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8/3/2019 portugal e a ue
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11ºFPortugal e a União Europeia
Joana Branco
João Paulo Candeias
Maria do Mar CarmoTomás Nogueira
Colaboração: Débora Poço
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................3
O processo de integração na Europa ............................................................................................4
A Europa de 1945 – 1957 .........................................................................................................4
OECE – Organização Europeia de Cooperação Económica .......................................................5
CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço ..................................................................6
CEE – Comunidade Económica Europeia ..................................................................................7
O Acto Único Europeu ............................................................................................................10
UE – União Europeia...............................................................................................................11
UEM – União Económica Monetária ......................................................................................12
Instituições da União Europeia ...............................................................................................16
Tratado de Nice ......................................................................................................................17
Tratado de Lisboa ...................................................................................................................17
Desafios da UE na actualidade ...................................................................................................19
Os alargamentos da UE ..........................................................................................................19
O orçamento da União Europeia ............................................................................................22
Fundos Estruturais e Fundo de coesão ...................................................................................23
As políticas da União Europeia ...............................................................................................25
Conclusão ...................................................................................................................................33
Bibliografia .................................................................................................................................34
Netgrafia ....................................................................................................................................34
ANEXOS ......................................................................................................................................35
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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Introdução
Este trabalho insere-se no âmbito da disciplina de Economia A leccionada pelo Professor Carlos
Fernandes integrada na “Unidade 12 – A Economia Portuguesa no contexto da União
Europeia”.
Através deste trabalho pretendemos aprofundar os conhecimentos adquiridos no programa
curricular da disciplina, focando-nos em dois subtemas: Processo de Integração na Europa e
Desafios da União Europeia na Actualidade.
Esperamos passar a conhecer em detalhe a origem e as causas que motivaram à união dos
países europeus, a evolução desta união, os seus órgãos, formas de acção, desafios
encontrados e principais objectivos futuros.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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O processo de integração na Europa
A Europa de 1945 – 1957
Com a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) e depois com a Segunda Guerra Mundial (1938
– 1949) a necessidade de uma integração europeia que reorganiza-se o mapa político tornou -
-se impreterível.
Esta necessidade assentava em três grandes realidades:
1. A Europa confrontava-se agora com uma nova realidade que realçava a sua debilidade.
Com a Segunda Guerra Mundial terminava a supremacia europeia no contexto
mundial dando lugar a duas novas superpotências, Estados Unidos e União Soviética,
que detinham um poder político, económico e militar muito superior em relação ao
conjunto heterogéneo de países europeus.
2. Tornava-se urgente evitar a todo o custo novos confrontos entre os estados europeus.
Ambas as Guerras Mundiais começaram como “guerras civis europeias” alastrando-se
a todo o continente transformando-o num campo de batalha. Era essencial criar um
acordo de paz entre a França e a Alemanha que fosse bem visto pelos EUA, pois a
coesão era o caminho para a paz.
3. Nasce o desejo apoiado por muitos europeus de uma nova Europa mais livre, justa e
próspera na qual as relações internacionais se desenvolvessem num ambiente mais
harmonioso.
Em 1946, o ex-primeiro ministro britânico Sir Winston Churchill deu o primeiro grande passo
para a integração europeia pós-guerra através do seu célebre discurso na Universidade de
Zurique que expressava a necessidade urgente de uma nova Europa livre e pacífica.
"Gostaria de falar, hoje, do drama da Europa (...) Entre os vencedores só se ouve uma Babel devozes. Entre os vencidos não encontramos mais do que silêncio e desespero (...) Existe um
remédio que, se fosse adoptado global e espontaneamente, pela maioria dos povos dos
numerosos países, poderia, como por milagre, transformar por completo a situação e fazer
toda a Europa, ou a maior parte dela, tão livre e feliz como a Suíça dos nossos dias. Qual é esse
remédio soberano? Consiste em reconstituir a família europeia ou, pelo menos, enquanto não
podemos reconstrui-la, dotá-la de uma estrutura que lhe permita viver e crescer em paz, em
segurança e em liberdade. Devemos criar uma espécie de Estados Unidos da Europa. (...) Para
realizar esta tarefa urgente, a França e a Alemanha devem reconciliar-se."
Winston Churchill
Universidade de Zurique
19 de Setembro de 1946
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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OECE – Organização Europeia de Cooperação Económica
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa encontrava-se completamente destruída,
pelo que era urgente e necessário o seu ressurgimento.
Os Estados Unidos, como primeira potência mundial, adoptaram uma política de intervenção
nos assuntos europeus, criando o Plano Marshall 1 de ajuda económica aos países europeus.
Tratava-se de fomentar o desenvolvimento económico de uma Europa destruída com o
objectivo político de impedir a extensão do comunismo.
Surgiam assim as bases para a criação de uma organização europeia que administrasse e
organizasse a divisão da maciça ajuda económica americana. Com este objectivo fundou-se,
em 1948, a Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE).
A OECE ajudou a liberalizar o comércio entre os estados-membros, introduziu ideias que
visavam acordos monetários e desenvolveu, em geral, a cooperação económica em aspectos
concretos.
Esta organização reflecte-se numa dupla importância: para além de ter administrado a ajuda
americana, demonstrou que era possível, os países europeus antes dicotómicos, juntarem-se
construindo uma Europa unida pela vai da paz e da cooperação.
