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Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA DE PACIENTES IDOSOS APÓS A INSTALAÇÃO DE PRÓTESES DENTÁRIAS TOTAIS SOBRE IMPLANTES Brasília - DF 2016 Autor: Andrey Carneiro Ferreira Orientador: Prof. Dr. Vicente Paulo Alves Coorientador: Prof. Dr. Antônio da Silva Ramos Neto

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Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA DE PACIENTES IDOSOS APÓS A INSTALAÇÃO DE PRÓTESES DENTÁRIAS TOTAIS SOBRE

IMPLANTES

Brasília - DF 2016

Autor: Andrey Carneiro Ferreira Orientador: Prof. Dr. Vicente Paulo Alves

Coorientador: Prof. Dr. Antônio da Silva Ramos Neto

   

 

ANDREY CARNEIRO FERREIRA

AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA DE PACIENTES IDOSOS APÓS A INSTALAÇÃO

DE PRÓTESES DENTÁRIAS TOTAIS SOBRE IMPLANTES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Mestrado em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia. Orientador: Prof. Dr. Vicente Paulo Alves Coorientador: Prof. Dr. Antônio da Silva Ramos Neto

BRASÍLIA

2016

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

F383a Ferreira, Andrey Carneiro.

Avaliação da autoestima de pacientes idosos após a instalação de próteses dentárias totais sobre implantes / Andrey Carneiro Ferreira – 2016.

51 f. : il.; 30 cm Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2016.

Orientação: Prof. Dr. Vicente Paulo Alves Coorientação: Prof. Dr. Antônio da Silva Ramos Neto

1. Gerontologia. 2. Autoestima. 3. Prótese sobre implante. 4. Idosos. I. Alves, Vicente Paulo, orient. II. Ramos Neto, Antônio da Silva , coorient. III. Título.

CDU 613.98

   

 

Dedico esse trabalho a minha família, meu pai Adalberto, minha mãe Nelmi, meu irmão Breno e minha esposa Josilene, por me apoiarem durante esse longo e trabalhoso caminho de formação, pois sem vocês não seria possível chegar cada dia mais longe. O apoio, carinho, compreensão e o amor de vocês foi e será sempre fundamental e decisivo para as minhas conquistas. Dedico-lhe este trabalho.

   

 

AGRADECIMENTO

A Deus, pela vida, por me guia, ilumina, conforta, capacita a cada momento, e permitir que eu busque e alcance novos objetivos, dando sentido a minha existência. Obrigado por proporcionar a realização de mais uma conquista. Ao Professor Vicente Paulo Alves, que me acompanhou nessa jornada de descobertas, me apoiando, confiando. Sem dúvida seu papel de coordenador, professor e orientador contribuiu significativamente na minha formação acadêmica. Ao Professor, Mestre e Amigo Antônio da Silva Ramos Neto, meu sincero agradecimento por ter me auxiliado nessa etapa, obrigado pelo apoio incentivo confiança e credibilidade investidos em mim, minha admiração hoje e sempre. À Professora Gislane Ferreira de Melo, pela paciência em esclarecer minhas dúvidas, conhecimento, e auxilio nos resultados, sua contribuição de grande significância.

Aos Professores que aceitaram compor a banca e disponibilidade de apreciar esse trabalho .

Aos Professores do Programa de mestrado em gerontologia, pela amizade oportunidade e conhecimento compartilhado. Aos Amigos e Colegas pelos momentos de descontração, estudo e convívio harmonioso Ao Sr. José Roberto Sfair Macedo, pela liberação no trabalho e incentivo ao aprendizado. À secretaria do Programa de mestrado em gerontologia, pelo apreço e competência dedicados. Aos Pacientes que colaboraram para a realização dessa pesquisa. Sem eles o meu trabalho não existiria.

A minha família, que é o bem mais precioso que possuo, e não há palavras para descrever a importância de todos em minha vida.

   

 

RESUMO

Referência: FERREIRA, Andrey Carneiro. Avaliação da autoestima de pacientes idosos após a instalação de próteses dentárias totais sobre implantes. 2016. 51p. Dissertação (Mestrado em Gerontologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.

A perda de dentes ou a desadaptação das próteses dentárias no idoso pode comprometer a função mastigatória a auto estima e o nível de satisfação com a vida, e com a instalação de implantes dentários o paciente tem uma melhora na função mastigatória e nível nutricional. Objetivo: avaliar a autoestima e satisfação com a vida de idosos que fizeram prótese dentárias implanto suportada total nos últimos 12 meses, a partir de escalas de avaliação. Materiais e métodos: pesquisa descritiva transversal quantitativa com uma amostra de 21 pacientes idosos e para análise dos dados foram utilizados test t e X2 (qui-quadrado), média, desvios e frequências. Resultados: Os participantes apresentaram-se com elevada satisfação com a vida (p= 0,87) e boa autoestima (p= 0,72), relacionada ao uso de prótese satisfatória. Com relação as próteses. Conclusão: As próteses são importantes para o convívio social, elevando a autoestima e o bem estar do paciente e sua satisfação com a vida, desde que o paciente realize o acompanhamento clínico e realize as manutenções periódicas.

Palavras-Chave: Autoestima, Prótese sobre implante, Idosos

   

 

ABSTRACT

The loss of teeth or leakage of dentures in the elderly may compromise the masticatory function the self-esteem and the level of satisfaction with life, and with the installation of dental implants the patient has an improvement on masticatory function and nutritional level. Objective: to evaluate the self-esteem and satisfaction with life of seniors who did dental implant supported prosthesis total in the last 12 months, from rating scales. Materials and methods: transversal descriptive quantitative research with a sample of 21 elderly patients and data analysis were used to test t and X2, average, standard deviations and frequencies. Results: participants presented themselves with high satisfaction with life (p = 0.87) and good self-esteem (p = 0.72), related to the use of prosthesis. Regarding the prostheses. Conclusion: The prostheses are important to the social conviviality, raising self-esteem and well being of the patient and your satisfaction with life, since the patient perform the clinical follow-up and perform periodic maintenance.

Keywords: Self-esteem, Implant Prosthesis, Elderly people

   

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 2 OBJETIVO ................................................................................................................. 11

2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 11

3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 12 3.1 USO DE IMPLANTES EM PACIENTES IDOSOS ................................................. 12 3.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE IMPLANTES DENTÁRIOS .. 13 3.3 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DO USO DE IMPLANTES EM IDOSOS

.............................................................................................................................................. 14 3.4 AUTOESTIMA ........................................................................................................ 18

4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 22 4.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................................... 22 4.2 AMOSTRA ............................................................................................................... 22

4.2.1 Critérios de inclusão da amostra .................................................................... 22 4.2.2 Critérios de exclusão da amostra .................................................................... 22 4.2.3 Riscos e benefícios para a amostra ................................................................. 22

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ........................................................ 23 4.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ..................................................... 24 4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS ................................................................ 24 4.6 ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................ 24

5 ARTIGO ..................................................................................................................... 26 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 38

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA DISSERTAÇÃO ................................ 40 8 APÊNDICE ................................................................................................................. 44

8. 1 APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO SÓCIO DEMOGRÁFICO ............................... 44 9 ANEXOS ..................................................................................................................... 45

9.1 ANEXO 1 – ESCALA DE AUTO ESTIMA DE ROSENBERG .............................................. 45 9.2 ANEXO 2 – ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA ..................................................... 47 9.3 ANEXO 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................................. 48

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .................................. 48  

8    

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é um fenômeno que já atinge grande parte das

populações mundiais, deixando de ser exclusivo dos países desenvolvidos (Gerlack et al.,

2009). No processo do envelhecimento vão ocorrendo perdas orgânicas e funcionais, cujo

ritmo e intensidade variam de pessoa para pessoa, e acabam por diminuir a capacidade que

cada indivíduo tem para adaptar-se ao meio ambiente tornando-o exposto e vulnerável a

processos patológicos, levando-o a um declínio físico natural (Unicovsky, 2004). É notório

em todo o mundo um aumento da expectativa de vida da população, e isso se dá devido a uma

melhor condição geral de vida, avanços da medicina, e com novas descobertas na área da

saúde e tecnologia, essa expectativa de vida poderá aumentar ainda mais ano após ano (IBGE,

2010).

A expectativa de vida tende a aumentar, também, com o progresso da Medicina e das

demais áreas de saúde e, consequentemente, indivíduos com idade mais avançada têm

procurado os cuidados desses profissionais (Brunetti; Montenegro, 2002). Muitos deles

apresentam-se com doenças crônico-degenerativas, em geral advindas do sistema

cardiovascular (por exemplo, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral), além de

diabetes mellitus, osteoporose, neoplasias, artrite, doença de Alzheimer, doença de Parkinson,

problemas psiquiátricos, entre outros, que frequentemente afetam a qualidade de vida desses

indivíduos e alteram a normalidade de um tratamento, seja ele de saúde geral ou de saúde

bucal.

Na odontologia, cáries, doença periodontal, câncer bucal, problemas oclusais,

hipossalivação, ausência de elementos dentários são observados nos idosos e relacionam-se

diretamente com as condições sistêmicas, dificuldades com coordenação motora e com o

grande número de fármacos ingeridos por estes pacientes; salientando a importância da

prevenção e manutenção de uma saúde geral e oral adequadas nesta faixa etária, uma vez que

não é possível separar a cavidade bucal do organismo como um todo.

Dentre as alterações ocorridas na cavidade bucal do idoso, a perda de elementos

dentários é a que implica em maiores consequências para os demais órgãos do corpo humano.

A ausência parcial ou total de dentes leva a uma redução na capacidade mastigatória, pois o

paciente evita a ingestão de alimentos consistentes e fibrosos, deixando de angariar nutrientes

essenciais em sua dieta, o quê contribui para exacerbar problemas sistêmicos, por sua idade, já

possa estar apresentando clinicamente (Brunetti et al., 1998). Além disso, a inatividade

9    

produtiva e social, infelizmente, ainda existe nesta faixa etária, pode se agravar com a perda

dos dentes, conduzindo o indivíduo ao isolamento e à depressão, devido tanto à estética

prejudicada como pela diminuição ou perda da autoestima, erroneamente correlacionando a

perda dos dentes como algo indissociável de seu envelhecimento cronológico, hoje em dia

não mais corresponde a uma situação aonde não possa ser alterada.

