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7/13/2019 RECURSOS HIDRICOS
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SUMRIO
INTRODUO
RECURSOS HDRICOS E SUA ESCASSEZ
Contexto Geral
Utilizao da gua no planeta
Abastecimento pblico
Industrial
Comercial
Agrcola e pecurio
Recreacional
Gerao de energia eltrica
Saneamento
DISTRIBUIO E USO DA GUA NO BRASIL
CONTEXTO HISTRICO AUMENTO DA UTILIZAO E POLUIO DA GUA
Ameaas gua
AQUECIMENTO GLOBAL
Fatores climticosA ESCASSEZ DE GUA NO MUNDO
A ESCASSEZ DE GUA EM SO PAULO
Rodzio de gua
Reduo da perda de gua tratada
Despoluio dos rios Tiet e Pinheiros
O PRESENTE E O FUTURO DA GUA
SOLUES PARA O PROBLEMAS
Aqufero Guarani
A construo de reservatrio ou transposio de guas
Reso
CONCLUSO
BIBLIOGRAFIA
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INTRODUO
Sabemos que a gua vital para a vida e que esta est disponvel no planeta
a milhes de anos, porm seus ciclos esto cada vez mais ameaados emdeterminadas regies, devido as interferncias, sejam por fatores naturais ou feitas
pela ao do homem ,sendo que o ltimo pelo mau uso ou pela agresso da prpria
natureza .
Lugares no mundo no qual a gua valorizada e este valor se atribui a sua
escassez como nas regies desrticas , oriente mdio e pases como a China e
ndia que so pases super populosos e que a gua deve ser preservada e bem
utilizada, esto em contramo a pases onde os recursos hdricos so abundantes,como Estados Unidos e Brasil, no qual se mostra uma desvalorizao e desrespeito
aos recursos.
Fatores climticos denominado aquecimento global , concebido pela
deteriorao da natureza, alta atividade industrial e poluentes, que por sua vez, so
produtos da ineficincia em gerir os processos de utilizao do ambiente, que como
resultado expe determinadas regies do planeta a cada vez mais ser assoladas
por fenmenos naturais.
O Brasil est em uma posio privilegiada em relao aos recursos hdricos,
porm isso no garante que regies como o semi rido e regies de grande
circulao humana tenha recurso suficiente para atender a demanda de gua para
toda a populao.
A cidade de So Paulo vive a maior seca da histria,devido a falta de
precipitao, sistemas de reservatrio como o Cantareira est muito abaixo da
situao normal, em que responsvel por milhes de consumidores.
Sendo que paliativos esto sendo feitos como construo de reservatrio e
transposio de guas, porm no suficiente para resolver os problemas de
abastecimento, sendo o reuso a forma mais eficaz de contra o desperdcio.
Mas o que fundamental para que no falte gua no mdio prazo ser a
conscientizao da populao, atravs de polticas de educao e tambm pela
fiscalizao rigorosa.
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RECURSOS HDRICOS E SUA ESCASSEZ
Contexto Geral
A gua essencial vida e todos os organismos vivos no planeta Terra
dependem da gua para sua sobrevivncia. O planeta Terra o nico planeta do
sistema solar que tem gua nos trs estados (slido, lquido e gasoso), e as
mudanas de estado fsico da gua no ciclo hidrolgico so fundamentais e
influenciam os processos biogeoqumicos nos ecossistemas terrestres e aquticos.
Menos de 3% da gua do planeta est disponvel como gua doce. Destes,
cerca de 68% esto congelados nas calotas polares, em estado slido, dos 32%restante, a maior parte, 99% deste total, esta armazenada no subsolo e apenas 1%
em superficie. A gua, portanto, um recurso extremamente reduzido.
O suprimento de gua doce de boa qualidade essencial para o
desenvolvimento econmico, para a qualidade de vida das populaes humanas e
para a sustentabilidade dos ciclos no planeta. A gua nutre as florestas, mantm a
produo agrcola, mantm a biodiversidade nos sistemas terrestres e aquticos.
