Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
2018/2019
Filipe Alexandre Rodrigues Nóbrega
Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica
Spontaneous Intracranial Hypotension Syndrome: therapeutic approach
abril, 2019
Mestrado Integrado em Medicina
Área: Neurologia
Tipologia: Monografia
Trabalho efetuado sob a Orientação de:
Professora Doutora Joana Cruz Guimarães Ferreira Almeida
E sob a Coorientação de:
Doutor Luís Carlos Pereira Braz
Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:
Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry
Filipe Alexandre Rodrigues Nóbrega
Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica
Spontaneous Intracranial Hypotension Syndrome: therapeutic approach
abril, 2019
Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica
Filipe Nóbregaa*, Luis Braza,b, Joana Guimarãesa,b
aDepartamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental. Faculdade de Medicina.
Universidade do Porto. Porto. Portugal
bServiço de Neurologia. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal
*Autor correspondente:
Filipe Nóbrega
Universidade do Porto, Faculdade de Medicina
Alameda do Professor Hernâni Monteiro, 4200–319 Porto, Portugal
Telefone: +351 961 256 059
E-mail: [email protected]
Palavras chave: Síndrome de hipotensão intracraniana espontânea; cefaleia ortostática;
fístulas de líquido céfalo-raquidiano; Ressonância magnética; Blood patch epidural.
Número de palavras: 4830
Número de referências: 76
RESUMO
A síndrome de hipotensão intracraniana espontânea (SHI) corresponde a um conjunto de
sintomas e sinais clínicos e imagiológicos na sequência de fístulas espontâneas de líquido
céfalo-raquidiano (LCR) a nível espinhal. O sintoma típico à apresentação é a cefaleia
ortostática, caracteristicamente agravada pelo ortostatismo e aliviada pelo decúbito. A
ressonância magnética crânio-encefálica é o exame imagiológico cujos achados fazem
parte dos critérios de diagnóstico desta síndrome. A abordagem terapêutica dos doentes
com SHI engloba medidas conversadoras e medidas invasivas, do qual é paradigma o
blood patch epidural. Em casos refratários, a intervenção neurocirúrgica poderá ser
necessária.
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO/ETIOLOGIA
A Síndrome de Hipotensão Intracraniana (SHI) foi originalmente descrita como um
conjunto de sintomas, dos quais se destaca a cefaleia ortostática, associada a baixas
pressões de abertura de líquido céfalo-raquidiano (LCR)1 2. Mais recentemente, percebeu-
se que o principal fator na patogénese desta síndrome é a perda de volume de LCR e não
a diminuição da pressão de abertura de LCR pois a maioria dos doentes têm pressões de
abertura normais3 4. Esta perda de volume de LCR resulta numa alteração da dinâmica de
líquor e deslocamento crânio-caudal do encéfalo5. Não há evidência que sugira que a
hipovolémia de LCR seja explicada por diminuição da sua secreção ou a uma absorção
excessiva.6
O volume perdido de LCR relaciona-se com a pressão de LCR, com as manifestações
clínicas e com os achados imagiológicos2.
A diminuição do volume de LCR, pela doutrina de Monro-Kelly, é compensada pelo
aumento do volume de estruturas de baixa resistência, nomeadamente das veias cerebrais
e peri-pituitárias e dos seios durais, o que explica alguns dos achados imagiológicos da
ressonância magnética, nomeadamente o ingurgitamento venoso e a hiperémia pituitária4
7.
A causa da SHI são fístulas espontâneas de LCR por rutura da aracnoide e/ou dura-máter,
de localização espinhal, sendo que sua maioria se encontra na região cervico-torácica8-11.
Não há evidência que comprove a associação entre as fístulas da base do crânio e a SHI.12
Há formação de um lago de LCR nos espaços subdural ou epidural, podendo o líquor ser
reabsorvido para os plexos venosos epidurais ou para os tecidos moles paraespinhais9.
Por vezes, há formação de fístulas venosas entre o espaço subaracnoideu e o espaço
venoso para-espinhal, particularmente a nível torácico. Numa série de 568 casos, este tipo
de fístula foi identificado em 14 doentes (2,5%).13 Estas fístulas devem ser consideradas
como provável etiologia de SHI na ausência de sinais de fístula pelos métodos
imagiológicos convencionais.14 15
EPIDEMIOLOGIA
A incidência anual estimada da Síndrome de Hipotensão Intracraniana (SHI) é de 2 a 5
casos em 100000 e a prevalência estimada é de 1 caso em 500009 16. Contudo, as
verdadeiras incidência e prevalência desta síndrome são desconhecidas devido à escassez
de estudos de base populacional9. Dado que esta síndrome só nos últimos anos tem sido
considerada na lista de hipóteses diagnósticas na abordagem a um doente com cefaleias,
os valores de incidência poderão estar sub-valorizados.17 18 Em termos comparativos, a
frequência de SHI ronda os 0,5-1% das cefaleias no serviço de urgência e o diagnóstico
é 50% menos frequente do que o de hemorragia subaracnoideia (HSA) espontânea.19
O sexo feminino é mais afetado, num rácio de 1,5 a 2 mulheres para cada homem.9 20 21
A SHI tem uma maior incidência entre a quarta e a sexta décadas de vida com um pico
entre os 35 e os 42 anos de idade16 21. No entanto, crianças e idosos podem também ser
afetados.10 16 22
FATORES DE RISCO
Na maioria dos doentes com SHI não se encontra uma causa para o desenvolvimento da
fístula, contudo acredita-se que seja de etiologia multifactorial.23
As fístulas de LCR estão associadas a uma fragilidade das meninges que as predispõem
à rutura e consequente drenagem de LCR para o espaço epidural.9 Esta fragilidade pode
dever-se a múltiplas causas, quer anatómicas quer estruturais: (1) a presença de defeitos
meníngeos, nomeadamente divertículos ou lacerações da dura-máter23, particularmente
na região adjacente à emergência das raízes nervosas, propicia a protusão e/ou exposição
da camada aracnoide que é mais propensa à rutura18; (2) doenças do tecido conjuntivo,
nomeadamente Síndrome de Marfan, Síndrome de Ehlers-Danlos tipo II, doença renal
policística autossómica dominante, Neurofibromatose, Síndrome de Lehman;6 (3) hérnias
discais; (4) osteófitos vertebrais espiculados.9
As doenças do tecido conjuntivo estão associadas ao desenvolvimento de divertículos
meníngeos que, por sua vez, são fatores de risco para fístulas de LCR. Algumas
características concomitantes associadas a doenças do tecido conjuntivo são o
descolamento espontâneo da retina em idade jovem, a esclera azul-acizentada, uma
hipermobilidade articular, aracnodactilia, escoliose, hiperelasticidade cutânea,
tortuosidade e aneurismas arteriais, válvulas aórticas bicúspides, prolapso da válvula
mitral e pneumotórax espontâneo, entre outras.20 Em até dois terços dos doentes
identificam-se, ao exame objetivo, características sugestivas de doença generalizada do
tecido conjuntivo. Contudo, a maioria dos doentes com estigmas destas doenças não tem
critérios de diagnóstico de nenhuma das patologias mencionados.24 Mokri et al., em 2007,
descrevem duas irmãs, clinicamente apresentando estigmas de doença do tecido
conjuntivo e que desenvolveram fístulas de LCR ao nível de divertículos meníngeos e em
outras localizações espinhais. A história familiar era positiva para doenças do tecido
conjuntivo. Esta ocorrência familiar apoia a hipótese de que a fragilidade meníngea pré-
existente (condicionada, nestes casos, pela doença do tecido conjuntivo) é um fator
importante para o desenvolvimento de fístulas de LCR.25
As fístulas associadas a hérnias discais calcificadas e osteófitos vertebrais espiculados
tendem a localizar-se na região torácica e cervical inferior da dura-máter ventral e
associam-se a grande volume de fluido epidural nos exames de imagem espinhais.18 26
Um possível fator de risco para o desenvolvimento de SHI, descrito em 2014 por
Schievink et al, é a cirurgia bariátrica. Neste estudo, os autores compararam dois grupos
retrospetivamente, um de 338 doentes com o diagnóstico de SHI e um grupo de controlo
com 245 doentes. Verificaram que 11 (3,3%) doentes com SHI tinham sido submetidos a
uma cirurgia bariátrica previamente à instalação dos sintomas, numa proporção
significativamente superior ao grupo de controlo (0,8%). O tempo decorrido entre a
cirurgia e o aparecimento dos sintomas foi muito variável (3 a 241 meses). O peso médio
perdido desde a cirurgia até à instalação dos sintomas foi de 52,5 kg e o peso dos doentes
aquando da instalação dos sintomas variou entre 52 e os 106 kg. Os autores sugerem que
a relação entre a cirurgia bariátrica e o SHI resulta do efeito da perda ponderal na
diminuição da pressão de LCR; no facto de uma pressão de LCR cronicamente elevada
em doentes obesos contribuir para um enfraquecimento da dura-máter espinhal,
predispondo estes doentes a fístulas espinhais espontâneas; pela diminuição da gordura
epidural após a cirurgia que contribui para menor efeito de tamponamento das fístulas; e
pelas complicações nutricionais pós-operatórias, nomeadamente os défices de vitaminas
A e D que exercem um efeito na absorção e pressão de LCR e na manutenção da
integridade dural.27
Outros fatores de risco possíveis descritos na literatura incluem a alteração no