As próteses sobre implante assumiram um papel importante na odontologia nos

aspectos relacionados à estética, função e equilíbrio das estruturas do sistema

estomatognático. Assim, apresentam-se como a melhor forma de reabilitação para a maioria

dos casos de pacientes desdentados totais, sendo como uma forma viável de tratamento, que

proporciona retenção e estabilidade ao aparelho, permitindo um aumento na eficiência

mastigatória, além de um aumento da autoestima do paciente.

Na tentativa de melhorar os resultados estéticos e funcionais em longo prazo, reduzir

os custos com o tratamento ou simplesmente tornar mais prática a execução da fase cirúrgica

e/ou protética surgiram várias transformações na técnica como na macro e micro geometria

dos implantes, conexões e confecção das próteses (Thome et al., 2006 e Branemark, 1999).

Uma das primeiras alterações dessas técnicas foi feita com base na teoria do sistema Novum

proposto por Branemark 1999.

Com isso, é de extrema importância que o profissional esteja apto para atender a

população dos pacientes idosos, oferecendo atendimento interdisciplinar, estando atento às

peculiaridades de cada individuo, de modo a realizar o planejamento ideal, respeitando as

condições sistêmicas, biológicas e o desejo por parte do paciente.

Diante do exposto, a osseointegração é um fator predominante definida como uma

conexão direta estrutural e funcional entre o osso vivo organizado e a superfície de um

implante submetido à carga funcional (Diehl et al., 1996).

Para voltar a permitir uma função mastigatória adequada às necessidades alimentares

mínimas na velhice, diversas opções protéticas são viáveis aos idosos e sua indicação depende

de múltiplos fatores como: limitações anatômicas, estados dos dentes remanescentes,

condição de saúde sistêmica, custos envolvidos, prazos de confecção e preferências do

paciente, conforme Vasconcelos et al. (2004).

As próteses convencionais são ainda opções adequadas aos pacientes idosos, podendo

ser fixas, removíveis, sobre dentaduras (overdentures) e as totais. Porém, a eficiência

mastigatória destas últimas três opções, quando comparadas à dentição natural são

evidentemente ruins e seriam muito importantes nesta faixa etária.

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Nos últimos anos, os implantes dentários assumiram grande importância entre a

população idosa, onde além de melhorar a estética e a função, as próteses implanto-suportadas

podem prevenir a perda de autoestima e combater o isolamento social, ambos causados pela

ausência de dentes ou destes estarem em péssima composição visual, permitindo ao indivíduo

desfrutar do envelhecimento com boa qualidade de vida física, social e psicológica

(Vasconcelos et al., 2004).

A reposição dos dentes perdidos por implantes osseointegrados representa um dos

maiores avanços na odontologia reabilitadora, permitindo considerá-los uma modalidade

terapêutica bastante confiável devido às elevadas taxas de sucessos no tratamento dos

pacientes.

Dessa forma, as próteses do tipo "protocolo" surgiram com o intuito de devolver a

função para pacientes que não conseguiam se adaptar às próteses totais e removíveis

convencionais, principalmente, aquelas colocadas em mandíbulas severamente reabsorvidas

(Costa et al., 2012, Thome et al., 2006 e Branemark, 1983).

Esta dissertação esta redigida no modelo escandinavo e separado em etapas. Na etapa

um, temos uma introdução acerca dos temas propostos, na etapa dois os objetivos do trabalho,

na etapa três temos uma revisão de literatura sobre o estudo e refere-se ao uso de implantes

em pacientes idosos abordando estudos e teorias a respeito do tema; nas etapas seguintes,

discorrerá sobre indicações e contraindicações do uso de implantes em idosos e autoestima,

relacionando-os com o envelhecimento, e servirá de embasamento para discutir o tema

proposto. Na etapa quatro falaremos dos materiais e métodos utilizados na pesquisa, na etapa

cinco foi construído um artigo científico com regras da revista escolhida, a etapa seis possui

as considerações finais, na etapa sete as referencia bibliográficas, na etapa oito o apêndice do

trabalho e na etapa nove encontra-se os anexos. Inicialmente, refere-se ao uso de implantes

em pacientes idosos abordando estudos e teorias a respeito do tema; nos capítulos seguintes,

discorrerá sobre indicações e contraindicações do uso de implantes em idosos e autoestima,

relacionando-os com o envelhecimento, e servirá de embasamento para discutir o tema

proposto.

11    

2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a autoestima de idosos que fizeram prótese dentárias totais implanto

suportada, por gênero e idade a partir de questionários de avaliação.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Avaliar a autoestima do paciente idoso após a reabilitação oral com prótese implanto

suportada total por meio de um questionário validado (Rosemberg Self-Esteeam Scale);

- Avaliar a satisfação do paciente idoso com a vida por meio de um questionário

validado (Escala de Medida de Satisfação com a Vida – elaborado por Anita Liberalesso Neri)

12    

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 USO DE IMPLANTES EM PACIENTES IDOSOS

Em um estudo sobre a influência da idade do paciente no sucesso de overdentures

inferiores retidas a implantes, Meijer et al. (2001), afirmaram que o desempenho clínico

destas overdentures foi igualmente bem-sucedido tanto nos pacientes jovens, como nos idosos

e concluem que a idade não deveria ser a razão de exclusão dos pacientes a serem tratados

com implantes bucais intra-ósseos.

A idade não é uma desvantagem excluidora de pacientes indicados a tratamentos

extensos ou resulta em medidas paliativas simples. É recomendado o início rápido do

tratamento, em vez de adiamento, quando o paciente está bem de sua saúde geral, colaborador

e com habilidade manual para bem higienizar a prótese a ser instalada, conforme afirmou

Mericske-Stern em 1994.

Em um trabalho realizado em 1998, Bryant e Zarb acompanharam 39 pacientes por

períodos de oito a dez anos e compararam o desempenho clínico dos implantes em idosos ao

de coincidente quantidade em pacientes jovens, com tratamentos semelhantes. Os autores

obtiveram taxas praticamente iguais de sobrevivência dos implantes tanto em idosos (95,2%)

quanto nos mais jovens (92,3%) e por isto consideraram um alto índice de sucesso na técnica,

sejam os pacientes jovens ou idosos.

Apesar de existirem algumas contraindicações absolutas ao uso de implantes, estes

podem ser usados na grande maioria dos pacientes, independente de suas idades, relatam

Reher; Coelho (2004). É importante, entretanto, ter sempre em mente as necessidades e

características individuais de cada paciente, especialmente do geriátrico, evitando assim o

risco de oferecer tratamentos padronizados para cada um deles.

Segundo Misch (1981), uma idade limite não pode ser estipulada em pacientes

saudáveis; isto deve ser decidido caso-a-caso, se o vigor da saúde geral, destreza manual e

estado médico permitem ou não o uso de implantes dentários. O autor acima afirma ainda,

avaliação médica é mais importante em Implantodontia do que em muitas outras áreas da

Odontologia porque as condições sistêmicas que influenciam o tratamento são bem

frequentes.

A seleção do paciente a receber implante tem importância crucial, uma vez que o

tratamento envolve procedimentos cirúrgicos, boa capacidade de reparação óssea e de

13    

cicatrização da mucosa, até a colocação das próteses, afirmam Drummond et al. (1995),

ponderando na avaliação do paciente idoso, deve-se averiguar se a cirurgia e o período de

cicatrização podem ser bem tolerados por eles.

Diversos estudos têm mostrado, pacientes idosos saudáveis podem ter o mesmo

prognóstico para implantes que pacientes jovens. Porém, nos cuidados dentários do paciente

idoso, observam-se problemas não encontrados em pacientes jovens, conforme Garg et al.

(1997), já que muitos desses resultam de alterações teciduais e ocorrem durante o

envelhecimento. Segundo os autores, o clínico deve estar ciente das alterações físicas,

metabólicas e endócrinas associadas à idade e como estas alterações podem afetar o

tratamento com implantes. Osteoporose, xerostomia, diabetes alta ou não controlada (válido

também para a hipertensão), problemas renais graves, risco real de endocardites infecciosas e

tecidos bucais irradiados são condições importantes e devem ser consideradas pelo dentista

para contraindicar a terapia por implantes.

3.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE IMPLANTES DENTÁRIOS

O uso de implantes dentários a fim de promover suporte às próteses oferece muitas

vantagens comparadas com as próteses removíveis mucodento-suportadas, sendo a maior

vantagem em um paciente parcialmente edêntulo recente, pela manutenção da altura e largura

ósseas, ainda presentes, por um implante bem sucedido, segundo Jacobs et al. (1992). Ainda

segundo estes autores, uma prótese implanto-suportada tem maior retenção e estabilidade,

sendo o paciente capaz de reproduzir uma dada oclusão cêntrica consistentemente. Além

disso, o paciente tem maior confiança para falar, devido à melhora na fonética e para se

alimentar, por uma melhora na performance mastigatória.

Comparados com as próteses totais, os implantes levam grande vantagem, conforme

afirmaram Bottino et al. (2002), pois restabelecem com maior capacidade a função

mastigatória e estética, e têm apenas como fatores limitadores de seu uso a quantidade de osso

disponível e a situação econômica do paciente. Uma outra desvantagem relatada por Engfors

et al. (2004), os pacientes idosos têm mais problemas de adaptação à nova prótese implantada

e isto parece está relacionado ao processo de aprendizado muscular, que é mais prolongado

nestes pacientes.

14    

3.3 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DO USO DE IMPLANTES EM IDOSOS

As indicações para tratamento com implantes em idosos são: insuficiente retenção do

aparelho protético devido à extensa reabsorção do osso alveolar, a hipersensibilidade e

vulnerabilidade da mucosa, defeitos na mandíbula após trauma ou ressecção de tumor,

distúrbios de inervação nos músculos orais e periorais após trauma ou doenças

cerebrovasculares, distúrbios funcionais e impedem o paciente de usar seu aparelho protético

devido à dificuldade de adaptação às próteses pela idade ou por náuseas e reflexos de vômito

e inabilidade psico-social de aceitar o aparelho protético apesar de possuir pré-requisitos

morfológicos e funcionais adequados, de acordo com Nordenram e Landt (1986). Conforme

estes autores, as contraindicações para tratamento com implantes em pacientes idosos são: boa

aceitação do aparelho protético convencional (pela inevitável mudança de hábitos implícita no

uso de implantes), osso residual insuficiente em volume e qualidade, falta de motivação para

tratamento com implantes no que tange às medidas de higiene oral, condições médicas gerais

como diabetes não compensada, osteoporose severa, abuso de álcool e fumo que levam a

higiene oral questionável e predispõem às doenças, condições orais especiais, como

radioterapia e certas condições mentais que podem indicar resultado psicológico negativo e

inabilidade para cumprir pós-operatórios meticulosos e programas de manutenção.

