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Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - m português Gratuita - m português Sede del evento: PALLADIUM BUSINESS HOTEL N° 90 - Fevereiro 2020

Revista Digital de Podologia Digital Gratuita Portu… · Resposta a problemas de enfermagem”. (13), esclarece os cuidados básicos, fornecendo medidas preventivas para alcançar

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Revista Digital de PodologiaRevista Digital de Podologia G r a t u i t a - m p o r t u g u ê sG r a t u i t a - m p o r t u g u ê s

Sede del evento: PALLADIUM BUSINESS HOTEL

N° 90 - Fevereiro 2020

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Diretor Alberto Grillo

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A Editorial não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo dos avisos publicitários que integram a presente edição, não somente pelo texto ou expressões dos mesmos, senão também pelos resultados que se obtenham no uso dos produtos ou serviços publicados. As idéias e/ou opiniões expressas nas colaborações assinadas não refletem necessariamente a opinião da direção, que são de exclusiva responsabilidade dos autores e que se estende a qualquer imagem (fotos, gráficos, esquemas, tabelas, radiografias, etc.) que de qualquer tipo ilustre as mesmas, ainda quando se indique a fonte de origem. Proíbe-se a reprodução total ou parcial do material contido nesta revista, somente com autorização escrita da Editorial. Todos os direitos reservados.

R e v i s t a p o d o l o g i a . c o m n ° 9 0 F e v e r e i r o 2 0 2 0

ÍNDICE Pag. 5 -La enfermedad de Alzheimer: Una aproximación desde la Podología. Podólogo Álvaro Carmona López. Espanha.

12 -A importância de uma avaliação qualificada realizada pelo

podólogo: Relato de caso de Melanoma Lentiginoso Acral. Enfermera y Podóloga Clemilda Aguiar dos Santos Silva y

Podóloga Lucimélia Queiroz. Brasil.

15 - Algumas podopatías podológicas. A causa de dor e

desconforto para os pés. Podóloga Aline Menegat. Brasil.

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Resumo A doença de Alzheimer tornou-se um problema

nos últimos anos, com grandes e óbvias conse-quências a nível social e sanitário. Intimamente ligada ao envelhecimento da população e seu aumento exponencial, é uma das grandes incóg-nitas do nosso tempo. Existem inúmeros estudos e projetos que estão sendo realizados para deci-frar seu desenvolvimento e, é claro, sua cura. Queríamos começar com esta pequena aproxi-mação em uma Unidade Diurna de Demência Senil, a primeira das etapas para saber como a doença de Alzheimer afeta os pés e, assim, tra-balhar nos mecanismos de prevenção e trata-mento que melhoram a qualidade de vida e a independência dessas pessoas.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer,

Podólogo, Envelhecimento Ativo, Problemas nos Pés, Qualidade de Vida.

Alzheimer's disease has become in recent years a

problem with large and obvious consequences to health and social level. Closely related to the aging of the population and its exponential increase, is one of the great mysteries of our time. Numerous studies and projects are underway to decipher its develop-ment and of course, healing. We wanted, start with this small unit approach in Senile Dementia Day, the first of the steps to learn how Alzheimer's affects the feet and thus able to work on prevention and treat-ment mechanisms that improve the quality of life and independence of these people.

Key Words: Alzheimer's disease, Podiatrist, Active

Ageing, Foot problems, Quality of life.

Não fazem velhos os anos, mas sim outros danos.

Ditado popular. 1. O envelhecimento da população Em 1987, a Espanha gozou junto com a Irlanda

a menor taxa de envelhecimento na Europa. Em

alguns anos, essa situação mudou drasticamente e hoje nosso país está no topo (Espanha). A tran-sição demográfica espanhola foi produzida com retraso em comparação com a Europa, mas de forma acelerada. Nesta década, o envelhecimen-to acelerará ainda mais, com a aposentadoria das gerações do “baby boom” nascidas nas déca-das de sessenta e setenta do século passado. Em termos demográficos, esse cenário parece difícil de corrigir, pois o comportamento natural da população espanhola é muito restritivo e nos pró-ximos anos a capacidade de entrada da jovem população estrangeira será seriamente questio-nada devido a razões econômicas, barreiras comunitárias e dificuldades de integração sócio-política. O aumento da longevidade da sociedade levará a um aumento nos custos sociais, princi-palmente devido ao aumento na quarta idade o maiores de oitenta anos. (1)

A população espanhola continua um processo progressivo de envelhecimento: a expectativa de vida ao nascer mantém o crescimento sustenta-do das últimas décadas e, em 2011, é de 82,1 anos (0,2 anos a mais que em 2010). na Espanha, são 82,1 anos em 2011, sendo mais velho para mulheres (85,0 anos) do que para homens (79,1 anos) e a idade média dos espan-hóis é de 41,4 anos em 2011, 8,2 anos a mais em média do que em 1975. (2)

No momento, a população acima de 64 anos

em nosso país é de 17,6%. Desses 8,1 milhões, 57,3% são mulheres. O maior crescimento popu-lacional estaria concentrado nas idades avança-das. As tendências demográficas atuais levariam a Espanha a perder um décimo de sua população em 40 anos. Especificamente, em 2052, a faixa etária das pessoas com mais de 64 anos aumen-taria 7,2 milhões de pessoas (89%) e constituiria 37% da população total da Espanha. (3)

2. Doença de Alzheimer A doença de Alzheimer é uma doença neuroló-

gica que causa degeneração progressiva do cére-bro com comprometimento da memória, razão,

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Doença de Alzheimer: uma Aproximação desde a Podologia.

Podólogo Álvaro Carmona López - Espanha.

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comportamento e emoções. Descrito por Alois Alzheimer no início do século XX, entre seus mui-tos sintomas, devemos destacar a perda de memória, a dificuldade em encontrar as palavras certas ou entender o que os outros estão falando, a dificuldade em realizar tarefas rotineiras habi-tuais e mudanças de humor e de personalidade

Na Espanha, a doença afeta cerca de 800.000

pessoas, com algumas (200.000 não diagnosti-cadas), o que representa 1,36% da população. 77% são mulheres e 13% homens. Afeta 6% das pessoas com mais de 65 anos e 4 de 10 com mais de 85 anos. Se a linha de incidência atual continuar, o número ultrapassará 1,5 milhão em 2050. Mais de três milhões de pessoas são afe-tadas pela doença, incluindo pacientes, familia-res e cuidadores. Os pacientes com Alzheimer vivem rotineiramente em casa e são atendidos por suas famílias, principalmente suas filhas, com idades entre 45 e 55 anos, casadas e com filhos, que passam cerca de 732 horas por mês nessa tarefa (8 vezes mais que um cuidador). profissional). 4)

Estima-se que existam cerca de 24 milhões de

pessoas com Alzheimer em todo o mundo e que esse número chegue a 81 milhões em 2040. Esse aumento ocorrerá principalmente em áreas de rápido crescimento populacional e densamente povoadas, como China, Índia e América do Sul. (5)

A cada sete segundos, um novo caso de demên-cia surge no mundo. A "prevalência" de uma doen-ça depende de sua incidência (ou seja, o número de novos casos por ano e a vida útil do paciente). A prevalência das demências, independentemen-te da etiologia, aumenta exponencialmente entre 65 e 85 anos e se multiplica por 2 a cada 5 anos, chegando a 20% para maiores de 80 anos e 25% para maiores de 85 anos , ou seja, uma em cada quatro pessoas. (6)

No último relatório publicado pelo Instituto

Nacional de Estatística (INE-Espanha), o grupo que registrou o maior aumento de óbitos em 2011 em termos relativos foi o de doenças do sistema nervoso (5,0%) que foram a quarta causa de morte mais frequente. A principal doen-ça desse grupo é a doença de Alzheimer, que causou 11.907 mortes, o que já é o dobro do número de mortes em 2000. O aumento da mor-talidade feminina em doenças do sistema nervo-so (taxa de 53,0 em mulheres e 34,5 em homens), bem como em transtornos mentais (42,9 versus 23,0). Entre o primeiro grupo, pre-dominam os mortos pela doença de Alzheimer e, no segundo grupo, os decorrentes de outras demências (vascular, senil, etc.). (7)

3. O papel do podólogo A doença de Alzheimer afeta os membros infe-

riores. O aparecimento de edema nas pernas é frequente. Em certos estágios da doença, o paciente caminha arrastando os pés e pode oco-rrer um envolvimento grave do sistema circulató-rio, nervoso e linfático.

Se falamos diretamente sobre o relacionamen-to que ele tem com os pés, a diminuição da sen-sibilidade vibracional aparece. Além disso, as quedas são a principal causa de lesão nesse tipo de paciente. A perda da capacidade ambulatorial é o início de uma deterioração progressiva do estado de saúde e da mobilidade funcional. (8)

A comunicação é a base do tratamento. Uma

das principais dificuldades na avaliação dos limiares e tolerância à dor nesses pacientes é a possibilidade de comunicação com eles. A tole-rância à dor aumenta proporcionalmente à gravi-dade da doença. Dor e analgesia constituem fenômenos complexos, onde nocicepção, vigilân-cia, cognição e emoções intervêm juntas para gerar a experiência analgésica ou dolorosa glo-bal. (9)

Existem algumas referências na literatura que

falam sobre a importância da podologia em pacientes que sofrem de Alzheimer.

Vicente Fernández, em "Alzheimer: um século

de esperança" (10) escreve: “Não vamos esquecer de monitorar a condição dos

seus pés. É conveniente que, se a idade afetou nas plantas, leve o podólogo com alguma frequência. As lesões impedem a deambulação com facilidade e complicam o ritmo da marcha nessas pessoas com tendência à instabilidade e rigidez corporal. E isso é melhor feito por um profissional, porque é muito fácil machucá-lo em locais onde eles demoram muito para curar.”

Marcela Feria, em “Alzheimer: Uma experiência

humana” (11) reflete sobre os cuidados com os pés: “Inspeção dos pés em busca de pés inchados ou bolhas. Evite o inchaço mantendo em alto e ins-pecione o calçado como fator de risco.”

María Román, no “Manual do Cuidador de

Doentes com Alzheimer” (12), argumenta a necessidade de cuidar dos pés diariamente (observação, lavagem e secagem, hidratação). O uso de meias de fibra natural. Ela faz uma men-ção especial ao corte das unhas: "As unhas dos pés serão cortadas retas e, em seguida, se limarão as pontas deixadas os lados para impedir que machuquem o dedo próximo a eles".

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Domingo Palácios, em “Cadernos práticos sobre a doença de Alzheimer e outras demên-cias. Resposta a problemas de enfermagem”. (13), esclarece os cuidados básicos, fornecendo medidas preventivas para alcançar a manutenção ideal do estado de saúde: “Aproveitaremos a lava-gem para avaliar a condição da pele da pessoa - principalmente na área dos calcanhares-, evite o aparecimento de úlceras e promova o fluxo sanguí-neo massageando a pele. Existem pessoas que, devido à doença, têm maior probabilidade de ter problemas nos pés, como pacientes diabéticos. Nestes casos, faremos um cuidado mais profundo com os pés e, às vezes, a ajuda do podólogo será essencial para cuidar bem deles”.

A interação com outros profissionais é uma rea-

lidade cada vez mais consolidada em nosso ambiente. Os pacientes precisam que a integra-ção dos cuidados com os pés em seu ambiente seja rápida e especialmente bem feita.

Para isso, a criação de Programas de Promoção da Saúde é uma arma fundamental, combinada com a ação cotidiana em consulta e centros onde a profissão é exercida legalmente.

Os componentes básicos de uma equipe de cui-dados geriátricos incluem o geriatra, o enfermei-ro especialista, o psicólogo e o assistente social, com o apoio de outros profissionais, incluindo o fisioterapeuta, o podólogo, o nutricionista, o estomatologista, etc. (14)

Embora saibamos, pelas estatísticas, que mais

de 84% das pessoas, com mais de 65 anos de idade, sofrem de alguma doença crônica, profis-sionais de saúde, enfermeiras, podólogos, fisiote-rapeutas, médicos de família, geriatras ... e outros especialistas, têm a obrigação e dever de avaliar e prevenir a incapacidade que episódios patológicos do envelhecimento podem causar. (15)

Por meio da realização de atividades preventi-

vas e de promoção da saúde, deve-se ter em mente que o objetivo destes em idosos é aumen-tar a expectativa de vida ativa ou livre de incapa-cidade, ou seja, prevenir a deterioração funcional e , quando isso ocorrer, recuperar o nível de fun-ção anterior com o objetivo de que o idoso possa permanecer em casa com o maior grau possível de independência (16).

Nesse sentido, dentro do “Programa Itinerante

de Podologia para o atendimento a idosos com dependências 2005” (17), foi realizada a realiza-ção de palestras informativas em cada um dos centros onde foram realizadas as atividades pre-vias ao desenvolvimento do mesmo, era uma das estratégias que eles executaram.

Em elas se informavam os cuidados básicos com os pés, os principais problemas que afetam os idosos e as características dos cuidados podo-lógicos que seriam realizados dentro deste pro-grama, divulgando as funções e características do podólogo.

4. Estudo 4.1 Metodologia Este estudo foi realizado no Centro de Estancia

Diurna ARAPADES (Associação Ruteña de Atenção a Pessoas com Demência Senil), na cida-de de Rute, em Córdoba. Durante um período de 9 meses (Fevereiro a Novembro de 2012), foi estabelecido um Serviço de Podologia, com uma subvenção concedida pela União Europeia.

Foram estudadas 20 pessoas, o número total

de idosos que frequentam o Centro diariamente. Um relatório sobre o estudo foi enviado aos seus familiares (tutores), uma vez que a aceitação foi recebida e com a colaboração do pessoal de saúde residente (enfermeira e fisioterapeuta) jun-tamente com a gerência (psicóloga), foi prepara-da uma ficha de coleta de dados entre eles, idade, sexo, antecedentes gerais, assistência a dependências (SIM ou NÃO), tempo de perma-nência no centro, assistência (SIM ou Não) e fre-quência (se houver) de assistência ao podólogo antes da incorporação do Serviço ao Centro, ter-minando com os Problemas e Alterações nos pés.

5. Resultados A amostra é composta por 15 mulheres e 5

homens, com idade média de 84,2 anos. A idade média das mulheres é de 83,9 anos e nos homens de 85,2 anos.

75% da amostra recebeu assistência da

Unidade. Eles são assistidos por um profissional de saúde 1 hora pela manhã e 1 hora à noite para realizar o AVD (Atividades da Vida Diária). Nenhum dos sujeitos estudados mora sozinho, sendo o responsável normalmente um parente direto.

30% sofrem de diabetes mellitus tipo 2. Tabelas Figura 1. Tipos de demência Figura 2. Tempo de pertença ao Centro Figura 3. Assistência ao podólogo (Frequência) Figura 4. Patologias

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Figura 1. Tipos de demencia

Figura 2. Tiempo de pertenencia al Centro

Figura 3. Asistencia al Podólogo antes de la implantación del Servicio en el Centro.

