Philippa Perry - Como Manter a Mente Sa

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    Philippa Perry escritora e psicoterapEscreve para os jornaisGuardian e Observer , para as revistasTime Out e Healthy Living , alde ter uma coluna na revista Psychologies . E2010, escreveu a novela grficaCouch Fiction , nentativa de desmistificar a psicoterapia. Mo

    Londres e em Sussex com seu marido, o aGrayson Perry. Gosta de jardinagem, culin

    estas, e tambm de conversar, twittar eeleviso.The school of life se dedica a explorar as queundamentais da vida: Como podemos desenv

    nosso potencial? O trabalho pode ser nspirador? Por que a comunidade imp

    Relacionamentos podem durar uma vida ino temos todas as respostas, mas vamos g

    na direo de uma variedade de ideias teis

    ilosofia a literatura, de psicologia a artes v que vo estimular, provocar, alegrar e cons

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    Como manter a mente sPhilippa Perry

    Traduo: Cristina Paixo Lopes

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    Copyright The School of Life 2012Publicado primeiramente em 2012 por Macmillan, um selo daMacmillan, uma diviso da Macmillan Publishers Limited.Todos os direitos reservados.Todos os direitos desta edio reservados Editora Objetiva Ltda.Rua Cosme Velho, 103Rio de Janeiro RJ Cep: 22241-090Tel.: (21) 2199-7824 Fax: (21) 2199-7825www.objetiva.com.br

    Ttulo originalow to Stay SaneCapa e ilustraesAdaptao de Trio Studio sobre design original de Marcia MihRevisoAna Grillodio PulligFtima FadelCoordenao de e-book Marcelo Xavier Converso para e-book FiligranaCIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, P547cPerry, Philippa

    Como manter a mente s [recurso eletrnico] / Philippa Perry

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    raduo Cristina Paixo Lopes. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2Recurso digital (The school of life)Traduo de: How to stay saneFormato: ePubRequisitos do sistema: Adobe Digital EditionsModo de acesso: World Wide Web03p. ISBN 978-85-390-0402-7. Sade mental. 2. Psicoterapia. 3. Bem-estar 4. Livros eletr. Ttulo. II. Srie.2-5150. CDD: 613

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    Introduo

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    E m Manual Diagnstico e Estatstico deTranstornos Mentais , o manual que a maioria psiquiatras e muitos psicoterapeutas usamdefinir os tipos e as nuances de insanidade,vai encontrar a descrio de inmeros transtde personalidade. Apesar da enorme variedaapesar da proliferao de transtornos definidedies sucessivas, essas definies

    ncludas em apenas dois grupos principais1 Eum grupo esto as pessoas que se perdera

    caos e cujas vidas oscilam de crise em crisoutro, aqueles que se tornam escravos deotina e agem de acordo com um grupo limitaeaes antiquadas e rgidas. Alguns de

    conseguimos pertencer aos dois grupos de um. Ento, qual a soluo para o problemeagir ao mundo de uma maneira demasiada

    gida, ou de sentir-se to afetado por eleexistimos em um estado contnuo de caos? sso como um caminho bastante vasto, com mbifurcaes e desvios, e nenhum caminho cDe tempos em tempos, podemos nos dedemais para o lado excessivamente rgido,

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    entirmos presos; poucos de ns, por outro vai passar pela vida sem ocasionalmente ir demais para o outro lado e experimentar se catico e fora de controle. Este livro sobre e manter no caminho entre esses dois extr

    como se manter estvel e, no entanto, flecoerente e, ainda assim, capaz de abracomplexidade. Em outras palavras, este li

    obre como manter a mente s. No posso fazer de conta que existe um conimples de instrues que possa garantanidade. Cada um de ns o produto de

    combinao diferente de genes e experimentoconjunto nico de relaes formativas. Paraum de ns que precisa assumir o risco de seraberto, h outro que precisa praticaautossuficincia. Para cada pessoa que pr

    aprender a confiar mais, h outra que prexperimentar mais discernimento. O que meliz pode deix-lo triste, o que acho til

    pode considerar prejudicial. Instrues especobre como pensar, sentir e se comportar ofe

    portanto poucas respostas. Assim, em vez d

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    quero sugerir uma maneira de pensar sobre acontece em nossos crebros, como desenvolveram e continuam a se desenvoAcredito que, se soubermos imaginar como nmentes se formam, seremos mais capazeeformar a maneira como vivemos. Essa prt

    pensar sobre o crebro ajudou a mim e algumeus clientes a ficar mais no controle de n

    vidas; h uma chance, ento, de que possa avoc.Plato compara a alma a uma carruagem

    puxada por dois cavalos. O cocheiro a Rum cavalo o Esprito, o outro cavalo o ApAs metforas que usamos atravs dos sculopensar sobre a mente seguiram mais ou menomodelo. Minha abordagem apenas outra ve influenciada pela neurocincia em con

    com outras abordagens teraputicas.Trs crebros em um

    Em anos recentes, cientistas desenvolveram

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    nova teoria do crebro. Comearam a entendele no composto de uma nica estrutura, mrs estruturas diferentes, que, ao longo do tepassam a operar conjuntamente, ppermanecem distintas.

    A primeira dessas estruturas o trcerebral, s vezes referido como creptiliano. operacional no nasciment

    esponsvel por nossos reflexos e msnvoluntrios, como o corao. Em cmomentos, pode salvar nossas vidas. Qudistraidamente entramos na frente de um ninosso tronco cerebral que nos faz saltar pcalada antes de termos tempo de perceber est acontecendo. o tronco cerebral que npiscar quando dedos movem-se perto de nolhos. O tronco cerebral no vai ajud-

    esolver um Sudoku, mas em um nvel bessencial, ele o mantm vivo, permite que uncione e se mantenha longe de muitos tip

    perigo.As outras duas estruturas do crebro s

    crebro mamfero, ou direito, e o neomamfe

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    esquerdo. Embora continuem a se desenvolvongo da vida, essas duas estruturas tm m

    desenvolvimento nos nossos primeiros cincode vida. Uma clula cerebral individualrabalha sozinha. Ela precisa se ligar a o

    clulas cerebrais para funcionar. Nosso crebdesenvolve conectando clulas cerendividuais para criar vias neurais. A con

    acontece como resultado da interao com oento o desenvolvimento do nosso crebromais a ver com nossos primeiros relacionamdo que com gentica; com alimentao, maque com natureza.

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    Isso significa que muitas das diferenas

    ns podem ser explicadas pelo que regularm

    acontecia conosco quando ramos bem pequossas experincias na verdade do forma massa ceflica. Para citar um caso extremenda, se no nos relacionarmos com outra p

    nos primeiros anos de vida, mas foalimentados, por exemplo, por um lobo, npadres comportamentais sero mais lupinohumanos.

    Em nossos primeiros dois anos, o cr

    direito muito ativo enquanto o esquerquiescente e menos ativo. No entanto, noseguintes, o desenvolvimento muda;

    desenvolvimento do crebro direito fica maise o esquerdo inicia um perodo de noatividade. A maneira de nos ligarmos aos ocomo confiamos; quo confortveis normalmnos sentimos com ns mesmos; quo rpidentamente conseguimos nos confortar depo

    uma chateao, tudo isso tem uma base firm

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    vias neurais depositadas no crebro dmamfero em nossos primeiros anos de vidcrebro direito pode, portanto, ser considerassento primrio da maior parte de nemoes e nossos instintos. a estrutura qugrande parte simpatiza, se harmoniza elaciona com os outros. O crebro direito

    apenas se desenvolve primeiro, como tam

    permanece no controle. Com um olhar, ungada, o crebro direito absorve e faz avaliao de qualquer situao. Como o duqGloucester diz, em Rei Lear de Shakespeaquando olha para si mesmo: Eu o vejo entimento.

    O que chamamos de crebro esquerdo podconsiderado a estrutura do primeiro idiomgica e do raciocnio do nosso crebro. Us

    nosso crebro esquerdo para proceexperincia em linguagem, para articular npensamentos e ideias para ns mesmos e paoutros, e para levar planos adiante. A cibaseada em evidncias foi desenvolvida cuso das habilidades do crebro esquerdo,

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    como as disciplinas de classificao e ordeda taxonomia, filosofia e filologia.

    Como eu disse, nos primeiros dois anos deo desenvolvimento do crebro esquerdo mais lento do que o do direito, motivo pelo qbases de nossa personalidade j eestabelecidas antes que o crebro esquerdoua capacidade para a linguagem e a lgica,

    a habilidade para influenci-las. Esse podero motivo de o crebro direito tender a permadominante. Voc pode perceber a influncique estou chamando de crebros esquerdireito quando vive o familiar dilema de ter boas razes para fazer a coisa sensata, mas azendo a outra coisa mesmo assim. A sua

    aparentemente sensata (seu crebro esquerdoa linguagem, mas a outra (seu crebro di

    normalmente parece ter o poder.Quando somos bebs, nossos crebrodesenvolvem em uma relao com noprimeiros cuidadores. Quaisquer que sejaentimentos e processos de pensamento que

    nos do so refletidos, respondidos

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    estabelecidos em nossos crebros em crescimQuando as coisas vo bem, nossos pacuidadores tambm refletem e validam nhumores e estados mentais, reconhecendespondendo ao que estamos sentindo. A

    quando temos em torno de 2 anos, nossos cr tero padres distintos e individuais.

    que nossos crebros direitos amadurece

    uficiente para poder entender a linguagem.desenvolvimento dual possibilita que integrnossos dois crebros, a certo ponto. Tornamcapazes de usar o crebro esquerdo para coem palavras os sentimentos do direito.

