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2018/2019 Filipe Alexandre Rodrigues Nóbrega Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica Spontaneous Intracranial Hypotension Syndrome: therapeutic approach abril, 2019

Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem ... · hipovolémia de LCR seja explicada por diminuição da sua secreção ou a uma absorção excessiva.6 O volume

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2018/2019

Filipe Alexandre Rodrigues Nóbrega

Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica

Spontaneous Intracranial Hypotension Syndrome: therapeutic approach

abril, 2019

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Neurologia

Tipologia: Monografia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Professora Doutora Joana Cruz Guimarães Ferreira Almeida

E sob a Coorientação de:

Doutor Luís Carlos Pereira Braz

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry

Filipe Alexandre Rodrigues Nóbrega

Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica

Spontaneous Intracranial Hypotension Syndrome: therapeutic approach

abril, 2019

Síndrome de Hipotensão Intracraniana Espontânea: abordagem terapêutica

Filipe Nóbregaa*, Luis Braza,b, Joana Guimarãesa,b

aDepartamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental. Faculdade de Medicina.

Universidade do Porto. Porto. Portugal

bServiço de Neurologia. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal

*Autor correspondente:

Filipe Nóbrega

Universidade do Porto, Faculdade de Medicina

Alameda do Professor Hernâni Monteiro, 4200–319 Porto, Portugal

Telefone: +351 961 256 059

E-mail: [email protected]

Palavras chave: Síndrome de hipotensão intracraniana espontânea; cefaleia ortostática;

fístulas de líquido céfalo-raquidiano; Ressonância magnética; Blood patch epidural.

Número de palavras: 4830

Número de referências: 76

RESUMO

A síndrome de hipotensão intracraniana espontânea (SHI) corresponde a um conjunto de

sintomas e sinais clínicos e imagiológicos na sequência de fístulas espontâneas de líquido

céfalo-raquidiano (LCR) a nível espinhal. O sintoma típico à apresentação é a cefaleia

ortostática, caracteristicamente agravada pelo ortostatismo e aliviada pelo decúbito. A

ressonância magnética crânio-encefálica é o exame imagiológico cujos achados fazem

parte dos critérios de diagnóstico desta síndrome. A abordagem terapêutica dos doentes

com SHI engloba medidas conversadoras e medidas invasivas, do qual é paradigma o

blood patch epidural. Em casos refratários, a intervenção neurocirúrgica poderá ser

necessária.

INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO/ETIOLOGIA

A Síndrome de Hipotensão Intracraniana (SHI) foi originalmente descrita como um

conjunto de sintomas, dos quais se destaca a cefaleia ortostática, associada a baixas

pressões de abertura de líquido céfalo-raquidiano (LCR)1 2. Mais recentemente, percebeu-

se que o principal fator na patogénese desta síndrome é a perda de volume de LCR e não

a diminuição da pressão de abertura de LCR pois a maioria dos doentes têm pressões de

abertura normais3 4. Esta perda de volume de LCR resulta numa alteração da dinâmica de

líquor e deslocamento crânio-caudal do encéfalo5. Não há evidência que sugira que a

hipovolémia de LCR seja explicada por diminuição da sua secreção ou a uma absorção

excessiva.6

O volume perdido de LCR relaciona-se com a pressão de LCR, com as manifestações

clínicas e com os achados imagiológicos2.

A diminuição do volume de LCR, pela doutrina de Monro-Kelly, é compensada pelo

aumento do volume de estruturas de baixa resistência, nomeadamente das veias cerebrais

e peri-pituitárias e dos seios durais, o que explica alguns dos achados imagiológicos da

ressonância magnética, nomeadamente o ingurgitamento venoso e a hiperémia pituitária4

7.

A causa da SHI são fístulas espontâneas de LCR por rutura da aracnoide e/ou dura-máter,

de localização espinhal, sendo que sua maioria se encontra na região cervico-torácica8-11.

Não há evidência que comprove a associação entre as fístulas da base do crânio e a SHI.12

Há formação de um lago de LCR nos espaços subdural ou epidural, podendo o líquor ser

reabsorvido para os plexos venosos epidurais ou para os tecidos moles paraespinhais9.

Por vezes, há formação de fístulas venosas entre o espaço subaracnoideu e o espaço

venoso para-espinhal, particularmente a nível torácico. Numa série de 568 casos, este tipo

de fístula foi identificado em 14 doentes (2,5%).13 Estas fístulas devem ser consideradas

como provável etiologia de SHI na ausência de sinais de fístula pelos métodos

imagiológicos convencionais.14 15

EPIDEMIOLOGIA

A incidência anual estimada da Síndrome de Hipotensão Intracraniana (SHI) é de 2 a 5

casos em 100000 e a prevalência estimada é de 1 caso em 500009 16. Contudo, as

verdadeiras incidência e prevalência desta síndrome são desconhecidas devido à escassez

de estudos de base populacional9. Dado que esta síndrome só nos últimos anos tem sido

considerada na lista de hipóteses diagnósticas na abordagem a um doente com cefaleias,

os valores de incidência poderão estar sub-valorizados.17 18 Em termos comparativos, a

frequência de SHI ronda os 0,5-1% das cefaleias no serviço de urgência e o diagnóstico

é 50% menos frequente do que o de hemorragia subaracnoideia (HSA) espontânea.19

O sexo feminino é mais afetado, num rácio de 1,5 a 2 mulheres para cada homem.9 20 21

A SHI tem uma maior incidência entre a quarta e a sexta décadas de vida com um pico

entre os 35 e os 42 anos de idade16 21. No entanto, crianças e idosos podem também ser

afetados.10 16 22

FATORES DE RISCO

Na maioria dos doentes com SHI não se encontra uma causa para o desenvolvimento da

fístula, contudo acredita-se que seja de etiologia multifactorial.23

As fístulas de LCR estão associadas a uma fragilidade das meninges que as predispõem

