Restaurante Tipologia Self Service-protegido

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    AO CONJUNTA DE REVITALIZAO E

    DESENVOLVIMENTO

    ACORDE REGIO DE SO JOAQUIM SC

    Projeto final de estudo de viabilidade na rea de Alimentos

    e Bebidas-Restaurao

    Restaurante: Tipologia Self Service

    Dezembro, 2009

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    GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

    SO JOAQUIM - SC

    UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJACURSO DE TURISMO E HOTELARIA

    BALNERIO CAMBORI SC

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    Elaborao: Equipe UNIVALI - Projetos Especiais

    Coordenadores do Projeto

    Prof. Dra. Doris van de Meene Ruschmann

    Prof. Dr. Carlos Alberto Tomelim

    Prof. MSc. Slvia Regina Cabral

    Prof. MSc Marlene Buratto

    Responsvel Financeiro

    MSc. Janaina Tomio

    Coordenador Tcnico

    Prof MSc. Rafael Fachini Moratelli

    Equipe Tcnica do Projeto Acorde Regio de So Joaquim

    Bel. Grasiela Schumann Rosa; Bel. La Dutra Correa; Bel. Luciana Oderdenge; Bel.

    Marlia Nunes Antunes; Bel. Regiani Cordova Mendes

    Equipe Tcnica do Estudo de Viabilidade: Meios de Hospedagem

    Prof MSc. Leila Aparecida da Costa; Prof MSc. Janana Domingues; Prof

    MSc.Rudinei Carlos Scaranto Dazzi; Prof. MSc. Luciana Imeton

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    SUMRIO

    1 SUM RIO EXECUTIVO................................................................................................. 07

    2 CONCEP O DO CARD PIO...................................................................................... 31

    3 PLANEJAMENTO DAS REAS F SICAS................................................................... 35

    4 EQUIPAMENTOS, M VEIS, ENXOVAL E UTENS LIOS....................................... 46

    5 PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS........................................................ 53

    6 PLANO DE MARKETING.............................................................................................. 74

    7 ASPECTOS LEGAIS PARA INSTALAO................................................................ 87

    8 REGISTROS E CONTROLES........................................................................................ 107

    9 PLANEJAMENTO, PROCESSO E AN LISE ECON MICA E FINANCEIRA..... 116

    10 RELAT RIO DE VIABILIDADE ............................................................................... 139

    Apndices......................................................................................................................... 142

    Anexos ................................................................................................................................... 153

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura1-Buffet de restauranteself-service

    Figura 2- Mapa da regio de So Joaquim

    Figura 3 - Dia de neve em So Joaquim

    Figura 4 - Neve em Urupema

    Figura 5 - Paisagem de Bom Jardim da SerraFigura 6 - Paisagem de UrubiciFigura 7 - Vista area da regio de So JoaquimFigura 8 - Vista da cidade de Rio Rufino com igreja em primeiro plano

    Figura 9 - Cultivo de ma em So Joaquim

    Figura 10 - Hortalias em Urubici

    Figura 11 - Cavalgada em Bom RetiroFigura 12 - Amanhecer com geada em Urubici

    Figura 13 - Material de divulgao da Festa da Ma na internet

    Figura 14 - UrubiciFigura 15 UrupemaFigura 16- Bom Jardim da SerraFigura 17 Rio RufinoFigura 18 Bom RetiroFigura 19 - So JoaquimFigura 20 - Critrios para concepo de cardpio

    Figura 21- Organograma e Fluxograma espacial

    Figura 22 Planta Baixa e Fachada Self Service

    Figura 23 - Organograma do Self-Service

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 01 - Populao do municpio de So JoaquimGrfico 02 - Populao do municpio de Bom Jardim da Serra

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    Grfico 03 - Populao do municpio de Bom Retiro

    Grfico 04 - Populao do municpio de Bom Retiro.

    Grfico 05 - Populao do municpio de Urupema

    Grfico 06 - Estabelecimentos localizados no municpio de So Joaquim

    Grfico 07 - Estabelecimentos localizados no municpio de Bom Jardim da Serra

    Grfico 08 - Estabelecimentos localizados no municpio de Bom Retiro

    Grfico 09 - Estabelecimentos localizados no municpio de Urubici

    Grfico 10 - Estabelecimentos localizados no municpio de Urupema

    Grfico 11 - Estabelecimentos localizados no municpio de Rio Rufino

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 01 Base de clculo para projeo do simples nacional.

    Quadro 02 - Controles da rea de Produo

    Quadro 03 - Controles da rea de Atendimento

    Quadro 04 - Controles da rea de Apoio

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Clculo de rea de atendimento

    Tabela 2 - Porcentagem da rea de produo conforme tipologia

    Tabela 3 - Oramento dos equipamentos da produo.

    Tabela 4 - Oramento do mobilirio da produo.

    Tabela 5 - Oramento dos utenslios da rea de produoTabela 6 - Oramento de equipamentos do salo de atendimento e bar

    Tabela 7 - Oramento do mobilirio do salo de atendimento e bar

    Tabela 8- Oramento de utenslios do salo de atendimento e bar

    Tabela 9 - Oramento de equipamentos da rea de apoio

    Tabela 10 - Oramento de mobilirio da rea de apoio

    Tabela 11 - Resumo do oramento

    Tabela 12 - Quadro funcional

    Tabela 13 - Plano de treinamento

    Tabela 14 Uniformes da rea de produo - Valores expressos em real

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    Tabela 15 EPIs adicionais da rea de produo - Valores expressos em real

    Tabela 16 Uniformes da rea de atendimento - Valores expressos em real

    Tabela 17 Uniformes - Valores expressos em real

    Tabela 18 Oramento de licena de uso do software

    Tabela 19: Oramento dos equipamentos de informtica

    Tabela 20 Gastos pr-operacionais.

    Tabela 21 Imobilizaes

    Tabela 22 Tabela de depreciao

    Tabela 23 Apurao da mo-de-obra direta

    Tabela 24 Gastos operacionais mensais.

    Tabela 25 - Ponderao saladas e molhos friosTabela 26 - Ponderao Guarnies

    Tabela 27 - Ponderao sobremesas

    Tabela 28 - Resumo da ponderao

    Tabela 29 - Ponderao saladas e molhos frios

    Tabela 30 - Ponderao carnes

    Tabela 31 - Ponderao guarnies

    Tabela 32 - Ponderao sobremesasTabela 33 - Resumo da ponderao- plano de Buffet

    Tabela 34 - Ponderao Refrigerantes

    Tabela 35 - Ponderao gua e Suco

    Tabela 36 - Ponderao bebidas/cervejas

    Tabela 37 - Ponderao bebidas

    Tabela 38 - Projeo do Faturamento e custo da mercadoria vendida (CMV) semanal e

    mensalTabela 39 Receita Bruta Total

    Tabela 40 Projeo do simples do primeiro ano

    Tabela 41 Projeo DRE para o primeiro ano

    Tabela 42 Projeo do Balano Patrimonial para primeiro ano

    Tabela 43 Margem de contribuio por pax

    Tabela 44 Margem de contribuio

    Tabela 45 Ponto de equilbrio

    Tabela 46 Margem de segurana

    Tabela 47 Retorno do Investimento

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    1 SUMRIO EXECUTIVO

    1.1Introduo: A gastronomia como produto turstico

    No movimento contemporneo de desenvolvimento do turismo, evidencia-se o fenmeno de

    consolidao da gastronomia como produto turstico, que se deve em parte ao fato de que o

    turista, ao escolher seu destino, procura conhecer aspectos da culinria local como estratgia

    de aproximao com a identidade da comunidade visitada e da regio.

    Alm disso, a gastronomia est intimamente relacionada hospitalidade, pautada no ato deacolher com tratamento corts e gentil, associado oferta de alimentao e entretenimento. A

    hospitalidade envolve uma srie de aspectos, mas, fundamentalmente, refere-se a uma forma

    de relao humana baseada na ao recproca entre visitantes e anfitries. um processo de

    agregao do outro comunidade e envolve a ternura da gente de um lugar em relao ao

    estrangeiro e aos seus mistrios.

    Podemos atribuir quatro tempos hospitalidade: o receber, o hospedar, o alimentar e oentreter, que tambm constituem as aes bsicas voltadas ao turista. Assim, a hospitalidade

    est presente em diversos momentos no fenmeno turismo, incluindo a oferta de espaos de

    alimentao. Isso significa que a ao de alimentar o hspede/viajante faz parte do

    acolhimento, sendo o ato de comer e beber considerado um forte catalisador de sociabilidade.

    O comer pode ser interpretado como o encontro do homem com o mundo, momento em que o

    homem degusta o mundo, sente o gosto do mundo, o introduz no seu corpo, faz dele umaparte de si. Assim percebido, o ato de comer uma forma de relacionar-se com a realidade, de

    transformar a ao em conexo entre as coisas e as idias.

    Importa salientar que a alimentao proporciona prazer s pessoas no apenas pela saciedade

    da fome, mas pelo prazer do compartilhamento de alimentos mesa, que configura um espao

    de comunicao e convivncia. Em sntese, receber um convidado torna o anfitrio

    responsvel por sua felicidade, enquanto a visita estiver debaixo do seu teto.

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    Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) mostra que 10% dos

    visitantes estrangeiros declararam que a gastronomia brasileira o que o pas tem de mais

    positivo, o que demonstra o potencial que a comida das mais diversas regies do Brasil agrega

    ao turismo.

    Constata-se que, como patrimnio local, a gastronomia est sendo incorporada aos novos

    produtos tursticos orientados a determinados nichos de mercado, permitindo a interao com

    os atores da prpria comunidade na elaborao desses produtos. Ela faz parte da nova

    demanda por parte dos turistas de elementos culturais.

    Como patrimnio cultural, a gastronomia muito mais do que simples arte culinria. Trata-setambm de um importante veculo da cultura popular, ao mesmo tempo em que possibilita

    uma percepo acerca da forma como vivem os habitantes de cada regio, numa dada poca.

    Por esse ponto de vista, a comida e o comer constituem fenmenos sociais e culturais. Importa

    destacar que o gosto no est relacionado apenas aos sentidos biolgicos, mas tambm

    envolve uma cultura que estabelece uma hierarquia alimentar: o gosto traz informao e

    emoo.

    Nessa perspectiva, a culinria um meio pelo qual a natureza transformada em cultura. A

    comida representa, assim, no apenas uma substncia alimentar, mas tambm um modo, um

    estilo e um jeito de se alimentar, definindo no somente aquilo que ingerido, como tambm

    aquele que a ingere. Ela tambm comumente utilizada para definir e marcar identidades

    pessoais e grupais, estilos regionais e nacionais de ser, fazer, estar e viver.

    Como bem simblico, a gastronomia configura um espao que privilegia a identidade e asingularidade das culturas, propiciando uma interessante associao com o turismo, tanto que

    a noo de patrimnio cultural abarca tambm a gastronomia. A cozinha tradicional est

    sendo reconhecida cada vez mais como um componente valioso do patrimnio intangvel dos

    povos. A forma de preparao de um prato e o seu significado para cada sociedade constituem

    os aspectos que no so vistos, mas que lhe do seu carter diferenciado.