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    No entanto, se nossos cuidadores ignor

    alguns de nossos humores, ou conscient

    nconscientemente nos punirem por isso, poder problemas mais tarde, porque seremos mcapazes de processar esses mesmos sentimquando surgirem e menos capazes de entendcom a linguagem.

    Assim, se nosso relacionamento com nprimeiros cuidadores estiver longe do ideal,mais tarde enfrentarmos um trauma to sevponto de desfazer a segurana estabelecid

    nossa infncia, podemos vir a ter dificulemocionais no futuro. Mas, embora seja demais para ter uma infncia mais feliz ouevitar um trauma que j aconteceu, posmudar o curso.

    Psicoterapeutas usam o termo introjeodescrever a incorporao inconsciente caractersticas de uma pessoa ou cultura em prpria psique. Ns tendemos a introjetar o

    como fomos criados e continuar do ponto

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    nossos primeiros cuidadores pararam porpadres de sentimento, pensamento, reaealizao se aprofundam e se arraigam. alvez no seja uma coisa ruim: nossos pais per feito um bom trabalho. No entanto

    estivermos deprimidos ou insatisfeitos, tqueiramos modificar padres para nos tornamais sos e felizes.

    Como fazer isso? No existe receita infaQuando estamos caindo profundamente na e/ou no caos, precisamos interromper nossa com medicao ou com um conjunto difde comportamentos: talvez queiramos um oco na vida; talvez possamos nos benefici

    novas ideias ou de qualquer outra coisa. (endo intencionalmente vaga; o que funciona

    uma pessoa pode no funcionar para outra.)

    No entanto, em toda psicoterapia bem-sucepercebo que a mudana acontece em quatro auto-observao, relao com os ouestresse e narrativa pessoal.2 Essas so reem que podemos trabalhar sozinhos, forpsicoterapia. Vo nos ajudar a mante

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    lexibilidade de que precisamos para a sanido desenvolvimento, e para elas que agora vnos voltar.

    1. Auto-observao

    Scrates afirmava que a vida no examinad

    vale a pena ser vivida. Essa uma poextrema, mas eu realmente acredito qudesenvolvimento contnuo de uma parte observadora e no crtica de ns mesmos cpara nossa sabedoria e sanidade. Qupraticamos a auto-observao, aprendemos ado lado de fora de ns mesmos, para seconhecer e avaliar sentimentos, sensa

    pensamentos conforme ocorrem e conf

    determinam nosso estado de nimocomportamento. O desenvolvimento capacidade nos permite ser receptivos ecrticos. Ele nos d espao para decidir come a parte de ns que escuta e rene nemoes e nossa lgica. Para maximizar

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    anidade, precisamos desenvolver a observao. Esse um trabalho que nuncencerra.

    2. Relao com os outros

    Todos ns precisamos de relacioname

    eguros, confiveis e enriquecedores. Isso poncluir um relacionamento amoroso. Ao condo que algumas pessoas pensam, romance necessariamente um pr-requisito paraelicidade; mas alguns de nossos relacionam

    precisam ser enriquecedores: um relacionaenriquecedor pode ser com um terapeutaprofessor, um amante, amigos ou nossos filhalgum que no apenas oua, mas leiaentrelinhas e possa at gentilmente nos des

    s nos formamos em relacionamentos: edesenvolvemos como resultado elacionamentos subsequentes.

    3. Estresse

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    O tipo certo de estresse cria estimulao posEle nos impelir a aprender coisas novas e criativos, mas no ser to opressor a ponto dazer entrar em pnico. O estresse bom estab

    novas e maravilhosas conexes neurais. precisamos para desenvolvimento e crescipessoais.

    4. Qual a histria? (Narrativapessoal)

    Se conhecermos bem as histrias que viveeremos capazes de edit-las e modific-l

    necessrio. Como boa parte do nosso eu forpr-verbalmente, as crenas que nos guiam pestar escondidas de ns. Podemos ter crena

    comeam com: Eu sou o tipo de pessoa quou Este no sou eu; no fao isso. Seconcentrarmos em tais histrias e as virmpartir de novos ngulos, poderemos encomaneiras novas e mais flexveis de definir mesmos, os outros e tudo nossa volta.

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    Embora o contedo de nossas vidas e os mque usamos para process-lo sejam diferenteodos ns, essas reas da nossa psique s

    pilares da nossa sanidade. Nas pginas a sanalisarei essas quatro reas-chave detalhadamente.

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    1. Auto-observao

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    Quando defendo a auto-observao, as pessovezes pensam que esta apenas outra forma ornar um egocntrico preocupado apenas cprprio umbigo. Mas auto-observao nobsesso por si prprio . Ao contrrio, uerramenta que nos permite ficarmenos obcecad

    por ns mesmos, porque ela nos ensina a ndeixar dominar por pensamentos e sentim

    obsessivos. Com a auto-observdesenvolvemos uma maior clareza interpodemos nos tornar mais abertos vida emodas pessoas que nos cercam. Essa eceptividade e compreenso melhoraro m

    nossa vida e nossos relacionamentos.A auto-observao uma prtica an

    defendida por Buda, Scrates, George GurdjSigmund Freud, entre outros. Quando adqui

    prtica na auto-observao, torna-se mprovvel que ajamos a partir de noentimentos ocultos e repitamos padre

    autossabotagem, e mais provvel que tenhcompaixo por ns mesmos e, consequentempelos outros.

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    A habilidade de observar e ouvir os sentime sensaes corporais essencial permanecermos sos. Precisamos ser capazusar nossos sentimentos, mas no de ser upor eles. Se somos nossas emoes, e no sobservadores , entramos em um estado de confmental. Quando, por outro lado, reprimcompletamente nossos sentimentos, escorreg

    para o outro lado, o da rigidez. H uma difeentre dizer Eu sou bravo e Eu sinto raivprimeira afirmao uma descrio que pechada. A segunda oreconhecimento de uentimento, e no define todo o nosso ser

    mesma forma que importante sermos capazeparar ns mesmos de nossos sentimeambm necessrio que sejamos capaze

    observar nossos pensamentos. Assim poder

    perceber os diferentes tipos de pensamentoemos e examin-los, em vez de ser eles. Isso npermite perceber quais pensamentos nos bem, ou se nossa ruminao interioautodestrutiva.

    Para ajudar na explicao da teoria, v

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    observar este exemplo: como uma me obeu beb a fim de compreend-lo. Ela refleteuas expresses, seus estados interiores e, a

    do que observa, aprende a compreender necessidades a cada momento. Ser obsercompreendido e atendido dessa forma vitaa formao da nossa personalidade e, na verpara a sobrevivncia. A prtica da a

    observao reflete o modo pelo qual umaobserva e se sintoniza com seu beb. Aobservao um mtodo de reeducarmos mesmos. Quando nos auto-observamos ajudanos formar e reformar.

    Talvez ajude se pensarmos na nossa partauto-observao como uma parte distinta denns mesmos. Ela aceita e no julga. Reconhque , e no o que deveria ser, e no at

    valores como certo ou errado. Peremoes e pensamentos, mas nos d espaodecidir como agir a partir deles. a parte dque ouve tanto as nossas emoes como a gica e est consciente da informao sensor

    Para comear a se auto-observar, faa

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    mesmo as seguintes perguntas:O que estou sentindo agora?

    No que estou pensando agora?O que estou fazendo neste momento?Como estou respirando?

    Essas perguntas simples so importantes pdepois de responder a elas estaremos em mcondio de passar para a prxima:

    O que quero para mim neste novo momento?3

    Voc talvez tenha feito mudanas instantapenas por ler as perguntas. Por exemplo, quvoltamos a ateno para a nossa respiricamos conscientes de como a estamos inibi

    enquanto permanecermos conscientes dela teendncia a respirar mais lentamente. A mu

    acontece, se ela necessria, quando fic

    conscientes do que somos, no quando tentnos tornar o que no somos.Chamo essas perguntas de Exerccio

    Enraizamento. Se fizermos isso, ou algo siem momentos aleatrios do dia e adquirirm

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    hbito de faz-las, podemos criar um espaauto-observao. Ento, se estivermos saindcaminho, temos a oportunidade de edirecionarmos.