à rutura e consequente drenagem de LCR para o espaço epidural.9 Esta fragilidade pode

dever-se a múltiplas causas, quer anatómicas quer estruturais: (1) a presença de defeitos

meníngeos, nomeadamente divertículos ou lacerações da dura-máter23, particularmente

na região adjacente à emergência das raízes nervosas, propicia a protusão e/ou exposição

da camada aracnoide que é mais propensa à rutura18; (2) doenças do tecido conjuntivo,

nomeadamente Síndrome de Marfan, Síndrome de Ehlers-Danlos tipo II, doença renal

policística autossómica dominante, Neurofibromatose, Síndrome de Lehman;6 (3) hérnias

discais; (4) osteófitos vertebrais espiculados.9

As doenças do tecido conjuntivo estão associadas ao desenvolvimento de divertículos

meníngeos que, por sua vez, são fatores de risco para fístulas de LCR. Algumas

características concomitantes associadas a doenças do tecido conjuntivo são o

descolamento espontâneo da retina em idade jovem, a esclera azul-acizentada, uma

hipermobilidade articular, aracnodactilia, escoliose, hiperelasticidade cutânea,

tortuosidade e aneurismas arteriais, válvulas aórticas bicúspides, prolapso da válvula

mitral e pneumotórax espontâneo, entre outras.20 Em até dois terços dos doentes

identificam-se, ao exame objetivo, características sugestivas de doença generalizada do

tecido conjuntivo. Contudo, a maioria dos doentes com estigmas destas doenças não tem

critérios de diagnóstico de nenhuma das patologias mencionados.24 Mokri et al., em 2007,

descrevem duas irmãs, clinicamente apresentando estigmas de doença do tecido

conjuntivo e que desenvolveram fístulas de LCR ao nível de divertículos meníngeos e em

outras localizações espinhais. A história familiar era positiva para doenças do tecido

conjuntivo. Esta ocorrência familiar apoia a hipótese de que a fragilidade meníngea pré-

existente (condicionada, nestes casos, pela doença do tecido conjuntivo) é um fator

importante para o desenvolvimento de fístulas de LCR.25

As fístulas associadas a hérnias discais calcificadas e osteófitos vertebrais espiculados

tendem a localizar-se na região torácica e cervical inferior da dura-máter ventral e

associam-se a grande volume de fluido epidural nos exames de imagem espinhais.18 26

Um possível fator de risco para o desenvolvimento de SHI, descrito em 2014 por

Schievink et al, é a cirurgia bariátrica. Neste estudo, os autores compararam dois grupos

retrospetivamente, um de 338 doentes com o diagnóstico de SHI e um grupo de controlo

com 245 doentes. Verificaram que 11 (3,3%) doentes com SHI tinham sido submetidos a

uma cirurgia bariátrica previamente à instalação dos sintomas, numa proporção

significativamente superior ao grupo de controlo (0,8%). O tempo decorrido entre a

cirurgia e o aparecimento dos sintomas foi muito variável (3 a 241 meses). O peso médio

perdido desde a cirurgia até à instalação dos sintomas foi de 52,5 kg e o peso dos doentes

aquando da instalação dos sintomas variou entre 52 e os 106 kg. Os autores sugerem que

a relação entre a cirurgia bariátrica e o SHI resulta do efeito da perda ponderal na

diminuição da pressão de LCR; no facto de uma pressão de LCR cronicamente elevada

em doentes obesos contribuir para um enfraquecimento da dura-máter espinhal,

predispondo estes doentes a fístulas espinhais espontâneas; pela diminuição da gordura

epidural após a cirurgia que contribui para menor efeito de tamponamento das fístulas; e

pelas complicações nutricionais pós-operatórias, nomeadamente os défices de vitaminas

A e D que exercem um efeito na absorção e pressão de LCR e na manutenção da

integridade dural.27

Outros fatores de risco possíveis descritos na literatura incluem a alteração no

metabolismo tiroideu, este implicado em alterações do tecido conjuntivo, com laxidez,

que predispõe à formação de divertículos meníngeos ou à rutura de divertículos

congénitos; a desidratação, o coma diabético, a hiperpneia, a urémia e doenças sistémicas

graves.28

Fatores mecânicos parecem estar implicados no desenvolvimento de fístulas espinhais e

até um terço dos doentes descreve uma história de trauma minor que precede o início dos

sintomas.9 Entre os possíveis fatores precipitantes encontram-se a tosse, espirros,

exercício físico, atividades desportivas, pegar em objetivos leves ou pesados, manobra de

Valsava, alterações posicionais rápidas, quedas, viagens em montanhas-russas e

manipulação quiroprática do pescoço.29

CLÍNICA

Clinicamente, a cefaleia ortostática é o sintoma mais frequente nos doentes com SHI. A

cefaleia ortostática caracteriza-se por surgir ou agravar com a posição ortostática e

desaparecer ou aliviar com a posição supina ao fim de minutos a horas (tempo médio de

trinta minutos).20 O início é gradual ou subagudo, surgindo num período de segundos a

minutos (tempo médio de quinze minutos) após o doente assumir a posição ortostática,

estando descritos períodos de latência de algumas horas.3 Cerca de 15% dos doentes

apresentam-se com cefaleia tipo relâmpago, implicando diagnóstico diferencial com

HSA.30 Cronicamente, os tempos de latência até o aparecimento da cefaleia podem

aumentar e as características posturais podem atenuar-se. Raramente, os doentes com SHI

apresentam-se sem cefaleia ou com cefaleia sem características posturais típicas, podendo

mesmo serem paradoxais, com agravamento na posição supina e alívio na posição

ortostática.31 Alguns doentes referem história de cefaleias diárias crónicas, sem

características ortostáticas, semelhantes à cefaleia de tensão.16

Relativamente às características, a cefaleia é comummente não pulsátil, tipo pressão, mas

pode apresentar-se como pulsátil3, estando descrita uma série de 40 doentes com uma

prevalência de cefaleia pulsátil de 9,5%32 e outra de 28 em que apenas 1 (3,6%) doente

apresentou cefaleia pulsátil.33

A cefaleia é frequentemente bilateral, simétrica e pode ser difusa ou localizada à região

frontal, temporal, occipital ou suboccipital. Quando localizada, é mais frequente na região

occipital. Raramente é unilateral, podendo ter esta característica nas fases iniciais e

evoluir para uma localização holocefálica.3 10

A intensidade é muito variável, desde dor ligeira a muito intensa e incapacitante,

impossibilitando o doente de manter o ortostatismo e com repercussões nas atividades de

vida diárias dos doentes.16 O grau de hipotensão intracraniana tem fraca correlação com

a intensidade da cefaleia.20

Os mecanismos subjacentes ao aparecimento da cefaleia, no contexto da SHI, são o

deslocamento cerebral crânio-caudal e consequentemente tração de estruturais

nociceptivas, particularmente da dura-máter; e a dilatação de estruturas venosas cerebrais

igualmente sensíveis a estímulos nociceptivos.2

Sintomas associados à cefaleia incluem náuseas e vómitos, dor ou rigidez da nuca,

fotofobia, sinais vestíbulo-cocleares como acufenos ou zumbidos, fonofobia, hipoacusia

e vertigem rotacional que podem, igualmente, ter características ortostáticas. Chen et al.

em 2012 descrevem um caso de uma doente de 50 anos com SHI que apresentava

clinicamente surdez neurossensorial grave que os autores relacionam com uma

diminuição do volume de perilinfa da cóclea consequente à baixa pressão de LCR.34

Menos frequentemente, os doentes apresentam diplopia, oftalmoparésia, diminuição da

acuidade visual, defeitos de campo visual, hipostesia, dor ou espasmo facial ou

disgeusia.16 23 Estes sintomas, assim como os acufenos, resultam da tração de nervos

cranianos. Dor espinhal ou interescapular, radiculopatia, quadriplegia, alterações do

movimento (ataxia, parkinsonismo, coreias, tremor postural)35 e cognitivas estão também

descritas.16 29 No caso de o doente apresentar dor espinhal, o nível desta não corresponde

necessariamente ao nível da fístula.