Conforme Holm-Pedersen e Löe (1996) existem três grandes indicações para o uso de

implantes osseointegrados, são eles: aumentar o conforto mastigatório dos pacientes,

preservar os dentes naturais e repor dentes perdidos estrategicamente importantes para a

estética e fonética. Com relação às contraindicações, os autores relatam, pacientes

comprometidos sistemicamente e também com desordens mentais não são bons candidatos

para implantação. Apenas pacientes motivados e cooperativos deveriam ser considerados para

terapia com implantes, pois pacientes incapazes de manterem uma adequada higiene oral e

aqueles com infecção oral persistente, como é a doença periodontal, geram uma importante

contraindicação, por representarem um alto risco para infecções periimplantares. Ainda de

acordo com os autores acima, a implantação não deve ser realizada em regiões de inadequado

volume ósseo, a menos que a região seja tratada com outras terapêuticas regenerativas como

os enxertos.

De acordo com Al Jabbari et al. (2003), o fato de ser idoso não seria uma contra-

indicação para a sobrevivência do implante por um longo tempo. Os autores afirmaram que os

problemas cirúrgicos e protéticos e complicações encontradas em pacientes geriátricos são

15    

similares àquelas reportadas em pacientes jovens. O tratamento com implantes deveria levar

em conta normas médicas de saúde geral, onde todo o esforço deve ser focado na seleção

meticulosa do paciente e manter uma atenção regular sobre sua integridade, visando

considerar possíveis condições geriátricas responsáveis por falhas nos implantes a longo

prazo. O cirurgião-dentista deve ter um mínimo de conhecimento de medicina interna como

um pré-requisito para proporcionar um tratamento adequado com implantes para esses

pacientes.

É necessário que o profissional tenha conhecimento das técnicas de Implantodontia

desenvolvidas atualmente e das doenças sistêmicas, consciente dos riscos existentes, a fim de

ter um bom prognóstico para melhor indicar e planejar o trabalho a ser executado, conforme

Tibério (2004). De acordo com a autora, é importante salientar os procedimentos cirúrgicos

no tratamento de pacientes idosos devem ter como preocupação principal a execução de uma

anamnese bem dirigida, para avaliar as necessidades, quanto às avaliações médicas e

interações medicamentosas, muito comuns de ocorrerem nesta faixa etária.

Para serem indicados ao tratamento com implantes, os pacientes devem ser

cooperativos, motivados, não-fumantes, livres de hábitos parafuncionais, estarem cientes de

todos os procedimentos que eles experimentarão a fim de evitarem-se expectativas irreais,

além de terem boa qualidade e quantidade óssea, concordam Garg et al.(1997).

Comprometimentos sistêmicos maiores como doenças renais e hepáticas graves,

osteoporose, osteomalácia, radioterapia, entre outras, são alterações que levam à

contraindicação médica do uso de implantes, conforme afirmaram Reher e Coelho (2004).

Ainda segundo estes autores, infecções crônicas, como doença periodontal, além de

contraindicarem momentaneamente o uso de implantes, podem sugerir dificuldades

motoras ou de motivação do paciente em relação à sua higiene bucal, devendo este quesito

ser sempre avaliado com seriedade, pois é de alto risco na manutenção futura da integridade

dos implantes.

Num estudo realizado em Toronto por Zarb e Schmitt (1995), concluem, nem a idade

avançada, nem o nível diminuído de higiene oral, são contraindicações únicas à prescrição

para tratamento com osseointegração. Neste estudo, os pacientes idosos que colocaram

implantes e os pacientes que se tornaram idosos desde a colocação dos implantes, tiveram

próteses de vários desenhos confeccionadas para eles e estas funcionaram satisfatoriamente ao

longo dos anos de controle do estudo efetuado.

Os implantes dentários são contraindicados ou devem ser usados com grande cautela

em pacientes com impedimento mental, conforme Truhlar et al. (1997), no que diz respeito à

16    

expectativa exagerada do tratamento, incapacidade de compreendê-lo em sua totalidade e

necessidade de manutenção e cuidados diários. Ainda segundo os autores acima, hábitos

dentários passados e presentes como bruxismo e a razão da perda dentária devem ser

considerados. Por suas experiências, afirmaram, pacientes com história de bruxismo ou

hábitos parafuncionais quando usavam próteses totais, muito frequentemente retomam este

comportamento quando próteses fixas implanto-suportadas são inseridas e isto pode resultar

em sobrecarga oclusal fatal nos implantes.

São indicações para tratamento com implantes: inabilidade para reter e usar

confortavelmente próteses totais, como resultado de uma severa alteração morfológica na área

de suporte da prótese, presença de reflexo de regurgitação hiperativo, coordenação oro-

muscular insuficiente aparente (causada por Doença de Parkinson, AVC, etc.) e intolerância

às próteses com resina acrílica, afirmam Drummond et al. (1995). Os autores descrevem como

contraindicações: paciente frágil devido à doença sistêmica ou doença não controlada, osso

que apresenta quantidade ou qualidade comprometida, histórico de abuso de

drogas/medicamentos, sérios distúrbios mentais e quando o dentista julgar existirem

expectativas irreais a respeito do resultado estético imaginado pelo paciente.

Conforme Chanavaz (1998), as contraindicações absolutas referem-se às condições de

saúde e podem arriscar a saúde geral ou podem comprometer seriamente a sobrevivência dos

implantes e causar complicações crônicas residuais. Contraindicações absolutas incluem:

infarto do miocárdio recente, próteses valvulares (nos primeiros dezoito meses), desordem

renal severa, diabetes resistente ao tratamento, osteoporose secundária generalizada,

alcoolismo crônico ou severo, osteomalácia resistente ao tratamento, radioterapia ativa,

deficiência hormonal severa, viciados em drogas e hábito de fumar (mais de vinte cigarros por

dia). O autor cita ainda contraindicações relativas à natureza e severidade da doença sistêmica

e se esta pode ou não ser satisfatoriamente controlada previamente à cirurgia. São elas: AIDS

e casos soropositivos, uso prolongado de corticoesteróides, desordem do metabolismo de

cálcio e fósforo, desordens hematopoiéticas, tumores buco-faríngeos, quimioterapia em

progresso, desordem renal leve, desordem hepato-pancreática, desordem endócrina múltipla,

desordens psicológicas ou psicoses, estilo de vida insalubre, falta de compreensão ou

motivação e planos de tratamento inadequados à realidade dos pacientes.

Como contraindicações locais, processos osseodestrutivos, como osteomielite,

osteorradionecrose, cistos residuais, tumores malignos, periodontite, abcesso/lesão apical em

dentes vizinhos, raízes residuais e lesões na mucosa bucal, como leucoplasia, líquen bucal,

estomatites de diversas origens e hiperplasias, são citadas por Bottino et al. (2002). Como

17    

contraindicações locais temporárias, os autores ainda citam: inadequado volume ósseo vertical

e vestíbulo-lingual, qualidade do osso (região medular muito porosa com largos espaços

medulares e poucas cristas ósseas), relações maxilomandibulares de prognatismo ou

retrognatismo pronunciados, inserções musculares do assoalho da boca, do músculo

mentoniano e de freios e bridas no local da cirurgia, gengiva inserida muito pequena ou

deficiente em volta da instalação do implante e higiene bucal inadequada.

Com o aumento da expectativa de vida, da evolução das técnicas e dos materiais na

odontologia, a procura por tratamentos reabilitadores com implantes tem crescido (Pinelli et

al., 2005). Diante deste aumento o cirurgião dentista deve atuar com visão gerontológica, uma

vez que os pacientes idosos apresentam uma saúde sistêmica complexa, necessitando assim de

um atendimento multidisciplinar (Silva et al., 2000).

A substituição dos dentes perdidos pode contribuir para a manutenção da saúde geral e

aumento da expectativa de vida. Torna-se perceptível a importância psicológica de se obter a

saúde de todo o sistema mastigatório funcional e estético (Costa et al., 2012) de modo, a

saúde bucal tem um papel relevante no conceito de qualidade de vida, pois uma vez

comprometida, pode afetar o nível nutricional, a fonética, as relações sociais, a autoestima e

consequentemente, o comprometimento na saúde geral (Brunetti, Cunha, 2001; Thomé et al.,

2006).

O uso de prótese dentária foi verificado como fator importante para a melhoria da

autoestima em 81,6% das pessoas idosas na pesquisa de (Pesquero 2005) e para a integração

social em 80,8%.

A percepção do envelhecimento e o autoconceito fazem parte das relações pessoais,

sociais e culturais, e permitem aos idosos, que as experiências favoreçam a constante mutação

do autoconceito ao longo da vida (Yassine, 2011).

O autoconceito é um constructo multidimensional, dinâmico, que engloba as esferas

da satisfação com o envelhecimento. A elevada satisfação com o processo de envelhecer tem

se demonstrado como um indicador da capacidade dos idosos em se adaptarem a perdas

relacionadas com o envelhecimento (Keong, 2010).

18    

3.4 AUTOESTIMA

A autoestima, pode-se considerar, está-se referindo a um construto inscrito no conceito

amplo de qualidade de vida no envelhecimento. A baixa autoestima pode levar ao isolamento

social, e é um dos indicadores mais presentes na depressão, sendo uma patologia complexa e

requer uma aproximação interdisciplinar com o objetivo de garantir a qualidade de vida.

Assim, passo a passo com as tecnologias odontológicas, há que se considerar os efeitos do uso

de implantes na dimensão psicológica do paciente idoso. Por autoestima compreende-se o

afeto por si mesmo. Por afeto, entende-se respeito, valorização, reconhecimento e sentimento

de pertencimento.

Alguns padrões de comportamento e aparência são determinados pela sociedade, pela

mídia e pela própria pessoa. A consciência sobre a própria aparência pode afetar fortemente a

autoconfiança e a autoestima (Dini; Quaresma; Ferreira, 2004).

