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revista avicultura do paraná

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revista da sindiavipar

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Page 1: revista avicultura do paraná

1Avicultura do Paraná

PRLíder na produção de frango de corte do país do Paraná

Setor avícola lança estratégias para ampliar as exportações paranaenses para a China

Avicultura

Governo federal lança Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010

Negócios

Ano IINº11Jul/Ago

2009

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Mercado chinês na mira do Paraná

Page 2: revista avicultura do paraná

2 Avicultura do Paraná

Inscrições com desconto para congressistas até o dia 31/07.Acesse www.aveexpo.com.br ou ligue (19) 3709.1100.

PALESTRANTES CONFIRMADOSPresidente Osler Desouzart

Marcus ViníciusPratini de Moraes

Paul Aho

Richard Brown (GIRA)

Daniel Boer

Jonathan Banks (NIELSEN)

Francisco Turra (ABEF)

Jim Sumner (USAPEEC)

Horácio Rostagno

Alberto Back

Carlos Lopez Coello

Liliane Suguisawa

Irenilza Alencar Nãas

Antonio Mário Penz Jr.

Alexandre de Mello Kessler

Henk Hupke

Eliana Dantas

Sebastião Borges

Elizabeth Santin

Jeronimo Brito

Todd J. Applegate

João Carlos Angelo

Sandra Rodrigues

Pedro Villegas

Laura Villarreal

Luiz Felipe Caron

Page 3: revista avicultura do paraná

3Avicultura do Paraná

Inscrições com desconto para congressistas até o dia 31/07.Acesse www.aveexpo.com.br ou ligue (19) 3709.1100.

PALESTRANTES CONFIRMADOSPresidente Osler Desouzart

Marcus ViníciusPratini de Moraes

Paul Aho

Richard Brown (GIRA)

Daniel Boer

Jonathan Banks (NIELSEN)

Francisco Turra (ABEF)

Jim Sumner (USAPEEC)

Horácio Rostagno

Alberto Back

Carlos Lopez Coello

Liliane Suguisawa

Irenilza Alencar Nãas

Antonio Mário Penz Jr.

Alexandre de Mello Kessler

Henk Hupke

Eliana Dantas

Sebastião Borges

Elizabeth Santin

Jeronimo Brito

Todd J. Applegate

João Carlos Angelo

Sandra Rodrigues

Pedro Villegas

Laura Villarreal

Luiz Felipe Caron

Page 4: revista avicultura do paraná

4 Avicultura do Paraná

Editorial

O início dos primeiros embarques do frango de corte brasileiro para a China deu um novo ânimo para a avicultura nacional. Num período em que ainda se fala em crise

econômica, a abertura de um novo e promissor mercado é sempre motivo de comemorações. Para nós, represen-tantes da avicultura paranaense, o grande desafio agora é possibilitar que nossas empresas possam comerciali-zar com esse mercado. É nisso que estamos focando nossas atenções e esforços. Estamos solicitando ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que as empresas paranaenses que hoje já estão habilitadas para exportação a diversos países também possam exportar para a China. Como todos sabemos, o Paraná tem condições de atender ao mercado mundial, inclu-

sive o chinês, em níveis de qualidade e preço, com produtos que seguem as normas de segurança alimentar e padrão de qualidade para o consumidor. Além das estratégias para o Paraná entrar no mercado chinês com toda a força, esta edição da Revista Avicultura do Paraná também traz uma importante conquista para o Sindiavipar e seus associados. Finalizamos o processo de registro de nossa marca, o que nos possibilita ter exclusividade em nível nacional da utiliza-ção da marca e do nome – Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná - Sindiavipar. Outro destaque é a entrevista com o Superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, que explica em detalhes o projeto da superintendência para diminuir a burocracia nos processos de exportação via os portos de Paranaguá e Antonina. Com certeza, quando implementado, esse pro-grama colaborará para fortalecer e estimular ainda mais o crescimento da atividade avícola no cenário do agronegócio paranaense.

Domingos Martins Presidente do Sindiavipar

Diretoria

Presidente: Domingos MartinsVice-presidente: Alfredo KaeferSecretário: Roberto Pecoits Tesoureiro: João Roberto Welter Diretores Efetivos: Claudemir R. Bongiorno e Roberto KaeferDiretores Suplentes: Sidney D. Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ivan Lima, Paulo C. Felipe, Dilvo Grolli e Valter PitolConselho Fiscal Efetivos: Mário F. Camargo e Célio B. Martins Filho Conselho Fiscal Suplentes: Paulo Karakida, Evaldo Ulinski e Osvaldo F. JuniorDelegado Representante Efetivo: Domingos Martins e Pedrinho Furlan Suplentes: Cláudio de Oliveira e Paulo César M. T. Cordeiro

Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 - www.sindiavipar.com.br [email protected]

Jornalista Responsável: Guilherme Vieira - MTB: 1794 Reportagem: Patrícia Bahr Colaboração: Kim Kopycki e Elizangela Jubanski Edição: Guilherme VieiraMarketing: Mônica Fukuoka Diagramação: Rodrigo Braga

Todos os caminhos levam à China

Índice

Edição 11jul/ago2009

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22

26

Entrevista

20 Auditoria

Mercado

NegóciosLula lança PAP no Paraná

Informativo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná

Carta do leitor Queremos parabenizar a todos os envolvidos neste excelente trabalho realizado na Revista Avi-cultura do Paraná. A publicação nos proporciona co-nhecimento, técnicas e novidades nesta área. É um orgulho ver bem divulgado o setor no qual trabalha-mos e buscamos nesta ferramenta a oportunidade de estarmos sempre atualizados.Ércio de OliveiraSupervisor de Manutenção - Avenorte Avícola Cianorte

Fale Conosco | Envie suas sugestões, comentários e críticas para o e-mail [email protected]

Daniel Gonçalves Filho, superintendente do MAPA

Paraná trabalha para atender mercado da China

PRLíder na produção de frango de corte do país do Paraná

Setor avícola lança estratégias para ampliar as exportações paranaenses para a China

Avicultura

Governo federal lança Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010

Sindiavipar lança novo portal de informação

Negócios Internet

Ano IINº11Jul/Ago

2009 www.sindiavipar.com.br

Mercado chinês na mira do Paraná

Page 5: revista avicultura do paraná

5Avicultura do Paraná

Page 6: revista avicultura do paraná

6 Avicultura do Paraná

BRDE ajuda pequenos produtores

Curso de Rações

Data: 15 a 17 de julhoLocal: Cascavel-PR Realização: Mercolab Dados do evento: O evento é destinado para diretores, gerentes, supervisores e operadores de fábricas de rações. Haverá palestras com profissionais da área.Site: www.mercolab.com.br

5º Encontro Técnico de Inverno Coopavel

Data: 27 a 28 de agosto Local: Cascavel-PRRealização: CoopavelDados do evento: Serão apresenta-das opções de diversificação para as propriedades na safra de inverno.Site: www.coopavel.com.br

AveExpo 2009

Data: 19 a 21 de agosto Local: Foz do Iguaçu – PRRealização: Animal WorldDados do evento: O encontro vai reunir produtores, empresários e especialistas de 32 países para dis-cutir as tendências e as perspectivas para a atividade nos próximos anos. Site: www.aveexpo.com.br

Agenda de eventos

Uma linha de crédito de longo prazo foi aberta pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, para financia-mento de aviários de pequenos pro-dutores de três frigoríficos. Uma das unidades está localizada em Campo Mourão e outras duas em Santa Ca-tarina: nos municípios de São José e Itaiópolis. As unidades (anterior-mente conhecidas como agroindús-tria Frangobras, Macedo Agroin-dustrial e Avita) foram incorporadas à empresa Tyson do Brasil. O banco aprovou o limite de R$ 100 milhões que vai beneficiar aproximadamente 400 integrados nos dois estados. Na divisão, R$ 35 milhões vão ser destinados à uni-

dade do Paraná e R$ 65 milhões às duas unidades de Santa Catarina. Passaram de 20 os avicul-tores que já deram entrada no pedi-do de financiamento na agência do BRDE, em Curitiba. O valor dos pedidos chega a R$ 6 milhões. Eles poderão financiar a aquisição de má-quinas, equipamentos, construção e modernização de benfeitorias, além de equipamentos para o tratamento de dejetos e outros necessários ao suprimento de água e alimentação relacionado às atividades de avicul-tura. O financiamento pode ser feito em até oito anos com taxa de 6,75% ao ano. O teto é de R$ 250 mil para cada integrado, mas o banco tam-bém vai analisar projetos coletivos.

Observatório

A maior parte das linhas de crédito para os produtores rurais no país é concedi-da pelo Banco do Brasil. Segundo levantamento da instituição, o BB responde pela li-beração de mais de 60% dos recursos apli-cados no agronegócio brasileiro. No Para-ná, a participação é ainda maior, com 77% desse mercado. Na última safra (2008/2009) foram liberados por meio do banco R$ 5,1 bi-lhões no Estado. ‘‘A expectativa é manter os mesmos números do ano passado para a safra 2009/2010’’, afirma Cezar de Col, gerente de agronegócio do BB no Paraná. Segundo ele, a previsão tem base no fato de o banco trabalhar com agricul-tores tradicionais e poder antecipar alguns números. Em relação aos juros praticados, Col destaca que existe a possibilidade de uma redução nas taxas deste ano, mas ainda não há previsão. Na safra atual, quem tomou crédito pagou taxas de 6,75% ao ano, em média. O gerente do BB adiantou que o banco já está se organizando para disponibilizar os recursos a partir da primeira quinzena de julho.

BB abre linha de crédito

Seminário Técnico – Tectron

Data: Agosto (a definir)Local: Maringá-PR Realização: Tectron Nutrição e Saúde AnimalDados do evento: Seminário Técnico de Avicultura. Todas as empresas de avicultura serão convidadas formalmente.Site: www.tectron.ind.br

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Page 7: revista avicultura do paraná

7Avicultura do Paraná

A Sadia inovou na linha Hot Pocket com o lançamento do sabor pizza. Pioneira em lanches prontos, o novo produto tem massa crocante e muito recheio – itens muito valorizados pelos amantes de pizza. O grande diferencial é que o pedaço de pizza fica pronto em apenas 1 minuto e 15 segundos no micro-ondas. A linha é disponível também nos sabores calabresa e frango com requeijão, comercializada em embalagens indivi-duais, perfeitas para quem quer comer um pedaço de seu prato preferido a qualquer hora e em qualquer lugar. A marca Hot Pocket foi lançada em 2005. “Esta é mais uma inovação que mostra a consistência da Sadia na criação de novos itens e produtos de sucesso, que atendem aos desejos do consumidor e valorizam cada vez mais a ca-tegoria”, diz Eduardo Bernstein, diretor de marketing da Sadia.

A Tyson do Brasil inaugurou uma sede corporativa em Curitiba-PR. O endereço do escritório é Al. Carlos de Carvalho, 555, 17º andar – Centro – CEP 80430-180. Tel.: (41) 3259-5000. A empresa é a maior processadora mundial de carne de frango, bovina e suína. Tem clien-tes e consumidores nos Estados Unidos e em mais de 90 países. Chegou ao Brasil em setembro de 2008, com uni-dades de produção de carne de frango nas cidades de São José e Itaiópolis, em Santa Catarina, e Campo Mourão, no Paraná.

XXI Congresso Latinoamericano de Avicultura

Data: 6 a 9 de outubroLocal: CubaRealização: Associación Latinoamericana de Avicultura, em parceria com a Sociedad Cubana de Productores AvícolasSite: www.avicultura2009.com

V Encontro Técnico Unifrango

Data: 18 a 19 de novembro Local: Centro de Eventos Araucária - Maringá-PRRealização: Unifrango AgroindustrialDados do evento: O encontro vai discutir procedimentos técnicos da aviculturaSite: www.unifrango.com

8º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição

Data: 21 a 23 de outubroLocal: Balneário Camboriú - SCRealização: ACAV - Associação Catarinense de AviculturaDados do evento: Discutir os avanços tecnológicos no processo de matrizes de corte, incubação e nutrição.E-mail: [email protected]

Fórum Nacional da Avicultura

Data: 27 e 28 de outubroLocal: Brasília-DFRealização: UBA e ABEFDados do evento: Reunirá na capital do país os nomes mais importantes do governo, da política e do agronegócio brasileiro. O obje-tivo principal é fazer um balanço do ano e definir as prioridades para o ano seguinte.Site: www.uba.org.br

Observatório

A paranaense Bata-vo está estampada na cami-sa do Corinthians. O con-trato de patrocínio é de R$ 18 milhões até dezembro, o que se constituiu na maior parceria para patrocínio de camisas no futebol brasi-leiro em 2009. É a segunda vez que a marca alimentí-cia, que pertencia à Perdi-gão e hoje integra o Grupo Brasil Foods, patrocina o Corinthians. Na primeira trouxe sorte. Em dois dos anos mais vitoriosos da história do clube, a marca estava na camisa do time que conquistou o bicampeonato brasileiro (1998/99) e o título do Mundial de Clubes (2000). Com a nova camisa, neste ano, o Corinthians conquistou o título de Campeão Paulista.