“ A penúria na Europa do pós-guerra levou os Estados Unidos a concederem uma ajuda
económica massiva aos seus aliados. Os americanos, ao declararem guerra «à fome, à
pobreza, ao desespero e ao caos», apresentaram-se como protectores dos europeus, que
queriam ajudar, encorajando-os a unirem-se. Uma das condições da concessão dos créditos do
Plano Marshall era que a ajuda se inscrevesse num plano conjunto de reconstrução do
continente. Esta condição é confirmada aquando da abertura da Conferência de Paris, a 27 de
Junho de 1947, concluída a 16 de Abril de 1948 com a assinatura de uma convenção que
1 Consistiu na atribuição de um conjunto de capitais, a taxas de juro muito baixas, e de bens deequipamento necessários à reconstrução de todo o aparelho produtivo europeu.
I - Plano Marshall
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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instituía a OECE, reagrupando 16 países europeus (a que se junta a RRFA em 1949, os EUA e o
Canadá em 1950 e a Espanha em 1959).
Concebida para coordenar a ajuda americana, a OECE fixou igualmente como objectivos a
redução dos obstáculos às trocas e à multilateralização dos pagamentos. A OECE permitiu aos
Estados europeus multiplicarem as consultas e as trocas de informações económicas. Graças
ao Plano Marshall, a Europa Ocidental acelerou o seu restabelecimento e suprimiu as restrições
quantitativas e monetárias nas trocas.”
Fontaine, P.; A União Europeia (adaptado)
CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
A 9 de Maio de 1950, Robert Schuman (Ministro dos Negócios Estrangeiros francês), prpôs umplano para integrar e gerir em comum a produção franco-alemã de carvão e aço. Este plano
tinha como objectivo desenvolver a ligação entre a França e a Alemanha terminando com
tensões ainda provenientes da guerra.
"Senhores, não se trata de palavras vãs mas de um acto ousado e construtivo. A França age e
as consequências da sua acção podem ser imensas. Assim o esperamos. A França age em
defesa da paz (...) e associa-se à Alemanha. A Europa nasce assim, uma Europa solidamente
unida e fortemente estruturada. Uma Europa em que o nível de vida subirá graças à junção das
produções e à ampliação de mercados que provocarão a baixa de preços (...) A Europa não se
fará de uma só vez nem por um esforço conjunto, mas resultará de realizações concretas queexigem, em primeiro lugar, uma solidariedade de facto. O governo francês propõe que se
submeta o conjunto da produção franco-alemã de carvão e aço a uma autoridade comum,
numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Pôr em comum a
produção do carvão e do aço assegurará, de imediato, o estabelecimento de bases comuns de
desenvolvimento económico, primeira etapa da Federação Europeia (...)" Declaração Schuman
9 de Maio de 1950
Robert Schuman
A 18 de Abril de 1951, é assinado o Tratado de Paris e criada a Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço (CECA) que realizou o Plano Schuman de 1950 e entrou em vigor em 1952.Esta organização foi acolhida por seis países: Bélgica, República Federal da Alemanha, França,
Itália, Luxemburgo e Países Baixos.
A constituição de um mercado comum de carvão e aço tinha como objectivos o
desenvolvimento económico e a consolidação da paz recentemente conquistada pois estes
seis países estavam impedidos de fabricar armas de guerra. Consistia em relacionar os países
vencedores e vencidos numa organização que procurava articular os interesses nacionais com
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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a promoção do interesse comum a cargo de uma instituição supranacional – a Alta Autoridade2
- que geria o mercado comum do carvão e do aço.
A CECA permitiu alcançar importantes objectivos:
1. Em termos políticos, conseguiu a reconciliação entre a França e a Alemanha abrindocaminho à Europa Comunitária.
2. Em termos económicos, ajudou à recuperação da Europa através da produção e da
livre-circulação de carvão e aço, matérias-primas essenciais à indústria.
A constituição da CECA representou um passo decisivo na afirmação do rumo a seguir para a
integração europeia, tendo provado que era possível à Europa enveredar pela paz, pela
cooperação e pela solidariedade, abrindo o caminho para a futura constituição da Comunidade
Económica Europeia (CEE).
CEE – Comunidade Económica Europeia
A 25 de Março de 1957 foram assinados, em Roma, os tratados que fundaram a ComunidadeEconómica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (EURATOM).
Este acordo histórico foi assinado por:
1. Christian Pineau – França
2. Joseph Luns – Países Baixos
3. Paul Henri Spaak – Bélgica
4. Joseph Bech – Luxemburgo
2
A estrutura da CECA está repartida pela Alta Autoridade, composta por nove membros designadospelos governos, mas independentes destes, pelo Conselho de Ministros, pela Assembleia e pelo Tribunalde Justiça.
II - Primeiro lingote europeu de ferro fundido
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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5. Antonio Segni – Itália
6. Konrad Adenauer – República Federal Alemã
A EURATOM tinha como principal objectivo fomentar a utilização pacífica da energia nuclear,
numa época bastante conturbada no que se referia à utilização deste tipo de energia. Vivia-se
em plena Guerra Fria, com o mundo dividido entre as duas grandes potências, EUA e URSS, ena iminência de rebentar, a qualquer momento, uma nova guerra mundial, em resultado da
corrida ao armamento.
A CEE tinha como objectivos criar um mercado comum mais alargado, com livre circulação de
mercadorias, serviços, pessoas e capitais e a adopção de uma pauta aduaneira comum
relativamente a países terceiros, criação de um Banco Europeu de Investimentos, bem como a
aplicação de políticas económicas e sociais comuns conducentes a uma integração económica
total.
