoio sociocultural e de lazer são um forte atractivo. A maiorfertilidade do solo, a amenidade do clima, e a maior abundância de água nestasáreas, são ainda algumas das condições que as tornam também favoráveis aactividades agro-pecuárias, e por isso uma vez mais, atractivas em termos

 populacionais. Por outro lado, a maior parte dos centros urbanos localiza-se nestafaixa litoral, onde também a actividade piscatória e portuária é possível, emresultado de uma costa geralmente baixa, com alguns portos naturais.

A procura de uma vida mais fácil, confortável e o desejo de conseguir nestas áreasuma ocupação mais bem remunerada e menos penosa do que no campo, levaram aque convergissem para estas regiões, enormes massas populacionais oriundas dosmeios rurais, o que acabou por trazer, a par de consequências positivas, outras decariz negativo.

! As regiões de onde partiram estas populações – ditas repulsivas – têm obviamentecaracterísticas que sendo pouco atractivas não conseguem de uma forma geral aífixar a população, principalmente a mais jovem. Daí resultam as baixas densidades

 populacionais que a figura dá a observar e que, nalguns casos extremos, acabam por levar mesmo à desertificação de diversos lugares.

! Por exemplo, quer nas regiões planálticas de Trás-os-Montes e das Beiras, quer noSul, especialmente no Alentejo, os solos são, salvo raras excepções, bastante pobres, (ainda com a agravante de, no interior nortenho, serem bastanteacidentados), o que dificulta a prática agrícola;

! A excessiva divisão da propriedade e a existência de técnicas rudimentares no Norte e as grandes propriedades de mão-de-obra assalariada no Sul são, também,alguns dos factores que dificultam, de um modo ou de outro, o progressoeconómico destas áreas em termos agrícolas;

! Por outro lado, o clima, de feição continental ou muito seco, mas agreste em

qualquer dos casos, dificulta as actividades agrícolas e pecuárias em qualquerdestas regiões;

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!  No Sul, a falta deles e no Interior nortenho a existência de rios muito encaixados ecom margens estreitas e altas, faz com que o recurso à rega seja extremamentedifícil, o que também contribui para dificultar o desenvolvimento da práticaagrícola;

! O desenvolvimento industrial e urbano muito fraco e as vias de comunicação muitomás, senão inexistentes;

! As redes escolar e hospitalar extremamente deficientes, assim como a precáriaassistência médico-sanitária;

Estas, são apenas algumas das razões pelas quais não é de admirar que a densidade populacional nestas áreas seja muito fraca.

Item 1.2. No entanto, as designadas  áreas atractivas, acabam por se confrontar com sérios problemas:

! Problemas de desemprego, pois a certa altura a procura excede em muito a ofertade mão-de-obra, seja esta qualificada ou não;

! Problemas de habitação, pois a sua falta, quer para venda quer para aluguer, a preços que a classe média/baixa e baixa consiga suportar, faz com que começassema aparecer por todos os arredores e áreas limítrofes dos grandes centros urbanosenormes massas de construção clandestina e de bairros de barracas, que arrastam

consigo graves problemas de ordenamento do território, complexos problemasde integração social, de marginalidade, afecta a actos diversos de delinquência, problemas de inadaptação escolar, problemas de droga, prostituição, entre outros;

! A enorme afluência diária de população residente nas áreas metropolitanas, a estesgrandes centros urbanos onde têm o seu emprego, acarreta também outra ordem de

 problemas, relacionados com o trânsito. Longas filas de espera e más condições deviagem nos transportes públicos, filas intermináveis de automóveis ligeiros que sedefrontam também com grandes dificuldades em encontrar lugar deestacionamento, são algumas das razões que levam à existência de situações destress;

Por outro lado, nas áreas  ditas repulsivas  a tendência é para um progressivoenvelhecimento da população, para uma diminuição da mão-de-obra e da

 produtividade agrícola, para um maior atraso ao nível de todos os sectores. De certaforma, o fenómeno que ocorre nestas áreas é o exemplo de um ciclo vicioso, onde ascausas de saída da população acabam por ser também as consequências que advêm

 para estas áreas, geralmente ainda mais agravadas.

Item 1.3.A inversão deste processo é sem dúvida uma tarefa difícil. No entanto a possibilidade

de se minorar este desequilibro entre regiões pode ser uma realidade, se se promoverem esforços no sentido de se desencadearem acções concertadas de

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investimento nestas áreas a vários níveis. A restruturação da prática agrícola, aconstrução e o melhoramento de estradas, a instalação de infra-estruturas básicas, acriação de indústrias, comércio diverso, serviços e equipamentos sociais e de lazer,que não só criassem postos de emprego, como também servissem as população deforma a não sentirem necessidade de procurarem tais bens e serviços noutras

localidades, seriam certamente medidas a tomar.Desta forma, seria possível não só fixar a população jovem, ainda nelas existente,como talvez promover a deslocação de outra, que aspire uma vida mais calma, ummaior contacto com a natureza, com a vida no campo, com outros valores, onde asrelações de vizinhança ainda existem, onde a qualidade de vida assenta noutroscritérios, como nos de qualidade ambiental e paisagística, nos de espaço e de ganho detempo, nos de convívio com a comunidade local.

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RESOLUÇÃO DO 2º TESTE FORMATIVO

I. INDICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DOS ITENS DO GRUPO I 

1.1. B

Item 1.1.Durante o Antigo Regime1, o crescimento populacional foi muito lento poisapesar da natalidade ser elevada (ausência de planeamento familiar) amortalidade era também muito acentuada (cuidados de saúde deficientes eguerras).

1.2. AItem 1.2.Com o desenvolvimento da medicina, as melhorias da alimentação e dosaneamento básico a mortalidade reduz-se, no entanto, a natalidade mantém-se

elevada. Consequentemente o crescimento natural é elevado.

2.1. AItem 2.1.A saída de grande número de portugueses (sobretudo, nesta época, para o Brasil),conjugada com uma mortalidade elevada (gripe pneumónica), dão origem a um

 período de estabilização populacional. Assim, o crescimento natural, até aíacentuado, reduz-se para valores muito baixos.

2.2. DItem 2.2.A crise económica mundial (com início em 1929), provoca um aumento bruscodo desemprego à escala global. Deste modo, a emigração portuguesa sofre umaredução muito significativa. Posteriormente, a segunda Grande Guerra vaiagravar esta situação, pois a insegurança e a falta de transportes vão condicionar amobilidade das populações.

3.1. AItem 3.1. Os movimentos migratórios, existentes desde séculos anteriores, ganham especialdestaque nos primeiros anos do presente século. O Brasil aparece, na primeirametade do século XX, como o país de destino da maioria dos emigrantes

 portugueses, sendo já esta a tendência direccional destes movimentos na épocaoitocentista. No primeiro decénio, (entre 1901 e 1910), a média anual de saída deemigrantes é de 32000. Na década seguinte passaram a registar-se cerca de 42000saídas por ano, sendo de chamar a atenção para o ano de 1912 (precisamente

1 Período que antecede a Revolução Liberal.

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antes da Primeira Grande Guerra), em que se atingiu o número excepcional de89000 emigrantes com destino a este mesmo país.

3.2. B

Item 3.2.Um rumo novo na história dos movimentos da população portuguesa começa a

 partir dos finais dos anos 50. A emigração que até aqui cruzara tradicionalmenteos oceanos, procurando melhorar o seu futuro além-Atlântico, inicia a suadiáspora europeia com a travessia dos Pirineus. A França constitui rapidamente o

 primeiro destino dos emigrantes portugueses na Europa. Primeiro procuradatimidamente, acaba por ultrapassar os volumes que se registaram com rumo aoBrasil.

4.1. CItem 4.1.Ao analisarmos as pirâmides etárias observamos:! que a barra dos 0 aos 5 anos é menor que a seguinte (6 a 10 anos) o que indicia

uma redução da natalidade;! que as barras do topo da pirâmide são maiores em 1970 do que em 1950 o que

indicia uma redução da mortalidade (há mais idosos);Uma vez que a natalidade e a mortalidade diminuem simultaneamente o saldonatural (diferença entre natalidade e mortalidade) é baixo.

4.2. DItem 4.2.A pirâmide de 1970 põe em relevo um envelhecimento populacional,consequência da maior percentagem de idosos relativamente aos jovens. Esteenvelhecimento demográfico é visível na figura, onde constatamos um aumentodas barras que representam a população mais velha e uma redução das barras dosmais jovens. Esta alteração demográfica deve-se, entre outros factores, a umaredução da natalidade.

5.1. AItem 5.1.

 Nesta época, o desenvolvimento industrial em Portugal foi consequência, por umlado, da abertura do país a capitais estrangeiros que aqui foram investidos nosentido de aproveitar mão-de-obra barata ou uma legislação mais permissiva noque refere à implantação de novas unidades industriais. Por outro lado, surgiramtambém indústrias de capital nacional que eram, na sua maioria, unidades poucomecanizadas as quais só concorriam no mercado internacional devido aos baixos

 preços de produção e se impunham no mercado nacional ou colonial em virtudedo proteccionismo alfandegário o qual se traduzia na aplicação de impostos sobre

os produtos importados e, consequentemente, num aumento dos preços de vendaao público desses produtos.

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5.2. BItem 5.2.Após a 2ª Grande Guerra regista-se um impulso no sector industrial português. Oinvestimento estrangeiro em Portugal vem aproveitar as vantagens que o país

 pode, na época, oferecer: uma grande quantidade de mão-de-obra pouco

especializada disposta a trabalhar por salários baixos.

6.1. CItem 6.1.As indústrias de equipamento são as que fornecem materiais destinados a fins

 produtivos. Englobam as que produzem bens destinados a outras indústrias(extracção de matérias-primas e de fontes energéticas e produção de ferro, aço,máquinas diversas, ferramentas, etc.) e as que fabricam material para outrasactividades económicas (material ferroviário, máquinas agrícolas, navios, etc.).

Frequentemente também são designadas por indústrias de base.

6.2. AItem 6.2.As indústrias de bens de uso e consumo são as que transformam as matérias--primas brutas ou semi-elaboradas em produtos destinados ao consumo directo

 pelas populações, isto é, sem fins produtivos (vestuário, calçado, televisores,electrodomésticos, conservas de peixe, refrigerantes, etc.).

7.1. CItem 7.1.O clima mediterrânico caracteriza-se por ter verões secos, uma excepçãorelativamente à maioria dos climas em que o período mais quente coincide com omais húmido. Este facto dá origem, por um lado, à predominância de solos

 pobres (pois a evolução dos solos é mais profunda quando temos,simultaneamente, temperaturas altas e humidade) e, por outro, à falta de água naépoca do ano em que as plantas mais precisam dela. Assim as culturas que seadaptam bem ao nosso clima são em número restrito (por exemplo: vinha,oliveira e horticultura).

7.2. AItem 7.2.As diferenças de temperatura e de humidade entre o Noroeste e o Nordeste sãoconsequência da posição relativa destas duas áreas do nosso país.Assim, próximo do mar as massas de ar são mais húmidas enquanto que nointerior as massas de ar são mais secas. De facto, as massas de ar ao atravessaremo conjunto montanhoso do Norte do país, sofrem fenómenos de condensação e de

 precipitação, chegando ao interior mais secas.Esta diferença de humidade, das massas de ar, justifica a existência de amplitudes

térmicas mais baixas no litoral do que no interior.

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 Nota: Amplitude Térmica é a diferença entre a temperatura mais alta e a mais baixa ocorrida ao longo de um dia (Amplitude Térmica Diurna) ou a diferençaentre a temperatura média mensal mais alta e a mais baixa ocorrida ao longo delongo do ano (Amplitude Térmica Anual).

8.1. CItem 8.1.Em Portugal predominam as indústrias ligeiras (ou de bens de consumo) poucomodernizadas. A maioria das unidades industriais concentra-se no litoral a Nortedo rio Sado.

8.2. DItem 8.2.

A grande concentração do sector têxtil no distrito de Braga deve-se à presença degrandes quantidades de mão-de-obra. Verifica-se então uma transferência da

 população activa do sector primário para o secundário.

9.

Dimensão daPropriedade

PovoamentoTipo de mão-de-

obraProdutividade

 Noroeste PEQUENA DISPERSO FAMILIAR BAIXA

Alentejo GRANDE CONCENTRADO ASSALARIADO ALTA

II. INDICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DOS ITENS DO GRUPO II

Item 1. Referiram-se como causas da decadência do sector têxtil em Portugal razõesrelacionadas com o deficiente dimensionamento das unidades fabris, com o atrasotecnológico, com as deficiências ao nível da sua gestão, com a falta de quadrostécnicos. A forte concorrência por parte de países e territórios asiáticos é outra razão,uma vez que nestes a produção é conseguida à custa de mão-de-obra ainda mais

 barata e de uma tecnologia avançada.Consultar pág.73 do caderno de apoio, e pág. 224-225 do livro adoptado.

Item 2. Consultar o Manual onde se aborda amplamente este problema. Poderão completar oseu estudo recorrendo ainda à obra de João Ferrão, 1987, indicada na bibliografia do

capítulo VIII do Manual.

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Item 3.O primeiro capítulo da obra de Teresa Barata Salgueiro, A Cidade em Portugal. Uma

Geografia Urbana, Edições Afrontamento, Porto, 1992, é dedicado ao estudo deconceitos e critérios, nomeadamente do conceito de cidade. Aconselha-se a sualeitura.

Critérios utilizados para a definição deste conceito:

a) Demográficosnúmero total de habitantes (o mais frequentemente utilizado).Geralmente as cidades têm um número bastante elevado de habitantes, no entantohá casos em que as localidades com designação oficial de cidade têm menoshabitantes que outras que têm estatuto administrativo diferente.

Dificuldades de uniformização do conceito resultam principalmente do problemada escolha de um determinado número total de habitantes necessário para que umaglomerado populacional seja considerado como cidade, (critério mais

frequentemente utilizado). Tal número (na maioria dos casos 10.000 habitantes),corresponde a realidades de organização do espaço e funcionais muitodiferenciadas de país para país, e por vezes de região para região.

densidade populacional (hab/Km2) As cidades têm geralmente elevadas densidades populacionais, pois a maior parteda construção existente é em altura. 

b) funcionais, administrativos Uma cidade tem poucas ou nenhumas actividades agrícolas. Predominam asfunções dos sectores secundário e terciário variados, agrupando instituições ecorpos administrativos, como os tribunais, hospitais, escolas, equipamentos decultura, de lazer, de decisões políticas. Tem um modo de vida muito próprio ligadoa marcas de desenvolvimento quer materiais quer de estado de espírito.

 No entanto há localidades em certos países que tendo todas as características decidade, morfologia, quantidade e densidade de habitantes, têm a maioria da sua

 população empregada em tarefas do campo. Como se depreende a definição decidade é complexa.

c) morfológicos (ligados à tipologia da paisagem urbana)A cidade apresenta em geral, um aspecto muito peculiar; edifícios com vários

andares, avenidas, ruas largas, grandes lojas, muita gente em circulação,transportes colectivos,...

d) mistosConsidera-se necessário que o estudante inclua na sua resposta uma explicaçãosumária de cada um dos critérios.

FIM

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RESOLUÇÃO DO 3º TESTE FORMATIVO

I

Item 1.

Leia-se Manual págs. 24-30 e Caderno de Apoio pág. 18.

II

Item 1.1. Algumas notas introdutórias:

! A contagem da população faz-se, como se sabe, através de recenseamentos

 populacionais, o primeiro dos quais digno deste nome teve lugar em 1864. A partirde 1890 estes passaram a ter uma periodicidade de 10 anos. No entanto,circunstâncias várias impediram por vezes a sua realização nas datas estabelecidas.Foi o que aconteceu com o recenseamento que deveria ter sido realizado em 1910,e que devido à instabilidade (socio-económica e política) resultante da implantaçãoda República, só se realizou em 1911, e com o de 1980, que, devido aos sucessivosactos eleitorais, só pôde ter lugar em 1981.

! Embora a resposta a este item apenas solicitasse a análise do ritmo da evolução da população a partir do fim do século XIX, na sua correcção optou--se por fazer uma

 breve alusão ao período antecedente, como forma de sistematizar a informaçãorelativa a este assunto.

