Upload
jornalismors
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
1/12
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO - FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO - CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
29número
OUTUBRO DE 2015
s cursos da áreada comunica-ção no Brasiltem herança do
m da SegundaGuerra Mun-dial, quando os
EUA, que determinou uma decisãoda Unesco, entendeu que deveriase investir em cursos de comuni-cação de massa. A Unesco, base-ada nessa preposição, entendeuque os países de terceiro mundonão teriam cursos de Jornalismo,porque não eram desenvolvidos osuciente para ter jornalistas quepudessem atuar na lógica da liber-dade de expressão e da vigilânciados poderes, mas, precisavam decomunicadores polivalentes quepudessem incentivar o desenvol- vimento social e econômico.
Em 1969, a Unesco emitiu um
documento, acatado pelo Conse-lho Federal de Educação no Brasilque incentivava a criação de cur-sos de comunicadores polivalen-tes, ou seja, comunicadores comoum todo, que tivessem habilida-des em diversas linguagem e queusassem a lógica da comunicaçãomais educativa. “Uma perspectiva válida, mas que não é a principalperspectiva dos cursos de jorna-lismo”, opina a professora e coor-denadora do curso de Jornalismo,Bibiana de Paula Friderichs.
Quando essa demanda chegouao Brasil, o país já tinha algunscursos de Jornalismo, que tive-ram que se adaptar às mudanças.
Houve resistência desses cursosem abandonar as habilitações es-pecicas e formar comunicadorespolivalentes. Então, para atendera demanda do Conselho Federalde Educação, criaram-se cursos deComunicação Social com habilita-ções em jornalismo, publicidadee relações públicas. “O problemadessa demanda é que a comunica-ção social não é uma prossão esim uma área do conhecimento”,explica a professora Bibiana.
Neste contexto, toda a perspec-tiva teórica dos cursos de Comuni-cação com Habilitação em Jorna-lismo caminhava em uma direçãoe a perspectiva prática em outra. Aprofessora Bibiana destaca as di-
ferenças entre a prática e a teoria:“Havia uma distância do que seaprendia em sala de aula e aquilo
O
que se fazia na prática, nos veícu-los de comunicação”, diz.
SURGE CURSO DEJORNALISMO NA UPF
Dentro deste contexto de cursosde comunicadores polivalentes,surge o curso de Comunicação So-cial com habilitação em jornalis-mo na Faculdade de Artes e Comu-nicação, em 1996.
Em 18 anos, três reformas cur-riculares foram feitas. A primeira,para fundir o curso de Radialismoao curso de Comunicação Socialem Jornalismo e misturar prática
e teoria. A segunda reforma cami-nhou no sentido de criar um cursoinstrumental, voltado para o mer-cado de trabalho. A terceira criouum currículo menos interdiscipli-nar e ofereceu grande carga teóri-ca.
O INÍCIO DAS MUDANÇASEm 2006, o Fórum Nacional de
Professores de Jornalismo, a So-ciedade Brasileira de Pesquisado-res em Jornalismo e a FENAJ emi-tiram documentos ao MEC com opedido de revogação da propostade Comunicação com habilitaçãoe a formação de cursos com deformação prossional em Jorna-lismo, Publicidade e Relações Pú-
blicas. Ao mesmo tempo, a Unescoreconheceu o seu equívoco e pro-duziu um documento sugerindo a
criação de cursos de Jornalismo.Diante deste movimento, o Mi-
nistério da Educação formou umacomissão de pessoas para pensaresses novos currículos que con-templariam o jornalismo. A con-servação de um “núcleo duro” dedisciplinas especicas do Jorna-lismo fazem surgiu as Novas Dire-trizes curriculares, que são a basepara a mudança atual do currícu-lo do curso de Jornalismo da UPF.
A REFORMA DO CURSODE JORNALISMO
No novo currículo, o “núcleo
duro” de formação especíca do jornalista foi ampliado. A segundamudança signicativa foi o está-gio curricular obrigatório, subs-tituindo o Projeto Experimental.(Saiba mais na página 11)
As disciplinas de laboratóriostambém são novidade. “Os acadê-micos terão espaço para desenvol- ver produtos jornalísticos reais epublica-los periodicamente”, con-ta a professora Bibiana, que tam-bém cita a mudança da duração dotempo do curso, que passa de trêsanos e meio para quatro anos. “Operíodo de três anos e meio é umtempo curto para amadurecer,percebemos que os acadêmicos vêm com uma bagagem pequena
em relação aos princípios do jor-nalismo”, explica a coordenadorado curso de Jornalismo.
Migração: As Novas Diretrizesindicam que os últimos dois ves-tibulares, ou seja, 2014/2 e 2015/1podem mudar para o currículonovo. Para migrar não é precisofazer vestibular novamente. Pro-gramas de auxílio como o ProUnie Fies não são alterados pela mi-gração.
Aproveitamento: O acadêmicoque migrar para o novo currículopoderá aproveitar disciplinas quemantém a mesma ementa. Já asdisciplinas que foram extintas,como Organização da Produção eIluminação não poderão ser apro-
veitadas.Pré-requisitos: No currículoantigo, existiam poucos requi-sitos impeditivos, ou seja, queimpedem a matrícula em umadisciplina. “Esse método causavagrande prejuízo para os alunos eprofessores, já que alguns alunosrealizavam disciplinas sem ter oconhecimento básico da área”, diza professora Bibiana. Um exemplodisso é um acadêmico que realizaa disciplina de Redação II sem terfeito a Redação I.