A década de 60 foi caracterizada pela concretização do objectivo da união aduaneira, com aeliminação das barreiras alfandegárias entre os países aderentes à Comunidade e à introdução
da pauta aduaneira comum, aplicável às mercadorias provenientes de países terceiros. Na
mesma década, os seis países também definiram políticas comuns para as áreas do comércio e
da agricultura.
Esta união aduaneira produziu efeitos nas economias dos países-membros da CEE tais como:
1. Aumento das trocas comerciais entre os Estados-membros;
2. Os investimentos nos Estados-membros multiplicaram-se;
3. O Produto cresceu;
4. Os consumidores beneficiaram de uma maior variedade de produtos e preços mais
baixos.
Em 1973, mais três países decidiram aderir à CEE: a Dinamarca, o Reino Unido e a Irlanda. Este
alargamento trouxe a definição de mais políticas comuns: passaram a ser privilegiados
aspectos sociais e, dois anos mais tarde, era criado o Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional (FEDER). Em 1981, foi a vez de a Grécia se juntar aos nove países da CEE, logo seguida
por Portugal e Espanha, em 1986.
A 1 de Janeiro de 1995, a Áustria, a Finlândia e a Suécia davam entrada na então denominada
União Europeia, que passava agora a integrar quinze Estados-membros.
Em Dezembro de 1997, foram iniciadas as negociações para um alargamento sem precedentes
que incluía a Bulgária, a Polónia, a Hungria, a Roménia, a Eslováquia e a República Checa,
antigos países do bloco soviético, a Estónia, a Letónia e a Lituânia, estados bálticos que haviam
pertencido à União Soviética, os países mediterrânicos Chipre e Malta e a Eslovénia, uma das
repúblicas da antiga Jugoslávia. Esta adesão concretizou-se em duas fases:
1. Na primeira fase, ocorrida em 1 de Maio de 2004, aderiram à UE dez dos doze países;
2. Na segunda fase, a 1 de Janeiro de 2007 entraram a Bulgária e a Roménia.
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VI - Estados membros da CEE em 1986
IV - Estados membros da CEE 1957 III - Estados membros da CEE em 1973
V - Estados membros da CEE em 1981
VII - Estados membros da UE em 1995VIII -Estados membros da UE em 2004
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A 1 de Janeiro de 1993 as barreiras fiscais à livre-circulação desaparecem, o que facilitou
bastante o comércio na Europa, tendo aumentado significativamente o volume de trocas entreos Estados-membros.
UE – União Europeia
O Tratado de Maastricht foi assinado a 7 de Fevereiro de 1992, na cidade holandesa que lhedeu o nome, tendo entrado em vigor a 1 de Novembro de 1993. Este tratado traduziu a
vontade de transformar uma comunidade, essencialmente económica, numa união em que a
componente política fosse mais acentuada e centra-se, fundamentalmente, em dois
objectivos:
1. A criação de uma União Política;
2. A criação de uma União Económica e Monetária.
“O presente Tratado constitui uma nova etapa no processo criador de uma União cada vez
mais estreita entre os povos da Europa…” artº 2 do Tratado da União Europeia
A sua ratificação foi difícil de se conseguir, devido à aí subjacente perda de soberania dos
Estados.
O Tratado de Maastricht consagra oficialmente o nome de “União Europeia” que a partir daí
substituirá o de Comunidade Europeia.
A União Europeia assenta em três pilares:
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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UEM – União Económica Monetária
A criação de uma União Económica e Monetária constitui uma das etapas mais elaboradas do
processo de integração europeu. Esta traduziu-se num processo progressivo de integração
económica que levou à adopção de uma moeda única no espaço comunitário e à definição e
execução de uma política monetária comum, a cargo de uma nova instituição, o Banco Central
Europeu.
Assim, na Cimeira de Hanôver, realizada em Junho de 1988, foi decidida a criação de um
Comité, presidido por Jacques Delors, encarregue de propor as etapas e as condições da
realização da UEM, tendo-se decidido que esta passaria por três etapas faseadas.
Domínio da Política Externa e de
Segurança Comuns Domínio Comunitário
Domínio da Cooperação em
Matéria de Justiça e Assuntos
Internos
• política externa comum • mercado único • imigração
• política de defesa comum • cidadania europeia • asilo
• políticas comuns • fraudes
• união económica emonetária
• alfândegas
• polícia
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Portugal e a União Europeia 11ºF
13 | P á g i n a
No Tratado da União Europeia ficou definido que a UEM deveria entrar na sua fase final, em
Janeiro de 1999, com a adopção da moeda única. O Conselho Europeu de Madrid ,em 1995,
decidiu que a nova moeda se chamaria euro.
Na Cimeira de Maastricht, foram definidos os critério de convergência nominal que os países
de cumprir para poderem passar à terceira etapa.
1. Estabilidade de preços: A taxa de inflação não poderia ultrapassar 1,5% da média das
taxas verificadas nos três países com menor inflação;
2. Taxas de juro: As taxas de juro de longo prazo não poderiam variar mais de 2% em
relação à média verificada nos três países com as taxas mais baixas;
3. Défices orçamentais: Os défices orçamentais de cada país deveriam ser inferiores a 3%
do PIB;
4. Divida Pública: A Divida Pública não poderia exceder 60% do PIB;
5. Estabilidade de cotações: A moeda nacional de cada país não poderia ter desvalorizado
nos dois últimos anos, mantendo-se dentro da margem de flutuação fixada pelo
Sistema Monetário Europeu;
Em Maio de 1998 o Concelho Europeu de chefes de estado e de Governo definiu os Estados
que, de acordo com os critérios de convergência estariam aptos a aderir à moeda única: todos
os 15, com excepção da Grécia e da Suécia. No entanto a Dinamarca e o Reino Unido optaram
pela sua não entrada na UEM.
