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~,.~ Hcrbicidasrrccnologia ção de uma substância, normalmente encontrado em tabelas. REFERÊNCIAS HANSON, c.i, & RIECK, C.E. The affeet of iron and aluminum on gJyphosate tox.ieity. Proc. Se. Weed Sei. Soc., 29,p.49,1976. JORDAN, T. Curso "Research Methods in Weed Sciencc". Purdue, Purdue Univcrsity, 1981. KLINCMAN, C.C. & ASHTON, F.M. Weed Science: principies and practices. New York, John Wiloy &Sons, 1975.429 p. WARREN, C.F.; WILLIAM, R.D.; FIS- HER, H.H.; SA MAR, R.V. & A intensivo de con nhas. Viçosa, UF SIL, J. 1982 WEBER, J.B.; MONACO, T.J. & WORS- HAM, A.D. What happens to herbi- cides in the environment. Industrial Vegetation Management, i (2) 1973. .Equípamentos e métodos de aplicação de herbicidas INTRODUÇÃO De acordo com o II Programa Nacional de Defensivos Agrícolas, o consumo de defensivos agrícolas no Brasil, no período de 1964-1974, pas- sou de 16.200 para 101.000 t, com ---uma média anual de crescimento da ordem de 29%. No mesmo período a média anual de crescimento de con- sumo de herbicidas foi de 45%. Essa alta taxa de crescimento permitiu uma previsão de consumo de herbicidas em 1980 de cerca de dez vezes o consumo real de 1972. Esse crescimento acen- tuado no consumo de herbicidas é I fruto da crescente escassez de mão- '- de-obra nas áreas de produção agrí- cola e também da progressiva tecni- ficação dos sistemas de produção a~ ícola. O conhecimento dos equipamen- • tos e métodos usados na aplicação de herbicidas permite ao usuário a escolha '----' do melhor equipamento e do método mais viável para a aplicação do produ- ·to escolhido. O desconhecimento de algumas noções básicas de aplicação deles tem causado erros e inúmeros problemas de natureza técnica e eco- nômica. Nos Estados Unidos da Amé- rica, onde os aplicadores de herbicidas são treinados e licenciados, a aplica- ção imprópria de herbicidas represen- ta anualmente aos produtores um pre- juízo financeiro da ordem de US$ 30 milhões. O presente trabaJho dá aos produtores rurais uma síntese de tudo que é indispensavel conhecer sobre os equipamentos e métodos usados na aplicação de. herbicidas. Procura-se com isso melhorar as aplicações dos herbicidas nas diversas circunstâncias e dessa maneira diminuir os prejuízos verificados, devido às aplicações im- próprias. 44 ,João Baptista da Silva Pesquisador /EMBRAPA -CNPMS COMPONENTES E ACESSÓRIOS DE UM PULVERIZADOR DE HERBICIDAS Excetuando-se os produtos granu- .lados, os herbicidas são geralmente aplicados na superfície do solo ou das plantas daninhas, através do uso de equipamentos denominados pulveri- zadores e que são capazes de espalhar uma solução ou suspensão aquosa em. gotículas de tamanho variável. O co- nhecimento dos componentes e aces- sórios de um pulverizador de herbi- cidas possibilita normalmente o seu uso adequado. Erros verificados na calibragem ou mesmo no reparo de um pulverizador de herbicidas podem ser facilmente evitados, se o aplicador conhece de fato o seu pulverizador. TANQUE DO PULVERIZADOR O tanque do pulverizador é o re- cipiente onde o herbicida, em solução ou suspensão aquosa, é depositado e transportado. Devido à ação corro- siva de alguns herbicidas, os tanques de pulverização são fabricados em polietileno ou fibra de vidro. Apesar da resistência à corrosão, os tanques de pulverizadores requerem um cui- dado permanente para sua conser- vação. Devem ser limpos imediata- mente após a pulverização e estar sempre livres de sujeiras, ferrugem, terra e restos vegetais. Dependendo do pulverizador de que fazem parte, eles são construídos em tamanhos e formatos os mais diver- sos, desde os costais de pequena capa- cidade, até os de grande porte, monta- dos em caneta e tracionados por um trator. Dependendo também do tipo do pulverizador, os tanques podem ser montados na frente, lados e traseira de um trator, ou mesmo numa carreta pa- ra tração. Para que a bomba do pulve- rizador não trabalhe em seco, o tanque deve ser sempre posicionado ligeira- mente acima da bomba. BOMBA DO PULVERIZADOR Ligada diretamente ou através de um cardan à tomada de força do tra- tor, a bomba é talvez o elemento mais importante do pulverizador. É ela que determina uma pulverização efi- ciente, desenvolvendo a pressão neees- sária para aplicar o herbicida na vazão desejada. É também responsável pela agitação da solução ou suspensão aquosa existente no tanque. Deve ser ainda capaz de retirar o líquido do tanque, manter um volume uniforme e constante na saída e devolver o ex- cesso ao tanque, fazendo recircular o líquido ali existente. A ação corrosiva e/ou abrasiva do líquido a ser pulverizado deve- ser considerada, quando se escolhe uma bomba de pulverizador. Devido à sua resistência à corrosão,. durabilidade, capacidade de desenvolver altas pres- ~es e adaptação a muitos tipos de uso, a bomba de pulverizador mais comumente encontrada no Brasil é a de pistões. Exemplo desse tipo de bomba são os encontrados nos pulve- rizadores de herbicida da JACTO e da HATSUTA. A capacidade de rc- calque da bomba de pistões da JACTO é de 38 Q/min a 540 RPM. A bomba da HATSUT A tem capacidade para 40 Q/min e desenvolve até 500 p.s.i. de pressão. Um outro tipo de bomba, usado em pulverizador de herbicidas, éa chamada bomba centrífuga, capaz de liberar altos volumes de líquido à In1. Agropec. Belo Horizonte, ~ (1l7) março 1982

Proc. Se. Weed Sei. Soc., .Equípamentos e métodos de ...ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/47007/1/Equipament... · Nacional de Defensivos Agrícolas, o consumo de defensivos

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~,.~Hcrbicidasrrccnologia

ção de uma substância, normalmenteencontrado em tabelas.

REFERÊNCIAS

HANSON, c.i, & RIECK, C.E. The affeetof iron and aluminum on gJyphosatetox.ieity. Proc. Se. Weed Sei. Soc.,29,p.49,1976.

JORDAN, T. Curso "Research Methodsin Weed Sciencc". Purdue, PurdueUnivcrsity, 1981.

KLINCMAN, C.C. & ASHTON, F.M. WeedScience: principies and practices. NewYork, John Wiloy &Sons, 1975.429 p.