Figura 4. Patología Podológica

Tipos de Demencia

Senil tipo- Alzheimer 15

Senil con Parkinsonismo 2

Senil Mixta con atrofia fronto-temporal moderada 1

Vascular 1

Senil 1

Asistencia al Podólogo

FRECUENCIA

2-4 MESES Si 8

No 12

Tiempo de pertenencia al Centro (Años)

1 a 5 12

5 a 10 6

Más de 10 2

Patología Hombre Mujer

Xerosis 80% 73%

Onicogrifosis 40% 40%

Onicomicosis 40% 20%

Deformidades (Dedos en Garra,

HAV, Úlcera, Callosidades)

10% 25%

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6. Conclusões As mudanças demográficas e as perspectivas econômico-sociais exigem que nossa profissão come-

ce a acreditar verdadeiramente que tem um papel fundamental no diagnóstico e tratamento das con-dições dos pés dos idosos.

Devemos adaptar nossas habilidades e conhecimentos para colocar na geriatria, o foco que a socie-

dade exige diariamente. A realidade é bastante "encorajadora", os podólogos sabem que grande parte dos pacientes que vão

à clínica tem mais de 65 anos e isso nos torna especialistas na área. Ainda temos um longo caminho a percorrer. Os alicerces da futura Podologia Geriátrica ainda pre-

cisam ser estabelecidos, de modo que esta especialidade seja totalmente integrada ao ramo da saúde e possa resolver com sucesso e solvência os inúmeros casos clínicos que ocorrem diariamente. Seria muito interessante trabalhar no estabelecimento de mecanismos e estratégias que melhorem o conhecimento que os idosos têm sobre Podologia.

A doença de Alzheimer é o primeiro passo. Nas próximas décadas, o envelhecimento progressivo e

exponencial da população será maior, e portanto, maior ocorrência de casos de demência. É um fenômeno que não para e, nesse campo, temos que implementar nossa filosofia de atendimento e tratamento para problemas nos pés.

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[Consultado: 7 de Julio de 2013] Disponible en: http://www.ine.es/prensa/np744.pdf 4. Ayudando a las personas con Alzheimer.[Online] [Consultado: 3 de Agosto de 2013]Disponible

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http://www.alz.co.uk/ 6. WHO (Word Health Organization). Dementia: a Public Health Priority; 2012. [Online] [Consultado:

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7. INE (Instituto Nacional de Estadística). Nota de Prensa. 27 De Febrero de 2013. [Consultado: 5

de Agosto de 2013] Disponible en: http://www.ine.es/prensa/np767.pdf 8. Donoso A,Venegas P,Villarroel C, Vásques C. Deterioro cognitivo leve y enfermedad de Alzheimer

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13. Palacios D. Cuadernos prácticos sobre la enfermedad de Alzheimer y otras Demencias. Respuesta a los problemas de Enfermería. Madrid; AFAL: 2003.

14. Romero Cabrera AJ. Perspectivas actuales en la asistencia sanitaria al adulto mayor. Rev Panam

Salud Pública. 2008; 24(4): 288–94. 15. Sastre S, Raimondi P. Envejecimiento: patologías más frecuentes, prevención y tratamiento fisio-

terápico. Rev Esp Podol. 2007; 8(6): 300-304. 16. Regato P. A propósito del «envejecimiento activo» y de la II Asamblea Mundial sobre el

Envejecimiento: qué estamos haciendo y qué nos queda por hacer. Aten Primaria. 2002; 30 (2): 77-79.

17. Gil P, Santalla F, Romero M, Mosquera A, Suárez MC, Romero M. Patología de los pies y carac-

terísticas sociodemográficas de la población usuaria de los centros Sociales de mayores de Galicia. El Peu. 2010; 30(4):176-183.

Podólogo Álvaro Carmona López. - Diplomado en Podología. Universidad de Sevilla (2007-2010). - Máster Oficial “Nuevas Tendencias Asistenciales en Ciencias de la Salud”. Universidad de Sevilla. - Máster Propio “Biomecánica y Ortopodología”. Universidad de Sevilla. - Experto Universitario en “Promoción de la Salud en la Comunidad” por la Universidad de Educación a Distancia (UNED). - Especialista Universitario en Pie Diabético por la Universidad de Extremadura. - Profesor del Máster en Podología Deportiva impartido en la Universidad Católica de Valencia (2014/2015). - Profesor del Grado en Podología en UCAM (Universidad Católica de Murcia) . - Coordinador del Prácticum del Grado en Podología. - Profesor del Máster en Podología Clínica y Deportiva impartidos en la Universidad Católica de Murcia (UCAM). Dirección electrónica: [email protected]

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Resumo O melanoma apesar de ter menor incidência é

o tipo de câncer de pele mais agressivo. O tipo Melanoma Lentiginoso Acral (MLA) aco-

mete as partes palmoplantares e falanges, por este fato saber reconhecer alguns sinais de que algo pode estar errado é de fundamental impor-tância para o profissional podólogo encaminhar o paciente ao dermatologista para que a pesquisa seja feita. Quanto mais precocemente for realiza-do diagnóstico, melhores serão os resultados dos tratamentos e para a qualidade de vida do paciente.

Ter conhecimento das patologias que podem acometer os pés e saber distinguir seu limite de atuação é fundamental para que sejamos recon-hecidos como podólogos de qualidade.

Introdução O melanoma é originado pela multiplicação

descontrolada dos melanócitos localizados na epiderme. Estas células são as produtoras de melanina que é a responsável pela pigmentação da nossa pele. Segundo Instituto Nacional do Câncer (Inca), o melanoma é a forma de câncer mais frequente no Brasil e no mundo e foi esti-mado para o biênio 2018/2019 o surgimento de em pouco mais de 6 mil novos casos deste tipo de câncer de pele. O tipo melanoma é considera-do de maior letalidade, porém sua ocorrência é considerada baixa em relação ao câncer de pele não melanoma, sua identificação nos estágios iniciais, é importante para que o tratamento obtenha um prognostico positivo.

O melanoma possui quatro classificações que

são: melanoma extensivo superficial, nodular, lentigo maligno e lentiginoso acral. Alguns dos fatores de risco para o surgimento do melanoma são as exposições solares (raio ultravioleta) excessivas e sem proteção, ser de raça branca, imunossupressão, idade, excesso de nevos (+50), hereditariedade e ou histórico pessoal entre outros.

Para diagnósticos dos melanomas ungueais é usado uma tabela em que se usa as letras A, B, C, D, E, F onde é levado em consideração alguns dados como: idade, coloração da mancha, mudança de tamanho e forma, local e quantida-

de de manchas, extensão e histórico familiar, onde quanto mais dados forem positivos no somatória das letras preciso ele será.

No melanoma lentiginoso acral (MLA) que será

o nosso tema os raios ultravioletas não chegam a ser um fator de risco importante para seu surgi-mento, mas acredita-se que traumas consecuti-vos, ser de raça asiática ou negra, estar na sexta década de vida estes sim devem ser considera-dos como fatores importantes para seu surgi-mento. O MLA surge nas regiões palmoplantares, nas falanges terminais, podendo ser peri ou subungueais.

O objetivo deste relato de caso e demonstrar

como uma boa avaliação podal pode ajudar a sal-var vidas. A avaliação dos pés ao receber o clien-te muitas vezes é negligenciada pelo profissional seja pela pressa em atender, por não levar em conta a sua importância ou mesmo pelo descon-hecimento do que está diante de seus olhos.

Relato de caso Paciente, PBF, masculino, cor parda, atualmen-

te com 69 anos, administrador aposentado, resi-dente em Brasília. Em 2016, com 66 anos quan-do PBF foi atendido possuía o histórico familiar de câncer de próstata por parte de pai, já faleci-do, não havia patologias pré-existentes e nem alergias, procurou atendimento podológico para realização de uma antissepsia e durante avalia-ção podal, o paciente relatou que a mancha no dedão estava crescendo e achava que era fungo, apesar de não coçar e não doer.

O nevo tinha pigmentação amarronzada e esta-

va localizada na parte distal e subungueal do hálux esquerdo. O mesmo foi orientado pela podóloga a procurar um dermatologista, pois a mancha identificada não possuía bordas regula-res e sem simetria. Passados 03 anos, ou seja, agosto 2019, agora com 69 anos, aposentado, residindo em Belo Horizonte em uma consulta de rotina de clínica médica foi confirmado a neces-sidade de procurar um dermatologista com urgência.

O dermatologista após biopsia cutânea obteve o diagnóstico de melanoma “IN SITU”, Clark I, em fase de crescimento radial, ou seja, o mesmo

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A importância de uma avaliação qualificada realizada pelo podólogo: Relato de caso de Melanoma Lentiginoso Acral.

Clemilda Aguiar dos Santos Silva (1), Lucimélia Queiroz (2). (1) Enfermera y Podóloga - (2) Podóloga - Brasil.

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se encontra apenas na epiderme e sem metásta-se para órgãos ou linfonodos dados em 24/09/19 e em 06/12/19 foi realizada amputa-ção do hálux esquerdo.

Este tipo em especial de MLA é muito confun-

dido pelos profissionais da saúde como uma sim-ples pinta ou até mesmo como uma onicomicose (A.C.Camargo). Então como nosso objeto de atenção são os pés, devemos obter conhecimen-to suficiente para identificar as alterações que podem acomete-lo. Temos que nos atentar para onicomicoses que passados por vários tratamen-tos realizados corretamente e não se curam, manchas/ pintas que mudam de forma e de cor, espessura, que descamam ou coçam. Ao descon-fiar que algo não está dentro da normalidade fale ao paciente com todo profissionalismo e mostre a importância de estar procurando esclarecimen-to de outro profissional. Nós podólogos devemos ter ciência do nosso limite de ação e não fazer-mos diagnostico pelo achismo e sem evidências cientificas.

O paciente, neste período entre o diagnostico

até a cirurgia, entrou em contato com a podóloga Lucimélia Queiroz que o atendia aqui em Brasília e a parabenizou pelo seu profissionalismo por tê-lo orientado a procurar um dermatologista e que por sua atuação direta ajudou a aumentar a sua qualidade de vida e reconhece que apesar dos conselhos recebidos da podóloga demorou em procurar ajuda.

Conclusão Apesar de ter menor incidência o melanoma é

um câncer agressivo e o quanto antes for realiza-do o seu diagnóstico pelo dermatologista, maio-res serão as chances de sucesso do tratamento e de vida para o paciente. Por este motivo, o profis-sional podólogo deve fazer uma avaliação qualifi-cada das patologias que podem estar acometen-do os pés do seu cliente e identificar quando o problema deixa de ser de sua competência.

Referências Bibliográficas

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Formação da derme FIGURA 2: Estrutura Anatômica Ungueal FIGURA 3: Anatomia dos pés FIGURA 4: Onicomicose FIGURA 5: Unha encravada FIGURA 6: Termos Técnicos na Prodoprofilaxia FIGURA 7: Joanete FIGURA 8: Pé diabético SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. REVISÃO LITERÁRIA 2.1 Podologia 2.4 Estrutura do aparelho ungueal 2.5 Estrutura do pé 3. ONICOSES 3.1 Onicomicoses 3.2 Onicocriptose 3.2.1 Órtese Metálica 3.2.2 Órtese acrílica ou Fibra de Memória Molecular (FMM) 3.2.3 Órteses Fotopolimerizáveis 3.2.4 Ortoplastia 3.3 Distrofias Ungueais Parciais 3.4 Hálux Valgo 3.5 Deformidade dos dedos 3.6 Esporão do Calcâneo 3.7 Onicólise 3.8 Hiperqueratose 3.9 Neuroma de Morton 4. O PÉ DIABÉTICO 5. ÓLEOS ESSENCIAIS NA PODOLOGIA 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. INTRODUÇÃO A podologia está alicerçada nas ciências bási-

cas de saúde, onde se apoiam outras ciências, como a medicina, a enfermagem, a fisioterapia, a farmacologia, a biomedicina, a fonoaudiologia, a odontologia, entre outras.

Partindo de seu alicerce, a Podologia funda-

menta-se num conjunto de abordagens e técni-cas que visam manter e/ ou restabelecer a saúde de pessoas, no que diz respeito aos membros inferiores, mais especificamente do tornozelo aos pés. Dessa forma, o podólogo/podologista é um profissional de saúde que compreende o fun-cionamento do corpo humano e da promoção da saúde, com ênfase nos membros inferiores (BEGA; LAROSA, 2010, p. 19).

O termo podologia se refere ao estudo e conhe-

cimento dos pés. O podólogo é o profissional habilitado para tratar as afecções dos pés como calosidades, onicomicoses, aplicação de órteses, onicocriptose e diversas outras patologias.

Localizada nas extremidades dos dedos, a lâmina ungueal tem como finalidade, proteger e revestir o ponta dos dedos, além de possuir pro-priedades estéticas. A formação da unha se inicia na nona semana de vida embrionáris. Ao nasci-mento as unhas são finas e transparentes.

A lâmina ungueal é importante não só por seus

atributos estéticos, mas também desempenha significativa função na proteção das falanges dis-tais, defesa prevenção do tato e revelador de doenças sistêmicas. Suas estruturas constituem um dos anexos cutâneos mais importantes para o conhecimento do podólogo.

As infecções fúngicas que acometem o sistema ungueal se devem basicamente a fungos denomi-nados dermatófitos, estes se utilizam da micro-flora natural, composta por Scopulariopses brevi-caulis e Cândida albicans, para causar infecções em hospedeiros debilitados ou predispostos a tais afecções. Porém, não só por dermatófitos o aparelho ungueal é prejudicado.

As onicoses, nome dado a qualquer alteração

do aparelho ungueal, podem ser de ordem con-gênita e hereditária, traumática e infecciosa. O tratamento consiste na maioria das vezes em diagnóstico médico, devido a diversidades de patologias que envolvem o aparelho ungueal.

A multidisciplinaridade é fundamental para o sucesso do tratamento das onicoses, sendo o

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Algumas podopatías podológicas. A causa de dor e desconforto para os pés.

Trabalho apresentado por Aline Menegat, como requisito parcial para a conclusão do curso de Educação Profissional de Nível Técnico na área da Saúde com Habilitação de Técnico em Podologia do INA – Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada de Blumenau, Brasil. Orientador: Professor Marcelo Kertichka.

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podólogo responsável pelo encaminhamento do cliente ao médico, se esse se fizer necessário, bem como, orientação quanto a prevenção de possíveis onicoses.

O objetivo na construção desse artigo é avaliar

o desenvolvimento de alguns tipos de patologias ungueais direcionado ao podólogo, facilitando assim sua atuação na identificação de tais onico-ses, orientar o paciente qual o melhor tratamento e também como o profissional de podologia deve se cuidar em relação aos materiais contamina-dos que está exposto diariamente e o uso obriga-tório dos equipamentos de proteção individual.

Para a realização desse estudo realizou-se uma revisão bibliográfica nos bancos de dados: Science Direct, Scielo, Bireme, Google Acadêmico, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. Utilizou-se os termos técnico de podo-logia, patologias ungueias, podologia e podology, onicocriptosis.

2. REVISÃO LITERÁRIA 2.1 Podologia De acordo com Madella (2010) o termo

Podologiaorigina-se do grego arcaico tendo por prefixo podos=pé, pés e sufixo logos=tratado, estudo, conhecimento. Formando então, podolo-gia, nome da ciência que trata do estudo dos pés. Podólogo é termo designado à pessoa capaz de aplicar terapias nos pés. Este profissional é capacitado através de curso superior ou técnico e seu conhecimento é aprofundado em anatomia, fisiologia, biomecânica e patologias dos pés (MADELLA, 2010, p. 8).