    Quando fiz o Exerccio de Enraizamento onotei que, ao fazer as perguntas, me nsatisfeita. Percebi que estava sonhandoubstituir todos os meus mveis. O que eu e

    azendo? Estava lendo uma revista de decoraestava respirando superficialmente. Depoiesponder s primeiras quatro perguntas, e

    em melhor condio de responder ltima. Oeu queria para mim mesma? O que eu queriamim naquele momento era soltar o ar, coloevista de lado e voltar minha ateno para

    diferente; ento fui nadar para mudar meu focFazer o Exerccio de Enraizamento nos aj

    nos posicionar em nossa experincia internpessoas podem ser colocadas em dois graquelas cuja referncia externa e aquelas cueferncia interna . As primeiras esto m

    preocupadas com a impresso que causamoutros:Como estou? Com o que isto se parece?

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    As segundas esto mais preocupadas com oentem:Gosto mais disso ou daquilo? Pesso

    cuja referncia externa querem acertar outros (para que sejam aceitas ou invejadas)as pessoas cuja referncia interna querem apor si mesmas (para que se sintam confortconsigo mesmas).

    No estou querendo dizer que uma refern

    empre superior a outra, mas quero, sim, enfa desejabilidade de aumentarmos nconscincia de qual a nossa referncia, parpossamos descobrir como normalmente colocamos na balana internaexterna. Quandcolocamos no extremo da referncia extperdemos o senso de ns mesmos e ficamodesequilbrio. Quando, ao contrrio, pendpara o extremo da referncia interna, t

    precisemos nos adaptar um pouco maociedade para podermos fazer parte Podemos nos perguntar se a maneira cadministramos nossas emoes influenciadque imaginamos que as outras pessoas pensando de ns ou pelo que sabemos que v

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    azer sentir confortveis.Vamos tomar um exemplo: duas pessoas p

    estar navegando em barcos idnticos. Umaantasiando Olhem para mim em meu abuloso; aposto que todo mundo est me ac

    o mximo e me invejando, enquanto a outrimplesmente desfrutando o domnio da habi

    da navegao, sentindo a brisa no ros

    percebendo as sensaes que o mar abertprovoca. Duas pessoas fazendo a mesma cmas se divertindo de duas maneiras diferMuitos de ns somos uma mistura dos dois,quando nos sentimos frequentemente insatiscom a vida, pode ser til compreender qnossa referncia; em troca, isso nos permentar mudar.

    Uma das coisas que devemos ter em men

    azer o Exerccio de Enraizamento a refernterna ou externa. O objetivo do exercdescobrir como estamos funcionando determinado momento. Por exemplo, quandoo exerccio, avalio a tenso que estou mannos ombros, dando-me a oportunidade de per

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    e estou tensa, para poder relaxar se necessrQuando estou praticando a auto-observ

    ambm percebo o que eu chamo de acionalizao, que tambm poderia ser cha

    de autojustificao. Isso descreve a maneiremos de arrumar o que est acontecendo d

    e fora de ns mesmos, normalmente surgindoexplicaes convenientes que podem na ve

    er besteira, para justificar nosso comportamExperimentos conduzidos pelo neuropsicRoger Sperry questionaram a noo de que seres racionais levados por nossa razntelecto. Nos anos 1960, Sperry e seus co

    conduziram algumas experincias com pessoaiveram o tecido conectivo (chamado de

    caloso) entre os hemisfrios direito e esqcortado. Isso significava que os dois lados de

    crebros no podiam mais se conectar ou inteQuando os pesquisadores disparavamcomando ANDAR no campo visual do cdireito (evitando completamente o cesquerdo) o sujeito se levantava e anconforme ordenado. Quando lhes perguntava

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    que eles tinham andado, uma pergunta a qcrebro esquerdo (responsvel pela linguaaciocnio, rtulos e explicaes) respondia,

    diziam porque seu sinal me mandou ou napenas senti uma necessidade inexplicveaz-lo, o que teria sido a verdade (j que aoi disparada por seus crebros direitos)

    contrrio, eles invariavelmente diziam algo c

    Eu quis beber gua ou Eu quis alongar mpernas. Em outras palavras, seu crebro esqacional atribuiu sentido a suas aes de

    maneira que no tinha nenhuma relao cverdadeira razo para isso.

    Refletindo sobre isso a partir de ouexperimentos feitos com a separao cresquerdo, crebro-direito4 no temos razo ppensar que o hemisfrio esquerdo do pacient

    e comportando diferentemente do nosso qudamos sentido s inclinaes que vm do crebro direito. Em outras palavras, as rapara fazermos qualquer coisa podem ser um psacionalizao mesmo quando nosso corpo c

    no foi cortado.

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    Mesmo depois de o nosso crebro esquerde desenvolvido, dando-nos a capacidadinguagem e lgica, raciocnio e matem

    continuamos a ser governados pelo crebro dmamfero. Acontece que somos incapazes de qualquer deciso sem as nossas emoeneurologista Antnio Damsio tinha um pachamado Elliot que, aps uma cirurgia

    emoo de um tumor cerebral, ficou incapentir. Seu QI continuou excelente, mas elemostrava sentimentos mesmo depois demagens terrveis de sofrimento hum

    Poderamos pensar que, com seu raciontacto, Elliot ainda poderia decidir aon

    almoar ou em que investir seu dinheiro, mera incapaz de tomar essas decises. Ele maginar as provveis consequncias de

    escolhas, podia ponderar calmamente as vante desvantagens, mas no conseguia chegar adeciso. Damsio registrou suas descobertas Elliot e outros pacientes como ele em seu liOrro de Descartes: emoo, razo e o crebro

    humano .* Esse livro concluiu que, ao contrr

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    nossas expectativas, a falta de emoo no ca escolhas lgicas e racionais, mas ao caosporque confiamos em nossos sentimentos decidir nossos caminhos na vida. E isverdadeiro quer estejamos conscientes de nemoes ou no.

    Para compreender melhor nossas motivapode ser bom passar mais tempo com n

    entimentos, que onde entra a auto-observo seremos capazes de compreender todonossos sentimentos; e no deveramos nos prs razes que to rapidamente apresentamoalgumas delas podem ser apenas um mecanpara nos autoconfortar ou para justificar o crebro direito j decidiu. Em vez disso podaumentar nossa tolerncia incerteza, alimnossa curiosidade e continuar a aprender. H

    perigo quando chegamos prematuramente aconcluso sobre algo e acabamos nos impede aprender algo mais sobre isso. No defendendo que devemos vacilar diantedecises cotidianas (como o que faremos palmoo), mas benfico reexaminar n

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    crenas e opinies de tempos em tempos. Cugeriu o psicanalista Peter Lomas: Apegevemente s suas crenas. A certeza n

    necessariamente uma amiga da sanidade, emnormalmente seja confundida com ela.

    Vivemos na assim chamada era da razono entanto, experimentos como os de SpeDamsio demonstram que muitas de nossas i

    entimentos e aes vm do lado direitcrebro, enquanto o crebro esquerdo crazes para essas ideias. Toda guerra pod

    apenas a representao de uma antiga disputaconteceu na creche e para a qual o ldequesto ainda est tentando encontrar oluo.5 A matana de um atirador solitresultado mais de sua falta de empatia pelos o

    do que o resultado de sua ideologia.6 Ideologi simplesmente a razo que ele aplica a entimentos de, digamos, amargura ou

    Quando argumentamos veementemente contrano o fazemos pelas razes que criamos,

    p e l o s sentimentos que apoiam essas raz

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    Podem ser razes erradas, mas nosso sentimnunca o sentimento errado nossos sentimimplesmente so. Um sentimento no pod

    certo ou errado. Como agimos em relanossos sentimentos que moral ou imoraentimento por si s no mais certo ou e

    que o marcador de combustvel, indicanquantidade de gasolina que ainda temos no ta

    Podemos ter vontade de acabar com algumomente a concretizao desse sentimento iuma moralidade dbia.

    Um psicoterapeuta uma vez me contouquando estava estudando tinha certeza deodos os seus sentimentos de raiva provocados pela pessoa sua frente, maaprender mais sobre a psique de modo geobre a sua em particular, ele deixou de apon

    dedo e dizer: Voc, voc, voc; em vez deu dedo girou em um crculo at apontar pmesmo e dizer, muito mais tranquilamente:eu, eu. Como eu disse, auto-observao o oposto da autoindulgncia. Faz autorresponsabilidade algo possvel.

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    Damsio, Antnio.O erro de Descartes: emoo, razo e o

    rebro humano . So Paulo: Companhia das Letras, 1996.

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    Nossa capacidade de ps-racionalizao

    o que chamo de crebro esquerdo signific

    podemos criar razes para no autoanalisarmos. Portanto, se voc decidir os exerccios de auto-observao apresenneste livro, tente prestar mais ateno entimentos que ditam esse comportamento d

    s razes que voc d para ele. Voc est scomandado por esses sentimentos, por issvez de afast-los com seu crebro esquerdo, algum tempo explorando-os.