Assim:

Até ao século XVIII, o crescimento em termos populacionais foi muito lento. Neste longo período, embora, as taxas de natalidade fossem muito elevadas, as taxasde mortalidade, nomeadamente as de mortalidade infantil eram também muito altas,não só, devido às condições médico-sanitárias e de hábitos de higiene bastante

 precárias, como também, às crises de fome, às pestes e outras epidemias, às guerrasou aos conflitos constantes. Por outro lado, a partir do século XVI, o fenómeno

emigratório que levou para territórios recém descobertos parte da população portuguesa que assim iniciou o processo de colonização, também contribuiu para quea evolução da população fosse muito lenta.

A partir do século XVIII, a população começa, progressivamente, a crescer. Apósmeados do século XIX e até princípios do século XX (1911) o ritmo de crescimentodemográfico torna-se bastante mais acelerado, devido principalmente, ao decréscimoda taxa de mortalidade que, por sua vez, resulta sobretudo:! da melhoria da alimentação, resultante da introdução de novas culturas, como a da

 batata e a do milho, e do alargamento das áreas cultivadas;! dos progressos da medicina (vacinas e novos medicamentos), que passaram a

 permitir evitar numerosas doenças e a curar outras até então incuráveis;! da melhoria das condições de higiene pessoal e de saneamento básico;

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De 1911 a 1920, o ritmo de crescimento reduz-se substancialmente, devido:! a um novo aumento da taxa de mortalidade resultante da 1ª Guerra Mundial (1914-

1918) e à epidemia de 1918 e 1919 (gripe pneumónica) que devastou uma boa parte da população portuguesa;

! à grande corrente emigratória para o Brasil;

A instabilidade política deste período e a mudança de regime em 1910, são factoresque pouco influenciaram o ritmo da evolução da população.

De 1920 a 1950, o ritmo do crescimento populacional volta a acelerar em resultado:! de uma grande redução da taxa de mortalidade, como reflexo de uma melhoria

contínua e bastante sensível do nível de vida e da assistência médica prestada;! do grande declínio da emigração provocado pela crise económica mundial de 1929-

1930 (iniciada nos EUA e propagada a todo o mundo, e que teve como reflexo umagrande taxa de desemprego nos países para onde habitualmente emigravam os

 portugueses), e pela crise de 1931-1949.

De 1950 a 1970, Portugal conhece novo período de retracção do aumento populacional, sendo este mesmo negativo na década de 1960/1970, em virtude daenorme corrente emigratória legal e clandestina para os países industrializados daEuropa Ocidental, que devastados pela 2ª Guerra Mundial, necessitavam de numerosamão-de-obra para a sua reconstrução. A guerra colonial foi outro dos factoresresponsáveis por tal evolução populacional, assim como a diminuição da taxa decrescimento natural, devido à redução da natalidade a partir de meados da década de60. Estas tendências mantiveram-se sensivelmente até 1973, altura em que sedesencadeou o surto demográfico, revelado pelo recenseamento de 1981.

De 1970 a 1981, Portugal entra em nova fase de relativo crescimento, emconsequência do acentuado declínio da emigração, a qual começa a ser poucosignificativa devido às restrições impostas à entrada de estrangeiros por muitos paísesque se defrontam com elevadas taxas de desemprego, reflexo da grave crise política eeconómica com que o mundo se começou a confrontar.Além disso, logo a seguir a Abril de 1974, dá-se também o retorno em massa de

 portugueses vindos das antigas colónias que ascenderam à independência.

De 1981 a 1991, a evolução da população começou por registar um dos mais lentos einsignificantes crescimentos, em virtude de uma grande diminuição das taxas defecundidade e de natalidade, resultantes de um novo conceito de qualidade de vida, da

maior abertura e conhecimento das consultas de planeamento familiar e facilidade docontrole de natalidade, do aumento do custo de vida, da expectativa e do receio dainstabilidade e da grave crise política e económica que o mundo tem vindocontinuadamente a atravessar. A evolução processada relaciona-se com um

 progressivo envelhecimento da população, que se tem verificado aliás, em praticamente todos os países desenvolvidos.

De 1991 a 2001, a pesar  de se manter um forte ritmo de envelhecimento demográfico, permanecendo a taxa de natalidade em valores reduzidos, regista-se um acréscimo populacional fruto do reforço da corrente imigratória  sendo a população denacionalidade estrangeira, em 2001, mais do dobro da registada em 1991 (2,2% do

total da população portuguesa).

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III

Item 1. A emigração – saída de população nacional para o estrangeiro onde passa a residirtemporária ou definitivamente – constitui, para Portugal, um fenómeno demográfico

muito antigo, cujas origens recuam, pelo menos, à época dos Descobrimentos. Oalargamento dos horizontes geográficos e o conhecimento da existência de enormesespaços pouco povoados e por explorar, levaram os portugueses, que procuravammelhores condições e perspectivas de vida, a iniciarem o seu “êxodo” nacional.Tendo-se processado em contextos muito diversificados, esta prática secular manteve--se até aos nossos dias, embora com períodos de diferentes graus intensidade e comvariações em termos dos países de destino.

Apesar de neste item apenas ter sido pedido para se referir e justificar o modo comoeste fenómeno evoluiu, desde o princípio do século até à actualidade, optámos porfazer também uma muito breve alusão às primeiras emigrações, com a intenção, uma

vez mais, de sistematizarmos toda a informação relativa a este tema. Não será demaisno entanto salientar, que tal não era pedido nem exigido.

. O homem é por natureza um ser “migrante”, e desde sempre empreendeu longascaminhadas, deslocando-se de território em território.As primeiras emigrações portuguesas datam no entanto do século XV e referem-se àcolonização da Madeira, por volta de 1425, tendo-se seguido S. Tomé e Príncipe,Cabo Verde, costa africana e Índia.

 No século XVI, a emigração portuguesa centrou-se sobre a Índia.

. A corrente emigratória nunca mais parou tendo-se acentuado a partir de meados doséculo XIX até atingir um máximo em 1912/1913, devido à intensificação daemigração para o Brasil, onde em 1888, foi abolida a escravatura e era necessáriaabundante mão-de-obra que substituísse os escravos.

. Com o início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a emigração decresce rapidamentedevido não só à crise económica verificada no Brasil, que se viu obrigado a imporlimitações à entrada de estrangeiros, como às restrições impostas pelo nosso país àsaída de população.Terminada a guerra, e logo no decénio de 1920-1930 a emigração portuguesa registaum novo impulso em virtude da relativa prosperidade económica que a América

conhece, sendo grande o número dos que emigram para o Brasil, que volta a abrir assuas fronteiras à emigração, e para os EUA 

. A partir do fim da 2ª Guerra Mundial e com particular incidência a partir de 1960,verifica-se uma inversão no destino dos nossos emigrantes, que passaram desdeentão a emigrar principalmente para os países industrializados da EuropaOcidental, que registando um acentuado crescimento económico, necessitavam demuitos trabalhadores, tendo por isso de recorrer à mão-de-obra estrangeira.Muitos milhares de portugueses emigraram então para aqueles países, especialmente

 para a França e para a República Federal da Alemanha, tendo a nossa emigraçãoatingido a maior amplitude da sua história, atingindo o valor máximo em 1970.

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.  Ao período de prosperidade económica do pós-guerra, seguiu-se outro de gravecrise, que justificou o brusco decréscimo da emigração portuguesa, principalmente a

 partir de 1973. Com a subida vertiginosa do preço dos combustíveis inicia-se, defacto, uma acentuada crise económica, que teve como consequência, entre outras, ocrescente desemprego nos países europeus de acolhimento.

. Outros destinos têm sido procurados pelos portugueses nesta fase de declínio daemigração, como é o exemplo dos países árabes do Médio Oriente.

Item 2. Os destinos de emigração preferenciais dos madeirenses têm sido tradicionalmente aVenezuela, o Brasil e a África do Sul. Para Angola e Moçambique emigraramtambém muitos madeirenses, que ali fundaram colonatos agrícolas.A população açoreana teve o seu maior surto de emigração, entre 1960 e 1980, emvirtude, não só da sua situação geográfica, limitada ao solo insular, agravada pela

instabilidade geológica que se revela através da ocorrência de sismos e de erupçõesvulcânicas, mas também pela procura de melhores condições de vida e novas

 perspectivas oferecidas por alguns países estrangeiros. Tem como destinos preferenciais de emigração, o Canadá e os Estados Unidos da América.

Item 2.1. São várias as consequências que advêm destes movimentos migratórios, para os

 países de onde são originários os emigrantes.Apresenta-se em seguida uma lista com as principais consequências para Portugal,embora se pedisse, apenas, para referirem três delas.

. Escassez de mão-de-obra rural.Se por um lado, a emigração tem contribuído significativamente para a redução dodesemprego no nosso país, por outro, a saída massiça num determinado período da

 população jovem e empreendedora, qualificada ou não, provocou graves carências demão-de-obra em alguns sectores de actividade, particularmente nos meios rurais.Muitos campos foram simplesmente abandonados, tornando-se totalmenteimprodutivos por não existir quem neles quisesse trabalhar.

. Subida dos salários e alguma melhoria de vida para os que ficaram.

Pelas razões apontadas, torna-se evidente que, pelo menos nos campos, a procura demão-de-obra passou a exceder a oferta, o que teve como consequência a subida dossalários e a consequente (relativa) melhoria do nível de vida para os que ficaram.

. Remessas de divisas estrangeiras.A maioria dos emigrantes pensa regressar, mais cedo ou mais tarde, a Portugal.Domina-os por isso, o desejo de enviar as suas economias para o nosso país, o que

 permite a Portugal a obtenção de divisas estrangeiras, indispensáveis para a aquisiçãode bens e serviços a outros países. Estas divisas vão permitir aos familiares dos queficaram usufruir de um nível de vida mais elevado.

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. Efeitos demográficos.O fenómeno emigratório atrai sobretudo a população jovem e adulta, em idade de

 procriação, o que provoca o envelhecimento da nossa população e uma diminuição dataxa de natalidade. O envelhecimento da população é, ainda, acentuado pelo retornodos emigrantes ao fim de um certo número de anos de permanência nos países

receptores.Em determinados anos o crescimento efectivo da população portuguesa foi inferior aocrescimento natural em resultado do “êxodo” migratório.

IV

Item 1.1.Cereais de sequeiro são aqueles que não necessitam de ser regados.

Cereais de regadio são aqueles que, tal como o nome sugere, necessitam de rega.

Item 1.2.O trigo é um cereal de sequeiro bastante sensível às condições meteorológicas e àscaracterísticas do solo. Ocorrendo a sua sementeira geralmente em Dezembro/Janeiroe a sua colheita em Junho/Julho, o clima ideal para a sua produção é o temperado(mediterrâneo ou continental), com uma estação húmida e fresca, durante agerminação e o crescimento, e uma estação quente e seca e de forte insolação, durantea maturação. Exige igualmente solos férteis e profundos (de preferênciaargilocalcários e argiloarenosos).Assim, a sua área de cultivo no nosso país é, por excelência, a planície Alentejana,região onde se reúnem as melhores condições para a sua produção. No entanto, eletambém é cultivado no Nordeste do país. Bragança, Castelo Branco, Guarda e Leiriasão alguns distritos onde a produção de trigo é significativa.

O milho requer, de um modo geral, clima húmido embora possa desenvolver-se bemem climas quentes desde que seja suficientemente regado. (Há algumas variedadesque não exigem irrigação – milho de sequeiro – mas o seu rendimento é muito baixo).O milho exige também terrenos férteis, graníticos ou arenosos.O milho começou por ser cultivado no vale inferior do rio Mondego, embora

actualmente a sua produção se estenda um pouco por todo o país, com maiorincidência na metade Norte do País, e especialmente no Noroeste.

Item 2.Rendimento agrícola: É a quantidade de produto obtida por unidade de superfície cultivada (geralmente ohectare). Por exemplo, o rendimento médio do distrito de Beja, em 1993, foi de 1650Kg/ha.

Produtividade agrícola: 

É a quantidade de produto obtida per capita .

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Item 3.1.O emparcelamento, não é mais do que o agrupamento de pequenas explorações (portroca ou venda), de modo a constituírem-se explorações suficientemente extensas ouconjuntos mais vastos, que possibilitem a utilização e aproveitamento integral detecnologia agrícola mais moderna.

Tal medida justifica-se porque um dos grandes problemas com que a agricultura portuguesa se defronta é o da grande fragmentação do solo arável, ou seja, aexistência de um grande número de pequenas propriedades agrícolas. Esta

 predominância da pequena propriedade rural, aliada à dispersão de pequenas parcelas pertencentes ao mesmo proprietário, e por vezes distantes umas das outras, temconstituído um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento da agricultura, na medidaem que dificulta a utilização de moderna tecnologia agrícola, nomeadamente amecanização. É no Norte do país, especialmente no Noroeste, em que a dimensãomédia das explorações não ultrapassa os 3 ha e em que uma grande parte tem menosde 0,5 ha, que se têm envidado esforços para incrementar tal medida.

Item 3.2. Um dos grandes obstáculos ao emparcelamento reside no “tradicionalismo agrário” demuitos agricultores, que oferecem grande resistência à venda ou troca das suas terras,que sempre pertenceram à família e que se destinam e pertencem por herança aos seusdescendentes. É uma medida difícil de implementar, pela quantidade de pessoas queenvolve, visto serem áreas de forte densidade populacional e pela complexidade dos

 problemas jurídicos e humanos que envolve.

V

Item 1. A evolução da actividade piscatória em Portugal é fortemente dependente de umamplo conjunto de factores e condicionalismos de ordem física mas, também, deordem políticaConsultar a este propósito C.A. Medeiros e Manuel Cardoso Leal, entre outrosautores.Verificou-se, no entanto, um período de expansão crescente desta actividade até à

década de 60, data após a qual se seguiu um acentuado declínio, com efeitos queainda hoje persistem.Entre os vários factores que contribuíram para o declínio do sector da pesca apontam-se os seguintes:. Degradação dos recursos biológicos dos oceanos;. Poluição crescente;. Ausência de normas de gestão eficazes dos recursos marinhos;. Falta de conhecimentos oceanográficos e de biologia marítima que só se têm vindo a

desenvolver ultimamente;. Ausência de diversificação dos métodos da captura;. Crise económica;

. Falta de coordenação entre os vários agentes / organismos / e entidades que intervêmno sector;

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. Grande carga burocrática;

. Envelhecimento e desajustamentos na composição da frota;

. Carácter pouco atractivo desta actividade para os jovens;

. (...)

VI

Item 1.C. A. Medeiros (1996) no capítulo dedicado à população explica a evolução daestrutura profissional da população activa portuguesa. Jorge Gaspar, 1987, p. 51-68,explica igualmente essa evolução. Este último autor evidencia que “as transformaçõesoperadas na estrutura da população activa constituem um dos melhores indicadores dodinamismo da ocupação e da organização espacial do território. As movimentações

das populações entre os diversos sectores ou ramos de actividades significam, emmaior ou menor grau, alterações em múltiplos aspectos do território, como sejam ouso do solo, o desenvolvimento urbano-industrial, o povoamento, os fluxos de pessoase de bens. Por outro lado, a evolução da estrutura da população activa é também umindicador do tipo e do ritmo de desenvolvimento de um país e das regiões que ocompõem.”O mesmo autor, põe em evidência que se levantam alguns problemas para a análisedessa evolução no período considerado, 1960-1981, que decorrem da diferença decritérios adoptados, quer de um para outro recenseamento, quer na feitura do mesmo.Os valores indicados escondem , obviamente, grandes diferenças entre regiões.

O sector primário corresponde fundamentalmente à população que trabalha naagricultura, pois a pesca, a silvicultura e a exploração florestal apenas representavam,em 1981, cerca de 5% dos activos deste sector. A mecanização da agricultura e,sobretudo, o abandono progressivo de áreas de fraco potencial produtivo,

 principalmente as que se encontram afastadas de área urbanas (mercados), levou àdiminuição de activos neste sector. O principal vector da mobilidade do primáriocorrespondeu à passagem ao secundário, embora o terciário, nos seus estratos commenos exigências de qualificação, tenha absorvido importantes quantitativos.

Segundo o mesmo autor “a opção pela industrialização, primeiro, a especialização

funcional dentro desse processo, definiram as principais transformações operadas nasdécadas de 60 e 70 no espaço português”. Entre 1960 e 1981 a população activa nestesector registou um aumento de 56%, o que, tendo em conta o aumento da populaçãoactiva total, representou um aumento do sector secundário de 29,1% para 38,4%.