    Para que a gastronomia possa ser agregada ao desenvolvimento do turismo, preciso que o

    conhecimento das pautas culturais a ela associadas sejam valorizadas na confeco de

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    produtos de turismo cultural e tambm necessrio que sejam conhecidas pelos que atuam na

    indstria da hospitalidade em seu conjunto.

    Em sentido mais amplo, no contexto sociocultural contemporneo, os movimentos

    multiculturais em defesa da diversidade e da identidade cultural propiciam uma interessante

    interlocuo entre turismo e gastronomia, configurando um espao onde a identidade e a

    singularidade de uma cultura so privilegiadas e adquirem valor de transformao social.

    Pode-se dizer que a gastronomia abre uma porta interessante para o conhecimento da cultura e

    da sociedade.

    H que se levar em conta que, alm do movimento de pessoas e divisas, o turismo abrange osimpactos que elas geram nas reas de destino, com particular destaque para os verificados no

    mbito da cultura, do patrimnio e da sociedade. Por esse prisma, o turismo uma atividade

    multidimensional, multifacetada, que influencia muitas vidas e muitas atividades econmicas

    diferentes. Ele vai alm da questo econmica, pois envolve vrios setores e fenmenos,

    articulando aspectos de natureza econmica, cultural, social e ambiental, tendo em vista que

    se trata de uma atividade de mltiplas faces.

    Com base nas informaes e premissas aqui reunidas, entendemos que a relao entre

    gastronomia e turismo pode se tornar mais estreita na medida em que a comunidade se

    beneficie do fluxo turstico que se cria em torno de roteiros e destinos, fortalecendo a

    capacidade de a culinria incrementar os servios nas reas tursticas e se tornar elemento

    importante no processo de desenvolvimento sustentvel. Para que isso acontea fundamental

    a criao de estruturas e equipamentos adequados s propostas de turismo local e regional e

    que possam constituir atrativos tursticos que compatibilizem hospitalidade, alimentao,prazer e cultura.

    O atual projeto tem como ponto base a regio de So Joaquim, localizada na Serra

    Catarinense. A Serra Catarinense uma regio de campos de altitude, florestas e grandes

    cnions. Destaca-se nacionalmente por suas paisagens naturais nicas, pelas baixas

    temperaturas e o turismo rural criado em torno das fazendas e da cultura campeira. As cidades

    de destaque que compem a serra so: So Joaquim, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio

    Rufino, Urubici e Urupema.

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    A cidade de So Joaquim a de maior destaque na regio. Conhecida como a Cidade da

    Neve, acolhe turistas nacionais e estrangeiros durante as grandes geadas e nevascas.

    So Joaquim, com uma populao local de aproximadamente 23.175 mil habitantes, apresenta

    uma economia bastante concentrada no agronegcio, especialmente no cultivo de frutas como

    pera, uva e ma, sendo esta a principal fruta da cidade que movimenta mais de 50 %da

    economia local e reconhecida internacionalmente por sua qualidade.

    Tambm se destaca atualmente pela vitivinicultura, com seus vinhos de altitude produzidos a

    partir de alta tecnologia. A cidade ganhou espao e reconhecimento no mundo dos vinhos,gerando tambm mais um atrativo para o turismo.

    A cidade de Bom Jardim da Serra, conhecida como Capital das guas, recebeu esse ttulo

    devido ao grande nmero de rios que nascem no municpio. Com quedas dgua e mirantes, o

    centro da cidade fica a apenas 11 km da Serra do Rio do Rastro, constituindo uma das mais

    belas paisagens de Santa Catarina.

    Com cerca de 4.000 habitantes, a economia local baseada na pecuria e na fruticultura,

    formando com So Joaquim um importante polo produtor de ma. Devido ao seu clima,

    localizao e abundncia de belssimas paisagens naturais, possui forte potencial turstico.

    J a cidade de Bom Retiro, com populao de 4.492 habitantes, vasta em campos,

    cachoeiras e algumas grutas e cavernas indgenas. Seu clima comparado ao de Campos do

    Jordo, com veres frescos e geadas no inverno. Sua economia tambm baseada na pecuriae fruticultura, com destaque para a produo de vime.

    Rio Rufino, a Capital Nacional do Vime, tem nesse produto a sua base econmica, aliada

    lavoura e criao de gado de corte. Com belas paisagens naturais, incluindo cascatas,

    cavernas e morros, apresenta forte tendncia ao turismo ecolgico. Conta com 2.697

    habitantes em uma regio de clima tropical.

    Urubici, a segunda cidade da serra de maior destaque turstico, com quedas dgua e muito

    ecoturismo, atrai os viajantes interessados em aventura. Tambm beneficiada pelo clima

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    frio; nela foi registrada a menor temperatura at hoje verificada no Brasil (-17,8 em 1996).

    Conhecida como A Terra das Hortalias, o municpio o maior produtor catarinense,

    destacando-se ainda na produo de mel e erva-mate. Com 10.565 habitantes, o ponto mais

    alto habitado no sul do pas. Conta com interessantes atrativos, como a Pedra Furada, a Serra

    do Corvo Branco e a Cascata Vu de Noiva.

    Urupema, com paisagens de inverno europeu, cascatas congeladas, pinheiros e taipas (muros

    feitos com pedra-basalto), tornou-se parte integrante da rota turstica da Serra Catarinense.

    Com 2.560 habitantes, a cidade tem a base da sua economia na truticultura, produtos

    orgnicos e gado de corte e de leite.

    O turismo na regio de So Joaquim tem se voltado para o ecoturismo, hotis fazenda, vida

    campeira e gastronomia local. A atividade se apresenta como uma das que mais cresce na

    regio e o visvel aumento de hotis, pousadas e restaurantes confirma a crescente demanda

    por infraestrutura turstica de alto padro.

    A populao local composta por uma multiplicidade de etnias que inclui portugueses,

    alemes, italianos, japoneses e gachos. um povo muito hospitaleiro que demonstra cadavez mais interesse em profissionalizar o turismo da regio.

    A regio tem vrios atrativos. Alm das belas paisagens naturais, promove festivais, feiras e

    festas tpicas como Exponeve, Festival de Inverno, Florada das Cerejeiras, Festa Nacional da

    Ma e Natal Iluminado.

    Tambm se destaca pela vitivinicultura, com seus vinhos de altitude produzidos com altatecnologia. A qualidade dos vinhos garantiu espao para a regio no concorrido mercado de

    bebidas finas e sua produo pode representar um atrativo a mais para os turistas.

    1.2 Restaurante Self-service

    Concebidos nos modelos das redes de fast-food(comida rpida), os restaurantes self-service

    disputam mercado com as lanchonetes e os restaurantes la carte, que trabalham num sistema

    muito lento do ponto de vista do atendimento. Adotando o mtodo de autosservio, esses

    estabelecimentos procuram oferecer agilidade com baixo custo.

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    Essa modalidade surgiu para atender as necessidades cotidianas dos consumidores que

    procuram alimentao rpida e variada, composta de pratos quentes e frios. O servio

    assumido em sua maioria ou quase totalidade pelo cliente, evidentemente com a inteno de

    reduzir custos e preos, j que voltado para um pblico que possui uma limitao de tempo

    ou de oramento para suas refeies.

    Os self-servicesse espalham pelos centros comerciais das cidades e so comuns tambm em

    localidades com grande afluxo de turistas. Grande parte desses restaurantes utiliza o sistema

    de buffetpor quilo, no qual o cliente, aps servir-se de saladas e pratos quentes, passa por umabalana na qual sua refeio pesada, pagando somente pelo que ir consumir.

    A comida por quilo se apresenta como uma alimentao que atende a todas as exigncias da

    clientela atual, pois ela oferece refeio variada, barata, que se assemelha comida caseira, e

    ainda o consumidor quem determina o quanto quer gastar. Nesse mercado, adota-se tambm

    o sistema de pagamento por taxa nica, com preo fixo por pessoa, independentemente do

    nmero de vezes que o cliente se serve ou da quantidade de alimentos que consome.

    Os restaurantes self-service evoluram e se superaram no momento em que uma demanda

    mais sofisticada foi se revelando e os estabelecimentos foram descobrindo uma tima

    oportunidade a ser explorada. O eixo da estratgia competitiva deixou de ser apenas o preo e

    passou a valorizar mais a qualidade. A autora coloca que esse servio, por envolver alto giro

    de vendas, barateia o custo de manuteno da estrutura de fornecimento, provando que a

    economia de escala primordial para garantir uma boa rentabilidade.

    Pode trabalhar sem garons ou com pequeno nmero deles para servir bebidas e recolher

    pratos, copos e talheres usados. A mesa de refeies utilizada de pequeno tamanho, o

    suficiente para comportar apenas uma bandeja com o prato, copo, sobremesa e bebida,

    permitindo maximizao do espao do salo e da capacidade de atendimento a clientes. Esse

    considerado o sistema que melhor se adapta s necessidades culturais e sociais brasileiras no

    tipo refeio rpida.

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    Figura1:Buffet de restaurante self-service

    Fonte: Nutrinews, 2009

    No novidade que os restaurantes do tipo self-service tm se tornado cada vez mais

    presentes no cotidiano dos brasileiros, sendo um dos segmentos mais promissores e que

    dever continuar crescendo nos prximos anos de forma contnua e definitiva, pois se adequa

    perfeitamente demanda porfast-food.

    Importa destacar que, de acordo com a Associao Brasileira de Bares e Restaurantes -

    (Abrasel), quase 30% da populao nacional algo em torno de 50 milhes de pessoas

    alimenta-se fora de casa diariamente, fortalecendo o potencial de crescimento do setor. Assim,

    a rede de comida pronta se consolida como importante canal de consumo e distribuio de

    produtos e servios.

    Nesse contexto, h ainda que se considerar que a gastronomia aumenta a competitividade do

    turismo, para o qual os estabelecimentos dedicados restaurao so aliados imprescindveis.

    Segundo a Abrasel, o setor apresenta grande potencial de gerao de trabalho, principalmente

    no que se refere a oportunidades de primeiro emprego, absoro de mo-de-obra no

    qualificada, melhoria da qualificao profissional e desenvolvimento de novas carreiras.

    No cardpio desse tipo de restaurante, principalmente quando se volta ao atendimento de

    turistas, interessante inserir produtos da poca e da regio, valorizando receitas tradicionais

    da comunidade, por exemplo, a polenta italiana e o chucrute alemo. Isso diferencia o servio

    e possibilita o contato dos visitantes com iguarias especficas do local.

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    Cabe ressaltar que o turista est sempre em busca de novidade, originalidade, e a gastronomia

    um atrativo, pois representa a possibilidade de descobrir novos sabores e caractersticas

    culturais dos ambientes visitados.