WARREN, C.F.; WILLIAM, R.D.; FIS-

HER, H.H.; SAMAR, R.V. & Aintensivo de connhas. Viçosa, UF

SIL, J.1982

WEBER, J.B.; MONACO, T.J. & WORS-HAM, A.D. What happens to herbi-cides in the environment. IndustrialVegetation Management, i (2) 1973.

.Equípamentos e métodosde aplicação de herbicidas

INTRODUÇÃO

De acordo com o II ProgramaNacional de Defensivos Agrícolas, oconsumo de defensivos agrícolas noBrasil, no período de 1964-1974, pas-sou de 16.200 para 101.000 t, com

---uma média anual de crescimento daordem de 29%. No mesmo períodoa média anual de crescimento de con-sumo de herbicidas foi de 45%. Essaalta taxa de crescimento permitiu umaprevisão de consumo de herbicidas em1980 de cerca de dez vezes o consumoreal de 1972. Esse crescimento acen-tuado no consumo de herbicidas é

I fruto da crescente escassez de mão-'- de-obra nas áreas de produção agrí-

cola e também da progressiva tecni-ficação dos sistemas de produçãoa~ ícola.

O conhecimento dos equipamen-• tos e métodos usados na aplicação de

herbicidas permite ao usuário a escolha'----' do melhor equipamento e do método

mais viável para a aplicação do produ-·to escolhido. O desconhecimento dealgumas noções básicas de aplicaçãodeles tem causado erros e inúmerosproblemas de natureza técnica e eco-nômica. Nos Estados Unidos da Amé-rica, onde os aplicadores de herbicidassão treinados e licenciados, a aplica-ção imprópria de herbicidas represen-ta anualmente aos produtores um pre-juízo financeiro da ordem de US$ 30milhões. O presente trabaJho dá aosprodutores rurais uma síntese de tudoque é indispensavel conhecer sobre osequipamentos e métodos usados naaplicação de. herbicidas. Procura-secom isso melhorar as aplicações dosherbicidas nas diversas circunstânciase dessa maneira diminuir os prejuízosverificados, devido às aplicações im-próprias.

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,João Baptista da SilvaPesquisador /EMBRAPA -CNPMS

COMPONENTES E ACESSÓRIOSDE UM PULVERIZADOR

DE HERBICIDAS

Excetuando-se os produtos granu-.lados, os herbicidas são geralmenteaplicados na superfície do solo ou dasplantas daninhas, através do uso deequipamentos denominados pulveri-zadores e que são capazes de espalharuma solução ou suspensão aquosa em.gotículas de tamanho variável. O co-nhecimento dos componentes e aces-sórios de um pulverizador de herbi-cidas possibilita normalmente o seuuso adequado. Erros verificados nacalibragem ou mesmo no reparo deum pulverizador de herbicidas podemser facilmente evitados, se o aplicadorconhece de fato o seu pulverizador.

TANQUE DO PULVERIZADOR

O tanque do pulverizador é o re-cipiente onde o herbicida, em soluçãoou suspensão aquosa, é depositado etransportado. Devido à ação corro-siva de alguns herbicidas, os tanquesde pulverização são fabricados empolietileno ou fibra de vidro. Apesarda resistência à corrosão, os tanquesde pulverizadores requerem um cui-dado permanente para sua conser-vação. Devem ser limpos imediata-mente após a pulverização e estarsempre livres de sujeiras, ferrugem,terra e restos vegetais.

Dependendo do pulverizador deque fazem parte, eles são construídosem tamanhos e formatos os mais diver-sos, desde os costais de pequena capa-cidade, até os de grande porte, monta-dos em caneta e tracionados por umtrator. Dependendo também do tipodo pulverizador, os tanques podem sermontados na frente, lados e traseira de

um trator, ou mesmo numa carreta pa-ra tração. Para que a bomba do pulve-rizador não trabalhe em seco, o tanquedeve ser sempre posicionado ligeira-mente acima da bomba.

BOMBA DO PULVERIZADOR

Ligada diretamente ou através deum cardan à tomada de força do tra-tor, a bomba é talvez o elemento maisimportante do pulverizador. É elaque determina uma pulverização efi-ciente, desenvolvendo a pressão neees-sária para aplicar o herbicida na vazãodesejada. É também responsável pelaagitação da solução ou suspensãoaquosa existente no tanque. Deve serainda capaz de retirar o líquido dotanque, manter um volume uniformee constante na saída e devolver o ex-cesso ao tanque, fazendo recircular olíquido ali existente.

A ação corrosiva e/ou abrasiva dolíquido a ser pulverizado deve- serconsiderada, quando se escolhe umabomba de pulverizador. Devido à suaresistência à corrosão,. durabilidade,capacidade de desenvolver altas pres-~es e adaptação a muitos tipos deuso, a bomba de pulverizador maiscomumente encontrada no Brasil éa de pistões. Exemplo desse tipo debomba são os encontrados nos pulve-rizadores de herbicida da JACTO eda HATSUTA. A capacidade de rc-calque da bomba de pistões da JACTOé de 38 Q/min a 540 RPM. A bombada HATSUT A tem capacidade para40 Q/min e desenvolve até 500 p.s.i. depressão.

Um outro tipo de bomba, usadoem pulverizador de herbicidas, é achamada bomba centrífuga, capaz deliberar altos volumes de líquido à

In1. Agropec. Belo Horizonte, ~ (1l7) março 1982

r~ ~..Herbicidas/Tccnología

baixa pressão e de operar mesmo comsuspensões muito abrasivas. Exemplodesse tipo de bomba é o desenvolvidopela FMC do Brasil e que está sendoexperimentalmente usado pelo CentroNacional de Pesquisa de Milho e Sor-go, da EMBRAPA, em Sete Lagoas,MG. Ligada diretamente à tomadade força de um trator, essa bombatem sido :usada com sucesso para apulverização de herbicida no sulcode plantio do milho. Trabalha asso-ciada a uma plantadeira acoplada nostrês pontos do trator e sua alta capa-cidade faz com que haja uma recircu-lação vigorosa no tanque de 600 Q co-locado na frente do trator.

Embora pouco usada nos pulve-rizadores encontrados no mercadobrasileiro, a bomba de roletes é tam-bém um tipo muito eficiente, de boacapacidade de recalque e durabilidade.Para a pulverização de herbicidas, sãousados. roletes de náilon, devido à re-sistência desse material à corrosão.Quando se trabalha com suspensõesaquosas muito abrasivas, recomenda-se o uso de roletes de borracha.