Batavo na camisa do Timão

BB abre linha de crédito

Tyson no Brasil

Hot Pocket ganha sabor pizza

Frango com RequeijãoSalsicha com MolhoPresunto com Requeijão Calabresa com RequeijãoPizza calabresaPizza frango com requeijão

Sabores Hot Pocket

Page 8: revista avicultura do paraná

8 Avicultura do Paraná

Sindiavipar

Por dentro do SindicatoConfira as principais ações realizadas no primeiro semestre de 2009

Trabalhar pelo fortalecimento e desenvolvimento do setor avícola paranaense. Essas são diretrizes na atuação do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Pa-raná (Sindiavipar), que soma 40 empresas associadas. Desde a sua fundação, em 1992, o Sindiavipar trabalha para o cres-cimento da avicultura paranaense, buscando ampliar a repre-sentatividade no mercado interno e externo. Desde o ano 2000, o Paraná lidera o ranking de produção de frango de corte do

Brasil e é um dos principais exportadores avícolas nacionais. De acordo com o presidente do Sindiavipar, Domin-gos Martins, o sindicato tem como princípio de trabalho atuar na defesa de seus associados e no desenvolvimento contínuo da produção e comercialização de frango no Paraná. Para isso, vem investindo em questões de defesa animal, sanidade avíco-la, além de reuniões de mercado com os associados e as princi-pais instituições da área avícola do Brasil.

Reunião de Sanidade Avícola e Fomento - Autorização Ambiental para a AviculturaFevereiro - Reunião do SEMA/IAP com representantes das empresas associadasMarço - IAP enviou para o sindicato um Ofício Circular nº 078/2009/IAP/GP em atendimento à solicitação feita pelo Sindiavipar em relação ao Licenciamento Ambiental. O Ofício foi encaminhado também para grupo de meio ambiente.

CCTFevereiro - Fechado Termo Aditivo CCT Novembro/08 Ftia - PR.Maio - Foi realizada reunião de Diretoria com a Fetropar, a CCT 2009 foi fechada no dia 18/05/09.

Laboratório Marcos EnriettiMarço - Contato com dirigentes do MAPA para acelerar o processo de credenciamento.

Sesi Saúde - Campanha de Vacina Anti-Gripal 2009Março - SESI encaminhou Ofício-circular nº 011/09-SUP/SESI/PR, oferecendo desconto na vacina para as empresas que aderissem à campanha. O ofício foi transmitido para o Grupo Executivo de RH

dos associados.

Reunião Nacional de MercadoMarço - UBA - Reunião Nacional de Avaliação de Mercado. Pauta: Avaliação do mercado interno de frango.

Custos AgriculturaMarço - Participação em reuniões sobre Custos da Avicultura / Planilhas confeccionadas no Oeste e Sudoeste pelas empresas e comitê de avicultores.

UBA – ABEFMarço - Reunião da UBA e ABEF relacionada à área técnica, sanidade animal, área ambiental, fiscalização de insumos pecuários, inspeção federal e relações internacionais do agronegócio. O objetivo da reunião foi apresentar ações da UBA e ABEF e obter subsídios das entidades e empresas para melhorar a interação com os órgãos governamentais. Deliberou-se para a formação do Comitê Técnico representando o Sindiavipar perante à UBA.

Fundepec – PRMarço - Participação da reunião de prestação de contas do Fundo de Sanidade Avícola do Estado do Paraná.

Reunião CRMV’s

Abril - Discussão dos critérios de concessão de Anotação de Responsabilidade Técnica de estabelecimentos avícolas. Motivo: os CRMV’s do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul convocaram uma reunião em Florianópolis para avaliar os R.T. para avicultura.Maio - O Sindiavipar não participou da reunião. A diretoria preferiu que a discussão fosse feita em Brasília, juntamente com o MAPA. Também foi feito contato com o Presidente do CRMV – PR. O Sindiavipar propôs 1 RT para 120 propriedades ou plantel de 4.000.000 de aves. Pelo CRMV foi aceito indo para Câmara Federal - Comissão de Agricultura.

Workshop MAPAReunião em Campinas - Lanagro 17, 18 e 19/06/09Workshop Internacional sobre Influenza Aviária e Doença de Newcastle - Experiências do Brasil e USA. Representando o Sindiavipar, Itamar Ferrari, representando a SEAB-PR e Laboratório Marcos Enrietti, Rosário e a Àrea de Sanidade Avícola da SEAB-PR, Hernani Melanda (patrocinado pelo Sindiavipar).

Comodato Computador para a área de sanidade avícola da SEAB-PR

Ações do primeiro semestre de 2009

Page 9: revista avicultura do paraná

9Avicultura do Paraná

®Marca própria e registradaSindicato registra sua marca e nome no Instituto Nacional de Propriedade Industrial

O nome e a marca do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná) estão devidamente registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Na prática, isso significa que para utilizar o nome ou a logomarca do sindicato será necessário a autorização prévia do próprio Sindiavipar, sob pena de uso indevido da marca. “O registro significa para o Sindiavipar ter a exclusividade em nível nacional na utilização dessa marca”, explica a agente da propriedade industrial, Ivanilde de Oliveira Mendes, intermediadora de todo o processo para o registro da marca do sindicato. Outro benefício do registro é que será possível distinguir produtos, mercadorias e serviços prestados pelo Sindiavipar. O registro da marca, explica a agente, é por tempo indeterminado, mas precisa ser renovado a cada dez anos. “Com isso, você consegue impedir que terceiros usem marca igual ou semelhante”, diz.

O que é uma marca?Marcas são pontes entre as pessoas. Produtores, fornecedores, comercian-tes, consumidores, todos precisam es-tabelecer relações em que valores são construídos e compartilhados. Nesse sentido, as marcas atuam como elemen-tos que potencialmente agregam valor às coisas. São ferramentas poderosas e freqüentemente podem agir em favor de uma empresa – embora, quando não cui-dadas, depreciem sua imagem. Na maio-ria das vezes, constituem o ativo mais valioso das firmas, sendo inclusive alvo de transações comerciais sem preceden-tes. Marcas inspiram qualidade, evocam lembranças, atraem desejos. Portanto, merecem investimento e proteção. E a

maior proteção de uma marca é o seu re-gistro junto ao INPI.

Por que é importante registrar?Apesar de não ser obrigatório, o regis-tro da marca no INPI garante direitos específicos. Com a marca registrada, você tem garantias contra seu uso in-devido, resguardando-se contra a con-corrência desleal e atos de má-fé pra-ticados por terceiros. É um respaldo legal que constrói valor para a marca, fornece mais segurança à sua atuação no mercado, além de viabilizar transa-ções comerciais nas quais sua marca é o maior objeto de negociação.

Fonte: INPI

Page 10: revista avicultura do paraná

10 Avicultura do Paraná

Feira

Evento de sucesso em Porto AlegreIntensa participação e elevado nível do público marcaram o 21º Congresso Brasileiro de Avicultura

A cidade de Porto Alegre se transformou na capital na-cional da cadeia avícola entre os dias 25 e 28 de maio, duran-te o 21° Congresso Brasileiro de Avicultura e 27ª Conferência FACTA. Seja em busca de oportunidades de negócios ou de conhecimento e atualização, os players da produção brasilei-ra marcaram presença nos mais de 8 mil m² destinados ao en-contro oficial da avicultura brasileira, promovido no Centro de Eventos FIERGS. Apenas considerando o número de inscritos no Con-gresso e na Conferência, foram mais de 1.200 membros da ca-deia produtiva participando da intensa programação de pales-tras e mesas redondas. Entre os temas abordados destacaram-se o abastecimento de grãos, a conjuntura e as políticas de desen-volvimento para o setor, o mercado exportador para a pequena e média empresa, legislação, sanidade e cooperativismo. “Este novo formato de promoção do evento, com a união do Congresso Brasileiro com a Conferência FACTA teve como grande diferencial o elevado nível do público pre-sente. Do empresário agroindustrial ao produtor e prestador de serviço, estavam ali representados os elos responsáveis pelas decisões na cadeia avícola brasileira”, explica o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes. Além das palestras e mesas redondas, o encontro tam-

bém se destacou pela forte visitação em sua área de negócios, com mais de 8 mil visitas registradas durante os três dias em que a feira esteve aberta ao público. Cerca de 80 expositores dos segmentos de nutrição, sanidade, tecnificação e prestadores de serviço participaram da feira de negócios, além de entidades e representações ligadas ao agronegócio nacional. “O evento cumpriu com louvor o seu papel junto à ca-deia produtiva. Em meio a um momento de crise internacional, novos negócios foram fomentados nos corredores do congres-so e na área de exposição comercial”, ressalta o presidente da UBA.

Pró-tecnificação avícola Um importante fato que ocorreu durante o evento foi a assinatura de uma carta de adesão da Associação Nacio-nal dos Fabricantes de Equipamentos Avícolas e Suinícolas (ANFEAS) ao programa Mais Alimento, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com a adesão, o pequeno produtor avícola terá acesso à tecnologia desenvolvida para o aumento da produtividade do setor, com a oferta de limite de crédito de até R$ 100 mil e juros de 2% ao ano, nos mesmos moldes que já são ofertados pelo programa para a aquisição de tratores.

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Page 11: revista avicultura do paraná

11Avicultura do Paraná

CASP | Completa linha de produtos foi destaque

A CASP S/A, empresa com forte presença na América Latina e fabri-cante de equipamentos para avicultura, suinocultura e armazenagem de grãos há mais de 70 anos, marcou presença na exposição comercial do 21° Congresso Brasileiro de Avicultura e 27ª Conferência FACTA. A empresa divulgou toda a sua linha de produtos para avicultura sui-nocultura e armazenagem de grãos. Com destaque especial para os lançamentos de 2009 - a linha de incubadoras e nascedouros HT e o comedouro mecânico TUBOFLEX com sistema de regulagem coleti-va. A Linha HT de incubadoras e nascedouros inova com modernas tecnologias ao otimizar as condições ambientais de incubação, gerando melhores resultados. Já o comedouro TUBOFLEX possui um sistema de regulagem coletiva dos pratos de alimentação dos frangos, com ex-clusivo sistema de acionamento que garante com precisão uniformida-de na regulagem dos pratos em aviários de até 150 metros.

BIG DUTCHMAN | Tradição e qualidade no mercado brasileiro

A partir do segundo semestre de 2009, estará disponível no mer-cado brasileiro toda a linha de gaiolas para postura comercial da Big Dutchman. A empresa já dispõe de uma equipe de vendas para atender todas as regiões do país. A Big Dutchman é líder mundial em gaiolas para postura comercial e possui vários modelos para postura comercial, recria e reprodutoras leves. Todas as gaiolas da marca Big Dutchman são fabricadas com Galfan®. Isso dá um me-lhor padrão de qualidade ao produto, com fios revestidos e galva-nizados após a solda. O aço é submetido a 30 ciclos de SO2, que gera uma alta resistência, e que são as mesmas circunstâncias de exposição em ambientes de postura comercial.

VITAGRI | ImcoSoy 60 foi destaque na feira

A Vitagri, especializada no fornecimento de insumos nutricionais, apresentou o ImcoSoy 60, um concentrado protéico de soja (SPC), que agrega à formulação das dietas de aves e suínos elevado teor de proteína bruta (60%). A novidade resulta de um trabalho de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a empresa para-naense Imcopa, que tem forte atuação no mercado internacional de soja e seus derivados. Em comparação com o farelo de soja, o ImcoSoy 60 apresenta níveis superiores de lisina, ausência de fatores antinutricionais (antitripsina, antigênicos e oligosacaríde-os) e maior digestibilidade dos aminoácidos, promovendo melhor saúde no trato gastrointestinal, entre outras vantagens.