Uma vasta gama de designações, autoimagem, autodescrição, autoestima, e outros,

tem sido utilizada para definir como o indivíduo se conceitua, é o autoconceito, o qual, na

perspectiva de Burns (1982), engloba uma descrição individual de si próprio. Ao melhorar as

funções odontológicas e, portanto, o correto e eficiente processo de alimentação, além da

melhoria da aparência, certamente as dimensões de qualidade de vida estarão mobilizadas.

Complementando a revisão teórica, define-se satisfação com a vida como um

fenômeno complexo e subjetivo. Entretanto, autores como Albuquerque e Tróccoli (2004),

Paschoal (1996), Ferrans e Power (1992), relatam que interação social, especificamente com a

família, pode impactar a qualidade de vida como participante da dimensão saúde.

Ao melhorar as funções odontológicas e, portanto, o correto e eficiente processo de

alimentação, além da melhoria da aparência, certamente as dimensões de qualidade de vida

estarão mobilizadas.

De acordo com Rosenberg (1989), a autoestima é base para a construção e definição

de uma atitude de aprovação ou de repulsa de si mesmo. Considera-se assim, um juízo de

valor elaborado pela pessoa e manifestado nas atitudes que ela tem com ela mesma, sendo

então, uma experiência subjetiva acessível às pessoas seja por meio de relatos verbais, seja

por comportamentos observáveis.

Guilhardi (2002) definem a autoestima como um sentimento que pode ser

desenvolvido, e se aprende e está associado ao comportamento de pessoas que possuem alta

frequência de reforçadores positivos em situações de interação social. Esses autores

19    

acrescentam ainda que a autoestima leva o indivíduo a dizer o que pensa sem medo de ser

reprovado, e está intimamente ligada ao realismo, a independência e a capacidade de aceitar

desafios na vida além de admitir erros.

Branden (1997) infere a autoestima ter dois componentes importantes: o sentimento de

competência e o sentimento de valor pessoal. Estes componentes refletem sobre o julgamento

implícito da capacidade de entender e dominar os problemas (competência pessoal) e a

capacidade de respeitar e defender os próprios interesses e necessidades (sentimento de valor

pessoal). Ribeiro (2000) afirma que para classificar a autoestima deve-se levar sempre em

consideração a competência pessoal e o sentimento de valor pessoal sendo classificada

segundo componentes que determinam no indivíduo o quanto é considerado baixo, médio ou

alto.

Ainda segundo Ribeiro (2000) quanto mais elevada for a autoestima maior também

será a capacidade de criar relacionamentos satisfatórios. O estar saudável fosse atraído por

outro saudável, onde a vitalidade e a expansividade atrairão pessoas com boa autoestima.

Assim, a baixa autoestima, também, busca a baixa autoestima nos outros, não de maneira

consciente, mas de uma forma involuntária e inconsciente.

Assis et al. (2003) em estudo com adolescentes, afirma possuir uma elevada

autoestima é essencial para promover a capacidade de superação de problemas. Indivíduos

que possuem uma elevada autoestima têm melhores relacionamentos na família, sentem-se

mais competentes, valorizam-se mais, estão mais contentes consigo mesmos e aceitam mais o

seu próprio corpo. Já os com baixa autoestima sentem-se desencorajados e incompreendidos

pelos pares, que reforçam seus sentimentos de incompetência, estão menos satisfeitos com a

aparência física e valorizando muito mais os defeitos do que as qualidades.

Nota-se que vários elementos (estilo de vida, condição de saúde, crenças, relações

interpessoais e atividade física/habitual) interferem no jeito de ser do indivíduo e estão

diretamente relacionados com o modo de viver e experenciar o mundo. Deve-se observar que

não é somente o psicológico que interfere na autoestima, mas também o físico e o social

(Rabelo; Neri, 2005).

Essa descrição individual de si, definição do autoconceito, dada por Burns (1982) está

em contínuo movimento de reformulação e redefinição, além da contínua consolidação de

esquemas pessoais e compreensão de experiências passadas, resultando numa constante

20    

reorganização deste autoconceito (Yassine, 2011). A percepção do envelhecimento e o

autoconceito fazem parte das relações pessoais, sociais e culturais, que permitem aos idosos,

que as experiências favoreçam a constante mutação do autoconceito ao longo da vida

(Yassine, 2011).

A percepção de uma pessoa sobre si mesma corresponde a um processo de detecção e

identificação dos estímulos do ambiente, na qual a percepção não será somente uma

reprodução simples da realidade. O autoconceito é uma construção da interação dessas

experiências da realidade com as crenças e valores as quais o idoso possui, ou seja, a

percepção é o ponto de intersecção entre o Eu e o ambiente (Yassine, 2011; Ron, 2007).

Na velhice os estereótipos e estigmas se tornam mais relevantes, e favorece a maior

internalização dos mesmos, por parte dos idosos (Levy, 2008). A absorção dos estigmas

sociais age diretamente nas crenças e no autoconceito dos idosos sobre o próprio

envelhecimento, e pode interferir de forma significativa sobre seu funcionamento cognitivo e

físico (Yassine, 2011; Levy, 2008). Indivíduos idosos associados a um estereótipo positivo do

envelhecimento demonstraram melhores desempenhos na capacidade da memória, melhor

desempenho na marcha e maior vontade de viver, além de baixa resposta cardiovascular ao

estresse, quando comparados com os que estavam associados a um grupo de idosos de

estereótipos negativos em relação ao envelhecimento (Levy, 2008).

O autoconceito é um constructo multidimensional, dinâmico, e engloba as esferas da

satisfação com o envelhecimento. A elevada satisfação com o processo de envelhecer tem se

demonstrado como um indicador da capacidade dos idosos em se adaptarem a perdas

relacionadas com o envelhecimento (Keong, 2010). A visão negativa do envelhecimento

ocorre quando o idoso entra em contato e toma consciência do seu declínio físico e/ou

cognitivo. Esta avaliação negativa pode ocorrer quando a avaliação da autopercepção da

pessoa idosa volta sua atenção para a comparação de suas experiências entre a condição atual

e a sua condição nas fases mais jovens, realçando assim os processos de perdas e

consequentemente a visão negativa frente ao envelhecimento (Yassine, 2011).

Segundo Ron (2007), em seus estudos observou-se uma relação entre idosos com

idade avançada, atitudes negativas e a avaliação subjetiva do seu estado de saúde. Nestes

casos, os idosos que relataram o estado de saúde médio ou mau, apresentavam percepções

mais negativas em relação ao envelhecimento, comparados com os idosos que definiram a sua

saúde como boa ou excelente. As alterações do autoconceito em idosos perpassam também

por modificações em relação ao self, onde Yassine (2011) faz uma análise reflexiva no

sentido de acrescentar os idosos com idades mais avançadas, apresentam um self que não

21    

envelhece, na qual o autoconceito permanece praticamente inalterado, apesar das alterações

físicas e sociais.

No entanto vale ressaltar a importância em identificar quais são os fatores que podem

levar o indivíduo a não realizar o implante dentário e fazer as visitas periódicas ao dentista,

que podem interferir na satisfação com a vida e levar o indivíduo a uma baixa autoestima.

22    

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 TIPO DE PESQUISA

Foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, na

clínica odontológica da Universidade Católica de Brasília, Campus I em Águas Claras,

Brasília, Distrito Federal, Brasil.

4.2 AMOSTRA

A amostra aleatória desse estudo foi composta por 21 (vinte e um) pacientes idosos,

desdentados totais inferiores, que faziam a utilização de prótese total fixa sobre implantes

inferior e que tivessem realizado o tratamento reabilitador odontológico nos últimos 12

meses.

4.2.1 Critérios de inclusão da amostra

Homens e mulheres idosas com 60 anos ou mais, desdentados total, que utilizem

prótese total fixa sobre implantes e que aceitem participar de forma voluntária da pesquisa,

assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

4.2.2 Critérios de exclusão da amostra

Não participaram desta pesquisa pacientes com menos de 60 anos, pacientes que

apresente distúrbios psicológicos, pacientes acometidos por desordens neurodegenerativas,

doenças sistêmicas crônicas não controladas e que não utilizem prótese total fixa sobre

implantes.

4.2.3 Riscos e benefícios para a amostra

Os riscos apresentados nessa pesquisa poderiam envolver o constrangimento do

participante em responder a alguma pergunta, e para minimizá-lo o participante poderia pedir

a desistência da participação da pesquisa em parte ou total a qualquer tempo sem que sofresse

23    

qualquer tipo de discriminação. Caso fosse necessário seria oferecido ao participante suporte

psicológico profissional gratuitamente. Os riscos nos procedimentos odontológicos, caso

ocorressem, seriam solucionados em consultório de forma gratuita e os pacientes poderiam ter

pronto atendimento e minimização dos seus efeitos por meio da equipe que compõe esse

projeto.

Como benefício, tivemos a verificação da autoestima do paciente, a orientação sobre a

necessidade de fazer visitas periódicas ao dentista, e avaliação da melhoria psicossocial do

paciente.

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

O instrumento utilizado para avaliar autoestima foi a Escala de autoestima de

Rosemberg (Rosemberg Self-Esteeam Scale)– instrumento bastante utilizado nas pesquisas

sociais, desenvolvimento originalmente por Rosenberg em 1965, com escala de pontuação do

tipo Likert com quatro pontos que variam da seguinte forma e pontuação: 1. Discorto

fortemente, 2. Discordo, 3. Concordo, 4. Concordo fortemente. É composto por 10 itens cuja

a proposta visa avaliar a atitude negativa ou positiva que o idoso possui de si próprio e está

diretamente relacionado com as atitudes e comportamentos a que a auto estima está associada.

As respostas (Rosemberg Self-Esteeam Scale) são fechadas destinadas a avaliar

globalmente a atitude negativa composta de 5 questões ou positiva de si mesmo, também com

5 questões.

Na obtenção do resultado final da autoestima, é necessário que seja avaliado como

variável contínua. Utilizou-se o somatório das questões de números

1.1+1.2+1.3+1.4+1.5+1.6+1.7+1.8+1.9+1.10 e as somatórias variaram de 10 a 40, aonde 40

indica a contagem mais alta possível. Quanto maior a pontuação, mais elevada é a autoestima

do participante e pode ser aplicada para a qualquer faixa etária (PAÍS-RIBEIRO, 2007 apud

RODRIGUES, 2011). A escala está no ANEXO 1.