SISTEMA DE AGITAÇÃO

Á. agitação no tanque do pulveri-zador é .necessária para manter a sus-pensão ·herbicida-água uniformementemisturada, evitando a decantação do

I produto e, conseqüentemente, o entu-'- pimenta de bicos, erros na concentra-ção do herbicida etc. Concentradosemulsionáveis são mantidos facilmen-te em emulsão uniforme, mas formu-lações tais como os pós molháveisnecessitam uma agitação vigorosapara permenecerem suspensos no meioaquoso.

A agitação pode ser feita atravésde um jato hidráulico provenien te deum ponto entre a bomba e a válvulade fechamento ou, mecanicamente,através de hélices colocadas no fundodo tanque ... No caso do jato hidráuli-co, os bicos de esguicho são coloca-dos no fundo do tanque de tal manei-ra que os jatos fazem o líquido, aliexistente, recircular. Para uma boahomogeneização, a quantidade delíquido por minuto, que rccirculaatravés dos bicos de esguichos, deveser aproximadamente de 10% da ca-pacidade do tanque. O processo me-cânico é o melhor, eliminando ospontos sem recirculação dentro dotanque. Um motor auxiliar é geral-mente usado para acionar as hélices.

Dependendo da capacidade dabomba, parte do líquido succionado

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do tanque e que não passa pelo regu-lador de pressão, volta ao tanque poruma mangueira de retorno. Esse ex- .

.cesso de carga, que retoma ao tanque,é quase sempre suficiente para manteruniformemente misturado um con-centrado emulsionável e geralmentefunciona como um processo auxiliarnos pulverizadores com agitação me-cânica. . "

O agitador ·deve permanecer emfuncionamento todo o tempo. Se hou-ver qualquer problema e ele ficar para-do por algum tempo, pode ser neces-sário promover uma recirculação ma-nual para suspender de novo um her-bicida do tipo pó-rnolhável.

REGULADOR DE PRESSÃO

A pressão necessária para a pulve-rização de herbicidas é geralmentebaixa, variando de 0,70 a 4,2 kg/cmê .Na maioria das vezes, o trabalho éfeito com o manômetro marcando2,8 kg/ cm2 (40 p.s.i.). Pulverizado-res usados para herbicidas devem serequipados com manômetros de baixapressão, com a escala de leitura nafaixa de O a 7 kg/cm? ou de O a 100p.s.i., no sistema americano de me-didas.

A pressão do pulverizador é gera-da pela bomba e controlada por umaválvula reguladora de pressão, colocadana saída do líquido, entre a bomba e aválvula de fechamento da barra depulverização. A pressão do pulveri-zador determina a força com a qualo líquido sai dos bicos. Ela garantetambém a homogeneidade da ITÚS-

tura herbicida-água no tanque, querseja através da agitação pelo jato hi-dráulico, ou através do líquido exce-dente que volta pela mangueira deretorno.

A vazão do pulverizador pode seralterada por uma variação na pressão.Quando esta é aumentada, a vazão dosbicos também o é. Os bicos não de-vem ser operados sob pressões muitobaixas ou muito altas, mas dentro doslimites estipulados pelo fabricante. Poroutro lado, o aumento da pressão nãoincrcrncnta linearmente a vazão dosbicos e ocasiona problemas tais comoa redução do tamanho das gotículas ea distorção do padrão de pulverização.A pressão não deve ser usada comorecursos para aumentar a vazão dopulverizador.' Para dobrar a vazão deum bico é necessário quadruplicar apressão.

BICOS HIDRÁULICOSPARA PULVERIZAÇÃO DOS

HERBlCIDAS

. Em qualquer categoria de equipa-mento usado para pulverizar herbici-das, o bico consititui-se em uma dasmais importantes peças do sistema. Obico é responsável por três funçõesfundamentais na pulverização: quebraro líquido emgotículas de tamanhosdiversos; espalhar as gotículas dentro

.. de uma área delimitada; e controlar asaída do líquido na quantidade deseja-da por unidade de área. Em relação àprimeira dessas funções, os bicos sãoclassificados de acordo com a energianeles empregada para formar as gotí-culas. Nos bicos hidráulicos, o líquidoé forçado através de um pequeno ori-fício, sob pressão, adquirindo veloci-dade suficiente para se desintegrar,quando entra em contato com o ar.

A desintegração em gotículasocorre de uma maneira desordenada,mas sempre dentro de um certo limitede variação. O tamanho médio das go-tículas (VMD) é inversamente propor-cional à pressão do líquido e direta-mente proporcional ao tamanho doorifício do bico. A simples troca deum bico de orifício menor por umorifício maior 'pode sanar um. proble-ma grave em. pulverização, a deriva.

Alguns bicos requerem uma pres-são baixa, del,l a 1,4 kgfcm2 (15 a20 p.s.i.), para alcançar o desenvolvi-mento integral de seu espectro. Ou-tros requerem uma pressão de 2,1 a4,2 kgjcm? (30 a 60 p.s.i.) para atin-gir seu ponto máximo de ação. Aocontrário dos bicos usados na pulveri-zação de inseticidas, aqueles usadosna pulverização de herbicidas sãosempre operados sob baixa pressão.

Os bicos hidráulicos são consti-tlJíd.os. çle_um corpo, capa, filtro demalha ou ranhurado e ponta (Figu-ra 1). São fabricados de materiaisdiversos desde o aço inoxidável atéo plástico, passando pelo metal ama-relo e náilon. As pontas são confec-cionadas com material mais resisten-te, devido ao desgaste constante quesofrem. Podem ser encontradas atual-mente pontas de cerâmica prensada,de alta resistência à corrosão. Comexceção de alguns bicos de alta vazãocomo, por exemplo, os bicos Teejet8008 e TK 5, todos os bicos hidráu-licos usados na pulverização de herbi-cidas requerem um filtro de malhapara evitar entupimento do orifício.As pontas de orifício menor (8001,11001,80015 etc.) requerem um

lnf. Agropec. Belo Horizonte, ª (87) março 1982

llcrbicitlasrrecnololtia

I I

~Ponta

Fig. 1 - Partes de um bico hidráulico.

filtro de malha 100 e as demais tra-balham com filtro de malha 50. Deve-se usar um filtro ranhurado (strainer),quando se trabalha com herbicidasformulados como pós-rnolháveis.

De acordo com o padrão de pul-verização dos bicos usados na pulveri-zação de herbicidas, três tipos podemser separados: bicos de jato em leque(flat fan), de jato em leque contínuo(even flat fan) e de impacto ou tipodefletor (floodjet) que podem ser vis-tos na Figura 2.

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Jato em leque

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Jato em lcquc\ contínuo

Vista Iateral

Bico de impacto

Fig. 2 - Bicos hidráulicos usados para pulverização de herbicidas.

