40
Anti-doping e Doping Genetico RAFAEL C.GEISS SANTOS R1 MEDICINA ESPORTIVA 14/09/2012

RAFAEL C.GEISS SANTOS R1 MEDICINA ESPORTIVA 14/09/2012

Embed Size (px)

Citation preview

  • Slide 1
  • RAFAEL C.GEISS SANTOS R1 MEDICINA ESPORTIVA 14/09/2012
  • Slide 2
  • Introducao O que e doping? Como e quando se avalia? Quais substancias? De quem e a culpa? Por quanto tempo? Uso terapeutico? Novos metodos de doping Etc
  • Slide 3
  • COI The International Olympic Committee Anti-Doping Rules applicable to the Games of the XXX Olympiad, London 2012
  • Slide 4
  • Artigo 2 do Cdigo se aplica a determinar a violao das regras antidopagem, com as seguintes alteraes: (A) Posse de Substncias e Mtodos Proibidos (A.1) posse por um atleta de uma substncia proibida ou de um mtodo proibido, a menos que o Atleta estabelece que a posse decorre de uma iseno para uso teraputico concedido em conformidade com o artigo 3.2 (Uso Teraputico) (A.2) A posse de uma substncia proibida ou de um mtodo proibido pela equipe do Atleta, Pessoal em conexo com um atleta, competio ou treinamento, a menos que o Atleta ou Pessoal de Apoio estabelea que a posse decorra do Uso Teraputico.
  • Slide 5
  • A Lista Proibida Publicao, incorporao e Reviso da Lista de Substncias Proibidas Estas normas incorporam a Lista Proibida publicada pela WADA de acordo com o artigo 4.1 do Cdigo em vigor durante o perodo do Jogos Olmpicos de Londres. Os CONs so responsveis por garantir que suas delegaes, incluindo os seus atletas, so cientes da Lista de Substncias Proibidas. A ignorncia da Lista de Substncias Proibidas no constitui qualquer desculpa qualquer para qualquer participante a qualquer ttulo, Jogos Olmpicos de Londres.
  • Slide 6
  • Uso Teraputico A Comisso Mdica do COI nomear uma comisso de pelo menos trs mdicos (o "TUEC") WADA, a pedido de um atleta, o COI ou por sua prpria iniciativa, poder rever a concesso ou negao de qualquer TUE a um atleta. Se a WADA determina que a concesso ou negao de uma TUE no cumpriu com o Padro Internacional para Iseno de Uso Teraputico ento a AMA poder reverter essa deciso. As decises sobre TUE esto sujeitos a novo recurso, tal como previsto no artigo 11.
  • Slide 7
  • Seleo de atletas a serem testados O COI, em consulta com o LOCOG e as respectivas federaes internacionais, determina o nmero de testes a serem realizados durante o Perodo do Jogos Olmpicos de Londres. Uma quantidade significativa de testes devem ser alvo de teste e de outros testes sero determinados por sorteio.
  • Slide 8
  • Anlise de amostras Armazenamento de amostras e anlise de amostras em atraso devem ser armazenados de forma segura no laboratrio ou de outra forma dirigido pelo COI e pode ser estudada. Conformidade com o artigo 17 do Cdigo, a propriedade das amostras investido no COI por oito anos. Durante este perodo, o COI ter o direito de re-analisar as amostras, sendo certo que as normas internacionais, como eles podem ser alterados ao longo do tempo, aplicvel, se necessrio. Qualquer violao da regra anti-doping descoberto como um resultado da mesma deve ser tratado de acordo com essas regras.
  • Slide 9
  • Aps este perodo de oito anos, e desde que o atleta tenha dado a sua / seu consentimento por escrito, no momento da coleta das amostras, a propriedade das amostras devem ser transferidas para o laboratrio para fins de pesquisa, desde que todos os meios de identificao dos atletas sero removidos e destrudos e que a prova desta destruio deve ser fornecida ao COI.
