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1 Sumário Executivo de Caxias do Sul/RS

Sumário Executivo de Caxias do Sul/RS - Página Inicial ... · dos mais influentes do interior do Rio Grande do Sul, encontra-se na mesorregião do Nordeste Rio Grandense e na Microrregião

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Sumário Executivo de

Caxias do Sul/RS

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Sumário Sumário Executivo de .................................................................................................................................. 1

Caxias do Sul/RS ........................................................................................................................................... 1

Introdução ....................................................................................................................................................... 4

Vitórias e conquistas da reciclagem nos últimos anos. ............................................................. 4

Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidosno Brasil .................................................... 5

Benefícios da coleta seletiva ........................................................................................................... 5

Oportunidades em finanças e negócios sustentáveis na cadeia da reciclagem .............. 6

1) Município de Caxias do Sul/RS ...................................................................................................... 7

2) Mapa da Cidade- A mancha urbana pode ser vista no mapa a seguir: ......................... 7

3) Caracterização básica: ....................................................................................................................... 8

Análise dos Níveis de Eficiência das Organizações de Catadores: faturamento, quantidade comercializada, preços, assimetrias comerciais ............................................. 11

SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA AMOSTA .................................................................................... 11

As Unidades De Produção ............................................................................................................. 13

Eficiências Comparadas ................................................................................................................... 15

4) Linhas centrais da estratégia de intervenção do águaBrasil em Caxias do Sul/RS: . 21

Organizações parceiras ........................................................................................................................ 22

ESTRATÉGIA 1: ESTRUTURAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES .............................................................. 22

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 22

ESTRATÉGIA 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA ........................................ 22

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 22

ESTRATÉGIA 3: POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIOECONÔMICA ...................... 22

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 22

ESTRATÉGIA 4: ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ARCS ..................................... 23

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 23

ESTRATÉGIA 5: CAPACITAÇÃO .......................................................................................................... 23

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 23

ESTRATÉGIA 6: ORGANIZAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ............................................................... 23

RESULTADOS ATÉ 2013 ....................................................................................................................... 23

IMPACTOS ESPERADOS – 2 ANOS E 4 ANOS ............................................................................. 23

INDICADORES DE RESULTADOS DO PLANO DE AÇÃO (6 meses) ...................................... 24

3

BENEFICIÁRIOS - CRITÉRIOS ELEGÍVEIS E DE CONTINUIDADE ............................................ 24

6) Perspectiva de articulação com estratégia dos parceiros águaBrasil (BB e FBB):26

6) Alinhamento sobre GOVERNANÇA LOCAL DA INICIATIVA ÁGUA BRASIL-COMITE DE APOIO LOCAL – CAL – Funcionamento/governança ................................... 27

8) Parceiros e entidades .................................................................................................................. 28

9) Oportunidades e Potencialidades .......................................................................................... 30

10) Principais Entregas / Produtos .............................................................................................. 31

11) Próximos passos (atividades dos próximos 03 meses) .................................................... 31

12) Observações e complementos .................................................................................................. 31

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Introdução

O diagnóstico do município de CAXIAS DO SUL/RS, teve por objetivo levantar os principais problemas no campo da gestão, coleta e destino final dos resíduos sólidos gerados pelo município com vistas a subsidiar a WWF Brasil para propor a sociedade local, numa segunda etapa, ações integradas de consumo consciente, coleta seletiva e reciclagem, visando a melhoria da qualidade ambiental urbana da cidade e a geração de postos de trabalho e renda para setores excluídos da sociedade assentados numa perspectiva de sustentabilidade ambiental e desenvolvimento de eco-negócios.

A seguir contextualizamos o cenário institucional-legal, os campos de intervenção e as oportunidades em negócios e finanças sustentáveis na cadeia da reciclagem:

Vitórias e conquistas da reciclagem nos últimos anos.

Lei nº 12.305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Decreto n° 7.404/2010

Lei nº 11.445/2007 Saneamento Básico Decreto nº 7.217/2010

Lei nº 11.107/2005 Consórcios Públicos Decreto nº 6017/2007

Decreto nº 7.405/2010 Pró-Catador

Fonte: Adaptado de MMA/2011

2003 -Criação do Comitê Interministerial

2006 – Coleta Seletiva Solidária – Dec. 5940/06

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Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidosno Brasil

Benefícios da coleta seletiva R$ 1,4 bilhões a R$ 3,3 bilhões / ano; Com a reciclagem total do aço, alumínio, papel, plástico e vidro esse volume

poderia chegar a R$ 8 bilhões; Redução das emissões de gases de efeito estufa; Redução no consumo de energia; Redução na extração de recursos naturais (matéria prima).

Rua Lixão Catadores

Cooperados

Intermediário

Intermediário

Intermediário

$$

Geradores

Governos

S i d d Ci il

Movimento

Cooperativa Industrial

Campos de Intervenção

Parcerias com a Indústria

Política Pública

Organização dos Catadores

Fortalecimento das Cooperativas

ONGs, Igreja, FLICs AMOBs

Fo

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Oportunidades em finanças e negócios sustentáveis na cadeia da reciclagem

1. Bancarização, apoio não reembolsável e MPO (Crescer individual) para os catadores e suas organizações;

2. Conta da Cooperativa, MPO (Crescer Individual e Coletivo) e Capital de Giro para as Cooperativas;

3. Capital de Giro, MPO (Crescer Coletivo), crédito para equipamento para as Redes de comercialização e produção e fomento a empresas de reciclagem (INDÚSTRIA);

4. Financiamento das Prefeituras para as inversões necessárias para o cumprimento da PNRS;

5. Financiamento para os grandes geradores desenvolverem seus Planos de Gerenciamento de resíduos e se adequarem a PNRS , estimulando a integração com as organizações de catadores.

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1) Município de Caxias do Sul/RS Segundo fontes do Arquivo Histórico e Patrimonial de Caxias do Sul,este municipio é um dos mais influentes do interior do Rio Grande do Sul, encontra-se na mesorregião do Nordeste Rio Grandense e na Microrregião de Caxias do Sul. O município faz divisa ao norte com São Marcos, Campestre da Serra, Monte Alegre dos Campos, a sul com Vale Real, Nova Petrópolis, Gramado e Canela, a leste com São Francisco de Paula e a oeste com Flores da Cunha e Farroupilha. O mapa a seguir mostra a localização de Caxias do Sul e as cidades que fazem divisa com esta.

Mapa 1 – Localização do Município de Caxias do Sul – RS.

Fonte: Adaptado por Roberto M Pereira com base no I3GEO do MMA com Google Earth para Limites Municipais e Sedes Municipais do IBGE para Google Earth, 2011.