metabolismo tiroideu, este implicado em alterações do tecido conjuntivo, com laxidez,
que predispõe à formação de divertículos meníngeos ou à rutura de divertículos
congénitos; a desidratação, o coma diabético, a hiperpneia, a urémia e doenças sistémicas
graves.28
Fatores mecânicos parecem estar implicados no desenvolvimento de fístulas espinhais e
até um terço dos doentes descreve uma história de trauma minor que precede o início dos
sintomas.9 Entre os possíveis fatores precipitantes encontram-se a tosse, espirros,
exercício físico, atividades desportivas, pegar em objetivos leves ou pesados, manobra de
Valsava, alterações posicionais rápidas, quedas, viagens em montanhas-russas e
manipulação quiroprática do pescoço.29
CLÍNICA
Clinicamente, a cefaleia ortostática é o sintoma mais frequente nos doentes com SHI. A
cefaleia ortostática caracteriza-se por surgir ou agravar com a posição ortostática e
desaparecer ou aliviar com a posição supina ao fim de minutos a horas (tempo médio de
trinta minutos).20 O início é gradual ou subagudo, surgindo num período de segundos a
minutos (tempo médio de quinze minutos) após o doente assumir a posição ortostática,
estando descritos períodos de latência de algumas horas.3 Cerca de 15% dos doentes
apresentam-se com cefaleia tipo relâmpago, implicando diagnóstico diferencial com
HSA.30 Cronicamente, os tempos de latência até o aparecimento da cefaleia podem
aumentar e as características posturais podem atenuar-se. Raramente, os doentes com SHI
apresentam-se sem cefaleia ou com cefaleia sem características posturais típicas, podendo
mesmo serem paradoxais, com agravamento na posição supina e alívio na posição
ortostática.31 Alguns doentes referem história de cefaleias diárias crónicas, sem
características ortostáticas, semelhantes à cefaleia de tensão.16
Relativamente às características, a cefaleia é comummente não pulsátil, tipo pressão, mas
pode apresentar-se como pulsátil3, estando descrita uma série de 40 doentes com uma
prevalência de cefaleia pulsátil de 9,5%32 e outra de 28 em que apenas 1 (3,6%) doente
apresentou cefaleia pulsátil.33
A cefaleia é frequentemente bilateral, simétrica e pode ser difusa ou localizada à região
frontal, temporal, occipital ou suboccipital. Quando localizada, é mais frequente na região
occipital. Raramente é unilateral, podendo ter esta característica nas fases iniciais e
evoluir para uma localização holocefálica.3 10
A intensidade é muito variável, desde dor ligeira a muito intensa e incapacitante,
impossibilitando o doente de manter o ortostatismo e com repercussões nas atividades de
vida diárias dos doentes.16 O grau de hipotensão intracraniana tem fraca correlação com
a intensidade da cefaleia.20
Os mecanismos subjacentes ao aparecimento da cefaleia, no contexto da SHI, são o
deslocamento cerebral crânio-caudal e consequentemente tração de estruturais
nociceptivas, particularmente da dura-máter; e a dilatação de estruturas venosas cerebrais
igualmente sensíveis a estímulos nociceptivos.2
Sintomas associados à cefaleia incluem náuseas e vómitos, dor ou rigidez da nuca,
fotofobia, sinais vestíbulo-cocleares como acufenos ou zumbidos, fonofobia, hipoacusia
e vertigem rotacional que podem, igualmente, ter características ortostáticas. Chen et al.
em 2012 descrevem um caso de uma doente de 50 anos com SHI que apresentava
clinicamente surdez neurossensorial grave que os autores relacionam com uma
diminuição do volume de perilinfa da cóclea consequente à baixa pressão de LCR.34
Menos frequentemente, os doentes apresentam diplopia, oftalmoparésia, diminuição da
acuidade visual, defeitos de campo visual, hipostesia, dor ou espasmo facial ou
disgeusia.16 23 Estes sintomas, assim como os acufenos, resultam da tração de nervos
cranianos. Dor espinhal ou interescapular, radiculopatia, quadriplegia, alterações do
movimento (ataxia, parkinsonismo, coreias, tremor postural)35 e cognitivas estão também
descritas.16 29 No caso de o doente apresentar dor espinhal, o nível desta não corresponde
necessariamente ao nível da fístula.
A distorção da haste hipofisária, consequente ao deslocamento cerebral, associa-se a
estados de hiperprolactinemia e, clinicamente, galactorreia.23 36
Outras apresentações clínicas, associadas a complicações do SHI, incluem estado
epilético não convulsivo37, quadros compatíveis com trombose venosa cerebral,
hemorragia cerebelosa, hematomas subdurais20, siderose superficial38, síndrome de
vasoconstrição cerebral e herniação diencefálica, com estupor ou coma.39
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da SHI compreende duas componentes: clínica e imagiológica. A
apresentação clínica é muitas vezes sugestiva do diagnóstico29. A imagiologia é utilizada
para confirmação diagnóstica e, quando há necessidade de terapêutica dirigida, localizar
anatomicamente a fístula de líquor 20.
Clinicamente, a cefaleia é o sintoma mais frequente e, em 2008, Schievink et al
propuseram critérios de diagnóstico para a cefaleia resultante de hipotensão intracraniana
espontânea, os quais foram atualizados em 2011 e estão apresentados na Tabela 140.
Mais recentemente, em 2013, a Internacional Heache Society publicou o trabalho The
International Classification of Headache Disorders, 3rd edition (ICDH-III)41, onde se
encontram definidos critérios de diagnóstico de “7.2.3 Cefaleia atribuída a hipotensão
intracraniana espontânea” (Tabela 2). Neste documento, esta entidade é descrita como
uma cefaleia ortostática causada por baixas pressões de LCR de origem espontânea, sendo
frequentemente acompanhada por rigidez da nuca e sintomas auditivos subjetivos e que
cessa após normalização da pressão de LCR. Ressalvam que este diagnóstico não pode
ser estabelecido na presença de história de punção da dura-máter no último mês. Estes
critérios reforçam a necessidade de excluir outras patologias tais como síndromes
ortostáticas induzidas por drogas, síndrome de taquicardia ortostática postural e outras
cefaleias primárias4 18. Devido à grande variedade de apresentação clínica e imagiológica,
muitos doentes com cefaleia atribuível ao SHI não cumprem os critérios de diagnóstico
estabelecidos pela ICHD-III.16
Em 2015, Ducros et al publicaram uma modificação dos critérios inicialmente descritos
por Schievink, onde se acrescentam características clínicas para além da cefaleia,
nomeadamente náuseas, vómitos e sintomas vestíbulo-cocleares num doente acordado;
acrescentam como critério a ausência de sinais neurológicos focais, exceto neuropatias
cranianas. Afirmam a necessidade de se cumprirem pelo menos dois (versus apenas um)
dos itens mencionados no critério B. Relativamente ao critério C, definem “história
recente de punção lombar” como ausência de punção da dura-máter no período das quatro
semanas anteriores à instalação da cefaleia.16
Na Tabela 3 encontram-se mencionados os critérios de diagnóstico usados pelos autores
de várias séries de doentes com SHI publicadas na literatura.
A punção lombar é dispensável para o diagnóstico20 33, apresentando resultados variáveis
que incluem: pressões de abertura baixas (≤60 mm H2O) – mas podem ser normais ou
mesmo negativas; aparência cristalina ou xantocromia e por vezes com sangue (por
trauma dos plexos venosos epidurais engorgitados); níveis normais ou aumentados de
proteínas (até 1000 mg/dl29); níveis normais ou aumentados de leucócitos, nomeadamente
pleocitose linfocítica (até 200 células/mm3 29); níveis normais ou aumentados de
eritrócitos; níveis de glicose normais e exames citológico e microbiológico negativos.3
Recomenda-se a realização de exame de imagem previamente ao procedimento para
assegurar a sua segurança.23
Os exames imagiológicos descritos na literatura no contexto de investigação diagnóstica
da SHI incluem: Tomografia Axial Computadorizada (TAC) cerebral, Ressonância
magnética crânio-encefálica (RM-CE), Ressonância magnética (RM) espinhal,
Mielografia (Mielo-TAC e Mielo-RM) e a Cisternografia com radionucleótidos.
A tomografia axial computadorizada poderá ter valor num contexto de urgência para
estudo de sintomas de patologia do sistema nervoso central20 e exclusão de outras causas
de cefaleia, mas tem valor limitado no estudo das fístulas de líquor espontâneas3, sendo
frequentemente normal.16 Um dos possíveis achados na TAC são hematomas subdurais.29
O método de imagem de primeira linha para estabelecer o diagnóstico é a ressonância
magnética crânio-encefálica com contraste intravenoso. Os achados imagiológicos típicos
em RM-CE são: 1) Espessamento difuso não nodular da paquimeninge; 2) Coleções
subdurais (frequentemente bilaterais); 3) Deslocamento cerebral crânio-caudal (descrito
na literatura anglo-saxónica como sagging); 4) Ingurgitamento venoso e 5) Hiperémia
pituitária.4 10 20 Cerca de 80% dos doentes têm alterações típicas na RM-CE, pelo que a
ausência destas alterações não exclui o diagnóstico.16 A presença de espessamento difuso
da paquimeninge num doente com cefaleia ortostática é essencialmente diagnóstica de
SHI.18 Na Tabela 4 apresenta-se a prevalência dos achados imagiológicos da ressonância
magnética crânio-encefálica de doentes de várias séries publicadas na literatura.