Dizem os que sabem que o pé é uma obra de

mestre, concedida para andar sem calçado e sobre qualquer terreno, mas também é o órgão que pior tratamos (PIATTI, 2006, p. 31).

Para adquirir conhecimento é preciso aprender. De nada adianta participar de congressos, semi-nários e cursos se o objetivo é dependurar certi-ficados em paredes, e não o aprendizado que deriva desses eventos. Aquele que só ouve e vê, assimila e questiona, este sim aprende, este sim sabe. Logo, título à parte, aquele que sabe é o verdadeiro podologista (BEGA, 2014, p. 2).

O podólogo pode atuar de forma, em clínicas

especializadas no cuidado com os pés ou em home care; ou pode montar seu próprio negócio. Também é possível fazer parte de uma equipe multiprofissional de saúde, trabalhando com médicos especialistas como ortopedistas, der-matologista, endocrinologista, vascular, etc.; revisando sempre a uma atuação multidisciplinar

de cuidado do ser humano como um todo (JUS-TINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p.17).

O podólogo é o profissional habilitado para tra-tar as afecções dos pés como calosidades, onico-micoses, aplicação de órteses para correção da lâmina ungueal deformada ou encravada, e diver-sas outras patologias (PEREIRA; MORETTO; PAULA, 2010, p. 10).

O termo podologia origina-se do grego arcaico tendo por prefixo podos = pé, pés e sufixo logos = tratado, estudo e conhecimento. Formando então podologia: nome da ciência que trata do estudo dos pés (MADELLA, 2010, p. 74).

Os pés são segmentos do corpo que podem ser completamente examinados, pois suas estrutu-ras facilitam o acesso à inspeção, palpação e movimentação. A consulta deve ser iniciada com a história clínica do paciente, que relatará seus sintomas e as alterações observadas (BIANCHI-NI, 1997, p. 93).

Nogueira (2008, p. 11) relata que a podologia

é uma ciência da saúde humana que além do estudo dos pés, tem como objetivo o estudo do tegumento, anexos cutâneos, nervos, músculos, ossos e tendões, portanto, consiste no estudo da anatomia e fisiologia, bem como prevenção e tra-tamento das patologias que acometem todo o conjunto podal.

Compete ao podólogo orientar os pacientes, e se necessário sugerir o acompanhamento de pro-fissionais de outras ciências. Sendo responsável apenas pelo que lhe cabe a oferecer ao paciente, respeitando seus limites de conhecimento e da ética científica legal. Desta forma, define-se que tal ciência desenvolve o conhecimento biomecâ-nico do tornozelo e dos pés, a fim de compreen-der a marcha e os problemas que dificultam, podendo, dessa forma optar pelo melhor trata-mento dentro de uma visão ampla, multidiscipli-nar (BEGA, 2006, p. 1).

A atuação do podólogo se dá nos tratamentos

das afecções dos pés, tais como calos, onicocrip-tose (unhas encravadas com ou sem infecção), onicomicose, aplicação de órteses para correção da lâmina ungueal deformada ou encravada, entre outras atividades, porém cabe também ao podólogo encaminhar seus pacientes a acompan-hamento médico, se esse se fizer necessário (MADELLA, 2006, p. 74).

Partindo de seu alicerce, a Podologia funda-menta-se num conjunto de abordagens e técni-cas que visam manter e/ou restabelecer a saúde de pessoas, no que diz respeito aos membros inferiores, mais especificamente do tornozelo aos pés (BEGA; LOROSA, 2010, p. 19).

O podólogo é o profissional habilitado para tra-tar as afecções dos pés como calosidades, onico-

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micoses, aplicação de órteses para correção da lâmina ungueal deformada ou encravada, e diver-sas outras patologias (PEREIRA; MORETO; PAULA, 2010, p. 1).

A profissão é considerada atividade afins da medicina e, o podólogo sendo legalmente recon-hecido pelos órgãos governamentais de sempre agir com o máximo de zelo com seu cliente e o melhor de sua capacidade (MADELLA, 2010, p. 251).

Embora sua atuação esteja limitada ao nível superficial, não invasivo aos tecidos, o podólogo deverá conhecer e saber diagnosticar todas as afecções e patologias de origem interna, de modo a orientar e encaminhar o paciente a um médico especialista, quando for o caso (PIEDA-DE, 2002, p. 44).

Cabe ao podólogo trabalhar com biosseguran-

ça, ou seja, higienizar o local de trabalho, fazer uso de equipamentos de proteção individual (EPI’S), esterilizar os instrumentos, fazer descar-te de lixo biológico, químico e pérfuro-cortante de forma correta, utilizar materiais descartáveis, armazenar corretamente produtos químicos e medicamentos, entre outros (VENTURI, 2009, p. 14).

A podologia é a área da saúde que cuida espe-cificamente da saúde e do bem-estar dos pés. O profissional está capacitado para intervir nas lesões superficiais dos pés como calos, calosida-des, onicocriptoses (unha encravada), fissuras, etc. E efetuar correções ungueais proporcionan-do o alívio da dor e a melhora no aspecto das unhas contaminadas por fungos e outros micro-organismos (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 17).

O podólogo deve também, orientar o paciente, informando-o quanto aos cuidados necessários com a higiene, corte das unhas, sapatos e calosi-dades visando assim, prevenir as complicações crônicas dos pés, sendo necessário que o pacien-te tenha consciência em manter a saúde dos pés (MARTINEZ, 2006, p. 157).

2.2 Biossegurança O profissional deve tomar muito cuidado com a

limpeza, desinfecção e a esterilização dos instru-mentos. Muitos podologistas não tem o devido cuidado quanto a essas observações. Limpam seus instrumentos de trabalho com um chumaço de algodão embebido em álcool ou qualquer outra substância que julgam ser suficiente para preparar o material para um novo uso. Alguns acrescentam a esterilização a calor, nos mais variados tempos possíveis (BEGA, 2014, p. 272).

A biossegurança em estética exige a atenção e consciência para ações de prevenção de doenças

e lesões no ambiente do trabalho. Diante de uma realidade onde o mercado da beleza, de clínicas de estética e os salões de beleza não param de crescer, devemos redobrar a atenção, o cuidado e alertar a sociedade quanto a essa questão (MORENO, 2005, p. 5).

Durante o atendimento, o podólogo também não deve esquecer de utilizar sempre os equipa-mentos de proteção individual (EPIs): touca (para proteção doa cabelos), óculos de proteção (para proteger os olhos, evitando a contaminação por resíduos, principalmente do corte da unha e do pó do lixamento), máscara (para proteger a boca e as vias aéreas, luvas de procedimento (para evitar lesões de material contaminado), jaleco (para proteção da roupa) e sapato fechado (JUSTINO, BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 18).

Compreende, também, a proteção e a seguran-ça na biotecnologia com organismos genetica-mente modificados. Conquanto, no segmento da beleza e estética a biossegurança tem o objetivo de controlar e minimizar os riscos biológicos e químicos, validando a importância do uso de EPI, do descarte de material perfurocortante, da higienização das mãos, da cobertura vacinal e do processamento de dispositivos usados na prática (NEVES et al, 2007, p. 32).

É necessário um consultório bem iluminado

para a acuidade visual e, com isso, previnem-se acidentes. Além disso, deve possuir paredes cla-ras e laváveis e piso antiderrapante e de cor clara (para não haver acúmulo de micro-organismos) (BEGA, 2014, p. 274).

Dessa forma, além de colher dados para a his-tória clínica, é importante fazer o exame do cal-çado do paciente, que, por sua correlação com as queixas e com as alterações relatadas, muito pode contribuir para o diagnóstico (BIANCHINI, 1997, p. 93).

A limpeza eficiente do instrumental podológico consiste na retirada total da matéria orgânica (por exemplo, resíduos de pele, secreções, san-gue, etc.) que ficou depositada em suas diversas partes, por meio da limpeza mecânica e da des-infecção (química). O instrumental deve ser limpo imediatamente após o uso, inclusive as peças desmontáveis (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 26).

O podologista deve entender que seu ambiente

de trabalho é um foco de contaminação para diversos microorganismos, em especial os fun-gos e bactérias patogênicas e, por isso mesmo, deve realizar uma limpeza terminal entre um atendimento e outro, porque os esporos dos fun-gos podem ficar em suspensão no ar e em obje-tos de uso do podologista, além dos móveis do consultório (BEGA, 2009, p. 6).

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O técnico em podologia tem condições de fazer uma coleta para o laboratório e indicar a higieni-zação correta dos calçados; habitat dos fungos (HAGINO, 2009, p. 14).

O ambiente é fonte de contaminação, quando os micro-organismos se encontram no ar, em paredes, equipamentos, utensílios e objetos em geral. O homem é fonte de contaminação no caso de transmissões de pessoa para pessoa. Por isso, o podologista de trabalhar bem paramenta-do; estar sempre imunizado contra infecções gra-ves, como a hepatite B (BEGA, 2014, p. 278).

A disseminação desses microorganismos é denominada de transmissão cruzada, e pode ocorrer entre clientes e profissionais. Com o intuito de diminuir o contato com o material bio-lógico e proteger os profissionais e clientes, o Centers for Disease Control and Prevention suge-riu uma guia com recomendações a serem adota-das no atendimento de todo e qualquer cliente ou paciente, independente de seu diagnóstico, sendo chamadas de Precauções Padrão (SIEGEL et al., 2012, p. 45).

As Precauções Padrão fazem parte das normas

de biossegurança e se baseiam em ações que devem ser tomadas por todo trabalhador de saúde e estética diante de qualquer cliente ou paciente, com o intuito de minimizar os riscos de transmissão de agentes infecciosos, principal-mente veiculados por sangue e fluídos corpóreos ou presentes em lesões de pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos (HELBEL et al., 2014, p. 27).

A esterilização consiste em destruir, geralmen-te por meio da ação de produtos químicos ou de uma temperatura elevada, as bactérias e outros micro-organismos patogênicos que possam exis-tir em objetos, superfícies, etc. (JUSTINO; BOM-BONATO; JUSTINO, 2011, p. 30).

As medidas de precaução que o profissional

deve tomar são muito importantes para o contro-le das infecções: lavar as mãos antes e depois de atender cada paciente; usar luvas para todo e qualquer procedimento em que o profissional entre em contato com o paciente ou com mate-rial contaminado; mostrar ao paciente que as luvas são sempre novas, descartando-as diante do próprio paciente etc (BEGA, 2014, p. 280).

2.3 Anatomia e Fisiologia do Sistema Tegumentar Por ser uma estrutura complexa, a pele apre-

senta diversas funções: proteção, impermeabili-zação, sensibilidade, aderência, articulação, absorção, secreção, excreção e termorregulação da temperatura corpórea. Para entender o funcio-

namento de cada uma dessas funções, é preciso compreender a anatomia e histologia da pele (BEGA, 2014, p. 7).

O sistema tegumentar é formado pela epider-me, derme, hipoderme e anexos subcutâneos (pelos e unhas). Tais estruturas “funcionam de forma sincronizada, na qual cada partícula des-empenha uma importante função em prol da homeostasia do todo. Sua principal função é a proteção do organismo”, capaz de formar uma barreira protetora entre o organismo e o ambien-te (GOMES; GABRIEL, 2006, p. 24).

O tegumento humano conhecido popularmente como pele, é considerado por muitos o maior órgão do corpo humano. Por conta de seu fácil acesso, sob o ponto de vista clínico, ela oferece um dos melhores indicadores de saúde. Por meio do seu exame inúmeras anomalias no funciona-mento fisiológico do organismo podem ser evi-denciadas, tais como alterações térmicas, resse-camento, escamação, edema, e alterações de cor (SLEUTJES, 2008, p. 433).

A pele impede a perda de água e proteínas para

o exterior do organismo, é sensitiva ao calor, frio, dor e tato, é termorreguladora, eficaz na síntese de vitamina D e excreção de eletrólitos e outras substâncias e, resistente a impactos físicos (SOUSA; VARGAS, 2004, p. 3).

A pele representa mais de 15% do peso corpó-reo e apresenta grandes variações ao longo de sua extensão, sendo ora mais flexível e elástica, ora mais rígida (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p. 1).

Quando à espessura, varia desde menos de 1mm em regiões de face, até aproximadamente 2,2mm em região palmo-plantar (FANDOS, 2004, p. 16).

A pele é formada por reentrâncias e saliências comumente encontradas em regiões palmo-plan-tares. Tais saliências são denominadas dermató-glifos e colaboram na identificação dos indiví-duos, pois sua disposição é peculiar e única (BEGA, 2006, p. 8).

Estruturalmente o tecido cutâneo é dividido em três camadas, epiderme, derme e hipoderme, “esta última não é considerada por muitos auto-res como parte integrante da pele, embora seja estudada dentro do sistema tegumentar” (SOUSA, VARGAS; 2004, p. 3).

O sistema tegumentar é formado pela pele

(tegumento) e pelos anexos epidérmicos: pelo, unha, glândulas sebácea e sudorípara. Formando a pele temos a epiderme (tecido epitelial) e a derme (tecido conjuntivo) apresentando espessu-ra variada dependendo da região do corpo. Abaixo da pele, encontra-se uma camada de teci-do adiposo, a hipoderme (BEGA; LAROSA, 2010, p. 241).

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A pele é um complexo formado por reentrân-cias e saliências mais evidentes nas regiões das palmas das mãos e das plantas dos pés. Esse complexo de reentrâncias e saliências recebe o nome de dermatóglifos e servem para identificar as pessoas, por apresentar-se de maneira única em cada indivíduo (BEGA, 2014, p. 8).

A epiderme é formada por várias camadas

celulares, sendo denominada estratificada. A camada mais profunda e interna é denominada epitélio germinativo, de onde nascem as novas células que irão substituir as velhas. É importan-te destacar que a pele é o tecido de maior reno-vação em todo o organismo. À medida que as células epiteliais envelhecem, aumentam pro-gressivamente o acúmulo de uma proteína cha-mada queratina. A queratina permanece após a morte das células, formando um revestimento resistente e impermeável, chamado córnea (SLEUTJES, 2008, p. 435).

Nesta camada córnea, os ceratinócitos encon-

tram-se sem vida e anucleados, porém dão ori-gem a uma mistura de lipídios e proteínas, evi-tando assim a perda de água pela pele. Abaixo da camada córnea encontra-se a camada lúcida, esta é composta de células anucleadas e achata-das o que lhe confere um aspecto translúcido (GOMES; GABRIEL, 2006, p. 28).

A terceira camada é denominada granulosa. Denomina-se assim porque aparecem granulaçõ-es nos queratinócitos, produto da destruição de sua cromatina nuclear (FANDOS, 2004, p. 18).

A pele é um complexo formado por reentrân-cias e saliências mais evidentes nas regiões das palmas das mãos e das plantas dos pés. Esse complexo de reentrâncias e saliências recebe o nome de dermatóglifos e servem para identificar as pessoas, por apresentar-se de maneira única em cada indivíduo (BEGA, 2014, p. 8).