No currículo novo, são váriosos pré-requisitos. “Sem Teorias do jornalismo, uma base que funda-menta o entendimento das prati-cas jornalísticas, o acadêmico não
pode fazer Redação, por exemplo”,explica a coordenadora do cursode Jornalismo.
Novos tempos para o jornalismo As mudanças do currículo do curso de Jornalismo se baseiam em três pilares: a história do curso de jornalismo dentro da Universidade de Passo Fundo, as Novas Dire-
trizes nacionais curriculares da Educação e o processo histórico que mobilizou a criação dessas Novas Diretrizes e por fim, a mudança de cenários no qual o jornalismo é
aplicado hoje: o cenário das convergências.
Osacadêmicos
terãoespaço paradesenvolver
produtos jornalísticos
reais e publicá-
los com periodicidade
Prof. Drª Bibiana de
Paula Friderichs
Coordenadora do
curso
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
2/12
2
NOVOS EIXOS PARA
O CURRÍCULO:s Novas Dire-trizes curricu-lares exigemseis eixos parao novo currí-culo: três te-óricos e três
práticos. Os eixos teóricos e ei-xos práticos no novo currículoestão equilibrados: 50% paracada eixo.
EIXOS TEÓRICOS: Fundamentação humanís-
tica: Com objetivo de capacitaro jornalista na função intelec-tual de produtor e difusor deinformações, o primeiro eixoteórico propõe disciplinas deconhecimento geral de mun-do, como antropologia, reali-dade brasileira e teoria politi-ca. “Neste eixo, os acadêmicosdevem entender a formaçãocultural, econômica e artísticado Brasil e como essa formaçãotenciona o fazer jornalístico”,explica a professora e coorde-nadora do curso de Jornalismo,Bibiana de Paula Friderichs.
A
HORAS
COMPLEMENTARES: É preciso complementar o curso
Concluir o curso não é o sui-ciente para o aluno se formar. Épreciso complementar o que foiaprendido em sala de aula. Nessecontexto entram as atividadescomplementares, exigidas peloMinistério da Educação.
Elas funcionam como a com-plementação necessária deconteúdos extraclasse. O objeti-vo é ampliar o conhecimento e odesenvolvimento das habilidadese competências dos acadêmicos.As atividades tem o objetivo demanter os alunos atualizadosem conteúdos que não foraminseridos nas disciplinas. Elaspossibilitam o desenvolvimentoda formação acadêmica.
Cada aluno deverá comprovarum total de 100 pontos até o inaldo oitavo semestre. Esses pontosse convertem em 100 horas,integralizando a carga horáriado currículo vigente. Dos 100pontos que devem ser desen-volvidos pelos acadêmicos, 70pontos devem ser vinculados aosGrupos I – Ensino II – Pesquisa, e30 pontos vinculados aos GruposII – Extensão Cientíico-Cultural eIV – Extensão Comunitária.
Fundamentação específca:Proporciona ao jornalista cla-reza conceitual e visão críticasobre as teorias especícas do jornalismo. “Esse eixo é impor-tante para pensar a prossão,o papel social do jornalista e opoder que ele tem como pro-dutor de informação”, ressaltaa professora Bibiana. Jornalis-mo, cultura e arte, Teorias doJornalismo e Crítica das prá-ticas jornalísticas são discipli-nas que se enquadram nesteeixo teórico.
Fundamentação contextu-al: Propõe disciplinas de em-basamento das teorias da co-municação como grande áreado conhecimento. Comunica-ção e cidadania, Estudos con-temporâneo da comunicaçãoe cultura e Conhecimento ecomunicação são exemplos dedisciplinas do eixo.
Eixos práticos: Formaçãoprossional, que fundamentao conhecimento teórico e prá-
tico para familiarizar os acadê-micos com as técnicas jorna-lísticas. Aplicação processual,que oferece ao futuro jornalistaferramentas técnicas para efe-tuar coberturas em diferentessuportes e por m, a práticalaboratorial, que fornece co-nhecimentos e habilidadesinerentes à prossão a partirda prática.
Os seis eixos exigidospelas novas diretrizes
curriculares equilibram ocurrículo de forma exata
entre teoria e prática, epermite um olhar maisamplo e convergente à
aplicação prática dos
conceitos.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
3/12
3
Eletivas
n Relações Internacionais
Ementa: Formação de sistemainternacional. Conceitos de polí-tica externa. A diplomacia e suas
funções. Problemas da paz e daguerra. Segurança e relações in-ternacionais. Globalização, políticae cultura.
n Gestão editorial
Ementa:Empreendedorismo e
planejamento de conteúdo editorial
para mídias diversas tendo em vista o
público leitor e as diretrizes edito-
riais e de comunicação do veículo.Identiicar a melhor maneira de tratar
o mesmo conteúdo noticioso, infor-
mativo e/ou analítico em cada mídia.
Gestão estratégica. Noções básicas de
gestão de empresa de mídia, gestão
de pessoas, gestão de marketing e
comercial. Diferenças de gestão por
tipo de mídia: impressa, comunicação
digital, rádio e televisão. Qualidade no
jornalismo.