A terciarização foi um dos fenómenos mais marcados da evolução da estrutura da população activa portuguesa ao longo das décadas consideradas. Essa evolução foiescalonada. Nos anos 60 a taxa de crescimento do sector foi de 25,6% e nos anos 70de 23,6%, o que correspondeu a um aumento da percentagem de activos de 27,0% em1960, para 41,9% em 1981, tendo em conta o aumento da população activa total.

 No último recenseamento populacional (2001) confirmou-se a tendência anterior,tendo-se registado uma diminuição significativa dos sectores primário e secundário e

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um acréscimo do sector terciário. Assim, o fenómeno de terciarização da população portuguesa acentuou-se. Actualmente, a estrutura profissional da população portuguesa é já semelhante à de outros países da União Europeia.

VII

Item 1.1.As indústrias para produzirem grandes quantidades de produtos no mais curto espaçode tempo, com os menores custos possíveis, de forma a obterem o máximo de lucro

 possível, adoptam determinados métodos de organização do trabalho.

Divisão do trabalho: - Atribuição, aos operários, de tarefas específicas simples, de modo a poderem ser

executadas rapidamente e com a menor fadiga. Cada operário tem a seu cargoapenas uma das várias tarefas, razão pela qual ele não tem senão de repetirindefinidamente os mesmos gestos. Este método permite reduzir a mão-de-obranecessária uma vez que dá origem a um aumento de produtividade.

Especialização do trabalho: - Aperfeiçoamento dos operários em determinado tipo de trabalho industrial, o que

lhes permite executar, com precisão, as suas tarefas. Este método permite aexecução de tarefas que exigem mão-de-obra especializada dando origem a uma

 produção de maior qualidade e consequentemente mais valiosa no mercado.

Item 1.2. Produção em série:- Fabrico de grandes quantidades de produtos idênticos entre si. Reduz o número de

operários e aumenta o rendimento das máquinas, o que se reflecte no menor custodos produtos.

Trabalho em cadeia:- Caso particular da produção em série, em que os operários permanecem nos seus

lugares de trabalho, sem necessidade de qualquer deslocamento. Os materiais e os

objectos em fase de produção deslocam-se perante cada um dos operários, passando de mão em mão até à fase final de execução.

VIII

Item 1. Clima de Inverno ameno, Verões longos, quentes, secos e luminosos; litoral extensocom alternância de costas baixas e arenosas, com costas altas e rochosas mas com

reentrâncias; diversidade e riqueza paisagística, diferente ocupação humana, são as

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 principais características geográficas que contribuem para o desenvolvimento doturismo em Portugal.A grande importância desta actividade na economia portuguesa é muitas vezesreferida, devido à entrada de divisas que proporciona, ao número de activos queemprega, à sua importância primordial para a economia de determinadas regiões do

 país (por exemplo, Algarve e ilha da Madeira).Registam-se problemas ligados ao facto de esta actividade estar dependente dasituação económica dos países de origem dos turistas. Assim, épocas de criseseconómicas internacionais dão origem a graves crises na actividade turística; poroutro lado, existem também problemas de degradação do ambiente, causados por faltade ordenamento do território, regulamentação desadequada da actividade ou porexcesso de turistas em determinadas faixas; finalmente, devem ser referidos os

 problemas ligados ao abandono das actividades tradicionais.Como perspectivas de desenvolvimento da actividade devemos considerar a

 possibilidade de atrair turistas para além da época de Verão, o aumento do turismointerno bem como o desenvolvimento da actividade em áreas do interior. Tal implica

formação profissional, valorização dos recursos existentes e criação de outros,organização e regulamentação da actividade.

FIM

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RESOLUÇÃO DO 4ºTESTE FORMATIVO

I. INDICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DO TESTE

I

Item 1.C.A. Medeiros, Geografia Humana de Portugal. Complementos para um ensino a

distância, Universidade Aberta, Lisboa, 1992, p.35, põe em evidência que na décadade 1981-1991 se registou uma escassa oscilação demográfica  (e de modo algumuma "explosão demográfica"), devido a taxas de variação natural pequenas e em

 progressivo decréscimo.Já anteriormente se fez referência ao envelhecimento progressivo da população

 portuguesa, à diminuição da taxa de mortalidade, assim como ao declínio dafecundidade traduzido numa diminuição da taxa de fecundidade e num decréscimo da

taxa de natalidade.Os valores relativamente reduzidos de saídas de emigrantes e o retorno (deemigrantes) contribuíram para essa escassa oscilação demográfica.Julgamos, no entanto, que os números não traduzem uma realidade actual da nossasociedade, marcada por um número crescente imigrantes provenientes, na suamaioria, dos países de língua portuguesa bem como do Leste europeu.

Item 2.1. A pirâmide de idades 1 apresenta a base bastante larga, o que significa a existência deum elevado número de jovens com menos de 14 anos, ou seja, uma percentagem de

 jovens elevada relativamente ao total da população da região. No que diz respeito à parte superior da pirâmide de idades, o total das pessoas com mais de 65 anoscorresponde a um baixo valor relativo, sendo o grupo dos potencialmente activos (15-64 anos) também importante.A emigração explica as classes ocas (grupos etários em que a população mais idosa émais numerosa do que a população mais jovem) na população adulta em ambos ossexos; a grande percentagem de jovens deve-se ao facto do declínio da fecundidadenesta região ser muito recente.A pirâmide 2 tem uma base reduzida e um topo bastante empolado. O facto de oretorno de emigrantes ter sido pouco importante (consequência da existência de

 baixos níveis de emigração) e de existir tradicionalmente uma acentuada corrente demigrações internas em direcção a Lisboa e Setúbal, dá origem a uma acentuadadiminuição da importância relativa da população jovem activa em ambos os sexos.Trata-se de uma região com uma baixa percentagem de jovens e uma considerável

 percentagem de idosos, constituindo a razão fundamental para estes factos, o declínioda fecundidade.

Consultar a obra: Nazareth, J. M.,  Portugal. Os próximos 20 anos. Unidade e Diversidade da

 Demografia Portuguesa no Final do Século XX,  Fundação Calouste Gulbenkian,Lisboa, 1988, p.151-174.

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Item 2.2.A pirâmide 1 retracta uma situação de uma região de litoral Centro ou Norte.A pirâmide 2 retracta bem a situação de uma região de Interior como, por exemplo, oAlentejo.

Item 2.3.A grande percentagem de pessoas do grupo de idades superiores a 65 anos existenteno Alentejo, traduz-se num  enfraquecimento do dinamismo e capacidade deempreendimento,  com graves consequências para a economia da região. Acontinuação do declínio da fecundidade levará a uma mais reduzida percentagem de

 jovens e ao aumento do topo da pirâmide de idades.

Foram referidos, na sua generalidade os principais problemas sócio-económicosresultantes de uma região ter uma elevada percentagem de idosos, em contraste comoutra onde existe uma grande percentagem de jovens, e o facto de em ambas ser

necessário desenvolver a formação geral e profissional e criar novos empregos paraevitar a saída da população potencialmente activa.

Item 3.1. Na década de sessenta a emigração bem como o serviço militar vêm dar origem àescassez de mão-de-obra em Portugal. Os postos de trabalho libertos pelos

 portugueses vão ser ocupados por mão-de-obra caboverdiana. Estes factos fazem comque os naturais de Cabo Verde constituam a maior e mais antiga comunidade lusófonaem Portugal.

Item 3.2.Baixa qualificação académica e profissional, pelo que vêm ocupar postos de trabalhomais desqualificados, sobretudo no sector da construção civil, os homens, e nosserviços domésticos, as mulheres.

Item 3.3.Por norma as oportunidades de trabalho e de negócios existentes nos maiores centrosurbanos têm exercido uma enorme atracção sobre as populações migrantes. Assim, a

Área Metropolitana de Lisboa tem sido o local preferencial de fixação de populaçõescom origem nas ex-colónias portugueses. Em 1993 só o distrito de Lisboaconcentrava 53% dos imigrantes legais radicados em Portugal.

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II

Item 1.1. Vantagens:- Aumento da produtividade e da qualidade dos produtos;

- Maior defesa perante as pragas e as doenças que atacam e destroem as culturas;- O uso de técnicas e maquinaria adequada pode permitir superar a agressividade de

algumas condições atmosféricas, nomeadamente no que respeita a períodos de seca.- A natureza e a qualidade dos solos pode, em parte, ser corrigida.- Os fertilizantes químicos, se devidamente utilizados, proporcionam uma elevada produção, assim como o uso racional de pesticidas permite eliminar as ervasdaninhas, as doenças e as pragas que atacam e destroem as culturas.

- Melhoria das condições de trabalho dos agricultores: a mecanização torna as tarefasdo trabalho rural menos penosas e árduas para o trabalhador agrícola.

Item 1.2.Esperava-se que se referisse que a invasão dos campos por maquinaria agrícola

 pesada e a utilização excessiva e muitas vezes indiscriminada de produtos químicos(fertilizantes e pesticidas) pode ter a longo prazo consequências nefastas para aqualidade dos solos, da água e até do ar. De facto, quer a mecanização, quer oemprego excessivo e indevido de produtos químicos podem tornar-se factores

 poluidores do ambiente, contribuindo ou provocando a ocorrência de desequilíbriosecológicos graves.O uso excessivo ou desadequado de pesticidas podem causar danos graves nos solos,

 pois devido à sua (alta) toxidade, estes produtos poluem os solos, destruindomicrorganismos indispensáveis à nutrição das plantas, e reduzindo a sua fertilidadenatural.A qualidade da água é também afectada pelas substâncias químicas utilizadas naagricultura. Por um lado, infiltrando-se no solo, podem acabar por contaminar aságuas subterrâneas, envenenando a água dos poços e nascentes. Uma partesignificativa dos adubos químicos que não são absorvidos pelas plantas é arrastada,quer em profundidade quer à superfície, pela água da rega e da chuva: ao infiltrarem--se e ao depositarem em profundidade contaminam as águas subterrâneas, ao seremarrastados em superfície poluem os rios, ribeiras, lagos, etc.. Este tipo de poluição

 pode dar origem à eutrofização dos cursos de água e dos lagos, ou seja a umcrescimento excessivo do material orgânico e, posteriormente, à redução do oxigénio

na água o que tem como consequência final o desaparecimento da vida nestesambientes aquáticos.O intenso trabalho mecânico, com máquinas pesadas, (para além de alguma poluiçãoatmosférica) pode provocar também a compactação do solo dificultando a circulaçãoda água e do ar, necessária para a boa qualidade do solo. Por outro lado, a utilizaçãoindiscriminada de maquinaria na agricultura deu origem a uma alteração profunda dealgumas paisagens já que para que o trabalho das máquinas seja facilitado foramretiradas dos campos todos os obstáculos. Assim, muitas árvores foram cortadas o que

 pôs os solos desprotegidos relativamente à erosão, provocou o desaparecimento deuma importante fonte de rendimento agrícola e deu origem a uma redução da

 biodiversidade.

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  58

III

Itens 1.1. a 1.5. Uma vez que as cidades de um país, são de diferentes tamanhos, podemos ordená-las

 por ordem decrescente da sua dimensão, representar o conjunto sob forma gráfica e

estudar o comportamento desses gráficos, comparando tanto figuras correspondentes adiferentes países com, no mesmo país, a sua evolução ao longo de vários anos.G. Zipf foi o primeiro autor a debruçar-se sobre essa matéria, por isso a curva querepresenta a ordenação das cidades pela sua dimensão recebeu o seu nome. Este autorenunciou a chamada Lei do Escalonamento Urbano (Rank Size Rule) que permitecalcular a população de qualquer lugar de um sistema urbano, uma vez conhecido oseu número de ordem e a população da maior localidade. Grande parte dos paísesocidentais apresenta uma curva de Zipf regular, isto é, uma vez efectuada atransformação logarítmica das duas variáveis (população e número de ordem), oslugares dispõem-se segundo uma recta. Mas verificou-se que, nalguns países, paraalém da disposição rectilínea de quase todos os lugares, se destacava um, no geral a

capital, de dimensão muito superior à prevista. Os autores de língua inglesa chamam aestas cidades  Primate cities  e os autores de língua francesa, dizem tratar-se demacrocefalia, (designação geralmente adoptada no nosso país).

Se representarmos todos os lugares portugueses com 10 mil e mais habitantes, em1981, evidenciam-se alguns sinais de macrocefalia, todavia não muito pronunciada.De facto, não estamos em presença de uma situação onde uma cidade dominaexageradamente todo o conjunto, mas há duas (Lisboa e Porto) que apresentam umadimensão superior à das restantes.

 No entanto, se em vez de considerarmos as populações de Lisboa e do Porto,elaborarmos uma curva do sistema de lugares considerando a população das áreasmetropolitanas das duas cidades e os restantes lugares com mais de 10 mil habitantes(o que também levanta problemas de comparação, dado outras cidades teremimportantes subúrbios, cuja população não é considerada), o gráfico põe em evidênciauma forte situação de macrocefalia. A agudização desta característica, que se verificano país desde os finais do século XVIII até meados de século XX, resulta duma tramacomplexa de relações que se estabelecem entre a organização das estruturas

 produtivas, o sistema político e os movimentos da população. Ao tamanho exageradodas duas aglomerações principais e, concretamente, de Lisboa, não é estranho o factodesta cidade ter sido capital de um império.

Item 2.A pesca é uma actividade fortemente condicionada por factores físicos os quais

 podem favorecer, ou dificultar, o desenvolvimento desta actividade num determinadoespaço.

 No caso português, podemos referir que o traçado da costa é, em geral, poucofavorável, dado a sua configuração regularizada o que origina uma escassez de portosde abrigo. Acresce-se, ainda, que a evolução do litoral tem sido marcada por um

 progressivo assoreamento que tem reduzido a acessibilidade a diversos portos.Por outro lado a costa é com frequência batida por ventos fortes o que dificulta esta

actividade.

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Um aspecto positivo é a existência de um upwelling  acentuado nos meses de Verão.Originado pela ocorrência de ventos que afastam para o largo as águas superficiaisfazendo aflorar as mais profundas, ricas em nutrientes. A sardinha é atraída por estaabundância de nutrientes.

IV

Item 1.1.A adesão de Portugal à Comunidade económica Europeia (CEE) ocorreu em 1 deJaneiro de 1986.

Item 1.2.

A adesão à CEE não trouxe só vantagens. Não obstante as dificuldades e os problemas surgidos e que nem sempre têm sido resolvidos de forma a acautelar osinteresses específicos de Portugal, é indiscutível a existência de medidas, quecontribuíram para o desenvolvimento do país.Das diversas vantagens da adesão destacam-se as seguintes:

. Ao integrar-se numa comunidade de nações mais evoluídas, Portugal tem acesso acondições e meios de desenvolvimento, nos domínios económico, científico,tecnológico e social;

. A necessidade de competição, em preços e qualidade de produtos, com outros parceiros da Comunidade leva forçosamente a fazer esforços no sentido damodernização da agricultura, da indústria e dos serviços;

. Sendo Portugal um país com tradição em termos de emigração, torna-seimportante a adopção da política da livre circulação de pessoas e trabalhadores. Ostrabalhadores portugueses nos países da Comunidade, passaram a usufruir deigualdade de direitos em relação aos trabalhadores dos países de acolhimento;

. Mediante o cumprimento de determinadas regras, nomeadamente no que respeitaao controlo de qualidade dos produtos, salários, condições de trabalho, etc, o nível de

vida dos portugueses, em termos gerais, sofreu melhorias significativas;. Os avultados subsídios e financiamentos  concedidos aos seus membros, atravésdos chamados fundos comunitários  e outros organismos financiadores daComunidade, a serem bem utilizados, têm consequências positivas nodesenvolvimento e modernização da indústrias, agricultura, pescas, vias decomunicação e transportes, telecomunicações, parque escolar, saneamento básico,formação profissional, investigação cientifica, etc.;

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.  A integração da nossa economia num mercado tão vasto, como é o da UniãoEuropeia, tem por efeito facilitar as nossas exportações, o que constitui um grandeestímulo para a produção de determinados produtos. Além disso, os acordoscomunitários com outros países contribuem para a expansão extracomunitária danossa economia;

Item 2.1. O Tratado da União Europeia ou Tratado de Maastricht foi assinado a 7 de Fevereirode 1993 na pequena cidade do Sul da Holanda com este mesmo nome.