Portanto, os recursos hdricos superficiais e os recursos hdricos subterrneos sorecursos estratgicos para o homem e todas as plantas e animais.
As caractersticas do ciclo hidrolgico no planeta no so homogneas, da a
distribuio desigual da gua entre os continentes. H 26 pases com escassez de
gua e pelo menos 4 pases (Kuwait, Emirados rabes Unidos, Ilhas Bahamas,
Faixa de Gaza territrio palestino) com extrema escassez de gua (entre 10 e 66
m3/habitante).
Utilizao da gua no planeta
A utilizao da gua pelo homem depende da sua disponibilidade, da
realidade socioeconmica e cultural, das formas de captao, tratamento e
distribuio. Os principais usos da gua so:
Abastecimento pblico
O uso mais nobre da gua, subdividido em uso domstico (como fonte de
vida, bebida, no preparo de alimentos, higiene pessoal, limpeza na habitao,
irrigao de jardins e pequenas hortas particulares, criao de animais domsticos,
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entre outros) e pblico (moradias, escolas, hospitais e demais estabelecimentos
pblicos, irrigao de parques e jardins, limpeza de ruas e logradouros, paisagismo,
combate a incndios, navegao, etc).
Industrial
Como matria-prima, na produo de alimentos e produtos farmacuticos,
gelo e etc, em atividades industriais onde a gua utilizada para refrigerao, como
na metalurgia, para lavagem nas reas de produo de papel, tecido, em
abatedouros e matadouros, etc e em atividades em que utilizada para fabricao
de vapor, como na caldeiraria, entre outros.
Comercial
Em escritrios, oficinas, nos centros comerciais e lojas, em bares,
restaurantes, sorveterias, etc.
Agrcola e pecurio
Na irrigao para produo de alimentos, para tratamento de animais,
lavagem de instalaes, mquinas e utenslios.
Recreacional
Em atividades de lazer, turismo e socioeconmicas, nas piscinas, lagos,
parques, rios, etc.
Gerao de energia eltrica
Na produo de energia atravs da derivao das guas de seu curso natural.
SaneamentoNa diluio e tratamento de efluentes.
DISTRIBUIO E USO DA GUA NO BRASIL
O Brasil altamente privilegiado em termos de disponibilidade hdrica global.
Ns temos um volume mdio anual de 8.130 km, que representa um volume per
capita de 50.810 m/hab.ano. Mas a distribuio no Brasil, assim como no mundo,
bastante irregular. O Brasil concentra em torno de 12% de gua doce disponvel em
rios e abriga o maior rio em extenso e volume do planeta, o Amazonas. Alm disso,
mas de 90% do territrio brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as
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condies climticas e geolgicas propiciam a formao de uma extensa e densa
rede de rios, com exceo do Semi-rido, onde os rios so pobres e temporrios.
Essa gua, no entanto distribuda de forma irregular, apesar da abundancia,
termos gerais. A Amaznia, onde esto as mais baixas concentraes populacionais,
possui 78 % da gua superficial. Enquanto isso no Sudeste, essa relao se inverte:
a maior concentrao populacional do pas tem disponvel 6% do total da gua.
Mesmo na rea de incidncia do semi-rido ( 10% do territrio brasileiro,
quase metade dos estados do Nordeste), no existe uma regio homognea. H
diversos pontos onde a gua permanente, indicando que existem opes para
solucionar problemas socioambientais atribudos seca.
Apesar de o Brasil ser destaque mundial no potencial de gua doce, com
cerca de 14% das reservas do Planeta, esta quantidade no oferece as condies
de qualidade necessrias ou exigidas pelo consumo humano.
O desperdcio, a falta de cuidado com as nascentes, a poluio, o
desmatamento e o mau uso, interferem na garantia do direito gua como bem vital.