Confira alguns dos destaques da feira de negócios do 21º Congresso Brasileiro de Avicultura

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Page 12: revista avicultura do paraná

12 Avicultura do Paraná

Meio Ambiente

Sindi VerdeTrês grandes sindicatos reúnem forças para controlar resíduos de medicamentos e não deixar nenhum produto agredir a natureza

Tríplice Lavagem

1. Esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;2. Adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume;3. Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segun- dos;4. Despejar a água da lavagem no tanque do pulve- rizador.5. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfu- rando o fundo;6. Armazenar em local apropriado até o momento da devolução.

Lavagem Sob Pressão

1. Após o esvaziamento, encaixar a embalagem no local apropriado do funil instalado no pulverizador;2. Aclonar o mecanismo para liberar o jato de água

limpa;3. Direcionar o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos;4. A água de lavagem dever ser transferida para o interior do tanque do pulverizador;5. Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo;6. Armazenar em local apropriado até o momento da devolução.

Fonte: InpEV

Após utilizarem medicamentos, aditivos, o que o pro-dutor de aves deve fazer com os resíduos e os frascos? Qual é o papel das empresas que produzem estes medicamentos? Re-colher? Orientar o produtor? Estas perguntas são tema da par-ceria entre o Sindiavipar, Sindicarne (Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná) e Sindan (Sindi-cato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), com o objetivo de encontrar formas de o produtor e a empresa colaborarem com a preservação do meio-ambiente e criar um sistema que facilite a reutilização dos materiais. Quando se fala em recolhimento dos agrotóxicos, por exemplo, a estrutura é bem definida e eficiente. De acordo coma a Lei Federal n. 9974/00, os fabricantes dos produtos são responsáveis pelo recolhimento e transporte das embala-gens vazias até a destinação final, reciclagem ou incineração, e à volta ao meio ambiente de forma correta. A instituição responsável por esse trabalho, fundada por fabricantes e en-tidades privadas, é o InpEV – Instituto Nacional de Processa-mento de Embalagens Vazias. Segundo dados do InpEV, desde 2002 foram retiradas do meio ambiente 136.869 toneladas de embalagens vazias de agrotóxico. Mas não são apenas as empresas responsáveis por todo este processo. Os agricultores devem preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades de recebimento. Cada embalagem, ainda, deve receber um tratamento diferente, pas-sando por uma tríplice lavagem ou por lavagem sobre pressão. Veja o detalhamento de cada processo ao lado. A coleta de medicamentos, aditivos, entretanto, não é realizada pela InpEV (a estrutura é feito para recolher agro-

tóxicos). Por isso, a preocupação do Sindiavipar, do Sindi-carne, e do Sindan. Eles estão estudando uma possibilidade, através de reuniões e encontros, para montar uma estrutura de recolhimento desses frascos, colaborando com as empresas em parceria com o próprio produtor. “O objetivo é obedecer à lei e ajudar para um melhor meio ambiente. E para isso é importante as indústrias e os produtores terem a preocupação e conscientização de não jogarem o lixo na natureza e, sim, reciclar e dar o destino correto aos restos de medicamentos e frascos”, conclui Ícaro Fiechter, diretor-executivo do Sindia-vipar.

Page 13: revista avicultura do paraná

13Avicultura do Paraná

Agilidade e segurança nos terminais paranaensesProjeto da Superintendência Federal no Paraná visa diminuir a burocracia no processo aduaneiro nos portos de Paranaguá e Antonina

Vinte e três documentos, 4.844 impressos. Essa foi a conta constatada pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Paraná ao se

analisar o processo de exportação de uma mercadoria de origem animal, desde a saída da indústria até o carregamento no navio, em 209 containers exportados via Porto de Paranaguá. Um pro-cesso burocrático que está com os dias contados. O projeto da Superintendência visa diminuir a burocracia nas exportações pelos portos de Paranaguá e Antonina, respeitan-do-se a segurança documental necessária para o procedimento. Nas últimas semanas, a Superintendência Federal tem coletado sugestões que aperfeiçoem e forneçam subsídios ao Grupo de Trabalho, instituído em portaria. Com o estudo, espera-se incre-mentar a simplificação administrativa das atividades relacionadas à prestação de serviços, contribuindo para que seja reduzida a quantidade de documentos encaminhados ao MAPA, melhorando o processo de liberação de containeres para vistoria e exportação, bem como agilizar a entrega de certificados e reduzir custos com mão de obra, cópias e impressões no processo. Confira a entrevista exclusiva da Revista Avicultura do Paraná com o superintendente Federal do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento no Paraná, Daniel Gonçalves Filho.

Por que a Superintendência do Ministério optou em criar um programa de desburocratização nas exportações via os portos de Paranaguá e Antonia?É atribuição da Superintendência Federal do MAPA a promoção da simplificação administrativa das atividades relacionadas à prestação de serviços; a elaboração de padrões de atendimento aos usuários; o levantamento de causas que prejudicam a efetividade do desempenho da SFA e a realização periódica de pesquisa para aferir a satisfação dos usuários, internos e externos, no tocante aos serviços prestados, inclusive sobre a qualidade do atendimento. Diante deste quadro e após estudo que se iniciou pela área ani-mal, com os dados apontados em levantamento em situação real de trabalho, nos mostrou que em 209 containeres exportados no Porto de Paranaguá, da indústria ao navio, foram emitidos 4.844 impressos, resultando em média 23 documentos por container.

O processo padrão existente nos terminais do Paraná é muito mais burocrático que em outros terminais do Brasil?Não, o processo de trabalho é idêntico e existe manual que se aplica em todos os portos brasileiros. Quais seriam as etapas necessárias para se desburocratizar os processos e ao mesmo tempo garantir segurança nesse procedimento?As etapas são os estudos técnicos internos e que envolvem os fiscais federais agropecuários, responsáveis pela avaliação de todo o processo em consonância com as instruções normativas n. 33 e 36, ouvindo as sugestões dos usuários e avaliando os dados.

Um grupo de trabalho foi criado para avaliar essa questão. Quais são as principais responsabilidades dessa equipe?A responsabilidade do grupo consiste em apontar os itens que po-derão ser suprimidos e que causam demora no processo aduanei-ro, sem colocar em risco a segurança documental.

Qual o papel da superintendência no programa de desburo-cratização nas exportações?A Superintendência Federal no Paraná vai propor à alta adminis-tração do MAPA o resultado do trabalho, mas salienta que no bojo dessa intenção, desde o lançamento do Projeto do Corredor de Congelados do Paraná, diversas ações foram implementadas pela SFA/PR no sentido de agilizar os processos de exportação e im-portação.

Quais os principais benefícios desse projeto para o agronegó-cio paranaense?Agilidade com a diminuição significativa no tempo para exportar os produtos, redução da quantidade de documentos encaminhados ao MAPA , melhoria do processo de vistoria para liberação de gra-néis sólidos, líquidos e cargas geral , redução de custos com mão de obra, cópias e impressões são benefícios que a medida trará ao agronegócio brasileiro e em especial ao paranaense, que utiliza os Portos de Paranaguá e Antonina.

Entrevista

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Daniel Gonçalves Filho, superintendente do MAPA

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Evento

Foz do Iguaçu abre as portas para a aviculturaCerca de 8 mil pessoas devem visitar a AveExpo 2009, que acontece de 19 a 21 de agosto O setor avícola de todo o Brasil volta as suas atenções no mês de agosto para a cidade de Foz do Iguaçu, Oeste do Pa-raná. Lá ocorrerá a AveExpo 2009 e o III Fórum Internacional de Avicultura. O evento ganha destaque por se constituir como o único no país voltado exclusivamente para a atividade aví-cola. Por isso, a AveEpo 2009 reunirá a maior porcentagem do mercado avícola brasileiro e os grandes players do setor nas palestras magistrais do III Fórum Internacional de Avicultura. Serão 55 palestrantes nacionais e internacionais, os maiores especialistas da avicultura mundial, com tradução simultânea para o português, espanhol e inglês. Cerca de mil congressistas de 32 países devem par-ticipar do simpósio, além de um público de 8 mil pessoas na área de negócios. O evento ocorre de 19 a 21 de agosto com o apoio institucional das principais instituições ligadas à avi-cultura nacional: Sindiavipar, Abef, UBA, Apavi, Sindirações, Avimig e Sindan. A escolha por Foz do Iguaçu é estratégica. A cidade é um grande pólo turístico, capital da Tríplice Fronteira, região que une Brasil, Argentina e Paraguai, o que facilita a vinda de estrangeiros de vários países da América do Sul.

Destaques da programação A AveExpo 2009 contará com palestras magistrais, seminários técnicos de especialização, reuniões técnicas de empresas, feira de negócios e a AveFest. A programação conta

com sete palestras, ministradas por técnicos nacionais e in-ternacionais que abordarão os temas bem-estar animal, meio ambiente, economia, mercado global, manejo, reprodução, genética, sanidade, nutrição e instalações. Nos dias 20 e 21 de agosto, o III Fórum Internacional de Avicultura vai proporcionar quatro cursos simultâneos so-bre: processamento, manejo e bem-estar, nutrição e sanidade. “É uma oportunidade única de assistir a cursos intensivos, mi-nistrados por especialistas de renome internacional”, destacou a presidente da Editora AnimalWorld, Flávia Roppa, organi-zadora do evento. Também haverá cursos e palestras, promovidas pe-las empresas presentes. Um dos destaques é a maior feira de negócios do continente dedicada exclusivamente à avicultu-ra, que ocorre numa programação paralela em todos os dias de evento. Ocupando um área de 4.500 m², os estandes que compõem a AveExpo 2009 são uma excelente oportunidade de promover a integração das empresas com os participantes do evento, para a efetivação de negócios e o conhecimento das atualidades do setor. Outro destaque da programação é a AveFest, que acontece na noite do dia 20 de agosto. O jantar será na piscina do Hotel Mabu Thermas & Resort, num ambiente de grande descontração, proporcionando um maior contato entre os par-ticipantes. Está programado um show com o grupo Mesa de Buteco.

Encontro é o único no país exclusivamente voltado à atividade avícola

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15Avicultura do Paraná

Atividade ganha evento específico

O diretor da Nielsen Company, Jonathan Banks, será um dos palestrantes no primeiro dia da AveExpo 2009 e III Fórum Internacional de Avicultura, que ocorre de 19 e 21 de agosto, em Foz do Iguaçu. Sua apresen-tação, que faz parte das palestras magistrais, abordará a desaceleração econômica e o impacto sobre os consumi-dores e produtores. Mas ele antecipa: “Não há motivos para desespero”. Na visão de Banks, apesar da crise mundial, não há motivos para pânico. O momento deve ser de união e de trabalho, e o mercado avícola não deve se abater. “De-finitivamente não deve haver desespero. Quando eu olho para o desempenho do setor na Europa, vejo números em crescimento ou estabilizados”, afirma. Sobre o futuro, Banks é ainda mais animador. Ele revela que o mercado avícola não se abate perante a cri-

se, justamente porque ninguém para de comer, mesmo em tempos difíceis. E quando perguntado se há perspectiva de crescimento para a avicultura, ele é incisivo. “Pode ter certeza! Comida é resistente à recessão. Se fôssemos uma indústria automotiva ou de viagem, daí sim deveríamos ficar nervosos. Mas as pessoas tem que comer. Então, a avicultura só tem a ganhar, porque é um alimento barato e saudável, com baixo teor de gordura e tem um ótimo sabor”, reforça. Jonatan Banks destaca a importância da AveExpo para o mercado. Para ele, é importante que os membros da avicultura se reúnam e compartilhem conhecimento. A Nielsen Company, com sede nos Estados Unidos e tam-bém na Europa, atua em mais de cem países, auxilian-do seus clientes a competir mais eficazmente e descobrir oportunidades com mais clareza.