    Uma interessante opo para agregar valor e dar visibilidade imagem do restaurante a

    exposio e venda de artesanatos e itens de alimentao como queijo, linguia, gelias e

    licores caseiros, biscoitos e doces. Nesse aspecto, abre-se oportunidade para que a

    comunidade se mobilize em torno da oferta de produtos e se beneficie da movimentao de

    turistas vidos por conhecer os segredos da cultura culinria do lugar visitado.

    A proposta de restaurante aqui apresentada prev funcionamento dirio das 11h30min s 15

    horas com capacidade para 100 pax. A tipologia de atendimento self-service com buffet

    livre.

    O estabelecimento ser montado em local de grande movimentao, com objetivos de atingir

    bom pblico, atender as necessidades de turistas e visitantes e garantir a sustentabilidade do

    empreendimento.

    O cardpio ir destacar pratos preparados com ingredientes produzidos na regio e receitas

    tpicas das comunidades locais. Planeja-se, uma ou duas vezes por semana, trabalhar de forma

    diferenciada, tematizando o servio e oferecendo pratos confeccionados com base em

    determinada tradio culinria. uma maneira de contemplar as diferentes culturas da regio.

    A motivao para esse projeto uma proposta gastronmica diferenciada, com mais de 20

    opes entre pratos quentes e saladas, valorizando os produtos tpicos da regio da serra

    catarinense elaborados com tcnicas gastronmicas.

    Os preos sero definidos a partir da anlise dos valores praticados pelos empreendimentos de

    alimentos e bebidas da regio, a fim de que no haja grandes divergncias.

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    1.3 O contexto regional: atrativos, limitaes e oportunidades

    1.3.1 Atrativos

    Cultura regionalista, atrativos naturais, clima frio, tradies rurais, famosos pomares de ma

    e eventos so os elementos mais destacados no conjunto de recursos tursticos que podem ser

    explorados na regio de So Joaquim, composta por seis municpios, como mostra o mapa

    apresentado a seguir.

    Figura 2: Mapa da regio de So Joaquim

    Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, 2009

    A regio de So Joaquim possui elevado potencial turstico na Serra Catarinense, destacando-se pelos espaos naturais e rurais, o clima frio e a eventual neve, os eventos e as tradies da

    cultura local. Apresenta vocao para o turismo gastronmico, o enoturismo e o turismo de

    eventos.

    No que diz respeito demanda real, estudos mostram que ela se constitui em grande parte de

    pessoas que visitam a regio a lazer, dando nfase ao turismo de natureza e ao ecoturismo.

    Dado interessante com relao demanda potencial que os turistas que buscam gastronomia

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    e cultura possuem uma renda familiar mais elevada em relao queles que procuram esportes

    radicais e ecoturismo.

    Um dos mais conhecidos atrativos dessa regio o inverno, ou melhor, o frio que traz a

    possibilidade de neve: um fenmeno natural que se transforma em espetculo e deslumbra os

    visitantes.

    Figura 3 - Dia de neve em So Joaquim Figura 4 - Neve em Urupema

    Fonte: Prefeitura de So Joaquim, 2009 Fonte: Prefeitura de Urupema, 2009

    O conjunto de atrativos da regio pode catalisar investimentos direcionados ao

    desenvolvimento de roteiros enogastronmicos, eventos gastronmicos e comercializao de

    vinhos, ou at mesmo na implantao de um meio de hospedagem ligado ao cultivo de uva.

    Mas fundamental otimizar o acesso aos recursos naturais e culturais, intensificar sua

    divulgao e investir em equipamentos tursticos.

    Nesse sentido, salienta-se que o turismo uma complexa cadeia de inter-relacionamentos

    entre produtos e servios, na qual se inserem prticas sociais, o meio ambiente natural e

    mltiplas relaes de troca. A soma desses elementos gera o produto turstico que, para ser

    competitivo e desejado pelos consumidores, deve reunir trs fatores fundamentais: a

    atratividade, o pacote de servios agregados e o desempenho.

    O produto turstico comporta um conjunto de benefcios que o consumidor busca em uma

    determinada localidade e que envolvem um complexo de servios oferecidos por diversas

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    organizaes. Aos atrativos naturais e culturais devem ento estar associados os meios que

    possibilitam usufruir dessa oferta.

    Nos municpios que compem a regio, a natureza revela deslumbrantes paisagens. Rios,

    cachoeiras e cascatas formam um complexo hdrico exuberante, em grande parte responsvel

    pela atratividade desse territrio serrano.

    Figura 5 - Paisagem de Bom Jardim da Serra

    Fonte: Prefeitura de Bom Jardim da Serra, 2009

    Figura 6 - Paisagem de UrubiciFonte: Prefeitura de Urubici, 2009

    Cabe enfatizar que a atratividade elemento fundamental para a insero de um local no

    contexto do turismo, pois o interesse em conhecer determinada regio se constitui como

    principal motivador do deslocamento de pessoas. Nesse sentido, as formaes geolgicas

    esculpidas pelo tempo comportam grande poder atrativo.

    Figura 7 - Vista area da regio de So Joaquim

    Fonte: Prefeitura de So Joaquim, 2009

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    A diversidade tnica outro ponto forte da regio. A partir dela se mesclam tradies das

    culturas italiana, japonesa, portuguesa, alem e russa. As marcas culturas desses povos se

    revelam nos festejos, na culinria tpica e na forma hospitaleira de receber os visitantes.

    Destacam-se no calendrio de eventos a Festa Nacional das Hortalias, Festa Nacional da

    Ma e Cavalgada Aparados da Serra.

    Cabe frisar que a capacidade de atrao se vincula a essas caractersticas naturais e culturais

    peculiares, mas no se pode esquecer que ela fortemente influenciada por fatores como

    preos diferenciais, produtividade e qualidade de vrios componentes da indstria turstica.

    1.3.2 Fatores limitantes

    Antes de descrevermos os recursos, os atrativos e as oportunidades da regio de So Joaquim

    no contexto turstico, julgamos coerente apresentar os aspectos limitantes detectados por meio

    de pesquisas especficas que apontam pontos fortes e fracos do territrio estudado. Isso

    porque nos interessa que os fatores indicados como empecilhos para o desenvolvimento

    turstico sejam em seguida confrontados com informaes sobre tendncias otimistas e

    estratgias capazes de solucionar e superar os problemas atuais.

    Com referncia rea que mais interessa a este projeto, a de alimentos e bebidas, a regiopossui poucos restaurantes de qualidade, capazes de oferecer boas e diversificadas opes aos

    visitantes. A gastronomia local ainda pouco valorizada e os estabelecimentos do setor de

    restaurao funcionam em horrios que muitas vezes no atendem s necessidades dos

    visitantes.

    Os recursos humanos disponveis para o turismo ainda necessitam de profissionalizao,

    embora j existam projetos de algumas instituies, como o Servio Nacional deAprendizagem Comercial (Senac) e o Ncleo de Educao Profissionalizante (NEP), que

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    prevem o desenvolvimento de cursos de capacitao, contemplando as reas de gastronomia,

    hospedagem, artesanato, msica, enologia e vitivinicultura.

    A rede hoteleira da regio apresenta caractersticas de administrao familiar e possui

    algumas limitaes para atender a demanda turstica. Os espaos para eventos so escassos e

    geralmente usada a rea de entorno das igrejas. Quanto aos equipamentos para transporte,

    observa-se a ineficincia ou inexistncia de transportes para os atrativos tursticos, coletivos

    urbanos e poucas linhas de nibus intermunicipais.

    Pesquisas realizadas com participao de empresas do trade receptivo da regio revelam que

    fraca a articulao entre o poder pblico e privado para o desenvolvimento da atividadeturstica. A falta de conscientizao dos gestores privados sobre os benefcios do turismo

    tambm foi apontada como fator limitante.

    Os principais empecilhos ao desenvolvimento do turismo na regio esto relacionados falta

    de profissionalismo e qualificao da regio, o difcil acesso aos atrativos e aspectos

    tursticos, baixo investimento no setor, falta de integrao do trade e um maior controle do

    poder pblico na fiscalizao das atividades tursticas.

    Quanto ao posicionamento do destino regional de So Joaquim no mercado turstico estadual

    e nacional, as principais variveis citadas pelo trade receptivo so o reconhecimento nacional

    do potencial turstico e da vocao turstica da regio, infra-estrutura deficitria, mo de obra

    desqualificada, falta de posicionamento de mercado e divulgao concentrada em apenas dois

    municpios.

    1.3.3 Oportunidades:

    A paisagem e o patrimnio cultural

    Considera-se que o turismo pode funcionar como motivador da manuteno da identidade

    local, da herana cultural e do orgulho tnico, alm de possibilitar a manuteno do

    patrimnio artstico e histrico. Especificamente sobre patrimnio cultural, ele no se

    restringe arquitetura, a despeito da indiscutvel presena das edificaes como um ponto alto

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    da realizao humana, e o seu significado muito amplo, incluindo outros produtos do sentir,

    do pensar e do agir humanos.

    A cultura inclui desde a arquitetura, as expresses artsticas e manifestaes populares, at os

    sentimentos coletivos de uma determinada comunidade em relao ao seu territrio, podendo-

    se supor uma interdependncia entre cultura e turismo.

    Figura 8 - Vista da cidade de Rio Rufino com igreja em primeiro plano

    Fonte: Prefeitura de Rio Rufino, 2009

    O patrimnio cultural rene hbitos, tradies, crenas e estilos de vida elementos comforte componente simblico que so representativos da coletividade e da regio. Includos

    nessa categoria esto o artesanato, danas, msicas, festas e cerimnias, gastronomia,

    vocabulrio, lendas e histrias.

    A totalidade desses elementos se inscreve na paisagem, apontada como a primeira instncia

    do contato do turista com o lugar a ser visitado e, por isso mesmo constitui o principal apelo

    de atratividade, desencadeada para compor, com o aporte de meios e servios, a oferta de uma

    destinao turstica. importante que se entenda que o turismo depende da viso, mas a

    paisagem no apenas um cenrio para uso exclusivo do turista; ela a essncia cotidiana do

    habitante.

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    Figura 9 - Cultivo de ma em So Joaquim

    Fonte: Prefeitura de So Joaquim, 2009Figura 10 - Hortalias em Urubici

    Fonte: Prefeitura de Urubici, 2009

    Na regio de So Joaquim, a colonizao realizada pelos tropeiros que cruzavam esse

    territrio levando gado entre So Paulo e o Rio Grande do Sul, conserva e mantm suas

    tradies regionalistas por meio de manifestaes culturais como rodeios e gineteadas.

    Aliadas oferta de cavalgadas como parte do turismo rural e de natureza, tais expresses

    podem atrair ainda mais turistas e estimular o aumentando do tempo de permanncia deles

    nos municpios.