A desigualdade no processo de distribuio comea com a falta de racionalidade nouso, seja domstico ou industrial, e tem visibilidade mxima de carncia da zona
rural, onde em regies do semi-rido nordestino, por exemplo, pode-se constatar a
importncia de cada gota e copo de gua necessria vida.
Os 6 bilhes de habitantes do Planeta Terra que dependem da gua para
garantir a vida, parecem ainda no ter se dado conta da importncia do uso racional
deste precioso e escasso liquido. A diferena entre oferta e consumo desproporcional, desequilibrada, desigual. Enquanto o consume mdio per capita do
europeu de 140 litros /dia e do americano de 250 litros /dia, em algumas regies
do Brasil chega a ser 250 litros por semana, quando h oferta.
CONTEXTO HISTRICO AUMENTO DA UTILIZAO E POLUIO DA GUA
Antes da revoluo industrial no havia nenhum pas onde a populao
urbana predominasse. No comeo deste sculo XX, apenas a Gr-Bretanha possua
a maior parte de sua populao vivendo em cidades (Munford 1982). Pode-se
afirmar que o Sculo XX o sculo da urbanizao, pois nele se acentuou o
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predomnio da cidade sobre o campo. Salvo regies muito atrasadas, que
permanecem com caractersticas nitidamente rurais, o processo de urbanizao
prossegue em marcha acelerada.
Do mesmo modo que muitas atividades econmicas superam as suas escalas
econmicas de produo, as cidades que crescem desordenadamente acabam por
exceder o denominado tamanho ideal e, a partir da, passam a impor problemas
econmicos de escala a grande parte dos estabelecimentos industriais ou
comerciais ali instalados. Esses problemas econmicos se fazem refletir nos custos
de produo, na saturao dos sistemas de abastecimento de gua, no elevado
tempo de viagem imposto aos trabalhadores, nos problemas de abastecimento
causados por dificuldades no trnsito, nas restries para resolver o problema dos
rejeitos, e assim por diante.
A natureza vai pouco a pouco deixando de existir para dar lugar a um meio
ambiente transformado, produzido pela sociedade moderna. O homem deixa de
viver em harmonia com a natureza e passa a domin-la, dando origem ao que se
chama de segunda natureza: a natureza modificada pelo homem, como o meio
urbano com seus rios canalizados, solos cobertos por asfalto, vegetao nativa
devastada, assim como a fauna original da rea, etc., que muito diferente da
primeira natureza, a paisagem natural sem interveno humana.
Neste momento da histria, devido a grande concentrao de pessoas nas
cidades fez-se necessrio o aumento da produo agrcola, a fim de alimentar tal
populao, conseguintemente aumentando a utilizao da gua para irrigao. O
impacto ainda foi maior nas indstrias, que diante das inovaes tecnolgicas
passaram a utilizar mais gua em seu processo produtivo, alm de
conseguintemente aumentar a poluio dos recursos hdricos ao seu redor, devido a
inexistncia de uma conscincia ambiental.
Desde os tempos mais remotos, o homem costuma lanar seus detritos nos
cursos de gua. At a Revoluo Industrial, porm esse procedimento no causava
problemas, j que os rios, lagos e oceanos tm considervel poder de autolimpeza,
de purificao. Com a industrializao, a situao comeou a sofrer profundas
alteraes. A industrializao acompanhada da urbanizao causou grandesimpactos ambientais nas cidades em que se processou com maior intensidade. O
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Sem cobertura vegetal e proteo das razes das rvores, as margens dos corpos
d'gua desbarrancam ocasionando o transbordamento, enchentes e o desvio do
curso natural das guas.
Poluio - Durante sculos o homem utilizou os rios como receptores dos
esgotos das cidades e dos efluentes industriais que renem grande volume de
produtos txicos e metais pesados. Essa prtica resultou na morte de enormes e
importantes rios.
Alm da poluio direta, por lanamento de esgotos, falta de sistemas de
tratamento de efluentes e saneamento, h a chamada poluio difusa, que ocorre
com o arrasto de lixo, resduos e diversos tipos de materiais slidos que so levados
aos rios com a enxurrada.