2) Mapa da Cidade- A mancha urbana pode ser vista no mapa a seguir:

Mapa 2 – Mancha Urbana de Caxias do Sul - RS

Fonte: Google Earth, 2011.

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De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2010, Caxias do Sul possuía população residente de 435.564 pessoas, sendo 213.612 homens e 221.952 mulheres o que representa respectivamente 49,04% e 50,96%. O número de domicílios recenseados foi de 162.342, o que dá uma média de 2,68 moradores por domicílio. O município tinha 279761eleitores nas Eleições de 2006.

3) Caracterização básica:

“Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul – CODECA

A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (CODECA) foi fundada nos anos 70. A Lei Municipal nº 2192, em 29 de outubro de 1974, autorizou o Poder Executivo a constituir a Companhia. A criação foi formalizada dia 15 de março de 1975. A empresa atua nas áreas de limpeza urbana (coleta, varrição e capina), pavimentação e obras. O quadro funcional é de 1.058 pessoas.

Catadores e Carroceiros: Perfil das Cooperativas de Catadores visitadas nos município

Quadro Geral

Nome da Cooperativa/Ass

ociação

Nº de Coop/Ass

oc

Como faz a captação do

material?

Infra-estrutura existente

Quantidade de material comercializa

do

Renda Média mensal

por associado

Associação de Recicladores de Caxias do Sul -

ARCS

193 Recebe o material

triado das outras 12

associações parceiras.

Pavilhão com refeitório,

banheiro, sala de reuniões,

empilhadeira, moinho,

máquina de processamento de plástico

duro, máquina de

plástico mole.

351,565 toneladas/mê

s

R$ 800,00

Associação de recicladores interbairros

16 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio,

esteira de 12 metros e um elevador de

carga

55 toneladas/mê

s

R$ 940,00

9

Associação de recicladores Carroceiros

Aeroporto - ARCA

25 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, duas prensas, uma esteira de 6 metros e um elevador de

carga.

35 toneladas/mê

s

R$ 750,00

Associação de Recicladores do Monte Carmelo

15 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Uma prensa e uma balança de 500 kg.

31 toneladas/mê

s

R$ 700,00

Associação de Recicladores do

Serrano

27 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, quatro

prensas, três carrinhos de transporte, uma esteira 12 metros, uma esteira de carga e

uma balança 1000 kg.

75 toneladas/mê

s

R$ 1.200,00

Associação de Recicladores Vida

Nova Fátima

14 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, duas prensas, um carrinho de transporte,

um elevador de carga e uma esteira 12 metros.

20 toneladas/mê

s

R$ 380,00

Associação de Recicladores

Novo Amanhã

7 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, duas prensas, um

carrinho para transporte,

um elevador de fardo e

uma esteira transportador

a.

12 toneladas/mê

s

R$ 800,00

10

Associação de Recicladores do

Reolon

15 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, três prensas, um elevador de carga, e uma esteira de 12

metros.

25 toneladas/mê

s

R$ 650,00

ARTEL 9 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio.

11,815 toneladas/mê

s

R$ 550,00

Associação Gaúcha de

Recicladores de Caxias do Sul

14 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, uma prensa e uma

balança.

15 toneladas/mê

s

R$ 550,00

Associação de Recicladores

Kauani

8 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Uma prensa e uma esteira

transportadora.

11,9 toneladas/mê

s

R$ 250,00

Cooperativa de Recicladores

Clean

23 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Sede própria e três

prensas.

35 toneladas/mê

s

R$ 750,00

Associação de Recicladores do

Consolação

12 Recebe o material

coletado nos containers de lixo seletivo da CODECA

Galpão próprio, duas

prensas e uma esteira 10 metros.

25 toneladas/mê

s

R$ 650,00

O documento “Levantamento do Perfil Socioeconômico dos recicladores, gestores/tesoureiros conveniados e amostra com os catadores de Caxias do Sul” realizado entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012 pela Prefeitura Municipal de Caxias e Universidade de Caxias do Sul junto aos cooperados das organizações de catadores do município revelou o seguinte quadro:

a) 42% dos gestores possuem entre 41 e 59 anos , 41% entre 22 e 40 anos e 17% acima de 60 anos.

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b) 33% dos gestores possui um nível de escolaridade que va da 5ª a 8ª série incompleto, 25% possui o ensino médio completo, 17% cursou até a 4ª série incompleta do ensino fundamental e 25% possui a 4ª seria completa do ensino fundamental .

Análise dos Níveis de Eficiência das Organizações de Catadores: faturamento, quantidade comercializada, preços, assimetrias comerciais

Essa análise dos dados primários coletados junto a cooperativas, associações e outras constituições coletivas de catadores de materiais recicláveis na cidade gaúcha de Caxias do Sul. O escopo do trabalho, materializado neste relatório, é a apresentação do contexto local em que ocorre a atividade de catação de recicláveis, com foco nas organizações coletivas enquanto unidades de produção.

A pesquisa contribui para o debate acerca dos caminhos para a inclusão social e econômica dos catadores à medida que amplia e atualiza o conhecimento acerca da atuação destes agentes, suas condições de operação, grau de organização e produtividades física e econômica, dado o contexto local. Ademais, tais variáveis são tomadas em comparação com o um conjunto mais amplo de unidades de produção, investigado em outras oportunidades por instituições de pesquisa como o PANGEA/UFBA.

A metodologia de trabalho envolveu o levantamento direto de dados em organizações coletivas de catadores, doravante apenas unidades de produção. A aplicação dos questionários foi realizada no decorrer do mês de julho de 2011 e representa uma amostra de 10 unidades que reúnem, ao todo, 177 catadores, e recuperam para o sistema produtivo mais de 318 toneladas de materiais descartados nos resíduos sólidos urbanos todos os meses.

Além do esforço de sistematização dos dados coletados em pesquisa primária, são apresentadas as primeiras estimativas dos recicláveis presentes nos resíduos sólidos urbanos dos municípios em que estas unidades se localizam. Tal informação somada ao mapeamento dos principais trajetos e identificação dos modais de transporte existentes para o escoamento da produção de recicláveis é fundamental para o dimensionamento logístico da atividade de catação, bem como para a eventual organização das unidades em redes de comercialização de recicláveis.

SOBRE A CONSTITUIÇÃO DA AMOSTA

Em virtude do elevado grau de informalidade, das altas taxas de mortalidade das unidades de produção e do caráter ainda incipiente do conhecimento acadêmico ou

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prático em torno das dessas organizações, fatores que dificultam o mapeamento de seu universo, optou-se aqui pela amostragem intencional.