    Figura 11 - Cavalgada em Bom Retiro

    Fonte: Prefeitura de Bom Retiro, 2009

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    Nessa perspectiva, pode-se afirmar que a paisagem histria congelada, mas participa da

    histria viva e que, indesvinculvel da idia de espao, constantemente refeita de acordo

    com os padres locais de produo da sociedade, da cultura, e tem importante papel no

    direcionamento turstico. Sendo expresso da maneira de viver, ela deve ser olhada como

    reflexo de valores sociais e padres culturais, como paisagem social e poltica.

    Figura 12 - Amanhecer com geada em Urubici

    Fonte: Prefeitura de Urubici, 2009

    Interessa ainda observar que os smbolos materiais da cultura de um povo, como osmonumentos e o patrimnio histrico, constituem produtos culturais distribudos para

    consumo. Por esse prisma, os atrativos paisagsticos e patrimoniais do lugar se tornam

    recursos tursticos na medida em que so disponibilizados para uso e compartilhados com os

    visitantes.

    Eventos e gastronomia

    Nesse contexto est inserido o evento, considerado um produto turstico com grande potencial

    de atrao, capaz de otimizar o uso das estruturas tursticas e dinamizar economicamente a

    regio onde se realiza, a partir de aes interligadas economia de sua sede, j que aciona

    toda a cadeia de atividades relacionadas ao turismo, dentre elas a gastronomia e os servios de

    restaurao.

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    Cabe ressaltar que o setor de eventos responsvel por melhor posicionar as cidades

    promotoras no mercado, criando uma identidade turstica e gerando empregos e divisas. Esses

    lugares se tornam catalisadores dos fluxos tursticos de diversas destinaes.

    Os eventos demonstram sua fora na divulgao de produtos tursticos e na promoo de

    aes estratgicas de desenvolvimento em diversas localidades ou regies. Sua realizao

    contribui para promover, valorizar e preservar os patrimnios tursticos, culturais, histricos e

    ambientais. Tem impacto positivo na qualidade de vida da comunidade, na medida em que o

    desenvolvimento econmico por ele provocado pode reduzir as disparidades sociais a partir

    do crescimento da oferta de emprego e de melhor distribuio de renda.

    Em Santa Catarina, o setor de eventos potencializado por festas que vm aumentando seu

    poder de atrair e encantar turistas, ao ponto de se tornarem megaeventos de fama nacional e

    internacional. Isso ocorre na medida em que particularidades regionais alavancam a produo

    e o desenvolvimento de centros receptores e quando eventos como festivais e celebrao

    atrelados tradio e aos costumes locais , por serem diferenciados, transformam-se em

    valores referenciais, constituindo-se em catalisadores para movimentao de visitantes.

    Adiciona-se festa o contedo cultural do lazer, considerando a sua ao mobilizadora da

    atividade turstica e sua caracterizao como tempo e espao de poltica pblica, produo e

    consumo de mercadorias, modismos, costumes e estilos de vida. Na imbricao do capital

    econmico com o capital cultural, saem fortalecidas as inter-relaes que envolvem festa,

    cultura e lazer, mercado e turismo.

    Agregada aos eventos est a gastronomia, entendida como elemento indissocivel das prticas

    e manifestaes culturais e sociais de um povo. Dentro e alm da cultura, como mote de

    produto turstico, a gastronomia tpica das comunidades refora produtos de determinada

    localidade cultural, porque o prazer gastronmico, no raro, vem acompanhado de um legado

    culinrio. E a culinria, tratada como patrimnio cultural, capaz de vincular-se a imagens de

    um pas, regio ou grupo.

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    Na regio de So Joaquim, j conhecida pela Festa da Ma, as tradies e hbitos culinrios

    podem ser valorizados no cosmo do turismo, revelando sua capacidade de saciar a fome e ao

    mesmo tempo encantar os turistas, tornando-se importante atrativo turstico.

    Figura 13 - Material de divulgao da Festa da Ma na internetFonte: Prefeitura de So Joaquim, 2009

    A dcima oitava edio da Festa Nacional da Ma j est sendo organizada. Acontecer de

    16 a 25 de abril de 2010, reverenciando o fruto responsvel por boa parte da economia

    municipal. Em 2009, ela registrou um pblico recorde em relao s edies anteriores: 100

    mil pessoas ingressaram no parque Nacional da Ma nos 10 dias do evento. Conscientes da

    fora desse atrativo, os organizadores investem na infra-estrutura, na decorao e em

    inovaes da programao cultural. um exemplo do que pode e deve ser feito para

    incrementar as atividades tursticas da regio.

    A viso econmica

    O turismo um dos setores mais dinmicos e que mais crescem no mundo, representando

    10,7% do produto interno bruto (PIB) global. Com mais de 260 milhes de empregados einvestimentos anuais de mais US$ 800 bilhes, aparece em posio competitiva ao lado de

    alguns dos maiores e mais tradicionais setores da economia mundial, como a construo civil,

    a indstria petroqumica e a produo automobilstica.

    As projees da Organizao Mundial de Turismo (OMT) apontam faturamento global de

    US$ 9,2 trilhes at 2011. Para 2020, a entidade acredita que 1,5 bilho de pessoas gastaro

    cerca de US$ 2 trilhes por ano ou cerca de US$ 5 bilhes por dia, no includos nesse total

    os investimentos em equipamentos tursticos. Os ganhos com o ingresso de divisas

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    estrangeiras e gerao de renda e empregos so os principais motivadores para incluso do

    turismo como parte de uma estratgia de desenvolvimento.

    De acordo com o Ministrio do Turismo (MTur), os gastos de turistas estrangeiros no Brasil

    atingiram recorde em 2008, chegando a US$ 5,78 bilhes no encerramento do ano. O volume

    16,8% superior ao registrado em 2007, quando U$ 4,95 bilhes ingressaram no pas pelo

    turismo internacional.

    Sobre a distribuio setorial do PIB do turismo dentro da sua cadeia, estatsticas oficiais

    revelam que ele est concentrado, sobretudo, nos setores de restaurantes (37,56%), serviosrecreativos (18,09%), transportes rodovirio e areo regulares (28,05%) e estabelecimentos

    hoteleiros (11,97%). Os demais setores somados representam apenas 4,33% do PIB do

    turismo.

    Esses so dados importantes para medir o xito da economia do turismo do pas e sustentam

    um prognstico positivo em relao ao crescimento do setor. Pode-se afirmar que o turismo se

    tornou o principal motor da economia, incentivando o crescimento de outras atividadeseconmicas, notadamente as indstrias de construo civil, hotelaria e transportes. Como

    impacto positivo da atividade, a implantao de infra-estrutura e de empreendimentos

    tursticos faz com que o dinheiro trazido pelos turistas circule por toda sociedade.

    A melhoria na qualidade de vida da regio outro efeito econmico positivo, pois a partir do

    momento em que a atividade turstica surge na localidade, ela contribui para o equilbrio do

    crescimento regional, ajudando assim a trazer melhorias na economia da populao. O efeito

    multiplicador de renda do turismo envolve uma interdependncia entre os vrios fatores

    econmicos, gera empregos em diversas reas nos setores formais e informais e cria novas

    oportunidades para a populao local.

    A respeito dos efeitos diretos da atividade, ressalta-se que a despesa turstica tem efeito

    cascata em toda a economia receptora e se divide em gastos diretos, indiretos e induzidos. Ela

    comea com os gastos diretos dos turistas em estabelecimentos tursticos de linha de frente,

    como hotis e restaurantes, e depois se espalha pelo resto da economia.

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    Movimento sinrgico na gesto do turismo

    No contexto do turismo, a atuao dos governos local e regional em promover o

    desenvolvimento significa intervir sobre as condies do ambiente social ou econmico,

    articulando medidas que propiciem o desenvolvimento do municpio e da regio.

    Mais do que agentes realizadores, as prefeituras devem funcionar como articuladoras e

    facilitadoras das aes que tm eficcia maior quando o poder pblico apenas um dos

    agentes envolvidos no projeto de desenvolvimento local incorporado pela sociedade.

    O fortalecimento da capacidade se encantar, seduzir e conquistar turistas depende da

    articulao entre poder pblico, iniciativa privada e sociedade civil, num movimento sinrgico

    das mltiplas escalas do poder local. fundamental uma gesto capaz de potencializar a soma

    de fenmenos e relaes originados da interao de turistas, empresas, governos locais e

    comunidades anfitris, no processo de atrair e receber visitantes.

    O processo de desenvolvimento mobilizado por organizaes que trabalham conectadas porpropsitos comuns, isto , integradas. Mas essa integrao no sinnimo de homogeneidade,

    pois se manifestam diferentes papis sociais e interesses complementares, superpostos ou

    conflitantes. Os grupos se articulam e se opem em torno de interesses comuns e essa relao,

    construda sobre a ao de diferentes atores individuais e coletivos, pressupe uma capacidade

    de agir em bases plurais.

    Harmonizar o desenvolvimento turstico implica, antes de tudo, desembaraar o n dos

    interesses, muitas vezes contraditrios, e estabelecer uma ordem de prioridades. Interessa

    destacar que o turismo, como fator de desenvolvimento de uma cidade ou regio, comporta

    basicamente duas interfaces: a ao dos rgos pblicos e privados para melhorar a

    infraestrutura e a participao da comunidade no planejamento turstico esta elemento

    essencial para a sustentabilidade desse processo.

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    Possibilidades e tendncias

    O desafio das localidades com potencial e vocao turstica articular o produto turstico demanda do pblico consumidor. Um dos caminhos investir em marketing turstico, que

    compreende todas as aes desse mercado direcionadas ao atendimento das expectativas dos

    consumidores de produtos tursticos, detectando desejos e procurando uma eficiente relao

    de trocas.

    Fazer marketing turstico no se resume a informar ou sugerir alternativas de consumo, mas se

    amplia para as tarefas de conhecer, atrair, encantar e conquistar clientes, com base naidentificao de seus desejos, necessidades e motivaes.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), o turista s pode tomar

    conhecimento de um produto turstico se houver uma boa estratgia de marketing que o

    influencie a adquiri-lo. Portanto, as tarefas do marketing nesse setor so conhecer bem os

    clientes e descobrir aquilo que eles precisam e desejam, antes de planejar, desenvolver e

    lanar produtos tursticos no mercado.

    Essa questo foi abordada pelo francs Jean-Claude Baumgarten, presidente do World Travel

    e Tourism Council (WTTC), que comandou em maio deste ano a 9 conferncia global da

    entidade em Florianpolis, pela primeira vez num pas latino-americano. Bastante otimista

    quanto evoluo das atividades do setor, ele fala no em problemas, mas sim em

    oportunidades. Aconselha a fomentar o turismo domstico, explicando que as viagens das

    pessoas em seus prprios pases so essenciais para sustentar os negcios de turismo no longo

    prazo.

    Baumgarten recomenda tambm aumentar o esforo dos governos para atrair investidores.

    Enfatizou que a construo de um hotel se paga em 30 anos; ento necessrio que o poder

    pblico sinalize que haver coerncia na cobrana de imposto, investimento na promoo do

    destino e pouca burocracia. Outra tarefa intensificar e fortalecer a comunicao entre os

    diversos agentes e organizaes do turismo e destes com diferentes pblicos.