Os achados na ressonância magnética espinhal incluem coleções subdurais e epidurais de
líquor, espessamento da dura espinhal, divertículos meníngeos e dilatação das bainhas
dos nervos raquidianos e ingurgitamento do plexo venoso epidural.3 A ressonância
magnética espinhal, poderá ter um papel importante na avaliação pré-mielográfica da
SHI, orientado a escolha da técnica mais adequada (Mielo-TAC convencional vs Mielo-
TAC dinâmico).42
Os métodos de imagem preferenciais para localizar o ponto de fístula são as técnicas de
mielografia, nomeadamente a Mielo-TAC e a Mielo-RM após injeção intratecal de
gadolínio. Estas técnicas estão preconizadas como os primeiros métodos de imagem para
estudo das fístulas de líquor.18 A Mielo-RM tem vindo a suplantar a Mielo-TAC na
deteção inicial de fístula espontânea por apresentar maior sensibilidade,43-45 sendo
descrita como um método seguro, bem tolerado e que não utiliza radiação ionizante46.
Contudo, Akbar et al afirmam que a técnica de Mielo-RM com injeção intratecal de
gadolínio deve estar reservada para doentes em que há falência das técnicas de Mielo-
TAC.47
A Mielo-TAC apresenta vantagens relativamente à Mielo-RM, particularmente em
fístulas com alto fluxo de líquor através da técnica de Mielo-TAC dinâmica sendo
possível avaliar a medula imediatamente após a injeção intratecal de contraste. Assim,
após falência da técnica de Mielo-RM, poderá realizar-se uma Mielo-TAC com o objetivo
de detetar o nível de fístula e dirigir o tratamento.48
Na literatura há evidência de que o nível de extravasamento de contraste observado na
mielografia não corresponde necessariamente ao local de fístula de LCR, tendo este
aspeto implicações terapêuticas.11
Um método de imagem que poderá ter utilidade na localização do nível de fístula, ainda
que com baixa resolução espacial45, é a cisternografia com radionucleótidos, na qual um
radioisótopo é introduzido por punção lombar no espaço intratecal e cuja dinâmica é
avaliada ao longo do tempo em intervalos pré-determinados.3 49 Um dos parâmetros
avaliados nesta técnica é a deteção de atividade do radionucleótido na bexiga, resultado
sua absorção do espaço intratecal para o sistema vascular, sendo filtrado pelo rim e
acumulado na bexiga. A deteção de atividade precoce vesical na cisternografia é um fator
preditivo de má resposta à terapêutica com blood patch epidural (EBP).50 Encontram-se
descritos casos em que os pontos de fístula apenas foram detetados através desta técnica,
após falência das técnicas de mielografia51, contudo a sua aplicabilidade está
recomendada em casos atípicos.52
TRATAMENTO
A abordagem terapêutica aos doentes com Síndrome de Hipotensão Intracraniana
Espontânea baseia-se, inicialmente, em medidas conservadoras e, no caso de falência, na
execução de procedimentos terapêuticos progressivamente mais invasivos e dirigidos, dos
quais se destaca a técnica de Epidural Blood Patch – assim designada na literatura anglo-
saxónica –, e as técnicas neurocirúrgicas.
Alguns autores referem que a maioria dos doentes com SHI resolve espontaneamente o
quadro sem a necessidade de intervenção terapêutica53 e é provável que muitos o façam
sem a objetivação do diagnóstico. Cerca de 15-30% dos doentes recuperam sem
tratamento ou apenas com medidas conservadoras.54
Em doentes sintomáticos que necessitem de intervenção terapêutica, as medidas
conservadoras descritas incluem: 1) repouso no leito; 2) hidratação oral ou intravenosa
abundante; 3) cafeína oral ou intravenosa; 4) teofilina; 5) anti-inflamatórios não
esteroides; 6) analgésicos; 7) antidepressivos55; 8) cintas de compressão abdominal; 9)
glucocorticoides32 e mineralocorticoides56 orais; 10) Vitamina A57.3 9
O repouso no leito na posição supina permite uma diminuição da pressão no local de
fístula, contribuindo para a cicatrização da mesma58 e proporciona alívio sintomático da
cefaleia ortostática.
A hidratação oral ou intravenosa abundante, na ordem dos três litros diários32, contribui
para o aumento do volume de LCR, diminuição do deslocamento cerebral e da tração a
estruturas nociceptivas. O aumento da pressão venosa central contraria o mecanismo
fisiopatológico subjacente às fístulas entre o LCR e o plexo venoso paraespinhal.
A cafeína é frequentemente utilizada pelos possíveis ter efeitos sob a produção de LCR,
estimulando-a. A sua eficácia é pouco previsível e o alívio é tipicamente reduzido.16 18 A
teofilina apresenta, igualmente, eficácia limitada.53
As cintas de compressão abdominal são utilizadas por, possivelmente, reverterem o
gradiente entre o LCR e o espaço venoso, mas não há evidência robusta da sua eficácia.16
Os glucocorticoides favorecem a reabsorção de LCR do espaço extradural, aumentando
o volume de LCR59 e atuam na supressão da via do ácido araquidónico e no bloqueio da
produção de citocinas pró-inflamatórias. Os mineralocorticoides, como a fludrocortisona,
poderão diminuir o edema e a inflamação induzidos pelo deslocamento cerebral crânio-
caudal e dos nervos cranianos e atuar na reabsorção de LCR extradural. Os seus efeitos
de reabsorção de sódio e aumento do volume arterial efetivo e da pressão venosa central
terão efeitos semelhantes aos da hidratação intravenosa. A fludrocortisona aumenta
diretamente a pressão intracraniana, contrariando a hipotensão existente.56
A administração de vitamina A é controversa e surge na sequência de um caso de SHI
refratária ao tratamento sintomático, incluindo estratégias invasivas – múltiplos blood
patches – cuja melhoria apenas se verificou após a introdução de suplementos de vitamina
A.57 Em 1996, Akail et al descreveram um caso de SHI numa doente com diminuição da
concentração plasmática de vitamina A que os autores relacionaram com o quadro clínico
pelo facto desta vitamina poder estar envolvida na produção de LCR.60 No entanto, não
há evidência suficiente que sustente a sua utilização por rotina.
Deve aguardar-se resposta sintomática no intervalo de uma a duas semanas de tratamento
conservador antes de avançar para procedimentos mais invasivos.16 23
Nagatani et al, em 2015, apresentaram uma série de 9 doentes resistentes ao tratamento
conservador (repouso no leito, hidratação e analgesia), os quais foi administrado
concentrado de Fator XIII (1200 unidades por dia) durante 5 a 10 dias. Após o tratamento,
6 (67%) dos doentes referiram resolução completa dos sintomas, 2 (22%) referiram alívio
parcial e 1 (11%) negou qualquer alívio.61
O paradigma da terapêutica da SHI é o Blood Patch epidural. Esta técnica invasiva
consiste, tipicamente, na injeção de sangue autólogo no espaço epidural do doente, um
espaço potencial delimitado anteriormente pela dura-máter, posteriormente pelo
ligamento amarelo e lateralmente pelas vértebras e que contém gordura epidural,
pequenos vasos sanguíneos e linfáticos.62 O sangue do doente poderá ser misturado com
outros componentes, nomeadamente meios de contraste iodados (ex.: iopamidol) ou
paramagnéticos (ex.: gadolínio) e cola de fibrina. A adição de um meio de contraste
possibilita a avaliação imagiológica da distribuição do patch ao logo do espaço epidural.45
A cola de fibrina corresponde a uma substância usada para criar um coágulo de fibrina e
cicatrizar lesões. A sua utilização nos blood patches epidurais prende-se com a
capacidade de reforçar a compressão das grandes veias epidurais e limitar o sequestro
venoso do espaço epidural para a veia cava inferior.63
A fundamentação para a utilização desta técnica apoia-se em duas teorias: a do
tamponamento da fístula e a do aumento da pressão epidural. A primeira afirma que o
sangue injetado no espaço epidural, ao atingir o local da fístula, forma um tampão de
fibrina que impede a saída de LCR para o espaço epidural, restaurando o volume de LCR
no espaço subaracnoideu e aliviando a cefaleia. A teoria do aumento da pressão baseia-
se na alteração da dinâmica de LCR após a injeção de sangue ou outro fluido no espaço
epidural que aumenta, transitoriamente, a pressão neste espaço e, por compressão da dura-
máter, aumenta a pressão no espaço subaracnoideu. Assim, o LCR espinhal desloca-se
para o interior do crânio, restaurando a pressão e volume intracranianos e aliviando a
sintomatologia.64 65 A presença de sangue no espaço epidural poderá iniciar uma reação
inflamatória local que promove a cicatrização da laceração meníngea.66
Existem duas opções de abordagem, nomeadamente o EBP não dirigido (ou “cego”) e o
EBP dirigido. No EBP não dirigido, o espaço epidural é acedido a nível lombar ou
torácico67, independentemente do nível da fístula. No EBP dirigido, após determinação
do nível de fístula por técnicas imagiológicas, o sangue é injetado o mais próximo
possível desse nível.68 Nos casos de fístulas em múltiplos níveis, podem ser realizados
vários blood patches epidurais dirigidos a esses mesmos níveis. A introdução da agulha
no espaço epidural pode ser guiada por fluoroscopia através da injeção de uma pequena
quantidade de meio de contraste.69
Durante o procedimento, o doente deve estar na posição de decúbito lateral ou sentado.
