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HEMOCENTRO RP
POIH - 024.2
REV.: 06
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL
TESTES PRÉ-TRANSFUSIONAIS
1. OBJETIVO Estabelecer uma rotina que assegure a realização correta dos testes Pré-transfusionais.
2. APLICAÇÃO O propósito dos testes Pré-transfusionais é selecionar componentes sanguíneos que não vão causar dano ao receptor e que terão uma sobrevida Pós-transfusional aceitável.
3. RESPONSABILIDADE
● Gerente de Laboratório. ● Supervisor de Agência. ● Técnicos de Laboratório. ● Assistente de Laboratório. ● Analista de Laboratório. ● Enfermeiros. ● Aprimorandos.
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1- Os receptores deverão receber componentes de hemácias ABO compatíveis exceto no que diz respeito à infusão de MO no transplante alogênico. 4.2- Deverá haver compatibilidade ABO entre os eritrócitos do doador e o plasma do receptor de transfusão de granulocitaférese e plaquetaférese. Se houver contaminação do produto com volume maior que 2 mL de eritrócitos, deverá também haver compatibilidade Rh, devendo-se realizar a prova cruzada com amostra do doador, colhida no momento da coleta do componente. Caso seja necessária transfusão incompatível, esta deverá ser realizada mediante autorização médica. 4.3- Componentes contendo anticorpos ABO incompatíveis devem ser evitados, especialmente em crianças. Quando não é possível selecionar plaquetas isogrupo, a conduta deverá ser discutida com o médico que se baseará nos seguintes parâmetros para definir sua conduta : se o doador tem pesquisa de hemaglutininas positiva ou negativa (Doadores "O"), idade do receptor, o seu peso (< ou > 30Kg) e o número de plaquetas não isogrupo recebidas nas últimas 24h. Dependendo da sua avaliação, o médico poderá autorizar a transfusão não isogrupo, ou solicitar a redução de volume plasmático do hemocomponente. As tabelas do Anexo I resumem as prioridades na escolha do tipo ABO de hemocomponentes. *6 4.4- Os testes Pré-transfusionais serão válidos por 7 dias quando o paciente não tiver história de transfusão nos últimos 3 meses e 72 horas quando o paciente tiver recebido transfusão nos últimos 3 meses.
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5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1 Utilização de sangue Rh positivo em receptor Rh negativo: é vedado o uso de concentrado de hemácias (CH) Rh positivo em pacientes Rh negativo, exceto em condições excepcionais e situações emergenciais, mediante autorização médica. 5.2 Evitar-se-á transfusão de concentrado de plaquetas Rh positivo em pacientes Rh negativo do sexo feminino com menos de 45 anos. Nessa situação, caso não haja concentrado de plaquetas Rh negativo disponível, o médico deverá ser comunicado e autorizar a transfusão. 5.3 Quando forem encontrados anticorpos clinicamente significantes no receptor ou quando o mesmo tiver história de possuí-los, os CH para transfusão não deverão conter o antígeno correspondente e deverão ser compatíveis. Nas situações em que isso não for possível, o médico deverá avaliar o caso e decidir se autoriza a transfusão. Caso o paciente não tenha fenotipagem estendida, essa deverá ser realizada. *6 5.4 Autorização para Transfusão de Sangue com teste de compatibilidade positivo: sempre que os testes de compatibilidade forem positivos, o médico assistente deve ser comunicado pelo laboratório de imuno-hematologia. Em circunstâncias especiais e justificadas, o médico poderá autorizar a transfusão. *6 5.5 A autorização médica da transfusão incompatível deverá ser realizada através do impresso Autorização para Transfusão em Situações Especiais (Anexo II). Esse impresso deverá ser preenchido pelo laboratório e assinado pelo médico que autorizou a transfusão. *6 5.6 Pacientes hematológicos e/ou candidatos à transfusão crônica, nos quais há indicação de fenotipagem, mas que a técnica não puder ser realizada devido à transfusão recente (<90 dias) ou teste direto da antiglobulina positivo (TDA), mesmo após aplicar as técnicas TEIH3.12 e TEIH3.13, poderão ser genotipados de acordo com a necessidade do exame para esclarecimento dos testes imuno-hematológicos e condução das futuras transfusões. *3 *6
5.7 Em pacientes com transfusão esporádica , incluindo oncológicos e cirúrgicos, com transfusão recente ou TDA positivo, mesmo após aplicar as técnicas TEIH 3.12 e TEIH 3.13, a genotipagem será realizada somente em casos que não puderem ser concluídos na sorologia, como por exemplo presença de múltiplos anticorpos e/ou especificidade não determinada, ou presença de auto-anticorpo impedindo a exclusão de aloanticorpos. *3