A distorção da haste hipofisária, consequente ao deslocamento cerebral, associa-se a

estados de hiperprolactinemia e, clinicamente, galactorreia.23 36

Outras apresentações clínicas, associadas a complicações do SHI, incluem estado

epilético não convulsivo37, quadros compatíveis com trombose venosa cerebral,

hemorragia cerebelosa, hematomas subdurais20, siderose superficial38, síndrome de

vasoconstrição cerebral e herniação diencefálica, com estupor ou coma.39

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da SHI compreende duas componentes: clínica e imagiológica. A

apresentação clínica é muitas vezes sugestiva do diagnóstico29. A imagiologia é utilizada

para confirmação diagnóstica e, quando há necessidade de terapêutica dirigida, localizar

anatomicamente a fístula de líquor 20.

Clinicamente, a cefaleia é o sintoma mais frequente e, em 2008, Schievink et al

propuseram critérios de diagnóstico para a cefaleia resultante de hipotensão intracraniana

espontânea, os quais foram atualizados em 2011 e estão apresentados na Tabela 140.

Mais recentemente, em 2013, a Internacional Heache Society publicou o trabalho The

International Classification of Headache Disorders, 3rd edition (ICDH-III)41, onde se

encontram definidos critérios de diagnóstico de “7.2.3 Cefaleia atribuída a hipotensão

intracraniana espontânea” (Tabela 2). Neste documento, esta entidade é descrita como

uma cefaleia ortostática causada por baixas pressões de LCR de origem espontânea, sendo

frequentemente acompanhada por rigidez da nuca e sintomas auditivos subjetivos e que

cessa após normalização da pressão de LCR. Ressalvam que este diagnóstico não pode

ser estabelecido na presença de história de punção da dura-máter no último mês. Estes

critérios reforçam a necessidade de excluir outras patologias tais como síndromes

ortostáticas induzidas por drogas, síndrome de taquicardia ortostática postural e outras

cefaleias primárias4 18. Devido à grande variedade de apresentação clínica e imagiológica,

muitos doentes com cefaleia atribuível ao SHI não cumprem os critérios de diagnóstico

estabelecidos pela ICHD-III.16

Em 2015, Ducros et al publicaram uma modificação dos critérios inicialmente descritos

por Schievink, onde se acrescentam características clínicas para além da cefaleia,

nomeadamente náuseas, vómitos e sintomas vestíbulo-cocleares num doente acordado;

acrescentam como critério a ausência de sinais neurológicos focais, exceto neuropatias

cranianas. Afirmam a necessidade de se cumprirem pelo menos dois (versus apenas um)

dos itens mencionados no critério B. Relativamente ao critério C, definem “história

recente de punção lombar” como ausência de punção da dura-máter no período das quatro

semanas anteriores à instalação da cefaleia.16

Na Tabela 3 encontram-se mencionados os critérios de diagnóstico usados pelos autores

de várias séries de doentes com SHI publicadas na literatura.

A punção lombar é dispensável para o diagnóstico20 33, apresentando resultados variáveis

que incluem: pressões de abertura baixas (≤60 mm H2O) – mas podem ser normais ou

mesmo negativas; aparência cristalina ou xantocromia e por vezes com sangue (por

trauma dos plexos venosos epidurais engorgitados); níveis normais ou aumentados de

proteínas (até 1000 mg/dl29); níveis normais ou aumentados de leucócitos, nomeadamente

pleocitose linfocítica (até 200 células/mm3 29); níveis normais ou aumentados de

eritrócitos; níveis de glicose normais e exames citológico e microbiológico negativos.3

Recomenda-se a realização de exame de imagem previamente ao procedimento para

assegurar a sua segurança.23

Os exames imagiológicos descritos na literatura no contexto de investigação diagnóstica

da SHI incluem: Tomografia Axial Computadorizada (TAC) cerebral, Ressonância

magnética crânio-encefálica (RM-CE), Ressonância magnética (RM) espinhal,

Mielografia (Mielo-TAC e Mielo-RM) e a Cisternografia com radionucleótidos.

A tomografia axial computadorizada poderá ter valor num contexto de urgência para

estudo de sintomas de patologia do sistema nervoso central20 e exclusão de outras causas

de cefaleia, mas tem valor limitado no estudo das fístulas de líquor espontâneas3, sendo

frequentemente normal.16 Um dos possíveis achados na TAC são hematomas subdurais.29

O método de imagem de primeira linha para estabelecer o diagnóstico é a ressonância

magnética crânio-encefálica com contraste intravenoso. Os achados imagiológicos típicos

em RM-CE são: 1) Espessamento difuso não nodular da paquimeninge; 2) Coleções

subdurais (frequentemente bilaterais); 3) Deslocamento cerebral crânio-caudal (descrito

na literatura anglo-saxónica como sagging); 4) Ingurgitamento venoso e 5) Hiperémia

pituitária.4 10 20 Cerca de 80% dos doentes têm alterações típicas na RM-CE, pelo que a

ausência destas alterações não exclui o diagnóstico.16 A presença de espessamento difuso

da paquimeninge num doente com cefaleia ortostática é essencialmente diagnóstica de

SHI.18 Na Tabela 4 apresenta-se a prevalência dos achados imagiológicos da ressonância

magnética crânio-encefálica de doentes de várias séries publicadas na literatura.

Os achados na ressonância magnética espinhal incluem coleções subdurais e epidurais de

líquor, espessamento da dura espinhal, divertículos meníngeos e dilatação das bainhas

dos nervos raquidianos e ingurgitamento do plexo venoso epidural.3 A ressonância

magnética espinhal, poderá ter um papel importante na avaliação pré-mielográfica da

SHI, orientado a escolha da técnica mais adequada (Mielo-TAC convencional vs Mielo-

TAC dinâmico).42

Os métodos de imagem preferenciais para localizar o ponto de fístula são as técnicas de

mielografia, nomeadamente a Mielo-TAC e a Mielo-RM após injeção intratecal de

gadolínio. Estas técnicas estão preconizadas como os primeiros métodos de imagem para

estudo das fístulas de líquor.18 A Mielo-RM tem vindo a suplantar a Mielo-TAC na

deteção inicial de fístula espontânea por apresentar maior sensibilidade,43-45 sendo

descrita como um método seguro, bem tolerado e que não utiliza radiação ionizante46.