O espaço epidural é acedido pela técnica de perda de resistência com soro fisiológico com
agulha epidural de Tuohy. No espaço epidural, é colocado um cateter através do qual se
injeta, lentamente (durante 30 a 60 segundos), o sangue do doente. O volume de sangue
injetado varia consoante as séries, estando descritos volumes entre os 3 mililitros (mL) e
os 100 mL, sendo que este poderá estar limitado por sintomas sentidos pelos doentes
durante o procedimento, nomeadamente náuseas, cefaleia, dor lombar, sensação de
pressão ou dor radicular. 55 62 70 A utilização de volumes mais elevados, superiores a 20
mL, poderá estar associada a resultados mais favoráveis33, contudo há casos reportados
de sucesso com volumes de apenas 3 mL, nomeadamente na técnica dirigida.71
De modo a otimizar o sucesso do EBP, a posição de Trendelenburg é preconizada durante
cerca de 1 hora antes, durante por um período de 16-24 horas após o procedimento. O seu
uso tem potencial de redução do fluxo de líquor através da fístula, promove o colapso da
dura-máter de modo a selar a meninge33 69 e permite que o sangue injetado se desloque ao
longo do espaço epidural de modo a atingir o local de fístula. O levante após o blood
patch epidural deverá ser protelado por um período descrito na literatura entre 16 horas e
as 2 semanas.33 66
Os riscos associados a esta técnica, nomeadamente hematomas epidurais e lesão
iatrogénica da medula espinhal, são maiores no caso do EBP dirigido pelo facto de os
espaços epidurais cervicais e torácicos serem mais estreitos e pela presença da medula
espinhal.66 Uma complicação na literatura é a hipertensão intracraniana rebound. De
modo a prevenir esta complicação, o uso de acetazolamida na dose 250 miligramas 6
horas e 18 horas antes do EBP teve sucesso em várias séries publicadas por Ferrante et al
em 2010.55 70
As contraindicações a esta técnica são: 1) anticoagulação/coagulopatias; 2) infeção do
local de injeção; 3) recusa ou má colaboração do doente.62
A maioria dos doentes resolve o quadro clínico após o primeiro blood patch epidural
(tabela 5). No caso de falência da técnica, seja não dirigida ou dirigida, esta poderá ser
repetida. Estão descritos casos em houve necessidade de sete blood patches epidurais até
a resolução do quadro.50 O intervalo mínimo entre cada blood patch epidural descrito na
literatura é de 4 a 5 dias.72 73
Nas séries apresentadas na tabela 5, a taxa de sucesso após o primeiro blood patch
epidural não dirigido variam entre 52% e os 100%. A taxa de sucesso após o primeiro
blood patch epidural dirigido variam entre os 34,2% e os 100%. A comparação entre as
taxas de sucesso dos blood patches entre diferentes estudos é difícil avaliação devido à
elevada heterogeneidade entre eles. Contudo, nas séries que compararam as técnicas não
dirigida vs dirigida (Cho, 201166 e Yoon, 201167), verifica-se uma maior taxa de sucesso
após o primeiro blood patch epidural dirigido. Assim, Cho et al recomendam a realização
de um primeiro EBP não dirigido e, se falência, a execução de um EBP dirigido após
deteção de fístula por técnicas imagiológicas (Mielo-RM, cisternografia com
radionucleótidos ou RM com ponderação em T2 com supressão de gordura).66
Karm et al50 apresentaram um trabalho no qual se avaliou a existência de parâmetros
capazes de predizer a resposta ao tratamento ao blood patch epidural. Os dois preditores
de resposta ao tratamento foram a deteção precoce de atividade na bexiga na
cisternografia com radionucleótidos e sagging cerebral na ressonância magnética crânio-
encefálica. A deteção precoce de atividade de radionucleótidos na bexiga relacionou-se
com uma necessidade de maior número de blood patches epidurais. Por outro lado, a
evidência de sagging cerebral prediz uma melhor resposta a esta técnica. Joo et al72
concluíram que o número de blood patches epidurais dirigidos necessários para obter
alívio sintomático não se relaciona com o local da fístula, o número de fístulas ou a sua
bilateralidade (avaliadas por cisternografia de radionucleótidos).
Foram recentemente publicados casos de doentes tratados com injeção epidural de
cianoacrilato após falência das técnicas de blood patch, com regressão rápida e sustentada
dos sintomas e dos achados imagiológicos.74 75 Contudo, são necessários mais estudos
para sustentar a recomendação desta técnica.
As técnicas neurocirúrgicas podem ser necessárias quando há falência das terapêuticas
anteriormente descritas. A exploração microcirúrgica espinhal ao local da fístula,
identificado por técnicas imagiológicas, é feita com um microscópico cirúrgico de modo
a inspecionar e detetar intra-operatoriamente a fístula dural. Está descrita uma abordagem
inicial posterior (com fenestração interlaminar/hemilaminectomia e foraminectomia
completa76) com inspeção da dura-máter dorsal e lateral e das raízes nervosas e, na
ausência de fístula, inspeção da dura-máter ventral, por via transdural. Após identificação
de laceração na dura-máter, esta deverá ser suturada com fio monofilamento 6-0 (seis
zeros) ou com clips cirúrgicos e forçada com substitutos sintéticos de dura-máter fixados
com cola de fibrina ou sangue autólogo.26
Como referido anteriormente, os osteófitos e as microcalcificações discais são fatores de
risco para o desenvolvimento de fístulas, pelo que, na sua presença estes devem ser
removidos.26 Beck et al publicou em 2016 uma série de 14 doentes submetidos a
exploração espinhal microcirúrgica, apresentando 13 dos 14 doentes uma recuperação
completa dos sintomas ortostáticos.
Os doentes com SHI com hematomas subdurais na ressonância magnética crânio-
encefálica são mais frequentemente refratários ao tratamento com blood patch epidural,
apresentando resposta apenas após drenagem dos hematomas.26 55 66
CONCLUSÃO
Ao rever a literatura, é possível verificar a existência de lacunas na evidência relativa à
abordagem terapêutica da SHI. Várias estratégias estão disponíveis e são avaliadas em
por diferentes autores, contudo ressalvo a necessidade de ensaios clínicos randomizados
para esclarecer qual a melhor sequência na abordagem terapêutica. A técnica de blood
patch epidural continua a ser o pilar da terapêutica da SHI. A descrição da técnica e a
sua uniformização poderão facilitar a comparação de resultados entre diferentes séries
publicadas futuramente. Uma estratégia de escalamento terapêutico parece ser o método
mais adequado na abordagem de um doente com SHI, começando pelas opções
conservadoras não invasivas, seguidas das técnicas invasivas. Devido à grande
heterogeneidade entre as diferentes séries publicadas, a escolha entre a abordagem por
blood patch epidural não dirigido versus dirigido é difícil de avaliar. Contudo, pelos
menores riscos associados e pela comprovada elevada taxa de sucesso, inclusivamente
com apenas uma injeção, o blood patch epidural não dirigido parece ser uma opção segura
e eficaz nos doentes refratários à terapêutica conservadora. Após falência da técnica não
dirigida, poder-se-á optar pelo blood patch dirigido, sendo que nestes casos é necessário
a deteção imagiológica do nível de fístula, o que nem sempre é conseguido. Como
estratégia de última linha encontra-se a intervenção neurocirúrgica para encerramento
direto da fístula e remoção de possíveis fatores etiológicos (ex.: osteófitos e hérnias
discais calcificadas). É de ressalvar que a neurocirurgia poderá ter um papel importante
nos doentes com hematomas subdurais na ressonância magnética crânio-encefálica e
ausência de resposta ao blood patch epidural, uma vez que a drenagem dos hematomas
potencia a resposta do doente ao patch, sem necessidade de intervenção microcirúrgica
da medula espinhal.
AGRACEDIMENTOS
Um especial agradecimento à Professora Joana Guimarães pelo incansável esforço nesta
longa jornada.
Agradeço ao Doutor Luís Braz a paciência, apoio e orientação desde o primeiro dia até
ao último.
Aos meus colegas que me ajudaram e apoiaram sempre que necessitei.
BIBLIOGRAFIA
1. Schaltenbrand G. Normal and pathological physiology of the cerebrospinal fluid
circulation. Lancet (London, England) 1953;1(6765):805-8. [published Online
First: 1953/04/25]
2. Mokri B. Spontaneous low pressure, low CSF volume headaches: spontaneous CSF
leaks. Headache 2013;53(7):1034-53. doi: 10.1111/head.12149 [published
Online First: 2013/07/03]
3. Mokri B. Spontaneous Intracranial Hypotension. Continuum (Minneapolis, Minn)
2015;21(4 Headache):1086-108. doi: 10.1212/con.0000000000000193
[published Online First: 2015/08/08]
4. Pattichis AA, Slee M. CSF hypotension: A review of its manifestations, investigation
and management. J Clin Neurosci 2016;34:39-43. doi:
10.1016/j.jocn.2016.07.002 [published Online First: 2016/08/09]
5. Renowden SA, Gregory R, Hyman N, et al. Spontaneous intracranial hypotension.
Journal of neurology, neurosurgery, and psychiatry 1995;59(5):511-5. [published
Online First: 1995/11/01]
6. Lin JP, Zhang SD, He FF, et al. The status of diagnosis and treatment to intracranial
hypotension, including SIH. J Headache Pain 2017;18(1):4. doi:
10.1186/s10194-016-0708-8 [published Online First: 2017/01/17]