    Um psicoterapeuta treinado para investigentimentos que esto por trs das justificatdos padres fixos de comportamento e para aeu cliente a perceb-los. Quando h o desej

    meios, recomendo a psicoterapia ou a psicacomo forma de se descobrir mais sobre nnconsciente e como o integramos com nossogico. No entanto, pode ser difcil enconterapeuta certo, e terapia normalmente

    bastante caro. H outros meios e exerccio

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    nos ajudam a desenvolver a arte da observao. No h uma maneira corretpraticar a auto-observao porque uma sonunca servir a todos. Eu defendo o usqualquer coisa que funcione. Mas, no imcomo voc chegue l, creio que ser capaz auto-observar uma parte essencial permanecer so. Assim como usar uma tcni

    ateno plena como o Exerccio de Enraizammanter regularmente um dirio pode ser erramenta til para auxiliar a auto-observa

    Um estudo no qual metade dos participinha um dirio e metade, no, demonstro

    efeitos positivos de se redigir algo sobre si modos os dias. As pessoas que tinham dielataram melhores estados de nimo e m

    momentos de angstia do que as que no tin

    Aqueles, no mesmo estudo, que escreviamraumas ou perdas tambm relataram mlashbacks, pesadelos e dificuldades inespe

    de memria. A escrita pode ser, em si mesmato de processamento emocional, por isso ajudar em muitas situaes de perigo, situ

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    extremas e perda de controle. Pessoas escrevem dirios vo ao hospital com mrequncia e passam menos dias internadas d

    as que no escrevem. Pesquisas mostram quno heptica e a presso sangunea

    melhores em pessoas que tm dirios. Todipos de personalidade se beneficiam co

    manuteno de um dirio. Fico fasci

    principalmente pelo modo como ele mostrou positivamente diversos aspectos do sistema incluindo o crescimento de clulas T7 e certeaes dos anticorpos. Estudos tam

    mostraram que pessoas que escrevem regularem seus dirios de gratido, na qual lcoisas pelas quais so gratas, relatam matisfao com suas vidas e seus relacionameo entanto, esses benefcios no so o prin

    motivo de eu recomendar um dirio. Sou entusiasta dele porque uma ferramenta til desenvolvimento da auto-observao.

    Algumas dicas para iniciar um dirio:

    honesto e mantenha a simplicidade; ele s

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    voc. Tente no comear com floreios e deduzir o ritmo aps alguns dias:

    perseverante! Voc decide o que escrever. Sde lembranas aleatrias, assim como doestamos pensando e sentindo no momentescrever. Sonhos fascinam terapeutas podramatizam experincias e partes de npsiques que talvez no tenhamos colocad

    palavras. Recomendo que voc escreva onhos e suas reaes a eles no dirio.Se voc no consegue pensar no que escr

    apenas escreva para ver o que surge. Na verdescobriu-se que os fluxos de consciedigidos imediatamente aps acordar so

    eficazes. Escreva mo qualquer coisa e tuque vier sua cabea por algumas pginas.9

    Se voc reler o dirio para si mesmo, po

    dentificar alguns de seus hbitos comportame emocionais. Por exemplo, voc pode identquanta justificao ou raciocnio est usquanta compaixo mostra por si mesmo, quanque voc escreve fantasia?

    Qualquer que seja o mtodo que voc ach

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    unciona melhor para voc, ter um dirio maneira de processar seus sentimentos conhecer melhor.

    Aprender e praticar a ateno plena erramenta-chave no desenvolvimento da

    observao. Ateno plena melhora nhabilidade de observar e sentir o corpo e a mno presente e sem crticas. H muitos nomes

    essa prtica: orao, meditao, prcontemplativa e neuroplasticidade autodirAprender a focar nossa ateno tambmparte essencial da prtica da conscincia pEsse foco da ateno individual uma pegular de muitas culturas e religies. R

    aparentemente to diferentes, como a orao e a meditao sufi, so ambas formas de atplena, mas podemos pratic-las quer acredi

    em um deus ou no. A ateno focada estinossa concentrao, auxilia no combateestresse, ansiedade, depresso ecomportamentos viciantes e pode ter um positivo at sobre problemas fsicos,

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    hipertenso, doenas cardacas e dores crnic1A prtica da ateno focada tem ou

    benefcios. Estudos mostram que o crebr

    pessoas que meditam com regularidade oupraticam comportamentos semelhantes mmudanas permanentes e benficas. Novas vconexes neurais proliferam. O crtex pr-frque a parte do crebro associada concentrespessa-se sensivelmente. A nsula, a partcrebro que rastreia o estado interior do cbem como os estados emocionais de opessoas, tambm cresce. Assim, a prticateno focada literalmente fortalece o crebaz crescer. Como consequncia, ela nos

    mais conscientes de ns mesmos e, portanto,capazes de nos tranquilizar, e tambm sigque somos capazes de sentir mais empatia

    outros. A prtica da ateno plena ajuda a mo crebro flexvel. Quando a usamos, tornammais conscientes dos processos mentais semdeixarmos dominar por eles. Ela nos pedesenvolver a resilincia emocional sem repou negar nossos sentimentos. Voc vai enco

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    alguns exerccios para promover a ateno pa auto-observao na seo de exerccios nodeste livro.

    Uma das coisas das quais nos tornamos conscientes quando desenvolvemos a observao o que chamo de falatrio tx

    ossas cabeas esto sempre repletas de falade frases, imagens, mensagens repet

    comentrios contnuos sobre nossas apensamentos. Boa parte pode ser inofensivaalguns podem ser txicos: pensamentos odobre ns mesmos ou os outros; autorrepre

    no construtiva; pessimismo sem senPensamentos desse tipo podem ficar girandcrculos; eles no nos levam a lugar algupodem causar depresso. Auto-observaopermite observar imparcialmente nossa taga

    mental e nos distanciar do falatrio txico. orma, as vias neurais que promovem a toxicero menos usadas e gradualmente encolh

    enquanto aquelas que promovem a conscinempatia crescero.

    Praticar a auto-observao pode dar a n

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    mesmo tipo de ateno especial que bons paa seus bebs. Como vimos anteriormente,espelhamento o modo como as criaaprendem quem so e como reconhranquilizar e controlar a si mesmas. Durante

    a nossa vida temos um desejo e uma necessde ser reconhecidos e compreendidos. Emsso seja mais produtivamente alcanado

    conjunto com outras pessoas, a prcontemplativa uma maneira de podealcanar isso sozinhos.

    o h limite para o nmero de maneiras coquais podemos desenvolver auto-observPodemos escolher a terapia individual compsicoterapeuta, analista ou outro profissionazer terapia em grupo ou ser parte de uma

    de ioga. Meu maior salto na auto-observao

    durante o treinamento e a participaoMaratona de Londres. O uso de tcnicaateno plena, como, por exemplo, meenquanto corro como parte de um projeto ransformador, aumentou minha concentr

    autoconfiana e autoconhecimento mais do q

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    poderia ter imaginado quando comecei a tum ano antes da corrida.

    Concluindo, a prtica da auto-observaonos dar mais discernimento sobre as emoem grande participao no nosso comportam

    Quando nos tornamos mais sensveis a ns me mais informados sobre nossos prentimentos, somos mais capazes de

    harmonizar e sentir empatia pelos sentimentoutras pessoas. Em resumo, a ateno melhora nossos relacionamentos. Relacionamo o segundo pilar da nossa sanidade, e

    vamos olhar para seu papel e importncia.

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    Um crebro, assim como um neurnio, nomuita utilidade sozinho. Nossos crebros prede outros crebros, ou, como dizemos requentemente, pessoas precisam de pes

    Podemos pensar em ns mesmos como um enoo do ser isolado ocupa grande espanossa civilizao ocidental, mas ns somoealidade, criaturas de grupo, como um ban

    estorninhos que parece um nico corpo nocom cada pssaro afetando e sendo afetado movimentos das aves mais prximas a ele. Ncrebros esto ligados e se desenvolvemelacionamento uns com os outros.

    Compreendemos que a qualidade elacionamentos formativos que tivemos qu

    bebs determina nossa posio inicial no espda sade mental. No entanto, tambm sabemo

    as outras pessoas continuam a ser nosso mecurso para permanecermos sos. Quaelacionamento mutuamente impact

    mutuamente aberto, pode reativar procneuroplsticos11 e efetivamente mudar a estrudo crebro em qualquer fase de nossas vidas.