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    A regio de So Joaquim tem atrativos naturais e culturais suficientes para motivar uma

    campanha de comunicao e marketing que divulgue suas belezas, sua gente e sua

    hospitalidade, acompanhadas, claro, das delcias gastronmicas que essa terra serrana

    oferece.

    Figura 14 - UrubiciFonte: Prefeitura deUrubici, 2009

    Figura 15 UrupemaFonte: Prefeitura de Urupema, 2009

    Figura 16- Bom Jardim daSerraFonte: Prefeitura de BomJardim da Serra, 2009

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    Figura 16 - Rio Rufino

    Figura 17 - Bom Retiro

    Figura 18 - So Joaquim

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    2 CONCEPO DO CARDPIO

    Neste projeto, busca-se atender pblicos especficos e oferecer servios de restaurao

    compatveis com a demanda da regio. No inteno instalar mais um restaurante com

    servio de buffet comum, mas sim desenvolver uma proposta gastronmica

    diferenciada, com mais de 20 opes entre pratos quentes e saladas, oferecendo

    produtos tpicos da regio da Serra Catarinense, preparados a partir de tcnicas

    gastronmicas que valorizem as matrias-primas locais, como queijos coloniais, massas

    caseiras, truta, mel, ma e vinhos, bem como a cultura das comunidades que habitam

    esse territrio serrano.

    Figura 20: Critrios para concepo de cardpioFonte: Equipe Tcnica, 2009

    A proposta gastronmica do restaurante Self Servicese baseia na escolha dos melhores

    cortes das carnes que sero servidos, conciliada com a valorizao de produtos tpicos

    Tipologias do setor de restaurao

    Tendncias do mercado

    Demandas do pblico

    consumidor

    Restaurante

    CARDPIOS

    Primrio

    Pblico-alvo Competncia dos

    envolvidos

    Segmento a ser selecionado

    Secundrio

    Concorrncia Sazonalidade

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    da gastronomia local, a partir da seleo de ingredientes que fazem parte dos hbitos

    alimentares e culturais da regio.

    O cardpio (Apndice A) pretende evidenciar preparaes diferenciadas, trabalhando

    com a valorizao dos ingredientes e dos hbitos alimentares da regio. O planejamento

    de buffet dever iniciar pelas carnes, observando-se diversos mtodos de coco, de

    forma a oferecer opes de carnes grelhadas, assadas e fritas, seguidas das guarnies

    com elas compatveis. Para os acompanhamentos podem ser utilizados legumes,

    tubrculos e arroz preparados de variadas formas.

    O buffet contar saladas cruas e cozidas, procurando-se manter diversidade de sabores e

    cores e elabor-las de maneira atraente aos sentidos dos clientes. Saladas coloridasalegram o cardpio e mais ainda se forem acompanhadas de molhos que realcem o

    paladar. Podem ser criadas opes simples e muito apetitosas com pequenas sutilezas

    nos preparos que fazem a diferena na aparncia e no sabor.

    As saladas so fontes de muitas vitaminas e sais minerais e apresentam grande variao

    de cores, sabores e aromas. Acompanham muito bem inmeros pratos. Com diferentes

    tipos de temperos, complementos e variedade de folhas e talos possvel obter muitascombinaes. As saladas de legumes cozidos so mais encorpadas e combinam bem

    com pratos de carnes e aves assadas.

    Merecem citao as saladas com brotos e com frios, que acompanham bem pratos de

    carnes e aves, e aquelas enriquecidas com frutas, que tendem a ter um sabor muito

    peculiar e agradvel o frescor das frutas combina perfeitamente com as hortalias e

    sem dvida agrada aos paladares mais exigentes.

    Considerando o novo hbito, bastante saudvel e difundido, de comer gros, sugere-se

    inseri-los da preparao de saladas, pois eles so excelente fonte de fibras, alm de

    deliciosos e nutritivos. Usados das mais variadas formas, gros como feijes, gro-de-

    bico, lentilha e ervilhas acrescentam sabores inusitados e aumentam a riqueza do prato.

    Tambm interessantes so as saladas com sementes, que ajudam a combater os radicais

    livres que destroem as clulas, regularizam o intestino e oferecem nutrientes ao

    organismo, sendo fontes riqussimas de vitaminas C, E, complexo B e sais minerais.

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    Outras opes so as saladas com massas, que so encorpadas e nutritivas. Preparadas

    com molho de iogurte ou maionese, elas so refrescantes e muito saborosas. Podem

    agregar ainda sabores de carnes, aves, peixes, frutos do mar, queijos ou frios. As saladas

    com queijos tambm so agradveis ao paladar e podem ser com temperos base de

    azeite e folhas de manjerico.

    Os clientes podero ainda se servir de sobremesas elaboradas com um toque gourmet

    que ir valorizar as tradies culinrias da Serra Catarinense. Sero utilizadas matrias-

    primas de alta qualidade e produtos regionais, entre eles o pinho, a ma, o mel, os

    queijos, a truta e os frios que compem as preparaes do menu fixo e do buffet de

    saladas.

    Em todos os casos, no planejamento do restaurante Self Service devem ser considerados

    os gostos do pblico e as tendncias de consumo, a oferta de matrias-primas por

    fornecedores locais e a sazonalidade de produtos. O uso de hortalias e frutas da poca

    ajuda a reduzir os custos do cardpio e ainda valoriza a produo regional. Quanto ao

    custo por quilo do alimento, deve corresponder a 30% do preo de venda do restaurante

    Self Service.

    Para complementao do cardpio, foi criada uma carta de bebidas (Apndice B) com

    gua, refrigerantes, sucos, bebidas alcolicas e alguns drinques clssicos como a

    caipirinha.

    Conforme o pesquisado na regio foi elaborada uma lista dos principais fornecedores de

    alimentos da localidade, que encontra-se em anexo A

    2.1 Ficha Tcnica e Espelho de Custo

    Para um planejamento exato, primordial a elaborao de fichas tcnicas e espelhos de

    custos , sendo as fichas necessrias para uma melhor padronizao de custos e sabores

    na produo, assim como para manter a qualidade. Trata-se de um instrumento detreinamento que dar autonomia brigada e auxlio ao controle de desperdcios. J os

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    espelhos de custos so fundamentais para um melhor controle dos custos do restaurante,

    com vistas a atingir o valor preciso de cada prato, chegando a um lucro satisfatrio. Para

    melhor compreenso desses instrumentos, elaboramos modelo de ficha tcnica e

    espelho de custos (Apndice C ).

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    3. PLANEJAMENTO DAS REAS FSICAS

    O Self-Service pretende ser uma referncia gastronomia diferenciada no servio de

    Buffet da regio de So Joaquim.

    Pensando em criar um ambiente contemporneo, porm vinculado aos smbolos

    regionais e uma infraestrutura que comporte os servios de venda de produtos, caf,

    happy houre jantar a la carteempratado, planejaram-se as reas fsicas e sugeriram-se

    alguns materiais para acabamento e que tambm atendem s exigncias da Agncia

    Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Para compor o ambiente, tanto interno quanto externo, sugerem-se cores que remetam

    aos aspectos locais, como os tons de mate, fazendo uma aluso erva mate do

    chimarro, aos campos e araucria rvore nativa da regio , bem como os tons de

    terra e mel queimado, que representam importantes smbolos desse territrio, como o

    pinho, a geleia real, o solo vermelho e o fantstico pr do sol que enfeita os fins de

    tarde na serra. Por fim, tons de gelo que remetem ao inverno, rios e cascatas congeladas,

    neves e geadas que cobrem os campos. Nas reas de produo e apoio, preferem-se as

    cores brancas e pinturas lisas para melhor higienizao.

    Para a fachada do Self-Service, sugere-se a utilizao do tom de cappuccino, a utilizao

    de esquadrias em madeira com vidro para as janelas, porta de entrada em madeira

    natural da regio e vidro, guarda-corpo em madeira natural, telhas francesas e parede e

    floreiras com pedras da regio.

    A iluminao para rea de atendimento poder mesclar lmpadas amarelas e pontuadas

    com facho direcionado, para criar um ambiente aconchegante e valorizar os produtos

    servidos. Na rea de produo e apoio, a iluminao dever ser com lmpadas frias de

    tom amarelo com calha de embutir ou de sobrepor protegida por tampa acrlica.

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    Para a ambientao do espao, sugere-se a caracterizao da decorao de maneira livre,

    com smbolos da serra catarinense. Pode ser usado como referncia o trabalho da

    Associao Arte Catarina, que elegeu os principais elementos encontrados e os

    transformou em desenhos para serem utilizados pelos arteses da serra, sendo alguns

    desses elementos partes da flora, fauna e arquitetura das cidades, como o piso da

    Catedral, os vitrs do Teatro Marajoara e da Capela do Convento, ou ainda as janelas do

    Mercado Pblico Municipal, pinhas, pinheiro, as rodas das carretas dos tropeiros e as

    pegadas do Leo Baio. Esses desenhos podem ser encontrados em um livro lanado pela

    associao na festa do Pinho de 2007.

    Tambm como inspirao pode-se explorar as belezas naturais da regio, como os

    cnions e penhascos cobertos por densas neblinas, matas remanescentes de araucrias e

    rios cristalinos e congelados, alm das inscries rupestres.

    Pode-se expressar essa ligao com os smbolos da regio por meio de pinturas,

    fotografias, vitrais, objetos decorativos, louas, cores, texturas e at mesmo explorando

    localizaes que incluam essas vistas, atentando para o fato de o ambiente se destacar

    pela inovao, mas sem destoar da paisagem natural onde ser inserido.

    Estruturalmente o restaurante ter capacidade para atender 100 pessoas. A cozinha ser

    estruturada para a preparao em grande escala de produtos dos mais diversos gneros.

    Os setores de garde manger, cozinha quente e praa de montagem esto

    estrategicamente localizados para proporcionar um melhor aproveitamento do espao e

    promover um fluxo de trabalho contnuo.

    3.1 Pr-dimensionamento

    De acordo com a tipologia, os espaos so subdivididos e calculados conforme

    demonstram as tabelas a seguir.

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    3.1.1 rea de atendimento

    O caso do self service se encaixa na classificao de Rest. c/ servio de buffet/ sala de

    caf da manh 1,3 / 1,5 m2/pax, conforme a tabela 3.1.1, sendo ento a rea de

    atendimento para 100 pax igual a 130m (100pax* 1.3m =130 m). Estas so medidas

    de referncia, podendo variar de acordo com a rea de construo disponvel.