Contudo, Akbar et al afirmam que a técnica de Mielo-RM com injeção intratecal de

gadolínio deve estar reservada para doentes em que há falência das técnicas de Mielo-

TAC.47

A Mielo-TAC apresenta vantagens relativamente à Mielo-RM, particularmente em

fístulas com alto fluxo de líquor através da técnica de Mielo-TAC dinâmica sendo

possível avaliar a medula imediatamente após a injeção intratecal de contraste. Assim,

após falência da técnica de Mielo-RM, poderá realizar-se uma Mielo-TAC com o objetivo

de detetar o nível de fístula e dirigir o tratamento.48

Na literatura há evidência de que o nível de extravasamento de contraste observado na

mielografia não corresponde necessariamente ao local de fístula de LCR, tendo este

aspeto implicações terapêuticas.11

Um método de imagem que poderá ter utilidade na localização do nível de fístula, ainda

que com baixa resolução espacial45, é a cisternografia com radionucleótidos, na qual um

radioisótopo é introduzido por punção lombar no espaço intratecal e cuja dinâmica é

avaliada ao longo do tempo em intervalos pré-determinados.3 49 Um dos parâmetros

avaliados nesta técnica é a deteção de atividade do radionucleótido na bexiga, resultado

sua absorção do espaço intratecal para o sistema vascular, sendo filtrado pelo rim e

acumulado na bexiga. A deteção de atividade precoce vesical na cisternografia é um fator

preditivo de má resposta à terapêutica com blood patch epidural (EBP).50 Encontram-se

descritos casos em que os pontos de fístula apenas foram detetados através desta técnica,

após falência das técnicas de mielografia51, contudo a sua aplicabilidade está

recomendada em casos atípicos.52

TRATAMENTO

A abordagem terapêutica aos doentes com Síndrome de Hipotensão Intracraniana

Espontânea baseia-se, inicialmente, em medidas conservadoras e, no caso de falência, na

execução de procedimentos terapêuticos progressivamente mais invasivos e dirigidos, dos

quais se destaca a técnica de Epidural Blood Patch – assim designada na literatura anglo-

saxónica –, e as técnicas neurocirúrgicas.

Alguns autores referem que a maioria dos doentes com SHI resolve espontaneamente o

quadro sem a necessidade de intervenção terapêutica53 e é provável que muitos o façam

sem a objetivação do diagnóstico. Cerca de 15-30% dos doentes recuperam sem

tratamento ou apenas com medidas conservadoras.54

Em doentes sintomáticos que necessitem de intervenção terapêutica, as medidas

conservadoras descritas incluem: 1) repouso no leito; 2) hidratação oral ou intravenosa

abundante; 3) cafeína oral ou intravenosa; 4) teofilina; 5) anti-inflamatórios não

esteroides; 6) analgésicos; 7) antidepressivos55; 8) cintas de compressão abdominal; 9)

glucocorticoides32 e mineralocorticoides56 orais; 10) Vitamina A57.3 9

O repouso no leito na posição supina permite uma diminuição da pressão no local de

fístula, contribuindo para a cicatrização da mesma58 e proporciona alívio sintomático da

cefaleia ortostática.

A hidratação oral ou intravenosa abundante, na ordem dos três litros diários32, contribui

para o aumento do volume de LCR, diminuição do deslocamento cerebral e da tração a

estruturas nociceptivas. O aumento da pressão venosa central contraria o mecanismo

fisiopatológico subjacente às fístulas entre o LCR e o plexo venoso paraespinhal.

A cafeína é frequentemente utilizada pelos possíveis ter efeitos sob a produção de LCR,

estimulando-a. A sua eficácia é pouco previsível e o alívio é tipicamente reduzido.16 18 A

teofilina apresenta, igualmente, eficácia limitada.53

As cintas de compressão abdominal são utilizadas por, possivelmente, reverterem o

gradiente entre o LCR e o espaço venoso, mas não há evidência robusta da sua eficácia.16

Os glucocorticoides favorecem a reabsorção de LCR do espaço extradural, aumentando

o volume de LCR59 e atuam na supressão da via do ácido araquidónico e no bloqueio da

produção de citocinas pró-inflamatórias. Os mineralocorticoides, como a fludrocortisona,

poderão diminuir o edema e a inflamação induzidos pelo deslocamento cerebral crânio-

caudal e dos nervos cranianos e atuar na reabsorção de LCR extradural. Os seus efeitos

de reabsorção de sódio e aumento do volume arterial efetivo e da pressão venosa central

terão efeitos semelhantes aos da hidratação intravenosa. A fludrocortisona aumenta

diretamente a pressão intracraniana, contrariando a hipotensão existente.56

A administração de vitamina A é controversa e surge na sequência de um caso de SHI

refratária ao tratamento sintomático, incluindo estratégias invasivas – múltiplos blood

patches – cuja melhoria apenas se verificou após a introdução de suplementos de vitamina

A.57 Em 1996, Akail et al descreveram um caso de SHI numa doente com diminuição da

concentração plasmática de vitamina A que os autores relacionaram com o quadro clínico

pelo facto desta vitamina poder estar envolvida na produção de LCR.60 No entanto, não

há evidência suficiente que sustente a sua utilização por rotina.

Deve aguardar-se resposta sintomática no intervalo de uma a duas semanas de tratamento

conservador antes de avançar para procedimentos mais invasivos.16 23

Nagatani et al, em 2015, apresentaram uma série de 9 doentes resistentes ao tratamento

conservador (repouso no leito, hidratação e analgesia), os quais foi administrado

concentrado de Fator XIII (1200 unidades por dia) durante 5 a 10 dias. Após o tratamento,

6 (67%) dos doentes referiram resolução completa dos sintomas, 2 (22%) referiram alívio

parcial e 1 (11%) negou qualquer alívio.61

O paradigma da terapêutica da SHI é o Blood Patch epidural. Esta técnica invasiva

consiste, tipicamente, na injeção de sangue autólogo no espaço epidural do doente, um

espaço potencial delimitado anteriormente pela dura-máter, posteriormente pelo

ligamento amarelo e lateralmente pelas vértebras e que contém gordura epidural,

pequenos vasos sanguíneos e linfáticos.62 O sangue do doente poderá ser misturado com

outros componentes, nomeadamente meios de contraste iodados (ex.: iopamidol) ou

paramagnéticos (ex.: gadolínio) e cola de fibrina. A adição de um meio de contraste

possibilita a avaliação imagiológica da distribuição do patch ao logo do espaço epidural.45