Item 2.2. Tendo entrado em vigor em 1 de Novembro de 1993, este tratado abrange trêsdomínios ou pilares fundamentais:- económico e social;

- política externa e segurança;- justiça e assuntos internos;

.  No domínio económico e social destaca-se a concessão do direito de cidadania, ouseja, cada cidadão de um qualquer Estado comunitário terá a cidadania europeia.Consequentemente qualquer cidadão poderá viajar e residir livremente em qualquer

 país da Comunidade, além de ter pleno direito de votar e ser eleito nas eleiçõesautárquicas e também para o Parlamento Europeu no país em que reside.

Muito importante também neste domínio foi a instituição da União Económica eMonetária, que para além do mais, se traduz na criação, até 1999, de uma moedaúnica para todo o espaço comunitário - o Euro.

. No âmbito da política externa e segurança comum, o Tratado contempla o reforço dasegurança e defesa da União e dos seus Estados membros, a manutenção da paz, ofortalecimento da segurança e cooperação internacional e a defesa da democracia.

.  No domínio justiça e assuntos internos, a Comunidade considera importante atomada de medidas de controlo das fronteiras externas, a adopção de uma políticacomum de asilo, a cooperação policial, e a luta contra o tráfico de droga, oterrorismo e outras formas graves de criminalidade internacional.

FIM

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TESTES FORMATIVOS POR RESOLVER  

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1º TESTE FORMATIVO

I

1. A melhor forma de dominar os dados existentes num quadro estatístico com adistribuição de uma população por sexos e idades, é através de uma pirâmide deidades.

1.1. Das informações que se referem em seguida assinale com uma cruz a opçãoque reúne aquelas que é possível ficar a conhecer através da observação eanálise deste tipo de gráficos.

1. O grau de envelhecimento ou de juventude da população; 2. A proporção da população em idade activa;3. As perspectivas da evolução da procura de emprego pela juventude;4. O crescimento efectivo da população;5. O crescimento natural da população;6. A taxa de mortalidade;

! A. Todas! B. 1,2,3,6! C. 1,2,5! D. 1,2,3

1.2. As pirâmides de idades são muito importantes pois permitem evidenciar econhecer vários aspectos da evolução demográfica. Apresentam-se emseguida alguns deles. Assinale com uma cruz a opção que refere o conjuntodaqueles que é possível conhecer através desta representação gráfica.

1.  A variação da natalidade em cada geração;2.  A variação da mortalidade em cada geração;3.  A relação de masculinidade;4.  A proporção de efectivos em idade economicamente activa;5.  A proporção de crianças e jovens em idade escolar;6.  A influência das migrações, guerras ou epidemias;

! A. Todos! B. 1,2,3,4,5! C. 1,2,4,5,6! D. 3,4,5,6

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2. Com a integração de Portugal na CEE, a restruturação a nível de toda aindústria portuguesa  é uma das grandes prioridades da política económica do

 país.

2.1. São vários os aspectos em que se manifesta o atraso e a deficiente

estrutura industrial no País.Dos aspectos que se enunciam em seguida, assinale com uma cruz a opção quereúne aqueles em que se detecta ou onde é evidente esse atraso e desequilíbriodo sector.

1.  No grande número de industrias baseadas no baixo custo da mão-de-obra;2. No reduzido número de indústrias ligeiras;3. Na predominância de mão-de-obra não qualificada;4. Nos investimentos estrangeiros excessivos;5. No forte desequilíbrio da repartição espacial das indústrias;6. No deficiente dimensionamento das unidades fabris;

! A. Todas! B. 1,2,3,5,6! C. 1,3,5,6! D. 3,4,5,6

2.2. A indústria têxtil é uma das indústrias que tem sofrido uma grave crise. Sãovários os factores por ela responsáveis. Dos que se enumeram em seguida,assinale com uma cruz a opção que refere os mais importantes.

1. Atraso tecnológico no sector;2. Elevado custo da mão-de-obra;3. Baixa qualidade das matérias primas;4. Forte concorrência de países Asiáticos;5. Aparecimento no mercado mundial de novos produtos;6. Deficiências na gestão das unidades fabris e falta de quadros técnicos;

! A. Todos! B. 1,2,4,5,6

! C. 1,4,6! D. 3,4,5

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3.

3.1. No quadro seguinte temos os valores da composição profissional da populaçãoactiva portuguesa, no ano de 1981.

SECTORES DE ACTIVIDADEANO PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO1981 19,7% 38,4% 41,9%

Fonte: Manual, p. 151

Esta distribuição da população activa denota a existência de:

! A. uma modernização significativa do sector primário e a terciarização dasociedade portuguesa;

! B. um desenvolvimento significativo da indústria e uma agricultura ainda

arcaica;! C. uma agricultura pouco modernizada e a terciarização da sociedade;! D. uma modernização acentuada, dos sectores primário e secundário;

3.2. Relativamente à distribuição da população activa nos diversos distritos do país, podemos afirmar que no ano de 1991:

! A. Nos distritos de Lisboa e Faro predomina o sector terciário, enquanto que nosdistritos de Aveiro e Braga predomina o secundário;

! B. Nos distritos do Porto e Braga predomina o sector terciário, enquanto quenos distritos de Setúbal e Coimbra predomina o secundário;! C. Nos distritos de Lisboa e Setúbal predomina o sector terciário, enquanto que

nos distritos de Faro e Évora predomina o primário;! D. Nos distritos de Coimbra e Aveiro predomina o sector terciário, enquanto

que nos distritos de Porto e Setúbal predomina o secundário;

4.

4.1. Das expressões seguintes, assinale com uma cruz no espaço reservado para oefeito, a que define o conceito de Migrações pendulares.

! A. Deslocamento de população do espaço rural para o espaço urbano;! B. Movimentos diários da população entre a casa para e o trabalho e do trabalho

 para casa;! C. Deslocamentos populacionais temporários de regiões desfavorecidas para

outras que ofereçam melhor qualidade de vida;! D. Movimentos da população que durante uma certa época do ano se desloca

 para um outro local onde desempenha uma determinada tarefa;

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4.2. Das expressões seguintes, assinale com uma cruz no espaço reservado para oefeito, a que define o conceito de êxodo rural.

! A. Movimento da população do espaço rural para o espaço urbano;! B. Movimentos diários da população entre o local de habitação e o de trabalho;

! C. Movimento populacional do espaço rural para o estrangeiro;! D. Movimentos da população em busca de lugares que ofereçam uma melhor

qualidade de vida;

5.

5.1. Assinale com uma cruz no espaço reservado para o efeito, a expressão quedefine o conceito de Saldo migratório.

! A. Número de pessoas que emigram anualmente;! B. Diferença entre o número de imigrantes e o de emigrantes;! C. Diferença entre o número de emigrantes e o de imigrantes;! D. Diferença entre o número de pessoas que nascem e que morrem ;

5.2. Assinale com uma cruz no espaço reservado para o efeito, a expressão quedefine saldo fisiológico.

! A. Número de pessoas que nascem anualmente;! B. Número de pessoas que residem num lugar;! C. Diferença entre o número de emigrantes e o de imigrantes;! D. Diferença entre o número de nascimentos e o de mortos;

6. A evolução da população portuguesa  registada ao longo deste século não foiregular, tendo-se processado a diversos ritmos. Houve períodos em que ocrescimento demográfico foi bastante vigoroso, outros em que foi negativo, outrosem que se verificou uma estagnação demográfica. As causas de tais variações são

diversas.

 No que respeita ao ritmo de crescimento da população, assinale com uma cruz aopção que refere o tipo de evolução verificada nos seguintes períodos:

6.1. Entre 1911-1920 verificou-se:

! A. uma ligeira diminuição da população;! B. uma grande diminuição da população;! C. uma estagnação da população;

! D. um grande e progressivo aumento da população;

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6.2. Entre 1931-1949 verificou-se:

! A. uma retracção do aumento populacional;! B. uma diminuição da população;! C. uma a estagnação da população;! D. um aumento da população;

6.3. Entre 1950-1970 verificou-se:

! A. uma retracção do aumento populacional, chegando a ser negativo na décadade 60;

! B. um ligeiro aumento da população;! C. uma quebra no crescimento demográfico com a estagnação da população;! D. uma forte diminuição da população;

6.4. Entre 1970-1980 verificou-se:

! A. um lento e insignificante crescimento da população;! B. um aumento da população;! C. uma quebra no crescimento demográfico;! D. uma diminuição da população;

6.5. Entre 1981-1991 verificou-se:

! A. uma estagnação da população;! B. um ligeiro mas contínuo aumento da população;! C. uma tendência para a diminuição da população;! D. uma forte diminuição da população;

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7.  No que respeita às causas responsáveis por tais variações, assinale com uma cruza alternativa que reúne as razões que explicam o ritmo de crescimento verificadoem cada um dos períodos referidos.

7.1. A evolução demográfica ocorrida entre 1911-1920 deve-se essencialmente:

1.  a uma elevada taxa de mortalidade resultante das epidemias de 1918 e 1919 e da1ª Grande Guerra;

2. a um aumento da emigração;3. a uma diminuição da emigração;4. a uma diminuição da esperança de vida;5. a uma diminuição da taxa de natalidade;6. à instabilidade política deste período;

! A. 1,2,4, 5,6!

 B. 1,3,4,5! C. 1,2! D. 2,6

7.2. A evolução demográfica ocorrida entre 1931-1949 deve-se essencialmente:

1. a uma grande retracção da emigração;2. a um aumento da taxa de fecundidade;3. a um aumento da taxa de natalidade;4. a uma diminuição da taxa de mortalidade;

5. a um aumento do saldo migratório;6. ao regresso de emigrantes; 

! A. 1,2,3,4,6! B. 2,3,4,6! C. 2,3,4,5! D. 1,4

7.3. A evolução demográfica ocorrida entre 1950-1970 deve-se:

1. a um aumento da emigração legal e clandestina;2. a um aumento da mortalidade resultante da guerra colonial;3. a uma redução da natalidade;4. a um aumento da natalidade;5. a uma diminuição da taxa de crescimento natural;6. a um aumento da taxa de crescimento natural;

! A. 1,2,3,5! B. 1,2,4,6

! C. 1,3,5! D. 4,6

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7.4. A evolução demográfica ocorrida entre 1970 e 1980 deve-se essencialmente:

1. ao acentuado declínio da emigração;2. ao regresso dos portugueses estabelecidos nas ex-colónias;3. a medidas de incentivo à natalidade;

4. a uma redução da mortalidade;5. a uma diminuição da taxa de fecundidade;6. a uma maior estabilidade política;

! A. Todas! B. 1,2,3,4,5! C. 1,3,4! D. 1,2

7.5. A evolução demográfica ocorrida entre 1981 e 1991, deve-se essencialmente:

1. à continuação dos baixos níveis de emigração;2. ao aumento da imigração;3. à diminuição acentuada da taxa de crescimento natural;4. ao aumento da taxa de natalidade;5. à diminuição da taxa de mortalidade;6. ao declínio da fecundidade;

! A. 1,4,5!

 B. 1,3,6! C. 1,2,3! D. 2,3,6

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  69

II

1. Observe com atenção as figuras que se seguem, relativas à percentagem de jovense idosos, de 1900 a 1980, nos distritos continentais e Regiões Autónomas.

1.1. As figuras evidenciam um problema com que o nosso país se defronta.Explicite-o.

[8 linhas]

1.2. Explique como se processou a evolução do referido problema, no período

considerado.

[16 linhas]

1.3. Refira os principais factores responsáveis pelo problema.

[10 linhas]

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  70

1.4. Várias são as consequências que podem resultar do agravamento deste problema: sociais, políticas e económicas, entre outras. Explique em queconsistem as consequências de ordem económica.

[10 linhas]

1.5. Indique três medidas a empreender, que na sua opinião sejam importantes paraminorar ou resolver os efeitos das consequências de ordem económica queeste problema pode acarretar.

[15 linhas]

FIM

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2º TESTE FORMATIVO

1. O êxodo rural provoca várias consequências quer ao nível das áreas de partidaquer ao nível das chamadas áreas de chegada ou de destino.

1.1. Leia com atenção as consequências que se seguem e assinale com uma cruz aopção que reúne aquelas que ocorrem ou se manifestam nas áreas de partida.

1. Diminuição da população absoluta;2. Diminuição da densidade populacional;3. Envelhecimento da população;4. Aumento da taxa de mortalidade;5. Diminuição da taxa de natalidade;6. Diminuição da taxa de crescimento natural;7. Diminuição da população activa;

! A. Todas! B. 1,2,3,4,5,7! C. 1,2,3,5,7! D. 1,2,3

1.2. Assinale com uma cruz a opção que reúne as consequências que ocorrem ouse manifestam nas áreas de chegada ou de destino.

1. Diminuição da densidade populacional;

2. Envelhecimento da população;3. Aumento da taxa de natalidade;4. Aumento da taxa de crescimento efectivo;5. Aumento da população activa;6. Falta de habitação;7. Melhoria da qualidade de vida da população;

! A. 1,2,3,5! B. 1,2,3,4,6,! C. 3,4,5,6,

! D. 4,5,6,7

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  72

2. Apesar da sua área não ser grande, Portugal Continental, com uma superfície deaproximadamente 88 944 km, apresenta uma acentuada diversidade geográfica.

2.1. Um dos aspectos onde esta diversidade se manifesta é no contraste existenteentre o Norte e o Sul do país, no que respeita ao relevo, clima e vegetação.

Leia atentamente as seguintes afirmações e assinale com uma cruz a opção queindica as que considera correctas.

1. É a Norte do rio Douro que se situam as principais massas montanhosas do País;2. A maior parte das áreas com menos de 200 metros de altitude situam-se a Sul

do Mondego;3. O Noroeste é menos húmido que o Nordeste;4. As características atlânticas são mais vincadas no Norte do país;5. As características mediterrâneas apenas se encontram no Sul do país;6.  No Norte encontram-se muitas espécies de folha caduca;

! A. Todas! B. 1,2,3,4,5! C. 1,4,5! D. 2,4,6

2.2. O contraste que existe entre o Litoral e o Interior do território continental étambém bastante acentuado, nomeadamente em termos climáticos e daocupação agrícola e florestal do solo.Assinale a opção que refere as afirmações que considera correctas.

1. As amplitudes térmicas anuais são superiores nas áreas do Litoral;2. A precipitação total anual é inferior no Litoral;3. As culturas de sequeiro predominam nas regiões do Interior;4. Os sistemas agrícolas intensivos predominam no Litoral;5. A maior densidade florestal encontra-se em regiões do Litoral;6. O eucalipto é uma espécie predominante das regiões do Interior;

! A. Todas! B. 1,2,3,4,5

! C. 1,3,4,5! D. 3,4

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3.  No que diz respeito às características da paisagem agrária tradicional do nosso país, verificam-se grandes diferenças regionais.

3.1. No Noroeste predomina a:

! A. Pequena propriedade e a cultura intensiva;! B. Pequena propriedade e a cultura extensiva;! C. Média propriedade e a cultura extensiva;! D. Pequena e média propriedade e a cultura intensiva;

3.2. No Alentejo predomina:

! A. O latifúndio e o povoamento disperso;! B. As grandes propriedades e o povoamento concentrado;

! C. As médias e grandes propriedades e povoamento disperso;! D. As médias e grandes propriedades e povoamento linear;

4. Assinale com uma cruz a alternativa que torna correctas as seguintes frases:

4.1. A produção de trigo anda, em regra, associada a:

! A. Rotação de culturas em campos abertos;!

 B. Monocultura em campos fechados;! C. Policultura em campo aberto;! D. Rotação intensiva de cereais;

4.2. A produção de milho anda geralmente associada a:

! A. Monocultura em campos fechados;! B. Policultura em campos fechados;! C. Policultura em campos abertos;!

 D. Rotação de culturas em campos fechados;

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5.

5.1. Assinale com uma cruz a alternativa que refere o conjunto de opções quetornam correcta a seguinte frase:

- Alguns dos problemas do turismo português são:

1. A fraca ocupação dos hotéis ao longo de todo o ano;2. A ausência de mão-de-obra qualificada no sector;3. O subaproveitamento na época baixa;4. A falta de estabelecimentos hoteleiros de nível intermédio com qualidade;5. A inexistência de campanhas publicitárias no estrangeiro;6. O desequilíbrio na distribuição espacial dos equipamentos hoteleiros;

! A. Todos!

 B. 1,2,3,4,6! C. 2,3,5,6! D. 3,4,6

5.2. Assinale com uma cruz a alternativa que refere o conjunto de opções quetornam correcta a seguinte frase:

- O desenvolvimento do turismo em Portugal é importante por:

1. Gerar postos de trabalho;

2. Atrair divisas;3. Ser um factor de fixação da população;4. Ser gerador de equipamentos culturais e de lazer;5. Desenvolver outras actividades económicas;

! A. Todos! B. 1,2,3,4! C. 1,2,3,5! D. 1,2,4

6.