A AveExpo nasceu há quatro anos com um grande diferencial ao oferecer aos participantes um alto nível de palestras técnicas, juntamente com uma apresentação de eventos que abordam atualidades do mercado global. Desde o começo das organizações do encontro, precauções foram tomadas para que os maiores players do mercado avícola estivessem jun-to ao evento. A experiência deles serve para traçar um perfil da avicultura mundial e apresentar os prin-cipais desafios e as oportunidades nesse setor. A última edição ocorreu em 2007, na cidade de Curitiba. A programação de seminários e palestras de altíssima qualidade foi apresentada pelos maio-res conferencistas do setor. Naquela oportunidade, a feira reuniu cerca de 100 empresas participantes e encerrou com recorde de público, com mais de 5 mil visitantes em 3 dias de evento. Os organizadores projetam uma novidade a partir deste ano. A feira é tradicionalmente organiza-do a cada 2 anos, mas diante do sucesso que o evento faz entre o segmento da avicultura, estuda-se a pos-sibilidade de a AveExpo ser realizada anualmente, satisfazendo produtores e expositores de empresas, num evento 100% focado na avicultura industrial.

“O setor avícola não deve se desesperar”

“Players do mercado avícola levam experiência para traçar um perfil da avicultura mundial na AveExpo 2009”

Evento contará com agenda técnica

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Flávia Roppa

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16 Avicultura do Paraná

Esterco é energia, nutriente, adubo... Pesquisa

A utilização correta dos dejetos taz benefícios ao produtor, à indústria e ao meio ambiente

Uma combinação de água, minerais e matéria orgâ-nica advindos dos alimentos consumidos por animais que são ricos em nutrientes e capazes de se transformar em energia. É isso que o esterco significa e é utilizado por produtores e indústrias que tem preocupação com o meio ambiente e pensam na reutilização dessa fonte. O melhor é que todos os envolvidos nesse processo saem ganhando. O produtor, as indústrias e também o próprio ambiente. Quando usado corretamente, os estercos podem se constituir inclusive em fonte de energia. Esse tema é estudado pelo Engenheiro Agrônomo e Ph.D em Agronomia pela The Ohio State University, Dr. Luiz Antônio C. Lucchesi. Em seu estudo, ele explica como funcionam os processos de reutilização dos estercos, a im-portância ao meio ambiente e os ganhos que os produtores e as indústrias tem com a sua utilização. “A reciclagem agrícola de resíduos orgânicos de ori-gem rural e industrial, no caso dos estercos, é um processo em que todos ganham. Ganha o gerador, seja ele o criador de animais ou a indústria de transformação, em virtude do adequado destino dado ao esterco. Ganha o agricultor, pelos benefícios químicos, físicos e biológicos trazidos ao solo em que se efetuou a aplicação, o que pode se traduzir em redução do custo de produção e aumento de produtividade. Também, com relação ao meio ambiente, observa-se várias vantagens. A principal delas é consequência dos benefícios trazidos ao solo, o principal filtro e armazenador das águas de uma bacia hidrográfica. Solo conservado e protegido é sinônimo de ve-getação vigorosa e água limpa”, explica. Segundo o professor, o esterco das aves é rico em matéria orgânica não digerida pelos animais. Por isso, apre-senta uma constituição mineral muito similar aos dos alimen-

Para se iniciar um programa de reciclagem agrí-cola deve-se investir em planejamento e comunicação. Primeiro é necessário conscientizar os geradores e reci-cladores de seus respectivos papeis e das vantagens com-parativas do uso da matéria orgânica nos sistemas de pro-dução vegetal. Neste planejamento, pode-se considerar o estabe-lecimento de centrais de processamento de resíduos. Estas centrais tem a escala para atender de maneira econômica tanto a grandes e médios quanto os pequenos geradores.

Nelas, além da recepção contínua dos estercos e a sua valorização, permite-se sua transformação em produtos padronizados e de grande demanda pelos agricultores. “Este é o caso da unidade da Alto Iguaçu Am-biente Ltda., empresa de tecnologia resultante de nosso processo de pesquisa, que foi instalada na Região Me-tropolitana de Curitiba, e que tem transformado resíduos orgânicos em produto reciclado com grande sucesso entre agricultores estabelecidos até 400 km de distância”, afir-ma o professor Luiz Antônio C. Lucchesi, da UFPR.

Passo a passo da reciclagem agrícola

tos por elas consumidos. Essa combinação pode ser reutili-zada de diversas maneiras: fonte de energia e de nutrientes que originaram do próprio solo. “Como reaproveitamento de energia há várias maneiras de fazê-lo. Consideramos duas delas: a compostagem e a fermentação da matéria or-gânica. A primeira, mais utilizada na produção de energia em países de clima temperado ou em épocas frias do ano, serve para o aquecimento a partir da transferência do calor gerado pela decomposição aeróbia da matéria orgânica (na presença de oxigênio). No segundo caso, a decomposição anaeróbia da matéria orgânica gera gás metano, que pode ser queimado e assim propiciar calor ou trabalho (ex. com-bustível de motores). Em ambos os casos gera-se matéria orgânica humificada e elementos nutrientes mineralizados, que podem ser utilizados diretamente no campo, na forma de composto ou biofertilizante, e que trarão efeitos positi-vos ao solo e às culturas neles cultivadas”, explica o pro-fessor Lucchesi.

Compostagem e fermentação transformam matéria orgânica em energia

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17Avicultura do Paraná 17Avicultura do Paraná

Um trabalho de transformaçãoPesquisa

O reaproveitamento do esterco animal para gerar adu-bo ou energia é um trabalho complexo, mas altamente rentá-vel para indústrias e produtores. Segundo o professor Dr. Luiz Antonio C. Lucchesi, o primeiro cuidado é quanto à aplica-ção, que deve ser feita de maneira agronomicamente correta, considerando-se doses e a capacidade do solo em recebê-las, bem como a resposta das culturas adubadas. Outro aspecto que necessariamente deve ser considerado no uso dos estercos na agricultura é a sua higienação. Para isso, há vários proces-sos de tratamento, que irão eliminar eventuais patógenos ali presentes. “Pode-se utilizar de processos de digestão anaeróbia com alto ou baixo teor de sólidos, de técnicas de compos-tagem, ou de outros processos como o Processo N-Viro de estabilização alcalina avançada, para o qual obtivemos óti-mos resultados, inclusive na substituição de parte dos adubos minerais. Assim sendo, de fato, o esterco e os produtos deri-

vados de seu tratamento, não apenas potencializam o efeito dos adubos minerais, mas podem também substituí-los, em alguns casos até totalmente”, diz o professor. Segundo o Dr. Lucchesi, os resíduos orgânicos que enfrentam maiores problemas para a gestão são os deriva-dos da suinocultura e os lodos de estações de tratamento de efluentes das agroindústrias. “Uma das maiores dificuldades para a reciclagem de estercos e mesmo de outros resíduos orgânicos é devido ao alto teor de água e a baixa concentra-ção de nutrientes neles presentes. Tal dificuldade é de ordem econômica, já que comparativamente o custo de utilização de nutrientes presentes em adubos minerais é geralmente mais baixo”, afirma. Para isso, ele explica que há a necessidade de se tra-balhar em escala, com grandes quantidades de esterco ou de resíduos. Isso diminuirá os custos fixos da reciclagem (como máquinas, equipamentos e custos com recursos humanos).

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18 Avicultura do Paraná

GEASE em açãoSanidade

Paraná trabalha para obter o Conceito A no Plano Nacional de Sanidade Avícola

O trabalho para que o Paraná seja o primeiro estado brasileiro a ter o conceito A em Sanidade Avícola já começou. Após o Estado passar da classificação C para a B no Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e Doença de New-castle, igualando-se a Santa Catarina e Mato Grosso, e ser o mais bem classificado do país pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi realizada a 1ª Reunião do Grupo Especial de Atendimento Sanitário Emergencial (GEASE). Formado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (DEFIS), Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA) e pela Área de Sanidade Avícola (ASA), o grupo técnico GEASE se reuniu para estabelecer metas e defi-nições de competências, promover treinamentos em conjunto, estratégias e planos de ação. Tudo para solucionar possíveis casos de doenças e elevar o conceito paranaense ao máximo. O encontro objetivou principalmente um espaço para que todos os membros se conhecessem e se entrosassem. “A ideia é preparar o pessoal, cada um na sua área, e harmonizar o trabalho para que seja uma estrutura de ação conjunta, caso

tenha uma emergência de sanidade avícola”, disse o Chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA), Marco Antônio Teixeira Pinto. Após a avaliação do MAPA, foi constatado que mui-tos profissionais ainda não tinham treinamentos apropriados, com aulas práticas e teóricas para capacitação e também não havia um grupo especial para solucionar o problema. “A cria-ção do GEASE é justamente para cobrir essa falha. Quanto mais preparados nós estivermos, mais os resultados de quali-dade estarão garantidos”, explica o chefe da DDSA. De acordo com o responsável estadual da Área de Sanidade Avícola, Hernani Melanda, para corrigir e melhorar o conceito de sanidade é necessário investir em atualização, fazer treinamentos especializados e algumas simulações de emergências. Entres os pontos positivos destacados pela avaliação do MAPA, realizada em março, está o processo de georrefe-renciamento das propriedades avícolas do estado, o cadastro de todas e a criação de um fundo privado de assistência sani-tária - o Fundo de Assistência Sanitária para a Avicultura do Estado do Paraná (Funasavi-PR).

Primeira reunião do Grupo Especial de Atendimento Sanitário Emergencial Técnico foi realizada em Curitiba

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19Avicultura do Paraná

Emprega 50 mil trabalhadores diretos e 500 mil indiretos.

Ano passado, o Paraná liderou como principal exportador e produtor do país.

26,5% do volume exportado pelo Brasil ano passado foi produzido pelo Paraná.

Em 2007, o Paraná tinha conceito C de Sanidade Avícola, com 48 pontos na avaliação do MAPA. Na avaliação conceito B, atigindo 55 pontos - o melhor desempenho do Brasil.

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Dados do setor de avicultura do Paraná

Não por acaso o Paraná é um grande exportador e o maior produtor do Brasil no setor de avicultura. A presente participação das instituições e entidades para manter a qualidade do produto que sai do Estado, junto com ações de plane-jamento e desenvolvimento, faz com que a valorização no exterior seja enorme. “As indústrias avícolas do Paraná trabalham em conjunto com as entidades. Isso fortalece todo o setor de avicultura, que presa o melhor produto”, disse o sub-coordenador do COESA e representante da Brasil Foods – nova empresa surgida com a fusão entre a Sadia e a Perdigão -, Hélio Roberto de Oliveira. Outro ponto importante, ressal-tado pelos especialistas e empresários do setor, é que o consumidor se sente mais seguro sobre a qualidade dos frangos do Paraná e isso é o motivo principal para dar andamento ao trabalho de prevenção contra doenças e chegar ao melhor con-ceito de Sanidade Avícola.

Saiba mais sobre as doenças A avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é para verificar como os estados estão pre-parados para possíveis focos de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Conheça um pouco mais sobre como surgiu e o que acarretam:

- Influenza Aviária: A influenza aviária, ou “gripe aviária” , é uma doença conta-giosa de animais causada por vírus que normalmente infectam apenas aves e, menos freqüentemente, suínos. Os vírus da gripe aviária podem infectar pesso-as. Ele causa doenças graves, com rápi-da deterioração e alta letalidade como a pneumonia viral e a falência de múltiplos órgãos.

- Doença de Newcastle: A doença de Newcastle (DNC) é uma doença viral, agu-da, altamente contagiosa que acomete aves comerciais e outras espécies aviárias. Os principais sintomas são sinais respiratórios (tosse, espirro, estertores) freqüentemente seguidos por manifestações nervosas e por diarréia e edema da cabeça. A manifesta-ção clínica e a mortalidade variam segun-do a patogenicidade da amostra do vírus. A doença afeta apenas aves.

Ótimo conceito, grandes exportações

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20 Avicultura do Paraná

Auditoria

O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti (CDME) tomou as últimas medidas indicadas pelo Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para conseguir credenciamento e poder fazer exames, testes e análises de amostras animais e vegetais emitindo laudos em nome do Ministério. Todos os técnicos do laboratório já passaram por treinamentos específicos para diagnosticar qualquer problema de Sanidade Avícola. “Os treinamentos que faltavam já foram realizados nos Laboratórios - LANAGRO do MAPA, sediados em Campinas e em Recife”, afirma a médica veterinária coordenadora-chefe do CDME, Mara Elisa Gasino Joineau. Para o credenciamen-to de laboratórios, a principal exigência é com relação à im-plantação de Sistema de Gestão de Qualidade, cumprindo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos Gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, a qual inicia com controles de registros, documentos, capacitação de pessoal, até programas de calibração de equipamentos e aten-dimento ao cliente. Segundo a coordenadora-chefa, o CDME já vem atendendo às exigências apresentadas em cada audito-ria, entre dezembro de 2008 a junho de 2009.