Ao lavar a atmosfera, a chuva tambm traz poeira e gases aos corpos
d'gua. Nas zonas rurais, os maiores viles da gua so os agrotxicos utilizados
nas lavouras, seguidos do lixo que jogado nas guas e nas margens de rios e
lagos, alm das atividades pecurias como a suinocultura, esterqueiras e currais,
construdos prximos aos corpos de gua. H ainda os acidentes com transporte de
cargas de resduos perigosos e txicos, rompimento de adutoras de petrleo, leo,
de redes de esgoto e ligaes clandestinas. Em algumas regies, as fossas negras
e os lixes podem contaminar os lenis de gua subterrnea.
AQUECIMENTO GLOBAL
Fatores climticos
As mudanas climticas tero impacto nos sistemas hdricos do planeta, seja
pela falta e excesso de gua e esse proceso est em andamento,segundo a
organizao no governamental Fundo mundial para a natureza.
Fenmenos como secas prolongadas, furaces, inundaes so exemplos de
mudanas cimticas que assolam o mundo quanto ao Brasil.
Estudos mostram que no Brasil regies como o semi-rido ser maor nos
prximos anos e a regio amaznica ter uma desetificao da parte oriental.
Portanto necessrio que haja polticas regionais voltadas para a utilizao
racional dos recursos hdricos, isto , propiciando infra estrutura para taratamentode esgoto,fiscalizando o desperdcio,fiscalizando os fluidos industriais que
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contaminam o solo e no meio rural atacar o desmatamento com polticas de
concintizao e punio.
A ESCASSEZ DE GUA NO MUNDOA escassez de gua no mundo ag ravada em vi rtude da
des igualdade soc ia l e da fal ta de manejo e usos sustentveis dos
recursos naturais.De acordo com os nmeros apresentados pela onu -
organizao das naes unidas - fica claro que controlar o uso da gua
significa deter poder.
as d iferenas reg is tradas entre os pases desenvolv idos e os em
desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursoshdricos est diretamente ligada s desigualdades sociais.
em regies onde a situao de falta d'gua j atinge ndices crticos de
disponibilidade, como nos pases do continente africano, onde a mdia
de consumo de gua por pessoa de dezenove metros cbicos/dia, ou
de dez a quinze l it ros/pessoa . j em Nova york, h um consumo
exagerado de gua doce tratada e potvel, onde um cidado chega a
gastar dois mil l itros/dia.
Segundo a unicef (fundo das naes unidas para a infncia), menos da
metade da populao mundial tem acesso gua potvel. A irr igao
corresponde a 73% do consumo de gua, 21% vai para a indstr ia e
apenas 6% destina-se ao consumo domstico.
um bilho e 200 milhes de pessoas (35% da populao mundial) no
tm acesso a gua tratada. Um bilho e 800 milhes de pessoas (43% da
populao mundial) no contam com servios adequados de saneamento
bsico. d iante desses dados, temos a tr is te constatao de que dez
milhes de pessoas morrem anualmente em decorrncia de doenas
intestinais transmitidas pela gua.
vivemos num mundo em que a gua se torna um desafio cada vez maior.
A cada ano, mais 80 mi lhes de pessoas c lamam por seu dire i to aos
recursos hdricos da terra. Infel izmente, quase todos os 3 bi lhes (ou
mais) de habitantes que devem ser adicionados populao mundial no
prximo meio sculo nascero em pases que j sofrem de escassez de
gua.
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J nos dias de hoje, muitas pessoas nesses pases carecem do lquido
para beber, satisfazer suas necessidades higinicas e produzir alimentos.
numa economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de gua
cruza f ronteiras, podendo se r ci tado com exemplo o comrcio
internacional de gros, onde so necessrias 1.000 toneladas de gua
para produzi r 1 tonelada de gros, sendo a importao de gros a
maneira mais eficiente para os pases com dficit hdrico importarem
gua.