6.1. De um modo geral, a Norte e nas Regiões Autónomas, as populações são mais jovens, enquanto no Sul de Portugal Continental são mais envelhecidas. Talfacto é consequência de diferentes:

! A. taxas de mortalidade;! B. saldos migratórios;!

 C. taxas de fecundidade;! D. esperanças de vida;

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6.2. Em 1970 havia 90,2 homens para 100 mulheres e em 1991 a proporção dehomens era de 93,1 para 100 mulheres. A maior diferença, na composição da

 população por sexos, deve-se a uma disparidade na:

! A. taxa de mortalidade;

! B. taxa natalidade;! C. taxa migratória;! D. taxa de crescimento natural;

7.

7.1. Actualmente, no interior das grandes cidades, assistimos à:

! A. transferência das indústrias para a periferia;! B. crescente concentração de unidades industriais;! C. criação de parques industriais ;! D. implantação de indústrias de ponta;

7.2. A população das duas maiores cidades do país, Lisboa e Porto, tem vindo a:

! A. diminuir em consequência do aumento do preço do solo urbano;! B. aumentar devido ao êxodo rural;

! C. estabilizar em consequência da saturação do espaço urbano;! D. aumentar devido à imigração africana;

8. Para cada indústria da coluna A procure, na coluna B, o respectivo factor delocalização. Escreva ao lado de cada indústria o número correspondente ao factorde localização industrial. Note que o mesmo factor pode ser utilizado para mais do que uma indústria e que

na resposta deve atender apenas ao caso português.

COLUNA A COLUNA B

 _____ A - Conservas de peixe 1 - Energia _____ B - Petroquímica 2 - Matéria-prima _____ C - Refrigerantes 3 - Transportes rodoviários _____ D - Celulose 4 - Mão-de-obra barata _____ E - Têxtil 5 - Portos marítimos

6 - Água7 - Mercado

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9.

9.1.  Complete as seguintes frases da autoria de T.B. Salgueiro, escrevendo nosespaços deixados para o efeito, o conceito a que estas se referem.

1- A/O ________ refere-se à localização, à escala regional, portanto, ao posicionamento face a outros núcleos de povoamento ou às vias de comunicação e

está intimamente relacionada/o com a função original da cidade, a sua razão de ser.

2-  A/O ________ , compreende o conjunto de características do local concreto

onde se implantam as construções, principalmente as topográficas e geológicas.

3- Alguns autores reconhecem, e com razão que a defesa não foi, em geral, função

determinante na escolha da/do ________ da cidade, mas pode ser factor de peso na

selecção da/do ________.

9.2. Escolha três cidades portuguesas e refira-se à sua posição e sítio. 

1 - _______________________________________________________________  

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________  

2 -  _______________________________________________________________  

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________  

3 - ________________________________________________________________

 ____________  ______________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________ 

 __________________________________________________________________  

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3º TESTE FORMATIVO

I

1. Observe com atenção as seguintes pirâmides etárias respeitantes ao concelho de

Alcoutim em 1940, 1960, 1970 e 1981.

1.1. Que conclusões pode extrair relativamente:- à evolução da população por níveis etários e por sexo, neste período;- à evolução das taxas de fecundidade e de natalidade;- à evolução da taxa de mortalidade;

[12 linhas]

1.2. Explique as razões de tal evolução.

[16 linhas]

1.3. Refira as consequências desta mesma evolução para a região em causa.

[10 linhas]

1.4. Considera que este tipo de evolução pode representar a situação do país?Justifique a sua resposta.

[10 linhas]

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II

1. " Em 1966, (pela primeira vez desde há longos anos), o saldo migratório

ultrapassou o saldo fisiológico, de modo que a população total do Continente e

 Ilhas Adjacentes diminuiu de 22 454 indivíduos."

Vitorino Magalhães Godinho

1.1. Explique o significado desta frase.

[5 linhas]

1.2. Como justifica o sucedido?

[20 linhas]

1.3. Em que outra(s) época(s) ocorreu um fenómeno idêntico? Justifique a suaresposta.

[17 linhas]

III

1. Observe com atenção a seguinte figura que representa hipotéticas curvas doescalonamento dos centros urbanos, segundo a método de Zipf.

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1.1. Qual delas exemplifica a situação de um país em que se verifica umaordenação regular dos centros urbanos? Justifique a resposta.

[14 linhas]

1.2. Qual delas corresponde à situação de um país que apresenta a mais acentuadamacrocefalia? Justifique a resposta.

[8 linhas]

1.3. Qual delas poderá exemplificar o caso do nosso país? Justifique a sua resposta.

[18 linhas]

1.3.1.Que consequências traz para o desenvolvimento económico do nosso país, asituação que a curva traduz?

[9 linhas]

IV

1. Os contrastes da estrutura das explorações agrícolas são bem evidentes ao níveldo país. Refira-se às diferenças existentes entre o Norte e o Sul, relativamente:

- à dimensão média das explorações;- ao tipo de agricultura praticada;- ao tipo de mão-de-obra utilizada;- à viabilidade económica das explorações;

[25 linhas]

2. As explorações de pequenas e de muito pequenas dimensões são alvo de vários problemas.

2.1. De que problemas se tratam?

[4 linhas]

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2.2. Quais os motivos que levam à existência de propriedades com tão pequenasdimensões?

[5 linhas]

2.3. Em que consistem as medidas que devem ser implementadas para contrariartal facto?

[11 linhas]

3. A estrutura fundiária não é o único aspecto que é necessário modificar para que a prática agrícola no nosso país possa concorrer com os países do Mercado Comum.Que outras medidas é necessário tomar?

[7 linhas]

IV

1. O estudo da evolução dos fundamentos da economia portuguesa permite conheceros obstáculos  que dificultaram o desenvolvimento da  indústria  no país e quelevaram ao seu atraso.Refira e explique de que obstáculos se tratam.

[20 linhas]

2. Caracterize sumariamente o sector industrial no nosso país, quanto:- à sua distribuição / repartição espacial;- ao tipo e dimensão das indústrias/empresas;- ramos de actividade predominantes;

[20 linhas]

FIM 

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4ºTESTE FORMATIVO

1. Comente e explique a seguinte frase:

"Ao entrelaçar de influências mediterrâneas e atlânticas, consequência da

 posição, se deve a dualidade do território português."

Orlando Ribeiro

[20 linhas]

2.  Nas regiões de fronteira, verificou-se que a população sofreu um forteenvelhecimento, redução da natalidade e saldos fisiológicos negativos.

2.1. Como explica este facto?

[20 linhas]

2.2. Que medidas propõe para ultrapassar esta situação?

[12 linhas]

II

1. As causas responsáveis pelas migrações podem ser de diversos tipos: motivaçõesnaturais, económicas, políticas, étnico-culturais e religiosas.Explique quais destas causas mais influência tiveram no desencadear dos váriossurtos emigratórios ocorridos no nosso país durante este século.

[20 linhas]

2. O êxodo rural é um fenómeno social antigo do qual Portugal não está alheio.

2.1. Explique as suas consequências ao nível :- Do sector agrícola;- Da distribuição espacial da população;- Do saldo fisiológico;- Da estrutura etária da população;

[25 linhas]

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2.2. Considera que o êxodo rural ainda se mantêm no nosso país com a mesmaimportância? Justifique a sua resposta.

[15 linhas]

III

1.  Na figura 1 está representada a superfície agrícola utilizável por exploração, em1989.

- Refira os contrastes entre regiões que a figura põe em evidência;- Indique factores explicativos das diferenças observadas;- Refira consequências para o desenvolvimento da actividade agrícola.

FIGURA 1.

Superfície Agrícola Utilizável por Exploração em 1989

(C. A. Medeir os , 1992, p. 51)[30 linhas]

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2.  Num artigo publicado em 1992, Mariano Feio refere:

«a em Portugal está perante uma transformação que não resisto a comparar com

a que se deu há um século, quando foi instituído o proteccionismo. Nos anos 1889

e 1890, metade do país era charneca e tínhamos que importar cereais (…). Nos

anos quarenta e cinquenta todos os nossos campos agrícolas estavam cultivados. Agora estamos numa situação exactamente ao contrário e a mim - que me assumo

como agricultor - parece-me que vamos sofrer uma transformação parecida com a

do século passado, mas em sentido inverso.» (In "Os perigos da nova PAC",Cadernos de Economia n.º 19, Lisboa, 1992, p.27)

2.1. Explique o sentido das palavras do autor, referindo-se ainda aos váriosaspectos a modificar, e às várias as medidas a implementar no sector agrícola,

 para que o nosso país possa concorrer com os restantes países do MercadoComum.

[20 linhas]

III

1. O processo de industrialização em Portugal não ocorreu, de uma forma geral, emmoldes semelhantes aos dos restantes países europeus.

Caracterize esse processo quanto aos seguintes aspectos:

- A indústria no sec. XIX;- O período do "Estado Novo";- A evolução a partir de 1974;- A crise recente de alguns sectores industriais, como o das indústrias de base e

o das indústrias têxteis; possibilidades de reconversão e melhoria da situação.- A necessidade de restruturação da indústria portuguesa face à integração na

CE e à conjuntura económica mundial.

[30 linhas]

2. A  distribuição da indústria pesada, sendo dependente  quer das matérias-primasquer do mercado, vê também a sua localização ser fortemente influenciada pelostransportes.Justifique esta afirmação e explique de que modo os transportes influenciam alocalização deste tipo de indústrias.

[10 linhas]

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3. Indique, justificando a sua resposta, qual a localização mais apropriada para cadauma das seguintes indústrias, atendendo às características que se referem emseguida:

3.1. Os enlatados de tomate utilizam matéria-prima que se degrada com facilidade;

[8 linhas]

3.2. As refinarias de petróleo utilizam, em Portugal, matéria-prima importada; 

[8 linhas]

3.3. As indústrias de refrigerantes utilizam como matéria-prima essencial um bemdisperso, a água;

[8 linhas]

4.  A produção de energia é um factor primordial para o crescimento industrial. Refira os principais problemas que se põem no nosso país relativamente a essa

 produção.

[12 linhas]

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IV

1. Observe a figura 2 onde está representada a variação da população nas freguesiasda cidade de Lisboa.Caracterize e explique os fenómenos que ocorreram nos períodos de:

- 1960 a 1970.

- 1970 a 1980.

FIGURA 2.Variação da população nas freguesias da Cidade de Lisboa.

(T. B. Salgueir o , 1992, p. 91)

[20 linhas]

2.  No "mundo desenvolvido", a tendência é para uma diminuição do ritmo daexpansão urbana, principalmente nas grandes cidades.Considera que Lisboa e/ou o Porto se encontram nesta situação? Justifique a suaresposta.

[15 linhas]

3. Justifique a seguinte frase:

"Torna-se cada vez mais difícil, ou faz cada vez menos sentido individualizar

 povoamento rural e povoamento urbano, pois só em determinadas regiões e para

 situações bem caracterizadas é possível estabelecer uma fronteira nítida."

Jorge Gaspar, Portugal, Os Próximos 20 Anos, vol. 1, 1987

[20 linhas]

FIM

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RESOLUÇÃO DOS TESTES FORMATIVOS

POR RESOLVER

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RELATÓRIO DO TESTE FORMATIVONº1

RESPOSTA AOS ITENS DO GRUPO I

1.1. CItem 1.1.Chama-se a atenção dos seguintes factos: as perspectivas de evolução da procura deempregos pela juventude dependem de factores económicos e não demográficos; ocrescimento efectivo da população depende dos movimentos populacionais com oexterior, os quais não são detectáveis na pirâmide de idades; o cálculo da taxa demortalidade implica o conhecimento dos valores exactos da população absoluta e damortalidade.

1.2. AItem 1.2.Com base na análise de uma pirâmide, ao compararmos a largura da barras querepresentam as diferentes faixas etárias podemos ter uma ideia de todos os aspectosmencionados.

2.1. CItem 2.1.Relativamente a esta questão sublinha-se que, no nosso país, o número de indústriasligeiras ser elevado e o investimento estrangeiro relativamente baixo. 

2.2. CItem 2.2.De notar que o custo da mão-de-obra é, em Portugal, ainda de baixo custo quandocomparada com a de outros países europeus. Relativamente às matérias primas elassão idênticas às utilizadas noutros países.

3.1. CItem 3.1. Chama-se a atenção para a percentagem de população activa no sector primário(19,7%), valor muito elevado quando comparado com aquele que se regista em paísescom uma agricultura modernizada.

3.2. AItem 3.2.Consultar página 153 do Manual.

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4.1. BItem 4.1Os movimentos pendulares são consequência da crescente suburbanização da

 população.

4.2.AItem 4.2.O êxodo rural é um fenómeno crescente na sociedade portuguesa, visível através daanálise da evolução das taxas de urbanização2  que têm sofrido um aumentoacentuado.

5.1. BItem 5.1.

Tenha em atenção a ordem dos factores. Deve-se retirar ao número de imigrantes (osque entram num país) o número de emigrantes (aqueles que saem) o que nos permitesaber se os movimentos da população deram origem a um aumento a uma diminuiçãoda população.

5.2. DItem 5.2.Recorda-se que a expressão saldo fisiológico é idêntica a crescimento natural. Maisuma vez se chama atenção para a ordem dos factores (nascimentos-mortos).

6.1. CItem 6.1.

 Nesta década a população portuguesa estabilizou.

6.2. DItem 6.2.

 Neste período verificou-se um significativo aumento da população.

6.3. AItem 6.3.Época de crescimento populacional lento, tendo-se mesmo registado um decréscimona década de 60.

2 Tu: taxa de urbanização é a percentagem de população urbana.

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6.4. BItem 6.4.Período de aumento da população em consequência da vinda de portugueses das ex-colónias.

6.5. AItem 6.5.

 Nos últimos decénios do século XX registou-se uma estabilização da população. János primeiros anos do século XXI verifica-se uma tendência para um ligeiro aumento

 populacional, fruto da crescente imigração.

7.1. CItem 7.1.

 Neste decénio, a taxa de mortalidade foi alta sobretudo devido à gripe pneumónicamas também em consequência do envolvimento de Portugal na 1ª Grande Guerra. Aemigração, sobretudo com destino ao Brasil, também foi elevada.

7.2. DItem 7.2Com a crise económica de 1929, a emigração reduziu-se drasticamente e ao mesmotempo, fruto da evolução dos cuidados médicos, a mortalidade desceu. Quanto ànatalidade, esta taxa teve tendência a diminuir ao longo de todo o século XX.

7.3. AItem 7.3.Após 1950, o crescimento natural sofreu uma progressiva diminuição, fruto dadivulgação de métodos de planeamento familiar. Por outro lado, na década de 60,regista-se uma crescimento efectivo negativo, em consequência de uma forteemigração.

7.4. D

Item 7.4A década de 70 foi marcada por um aumento da população pois, por uma lado, a criseeconómica mundial (1973) vem dar origem, nos países receptores, a medidasrestritivas da emigração e, por outro lado, regista-se o retorno de cerca de meiomilhão de portugueses das ex-colónias.

7.5. BItem 7.5.Com a crise de 73 Portugal deixa de ser um país de emigrantes. Numa primeira fase

 porque não era possível emigrar e, posteriormente, porque se verificou uma evolução

 positiva na economia portuguesa.

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II. RESPOSTA AOS ITENS DO GRUPO II

1.1. Ao longo deste século o nosso país sofreu um progressivo envelhecimento populacional. Tal facto pode-se comprovar através da análise dos mapas, onde se

verifica que a percentagem de indivíduos com idade inferior a 19 anos tem vindo adiminuir e, simultaneamente, a população com mais de 60 anos tem vindo a aumentar.

1.2. Ao longo do século XX, podemos constatar, que a percentagem de jovens vaidiminuindo de Sul para Norte, enquanto que a percentagem de idosos aumenta, maissignificativamente, em todos os distritos do interior .Se analisarmos este fenómeno à escala distrital podemos concluir que oenvelhecimento populacional foi mais acentuado no Sul e Interior do país do que no

 Norte e no Litoral.

1.3. Em primeiro lugar, o forte êxodo populacional registado em todo o país, comdestino ao exterior ou às cidades do litoral. Em segundo lugar, a redução da taxa denatalidade, fruto do planeamento familiar. Em terceiro lugar, a redução da taxa demortalidade e, consequentemente, o aumento da esperança de vida.