  • Slide 10
  • Notificar atleta ou outras pessoas interessadas da violao da regra anti- doping: O presidente do COI ou uma pessoa por ele designada deve notificar imediatamente o Atleta ou outra pessoa em causa, os Atleta ou outra pessoa chefe de misso, a Federao Internacional em causa e um representante do Programa de Observadores Independentes de: a) o resultado analtico adverso; b) o direito do atleta de solicitar a anlise da amostra B ou, na falta desse pedido, que a anlise da amostra B pode ser considerada renncia; c) da data prevista, hora e local para a anlise da amostra B, se o atleta optar por solicitar uma anlise da Amostra B ou se o COI escolhe ter a amostra B analisada; d) o direito do atleta e / ou representante do atleta para participar da abertura da amostra B e anlise se tal anlise for solicitada; e) O direito do atleta de solicitar cpias do pacote de laboratrio A e B da amostra, que inclui informaes como exigido pela Norma Internacional para Laboratrios; Exerccio do direito de ser ouvido:
  • Slide 11
  • The World Anti-Doping Code THE 2012 PROHIBITED LIST INTERNATIONAL STANDARD
  • Slide 12
  • SUBSTANCES AND METHODS PROHIBITED AT ALL TIMES(IN- AND OUT-OF-COMPETITION) S0. NON-APPROVED SUBSTANCES S1. ANABOLIC AGENTS Anabolic Androgenic Steroids (AAS) Endogenous** AAS when administered exogenously Other Anabolic Agents, including but not limited to: Clenbuterol, selective androgen receptor modulators (SARMs), tibolone, zeranol, zilpaterol.
  • Slide 13
  • S2. PEPTIDE HORMONES, GROWTH FACTORS AND RELATED SUBSTANCES 1. Erythropoiesis-Stimulating Agents [e.g. erythropoietin (EPO), darbepoetin (dEPO), hypoxia-inducible factor (HIF) stabilizers, methoxy polyethylene glycol-epoetin beta (CERA), peginesatide (Hematide)]; 2. Chorionic Gonadotrophin (CG) and Luteinizing Hormone (LH) in males; 3. Insulins; 4. Corticotrophins; 5. Growth Hormone (GH), Insulin-like Growth Factor-1 (IGF-1), Fibroblast Growth Factors (FGFs), Hepatocyte Growth Factor (HGF), Mechano Growth Factors (MGFs), Platelet-Derived Growth Factor (PDGF), Vascular-Endothelial Growth Factor (VEGF)
  • Slide 14
  • S3. BETA-2 AGONISTS except salbutamol (maximum 1600 micrograms over 24 hours), formoterol (maximum 36 micrograms over 24 hours) and salmeterol when taken by inhalation in accordance with the manufacturers recommended therapeutic regime. S4. HORMONE AND METABOLIC MODULATORS S5. DIURETICS AND OTHER MASKING AGENTS
  • Slide 15
  • PROHIBITED METHODS M1. ENHANCEMENT OF OXYGEN TRANSFER 1. Blood doping, including the use of autologous, homologous or heterologous blood or red blood cell products of any origin. 2. Artificially enhancing the uptake, transport or delivery of oxygen, including, but not limited to, perfluorochemicals, efaproxiral (RSR13) and modified haemoglobin products (e.g. haemoglobin-based blood substitutes, microencapsulated haemoglobin products), excluding supplemental oxygen.
  • Slide 16
  • M2. CHEMICAL AND PHYSICAL MANIPULATION 1. Tampering, or attempting to tamper, in order to alter the integrity and validity of Samples collected during Doping Control is prohibited. These include but are not limited to urine substitution and/or adulteration (e.g. proteases). 2. Intravenous infusions and/or injections of more than 50 mL per 6 hour period are prohibited except for those legitimately received in the course of hospital admissions or clinical investigations. 3. Sequential withdrawal, manipulation and reintroduction of any quantity of whole blood into the circulatory system.
  • Slide 17
  • M3. GENE DOPING M3. GENE DOPING The following, with the potential to enhance sport performance, are prohibited: 1. The transfer of nucleic acids or nucleic acid sequences; 2. The use of normal or genetically modified cells.