A epiderme é formada por um revestimento de camadas de células sobrepostas, onde as células superficiais são achatadas e compõem uma camada rica em queratina, denominada córnea (BORGES, 2006, p. 307).

A camada espinhosa ou malpighiana é assim

denominada devido ao seu aspecto lembrar pequenos espinhos. Nesta camada as células de Langherhans, responsáveis pelas reações imuni-tárias, estão distribuídas em maior quantidade (GOMES; GABRIEL, 2006, p. 28).

A pele impede a perda de água e proteínas para o exterior do organismo, é sensitiva ao calor, frio, dor e tato, é termorreguladora, eficaz na síntese de vitamina D e excreção de eletrólitos e outras substâncias e, resistente a impactos físicos (SOUSA; VARGAS, 2004, p. 3).

A camada da epiderme mais profunda, é deno-

minada basal ou germinativa, é formada pelos queratinócitos, melanócitos (responsáveis pelo pigmento de melanina), células de Langherhans (sistema imunológico da pele) e, células de Merkel (responsáveis pelos impulsos sensoriais da pele) (FANDOS, 2004, p. 16).

A camada inferior à epiderme, denominada

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Figura 1: Camadas da pele Fonte: http://www.minutosaudeestetica.com.br/postagens/2017/12/10/epiderme-e-derme-cama-

das-da-pele/. Acessado em: 05 nov.2019.

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derme, é um tecido conjuntivo que contém fibras protéicas, vasos sanguíneos, terminações nervo-sas, órgãos sensoriais e glândulas. Sua composi-ção é de, principalmente, fibroblastos, células responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa na qual as estruturas da derme ficam mergulhados (SLEUTJES, 2008, p. 435).

A derme é a segunda grande camada da pele,

localizada logo abaixo da epiderme e subdivide-se em derme papilar e derme reticular. É forma-da por tecido conjuntivo, constituído basicamen-te por água e matriz extracelular e esta por sua vez é rica em proteínas fibrosas (colágeno e elas-tina) (GOMES; GABRIEL, 2006, p. 26).

Na derme também se encontram vasos, nervos e músculos eretores do pelo, além dos anexos cutâneos (SOUSA, VARGAS; 2004, p. 6).

A derme papilar é composta pelas papilas dér-micas adjacentes à camada basal da epiderme, que por meio de reentrâncias, permite a epider-me nutrição através dos vasos sanguíneos (BEGA, 2006, p. 11).

A derme reticular é mais espessa que a papilar e é composta por feixes de colágeno dispostos paralelamente à epiderme (SAMPAIO, RIVITTI; 2008, p. 20).

2.4 Estrutura do aparelho ungueal A formação da lâmina ungueal inicia-se a partir

da matriz, onde queratinócitos se multiplicam, se diferenciam e se queratinizam. A queratina produzida se estabiliza por um padrão diferente de pontes de dissulfeto, que determinam as dife-renças estruturais desse anexo (ADDNOR, 2016, p. 312).

A placa ungueal, que é constituída por células epiteliais queratinizadas densamente compacta-das, é produzida pela matriz e evolui distalmente na direção da borda livre da unha, à medida que a placa recém-formada empurra lentamente para frente, na direção distal A formação e o cresci-mento da placa ungueal são um processo contí-nuo (DEL ROSSO, 2012, p. 60).

A onicologia, estudo das unhas, é uma subes-

pecialidade que se ocupa do diagnóstico e do tra-tamento das doenças que acometem a unidade ungueal (NAKAMURA; BARAN, 2018, p. 56).

A unha constitui um dos anexos cutâneos mais importantes para o conhecimento do podólogo (BEGA, 2006, p. 15).

A função das unhas é representativa no ato de proteger os dedos de traumatismos, defesa, adorno, revelador de doenças sistêmicas e, prin-cipalmente preservar o tato das mãos (MENDON-ÇA, 2004, p. 228).

Ela é formada por uma queratina especial, cha-mada de oniquia (dura), rodeada por todos os lados, por uma queratina mole. Oniquia é uma proteína rica em enxofre, cistina, arginina, (7 a 16%) de água, cálcio e ferro. Portanto, a lâmina ungueal e a prega cutânea ao redor, são os cons-tituintes ativos do órgão unha (VIANA, 2005, p. 6).

O prato ungueal (ou lâmina ungueal) contém diversos minerais, predominantemente, cálcio que, juntamente com o fosfato, forma cristais de hidroxiapatite. Apesar de o cálcio contribuir para a dureza do prato ungueal, o maior contributo é dado pelo enxofre. Além do cálcio, há ainda o ferro, zinco, cobre, manganês, sódio e magnésio. Contudo ainda se desconhece o seu papel (JIA-RAVUTHISAN et al., 2007, p. 9).

Seu ritmo de crescimento, de 2-3 mm por mês, leva a renovação total da lâmina exposta em 6-9 meses, sendo um pouco mais lenta nas unhas dos pododáctilos (CASHMAN; SLOAN, 2010, p. 423).

Sabe-se que vários fatores, fisiológicos ou não,

influenciam o crescimento da unha, tendo como exemplo o crescimento mais rápido das unhas da mão direita do que na mão esquerda, as unhas também crescem mais durante o dia e, menos durante a noite, mais nos homens do que nas mulheres e também denotam mais crescimento em portadores de hipertireoidismo e, naqueles que necessitam imobilizar os dedos (NEVES; NOVAIS; RIBEIRO, 1995, p. 569).

Os primeiros estudos sobre o crescimento ungueal datam de 1684, de Robert Boyle (BOYLE, 1684, p. 69), físico e químico irlândes. Haller, em 1747, descreve a unha como unidade que cresce continuamente, torna-se endurecida e recobre a extremidade distal do dedo. Ele ainda publica a primeira observação sobre o tempo do deslocamente da unha, período de 3 meses para a unha ir da cutícula até a extremidade livre do dedo (HALER, 1747, p. 93).

O aparelho ungueal exige cuidados básicos,

como corte adequado da lâmina ungueal e higie-nização com água e sabão. É essencial para a saúde manter o aparelho ungueal limpo. Deve-se atenção principalmente ao corte da borda livre, evitando cortes ovais, redondos e, pontiagudos, pois estes tendem a gerar um quadro de onico-criptose. Sua estrutura consiste basicamente na lâmina ungueal, nas pregas laterais, prega proxi-mal, prega periungueal (pele entre a lâmina ungueal e a prega lateral), lúnula, eponíqueo, hiponíqueo, sulcos ungueais e leito ungueal, este, constituído por uma porção epidérmica e outra dérmica que abrange desde a lúnula até o hipo-níqueo (BEGA, 2006, p. 16).

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O leito da unha é composto pela camada basal (germinativa), esta camada é espessada abaixo da extremidade proximal da unha, formando uma região esbranquiçada em forma de meia lua, visível através da unha, denominada lúnula. Na extremidade proximal da unha encontra-se o eponíquio (cutícula). Abaixo da ponta livre da unha, a camada córnea é espessada e denomina-da de hiponíquio. As unhas geralmente possuem uma coloração rosada em função da extensa rede capilar existente abaixo dela (SPENCE, 1991, p. 84).

Uma placa ungueal totalmente formada se

estende a partir da parte debaixo da cutícula da prega da unha proximal para alé do hiponíquio, e se estende lateralmente para baixo da cutícula das pregas laterais da unha. As anormalidades de placa ungueal ocorrem com frequência de forma secundária às alterações ou distúrbios que afetam a função da matriz da unha, infecções (p. ex., onicomicoe) ou traumatismo (DEL ROSSO, 2012, p. 60).

As pregas das unhas consistem no tecido mole

cutâneo que abriga a unidade ungueal, invagi-nando-se proximal e lateralmente para englobar a placa ungueal emergente. A prega da unha pro-ximal, com exceção da lúnula, cobre a matris subjacente e é destituída de glândulas sebáces e marcas cutânes dermatoglíficas (BARAN; DAW-BER; TOSTI, 1996, p. 3).

A unha é o anexo cutâneo que se superpõe à

face dorsal das falanges distais (GARDNER; GRAY; O’RAHILLY, 1978, p. 52).

Desconhece-se o motivo pelo qual a unha cres-ce de forma linear, plana e, nivelada, portanto, algumas hipóteses analisam que isso se deve à limitação dada pelas pregas ungueais ou pelo fato de que as células se movem distalmente (NEVES; NOVAIS; RIBEIRO, 1995, p. 569).

Sobre o dorso das falanges distais dos dedos encontra-se a unha, está, portanto, corresponde ao espessamento da camada córnea. A região espessada da camada basal (germinativa) é denominada matriz ungueal, nesta, ocorrem mitoses (divisão celular), portanto, as células anteriormente formadas que já se corneificaram são empurradas para frente, dando assim, o crescimento da unha (SPENCE, 1991, p. 84).

A lâmina ungueal possui três camadas horizon-

tais: uma fina lâmina dorsal, a lâmina interme-diária e, uma camada ventral. A lâmina dorsal é produzida pela porção proximal da matriz ungueal que, consiste em células achatadas e for-temente agrupadas, o que confere a característi-ca de resistência da unha. A lâmina intermediá-ria é mais espessa e é formada pela matriz dis-tal, consiste de células largas e irregulares, o que confere a flexibilidade e elasticidade da unha.

A camada ungueal ventral, produzida pelo leito

ungueal, é formada por queratinócitos derivados do processo de queratinização do leito, esta camada se faz necessária para a adesão da placa ungueal ao leito (GUEDES, 2009, p. 341).

A cutícula (eponíquio) é uma membrana quera-

tinizada delgada do estrato córneo modificado, que se estende da porção distal da prega da e se

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Figura 2: Estrutura Anatômica Ungueal Fonte: MONTEIRO, https://www.slideshare.net/mariaelizabetelimamo/estrutura-da-lmina-ungueal.

Acessado em: 05 nov.2019.

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reflete sobre a superfície ungueal. A cutícula intacta atua como uma vedação que protege o espaço situado entre as pregas da unha e a placa ungueal contra a exposição aos irritantes exter-nos, alérgenos patógenos (DEL ROSSO, 2012, p. 61).

As bordas ou pregas ungueais são compostas

por epitélio, nas bordas laterais esse epitélio é espesso, sem cutícula evidente, porém, com camada de queratina macia, que tende a perma-necer como uma membrana fina e rugosa em contato com a superfície ungueal adjacente, for-mando assim os sulcos ungueais laterais.

Na borda ungueal próxima o epitélio é normal e, se justapõe à placa ungueal (unha), sua mar-gem distal é compreendida pelo eponíqueo (cutí-cula), este, é de grande importância biológica, pois, proporciona a selagem que impede o aces-so de fragmentos e de microrganismos à área próxima à matriz, na falta dessa proteção, podem ocorrer infecções e distúrbios morfológi-cos ao sistema (BARAN, BERKER, DAWBER; 2000, p. 2).

Preconiza que as unhas crescem aproximada-

mente 3mm por mês, a partir do epitélio engros-sado da matriz ungueal (FANDOS, 2004, p. 26).

Sua espessura varia de 0,5 a 0,75mm tanto crescimento quanto espessura podem ser afeta-dos por dermatoses e, doenças sistêmicas (SAM-PAIO; RIVITTI, 2008, p. 441).

A composição química da unha se deve pela presença de nitrogênio, enxofre, cálcio, magné-sio, sódio, ferro, cobre, zinco, lipídios (0,1 a 1%, sendo o colesterol o principal devido ao seu poder plastificante, quando na falta deste, a unha torna-se quebradiça e seca) e, água (7% a 12% também com poder plastificante, portanto, quan-to menor o teor de água maior sua dureza) (BEGA, 2006, p. 17).

A microflora normal da unha é composta prin-

cipalmente por Scopulariopses brevicaulis e Cândida Albicans. As infecções se devem princi-palmente a incidência de fungos dermatófitos, em unhas aparentemente normais; neste caso, a microflora desempenha papel oportunista servin-do de reservatório para infecções em hospedei-ros debilitados ou predispostos (MENDONÇA, 2004, p. 229).

Embora o podólogo tenha sua atuação limita-

da, ele deverá conhecer cada patologia apresen-tada e, orientar o paciente sobre outras podopa-tias, ou seja, sem calosidades, fissuras, onicofo-ses (excesso de pele), unha encravada, tínea pedis (frieira), onicomicoses e micoses de pele, entre outros (MADELLA, 2010, p. 52).

2.5 Estrutura do pé Em primeiro lugar o pé é um órgão de amorte-

cimento de choques ou impactos, adaptando-se ao solo irregular, em segundo também precisa ser uma alavanca rígida para permitir a deambu-lação, e, para que o mesmo órgão consiga fazer estes dois trabalhos, o seu comportamento deve sofrer alterações dramáticas durante as diferen-tes fases do seu ciclo mecânico (SILVA, 2006, p. 6).

O pé possui uma estrutura complexa composta por ossos, articulações, glândulas, terminações nervosas, entre outras que funcionam juntas para garantir a sustentação, carregando todo o peso do corpo, e permitir seu deslocamento. Quaisquer alterações nos pés mesmo que peque-na, afeta esse funcionamento e, por consequên-cia, prejudica a mobilidade. Um calo ou uma unha encravada podem dificultar grandemente seu desempenho, levando o indivíduo a sentir dores insuportáveis (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO; 2011, p. 18).

O pé é um elemento importante para a estrutu-ra corporal, principalmente para o sistema pos-tural. A planta dos pés é rica em receptores cutâ-neos, exteroceptivos e proprioceptivos, que os torna um captor ou adaptador podal; com isso, no nível dos pés, diferentes informações podem intervir (CANTALINO; MATTOS; 2006, p. 77).

Quando se fala de esqueleto, faz-se referência a

estruturas ósseas articuladas. Tais estruturas, responsáveis pela junção dos ossos, recebem o nome de articulação ou junturas e tem a finalida-de de coloca-los em contato, permitindo a mobi-lidade. Essa união não é feita da mesma forma para todos os ossos, variando, portanto, com maior ou menor possibilidade de movimento e tipo de tecido interposto aos ossos (SLEUTJES, 2008, p. 143).

O osso não é completamente sólido; possui muitos espaços pequenos entre suas células e componentes da matriz extracelular. Alguns espaços são canais para os vasos sanguíneos que irrigam as células ósseas com nutrientes (TORTORA, DERRICKSON; 2017, p. 119).

Quanto a estrutura óssea, o pé possui 26 ossos e dois sesamoides que estão divididos em três grupos: calcâneo ou retropé; tarso ou mediopé e metatarso ou antepé. Os ossos que compõe esses grupos são: talo, calcâneo, ossos cuneifor-mes (medial, intermédio e lateral), cuboide, navi-cular, metatarsos, falanges proximais, falanges mediais e falanges distais (JUSTINO; BOMBONA-TO; JUSTINO, 2011, p. 18).

Em seguida, segundo Goldcher (2009, p. 9), o

pé apresenta uma rede de vasos superficiais

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muito ricos que nascem do revestimento cutâ-neo. Os vasos profundos são satélites dos vasos sanguíneos. Todos os linfáticos convergem para glânglios situados na parte superior da perna. Não existem linfonodos no pé.