5.8 Os casos candidatos à genotipagem deverão ser triados pelo gerente técnico ou médico responsável da unidade antes de encaminhar a amostra e a justificativa deve ser incluída no pedido do exame. *3 5.9 Anticorpo monoclonal anti-CD38: Esta medicação é usada para tratamento de alguns pacientes com mieloma múltiplo e pode provocar alterações nos testes pré-transfusionais reagindo como uma panaglutinina. O anticorpo não costuma interferir na tipagem ABO e RhD, mas poderá interferir com todas as técnicas em AGH, independente do meio usado ou do método. Por este motivo recomenda-se: *5
5.9.1 Antes do uso de anti-CD38 ser iniciado: Realizar tipagem ABO/RhD, pesquisa de Anticorpo Irregular e fenotipagem/genotipagem eritrocitárias. *5
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5.9.2 Após o início do uso de anti-CD38 : Realizar tipagem ABO/RhD normalmente. A pesquisa de anticorpos irregulares deverá ser realizada com as hemácias em uso na rotina. Havendo interferência, será realizado triagem/painel de hemácias selecionadas tratadas com dithiothreitol (DTT) para remover a interferência da droga (TEIH 3.31). *5 - O tratamento das hemácias com DTT destrói antígenos Kell, portanto hemácia Kell negativa deve ser selecionada para transfusão, a menos que o paciente seja conhecido por ser Kell positivo. *5 - Anticorpos do sistema Kell , anti-Yt a , anti-Do a /Do b , não serão detectados, pois também são destruídos por DTT, no entanto tais anticorpos são encontrados com pouca frequência. *5 *6 - Uma opção ao uso do DTT é a utilização de hemácias de cordão para realizar a triagem de anticorpos. *5 Prova Cruzada : - Para paciente com PAI negativa com as hemácias tratadas com DTT, poderá ser realizada prova cruzada ABO/RhD compatível, Kell negativo em leitura imediata evitando interferência do AGH. *5 - Para pacientes com presença de aloanticorpo conhecido, deverá ser transfundido hemácia fenótipo/genótipo compatível sempre que possível e o teste de compatibilidade em AGH provavelmente resultará positivo. É opcional o tratamento da hemácia do doador com DTT antes de realizar a prova cruzada. *5
6. PROCEDIMENTO ● Hemocentro e núcleos: Verificar tipagem ABO/RhD, sensibilização anterior e outros dados na
ficha de receptor e SBS. ● Nas AT Campus e UE: Verificar tipagem ABO/RhD, sensibilização anterior e outros dados na
Ficha de Receptor, SBS e LIS, colocando OK e assinatura no pedido como checagem das informações. Caso o paciente não tenha ficha de receptor, abri-la.
● Clientes externos: Verificar tipagem ABO/RhD, sensibilização anterior e outros dados na ficha 6.1 Testes para Transfusão de Concentrado de Hemácias:
Tipagem ABO e Rh - Fazer tipagem ABO direta e reversa (TEIH 1.1.1). - Quando verificado na tipagem ABO direta a presença de campo misto, selecionar CH do grupo
O para realização da transfusão. - Durante a tipagem ABO direta e reversa, se alguma discrepância for encontrada, CH do grupo
O deverá ser selecionado para transfusão até que a discrepância seja resolvida. - Fazer tipagem RhD (TEIH 1.3.1). - Quando verificado na tipagem RhD a presença de campo misto, selecionar bolsa RhD negativa
para realização da transfusão. - Na primeira vez que a amostra do paciente for colhida para exames Pré-transfusionais, fazer a
tipagem ABO/RhD duas vezes (pode ser realizada na mesma amostra) e se possível por pessoas diferentes. Registrar a primeira tipagem na frente da Ficha de Receptor (FH 2.49) e a segunda na primeira linha do campo ABO/RhD no verso da Ficha de Receptor. *5
- Realizar a checagem dos registros anteriores com os resultados do teste atual na Ficha de Receptor para: *5
● ABO/RhD. *5
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● Dificuldades de tipagem. *5 ● Anticorpos clinicamente importantes. *5 ● Reações adversas importantes. *5 ● Necessidades especiais de transfusão. *5 ● Esses registros devem ser comparados com os resultados do teste atual e qualquer
discrepância deve ser investigada e ações necessárias devem ser tomadas antes que a unidade de sangue seja liberada para transfusão. Após a realização da checagem, registrar esta comparação dos resultados no verso da Ficha de Receptor assinando o campo do “Responsável pela Checagem”. *5
ATENÇÃO – Toda vez que uma nova transfusão for solicitada e uma nova bolsa compatibilizada, deverão ser novamente realizados tipagem ABO/RhD do receptor, ainda que os testes estejam dentro das 48 horas da validade da amostra. *6 Pesquisa e Identificação de Anticorpos Irregulares (PAI): - Fazer pesquisa de anticorpos irregulares (TEIH 1.5 ou TEIH 4.3) em todos os receptores. Se
positivo, realizar a identificação de anticorpos irregulares (TEIH 3.2 ou TEIH 4.5). Fazer testes adicionais quando indicado.