1.4. Do ponto de vista económico estamos já hoje a assistir àquilo que foiconvencionado chamar a «falência do Estado Providência», ou seja à incapacidade doEstado assumir os seus compromissos perante uma população reformada cada vezmais numerosa. Por ouro lado, regista-se uma estagnação económica nas áreas em quea população jovem é menos numerosa.

1.5. As respostas a esta questão poderão ser variadas, como exemplo podemos referir:- Implementar uma política pró-natalista.- Apoiar o crescimento económico das regiões periféricas, de modo a possibilitar afixação da população jovem.- Desenvolver infra-estruturas, por exemplo, meios de transporte.

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RELATÓRIO DO TESTE FORMATIVONº2 

1.1. AItem 1.1.

 Note-se que a população que sai do campo pertence, maioritariamente, à camada

 jovem. Assim, permanecem no campo os mais idosos o que vai levar a um acréscimoda taxa de mortalidade e a uma redução da taxa de natalidade.

1.2. CItem 1.2.Uma vez que os que chegam pertencem à faixa dos jovens ou adultos não se registaum envelhecimento da população. A prazo, regista-se mesmo um aumento danatalidade nestas áreas de destino.

2.1. DItem 2.1.Recorda-se que a maior massa montanhosa do país, a Cordilheira Central, se localizano Centro. Relativamente ao clima o litoral é mais húmido do que o interior, dada a

 proximidade do mar.

2.2. DItem 2.2Relativamente às condições climáticas é de referir que o factor continentalidade1 levaa que as amplitudes térmicas sejam mais elevadas no Interior. Em geral, também a

 precipitação é inferior no Interior, sendo as reservas hídricas escassas, pelo que asculturas de sequeiro predominam nesta área.

3.1. AItem 3.1Factores de vária ordem como as características da reconquista e as condiçõesambientais levam a que no Noroeste predomine a pequena propriedade e a agricultura

intensiva (elevada produção por hectare por ano).

3.2. BItem 3.2Factores de vária ordem como as características da reconquista e as condiçõesambientais levam a que no Alentejo predomine o latifúndio. A existência de

1  Continentalidade – a temperatura varia em função da continentalidade, isto é, da proximidade ou

afastamento de um lugar em relação ao oceano. Este tem sobre a temperatura um efeito amenizador,reduzindo as temperaturas altas e aumentando as mais baixas. Este efeito amenizador resulta do factodos oceanos aquecerem e arrefecerem muito mais lentamente do que a atmosfera.

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numerosos trabalhadores rurais assalariados deu origem a um povoamentoconcentrado.

4.1. AItem 4.1.A produção de trigo predomina no Alentejo, região de campos abertos onde a pobrezados solos obriga à existência de rotação de culturas e pousio.

4.2. BItem 4.2.A produção de Milho é predominante no Noroeste. Sendo uma cultura de verão podeestar associada a outras produções.

5.1. DItem 5.1.As actividades económicas relacionadas com o turismo são condicionadas pelaincapacidade para atrair clientes na época baixa, uma vez que o turismo portuguêsestá ainda muito conotado com o sol e as praias, com a má distribuição espacial dasunidades hoteleiras e com o reduzido investimento em equipamentos destinados àclasse média.

5.2. AItem 5.2.Refira-se que o turismo é uma actividade económica fundamental no nosso país,

 proporcionando a entrada de divisas que são fundamentais para o equilíbrio das contasdo Estado. Tem sido um sector em crescimento, nomeadamente, ao nível dosinvestimentos nacionais e estrangeiros.

6.1. C

Item 6.1.As taxas de fecundidade são mais elevadas no Norte e nas Regiões Autónomas,regiões onde o planeamento familiar é mais limitado.

6.2. CItem 6.2.A disparidade entre o total de homens e o de mulheres deve-se ao facto de osemigrantes serem, em maior número, homens.

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7.1. AItem 7.1.O elevado preço dos terrenos no interior da cidade e a legislação sobre a poluiçãolevaram a uma relocalização1 da unidades industrias nas áreas periféricas.

7.2. AItem 7.2.A população das duas maiores cidades do país tem vindo a diminuir, nas últimasdécadas, dado o elevado preço das habitações no interior destas cidades. Ao mesmotempo, regista-se um aumento muito significativo das Áreas Metropolitanas destasduas cidades.

8.

COLUNA A COLUNA B1.  Energia

2 A. Conservas de peixe 2.  Matéria-prima5 B. Petroquímica 3. Transportes rodoviários7 C. Refrigerantes 4. Mão-de-obra barata6 D. Celulose 5. Portos marítimos4 E. Têxtil 6.  Água

7.  Mercado

9.1.1. A posição refere-se à localização, à escala regional, portanto, ao posicionamentoface a outros núcleos de povoamento ou às vias de comunicação e está intimamenterelacionada com a função original da cidade, a sua razão de ser. 

2. O sítio, compreende o conjunto de características do local concreto onde seimplantam as construções, principalmente as topográficas e geológicas.

3. Alguns autores reconhecem, e com razão que a defesa não foi, em geral, função

determinante na escolha da posição  da cidade, mas pode ser um factor de peso naselecção do sítio.

9.2.1, 2 e 3. -  Nestas questões as respostas poderiam ser diversas, dependendo das 3cidades escolhidas. De qualquer modo, pretendia-se que, em relação a cada uma delas,fossem referidos os seguintes aspectos:1º - A posição da cidade é determinada pela acessibilidade do lugar escolhido, oque depende da facilidade de circulação, garantida pelas vias de acesso disponíveis, já

1 Relocalização industrial: transferência de uma unidade industrial para uma nova localidade.

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que a partir desse local a cidade garante o domínio sobre um território de dimensõesvariáveis. Dado que os meios de transporte evoluíram com o tempo, e delesdependendo a escolha da posição da cidade, as situações podem ser extremamentediversificadas. Assim, se inicialmente a proximidade de uma via navegável teve um

 papel fundamental e, mais tarde, a proximidade da linha de caminho-de-ferro assumiu

maior importância, actualmente, a rodovia atrai população e funções em maiornúmero, dado ser uma via de comunicação com maior versatilidade.2º - Relativamente ao sítio, ou seja, ao local, em si, onde a cidade se implantou,

 podemos constatar uma predominância nítida, em todo o país, de centros urbanoslocalizados em pequenos relevos, o que denota a sua antiguidade, pois estalocalização só se poderá explicar como uma atitude defensiva, só justificável emtempos recuados. O factor defesa assumiu, assim, um papel determinante, não naescolha da posição da cidade, mas na do seu sítio de implantação.

II. RESPOSTA AOS ITENS DO GRUPO II

1.1. O clima português caracteriza-se pela sua grande variabilidade, alternando-seanos de seca com, outros, de precipitações relativamente elevadas, o que torna difícila adequação das culturas à água disponível, já que ela varia de ano para ano. Tambéma coincidência da estação seca com os meses de Verão torna a rega indispensáveldando origem a um aumento dos custos de produção.

2. Em geral os solos do nosso país têm uma capacidade de uso limitada. Segundoalguns autores apenas 28% da superfície do território português tem possibilidade deutilização agrícola. Tal facto relaciona-se com a escassa precipitação que ocorre nosmeses de Verão o que condiciona a evolução do solo. Por outro lado, as chuvastorrenciais que se registam com alguma frequência no nosso país, associadas a umadesflorestação de grande parte do território vão dar origem a uma forte erosão dacamada arável do solo.

3.1. A análise da Balança Comercial resulta da comparação entre o valor dasExportações o das Importações de mercadorias. Uma Balança Comercial negativasignifica que o valor das importações é superior ao das exportações, originando--seum défice comercial.

Para além da Balança Comercial podemos, também, analisar a Balança deTransações Correntes, sendo esta o somatório da Balança Comercial, da Balança deServiços (registo de todos os serviços pagos ou recebidos pelo país como viagens,transportes ou seguros internacionais) e as transferências unilaterais (por exemploremessas de emigrantes).

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RELATÓRIO DO TESTE FORMATIVO Nº3

I

1.1. A partir da análise das pirâmides etárias do concelho de Alcoutim podemos

concluir o seguinte:Ao longo destes anos, registou-se um progressivo envelhecimento da população,consequência do aumento da % de idosos e diminuição da % de jovens e de adultos.A percentagem de mulheres adultas é ligeiramente superior à de homens, na mesmaclasse etária, sendo a diferença entre os dois sexos mais pronunciada na populaçãoidosa. A partir desta última informação, podemos inferir que a esperança de vida dasmulheres é superior à dos homens.Verificou-se uma redução progressiva da Taxa de Fecundidade, bem como da Taxa de

 Natalidade, patente na retracção da base da pirâmide.Dado o progressivo alargamento do topo da pirâmide podemos deduzir que a Taxa deMortalidade tem vindo a diminuir.

Em conclusão, a população de Alcoutim regista um duplo envelhecimento, observávelna retracção simultânea do topo e da base da pirâmide etária.

1.2. Esta evolução deve-se a diversos factores. Por um lado, as melhorias registadasno campo da medicina, no saneamento básico, no acesso à saúde e à informação e nonível de vida das populações, possibilitando uma alimentação mais cuidada, e ummaior acesso aos cuidados médicos, vão originar uma redução da mortalidade, e umaumento da esperança de vida. Por outro lado, a difusão das técnicas de planeamentofamiliar, rapidamente adoptadas, dado a população feminina trabalhar fora de casa emnúmeros cada vez mais significativos, vai levar a uma redução das Taxas de

 Natalidade e de Fecundidade, as quais vão descendo fortemente, sobretudo apósmeados do século XX. Finalmente, a emigração e o êxodo rural, ou seja, a sangria

 populacional que certas regiões do país vão sofrer, em particular ao longo da décadade 60, reduzem drasticamente a população adulta do concelho contribuindo para aredução da taxa de natalidade.

1.3. O envelhecimento populacional tem sempre consequências negativas, as quais seagravam em casos como o descrito, uma vez que neste concelho a percentagem deidosos é ainda superior à do país. Concretamente ir-se-á registar um enfraquecimento

do dinamismo e da capacidade de empreendimento da população, com gravesconsequências para a economia da região.

1.4.  A evolução demográfica, observável nas pirâmides de idades do concelho deAlcoutim, é característica de áreas de repulsão populacional, ou seja, locais do país deonde têm saído, ao longo dos anos, numerosas pessoas em busca de melhorescondições de vida. Tal facto poder-se-á comprovar através da comparação destesgráficos com as pirâmides etárias, referentes aos mesmos anos, da população total do

 país. Assim notam-se diferenças acentuadas entre as duas situações, nomeadamenteno que se refere à importância relativa dos diversos grupos etários e ao grau de

envelhecimento da população. Vamos, portanto, encontrar outros distritos queconstituem pólos de atracção populacional, dado o seu maior dinamismo económico e

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onde, consequentemente, é possível encontrar uma maior oferta de emprego. Destesdistritos destacamos os de mais forte industrialização: Braga, Porto, Aveiro, Lisboa eSetúbal.

II

1.1. Significa que o valor da diferença entre imigração e emigração (saldo migratório)é superior à diferença entre natalidade e mortalidade (saldo fisiológico).

1.2. Este fenómeno pode-se explicar a partir de duas questões. Por um lado, os valoresda emigração na década de 60 subiram em flecha. Este facto prende-se com o grandedesenvolvimento económico vivido na Europa Ocidental ao longo deste período e

com a consequente falta de mão-de-obra autóctome disponível para as necessidadesentão geradas. Recorrem então a trabalhadores estrangeiros normalmente destinados adesempenhar as tarefas menos bem remuneradas e a trabalhos mais penosos. EmPortugal, país de emigração desde o século XVI, vamos assistir a uma verdadeirasangria populacional, só parcialmente estancada em consequência da crise económicados anos 70.Por outro lado, podemos ainda encontrar uma explicação para este fenómeno nadescida progressiva da natalidade no nosso país, a partir de meados do nosso século,fruto da difusão de métodos de planeamento familiar, o que veio originar um saldofisiológico com valores progressivamente mais baixos.

1.3.  Esta situação registou-se também no período que medeia entre 1911 e 1920.Durante estes anos assistimos a diversos fenómenos que contribuíram para umadiminuição do crescimento efectivo da população portuguesa.Em primeiro lugar, registou-se uma forte emigração para o Brasil em consequência daenorme necessidade de mão-de-obra neste país, originada pela supressão daescravatura. Este movimento populacional perderá expressão com o início da PrimeiraGrande Guerra Mundial (1914).Em segundo lugar, a esta emigração muito volumosa soma-se ainda o aumento damortalidade consequência, não só, da participação do nosso país no conflito mundial,

mas, sobretudo, da gripe pneumónica, epidemia que originou cerca de 60000 mortosno nosso país.

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IV

1. O norte e o sul do nosso país são, do ponto de vista agrícola, duas regiões bemdistintas, mercê de diversos factores, uns de ordem ambiental, outros de ordemhumana.

1º quanto à dimensão média das explorações agrícolas temos, no Norte explorações pequenas e parceladas, enquanto no Sul elas são grandes e contínuas.2º Relativamente ao tipo de agricultura praticado, ele é mais diversificado no Norte,onde encontramos duas áreas com características bem distintas, do que no Sul. Assim,no Noroeste temos uma paisagem de campo-prado, onde o milho regado de Verãoalterna com os pastos no Inverno, sendo dominante a policultura, enquanto que noNordeste  a paisagem agrária é de campos--abertos, organizados a partir do

 povoamento aglomerado, junto ao qual se pratica uma agricultura mais intensiva,dominando a cultura de cereais, num sistema de rotação com pousio bienal, nas

 parcelas mais afastadas, e por isso mais inacessíveis, de solos mais pobres ou maisafastadas dos cursos de água.

 No Sul pratica-se uma agricultura extensiva baseada no trigo. A pobreza dos solosobriga à prática de longos pousios, que podem ir até aos 7 anos, e à procura decompensações económicas noutras fontes de rendimento, nomeadamente, através doaproveitamento de espécies arbóreas como o sobreiro ou a azinheira. Surgem destemodo os montados, campos arborizados, típicos do Alentejo. A agricultura Algarvia não tem qualquer semelhança com a que é praticada nesta região do país apresentandouma grande diversidade de sistemas em consequência da própria diversidadegeográfica.3º Em relação à mão-de-obra, no Norte predomina uma agricultura familiar e, dada a

 prática de uma agricultura intensiva e a utilização de técnicas rudimentares, recorre-seao uso intensivo de mão-de-obra. No Sul, onde encontramos sistemas agrícolasextensivos e uma maior mecanização, predominam os trabalhadores assalariados,sendo, nesta área, menor o recurso à mão-de-obra.4º  No que respeita à viabilidade económica das explorações, podemos afirmar que noNorte do país ela é, em geral, mais reduzida dado os condicionalismos já referidosanteriormente. De facto, torna-se indispensável organizar os produtores dando-lhesacesso a circuitos de distribuição eficazes, permitindo a venda a preços maiscompensadores e o acesso aos meios de produção mais modernos, mas também,fornecendo a necessária informação e formação profissional, de modo a possibilitar areconversão de práticas arcaicas, ainda hoje utilizadas na nossa agricultura.

2.1. O micro e o minifúndio caracterizam a estrutura fundiária de vastas áreas donosso país constituindo, devido às suas características económicas, um grave entrave

 para a modernização agrícola. Aqui predomina uma produção destinada àautosubsistência das populações, praticando-se, consequentemente, um regime de

 policultura. Sendo as produções muito escassas dificilmente poderão entrar noscircuitos de comercialização, do que deriva a existência de lucros reduzidos oumesmo nulos e, consequentemente, a impossibilidade de realizar investimentos.

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2.2. Os factores explicativos da pequena dimensão das propriedades agrícolas são dediversos tipos:Em primeiro lugar, podemos referir as condições históricas. Na época da reconquista,o Norte do país foi ocupado através da presúria, apropriação de terras por nobres ouclérigos, o que levou a uma progressiva fragmentação da propriedade.

Em segundo lugar, o ambiente físico, nomeadamente o relevo acidentado, a maior oumenor disponibilidade de água, a presença de um solo mais fértil em algumas áreascontrastando com outras de solo pobre, são elementos importantes que permitiram oumesmo incrementaram a grande divisão da propriedade.Por último a maior densidade populacional do Norte do país terá também levado àgrande subdivisão das explorações.