A 1 de Janeiro de 1999, nasceu o euro.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
14 | P á g i n a
Critérios deConvergência:
Estabilidade depreços
Taxas de juro
DéficesOrçamentais
Dívida Pública
Estabilidade decotações
As moedas dos países participantes ficaram ligadas por uma relação fixa e tornaram-se numa
moeda única. O euro passou a ser utilizado como moeda escritural em todas as transacções
dentro e entre os Estados-membros participantes na UEM.
Mais tarde, a Suécia, embora já cumprindo todos os critérios de entrada, decidiu não aderir à
moeda única enquanto a Grécia aderiu, em 2001, à UEM.
A Zona Euro é o espaço comum europeu onde circula a mesma moeda, o Euro.
Para assegurar a sua integração na União Económica e Monetária, cada estado-membro teve
de obedecer aos seguintes critérios de convergência estabelecidos no Tratado da União
Europeia:
IX - Moeda Única, o Euro
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Portugal e a União Europeia 11ºF
15 | P á g i n a
Estabilidade dospreços
Finanças públicas
sólidas
Pacto de
Estabilidade e
Crescimento
Maior crescimento
da economia e do
emprego
Cada estado-membro tem de obedecer a estes critérios, pois a criação de uma União
Monetária tem de assentar em economias relativamente homogéneas, o que exigia um
processo de aproximação dos desempenhos das economias.
O cumprimento dos critérios de convergência permite assegurar uma economia estável, sólida
e sustentável.
O esforço desenvolvido pelos países no que respeita ao cumprimento dos critérios de
convergência teve como consequência alguns custos económicos e sociais devido às políticas
de redução de despesas que foram levadas a cabo.
Por outro lado, a unificação das políticas cambiais colocava as empresas em concorrência
directa, enquanto a convergência monetária passava a evidenciar as disparidades dos países
ao nível do desenvolvimento económico. A necessidade de uma coesão económica e social
passou a ser mais notória, exigindo aos países da União Europeia um maior esforço em termos
de convergência real, de modo a permitir uma aproximação das diferentes realidadeseconómicas e sociais.
A participação dos países na UEM trouxe benefícios tais como:
1. Facilita a vida aos viajantes, pois desapareceram os incómodos e os custos com câmbio
de dinheiro;
2. Facilita a comparação dos preços, o que é saudável para a concorrência e bom para os
consumidores;
3. Assegura um ambiente de baixas taxas de inflação;
4. Os custos das transferências de dinheiro diminuíram e os riscos das flutuações
cambiais foram eliminados, o que facilita a livre circulação de capitais.
A Política Orçamental está a cargo dos vários estados-membros da UEM, mas está todavia
condicionada pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), ratificado no Conselho de
Amesterdão, em Junho de 1997.
O PEC tem por finalidade obter orçamentos nacionais equilibrados, de forma a contribuir para
a manutenção da taxa de juro num nível baixo e para um menor endividamento dos estados,
condições indispensáveis à estabilidade dos preços e à solidez das finanças públicas.
Este plano impôs um limite de 3% do PIB para o défice orçamental dos Estados, prevendo
multas para os países que apresentam défices que ultrapassem, de forma persistente, o limite
estipulado.
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16 | P á g i n a
Instituições da União Europeia
O processo de integração europeia exige um conjunto diversificado de tarefas e funções, nãoapenas da iniciativa e competência dos estados-membros, mas também das instituições
comunitárias.
A União, através das suas instituições, só pode tomar decisões de acordo com as competências
que lhe são atribuídas pelos Tratados, depois de estes serem ratificados (por referendo ou por
via parlamentar) pelos estados-membros.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
17 | P á g i n a
Estas instituições da União Europeia são, por sua vez, coadjuvadas por cinco órgãos
importantes:
Tratado de Nice
Assinado em 26 de Fevereiro de 2001, o Tratado de Nice entrou em vigor em 1 de Fevereiro de2003, tendo resultado de uma Conferência Intergovernamental (CIG) que tinha como objectivo
preparar a reforma das instituições para os alargamentos aos países do Leste e do Sul da
Europa, que viriam a ocorrer em 2004 e 2007. As principais alterações instituídas pelo tratado
incidem sobre a limitação do tamanho e a composição da Comissão, a extensão da votação por
maioria qualificada a um maior número de matérias e uma nova ponderação dos votos no
Conselho.
Tratado de Lisboa
Durante a presidência alemã do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2007,
foi apresentada uma proposta para abandonar o formato do Tratado Constitucional
anteriormente delineado. Como o processo não ficou concluído, quando Portugal assumiu a
presidência no semestre seguinte, ficou com a incumbência de acabar a redacção do novo
tratado. Foi então lançada uma Conferência Intergovernamental com o objectivo de terminar a
redacção do texto.