TEÓRICAS PRÁTICAS
n Antropologia cultural
Ementa: Compreender as dife-rentes dimensões do ser humanoe suas relações com o mundoísico, biológico e cultural. Enten-der que as diferenças biológicas, psicossociais e histórico-culturais são manifestação da diversidadee ambigüidade do ser humano. Asexpressões simbólicas da cultura
Brasileira. A primazia da Imagemno universo cultural.
n Libras
Ementa: Os conceitos iniciais bá- sicos sobre a deiciência auditiva(surdez) e indivíduo surdo: identi-dade, cultura e educação. Como se desenvolveram as línguasde sinais e a língua brasileira de sinais - Libras. A forma e a estru-turação da gramática da Librase o conjunto de seu vocabulário. Aspectos culturais do mundo Surdo. Filosoias da educação do surdo. A LDB 9394/96 e a ques-tão da inclusão. Legislação sobrea Libras. Organização social dascomunidades surdas.
n História e linguagem da músi- ca popular contemporânea
Ementa: Estudo e compreensãoda linguagem musical nos gêne-ros contemporâneos e adequadalocalização no tempo. Noçõesgerais da terminologia musical edos estilos presentes na músicaatual, especialmente, no Brasil.
n Análise ílmica e cultural
Ementa: Análise e compreensãodo discurso cinematográico. Ahabilidade de ler o plano, a ima-gem e o movimento. Semiótica
aplicada ao cinema. Os métodosda escrita crítica cultural: constru-tivo, analítico, informativo. O textoopinativo e desenvolvimento dacapacidade argumentativa crítica. A produção de sentido no discur- so opinativo. História da crítica jornalística. O espaço da críticamoderna em tempos de conver-gência: impressa, online, em áudioe o vídeo ensaio crítico.
n Jornalismo esportivo
Ementa: Particularidades do jor-nalismo esportivo especializado.História do jornalismo esportivo
no Brasil e no mundo. Evoluçãoe transformações da cobertura jornalística esportiva. Particulari-dades da reportagem esportivano rádio, na televisão, no jornal ena internet. O comentário, a narra-ção, a fotograia e a notícia espor-tiva. Os grandes proissionais do jornalismo esportivo do Brasil. Os seis diferentes tipos de texto do jornalismo diário de esportes. Acrônica esportiva. As mulheres no jornalismo esportivo moderno.
n Comunicação comunitária
Ementa: Comunicação Comu-nitária; Comunicação Cidadã;Comunicação Alternativa; Históriae características da comunicaçãocomunitária; As organizações sociocomunitárias; Os veículosde comunicação comunitária; O papel do comunicador comunitá-rio; O jornalismo e a comunicaçãocomunitária; Elaboração de um projeto de comunicação comuni-tária, junto a um público espe-cíico, que resulte num produto jornalístico em uma das mídias:impressa, radiofônica, televisiva ouna internet.
n Jornalismo no agronegócio
Ementa: O agronegócio comoobjeto da produção jornalística.Conceitos e objetivos do jornalis-mo agropecuário. Comunicação ecultura do homem do campo. Asdiversas linguagens na produçãode mensagens. As principais teo-rias sobre a problemática ambien-tal face às diferentes estratégiasde desenvolvimento sustentável.Técnicas jornalísticas aplicadas ao jornalismo no agronegócio.
n Newsgames
Ementa: Conceitos, origens ehistória dos videogames e gamedesign. Relexão e conceitos sobre imersão. Aplicação denarrativas jornalísticas, valoresnotícias e critérios de noticiabi-lidade em jogos. Conceitos deespeciais multimídia/transmídia,newsgames e sua relação coma infograia interativa. Divisão degêneros de newsgames. Estudode caso com newsgames criadosno mundo e no Brasil. Dispositivose plataformas apropriadas para a
execução de jogos. Comandos econceitos básicos da plataformaConstruct2.
n Educomunicação
Ementa: Análise das teorias dacomunicação e sua interface coma educação. Contextualização,
conceito e prática da educomu-nicação. O ambiente educativo,formal e não formal como espaço privilegiado ao desenvolvimentoda interação entre os meios de co-municação e da educação. A açãoeducomunicativa na perspectivade utilização dos suportes, lingua-gem e leitura crítica do discursomidiático.
n Jornalismo ambiental
Ementa: O papel do jornalismo narelexão de problemas decorren-tes do crescimento urbano desor-denado e dos problemas sociaise ambientais gerados a partir damá gestão dos recursos naturais.O debate sobre a solução desses problemas. Os desaios do jorna-lismo nesse contexto. O jornalistacomo interlocutor dos problemasambientais e militante da preser-vação ambiental.
n Jornalismo cultural
Ementa: Conceito, história e
características do jornalismocultural nas diferentes mídias. Oconlito entre o erudito e o popu-lar. O papel da crítica e do crítico.Cobertura e entrevista de eventosculturais. Ética no jornalismocultural. A circularidade cultural segundo Ginzburg. Polifonias, in-tertextualidades e dialogismos no jornalismo cultural.. Os CadernosCulturais. Ascensão e queda das publicações segmentadas no inaldo século XX. Gêneros dentro do jornalismo cultural: a reportagem,Resenha literária, Crítica literária,Crítica musical, Crítica cinemato-gráica, Crítica de arte. A prática
do jornalismo cultural no século XXI: as possibilidades da mídiadigital
n Comunicação da saúde
Ementa:Veriicação do agendamento
de matérias relativas à saúde na mídia.
Agenda Setting. Análise de Enqua-
dramento. Mudança/manutenção de
comportamento. Criação de sentidos.
Linguagem cientíica e jornalística.
Prevenção da doença e promoção
da saúde. Novidade em Ciência e no
Jornalismo.
n História do Brasil
Ementa: A análise do processohistórico brasileiro, a partir daformação das estruturas econô-micas, sociais, políticas e culturais,
ao longo dos períodos colonial,imperial e republicano. O papeldos grandes intérpretes da histó-ria brasileira.