Qualidade é característica Instalado numa área de 5 mil metros quadrados, no Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Pa-raná, o Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti é considerado um dos mais modernos laboratórios de análise animal e vege-tal do Brasil. O espaço capacita o estado a ser referência, não apenas em produção de frango de corte (o Paraná é o maior produtor avícola do Brasil), como também dá subsídios para um atestado de qualidade e sanidade de seus produtos. O laboratório tem 2,9 mil metros quadrados de área construída, num investimento de R$ 3,3 milhões, provenien-tes do Fundo de Equipamento Agropecuário (Feap) e mais R$ 400 mil, em equipamentos, da Secretaria de Ciência, Tecnolo-gia e Ensino Superior. Cerca de 100 mil exames e diagnósticos são feitos anu-almente no Marcos Enrietti nas áreas animal e vegetal. Os mais comuns são o controle da brucelose, leptospirose, peste suína clássica, doença de Aujeszky, que ataca a suinocultura, e da rai-va animal. E na área vegetal, detecta a presença de organismos geneticamente modificados (transgênicos) e os diagnósticos moleculares de doenças que atacam os citros como o greening.

Última etapa para o credenciamentoTécnicos passam por treinamento para casos específicos de combate a problemas de Sanidade Avícola

Laboratório Marcos Enrietti pleiteia emitir laudos do MAPA no Paraná

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Laboratório Marcos Enrietti pleiteia emitir laudos do MAPA no Paraná

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Mercado

Os primeiros embarques de carne de frango para o mer-cado da China estimularam

o setor avícola brasileiro. No início de junho, o Grupo Doux Frangosul embarcou 12 con-têineres com carne de frango para China, o que marcou a primeira transação entre os dois países. No Paraná, o setor avícola tra-balha para ampliar o total de empresas habi-litadas no estado para exportar o produto ao mercado chinês. Hoje, segundo informações do Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento (MAPA), há 24 plantas brasileiras que já receberam as licenças para enviar frango para o país asiático – dessas, seis estão no Paraná. Ampliar a lista de empresas parana-enses habilitadas para exportar para a China é o principal desafio da atividade avícola do Estado, uma vez que o setor tem condições de atender ao mercado mundial, inclusive o chinês, em níveis de qualidade e preço.

Ampliação das habilitações De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Aví-colas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, o segmento solicita ao governo federal brasileiro que as empresas paranaenses que hoje já estão habilitadas para exportação a diversos países, com com-provadas condições para atender as normas de qualidade e segurança alimentar, também possam exportar para a China. Atualmente, dos 33 abatedouros associados ao Sindiavi-par, 23 possuem habilitação para exportação. Desses, apenas seis são certificados para comercializar carne de ave in natura para a China. “Vamos solicitar ao MAPA e às auto-ridades sanitárias brasileiras que atuem junto ao governo chinês para ampliar o número de empresas paranaenses que possam exportar para a China”, explica. Segundo Domingos Martins, duas ações práticas são solicitadas. A primeira delas é a negociação junto às autoridades do Brasil para que haja um pedido formal do go-verno brasileiro para ampliar a certificação às demais empresas nacionais que exportam frango a mercados com as mesmas exigên-cias sanitárias que a China. A outra estratégia é convidar as missões empresariais da China

que visitem o Paraná para conhecer de perto o padrão de qualidade da qua-lidade avícola brasileira. De acordo com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a abertura do mercado chinês deve impulsionar as exportações brasileiras de frango. "A abertura desse mercado deve aumentar as exportações em 5% no que resta do ano e em 10% já a partir de 2010", afirmou o ministro. Segundo o presidente do Sindiavipar, a perspectiva é de que a aber-tura do mercado chinês traga um novo impulso às exportações brasileiras de frango. “Se cada chinês fosse comprar um quilo de carne de frango do Brasil hoje, seriam necessários 1,4 bilhão de quilos. Isso é equivalente a dois meses de produção”, calcula Domingos Martins. Por isso, ele avalia como positiva a abertura oficial do mercado chinês ao frango brasileiro, mas prega cautela ao segmento para que não haja um excedente de produção parado no merca-do interno. “O crescimento da produção deve acontecer de forma ordenada, acompanhando o aumento da demanda, e não ao contrário”, recomenda.

De olho na ChinaAvicultura do Paraná trabalha por credenciamento de todas as empresas exportadoras para atender mercado chinês

Maior mercado do mundo

A China tem a maior população do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas. O país é também o maior produtor mundial de frango. Em 2009, deve produzir 12,133 milhões de toneladas do produto.

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23Avicultura do Paraná

Mercado

Abertura marca exportação direta Brasil-China O início dos embarques brasileiros representa o retorno das exportações diretas do produto nacional para a China. An-tes da liberação do comércio de frango com o Brasil, a China consumia o frango brasileiro via Hong Kong, um dos principais mercados consumidores do frango do Paraná. A compra era in-direta, já que o produto ia primeiro para Hong Kong e depois era redirecionado ao continente. A triangulação nos negócios era um empecilho para o avanço das exportações brasileiras naquela região. Isso porque a limitação da comercialização encarecia os custos logísticos e diminuía a competitividade do produto brasileiro – em especial porque o frete ficava mais caro devido ao maior trânsito do pro-duto final. As negociações entre os dois países para a abertura de mercado começaram em 2005 e as primeiras empresas foram ha-bilitadas no ano seguinte. No entanto, o acordo só foi concluído no final do mês de maio e os primeiros embarques ocorreram no início de junho de 2009. A China é hoje o segundo maior consumidor de carne de frango do mundo. A estimativa é de que neste ano os chine-ses consumam cerca de 12,34 milhões de toneladas de frango, desempenho 8,13% superior ao ano passado. O potencial des-te mercado é visto como uma boa estratégia de expansão para o setor avícola paranaense, uma vez que o estado é o principal produtor nacional do produto e divide com Santa Catarina a lide-rança nas exportações de frango de corte. Segundo dados do Sindiavipar, no ano passado o seg-mento avícola do Paraná abateu 1.222.123.962 cabeças de fran-go. Neste ano, no período de janeiro a maio, foram abatidas 490.897.299 cabeças de frango, desempenho que coloca o Para-ná como o maior produtor nacional de frango de corte.

De olho na China

Paraná para a China

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), seis abatedouros paranaenses estão habilitados para exportar à China atualmente: Big Frango, C. Vale, LAR, Coopavel, Copacol e Dagranja.

Brasil avícola

A estimativa é de que em 2009 a produção brasileira de frango de corte atinja o volume de 11,360 milhões de toneladas. Desde 2000, o Paraná é o líder no ranking nacional de produção de frango.

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24 Avicultura do Paraná

Pelo segundo ano consecutivo a Unifrango Agroin-dustrial esteve presente na Sial 2009 (Asia’s Food Marketpla-ce), uma das principais feiras do ramo alimentício mundial, em Xangai, na China. A participação da empresa foi ainda mais fortalecida com a oficialização dos primeiros embarques de carne de frango do Brasil indo diretamente para a China. Mesmo ainda não tendo plantas do Grupo Unifrango habilita-das para exportar diretamente ao mercado chinês, a empresa, que já exporta para mais de 120 países, incluindo Japão, Ará-bia Saudita e Rússia, classificou como positiva a ida à China. “Quando a Unifrango definiu seu cronograma de par-ticipação nas feiras internacionais para o biênio 2008/09 foi muito feliz em incluir a SIAL/Xangai. Na primeira participa-ção, em 2008, havia indefinição quanto à abertura do mercado chinês, mesmo assim o volume de clientes atendidos e o es-tabelecimento de novos contatos ultrapassaram as expectati-vas. O movimento intenso da feira contribuiu decisivamente para a divulgação da marca. Nesta segunda participação, em 2009, a receptividade por parte dos clientes e a identificação da marca por parte dos chineses ficou evidente. A confirma-ção da abertura daquele mercado para o Brasil e a presença do presidente Lula em Pequim e sua comitiva durante a fei-ra em Xangai foram destaques. Tivemos a oportunidade de comemorar pessoalmente com os clientes chineses a grande notícia”, destacou o executivo da Unifrango Agroindustrial, Pedro Henrique Oliveira. No estande da Unifrango, além do departamento de ex-portação do grupo, representado por Schyene Ritter, também

Unifrango marca presença na Sial Xangai 2009Formado por 19 empresas avícolas, grupo exporta para mais de 120 países

Informe

A oficialização da abertura do mercado da China para o frango brasileiro é visto com muita expectativa pelos chineses. A aproximação comercial representa a oportuni-dade de acesso à carne de melhor qualidade, pois a carne brasileira é reconhecidamente a melhor do mundo. Segundo o executivo da Unifrango, Pedro Henrique Oliveira, o grupo trabalha pelo habilitação a esse destino. “As plantas do Grupo Unifrango ainda não contam com habilitação para esse destino. O MAPA trabalha com a expectativa de receber uma missão chinesa para inspeção das plantas e novas habilitações ainda em 2009. De qual-quer forma existe um impacto inicial importante com a rea-lização dos primeiros negócios já anunciados pelos grandes

exportadores. O volume exportado para o mercado chinês deve evoluir gradativamente à medida que novos clientes tenham acesso aos negócios e principalmente porque haverá um deságio natural no preço final para o importador em con-seqüência da eliminação da escala Hong Kong”, explicou. O executivo diz que, enquanto aguardam novas ha-bilitações, os sócios da Unifrango continuarão entrando no mercado chinês de forma indireta, via Hong Kong. “Tanto o grupo Unifrango quanto os demais exportadores que ainda não possuem habilitação continuarão a atender clientes via Hong Kong, neste caso o principal significado é a redução nos custos logísticos por conta da concorrência do atendi-mento direto à China”, finalizou.

O maior mercado do mundo

estiveram presentes pessoalmente as acionistas Frangos Can-ção, com o gerente de exportação Edemir Trevisoli Junior, e Jaguafrangos, com a gerente de exportação Karina Cordeiro. Segundo Oliveira, a expectativa é de que a China se consolide como o maior parceiro comercial do setor avícola brasileiro. “As duas visitas à China ofereceram naturalmente o intercâmbio com profissionais da área e pessoas comuns que demonstraram a mesma expectativa dos brasileiros de que a China se consolida rapidamente como maior parceiro comer-cial do Brasil. Para avicultura não é diferente, a China é um dos maiores produtores, mas também um dos maiores consu-midores da carne de frango no mundo”, disse.

Grupo participou da feira pelo segundo ano consecutivo

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25Avicultura do Paraná

Mais negócios na África Subsaariana O Gerente de Relações de Mercado da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (ABEF), Adriano Zerbini, foi um dos integrantes da missão comercial brasileira à África Subsaariana, onde realizou uma série de en-contros, visando expandir ainda mais as exportações brasilei-ras para aquele continente. A comitiva, chefiada pelo ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, realizou em Acra (Gana) as primeiras reuniões. O país importou 37 mil toneladas de frango brasileiro em 2008 e a expectativa é de que este mercado seja ampliado. No Senegal, a missão participou de encontro com as autoridades senegalesas responsáveis pelos ministérios da Agricultura e da Pecuária. Na ocasião foram abordados os principais entraves para a abertura do país para o produto bra-sileiro. Na capital nigeriana, Lagos, a agenda incluiu reunião

com o ministro do Comér-cio. O país também não é importador de frango brasi-leiro. A Guiné Equatorial também foi um dos países que foram visitados, com vistas a integrar o mercado comprador do Brasil. Para a ABEF, o mercado africano é um cliente em potencial para as indústrias avícolas brasileiras, no processo de ampliação das exportações nacionais. “Esta série de encontros é mais uma das iniciativas da ABEF para ampliar o escopo das exportações brasileiras para o continente africano, que se constitui um mercado importante para o setor”, destacou o Presidente Executivo da Associação, Francisco Turra.