Tratava-se do texto do Tratado de Lisboa ou Tratado Reformador, que modificava o Tratado da
União Europeia e o Tratado de Roma e dotava a UE de personalidade jurídica que lhe conferia
poder para assinar acordos a nível internacional.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
18 | P á g i n a
O tratado foi assinado a 13 de Dezembro de 2007, em Lisboa, mas o seu processo de
ratificação não tem sido fácil de obter e por isso não entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2009,
conforme estava previsto. A Irlanda e a República Checa ainda não ratificaram o Tratado de
Lisboa, restando, assim, aguardar e ver qual vai ser o desenvolvimento da situação.
A construção de um espaço de justiça, liberdade e segurança é uma das grandes prioridades daUnião Europeia.
O Tratado de Lisboa exerce uma influência considerável sobre as regras em vigor em matéria
de liberdade, segurança e justiça e facilitará uma acção europeia mais completa, legítima,eficaz, transparente e democrática neste domínio.
X - Tratado de Lisboa
XI - Tratado de Lisboa
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19 | P á g i n a
Desafios da UE na actualidade
As alterações ocorridas nas últimas décadas têm provocado profundas alterações em todo o
mundo. Entre elas podemos referir a globalização, o desenvolvimento das novas tecnologias
da informação e comunicação e o desmoronamento do bloco de Leste após o derrubo do
Muro de Berlim.
No mundo actual, caracterizado pela rapidez a que a mudança ocorre, vários são os desafios
que se colocam à União Europeia. Por um lado, com a abertura do bloco de Leste, a nova vagade alargamento tem exigido reestruturações várias. Paralelamente ao processo de
alargamento, outra questão se tem vindo a colocar, o aprofundamento, não só como resposta
inevitável ao alargamento, mas também ao próprio evoluir da União Europeia a formas cada
vez mais exigentes, o que implica um funcionamento mais democrático e mais próximo do
cidadão.
Os alargamentos da UE
O sucesso da União Europeia tem atraído a entrada de novos países nas Comunidades, o que
beneficia não só os novos membros mas também a União no seu todo:
1. Novas oportunidades para as empresas;
2. Alargamento do Mercado Único;
3. Possibilidade de os cidadãos europeus circularem e trabalharem num território mais
vasto;
4. Consolidação da estabilidade política na Europa, na medida em que a integração reduz
a possibilidade de conflito;
5. Reforço dos valores em que assenta a União Europeia – a democracia, o Estado deDireito e o respeito pelos Direitos Humanos.
Mas o alargamento da UE a novos membros coloca uma questão essencial: garantir num
espaço cada vez mais vasto, numa Europa em crescimento, a salvaguarda dos valores e das
normas que estão na base da União.
A adesão à UE implica, da parte dos países candidatos, a aceitação dos valores e a adopção das
normas e práticas da União que, no seu conjunto, const ituem o chamado “acervo
comunitário”.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
20 | P á g i n a
Valores da União
Europeia
Democracia
Estados de Direito
Respeito pelos Direitos Humanos
A adopção e a aplicação do acervo comunitário exigem da parte dos países candidatos aharmonização das suas normas e práticas nacionais com as da União Europeia, o que implica
necessariamente reformas económicas, sociais e políticas.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
21 | P á g i n a
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Portugal e a União Europeia 11ºF
22 | P á g i n a
O orçamento da União Europeia
A União Europeia, para dar cumprimento aos objectivos definidos nos vários tratados, tem depor em prática diversas políticas económicas e sociais. Mas para desenvolver as acções
necessárias, a União Europeia precisa de meios financeiros, obtendo-os, na sua totalidade,
através dos seus próprios recursos, nomeadamente das contribuições dos Estados-membros.
O orçamento comunitário é as receitas e as despesas, previstas para um ano, inscritas no
Orçamento da União Europeia que constitui o seu principal instrumento financeiro.
As receitas orçamentais:
O orçamento da União Europeia financia um conjunto de actividades, de intervenções e de
políticas comunitárias, repartindo-se por cinco categorias de despesas:
Recursos Naturais:
1. Agricultura;
2. Desenvolvimento Rural;
3. Ambiente;
4. Pescas.
Competitividade e Coesão:
1. Mais crescimento económico;
2. Mais emprego;3. Apoio às regiões mais desfavorecidas.
Recursos Próprios Outras receitas
Direitos cobrados nas
importações de produtos
provenientes de países
terceiros;
Coimas aplicadas pela
Comissão;
Contribuição proveniente
do IVA de todos os
Estados-membros;
• Impostos pagos pelo
pessoal das Instituições
Europeias.
Contribuição de cada
Estado-membro baseado
no seu RNB.
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Portugal e a União Europeia 11ºF
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Despesas Administrativas:
1. Salários e pensões dos funcionários;
2. Despesas com imóveis, etc.
Cidadania, liberdade e segurança:
1. Luta contra o terrorismo, crime organizado e imigração clandestina;
2. Reforço da cooperação nos domínios judicial e penal.
Acção da UE a nível mundial:
1. Ajuda de emergência;
2. Ajuda ao desenvolvimento e cooperação com países vizinhos e com países em vias de
adesão.
As receitas de cada ano são fixadas em função do total das despesas definidas pelas
autoridades orçamentais, verificando-se o princípio do equilíbrio orçamental (despesas iguais
às receitas).
O orçamento anual da União é elaborado respeitando um quadro financeiro de médio prazo
que estipula os limites anuais de despesas. A programação financeira plurianual tem
vantagens, pois fixa as grandes orientações orçamentais para vários anos, facilita a aplicação
anual do orçamento e contribui para um maior controlo da evolução das despesas da União.