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    Vi tais mudanas recorrentemente em manos de prtica como psicoterapeuta. Vi clie tornarem mais eles mesmos, mais tranqu

    menos neurticos. Acredito que elacionamento com o terapeuta, tanto qu

    qualquer interveno brilhante, que produz mudanas. Aprendi com Irvin Yalom, psiquiatra norte-americano, que como tera

    voc precisa avaliar o modo como os clienentem em relao ao relacionamento terape se questionar sobre o que foi mais til e no funcionou em uma sesso. Como uma jerapeuta, eu muitas vezes ficava surpresa cato de no ter sido um novo insight o m

    catalisador da mudana, mas o momento em cliente viu que me tocou, quando se sentiu porque toquei seu brao, ou quando viu q

    compreendia, mesmo que eu no dissesse namomento. Mas isso apenas metade da quMeus clientes tambm me modificaram:ajudaram a crescer. Em um relacionamento emomos ns mesmos sem uma mscara soc

    estamos inteiramente presentes, nossos cr

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    o continuamente moldados. Ver o mundo ponto de vista do outro alm do nosso permitir que os dois cresam. Quando ornamos muito rgidos em nossa forma deornamo-nos menos capazes de ser toc

    comovidos ou iluminados pelo outro e perdvitalidade.

    DilogoO filsofo Martin Buber disse: Toda viveal encontro. Ele compreendeu que som

    nos relacionamentos podemos nos nteiramente para o mundo e uns aos outros. escreveu que o dilogo genuno, quer falailencioso, ocorre quando cada um

    participantes tem realmente em vista o outoutros em seu ser presente e particular e vopara eles com a inteno de estabelecer elao viva e mtua entre ele prprio

    outros. Eu acrescentaria que, para se con

    ignificativamente com outra pessoa, uma te

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    estar aberta. Isso significa ser no o que pensamosque deveramos ser, mas nos permitir ser ealmente somos. Isso normalmente envolve

    arriscar a se sentir vulnervel. Estar aberportanto, vulnervel, no garantia de quconectaremos com o outro, mas se nopermitimos nos sentir vulnerveis, negamos mesmos a possibilidade de experimentar

    dilogo genuno.

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    Buber tambm descreve outras duas maneir

    estar com os outros. Primeiro o di

    cnico, provocado apenas pela necessidacompreenso objetiva. Por exemplo: Que tipo de bateria preciso para isto? Bateria do tipo AAA.

    Segundo, o monlogo disfarado de dilogoqual duas pessoas que pensam que esto tendconversa esto, na verdade, falando comesmas. Jane Austen, em A abadia de Northanger capturou este processo de forma brilhante.

    [A sra. Allen] nunca se sentia satisfeitaseu dia a no ser que passasse a maior dele ao lado da sra. Thorpe, no que chamavam de conversa, mas na qual qno havia troca de opinio, e no raramnenhuma semelhana de assunto, pois aThorpe falava principalmente dos filhosra. Allen de seus vestidos.

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    Mentalizao

    O psicanalista Peter Fonagy cunhou a pamentalizao. Ela significa a habilidadcompreender nossa experincia interior e, a da, entender com exatido os sentimentos dapessoa. Esse processo nos d a habilidade de

    e sustentar relacionamentos saudveis. Se correr bem, nossos primeiros cuidadores fnaturalmente esse processo de mentalizao o adquirimos inconscientemente deles. processo auxiliado pela auto-observporque, ao nos desenvolvermos e nos tornamais sensveis a nossos prprios sentimeambm nos tornamos mais sensveis ao q

    outras pessoas esto sentindo. Isso no sig

    projetar nossos prprios pensamentos nos omas compreender, no nvel do sentimento, qmodo como eles sentem e pensam podediferente do nosso.

    Se acharmos as pessoas to imprevisvponto de sermos incapazes de nos relaci

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    ento provvel que o processo de mentaliesteja nos decepcionando. H tanta coisaalada e inconsciente no processo de relao

    o outro, que a nica maneira de descobri-laelacionamento com outra pessoa. Se n

    primeiros cuidadores no conseguirem esbomentalizao, no a aprenderemos com eleso crebro plstico. Podemos aprend-la

    arde, com o psicoterapeuta ou em oelacionamentos ntimos. Quando comeamcompreender como a sensao de profundamente compreendido, podemos comentender os outros e a ter relacionamgratificantes.

    Quando a psicoterapia comeou, a nfase eescuta profissional do paciente e na interpredo que ele dizia, de modo a lhe permitir in

    obre sua psique. Mas hoje compreendemos parte mais curativa da psicoterapia elacionamento em si. Aparentemente, nelevante se o terapeuta um analtico freu

    ou um aconselhador rogeriano,12 ou se de umescola ecltica ou um analista transacional o

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    oach . O que importa a qualidade elacionamento e a crena que o profissionaobre aquilo que est oferecendo. Da morma, nossa sanidade e felicidade tero m

    ver com nossos relacionamentos interpessoaque com como est o tempo, ou em rabalhamos ou quais so nossos hobbies. Ficpor a, ganhamos a vida, conquistando coi

    azendo alarde de tudo isso (ou no), mas mais nos afeta so as pessoas nossa vnossos pais, nossos filhos, nossos amantes, ncolegas, nossos vizinhos e nossos amigos. Cdiz o psicoterapeuta Louis Cozolino: Desnascimento at a morte, todos ns precisamoutros que nos procurem, que mostrem inteem descobrir quem somos e que nos ajudem entir seguros. Um consultor em traumas faz

    descrio um pouco mais dura: Todo mdeveria caminhar por um pronto-socorro menos uma vez na vida. Porque isso noperceber quais so as nossas prioridades. Ncorre-corre nem o dinheiro; so as pessoaamamos e o fato de que num minuto elas p

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    estar aqui e no outro podem ter partido.13Estar ligado a outras pessoas a parte vita

    vital de se permanecer so.

    Como ter bons relacionamentos

    Este um manual prtico e neste momenpreferiria que no fosse, porque assimcomearmos a discorrer sobre como elacionamentos, corremos o risco de transm

    coisa errada. Isso acontece porque, se tentamanipular um relacionamento, corremos o risratar o outro como uma coisa em vez dgual; de ver o outro como um objeto a

    conduzido em vez de outro sujeito a encoTambm no podemos estabelecer uma

    imples: ter empatia j que a empaapenas parte de um processo, no um congido de comportamentos.

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    Minha amiga Astrid tinha uma regra

    aplicava aos relacionamentos. Quando elab

    obre como se sentia em relao a algum, por exemplo, E ele no fez sequer pergunta sobre mim como se com issestivesse buscando provar algo. Mas, como vde um tipo de famlia diferente, no entendi bem o que ela estava dizendo. Ela me explicoem sua cultura era educado fazer perguntas qvoc conhece uma pessoa nova. Se a outra pno retribui a atitude nem demonstra curios

    por voc, supe-se que ela egosta e que nteressa por si mesma. Achei que, alm deoar como uma ps-racionalizao para o fa

    Astrid no conseguir se envolver com ningesse modo de ver o mundo no levouconsiderao a regra da polidez negativa, uma parte implcita dos rituais de minha cuAqui vai uma generalizao grosseira: exbasicamente dois tipos de cultura. Em p

    uperpovoados, como o Japo e a Gr-Bret

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    nossa tendncia ter uma polidez negativsso significa que as pessoas esto conscien

    necessidade de privacidade do outro e de

    desejo de no ser invadido. Em pases ondmais espao, como os Estados Unidos, as peo mais propensas a praticar a po

    positiva, em que a nfase est na inclusabertura. A antroploga Kate Fox diz que oparece frieza em uma cultura de polidez ne, na realidade, uma espcie de consideraoprivacidade do outro. Portanto, para cada abrangente sobre como se relacionar, sehaver outra que a contradiga. Voc podeagir dmaneira atenciosa em relao a algum, mno tiver absorvido as regras da famlia de oou da cultura dessa pessoa, pode entend-orma errada.

    Nossos cdigos de boas maneiras difereamlia para famlia e de cultura para cultura.maneiras so uma tentativa social de regumodo como tratamos uns aos outros. Seguirmos rigidamente, podemos nos transf

    em pessoas excessivamente encantadoras,

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    outros talvez duvidem de nossa sinceridadormos francos demais, podemos pa

    excessivamente sinceros de uma forma que parecer aceitvel, por exemplo, na Amricano na Gr-Bretanha. difcil formular direobre os sentimentos das outras pessoas, p

    eles variam muito de cultura para culturamlia para famlia, de pessoa para pessoa

    momento para momento. Ou somos bonsperceber os sentimentos das pessoas, intonizando com elas, ou no somos. A ma

    de aprender a estar com algum estando come se no pudermos chegar a esse ponto, estum pouco travados. Ao tentar agradar um grupessoas podemos acabar ofendendo oPerguntar s pessoas o que estamos fazenderrado ou nos deixar chateados (qu

    obtivermos a resposta) ou s nos dir oestamos fazendo de erradodo ponto de vista dela e, de qualquer maneira, talvez no sejamoos errados. Aderir a diretrizes rgidas como nos comportar com os outros uma forigidez. No estar consciente de seu impacto

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    os outros uma forma de caos. O que buscamo meio do caminho, que pode ser definido flexibilidade. Ela permite que reajamosoutros com sintonia. Essa flexibilidade algpodemos ter como meta, mas que no devesperar alcanar em todos os encontrosentanto, se acharmos que construir elacionamento realmente difcil, t

    precisemos investir em um especialistaelacionamentos, um psicoterapeuta ou profissional da sade mental.