Instituições

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26 Avicultura do Paraná

Negócios

26 Avicultura do Paraná

107 bilhões para o agronegócioVerba é destinada pelo governo federal no Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010

O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2009/2010 irá destinar R$ 107,5 bilhões para a próxima safra. O lança-mento foi feito em Londrina, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O valor é 40% superior à safra do ano passa-do, o que, segundo Lula, é uma das alternativas para que o agronegócio nacional saia mais rápido da crise econô-mica. Este é, na opinião do governo federal, o maior programa de financiamento da agricultura já feito no país. O lançamento no Paraná contou com as presenças dos ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Planejamento, Paulo Bernardo, da mi-nistra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, do gover-nador Roberto Requião e secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini. Segundo Lula, o plano é um reconhecimento à importância do agronegócio na economia brasilei-ra. O presidente disse aos agricultores que, além de comemorar uma oferta maior de recursos para investi-mentos, créditos, comercialização e a adoção de várias novas medidas neste plano, o setor hoje é também des-taque na geração de empregos. "No mês de dezembro foi o mais atingido, agora, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho, é o que mais oferece vagas. Dos 131 mil empregos registrados no mês de maio, 53 mil foram gerados pelo setor agrícola", afirmou. Para o presidente, o plano é uma importante es-tratégia para a recuperação do segmento na economia na-cional diante da crise econômica mundial. "Não podemos ter dúvida de que fomos o último país a sentir os efeitos da crise e vamos ser os primeiros a sair. Não podemos ter medo.Quando a crise passar o mundo vai precisar comprar e nós não podemos ter medo de produzir", disse Lula. Uma das medidas anunciadas no plano é relativa à recuperação do meio ambiente. "Se o país precisa con-servar e preservar o meio ambiente, a sociedade como um todo necessita colaborar e pagar por isso. Da mesma forma que queremos preservar, temos de pagar para as pessoas preservarem a terra", argumentou o presidente.

O PAP prevê R$ 92,5 bilhões para a agricultura comercial

e R$ 15 bilhões para a agricultura familiar

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Negócios

Responsável por um quinto da produção agrícola brasileira e detentor de uma agricultura organizada e eficiente, o Paraná é um dos principais pilares do agronegócio brasileiro. Com essa representativida-de, o governo federal escolheu o estado para o lançamento nacional do Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010, que ocorreu em Londrina. Os recursos neste ano são 40% superiores ao plano passa-do. Está prevista a concessão de recursos em financiamentos no valor to-

tal de R$ 92,5 bilhões para a agricultura empresarial, em todo o país. A Agricul-tura Familiar será contemplada com financiamentos no valor de R$ 15 bilhões, totalizando R$ 107,5 bilhões para toda a agropecuária nacional. “O aumento dos recursos é uma das medidas adotadas pelo governo federal porque entende que o setor agropecuário é um dos mais dinâmicos do conjunto da economia e é uma das saídas para a crise econômica”, justificou o ministro da Agricultura, Reinhold Steplanes. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Val-ter Bianchini o estado Paraná deverá absorver em torno de 15% dos recursos anunciados. “Para o Paraná, as medidas adotadas neste plano agrícola e pecuá-

rio são excelentes e deverão potencializar ainda mais os resultados da agropecuária”, afirmou. Bianchini também anunciou a adesão do Paraná ao Sistema Brasileiro de Produtos de Origem Animal, do sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. “Será o primeiro aderir ao sistema, que significa mercado maior para um conjunto de 472 agroindústrias paranaenses que poderão vender sua produ-ção para outras regiões do país”, disse. Para o secretário, a adesão do Paraná representa o reconhecimento do ministério da Agricultura aos esforços do governo do Estado na área de sanidade agropecuá-ria. O estado investiu em infra-estrutura, com a contratação de técni-cos, aquisição de equipamentos e agora vai iniciar a capacitação de profissionais para aperfeiçoar ainda mais seus serviços de inspeção e sanidade.

Força agropecuária do Paraná

O PAP prevê R$ 92,5 bilhões para a agricultura comercial

e R$ 15 bilhões para a agricultura familiar

Ministros estiveram no anúncio do Plano Agrícola e Pecuário, em Londrina-PR

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Insumos

Estabilidade para a aviculturaApesar da redução na colheita de grãos no Paraná, cenário para a atividade é de tranquilidade

O anúncio de que o Paraná perdeu a posição de maior produtor de grãos do Brasil deixou o mercado de agronegócios em estado de alerta. A informação foi dada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê uma produção no Estado de 25,23 milhões de toneladas, volume 17,3% me-nor que a safra anterior, quando foram colhidas 30,51 milhões de toneladas. Com essa redução, o Paraná perdeu a liderança na produção de grãos no Brasil (ocupa agora a segunda colo-cação). O topo da lista é ocupado, agora, pelo Mato Grosso. Apesar do alerta para todo o setor agroindustrial pa-ranaense, pelo menos para a avicultura a situação é de esta-bilidade, ao menos até o fim de setembro. É o que informa o ex-presidente da Câmara Setorial de Aves e Suínos e diretor presidente da Coopavel, Dilvo Groli. Segundo ele, a atividade avícola não deve sofrer impactos com a queda de produção no Estado, resultado do forte período de estiagem que atingiu o Paraná recentemente. Agora, com o inverno e as geadas, a previsão é de que a colheita ainda reduza um pouco. Por causa disso, Groli diz que “nos próximos 60 a 90 dias não haja mu-danças no cenário de abastecimento para as granjas, mas uma nova análise deverá ocorrer no próximo mês”. Principais insumos para a produção avícola, o milho

e a soja têm estoques confortáveis no Paraná. “A oferta de farelo de soja está tranquila. Os preços estão altos, mas es-tabilizados há alguns meses. Já o milho, em poucos dias co-meça a colheita da safrinha. Apesar da esperada queda de cerca de 10% devido às geadas no período, a oferta também está tranquila para a avicultura, com preços razoáveis para os produtores”, informa Dilvo Groli.

Auto-suficiência No Paraná, os efeitos da estiagem foram mais pre-judiciais sobre as lavouras de milho. A previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que a queda para essa cultura seja de 22,7%. Neste ano, a projeção é de 12 milhões de toneladas. Na produção de soja, outro insumo utilizado na avicultura, a redução é de 19,4% no volume, que caiu de 11,8 milhões de toneladas para 9,57 milhões de tone-ladas. Segundo o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Groli, apesar dessa queda, o setor avícola não sofrerá conse-quências iniciais, já que o Estado é auto-suficiente na produ-ção dos grãos. “A nossa produção, mesmo com essa queda, ainda supre as necessidades internas do Paraná”, revela.

O Paraná é o primeiro produtor nacional de milho e o segundo de soja

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Insumos

Menos grãos

Soja9,57 milhões de toneladas

Redução19,4%

Total de grãos colhidos = 25,23 milhões de toneladasRedução = 17,3%

Feijão 747 mil toneladas

Redução 3,1%

Milho12 milhões de toneladas

Redução22,7%

Confira as principais reduções na colheita de grãos no Paraná

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Brasil Paraná

Área (Ha) Produção (T) Área (Ha) Produção (T)2007 14.054.900 51.369.700 2.772.500 13.851.4002008 14.775.600 58.663.600 2.968.682 15.410.901

Produção de Milho

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30 Avicultura do Paraná

Associados

A Gralha Azul Avícola conquistou mais um importante certificado, que a qualifica a levar seus produtos alimentícios aos quatro cantos do mundo. O MAPA (Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento) acaba de incluir a empresa na lista geral de exportadores de ovos de consumo. Este pro-cesso durou aproximadamente um ano, com a realização de auditorias in loco e de documentos. Neste período, o MAPA avaliou o cumprimento das exigências para a comercialização dos ovos in natura para os mercados interno e externo. A inclusão na lista geral significa que o entreposto da Gralha Azul Avícola atende todos os requisitos legais e de qua-lidade assegurada dos ovos, podendo ser enviados a qualquer país do mundo. Para atender às exigências legais do MAPA, foram utilizadas instruções normativas, portarias e resoluções do próprio Ministério. Visando o fortalecimento da empresa e assegurando a qualidade dos seus alimentos, a Gralha Azul trabalha atualmente com a implantação da norma ISO 22000, a qual contribuiu para atender à exigência do MAPA e con-quistar o tão exigente consumidor.

Investimento em qualidade Com 38 anos de atividades, a Gralha Azul Avícola contribuiu para o desenvolvimento econômico do municí-pio de Francisco Beltrão, Sudoeste do Paraná. Inicialmente a empresa produzia 4 mil ovos por semana e hoje chegou à marca de 400 mil ovos semanalmente. A principal filosofia do grupo é investir em qualidade, com a busca da excelência com a melhoria contínua dos produtos e serviços, visando surpreender clientes com qualidade assegurada dos produtos fornecidos. O incubatório possui em seus plantéis as melhores li-nhagens de matrizes para a linha de corte. Produzindo pintos de um dia, dentro do mais alto padrão de qualidade e sanida-de, atendendo assim os grandes integradores e revendedores do Brasil, América do Sul, África e Oriente Médio. Em sua linha de produtos, a Gralha Azul também oferece ovo fértil para corte, ovos comerciais e aves caipiras coloniais. Mais detalhes sobre a história e a empresa assossiada ao Sindiavipar podem ser conferidas no site: www.gaa.com.br

Avícola foi habilitada pelo MAPA para comercializar ovos in natura ao mercado externo

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GRALHA AZUL | Certificada para exportar

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Associados

SADIA E PERDIGÃO | A gigante Brasil Foods A maior empresa exportadora do Brasil no setor ali-mentício acaba de nascer. Trata-se da Brasil Foods (BRF), resultado da fusão entre a Sadia e a Perdigão. O grupo já nasceu forte, sendo a terceira maior exportadora do Brasil – atrás apenas da Vale e da Petrobras, e dá origem a uma grande multinacional brasileira. As duas companhias juntas serão responsáveis por quase 25% do mercado exportador global de aves. A força do grupo também é retratado em seu alcance no mercado externo: marca presença em mais de 110 países. A corpora-ção almeja se tornar a maior exportadora de carne processa-da no mundo nos próximos anos. O anúncio foi feito no dia 20 de maio, pelo pre-sidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Fur-lan. A nova empresa nasce como o décimo maior grupo de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentí-cia do Brasil (atrás apenas do frigorífico JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas. Em relação à participação das empresas originais na Brasil Foods, ficou acertado um percentual de 32% para os acionistas da Sadia e de 68% para os controladores da Perdi-

COOPAVEL | Encontro Técnico de Inverno Como acontece em todos os anos, no final de agosto, dias 27 e 28, a Coopavel (Cooperativa Agroindustrial de Cascavel) e as nove empresas parceiras realizarão a quinta edição do Encon-tro Técnico de Inverno, no Centro Tecnológico da Coopavel, em Cascavel. O evento conta principalmente com a participação de produtores rurais da região Oeste do Paraná. Neste ano, o objetivo é apresentar opções de diversifica-ção para as propriedades na safra de inverno. O tema central está subdividido entre culturas conhecidas como o trigo, até outras menos conhecidas para a produção de óleos e energia, além de diferentes alternativas de produção como leite e frutas. As opções de diversificação e conhecimento geral são muitas e em diferentes áreas e estarão à disposição durante o evento, tais como: irrigação para a agricultura e pecuária, varie-dades de aveias para grãos, demonstração de uma propriedade ecologicamente correta, que alia a produção com respeito ao meio ambiente, entre outros.

Fusão foi anunciada no mês de maio

Produtores do Oeste do PR participam do evento

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çãogão. Com cerca de 120

mil funcionários, 42 fá-bricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano (cerca de 40% da produção), a gigante surge com um fatura-mento anual líquido de R$ 22 bilhões.

Marcas mantidas Apesar da fusão, os consumidores continuarão ven-do nos supermercados produtos com as marcas da Sadia e da Perdigão. Isso porque a Brasil Foods terá apenas a fun-ção institucional, sem o objetivo de substituir qualquer das marcas do grupo. No esquema desenhado para a fusão, a Brasil Foods é a sucessora da Perdigão e depois incorpora a Sadia. Esta não é a primeira vez que as duas empresas unem forças. Sadia e Perdigão chegaram a trabalhar juntas no início da década na Brazilian Foods, uma associação vol-tada para novos mercados no exterior.