Deste modo, a seleção das unidades pesquisadas obedeceu a um processo de amostragem estratificada não-aleatória, de modo a promover a inter-relação e complementaridade destes dados com o conjunto de informações já disponíveis. Sobre a escolha do processo de amostragem são válidas as seguintes observações:

i) A escolha do processo de amostragem resulta da busca de uma distribuição territorial e dimensional – quanto ao tamanho das unidades pesquisadas – razoavelmente proporcional em relação ao Universo presumido;

ii) O prazo disponível para a realização do trabalho de campo e redação do relatório final impôs a limitação da amostra às 10 unidades pesquisadas;

iii) Existem organizações de catadores que possuem várias unidades operacionais – de forma geograficamente dispersas – funcionando com variáveis graus de autonomia, muitas vezes elevado. Para os efeitos deste trabalho, cada unidade foi singularizada, de maneira a ser ela própria caracterizada individualmente. Isto visou captar o grau de heterogeneidade existente entre “matriz” e unidades “periféricas”, que, de resto, é aparente em um grande número de casos. Deve, entretanto, ficar claro que alguma externalidade positiva dessa relação passa a não ser captada – sem prejuízo para os objetivos deste trabalho;

iv) A estratificação da amostra levou em conta:

• os portes relativos das unidades;

• as eficiências diferenciais das unidades, evidenciadas pelos seus estágios de organização;

• os volumes físicos de equipamentos das unidades, de forma a preservar a diversidade na amostra;

• a sua localização espacial;

• a presença ou não de entidades mantenedoras, incubadoras ou financiadoras, de forma a obter a necessária heterogeneidade;

v) Os dados foram obtidos via preenchimento direto de questionários em entrevistas locais, complementadas pelo envio eletrônico de dados adicionais. Algumas unidades chegaram a ser visitadas duas vezes, outras também foram contatadas por telefone.

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As Unidades De Produção Aplicado o procedimento de desindentificação das organizações coletivas, abaixo segue a lista das unidades de produção segundo a produção mensal física, em valores monetários e o número de catadores. São válidas as convenções:

a) NÚMERO DE CATADORES: Indica o número de catadores efetivamente declarados em atividade – formalizados, ou não – pelas administrações das unidades de catadores;

b) PRODUÇÃO Kg: Representa a magnitude - em peso - média do volume mensal de material reciclado efetivamente recolhido, triado, enfardado e comercializado pelas respectivas unidades de catadores;

c) VALOR DA PRODUÇÃO R$: Representa o valor obtido pela venda média do volume mensal de material reciclado efetivamente recolhido, triado, enfardado e comercializado pelas respectivas unidades de catadores;

TABELA – PRODUÇÃO FÍSICA MENSAL EM Kg, VALOR DA PRODUÇÃO COMERCIALIZADA MENSAL E NÚMERO DE CATADORES, 20111.

CÓDIGO PRODUÇÃO KG VALOR DA PRODUÇÃO

Nº CATADORES

UNID 8 102200 R$ 37.885,00 39 UNID 5 57847 R$ 18.554,90 28 UNID 9 23305 R$ 9.586,00 24 UNID 4 18415 R$ 8.625,50 16 UNID 3 34169 R$ 12.904,56 15 UNID 1 11938 R$ 7.937,40 14 UNID 6 35390 R$ 11.233,00 14 UNID 7 13048 R$ 5.296,79 14 UNID 10 14435 R$ 4.364,00 7 UNID 2 7900 R$ 3.570,50 6 TOTAL 318.647 R$ 119.957,65 177 FONTE: Dados primários de pesquisa direta – BAINEMA (2011)

As medidas de concentração aplicadas a estes dados dão conta de que, em média, uma unidade possui 17,7 catadores e recupera 31.864,70 Kg’s de materiais recicláveis, o valor obtido com a comercialização dessa produção gira em torno de R$ 11.995,77.

Conforme esperado, há grande variação entre as unidades, refletindo a heterogeneidade característica deste segmento econômico. A razão entre os desvios-padrão e as médias das variáveis citadas, ou seja, o coeficiente de variação denota que, 1 Naturalmente o número de identificação das unidades de produção foi atribuído de modo aleatório, assim, a tabela não corresponde à disposição das cooperativas em ordem alfabética ou qualquer outro critério comumente discernível.

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para o número de catadores os desvios atingem em torno de 57% da média, para a produção mensal alcançam 91% da média, e para o valor comercializado 84% da média. Um modo mais claro de visualizar a questão é através da contraposição d o número de catadores à produção física por catador e valor da produção comercializada por catador.

VALORES PER CAPITA DA PRODUÇÃO MÉDIA MENSAL EM KG/mês E NÚMERO DE CATADORES

FONTE: Elaboração própria, 2011.

No gráfico acima as unidades estão dispostas em ordem decrescente do número de catadores, o que de imediato revela a inexistência de uma relação causal direta entre o número de catadores e a produção per capita. Assim, a relação mais geral entre eficiência e tamanho das unidades produtivas irá requerer algumas qualificações.

O GRÁFICO em seguida traz o número de catadores vis-à-vis o valor per capita obtido através da comercialização dos materiais recicláveis. Uma vez mais o padrão exibido descarta a relação imediata entre o tamanho da unidade de produção e sua eficiência.

GRÁFICO - VALORES PER CAPITA DA PRODUÇÃO MÉDIA MENSAL COMERCIALIZADA, EM R$/mês, E NÚMERO DE CATADORES

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

UNID8

UNID5

UNID9

UNID4

UNID3

UNID1

UNID6

UNID7

UNID10

UNID2

Nº CATADORES KG/CATADOR

15

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Na cidade de Caxias do Sul as unidades de produção pesquisadas são em sua maioria de tamanho pequeno, com até 30 catadores.

Eficiências Comparadas

A divisão das unidades de produção de recicláveis por tamanho segundo o número de catadores não conduz a um melhor entendimento do desempenho do conjunto amostrado. Uma alternativa a este tratamento, bastante exploradas em trabalhos anteriores do MNCR é a classificação conforme os critérios de eficiência física e eficiência econômica, quais sejam:

Eficiência física: definida pela relação entre a produção total de cada unidade, em Kg por mês de materiais recicláveis recuperados, e o número de catadores de cada unidade.

Eficiência econômica: definida pela relação entre a receita total mensal obtida com a comercialização dos materiais recicláveis e o número de catadores de cada unidade.