7. Mokri B. The Monro-Kellie hypothesis: applications in CSF volume depletion.
Neurology 2001;56(12):1746-8. [published Online First: 2001/06/27]
8. Mokri B. Spontaneous cerebrospinal fluid leaks: from intracranial hypotension to
cerebrospinal fluid hypovolemia--evolution of a concept. Mayo Clinic
proceedings 1999;74(11):1113-23. doi: 10.4065/74.11.1113 [published Online
First: 1999/11/24]
9. Schievink WI. Spontaneous spinal cerebrospinal fluid leaks and intracranial
hypotension. Jama 2006;295(19):2286-96. doi: 10.1001/jama.295.19.2286
[published Online First: 2006/05/18]
10. Urbach H. Intracranial hypotension: clinical presentation, imaging findings, and
imaging-guided therapy. Curr Opin Neurol 2014;27(4):414-24. doi:
10.1097/WCO.0000000000000105 [published Online First: 2014/07/01]
11. Schievink WI, Maya MM, Chu RM, et al. False localizing sign of cervico-thoracic
CSF leak in spontaneous intracranial hypotension. Neurology 2015;84(24):2445-
8. doi: 10.1212/wnl.0000000000001697 [published Online First: 2015/05/17]
12. Schievink WI, Schwartz MS, Maya MM, et al. Lack of causal association between
spontaneous intracranial hypotension and cranial cerebrospinal fluid leaks. J
Neurosurg 2012;116(4):749-54. doi: 10.3171/2011.12.JNS111474 [published
Online First: 2012/01/24]
13. Schievink WI, Maya MM, Jean-Pierre S, et al. A classification system of spontaneous
spinal CSF leaks. Neurology 2016;87(7):673-9. doi:
10.1212/wnl.0000000000002986 [published Online First: 2016/07/22]
14. Schievink WI, Moser FG, Maya MM. CSF-venous fistula in spontaneous intracranial
hypotension. Neurology 2014;83(5):472-3. doi: 10.1212/wnl.0000000000000639
[published Online First: 2014/06/22]
15. Franzini A, Messina G, Nazzi V, et al. Spontaneous intracranial hypotension
syndrome: a novel speculative physiopathological hypothesis and a novel patch
method in a series of 28 consecutive patients. J Neurosurg 2010;112(2):300-6.
doi: 10.3171/2009.6.JNS09415 [published Online First: 2009/07/14]
16. Ducros A, Biousse V. Headache arising from idiopathic changes in CSF pressure. The
Lancet Neurology 2015;14(6):655-68. doi: 10.1016/s1474-4422(15)00015-0
17. Schievink WI. Misdiagnosis of spontaneous intracranial hypotension. Archives of
neurology 2003;60(12):1713-8. doi: 10.1001/archneur.60.12.1713 [published
Online First: 2003/12/17]
18. Kranz PG, Malinzak MD, Amrhein TJ, et al. Update on the Diagnosis and Treatment
of Spontaneous Intracranial Hypotension. Curr Pain Headache Rep
2017;21(8):37. doi: 10.1007/s11916-017-0639-3 [published Online First:
2017/07/30]
19. Schievink WI, Maya MM, Moser F, et al. Frequency of spontaneous intracranial
hypotension in the emergency department. J Headache Pain 2007;8(6):325-8.
doi: 10.1007/s10194-007-0421-8 [published Online First: 2007/12/12]
20. Schievink WI, Deline CR. Headache secondary to intracranial hypotension. Curr Pain
Headache Rep 2014;18(11):457. doi: 10.1007/s11916-014-0457-9 [published
Online First: 2014/09/27]
21. Schievink WI, Morreale VM, Atkinson JL, et al. Surgical treatment of spontaneous
spinal cerebrospinal fluid leaks. J Neurosurg 1998;88(2):243-6. doi:
10.3171/jns.1998.88.2.0243 [published Online First: 1998/02/06]
22. Schievink WI, Maya MM, Louy C, et al. Spontaneous intracranial hypotension in
childhood and adolescence. J Pediatr 2013;163(2):504-10. doi:
10.1016/j.jpeds.2013.01.055 [published Online First: 2013/03/05]
23. Amoozegar F, Guglielmin D, Hu W, et al. Spontaneous intracranial hypotension:
recommendations for management. Can J Neurol Sci 2013;40(2):144-57.
[published Online First: 2013/02/20]
24. Schievink WI, Gordon OK, Tourje J. Connective tissue disorders with spontaneous
spinal cerebrospinal fluid leaks and intracranial hypotension: a prospective study.
Neurosurgery 2004;54(1):65-70; discussion 70-1. [published Online First:
2003/12/20]
25. Mokri B. Familial occurrence of spontaneous spinal CSF leaks: underlying connective
tissue disorder. Headache 2008;48(1):146-9. doi: 10.1111/j.1526-
4610.2007.00979.x [published Online First: 2008/01/11]
26. Beck J, Ulrich CT, Fung C, et al. Diskogenic microspurs as a major cause of
intractable spontaneous intracranial hypotension. Neurology 2016;87(12):1220-6.
doi: 10.1212/wnl.0000000000003122 [published Online First: 2016/08/28]
27. Schievink WI, Goseland A, Cunneen S. Bariatric surgery as a possible risk factor for
spontaneous intracranial hypotension. Neurology 2014;83(20):1819-22. doi:
10.1212/wnl.0000000000000985 [published Online First: 2014/10/24]
28. Syed NA, Mirza FA, Pabaney AH, et al. Pathophysiology and management of
spontaneous intracranial hypotension--a review. JPMA The Journal of the
Pakistan Medical Association 2012;62(1):51-5. [published Online First:
2012/02/23]
29. Limaye K, Samant R, Lee RW. Spontaneous intracranial hypotension: diagnosis to
management. Acta Neurol Belg 2016;116(2):119-25. doi: 10.1007/s13760-015-
0577-y [published Online First: 2015/12/15]
30. Schievink WI, Wijdicks EF, Meyer FB, et al. Spontaneous intracranial hypotension
mimicking aneurysmal subarachnoid hemorrhage. Neurosurgery 2001;48(3):513-
6; discussion 16-7. [published Online First: 2001/03/29]
31. Mokri B, Aksamit AJ, Atkinson JL. Paradoxical postural headaches in cerebrospinal
fluid leaks. Cephalalgia 2004;24(10):883-7. doi: 10.1111/j.1468-
2982.2004.00763.x [published Online First: 2004/09/21]
32. Li C, Raza HK, Chansysouphanthong T, et al. A clinical analysis on 40 cases of
spontaneous intracranial hypotension syndrome. Somatosensory & motor
research 2019:1-7. doi: 10.1080/08990220.2019.1566122 [published Online
First: 2019/03/15]
33. Ferrante E, Olgiati E, Sangalli V, et al. Early pain relief from orthostatic headache
and hearing changes in spontaneous intracranial hypotension after epidural blood
patch. Acta Neurol Belg 2016;116(4):503-08. doi: 10.1007/s13760-016-0617-2
[published Online First: 2016/02/26]
34. Chen S, Hagiwara M, Roehm PC. Spontaneous intracranial hypotension presenting
with severe sensorineural hearing loss and headache. Otology & neurotology :
official publication of the American Otological Society, American Neurotology
Society [and] European Academy of Otology and Neurotology 2012;33(8):e65-6.
doi: 10.1097/MAO.0b013e318254ed98 [published Online First: 2012/06/23]