    Tabela 1 - Clculo de rea de atendimentoTabela de clculo- Clssicos/caracterizados/contemporneos .............1,7 / 2,0 m2/pax

    - Tpicos/especialidades/temticos ............................1,5 / 1,6 m2/pax

    - Coffee shop/casa de ch /caf /confeitaria .............1,3 / 1,5 m2/pax- Eventos/banquetes ..................................................1,2 / 1,4 m2/pax

    - Lanchonetes/padarias ..............................................1,3 /1,4 m2/pax

    - Fast food...................................................................1,3 m2/pax

    - Rest. c/ servio de buffet/ sala de caf da manh... 1,3 / 1,5 m2/pax

    - Sala de bar (incluindo o espao das inst. do bar).....1,3 /1,5 m2/pax

    - Valor mnimo referncia para refeitrio para funcionrios....................1,1 m2/pax

    3.1.2 rea de produo

    Com base na rea encontrada para o atendimento, calculamos os espaos de produo e

    apoio, sendo que suas dimenses dependem das necessidades de trabalho com a

    matria-prima (mais elaborada ou mais artesanal). O coeficiente de clculo varia entre

    25 e 30% da rea destinada ao atendimento, conforme tabela abaixo.

    Tabela 2 - Porcentagem da rea de produo conforme tipologiaCozinha principal 30%do atendimentoCozinha para banquetes 20% do salo das salas/baile

    Cozinha para coffee\shop 25% da rea do coffeee shop

    Cozinha para boates 20% da rea da boate

    Depsitos de alimentos e bebidas 50% da rea da cozinha e copa de 30 a 50% da rea

    de atendimento.

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    Portanto, a rea destinada produo corresponder a 30% do valor da rea de

    atendimento (130 m * 30%), resultando em 39 m.

    3.1.3 reas de apoio

    Estas reas so aquelas destinadas aos depsitos, vestirios/sanitrios dos funcionrios,

    refeitrio, escritrios, entre outras funes. O coeficiente de clculo varia entre 25 e

    30% da rea destinada ao atendimento. Neste caso, sugerimos 30%, ficando em 39 m.

    3.1.4 Caixa e bar

    Estas reas so aquelas destinadas ao caixa e bar. O coeficiente de clculo varia entre

    15% e 20% da rea destinada ao atendimento. Neste caso, sugerimos 15%, ficando em

    19,5 m.

    3.2 Programa de necessidades

    Este programa o conjunto sistematizado de necessidades para determinado uso de umaconstruo. usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decises a serem

    tomadas para suprir as necessidades das atividades que sero realizadas no espao

    projetado. composto pelos ambientes que formaro o espao em estudo, sendo

    dependente da tipologia da proposta, do pax (nmero de pessoas a serem atendidas),

    tipo de produo e localizao.

    3.2.1 Setor de atendimento

    - Salo

    - Bar

    - Caixa

    - Recepo

    - Jardim

    - W.C. masculino

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    - W.C. feminino

    3.2.2 Setor de produo

    - Garde manger

    - Praa quente

    - Lavao pratos

    - Lavao panelas

    - Montagem

    3.2.3 Setor de apoio

    - Carga e descarga

    - Pr-higienizao

    - Vestirio masculino

    - Vestirio feminino

    - Almoxarifado

    - Depsito de produtos de limpeza

    3.3 Organograma e fluxograma espacial

    a organizao dos espaos de forma ideal e posteriormente o projetado-real.

    Representa as relaes entre os espaos e suas funes, como o pr-preparo, preparo,

    montagem e distribuio, com objetivo de otimizar o trabalho e evitar a contaminao

    dos alimentos.

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    Figura 21: : Organograma e Fluxograma espacial

    Fonte: Equipe Tcnica

    3.4 Projeto arquitetnico

    O projeto arquitetnico elaborado corresponde ao Apndice D na escala 1/50 com cotas

    e posio dos mveis e equipamentos, com perspectivas internas e externas. Contar

    com rea de atendimento que engloba bar, salo, cozinha subdivida em garde manger,

    praa quente, alm de rea de apoio subdividida em carga e descarga, vestirios, pr-

    higienizao, estoque de bebidas, administrao e almoxarifado.

    3.5 Memorial descritivo

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    O memorial descritivo representa os aspectos construtivos e visuais, levando em

    considerao, na escolha de materiais, o uso intensivo que tero suas dependncias,

    devendo, portanto, especificar para uso somente materiais adequados.

    O memorial descritivo aqui apresentado tem por finalidade determinar os detalhes de

    acabamento, tipo e qualidade dos materiais a serem utilizados na construo e

    acabamento do empreendimento, seguindo as normas da resoluo RDC n. 216/2004,

    que contm regulamento tcnico sobre os parmetros e critrios para o controle

    higinico-sanitrio em estabelecimentos de alimentos. Mais detalhes so encontrados no

    3.5.1 Aspectos construtivos por rea

    3.5.1.1 Setor de atendimento

    Salo

    - Piso cermico fosco antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - P direito 3,20 m.

    - Janelas de abrir em madeira quadriculada e vidro 6mm.

    - Porta entrada duas folhas em madeira, vidro, com sinalizao de entrada e sada.- Porta jardim duas folhas em vidro.

    - Tetos com rodateto em gesso 10 cm.

    - Parede lisa, tinta acrlica nas cores mate, mel queimado, pinho, rodap em madeira,

    cantos arredondados.

    Bar, caixa

    - Piso cermico fosco antiderrapante autotrfego com rebaixo de 30 cm em relao ao

    salo, rejunte antimofo.

    - P direito 3,50 m.

    - Piso com inclinao em direo aos ralos.- Ralos sifonados com grelhas.

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    - Parede lisa, tinta acrlica, rodap em madeira.

    - Pia para higienizao pessoal com acionamento automtico por fotoclula ou pedal.

    Jardim

    - Piso cermico antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Ralos para escoamento da gua da chuva.

    - Canteiros impermeabilizados com escoamento.

    WC masculino

    - Piso cermico fosco antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Parede revestida em cermica.

    - Iluminao e circulao de ar por claraboia no teto (caso no tenha circulao de ar

    direta) ou ventokit.

    - Porta lisa com fechamento automtico.

    - Janela com telas de proteo contra insetos.

    - Barras de apoio para portadores de necessidades especiais de locomoo em um dos

    sanitrios.

    - Teto liso.

    WC feminino

    - Piso cermico fosco antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Paredes revestidas em cermica.

    - Iluminao e circulao de ar por claraboia no teto (caso no tenha circulao de ar

    direta) ou ventokit.

    - Porta lisa com fechamento automtico.

    - Janela com telas de proteo contra insetos.

    - Barras de apoio para portadores de necessidades especiais de locomoo em um dos

    sanitrios.

    - Teto liso.

    3.5.1.2Setor de produo

    - Piso cermico antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

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    - Paredes revestidas com azulejo liso branco.

    - ngulos arredondados no contato do piso com raio mnimo de 5 cm.

    - Cantoneiras em ao inox nos cantos para aumentar resistncia a impacto.

    - Janela em alumnio com abertura max ar, telas removveis para limpeza.

    - Piso com inclinao e direo aos ralos.

    - Ralos sifonados com grelhas.

    - Instalao eltrica, interruptor e tomadas isoladas prova d`gua para limpeza.

    - Luminrias com sistema de segurana contra exploso e quedas e de fcil

    higienizao.

    - Portas lisas com fechamento automtico e proteo inferior contra insetos.

    - Pia para higienizao pessoal com acionamento automtico por fotoclula ou pedal.

    3.5.1.3 - Setor de apoio

    Carga e descarga/ pr higienizao

    - Piso cermico antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Plataforma de descarga 30 cm do cho com rampa de acesso.

    - Parede de azulejo liso branco.

    - Pia para higienizao pessoal com acionamento automtico por fotoclula ou pedal.

    Vestirio masculino/ feminino

    - Piso cermico antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Parede de azulejo branco liso.

    - Teto liso, tinta branca acrlica ltex.

    - Boxe em alumnio e acrlico.

    - Uma bacia sanitria branca.

    - Um lavatrio branco.

    - Janela em alumnio com proteo e tela removvel.

    - Portas lisas com protetor inferior contra insetos e roedores.

    Almoxarifado

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    - Piso cermico autotrfego antiderrapante.

    - Paredes lisas brancas, ltex acrlico.

    - Portas lisas.

    - Teto liso.

    - Janela em madeira e vidro max ar.

    Depsito seco

    - Piso cermico antiderrapante autotrfego, rejunte antimofo.

    - Parede lisa, tinta ltex acrlico branco.

    - Portas lisas com fechamento automtico e protetor inferior contra insetos e roedores.

    - Circulao de ar por claraboia no teto em alumnio.

    - Prateleiras em MDF revestido em frmica com mo francesa em ferro pintada de

    branco, instaladas no mnimo a 25 cm do cho.

    reas externas

    - Lajotas de concreto.

    - rea para botijes de gs com grades vazadas.

    3.5.1.2 Aspectos construtivos gerais para todas as reas

    - Eletricidade monofsica e trifsica em todas as reas.

    - Caixa de gordura e de esgoto na rea externa.

    - Paredes em alvenaria com tijolos de oito furos.

    - Aquecimento central a gs.

    - Caixa dagua com 5.000 litros.

    3.6Fluxograma da matria prima

    3.7 Clculo do projeto

    - Valor estimado de investimento para obra, com referncia no CUB (custo unitrio

    bsico) de R$ 982,57 (fonte Dirio Catarinense /outubro 2009) no total de R$

    223.534,67 para uma rea construda de 227,50 m.

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    Figura 22 Planta Baixa e Fachada Self Service

    Fonte Equipe Tcnica ,2009

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    4. EQUIPAMENTOS, MVEIS, ENXOVAL E UTENSLIOS

    Foram elaboradas as relaes de mveis, equipamentos, utenslios e enxovais de todos

    os setores do restaurante Self Servicecom seus respectivos oramentos.

    4.1. rea de produo

    O projeto para esta rea foi subdividido em equipamentos (tabela 4.1.1), mveis (tabela

    4.1.2) e utenslios (tabela 4.1.3). Os utenslios e equipamentos foram listados com base

    no nmero de colaboradores, no tipo de servio e nos cardpios oferecidos.

    4.1.1 Equipamentos

    Tabela 3 - Oramento dos equipamentos da produo.

    QTD Item Especificao Valor unitrio TOTAL1 Balana Eletrnica Conftec 30 kg R$ 399,00 R$ 399,001 Banho-maria Inox 80x80 R$ 700,00 R$ 700,001 Batedeira Arno Planetria R$ 399,00 R$ 399,001 Batedeira Profissional 12l R$ 1.200,00 R$ 1.200,001 Chapa 80x80 R$ 1.800,00 R$ 1.800,001 Coifa c/ tubulao

    int/est.Inox164x105x95cm R$ 5.400,00 R$ 5.400,00

    1 Cuba hig. pessoal Inox 45x45x45cm R$ 130,00 R$ 130,00

    1 Fogo 6 bocas 120x80 R$ 837,42 R$ 837,42

    1 Forno Combinado 90x84x91 6 Gn s R$ 15.700,00 R$ 15.700,001 Forno de

    microondas42 L Brastemp R$ 399,00 R$ 399,00

    1 Liquidificador Prof. Inox 8L R$ 452,00 R$ 452,00

    1 Lixeira Plstico e alumnio100l 50cm compedal

    R$ 110,00 R$ 110,00

    1 Processador Profissional R$ 398,00 R$ 398,00R$ 27.924,42Total

    Fonte: PROTEL 2009

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    4.1.2 Mveis

    Tabela 4 - Oramento do mobilirio da produo.