Bicos de Jato em LequeHá disponível no mercado inúme-

ros bicos de jato em leque, com dife-rentes vazões e diferentes padrões depulverização, variando de acordo comos diversos ârigulos do leque. O lequeé conseguido através do fluxo de duascorrentes de líquido que se chocam,simultaneamente, em um orifício deforma lenticular (bico de jato em lequepropriamente dito) ou retangular (bicode jato em leque contínuo). No mer-cado brasileiro os ângulos disponíveissão os de 800 e 1100 nos bicos Teejete 95° e 110° nos bicos Albuz Jacto.Nos bicos Teejet, a referência é umsistema de numeração 'onde apareceo ângulo do leque e a vazão do bicoem galões americanos por minuto. Porexemplo, no bico Teejet 8004, o ângu-lo do leque é de 800 e a vazão é de0,4 galões/min ou 1,514 Q/min, ambosparâmetros obtidos, quando o bico éoperado a 40 p.s.i. (2,8 kg/cm"). ATabela 1 mostra os bicos Teejet dispo-níveis no mercado brasileiro com suasrespectivas vazões.

Nos bicos Albuz Jacto, série APG(Tabela 2), a referência de ângulo édada pelo número do bico e a de va-zão, pela inicial da cor (em francês)do bico. A vazão varia com a cor dobico e com o ângulo do leque. A pres-são de referência é a de 4S p.s.i. (3,2

Inf. Agropec. Belo Horizonte, ª- (87) março 1982

kg/crnê ),Bicos em leque são dispostos na

barra de pulverização, espaçados de50 em, alinhados de tal forma que elespossam cobrir uniformemente umaárea plana com a superfície do solo oua superfície foliar das plantas daninhasde porte pequeno. Os bicos de jato emleque contínuo são usados em pulveri-zadores costais ou em pulverizadoresde barra, espaçados de 1 m, para a pul-verização em faixa. O exemplo maissimples deste tipo de pulverização é apulverização no sulco de plantio, logoapós a semeadura (pré-emergência) oulogo após a emergência da cultura(pós-emergência precoce). Nos bicosde jato em leque contínuo, a referên-cia de ângulo e da vazão é a mesmados bicos Teejet de jato em leque. Aúnica diferença é uma letra "E" co-locada no fmal do número do bico.Ex.: Teejet 8003E.

Bicos de Impacto ou DefletoresNestes bicos, o jato delíquido, ao

atravessar um orifício de grande ta-manho, bate em uma superfície lisaem um ângulo relativamente acen-tuado, formando, desta maneira, umjato estreito que se abre em seguida(Figura 2). Os bicos defletores Teejetda série TK e os da série Polijet sãooperados à baixa pressão (de 1,1 a

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,.Hcrbicidas/T ccnolozia

TABELA J - Bicos Hidráulicos Tipo Leque Teejet (50 em de espaçamentona barra).

Pressão Vazâc Velocidade do Trator (km/h)

Bico Bico do doSérie 80° Série 1100 Líquido Bico 3 4 5 6

kgjcm' p.s.i. m2jmin Vazão do Pulverizador (2/ha)

1.4 20 265 106 80 64 538001 11001 2.1 30 341 136 102 82 68

2.8 40 379 152 114 91 76

1,4 20 416 166 125 100 8380015 110015 2.1 30 492 197 148 118 98

2.8 40 568 227 170 136 114

1,4 20 530 212 159 127 1068002 11002 2.1 30 643 257 193 154 129

2.8 40 757 303 227 182 151

1,4 20 795 318 239 191 1598003 11003 2.1 30 984 394 295 236 197

2.8 40 1136 454 341 273 227

1.4 20 1060 424 318 254 2128004 11004 2.1 30 1325 530 398 318 265

2.8 40 1514 606 454 363 303

1,4 20 1590 636 477 382 3188006 11006 2.1 30 1968 787 590 472 394

2.8 40 2271 908 681 545 454

1,4 20 2157 863 647 518 4318008 11008 2,1 30 2612 1045 784 627 522

2.8 40 3028 1211 908 727 606

1,4 20 2687 1075 806 645 5378010 11010 2.1 30 3293 1317 988 790 659

2,8 40 3785 1514 1136 908 757

TABELA 2 - Bicos Hidráulicos Tipo Leque Albuz Jacto - Série APG (50 cmde espaçamento na barra).

Pressão Vazão Velocidade do Trator (km/h)Referência do do I IBioo Cor Liquido Bico 3 4 5 6

kgjcm' p.s.í. m2jmin Vazão do Pulverizador (2/ha)

2.1 30 495 200 150 120 100APG 110J amarelo 3,2 45 605 240 180 145 120(iaune) 4.2 60 700 280 210 170 140

2,1 30 700 280 210 17Q 140APG 110 O laranja 3,2 45 855 340 260 205 170(orange) 4.2 60 990 395 295 240 200

2,1 30 990 395 295 240 200APGllOR vermelho 3,2 45 1210 485 365 290 240(rouge) 4,2 60 1400 560 420 335 280

2.1 30 1400 560 420 335 280APGllOV verde 3,2 45 1710 685 515 410 340(vert) 4.2 60 1980 790 595 475 395

2,1 30 570 2~0 170 135 115APG 95 J amarelo 3,2 45 690 275 205 165 . 140

{jaune} 4,2 60 800 320 240 190 160

2,1 30 850 340 255 205 170APG 95 O laranja 3.2 45 1040 415 310 250 210(orange) 4.2 6ü 1200 480 360 290 240

2.1 30 1140 455 340 275 230APG 95 R vermelho 3,2 45 1400 560 420 335 280(rouge) 4,2 60 1620 650 485 390 325

2,1 30 1430 570 430 345 285APG 95 V verde 3,2 45 1750 700 525 420 350(vert) 4,2 60 2020 810 605 485 405.

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IIerh.cidasrrccnolo!tia

2,8 kg/crn- ). Os bicos de impactosão usados principalmente em pulve-rizações dirigidas de herbicidas emcanaviais e cafezais, devido ao ângulodo leque (de 108° a 130°, dependen-do do bico) e à distribuição do líquidoem gotículas maiores (VMD acima de300 micra nas bordas do leque) (Ta-bela 3).

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

USADOS PARA A PULVERIZAÇÃODE HERBICIDAS

Culturas AnuaisInclui-se aqui a maioria dos pulve-

rizadores de aplicação terrestre, desdeaqueles que são utilizados para a pul-verização de herbicidas em pré-plantioda cultura, até aqueles que são adapta-

'-- dos para a aplicação de herbicidas empós-emergência da cultura. A carac-terística principal desses pulverizado-res é que eles são equipados com bicosem leque capazes de cobrir uniforme-mente uma superfície plana, como ado solo ou a foliar das plantas dani-nhas.