Anatomicamente, o pé se divide em quatro par-tes: artelhos, representados pelos dedos; antepé, formado pelos cinco metatarsianos, que funciona como alavanca durante a fase da marcha; medio-pé, composto pelo navicular, três cuneiformes e cuboide, que funciona como segmento para a absorção de choques, desempenhando a função chave na sustentação do arco longitudinal medial; e retropé, constituído pelo calcâneo, que proporciona estabilidade durante a fase da mar-cha na qual ocorre o contato do calcanhar com o solo e funciona como braço de alavanca para o tendão de Aquiles durante a flexão plantar do pé (CANTALINO; MATTOS, 2006, p. 77).

O metatarsso consiste no conjunto de ossos

que unem o tarso às falanges, sendo numerados de I a V no sentido medial para lateral. Os quatro metatársicos mediais articulam-se entre sí por meio de facetas em suas bases. Suas principais estruturas são: base (extremidade proximal); corpo; cabeça (extremidade distal) (SLEUTJES, 2008, p. 90).

São capazes de sustentar o peso do corpo de

maneira adequada e transportá-lo por quaisquer tipos de terrenos. Como decorrência da carga que suporta, podem sofrer inúmeras deformida-des e patologias, que devem ser identificadas e tratadas corretamente para que não ocasionem maiores alterações (BIANCHINI, 1997, p. 80)

Os pés tem basicamente duas funções distin-tas: uma em estática (quando o indivíduo se encontra parado e de pé), e outra em dinâmica (quando o indivíduo se encontra em movimento) (BELO, 2011, p. 4).

Tendo visto que os pés contêm mais de 250 mil glândulas sudoríparas e estão entre as partes do corpo que mais transpiram. Em um dia, cada pé pode produzir mais de meio litro de suor (MADE-LLA, 2011, p. 10).

O esqueleto do pé, assim como o da mão, é

constituído por ossos articulados entre si, os tar-sais, que se articulam com 5 ossos longos, um conjunto denominado matatarso. Com os ossos do metatarso articulam-se com as falanges. O tarso totaliza um conjunto de sete ossos, dos quais um, o tálus, articula-se com os ossos da perna, além disso os ossos tarsais articulam-se entre si (SLEUTJES, 2008, p. 90).

Cada pé conta com 33 articulações, divididas

entre articulações de movimento, presentes nos

tornozelos e nos dedos, que funcionam para a execução da marcha e a dinâmica do pé; e arti-culações de amortecimento e adaptação, presen-tes nos ossos dos grupos tarso e metatarso que amortecem o choque do pé com o solo (JUSTI-NO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 19).

Dessa maneira, os pés são estruturas funcio-nais de base de sustentação do corpo que pos-suem 52 ossos (nos dois pés), que representam 25% do total de ossos do corpo humano, 33 arti-culações, 107 ligamentos e 19 músculos e tendõ-es em cada pé (JUSTINO; JUSTINO; NOGUEIRA, 2009, p. 28).

A harmonia entre as estruturas ósseas do pé,

juntamente com os ligamentos e músculos pro-movem a estabilidade e flexibilidade dos arcos plantares. A falha na integridade articular ou de partes moles resultará em disfunções do pé (CANTALINO; MATTOS; 2006, p. 77).

Cada dedo possui três falanges (proximal, medial e distal), com exceção do hálux, que pos-sui apenas duas (proximal e distal) (SLEUTJES, 2008, p. 90).

Enriquecidos por compostos de cálcio que pre-enchem os intervalos de sua estrutura, os ossos do pé são extremamente fortes, pois além de nos permitirem praticar todos esses movimentos, ainda nos permitem exceder limites (PIEDADE, 2002, p. 55).

A planta dos pés é recoberta por uma pele

pouco flexível e fina região do arco longitudinal interno e espessa e dura nas partes que servem de apoio. A planta dos pés também possui um elevado número de células adiposas que formam um coxim plantar, cuja função é amortecer o peso do corpo, juntamente com os arcos que for-mam a abóboda plantar (JUSTINO; BOMBONA-TO; JUSTINO, 2011, p. 19).

É a parte do corpo que contém mais termina-

ções nervosas por centímetro quadrado (e é por isso que sentimentos cócegas tão facilmente) (MAFRA, 2015, p. 23).

É comum dizer que o esqueleto é capaz de rea-lizar movimentos. Porém, tais movimentos estão associados a outras estruturas e órgãos, como articulações, músculos, sistema nervoso central e periférico. Os ossos desempenham, portanto, o papel de alavancas mecânicas que permitem os movimentos (SLEUTJES, 2008, p. 42).

Quanto as estruturas dos arcos plantares, o pé

pode ser classificado em normal, plano e cavo. No pé normal os dois arcos mediais devem ser simétricos tanto na largura quanto no compri-mento. O pé plano, caracteriza-se por um acha-tamento do arco longitudinal medial. O pé cavo é

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caracterizado por um aumento do arco longitudi-nal medial. Esse tipo de deformidade resulta num pé rígido com muita pouca capacidade de amortecer choques e adaptar-se aos esforços (CANTALINO; MATTOS, 2006, p. 77).

Os ligamentos presentes no pé são: ligamentos

cuneionaviculares plantares e dorsais, plantar longo, tarsometatarsais plantares e dorsais, tibiofibular anterior e posterior, talofibular ante-rior e posterior, calcaneofibular, colateral medial (deltoide), talocalcaneo lateral e interósseo, bifurcado, medial do tornozelo (parte tibionavi-cular e tibiocalcanea), calcaneonavicular plantar e ligamento colateral medial (deltoide) do torno-zelo (parte posterior) (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 19).

Conforme o autor Bega (2014, p. 21), o pé é

composto por 26 ossos e outros acessórios que nem sempre estão presentes em todos os pés, sendo muitos deles causadores de problemas que impedem a perfeita deambulação. [...] consi-deramos também os ossos que se articulam com o pé para entendermos melhor a formação da estrutura que conhecemos como tornozelo.

As articulações ou junturas dividem-se, de

acordo com sua estrutura e mobilidade, em três grupos. São eles: fibrosas (sinartroses) ou imó-veis; cartilaginosas (anfiartroses), ou com movi-mentos limitados e sinoviais (diartroses), ou jun-turas de movimentos amplos (SLEUTJES, 2008, p. 144).

Em seguida, Neto (2009, p. 8) diz que é sabido que os pés possuem 72.000 terminações nervo-sas e que passam por eles diariamente mais de 18.000 quilos de sangue e líquidos extracelula-res, sangue este que transporta, entre outras substâncias, [...] minerais e vitaminas e outros nutrientes, isto através de uma cadeia vascular de mais de 22 km de comprimento.

Os pés tem basicamente duas funções distin-

tas: uma em estática (quando o indivíduo se encontra parado e de pé), e outra em dinâmica (quando o indivíduo se encontra em movimento) (BELO, 2011, p. 4).

Desta forma, define-se que tal ciência desenvol-

ve o conhecimento biomecânico do tornozelo e dos pés, a fim de compreender a marcha e os problemas que a dificultam, podendo, dessa forma optar pelo melhor tratamento dentro de uma visão ampla, multidisciplinar (BEGA, 2006, p. 1).

A função dos ossos é de proteção: os ossos constituem verdadeiras armaduras que prote-gem os órgãos com funções importantes, como o cérebro, o coração e os pulmões, entre outros. Sustentação e conformação: Além de proporcio-nar a sustentação do corpo, os ossos permitem que os seres humanos tenham uma morfologia que os difere das demais espécies e os torna semelhantes entre si. Armazenamento de íons de cálcio e fósforo: os ossos são compostos, em parte, por sais minerais (SLEUTJES, 2008, p. 41).

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Figura 3: Anatomia dos pés Fonte: https://planetabiologia.com/sistema-esqueletico-ossos-do-pe/.

Acessado em: 07 nov.2019.

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3. ONICOSES Chama-se de onicodistrofia ou onicose ou oni-

conose a toda e qualquer alteração que acomete a lâmina, o leito e/ou a matriz ungueal. Gamonal e colaboradores (2001) afirmam que, de um modo geral, dois terços dos casos são causados por fungos, as onicomicoses, e cerca de um terço restante são quadros causados por doenças sis-têmicas, síndromes e alterações tegumentares. Já a palavra onicopatia refere-se a qualquer enfermidade da unha (GAMONAL; CARVALHO; MANSUR, 2001, p. 328).

Onicose, onicoatrofia ou onicopatia é qualquer alteração relacionada ao aparelho ungueal, seu diagnóstico clínico depende do aspecto macros-cópico e caso necessário é ratificado por exames complementares. O exame clínico do aparelho ungueal pode fornecer informações para diag-nóstico de doenças dermatológicas bem como, doenças sistêmicas (insuficiência renal, cardía-ca, pulmonar, hepática, endócrina, intoxicações, entre outros) (MENDONÇA, 2004, p. 227).

As doenças caracterizam-se por apresentar sin-tomas específicos, causados por agentes intrín-secos ou extrínsecos às células, interferindo na sua homeostasia, portanto é uma condição anor-mal do organismo. A compreensão do mecanis-mo de ação de cada doença é de grande impor-tância para fornecer bases racionais para a sua terapêutica (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1997, p. 262).

Para prevenir ou minimizar a fragilidade das

unhas recomenda-se evitar: contato direto com detergentes; imersão em água (principalmente em alta temperatura); retirada excessiva de epo-níquio (cutícula); uso excessivo de removedores de esmalte (acetona) e unhas compridas (GUE-DES, 2009, p. 344).

Os fungos são protistas eucariotas, cujo núcleo, unicelular ou pluricelular, é envolto por membra-na celular com cromossomos em pares, pos-suem paredes rígidas constituídas por polissaca-rídeos (carboidratos), sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada, esta última por sua vez, ocorre na maioria das vezes em fungos de grande importância médica (MORENO, 2005, p. 5).

Um pé é considerado saudável apenas se esti-ver livre de qualquer patologia, ou seja, sem calo-sidades, fissuras, onicofoses (excesso de pele), unha encravada, tínea pedis (frieira), onicomico-ses, e micoses de pele, entre outros (NOGUEIRA; 2007, p. 80).

3.1 Onicomicoses As onicomicoses foram descritas pela primeira

vez em 1829, por Mahon Le Jeune (MAHON,

1829, p.59). E o estudo pioneiro sobre a bioquí-mica das unhas de Matecki, data de 1837 (MATECKI, 1837, p. 41).

As onicomicoses são causadas por fungos der-

matófitos, oportunistas ou por leveduras. Os fun-gos fazem parte do reino Fungi e são seres hete-rotróficos, ou seja, que se nutrem de alimentos das mais diversas fontes, porque não são capa-zes de sintetizar seu próprio alimento. Aqueles que sintetizam seu próprio alimento são chama-dos de autotróficos. Os fungos podem servir como alimento, medicamento ou veneno: contu-do, alguns causam doenças, como as micoses. As micoses são classificadas em: superficiais, cutâneas, subcutâneas e sistêmicas (BEGA; LOROSA 2010, p. 223).

As onicomicoses são infecções fúngicas

comuns nas unhas dos idosos, tanto nas mãos quanto nos pés. Sua prevalência pode ser expli-cada por fatores como aumento de incidência de imunodeficiências relacionadas à idade da popu-lação (SILVA, 2000, p. 631).

As onicoses causadas por fungos, denomina-das onicomicoses são mais do que um problema estético e, acometem ambos os sexos (MENDON-ÇA, 2004, p. 231).

O solo é certamente, o habitat natural de mui-tos fungos. Diante de suas paredes rígidas, os fungos adquirem seus nutrientes de forma solú-vel, por absorção ou por pinocitose (a célula engloba a substância em estado líquido), os fun-gos de importância médica, podem viver de forma parasitária, obtendo assim, seus nutrien-tes do hóspede (MORENO, 2005, p. 6).

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Figura 4: Onicomicose Fonte:

http://claudiopaguiar.blogspot.com/2015/09/onicomicose-quando-os-fungos-estao-

nas.html?spref=PI. Acessado em: 05 nov.2019.

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Existem fatores que facilitam a infecção causa-da pelos fungos, como as alterações vasculares arteriais e venosas. Um calçado pressionando os dedos e as unhas durante várias horas do dia é o suficiente para provocar um processo isquêmico pela pressão externa, o que funciona como um facilitador para o surgimento das micoses, difi-cultando, por exemplo, a nutrição dos tecidos e a defesa por parte das células do sistema imunoló-gico que necessitam de oxigênio e de nutrientes, bem como chegam ao sítio da agressão através da circulação (BEGA, LOROSA, 2010, p. 228).

De modo geral, os fungos podem causar três tipos de afecções: micoses superficiais, interme-diárias e profundas. O primeiro grupo constitui em fungos que utilizam a queratina como subsis-tência, portanto, parasitam em estruturas quera-tinizadas da epiderme, unha e cabelos. Os fungos intermediários, não possuem poder queratolíti-co, vivem sobre a pele e, utilizam como fonte de sobrevivência, restos epiteliais ou produtos de excreção, estes, geralmente não tem afinidade micológica ou clínica. O terceiro grupo compre-ende nas infecções cutâneo-mucosas, estes podem atingir tanto a pele quanto mucosas (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p. 703).

Nos últimos anos, ocorreu um aumento signifi-

cativo na busca por medicamentos alternativos, o que propiciou um avanço nas pesquisas relacio-nadas com o uso farmacológico das plantas medicinais para a cura dos mais variados tipos de doenças (OLIVEIRA et al., 2011, p. 492).

O uso de calçados fechados e/ou úmidos, andar descalço em banheiros públicos e traumas frequentes são fatores que influenciam essa ele-vada taxa de prevalência (SILVA, 2000, p. 631).

Existem fatores que facilitam a infecção causa-da pelos fungos, como as alterações vasculares arteriais e venosas. Um calçado pressionando os dedos e as unhas durante várias horas do dia é o suficiente para provocar um processo isquêmi-co pela pressão externa, o que funciona como um facilitador para o surgimento das micoses, difi-cultando, por exemplo, a nutrição dos tecidos e a defesa ´por parte das células do sistema imuno-lógico que necessitam de oxigênio e de nutrien-tes, bem como chegam ao sítio da agressão atra-vés da circulação.

Outros fatores importantes são: diabetes, pela

glicação dos tecidos e pelos processos isquêmi-cos que podem causar; predisposição congênita; uso de fármacos imunossupressores; idade avan-çada, pela deterioração das células germinativas do corpo da unha; contato frequente com deter-gentes que alteram a microbiota e agridem os tecidos epiteliais; uso de instrumentos contami-nados; uso de calçados contaminados; hiperidro-

se; traumas de repetição; tomar banho descalço; usar banheiros públicos descalço; umidade; uso de piscinas com água contaminada e práticas não saudáveis de higiene dos pés, entre outros. Os fungos invadem o corpo da unha utilizando várias portas de entrada e alguns artifícios, como: Invasão da queratina do eponíquio; inva-são do hiponíquio distal ou do vale da unha; inva-são da superfície da unha e, invasão pelas bordas laterais (BEGA; LOROSA, 2010, p. 229).