Calcula-se a exausto anual dos aqferos em 160 bilhes de metros
cbicos ou 160 bilhes de toneladas.
tomando-se uma base emprica de mil toneladas de gua para produzir 1tonelada de gros, esses 160 bi lhes de toneladas de df ic i t hdr ico
equivalem a 160 milhes de toneladas de gros, ou metade da colheita
dos estados unidos.
os lenis freticos esto hoje caindo nas principais regies produtoras
de alimentos:
a plancie norte da china; o punjab na ndia e
o sul das great p la ins dos estados unidos, que faz do pas o maior
exportador mundial de gros.
A extrao excessiva um fenmeno novo, em geral restr i to a
ltima metade do sculo.
s aps o desenvolvimento de bombas poderosas a diesel ou eltricas,t ivemos a capacidade de extrair gua dos aqferos com uma rapidez
maior do que sua recarga pela chuva.
alm do crescimento populacional, a urbanizao e a industrial izao
tambm ampliam a demanda pelo produto. Conforme a populao rural,
tradicionalmente dependente do poo da aldeia, muda-se para prdios
residenciais urbanos com gua encanada, o consumo de gua residencial
pode facilmente triplicar.a industr ia lizao consome a inda mais gua que a urbanizao. A
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afluncia (concentrao populacional), tambm, gera demanda adicional,
medida que as pessoas ascendem na cadeia al imentcia e passam a
consumir mais carne bovina, suna, aves, ovos e laticnios, consomem
mais gros.
se os governos dos pases carentes de gua no adotarem medidas
urgentes para estabilizar a populao e elevar a produtividade hdrica, a
escassez de gua em pouco tempo se t ransformar em fal ta de
alimentos.
estes governos no podem mais separar a pol tica populacional do
abastecimento de gua.
da mesma forma que o mundo voltou-se elevao da produtividade daterra h meio sculo, quando as fronteiras agrcolas desapareceram,
agora tambm deve vol tar-se elevao da produt ividade hdr ica.
o primeiro passo em direo a esse objetivo eliminar os subsdios da
gua que incentivam a ineficincia.
o segundo passo aumentar o preo da gua, para refletir seu custo. A
mudana para tecnologias, lavouras e formas de protena animal mais
ef ic ientes em termos de economia de gua proporc iona um imensopotencial para a elevao da produtividade hdrica. Estas mudanas
sero mais rpidas se o preo da gua for mais representativo que seu
valor.
com esta conscientizao cada vez mais crescente, cada nao vem se
preparando ao longo do tempo para a valorizao e valorao de seus
recursos naturais.
A ESCASSEZ DE GUA EM SO PAULO
A capacidade do Sistema Cantareira, reservatrio que atende 9,8 milhes de
paulistas 8,4 milhes s na capital , chegou a apenas um dgito pela primeira vez
na histria na ltima sexta-feira: 9,2%, segundo a Companhia de Saneamento
Bsico do Estado de So Paulo (Sabesp). Um ano atrs, na mesma data, cerca de
60% do volume do sistema estava disponvel. Para evitar a falta de gua, a Sabesp
iniciou, em maro, obras que permitem a captao do chamado volume morto,
poro de gua que fica no fundo do reservatrio, abaixo dos tubos que tiram a gua
e enviam para as estaes de tratamento. Dezessete bombas de captao foram
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instaladas em maro, a um custo de 80 milhes de reais, e, a partir de 15 de maio
segundo a Sabesp , 200 dos 400 bilhes de litros que compem o volume morto
estaro disponveis para uso.