Quem escolhe é a turmaAs disciplinas eletivas são componentes curriculares obrigatórios que, no currículo novo, estão concentradas no quinto e no sétimo ní-veis. A disciplina eletiva I é teórica, e a eletiva II, por sua vez, obrigatoriamente tem caráter prático. Quem escolhe a disciplina eletiva a serfeita pela turma no semestre, na lista oferecida aos alunos, são eles mesmos.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
4/12
4
odos os diassurgem novasferra m en t a sde comuni-cação e osproissionais
precisam se adaptar às mu-danças frequentes. O novocurrículo foi reformulado apartir da divulgação das di-retrizes curriculares do cursode Jornalismo. Antes o focoera a comunicação, agora é o
jornalismo.Segundo a professora Ma-
ria Joana Chaise, o objetivo
principal da mudança é for-talecer o ‘’núcleo duro do jor-nalismo’’ ou seja, agregar àsdisciplinas de comunicação,disciplinas específicas de jor-nalismo.
Para compreender a mu-dança, o aluno deverá passarpor um ciclo de disciplinasque propõem a relação entreteoria e prática.
O ciclo funciona assim: aTeoria do Jornalismo ofereceuma base teórica para que oaluno compreenda o jornalis-mo como ciência, depois elepassa para as redações 1 e 2para aprender a colocar esseconhecimento no papel. OLaboratório de ConvergênciaI – Agência de notícias pos-sibilita que os acadêmicoscoloquem em prática o queaprenderam até agora. E nofim, a Crítica das práticas Jor-nalísticas. ‘’O aluno vai pen-
Começando o jornalismo
T
Desde o primeiro
nível, o novo
currículo fortalece o
núcleo específico do
jornalismo dentro da
comunicação social.
Nível 1
Disciplinas do Primeiro Nível
Editoração
Créditos: 4
60 horas
Seminários de Leituras em Jornalismo
Créditos: 1
15 horas
Fotojornalismo I
Créditos: 4
60 horas
Iniciação aoConhecimento
Acadêmico
Créditos: 4
60 horas
História do Jornalismo
Créditos: 4
60 horas
Teoria da Comunicação
Créditos: 4
60 horas
Fotograia: conce itos e noçõe s básicas
O Fotojornalismo I introduz o acadêmico aouniverso da fotograia. A disciplina, que nocurrículo anterior pertencia ao terceiro semes-tre, apresenta as noções e conceitos básicosdo ato de fotografar, como enquadramento,composição e iluminação. “É uma alfabetizaçãode fotograia como linguagem jornalística”,explica o professor Mestre em ComunicaçãoSocial e diretor da Faculdade de Artes e Comu-nicação, Cassiano Cavalheiro Del Ré. Além dasnoções básicas da fotograia, o FotojornalismoI também estuda o funcionamento da câmera,
como o ISO, abertura do diafragma e tempo deexposição.
O início da parte gráica
A disciplina de Editoração , que permanece no primeiro semestre do curso, introduz o acadêmico na partemais técnica da informática. Os alunos estudam programas, como Indesign, Photoshop e Illustrator e apren-dem sobre tipograia, cores e formatos de arquivos. “A Editoração prepara o acadêmico, que geralmente in-gressa para o curso sem habilidades na área, para uma disciplina do segundo nível, o Planejamento Gráico”,diz o professor especialista em Design Gráico e Mídias, Luis Alfredo Hofmann.
sar o jornalismo, produzir etensionar a produção jorna-lística ‘’ afirma a Maria Joana.
A grande preocupação éque o aluno saiba o porquêdele estar produzindo, o queisso tem de relação com omundo e como que ele estáconstruindo e adquirindo co-nhecimento.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
5/12
5Nível 2
ara escrever é preciso ler. Sa- ber escrever um bom texto éum dos principais requisitosde um jornalista. A disciplinade Seminário de Leituras emJornalismo tem o objetivo detrabalhar a leitura de obras es-
senciais ao aluno do jornalismo.Ela terá uma periodicidade de uma aula por
mês. Em uma aula é apresentado o conteúdo te-órico referente ao período abordado no semes-
tre e apresentados o livro do mês. O aluno terátrês semanas para ler a obra, e na aula seguintealunos e professor discutem sobre o conteúdodo livro antes de conhecerem a próxima obra.
Mestre em produção e recepção do texto li-terário, o jornalista e professor Mestre em pro-dução e recepção do texto literário, Fábio Ro-ckenbach afirma que essa disciplina é diferentedas outras em termos de periodicidade das re-alizações das aulas, uma necessidade para queos alunos tivessem tempo de ler as obras. Cadasemestre terá um foco diferente. Em Seminá-rio de Leituras I, os alunos terão o contato com
Texto, leitura e jornalismo
P
Relação com a literatura e a leiturade obras essenciais ao jornalismo
literário são a base da novadisciplina, espalhada nos quatro
primeiros níveis.
É hora de pratic arfotograia
Todos os teóricos estudados nadisciplina de Fotojornalismo I são aplicados no Fotojornalis- mo II , que ensina a concepçãode notícia em fotograia. As peculiaridades de cada edito-ria, como a fotorreportageme as fotograias no jornalismoesportivo e a aplicação das téc-nicas fotográicas no formatodigital ou impresso também são temas estudados. Ao inalda disciplina, o acadêmicodeve ter a condição de saberqual é a técnica mais eiciente
para cada ocasião e como é orelacionamento do repórter fo-tográico com o fato e o veículode comunicação.