A cola de fibrina corresponde a uma substância usada para criar um coágulo de fibrina e

cicatrizar lesões. A sua utilização nos blood patches epidurais prende-se com a

capacidade de reforçar a compressão das grandes veias epidurais e limitar o sequestro

venoso do espaço epidural para a veia cava inferior.63

A fundamentação para a utilização desta técnica apoia-se em duas teorias: a do

tamponamento da fístula e a do aumento da pressão epidural. A primeira afirma que o

sangue injetado no espaço epidural, ao atingir o local da fístula, forma um tampão de

fibrina que impede a saída de LCR para o espaço epidural, restaurando o volume de LCR

no espaço subaracnoideu e aliviando a cefaleia. A teoria do aumento da pressão baseia-

se na alteração da dinâmica de LCR após a injeção de sangue ou outro fluido no espaço

epidural que aumenta, transitoriamente, a pressão neste espaço e, por compressão da dura-

máter, aumenta a pressão no espaço subaracnoideu. Assim, o LCR espinhal desloca-se

para o interior do crânio, restaurando a pressão e volume intracranianos e aliviando a

sintomatologia.64 65 A presença de sangue no espaço epidural poderá iniciar uma reação

inflamatória local que promove a cicatrização da laceração meníngea.66

Existem duas opções de abordagem, nomeadamente o EBP não dirigido (ou “cego”) e o

EBP dirigido. No EBP não dirigido, o espaço epidural é acedido a nível lombar ou

torácico67, independentemente do nível da fístula. No EBP dirigido, após determinação

do nível de fístula por técnicas imagiológicas, o sangue é injetado o mais próximo

possível desse nível.68 Nos casos de fístulas em múltiplos níveis, podem ser realizados

vários blood patches epidurais dirigidos a esses mesmos níveis. A introdução da agulha

no espaço epidural pode ser guiada por fluoroscopia através da injeção de uma pequena

quantidade de meio de contraste.69

Durante o procedimento, o doente deve estar na posição de decúbito lateral ou sentado.

O espaço epidural é acedido pela técnica de perda de resistência com soro fisiológico com

agulha epidural de Tuohy. No espaço epidural, é colocado um cateter através do qual se

injeta, lentamente (durante 30 a 60 segundos), o sangue do doente. O volume de sangue

injetado varia consoante as séries, estando descritos volumes entre os 3 mililitros (mL) e

os 100 mL, sendo que este poderá estar limitado por sintomas sentidos pelos doentes

durante o procedimento, nomeadamente náuseas, cefaleia, dor lombar, sensação de

pressão ou dor radicular. 55 62 70 A utilização de volumes mais elevados, superiores a 20

mL, poderá estar associada a resultados mais favoráveis33, contudo há casos reportados

de sucesso com volumes de apenas 3 mL, nomeadamente na técnica dirigida.71

De modo a otimizar o sucesso do EBP, a posição de Trendelenburg é preconizada durante

cerca de 1 hora antes, durante por um período de 16-24 horas após o procedimento. O seu

uso tem potencial de redução do fluxo de líquor através da fístula, promove o colapso da

dura-máter de modo a selar a meninge33 69 e permite que o sangue injetado se desloque ao

longo do espaço epidural de modo a atingir o local de fístula. O levante após o blood

patch epidural deverá ser protelado por um período descrito na literatura entre 16 horas e

as 2 semanas.33 66

Os riscos associados a esta técnica, nomeadamente hematomas epidurais e lesão

iatrogénica da medula espinhal, são maiores no caso do EBP dirigido pelo facto de os

espaços epidurais cervicais e torácicos serem mais estreitos e pela presença da medula

espinhal.66 Uma complicação na literatura é a hipertensão intracraniana rebound. De

modo a prevenir esta complicação, o uso de acetazolamida na dose 250 miligramas 6

horas e 18 horas antes do EBP teve sucesso em várias séries publicadas por Ferrante et al

em 2010.55 70

As contraindicações a esta técnica são: 1) anticoagulação/coagulopatias; 2) infeção do

local de injeção; 3) recusa ou má colaboração do doente.62

A maioria dos doentes resolve o quadro clínico após o primeiro blood patch epidural

(tabela 5). No caso de falência da técnica, seja não dirigida ou dirigida, esta poderá ser

repetida. Estão descritos casos em houve necessidade de sete blood patches epidurais até

a resolução do quadro.50 O intervalo mínimo entre cada blood patch epidural descrito na

literatura é de 4 a 5 dias.72 73

Nas séries apresentadas na tabela 5, a taxa de sucesso após o primeiro blood patch

epidural não dirigido variam entre 52% e os 100%. A taxa de sucesso após o primeiro

blood patch epidural dirigido variam entre os 34,2% e os 100%. A comparação entre as

taxas de sucesso dos blood patches entre diferentes estudos é difícil avaliação devido à

elevada heterogeneidade entre eles. Contudo, nas séries que compararam as técnicas não

dirigida vs dirigida (Cho, 201166 e Yoon, 201167), verifica-se uma maior taxa de sucesso

após o primeiro blood patch epidural dirigido. Assim, Cho et al recomendam a realização

de um primeiro EBP não dirigido e, se falência, a execução de um EBP dirigido após

deteção de fístula por técnicas imagiológicas (Mielo-RM, cisternografia com

radionucleótidos ou RM com ponderação em T2 com supressão de gordura).66

Karm et al50 apresentaram um trabalho no qual se avaliou a existência de parâmetros

capazes de predizer a resposta ao tratamento ao blood patch epidural. Os dois preditores

de resposta ao tratamento foram a deteção precoce de atividade na bexiga na

cisternografia com radionucleótidos e sagging cerebral na ressonância magnética crânio-

encefálica. A deteção precoce de atividade de radionucleótidos na bexiga relacionou-se

com uma necessidade de maior número de blood patches epidurais. Por outro lado, a

evidência de sagging cerebral prediz uma melhor resposta a esta técnica. Joo et al72

concluíram que o número de blood patches epidurais dirigidos necessários para obter

alívio sintomático não se relaciona com o local da fístula, o número de fístulas ou a sua

bilateralidade (avaliadas por cisternografia de radionucleótidos).

Foram recentemente publicados casos de doentes tratados com injeção epidural de

cianoacrilato após falência das técnicas de blood patch, com regressão rápida e sustentada

dos sintomas e dos achados imagiológicos.74 75 Contudo, são necessários mais estudos

para sustentar a recomendação desta técnica.