Para pacientes com PAI positiva: - Realizar painel em LISS e, se disponível, enzima, além de autocontrole também em LISS e
Enzima, se disponível. - Realizar identificação do anticorpo conforme fluxogramas (TEIH 3.2). - Para melhor resolução de casos com PAI e/ou teste de compatibilidade positivo, seguir
fluxogramas 1, 2 e 3 em anexo . - Se mesmo após realização do painel (PEG / LISS / ENZIMA) não for possível identificar o
anticorpo, em situações específicas, realizar painel de hemácias selecionadas e/ou aloadsorção. A técnica de aloadsorção deverá ser realizada a cada intervalo de 10 dias. *1 *6
- Caso suspeite-se de anticorpos contra antígeno de alta frequência (Fluxograma 2), poderão ser utilizadas hemácias com fenótipo raro de interesse congeladas (TEIH3.33) e/ou soros raros disponíveis na soroteca. *6
- Caso suspeite-se de anticorpos anti-Chido/Rodgers, usar a técnica de inibição ( TEIH3.34). *6 - Anotar os resultados nos livros de: Registro Pré-Transfusional, Painel de Hemácias, no pedido
de exames e na ficha de receptor. - Os Painéis realizados deverão ser avaliados, assinados e datados pelo responsável. - Verificar se o paciente tem fenotipagem prévia. Se não tiver fenotipagem anterior e não tiver
sido transfundido nos últimos 3 meses, realizá-la .Caso a amostra tenha TDA positivo, a interferência do anticorpo pode ser removida aplicando as técnicas TEIH3.12 e 3.13 ou ainda, conforme a disponibilidade, pode ser usado soro monoclonal que não exige a fase de antiglobulina humana e que não deve sofrer interferência do TDA positivo. *3
- Nos casos em que a fenotipagem não for possível, a genotipagem poderá ser realizada em receptores em que a condução transfusional precisar obrigatoriamente de complementação para esclarecer o estudo imuno-hematológico. Sendo assim, pacientes com especificidades de aloanticorpos conhecidas e com significado clínico determinado, por exemplo, Anti-E, mesmo que não seja possível fenotipar o receptor, o hemocomponente deverá ser negativo para o antígeno e não há necessidade de realizar a genotipagem para concluir a condução do caso. No entanto, nos casos em que houver associação de múltiplos anticorpos e auto-anticorpo cuja interferência impede a identificação de aloanticorpos mesmo após auto ou aloadsorção, a
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genotipagem deverá ser solicitada. Os casos candidatos à genotipagem deverão ser triados pelo gerente técnico ou médico responsável da unidade antes de encaminhar a amostra e a justificativa deve ser incluída no pedido do exame. *3
Teste de Compatibilidade: - Para transfusão de CH, fazer teste de compatibilidade (TEIH 3.10) e realizar a retipagem
ABO/RhD do hemocomponente. Para a realização desses testes, retirar uma alíquota da bolsa de CH através do espaguete, que deverá estar selado na parte superior. *1
- Durante a retipagem ABO/RhD do hemocomponente, se uma discrepância for observada, a mesma deverá ser resolvida antes da liberação do sangue para transfusão. Se a unidade que está realizando a retipagem não for à mesma que coletou a bolsa, esta deverá ser informada, a bolsa devolvida para a investigação e uma nova bolsa deverá ser compatibilizada. Caso seja necessário alterar a tipagem ABO/RhD, proceder conforme POIH 020. *4 *5
- Selecionar o hemocomponente pedido, transfundindo isogrupo sempre que possível. Caso contrário seguir orientação do Anexo I.