A expectativa que a gua do volume morto garanta o abastecimento das
regies de So Paulo que dependem do Cantareira at outubro, quando inicia a
estao de chuvas, e o nvel do reservatrio comea a subir. Para o plano dar certo,
preciso que o prximo vero seja diferente do ltimo. Enquanto a mdia histrica
de chuvas sobre o Sistema Cantareira de 226,8 milmetros em dezembro, 259,9
em janeiro e 202,6 em fevereiro, em 2014 os valores registrados foram de 62,9
milmetros, 87,8 e 73,0, respectivamente. A queda abrupta, segundo Alexandre
Nascimento, meteorologista da Climatempo, ocorreu devido a uma massa de ar
seco na regio durante o vero, que impediu a chegada de frentes frias vindas da
Amrica do Sul. "A previso para a virada de 2014 para 2015 de chuvas dentro da
mdia. Se isso se concretizar, a situao do Sistema Cantareira deve se estabilizar
novamente em 2016", afirma.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin, anunciou para este semestre a
aplicao de multas para quem aumentasse o consumo de gua. Se aprovada, amedida vai se somar ao desconto de 30% para quem economizar ao menos 20%,
em vigncia desde fevereiro. "A razo desta situao em que So Paulo se encontra
a falta de planejamento", afirma Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional
de Referncia em Reso de gua (Cirra), da Universidade de So Paulo. Para ele, a
forma como o Estado lida com o problema de abastecimento hdrico atrasada.
"Ns continuamos fazendo a mesma coisa que os romanos h 2.000 anos: trazendo
a gua de cada vez mais longe", critica.
Especialistas ouvidos pelo site de VEJA concordam que no existe uma sada nica
e rpida para o problema hdrico da metrpole. Aes que ajudam a evitar crises
futuras demandam tempo e investimento, no apenas do governo, mas da
sociedade como um todo. Confira a seguir anlises sobre diversas possibilidades
algumas mais viveis que outras de solues a curto e longo prazo para o
abastecimento de So Paulo.
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Rodzio de gua
A possibilidade de um rodzio do abastecimento de gua tem sido descartadapelas autoridades. Na viso dos especialistas, porm, caso a torneira seque antes
que a gua do volume morto entre no cano ou a gua extrada dele no seja
suficiente para abastecer a regio at que as chuvas encham o reservatrio
novamente, a medida pode ser inevitvel. Para Ivanildo Hespanhol, o rodzio deve
ser realmente a ltima alternativa, porque prejudica a qualidade da gua. Quando o
abastecimento de uma tubulao interrompido, a gua continua sendo utilizada
pela populao at que o tubo se esvazie completamente. Esse mecanismo gerauma presso negativa, que cria suco dentro do tubo. "Como a rede apresenta
trincas e vazamentos, acaba aspirando carga poluidora do solo. Quando a gua
volta a percorrer esse tnel, leva as impurezas junto com ela", explica.
Reduo da perda de gua tratada
A perda de gua tratada em So Paulo est em torno de 25%. Apesar de ser
melhor do que a mdia brasileira cerca de 40% o ndice ainda considerado
bem longe do ideal. Parte dessa perda se deve a vazamentos de tubulao, que
muitas vezes acumulam dcadas de uso, prejudicando o sistema.
Um levantamento feito pela Sabesp mostrou que metade do sistema de
abastecimento que atende bairros como Perdizes (Zona Oeste), Moema (Zona Sul),
Tatuap (Zona Leste) e S (Centro) tem mais de trinta anos de uso. Segundo
especialistas, a tubulao de algumas regies chega a sessenta anos. "O ndice de
perda tem que baixar para aproximadamente 10%, um desperdcio dentro dos
parmetros internacionais", afirma Joo Luiz Brando, professor do Departamento
de Hidrulica e Saneamento da Escola de Engenharia de So Carlos da USP
(EESC-USP).