As técnicas neurocirúrgicas podem ser necessárias quando há falência das terapêuticas

anteriormente descritas. A exploração microcirúrgica espinhal ao local da fístula,

identificado por técnicas imagiológicas, é feita com um microscópico cirúrgico de modo

a inspecionar e detetar intra-operatoriamente a fístula dural. Está descrita uma abordagem

inicial posterior (com fenestração interlaminar/hemilaminectomia e foraminectomia

completa76) com inspeção da dura-máter dorsal e lateral e das raízes nervosas e, na

ausência de fístula, inspeção da dura-máter ventral, por via transdural. Após identificação

de laceração na dura-máter, esta deverá ser suturada com fio monofilamento 6-0 (seis

zeros) ou com clips cirúrgicos e forçada com substitutos sintéticos de dura-máter fixados

com cola de fibrina ou sangue autólogo.26

Como referido anteriormente, os osteófitos e as microcalcificações discais são fatores de

risco para o desenvolvimento de fístulas, pelo que, na sua presença estes devem ser

removidos.26 Beck et al publicou em 2016 uma série de 14 doentes submetidos a

exploração espinhal microcirúrgica, apresentando 13 dos 14 doentes uma recuperação

completa dos sintomas ortostáticos.

Os doentes com SHI com hematomas subdurais na ressonância magnética crânio-

encefálica são mais frequentemente refratários ao tratamento com blood patch epidural,

apresentando resposta apenas após drenagem dos hematomas.26 55 66

CONCLUSÃO

Ao rever a literatura, é possível verificar a existência de lacunas na evidência relativa à

abordagem terapêutica da SHI. Várias estratégias estão disponíveis e são avaliadas em

por diferentes autores, contudo ressalvo a necessidade de ensaios clínicos randomizados

para esclarecer qual a melhor sequência na abordagem terapêutica. A técnica de blood

patch epidural continua a ser o pilar da terapêutica da SHI. A descrição da técnica e a

sua uniformização poderão facilitar a comparação de resultados entre diferentes séries

publicadas futuramente. Uma estratégia de escalamento terapêutico parece ser o método

mais adequado na abordagem de um doente com SHI, começando pelas opções

conservadoras não invasivas, seguidas das técnicas invasivas. Devido à grande

heterogeneidade entre as diferentes séries publicadas, a escolha entre a abordagem por

blood patch epidural não dirigido versus dirigido é difícil de avaliar. Contudo, pelos

menores riscos associados e pela comprovada elevada taxa de sucesso, inclusivamente

com apenas uma injeção, o blood patch epidural não dirigido parece ser uma opção segura

e eficaz nos doentes refratários à terapêutica conservadora. Após falência da técnica não

dirigida, poder-se-á optar pelo blood patch dirigido, sendo que nestes casos é necessário

a deteção imagiológica do nível de fístula, o que nem sempre é conseguido. Como

estratégia de última linha encontra-se a intervenção neurocirúrgica para encerramento

direto da fístula e remoção de possíveis fatores etiológicos (ex.: osteófitos e hérnias

discais calcificadas). É de ressalvar que a neurocirurgia poderá ter um papel importante

nos doentes com hematomas subdurais na ressonância magnética crânio-encefálica e

ausência de resposta ao blood patch epidural, uma vez que a drenagem dos hematomas

potencia a resposta do doente ao patch, sem necessidade de intervenção microcirúrgica

da medula espinhal.

AGRACEDIMENTOS

Um especial agradecimento à Professora Joana Guimarães pelo incansável esforço nesta

longa jornada.

Agradeço ao Doutor Luís Braz a paciência, apoio e orientação desde o primeiro dia até

ao último.

Aos meus colegas que me ajudaram e apoiaram sempre que necessitei.

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intracranial hypotension: a proposal of a diagnostic approach and treatment. Clin

Neurol Neurosurg 2011;113(5):373-9. doi: 10.1016/j.clineuro.2010.12.015

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68. Smith KA. Spontaneous intracranial hypotension: Targeted or blind blood patch. J

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69. Ferrante E, Rubino F, Mongelli M, et al. Subarachnoideal blood spread following

epidural blood patch given to treat spontaneous intracranial hypotension: Can it

cause neurological complications? Clin Neurol Neurosurg 2016;140:43-6. doi:

10.1016/j.clineuro.2015.11.007 [published Online First: 2015/12/02]

70. Ferrante E, Rubino GF, Passarani S, et al. Spontaneous intracranial hypotension. J

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71. Watanabe K, Hashizume K, Kawaguchi M, et al. Fluoroscopically guided epidural

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doi: 10.4997/JRCPE.2016.404 [published Online First: 2017/05/16]

74. Tonnelet R, Colnat-Coulbois S, Mione G, et al. Successful Treatment of Spontaneous

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Percutaneous Cyanoacrylate Injection: A Report of 2 Cases. World Neurosurg

2016;91:390-8. doi: 10.1016/j.wneu.2016.04.051 [published Online First:

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75. Woolen S, Gemmete JJ, Pandey AS, et al. Targeted epidural patch with n-butyl

cyanoacrylate (n-BCA) through a single catheter access site for treatment of a

cerebral spinal fluid leak causing spontaneous intracranial hypotension. BMJ Case

Rep 2015;2015 doi: 10.1136/bcr-2015-011778 [published Online First:

2015/06/04]

76. Janssen I, Gempt J, Gerhardt J, et al. Treatment strategy for cerebral hypotension

caused by spontaneous cerebrospinal fluid leaks. Acta Neurochir (Wien)

2016;158(2):273-8. doi: 10.1007/s00701-015-2653-8 [published Online First:

2015/12/08]

ANEXOS

Tabela 1. Critérios de diagnóstico de cefaleia devido a hipotensão intracraniana espontânea

A. Cefaleia ortostática

B. Pelo menos um dos seguintes:

1. Pressão de abertura baixa (≤60 mm H2O)

2. Melhoria sustentada dos sintomas após patching epidural

3. Demonstração de uma fístula ativa de LCR a nível espinhal

4. Alterações típicas em RM-CE (coleções subdurais; espessamento da paquimeninge; engorgitamento venoso;

hiperémia hipofisária; “descida encefálica”)

C. Ausência de história recente de punção lombar

D. Não atribuível a causa/doença conhecida

Legenda: LCR - Líquido céfalo-raquidiano; RM-CE - ressonância magnética crânio-encefálica

Tabela 2. ICHD-III - Critérios de diagnóstico – 7.2.3. Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension

A. Qualquer cefaleia que preencha o critério 7.2. Headache attributed to low cerebrospinal fluid (CSF) pressure*

e o critério C desta tabela

B. Ausência de procedimento ou trauma conhecido capaz de provocar fístula de LCR

C. Cefaleia que ocorre em relação temporal com a hipotensão de LCR ou com a perda de LCR ou que levou à sua

descoberta

D. Não melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3

* A. Qualquer cefaleia que cumpra o critério C; B. Pelo menos um dos seguintes: 1. Diminuição da pressão de

abertura de LCR (<60 mm LCR), 2. Evidência de fístula de LCR nos exames imagiológicos; C. Cefaleia que

ocorre em relação temporal com a hipotensão de LCR ou com a perda de LCR ou que levou à sua descoberta;