Disciplinas do Segundo Nível
Seminários de Leituras em Jornalismo II
Créditos: 1
15 horas
Leitura e produção detextos
Créditos: 3
45 horas
Fotojornalismo II
Créditos: 4
60 horas
Dicção e Interpretação
Créditos: 3
45 horas
PlanejamentoGráico
Créditos: 4
60 horas
Teorias do Jornalismo
Créditos: 4
60 horas
Antes eletiva , agora obrigat ória
No novo currículo, a disciplina de Dicção e Interpretação para Rádio e Tv faz parte das matérias obrigatórias para a formaçãodo jornalista já que o mercado de trabalho busca proissionais preparados em relação ao uso da voz e dos recursos corporais efaciais para a comunicação. As técnicas de apresentação em televisão – gestos e postura, locução em rádio – impostação e modu-lação da voz serão estudadas e praticadas pelos acadêmicos.
obras referenciais na relação entre jornalismoe literatura. O New Journalism é o foco de Se-minários II, o jornalismo gonzo e o livro repor-tagem são abordados em Seminários III e, porfim, o jornalismo em arte sequencial no quartonível.
Com essa diversidade, é possível trazer paraa sala de aula obras de extrema importânciana carreira jornalística. ‘’ Quanto mais o alunolê, mais ele melhora seu vocabulário, culturae, também, melhor escreve, e esse é o objeti-vo dessa nova disciplina’’ ressalta o professorFábio.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
6/12
6
notícia já não está apenas no jornal, no rádio e na televi-são. A notícia está online,
na tela do smartphone, dotablet. A notícia está em umtoque, em um clic.
A função do jornalistaneste contexto de rapidez eexcesso de conteúdo gerado
pelas redes é traduzir as informações parao público. Os infográficos – informação emforma de gráficos e a visualização e interpre-tação de dados fazem parte desta tradução.“O jornalista deve aproveitar o espaço dainternet para criar projetos multimídia quetraduzam as informações de maneira legale entendível para o público”, diz o jornalistaespecialista em infografia, Marcus Vinicius
Freitas.No mercado de trabalho, faltam jornalistasespecializados na área. “É uma questão mul-tidisciplinar. O jornalista especializado em vi-sualização de dados não poderá ter apenas um
Um jornalista multimídia: info-
grafa e visualização de dados
A É função do jornalistatraduzir o
excesso deconteúdo domundo atual
para o público,e a infografia
é o caminhoinegável a serpercorrido.
Nível 3
Disciplinas do Terceiro Nível
Redação Jor- nalística I
Créditos: 2
30 horas
Socio logia daCiência e daTecnologia
Créditos: 4
60 horas
Seminários de Leituras em Jornalismo III
Créditos: 1
15 horas
Realidade Brasileira
Créditos: 3
45 horas
Ética Geral
Créditos: 4
60 horas
Fundamentosda Linguagem
Audiovisual
Créditos: 4
60 horas
InterfacesGráicas e
Infograia
Créditos: 4
60 horas
bom texto, tirar boas fotos ou ter boa dicção,mas, terá que saber um pouco de programa-ção, estatística e design”, explica Freitas. Sa-
ber organizar uma planilha de Excel e extrairdela, não apenas dados, mas também pautas éfunção do jornalista.
Para atender as demandas dasNovas Diretrizes Curriculares emrelação à necessidade de formarprofissionais capazes de compre-ender e fazer uso das potencialida-des oferecidas pelas novas tecno-logias, a disciplina de InterfacesGráficas e Infografia faz parte donovo currículo. A narrativa jor-nalística digital, a visualização einterpretação de dados, a impor-tância do discurso e da cor como
elementos informativos e a hierar-quização e organização da infor-mação para a criação de infográfi-cos são alguns temas estudados nanova disciplina.
Abc da lin guagem au- diovisual
A disciplina de Fundamentos da Linguagem Audiovisual é a base para a compreensão e elaboraçãode materiais audiovisuais. “É o
início, a alfabetização na lingua-gem audiovisual, que prepara osacadêmicos para as disciplinas de Audiovisual I – Cinema e Vídeo e Audiovisual II – Documentário”,explica o professor Cleber NelsonDalbosco. O acadêmico compre-enderá o discurso cinematográi-co e terá domínio dos conceitosnarrativos da linguagem audiovi- sual: a verbal, a sonora e a visual.Planos, ângulos e movimentos decâmera são alguns dos elementosessenciais estudados aqui.
Vamos conhecer a realidade b rasileira?