As onicomicoses estão inseridas no grupo de micoses superficiais, as dermatofitoses, sua apresentação clínica mais comum é a subun-gueal distal/lateral e, seus principais agentes infecciosos são o T. rubrum e o T. mentagrophy-tes (MENDONÇA, 2004, p. 236).

Atingida a pele, o progresso da infecção depen-de de vários fatores. A pele lesada facilita a infec-ção, enquanto a pele íntegra é uma barreira natu-ral. A umidade é importante para a colonização do dermatófito (SAMPAIO; RIVITTI, 2008, p. 703).

Os diagnósticos diferenciais das onicomicosese

que devem ser observadas são, principalmente, onicólise, hiperqueratose subungueal, alterações de coloração das unhas, como a leuconiquia e melanoníquia e as distrofias ungueais. Há grande dificuldade para se chegar ao diagnóstico de infecção fúngica das unhas, mas essa diferencia-ção no diagnóstico é importante, pois implica diferentes tratamentos (CHANUSSOT; ARENAS, 2007, p. 118).

Pode-se utilizar óleos essenciais no tratamento de onicomicoses. Foi realizado um estudo na uni-versidade Anhembi Morumbi com alguns óleos essenciais aplicados no combate aos fungos, foi observado que alguns fungos são mais susceptí-veis a uma classe de óleos essenciais e que outros fungos são mais resistentes, foi constata-da a afetividade dos óleos essenciais de cravo, tomilho e melaleuca, como os principais antimi-cóticos naturais (BEGA, 2009).

3.2 Onicocriptose A onicocriptose é uma condição comum que

pode ocorrer em diferentes faixas etárias, desde recém-nascidos, crianças e adultos, e tem dife-rentes causas predisponentes (TANG, 2010, p. 28).

Onicodistrofia, conforme citado anteriormente,

é qualquer alteração relacionada ao aparelho ungueal, seu diagnóstico clínico depende do aspecto macroscópico e é ratificado por exames complementares. O exame clínico do aparelho ungueal pode fornecer informações para diag-nóstico de doenças dermatológicas e doenças

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sistêmicas (insuficiência renal, cardíaca, pulmo-nar, etc.) (MENDONÇA, 2004, p. 232).

A onicocriptose é uma das patologias mais

comuns que ocorre no pé. O conhecimento dessa doença e suas implicações é fundamental para o estabelecimento de um correto diagnóstico e, consequentemente de tratamento adequado (CARMONA; MORATO, 2003, p. 33).

Nome científico da unha encravada, significa

unha em cripta. Pode ser unilateral ou bilateral e caracteriza-se pela incrustação de uma espícula (pedaço) do corpo da unha na pele adjacente, podendo ser nas bordas dos dedos ou até no vale da unha. Tem diversas causas: alterações podo-posturais ou biomecânicas, má-formação, corte inadequado, calçados apertados, bico fino, salto alto e acidentes (BEGA, 2014, p. 217).

Caracterizada em três os estágios clínicos da

unha encravada: Agressão da espícula ungueal, com inflamação local, eritema, edema e dor; Espícula ungueal atua como corpo estranho, com processo inflamatório ativo causando frequente-mente infecções bacterianas, forte dor, dificulda-de de usar sapatos; Ocorre formação de tecido de granulação com proliferação carnuda, chama-da granuloma piogênico (VIANNA, 2007, p. 36).

O aparelho ungueal exige cuidados básicos,

como corte adequado da lâmina ungueal e higie-nização com água e sabão. É essencial para a saúde manter o aparelho ungueal limpo. Deve-se atenção principalmente ao corte da borda livre, evitando cortes ovais, redondos e, pontiagudos, pois estes tendem a gerar um quadro de onico-criptose (MENDONÇA, 2009, p. 338).

Etimologicamente, onicocriptose provém de

origem grega “onyx, onychos” que significa unha, e “keypteín” que significa ocultar. É uma patolo-gia podológica que afeta a lâmina ungueal, pro-vocando dor e inflamação dos bordos ungueais (CARMONA; MORATO, 2003, p. 13).

A onicocriptose pode estar aliada ao granuloma

piogênico (com exsudato purulento) ou não, e seu trataemento se faz com a remoção da espí-cula (o corpo estranho é a sua causa) e curativos à base de antissépticos (BEGA, 2014, p. 218).

O uso de meias e calçados apertados, de salto alto e bico fino contribuem para a formação da onicocriptose, já que exercem pressão sobre a lâmina, fazendo com que a mesma agrida o teci-do (BANEGAS, 2006, p. 24).

Na onicocriptose (unha encravada), utiliza-se

além do corte adequado, as órteses para corre-

ção. Inicialmente utilizava-se a órtese ungueal metálica (ortoníquia metálica), o tratamento con-siste em fixar um grampo metálico ajustando-o na curvatura da unha, este grampo tem a capaci-dade de aplainar a lâmina ungueal. O grande desafio é manter a estabilidade da correção, ou seja, a manutenção da correção pós-tratamento (MENDONÇA, 2009, p. 339).

A onicocriptose pode causar dor e desconforto, sangramento e em alguns casos por tornar-se uma infecção ocorre a formação de pus e odor, podendo elevar ao granuloma piogênico (prolife-ração de vasos sanguíneos, formadores de uma lesão tumoral), onde se faz necessário a remoção da espícula (BEGA; 2006, p 6).

A pressão que a borda do sapato exerce sobre o hálux, comprime o tecido macio contra a unha de tal forma que a unha se encrava (ESPINEL, 2000, p. 14).

A onicocriptose pode ser adquirida por fatores

exógenos, quando o indivíduo nasce com uma unha sadia e a adquire por diversos motivos. Ou endógenos, quando a pessoa já nasce com defor-midade no corpo da unha, ou a adquire por fato-res internos (VIANNA, 2007, p. 5).

Mas na grande maioria dos casos é formada por interferências externas, como o corte indevi-do das unhas executado por pessoas não habili-tadas, que não sabem como proceder diante do formato ungueal, deixando na borda lateral da unha a espícula, que conforme o seu crescimento penetra na extremidade do dedo (BANEGAS, 2006, p. 26).

Manter as unhas curtas diminui a área disponí-

vel para desidratação e evitar remover muita cutí-

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Figura 5: Unha encravada Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Onicocriptose. Acessado em: 05 nov.2019.

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cula previne as infecções. Assim, impõe-se infor-mar o paciente sobre a higiene das unhas (corte reto) e calçado adequado (largo e arejado) e nas unhas grossas, propor limpar o dorso da placa ungueal três vezes por semana. Os pacientes devem assegurar que hidratam as unhas com hidratantes tópicos. Finalmente, não é aconsel-hável usar unhas artificiais e fazer manicura das cutículas (LEME, 2015, p. 31).

Atualmente, faz-se frequente o uso das órteses

acrílicas, estas são colocadas na lâmina ungueal deformada, e a sua pressão lateral tende a tra-cionar as bordas laterais da lâmina ungueal de forma longitudinal, levando ao alívio da dor e a modificação progressiva da convexidade da mesma. O uso prolongado, geralmente mais de seis meses, resulta na correção da curvatura exa-gerada da unha, as recidivas ocorrem quando o tratamento for suspenso precocemente. O retor-no do paciente se faz uma vez por mês, neste a fibra é substituída por uma nova e o grau de cur-vatura é medido (MENDONÇA, 2009, p. 339).

Na podologia, as órteses ungueais são disposi-

tivas utilizados para a correção de lâminas ungueais que apresentam excesso de curvatura. No mercado atual existem vários tipos de órtese, os quais podem ser indicados para cada caso apresentado (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 62).

A prática de alguns esportes ou danças que

causam microtraumatismos repetidos, como no caso dos tenistas, jogadores de futebol, basque-te, vôlei e bailarinas, também são causadores da onicocriptose (VIANNA, 2007, p. 7).

Alterações posturais também estão entre as causas da onicocriptose, muitas vezes por má habito na hora de descanso ou no ambiente de trabalho. Por traumatismo violento, quando exis-te um ou mais fatores presentes, assim a ação de um peso sobre o aparelho ungueal, ou até mesmo uma queda, pode ser outro fator desen-cadeante da onicopatia (BANEGAS, 2006, p. 29).

Quando as unhas dos pés são curvas, não pla-

nas, as suas bordas podem cavar para a polpa do dedo. A borda medial da unha do hálux é afetada mais frequentemente e cavará na polpa do artel-ho, causando uma lesão de partes moles. A área lesada poderá ficar infectada e produzir uma lesão granulomatosa crônica infectada ao longo do lado medial da unha (DANDY, 2000, p. 416).

O quadro clínico, classificado pela primeira vez

por Heifetz em 1937, segundo o grau de severi-dade, caracteriza-se pela presença de sinais inflamatórios como eritema, edema leve e dor

com pressão na borda ungueal lateral (onicocrip-tose grai I). Esses sintomas são provocados pelo avanço da placa ungueal com presença de espí-cula lateral para dentro do tecido periungueal, desencadeando assim o processo inflamatório. Se a injúria persiste, os sinais inflamatórios aumentam,e, assim, pode surgir exsudato, infec-ção secundária e drenagem no local (onicocripto-se grau II). Se o processo persiste os sintomas aumentam e ocorre a formação de tecido de gra-nulação e hipertrofia da borda lateral da unha (onicocriptose grau III) (IGNEZ; AZULAY, 2006, p. 689).

Outros fatores adicionais agravantes são:desvio

medial do hálux, afinamento da placa ungueal, espessamento dos tecidos periungueais, hiperi-drose dos pés, corte convexo da borda livre distal da placa ungueal e sapatos em ponta fina ou excessivamente apertados (LUCARES; RODRI-GUEZ; LEVERONE; NAKAMURA, 2012, p. 1).

Figura 6: Termos Técnicos na Prodoprofilaxia

Fonte: https://www.slideshare.net/mariaelizabe-telimamo/profilaxia-podal.

Acessado em 11 de out. 2019. A hiperidrose, excesso de transpiração ou cons-

tante contato com a água e até mesmo pela falta de transpiração no local, faz com que possivel-mente uma parte da unha se incruste no tecido que por tais motivos se encontra mais flexível (BANEGAS, 2006, p. 13).

Se a onicocriptose voltar a ocorrer, as unhas

podem ficar extremamente acentuadas e profun-das nas bordas, o que impede o corte doméstico simples, causando dor e desconforto. Existem recursos que podem ser aplicados sobre as lâmi-nas, obtendo maior eficácia. Estes são afixados nas lâminas de unhas encravadas e funcionam modificando o seu formato para que não haja a penetração novamente (PIEDADE, 2004, p. 22).

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Para que o tratamento seja eficaz e o paciente tenha uma boa recuperação é necessário que a retirada da espícula seja feita, realizando a espi-culectomia. Quando ocorre a onicocriptose asso-ciada ao granuloma piogênico, além da espicu-lectomia deve ser feito curativos com antissépti-cos e, se indispensável a indicação de outro espe-cialista para o uso de antibiótico tópico (BEGA, 2006, p. 9).

Diversos fatores determinam essa condição:

hereditariedade, constitucional, desproporção entre a largura da placa e leito ungueal e aumen-to da curvatura transversa da placa ungueal (LUCARES; RODRIGUEZ; LEVERONE; NAKAMU-RA, 2012, p.1).

O tratamento conservador geralmente é efetivo e consiste de limpeza regular das unhas; coloca-ção de uma bolinha de algodão abaixo da borda da unha; permissão para que a unha cresça além da extremidade do dedo. Se as medidas conser-vadoras falharem, poderá ser necessária uma intervenção cirúrgica (DANDY, 2000, p. 416).

Realizar qualquer procedimento caseiro e sem

auxílio de um profissional especializado, motiva-rá uma piora do quadro. E mesmo após a cicatri-zação da retirada do corpo estranho, em muitos casos é preciso haver a correção do arco da cur-vatura da lâmina ungueal, obtido por órteses para diminuir a convexidade e permitir o cresci-mento da nova unha (PIEDADE, 2004, p. 23).

Antes do surgimento da adaptação das órteses

no Brasil, eram utilizados outros materiais como flanela, feltro e espuma de látex como separa-dos. Após explicações, congressos e cursos com profissionais conceituados, a importância das órteses tomou outro rumo e assumiu o espaço considerável na podologia (BEGA, 2006, p. 5).

Após o tratamento das causas básicas das alte-

rações ungueais, o risco de recaída pode ser reduzido mediante a aplicação de medidas pre-ventivas. Reduzir consideravelmente o contato com água, químicos e detergentes pode ser efi-caz. O uso de removedores de verniz com aceto-na também deve ser minimizado o máximo pos-sível. O cuidado com as unhas com mediadas higiênicas preventivas e protetoras é importante, a fim de evitar a desidratação do prato ungueal. Deve-se aconselhar-se o uso de luvas de algodão sob luvas de borracha durante as atividades domésticas e evitar a imersões repetidas em água morna (LEME, 2015, p. 31).

Via de regra, se somente uma ou duas unhas

apresentarem uma anomalia, é provável que o problema seja externo, ao passo que é razoável

que se suspeite de uma doença interna, se são todas as unhas que revelam alterações de cor ou forma (GUIBAL; BARAN; DUHART, 2009, p. 188).

Sua aplicação é indolor, trata-se de um proces-

so progressivo que requer manutenções periódi-cas, mas proporciona excelentes resultados e alí-vio imediato da dor, fazendo com que a lâmina deformada, volte a ter um formato normal. A órtese atua com força de tração, como uma ala-vanca que força a unha em sentido contrário, mudando sua curvatura. Tais procedimentos são aplicados pelo podólogo, profissional habilitado (PIEDADE, 2004, p. 26).

3.2.1 Órtese Metálica A órtese metálica inclui o uso de brackets e fio

ortodôntico com vários tipos de dobradura – ômega, eme (M) e quadrado. As dobraduras e o calibre dos fios ortodônticos definem as trações exercidas na lâmina ungueal; quanto maior for a numeração do fio, maior sera o seu calibre e, consequentemente, maior a pressão da lâmina ungueal (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 63).

Os tratamentos para as unhas requerem

paciência, disciplina e uma grande motivação por parte do paciente, já que qualquer deles necessitará de, pelo menos, seis a dez meses para evidenciar a sua eficácia, dado que o cresci-mento das unhas é lento. Para assegurar o cum-primento, é essencial instruir o paciente cuidado-samente sobre a aplicação apropriada e a dura-ção do tratamento (TOSTI, 2015, p. 56).

Na onicocriptose utiliza-se além do corte ade-

quado, as órteses para correção. Inicialmente utilizava-se a órtese ungueal metálica (ortoníquia metálica), o tratamento consiste em fixar um grampo metálico ajustando-o na curvatura da unha, este grampo tem a capacidade de aplainar a lâmina ungueal. O grande desafio é manter a estabilidade da correção, ou seja, a manutenção da correção pós tratamento (MENDONÇA, 2009, p. 339).

A confecção da órtese metálica consiste no mesmo material utilizado para correção denta ria, por isso dificulta muitas vezes no uso de cal-çados fechados e meias, já que os brackets e fios metálicos formam uma proeminência sobre a lâmina (MENDONÇA, 2004, p. 235).

A órtese botton com mola flexível, corrente ou elástico é mais usada para manutenção, ou seja, quando a lâmina já atingiu a curvatura adequada e é preciso estabilizar a nova memória da lâmina e do leito ungueal (JUSTINO; BOMBONATO; JUS-TINO, 2011, p. 63).