Para avaliar a Satisfação com a vida, foi utilizado a Escala de Medida de Satisfação

com a Vida – elaborada por Anita Liberalesso Neri em 1998 que busca identificar a avaliação

que o sujeito tem sobre a satisfação com a saúde, capacidade física, capacidade mental e

envolvimento social atual, comparada com a de cinco anos atrás e comparada com a de outras

pessoas da mesma idade. O participante escolhe o número que melhor representa seu grau de

24    

satisfação, sendo 1 para muito pouco satisfeito até o 5 muitíssimo satisfeito (NERI, 1998 apud

RESENDE, 2006). A escala está no ANEXO 2.

Para os aspectos sócio demográficos e informações sobre manutenção da prótese,

utilizou-se um questionário estruturado (Apêndice 1) cujas variáveis discutidas nesse estudo

foram: idade, profissão, sexo, escolaridade, estado civil, faixa salarial, local onde reside,

satisfação com a prótese que utiliza, (se a resposta for não, o porquê da insatisfação), se faria

novamente o tratamento reabilitador oral e porquê, se o dentista o informou da necessidade

em fazer manutenções periódicas, se já fez alguma e quantas, sobre a satisfação com o

dentista e porquê.

4.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Foi apresentado aos idosos o objetivo da pesquisa, os idosos que demonstraram

interesse em participar foram agrupados em sala reservada individualmente, onde foi aplicado

por um único avaliador os instrumentos de avaliação psicológica, escalas de autoestima,

escala de medida de satisfação com a vida e questionário sócio demográficos. Cada item das

escalas foi lido aguardando que o participante confirmasse que entendeu e respondeu, para

passar ao próximo item. Este passo teve tempo total de aproximadamente 1h.

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS

Foram realizadas as análises descritivas dos dados. Para as análises inferenciais foram

utilizados os testes paramétricos equação estrutural, test t e X2 (qui-quadrado). Médias,

desvios e frequências foram utilizadas para descrever a amostra.

Os dados foram rodados no software SPSS-IBM 22.0 (Statistical Package for the

Social Sciences) for Windows, devidamente registrado utilizando um nível de significância de

5% (p<0,05).

4.6 ASPECTOS ÉTICOS

O presente trabalho foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (C.E.P) da

Universidade Católica de Brasília (UCB), de acordo com a resolução 466/2012. O mesmo foi

autorizado e aprovado sob o CAAE nº 53901516.1.0000.0029. Todos os locais foram

25    

comunicados formalmente, sobre a pesquisa e uma carta de autorização para a mesma foi

assinada pelos responsáveis legais da instituição participante da pesquisa

Todos os sujeitos que demostraram interesse em participar da projeto, foram

informados sobre a garantia da privacidade e sigilo das informações e que os resultados

obtidos seriam divulgados em reuniões e trabalhos científicos e tiveram que assinar o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), para posterior mente iniciar a coleta de dados.

26    

5 ARTIGO

5.1 ARTIGO 1: EVALUATION OF SELF-ESTEEM AND SATISFACTION WITH LIFE OF ELDERLY PATIENTS WHO MAKE USE OF TOTAL PROSTHESIS ON IMPLANTS.

SUMMARY

The elderly population in their vast majority has total absence of teeth in maxilla (upper) and mandibular (lower), and use complete denture. Usually these patients have prostheses in the mandible that feature some sort of leakage and are not stable in the mouth, thus compromising the masticatory function and also the self-esteem or self concept. With the installation of implants in the lower jaw, we have stabilization of the prosthesis and with that the patient has a masticatory function and nutritional improvement. With this type of rehabilitation treatment, the elderly audience has a masticatory comfort and a better quality of life. The aim of this study was to evaluate the self-esteem and satisfaction with life of seniors who made oral implant supported prosthesis total in the last 12 months, from two rating scales. The participants presented themselves with high satisfaction with life and good self-esteem, related to the use of prosthesis. As for the prosthesis, we can conclude that they are important to the social conviviality, raising self-esteem and well being of the patient, and your satisfied with life. But we need to be vigilant about clinical monitoring of patients, so that periodic maintenance.

Keywords: Self-esteem, implant Prosthesis, Elderly people

27    

INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional é um fenômeno que já atinge grande parte das populações mundiais, deixando de ser exclusivo dos países desenvolvidos (1). No processo do envelhecimento vão ocorrendo perdas orgânicas e funcionais, cujo ritmo e intensidade variam de pessoa para pessoa, e que acabam por diminuir a capacidade que cada indivíduo tem para adaptar-se ao meio ambiente tornando-o exposto e vulnerável a processos patológicos, levando-o a um declínio físico natural (2). É notório em todo o mundo um aumento da expectativa de vida da população, e isso se da devido a uma melhor condição geral de vida, avanços da medicina, e com novas descobertas na área da saúde e tecnologia, essa expectativa de vida poderá aumentar ainda mais ano após ano (3).

A expectativa de vida tende a aumentar com o progresso da Medicina e das demais áreas de saúde e, consequentemente, indivíduos com idade mais avançada têm procurado os cuidados desses profissionais (4). Muitos deles apresentam-se com doenças crônico-degenerativas, em geral advindas do sistema cardiovascular (por exemplo, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral), além de diabetes mellitus, osteoporose, neoplasias, artrite, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, problemas psiquiátricos, entre outros, que frequentemente afetam a qualidade de vida desses indivíduos e alteram a normalidade de um tratamento, seja ele de saúde geral ou de saúde bucal.

Na odontologia, cáries, doença periodontal, câncer bucal, problemas oclusais, hipossalivação, ausência de elementos dentários são observados nos idosos e relacionam-se diretamente com as condições sistêmicas, dificuldades com coordenação motora e com o grande número de fármacos ingeridos por estes pacientes; salientando a importância da prevenção e manutenção de uma saúde geral e oral adequadas nesta faixa etária, uma vez não sendo possível separar a cavidade bucal do organismo como um todo.

Dentre as alterações ocorridas na cavidade oral do idoso, a perda de elementos dentários é a que implica em maiores consequências para os demais órgãos do corpo humano. A ausência parcial ou total de dentes leva a uma redução na capacidade mastigatória, pois o paciente evita a ingestão de alimentos consistentes e fibrosos, deixando de angariar nutrientes essenciais em sua dieta, e contribui para exacerbar problemas sistêmicos que por sua idade, já possa estar apresentando clinicamente (5). Além disso, a inatividade produtiva e social, infelizmente, ainda existe nesta faixa etária, pode se agravar com a perda dos dentes, conduzindo o indivíduo ao isolamento e à depressão, devido tanto à estética prejudicada como pela diminuição ou perda da autoestima, erroneamente correlacionando a perda dos dentes como algo indissociável de seu envelhecimento cronológico, e hoje em dia não mais corresponde a uma situação que não possa ser alterada.

As próteses sobre implante assumiram um papel importante na odontologia nos aspectos relacionados à estética, função e equilíbrio das estruturas do sistema estomatognático. Assim, apresentam-se como a melhor forma de reabilitação para a maioria dos casos de pacientes desdentados totais, apresentando-se como uma forma viável de tratamento, proporciona retenção e estabilidade ao aparelho, permitindo um aumento na eficiência mastigatória, além de um aumento da autoestima do paciente.

Na tentativa de melhorar os resultados estéticos e funcionais em longo prazo, reduzir os custos com o tratamento ou simplesmente tornar mais prática a execução da fase cirúrgica e/ou protética surgiram várias transformações na técnica como na macro e micro geometria dos implantes, conexões e confecção das próteses (6,7). Uma das primeiras alterações dessas técnicas foi feita com base na teoria do sistema Novum proposto por (7).

Com isso, é de extrema importância que o profissional esteja apto para atender a população dos pacientes idosos, oferecendo atendimento multidisciplinar, estando atento às

28    

peculiaridades de cada individuo, de modo a realizar o planejamento ideal, respeitando as condições sistêmicas, biológicas e o desejo por parte do paciente.

Diante do exposto, a osseointegração é um fator predominante definida como uma conexão direta estrutural e funcional entre o osso vivo organizado e a superfície de um implante submetido à carga funcional (8).

Para voltar a permitir uma função mastigatória adequada às necessidades alimentares mínimas na velhice, diversas opções protéticas são viáveis aos idosos e sua indicação depende de múltiplos fatores como: limitações anatômicas, estados dos dentes remanescentes, condição de saúde sistêmica, custos envolvidos, prazos de confecção e preferências do paciente, conforme Vasconcelos et al. (9). As próteses convencionais são ainda opções adequadas aos pacientes idosos, podendo ser fixas, removíveis, sobre dentaduras (overdentures) e as totais. Porém, a eficiência mastigatória destas últimas três opções, quando comparadas à dentição natural são evidentemente ruins e seriam muito importantes nesta faixa etária.

Nos últimos anos, os implantes dentários assumiram grande importância entre a população idosa, onde além de melhorar a estética e a função, as próteses implanto-suportadas podem prevenir a perda de autoestima e combater o isolamento social, ambos causados pela ausência de dentes ou destes estarem em péssima composição visual, permitindo ao indivíduo desfrutar do envelhecimento com boa qualidade de vida física, social e psicológica (9).

A reposição dos dentes perdidos por implantes osseointegrados representa um dos maiores avanços na odontologia reabilitadora, permitindo considerá-los uma modalidade terapêutica bastante confiável devido às elevadas taxas de sucessos no tratamento dos pacientes.

Dessa forma, as próteses do tipo "protocolo" surgiram com o intuito de devolver a função para pacientes que não conseguiam se adaptar às próteses totais e removíveis convencionais, principalmente, aquelas colocadas em mandíbulas severamente reabsorvidas (6,10,11).

Dada estas perspectivas, esse estudo tem como objetivo avaliar a auto estima dos pacientes idosos após a reabilitação oral com próteses implanto suportadas total e sua satisfação com a vida.

29    

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, na clínica odontológica da Universidade Católica de Brasília, Campus I em Águas Claras, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

A amostra desse estudo foi composta por 21 (vinte e um) pacientes idosos, desdentado total inferior, que já faziam a utilização de prótese total fixa sobre implantes inferior e que tivessem realizado o tratamento reabilitador odontológico nos últimos 12 meses.