- Em pacientes aloimunizados, fazer teste de compatibilidade na técnica que o anticorpo foi mais bem detectado ou em mais de uma técnica, se necessário.
- Caso tenha sido identificado o anticorpo, obrigatoriamente compatibilizar hemácias antígeno-negativo, além de tentar respeitar o fenótipo seguindo esta ordem de prioridade: Rh (D, C, c, E, e), K, Fy a , Jk a , S, Jk b , s, Fy b
- Caso não tenha sido identificado o anticorpo, compatibilizar hemácias respeitando o fenótipo seguindo esta ordem de prioridade: Rh (D, C, c, E, e), K, Jk a
- Os CH RhD negativo CDE positivo deverão ser evitados para mulheres em idade fértil e crianças do sexo feminino que sejam RhD negativas.
- Os CH RhD negativo CDE positivo deverão ser transfundidos preferencialmente em pacientes homens e crianças do sexo masculino RhD negativo CDE positivo com o fenótipo compatível com a Bolsa ou em pacientes RhD positivo conforme disponibilidade no estoque.
- Para pacientes RhD positivo fraco, (reatividade menor ou igual a 2+ em leitura imediata), selecionar CH Rh D negativo para transfusão, especialmente para mulheres <45 anos e pacientes candidatos à transfusão crônica (exceto em casos pós-TMO de pacientes Rh negativo com doador Rh positivo). Nesses casos enviar amostra (1 tubo roxo para genotipagem para D fraco 1, 2 e 3 ). *6
- Quando verificado na tipagem RhD a presença de campo misto, selecionar bolsa RhD negativa para realização da transfusão.
- Para pacientes hematológicos, portadores de cirrose hepática e/ou insuficiência renal crônica e candidatos a múltiplas transfusões, preferencialmente utilizar bolsas Rh e Kell compatíveis.
- Para pacientes com doença falciforme, selecionar sempre que possível CH com fenótipo estendido ( Rh, Kell, Duffy, Kidd, S,s). *6
- Em caso de paciente Fy(a-b-) portador de anemia falciforme, não há necessidade de respeitar o antígeno Fy b , respeitar apenas o Fy a . Se o paciente apresentar o Anti-Fya, transfundir sempre que possível o fenótipo Fy(a-b-), devido ao risco de desenvolver anti-FY3. *6
- Em caso de pacientes do transplante de fígado (pré-operatório) compatibilizar bolsas respeitando o antígeno D sempre que possível. Caso o estoque de RhD negativo não seja suficiente para atender a demanda, poderão ser utilizadas, a critério médico, bolsas RhD+ em receptores RhD-. *6
- Concentrados de Hemácias de doadores com PAI positiva não deverão ser utilizados em
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pacientes com 30 Kg ou menos. Duas situações justificarão a utilização de CHs de doadores com PAI positiva nesses pacientes: *4 1- Doação da mãe para o RN; *4 2- Doação de doador específico com fenótipo raro. *4 Nesses dois casos os CHs deverão ser lavados. Outras exceções deverão ser discutidas caso a caso com a equipe médica. *4
- As bolsas não deverão ser mantidas fora da geladeira por mais de 30 minutos. Caso isso ocorra, essas deverão ser descartadas .
- Durante os testes pré-transfusionais, se for detectada alguma irregularidade na bolsa, esta deverá ser enviada ao laboratório de controle de qualidade.