Fundos Estruturais e Fundo de coesão
A actuação da União Europeia envolve muitos domínios: o económico o social, o regulamentar,o financeiro, etc. No entanto, a sua acção visa sempre a convergência dos vários Estados-
membros, pelo que, por essa razão, destina uma grande parte do seu orçamento à atribuição
de fundos em áreas que são consideradas fundamentais.
A solidariedade é concretizada através da transferência de verbas (fundos) dos países mais
ricos para os mais pobres, com o objectivo de fazer acelerar o desenvolvimento das regiões
mais atrasadas, auxiliar as regiões industriais com problemas, modernizar a agricultura e as
zonas rurais e contribuir para a integração profissional de jovens e de desempregados de longa
duração. Os principais fundos da União Europeia são:
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1. Os fundos estruturais, que visão auxiliar aos países mais carenciados ao nível do
desenvolvimento regional (FEDER) e dos problemas relacionados com o emprego
(FSE);
2. O fundo de coesão, que foi criado especificamente para promover a coesão económica
e social de todos os países, fazendo com que os seus níveis de desenvolvimento se
aproximassem cada vez mais.
Novos fundos:
1. Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento (FEADER). Estes dois fundos, aplicados a partir de Janeiro de 2007,
inserem-se na reforma da Política Agrícola Comum;2. Fundo Europeu para a Pesca (FEP), aplicado a partir de Janeiro de 2007, veio substituir
o IFOP.
A aplicação dos fundos europeus em Portugal, no período entre 2007 e 2013, está
consubstanciada no documento intitulado Quadro de Referências Estratégico Nacional (QREN).
A grande aposta é na modernização e na inovação, factores necessários ao crescimento da
nossa economia e à sua convergência com a União Europeia.
Portugal também lida com problemas de natureza social: por um lado, o envelhecimento da
população que traz problemas relacionados com a manutenção da população activa e a forma
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como vão ser financiadas as políticas de Segurança Social no futuro; por outro, verifica-se um
empobrecimento da população, que, devido à actual crise económica, tem tendência para se
agravar ainda mais. Com a entrada na União Europeia dos novos países, o nosso país também
enfrenta a diminuição dos apoios comunitários concedidos, nomeadamente, nas áreas
respeitantes à agricultura e às pescas.
A economia portuguesa acompanhou o recente ciclo económico mundial recessivo,
reflectindo-se na diminuição das exportações, das importações e do consumo interno.
Contudo, os dados mais recentes publicados pela Comissão Europeia indicam que Portugal se
situou, no segundo trimestre 2009, entre os poucos países que tiveram um crescimento
positivo do PIB.
As políticas da União Europeia
A política regional, a política agrícola comum e política comum de pesca representam as
principais políticas desenvolvidas no espaço europeu, absorvendo mais de 75% do total das
despesas do orçamento da União.
A coesão económica e social concretiza-se através da política regional que tem como principaisobjectivos:
1. Promover o desenvolvimento equilibrado da União Europeia;
2. Reduzir as desigualdades de desenvolvimento da União.
A política regional concretiza-se através da intervenção dos fundos europeus nomeadamente
dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesão, que se destinam a modernizar as estruturas
económicas e sociais das regiões menos desenvolvidas.
A política regional, a fim de assegurar maior eficácia nos seus resultados tem concentrado os
fundos comunitários em três objectivos prioritários:
XII - Evolução do PIB entre 2008 e 2009
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1. Regiões com atrasos de desenvolvimento, isto é, regiões cujo PIB, representa 75% da
média comunitária;
2. Regiões em reconversão económica e social, isto é, regiões onde se verifiquem
dificuldades decorrentes de reestruturação dos sectores industriais e da pesca e do
declínio das actividades tradicionais nas zonas rurais;
3. Grupos sociais frágeis como jovens desempregados, desempregados de longa
duração, trabalhadores com baixas qualificações e vitimas de exclusão. Todas estas
pessoas independentemente da região onde residam, são abrangidas pelas medidas
de ajuda que representam.
A aplicação dos fundos europeus nas regiões mais desfavorecidas reflecte o principio da
solidariedade financeira da União Europeia: transferência para as regiões mais desfavorecidas
de uma parte significativa do orçamento da União, que é alimentado pelas contribuições dos
Estados-membros (cerca de 1% do seu PNB).
Os projectos para o desenvolvimento das regiões, a financiar pelos fundos europeus, são daresponsabilidade das autoridades nacionais e regionais, uma vez que elas conhecem melhor os
problemas das suas regiões, embora tenham de respeitar as orientações estratégicas para o
desenvolvimento definidas pela Comissão.
Os recursos afectados (acções a desenvolver) são co-financiados conjuntamente pelos fundos
europeus e pelos Estados nacionais, havendo limites máximos de co-financiamento no que diz
respeito aos fundos europeus.
Podemos verificar com o alargamento da União Europeia para 27 países houve um aumento
de 20% da população da União Europeia no entanto o crescimento económico apenas atingiu5% do espaço comunitário contribuindo para uma descida do PIB médio por habitante e uma
diminuição da equidade das regiões. Os novos países representam, actualmente cerca de 60%
da regiões com mais baixo nível de desenvolvimento, indo, por conseguinte, absorver um
apoio mais forte no âmbito da política regional UE.