Em um mercado idealizado, dado o conjunto de preços de equilíbrio entre oferta e demanda, a eficiência econômica é tão somente a contrapartida monetária da produção física, e neste caso os critérios de eficiência são coincidentes. Todavia, do dia-a-dia dos mercados, os ganhos com a venda de recicláveis podem variar muito e respondem às condições específicas de comercialização de cada unidade produtiva, como o poder de barganha, ganhos de escala, condições e prazos de pagamento, etc.

Em Caxias do Sul não apenas há grande variação dos preços de comercialização dos recicláveis, como também há grande variação nos tipos de materiais recuperados em

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

UNID 8 UNID 5 UNID 9 UNID 4 UNID 3 UNID 1 UNID 6 UNID 7 UNID10

UNID 2

Nº CATADORES R$/CATADOR

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cada unidade de produtiva, como será visto posteriormente. Abaixo a TABELA apresenta os preços máximos e mínimos de alguns materiais selecionados.

TABELA - PREÇOS MÁXIMOS, MÍNIMOS E VARIAÇÃO PERCENTUAL, MATERIAIS SELECIONADOS, CAXIAS DO SUL, 2011.

Material Preço Máximo Preço Mínimo Variação

PET R$ 1,25 R$ 0,80 56% PVC R$ 0,35 R$ 0,12 192% PEAD R$ 0,90 R$ 0,45 100% PET óleo R$ 0,70 R$ 0,08 775% PP R$ 1,35 R$ 0,30 350% FONTE: Elaboração própria, 2011.

A distribuição das unidades produtivas entre os dois critérios de eficiência também ilustra a grande variação dos casos enquanto aponta a esperada correlação entre os indicadores.

GRÁFICO – DISPERSÃO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO ENTRE AS EFICIÊNCIAS FÍSICA (RS PER CAPITA) E ECONÔMICA (KG PER CAPITA)

FONTE: Dados primários de pesquisa direta – BAINEMA (2011)

O tamanho da amostra impossibilita a classificação das unidades de produção por degraus de eficiência através da Análise Discriminante, conforme elaborado em trabalhos da BAINEMA. Deste modo, foi feita a opção pela comparação das eficiências das unidades de produção de Caxias do Sul, individualizadas e em conjunto, com os

R$ 0,00

R$ 200,00

R$ 400,00

R$ 600,00

R$ 800,00

R$ 1.000,00

R$ 1.200,00

- 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00

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resultados obtidos em pesquisas anteriores do MNCR para 83 unidades espalhadas pelo Brasil, reunidos em Damásio (2010).

A TABELA a seguir apresenta as eficiências calculadas para a amostra de Caxias do Sul.

TABELA – EFICIÊNCIAS FÍSICAS E ECONÔMICAS DAS UNIDADES DA AMOSTRA DE CAXIAS DO SUL, 2011.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Nas unidades de produção amostradas os materiais recuperados per capita alcançam cerca de 1.800 Kg de por mês, o que implica uma receita per capita de vendas de R$ 677, 73. Outra vez, há grande variação entre as unidades, tanto em termos da produtividade física quanto da econômica.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

CÓDIGO Nº CATADORES KG/CATADOR R$/CATADOR

UNID 2 6 1.316,67 R$ 595,08UNID 10 7 2.062,14 R$ 623,43UNID 1 14 852,71 R$ 566,96UNID 6 14 2.527,86 R$ 802,36UNID 7 14 932,00 R$ 378,34UNID 3 15 2.277,93 R$ 860,30UNID 4 16 1.150,94 R$ 539,09UNID 9 24 971,04 R$ 399,42UNID 5 28 2.065,96 R$ 662,68UNID 8 39 2.620,51 R$ 971,41TOTAL 177 1.800,27 R$ 677,73

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QUADRO – EFICIÊNCIAS ECONÔMICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE CAXIAS DO SUL, 2011, 2 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Conforme esperado, há grande variação entre as eficiências econômicas das unidades de produção, em geral, e também em cada tipo de material. Os coeficientes de variação da produção per capita de cada material estão sempre acima de 50% das respectivas médias. Na maior parte das unidades, o plástico total é o reciclável que mais contribui para a receita de vendas per capita. Evidentemente a receita de vendas não se confunde com a maior rentabilidade, que deve ser apurada deduzida dos custos de produção.

O QUADRO a seguir revela as eficiências físicas per capita e suas estatísticas descritivas para o conjunto de dados amostrado.

UNIDADE 8 UNIDADE 9 UNIDADE 10PRODUÇÃO

MÁXIMA PER CAPITA

PRODUÇÃO MÍNIMA PER

CAPITA

RAZÃO PRODUÇÃO MÁX/MÍN

MÉDIA SIMPLES DA

PROD/CATADOR

DESVIO PADRÃO

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

R$ 19,49 R$ 4,50 R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 4,50 11,11 R$ 25,58 20,27 0,79R$ 32,31 R$ 10,00 R$ 32,00 R$ 92,76 R$ 10,00 9,28 R$ 34,52 29,69 0,86R$ 67,44 R$ 45,00 R$ 34,29 R$ 189,00 R$ 23,14 8,17 R$ 65,11 58,33 0,90

R$ 13,13 R$ 17,14 R$ 18,21 R$ 6,79 2,68 R$ 12,74 6,51 0,51R$ 67,44 R$ 58,13 R$ 51,43 R$ 189,00 R$ 29,93 6,32 R$ 73,07 55,98 0,77R$ 40,38 R$ 30,00 R$ 21,43 R$ 57,14 R$ 2,89 19,79 R$ 29,80 17,88 0,60R$ 51,28 R$ 25,00 R$ 17,14 R$ 51,28 R$ 17,14 2,99 R$ 33,36 19,93 0,60

R$ 138,46 R$ 75,00 R$ 142,86 R$ 395,36 R$ 31,07 12,72 R$ 149,41 107,37 0,72R$ 3,62 R$ 3,62 1,00 R$ 3,62

R$ 4,50 R$ 17,14 R$ 90,59 R$ 3,04 29,84 R$ 25,85 37,18 1,44R$ 230,13 R$ 134,50 R$ 198,57 R$ 398,24 R$ 54,11 7,36 R$ 202,86 109,21 0,54R$ 153,08 R$ 97,92 R$ 114,29 R$ 218,43 R$ 28,65 7,62 R$ 131,88 68,01 0,52R$ 256,41 R$ 54,21 R$ 105,71 R$ 256,41 R$ 20,21 12,68 R$ 86,03 73,18 0,85