O custo de localizar e reparar a rede alto necessrio quebrar o asfalto,
interromper a circulao de veculos, trocar a tubulao e tapar o asfalto de novo ,
de modo que sempre foi mais barato e fcil buscar gua em outra fonte e continuar
com os vazamentos. "Mas chegamos a um ponto em que no tem de onde trazergua. A alternativa mais barata no est mais disponvel, afirma Antnio Carlos
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Zuffo, professor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mudana de hbitos culturais
Pensar que So Paulo uma regio com grande disponibilidade de recursos
hdricos um erro comum entre seus habitantes. Apesar de o Brasil deter 12% das
reservas de gua doce do planeta, a maior parte desses recursos encontra-se na
regio Norte do pas. "A primeira coisa que a gente tem que fazer para reduzir o
consumo de gua mudar a nossa cultura de abundncia", afirma espanhol. E
tambm um equvoco acreditar que os grandes "ladres" de gua so a indstria
ou a agricultura. A parte de gua de nossos reservatrios destinada agricultura
irrelevante, apenas 3%. Para a indstria, vo outros 17% e os 80% restantes so deuso urbano, diz Jos Carlos Mierzwa, professor do departamento de engenharia
hidrulica e sanitria da Escola Politcnica da USP.
Por isso, o primeiro passo para a economia de gua a educao ambiental.
Devem ser incentivados comportamentos simples, como tomar banhos mais rpidos
e no lavar carros e caladas com mangueiras. Outra iniciativa trocar
equipamentos hidrulicos nas residncias por aqueles que consomem menos gua
vasos sanitrios so grandes viles no consumo de gua domstico. As privadasmais antigas foram projetadas para eliminar 20 litros de gua cada vez que a
descarga acionada. "Desde 1982, uma norma brasileira recomenda que os vasos
usem apenas 6 litros. Hoje, praticamente s so comercializados vasos com o
volume reduzido, mas existem prdios anteriores com o equipamento velho", diz o
professor.
Despoluio dos rios Tiet e Pinheiros
Despoluir e utilizar as guas desses dois rios da regio metropolitana no ,
at o momento, uma opo considerada vivel pelos especialistas. "Hoje no vejo
como utilizar o Tiet e o Pinheiros. Alm da qualidade da gua ser ruim, os rios
recebem muita poluio difusa, aquela que carregada pela chuva que 'lava' a
cidade, contendo s vezes poluentes altamente txicos", afirma Joo Luiz Brando.
J existe, porm, o Sistema Alto Tiet, que capta gua perto da cabeceira do
rio, com melhor qualidade, que abastece a zona Leste de So Paulo e municpios
como Mogi das Cruzes, Po e Suzano.
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O PRESENTE E O FUTURO DA GUA
.Nos ltimos anos, o consumo de gua no mundo aumentou em razo do
crescimento populacional, principalmente em pases como a China e a ndia. Com
um nmero maior de habitantes, necessrio um aumento da produo agrcola. A
estimativa de que, para alimentarmos os cerca de 8 bilhes de habitantes em
2025, ser necessrio um aumento de 14% no consumo de gua, comprometendo
ainda mais nossos recursos.
Outro fator que pode ser considerado uma ameaa oferta de gua
corresponde ao elevado ndice de urbanizao. Na maioria dos pases
subdesenvolvidos e em desenvolvimento, cujo processo de urbanizao recente,
as guas residuais so lanadas nos rios, lagos e oceanos sem nenhum tipo de
tratamento, ameaando a sade da populao e o acesso gua potvel. Segundo
dados da UNESCO, 27% da populao urbana no mundo em desenvolvimento no
tm gua encanada em sua casa.
O aumento da industrializao nos pases em desenvolvimento tambm se
torna uma ameaa escassez, pois como muitas indstrias dos pases
desenvolvidos so altamente poluentes, algumas delas esto se deslocando em
direo aos pases emergentes.
Com todo este panorama vemos um mundo dependente cada vez mais da
gua em todas seus processos, projetando para um futuro incerto em que poder
haver disputas pelo poderio da gua em um cenrio jamais visTOS.
SOLUES PARA OS PROBLEMAS
Aqfero Guarani
Segundo gelogos o aqfero guarani (nome proposto para o grande volume
de gua subterrnea) que vai desde a Argentina, passando pelo Uruguai e Paraguai
e principalmente no Brasil seria uma grande fornecedora de recurso hdrico. Cidadescomo Ribeiro Preto e So Carlos usufruem desta fonte, mas invivel para uma
cidade como So Paulo, que est a mais de 200 quilmetros do ponto onde se capta
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o recurso.