O instrumento utilizado para avaliar autoestima foi a Escala de autoestima de Rosemberg (Rosemberg Self-Esteeam Scale)(12)– instrumento bastante utilizado nas pesquisas sociais, desenvolvimento originalmente por Rosenberg em 1965, com escala de pontuação do tipo Likert com quatro pontos que variam da seguinte forma e pontuação: 1. Discordo fortemente, 2. Discordo, 3. Concordo, 4. Concordo fortemente. É composto por 10 itens cuja a proposta visa avaliar a atitude negativa ou positiva que o idoso possui de si próprio e está diretamente relacionado com as atitudes e comportamentos a que a auto estima está associada.

As respostas (Rosemberg Self-Esteeam Scale) são fechadas destinadas a avaliar globalmente a atitude negativa composta de 5 questões ou positiva de si mesmo, também com 5 questões.

Na obtenção do resultado final da autoestima, é necessário que seja avaliado como variável contínua. Utilizou-se o somatório das questões de números 1.1+1.2+1.3+1.4+1.5+1.6+1.7+1.8+1.9+1.10 e as somatórias variaram de 10 a 40, aonde 40 indica a contagem mais alta possível. Quanto maior a pontuação, mais elevada é a autoestima do participante.

Para avaliar a Satisfação com a vida, foi utilizado a Escala de Medida de Satisfação com a Vida – elaborada por Anita Liberalesso Neri em 1998 (13) que busca identificar a avaliação que o sujeito tem sobre a satisfação com a saúde, capacidade física, capacidade mental e envolvimento social atual, comparada com a de cinco anos atrás e comparada com a de outras pessoas da mesma idade. O participante escolhe o número que melhor representa seu grau de satisfação, sendo 1 para muito pouco satisfeito até o 5 muitíssimo satisfeito.

Para os aspectos sócio demográficos e informações sobre manutenção da prótese, utilizou-se um questionário estruturado cujas variáveis discutidas nesse estudo foram: idade, profissão, sexo, escolaridade, estado civil, faixa salarial, local onde reside, satisfação com a prótese que utiliza, (se a resposta for não, o porquê da insatisfação), se faria novamente o tratamento reabilitador oral e porquê, se o dentista o informou da necessidade em fazer manutenções periódicas, se já fez alguma e quantas, sobre a satisfação com o dentista e porquê.

Foram realizadas as análises descritivas dos dados. Para as análises inferenciais foram utilizados os testes paramétricos equação estrutural, teste t e X2 (qui-quadrado). Médias, desvios e frequências foram utilizadas para descrever a amostra.

Os dados foram rodados no software SPSS-IBM 22.0 (Statistical Package for the Social Sciences) for Windows, devidamente registrado utilizando um nível de significância de 5% (p<0,05).

30    

RESULTADOS

A idade média obtida foi de 66,33 + 5,39 anos. Quanto aos dados sócio demográficos, podemos avaliar a Tabela 1 com valor (p =0,20).

Tabela 1 – Indicadores das variáveis, do questionário sócio-demográfico Variável n Frequência% Sexo Masculino 7 33,3 Feminino 14 66,7 Faixa Etária 60 – 64 anos 8 38,1 65 – 69 anos 9 42,9 70 – 74 anos 3 14,3 75 – 79 anos 0 0,0 80 ou mais anos 1 4,8 Estado Civil Casado (a) 14 66,7 Divorciado (a) 5 23,8 Solteiro (a) 1 4,8 Viúvo (a) 1 4,8 Escolaridade Ensino Fundamental 5 23,8 Ensino Médio 11 52,4 Ensino Superior 5 23,8 Fonte de Renda Aposentado 12 57,1 Trabalho 3 14,2 Não possuem renda 6 28,5 Renda Não possuem 6 28,5 Até R$ 1.499,00 2 9,5 De R$ 1.500,00 a 2.999,00 2 9,5 De R$ 3.000,00 a 4.499,00 4 19,2 De R$ 4.500,00 a 5.999,00 2 9,5 De R$ 6.000,00 ou mais 5 23,8 n – Número de sujeitos.

Na avaliação do grau de autoestima dos pacientes participantes através do questionário de EAR (Autoestima de Rosenberg), podemos observar através dos dados obtidos na Tabela 2

Tabela 2 – Indicadores obtidos com a escala (EAR). Idosos que utilizam prótese oral total Item Mediana Média D.P 1 - Globalmente, estou satisfeito(a) comigo próprio

4 3,57 0,58

2 - Por vez penso que não sou bom/boa em nada

2 1,81 0,90

3 - Sinto que tenho algumas qualidades

4 3,76 0,53

31    

4 - Sou capaz de fazer as coisas tão bem como a maioria das pessoas

4 3,62 0,58

5 - Sinto que não tenho muito de que me orgulhar

2 1,76 0,76

6 - Por vezes sinto-me, de fato, um(a) inútil

1 1,48 0,80

7 - Sinto-me uma pessoa de valor, pelo menos tanto quanto a generalidade das pessoas

3 3,33 0,71

8 - Gostaria de ter mais respeito por mim próprio

2 1,81 0,82

9 - Bem vistas as coisas, inclino-me a sentir que sou um(a)falhado(a)

1 1,38 0,47

10 - Adoto uma atitude positiva para comigo

4 3,76 0,53

D.P = Desvio Padrão

Quando avaliamos a SV (Satisfação com a Vida) dos pacientes que utilizam prótese sobre implantes total, achamos os valores que estão apresentados na tabela 3.

Tabela 3- Indicadores obtidos com a escala SV de idosos que utilizam prótese oral total Itens Mediana Média D.P 1- Minha Saúde 4 3,76 0,77 2- Minha capacidade física 4 3,57 0,93 3- Minha saúde hoje, comparada com a de 5 anos atrás 3 3,43 0,75 4- Minha capacidade física hoje, comparada com a de 5 anos atrás

3 3,38 0,86

5- Minha saúde comparada com as outras pessoas de minha idade

4 4,14 0,85

6- Minha capacidade física comparada com a de outras pessoas da minha idade.

4 3,95 0,92

7- Minha capacidade mental hoje 4 4,10 0,62 8- Minha capacidade mental hoje, comparada com a de 5 anos atrás

4 4,00 0,63

9- Minha capacidade mental comparada com a de outras pessoas da minha idade.

4 4,19 0,75

10- Meu envolvimento social hoje 4 3,71 0,72 11- Meu envolvimento social atual, comparada com o de 5 anos atrás

4 3,57 0,93

12- Meu envolvimento social em comparação com o de outras pessoas da minha idade.

4 3,90 0,89

D.P= Desvio Padrão

A Tabela 4 analisa a autoestima e a média da satisfação com a vida em relação ao sexo. Os resultados obtidos pelo teste t, evidenciou não haver diferença significativa.

32    

Tabela 4 – Teste t entre as variáveis da autoestima e satisfação com a vida por sexo Variável Sexo t n 𝑿 D.P p Autoestima Masculino 0,37 7 26,86 4,91 0,72 Feminino 14 26,14 1,92 Satisfação com a vida Masculino 0,17 7 42,14 6,57 0,87 Feminino 14 41,64 6,11 N= número de sujeitos; 𝑋= Média; D.P= Desvio Padrão

Fazendo a relação da autoestima e de satisfação com a vida com os dados sócio demográficos, não foram encontradas diferenças significativas nos valores de p Tabela 5.

Tabela 5- Relação autoestima e satisfação com a vida, com dados sócio demográficos Variável Autoestima Satisfação com a vida Sexo 0,09 0,62 Estado Civil 0,54 0,70 Faixa Etária 0,60 0,34 Escolaridade 0,50 0,47

Quando perguntamos aos pacientes em relação ao tratamento reabilitador (implante e prótese), achamos os seguintes dados Figura1.

Figura 1- Gráfico comparativo da satisfação do paciente com o tratamento odontológico.

Como observamos na Figura 1 haver uma diferença significativa dos pacientes que faze para os que não fazem manutenção, fizemos uma correlação dos dados sobre manutenção e os dados sócio demográficos.

Quando comparamos a faixa de renda com manutenção encontramos uma diferença significativa, (p=0,048). Na comparação de manutenção com idade, não temos diferença significativa (p=0,92), independente da faixa etária, comparando escolaridade também não encontramos diferença significativa, (p=0,20), conforme Tabela 6, e comparando com o sexo encontramos diferença (p=0,02) conforme Figura 2.

86%  95%  

86%  

52%  

91%  

14%  5%  

14%  

48%  

10%  

Voce  está  sa5sfeito  com  a  prótese  que  u5liza?  

Se  houvese  necessidade  

faria  o  tratamento  novament?  

Seu  den5sta  informou  da  

necessidade  de  fazer  

manutençoes  periodicas?  

Você  já  fez  alguma  

manutenção?  

Você  está  sa5sfeito  com  o  seu  den5sta?  

0%  10%  20%  30%  40%  50%  60%  70%  80%  90%  100%  

sim  

nao  

33    

Tabela 6 – Relação ao número de manutenção com índice de escolaridade dos pacientes Variável Fizeram manutenção Não fizeram manutenção Total Ensino Fundamental 4

80% 1 20%

5 100%

Ensino Médio 6 54,5%

5 45,5%

11 100%

Ensino Superior 1 20%

4 80%

5 100%

Total 11 10 21

Figura 2 – Comparação de manutenções realizadas de acordo com o sexo.

Não  

Sim  

Masculino   Feminino  

14,30%  

71,40%  

85,70%  

28,60%  

Não   Sim  

34    

DISCUSSÃO Nessa pesquisa, investigamos a relação entre a autoestima, a satisfação com a vida e o

uso de prótese dentaria implanto suportada total em idosos submetidos a tratamento odontológico nos últimos 12 meses, buscando distinguir se havia diferença significativa desses fatores, e comparando com os aspectos sócio demográficos.