35. Mokri B. Movement disorders associated with spontaneous CSF leaks: a case series.
Cephalalgia 2014;34(14):1134-41. doi: 10.1177/0333102414531154 [published
Online First: 2014/04/15]
36. Yamamoto M, Suehiro T, Nakata H, et al. Primary low cerebrospinal fluid pressure
syndrome associated with galactorrhea. Internal medicine (Tokyo, Japan)
1993;32(3):228-31. [published Online First: 1993/03/01]
37. Hedna VS, Kumar A, Miller B, et al. Intracranial hypotension masquerading as
nonconvulsive status epilepticus: report of 3 cases. J Neurosurg 2014;120(3):624-
7. doi: 10.3171/2013.7.Jns112308 [published Online First: 2013/08/27]
38. Webb AJ, Flossmann E, Armstrong RJ. Superficial siderosis following spontaneous
intracranial hypotension. Pract Neurol 2015;15(5):382-4. doi:
10.1136/practneurol-2015-001169 [published Online First: 2015/07/04]
39. Collange O, Wolff V, Cebula H, et al. Spontaneous Intracranial Hypotension: An
Etiology for Consciousness Disorder and Coma. A & A case reports
2016;7(10):207-11. doi: 10.1213/xaa.0000000000000385 [published Online
First: 2016/08/24]
40. Schievink WI, Dodick DW, Mokri B, et al. Diagnostic criteria for headache due to
spontaneous intracranial hypotension: a perspective. Headache 2011;51(9):1442-
4. doi: 10.1111/j.1526-4610.2011.01911.x [published Online First: 2011/06/11]
41. Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS) The
International Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia
2018;38(1):1-211. doi: 10.1177/0333102417738202 [published Online First:
2018/01/26]
42. Luetmer PH, Schwartz KM, Eckel LJ, et al. When should I do dynamic CT
myelography? Predicting fast spinal CSF leaks in patients with spontaneous
intracranial hypotension. AJNR Am J Neuroradiol 2012;33(4):690-4. doi:
10.3174/ajnr.A2849 [published Online First: 2011/12/24]
43. Wang YF, Lirng JF, Fuh JL, et al. Heavily T2-weighted MR myelography vs CT
myelography in spontaneous intracranial hypotension. Neurology
2009;73(22):1892-8. doi: 10.1212/WNL.0b013e3181c3fd99 [published Online
First: 2009/12/02]
44. Schievink WI. Novel neuroimaging modalities in the evaluation of spontaneous
cerebrospinal fluid leaks. Curr Neurol Neurosci Rep 2013;13(7):358. doi:
10.1007/s11910-013-0358-z [published Online First: 2013/05/25]
45. Albes G, Weng H, Horvath D, et al. Detection and treatment of spinal CSF leaks in
idiopathic intracranial hypotension. Neuroradiology 2012;54(12):1367-73. doi:
10.1007/s00234-012-1055-3 [published Online First: 2012/07/07]
46. Chazen JL, Talbott JF, Lantos JE, et al. MR myelography for identification of spinal
CSF leak in spontaneous intracranial hypotension. AJNR Am J Neuroradiol
2014;35(10):2007-12. doi: 10.3174/ajnr.A3975 [published Online First:
2014/05/24]
47. Akbar JJ, Luetmer PH, Schwartz KM, et al. The role of MR myelography with
intrathecal gadolinium in localization of spinal CSF leaks in patients with
spontaneous intracranial hypotension. AJNR Am J Neuroradiol 2012;33(3):535-
40. doi: 10.3174/ajnr.A2815 [published Online First: 2011/12/17]
48. Kumar Y, Hooda K, Li S, et al. A Case of Spontaneous Intracranial Hypotension: The
Role of Dynamic CT Myelography and Epidural Blood Patch in Diagnosis and
Treatment. Connecticut medicine 2015;79(9):547-9. [published Online First:
2015/12/04]
49. Mokri B. Radioisotope cisternography in spontaneous CSF leaks: interpretations and
misinterpretations. Headache 2014;54(8):1358-68. doi: 10.1111/head.12421
[published Online First: 2014/07/22]
50. Karm MH, Choi JH, Kim D, et al. Predictors of the Treatment Response of
Spontaneous Intracranial Hypotension to an Epidural Blood Patch. Medicine
(Baltimore) 2016;95(18):e3578. doi: 10.1097/MD.0000000000003578
[published Online First: 2016/05/07]
51. Suarez JP, Dominguez ML, Gomez MA, et al. Spontaneous intracranial hypotension
syndrome: contribution of radioisotope cisternography. Rev Esp Med Nucl Imagen
Mol 2017;36(1):48-52. doi: 10.1016/j.remn.2016.05.005 [published Online First:
2016/06/25]
52. Monteith TS, Kralik SF, Dillon WP, et al. The utility of radioisotope cisternography
in low CSF/volume syndromes compared to myelography. Cephalalgia
2016;36(13):1291-95. doi: 10.1177/0333102416628467 [published Online First:
2016/01/30]
53. Schievink WI. Spontaneous spinal cerebrospinal fluid leaks. Cephalalgia
2008;28(12):1345-56. doi: 10.1111/j.1468-2982.2008.01776.x [published Online
First: 2008/11/29]
54. Chung SJ, Kim JS, Lee MC. Syndrome of cerebral spinal fluid hypovolemia: clinical
and imaging features and outcome. Neurology 2000;55(9):1321-7. [published
Online First: 2000/11/23]
55. Ferrante E, Arpino I, Citterio A, et al. Epidural blood patch in Trendelenburg position
pre-medicated with acetazolamide to treat spontaneous intracranial hypotension.
Eur J Neurol 2010;17(5):715-9. doi: 10.1111/j.1468-1331.2009.02913.x
[published Online First: 2010/01/07]
56. Rizk M, El Khatib M, Yamout B, et al. Spontaneous intracranial hypotension
syndrome treated with fludrocortisone. A & A case reports 2015;4(1):8-11. doi:
10.1213/xaa.0000000000000105 [published Online First: 2015/01/23]
57. Gil-Gouveia R. Treatment of orthostatic headache without intracranial hypotension:
a case report. Cephalalgia 2013;33(11):948-50. doi: 10.1177/0333102413482192
[published Online First: 2013/04/09]
58. Paldino M, Mogilner AY, Tenner MS. Intracranial hypotension syndrome: a
comprehensive review. Neurosurgical focus 2003;15(6):Ecp2. [published Online
First: 2004/08/13]
59. Gentile S, Giudice RL, Martino PD, et al. Headache attributed to spontaneous low
CSF pressure: report of three cases responsive to corticosteroids. Eur J Neurol
2004;11(12):849-51. doi: 10.1111/j.1468-1331.2004.00898.x [published Online
First: 2005/01/26]
60. Akaji K, Katayama M, Sagoh M, et al. [Idiopathic intracranial hypotension associated
with decreased blood concentration of vitamin A]. No to shinkei = Brain and
nerve 1996;48(12):1135-9. [published Online First: 1996/12/01]
61. Nagatani K, Takeuchi S, Wada K, et al. Treatment of spontaneous intracranial
hypotension with intravenous Factor XIII administration: initial clinical
experience. Turk Neurosurg 2015;25(1):69-72. doi: 10.5137/1019-
5149.JTN.9849-13.1 [published Online First: 2015/02/03]
62. Tubben RE, Murphy PB. Epidural Blood Patch. StatPearls. Treasure Island (FL):
StatPearls Publishing
StatPearls Publishing LLC. 2019.
63. Angelo F, Giuseppe M, Eliana M, et al. Spontaneous intracranial hypotension:
diagnostic and therapeutic implications in neurosurgical practice. Neurol Sci
2011;32 Suppl 3:S287-90. doi: 10.1007/s10072-011-0699-9 [published Online
First: 2011/08/13]
64. Duffy PJ, Crosby ET. The epidural blood patch. Resolving the controversies.
Canadian journal of anaesthesia = Journal canadien d'anesthesie
1999;46(9):878-86. doi: 10.1007/bf03012979 [published Online First:
1999/09/18]
65. Nesbitt C, Amukotuwa S, Chapman C, et al. Lumbar blood patching for proximal
CSF leaks: where does the blood go? BMJ Case Rep 2015;2015 doi: 10.1136/bcr-
2014-206933 [published Online First: 2015/02/28]
66. Cho KI, Moon HS, Jeon HJ, et al. Spontaneous intracranial hypotension: efficacy of
radiologic targeting vs blind blood patch. Neurology 2011;76(13):1139-44. doi:
10.1212/WNL.0b013e318212ab43 [published Online First: 2011/03/30]
67. Yoon SH, Chung YS, Yoon BW, et al. Clinical experiences with spontaneous
intracranial hypotension: a proposal of a diagnostic approach and treatment. Clin
Neurol Neurosurg 2011;113(5):373-9. doi: 10.1016/j.clineuro.2010.12.015
[published Online First: 2011/02/05]
68. Smith KA. Spontaneous intracranial hypotension: Targeted or blind blood patch. J
Clin Neurosci 2016;25:10-2. doi: 10.1016/j.jocn.2015.07.009 [published Online
First: 2015/10/16]
69. Ferrante E, Rubino F, Mongelli M, et al. Subarachnoideal blood spread following
epidural blood patch given to treat spontaneous intracranial hypotension: Can it
cause neurological complications? Clin Neurol Neurosurg 2016;140:43-6. doi:
10.1016/j.clineuro.2015.11.007 [published Online First: 2015/12/02]
70. Ferrante E, Rubino GF, Passarani S, et al. Spontaneous intracranial hypotension. J
Neurosurg 2010;113(2):397-8; author reply 98-9. doi: 10.3171/2010.3.Jns10437
[published Online First: 2010/06/15]
71. Watanabe K, Hashizume K, Kawaguchi M, et al. Fluoroscopically guided epidural
blood patch with subsequent spinal CT scans in the treatment of spontaneous
cerebrospinal fluid hypovolemia. J Neurosurg 2011;114(6):1731-5. doi:
10.3171/2011.1.JNS101326 [published Online First: 2011/02/22]
72. Joo EY, Hwang BY, Kong YG, et al. Retrospective study of epidural blood patch use
for spontaneous intracranial hypotension. Reg Anesth Pain Med 2015;40(1):58-
61. doi: 10.1097/AAP.0000000000000194 [published Online First: 2014/12/11]
73. Ansel S, Rae A, Tyagi A. Efficacy of epidural blood patches for spontaneous low-
pressure headaches: a case series. J R Coll Physicians Edinb 2016;46(4):234-37.