A “convergência real” contribuiu para a realização de um processo de recuperação com o
resto da UE. Neste processo os fundos europeus tem tido um papel relevante, verificando um
PIB per capita muito inferior à média da UE, mas subindo à medida a que as economias
crescem.
A política agrícola comum (PAC) conseguiu constituir o sector de actividade económica onde o
processo de integração mais evoluiu, alcançando os seguintes objectivos:
1. Auto suficiência alimentar;
2. Segurança dos alimentos consumido;
3. Rendimento estável aos agricultores;
4. A agricultura tem tido um financiamento da PAC, disponibilizados meios financeiros do
orçamento da UE.
As despesas agrícolas foram cobertas pelo Fundo Europeu de Orientação e de GarantiaAgrícola (FEOGA) dividindo-se em duas secções:
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1. FEOGA – Garantia: gestão dos mercados dos diferentes produtos agrícolas,
subsidiando produções, comprando a produção excedentária e assegurando a sua
armazenagem, apoiando os rendimentos dos agricultores, etc.
2. FEOGA - Orientação: modernização das explorações agrícolas, para o desenvolvimento
de actividades económicas nas zonas rurais mais desfavorecidas que criem emprego e
evitem o êxodo rural, etc.
3. A Aplicação dos fundos e a gestão da PAC permitiu alcançar os objectivos desejados:
1. A produção agrícola aumentou;
2. Assegurou-se o abastecimento regular e a preços razoáveis para os consumidores;
3. Garantiu-se um nível de vida justo para os agricultores.
O sucesso da Política Agrícola Comum foi, todavia, acompanhado de efeitos secundários:
1. Desequilíbrios ambientais, devido à sobreexploração da terra e às praticasintensivas de cultivo;
2. Formação de excedente;
3. Excesso de proteccionismo aos produtos comunitários;
4. Elevadas despesas agrícolas.
Devido às desvantagens provocadas pela PAC a UE introduziu uma série de reformas.
Os efeitos secundários obrigaram mudanças na PAC, tendo sido adoptadas pelo Concelho as
seguintes medidas reformadoras:
1. Estabelecimento de preços mais competitivos, isto é, mais próximos do mercado
mundial;
2. Estabelecimento de quotas para algumas produções, para evitar a acumulação de
excedentes;
3. Promoção de uma agricultura mais compatível com o ambiente, pela utilização de
praticas menos intensivas e com menor recurso a fertilizantes e pesticidas;
4. Sustentabilidade do modo de vida rural através, por exemplo, da criação de novos
empregos nas zonas rurais e da preservação da paisagem rural.
As medidas de reforma da PAC reduziram os excedentes, preservando o ambiente
aumentando a competitividade diminuindo as despesas com a agricultura a longo prazo.
O principal objectivo da nova PAC é proteger o ambiente, a saúde e bem-estar dos animais.
O financiamento da PAC acompanhou as reformas introduzidas, tendo sido aplicados, em
Janeiro de 2007, dois novos instrumentos financeiros:
1. O Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA);
2. O Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento (FEADER).
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A grande procura de pescado e a necessidade de preservar este recurso tem levado a UE a
estabelecer um conjunto de regras comuns a aplicar no espaço comunitário, originando a
política comum da pesca.
A política comum da pesca prossegue com os seguintes objectivos:
1. Proteger os recursos da pesca, evitando a sobreexploração;
2. Garantir o abastecimento de pescada aos consumidores e à indústria de
transformação;
3. Melhorar a competitividade das empresas do sector.
Para alcançar os objectivos propostos, o Concelho de Ministros adoptou as diversas medidas:
1. Fixação de totais admissíveis de captura anuais por espécie de pescado;
2. Estabelecimento de quotas anuais de exploração para cada Estado-membro;
3. Restrição na emissão de licenças de pesca, reforçando o objectivo das quotas;
4. Fixação de normas relativas à malhagem das redes, especialmente nas zonas de
reprodução, onde a protecção dos recursos é essencial;
5. Estabelecimento de acordos de pesca com outros Estados que permitam à frota
comunitária aceder a bancos de pesca distantes das águas protegidas;
6. Apoiar o desenvolvimento da aquicultura como fonte alternativa de pescado;
7. Reestruturação das estruturas de produção, o que passa pela modernização dos navios
existentes.
O Instrumento Financeiro de Orientação da Pesca (IFOP), apoiou a política comum de pesca
até finais de 2006, financiando a reestruturação da frota e das infra-estruturas portuárias, e
apoiando a comercialização e a transformação de peixe e outros produtos de pesca.
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Em 2002, criou-se um conjunto de medidas de reforma da política comum da pesca, cujo
principal objectivo é garantir que a pesca seja uma actividade sustentável, a nível da
preservação dos recursos, da protecção do ecossistema marinho, da qualidade do pescado e
da viabilidade económica das frotas. Foram adoptadas as seguintes medidas:
1. Estabelecimento, no mediterrâneo, de zonas de protecção das pescarias, limitando aactividade da pesca;
2. Erradicação da pesca ilegal;
3. Apoio à redução da capacidade das frotas;
4. Reforço das estruturas de inspecção;
5. Estabelecimento de acordos com países terceiros, no sentido de assegurar a
sustentabilidade da pesca nas águas desses países;
6. Reforço do desenvolvimento da aquicultura tendo em vista a criação de empregos e a
qualidade do pescado.
A reforma da política comum da pesca foi acompanhada pela substituição do IFOP pelo Fundo
Europeu para a Pesca (FEP), a nível da ajuda comunitária, este novo instrumento foi aplicado
em 2007.