D. Não melhor explicada por outro diagnóstico da ICHD-3

Legenda: ICHD - International Classification of Headache Disorders; LCR - líquido céfalo-raquidiano

APÊNDICES

Legenda: International Classification of Headache Disorders

Tabela 3. Critérios de diagnóstico dos doentes incluídos nas algumas séries publicadas

Artigo

Número de

doentes

Diagnóstico

Ferrante 2010 111 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Ferrante 2010 82 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Cho 2011 61 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Kranz 2011 8 Critérios de diagnóstico modificados de Schievink, 2011

Watanabe 2011 13 Não especificado

Yoon 2011 30

Ressonância magnética crânio-encefálica (achados: espessamento e realce da dura-máter

com ou sem a presença de hematoma subdural, deslocamento crânio-caudal das amígdalas e

alongamento do tronco cerebral) e medição da pressão de LCR por punção lombar.

Madsen 2011 14 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Angelo 2011 74

Clínica (Cefaleia ortostática, dor cervical, náuseas, acufenos, hipoacusia, disfunção

endócrina) e Ressonância magnética crânio-encefálica (achados: espessamento difuso e

linear da paquimeninge, coleções subdurais de fluido, deslocamento encefálico crânio-

caudal, descida e alargamento da ponte, achatamento da cisterna pré-pôntica, deslocamento

inferior das amígdalas, aumento da pituitária e ingurgitamento dos seios venosos durais)

Albes 2012 26 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Joo 2015 76

Pelo menos 2 dos seguintes 3: 1) Cefaleia ortostática; 2) Baixa pressão de LCR; 3) Realce

difuso da paquimeninge na Ressonância magnética com contraste (gadolínio)

Ferrante 2016 106 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Karm 2016 104

Pelo menos 2 dos seguintes 3: 1) Cefaleia ortostática; 2) Baixa pressão de LCR; 3) Realce

difuso da paquimeninge na Ressonância magnética com contraste (gadolínio)

Beck 2016 69 ICHD-III (7.2.3 Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension)

Yun So 2016 34 Não Especificado

Ferrante 2016 28 ICHD-II (“Headache attributed to spontaneous (or idiophatic) low CSF pressure)

Ansel 2016 16 ICHD-III (7.2.3 Headache attributed to spontaneous intracranial hypotension)

Tabela 4. Prevalência dos achados imagiológicos da ressonância magnética crânio-encefálica de algumas séries

publicadas

Artigo

Espessamento e

realce difuso das

paquimeninges

Coleções

subdurais

Deslocamento

encefálico

crânio-caudal

Ingurgitamento

venoso

Hiperémia

pituitária

Sem

alterações

típicas

Schick et al

2010

6/8 (75%) 7/8 (87,5%) - - - 0/8 (0%)

Franzini et al

2010

18/28 (64,2%)

15/28

(53,5%)

4/28 (14,3%) - - 1/28 (3,6%)

Ferrante et al

2010

38/41 (92%) 15/41 (36%) 8/41 (19%) - - -

Li et al 2019 23/24 (95,83%)

4/24

(16,7%)

3/24 (12,5) 1/24 (4,1%) 5/24 (20,8%) 0/24 (0%)

Ansel et al

2016

6/15 (40%) 3/15 (20%) 3/15 (20%) - - -

Karm et al

2016

61/104 (58,7%)

11/104

(10,6%)

22/104 (21,2%) 40/104 (38,5%)

14/104

(13,5%)

-

Yoon et al

2011

25/30 17/30 - - - -

Watanabe et

al 2008

15/18 (83%) 13/18 (72%) 13/18 (72%) - 12/18 (67%) -

Watanabe et

al 2011

12/13 (92,3%)

5/13

(38,4%)

8/13 (61,5%) - - -

Schievink et

al 2008

53/94 (56%) 34/94 (36%) 48/94 (51%) - - -

Mokri et al

1997

26/26 (100%)

18/26

(69%)

16/26 (62%) - - -

Lin et al 2002 13/15 (86%)

2/15

(13,3%)

6/15 (40%) - - -

Kranz et al

2016

77/93 (83%) - 60/99 (61%) 74/99 (75%) - -

Chung et al

2000

19/23 (83%) 4/23 (17%) 11/23 (48%) - - -

Wiesemann

et al 2006

7/10 (70%) 2/10 (20%) 4/10 (40%) - - -

Ferrante et al

2004

12/12 (100%)

8/12

(66,7%)

4/12 (33,3%) - - -

Su et al 2009 6/7 (85,7%) 3/7 (42,8%) 2/7 (28,5%) - - -

O’Brien et al

2011

6/7 (85,7%) 1/7 (14,3%) - - - 1/7 (14,3%)

Cho et al

2011

48/56 (85,7%)

13/56

(23,2%)

18/56 (32,1%) - - -

Kranz et al

2011

7/8 (88%) 2/8 (25%) 5/8 (63%) - - -

Tabela 5. Sucesso das diferentes estratégias terapêuticas na Síndrome de Hipotensão Intracraniana em várias séries publicadas

Autor

Número de

doentes na

série

Tratamento com sucesso - melhoria ou resolução completa do quadro (nº de doentes)

Conservador Epidural Blood Patch não

dirigido (EBP-ND)

Epidural Blood Patch

dirigido (EBP-D) Outras técnicas

Ferrante et al

2010 111 54

57

51 (89,5%) após 1 EBP-ND

4 (7%) após 2 EBP-ND

2 (3,5%) após 3 EBP-ND

- -

Ferrante et al

2010 82 40

42

38 (90,4%) após 1 EBP-ND

2 (4,8%) após 2 EBP-ND

2 (4,8%) após 3 EBP-ND

- 2 (drenagem de

hematoma subdural)

Cho et al

2011 61 5

25

13 (52%) após 1 EBP-ND

12 (48%) após >2 EBP-ND

31

27 (87,1%) após 1 EBP-

D

4 (12,9%) após 2 EBP-D

-

Watanabe et

al 2011 13 0 -

13

12 (92,3%) após 1 EBP-

D

1 (7,7%) após 2 EBP-D

-

Yoon et al

2011 30 4/4

11/11

7 (63,6%) após 1 EBP-ND

3 (27,3%) após 2 EBP-ND

2 (18,1%) após 3 EBP-ND

6/6

6 (100%) após 1 EBP-D

(1 após 2 EBP-D +

cirurgia)