  • Slide 18
  • SUBSTANCES AND METHODS PROHIBITED IN-COMPETITION S6. STIMULANTS S7. NARCOTICS S8. CANNABINOIDS S9. GLUCOCORTICOSTEROIDS
  • Slide 19
  • SUBSTANCES PROHIBITED IN PARTICULAR SPORTS P1. ALCOHOL Alcohol (ethanol) is prohibited In-Competition only, in the following sports. Detection will be conducted by analysis of breath and/or blood. The doping violation threshold (haematological values) is 0.10 g/L. Aeronautic (FAI) Archery (FITA) Automobile (FIA) Karate (WKF) Motorcycling (FIM) Powerboating (UIM)
  • Slide 20
  • P2. BETA-BLOCKERS Unless otherwise specified, beta-blockers are prohibited In- Competition only, in the following sports. Aeronautic (FAI) Archery (FITA) (also prohibited Out-of-Competition) Automobile (FIA) Billiards (all disciplines) (WCBS) Boules (CMSB) Bridge (FMB) Darts (WDF) Golf (IGF) Ninepin and Tenpin Bowling (FIQ) Powerboating (UIM) Shooting (ISSF, IPC) (also prohibited Out-of-Competition) Skiing/Snowboarding (FIS) in ski jumping, freestyle aerials/halfpipe and snowboard halfpipe/big air
  • Slide 21
  • Gene Doping
  • Slide 22
  • Recentes avanos biotecnolgicos permitiram a manipulao de seqncias genticas para o tratamento de diversas doenas, em um processo chamado de terapia de gene/gentica. No entanto, o avano da terapia gentica, abriu a porta para a possibilidade de utilizar a manipulao gentica (GM), para melhorar o desempenho atltico. Em "doping gentico", sequncias genticas exgenas so inseridos em um tecido especfico, alterando a atividade do gene celular ou que conduzam expresso de um produto protico.
  • Slide 23
  • Os genes exgenos com maior probabilidade de ser utilizados para a dopagem de genes incluem a eritropoietina (EPO), factor de crescimento endotelial vascular (VEGF), insulina como factor de crescimento de tipo 1 (IGF-1), os antagonistas da miostatina e endorfina.
  • Slide 24
  • No entanto, muitos outros genes poderiam tambm ser utilizados, tais como os envolvidos nas vias metablicas da glicose. Porque o doping gentico seria muito difcil de detectar, inerentemente muito atraente para aqueles que buscam vencer a todo custo.
  • Slide 25
  • No passado, o doping e trapaa no esporte foram habilitados por avanos na farmacologia e fisiologia. Agora, os avanos na gentica molecular tm dado origem ao potencial de melhorar vrias caractersticas humanas, incluindo o desempenho esportivo com o uso da tecnologia GM
  • Slide 26
  • A expresso gentica regulada principalmente por dois mecanismos principais: a) mudanas na estrutura do DNA e b) o controle direto sobre os processos de transcrio e traduo.
  • Slide 27
  • Atravs epigentica, o grau de transcrio de genes alterada, sem alteraes na sequncia de ADN Tambm de grande importncia, as mutaes promovem alteraes na sequncia de nucleotdeos do gene e podem inviabilizar o processo de transcrio, ou gerar um novo produto, diferente do original O segundo mecanismo composto de molculas de repressao e inducao, fatores de transcrio, intensificadores e modificadores ps-transcricionais Assim, algumas alteraes no processo regulador pode resultar num aumento ou diminuio de concentrao do produto do gene.
  • Slide 28
  • A Agncia Mundial Anti-Doping (WADA) considera doping gentico como o uso de agentes farmacolgicos ou biolgicos que alteram a expresso gnica, ou a transferncia de clulas ou elementos genticos (DNA e RNA)
  • Slide 29
  • algumas mudanas na expresso de genes so potencialmente capazes de aumentar o desempenho desportivo, em um nmero de maneiras.
  • Slide 30
  • Slide 31
  • O que e quais deveriam ser os limites sobre o uso da cincia para promover o desempenho atltico? desportistas devem ser permitidos usar terapia gentica para o tratamento de doenas, mesmo que isso resulta em um melhor desempenho? A tecnologia GM ameaa minar o esprito do esporte?