Considerando os resultados encontrados podemos afirmar que há um percentual maior de mulheres, confirmando a hipótese de que há uma feminilização dos idosos, frequência maior de indivíduos classificados na faixa etária de 65 – 69 anos (42,9%), sendo a maioria casado (66,7%) e seguido dos divorciados (22,8%). A maioria dos entrevistados tinha ensino médio completo (52,4%), e o percentual se assemelhou aos que possuíam ensino fundamental e superior (23,8%). Os aposentados correspondiam a 57,1%, os que trabalham em casa e não tem fonte de renda (28,5%) e os que trabalham (14,2%). Esse dados são importantes para mostrar que os idosos de hoje são pessoas com um certo grau de instrução, de acordo com os dados obtidos sobre a escolaridade, estão se preocupando em manter um companheiro ao seu lado, e possuem uma renda para lhes proporciona uma estabilidade financeira.

Observando o grau de autoestima, os dados nos mostram que os pacientes possuem uma pontuação média do questionário de 26,29 pontos, e nos permitem afirmar, a maioria dos paciente está com uma Autoestima Média, estando satisfeitos consigo próprios, pensam ser bom em alguma coisa, possuem qualidades e são capazes de fazer qualquer coisa como a maioria das pessoas, tem muito o que se orgulhar, não se acham inúteis e tem o mesmo valor que outras pessoas e respeitam a si próprio, adotam sempre uma atitude positiva e sentem que não falharam em suas trajetórias. Fazendo a relação da autoestima com os dados sócio demográficos não foram encontradas diferenças.

Na satisfação com a vida, os pacientes também demonstraram estar bastantes satisfeitos, obtiveram uma pontuação na escala de satisfação com a vida de 48 pontos, do total de 60 pontos, demonstrando essa satisfação e quando comparada com os aspectos sócio demográficos, não houve diferença significativa.

Na comparação da autoestima e satisfação com a vida em relação ao sexo, os resultados obtidos, evidenciou não haver diferença significativa, sendo a média entre sexo se equiparam tanto para a autoestima (masculino 26,86 + 4,91 e feminino 26,14+ 1,92) quanto para a satisfação com a vida (masculino 42,14 + 6,57 e feminino 41,64 + 6,11).

Tanto a autoestima quanto a satisfação com a vida, são aspectos psicológicos importantes para se elevar a auto confiança durante o processo de envelhecimento e quando falamos em qualidade de vida do idoso, temos que lembrar que os idosos tem um poder de adaptação pela experiência vivida, e sobre um aspecto negativo, eles conseguem trazer as lembranças positivas, e com isso se adaptar à situação. Quando avaliamos a qualidade de vida observamos não haver diferença significativa entre sexo e idade e todos possuíam uma satisfação com a vida elevada.

Diante dos fatos, Neri (14) e Sposito G. et al (15), corroboram com os achados, e relata, conforme se vai dando o aumento de idade dos idosos, eles têm mais chances de terem uma pontuação melhor na satisfação com vida, devido a existência de certo equilíbrio entre os afetos positivos e negativos vividos por eles. Os idosos somatizam na experiência emocional prazerosa e há uma evidenciação de afetos positivos em relação aos afetos negativos, criando uma habilidade em trazer lembranças positivas sobre momentos neutros ou negativos, relatam ainda que a presença de um companheiro ou companheira, ajuda a aumentar a qualidade de vida do idoso e afirma a importância do idoso possuir independência psíquica e funcional. Isso pôde ser observado no estudo, já que a maioria dos participantes ainda são casados.

Os resultados encontrados nessa pesquisa indicam que os pacientes submetidos a procedimentos odontológicos para instalação de próteses orais implanto suportadas não

35    

apresentam baixa autoestima e insatisfação com a vida. Corroborando com essa afirmação, Guimarães et. al. (16), relatam que os pacientes

com deformidades detofaciais não tratadas, quando são analisadas pelos aspectos sociais, possuem uma baixa autoestima, os aspectos psicossociais estão diretamente ligados ao tipo de tratamento proposto, pois a aparência facial influencia a autoestima, a, mas formação da imagem corporal e a identidade do individuo. Guimarães et. al. (16), pacientes submetidos a tratamentos odontológicos para correções estéticas e/ou funcionais possuem uma melhora nas relações interpessoais, aumento da autoestima e significativa melhora na qualidade de vida, e se assemelha aos resultados obtidos nessa pesquisa.

Com isso podemos afirmar que a utilização de próteses orais total implanto suportadas demonstra ter um impacto direto na qualidade de vida e autoestima dos pacientes, pois os benefícios são inúmeros gerados pelas próteses, sejam funcionais, estéticos ou psicossociais. Mas para conseguir fazer esse tratamentos, e devolver a autoestima e satisfação com a vida desses pacientes, é importante o profissional ser habilitado, qualificado e atualizado para executar os procedimentos, pois pessoas idosas normalmente possuem alguma doença pré-existente ou fazem uso de diversos fármacos, e podem interferir no tratamento reabilitador odontológico, e é importante salientar, todos esses benefícios se perdem quando o paciente não faz as manutenções necessárias ou não estão satisfeito com o tratamento realizado.

Corroborando com os resultados da pesquisa, Leão Júnior (17) afirma existir uma perspectiva life-span (desenvolvimento ao longo da vida) e considera as características multidimensionais do desenvolvimento humano, e relata que a velhice se caracteriza em uma experiência heterogênea, aonde há ganhos e perdas e pode ser determinada por vários fatores de interação. Ainda segundo Leão Júnior (17), existem importantes pesquisas sobre os padrões de envelhecimento e variáveis psicológicas (senso de auto eficácia e satisfação com a vida) e como elas podem influenciar a direção e a velocidade do envelhecimento. Essas pesquisas são importantes para trazer novas contribuições para o bem-estar subjetivo dos idosos, à medida que os profissionais da saúde se atualizem para criar procedimentos e intervenções que respeitem os idosos e potencialize suas capacidades.

Um fato importante que a pesquisa mostrou, é que a maioria dos pacientes está satisfeita com as próteses sobre implantes (85,7%) e se submeteria novamente aos mesmos procedimentos odontológicos (95,2%), pois as próteses implanto suportadas trazem conforto e segurança na mastigação, coisa que os pacientes não tinham antes de utilizar as próteses sobre implantes e reduzem problemas pré-existentes como a gastrite. Os pacientes que apresentaram algum tipo de insatisfação com as próteses (14,3%), relataram ter dificuldades de mastigação e que foi solucionado com um simples ajuste oclusal. Quando perguntado sobre a relação com o dentista, 9,5% dos participantes relataram alguma insatisfação pessoal com o dentista que fez o procedimento. Eles relataram que: “O dentista estava sempre de mau humor, não passava as informações solicitadas sobre o tratamento e que se sentiram enganados”. Os que mostraram satisfação com o dentista, não pouparam elogios e adjetivos.

Um dado relevante para a classe odontológica é que a maioria dos pacientes (85,7%) foi informado pelo dentista, da necessidade de fazer visitas periódicas ao consultório odontológico para verificar os ajustes das próteses e fazer o acompanhamento do serviço, mas a realidade observada, foi que mais da metade dos pacientes (52,4%) não voltaram ao dentista para fazer nenhuma manutenção, e o dentista também não entrou em contato para lembrá-lo da importância desse procedimento pós-instalação.

Como esse resultado chamou nossa atenção, fizemos uma comparação de manutenção com os dados sócio demográficos. Quando comparamos a faixa de renda com manutenção encontramos uma diferença significativa (p=0,048), nos diz respeito à: quanto maior a renda, mais manutenções o paciente faz. Na comparação de manutenção com idade, não tivemos diferença significativa (p=0,92), independente da faixa etária. Comparando a escolaridade,

36    

também não encontramos diferença significativa (p=0,20). Apesar de não haver diferença significativa, acredita-se que se tivesse mais sujeitos na amostra, talvez essa variável (escolaridade) influenciaria na manutenção. Na comparação de manutenção e sexo, observamos uma diferença significativa (p=0,02), nos mostrou que os homens fazem mais manutenções, e as mulheres menos. Mas um fato relevante entre as mulheres participantes do estudo, (42,86%) não possuíam renda e dependiam do companheiro, e as que possuíam renda, era bem menor que a renda dos homens, esse fato justifica as mulheres fazerem menos manutenção.

Diante disso o tratamento reabilitador com próteses total sobre implantes proporciona benefícios e conquistas pessoais, como o ato de se alimentar e conseguir mastigar sem ter a preocupação do deslocamento da prótese, melhoria nas relações interpessoais, pois os pacientes ficam mais confiantes, sem medo de constrangimento e na avaliação com a escala de autoestima, os pacientes demonstraram ter uma confiança em sua auto imagem e uma atitude positiva com os acontecimento em sua volta, e a escala de satisfação com vida nos mostra a importância do tratamento realizado, para os pacientes idosos, eles demonstram terem uma satisfação elevada com a saúde, capacidade física e mental, e quando são comparados com seus colegas, eles estão bem melhores.