- Para a transfusão de doação autóloga, deverá ser realizado o mesmo procedimento da transfusão alogênica. *4
Eluato:
*6 O eluato tem como objetivo investigar a especificidade de um anticorpo que encontra-se ligado à hemácia que provoca um TAD positivo. Além disso, por concentrar o anticorpo, o eluato pode demonstrar a presença de um anticorpo ligado à hemácia, porém em baixa densidade, que não positiva o TAD. Algumas situações justificam a realização do eluato, entre elas: *6
1. Sempre que houver suspeita de reação transfusional; *6 2. Se, na transfusão anterior, o autocontrole tiver sido negativo e o atual é positivo; *6 3. Na suspeita de AHAI (anemia hemolítica autoimune) para avaliação da especificidade do
autoanticorpo e caracterização do subtipo; *2 4. Na investigação de doença hemolítica do recém-nascido: quando solicitado pelo médico e/ou
quando RN apresentar TAD positivo e a mãe for sabidamente aloimunizada; *2 *6 5. Para auxiliar a interpretação do painel de identificação de anticorpos quando auto-controle e
TAD são positivos; *6 6. Forte suspeita de hemólise imune ( auto ou alo ) , mesmo com TAD negativo. *6
NOTA: Quando houver requisição de transfusão vinda de unidades que não realizam identificação de anticorpo, ou quando a unidade requisitar a transfusão ao Hemocentro por dificuldade em identificar o anticorpo: *2 *3
1) Após identificar o anticorpo, é selecionada unidade de hemácias negativa para o respectivo antígeno e compatibilizada no hemocentro antes de encaminhar para a unidade requisitante. A unidade não irá rotulada e o serviço requisitante deve realizar a compatibilidade e confeccionar o cartão de transfusão. O teste incubado no Hemocentro terá apenas o objetivo de excluir incompatibilidade por anticorpo não identificado no painel (e CH antígeno positivo) ou até mesmo CH com TAD positivo que atrasaria a transfusão se fosse identificado apenas quando compatibilizado no serviço requisitante. *3
2) Tratando-se de estudos complexos com anticorpo ainda não identificado ou autoanticorpo, o Hemocentro deve comunicar os resultados até o momento do envio do CH para o serviço requisitante. Quando, devido à urgência do caso, o CH precisar ser enviado antes da conclusão dos testes, os resultados parciais até o momento serão comunicados, inclusive a compatibilidade com as hemácias selecionadas. As unidades não serão rotuladas e deverão
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ser compatibilizadas e rotuladas no serviço requisitante. No caso de teste incompatível, o médico do serviço requisitante ou médico assistente, conhecendo os resultados dos testes até o momento, decidirá sobre a liberação ou não da unidade conforme a gravidade do caso e assinará o termo de transfusão em situações especiais (conforme procedimento de cada serviço requisitante). *3
3) Nos casos complexos, principalmente na presença de autoanticorpo, será sempre que possível enviado CH fenótipo idêntico. *3
6.2 Testes para Transfusão de Plasma Fresco Congelado, Crioprecipitado e Concentrado de Plaquetas: - Realizar tipagem ABO direta e reversa (TEIH 1.1.1). - Fazer tipagem RhD (TEIH 1.3.1). - Fazer pesquisa de anticorpos irregulares (TEIH 1.5 ou TEIH 4.3). Se positivo, realizar a
identificação de anticorpos irregulares (TEIH 3.2 ou TEIH 4.5). Caso um paciente RhD negativo necessite receber plaquetas RhD positivas e apresente PAI positiva com Anti-D identificado, esse resultado deve ser comunicado ao médico pois o mesmo deverá decidir sobre a indicação ou não de Imunoglobulina Anti-D. Não é necessário terminar o PAI para liberar as bolsas para transfusão. *6
- Nas unidades onde o Laboratório de Imunohematologia realiza o descongelamento das bolsas, realizá-lo. *6
- Na primeira internação em que for solicitada transfusão, deverão ser realizadas fenotipagens ABO/RhD e PAI em duas amostras diferentes do paciente. Após isto, se o mesmo se mantiver internado, não será mais necessária, nessa internação, a realização dos testes descritos, podendo-se utilizar os resultados já cadastrados para novas transfusões. A fenotipagem ABO/RhD e PAI deverão ser repetidas sempre que uma nova internação ou solicitação de transfusão ambulatorial ocorrer.
- Registrar o número das bolsas destes hemocomponentes no Livro de Registro Pré-Transfusional.
6.3 Testes para Transfusão de Concentrados de Granulócitos:
- Todos os testes deverão ser realizados conforme item 6.1. - O teste de compatibilidade deverá ser realizado com uma amostra coletada no momento da
coleta da bolsa. Se necessária à realização do teste com amostra da extensão da bolsa, lavar 10 vezes as hemácias, pela possibilidade de resultados falso-positivos devido ao agente sedimentante utilizado na coleta.