Alguns herbicidas são aplicadosem pré-plantio, antes da instalação dacultura. e, devido à sua volatilidade,

TABELA 3 - Bicos de Impacto ou Tipo Detlector (tloodjet).

PressãoV:ll3<J do Bico

Bico Rcfcréricia" Recomendada Indicação do UsoI kg/cm2 p.s.i. m2/min

I

amarelo 1,1 15 680

POLlJET verde 1,1 15 900 Hcrbicidaalui 1,1 15 1630vermelho 1,1 15 2475

TK.50 2,1 39 , 3032,8 40 I 379

i

TK 1 2,1 30

I643

2,8 40 757

2,1 30 I 984TK 1.52,8 40 1136

TEEJET Fertilizante líquidoTK 2 2,1 30 1325

HerbicidaSérie TK 2,8 40 1514

2,1 30 1628 DesfolhanteTK 2.5

2,8 40 1893

TK 3 2,1 30 19682,8 40 2271

TK5 2,1 30 32852,8 40 3785

* Os bicos TK.50 e TK 1 requerem filtro de malha 100; o bico TK 5 não requer filtroe os demais são usados com filtro de malha 50.

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Hcrbicidas/Tecnologia

ou à sua degradação pelos raios ultra-violetas da luz solar, ou ainda à suapouca mobilidade no solo, necessitamser misturados ao solo. Esse processoé conhecido como incorporação. Aprofundidade da camada do solo, aoqual o herbicida será incorporado,depende muito do herbicida em sie da finalidade pela qual ele está sen-do incorporado: Os pulverizadoresutilizados nessa operação são monta-dos de tal maneira que os três pontosdo hidráulico do trator ficam livres,para que um implemento que incor-pora o herbicida seja acoplado.

O exemplo mais conhecido dessetipo de pulverizador é o PHl da firmaMáquinas Agrícolas JACTO S.A., comdois tanques de 200 Q cada, montadosnas laterais do trator, e, equipado comuma barra de oito bicos APG 110R,

o fixada na frente do trator. Com o usosimultâneo de uma enxada rotativa oude um vibronivelador, ou mesmo deuma grade de discos leve, o herbicidaé pulverizado e imediatamente mistu-rado com o solo. Como os oito bicoscobrem uma faixa de 4 m, o imple-mento acoplado ao trator para a in-corporação deve ter pelo menos essalargura. A regulagem de profundida-de deve ser feita de acordo com arecomendação do fabricante do hcr-bicida. Esse tipo de pulverizador é

I usado extensivamente nas culturas~ do algodão, soja e, em alguns casos,

na cultura do milho.Devido à pequena produção agrí-

cola horária do PHI (1,2 ha/h) e à ex-tensão muito grande das culturas aserem pulverizadas, mormente a soja,a pulverização de herbicidas em pré-plantio é feita, muitas vezes, com ou-tros pulverizadores terrestres e mesmocom aviões. Os pulverizadores terres-tres, nesse caso, têm tanques de capa-cidade variável (de 400 Q a 2000 Q),acoplados no trator ou tracionadosnuma carreta. Ao usá-Ias, todo cui-dado deve ser tomado para ajustar afaixa de pulverização à de incorpora-ção. Assim, para um pulverizador'PJ-2000BS (JACTO), equipado comuma barra de 24 bicos i\PJ J J OR, es-paçados de 50 em, seriam necessáriaspelo menos seis enxadas rotativas, qua-tro grades ou três vibronivcladorcs.Para um avião Ipanerna equipado combarra, pulverizando uma faixa de J 5 ma 160 km/ha, seriam necessários pelomenos 12 tratores no serviço de incor-poração do produto.

A grande maioria dos hcrbicidasusados nas lavouras anuais é aplicada

50

na superfície do solo arado logo apóso plantio (pré-ernergêncía) ou na su-perfície fali ar das plantas daninhasrecém-ernergidas (pós-emergência).Estes pulverizadores têm uma maiorprodução horária, devido à maiorcapacidade do tanque e ao maior nú-mero de bicos em leque arranjados nabarra. O comprimento normal dabarra de pulverização é de 9 m, corres-pondendo a 19 bicos espaçados de50 em, havendo também outras detamanho maior e menor disponíveisno mercado. Dependendo da capaci-dade do tanque e da vazão por áreatratada, podem ser obtidas produçõespor hora que variam desde 0,20 ha até3,40 ha. A menor produção por horaé obtida com um pulverizador costalde 20 Q equipado com barra de 2 bi-cos e a maior/ com um pulverizadorPJ-2000BS (JACTO), com um tan-que de 2000 Q montado em carreta,equipado com uma barra de 19 bicose levantador mecânico.

Em alguns casos a recomendaçãode aplicação do herbicida em pré-emergência não pode ser cumpridaà risca, porque o produtor não dispõede um trator para a plantadeira e ou-tro para acionar o pulverizador. Outroproblema comumente encontrado é oelevado preço dos herbicidas para aaplicação na área total plantada, prin-cipalmente em lavouras de espaçamen-

I to largo entre. linhas como é o casoda cultura do milho. Tendo em vistaa resolução desses problemas, foi de-senvolvido no Centro Nacional de Pes-

quisa de Milho e Sorgo, Sete Lagoas,MG, um conjunto plantadeira-pulve-rizador (Figura 3) que é capaz de rea-lizar, concomitantemente, as opera-ções de semeadura do milho e pulve-rização em pré-emergência de herbi-cida no sulco de plantio. O conjuntoconsta de um tanque de 400 ou 600 Qfixado na frentre do trator, de umabomba centrífuga ligada na tomadade força do trator e de quatro bicosTeejet 8003E Gato em leque contí--nuo), colocados atrás das unidadesde plantio de uma plantadeira Ju-mil 2 de quatro linhas. Com essamontagem, é possível pulverizar oherbicida somente no sulco de plan-tio, economizando-se o tempo detrator gasto para a pulverização ea quantidade de herbicida a qual éaplicada nesse caso em apenas 30-50% de árei plantada. A· monta-gem do conjunto é feita com peçase acessórios encontrados no merca-do brasileiro, e a única restrição éo tipo de plantadeira por causa dabomba do pulverizador que requera tomada de força do trator. Comoalternativa adicional, podem tambémser acopladas ao conjunto quatro gra-nuladeiras para a aplicação de inseti-cidas granulados no sulco de plantio.

A idéia da aplicação de herbicidasem faixa pode ser adaptada para pe-quenos produtores que plantam suaslavouras em sulco que pode ser pul-verizado com um pulverizador costalmunido de um bico Teejet 8003 E.A limpeza posterior da entrelinha

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Fig. 3 - Conjunto plantadcira-pulvcrizador, desenvolvido pelo Centro Nacionalde Pesquisa de Milho e Sorgo. Sete Lagoas, MG.