3/3 (cirurgia)

1/1 (2 EBP-D +

cirurgia)

4/4 (1 EBP-ND +

cirurgia)

Angelo et al

2011 74 0

68

65 (87%) após 1 EBP-ND

3 (4,1%) após 2 EBP-ND

- -

Albes et al

2012 26 - -

25/26

16 (64%) após 1 EBP-D

5 (20%) após 2 EBP-D

3 (12%) após 3 EBP-D

1 (4%) após 5 EBP-D

-

Joo et al 2015 76 0 -

76/76

26 (34,2%) após 1 EBP-

D

30 (39,5%) após 2 EBP-

D

12 (15,8%) após 3 EBP-

D

8 (10,5%) após ≥4 EBP-

D

-

Ferrante et al

2016 106

0

(9 dias-13

meses de

tratamento)

106/106

96 (90%) após 1 EBP-ND

4 (4%) após 2 EBP-ND

6 (6%) após 3 EBP-ND

- -

Karm et al

2016 104 0 -

104

37 (35,6%) após 1 EBP-

D

67 (64,4%) após ≥2

EBP-D

-

Beck et al

2016 69

54/54

(tratamento conservativo ou EBP-ND ou EBP-D)

13/14 (Exploração

neurocirúrgica –

remoção de osteófitos,

redução de hérnias

aracnoides e sutura da

dura-máter e drenagem

de hematoma subdural)

Yun Soe t al

2016 34 -

19 após 1 EBP-ND/D

15 após uma média de 1,48±0,64 EBP-ND/D -

Ferrante et al

2016 28 0/15

28

100% após 1 EBP-ND - -

Ansel et al

2016 16 -

7

7/13 (54%) após 1 EBP-ND

(perda de follow-up de 3

doentes)

- -

Legenda EBP-ND: Epidural Blood Patch-Não Dirigido; EBP-D: Epidural Blood Patch-Dirigido

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry (JNNP)

03/21/2019 Authors | Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry

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The Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry (JNNP) publishes original articles, short reports, editorials, commentaries and more, covering the whole field of clinical neurological practice, neurosurgery and neuropsychiatry. Emphasis is given to common disorders such as cerebrovascular disease, multiple sclerosis, Parkinson’s disease, peripheral neuropathy, epilepsy, and subarachnoid haemorrhage.

Articles should be of direct relevance to clinical practise. Thus we do not generally publish research based on animal experiments nor studies of normal nervous system function. We do publish papers on cognitive neuropsychology if they are of clinical, as opposed to purely theoretical interest. Paediatric papers will be considered if of general interest and relevant to adult neurology. Novel mutations in known disease related genes are unlikely to be published unless they relate to a new phenotype or provide new pathophysiological information.

JNNP publishes a small number of quality of life and health economic papers where these are of general interest, thus it is unlikely we would publish a health economic paper that was limited to only one health system or economy.

We aim to make an early decision of suitability for the journal with the result that around 50% of papers are rejected without going out to review following in house discussion. This decision would normally be made within a week of submission. Following review the decision to accept the paper for publication or to invite revision is made at a weekly editorial committee meeting.

When a paper has been submitted from the Editor or Associate Editors’ departments, they have no role in the reviewing or decision making process. This also applies to any Associate Editors who are authors, in which instance the reviewing process is handled by the Editor in Chief. The Editor in Chief does not submit any articles to the JNNP

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Paper Short report Review Editorial Editorial commentary Letter Neurological picture Supplements

Paper

Full papers must present important and substantial new material. Articles should be of direct relevance to clinical practise. Thus we do not generally publish research based on animal experiments nor studies of normal nervous system function. All papers require ethical approval

Word count: 3500 words maximum Abstract: 250 words Tables/Illustrations: should not normally exceed 8 References: 40

Short report

Topics suitable for presentation for short reports include single case reports which illustrate important new phenomena, or reports of short, original research studies.

Short Reports require consent, regardless of anonymisation. This article type will not undergo peer-review without consent. All papers require ethical approval.

Word count: no more than 1500 words Abstract: structured, 200 words Tables/Illustrations: up to one of each References: should not normally exceed 15

Review

Reviews will be solicited by the Editor and are subjected to a review process. Authors wishing to submit a review should seek the advice of the Editor in advance. Authors should bear in mind that the journal is also available online and the inclusion of additional material, eg video clips and sound files, and links to useful websites is strongly encouraged.

Word count: 5000 words maximum – bullet points encouraged Tables/Illustrations: should not normally exceed 5 References: should not normally exceed 40

Editorial

Editorials will be solicited by the Editor and are subjected to a review process. Authors wishing to submit an editorial should seek the advice of the Editor in advance.

Word count: 1500 words Tables/Illustrations: 1 table or figure References: should not normally exceed 25

Editorial commentary

A short editorial commentary to accompany an existing JNNP article. In the Summary/Abstract field, please provide a sentence that can be used to attract readers to your Editorial Commentary; this will appear immediately below the title and author and should be maximum 20 words (to see an example follow this link.

Word count: 500 words References: should not normally exceed 4

Letter

Letters in response to articles published in the Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry are welcome and should be submitted electronically via the website. Contributors should go to the abstract or full text of the article in question. At the top right corner of each article is a “contents box”. Click on the “eLetters: Submit a response to this article” link. Letters in response to an article may be published in the print version of the journal in exceptional circumstances.

Letters containing original research should be submitted via ScholarOne and must be typed in double line spacing. Letters may be published in a shortened form at the discretion of the editor. Proofs will not be sent to the authors. All papers require ethical approval

Word count: 1000 words Tables/Illustrations: 1 table or figure References: 5

Neurological picture

Neurological pictures are very brief case reports or historical vignettes. Submissions will now primarily be web based, extraordinary submissions will be published in the journal rarely.

All Neurological Pictures require consent, regardless of anonymisation. This article type will not undergo peer-review without consent. All papers require ethical approval. A sample format can be viewed here.

Images must be supplied in JPEG or GIF format with maximum dimensions of 500 x 500 pixels, minimum resolution of 300 DPI.

Please include at least one multiple choice question with background information/ clinical history, along with a list of possible answers, including an indication and explanation of the correct answer (with references).

Word count: 500 words maximum, up to 5 references Authors: No more than 4 authors

Supplements

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When contacting us regarding a potential supplement, please include as much of the information below as possible.

• Journal in which you would like the supplement published • Title of supplement and/or meeting on which it is based • Date of meeting on which it is based • Proposed table of contents with provisional article titles and proposed authors • An indication of whether authors have agreed to participate • Sponsor information including any relevant deadlines • An indication of the expected length of each paper Guest Editor proposals if

appropriate