2.3. Perante as dificuldades de vária ordem geradas pelo predomínio, nalguns distritosdo país, de propriedades pequenas ou muito pequenas, o Estado poderá empreenderuma política de emparcelamento agrícola, levando a população a juntar as parcelas

que se encontram muito dispersas ou impedindo a sua subdivisão, em caso deherança, por exemplo. Esta medida será sempre morosa e controversa, havendo algunsautores que defendem os benefícios da pequena exploração agrícola.Por outro lado, o Estado poderá incrementar a organização dos agricultores emcooperativas de produção e de distribuição, incentivar a formação profissional desta

 população e fornecer assistência técnica. Estas medidas poderiam possibilitar amodernização da nossa agricultura e dotar as explorações agrícolas de maiorviabilidade económica.

3. A entrada de Portugal no Mercado Comum Europeu veio dar relevância a alguns problemas da nossa agricultura. Antes de mais, porque a concorrência com o exterioraumentou drasticamente, em virtude da abertura das nossas fronteiras aos outros

 países membros ou a países com os quais a União Europeia estabeleceu acordoscomerciais. Perante a entrada de produtos agrícolas estrangeiros no mercado

 português torna-se necessário equiparar o preço e a qualidade dos produtos nacionaisrelativamente aos importados. Constatou-se, no entanto, que os nossos produtosagrícolas são frequentemente mais caros e apresentam uma qualidade inferior, o que éconsequência, não só, de uma estrutura fundiária desequilibrada, como referido, mastambém de outros factores, dos quais se destaca o facto das tecnologias utilizadas

serem arcaicas e das produções estarem muitas vezes desadequadas relativamente àscaracterísticas físicas do nosso território. Por outro lado, assinalam-se as dificuldadessentidas relativamente à comercialização dos produtos, em consequência dos circuitosexistentes estarem desajustados das necessidades dos agricultores.A tudo isto acresce-se ainda o facto da nossa população activa na agricultura ter umelevado nível etário e um baixo nível de escolaridade, o que vem dificultarenormemente a modernização do sector.Em consequência destes factores as produtividades do sector agrícola são, regra geral,muito baixas, o que explica os reduzidos lucros auferidos pelos agricultores

 portugueses.

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IV

1. A industrialização de Portugal é caracterizada por uma forte dependência externa,não só ao nível das matérias-primas necessárias para a laboração das indústrias, deque o país é fortemente carenciado, mas também no que se refere a outros inputs

como por exemplo maquinaria, peças ou outros bens que impliquem a utilização deuma tecnologia mais sofisticada.A situação descrita deve-se a diversos factores, dos quais se destaca o facto de emPortugal se ter registado um arranque industrial tardio, após meados do século XX,com os Planos de Fomento Nacional, marcado pela Lei de CondicionamentoIndustrial de 1931 e de 1937, a qual limitou por largos anos a liberdade deinvestimento no sector.A abertura ao exterior, no seguimento da 2ª Grande Guerra, veio desencadear um

 processo de dependência externa que induziu um certo tipo de crescimento industrialdo país, onde dominava a produção de fases de fabrico específicas, geralmentedestinadas a países periféricos onde a mão-de-obra é mais barata e a legislação

ambiental e laboral menos exigente.

2. A estrutura industrial portuguesa enferma de diversos desequilíbrios.Relativamente à sua distribuição espacial, as indústrias concentram-se em apenas 5distritos - Braga, Porto, Aveiro, Lisboa e Setúbal.Dominam, em geral, as pequenas unidades e os sectores da indústria ligeiranormalmente incluídos nos ramos tradicionais.

 No Norte (Braga, Porto e Aveiro) predominam os sectores têxtil, de mobiliário,calçado etc., indústrias de mão-de-obra intensiva, que se encontram actualmente emgrave crise face à concorrência estrangeira.

 Nos distritos de Lisboa e Setúbal, encontramos uma maior diversificação industrial,tendo maior importância as unidades de bens de equipamento e intermédios,caracterizadas por serem de capital intensivo e utilizadoras de mão-de-obraqualificada, o que está na origem das maiores produtividades destes distritosrelativamente aos anteriores.

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RELATÓRIO DO TESTE FORMATIVO Nº4

I

1. A grande diversidade geográfica do nosso território, face à sua dimensão

relativamente reduzida, deve-se, em grande parte, à conjugação destas influênciasque, ao modificarem o meio físico irão originar diferentes formas de ocupação doespaço.As influências oceânicas são mais marcadas no Norte Litoral, devido, por um lado, àLatitude e, por outro, à presença de massas de relevo, que vão originar chuvasorográficas. Aqui o clima é mais húmido, dominam as espécies vegetais espontâneasde folha caduca e o solo é mais fértil. Quanto à ocupação humana tradicionalregistam-se elevadas densidades populacionais e uma propriedade agrícola muitofragmentada onde predomina a policultura, etc.

 No Sul as características mediterrâneas são prevalecentes. O clima é mais seco, ossolos mais pobres, o relevo aplanado. Nesta área dominam as grandes propriedades

destinadas a uma agricultura de cereais de sequeiro e as densidades populacionais sãomuito inferiores.

 No Norte interior as influências atlânticas esbatem-se, e aparecem-nos traçoscaracterísticos da continentalidade. Aqui as amplitudes térmicas são acentuadas aágua disponível para a agricultura escasseia, a densidade populacional é baixa.Estas três regiões não têm fronteiras perfeitamente definidas, mas antes variamconsoante os fenómenos que estejamos a analisar. No entanto, podemos afirmar que,grosso modo, o Norte interior se prolonga até à Cordilheira Central enquanto que o

 Norte Litoral se dispõe até ao Mondego.

2.1. O envelhecimento da população nas regiões de fronteira é consequência de umelevado êxodo rural que, desde à séculos, tem afectado estas regiões. Efectivamente,desde que a economia portuguesa se virou para o comércio marítimo, notou-se uma

 progressiva concentração populacional nas áreas do litoral, que foram tendo umdinamismo económico cada vez mais acentuado, relativamente ao interior. Com aindustrialização do país este fenómeno veio-se acentuar, à medida que a oferta de

 postos de trabalho aumentou nas regiões litorais, relativamente às do interior.As áreas do interior foram, deste modo, ao longo dos anos, afectadas por um forteêxodo rural ao que se veio juntar as saídas provocadas pela emigração.

Progressivamente a população jovem destes distritos foi escasseando, a taxa denatalidade diminuiu, os saldos fisiológicos tornam-se negativos.Área de repulsão populacional, o interior vê perder os seus habitantes em busca demelhores condições de vida. A fraca acessibilidade, a falta de serviços e de infra-estruturas são factores negativos que dificultam a atracção de novas actividadeseconómicas e, consequentemente, a fixação populacional.

2.2. Existem, actualmente, diversos programas, na União Europeia, que visam odesenvolvimento das regiões deprimidas. Podemos destacar a importância dodesenvolvimento de:

1º. Infra-estruturas de saneamento básico, electricidade, água canalizada.2º. Vias de comunicação.

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3º. Infra-estruturas industrias de forma a atrair novas unidades de produção para estasregiões.4º. Apoio à actividade turística, diversificando a oferta do país e criando novos pólosde atracção.5º. Incrementar as iniciativas locais ao nível por exemplo, do artesanato regional.

6º. Implantação de serviços. Por exemplo, serviços de saúde, escolas, etc.

II

1. Ao longo do século XX a emigração portuguesa é, sobretudo, motivada porfactores de ordem económica, já que são as más condições de vida que vão motivar amaioria das saídas do país. Para além deste factor, também se registou,

 particularmente após o início da guerra colonial, alguma emigração motivada por

factores de ordem política. A discordância relativamente à guerra e ao regime vigenteestiveram, assim, na origem da saída de muitos pessoas para outros países.

2.1. São várias as consequências do êxodo rural.

Ao nível do:

- Sector agrícola:- abandono de terras (aráveis / cultivadas);- aumento da área de incultos;- diminuição da produção agrícola;- enfraquecimento do dinamismo e da capacidade de empreendimento em termos daactividade agrícola e outras;- falta de mão-de-obra (jovem) na região;- (...)

- Distribuição espacial da população:- desertificação populacional das zonas rurais, geralmente repulsivas;- concentração da população nas áreas litorais e em torno dos centros urbanos;

- Saldo fisiológico:- declínio da taxa de fecundidade nas regiões repulsivas;- declínio da taxa de natalidade nas regiões repulsivas;- aumento da taxa de mortalidade nas regiões repulsivas;- diminuição do saldo fisiológico (ou inclusivamente saldo fisiológico negativo);

- Estrutura etária da população:- envelhecimento da população (agrícola);- regiões repulsivas envelhecidas / regiões atractivas relativamente jovens;- (...)

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Item 2.2. Se por um lado, nalgumas localidades do Interior o fenómeno do êxodo rural já nãoseja tão evidente como outrora, noutras ele é ainda encarado como a única solução

 para a melhoria de vida dos seus habitantes, principalmente para os jovens.Este fenómeno para deixar de existir (ou para deixar de se fazer sentir com tanto

impacto), implica que estas regiões desfavorecidas, denominadas repulsivas, deixemde estar totalmente “isoladas”, quer em termos físicos, pela (in)existência de redes deestradas ou inoperância destas, quer em termos económicos e socio-culturais, pela(in)existência de actividades, equipamentos e infra-estruturas diversas, que fixem aí a

 população. Tais medidas, difíceis de incrementar, pelos elevadíssimos e complexoscustos (económicos e políticos) que envolvem, são ainda, por vezes, dificultadas pelascondições climáticas geralmente mais agrestes nestas regiões. Restam tambémquestões de herança histórico-cultural que conduzem geralmente as populações a umaatracção inquestionável pelo Litoral. Dotar estas regiões de atractivos, saber exploraros seus próprios atractivos naturais, (nomeadamente com fins turísticos), (re)pensarnuma estratégia de reconversão de mentalidades em termos do significado de

qualidade de vida, são soluções possíveis. Afinal, há já a consciência de que viver nascidades também (já) não é fácil, sendo vários e de vária ordem os problemas com quea população aí residente e que aí trabalha, convive e enfrenta diariamente.

III

1. Os principais contrastes observáveis relativamente à Superfície Agrícola Utilizável por Exploração são os seguintes:- As pequenas explorações agrícolas dominam numa vasta faixa do litoral, que seestende para o interior, desde Viana do Castelo até Lisboa.- Em todo o interior até ao Tejo, encontramos uma dimensão intermédia.- No Alentejo dominam as grandes explorações.- No Algarve regista-se uma situação complexa, dominando, contudo, a pequenaexploração.A diversidade na dimensão das explorações agrícolas em Portugal advém de diversosfactores. Por um lado, temos as influências do ambiente físico, coincidindo a pequenaexploração com áreas do país onde existe maior disponibilidade de água, os solos sãomais férteis, o clima mais húmido o relevo mais acidentado. Estes factores

 possibilitam a prática de uma agricultura mais intensiva, onde a policultura édominante, favorecendo a subdivisão em parcelas.Por outro lado, os factores históricos também tiveram a sua influência. Ascaracterísticas da reconquista realizada a Norte levaram a uma maior fragmentaçãodas propriedades agrícolas, enquanto que no Sul, ocupado por ordens religiosas-militares, a grande propriedade se manteve intacta até muito tarde.Finalmente, a maior densidade populacional do Norte do país terá tambémcontribuído para a fragmentação das explorações agrícolas.A análise da Estrutura Fundiária portuguesa põe em relevo o problema do minifúndioque originará uma produção fraca, marcada pela policultura, sobretudo destinada àsubsistência dos agregados familiares, dificilmente escoável através dos circuitos de

distribuição existentes.

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Estes factores geram enormes entraves à modernização da agricultura, cada vez maisurgente na medida em que a nossa adesão à União Europeia obrigou a uma aberturados mercados.Diversos autores defendem, actualmente, que o caminho desta modernização estará,não tanto na extinção das pequenas propriedades, mas antes na sua reconversão,

especializando-se em algumas produções que por serem adaptadas ao nosso meioambiente se possam revelar rentáveis.Também no Alentejo se registam diversos tipos de problemas na economia agrícola,que se consubstanciam num elevado desemprego rural, no absentismo dos

 proprietários e no abandono de terras de cultivo.Mais do que alterar a estrutura fundiária será imprescindível saber indicar aosagricultores quais os produtos com um rendimento mais seguro, melhorar as técnicasagrícolas, estabelecer circuitos comerciais eficazes.

2.1. Ao entrar para a C.E.E. Portugal foi integrado numa comunidade onde a produção agrícola é, em muitos casos, excedentária e quase sempre subsidiada. APolítica Agrícola Comum (PAC) acordada entre os países que constituem a UniãoEuropeia, vem obrigar os países membros a implementarem uma série de regras, entreas quais se encontra o set aside, que consiste na atribuição de subsídios a agricultoresque deixem terrenos em pousio, desde que cumpram algumas condições. Podemos,consequentemente, falar em abandono da agricultura e, provavelmente, iremos assistirà transformação de espaços cultivados em baldios. Por outro lado, a dificuldade deconcorrer com produtos de origem estrangeira, os quais têm frequentemente preçosinferiores aos nacionais, também está na origem do abandono dos campos.As medidas a tomar para possibilitar uma modernização da nossa agricultura, poderãoser, por exemplo:- Formação profissional da população agrícola.- Criação de circuitos de distribuição eficazes.- Apoio técnico aos agricultores.- Abertura de linhas de crédito especiais para o sector.- Legislação que favoreça o emparcelamento.

III1. Com a Revolução Industrial inglesa, que vai originar a produção de artigos baratosem grandes quantidades, a indústria portuguesa é consideravelmente enfraquecida emalguns sectores fundamentais (tecidos e ferro) só se reconstruindo, muito lentamente,a partir do século XIX.A nova maquinaria introduz-se lenta e irregularmente em Portugal: o capitalismo

 português, basicamente comercial e num período de grandes lucros no tráfegointernacional não vai fazer grandes investimentos no sector industrial.Entretanto, a pesar da concorrência de produtos provenientes do estrangeiro seconstituir como um entrave ao desenvolvimento da indústria portuguesa, esta vai--se

modernizando e, simultaneamente, provocando o desaparecimento da actividadeartesanal.

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Regista-se, em consequência, um enorme aprofundamento dos desequilíbriosregionais em Portugal continental, já que desaparecem as unidades industriais ruraisdispersas e as novas indústrias se concentram em Lisboa/Barreiro/Setúbal ePorto/Guimarães. Só tardiamente a actividade industrial teve um arranque no nosso país, podendo-se

situar o momento decisivo no início dos anos 50.A partir da década de 50, a industrialização em Portugal vai passar por diversas fases.Primeiro, uma fase de substituição de importações que surge em consequência da 2ªGrande Guerra e se mantém até meados dos anos 50. De seguida, passamos para ummodelo exportador e, nos anos 60, este mesmo modelo é associado a um significativoaumento dos investimentos estrangeiros.Durante o período do Estado Novo, a industrialização em Portugal é marcada, numa

 primeira fase, pela lei do Condicionamento Industrial, a qual vai limitar o crescimentodo sector no nosso país.

 Numa 2ª fase, com a entrada de Portugal na EFTA, as nossas portas abrem-se àsrelações económicas com o exterior, registando-se um crescimento industrial marcado

 pela divisão internacional do trabalho. Deste modo, vamos assistir à implantação deunidades fabris de capital nacional ou estrangeiro, assentes numa mão-de-obra barataou viradas para fases de fabrico que, por algum motivo, não interessavam aos outros

 países da Europa Ocidental (por exemplo, devido à enorme carga poluidora).A crise económica dos anos 70, teve repercussões particularmente graves sobre anossa economia, dado o desequilíbrio da nossa estrutura industrial.A preponderância das pequenas unidades, utilizando técnicas obsoletas, baseadasnuma mão-de-obra desqualificada que recebe baixos salários, com produções dequalidade inferior, tornam difícil a sobrevivência de muitas unidades industriais. Estefacto deve-se à crescente concorrência externa, consequência da nossa adesão àC.E.E. mas também do novo panorama industrial a nível mundial, no qual os paísesdo Sudeste asiático vão assumir um papel determinante.

 Não é hoje possível, a Portugal, concorrer com o exterior se continuar a basear as suas produções numa política de baixos custos de produção, obtidos através de saláriosreduzidos. A aposta na reconversão industrial, no sentido de uma melhoria dequalidade dos produtos nacionais terá de ser feita rapidamente, caso não queiramosver a indústria nacional soçobrar.