R$ 1,71 R$ 1,71 1,00 R$ 1,71R$ 15,38 R$ 29,42 R$ 17,14 R$ 179,58 R$ 9,11 19,72 R$ 45,87 55,00 1,20

R$ 0,21 R$ 0,21 1,00 0,15R$ 5,13 R$ 6,56 R$ 0,77 8,51 R$ 3,59 2,99 0,83

R$ 161,54 R$ 45,71 R$ 163,42 R$ 18,61 8,78 R$ 91,71 69,46 0,76R$ 591,54 R$ 181,54 R$ 282,86 R$ 591,54 R$ 78,71 7,52 R$ 325,59 192,93 0,59

R$ 6,15 R$ 4,50 R$ 8,57 R$ 27,44 R$ 3,43 8,00 R$ 11,42 9,32 0,82ND ND ND ND ND ND ND ND NDND ND ND ND ND ND ND ND ND

R$ 24,36 R$ 6,25 R$ 33,93 R$ 4,57 7,42 R$ 17,28 14,57 0,84R$ 971,41 R$ 399,42 R$ 623,43 R$ 971,41 R$ 378,34 2,57 R$ 639,91 270,01 0,42

19

QUADRO – EFICIÊNCIAS FÍSICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE CAXIAS DO SUL, 2011, 1 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

QUADRO 5 – EFICIÊNCIAS FÍSICAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DA AMOSTRA DE CAXIAS DO SUL, 2011, 2 – 2.

FONTE: Elaboração própria, 2011.

Em termos da produtividade física per capita, tomada pelo peso em KG dos materiais recuperados, a categoria papel total contribui mais fortemente que os demais recicláveis para a produção. Há que se observar contudo que a logística de coleta de recicláveis envolve mais considerações do que apenas o peso total dos resíduos,

10 UNIDADES E 177 CATADORES. AMOSTRA CAXIAS DO SUL, 2011

UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6 UNIDADE 7

VIDRO TOTAL 35,71 137,36FERRO E AÇO TOTAL 187,50 618,39 178,57 178,57ALUMÍNIO TOTAL 70,00 15,00 35,36 12,86 16,07 Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL 0,94 0,71 2,14METAIS NÃO FERROSOS TOTAL 70,00 15,94 35,36 13,57 18,21PAPEL BRANCO TOTAL 83,33 106,93 87,50 8,25 664,29 200,00 PAPEL MISTO TOTAL 333,33PAPELÃO I TOTAL 610,71 325,00 578,67 237,50 1.317,86 678,57 107,14PAPELÃO II TOTAL 30,13Jornal/Revista TOTAL 754,93 175,00 17,86PAPEL E PAPELÃO TOTAL 610,71 741,67 1.470,67 500,00 1.326,11 1.342,86 325,00PET TOTAL 142,86 150,00 209,07 78,13 25,57 371,43 160,71PEAD TOTAL 29,14 50,00 118,40 74,38 21,82 71,43PEBD TOTAL 28,57PP TOTAL 225,00 33,60 76,25 7,93 57,14 16,43PS TOTAL 2,14PVC TOTAL 18,75 5,46 6,43PLÁSTICO MISTO TOTAL 100,00 263,27 137,50 18,61 285,71 60,71PLÁSTICO TOTAL 172,00 525,00 624,33 385,00 81,54 814,29 244,29TETRAPACK 50,00 182,93 62,50 107,14 28,57CAIXA DE OVO ND ND ND ND ND ND NDÓLEO DE COZINHA ND ND ND ND ND ND NDOUTROS MATERIAIS 4,57 35,71 TOTAL 852,71 1.316,67 2.277,93 1.150,94 2.065,96 2.527,86 932,00

UNIDADE 8 UNIDADE 9 UNIDADE 10PRODUÇÃO

MÁXIMA PER CAPITA

PRODUÇÃO MÍNIMA PER

CAPITA

RAZÃO PRODUÇÃO MÁX/MÍN

MÉDIA SIMPLES DA

PROD/CATADOR

DESVIO PADRÃO

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

256,41 29,17 357,14 357,14 29,17 12,24 163,16 142,47 0,87230,77 83,33 228,57 618,39 83,33 7,42 243,67 172,31 0,7128,21 20,00 17,14 70,00 12,86 5,44 26,83 19,01 0,71

1,46 2,14 2,14 0,71 3,00 1,48 0,66 0,4528,21 21,46 19,29 70,00 13,57 5,16 27,75 18,46 0,67

115,38 83,33 71,43 664,29 8,25 80,52 157,83 196,39 1,24641,03 250,00 142,86 641,03 142,86 4,49 341,80 214,18 0,63512,82 250,00 571,43 1.317,86 107,14 12,30 518,97 339,49 0,65

30,13 30,13 1,00 30,13 ND ND37,50 142,86 754,93 17,86 42,28 225,63 303,37 1,34

1.269,23 620,83 928,57 1.470,67 325,00 4,53 913,56 410,42 0,45130,77 83,33 142,86 371,43 25,57 14,53 149,47 93,21 0,62282,05 52,50 157,14 282,05 21,82 12,93 95,21 82,08 0,86

28,57 28,57 1,00 28,57 ND ND51,28 40,83 42,86 225,00 7,93 28,38 61,26 64,74 1,06

2,14 2,14 1,00 2,14 ND ND25,64 25,64 5,46 4,69 14,07 9,80 0,70

243,59 128,57 285,71 18,61 15,36 154,75 98,69 0,64733,33 176,67 471,43 814,29 81,54 9,99 422,79 253,06 0,6076,92 37,50 57,14 182,93 28,57 6,40 75,34 49,78 0,66ND ND ND ND ND ND ND ND NDND ND ND ND ND ND ND ND ND

25,64 2,08 35,71 2,08 17,14 17,00 16,35 0,962.620,51 971,04 2.062,14 2.620,51 852,71 3,07 1.677,78 700,35 0,42

20

também o volume desses materiais é fundamental na determinação dos custos implicados na recuperação de recicláveis.

As médias por materiais das produtividades física e econômica per capita das unidades de produção de Caxias são agora comparadas às médias per capita das unidades investigadas em Damásio (2010). O QUADRO em seguida traz estes dados.

QUADRO– EFICIÊNCIAS FÍSICAS COMPARADAS, KG/CATADOR – AMOSTRA CAXIAS DO SUL E AMOSTRA BRASIL.

FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Caxias do Sul, 2011.

No QUADRO acima estão destacados em azul os materiais em que a produção média per capita das unidades de Caxias do Sul supera a produção média per capita da amostra Brasil em qualquer nível de eficiência. Em vermelho estão os materiais para os quais as unidades gaúchas têm menor produção per capita que o mais baixo indicador da amostra Brasil.