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3.2.2 Órtese acrílica ou Fibra de Memória Molecular (FMM) Para o tratamento conservador atual da onico-

criptose, autores como Tosti e colaboradores, relatam o uso de uma órtese de plástico, (fibra de memória ou Clip System). Esta, quando colo-cada sobre a unha deformada, tende a manter sua antiga estrutura retilínea, forçando a unha a fazer o mesmo. Os autores afirmam ser esta a técnica conservadora de tratamento mais aceita e com melhores resultados (TOSTI et al., 2007, p. 130-131).

O uso prolongado, geralmente mais de seis

meses, resulta na correção da curvatura exagera-da da unha, as recidivas ocorrem quando o trata-mento for suspenso precocemente. O retorno do paciente se faz uma vez por mês, neste a fibra é substituída por uma nova e o grau de curvatura é médio (MENDONÇA, 2009, p. 339).

Di Chiachio e colaboradores (2006, p. 1082) ressaltam que o uso de órtese é indicado para o tratamento de onicocriptose grau I e nos casos em que a cirurgia não pode ser indicada. De acor-do com os autores, a fibra de memória é coloca-da sobre a unha com cola de cianocrilato, mais próxima da borda distal, e mantida por 40 a 60 dias.

A onico-órtese desenvolvida apartir da fibra de

memória molecular é uma fibra de vidro com resina epóxi que, obedecendo a princípios da físi-ca, tracionam o corpo da unha, diminuindo a sua curvatura. Estudos e pesquisas comprovam a sua eficácia e, por ser uma técnica muito simples, tem sido largamente utilizada na podologia bra-sileira (BEGA, 2014, p. 198).

São pequenas próteses acrílicas, formada por camadas sintéticas, indicadas para casos mais simples de onicocriptose. Posicionadas sobre a lâmina ungueal tem finalidade de tracioná-la, modificando e suavizando a dor (MENDONÇA, 2004, p. 237).

Todavia, como qualquer dispositivo médico ativo, ela tem efeitos colaterais. Uma órtese inadequada gera doenças iatrogênicas por sobre-carga ou por excesso de tração (GOLDCHER, 2009, p. 262).

Durante a vida, a morfologia das unhas varia,

verificando-se grandes diferenças entre as unhas sãs de um lactante e as de um ancião. A taxa de crescimento, a cor, o contorno, a superfície, a espessura, a composição química e histológica da unha modificam-se. Por exemplo, o teor de gordura, que já é baixo em condições normais, sofre uma queda com a idade, que é independen-te da dieta ou de doenças como a hipercolestero-

lemia. Essa diminuição leva também as suas unhas a perderem água com mais facilidade. Assim, a sua capacidade de reter líquido é pequena, o que a torna mais suscetível à desidra-tação e aos danos mecânicos (LEME, 2015, p. 32).

O importante sobre a aplicação da FMM é a correta limpeza do corpo da unha: primeiro com fresa, para deixá-la sem ondulações, e depois com álcool, para desengordurá-la (BEGA, 2014, p. 199).

3.2.3 Órteses Fotopolimerizáveis São feitas com resina fotopolimerizáveis e uni-

das a unha com uma substância não-aderente. Quando aplicada sobre a lâmina é necessário dar a forma desejada para assim aplicar a luz do fotopolimerizador, para que seque e fique aderi-da sobre a lâmina ungueal (BEGA, 2006, p. 7).

Dependendo do seguimento do tratamento e do paciente, são observados ótimos resultados no tratamento conservador, no entanto, não se con-segue determinar o melhor método, pois ainda são encontradas recidivas. Talvez isto se deva à cultura brasileira, onde é comum a prática de cuidados com os pés com avulsão de cutículas e podas das unhas de forma inadequada (CORDEI-RO; HIRATA; ENOKIHARA, 2009, p. 28).

Essa técnica pode ser utilizada em onicofoses,

após sua remoção, da mesma forma que se apli-ca a órtese confeccionada com o polímero e o monômero acrílicos (BEGA, 2014, p. 205).

3.2.4 Ortoplastia É um material inodoro, insípido, incolor, antio-

xidante, resistente a água e a outros produtos químicos. O tipo utilizado na podologia pode ser encontrado sob a forma de líquido ou pasta e sua dureza é medida dentro da escala Shore A, sendo que os silicones mais maleáveis apresentam uma dureza Shore 3 e Shore 4 e os silicones menos maleáveis apresentam dureza Shore que varia de 11 a 16. Por meio dela é possível saber se o sili-cone é apropriado para proteção ou para corre-ção, se deve ser usado em idosos, diabéticos, crianças, atletas, etc (BEGA; LOROSA, 2010, p.253).

O simples uso de um compensador de silicone, que melhora o alinhamento do artelho e paralisa o processo de degeneração articular, pode ser classificado como uma profilaxia para uma boa postura, assim como um compensador mal adaptado que provoque dor e/ou limitação de mobilidade articular, pode desencadear uma compensação postural patológica (ROMEIRO, 2004, p. 10).

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A pegada plantar é um bom método de avalia-ção para tipificar o tipo de pés, sendo od pés mais planos aqueles que apresentam um maior risco de lesões, assim como um maior número de patologias associadas (AGUILERA; HEREDIA; PEÑA, 2016, p. 20).

As órteses de silicone aplicadas no antepé são muito versáteis, ou seja, podem ser confecciona-das para vários problemas, tanto para correção como para absorção de impacto. Servem para calos interdigitais, hálux valgus, dedo em marte-lo, calos dorsais dos dedos médios, etc. O bene-fício é que não são desprezíveis, pois não perdem a forma e a função com o uso cotidiano. São hipoalergênicas e os cuidados solicitados são: não devem ser usadas ao dormir; lavá-las com água e sabão; secá-las com pano ou papel absor-vente; e pulverizá-la com talco para não ficarem pegajosas (BEGA, 2014, p. 207).

3.3 Distrofias Ungueais Parciais As unhas são placas de células queratinizadas,

localizadas na superfície dorsal das falanges ter-minais dos dedos. É na matriz da unha que se observa sua formação, graças a um processo de proliferação e diferenciação das células epiteliais que gradualmente se queratinizam, formando a placa córnea (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 25).

Vão desde unhas frágeis, quebradiças, com fen-das longitudinais ou transversais, chegando até a alteração completa na lâmina ungueal. As causas das alterações leves são várias, desde um sim-ples processo relacionado a idade, exposição exagerada a detergentes, uso de esmaltes, remo-vedores e outras substâncias que ressecam as unhas. As formas graves com distrofias quase totais estão, em geral, associadas a outras doen-ças e/ou infecções (SILVA, 2000, p.632).

Pittings (depressões cupuliformes e estriações) são as alterações de superfície mais comuns da lâmina ungueal. A anatomia e a biologia da unha indicam que isto deve ocorrer a partir de uma alteração da matriz mais proximal ou a chamada matriz dorsal. Alterações passageiras levarão a lesões arredondadas ou ovaladas, e alterações duradouras levarão a lesões longitudinais (BARAN, 2009, p. 1).

3.4 Hálux Valgo O hálux valgo é uma subluxação estática da pri-

meira articulação metatarsofalangiana. É vulgar-mente chamado de joanete e leva a uma altera-ção tanto na estabilidade estrutural como postu-ral dos pés, podendo ou não estar associada a outras deformidades naquela região (CARVALHO, 2009, p. 365).

O calçado pode ser o maior contribuinte para patologias nos pés, tais como hálux valgo, defor-midades nos dedos e calosidades (FREY, 2000, p. 32).

O tratamento é conservador e consiste de pres-crição de calçados com a frente mais larga e a utilização de um separador de dedos para estabi-lização que deve ser usado à noite. Em casos gra-ves, o tratamento cirúrgico é indicado, contudo a identificação de fatores que levaram àquela deformidade é imprescindível para a atuação cirúrgica e também para se evitar a recidiva (SIL-VEIRA, 1999, p. 503).

Trata-se de uma afecção complexa, que como tal deve ser avaliada, para que se possa indicar também a técnica cirúrgica mais adequada (IGNÁCIO et al., 2006, p.48).

É de extrema importância que as atividades esportivas sejam modificadas para reduzir o estresse causado no joanete. Deve-se evitar corri-da em terrenos irregulares (principalmente com subidas), treinos de tiro e atividades que envol-vam chutes (futebol e lutas marciais) ou posturas ajoelhadas (MELLO, 2013, p. 18).

Estabeleceram-se os valores médios angulares da primeira articulação metatarsofalangiana indicado para cirurgia, evitando ou diminuindo ao máximo a porcentagem de correções insufi-cientes e recidivas (NERY et al., 2001, p. 41).

3.5 Deformidade dos dedos Por razões ortopédicas, como artroses, encur-

tamentos de tendões, pés acentuadamente cavos, fraturas mal consolidadas, etc., os peque-nos dedos sofrem alterações estáticas e funcio-

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Figura 7: Joanete Fonte:

https://alfenashoje.com.br/noticia.asp?id_noti-cia=16746.

Acessado em 11 de out. 2019.

Juanete

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nais que provocam o surgimento de outras podo-patias, como helomas e tilomas dos pequenos dedos, helomas e tilomas interdigitais, helomas nas bordas distais dos dedos e problemas futu-ros, muito irrecuperáveis a não ser cirurgicamen-te (BEGA, 2014, p. 245).

As deformidades dos dedos apresentam-se

basicamente de três formas: garra, martelo e malho. São todas as formas rígidas ou flexíveis. A causa mais comum é o uso de sapato inade-quado, mas pode também ser secundárias a fatores congênitos, ou alterações neuromuscula-res. Nos casos flexíveis, pode-se tentar o trata-mento conservador, com o uso de sapatos apro-priados, com medidas de reabilitação da muscu-latura, extensora e extrínseca do pé e uso de tubos de esponja de plástico para proteger e evi-tar atritos nos dedos (MASCARÓ, 2003, p. 165).

Excessos, como peso acima do padrão ideal, pratica de esportes de grande impacto, uso de calçados inadequados, caminhadas muito longas ou mesmo praticas profissionais que exijam a permanência em pé por longos períodos colocam os pés no limite de sua resistência mecânica (PIEDADE, 2002, p. 48).

Nos casos rígidos ou na falha do tratamento

conservador indica-se o tratamento cirúrgico (COLLET, 2002, p. 281).

O tratamento é muito disciplinar envolvendo podologista e ortopedista. O médico trata cirur-gicamente e pode encaminhar o paciente ao podologista, visando a um cuidado especializado e completo. O podologista faz a avaliação podo-postural e confecção de órteses de silicone, além de órteses plantares podoposturais ou biomecâ-nicas e remoção das afecções causadas por estas deformidades (BEGA, 2014, p. 245).

3.6 Esporão do Calcâneo O surgimento do esporão do calcâneo costuma

estar associado ao aumento do tônus muscular dos flexores curtos dos dedos (esporão infracal-câneo), mais comuns em pés cavos, ou ao aumento do tônus muscular do tríceps (gastroc-nêmios e sóleo) na sua inserção no tendão do calcâneo (esporão retrocalcâneo) (BEGA, 2014, p. 246).

O esporão de calcâneo é uma patologia ortopé-dica caracterizada pela formação de espiculas ósseas na face plantar ou posterior do osso cal-câneo. As principais causas predisponentes são os traumatismos de repetição, devidos a um tipo de marcha que força demais a região calcânea, ao peso excessivo ou mesmo ao uso de calçado com palmilha dura, que não amortece adequada-mente a pressão do calcâneo durante a marcha

(VIDAL; SANTOS, 1998, p. 50). A infiltração é a técnica de aplicar um medica-

mento diretamente na região lesionada mediante uma injeção. A região anatômica do pé onde se aplica a infiltração com maior frequência é o cal-canhar afim de eliminar a dor de uma entesite no esporão do calcâneo (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ, 2014, p. 87).

As pessoas mais suscetíveis ao problema são mulheres com idade entre 40 e 50 anos, prati-cantes de esportes como caminhada, corridas e maratonas. O tratamento é principalmente clíni-co, realizados por meio de exercícios de alonga-mento do tendão de aquiles e da fáscia plantar (MAFRA, 2011, p. 16).

O surgimento do esporão do calcâneo costuma estar associado ao aumento do tônus muscular dos flexores curtos dos dedos (esporão infracal-câneo), mais comuns em pés cavos, ou ao aumento do tônus muscular do tríceps (gastroc-nêmios e sóleo) na sua inserção no tendão do calcâneo (esporão retrocalcâneo) (BEGA, 2014, p. 246).

As causas de dor no calcanhar podem ser clas-sificadas em: doenças inflamatórias sistêmicas, doenças inflamatórias localizadas, compressão de nervos, doenças metabólicas, infecções, sín-drome traumática e/ou uso abusivo (MARTONA-RA, 2001, p. 360).

Na maior parte dos casos de dor no calcanhar a causa principal decorre do esporão do calcâ-neo, que se relaciona à fascite plantar. Caracterizada por crescimento ósseo extra no calcanhar pode se formar quando a fáscia plan-tar faz excessiva tração sobre o calcanhar. A quei-xa típica de apresentação de um paciente com a síndrome do esporão do calcâneo é a discinesia pós-estática, especialmente após se levantar de uma noite de descanso. A dor no calcanhar dimi-nui após período de atividade (COLLET, 2002, p. 286).

No caso específico de higroma, a causa essen-cial do calo são microtraumatismos de repetição. Motivo muito comum observado pelos podólo-gos, os microtraumatismos estão sempre ligados a causas secundárias (VAGLI, 2012, p. 8).

Nesses casos, o uso de órteses podoposturais e exercícios de alongamento costumam surtir bons resultados. Além do quadro clínico, uma radiografia é suficiente para mostrar o esporão de calcâneo (espinha subcalcânea ou retrocalcâ-nea), definida como um osso supernumerário (BEGA, 2014, p. 247).

3.7 Onicólise A separação da lâmina ungueal da porção dis-

tal do leito é chamada de onicólise, enquanto a separação a partir da matriz e do leito ungueal

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proximal é chamada de onicomadese. A onicólise é um fenômeno comum e ocorre em quase todos os pacientes com hiperqueratose subungueal (BARAN, 2009, p. 61).

Caracteriza-se por um deslocamento da unha de seu leito na sua região, criando um espaço subungueal onde se acumulam germes, sujeira, queratina e outros detritos. Nesses casos é pre-ciso ter certos cuidados, como evitar traumatis-mos. Ouso de detergentes e certos medicamen-tos tentar erradicar os fungos e bactérias porven-tura presentes (SILVA, 2000, p. 627).

Após um trauma de proporção significativa, a unha pode se tornar involuta em consequência de lesões que afetam a matriz ou leito ungueal, e muitas vezes os dois, leito e matriz, podem ser afetados. Em ambos os casos, pode ocorrer espessamento, mudança da curvatura, fissuras, deslocamentos, podendo evoluir para onicomico-se (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 45).

O tratamento consiste em um diagnóstico da

causa, em conjunto com o médico, preferencial-mente, que pode ser um trauma ocasionado por calçado apertado, procedimentos incorretos pra-ticados por empíricos (manicures, pedicures, etc.) e aitrogenias (causadas por podologistas, médicos, enfermeiros, etc.) (BEGA, 2014, p. 222).