doi: 10.4997/JRCPE.2016.404 [published Online First: 2017/05/16]
74. Tonnelet R, Colnat-Coulbois S, Mione G, et al. Successful Treatment of Spontaneous
Intracranial Hypotension by Plugging the Cerebrospinal Fluid Leak with
Percutaneous Cyanoacrylate Injection: A Report of 2 Cases. World Neurosurg
2016;91:390-8. doi: 10.1016/j.wneu.2016.04.051 [published Online First:
2016/04/27]
75. Woolen S, Gemmete JJ, Pandey AS, et al. Targeted epidural patch with n-butyl
cyanoacrylate (n-BCA) through a single catheter access site for treatment of a
cerebral spinal fluid leak causing spontaneous intracranial hypotension. BMJ Case
Rep 2015;2015 doi: 10.1136/bcr-2015-011778 [published Online First:
2015/06/04]
76. Janssen I, Gempt J, Gerhardt J, et al. Treatment strategy for cerebral hypotension
caused by spontaneous cerebrospinal fluid leaks. Acta Neurochir (Wien)
2016;158(2):273-8. doi: 10.1007/s00701-015-2653-8 [published Online First:
2015/12/08]
ANEXOS
Tabela 1. Critérios de diagnóstico de cefaleia devido a hipotensão intracraniana espontânea
A. Cefaleia ortostática
B. Pelo menos um dos seguintes:
1. Pressão de abertura baixa (≤60 mm H2O)
2. Melhoria sustentada dos sintomas após patching epidural
3. Demonstração de uma fístula ativa de LCR a nível espinhal
4. Alterações típicas em RM-CE (coleções subdurais; espessamento da paquimeninge; engorgitamento venoso;
hiperémia hipofisária; “descida encefálica”)
C. Ausência de história recente de punção lombar
D. Não atribuível a causa/doença conhecida
Legenda: LCR - Líquido céfalo-raquidiano; RM-CE - ressonância magnética crânio-encefálica
Tabela 2. ICHD-III - Critérios de diagnóstico – 7.2.3. Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension
A. Qualquer cefaleia que preencha o critério 7.2. Headache attributed to low cerebrospinal fluid (CSF) pressure*
e o critério C desta tabela
B. Ausência de procedimento ou trauma conhecido capaz de provocar fístula de LCR
C. Cefaleia que ocorre em relação temporal com a hipotensão de LCR ou com a perda de LCR ou que levou à sua
descoberta
D. Não melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3
* A. Qualquer cefaleia que cumpra o critério C; B. Pelo menos um dos seguintes: 1. Diminuição da pressão de
abertura de LCR (<60 mm LCR), 2. Evidência de fístula de LCR nos exames imagiológicos; C. Cefaleia que
ocorre em relação temporal com a hipotensão de LCR ou com a perda de LCR ou que levou à sua descoberta;
D. Não melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3
Legenda: ICHD - International Classification of Headache Disorders; LCR - líquido céfalo-raquidiano
APÊNDICES
Legenda: International Classification of Headache Disorders
Tabela 3. Critérios de diagnóstico dos doentes incluídos nas algumas séries publicadas
Artigo
Número de
doentes
Diagnóstico
Ferrante 2010 111 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Ferrante 2010 82 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Cho 2011 61 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Kranz 2011 8 Critérios de diagnóstico modificados de Schievink, 2011
Watanabe 2011 13 Não especificado
Yoon 2011 30
Ressonância magnética crânio-encefálica (achados: espessamento e realce da dura-máter
com ou sem a presença de hematoma subdural, deslocamento crânio-caudal das amígdalas e
alongamento do tronco cerebral) e medição da pressão de LCR por punção lombar.
Madsen 2011 14 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Angelo 2011 74
Clínica (Cefaleia ortostática, dor cervical, náuseas, acufenos, hipoacusia, disfunção
endócrina) e Ressonância magnética crânio-encefálica (achados: espessamento difuso e
linear da paquimeninge, coleções subdurais de fluido, deslocamento encefálico crânio-
caudal, descida e alargamento da ponte, achatamento da cisterna pré-pôntica, deslocamento
inferior das amígdalas, aumento da pituitária e ingurgitamento dos seios venosos durais)
Albes 2012 26 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Joo 2015 76
Pelo menos 2 dos seguintes 3: 1) Cefaleia ortostática; 2) Baixa pressão de LCR; 3) Realce
difuso da paquimeninge na Ressonância magnética com contraste (gadolínio)
Ferrante 2016 106 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Karm 2016 104
Pelo menos 2 dos seguintes 3: 1) Cefaleia ortostática; 2) Baixa pressão de LCR; 3) Realce
difuso da paquimeninge na Ressonância magnética com contraste (gadolínio)
Beck 2016 69 ICHD-III (7.2.3 Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension)
Yun So 2016 34 Não Especificado
Ferrante 2016 28 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)
Ansel 2016 16 ICHD-III (7.2.3 Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension)
Tabela 4. Prevalência dos achados imagiológicos da ressonância magnética crânio-encefálica de algumas séries
publicadas
Artigo
Espessamento e
realce difuso das
paquimeninges
Coleções
subdurais
Deslocamento
encefálico
crânio-caudal
Ingurgitamento
venoso
Hiperémia
pituitária
Sem
alterações
típicas
Schick et al
2010
6/8 (75%) 7/8 (87,5%) - - - 0/8 (0%)
Franzini et al
2010
18/28 (64,2%)
15/28
(53,5%)
4/28 (14,3%) - - 1/28 (3,6%)
Ferrante et al
2010
38/41 (92%) 15/41 (36%) 8/41 (19%) - - -
Li et al 2019 23/24 (95,83%)
4/24
(16,7%)
3/24 (12,5) 1/24 (4,1%) 5/24 (20,8%) 0/24 (0%)
Ansel et al
2016
6/15 (40%) 3/15 (20%) 3/15 (20%) - - -
Karm et al
2016
61/104 (58,7%)
11/104
(10,6%)
22/104 (21,2%) 40/104 (38,5%)
14/104
(13,5%)
-
Yoon et al
2011
25/30 17/30 - - - -
Watanabe et
al 2008
15/18 (83%) 13/18 (72%) 13/18 (72%) - 12/18 (67%) -
Watanabe et
al 2011
12/13 (92,3%)
5/13
(38,4%)
8/13 (61,5%) - - -
Schievink et
al 2008
53/94 (56%) 34/94 (36%) 48/94 (51%) - - -
Mokri et al
1997
26/26 (100%)
18/26
(69%)
16/26 (62%) - - -
Lin et al 2002 13/15 (86%)
2/15
(13,3%)
6/15 (40%) - - -
Kranz et al
2016
77/93 (83%) - 60/99 (61%) 74/99 (75%) - -
Chung et al
2000
19/23 (83%) 4/23 (17%) 11/23 (48%) - - -
Wiesemann
et al 2006
7/10 (70%) 2/10 (20%) 4/10 (40%) - - -
Ferrante et al
2004
12/12 (100%)
8/12
(66,7%)
4/12 (33,3%) - - -
Su et al 2009 6/7 (85,7%) 3/7 (42,8%) 2/7 (28,5%) - - -
O’Brien et al
2011
6/7 (85,7%) 1/7 (14,3%) - - - 1/7 (14,3%)
Cho et al
2011
48/56 (85,7%)
13/56
(23,2%)
18/56 (32,1%) - - -
Kranz et al
2011
7/8 (88%) 2/8 (25%) 5/8 (63%) - - -
Tabela 5. Sucesso das diferentes estratégias terapêuticas na Síndrome de Hipotensão Intracraniana em várias séries publicadas
Autor
Número de
doentes na
série
Tratamento com sucesso - melhoria ou resolução completa do quadro (nº de doentes)
Conservador Epidural Blood Patch não
dirigido (EBP-ND)
Epidural Blood Patch
dirigido (EBP-D) Outras técnicas
Ferrante et al
2010 111 54
57
51 (89,5%) após 1 EBP-ND
4 (7%) após 2 EBP-ND
2 (3,5%) após 3 EBP-ND
- -
Ferrante et al
2010 82 40
42
38 (90,4%) após 1 EBP-ND
2 (4,8%) após 2 EBP-ND
2 (4,8%) após 3 EBP-ND
- 2 (drenagem de
hematoma subdural)
Cho et al
2011 61 5
25
13 (52%) após 1 EBP-ND
12 (48%) após >2 EBP-ND
31
27 (87,1%) após 1 EBP-
D
4 (12,9%) após 2 EBP-D
-
Watanabe et
al 2011 13 0 -
13
12 (92,3%) após 1 EBP-
D
1 (7,7%) após 2 EBP-D
-
Yoon et al
2011 30 4/4
11/11
7 (63,6%) após 1 EBP-ND
3 (27,3%) após 2 EBP-ND
2 (18,1%) após 3 EBP-ND
6/6
6 (100%) após 1 EBP-D
(1 após 2 EBP-D +
cirurgia)
3/3 (cirurgia)
1/1 (2 EBP-D +
cirurgia)
4/4 (1 EBP-ND +
cirurgia)
Angelo et al
2011 74 0
68
65 (87%) após 1 EBP-ND
3 (4,1%) após 2 EBP-ND
- -
Albes et al
2012 26 - -
25/26
16 (64%) após 1 EBP-D
5 (20%) após 2 EBP-D
3 (12%) após 3 EBP-D
1 (4%) após 5 EBP-D
-
Joo et al 2015 76 0 -
76/76
26 (34,2%) após 1 EBP-
D
30 (39,5%) após 2 EBP-
D
12 (15,8%) após 3 EBP-
D
8 (10,5%) após ≥4 EBP-
D
-
Ferrante et al
2016 106
0
(9 dias-13
meses de
tratamento)
106/106
96 (90%) após 1 EBP-ND
4 (4%) após 2 EBP-ND
6 (6%) após 3 EBP-ND
- -
Karm et al
2016 104 0 -
104
37 (35,6%) após 1 EBP-
D
67 (64,4%) após ≥2
EBP-D
-
Beck et al
2016 69
54/54
(tratamento conservativo ou EBP-ND ou EBP-D)
13/14 (Exploração
neurocirúrgica –
remoção de osteófitos,
redução de hérnias
aracnoides e sutura da
dura-máter e drenagem
de hematoma subdural)
Yun Soe t al
2016 34 -
19 após 1 EBP-ND/D
15 após uma média de 1,48±0,64 EBP-ND/D -
Ferrante et al
2016 28 0/15
28
100% após 1 EBP-ND - -
Ansel et al
2016 16 -
7
7/13 (54%) após 1 EBP-ND
(perda de follow-up de 3
doentes)
- -
Legenda EBP-ND: Epidural Blood Patch-Não Dirigido; EBP-D: Epidural Blood Patch-Dirigido
Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:
Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry (JNNP)
03/21/2019 Authors | Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry
Authors
Submit manuscript
The Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry (JNNP) publishes original articles, short reports, editorials, commentaries and more, covering the whole field of clinical neurological practice, neurosurgery and neuropsychiatry. Emphasis is given to common disorders such as cerebrovascular disease, multiple sclerosis, Parkinson’s disease, peripheral neuropathy, epilepsy, and subarachnoid haemorrhage.