10 UNIDADES AMOSTRA CAXIAS DO SUL ; 83 UNIDADES AMOSTRA

BRASIL

AMOSTRA CAXIAS DO

SUL

AMOSTRA BRASIL ALTA EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL MÉDIA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL BAIXA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA FÍSICA KG/CAT KG/CAT KG/CAT KG/CAT KG/CATVIDRO TOTAL 163,16 483,80 298,30 176,40 57,00FERRO E AÇO TOTAL 243,67 343,90 190,40 103,00 43,30ALUMÍNIO TOTAL 26,83 14,80 16,50 10,30 5,10Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL 1,48 5,40 10,80 11,40 6,10METAIS NÃO FERROSOS TOTAL 27,75 19,50 23,10 19,20 7,30PAPEL BRANCO TOTAL 157,83 181,20 226,30 118,50 35,30PAPEL MISTO TOTAL 341,80 239,70 93,70 119,60 50,30PAPELÃO I TOTAL 518,97 410,10 260,90 239,30 90,30PAPELÃO II TOTAL 30,13 248,30 585,60 87,50 31,80Jornal/Revista TOTAL 225,63 295,40 179,70 75,20 35,80PAPEL E PAPELÃO TOTAL 913,56 1.115,30 807,30 467,50 162,00PET TOTAL 149,47 140,40 101,40 63,10 28,00PEAD TOTAL 95,21 90,20 43,00 26,60 10,60PEBD TOTAL 28,57 110,60 75,20 83,30 29,20PP TOTAL 61,26 42,70 58,10 29,10 4,90PS TOTAL 2,14 11,20 15,50 7,90 5,10PVC TOTAL 14,07 31,60 42,60 16,30 11,10PLÁSTICO MISTO TOTAL 154,75 119,20 236,20 114,80 33,60PLÁSTICO TOTAL 422,79 411,90 403,60 246,20 74,70TETRAPACK 75,34 44,50 41,10 30,10 9,50CAIXA DE OVO ND 4,50 13,90 58,20 3,50ÓLEO DE COZINHA ND 33,10 70,10 6,90 15,10OUTROS MATERIAIS 17,00 4,60 12,80 4,80 2,20 TOTAL 1.677,78 2.311,90 1.592,10 957,90 304,00

21

FONTE: Elaboração própria a partir de Damásio (2010) e pesquisa direta nas unidades de Caxias do Sul, 2011.

4) Linhas centrais da estratégia de intervenção do águaBrasil em Caxias do Sul/RS:

O plano de ação de Caxias do Sul está estruturado da seguinte forma:

I. Estratégias, resultados e eixos de ação

1. Estruturação das associações

2. Estratégias de comercialização e venda

3. Políticas públicas de inclusão socioeconômica

4. Organização e desenvolvimento de ARCS

5. Capacitação

6. Organização das associações

II. Impactos esperados

III. Indicadores

IV. Beneficiários

V. Governança local

10 UNIDADES AMOSTRA CAXIAS DO SUL ; 83 UNIDADES AMOSTRA

BRASIL

AMOSTRA CAXIAS DO

SUL

AMOSTRA BRASIL ALTA EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL MÉDIA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL BAIXA

EFICIÊNCIA

AMOSTRA BRASIL

BAIXÍSSIMA EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA ECONÔMICA R$/CAT R$/CAT R$/CAT R$/CAT R$/CATVIDRO TOTAL R$ 25,58 R$ 65,36 R$ 30,07 R$ 14,00 R$ 3,42FERRO E AÇO TOTAL R$ 34,52 R$ 104,50 R$ 39,99 R$ 24,56 R$ 12,38ALUMÍNIO TOTAL R$ 65,11 R$ 50,28 R$ 47,57 R$ 28,39 R$ 14,87Outros Metais ñ Ferrosos TOTAL R$ 12,74 R$ 34,28 R$ 45,14 R$ 11,62 R$ 56,15METAIS NÃO FERROSOS TOTAL R$ 73,07 R$ 80,08 R$ 67,15 R$ 33,31 R$ 28,77PAPEL BRANCO TOTAL R$ 29,80 R$ 78,28 R$ 76,64 R$ 43,06 R$ 16,40PAPEL MISTO TOTAL R$ 33,36 R$ 44,31 R$ 14,89 R$ 18,98 R$ 6,71PAPELÃO I TOTAL R$ 149,41 R$ 113,54 R$ 60,47 R$ 55,54 R$ 23,50PAPELÃO II TOTAL R$ 3,62 R$ 49,83 R$ 100,97 R$ 21,27 R$ 8,52Jornal/Revista TOTAL R$ 25,85 R$ 46,26 R$ 26,99 R$ 10,44 R$ 4,09PAPEL E PAPELÃO TOTAL R$ 202,86 R$ 275,46 R$ 183,68 R$ 109,17 R$ 38,98PET TOTAL R$ 131,88 R$ 145,93 R$ 69,00 R$ 50,85 R$ 23,79PEAD TOTAL R$ 86,03 R$ 80,91 R$ 34,73 R$ 18,17 R$ 6,04PEBD TOTAL R$ 1,71 R$ 75,83 R$ 37,73 R$ 42,76 R$ 17,95PP TOTAL R$ 45,87 R$ 38,52 R$ 30,73 R$ 14,34 R$ 2,92PS TOTAL R$ 0,21 R$ 4,48 R$ 16,99 R$ 3,51 R$ 1,56PVC TOTAL R$ 3,59 R$ 15,96 R$ 14,10 R$ 10,67 R$ 0,35PLÁSTICO MISTO TOTAL R$ 91,71 R$ 65,45 R$ 78,86 R$ 54,92 R$ 13,45PLÁSTICO TOTAL R$ 325,59 R$ 336,70 R$ 191,95 R$ 138,42 R$ 43,98TETRAPACK R$ 11,42 R$ 9,16 R$ 7,43 R$ 6,31 R$ 1,92CAIXA DE OVO ND R$ 0,59 R$ 1,07 R$ 8,25 R$ 0,49ÓLEO DE COZINHA ND R$ 33,08 R$ 29,72 R$ 5,09 R$ 14,41OUTROS MATERIAIS R$ 17,28 R$ 6,45 R$ 7,63 R$ 3,10 R$ 3,47 TOTAL R$ 639,91 R$ 855,60 R$ 504,55 R$ 309,37 R$ 115,52

22

Organizações parceiras

ARBOM Associação Gaúcha SDE Assistente social Diretor SDE WWF-Brasil UCS Secretário SDETE e Comitê CPR DRS Banco do Brasil Secretaria de Meio Ambiente