Serviço:5º Encontro Técnico de Inverno Coopavel Local: Cascavel - PR (BR 277 – Km 581)Data: 27 e 28 de agostoOrganização: Coopavel

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32 Avicultura do Paraná

Saúde

A importância da carne de frango à mesa Com pouquíssimo teor de gordura, a carne é uma fonte rica de vitamina B

A carne de frango é classificada como um alimento sau-dável e com pouquíssimo teor de gordura, desde que seja consu-mida sem pele. Para quem faz uma alimentação equilibrada, o frango é indispensável no cardápio, pois fornece nutrientes ne-cessários como: lipídios, vitaminas e minerais que são encontra-dos na composição da carne. “A carne de frango é uma fonte rica em proteínas, substâncias vitais para o organismo. Ela participa na formação e crescimento dos tecidos, no sistema imunológico, em processos enzimáticos e energéticos”, afirma o médico nu-trólogo, Maximo Asinelli, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Valores nutricionais As proteínas do frango tem um elevado teor de amino-ácidos, elementos indispensáveis ao crescimento, à conservação e reparação dos tecidos humanos. Uma das vantagens da carne branca é ser uma importante fonte de vitaminas do complexo B, principalmente, B2, B12 e B6, útil na formação da hemoglobina, a vitamina B6 é também um estimulante muscular e um protetor da pele. Essas vitaminas têm papel importante no metabolismo celular ou nos processos orgânicos do corpo, como por exemplo,

para quebra da glicose (o que fornece energia), de gorduras e proteínas (bom para o funcionamento do sistema nervoso), para a boa saúde do estômago, intestino, pele, cabelo, olhos, boca e fígado. Segundo o nutrólogo, o frango é um bom prato para re-cuperar o organismo. “Ele é rico em ferro heme, que é mais fa-cilmente absorvido pelo organismo, e fósforo”, completa doutor Maximo. É importante ficar atento ao tipo de corte, por exemplo, o pedaço considerado mais magro da ave é o peito, que contém apenas 2% de lipídios. Entretanto, essa pequena quantidade de gordura que traz é de boa qualidade. Já as partes mais escuras do frango, como a coxa com pele, tem maior quantidade de gordura. Há uma série de diferenças entre a carne branca e a carne vermelha, mas a principal delas é a questão da gordura, como diz o nutrólogo Asinelli. “Como a taxa de lipídios (gordura) é pouca, a carne de frango é mais facilmente digerida e não congestiona o fígado, que tem menos trabalho para eliminar as toxinas do corpo”, alerta. Com todos esses motivos para ingerir a carne de frango, lembre também que você está levando para casa bons nutrientes e, ainda por cima, por um preço acessível a todos.

Especialistas afirmam: carne de frango é um ótimo alimento para a recuperação do organismo

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33Avicultura do Paraná

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Cuidados com a Salmonella Conhecida há mais de um século e provocada por um grupo de bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae, a Salmonelose é uma doença infecciosa transmitida ao homem por meio da ingestão de alimentos contaminados com fezes de animais, que, entretanto, apresentam aparência e cheiro normal. A maioria delas é de origem animal, como carne de gado, galinha, ovos e leite, mas todos os alimentos, inclusive vegetais, podem ser contaminados. Mas, o cozimento de qualquer destes alimentos contaminados mata a Salmonella. A manipulação de alimentos por pessoas infectadas que não lavam corretamente as mãos pode ocasionar a transmissão da bactéria. Essa pode provocar intoxicação, com sintomas como diarréia, febre e cólicas abdominais. Geralmente, a doença dura de 5 a 7 dias. Após este período, a pessoa fica recuperada, podendo permanecer ainda por algum tempo um hábito intestinal irregular. Caso o paciente se torne severamente desidratado ou a infecção se difunda do intestino para outras regiões do organismo, medidas terapêuticas devem ser tomadas, incluindo a hospitalização.

Como evitar o contágio dos frangos, um dos alvos da doença? A infecção da carne de frango por Salmonella pode ocorrer em diversas fases do processamento: abate, depenação, evisceração, corte e armazenamento. A bactéria pode estar presente, por exemplo, em uma fase (escaldamento) e ser eliminada em outra (resfriamento). O uso indiscriminado de antibióticos nas granjas pode levar a resistência bacteriana (aumento da quantidade de bactérias resistentes a antibióticos). Salmonella é eliminada em temperaturas de 60º C.

- Os alimentos de origem animal com a carne de frango não devem ser ingeridos crus, mal-passados ou não completamente cozidos;- Atenção especial deve ser dada aos ovos crus que aparecem sem serem percebidos em um grande número de pratos, como maione-se caseira, molho holandês, tiramisu, sorvete caseiro; - Carnes em geral devem ser bem cozidas (não devem estar aver-melhadas no centro). Leite não pasteurizado deve ser evitado.- Todos os produtos devem ser bem lavados antes de sua prepara-ção e consumo;- Carnes cruas devem ficar separadas de alimentos que estão sen-do preparados, de alimentos já cozidos e de alimentos prontos para serem servidos;- Todos os utensílios de cozinha (tábuas, facas, etc.) devem sem-

pre ser lavados com água sanitária após sua utilização em alimen-tos crus;- As mãos devem ser lavadas antes do manuseio de qualquer ali-mento e entre o manuseio de diferentes itens alimentares;- Já que os répteis são portadores em potencial da Salmonella, qualquer pessoa deve lavar as mãos imediatamente após o contato com estes animais;- Répteis, incluindo as tartarugas, não são apropriados como ani-mais de estimação de crianças e não deveriam habitar o mesmo ambiente.

Fonte: ABC da Saúde

Fique atento

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Ciência

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36 Avicultura do Paraná

Dark House: manejo x desempenho frente ao sistema tradicional

Bernardo B. Gallo, Médico Veteriná-rio. Gerente Coorporativo de Fomento. Globoaves Agro Avícola Ltda

Uma tecnologia mais recente em frangos de corte no Brasil, o sistema “Dark House” já é utilizada a muito tempo em galpões de matri-zes e em outros países já se usa esta tecnologia há vários anos para aves de corte. Poucas empresas brasileiras trabalham com aviários Dark Hou-se para a produção de frangos, tecnologia esta que permite a condução de lotes com luminosidade controlada, permitindo uma maior densidade de aves por m² de galpão, mantendo as aves mais calmas, evitando assim dermatoses.

Sistema de iluminação- Deverão ser usadas lâmpadas incandescentes de 60 watts, pois permi-tem que seja regulada a intensidade da luz. - Deverá ser colocada uma lâmpada a cada 5 metros de largura e 6 metros de comprimento do aviário, ou, uma lâmpada a cada 30m². - As lâmpadas deverão estar em linha reta. - É importante que existam chaves individuais a cada três lâmpadas para que o sistema se torne mais econômico. - Deverá ser instalado o equipamento dimmer com potenciômetro que permite a regulagem da intensidade luminosa, juntamente com o equipa-mento rampa de retardo. Com isso, evitamos um choque de luminosidade sobre as aves. - Em aviários que não possuem light trap (armadilhas de luz) nas saídas de ar, nunca se deve trocar o dia pela noite, pois como não existe barreira a entrada de luz nas saídas de ar, haverá período contínuo de ilumina-ção. - O uso de pelo menos três divisórias no galpão é muito importante, elas evitam a migração das aves em função da luminosidade e da procura por melhor ambiência. - O uso de gerador, corretamente dimensionado é fundamental. - É fundamental que a intensidade de luz do galpão seja trabalhada corre-tamente e com intensidade bem baixa. Sistema de ventilação em túnel (pressão negativa)- Os exautores devem estar dispostos na lateral do galpão, restringindo assim a área afetada pela entrada de luz. Devem ser dimensionados em quantidade suficiente para fornecerem, se necessário, até 3 metros/se-gundo de velocidade ar em momentos de picos de calor quando a aves estiverem na idade adulta. - As entradas de ar devem ser posicionadas nas laterais do galpão, sempre do mesmo tamanho, providas de painel evaporativo.- A vedação do galpão é parte fundamental para que o sistema túnel funcione e que o aquecimento seja eficiente e sem perdas. Para tanto, todas as entradas falsas devem estar completamente fechadas e o ar somente deve entrar pelo painel evaporativo. As cortinas e forração devem ser laminadas. - O painel de controle é responsável por gerenciar o acionamento de to-dos estes equipamentos envolvidos na ventilação através do controle de temperatura e umidade. Devem conter no mínimo um canal de controle para cada exaustor, permitindo, assim, um controle da temperatura mais preciso e com pequena amplitude térmica. Deve ter dois ou mais canais para controle de nebulização, sendo um externo (painel evaporativo) e um interno (nebulizador).

Manejo de carregamento das aves- Para melhores resultados, deve-se iniciar o carregamento pelo acesso condi-zente com a entrada de ar, para que não seja interrompido o sistema de ventila-ção negativa. Apenas na última carga devemos carregar pelo acesso da saída de ar. Nunca se devem abrir as cortinas durante o carregamento das aves. - “Durante o carregamento, a iluminação deve ser diminuída para contro-lar a excitação e movimento das aves”. (Code of welfare, 2003)

Manejo de pesagem das aves- A pesagem é realizada com aves muito mais calmas sem causar arra-nhões e dermatose. O número de aves que podem ser pesadas é muito maior pelo fácil manejo que este galpão oferece, gerando, assim, uma média de peso mais confiável. - O uso de uma lanterna durante a pesagem se faz uma ferramenta impor-tante para facilitar o manejo com as aves e o equipamento.

Vantagens de desempenho e viabilidade econômica- Dados comparativos de uma empresa brasileira no Oeste que faz uso da tecnologia a 5 anos, desde 2004. - Através dos números, fica evidente que o grande ganho do Dark House consiste na melhor Conversão Alimentar que o sistema proporciona. Sen-do o custo da ração cerca de 70% do custo do frango vivo, o investimento nesta tecnologia torna-se viável economicamente pelo retorno que ela proporciona. - Outro grande ganho do sistema é um índice significativamente menor de condenação por dermatose provocada por arranhões. - “As perdas por condenações geram aproximadamente um déficit econô-mico de 70-80 milhões de dólares anualmente na indústria de frangos”. (Czarick, 2002)

Vantagens competitivas de mercado - O bem-estar animal é um assunto de crescente importância no cenário avícola mundial. É cada vez maior a pressão dos consumidores, sobretu-do dos europeus, para a elevação dos níveis e métodos de produção das empresas avícolas. Tudo para assegurar o respeito ao bem estar-animal das aves durante o processo de produção.

Conclusão- Os números apurados entre as integradoras do Brasil e de outros países nos mostram que o sistema de criação em Dark House é viável técnica e economicamente. O tempo nos mostrou que é possível adotar essa tecno-logia fazendo alguns ajustes para nossas realidades de clima e manejos diferenciados, obtendo os mesmo resultados de desempenho. - A competitividade do mercado avícola nos levará a buscar, cada vez mais, novos índices de desempenho e custo que dependerão de inovações que são geradas continuamente. - Não somente para a integradora, mas também para o integrado, devido ao maior número de aves alojadas e melhores índices de desempenho, a remuneração do produtor aumenta, compensando os investimentos nesta tecnologia, mostrando o caminho a ser seguido para uma produção com mais qualidade e mais rentável a todos.

Artigo

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Debate

O Sindiavipar esteve reunido com empresários e diri-gentes sindicais dos setores industriais durante Fórum Setorial promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O objetivo do encontro foi a definição de uma apro-ximação entre o setor industrial e o Ministério da Agricultura para resolver questões ligadas à rotulagem de alimentos e des-burocratização de processos. O assessor especial do Ministério, Newton Pohl Ribas, foi o palestrante e falou sobre as prioridades do ministro Rei-nhold Stephanes para o setor. Entre elas estão defesa sanitária animal e vegetal, rastreabilidade, reabertura do mercado euro-peu para a carne brasileira, combate à fraude nos alimentos e apoio a laboratórios de referência. “Estamos com uma proposta muito objetiva, con-servadora, de reformar o Código Florestal em sete itens para que se minimizem os efeitos das penalidades ambientais que começam a ter validade a partir do dia 12 de dezembro”, disse Ribas.