Entender o panorama daformação étnica e cultural doBrasil é o objetivo da novadisciplina do currículo, Re- alidade Brasileira. Já no primeiro semestre do curso, osacadêmicos vão compreendera realidade socioeconômicado Brasil e a história e forma-ção cultural brasileira. Para oMestre em história e professor
da UPF, Cleber Nelson Dalbos-co é fundamental que o futuro jornalista entenda a históriacultural do Brasil. “O acadê-mico de Jornalismo deve terreferências para escrever sobrea cultura brasileira, até paranão usar conceitos de formaerrada”, opina o professor.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
7/12
7Nível 4
Disciplinas do Quarto Nível
Redação Jor- nalística II
Créditos: 2
30 horas
Jorn alism o,cultura e arte
Créditos: 4
60 horas
Seminários de Leituras em Jornalismo IV
Créditos: 1
15 horas
Deontologia e legislação em jornalismo
Créditos: 3
45 horas
Audiovisual I - Cinema eVídeo
Créditos: 4
60 horas
Jornalismo e Mídia Sonora I Créditos: 4
60 horas
Um jornalismo de possibilidades sonoras
A linguagem digital possibilitou que os espaços sonoros do jornalismo se multipli-cassem de forma signiicativa. A disciplina extinta de Radiojornalismo estudava orádio como única possibilidade sonora do jornalismo. “Hoje existem agregadoresde mídias sonoras, como o iTunes, Podcast e rádios na web. Não podemos pensarmais o áudio dentro do rádio, mas, dentro da rede”, explica a professora e coorde-nadora do curso de Jornalismo, Bibiana de Paula Friderichs. Então, foram criadasas disciplinas de J ornalismo e Mídias Sonoras I e II , onde se estuda os gêneros eformatos das mídias sonoras, a redação para a rádio e a linguagem sonora comoum todo.
A produç ão jornalís- tica como resultadoda cultura
A disciplina de Jornalismo,cultura e arte faz todo um pa-
norama da evolução históricada arte desde a pré-história atéa contemporaneidade, ondeabrange aspectos da produçãocultural pela mídia, como ocinema, a publicidade e princi- palmente, o jornalismo. “O jor-nalista tem que se instrumenta-lizar com essa compreensão da sociedade e do impacto que a produção cultural dele gera naaudiência”, explica a professoraMaria Goretti sobre a importân-cia da disciplina para a forma-ção do jornalista.
s disciplinas deIluminação eOrganização daProdução foramextintas no novocurrículo e agre-gadas em Au-
diovisual I – Cinema e vídeo, quedesenvolve habilidade de contarhistórias e de construir roteiros.“Sabemos que jornalistas são pro-fissionais que também escrevemlivros científicos, justamente pelahabilidade de contar histórias de
maneira fluida”, destaca o profes-sor Cleber Nelson Dalbosco. A utili-zação criativa da luz e as etapas daprodução de um filme para cine-ma, vídeo e programa de televisãosão temas estudados na disciplina.
Mudanças na área do
audiovisual
Disciplina agregaduas disciplinas
do currículoantigo em uma
só, para dar contado processode produção
e conceitos deiluminação
em produtosaudiovisuais
diversos.
A
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
8/12
8 Nível 5
Disciplinas do Quinto Nível
Eletiva I
Créditos: 2
30 horas
Laborat ório deConvergência
I - Agê ncia de Notíci as
Créditos: 4
60 horas
Estudos Con- temporâneos
Créditos: 4
60 horas
Semináriode LeiturasCientíicas em
Jornalismo
Créditos: 2
30 horas
Teoria Política
Créditos: 2
30 horas
Telejornalis- mo I Créditos: 4
60 horas
Jornalismo e Mídia Sonora II
Créditos: 4
60 horas
Comunicação nas Organiza- ções
Créditos: 2
30 horas
ara colocar em prática é pre-ciso aprender. Após aprendera teoria, o aluno começa a co-locar o conteúdo em práticaatravés da disciplina de La-
boratório de Convergência I –Agência de Noticias.
A ideia da agência é colocar em práticaum produto jornalístico definido para um pú-
blico específico. O conteúdo deverá ser dispo-nibilizado online e será direcionado para PassoFundo e região.
A produção deve ser contínua. Todos osdias os alunos devem produzir notícias, cober-turas, e diversos tipos de conteúdo jornalístico
para abastecerem o site. Esse fluxo contínuo deprodução permitirá que o aluno entre em con-tato com o cotidiano do profissional de forma-do em Jornalismo.
Primeiros contatos práticos
P Jornalismo e m tele- visão ganha força
Script, espelho e pauta. Esses são alguns dos elementos quecompõem um telejornal. Nadisciplina de TelejornalismoI , o acadêmico tem o primeirocontato com a linguagem dotelejornalismo. A pré-produ-ção, redação e todas as etapasnecessárias para a realizaçãode um telejornal serão estuda-das na disciplina, que agrega aextinta disciplina de Redação para Tv. Para a professora mes-tre em Comunicação Social,Nadja Hartmann as discipli-nas de Telejornalismo forambeneiciadas no novo currículo pelo aumento do número decréditos.
Ler para produ zir Todos os dias surgem novas produções de conhecimento cientii-
co. O Seminário de leituras cientíicas tem a ideia de trazer todo oconhecimento produzido em forma de texto para a sala de aula.
Segundo o professor Otávio José Klein, só no Brasil todos os anoscentenas de textos cientíicos são produzidos, ‘’ há muita coisa sendo produzida e que passa despercebido se a gente não tem um mo-mento especíico para ler’’. A disciplina tem o objetivo de atualizaro aluno sobre produção cientiica. A ideia é que cada um leia e quediscuta o que foi lido. A partir disso, será possível assimilar e produzirmais conhecimento cientiico.