A construo de reservatrio ou transposio de guas
Resolver o problema com grandes obras demanda tempo e so muito caras. Agua esta cada vez mais longe. Dentro da Bacia alto Tiet, onde se localiza a
metrpole, todos os mananciais j esto sendo usados.
O governo de so Paulo detm o projeto para transferir para o sistema
Cantareira a gua do Rio Paraba do Sul, que abastece 11 milhes de pessoas, no
Estado do Rio de Janeiro, podendo fornecer 5 metros cbicos por segundo a mais
para o reservatrio de So Paulo e abastecer 1,5 a 2 milhes de pessoas. A
transposio vivel, mas ao longo prazo no resolve o problema, ou seja, somedidas paliativas que somente atende por um determinado momento, no
resolvendo o problema em absoluto.
Reso
Os especialistas ouvidos pelo site de VEJA so unnimes: o reso da gua
a melhor opo para resolver a crise hdrica. A tcnica consiste em recolher gua
que j foi usada e utiliz-la novamente. H diferentes tipos de reso. O mtodo mais
simples tratar a gua que escorre pelo ralo do chuveiro ou da mquina de lavar,
por exemplo, e destin-la para fins no potveis, como limpeza de pisos, irrigao
de reas verdes ou fontes decorativas. Outra possibilidade purificar o que vai para
o esgoto tanto para fins no potveis como para o consumo final sim, para a
torneira, como alguns pases j fazem. O processo pode ser reproduzido em casas,
condomnios, indstrias ou, idealmente, na rede de tratamento de esgoto de uma
cidade inteira.
Na Grande So Paulo, um exemplo atual o projeto Aquapolo Ambiental, uma
parceria pblico-privada entre a Sabesp e a Odebrecht Ambiental dedicada
produo de gua de reso para fins industriais. A gua da estao de tratamento do
ABC, localizada na divisa de So Paulo e So Caetano do Sul, tratada e
consumida pelo polo petroqumico da regio. Aproximadamente 400 milhes de
reais foram investidos no projeto, dos quais a maior parte (60%) gasto com a
construo da rede que leva a gua por 17 quilmetros at o local onde ela
utilizada e o restante com o tratamento da gua. Para repetir a tcnica em toda a
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regio metropolitana de So Paulo, seria necessrio um investimento de 7,2 bilhes
de reais.
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CONCLUSO
Mediante o exposto chegamos a sntese da preocupante situao que se
encontra os recursos hdricos no mundo, em que a falta deste alarmante emregies desfavorecidas e que no futuro ser mais difcil sua obteno, pois
problemas de gesto evidente em todo o mundo. Portanto necessrio
programas de incentivo, principalmente dos governantes voltada a educao para a
conscientizao e na formulao de leis e fiscalizao rigorosa, e que a proteo
no seja somente da gua, mas sim de todo o sistema que a comporta.
Finalmente olhando para o nosso jardim, ou seja, para nosso pas,
sobretudo para os menos privilegiados em recursos hdricos, ainda falta muito pararesolvermos o nosso problemas, sendo que cada dia a degradao do ecossistema
se acentua.
necessrio grandes esforos para que toda a demanda deste recurso seja
atendida. Analogamente ao mundo o Brasil tem um papel fundamental na gesto
dos recursos hdricos, mesmo tendo uma das maiores bacias hidrogrficas , isto no
garante que regies menos abastadas ,a curto e mdio prazo, sejam abrandadas
pelos recursos, que garantam o abastecimento. Portanto necessrio que todos ns
saibamos respeitar e dar o valor que este recurso to precioso merece ter.
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BIBLIOGRAFIA
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%C3%ADdricos_no_Brasil
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Escassez_de_%C3%A1gua
http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3%81guas-Superficiais/37-O-Problema-
da-Escassez-de-%C3%81gua--no-Mundo