    Com muita frequncia, iniciamos elacionamento ou encontro com outra pesso

    conversas superficiais sobre o tempopraticando o tipo de ritual que o anaransacional, Eric Berne, identificou nos

    1960 como jogos. Nos pases desenvolv

    por exemplo, os homens podem fazer um jocompetio sobre quem tem o melhor carro: em o X5 M? Ah no, ele no tem potuficiente. Voc tem que ter o X6 M que eu tenh

    As mulheres de tais culturas, por outro requentemente competem na autodepreci

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    Voc gostou mesmo deste vestido? Mas ele velho comprei em um bazar de caridadanos atrs. Esse jogo poderia se chamar dmeu menor do que o seu.

    Para mim, conversas superficiais e jocomo esses podem, s vezes, ser muito apropriados que os papos profundespecialmente antes de eu ter formado um

    com outra pessoa. Uma vez eu participei dcurso sobre aconselhamento no qual os aeram encorajados a abandonar seus rituais e confortveis e expressar os sentimentos que por trs deles. Achei difcil, porque me pouco vontade com esse tipo de conversa que envolve dizer coisas como: Percebienho sentimentos de inveja em relao a

    antes mesmo de ter tirado o meu casaco.

    entanto, algumas pessoas preferem essa formelacionamento ao bate-papo preliminar. Lemme de ter dito aos meus colegas de curso: Aquer caf? Todos recusaram e me pediramefazer minha pergunta de modo que ela refl

    meus verdadeiros sentimentos. Ento pre

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    entir e pensar e sa com a seguinte frasequero caf e gostaria que vocs acompanhassem. Depois de tentar, percebealmente gostei desse processo de transfo

    uma pergunta ritualizada em afirmao, e ento fazer isso quando me lembro. Embora

    mais arriscado (fazer uma afirmao sobremesma em vez de fazer uma pergunta me

    mais vulnervel), acredito que fazer um codessa maneira me d mais chance de me concom os outros. No entanto, dizer ao velho gruex-alunos Eu quero um caf e gostaria que me acompanhassem tornou-se to ritualizadagora j no diferente de dizer Algum qucaf?. Se voc tentar trazer sentido a palavra, isso se torna exaustivo demais (parapelo menos, ) e, uma vez que a expre

    ignificativa seja repetida, ela tambm se como um ritual, assim como as conversas soempo se tornaram ritualizadas. Ser verdade

    aberto uma forma de fazer conexes reais coutros, porm conexes so estabelecidaoutras maneiras alm de simplesmente pal

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    ignificativas, e eu nunca descartaria a impordos papos superficiais. Precisamos criar lapreparar o caminho para as conveprofundas. o equivalente ao catar piolhmacacos15 ou ficar se cheirando dos cachorrns precisamos disso. (Eu na verdade nmagino fazendo o que os cachorros fazem

    quero catar as suas pulgas, ento vou contentando descobrir o que voc est achandempo...)

    Em seu livroWatching the EnglishObservando os ingleses), a antroploga Kat

    observou as regras que existem para se falempo, e j que este um manual prtico

    compartilhar uma delas com vocs. A quesque, quando eu lhe digo que tem chovido ultimamente, o que realmente quero saber n

    voc sabe quantos milmetros de chuva camas se voc uma pessoa agradvel. provvel que eu forme uma opinio favoobre voc caso concorde comigo. a leciprocidade. Comentrios sobre o tempo vorma de perguntas no porque nos preocup

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    com o clima, mas porque queremos uma resVoc talvez no esteja particularmente intereno tempo, mas isso no significa que no nteressado no relacionamento com a pessoa

    quem est falando. No importa que as palque usamos nesse o-dia-est-bonito,-no-eejam vazias. Essas trocas no tm a ver c

    que dizemos, mas com o modo como perceb

    um ao outro ao diz-lo.Infelizmente, quer sejamos adeptos degras ou no, frequentemente tropeamos ao

    construir um relacionamento e s vezes impens mesmos de t-lo. H muitas manengenhosas nas quais involuntariamente liminosso contato com os outros e assim nos privde sua influncia potencialmente benfica ns. s vezes presumimos que estamos

    elacionamento com outra pessoa quandoverdade, esse relacionamento existe basicamem nossa cabea porque estanconscientemente interpretando mal apessoa. Isso pode acontecer de vrias maneir

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    Podemos nos projetar no outro, de mque, em vez de ter um relacionamento Voc, temos um relacionamento Eu-Ela vai reagir exatamente como eu rea

    Podemos fazer do outro um objeto relacionamentos Eu-Coisa: Se eu as seguintes palavras, ela pensar em desse modo.

    Podemos tambm confundir as fronentre a pessoa do presente com pessoaconhecemos anteriormente, e transnossa experincia com essas pessoa passado para a pessoa do presente, e eu tenho relacionamentos Eu-FastasSe eu fizer isso, as outras pessoassempre reagir assim.

    Tendemos a confiar nas pessoas a partir de ncondicionamentos e experincias do passadoexemplo, teremos crenas sobre o quanto pessoa confivel. Algumas pessoas aprendno confiar em ningum e isso faz com que

    evem vidas solitrias e normalmente isolada

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    estringem a possibilidade da plena sade mPor outro lado, h pessoas que confiam demque, portanto, se tornam demasiadamvulnerveis. A confiana apenas um exemEm maior ou menor grau, todos ns enxergampessoas pela lente das nossas experipassadas, e precisamos fazer isso. Por exeno apropriado pedir ao motorista do nibu

    nos mostre sua carteira de habilitao; temconfiar que ele sabe o que est fazendo. A cno entanto, estarmos conscientes dos padreeguimos quando descrevemos as pessoa

    aprender a nos prender s nossas vises de eve e ficar mais abertos para conhecer a pes

    nossa frente.Um grupo de pessoas com quem sempre

    que aprendo muito so as crianas, pois

    podem nos oferecer uma viso inocente somundo e uma perspectiva nova. Um colegiconversar comigo recentemente, disse que paa sanidade no tem a ver com o quanto uma p bem informada ou o quanto ela realistaconhece algumas pessoas muito inteligentes

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    tulos altssimos e doutorados, com graquantidades de fatos na ponta dos dedos, maentanto, as considera pouco ss porque conseguem se relacionar com os outros.ambm conhece algumas pessoas que acre

    em coisas que ele pessoalmente acha estrcomo Deus ou homeopatia) e que, em

    considere suas crenas irrealistas, as clas

    como mais ss do que alguns membros do anterior. Ele acha que isso se deve ao fatanidade ter mais a ver com franquez

    honestidade emocional que com lgica herm

    A Leitura da Temperatura Diria

    Eis um exerccio que pode ajud-lo a trazerhonestidade emocional a seus relacionameCriado pela terapeuta familiar Virginia Satircomo objetivo melhorar seus relacionamatuais. Voc vai precisar persuadir sua famamigos ou colegas de trabalho a fazer

    exerccio com voc. Ele se chama Leitur

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    Temperatura Diria porque mede a temperatuum determinado relacionamento no aqui e aH uma crena de que o verdadeiro amograndes amizades e os bons relacionamprofissionais acontecem naturalmente. Em gassim mesmo, mas este exerccio pode ajudprocesso. Ele oferece uma maneira de confioutras pessoas, e a confiana um elem

    essencial em todos os tipos de relacionamentPrimeiramente, reserve meia hora na qualno ser interrompido. Desligue telefcomputadores e televises. Se forem duas peentem-se uma de frente para a outra. Se fo

    grupo, sentem-se de forma a que todos se vuns aos outros. Por um ou dois minutos, obscomo vocs se sentem sobre si mesmos e soparceiro ou o grupo. Como na agenda de

    eunio, voc tem uma lista de cinco tpipercorrer. Tente no desviar para assudiferentes. Os tpicos so: i) Apreciaeii

    ovas informaes;i i i ) Perguntas;i v ) Queixcom recomendaes para mudanas;v ) Desejoesperanas e sonhos.