Inf. Agropcc. Belo Horizonte, ª- (87) março 1982

Hcrbicidas/T ccn elogia

será feita com um cultivado r de traçãoanimal.

Em algumas situações especiais, oherbicida é aplicado na lavoura, massem atingir diretamente a cultura, de-vido a problemas de fitotoxicidadc.Os pulverizadores usados para essafinalidade são equipados com bicostipo deflctor (Polijct ou Tcejct TK),arranjados aos pares em pinguclos nabarra de pulverização. Cada pingucloou extensor, com um par de bicos,cobre uma entrelinha da cultura, eo produto só atinge a base da planta.Esse tipo de pulverizador é exempli-ficado pelo pulverizador PI-lD daJACTO, usado para pulverizar herbi-cidas de contato em cana-de-açúcare milho (pós-emergência tardia).

Cafeeiros e PomaresA aplicação de herbicidas em cafe-

eiros e pomares é uma operação quedepende muito do tamanho da lavou-ra, da topografia local e da época deaplicação do herbicida. Em lavouraspequenas ou em locais de topografiairregular e acidentada, podem serusados pulverizadores costais equipa-dos com um bico em leque ou barrade pulverização com dois bicos. Apulverização é sempre feita de maneiraa. proteger as folhas da cultura, e bi-cos de ângulo largo (110° ou mais)são os mais recomendáveis.

Em áreas rnecanizáveis pode-seusar um pulverizador tratorizado demaior capacidade. Existem no mer-cado nacional pelo menos dois tiposde pulverizadores tratorizados que sãoindicados para cafeeiros e pomares,e pelo menos um que foi desenvolvidopara laranjeiras. A firma JACTO, dePompéia, SP, tem disponível no mer-cado os pulverizadores PH-200 e PH-400. O primeiro deles é montado nosistema de carreta que permite acom-panhar as irregularidades do terreno,e o segundo, montado no sistema detrês pontas dos tratores cafeeiros, éindicado para lavouras mais extensase adequadas à mecanização. Nos doispulverizadores, a pulverização é feitapor quatro bicos tipo defletor (poli-jet azul), distribuídos de maneira aficar dois no centro da rua e um decada lado, debaixo das asas de pro-teção. Os bicos têm registro indivi-dual, podendo ser usados todos osquatro de uma só vez, ou somenteos dois laterais, ou os dois centraisetc. Dependendo da regulagem daaltura dos bicos, a faixa de pulveri-zação varia de 1,40 m (faixa cen-

lnf. Agropec, Belo Horizonte, ª- (87) março 1982

tral somente) a 3,60 rn (2,20 m nafaixa central e 1,40 m nas laterais).

Em pomares de citrus é usadoum tipo especial de pulverizadordesenvolvido pela K.O. de Jaboti-cabal, SP, que consiste de um pulve-rizador convencional equipado coma barra aplicadora de hcrbicidas mo-delo AHC-IO, acoplada no pára-choque do trator. A estrutura dabarra e a disposição dos bicos per-mitem que a cobertura seja feita nasentre-plantas, eliminando os proble-mas dos "travesseiros". A barra éequipada com cinco bicos Teejet11004 e tem três regulagens de al-tura.

Pastagens. Herbicidas podem ser usados

tanto na formação quanto na con-servação de pastagens, eliminandoplantas daninhas de porte herbáceoe até de porte arbóreo. A pulveriza-ção pode ser feita na área total dapastagem ou sobre as plantas daninhasindividualmente, sem pulverizar ocapim. Em grandes áreas, a pulveri-zação é feita com pulverizadores tra-torizados convencionais ou com avi-ões. Em áreas menores e de difícil·acesso para tratores ou avião, a pul-verização é dirigida às plantas da-ninhas individualmente.

Usando-se pulverizadores costais,podem-se aplicar herbicidas na super-fície foliar de plantas daninhas herbá-ceas e de porte subarbustivo. Quandoas plantas daninhas encontradas naspastagens são de porte arbustivo, decaule com diâmetro superior a 2 em,a maneira recomendada para o contro-le é a pulverização do toco, aplican-do-se o produto sobre a seção decorte, imediatamente após a roçada.A operação é conduzi da por pelo me-nos dois homens, um roçando e ra-chando os tocos e o outro pulverizan-do. A fim de que os tocos pulveriza-dos possam ser identificados, deve-seacrescentar o azul de metileno no tan-que do pulverizador. A pulverizaçãoindividual das plantas daninhas de umapastagem é uma operação demoradae trabalhosa, mas é ainda o melhormeio de controlá-Ias, gastando-se omínimo de produto e evitando-se acontaminação desnecessária da forra-gem.

Equipamentos de Precisão para a Pes-quisa

A pulverização de parcelas experi-mentais e outras superfícies menores,

como pequenos potes e vasos nasestufas, depende de equipamentos degrande precisão, capazes de garantiruma quantidade certa de herbicida porárea tratada. Vários equipamentos sãousados para essa finalidade e dentreeles podem ser destacados pelos me-nos três.

O pulverizador logar ítrnico é usa-do com muito sucesso quando se querestudar, em poucas parcelas, o efeitodecrescente de doses do herbicida.A pressão do conjunto é dada por umcilindro de gás carbônico, controladapor um regulador de pressão equipa-do com dois manômetros. Um dosmanômetros mede a pressão internado cilindro e o outro marca a vazãode gás para os tanques de pulveriza-ção. O pulverizador logarítmico fun-ciona com dois tanques de pulveriza-ção interligados, um com a calda aser pulverizada e outro com água.O primeiro líquido a chegar nos bírisem leque é o mais concentrado c àmedida em que a água do tanquemaior vai passando e diluindo acalda do tanque menor, a concen--,tração da mistura vai decrescendo I

logaritmicamente. Desde que o ope-rador caminhe a uma velocidadeconstante, mantendo a vazão cons-tante, a concentração do produtopulverizado é uma função exponen-cial da distância percorrida. A dosemaior está sempre na cabeceira daparcela e daí ela decresce logaritmi-camente até o fim da parcela onde aconcentração do produto é inócua.