Os vários tratados da UE têm objectivos em comum: atingir um elevado nível de emprego e de
protecção social, aumentar a igualdade de oportunidades e melhorar a qualidade de vida de
toda a população da UE.
Em 1997, o Tratado de Amesterdão definiu uma estratégia comum em matéria de emprego
(Estratégia Europeia de Emprego), cuja finalidade é criar mais e melhores empregos paratodos.
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Em Março de 2000, a Cimeira de Lisboa, criou um novo objectivo para a UE, até 2010. Este
objectivo consiste em tornar a Europa na economia mais competitiva e dinâmica do mundo,
capaz de sustentar o crescimento económico, com mais e melhores empregos e coesão social
reforçada.
No que diz respeito ao emprego, foi fixado como objectivo principal aumentar a taxa de
emprego global da UE para 70% e a taxa de emprego das mulheres para mais de 60%.
Os Estados comprometeram-se a aumentar os seus investimentos na educação, a assegurar
que as novas tecnologias da informação se tornem acessíveis a todos, a desenvolver esforços
na erradicação da pobreza e a promover a inclusão social.
O Fundo Social Europeu constituiu o instrumento financeiro para apoiar as acções para
alcançar o objectivo geral de aumentar a taxa de emprego global e a taxa de emprego das
mulheres, com vista à:
1. Melhoria dos sistemas de formação profissional;
2. Promoção do espírito empresarial;
3. Qualificação dos trabalhadores, nos domínios da ciência e da tecnologia;
4. Criação de incentivos ao auto-emprego;
5. Prestação de assistência às pessoas em risco de exclusão;
6. Diminuição das desigualdades entre homens e mulheres, no mercado de trabalho;
Um novo programa PROGRESS 2007-2013 foi criado para apoiar financeiramente os objectivos
da União em matéria de emprego.
Este programa tem um orçamento de 743 milhões de euros, distribuídos por cinco
parâmetros:
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1. Emprego
2. Protecção e inclusão social
3. Condições de trabalho
4. Luta contra a discriminação
5. Igualdade entre homens e mulheres
Todas estas acções pretendem contribuir para uma maior prosperidade e justiça social para
todos os cidadãos.
O Fundo Social Europeu é utilizado pela UE para a requalificação das pessoas, de forma a
proporcionar-lhes a formação necessária à obtenção de emprego.
O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), foi criado a nível comunitário com o
objectivo de apoiar a procura de emprego e requalificação de pessoas que fiquem
desempregadas em resultado de um processo de deslocalização para fora de um espaço
europeu.
A finalidade desta política europeia de acordo com a política do desenvolvimento sustentável
é promover um desenvolvimento em harmonia com o ambiente.
A estratégia da UE para o “desenvolvimento sustentável” assenta no princí pio de que o
crescimento económico, a coesão social e protecção do ambiente estão interligados.
O crescimento da economia deverá garantir a satisfação das necessidades do presente, sem
pôr em causa a satisfação das necessidades das gerações futuras.
A intervenção da UE baseia-se, na conciliação de interesses económicos, sociais e ambientais,
garantindo que todas as políticas comunitárias prossigam este mesmo objectivos.
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A política da UE para o ambiente é apoiada financeiramente pelos Fundos Estruturais e pelo
Fundo de Coesão que financiam projectos que melhorem o ambiente e promovam o
desenvolvimento socioeconómico das regiões mais pobres:
1. Reabilitação das zonas industriais em declínio;
2. Recuperação das zonas urbanas degradadas;3. Limpeza das faixas costeiras, dos portos e dos rios;
4. Tratamento de resíduos;
5. Apoio ao investimento em tecnologias limpas;
6. Incentivos e prémios às empresas que melhorem o seu comportamento ambiental;
7. Educação ambiental dos jovens;
8. Redução da emissão de gases que provoquem o efeito de estufa.
Assim, a UE promove a qualidade de vida para todos, hoje e no futuro, através da protecção
ambiental.
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Conclusão
Todo o trabalho foi realizado pelos alunos com o apoio a textos, documentos, gráficos e sites,
disponíveis na bibliografia, e a interpretação dos mesmos.
Através deste trabalho, percebemos que a necessidade de uma união entre países era urgente
perante as condições sociais, políticas e económicas em que a Europa se encontrava após aSegunda Guerra Mundial, mas que este processo foi complexo sobretudo devido às diferenças
culturais e situações diferentes em que os países se encontravam.
Foram necessários vários Tratados e reformas dos mesmos a fim de conseguir o
consentimento de todos os envolvidos, no entanto as várias etapas/formas de integração
foram sendo superadas restando apenas o aprofundamento da União Europeia numa União
Política.
A União Europeia deparou-se com vários desafios aos níveis económico, social e ambiental a
fim de melhorar a qualidade de vida da população europeia que perduram nos dias de hoje.
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Bibliografia
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Netgrafia
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ANEXOS
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Após a instauração do regime democrático, Portugal pede formalmente a adesão às
Comunidades Europeias (CECA, CEE e CEEA) em 28 de Março de 1977:
«Em nome da República Portuguesa e em conformidade com a posição tomada pela
Assembleia da República sobre este assunto, tenho a honra de informar Vossa Excelência, por
este meio, do pedido de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, emconformidade com o disposto no artigo 237º do Tratado que institui a CEE (...)»
Mário Soares
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