2. A localização industrial depende em grande parte da acessibilidade, sendo a

escolha do lugar feita, muitas vezes, em função da proximidade de vias decomunicação e de meios de transporte. No caso da indústria pesada, tendo quer a matéria-prima quer o produto acabadogrande peso e volume, é indispensável escolher uma localização próxima de meios detransporte pesados, de forma a minimizar os custos das deslocações dos produtos.

 No caso português, dada a escassez de matérias primas necessárias a estas unidades de produção, elas são maioritariamente importadas, sendo por isso preferida umalocalização junto aos portos marítimos com capacidade para receberem navios degrande porte - Lisboa, Leixões e Sines. Relativamente ao escoamento de produtosacabados regista-se com frequência a proximidade da via férrea, ou mesmo aexistência de terminais ferroviários próprios.

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Chama-se a atenção para o facto de os dois meios de transporte referidos serem osmais económicos para deslocar grandes quantidades de carga a longa ou a médiadistância (respectivamente o barco e o comboio).

3.1. As indústrias que trabalham com matérias-primas perecíveis escolhem, regrageral, uma localização junto à sua produção. Tal facto deve-se às economias possíveisde obter com o custo total de transportes, já que será mais barato transportar o produtoacabado, que não requer cuidados especiais, do que a matéria-prima que se degradafacilmente.

3.2. As refinarias de petróleo, no nosso país, localizam-se junto aos portos já queutilizam matérias-primas importadas por via marítima. Esta localização é a maiseconómica para estas unidades industriais, porquanto qualquer outra escolha

implicaria despesas inúteis para o transporte do petróleo no interior do territórionacional. O produto acabado é depois distribuído pelo país em camiões cisterna.

3.3. Sendo a água um bem disperso as indústrias de refrigerantes poderão, à partida,escolher qualquer ponto do país para a sua localização. No entanto, temos quesublinhar que no processo de fabrico regista-se um grande aumento de peso e devolume do produto acabado, relativamente à matéria-prima, em consequência do

 processo de engarrafamento. Deste modo estas indústrias optam, regra geral, por umalocalização mais próxima do mercado, que lhes permite reduzir os custos totais detransporte.

4. A produção de energia em Portugal depara-se com diversos problemas.Relativamente à produção de energia hidroeléctrica as oscilações climáticas,intercalando-se anos de grande pluviosidade com anos de seca, tornam difícil gerir osrecursos e estimar as capacidades de produção.Relativamente à produção de energia termoeléctrica a falta de matérias-primasnecessárias (carvão ou petróleo) no nosso território, tornam-nos dependentes doexterior e mais vulneráveis às oscilações de preços, destes produtos, no mercado

internacional. No que se refere às energias alternativas (por exemplo eólica, marés, solar, etc.) as pesquisas e o investimento efectuados não nos permitem encara-las como alternativaseficazes relativamente às energias tradicionais.

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IV

1. Ao longo da década de 60 regista-se um crescimento populacional significativo nos bairros periféricos da cidade de Lisboa. Freguesias como a dos Olivais ou a doLumiar vêem a sua população crescer para mais do dobro, outras sofrem um aumento

 populacional menos acentuado (de 50 a 99,9%). Este crescimento, consequência doforte êxodo rural, dirigido para a cidade de Lisboa, ao longo de toda a década, só é

 possível nas freguesias da cidade onde ainda existem terrenos disponíveis. Nos bairrosmais antigos verifica-se uma diminuição do número de habitantes, fruto da crescenteterciarização do centro da cidade.

 Na década seguinte, o crescimento da população de Lisboa vai-se atenuar, dado sercada vez mais difícil encontrar terrenos disponíveis no interior desta cidade. Destemodo, cresce a concorrência para a ocupação de espaços desocupados ou de áreas areconstruir, o que provoca um aumento em flecha dos preços do solo urbano. Amaioria dos cidadãos particulares dificilmente podem pagar os preços das habitaçõesno interior da cidade, optando por residir na sua periferia. Deste modo, ao mesmo

tempo que a terciarização se acentua, crescem também os subúrbios urbanos.

2. Lisboa e o Porto encontram-se em situação idêntica à das outras cidades dos paísesdesenvolvidos, já que nos últimos anos têm registado um decréscimo populacional,fruto da terciarização. O crescimento urbano verifica-se agora nas áreas periféricas,originando a expansão dos subúrbios.

3. A distinção entre o rural e o urbano tornou-se cada vez mais difícil na medida emque algumas funções urbanas migraram para as áreas rurais. O desenvolvimento dosmeios de transporte e de comunicação, tornaram viável a transferência de actividadestradicionalmente urbanas para espaços até aí destinados exclusivamente a funçõesrurais. É hoje possível encontrarmos trabalhadores dos sectores secundário outerciário a viver ou mesmo a trabalhar em áreas rurais. Surgem, deste modo, osespaços periurbanos - espaços para lá da área urbana onde o rural e o urbano semisturam não havendo uma fronteira clara entre estas duas formas de ocupação doespaço.

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ANEXO

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Introdução

Com este anexo pretende-se actualizar a informação fornecida no Manual e noCaderno de Apoio, com base no último recenseamento populacional realizado em2001. Assim, a maioria dos dados apresentados nas páginas seguintes foram

recolhidos no INE.

1. PRINCIPAIS INDICADORES DEMOGRÁFICOS

O recenseamento da população portuguesa é realizado uma vez em cada decénio.Apresentam-se, seguidamente, alguns dos resultados do último recenseamentorealizado em Março de 2001. Com esta informação pretende-se completar a análise daevolução da população portuguesa em alguns dos seus aspectos mais significativos.Em 1991, a população residente atingiu um total de 9867147 pessoas, tendoaumentado para 10356117 em 2001. Este acréscimo populacional é, em grande

medida, resultado do reforço dos movimentos imigratórios já que se constata, nomesmo período, a continuação de um acentuado envelhecimento demográfico1.É de referir que no período intercensitário a proporção de jovens diminuiu 4% e, emconsequência de um aumento da longevidade, a idade média da população aumentouquase 3 anos.Relativamente à população residente com nacionalidade estrangeira registou-se umacréscimo muito significativo, tendo duplicado o seu número ao longo do decénio emanálise.Quadro I

PRINCIPAIS INDICADORES DEMOGRÁFICOS (2001)TCE (%) TN (‰)  TM (‰)  TMi (‰) 

Portugal 0,7 10,9 10,2 5,0Continente 0,8 10,8 10,2 4,8

 Norte 0,5 11,4 8,7 5,9Centro 0,8 9,4 11,4 3,8Lisboa e Vale do Tejo 0,9 11,4 10,2 4,3Alentejo 0,1 8,4 14,2 3,6Algarve 2,7 10,6 11,6 4,3Açores -0,2 13,2 11,0 5,1Madeira -0,3 12,9 11,0 8,2

Fonte INE

 No quadro I, verifica-se que a taxa de crescimento natural2  (TCN) é muito baixa,sendo mesmo negativa no Centro, no Alentejo e no Algarve. Já a taxa de crescimentoefectivo(TCE)3 só é negativa nas regiões autónomas.Os dados são apresentados por NUTS II, regiões cujos limites se encontram no mapaseguinte (fig. 1).

1 Aumento da importância relativa de idosos na população total2

 TCN=TN-TM3 TCE=TCN-TMigratória

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  112

 NUTS IIFig.1

Variação da população 1991-2001

-100000

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

   P  o  r   t  u  g  a   l

   C

  o  n   t   i  n  e  n   t  e

   N  o  r   t  e

   C  e  n   t  r  o

   L   i  s   b  o  a

   A   l  e  n   t  e   j  o

   A   l  g  a  r  v  e

   R .

   A .

   A  ç  o  r  e  s

   R .

   A .

   M  a   d  e   i  r  a

NUTS

 Fig. 2

Fonte INE

Comparando os valores da população portuguesa em 1991 com os de 2001, (fig. 2)constata-se que o maior crescimento se registou na região Norte, seguido da região deLisboa, enquanto que as regiões do Alentejo e da Madeira registaram variaçõesnegativas.

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  113

Saldo Natural, 1991-2001

-60000-40000-20000

020000400006000080000

100000120000140000

   P  o  r   t  u  g  a   l

   C  o  n   t   i  n  e  n   t  e

   N  o  r   t  e

   C  e  n   t  r  o

   L   i  s   b  o  a

   A   l  e  n   t  e   j  o

   A   l  g  a  r  v  e

   R .   A .

   A  ç  o  r  e  s

   R .   A .

   M  a   d  e   i  r  a

NUTS

 Fig. 4

Fonte INE

Relativamente ao saldo natural da população1 (fig.4), na década estudada, observa-seque se registaram valores diferentes dos da variação da população. Assim, fruto deuma baixa natalidade, os valores do saldo natural são sempre inferiores aos davariação da população (fig. 3), sendo que as regiões do Centro, Alentejo e Algarveapresentam mesmo valores negativos bastante significativos. No entanto, a baixanatalidade é, de certo modo, compensada pela entrada de pessoas, como podemosobservar no gráfico do saldo migratório2 (Fig. 5).

Saldo Migratório, 1991-2001

-500000

50000100000150000200000250000300000350000400000450000

   P

  o  r   t  u  g  a   l

   C  o  n

   t   i  n  e  n   t  e

   N  o  r   t  e

   C  e  n   t  r  o

   L   i  s   b  o  a

   A

   l  e  n   t  e   j  o

   A   l  g  a  r  v  e

   R .

   A .

   A  ç  o  r  e  s

   R .

   A .

   M

  a   d  e   i  r  a

NUTS

 Fig. 5

Fonte INE

1

 Natalidade-Mortalidade2 Imigração-Emigração

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  114

2. ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO PORTUGUESA

Em seguida, apresentam-se diversas pirâmides etárias nas quais se sobrepõem osdados recolhidos para o total da população portuguesa com os de cada uma dasregiões consideradas (NUTS II).

PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL E NORTE, 2001

Fig. 6Fonte INE

 Na figura 6 está representada a pirâmide etária de Portugal e do Norte (linha pretamais carregada).A população do Norte é mais jovem do que a de outras regiões do país, apresentandoa maior proporção de jovens (17,5%) e a mais baixa de idosos (14%). Note-se queesta é a região com um saldo natural mais elevado (fig. 4). Registando uma natalidademais elevada do que outras regiões. Por outro lado, apesar da taxa de mortalidade serrelativamente baixa, observa-se uma menor percentagem de idosos o que é explicado

 pela presença de uma população jovem mais numerosa.

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  116

PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL E ALENTEJO, 2001 

Fig. 9Fonte INE

Observa-se que o Alentejo é a região mais envelhecida do país, com 22,3% de idosose apenas 13,7% de jovens. Tendo-se mesmo registado um decréscimo populacional de0,7% no último decénio.

PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL E ALGARVE, 2001

Fig. 10Fonte INE

 No Algarve observa-se o maior crescimento populacional do país, sendo também aregião que regista a maior percentagem de residentes com nacionalidade estrangeira(6%). A população em idade activa é elevada (54,6%). Por outro lado, verifica-se uma

 proporção de idosos superior à do país.

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PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL E R.AUTÓNOMA DOS AÇORES, 2001

PIRÂMIDE ETÁRIA DE PORTUGAL E R.AUTÓNOMA DA MADEIRA, 2001

Fig. 11Fonte INE

As regiões autónomas são as que apresentam maior percentagem de população jovem,apesar da forte quebra na natalidade, com 21,4% e 19,1% de jovens nos Açores e naMadeira, respectivamente.

3. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA PORTUGUESA(1991/2001)

Distribuição percentual da população

empregada por actividade económica,Portugal, 1991 e 2001

0

5

10

15

20

25

30

 A B C D E F

Actividades económicas

%  1991

2001

 Fig. 12

Fonte INE

Em geral, constata-se uma maior terciarização da população portuguesa, ocupando osector dos serviços, em 2001, 59,9% dos activos portugueses, mais 8,3% do que em1991. Por outro lado, enquanto que em 1991 o sector “Indústria, incluindo a energia”,ocupava o maior número de pessoas (27%), em 2001 o sector “Comércio e reparação

de veículos automóveis e de bens de uso pessoal e doméstico; alojamento e

A – Outras actividades deserviços;B – Actividadesfinanceiras, imobiliário eserviços prestados àsempresas;C – Comércio e reparaçãode veículos automóveis ede bens pessoais edoméstico; alojamento erestauração; transportes ecomunicações;D – Construção;E – Indústria, incluindoenergia;F – Agricultura, caça e

silvicultura; pesca eaquicultura.

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restauração; transportes e comunicações” é aquele que inclui um maior número deactivos.Destaca-se, ainda, neste período de 10 anos, o decréscimo da população activa na“Agricultura, caça e silvicultura; pesca e aquicultura” (-47,5%) e na indústria,incluindo energia (-4,1%) e o aumento muito significativo da população empregada

nas “Actividades financeiras, imobiliárias, alugueres e serviços prestados àsempresas” (+70,9%).Finalmente, é de referir um aumento global da taxa de emprego1 que passou de 52%em 1991 para 53,5% em 2001. A taxa de emprego dos homens é de 62,6% enquantoque a das mulheres é de 45,1%.

4. MIGRAÇÕES POPULACIONAIS

0

50000

100000

150000

200000

250000

   1   9   8   6

   1   9   8   7

   1   9   8   8

   1   9   8   9

   1   9   9   0

   1   9   9   1

   1   9   9   2

   1   9   9   3

   1   9   9   4

   1   9   9   5

   1   9   9   6

   1   9   9   7

   1   9   9   8

   1   9   9   9

   2   0   0   0

   2   0   0   1

   2   0   0   2

ano

Estrangeiros com residência legalizada

 Fig. 13

Fonte INE

Registou-se um progressivo aumento do número de estrangeiros residentes emPortugal. Quanto à sua origem destacam-se os do continente africano e europeu. EmÁfrica os países mais representados são Cabo Verde (22,9%) e Angola (9,3%). NaEuropa o Reino Unido (7%) e a Espanha (5,8%). Recordamos que estes dados apenasincluem os estrangeiros com residência legalizada no nosso país.

1 Relação entre a população empregada e a população com 15 anos ou mais.

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  119

População estrangeira residente, por

continente (1999)

0

20000

40000

60000

80000

100000

 Àfrica Europa América Ásia Outros

Pop.

 

Fig. 14 Fonte INE

Em 2001, foi criada em Portugal, a par do Estatuto de Residente, a possibilidade de sesolicitar uma autorização de permanência. Esta possibilidade visa legalizar a situaçãodaqueles, que tendo trabalho, não possuem um visto de imigrantes.Em consequência, procedeu-se a uma nova legalização dos imigrantes em Portugal. Ototal de imigrantes era, em 2002, de 405580 (fig. 15).

Imigrantes em Portugal

0

100000

200000

300000

400000

2001 2002Anos

Imigrantes nãocomunitários

Cidadãos deEstados da EU

 Fig. 15

Fonte Alto comissariado para a Imigração e as Minorias Étnicas

Relativamente aos imigrantes legais não comunitários (com autorização de permanência ou com autorização de residência), observa-se que os nacionais dos países do Leste da Europa são actualmente muito numerosos, destacando-se osucranianos. (fig. 16)

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0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

   U  c  r   â  n   i  a

   C  a   b  o   V  e  r   d  e

   B  r  a  s   i   l

   A  n  g  o   l  a

   G  u   i  n   é  -   B   i  s  s

  a  u

   M  o   l   d   á

  v   i  a

   R  o  m   é  n   i  a

   S .   T  o  m   é  e

   P  r   í  n  c   i  p

  e

   R   ú  s

  s   i  a

   M  o  ç  a  m   b   i  q

  u  e

Nacionalidade

Nº de Imigrantes não comunitários em Portugal

 Fig 16

Fonte Alto comissariado para a Imigração e as Minorias Étnicas

Os fluxos migratórios com destino a Portugal têm variado ao longo das últimasdécadas. Assim, nos anos 70/80 do século XX, os imigrantes eram, na sua maioria, deorigem africana e em especial de Cabo Verde. No final da década de oitenta aumentouo fluxo de imigrantes brasileiros, sendo significativo o número destes comqualificações profissionais. A última vaga de imigrantes, que se inicia nos finais dosanos 90, é originária da Europa de Leste e é constituída por uma população com umgrau de instrução elevado, mas que vem desempenhar trabalhos indiferenciados.

 Note-se que as informações relativas ao número e características da populaçãoi i t ã i l t já b i t ú i ifi ti