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    preciaes

    Revezem-se partilhando o que apreciam unoutros. Sejam especficos e precisos. Assimvez de dizer Eu adoro estar com voc, especficos em relao ao que vocs adoramexemplo: Adoro que voc me telefone ao

    dia para saber como estou. Sinto-me cuidQuando receberem uma apreciao, argumentem, nem a rebatam, nem digam algo Oh, e voc tambm, porque isso afastarmpacto. Nunca coloque um mas em

    apreciao, nem tentem inserir uma reclamdizendo Eu gostaria muito que vocReservem esta seo para partilhar apenas vocs apreciam no outro. Vocs podem f

    quantas rodadas quiserem.ovas informaes

    Esta seo sobre partilhar acontecimento

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    uas vidas e tambm sobre ser sincero a resde seus estados de nimo, sentimentopensamentos, e sobre o que os est afetanmportante manter uns aos outros atualizados

    o que est acontecendo. Esta seo para parnformaes objetivas, como, por exem

    Amanh vou ao dentista, e subjetivas, Quando perdi um dente ontem, me sent

    melanclico; foi como o comeo da veDepois me senti mais esperanoso quando mconta de que ainda me resta algum tempomportante dizer o que est em primeiro para vocs e serem verdadeiros, mesmo quenham compreendido o que esto sentinpensando. No tem a ver apenas com mantoutros informados de novos fatos, mas tammant-los atualizados sobre como voc

    rabalhando as coisas e que significadosazendo ou tentando fazer. Se houver tempo parecer apropriado, podem dizer um ao ouque sentiram ao ouvir as informaes ou peconhecer isso com um obrigado ou com

    movimento de cabea. Se tiverem alg

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    observao a fazer, no definam a outra pazendo afirmaes sobre ela. Podem dizer:

    que voc disse que fica triste quando, maVoc sempre fica triste quando. Faafirmaes usando Eu, e no Voc.

    erguntas

    Que suposies voc est fazendo sobre parceiros ou sobre as outras pessoas do gEste o momento de examin-las. Por exevoc pode dizer: A porta bateu quando vocda sala ontem. Voc estava bravo ou foi o vque a bateu? Quando trabalho com crequentemente percebo que muitos problurgem porque as pessoas no examinam

    prprias suposies. Examinar nossas supose verific-las com nosso parceiro nos asseguque temos um relacionamento com a pessoa, com uma fantasia sobre ela, ou evita que vocno relacionamento Eu-Eu, que menc

    anteriormente. Esta seo uma oportunidad

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    examinar suas suposies e fazer qualquer tipergunta. Podem ser to corriqueiras quantque horas vamos sair amanh? ou to pertinquanto Senti voc abatido e distante esta seEst acontecendo alguma coisa?. Fazer pergno significa que vocs tero respostas, emalvez tenham. importante ser paciente c

    outro e ter boa vontade. Sua pergunta fo

    nformao para o outro ou para os outros, como uma pergunta por direito prprio. Nobrigao de se responder a uma perguntquiserem, podem simplesmente agradecer aopela pergunta, sem responder a ela.

    Queixas com recomendaes paramudanas

    Reclamaes ou preocupaes deveriamexpressas somente quando em conjunto comugesto sobre como se deveria lidar comeclamao ou preocupao. Sem atacar, cu

    xingar, bancar a vtima, interpretar ou cri

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    descreva o comportamento que lhe cpreocupao e como voc se sente a respeitoe no o que pensam). Depois diga o que go

    que fosse feito de forma diferente. Quando reuma reclamao, tente apenas ouvir. Ndefenda. Voc no precisa mudar comportamento, embora talvez opte por fa

    o so as diferenas que trazem problem

    elacionamento, mas como lidamos com diferenas. Devido ao nosso background e ncondicionamentos, podemos reagir defensivaao ouvir uma reclamao. Quando a reapreocupao ou reclamao do outro exaceituao, a probabilidade que um relacionamuncione plenamente diminui. Talvez aembrar quando receberem uma reclamao a

    nominalmente sobre vocs; na realidad

    nformao sobre a pessoa que est fazeneclamao. Quando somos capazes de reseceios e reclamaes, podemos nos tornar

    prximos por meio do enfrentamento ucedido do desafio que representam. Qu

    algum que amamos divide uma preocupa

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    vital desenvolver o hbito de ouvir com empdesejo de compreender. Um exemplo poderiQuando voc chega do trabalho e imediatamcomea a relatar o seu dia, minha sequncpensamentos interrompida; eu me esqueo destava fazendo e me sinto oprimida. Gostarivoc primeiro verificasse o que estou fazenme deixasse finalizar, ou marcar o lugar

    estou e at onde cheguei. Depois dissoealmente gostaria de escutar sobre o seu dioutro talvez reaja assim: Nunca percebi, obrpor me dizer. Simplesmente levante as mosdizer pare, caso eu esteja oprimindo novamente. Outras reclamaes podem serdifceis de ser ouvidas, como: Estou cansaer a nica pessoa nesta casa a colocar o lixoora. Quero que voc faa isso, para variar.

    eclamao expressa em um tom de mrtir. ido melhor verbaliz-la da seguinte manOntem noite, quando levei o lixo para foraa sensao de que sou a nica pessoa a se lemde fazer isso. Voc poderia faz-lo da prvez? Voc mesmo poderia estar a ponto de

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    a mesma reclamao, porque sente que quem sempre fica com a tarefa. Lembre-se da reclamao tem a ver com a pessoa que aazendo. A melhor maneira de responde

    Entendi que voc sente que sempre leva opara fora e que voc gostaria de mudar Obrigado por me dizer. O melhor no didurante esse exerccio. Quando fizerem a pr

    Leitura da Temperatura Diria, na seoperguntas vocs talvez digam: Parece qudois sentimos que estamos fazendo mais tareque o justo. Talvez precisemos organizaristema ou arranjar uma faxineira. O que

    acha?. Lembre-se de que a ideia no brigum bom relacionamento no tem a ver com est certo e quem est errado. Tem a ver encontrarem juntos uma maneira de segui

    rente. Uma interveno comum psicoterapeutas fazem quando trabalham casais dizendo: Vocs podem escolher estar certos ou estar juntos. Como disse enham isso em mente caso se sintam injusti

    a acusao tem a ver com o modo como a

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    pessoa se sente e ela no se sentir melhambm se sentir errada.

    esejos, esperanas e sonhos

    Algumas pessoas se apegam crena decontar aos outros o que voc realmente quer

    m sorte ao sonho. Pela minha experincoposto normalmente o que acontece. Deque se compartilhe os desejos, as esperanaonhos para obter o apoio e estmulo de

    precisamos para realiz-los. Antes de uma coo atleta visualiza como vai saltar cada obstccruzar a linha de chegada. Ele talvez no ganconsequncia do exerccio de visualizao, md uma melhor chance de faz-lo assim voc ao compartilhar suas esperanas comoutros. Compartilhar nossas esperanas profundas pode nos tornar vulnerveis, entoeu parceiro nesse empreendimento, em ve

    desafi-lo. Compartilhar nossas vulnerabili

    aumenta a intimidade e aprofunda as con

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    entre ns.A Leitura da Temperatura Diria pode

    mportante para casais, famlias, equiperabalho e outros. Para lhe dar uma oportunaa-o, digamos, a cada dois dias durante um

    para os casais e semanalmente, por dois mpara os grupos de trabalho. Depois avaliediferena ele fez em suas vidas.

    Pense nesses cinco modos de comunicaapreciar, informar, questionar, reclamecomendar, e partilhar seus desejos,

    esperanas e seus sonhos e como voc oora da Leitura da Temperatura Diria, emrocas dirias. Voc usa um modo com requncia que os outros? Se sim, considere

    um modo que no lhe seja to familiar viampliar a extenso de sua comunicao. P

    nessas cinco categorias, assim como tambustaposio com as descries dos tipocomunicao de Martin Buber: dilogo genudilogo tcnico e monlogo disfaraddilogo. Podemos assumir como alvo tnossa comunicao mais eficaz.

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    Lidando com dificuldades: estudoscaso

    Solido e desapontamentos em relacionampodem ser mitigados se ficarmos atentomaneiras como agimos e damos passos parentirmos e nos comportarmos de ma

    diferente. Os dois casos de estudo segudemonstram como devemos empreender projeto.

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  • 8/10/2019 Philippa Perry - Como Manter a Mente Sa

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    ZaraZara era catica em seus relacionamentosncapaz de se sentir segura e costumava saeus relacionamentos romnticos logo no i

    expressando seus sentimentos em vez

    primeiramente observ-los para se dar a chanescolher como agir. Ela tinha 28 anos e qencontrar algum com quem pudesse passar oda vida. Usando a auto-observao, ela certo padro em seus relacionamentos e regio em seu dirio.

    1. Escolhia algum bonito/ou carismtico2. Ia para a cama com ele na primoportunidade.3. Aps o sexo, sentia-se apaixonadaele.4. Mostrava-se carente e telefonavaexcesso.

    5. O relacionamento acabava, geralm

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    alguns meses depois.6. Ela ficava de corao partido.

    Era esse o buraco, o hbito, o padro

    voc o queira chamar em que Zara estava.Ela tomou uma deciso e definiu algdiretrizes para si mesma. Quando surgisprximo homem, ela:a) no iria para a cama cele at que estabelecessem um relacionamenbno mostraria carncia,mesmo que se sentissearente .

    Aps algum tempo, nas aulas noturnas, conheceu um homem que parecia interessado ornar seu amigo. Ela no presumiu que teriaelacionamento romntico, mas eles gostava

    estar juntos e se encontravam para beber alcoisa uma ou duas vezes por semana. continuou por seis meses. Ento saram de

    untos, como amigos, e voltaram como amZara sentiu que a carncia crescia dentro Queria saber o que ele estava fazendo e estava a cada segundo do dia. Ser que ele epensando nela? Mas, em vez de agir no impela exorcizava este sentimento, em certa me

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    implesmente escrevendo em seu dirio. Esseufocamento do outro parece ter sido uma

    medida, pois o relacionamento continuou aprofundar. Eles se casaram, e hoje, dcdepois, ainda esto juntos e felizes.