O aluno precisa se aproximar dos conhecimentos existentes paraque ele compreenda o conteúdo. Segundo o professor Otávio, a aula
é uma forma de aprender, mas não é a melhor, a melhor é a leitura.O seminário de leituras cientíicas é fundamental para que o a luno
entre em contato com revistas cientiicas, publicações, livros, e qual-quer conteúdo cientiico que futuramente será produzido por ele s.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
9/12
9Nível 6
Disciplinas do Sexto Nível
Técnica de Entrevista
Créditos: 2
30 horas
Comunicação eComportamento
Créditos: 4
60 horas
Processos Produtivos em Jornalismo
Créditos: 2
30 horas
Telejornalis- mo II
Créditos: 4
60 horas
Pós-Produçãoem Telejorna-
lismo
Créditos: 4
60 horas
Jornalismoem Mídias
Digitais I
Créditos: 4
60 horas
Assessoria de Imprensa
Créditos: 4
60 horas
A valorizaçã o dodigital
A disciplina de Jornalismo e Mídias Digitais será divididaem I e II. A primeira ofereceum suporte teórico sobre ociberespaço e a sociedade. A segunda trabalha com as
plataformas digitais alinhandoa teoria e prática. As redes so-ciais são o principal enfoque de Jornalismo e Mídias Digitais II.
O que era optativo será obrigatório
Devido às solicitações de diversos alunos, a disciplina de Técnica de Entrevista , que antes era eletiva, agora será obrigatória. Aentrevista jornalística é fundamental no conteúdo do curso de jornalismo.
Para estudar o c omporta mento do s indivíduos ...
Na disciplina de Jornalismo, cultura e arte os acadêmicos estudam a formação cultural do ser humano. Em Comunicação ecomportamento , os acadêmicos entendem como o ser humano se organiza no seu espaço. “O comportamento dos sereshumanos hoje é o mesmo do que na idade média. O quem mudou? O entorno, o contexto”, explica a professor Maria GorettiBetencourt.
Os elementos que compõem um
telejornal e os conceitos teóricossão colocados em prática no Te-lejornalismo II. Nesta disciplina,os acadêmicos produzem doistelejornais e ainda discutem aquestão da digitalização da in-formação na televisão. Noções
fundamentais de técnicas de roteiro e produçãode reportagens telejornalísticas serão estudadas.“O objetivo das disciplinas de Telejornalismo é for-mar prossionais conscientes da responsabilida-de do jornalista/editor com a informação”, ressal-ta a professora Nadja Hartmann.
Televisão dois em um Você edita o que você produz
Esta é uma novidade do currículo novo: vocêedita o que você produz. A disciplina de Ediçãoe Pós-produção acontece no mesmo nível quea disciplina de Telejornalismo II, sendo assim, oacadêmico poderá editar as reportagens telejor-nalísticas que produzir. Para a professora NadjaHartmann, a mudança é positiva porque habilitao acadêmico em uma prática comum do mercadode trabalho: o jornalista editor de suas reporta-gens.
P
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
10/12
10 Nível 7
Disciplinas do Sétimo Nível
Estágio I
Créditos: 2
30 horas
Reportagem
Créditos: 4
60 horas
Laboratóriode Convergên- cia II - Periódi- cos Créditos: 4
60 horas
Semiótica, Linguagem eComunicação
Créditos: 4
60 horas
Eletiva II
Créditos: 2
30 horas
Conhecimen- to, comunica- ção e Jorna-
lismo
Créditos: 4
60 horas
Jornalismoem Mídias
Digitais II
Créditos: 4
60 horas
a disciplina de Reportagem, os alunostem a oportunidade de produzir um tex-to que amplia o conhecimento do leitorsobre determinado assunto. As pautasproduzidas nesta disciplina fogem dastemáticas de hard news.
O conteúdo permite que o aluno saibao que pode ser considerado uma repor-
tagem, quais os conceitos, técnicas do jornalismo, dentre ou-tros. Gênero consagrado por produzir peças jornalísticas quese eternizaram e ainda hoje considerada nobre em jornais erevistas, a reportagem é o ápice da produção de qualquer pro-fissional que queira contar uma história - e a forma de fazer
isso, normalmente focada no interesse humano, no apuro dalinguagem e do texto e no aprofundamento da abordagem - éexercitado na disciplino.
Com o crescimento acelerado da tecnologia, a grande novi-dade do novo currículo é o foco das reportagens nas platafor-mas multimídia. A disciplina introduz o aluno no universo dastécnicas jornalísticas. Ela possibilita que o acadêmico compre-enda os critérios de seleção e noticiabilidade, e o aluno apren-de a estruturar uma reportagem para que ela chame a atençãodo leitor em todos os seus aspectos.
N
Reportagem, o grande momento
do jornalismo
Para entend er a produç ão jornalístic a (e o mundo)
Entender o processo da construção das mensagens é funda-mental para o estudo da comunicação. A disciplina de Semiótica, Linguagem e Comunicação compreende os processos da produçãohumana e é segue o conteúdo de d uas outras disciplinas: Jornalismo,cultura e arte e Jornalismo e comportamento. A professora MariaGoretti Betencourt explica essa sequência: “Primeiro o acadêmico
entende o sujeito como produtor cultural. Depois, o comportamentoque essa produção cultural gera nele e em seguida o entendimentodo que ele construiu, das produções dele: texto, imagem, áudio”,explica a professora.
Responsab ilidade de p rodução
Na disciplina de Laboratório de Convergência II o foco é a produção de periódicos. Os alunos terão a responsabilidade de produzir a revista Radar e um jornal. Eles serão responsáveis pelo projeto gráico e editorial da revista e do
jornal em diferentes formatos, seja impresso ou portátil. O objetivo é juntar todoconhecimento adquirido em texto, foto, e planejamento gráico até o sexto nívele aplicar na execução desse projeto.
Cada aluno terá uma responsabilidade na produção de conteúdo. O conteú-do é amplo e aborda gêneros jornalísticos, informativo, opinativo, interpretati-vo, dentre outros.