OBSERVAÇÕES: - Nas AT Campus e UE: Os resultados dos testes Imuno-hematológicos deverão ser registrados
conforme POAG 002 (Registro de Resultados de Exames Imuno-hematológicos). - Todos os painéis de identificação de anticorpos deverão ser avaliados, assinados e datados
pelo responsável do setor (médico ou gerente). - Para a transfusão de doação autóloga, deverá ser realizado o mesmo procedimento da
transfusão alogênica. 6.4 Controle e Inspeção de Reagentes e Equipamentos:
- Todos os reagentes utilizados na rotina do Laboratório de Imunohematologia de paciente/receptor deverão ser registrados no Livro de Controle dos Lotes dos Reagentes do
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Paciente/Receptor (Anexo III), com o nome do fabricante, lote, validade, data inicial com o número da contra prova e responsável, data final com o número da contra prova e responsável, sempre que iniciar e finalizar o uso do reagente evidenciando a rastreabilidade do paciente/receptor com os reagentes utilizados.
- Diariamente os reagentes do Laboratório de Imunohematologia de Paciente/Receptor deverão ser inspecionados antes da liberação para uso e os resultados encontrados deverão ser registrados no impresso “Reagentes Inspecionados Antes da Liberação para Uso” (Anexo IV). Caso algum reagente apresentar alguma irregularidade no momento da inspeção, o mesmo deverá ser segregado e um relatório de não conformidade será aberto.
- As hemácias controles (AB positivo e O negativo) para inspeção diária dos reagentes utilizados na rotina deverão ficar armazenadas em conservante cell stab por 30 dias (solução a 5% pronta para uso). O soro/plasma controle (PAI positivo e negativo) deverá ser aliquotado e congelado. Cada alíquota para inspeção diária, uma vez descongelada, deve ser mantida sob-refrigeração (geladeira) sendo assim utilizada até seu fim, quando deverá ser descongelada nova alíquota. *1
- O soro/plasma (PAI positivo e negativo) e hemácias (AB positivo e O negativo) para realização de inspeção diária dos reagentes nas Unidades e ATs deverão ser enviados pelo laboratório de Imunohematologia do Hemocentro. *1
- Os Equipamentos Utilizados na Rotina do Laboratório de Imunohematologia de Paciente/Receptor deverão ser registrados diariamente evidenciando a rastreabilidade do paciente/receptor com os Equipamentos Utilizados na Rotina (Anexo V).
7. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Procedimentos operacionais da imuno-hematologia:
- P.O.I.H 001 –Tipagem ABO. - P.O.I.H 002 – Tipagem RhD. - P.O.I.H 003 – Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI). - P.O.I.H 004 – Tipagem de subgrupo A e AB. - P.O.I.H 005 – Determinação de fenótipo CDE. - P.O.I.H 006 – Coombs direto. - P.O.I.H 007 – Identificação de anticorpos irregulares (IAI). - P.O.I.H 014 – Teste de compatibilidade. - POAG 001 e POAG 002. - PO Módulo Agência. - TEIH 3.31 – Tratamento das Hemácias com DTT. *5 - TEIH 3.33 -Congelamento e descongelamento de hemácias em nitrogênio líquido *6 - TEIH 3.34- Técnica de inibição para pesquisa de anticorpos do sistema Chido/Rodgers *6
8. REGISTROS DA QUALIDADE ● FH 2.49 Ficha de Receptor. *5 ● Livro de Registro Pré-Transfusional. ● Autorização para Transfusão em S ituações E speciais. (Anexo II) ● Livro de Controle dos Lotes dos Reagentes do Paciente/Receptor. (Anexo III)
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● Reagentes Inspecionados Antes da Liberação para Uso. (Anexo IV) ● Equipamentos Utilizados na Rotina. (Anexo V)
Aprovação
Gerente do Laboratório de Imuno-Hematologia Data _____/_____/_____
Diretor Responsável Data _____/_____/_____
Implementação
Gestão da Qualidade Data _____/_____/_____
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ANEXO I
Tabela: Seleção de fenótipo ABO para transfusão de Concentrado de Plaquetas.
Fenótipo Concentrado de Plaquetas 1ª opção 2ª opção 3ª opção 4ª opção
A A AB B O B B AB A O
AB AB A B O O O B A AB
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ANEXO II *1 *4
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Fluxograma 1
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Fluxograma 2
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Fluxograma 3
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ANEXO III
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ANEXO IV *1