  • Slide 32
  • Os genes candidatos para uso em doping gentico Eritropoietina: aumento na produo de energia pelo metabolismo aerbio. Fattori et al. (29) analisaram a eficcia da administrao intramuscular de o gene de EPO com a aplicao de pulsos elctricos para optimizar o processo de transduo. O gene foi electro-injetado em ratos, coelhos e macacos para testar a produo de protena e de efeitos biolgicos. O estudo concluiu que o gene EPO injetado produz nveis mais elevados de circulao de EPO e um efeito mais pronunciado do que gene endgeno, em todas as espcies testadas, demonstrando assim um grande potencial em abordagens de terapia genetica.
  • Slide 33
  • Fator de crescimento vascular endotelial Em dopagem genetica, vrias cpias do gene que codifica para o VEGF devem ser inseridas dentro do msculo, provavelmente utilizando vetores virais. Assim, se bem sucedido em atletas, a microcirculao muscular seria estimulada e a oferta de oxignio para os msculos aumentaria
  • Slide 34
  • Insulin-like Growth Factor tipo 1: aumento no crescimento muscular e diferenciao Em dopagem genetica, mltiplas cpias do gene que codifica para IGF-1 podem ser inseridas no msculo esqueltico, promovendo um aumento da massa muscular devido a hipertrofia de clulas musculares. Esta insero de genes somticos pode ser conseguida atravs do uso de dois vetores alternativos: plasmdeos ou vrus. Os plasmdeos representam o mtodo menos dispendioso, mas tambm o menos eficiente. Os vetores virais, amplamente utilizados na terapia de gene, ativamente inserem o ADN exgeno no genoma da clula alvo.
  • Slide 35
  • Antagonistas da miostatina: aumento na hipertrofia muscular e hiperplasia miostatina, um membro da superfamlia do fator de transformacao do crescimento (TGF)-A, um regulador negativo do crescimento do msculo esqueltico e da diferenciao, onde a sua expresso e predominante Vrias substncias bloqueiam atividade inibitria da miostatina, com promoo do crescimento e diferenciao muscular. Importante entre estas substncias so folistatina; todos tm a capacidade de ligar-se a miostatina, tornando-a indisponvel para a sua funo inibitria
  • Slide 36
  • Endorfina e encefalina: aumento da resistncia a dor A vantagem de uma maior resistncia dor trouxe vrios genes candidatos em foco para uso potencial em terapia gnica (para dor clnica) ou doping gentico. Os genes que codificam endorfina e encefalina so candidatos proeminentes neste contexto. As molculas expressas so neuropptidos que se ligam a receptores opiides, promovendo efeitos analgsicos e, portanto, o alvio da dor,. A fim de aumentar o limiar da dor, as cpias desses genes podem ser inseridas, com a expresso sendo dirigida para o sistema nervoso
  • Slide 37
  • Deteco???
  • Slide 38
  • A deteco do gene de dopagem provvel que seja difcil, embora possa ser realizado por um certo nmero de abordagens disponveis, recorrendo tanto a mtodos directos ou indirectos (51). Os mtodos diretos envolvem a deteco de protenas recombinantes ou vetores de genes de insero (por exemplo, vrus ou plasmdeos). Os mtodos indiretos dependem da deteco de alteraes de assinaturas associadas com doping genetico.
  • Slide 39
  • Lasne et al. mostraram algumas diferenas estruturais entre EPO endgeno e recombinante, atravs do seu comportamento diferente isoeltrico. Uma outra possibilidade para a deteco direta baseia- se no uso de testes moleculares para distinguir o ADN genomico de DNA complementar (cDNA), utilizando tcnicas tais como a reao em cadeia da polimerase (PCR) ou Southern blotting
  • Slide 40
  • Referencias: 1.Braz J Med Biol Res, December 2011, Volume 44(12) 1194-1201. The use of genes for performance enhancement: doping or therapy? R.S. Oliveira, T.F. Collares, K.R. Smith, T.V. Collares and F.K. Seixas 2. The International Olympic Committee Anti-Doping Rules applicable to the Games of the XXX Olympiad,London 2012 3. Wada 2012 4. Alternative medicine and doping in sports. Australasian Medical Journal [AMJ 2012, 5, 1, 18-25] 5. Gene Doping. Netherlands Centre For Doping Affairs. (NECEDO)