Articles should be of direct relevance to clinical practise. Thus we do not generally publish research based on animal experiments nor studies of normal nervous system function. We do publish papers on cognitive neuropsychology if they are of clinical, as opposed to purely theoretical interest. Paediatric papers will be considered if of general interest and relevant to adult neurology. Novel mutations in known disease related genes are unlikely to be published unless they relate to a new phenotype or provide new pathophysiological information.
JNNP publishes a small number of quality of life and health economic papers where these are of general interest, thus it is unlikely we would publish a health economic paper that was limited to only one health system or economy.
We aim to make an early decision of suitability for the journal with the result that around 50% of papers are rejected without going out to review following in house discussion. This decision would normally be made within a week of submission. Following review the decision to accept the paper for publication or to invite revision is made at a weekly editorial committee meeting.
When a paper has been submitted from the Editor or Associate Editors’ departments, they have no role in the reviewing or decision making process. This also applies to any Associate Editors who are authors, in which instance the reviewing process is handled by the Editor in Chief. The Editor in Chief does not submit any articles to the JNNP
• Editorial policy • Video abstracts • Data sharing • ORCID • Article publishing charges • Submission guidelines
Editorial policy
The Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry adheres to the highest standards concerning its editorial policies on publication ethics, scientific misconduct, consent and peer review criteria. To view all BMJ Journal policies please refer to the BMJ Author Hub policies page.
Articles are published under an exclusive licence or non-exclusive licence for UK Crown employees or where BMJ has agreed CC BY applies. For US Federal Government officers or employees acting as part of their official duties, the terms are as stated in accordance with our licence terms. Authors or their employers retain copyright. Open access articles can be reused under the terms of the relevant Creative Commons licence to facilitate reuse of the content; please refer to the Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry Author Licence for the applicable Creative Commons licences.
More information on copyright and authors’ rights.
Video abstracts
We welcome video abstracts to accompany accepted research articles. These allow authors to personally talk through their work beyond the restrictions of a formal article to improve the user’s understanding.
Note that we will not ask you to consider submitting a video abstract until your paper has been accepted. Please do not try to upload a video abstract upon initial submission of your manuscript.
There are many tutorials online which can guide the production of a video abstract, using widely and often freely available software. Windows Movie Maker and Apple iMovie are the most common examples. Examples of video abstracts are available from The BMJ. Below are a few guidelines for making a video abstract. Authors may also want to ask their institution’s press/media office for assistance.
• Video abstracts should not last longer than 4 minutes. • The content and focus of the video must relate directly to the study that has been
accepted for publication, and should not stray beyond the data. We recommend that you follow the same structure as the paper itself i.e. briefly outline the background/context of the study, present your research objective, outline the methods used, present the key results and then discuss the implications of the outcomes.
• The presentation and content of the video should be in a style and in terms that will be understandable and accessible to a general medical audience. The main language should be English, but we welcome subtitles in another language. Please avoid jargon that will not be familiar to a wide medical audience, and do not use abbreviations.
• Authors usually talk directly into the camera and/or present a slideshow, but we encourage the use of other relevant visual and audio material (such as
animations, video clips, still photographs, figures, infographics). If you wish to use material from previously published work or from other sources, please obtain the appropriate permissions from the relevant publisher or copyright owner.
• If the video shows any identifiable living patients and/or identifiable personal details, authors need to demonstrate that consent has been obtained. If a patient consent form was provided for the related article, there is no need to provide this again for the video.
• Please use the compression parameters that video sharing sites use. Often these are standard options from your editing software. A comprehensive guide is available from the vimeo website.
Videos are too large to email so will need to be uploaded to BMJ’s account on the Hightail website. Please include the journal’s name and your manuscript ID number in the message field – this will enable us to match your video to your paper. Your video needs to be received by the time that you return the corrections for your article proof, at the very latest. Please note that if you do not correctly label your video or if you miss the deadline, this may cause delays in publication of both your article and the video.
All video abstracts will be assessed for suitability by the editorial team and publication is not guaranteed. In some cases editors may request edits to the video.
Video abstracts are embedded within the research article online and also published separately on the journal’s YouTube channel. They are published under the same copyright terms as the associated article.
Data sharing
The Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry adheres to BMJ’s Tier 3 data policy. We strongly encourage that data generated by your research that supports your article be made available as soon as possible, wherever legally and ethically possible. All research articles must contain a Data Availability Statement. For more information and FAQs, please see BMJ’s full Data Sharing Policy page.
ORCID
The Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry mandates ORCID iDs for the submitting author at the time of article submission; co-authors and reviewers are strongly encouraged to also connect their ScholarOne accounts to ORCID. We strongly believe that the increased use and integration of ORCID iDs will be beneficial for the whole research community.
Please find more information about ORCID and BMJ’s policy on our Author Hub
Article publishing charges
During submission, authors can choose to have their article published open access for 1,950 GBP (exclusive of VAT for UK and EU authors). Authors can also choose to publish their article in colour for the print edition – instead of the default option of black and white – for 250 GBP. There are no submission, page or online-only colour figure charges.
For more information on open access, funder compliance and institutional programmes please refer to the BMJ Author Hub open access page.
Submission guidelines
Please review the below article type specifications including the required article lengths, illustrations, table limits and reference counts. The word count excludes the title page, abstract, tables, acknowledgements, contributions and references. Manuscripts should be as succinct as possible.
For further support when making your submission please refer to the resources available on the BMJ Author Hub. Here you can also find general formatting guidelinesacross BMJ and a formatting checklist. You may also wish to use the language editing and translation services provided by BMJ Author Services.
If your article is accepted you can take advantage of BMJ’s partnership with Kudos, a free service to help you maximise your article’s reach.
Paper Short report Review Editorial Editorial commentary Letter Neurological picture Supplements
Paper
Full papers must present important and substantial new material. Articles should be of direct relevance to clinical practise. Thus we do not generally publish research based on animal experiments nor studies of normal nervous system function. All papers require ethical approval
Word count: 3500 words maximum Abstract: 250 words Tables/Illustrations: should not normally exceed 8 References: 40
Short report
Topics suitable for presentation for short reports include single case reports which illustrate important new phenomena, or reports of short, original research studies.
Short Reports require consent, regardless of anonymisation. This article type will not undergo peer-review without consent. All papers require ethical approval.
Word count: no more than 1500 words Abstract: structured, 200 words Tables/Illustrations: up to one of each References: should not normally exceed 15
Review
Reviews will be solicited by the Editor and are subjected to a review process. Authors wishing to submit a review should seek the advice of the Editor in advance. Authors should bear in mind that the journal is also available online and the inclusion of additional material, eg video clips and sound files, and links to useful websites is strongly encouraged.
Word count: 5000 words maximum – bullet points encouraged Tables/Illustrations: should not normally exceed 5 References: should not normally exceed 40
Editorial
Editorials will be solicited by the Editor and are subjected to a review process. Authors wishing to submit an editorial should seek the advice of the Editor in advance.
Word count: 1500 words Tables/Illustrations: 1 table or figure References: should not normally exceed 25
Editorial commentary
A short editorial commentary to accompany an existing JNNP article. In the Summary/Abstract field, please provide a sentence that can be used to attract readers to your Editorial Commentary; this will appear immediately below the title and author and should be maximum 20 words (to see an example follow this link.
Word count: 500 words References: should not normally exceed 4
Letter
Letters in response to articles published in the Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry are welcome and should be submitted electronically via the website. Contributors should go to the abstract or full text of the article in question. At the top right corner of each article is a “contents box”. Click on the “eLetters: Submit a response to this article” link. Letters in response to an article may be published in the print version of the journal in exceptional circumstances.
Letters containing original research should be submitted via ScholarOne and must be typed in double line spacing. Letters may be published in a shortened form at the discretion of the editor. Proofs will not be sent to the authors. All papers require ethical approval
Word count: 1000 words Tables/Illustrations: 1 table or figure References: 5
Neurological picture
Neurological pictures are very brief case reports or historical vignettes. Submissions will now primarily be web based, extraordinary submissions will be published in the journal rarely.
All Neurological Pictures require consent, regardless of anonymisation. This article type will not undergo peer-review without consent. All papers require ethical approval. A sample format can be viewed here.
Images must be supplied in JPEG or GIF format with maximum dimensions of 500 x 500 pixels, minimum resolution of 300 DPI.
Please include at least one multiple choice question with background information/ clinical history, along with a list of possible answers, including an indication and explanation of the correct answer (with references).
Word count: 500 words maximum, up to 5 references Authors: No more than 4 authors
Supplements
The BMJ Publishing Group journals are willing to consider publishing supplements to regular issues. Supplement proposals may be made at the request of:
• The journal editor, an editorial board member or a learned society may wish to organise a meeting, sponsorship may be sought and the proceedings published as a supplement.
• The journal editor, editorial board member or learned society may wish to commission a supplement on a particular theme or topic. Again, sponsorship may be sought.
• The BMJPG itself may have proposals for supplements where sponsorship may be necessary.
• A sponsoring organisation, often a pharmaceutical company or a charitable foundation, that wishes to arrange a meeting, the proceedings of which will be published as a supplement.
In all cases, it is vital that the journal’s integrity, independence and academic reputation is not compromised in any way.
For further information on criteria that must be fulfilled, download the supplements guidelines.
When contacting us regarding a potential supplement, please include as much of the information below as possible.
• Journal in which you would like the supplement published • Title of supplement and/or meeting on which it is based • Date of meeting on which it is based • Proposed table of contents with provisional article titles and proposed authors • An indication of whether authors have agreed to participate • Sponsor information including any relevant deadlines • An indication of the expected length of each paper Guest Editor proposals if
appropriate