    QTD Item Especificao Valor

    unitrio

    TOTAL

    1 Balco com 2

    cubas

    Inox

    2,10x0,60x0,85

    R$ 2.149,00 R$ 2.149,00

    2 Balco com cuba e

    sada de detritos

    Inox 2x0,7x0,85m R$ 2.084,00 R$ 4.168,00

    1 Cuba de hig.

    Pessoal

    Inox

    0,45x0,45x0,45m

    R$ 130,00 R$ 130,00

    2 Mdulo de inox c/prateleira inferior

    Inox2x0,60x0,85m

    R$ 1.796,00 R$ 3.592,00

    4 Prateleiras

    suspensas

    Inox 2,30x030 R$ 600,00 R$ 2.400,00

    Total R$ 12.439,00

    Fonte: Bluminox 2009

    4.1.3 Utenslios

    Os utenslios foram quantificados com base nos itens do cardpio e no nmero de

    funcionrios da rea de produo, conforme a tabela abaixo.

    Tabela 5 - Oramento dos utenslios da rea de produo

    QTD Item EspecificaoValor

    unitrio Total1 Adaptador de bico Plstico R$ 1,50 R$ 1,501 Boleador de frutas Tramontina - Speciale R$ 7,90 R$ 7,90

    1 Boleador de sorvete Tramontina - Speciale R$ 11,90 R$ 11,905 Bowl grande Brinox 25 cm Inox R$ 21,90 R$109,505 Bowl mdio Brinox 21,5 cm Inox R$ 15,90 R$ 79,505 Bowl pequeno Brinox 18 cm Inox R$ 12,90 R$ 64,505 Caarola Fortaleza, 9,5 Lt alumnio R$ 39,90 R$199,501 Chaira Tramontina 12 R$ 28,90 R$ 28,901 Chinois Brinox 21 cm Inox R$ 106,00 R$106,003 Colheres grandes Brinox Suprema R$ 9,90 R$ 29,702 Conchas Brinox Suprema R$ 9,90 R$ 19,801 Descascador de legumes Tramontina - Speciale R$ 7,90 R$ 7,902 Escumadeira Brinox Suprema R$ 9,90 R$ 19,80

    1 Esptula Brinox - Suprema R$ 9,90 R$ 9,901 Faca desossar Brinox R$ 12,50 R$ 12,50

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    3 Facas de legumes linha chef Tramontina - Master R$ 6,90 R$ 20,701 Faca mdia linha chef Tramontina - Century R$ 49,30 R$ 49,301 Faca de serra linha chef Tramontina - Century R$ 61,90 R$ 61,903 Facas de chef Tramontina - Century R$ 65,90 R$197,704 Formas retangulares Germer 43 cm R$ 59,90 R$239,60

    4 Formas redondas Schmidt 30 cm R$ 39,90 R$159,602 Fouets grandes Brinox 50 cm R$ 27,90 R$ 55,802 Fouets pequenos Brinox 34 cm R$ 12,90 R$ 25,803 Frideiras grandes Multiflon 36 cm teflon R$ 89,90 R$269,703 Frigifeiras mdias Multiflon 32 cm teflon R$ 76,90 R$230,703 Frigideiras pequenas Multiflon 28 cm teflon R$ 64,90 R$194,701 Jogo de bicos 8 unidades /alumnio R$ 5,50 R$ 5,501 Jogo de medidor de xcaras Brinox/ inox R$ 45,50 R$ 45,501 Jogo de ramequin porcelana branca D 20cm R$ 45,00 R$ 45,002 Luvas jacar Brinox- Silicone R$ 29,90 R$ 59,801 Medidor de colher Brinox- inox R$ 12,30 R$ 12,30

    2Medidor lquido (jarradosadora) Plasvale- plstico 1LT R$ 2,49 R$ 4,98

    2 Monobloco (caixa com tampa) Supercron plstico branco R$ 19,50 R$ 39,005 Panelas mdias Fortaleza 8,3 LT alumnio R$ 31,90 R$159,503 Panelas pequenas Fortaleza 5,6 Lt alumnio R$ 24,90 R$ 74,701 Panela de vapor Brinox Inox 10 Lt R$ 143,00 R$143,004 Po duro Brinox 27 cm silicone R$ 11,90 R$ 47,601 Pedra de amolar R$ 26,95 R$ 26,95

    1 Jogo peneirasBrinox -cabo plstico-(tam.10/14/18 cm) R$ 34,20 R$ 34,20

    1 Pina de peixe Inox Millenium R$ 19,50 R$ 19,5030 Potes plsticos com tampa Plasvale plstico branco R$ 2,49 R$ 74,70

    1 Ralador 4 faces Brinox Inox R$ 19,90 R$ 19,902 Saco de confeitar Em lona. Tam:M e G R$ 2,90 R$ 5,802 Silpat silicone R$ 65,00 R$130,005 Tbuas polietileno Pronyl 30* 40 branca R$ 29,90 R$149,501 Tesoura Brinox R$ 9,60 R$ 9,603 Bacias mdias Plasvale 50 LT plstica R$ 11,80 R$ 35,40

    TOTALR$1067,73

    Fonte: PROTEL 2009

    4.2 Salo de atendimento e barFoi subdividido em equipamentos (tabela 4.2.1), mveis (tabela 4.2.2), enxovais (tabela

    4.2.3) e utenslios (tabela 4.2.4).

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    4.3.1 Equipamentos

    Tabela 6 - Oramento de equipamentos do salo de atendimento e bar

    4.3.2 Mveis

    Tabela 7 - Oramento do mobilirio do salo de atendimento e bar

    Item Especificao Valor unitrio TOTALQTD

    1 Aparelho de som Amplificador paraambientes para 12caixas

    R$ 341,00 R$ 341,00

    1 Balco refrigeradobar

    Inox 300x70x90 cm R$ 8.278,00 R$ 8.278,00

    7 Caixa de som 75W R$ 60,00 R$ 420,001 Condicionador de ar 24.000 BTU

    quente/frio SplitR$ 2.526,69 R$ 2.526,69

    2 Lixeira Inox e polietileno R$ 145,00 R$ 290,001 Mquina de caf

    expresso2 grupos 60x 50x48cm, com moinho

    * consignado

    1 Refrigerador vertical 2 portas R$ 2.933,00 R$ 2.933,00R$ 14 788,69Total

    Fonte: Altimax e Bluminox 2009

    D Item Especificao Valor unitrio TOTAL100 Cadeiras Madeira Estofadas

    de 50 x 50 cmR$ 200,00 R$ 20.000,00

    4 Mesa Redonda Granito 80cmdimetro

    R$ 530,00 R$ 2.120,00

    15 Mesas Quadradas Madeira de 100 x100 cm

    R$ 620,00 R$ 9.300,00

    10 Mesas Redondas Madeira de 120 cmde dimetro

    R$ 860,00 R$ 8.600,00

    1 Mveis para o bar Madeira, granito evidro

    R$ 11.000,00 R$ 11.000,00

    R$ 51.020,00Total

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    Fonte JM mveis planejados,2009.

    4.3.3Utenslios

    Tabela 8- Oramento de utenslios do salo de atendimento e bar

    QTD Item EspecificaoValor

    unitrio Total3 Abridor de garrafa Brinox (orelinha) R$ 2,20 R$ 6,601 Bailarina Brinox R$ 3,00 R$ 3,00

    10 Balde de gelo Brinox - 1,4 litros R$ 52,90 R$ 529,008 Bandeja Brinox - 45 cm R$ 39,90 R$ 319,20

    15 Cinzeiro Schmidt R$ 4,40 R$ 66,0050 Colher de caf Tramontina - Laguna R$ 0,79 R$ 39,50

    30 Colher de ch Tramontina - Laguna R$ 0,99 R$ 29,705 Colher de servio Tramontina - Laguna R$ 6,90 R$ 34,50

    125Colher desobremesa Tramontina - Laguna R$ 1,79 R$ 223,75

    125 Colher de sopa Tramontina - Laguna R$ 1,99 R$ 248,75100 Copo de gua Nadir 245 ml vidro R$ 1,99 R$ 199,0070 Copo de cerveja Nadir 300 ml (tulipa) vidro R$ 4,40 R$ 308,00125 Faca de sobremesa Tramontina - Laguna R$ 3,89 R$ 486,25125 Faca de mesa Tramontina - Laguna R$ 3,99 R$ 498,75

    1 Faca chef 8" - Tramontina - Centuri R$ 65,90 R$ 65,901 Faca legumes 3" - Tramontina - Master R$ 6,90 R$ 6,90

    125 Garfo de mesa Tramontina - Laguna R$ 1,99 R$ 248,75125 Garfo de sobremesa Tramontina - Laguna R$ 1,79 R$ 223,751 Mixing glass Vidro R$ 34,90 R$ 34,901 Peneira Brinox - Grande R$ 14,80 R$ 14,805 Potes Plasvale - plstico / tampa R$ 2,49 R$ 12,45

    70 Prato fundo Schmidt R$ 5,90 R$ 413,00125 Prato de sobremesa Schmidt R$ 4,30 R$ 537,50125 Prato raso Schmidt R$ 5,90 R$ 737,50

    1 RaladorInox pequeno 4 faces -Brinox R$ 19,90 R$ 19,90

    1 Socador Polietileno - Pronyl - 30 cm R$ 17,90 R$ 17,90

    4 Suporte

    Inox (p/ champagne) -

    Brinox R$ 184,50 R$ 738,00

    1 TbuaPolietileno 40X 30cm -Pronyl R$ 39,90 R$ 39,90

    1 Tesoura Brinox R$ 9,60 R$ 9,60

    40Xcara de caf c/pires Schmidt R$ 4,70 R$ 188,00

    40Xcara de ch c/pires Schmidt R$ 7,90 R$ 316,00

    TOTALR$6.616,75

    Fonte: PROTEL,2009

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    4.4 rea de apoio

    Foi subdivido em equipamentos 4.4.1 e mobilirio 4.4.2.