ESTRATÉGIA 1: ESTRUTURAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES

RESULTADOS ATÉ 2013 1. Mais produtividade e maior satisfação de um modo geral

2. Todas as Reciclagens equipadas (2 anos)

3. Todas as Reciclagens com prédio próprio (4 anos)

ESTRATÉGIA 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA

RESULTADOS ATÉ 2013 1. Materiais com maior valor

2. Informações de valores e padrões compartilhados entre as Associações

3. Definição e acordo do que será vendido em conjunto e quem são os bons

clientes

ESTRATÉGIA 3: POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIOECONÔMICA

RESULTADOS ATÉ 2013 1. Nenhum reciclador analfabeto

2. Código de Limpeza Urbana do Município elaborado

3. Dispensa de licença ambiental para as Reciclagens

4. Fundo Municipal para projetos das Reciclagens criado

5. Campanha Educativa integrada entre secretarias

6. Material separado sem rejeitos

23

7. Acordo com a RGE (linha de projetos de responsabilidade social) sobre a

isenção/redução das tarifas para as Reciclagens

ESTRATÉGIA 4: ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ARCS

RESULTADOS ATÉ 2013 1. ARCS legalizada financeiramente e juridicamente

2. Todas as Associações participando ativamente da ARCS

3. ARCS visível e compreendida pelos Associados

4. Política de comunicação e troca de informação entre as Associações

estabelecida

5. Critérios de inclusão e direito para atuar no ramo

6. Problemas e decisões compartilhados com os associados, diretoria e

demais envolvidos

ESTRATÉGIA 5: CAPACITAÇÃO

RESULTADOS ATÉ 2013 1. Conhecimento dos direitos e deveres para maior participação

2. Associações praticando o estatuto e regimento

3. Melhor qualidade na triagem, produção e logística

4. Mais pessoas com habilidades para exercer cargos de diretoria

ESTRATÉGIA 6: ORGANIZAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES

RESULTADOS ATÉ 2013 1. Sistema de garantia de direitos assegurado

2. Partilha com maior valor (conhecer a realidade de cada Associação e o

porque existe tantas diferença em relação à partilha e número de

associados)

3. Produção eficaz

4. Credibilidade das recicladoras frente a sociedade e uma melhor adesão à

coleta seletiva

5. Planejamento de cada Associação elaborado participativamente

6. Grupos com talão de notas e recibos para comercialização (buscar

informação)

IMPACTOS ESPERADOS – 2 ANOS E 4 ANOS

24

300 Recicladores

Redução do material seletivo no aterro, aumento do índice de reciclagem

Incorporar resíduos dos grandes geradores

Pagamento da previdência

Agregar valor ao produto

Catadores de rua saírem da informalidade

Redução da rotatividade nas reciclagens

Rede de educação ambiental do município implementada com foco único

(definir resultados concretos da EA)

INDICADORES DE RESULTADOS DO PLANO DE AÇÃO (6 meses)

INDICADOR INSTRUMENTO DE VERIFICAÇÃO

1. Unidades das Associações Reuniões = pautas e listas de presença

2. Melhora da Partilha Levantamento produtivo

3. Concretização do Projeto Água

Brasil

Chegada dos apoios: equipamentos e

assessoria

4. Aumento do Número de

Associados

Levantamento: Número sócios hoje/daqui 1 ano

Planejamento: plano de metas/Associação

5. Adesão dos Associados Listas de presenças por atividades

6. Associação nas ARCS Número de reuniões, pautas e listas de

presenças

BENEFICIÁRIOS - CRITÉRIOS ELEGÍVEIS E DE CONTINUIDADE

1. Associação: definir a contrapartida

2. Compromisso: participação continuada

3. Documentação legal ou compromisso com tempo determinado para

regularizar

4. Garantia de pagamento de INSS: tempo X regularizar

5. Número mínimo de pessoas (10 - 16) = compromisso de ampliar X

tempo (levantamento causas)

25

5) Perspectiva de articulação da estratégia de intervenção com políticas públicas: A Política Nacional de Resíduos Sólidos tem como objetivo promover os seguintes aspectos:

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Articulação entre as diversas esferas públicas e setores Integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações Não geração, redução, reutilização, reciclagem, e tratamento de resíduos sólidos Padrões sustentáveis de produção e consumo Proteção da saúde pública e qualidade ambiental Seguindo as orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os Planos de Coleta Seletiva, Consumo Responsável & Reciclagem estarão contidos nos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos. O projeto Água Brasil do WWF em seu componente de gestão de resíduos sólidos urbanos terá como foco a construção do Plano de Coleta Seletiva, Consumo Responsável e Reciclagem, estes serão compostos, a princípio, por quatro sub-temas:

1. coleta seletiva,

2. gestão de resíduos dos grandes geradores,

3. organização dos catadores e a relação com a prefeitura (coleta, triagem, tratamento),

4. comunicação comunitária e educação para o Consumo Responsável.

Dentre os objetivos da política nacional de resíduos sólidos, adotada como princípio no projeto, os seguintes focos são prioritários: inclusão social dos catadores e sua integração na limpeza urbana.

26

6) Perspectiva de articulação com estratégia dos parceiros águaBrasil (BB e FBB):

parceiro Local / regional Nacional BB:

Possibilitar DRS BB com a CATAPIRI, capacitando os em Educação financeira para acesso a credito e promover o acesso dos cooperados e da Cooperativa aos serviços e produtos bancários Apoio à consolidação dos créditos de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) já existentes na região relacionados a cadeia da Reciclagem, caso haja interesse.

DRS Reciclagem

FBB: Fortalecer a CATAPIRIpara que ela possa atuar em conexão com a CENTCOOP Brasília e com as redes do Estado de Goiás, especialmente na região de influência de Goiânia e Anápolis

CATAFORTE

27

6) Alinhamento sobre GOVERNANÇA LOCAL DA INICIATIVA ÁGUA BRASIL-COMITE DE APOIO LOCAL – CAL – Funcionamento/governança

Objetivos

1. Monitorar, acompanhar e apoiar a implementação do plano de ação local e os

critérios e indicadores de resultado

2. Coordenar as ações dos vários parceiros para um planejamento comum

COMITÊ GESTOR LOCAL

GRUPO COORDENADOR

28 de janeiro proposta de reunião

Definição:

- funcionamento

- responsabilidades/tarefas

- agenda

Água Brasil/WWF

SEMMA

BB- DRS

Assoc. Recicladores

UCS

- Coordenar Agendas e Cronograma das ações

- Integrar

- Comunicar base

28

8) Parceiros e entidades Instituição Contato Função e-mail Telefone Prefeitura Municipal de Caxias do Sul