A Figura 4 mostra um outro equi-pamento usado para a pulverização deparcelas experimentais no Centro Na-cional de Pesquisa de Milho e Sorgo,Sete Lagoas, MG. O pulverizador tipomonociclo é equipado com uma bar-ra de oito bicos Teejet 8003, espaça-dos de 50 em, capaz de cobrir de umasó vez faixas de pulverização de largu-ra variável, dependendo do númerode bicos que é posto em funcionamen-to. Os bicos que não irão ser operadossão vedados. A pressão de pulveriza-ção é dada por um cilindro de gáscarbônico que mantém sob pressãoconstante, através do regulador depressão, o líquido a ser pulverizado.O pulverizador tipo mono ciclo é todoconstituído em alumínio e operadopor um homem. Ele transporta ocilindro de gás carbônico e dois tan-ques de pulverização, operados indi-vidualmente. Entre o tanque de pul-verização e a barra, é colocada umaválvula de comando de gatilho que

51

Hcrbicidas/Tccnologia

Fig. 4 - Pulverizador tipo monociclo desenvolvido para parcelas experimentais.Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo. Sete Lagoas, MG.

permite a vedação instantânea dolíquido que flui para os bicos.

Como no caso do pulverizadorlogarítmico, o operador do monoci-cio consegue dar ao pulverizador umavazão constante, se ele andar a umavelocidade constante. O tanque depulverização tem capacidade para 10 Qti 'comporta material suficiente paratodas as. parcelas de um mesmo trata-

"rnento. A fim de que não ocorra gote-jamento dos bicos no caminhamentoentre as parcelas, recomenda-se o usode bicos especiais Teejet com válvula("check valve").

A pulverização de copos e vasosnas casas de vegetação pode ser feitacom absoluta precisão, usando-se osistema mostrado na Figura 5, que éuma adaptação de pulverizador sobreesteira rolante desenvolvida pelo Cen-tro Nacional de Pesquisa de Milho eSorgo, Sete Lagoas, MG. Um bicode jato em leque fixo, sob pressãoconstante oriunda de Um cilindro degás carbônico, pulveriza uniforme-mente todos os copos e vasos quepassam debaixo dele, transporta-dos a uma velocidade constante pelaesteira rolante. A pulverização écontrolada por uma válvula de co-mando de gatilho, e os copos de ummesmo tratamento são colocadosem uma bandeja para maior facili-dade de manejo.

Pulverização AéreaEm áreas de topografia plana e

com lavouras extensas (acima de J 00

52

ha), o uso da pulverização aérea érecomendado devido a sua alta pro-dução horária. Dos vários aviões ehelicópteros usados, cabe salientaro avião IPANEMA EMB 20IA, proje-tado, desenvolvido e construído porbrasileiros na EMBRAER, São Josédos Campos, SP. O Ipanema EMB20IA é um avião de asa baixa can-tilever, com alto coeficiente de sus-tentação, reservatório com 680 Q decapacidade, necessitando somentede 201 m de pista para decolagemcom carga máxima. O avião é equi-

11"

pado com motor Lycomming de300 HP, .corn hélice de rotação cons-tante. Sua cabine é construída den-tro do princípio de "colapso progres-sivo", tanques de combustível loca-lizados nas asas, com autonomia devôo de até 3 h 30 mino

A movimentação e pressurizaçãodo herbicida é feita através de umabomba centrífuga de alta capacidadee baixa pressão, acionada hidrauli-camente pela própria rotação domotor do avião. Para herbicidas, oavião é equipado com barra e bicosda TRANSLAND. A pulverização éfeita com altura de vôo de 4 a 5 m,cobrindo uma faixa de 15 m. A velo-.cidade usual é de 160 km/h. Bicosem leque de alta vazão, como é o ca-so do Teejet 8015 ou Teejet 8020,são os mais recomendados para her-bicida por causa da faixa de pressãoem que as aplicações aéreas são reali-zadas (de 1,1 a 2;1 kg/cms ) e porcausa do tamanho das gotículas (aci-ma de 300 micra).

CALIBRAGEMDO PULVERIZADOR

A aplicação imprópria de defensi-vos agrícolas custa mais de 4 bilhõesde cruzeiros anuais aos fazendeirosamericanos. Uma aplicação errôneade herbicidas pode criar problemasde dois tipos: controle insuficienteda população de plantas daninhas,quando a dose requerida não é aplica-da na sua totalidade e, no caso deexcesso da dosagem, aumento do cus-

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Fig.5 - Conjunto de pulverização sobre esteira rolante para uso em casa de vegetação.Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG.

lnL Agropec. Belo lIorizonte, ~ (1l7) março 1~!l2

Hcrbicidasrrecnologja

to operacional, do risco de injúriasà cultura e dos danos ao meio ambien-te. Para que tais problemas não ocor-ram, a calibragem do pulverizador ésempre necessária quando se aplicamherbicidas. A calibragem do pulveri-zador é uma operação relativamentesimples e será discutida nos seguintestópicos:

a. Volume de pulverização porárea;

b. velocidade de pulverização;c. regulagem da barra de pulve-

rização;d. calibragem propriamente dita;e. conservação e limpeza do pul-

verizador.

Volume de Pulverização por ÁreaOs rótulos dos herbicidas usual-

mente indicam a dose recomendadado herbicida de acordo com a cultura,época de aplicação e tipo de solo e,também, a quantidade de água ououtro diluente a ser aplicado por área.A escolha da vazão do pulverizadordeve ser de acordo com a recomenda-ção do fabricante do herbicida e Umavez escolhida, deve ser obtida atravésda escolha apropriada de bicos e davelocidade de operação do trator. Porexemplo, a troca de uma série de bicos8006 por uma série de 8003 reduz avazão pela metade nas mesmas condi-ções de pressão e velocidade do pul-verizador. O volume da solução oususpensão diluente-herbicida a serpulverizado por área varia geralmen-te de 200 a 450 Q/ha em equipamen-tos terrestres e de 30 a 60 Q em pulve-rização aérea.

Velocidade de PulverizaçãoPara uma determinada série de bi-

cos, trabalhando. a uma pressão fixa,a mudança na velocidade do veículoque transporta o pulverizador ocasionauma mudança sensível na vazão porárea. Por exemplo, se a velocidade dotrator é reduzida de 5 km/h para 4krn/h, há um aumento de 25% na va-zão. Se a velocidade é aumentada porexemplo, de 5 km/h para 6 km/h, háuma redução de 16,7% na vazão porárea e assim por diante.