    4.4.1 Equipamentos

    Tabela 9 - Oramento de equipamentos da rea de apoio

    4.4.2 Mveis

    Tabela 10 - Oramento de mobilirio da rea de apoio

    QTD Item Especificao Valor unitrio TOTAL1 Cuba de higiene

    pessoalInox 45x45x45cm R$ 130,00 R$ 130,00

    1 Balana eletrnica Conftec 30 kg R$ 399,00 R$ 399,002 Lixo Plstico e alumnio

    100l 50cm com

    pedal

    R$ 110,00 R$ 220,00

    R$ 749,00TotalFonte: Brastemp e Altimas 2009

    QTD Item Especificao Valor unitrio TOTAL1 Armrio 2 portas madeira R$ 485,00 R$ 485,002 Armrios cadeado Aluminio 12

    compartimentosR$ 820,00 R$ 1.640,00

    1 Balco com duascubas e abertura p/lixo

    Inox2,10x0,60x0,85

    R$ 2.149,00 R$ 2.149,00

    4 Cadeiras Inox0,45x0,45x0,45m R$ 120,00 R$ 480,00

    2 Chuveiros eltricos R$ 24,30 R$ 48,606 Estrados 1 x 1 m R$ 29,28 R$ 175,682 Mesa escrivaninha Inox 2x0,60x0,85m R$ 360,00 R$ 720,002 Mesa c/ bancos 2 x 1,5 m R$ 315,00 R$ 630,001 Mural 0,5 x 1 m R$ 52,90 R$ 52,903 Prateleiras PVC 2x2x0,5m R$ 537,00 R$ 1.611,005 Prateleiras PVC 1,5x2x0,5m R$ 840,00 R$ 4.200,00

    Pratele

    Fonte: Bluminox, Jm Mveis lane adosR$ 12.192,18Total

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    4.4.3 Resumo de oramento

    Tabela 11 - Resumo do oramento

    rea Resumo de gastos

    Produo R$ 41.431,15

    Atendimento e bar R$ 72.425,46Apoio R$ 12.941,18

    Total R$ 126.797,79.

    Fonte: Equipe tcnica 2009

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    5 PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

    A gesto de recursos humanos frequentemente se encarrega de contratar, desenvolver,

    usar e reter os colaboradores da organizao. Estas tarefas podem ser realizadas por uma

    pessoa ou um departamento (profissionais em recursos humanos), que trabalha ao lado

    dos diretores da organizao, ou at mesmo ser terceirizada por agncias de recursos

    humanos.

    A gesto de pessoas uma atividade executada pelo departamento de recursos humanos

    (RH) de uma empresa com a finalidade de selecionar, entre vrios candidatos, pessoas

    qualificadas para exercer determinadas funes.

    A importncia em gerir pessoas se justifica pelo fato de os colaboradores precisarem de

    um acompanhamento que garanta um desenvolvimento pessoal com equilibrio

    emocional durante toda sua jornada de trabalho. Um colaborador da rea de produo

    vivencia jornadas fsica e psicologimente fatigantes, pois a cozinha uma ambiente de

    presso e que demanda muita ateno e criatividade. J o profissional do atendimento

    lida diretamente com os clientes, com as vendas do restaurante, e precisa sobretudo de

    equilbro emocional para desempenhar seu papel, lidando com situaes diversas que

    exigem muita calma, prestatividade e discrio.

    Orientar esses profissionais para garantir a qualidade da casa e tambm de vida dos

    colaboradores funo do RH que, por meio de seleo, orientao, treinamento e

    acompanhamento, garante a satisfao geral da equipe e dos administradores.

    5.1 Organograma geral por funes

    Organograma a uma espcie de diagrama que representa graficamente a estrutura

    formal de uma organizao. Seu objetivo estabelecer as relaes hierrquicas entre os

    cargos, a partir da rotina operacional do empreendimento, do servio, da modalidade de

    venda e do nmero de colaboradores que exercem diferentes funes e prestam

    servios. Ele tambm possibilita a identificao de possveis deficincias hierrquicasna organizao.

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    Figura 23: Organograma Funcional do Self-ServiceFonte: Equipe tcnica, 2009

    5.2 Quadro de recursos humanos

    Uma vez definida a estrutura organizacional, estabelecidas as funes dessa estrutura e

    dimensionados os fatores fsicos (espao fsico, equipamentos e materiais permanentes),faz-se necessrio determinar o quadro de recursos humanos, um dos principais meios de

    que dispem as organizaes para atingir suas metas.

    Para determinar a quantidade de recursos humanos necessria, levou-se em

    considerao a racionalidade, sem comprometimento dos princpios de eficincia e

    eficcia. Os salrios foram baseados no piso salarial, conforme a conveno coletiva de

    trabalho 2008/2009 do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de

    Gerente

    Chef de

    cozinha

    Gar ons Auxiliares

    Stewart Repositor

    Caixa

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    Hotis, Restaurantes, Bares e Similares de Lages e Regio SINTRATUHL (Anexo B),

    tendo variaes de acordo com o cargo.

    O quadro de recursos humanos indispensvel ao bom funcionamento do

    empreendimento pode ser observado na tabela a seguir.

    Tabela 12 - Quadro funcional

    Cargo Quantidade Salrio-base Insalubridade TotalREA DEPRODUO 20% salrioChef 1 R$ 1.600,00 R$ 93,00 R$1.920,00

    Auxiliar 3 R$ 600,00 R$ 93,00 R$2.160,00Stewart 2 R$ 530,00 R$ - R$ 1600,00REA DE ATENDIMENTO

    Caixa 1 R$ 650,0020%(quebra decaixa) R$ 756,00

    Garom 3 R$ 530,00 R$ 1590,00Pr-labore R$ 1500,00 - R$ 1500,00

    Total R$ 7.178,00Fonte : Sindhusol, 2009

    5.3 Perfil e descrio de funes de acordo com o organograma

    Durante o processo seletivo, o profissional de recursos humanos procura identificar que

    tipo de perfil o futuro profissional contratado deve ter, atendendo s necessidades do

    cargo a ser ocupado. A combinao de habilidades, aptides, interesses, conhecimento e

    prtica geram desempenhos de alta performance. Cada cargo ou funo requer uma

    combinao de demandas tcnicas, comportamentais e culturais que traduzem

    caractersticas pessoais, experincias, talentos e conhecimentos, para os quais o

    mercado adotou a denominao de perfil.

    A utilizao de perfil e descrio de cargos facilita e torna o processo seletivo mais

    fundamentado, pois o profissional interessado na vaga j sabe as caractersticas que

    deve apresentar, da mesma forma que o entrevistador ou gestor j sabe as caractersticas

    profissionais e pessoais desejadas dos entrevistados, para preencher a vaga de forma

    competente.

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    Para isso foram elaborados quadros com atribuies, perfil, requisitos e

    responsabilidades de cada cargo, de acordo com o organograma e com o planejamento

    operacional.

    5.3.1 Fichas de anlise e avaliao de cargos

    Nome do cargo Gerente (Proprietrio)

    Setor Administrao

    Reporta-se

    ATRIBUIES

    Fazer contato com os fornecedores; fazer as compras; zelar pela higiene de todas as

    reas do restaurante e pela boa apresentao do salo, dos mveis, equipamentos e

    utenslios; zelar pela segurana no trabalho; zelar pelas boas condies dos uniformes,

    asseio pessoal e apresentao dos funcionrios; supervisionar o processo de elaborao

    de alimentos e bebidas, analisando a qualidade; rever as fichas tcnicas, propondo

    alteraes, quando for o caso; supervisionar o recebimento das mercadorias, verificando

    a sua qualidade e quantidade; analisar periodicamente os preos de venda, tendo em

    vista as variaes de custo; emitir ordens de servios aos setores; atender eventualmente

    a fornecedores que desejam apresentar novos produtos; supervisionar e participar do

    inventrio de materiais estocados; supervisionar as escalas semanais de trabalho;

    coordenar a programao anual de frias da equipe; assessorar no recrutamento, na

    seleo e no treinamento de pessoal; promover reunies de avaliao; requisitar servio

    de manuteno preventiva e corretiva para mveis e equipamentos; controlar a

    pontualidade, assiduidade e o desempenho dos funcionrios; avaliar e propor melhorias

    de instalao e equipamentos; seguir e fazer seguir as normas do restaurante; colaborar

    e acompanhar a elaborao do oramento do restaurante; elaborar relatrios,

    encaminhando-os aos proprietrios; requisitar material necessrio para a execuo dos

    servios.

    PERFIL

    Proprietrio

    REQUISITO FSICO

    TIPO GRAU DE NECESSIDADE

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    ALTO NORMAL BAIXO

    Esforo fsico X

    Concentrao mental X

    Destreza e habilidade XRESPONSABILIDADES ENVOLVIDAS

    SUPERVISO DE: SIM NO

    Pessoas X

    Materiais e equipamentos X

    Dinheiro X

    Comunicao interna/externa X

    Informaes confidenciais XCONDIES DE TRABALHO

    Ambiente de trabalhoEscritrio com luminosidade adequada e

    arejado, sem presena de agentes nocivos.

    GRAU DE PERICULOSIDADE

    Riscos envolvidos ALTO NORMAL BAIXO

    Relacionados ao

    trabalho desenvolvido e

    ao ambiente de trabalho

    X

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    Nome do cargo Chefde cozinha

    Setor rea de produo

    Reporta-se Gerente

    ATRIBUIESAdministrar, conduzir e coordenar todos os setores da cozinha, segundo as diretrizes

    principais acordadas com o gerente geral e conforme o conceito de explorao do

    restaurante, zelando para que: os produtos oferecidos sejam de excelente qualidade, a

    lucratividade do setor seja assegurada, os custos sempre sejam considerados e

    controlados; controlar os funcionrios de todos os setores da cozinha e delegar tarefas

    de superviso segundo as necessidades; elaborar, com o gerente de A&B, as ofertas de

    vendas do restaurante, zelando para que a competitividade com a concorrncia seja

    assegurada e mantendo um alto padro de qualidade; supervisionar a qualidade do

    produto final; coordenar, com as gerncias de compras e de A&B, a organizao

    logstica das aquisies de mercadorias e o armazenamento de artigos de sua

    competncia; definir o porcionamento e a apresentao dos pratos; elaborar as fichas

    tcnicas; elaborar a escala de servio, folgas e frias; planejar e supervisionar a mise en

    placede todos os setores da cozinha; controlar o fluxo da sada dos pratos pedidos finais

    e o aproveitamento das sobras; averiguar a higiene pessoal dos funcionrios, a limpeza e

    a arrumao dos ambientes; organizar e supervisionar o treinamento contnuo dos

    funcionrios subordinados; organizar e executar a avaliao dos funcionrios

    subordinados; supervisionar as condies de higiene e limpeza das instalaes na

    cozinha e nos lugares de armazenamento; administrar os setores subordinados, a partir

    da utilizao racional das mercadorias, assim como o aproveitamento ideal do quadro de

    funcionrios; treinar continuamente funcionrios e colaboradores, baseando-se nas

    descries de cargo, fluxogramas, normas e procedimento estabelecidos; controlar o

    estoque e o recebimento de mercadorias; durante o perodo de servio, operacionalizar a

    cozinha.

    PERFIL

    Educao: curso superior ou tcnico em Gastronomia, experincia mnima de trabalho

    de dois anos e conhecimento de informtica.

    Habilidades: gil, determinado, higiene pessoal, dinmico, bom relacionamento

    interpessoal, responsvel, honesto, facilidade em transmitir conhecimentos.

    REQUISITO FSICO

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    TIPOGRAU DE NECESSIDADE

    ALTO NORMAL BAIXO

    Esforo fsico X

    Concentrao mental XDestreza e habilidade X