As causas mais comuns de onicólise são as inflamações agudas e crônicas, paraqueratose e trauma. Como a maioria dos casos inicia-se a partit do hiponíquio e se estende na direção pro-ximal, não há envolvimento primário da matriz (BARAN, 2009, p. 61).

3.8 Hiperqueratose São zonas de calosidades que ocorrem em

locais de proeminência óssea depois de muito tempo de hiperpressão e de atrito. Podem oca-sionar dor e dificuldade para deambular e tam-bém podem ulcerar e infectar (PINTO, 2002, p. 219).

A pressão contínua do sapato produzirá o espessamento e hiperqueratose reativas do leito, a hipertrofia e deformação da matriz, podendo ter, como resultado, a onicogrifose. A infecção produzida por fungos também pode provocar dis-trofias e até mesmo, a queda das unhas (VIAN-NA, 2007, p. 34).

O calo se desenvolve em virtude de pressões

exercidas por agentes externos, com maior inci-dência nas saliências ósseas da parte de cima dos dedos, na pele entre os mesmos e na planta do pé. Podendo ser duros ou moles, sensíveis ao toque e arredondados. Geralmente possui um

núcleo, central, doloroso, onde há maior quanti-dade de células (VAGLI, 2009, p. 10).

A parte mais importante na formação da lâmi-na ungueal é sua irrigação sanguínea. E a partir do momento que houver uma interferência inter-na ou externa desta irrigação, haverá alterações em sua formação, tanto em espessura como em crescimento (JUSTINO; BOMBONATO; JUSTINO, 2011, p. 26).

É importante ressaltar que, tanto nos casos de

tiloma quanto de heloma, uma avaliação biome-cânica e podopostural são importantes, pois são as principais formas de se identificar com segu-rança as causas (BEGA, 2014, p. 237).

As calosidades tratadas recidivam frequente-mente e precocemente se, paraleleamente, os transtornos estáticos do antepé, que os ocasio-nam, não forem compensados. Os calos pouco consistentes devem ser tratados colocando-se algodão ou pequena proteção macia no espaço interdigital. Os sapatos abertos são também muito úteis. O desenvolvimento dos calos diminui ou desaparece ao se protegerem as proeminên-cias ósseas (PINTO, 2002, p. 221).

3.9 Neuroma de Morton Localiza-se entre a terceira e a quarta cabeça

dos metatarsos. A predileção pelo sexo feminino sugere que a lesão seja desencadeada pelo uso de sapatos de salto alto, com o que ocorre um aumento da pressão na cabeça dos metatarsos e, consequentemente compressão do nervo (BAR-BOSA et al., 2005, p. 258).

O tratamento inicial é direcionado à mudança de hábito quanto ao uso de calçados, dando-se preferência ao uso de salto menor e bico mais largo; também é instituído o uso de anti-inflama-tórios não hormonais e fisioterapia com alonga-mento da fáscia plantar e flexores dos dedos e ultrassom (HIGGINS et al., 1998, p. 404).

Segundo Vianna (2007, p. 19), é uma enfermi-dade que aparece sob a cabeça do 3º e 4º meta-társicos cuja principal característica é dor, quei-mação ou descarga elétrica, na região dos pés. Patologia conhecida como Neuroma de Morton.

É causa comum de metatarsalgia, desencadea-

do frequentemente pela compressão mecânica de ramos digitais dos nervos plantares, com a formação de uma pequena massa ao redor do nervo plantar comum que passa embaixo do pé, no ponto em que este se divide em dois ramos, que se dirigem aos dedos (BARRÔCO; NETTO; NERY, 1998, p. 532).

O neuroma causa dor lancinante no antepé, levando o paciente, em certas ocasiões, a retirar os sapatos e massagear os dedos. A dor irradia-

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se para os dedos, podendo ocorrer fenômenos parestésicos nas áreas inervadas por seus ramos, com a sensação de queimação (BARBOSA et al., 2005, p. 258).

Podem ser usadas como coadjuvantes, palmil-has para supressão de carga na região metatar-sal acometida. Também podem ser utilizadas infiltrações com esteroide e anestésico local para um alívio mais prolongado (HIGGINS et al., 1998, p. 404).

4. O PÉ DIABÉTICO A diabetes é uma doença metabólica crônica

que, acarreta grandes complicações aos pacien-tes portadores deste mal (FILHO, 2006, p. 2).

A obesidade, o sedentarismo e a inatividade física, dentre outros, se constituem como fatores associados ao desenvolvimento do Diabetes Mellitus e suas complicações. Há evidências científicas de que esses fatores causam a maio-ria dos novos casos de Diabetes Mellitus e aumentam o risco de complicações em pessoas que tem a doença (MENEZEZ et al., 2014, p. 831).

Existem diversos tipos distintos de diabetes,

podendo diferir-se na etiologia, evolução e trata-mento. As principais classificações de diabetes são: Tipo 1 (insulino-dependente); Tipo 2 (não insulino-dependente); Diabetes Mellitus associa-do a outras condições ou síndromes e Diabetes Mellitus gestacional (SILVA et al., 2003, p. 110)

Os tipos mais comuns de diabetes são o tipo 1 e o tipo 2, caracterizadas por hiperglicemia e intolerância à glicose, devido a pouco produção de insulina a não produção desta ou da má-absorção pelo organismo (BEGA, 2008, p. 247).

O pé diabético é a infecção, ulceração e/ou

destruição dos tecidos profundos associados a anomalias neurológicas e vários graus de doença

vascular periférica no membro inferior (LOPES, 2003, p. 1).

No paciente diabético de longa data, ou que

está em constante descontrole glicêmico, desen-volve-se a neuropatia diabética seguida de vascu-lopatia, comprometendo os movimentos dos pés e das pernas, o que gera dificuldades e alteraçõ-es na marcha (GUIMARÃES, 2011, p. 49).

Devido à alta taxa de glicose no sangue os vasos sanguíneos podem ficar lesionados, cau-sando a redução de circulação no membro, por-tanto o paciente com pé diabético tem sintomas como dormência, dores lancinantes (dores agu-das), sensação de queimação, perda de sensibili-dade e, apresenta dificuldade na cicatrização de lesões ou cortes (NEGRATO, 2006, p. 19).

Uma unha mal cortada, calo tratado de forma errada, uma lesão provocada por um profissional e, a demora no diagnóstico e atendimento pode causar gangrena, necrose de um membro e até óbito (BEGA, 2008, p. 249).

O diagnóstico da patologia é feito pelas compli-

cações tardias em face da lentidão da instalação da doença e pela ausência de sintomas caracte-rísticos, permitindo a evolução da doença entre 7 e 10 anos (FILHO, 2006, p. 2).

A idade pode influenciar na complicação devido aos problemas inerentes do envelhecimento, como alterações cardiovasculares e deficiência na produção de insulina, ou atuando como fator dificultador para o autocuidado, nesse caso o idoso pode ter deficiências visuais ou articulares que o impeçam de realizar o cuidado com os pés (GUIMARÃES, 2011, p. 53).

O tratamento em pé diabético é multidiscipli-nar, associando conhecimentos de médicos vas-culares, endocrinologistas, dermatologistas, ortopedistas, cirurgião vascular, fisioterapeutas, podólogos, entre outros (ALMEIDA, 2006, p. 222).

Para evitar a má cicatrização, o paciente deve

controlar a taxa de glicose e efetuar a assepsia adequada nas lesões (NEGRATO; 2006, p. 19).

O podólogo tem como objetivo no tratamento, reduzir as incidências de problemas graves de infecção, ulceração, gangrena e, perda dos mem-bros inferiores. Deve investigar os sintomas de dor, ardor, formigamento, parestesias (sensações cutâneas como: frio, calor, formigamento), pele seca, entre outros (BEGA, 2008, p. 251).

O podólogo deve também, orientar o paciente

diabético, informando-o quanto aos cuidados necessários com a higiene, corte das unhas, sapatos e calosidades visando assim, prevenir as complicações crônicas nos pés, sendo necessá-

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Figura 8: Pé diabético Fonte: Banco da Saúde

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rio que o paciente tenha consciência em manter a saúde dos pés (MARTINEZ, 2006, p. 157).

5. ÓLEOS ESSENCIAIS NA PODOLOGIA As plantas medicinais despertam cada vez

mais o interesse de pesquisadores que buscam estudar seu uso terapêutico. Nos últimos anos, ocorreu um aumento significativo na busca por medicamentos alternativos, o que propiciou um avanço nas pesquisas relacionadas com o uso farmacológico das plantas medicinais para a cura dos mais variados tipos de doenças (OLIVEI-RA et al., 2011, p. 492).

Os óleos essenciais são substâncias naturais, presentes nas plantas, que possuem proprieda-des bioquímicas, eletromagnéticas, hormonais muito similares e compatíveis com a natureza humana, desta forma agem metabolicamente, tanto quanto fisicamente, para harmonizar e for-talecer a natureza humana, no âmbito emocio-nal, medicinal e dermatológico (MALUF; AJAUS-KAS, 2007, p. 21).

Desde os primórdios, as plantas são utilizadas

internamente, incluindo todos os seus elementos (raízes, folhas, flores e frutos), sendo considera-das desde então, altamente benéficas, com pro-priedades curativas (CAVAGLIERI; PADILHA; PRADO, 2018, p. 195).

Apesar do uso dos óleos essenciais iniciar e

repercutir nas antigas civilizações, o termo soli-dificado foi aparecer apenas no século XVI, intro-duzido por Paracelso (1494 – 1541). O termo “óleo” provém do termo árabe Az-zait que signi-fica azeite e o termo “essencial” surgiu com os alquimistas, no qual acreditam que os óleos con-tinham a “alma da planta” (SILVA, 2001, p. 41).

Apesar da sua rápida evaporação, os óleos essenciais conseguem entrar na corrente sanguí-nea ao penetrarem na pele humana e é isto que os torna tão terapêuticos (BORELLI; LAUNTENS-CHLAGE, 2013, p. 633).

O fato de revelarem diversas propriedades bio-

lógicas e efeitos positivos no organismo humano, tornam estes óleos uma possível opção de pres-crição para um elevado leque de problemas de saúde. São, não só, agentes antimicrobianos naturais contra bactérias, fungos e até vírus como também, antissépticos, antidiabéticos, antiinflamatórios, inseticidas e sedativos (ABDU-LLAH; ABBAS, 2011, p. 177).

Os métodos para utilização dos óleos essen-

ciais são variados e versáteis, nos quais depen-dem da necessidade expressa por parte do pró-prio indivíduo ou de indicações de um profissio-

nal (CAVAGLIERI; PADILHA; PRADO, 2018, p. 197).

De acordo com Price e Parr (1996), alguns óleos considerados seguros para crianças e bebês, sendo eles: Bergamota, Cedro, Camomila romana, Cipreste, Olíbano, Gerânio, Gengibre, Lavanda, Limão, Tangerina, Tea tree, Laranja doce, Rosas, Alecrim, Sândalo e Ylang ylang (PRICE; PARR, 1996, p. 84).

Os óleos essenciais são constituídos de peque-

nas glândulas que estão presentes em cada ele-mento da planta – no caule, folha, fruto, casca ou na flor. Na natureza, são liberados naturalmente, porém, para sua extração artificial, é necessário romper estas glândulas, seja aquecendo-as ou esmagando-as. A extração pode ocorrer de maneiras diferentes (prensagem ou pressão a frio, enfloragem, maceração, extração por solven-te, destilação a vapor e a vácuo) (BOORHEM, 1997, p. 203).

O quadro apresenta os principais óleos essen-

ciais utilizados na podologia, bem como suas propriedades, cuidados e formas de uso, confor-me sugerido por Maluf e Ajauskas (2007, p. 23).

Os óleos essenciais podem ser orientados para pessoas que buscam terapias alternativas natu-rais, para alívio de dores, cura alternativa de doenças, tratamentos estéticos ou até mesmo para estimular habilidades como a criatividade, tranquiloidade ou sensação de bem-estar (CAVA-GLIERI; PADILHA; PRADO, 2018, p. 196).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando comecei a fazer esse curso, percebi o

quanto a podologia é vasta e imensa, através deste trabalho pude enxergar o quanto é impor-tante termos cuidados com os nossos pés, por esse motivo busquei me especializar no técnico de podologia, para apresentar a importância que devemos ter em relação com a nossa saúde, prin-cipalmente a saúde de nossos pés.

Atualmente o campo de atuação da podologia

cresce consideravelmente, inúmeras capacitaçõ-es são oferecidas na área da educação, como por exemplo, a podologia esportiva, a podologia geriátrica e a podologia infantil, embora ainda haja certa carência de profissionais habilitados no mercado de trabalho.

O aprimoramento técnico científico é impres-

cindível para o podólogo, o conhecimento de ana-tomia e fisiologia permite ao profissional o enten-dimento das podopatias diversas que desenca-deiam alterações no sistema ungueal e também no formato dos pés.

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Diante no exposto, é possível perceber que a atuação do podólogo vai muito além de diagnos-ticar e tratar alterações ungueais. Reconhecer o processo doloroso, bem como elencar os melho-res protocolos de avaliação da dor, são elemen-tos fundamentais em uma consulta podológica.

O podólogo não deve esquecer as questões éti-cas, não ultrapassando seus limites de atuação profissional, pois muitas alterações do aparelho ungueal são destinadas a especializações médi-cas.

Os conceitos de biossegurança fazem parte da

competência do podólogo, riscos físicos, biológi-cos, químicos e ergonômicos estão inseridos dia-riamente em sua rotina profissional. Assim como a utilização dos equipamentos de proteção indi-vidual (EPIs), a esterilização dos materiais, a postura ergonômica adequada e o correto des-carte dos resíduos diminuem as contaminações que são expostos. Manter o ambiente sempre limpo, deixar seu paciente bem acomodado, paredes e chão de cor clara e teto com uma boa iluminação, facilita o atendimento podológico e passa para o cliente uma autoconfiança no seu trabalho.

As patologias podais são causadas por uma

série de fatores que costumam interferir signifi-cativamente na qualidade de vida da população, quando não tratadas propriamente, elas também podem acarretar ou agravar diversos males, como infecções, úlceras, entre outros. A atuação da podologia, portanto, faz-se necessária na medida em que promove a prevenção de muitas doenças e garante cuidado efetivo dos pés.

O podólogo em certos casos é responsável pela prevenção de algumas onicoses, promovendo a saúde do aparelho ungueal e a orientação ao cliente, informando este quanto a necessidade dos cuidados necessários com a higiene, corte correto da lâmina, sapatos adequados, visando assim prevenir as complicações crônicas nos pés, sendo que o paciente tenha consciência em manter a saúde dos mesmos.

A diversidade de onicopatias e onicodistrofias,

muitas vezes dificulta o correto diagnóstico por parte do profissional qualificado, por isso é imprescindível a realização de uma anamnese que leva a escolha do tratamento adequado. No entanto, torna-se evidente, a partir da literatura estudada, que mais do que tratar, o podólogo é o profissional apto a orientar medidas de preven-ção de tais doenças do aparelho ungueal.

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