A velocidade de pulverização deveser a mais uniforme possível para seobter uma pulverização uniforme eeficiente, sem causar danos às diver-sas partes do pulverizador. A marchaideal é função das condições do ter-reno, topografia, volume que se querpulverizar por área e também da capa-cidade de trabalho ou produção horá-

Inf. Agropec. Belo Horizonte. !!. (87) março 1982

ria do pulverizador. A produção horá-ria de um pulverizador é medida emha pulverizados/h de serviço e depen-de da velocidade do veículo (tratorou avião) em m/h da faixa de pulvc-rização em metros. Depende tambémde um fator de campo cujo valor éestimado em 0,75 para pulverizaçãode herbicidas. A produção horária dopulverizador é calculada pela fórmula:

v (m/h) x L (m) x FPha/h =

10.000 m2

Onde:V - representa a velocidadeL -srepresenta a largura da faixa de

pulverizaçãoF - representa o fator de campo

Para um pulverizador tratorizadoequipado com barra de 19 bicos es-paçados de 50 em, e movendo a 4000m/h, a produção horária é:

4000m/h x 9.5 m x 0,75Pha/h = ,=2,85 ha/h

10.000 m2

O aumento na velocidade do tra-tor de 4000 m/h para 5000 m/h, con-forme exposto anteriormente, reduza vazão em 20% e aumenta a produ-ção horária em 25%. Isso representa

um melhor rendimento e menor CUSl,'

de aplicação, mas um excesso de velo-cidade não é benéfico. Recomenda-se em geral que a velocidade de pulvcrização fique em torno de 5 km/h p:l'ra pulverizadores terrestres e 160 km/hpara aviões.

Regulagem da Barra de PulverizaçãoConsiderando-se uma barra di.'

pulverização equipada com bicos 800.'ou 11003, a regulagem da altura é umfator importante para a obtenção deum padrão eficiente de pulverização.Para cobrir urna faixa de 50 em, cor-respondente ao espaçamento na barra.um bico Teeje t da série de 80 neccs-sita estar a 48 em de altura do alvo:nas mesmas condições um bico de1100 (Teejet 110 ou APG 110) neccs-sita estar a 36 em de altura do alvo.A barra de pulverização tem de serajustada no sentido de que os bicossejam operados na altura requerida.A regulagem de altura deve sér feitacom uma fita métrica e ajustando-se a altura com o auxílio do hidráu-lico do trator. Erros de pulverização.devido a desajuste da barra de pulve-rização, são muito comuns e devem'ser corrigidos. A Figura 6 mostraalguns padrões corretos e incorretosde pulverização.

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~------v~-------Bico, de 800 - padrãocorreto de pulverização.

Cobertura pobre de-vida à colocação debicos com ângulosdiferen teso •

Bico coloca--do fora doalinhamen-to em rela-ção aos de-mais.

Bico entupido ~-tando em coberturapobre.

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Cruzamen to muito largo decor-rente de a barra ser muito alta.

Cruzamentocorreto

Cruzamento deficienteem função da barra mui-to baixa.

Fig, 6 - Padrões corretos e incorretos de pulverização.

.,l . Hcrbicidas/Tecnología

Calibragem Propriamente DitaA calibragem do pulverizador e o

cálculo da quantidade de herbicidaa ser colocada nos diferentes tipos detanques são operações simples mais im-portantes. Antes de mais nada, o apli-cador deve verificar se:

a. Os bicos todos têm a mesmanumeração. Ex. 8004;

b. bicos e peneiras estão limpos,desimpedidos de qualquer obstrução.É sempre aconselhável a remoção daspontas e peneiras para este exame e,se necessário, lavá-Ias;

c. os bicos estão dispostos na bar-ra de pulverização de maneira que sejustaponham. Evite o choque de le-ques;

d. não há vazamentos;

e. todos os bicos apresentam amesma vazão. Ex.: Para uma pressãode 2,8 kg/cm? ou 40 p.s.i., todos osbicos 8004 devem apresentar uma va-zão aproximada de 1.514 mQ/min,independente da posição na barra.Caso haja diferença, verifique o de-feito que pode ser da barra (perda decarga) ou do bico (entupido, dilatadoetc.).

Após esses exames iniciais, deter-mine a pressão e a velocidade do tra-tor. A velocidade deve ser marcada

~usando-se um trecho conhecido de-50 m. Marcando-se o tempo neces-sário para o trator mover 50 m, o apli-cador deve achar valores tais como45 seg (4 km/h), 36 seg (5 km/h) 0\1

30 seg (6 km/h). Colete a água de umdos bicos em um recipiente graduado

'-...- durante o tempo gasto para percorreros 50 m e multiplique este valor pelonúmero de bicos da barra para obtera vazão do pulverizador por uma uni-dade de área. Por uma regra de trêssimples, calcule a vazão do pulveri-zador por ha. Ex.: Para uma barrade 12 bicos, espaçados de 50 cm.

· Distância percorrida - 50 m· Tempo gasto - 36 scg· Vazão de cada bico em 36 seg - 0.908 Q

· Vazão da barra (12 x 0,908 Q) - 10,896 2· Área pulverizada - 50m x 6m = 300m2

· Vazão por ha - 10,896 x 10.000m2/

300 m2 = 363 2/ha.Uma variação desse processo de

calibragem é o uso de sacolas plásticasgraduadas que dão a vazão de pulveri-zadores com bicos espaçados de 40 eme 50 em na barra de pulverização. Quan-do se dispõe de sacolas graduadas, acalibragem é ainda mais fácil. Com otrator parado, em ponto morto, e coma mesma RPM, com a qual ele seráoperado, apara-se na sacola o líquidode um bico durante o tempo que otrator gastaria para percorrer os 50 m.A leitura é direta e deve ser repetidapara vários bicos ao longo da barra.Se a diferença de vazão entre os bicosnão for superior a 10%, considere avazão média. Se a diferença for muitogrande, troque as pontas dos bicosdefeituosos e que fogem do padrão.

Conservação e Limpeza do Pulveri-zador

Pulverizadores são equipamentoscaros e de precisão, que necessitam decuidado 'permanente para a sua conser-vação em condições de uso por umperíodo longo. Tanto o trator quan-to o pulverizador devem ser guarda-dos limpos em local seco, abrigadosdo tempo.

Antes de usar um novo pulveri-zador, limpe-o de materiais estranhos,passando água no tanque, bomba, bar-ra e bicos. Tire as pontas dos bicospara lavar o conjunto. Diariamente,após a pulverização, esvazie o tanque,coloque água nele para limpeza dabomba, barra e bicos. As peneiras epontas dos bicos devem ser inspecio-nadas diariamente após o uso. Se ne-cessário, limpe-as com escova e águacom detergente.

Alguns herbicidas, como aqueles

à base de 2,4-D, são removidos dopulverizador com muita dificuldade.Nesses casos, use água, detergente eamoníaco para a remoção completados resíduos. Essa limpeza deve serfeita sempre que se troca o herbicidaa ser pulverizado, principalmentequando é mudada também. a cultura.Por exemplo, resíduos de tanque deum herbicida para milho são capazesde prejudicar seriamente uma culturasusceptível como o sorgo sacarino.

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a terra.

Urna revtstaInforme

Agr01J8ClláIJio.

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feita com amor.

Inf. Agropec. Belo Horizonte, -ª (87) março 1982.