Carnes em destaque no Fórum de AlimentosEncontro discutiu questões ligadas à rotulagem de alimentos e desburocratização de processos

FIEP organiza fóruns para debater a indústria Paranaense

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38 Avicultura do Paraná

Registros

Iceteck lança Túnel Espiral A prática de congelamento de produtos é facilitada com a utilização de modelos de túneis espirais, produzidos pela Iceteck. São diversos modelos, para cortes de fran-go, nuggets, filés, empanados, entre outros. Todos os túneis são pré-testados na fábrica, com conceito totalmente sanitário em aço INOX, trazendo vantagem na higienização. O sistema de acionamento é direto no tambor, sem uso de correntes, não necessitando de lubrificação. Opcionalmente, a empresa fornece um sistema de limpeza CIP semi-automático que garante uma ótima higienização no túnel. Entre as características está a alta velocidade horizontal do ar no túnel, que propicia um rápido congelamento e economia de potência de ventilação.

Fonte: APINCO

Fonte: APINCO

Fonte: APINCO

Tectron amplia e moderniza sua planta industrial Na comemoração pelos três anos de atuação industrial, a Tectron aposta em projetos de expansão. Os programas contemplam as Boas Prá-ticas de Fabricação (BPF) e suas exigências quanto à produção e armaze-namento de matérias primas. Quando concluída, a planta industrial terá um total de oito linhas independentes de misturas de vitaminas, minerais e aditivos. A empresa também moderniza seu laboratório bromatológi-co, do qual a capacidade fabril passará de 4 mil toneladas para 10 mil toneladas mensais de premixes, núcleos e alimentos especiais, além da contínua apresentação de novas especialidades nutricionais ao mercado sul-americano.

Rayflex apresenta novidade na linha de portas - Frigo-Door

Grupo Prosperidade cuida do meio ambiente

Uma novidade no mercado de portas que trazem segurança às áreas que conser-vam o frio é lançada pela Rayflex. Trata-se da Frigo-Door, que chega ao mercado com importantes diferenciais: contribui para a economia de energia, aumenta a segurança dos produtos armazenados e atende uma forte necessidade do mercado com portas au-tomáticas para câmaras frigoríficas. As portas foram desenvolvidas para utilização em temperaturas de até -30ºC e dotadas de resistências de aquecimento, que fazem com que o gelo não se acumule na porta e não prejudique seu funcionamento. Tanto a Frigo-Door como a Ray-Door RP possuem sistema detector de contato que comanda a abertura da porta caso encontre algum obstáculo durante o fechamento, o que garante a segurança dos colaboradores que transitam na indústria e centros de distribuição, prevenindo efi-cientemente contra acidentes de trabalho.

Desde 2002, o Grupo Prosperidade implantou o conceito de desenvolvi-mento sustentável. Para isso, a empresa assumiu a tutela da maior área verde par-ticular ainda existente na cidade de Belo Horizonte. O espaço está localizado nos fundos da fábrica, onde se encontram quase mil espécies de árvores em processo de extinção e até a nascente de um rio. Assim, DEPENADORES “PROSPERI-DADE” podem também ser considerados a verdadeira “moeda verde”. O grupo produz dedos depenadores de aves e perus, com características como: duráveis, econômicos, inquebráveis, baratos e imunes à saúde do consumidor final. São hoje os únicos em toda a América Latina que possuem comprovação de atoxi-dade imunológica total dos componentes utilizados na sua fabricação, inclusive com Certificação Internacional de que podem tocar nos alimentos com segurança total em nível de FDA - Federal Drug Administration, dos Estados Unidos.

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39Avicultura do Paraná

Indicadores avícolasPrincipais números da Avicultura de Corte do Paraná em 2009

Posição do PR no ranking nacional 1°

Alojamento Abril/2009 108.954.865

Alojamento Janeiro - Abril/2008 397.784.168

Alojamento Janeiro - Abril/2009 442.541.335

Variação Anual 6,22%

Participação no alojamento nacional 24,77%

Pintos de Corte Alojamento

Posição do PR no ranking nacional 1°

Acumulado Abril/2008 3.515.062

Alojamento Abril/2009 813.726

Acumulado Janeiro - Abril/2009 3.242.915

Variação anual -7,74%

Participação no alojamento nacional 23,12%

Matrizes de CorteAlojamento

Posição do PR no ranking nacional 1°

Potencial Abril/2009 122.076.329

Produção Abril/2009 115.757.686

Índice de Produção (em relação ao potencial do mês) 94,82

Acumulado Janeiro - Abril/2009 442.054.071

Variação Anual 6,65%

Participação no alojamento nacional 25,91%

Pintos de CorteProdução

Mês Total Janeiro 93.610.303

Fevereiro 90.654.488

Março 102.394.368

Abril 101.931.393

Maio 102.306.747

ACUMULADO 490.897.299

Abate de Frango de CorteParaná (cabeças)

Mês Total Janeiro 1.206.398

Fevereiro 1.043.613

Março 968.134

Abril 1.231.298

Maio 1.339.617

ACUMULADO 5.789.060

Abate PeruParaná (cabeças)

Mês Kg US$

Janeiro 64.819.380 94.444.173

Fevereiro 66.033.869 84.823.382

Março 76.411.480 97.968.656

Abril 83.683.960 110.799.841

Maio 70.545.650 101.874.192

ACUMULADO 361.494.399 489.877.244

Exportação Frango de Corte - Paraná

Região* Nº Empresas

Total %

Noroeste 13 38.312.703 37,45

Nordeste 11 28.003.727 27,37

Sudoeste 5 23.746.980 23,21

Sudeste 4 12.243.337 11,97

Total 33 102.306.747 100

Abate Frango de Corte Regiões/Maio (cabeças)

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Estatísticas

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Fonte: APINCO

Fonte: APINCO

Fonte: Sindiavipar

Fonte: Sindiavipar

Fonte: SECEX/Sindiavipar

Fonte: Sindiavipar

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Ingredientes:1 frango inteiro•3 colheres de sopa de sal•½ colher de sopa de pimenta do reino•3 colheres de sopa de orégano•3 folhas de louro•4 dentes de alho•1 cebola média•½ copo de vinagre de vinho•½ litro de água•Frango Atropelado

ReceitaReceita

Modo de preparo: Pegue o frango, abrindo-o com uma faca pela parte da frente (peito), sem dividi-lo ao meio. Posteriormente pressionando-o com a mão até espalmá-lo. Depois de espalmado, lavar em água corrente. Coloque em uma vasilha para marinar no tempero abaixo. Baternoliquidificadorosal,pimenta,orégano,louro,alho, cebola, vinagre e água. Bater por um minuto e derramar sobre o frango, deixando-o neste marinado por uma hora.Leva-lo à churrasqueira numa grelha ou numa assadeira ao forno, até dourar. Servir com uma salada verde e arroz branco.

Tempo de Preparo: 2 horas

Fonte: Délcia Vicentino

Rendimento: 4 a 6 porções

Culinária

Currículo:Délcia Inêz Pulzzatto Vicentino é graduada em Gastronomia pelo CESUMAR - Centro de Ensino Superior de Maringá. Apresentou os programas “Cor e Sabor” na TV Cidade e na TV Bandeirantes, de Maringá, o programa “Delícia na Cozinha”, na TV Comunitária, em Maringá, e o programa “Sabor 40º”, no SBT de Cuiabá-MT.

Dicas culinárias:- Para limpar o óleo da fritura do frango à passarinho, frite algumas lscas de batatas, poisissocontribuiparaqueelefiquelimponovamente.

- Ao fazer frituras: coloque um pouco de sal no fundo da frigideira para a gordura não espirrar.

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Passatempo

Sodoku

Toque de alerta A notícia foi divulgada no jornal Gazeta do Povo, em

1967. A população da localidade de Treis, perto de Kassel, na Alemanha, era surpreendida todas as madrugadas, pela

sirene de guerra. Depois de muito pesquisar, descobriram o motivo de tantos alertas. Às 4 horas em ponto, um galo do lugar não se contentava apenas em cantar. Ele também bicava a tela de proteção de uma sirene contra ataques aéreos – fazendo a sirene disparar.

- Posso ajudá-lo a fazer o pedido cavalheiro? - pergunta o garçom. -Sim... Como é que vocês preparam esse frango? -Sem muita conversa mole senhor. Nós vamos direto ao assunto e informamos que ele vai morrer.

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

Jogo dos 7 erros

Para rir...

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Respostas

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Artigo

INTERDEPENDÊNCIABERNARDO-EREMITA, A COOPERATIVA

E A CONCHA VAZIA por Rubens Mazzali*

Minha filha me contou que o Bernardo-eremita depende da Anêmona, e que ela depende do Bernardo-eremita, e que ambos dependem da concha abandonada. Biólo-

gos chamam isso de mutualismo ou protocooperação. Segundo ela isso pode cair no vestibular. Ela depende do vestibular, inde-pendentemente da profissão que escolher, ou provavelmente da profissão que a escolher. Claro, tudo dependerá do futuro, que é sempre incerto porque depende da hora, depende do agora. Por vício de ofício esse mutualismo biológico me re-lembrou a teoria do mutualismo econômico de Pierre-Joseph Proudhon, influenciada pelas idéias de seu contemporâneo galês Robert Owen que propunha a criação de sociedades cooperativas de produção. Aliás, até hoje Owen é considerado o pai do coope-rativismo moderno. Cooperativismo, mutualismo, protocopera-ção. Então o Bernardo-eremita, um caranguejo que se utiliza de uma concha abandonada para se proteger e, ao caminhar com ela transporta a Anêmona que, por sua vez, acaba alimentando-se de predadores do Bernardo formam uma espécie de...cooperativa? Mais ou menos. O caranguejo Bernardo “pensa” apenas nele, a Anêmo-la “pensa” apenas nela e o resultado final é bom para ambos, a tal protocooperação. Atitudes diretamente egoístas que indire-tamente geram uma “cooperação”. Quando o número de indi-víduos de uma sociedade aumenta, as relações e inter-relações se tornam mais complexas e movimentos egoístas e altruístas podem ter efeitos contrários ao que inicialmente se imagina. O contraintuitivo. É contraintuitivo, por exemplo, julgar que a avareza seja equivalente à caridade, mas ela é. Como? Se você doar dinheiro a alguém, esse alguém poderá comer mais ou melhor. Se, ao in-vés disso, você poupar o dinheiro provocará a queda do nível de preços, o que permitirá que alguém compre mais. É como se o ávaro fosse um egoísta promotor de um ato de bondade aleatória e, por outro lado, o filantropo fosse um altruísta promotor de um ato de bondade dirigida. O ávaro seria como o egoísta Bernardo-

eremita ajudando a Anêmona, sem saber. Ações egoístas individuais que podem trazer benefícios coletivos são cada vez mais raras nas sociedades contemporâne-as. Nelas o grau de percepção que seus membros possuem de sua interdependência é proporcional à sustentabilidade coletiva. Quando os integrantes não percebem, ou pior, quando até per-cebem a interdependência mas insistem em ganhos individuais de curto prazo mesmo que esses comprometam a perenidade da sociedade, acende-se a luz amarela. Se isso ocorre em uma so-ciedade cooperativa está instalado o paradoxo: cooperados não cooperativos. Quando um membro cooperado é fornecedor e “sócio” de uma sociedade cooperativa é natural e legítimo que busque a maximização de seu ganho individual. Como tal ganho depende de uma equação com duas variáveis, renda de fornecedor e renda de sócio e, considerando-se que a maximização da primeira re-duz a segunda, temos uma tendência a comportamentos egoístas que podem causar máculas à sustentabilidade coletiva. Há como se evitar comportamentos egoístas que causem danos coletivos. Para tal é necessária forte sensibilização dos membros de sociedades cooperativas para comportamentos al-truístas que permitirão a autosustentação de seu coletivo. Entre-tanto, a sensibilização não basta. Havendo uma pequena parcela não sensibilizada, e esta sempre haverá, será o suficiente para o sucesso coletivo estar comprometido. É necessário ir além. Me-canismos de autoregulação que remunerem seus membros por trabalho mas que também os façam perceber ganhos no valor da sociedade no longo prazo são fundamentais para a sustentabili-dade cooperativa. Esse é o grande desafio. Porém, cá entre nós, se um séssil como a Anêmona conseguiu um meio de transporte e o Bernardo-eremita conseguiu um segurança particular, sociedades cooperativas humanas estão mais do que aptas a solucionar essa questão. Até porque se não caminharem nessa direção só resta-rão conchas. Conchas vazias.

*Rubens Mazzali é Economista-chefe do Escritório de Sustentabilidade Estratégica do ISAE/FGV

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