José Ivo Sartori

Prefeito [email protected]

54 32186010– 32186012

Guilherme Guila Sebben

Secretário Municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego

[email protected]

54 3218 6033 – 99491669

Carlos Antônio Búrigo

Secretário de Gestão e Finanças

[email protected]

Adelino Teles

Secretário do Meio Ambiente

[email protected]

54-32170151

Nerio Jorge Susin

SEMMA [email protected]

Elemara Borghetti dos Reis

Diretora da Divisão de Educação Ambiental

[email protected] 54-81188324

Bruno Sassi Brunelli

Diretor Geral – Sec. Mun. Desenvolvimento Econômico Trabalho e Emprego

[email protected]

54-99064555 32186033

Leonel Costa

SDE [email protected] 54 – 9658 7014

Gerson Reis

SDE [email protected] 54 – 9103 1307

Vanessa [email protected]

54 – 9121 6699 3218 6033

CODECA (Companhia do Desenvolvimento de Caxias do Sul)

Gilberto Meletti

Gerente Comercial e de Comunicação

[email protected] 54 – 3224 9300

Adiló Didomenico

Codeca - Cia de Desenvolvimento de Caxias do Sul - Presidente

[email protected]

Rafael R. G. navajas

Codeca - Cia de Desenvolvimento de Caxias do Sul – Engenheiro Civil

[email protected]

54-84035424

Deoclécio da Silva

CODECA [email protected]

54 - 84162102

Ademir Schwaiser

Codeca - Cia de Desenvolvimento de Caxias do Sul – Gerente de

[email protected]

54-84035351

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Infraestrutura FBB BB/DRS

Rosélio Arnoldo Fürst

Superintendente Regional

[email protected] 54 – 3220 2591 – 3225 2257

Sérgio Luiz Valmorbida (“Marau”)

Gerente Geral (Agencia Caxias do Sul)

[email protected] 54 3220 2590 – 3223 4453

Geovane Finger Kramer

Gerente de Relacionamento (Agencia Setor Público Porto Alegre – Plataforma Caxias do Sul

[email protected] 54 – 3220 2500 – 3223 4453

João Carlos Anghinoni

BB [email protected] 54 - 91273247

Jonatan Pontin

BB [email protected] ou [email protected]

54 – 9603 4559

Carlomagno Goebel

Gerente DRS (Superintendencia de Negócios Varejo e Governo Rio Grande do Sul)

[email protected]

51 – 3358 3499

Jefferson Correa P. Amando

Superintendente Regional de Governo (Super Regional de Verejo e Governo Rio Grande do Sul)

[email protected] 51 – 3358 3490 – 3337 2612

Jone Roberto Maron

Banco do Brasil – Super RS – Analista DS

WWF-Brasil

Fabio Cidrin

WWF-brasil Coordenador do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis

[email protected] 61 – 8222 6900 3364 7472

Michel Rodrigues dos Santos

WWF-Brasil [email protected] 61 – 9202 6564 3364 7416

Warner Bento Filho

WWF-Brasil assessor comunicação

[email protected] 3364 7477

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9) Oportunidades e Potencialidades

• Estruturar fusões entre as organizações de recicladores, com redefinições e incrementos qualitativos e quantitativos dos galpões e equipamentos, visando aumentar eficiência física e reorganizar o sistema de produção, visando o aumento da produtividade por reciclador.

• Reestruturar a gestão administrativa-financeira das organizações de recicladores, implantando sistema de acompanhamento de custos e receitas e organizando a comercialização em rede, visando conferir as organizações de catadores sustentabilidade institucional e fortalecer suas condições de auto-gestão. (CATAFACIL).

• Estruturar a Rede de Recicladores de Caxias do Sul, da governança até seu modelo logístico-produtivo-comercial, visando o domínio da cadeia produtiva regional, fortalecendo a articulação das associações e tornando-a ponto de convergência da agregação de valor dos materiais recicláveis do ramo plástico de todas as organizações de recicladores.

• Estimular a adoção do plano legal disponível no plano federal para os municípios através das Leis 11.445 e 12.305 visando construir arranjos inovadores para a prestação dos serviços de coleta seletiva e logística reversa com o poder público municipal e a iniciativa privada.

• Incrementar as ações de educação ambiental em parceria com a Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, fortalecendo a cultura da coleta seletiva na sociedade local.

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10) Principais Entregas / Produtos

11) Próximos passos (atividades dos próximos 03 meses)

Mês ATIVIDADES

Janeiro

Reunião com o Prefeito e seus secretários para apresentação do Acordo de Cooperação Técnica e seu respectivo Plano de Trabalho

Fevereiro

Contratação de empresa especializada para elaboração dos projetos básicos de reforma e ampliação das unidades produtivas. Contratação de empresa especializada para assessorar no desenvolvimento organizacional e econômico da Rede de comercialização.

Março

Realizar oficina de planejamento das atividades do Água Brasil para 2013/14

12) Observações e complementos

Eleições Municipais Pleito vencido pelo candidato da Situação (Vice-Prefeito da gestão atual) .

Potencial a ser aproveitado nessa nova gestão: Envolver demais áreas da prefeitura, principalmente as Secretarias do Meio Ambiente, de Educação e a CODECA.

Estratégia da Intervenção: Fortalecimento e estruturação de uma Rede de Comercialização entre as reciclagens . Migração da relação por convênio para uma relação contratual com a s reciclagens.

2011 • Diagnóstico : Variação dos preços praticados em cada grupo. • Construção participativa do Plano de Ação; • Formação “De Catador pra Catador”; • Elaboração do projeto para aquisição de equipamentos para as 10

organizações de catadores; 2012 • Alteração do proponente da aquisição dos equipamentos;

• Cine Extraordinário – Cine Debate com os recicladores; 2013 Contratação de empresa especializada para elaboração dos projetos

básicos de reforma e ampliação das unidades produtivas. Contratação de empresa especializada para assessorar no desenvolvimento organizacional e econômico da Rede de comercialização. Formalização das associações em Cooperativas

2014 Avaliação e monitoramento das atividades implementadas

2015 Avaliação final das atividades e sugestões de encaminhamentos

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Intervenção nos galpões de triagem: Intervenção para otimizar a organização e metodo da produção nas reciclagens(projeto básico e memorial descritivo das reformas, adequações e obras para mudança do lay-out de produção) e implementação do Sistema de Gestão CATAFÁCIL.

Decisão a ser tomada: Realização de reunião com o novo gestor.