37    

REFERÊNCIAS 1. Gerlack, LF. et al. Saúde do idoso: resi- dência multiprofissional como instrumento transformador do cuidado. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 104-108, jul./dez. 2009. 2. Unicovsky, MAR. Idoso com sarcopenia: uma abordagem do cuidado da enfermeira. Rev. bras. enferm., Jun 2004, vol.57, no.3, p.298-302. 3. Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística (IBGE). IBGE Projeção da População. IBGE: População Brasileira envelhece em ritmo acelerado.[citado 10 jul 2011]. Disponível em <http://www.ibge.gov.br> Acesso em 20 fev 2016. 4. Brunetti RF, Montenegro FLB. A Odontologia geriátrica e o novo século. In : Odontogeriatria : noções de interesse clínico. 2002. São Paulo: Artes Médicas. Cap. 2. 481p. 5. Brunetti RF, Montenegro FLB, Manetta CE. Odontologia geriátrica no Brasil: uma realidade para o novo século. Atual. Geriatr. 1998; 3 (15): 26-29. 6. Thomé G, Hermann C, Melo ACM, Molinare ARDM, Vieira RC, Ponzani D. Utilização da técnica da barra distal em mandíbulas edêntulas com carga imediata. RGO.2006;54(2):165-168. 7. Brånemark PI Novum: a new treatment concept for rehabilitation of the edentulous mandible. Preliminary results from a prospective clinical follow-up study. Clin Implant Dent Relat Res 1999;1(1):2-16. 8. Diehl RL, Foerster U, Sposetti VJ, Dolan TA. Factors associated with successful denture therapy. J Prosthodont. 1996;5(2):84-90. 9. Vasconcelos LW, Górios CS, Neto FC, et al. Osseointegração em idosos: acompanhamento de oito anos no Branemark Osseointegration Center- SP. Implant News. 2004; 1(5):401-406. 10. Costa ALCC, Ramos Neto AS, Silva FGO, Gonçales ES. Avaliação Clínica retrospectiva da utilização de implantes de copo único na reabilitação total de mandíbulas. ImplantNews 2012;9(2):180-92. 11. Brånemark PI. Osseointegration and its experimental background. J Prosthet Dent. 1983;50(3):399-410. 12. Rosenberg, M. Society and the adolescent self image. Princeton: Princeton University Press, 1989. 13. Resende, MC. Ajustamento psicológico, perspectiva de envelhecimento pessoal e satisfação com a vida em adultos e idosos com deficiência física. Tese (Doutorado em Educação – área de concentração Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação). Campinas, SP: 2006,129 p. 14. Neri, AL. Qualidade de vida na velhice. In: Rebelatto, JR, Morelli, JGS. (Org.). Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. Barueri: Manole, 2004. p. 1-36. 15. Sposito, G, D`Elboux, MJ, Neri, AL, Guariento, ME. A satisfação com a vida e a funcionalidade em idosos atendidos em um ambulatório de geriatria. Ciênc. saúde coletiva, Dez 2013, vol.18, no.12, p.3475-3482. 16. Guimarães Filho, R. Qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia ortognática: saúde bucal e autoestima. Psicol. Cienc. Prof.,2014, vol. 16n1 p.58-65 17. Leão Júnior, R. Participação em hidroginastica, crenças de auto-eficácia, e satisfação com a vida em mulheres de 50 a 70 anos. Universidade Estadual de Campinas, SP: 2003, 89 p.

38    

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de envelhecimento da população é um fato, e não podemos negar, e para

se envelhecer com qualidade é necessário procurarmos profissionais com qualificação

específica para essas demandas de pacientes. Na odontologia, as especialidades são muito

abrangentes, e normalmente não foca em uma faixa etária específica, e os ensinamentos de

Geriatria e Gerontologia são passados sem um aprofundamento específico do processo de

envelhecimento e os cuidados necessários com esse público.

Os resultados dessa pesquisa demonstram que o tratamento reabilitador com próteses

total sobre implantes proporciona benefícios e conquistas pessoais, como o ato de se alimentar

e conseguir mastigar sem ter a preocupação do deslocamento da prótese, melhoria nas

relações interpessoais, pois os pacientes ficam mais confiantes, sem medo de

constrangimento.

Na avaliação com a escala de autoestima, os pacientes demonstraram ter uma

confiança em sua auto imagem e uma atitude positiva com os acontecimento em sua volta.

A escala de satisfação com vida nos mostra a importância do tratamento realizado,

para os pacientes idosos, eles demonstram terem uma satisfação elevada com a saúde,

capacidade física e mental, e quando são comparados com seus colegas, eles estão bem

melhores.

O tratamento reabilitador é de fundamental importância em qualquer idade, mas para

que ele realmente tenha efeito, é necessário que o profissional seja capacitado na

especialidade específica em que ele trabalhe e tenha também formação voltada para a área

gerontológica, para obter uma abordagem melhor sobre os aspectos físicos do envelhecimento

e também psicossociais.

Com esses resultados, conclui-se que os pacientes possuem uma elevada satisfação

com a vida e uma média autoestima, e quando comparamos gênero e idade com a autoestima,

observamos não haver diferença relevante para o estudo.

Apesar dos dentistas informarem sobre as manutenções, é importante criar outros

métodos para tentar trazer o paciente ao consultório para realizarem revisões periódicas nos

trabalhos realizados e com isso não surgir problemas que possam interferir na qualidade de

vida ou autoestima do paciente.

Cabe ressaltar, de todo o trabalho de investigação, é importante sublinhar a

importância da relação de confiança entre paciente-dentista e dentista-paciente, e quando essa

39    

relação é verdadeira, o paciente sempre corresponde positivamente ao tratamento e segue as

informações passadas.

40    

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA DISSERTAÇÃO

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44    

8 APÊNDICE

8. 1 APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO SÓCIO DEMOGRÁFICO

AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA DE PACIENTES IDOSOS APÓS A INSTALAÇÃO DE PRÓTESES ORAIS

1 - Nome:_________________________________________________ 2 - Data de Nascimento:__ /___/___ 3 - CPF:______________________________ 4 – Gênero: ( )Masculino ( )Feminino 5 - Estado Civil ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) 6 - Escolaridade ( ) Não sei ler e/ou escrever

( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior

7 - Renda mensal: _____________________________________ 8 - Profissão:_________________________________________ 9 - Tipo de Prótese que utiliza?

( ) Protocolo inferior e dentes superiores ( ) Protocolo inferior e prótese parcial removível superior ( ) Protocolo inferior, dentes superiores com prótese parcial fixa ( ) Protocolo inferior e Prótese total Superior ( ) Protocolo inferior e protocolo superior

10 - Hoje você esta satisfeito (a) com as próteses que utiliza? ( ) sim ( )não

Se não, porquê? _________________________________________________________________________ 11 - Se você tivesse que fazer o tratamento hoje, faria novamente?

( )sim ( )não

Por que? ___________________________________________________________________________ 12 - Seu dentista informou da necessidade de fazer manutenções periódicas nas próteses?

( )sim ( )não

13 - Você já fez alguma manutenção após a instalação ( )sim ( )não

14 - Quantas? ( )0 ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( ) 6 ou mais

15- Você esta satisfeito com o seu dentista? ( )sim ( )não

Por que? ___________________________________________________________________________

45    

9 ANEXOS

9.1 ANEXO 1 – ESCALA DE AUTO ESTIMA DE ROSENBERG

ESCALA DE AUTOESTIMA DE ROSENBERG1

Segue-se uma lista de afirmações que dizem respeito ao modo como se sente acerca de si próprio(a). À frente de cada uma delas assinale com uma cruz (X), na respectiva coluna, a resposta que mais se lhe adequa. 1. Globalmente, estou satisfeito(a) comigo próprio(a).

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

2. Por vezes penso que não sou bom/boa em nada.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

3. Sinto que tenho algumas qualidades.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

4. Sou capaz de fazer as coisas tão bem como a maioria das pessoas.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

e)

                                                                                                                         1 Escala elaborada por Rosenberg em 1965 publicada por Maria Inês Araújo Rodrigues em 2011 na

dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde da Universidade Católica Portuguesa intitulada “Auto-estima e qualidade de vida nas mulheres idosas institucionalizadas”.

46    

5. Sinto que não tenho muito de que me orgulhar.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

6. Por vezes sinto-me, de fato, um(a) inútil.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

7. Sinto-me uma pessoa de valor, pelo menos tanto quanto a generalidade das pessoas.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

8. Gostaria de ter mais respeito por mim próprio(a).

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

9. Bem vistas as coisas, inclino-me a sentir que sou um(a) falhado(a).

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

10. Adoto uma atitude positiva para comigo.

a) Concordo fortemente

b) Concordo

c) Discordo

d) Discordo fortemente

47    

9.2 ANEXO 2 – ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA

ESCALA DE MEDIDA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA

As próximas questões avaliam sua satisfação em relação a aspectos específicos da sua

vida. Assinale o ponto que melhor representa o seu grau de satisfação com cada um dos

aspectos de acordo com a classificação abaixo:

1.Muito Pouco

Satisfeito

2.Pouco

Satisfeito

3.Mais ou

Menos Satisfeito

4.Muito

Satisfeito

5.Muitíssim

o

Satisfeito

1. Minha saúde

2. Minha capacidade física

3. Minha saúde hoje, comparada com a de cinco anos atrás

4. Minha capacidade física hoje, comparada com a de cinco anos

atrás

5. Minha saúde comparada com as outras pessoas de minha idade

6. Minha capacidade física comparada com outras pessoas de

minha idade

7. Minha capacidade mental hoje

8. Minha capacidade mental atual comparada com a de cinco anos atrás

9. Minha capacidade mental atual comparada com a de outras

pessoas da minha idade

10. Meu envolvimento social hoje

11. Meu envolvimento social atual em comparação com o de

cinco anos atrás

12. Meu envolvimento social em comparação com o de outras

pessoas da minha idade.

48    

9.3 ANEXO 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O(a) Senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto: AVALIAÇÃO DA

AUTOESTIMA DE PACIENTES IDOSOS APÓS A INSTALAÇÃO DE PRÓTESES ORAIS TOTAL SOBRE IMPLANTE sob responsabilidade do aluno Andrey Carneiro Ferreira.

O objetivo desta pesquisa é: analisar o impacto da utilização de próteses e implantes dentários sobre a qualidade de vida e seus aspectos sociais e subjetivos, a autoestima, a satisfação com a vida, a integração social e o autoconceito, esta pesquisa justifica-se pela necessidade de prestar atenção e atendimento odontológico especializado à pessoa idosa desdentada bimaxilar (arcada superior e inferior).

O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão (no caso da aplicação de um questionário) que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a).

A sua participação será da seguinte forma: o(a) senhor(a) será levado em transporte seguro e confortável para responder a questionários de múltipla escolha sobre autoestima, autoconceito, qualidade de vida, satisfação com a vida, após todo o tratamento odontológico. O tempo estimado para sua realização: de 1 a 2 horas. Todos os procedimentos serão gratuitos.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade Católica de Brasília podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do pesquisador.

Este projeto possui os seguintes benefícios: melhorar os recursos psicológicos, a integração social e qualidade de vida do idoso e apresenta os seguintes riscos: dores, disfunções orais decorrentes dos procedimentos odontológicos que serão minimizados com o atendimento e a atenção gratuitos e integrais pelo período que for necessário pela equipe multiprofissional que compõe este trabalho.

Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Andrey Carneiro Ferreira, na Universidade Católica de Brasília no telefone: 3356-9784, no horário: 8h às 18h.

Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCB, sob número do parecer1.485.385. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também pelo telefone: (61) 3356-9784.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o voluntário da pesquisa.

Brasília, ___ de __________de 2016

______________________________________________ Nome / assinatura

____________________________________________

Andrey Carneiro Ferreira CRO 8451 DF