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
11/12
11Nível 8
Estágio, a grande novidade
Disciplinas do Oitavo Nível
Estágio II
Créditos: 8
Metodologiae teoria da
pesquisa em jornalismo
Créditos: 4
60 horas
Audiovisual II - Documen- tário
Créditos: 4
60 horas
JornalismoCientíico
Créditos: 4
60 horas
Na área Aud iovisual...
A disciplina de Audiovisual II – Documentário mistura o referencial do universocriativo do jornalista e sua habilidade de contar histórias de maneira luída e o cinema e
seu legado histórico. “Além de estudar os processos criativos e produzir documentáriosde curta-metragem, a disciplina traz discussões sobre técnicas do documentário que éformato de cinema, mas, oferece informação”, diz o professor Cleber Nelson Dalbosco.
A preparaçã o para a mono graia
Chegou a hora de se preparar para o TCC. Na disciplina de Metodologia e teoriada pesquisa em jornalismo os alunos entram em contato com a pesquisa para arealização do projeto. Com a mudança do currículo, o foco das monograias será o jornalismo.
grande novida-de do novo cur-rículo é o Está-gio AcadêmicoObrigatório. Ainiciativa tem o
objetivo de complementar a for-mação prossional do aluno eoferecer a oportunidade de apri-morar o conhecimento teóricoadquirido em sala de aula.
A professora Maria Joana Chaiseexplica que o estágio terá umasupervisão conjugada de profes-
sores e prossionais formadosem jornalismo, para que o alunorealmente exerça atividades decaráter jornalístico.
Quem pode fazer?Os alunos devem ter concluído60% do curso para realizaremo estágio I e 75% dos créditos docurso para realizarem o estágio II.
Como serão os critérios de se-leção?Os alunos matriculados na dis-ciplina Estágio Acadêmico I te-rão seu desempenho escolaravaliado e, a partir da média ob-
tida nas disciplinas já cursadas,será estabelecido um ranking, apartir do qual os primeiros colo-cados poderão escolher o localonde farão o estágio acadêmico
obrigatório.
Onde fazer?O aluno poderá exercer funções
jornalísticas em qualquer em-presa legalmente constituídae ativa que esteja conveniada àUniversidade para a atividade.Caso o aluno queria realizar es-tágio em uma empresa que nãopossua convênio, ela pode se ca-dastrar desde que haja um pro-ssional formado em jornalismoatuando na empresa.
Estágio IO aluno vai conhecer a empre-sa em que vai realizar o estágioe formular um relatório. Nes-sa etapa ele conhece o históricoda empresa, organograma e ouxograma de produção do se-tor de jornalismo. Um plano deações deverá ser realizado com oacompanhamento do professorda disciplina para que o alunosaiba quais atividades irá desem-penhar no estágio II.
Estágio IIO aluno coloca em prática a ati-
vidade jornalística na empresa.Ele deverá ser supervisionadopor um prossional formado em
jornalismo e o professor da dis-ciplina.
N
8/15/2019 PraLer Especial - Currículo
12/12
12
rabalhar a lógica transmídia-tica – uma narrativa jornalís-tica que atravessa todos ossuportes: rádio, televisão, ví-deo, internet e redes sociais.Esse é o objetivo da discipli-na Laboratório de Conver-gência III.
Para a professora Doutoraem Comunicação e coordenadora do curso deJornalismo da UPF, Bibiana de Paula Fridechs,a narrativa transmídia é o que temos de maismisterioso, desconhecido, pouco compreen-dido e menos trabalhado em sala de aula. “Éuma narrativa que pra ser vista no todo, per-
Todas as mídias em convergência
TTrabalhar
com a lógicatransmídia
deve ser oobjetivo finaldo curso, queserá posta em
prática emLaboratório III
Como a sociedade secomunica?
A disciplina de Comunicação ecidadania permite que o alunocompreenda quais são os pro-cessos de construção das polí-ticas públicas de comunicação.O conteúdo aborda o jornalistacomo agende da cidadania, nacomunicação pública, estadual,estatal, dentre outros.
Nível 9
Disciplinas do Nono Nível
Crítica das Práticas Jornalísticas
Créditos: 4
60 horas
Monograia Créditos: 8
Comunicaçãoe Cidadania
Créditos: 4
60 horas
Laboratóriode Convergên- cia III - Trans-
mídia
Créditos: 4
60 horas
Laboratório de análi- se crítica
A disciplina de crítica da mídia passou a ser Crítica das prá- ticas jornalísticas . O objetivoé realizar um estudo sobreo que é a crítica. Os alunosvão realizar um trabalho demonitoramento e critica de práticas jornalísticas, que irá seconverter em um laboratóriode análise crítica.passa todas as linguagens”, ex-
plica a professora.A nova disciplina propõe a
elaboração e a distribuição deum produto transmídia, ou seja,constituído de narrativas queatravessam diferentes suportes.“Para fazer um produto transmí-dia é necessário pensar que cadalinguagem tem dinâmica própriae ao mesmo tempo, elas podemconversar entre si”, comenta aprofessora Bibiana. A discipli-na de Laboratório III é de fato aperspectiva da convergência.
Chegando ao im...
O currículo mudou e a discipli-na de Monograia também.Os quatro créditos do currículoanterior são oito créditos nonovo. Isso acontece para darum suporte maior para osalunos. O assunto também
mudou. O jornalismo - e nãomais a comunicação de formaabrangente - deve ser o foco principal dos trabalhos deconclusão de curso.