    Portanto, embora eu seja cautelosa quanegras, tenho de admitir que no exemplo de

    elas realmente colocaram sua vida num curso

    eliz. Ao usar a auto-observao, voc tdescubra padres caticos em seu relacioname decida estabelecer alguma regra, como Zarusando-a como uma tala temporria at queorma intermediria mais permanente e fleeja encontrada.

    Sam

    Em vez de regras, Sam precisava de lexibilidade em sua vida. Ele tinha regras

    nunca falar sobre o tempo ou nem mesmo fpergunta genrica Tudo bem?. Sam considessas perguntas de introduo sem senti

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    descartava qualquer um que as usasse. Suas ro tornaram uma pessoa de difcil convvesultou em uma existncia solitria com p

    contato com o mundo exterior. Ele enconalgum conforto na ideia de que era superiesto da populao, mas o sentir-se superioubstitui o companheirismo e a diferena po

    que os amigos fazem na vida. Sam se to

    olitrio e deprimido. Quando a depresso toe insuportvel, ele procurou seu mdico, qencaminhou a um terapeuta, Simon.

    Depois de aprender a confiar em Simon, evou um ano de sesses semanais (as vias npodem levar tempo para se alterar), Sam perceber como ele tinha estabelecido seu privro de regras e como muitas dessas r

    estavam desatualizadas. Com o apoio de S

    Sam experimentou mudar e se permitiu contato com outras pessoas. No se envolvenenhum relacionamento amoroso nem se tarroz de festa, mas permitiu que algumas peentrassem em sua vida. Est menos solimenos rgido e j no est to deprimido.

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    Filsofos se fazem a pergunta: Se uma rvorna floresta mas ningum a ouvir, ter ela, deproduzido algum som? Pergunto-me se o questo realmente se questionando no Existiramos se ningum testemunhasse a existncia? Talvez precisemos perguntar porque sem outra alma, ou almas, com manter contato, com quem passar o tempo

    afetado por ela e afet-la, parte de ns pdiminuir. Sentimo-nos realmente menos hume temos maior probabilidade de perder a sanem os contatos e desafios de outras pesso

    boa vontade nossa volta. O confinamolitrio uma das punies mais bruta

    estressantes que infligimos a nossos companhhumanos. Se quisermos permanecer sos,devemos infligi-la a ns mesmos.

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    3. Estresse

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    permanecermos sos. Esse estresse bom aos hormnios neurais do crescimento ustentam o aprendizado. O estresse bom

    contrrio daquele que causa dissociao, podvivenciado como agradvel; pode nos motivnos deixar curiosos. Mais importante aindestimula a plasticidade neural, que o motivoqual ele me empolga.

    Em psicoterapia, normalmente o que meu ce eu buscamos uma posio na qual elecapaz de tolerar seus sentimentos. A isso psicoterapeutas, chamamos de regulaoemoo um processo de inibir ansiedamedo para permitir que o processamento condiante da emoo forte. Para trabalhar nesse no podemos estar confortveis demais, poiscaso o novo aprendizado no ocorre; mas tam

    no podemos estar desconfortveis demais, pa estaramos na zona na qual a dissociaopnico assume o controle. O trabalho prodocorre na fronteira do conforto. Alpsicoterapeutas referem-se a este lugar comextremidade do crescimento, expanso da

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    de conforto ou uma zona de estresse bomzona do estresse bom onde nossos crebrocapazes de se adaptar, se reconfigurar e crePense no crebro como um msculo e pensoportunidades para flexion-lo. Quanto mlexionamos, melhor nosso crebro funciona.

    Quanto mais rico e estimulante o nambiente, mais encorajados nos sentim

    aprender novas habilidades e a expandir conhecimento. Tal aprendizado parece ter obenfico de estimular nosso sistema imunolAlguns estudos com animais mostram quambiente intelectualmente estimulante compensar os efeitos danosos do envenenampor chumbo. Dois grupos de ratos receberamcontaminada com chumbo. Um grupo foi colem um ambiente estimulante e o outro, n

    professor Jay Schneider, que conduziexperimento, afirmou ter ficado surpreso cmagnitude do efeito protetor de um ambeducativamente estimulante sobre a capacidaos ratos resistirem ao veneno. Lamento infque os ratos no ambiente menos estimulante n

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    aram to bem. O mesmo acontece comQuando viajo para um novo lugar no ferinto-me renovada por ter sido estimulada

    novas paisagens, novos cheiros, ambientes e culturas. Esse um exemplo de estresse Gosto de imaginar que posso senti-lo me fabem, e a experincia com os ratos sugere qualvez acontea mesmo.

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    Atividade fsica

    Para permanecermos sos, precisamos aumeestresse bom que gerado no apenas por mmais atividades intelectuais, mas tambm porde atividades fsicas. O crebro precisoxignio, e quanto mais oxignio ele remelhor funciona. Dois estudos demonstraramclaramente. No primeiro, dois grupos de i

    edentrios foram testados em quatro memria, funcionamento executivo, concentravelocidade com a qual conseguiam realizar vipos de atividades fsicas, de colocar linha

    agulha a caminhar sobre uma linha. Duranquatro meses seguintes, os integrantes do prigrupo caminharam vinte minutos por diantegrantes do segundo grupo se mantiveram empre. Ento foram testados novamente. O

    1 mostrou melhorias significativas nos proc

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    mentais mais elevados da memria e das fuexecutivas que envolvem aprendizaplanejamento, organizao e desenvolvimenarefas mltiplas. A implicao de qu

    exerccio pode ser capaz de compensar algundeclnios mentais que frequentemente assocao processo de envelhecimento. O segundo eoi feito com pacientes com diagnstico

    ranstorno depressivo grave. O primeiro gecebeu apenas medicao, o segundo, apexerccio, e o terceiro, uma associaomedicamentos e exerccios. Os resultmostraram que o exerccio to til quanmedicao no combate depresso, j que os trs grupos mostraram melhoestatisticamente significativas e idnticasavaliaes-padro de depresso.

    Quando estamos considerando embarcar emnova atividade (seja dana de salo, meditaoutras novas aventuras), normalmente nos senndecisos. No entanto, sedecidimos passar p

    cima dessa parte de ns relutante a mudanavez de simplesmentetentar passar por cima)

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    nos comprometemos de qualquer maneira novo regime, damos a ns mesmos a chanentir a diferena que o novo regime acarre

    ns. Se no estivermos nos sentindo estimulados, mais interconectados, mais vivoer havido nenhum prejuzo e poderemos larniciar um novo hbito significa sentir o im

    de permanecer da sua maneira de ser atual e,

    assim, comear o novo regime: pode pareceortura. Normalmente comeamos envmensagens a ns mesmos como esse neu como desculpa, mas mesmo adecidimos insistir no estabelecimento de umhbito.

    O estudo da freira

    Em seu livro Aging with grace (Envelhecencom graa), David Snowden descreve seu edas freiras a longo prazo. Ele empreendeu o epara observar a longevidade e as incidnci

    demncia. Tambm estava interessado

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    Mortimer, Snowden tambm estudou a recerebral. Eles sugeriram que, quando uativamente na socializao e aprendizagem duoda a vida, o crebro constri mais cone

    neurais do que um crebro menos estimuAssim sendo, no caso anterior, quando uma do crebro prejudicada pelo Alzheimer, no necessariamente interrompida de f

    permanente, mas pode encontrar uma nova roedor do emaranhado ou placa causados Alzheimer. Snowden e Mortimer tamdescobriram que algumas freiras que apresentaram sinais de Alzheimer quando esvivas apresentaram danos significativosautpsia, enquanto outras que pareciam claraer a doena quando vivas apresentaram minais dela na autpsia. Snowden e Mortimer

    no chegaram a concluses definitivas sobpapel da curiosidade e aprendizagem constanconstruo da reserva cerebral, mas evidcircunstanciais sugerem uma conexo.

    O estresse bom mantm nosso crebro plUm crebro plstico pode se adaptar, perma

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    lexvel e conectado comunidade e enfrennevitveis mudanas que a vida traz. O esbom nos motiva, despertando a curiosiprovocando entusiasmo e alimentando criatividade.

    O hormnio dopamina um neurotransmessencial no reforo positivo. Podemos estiua produo de formas saudveis e

    audveis. A forma de estmulo por dopamaprender algo novo, e a excitao que vem co seja aprendendo um novo instrumento muacertando na preparao de uma nova reanando uma bola na cesta ou aprenden

    contar uma piada engraada. A produodopamina tambm estimulada por substncatividades viciantes, como o jogo de azar. Ium abuso da dopamina, e ao us-la desta f

    podemos sobrecarregar nossos sistemas, cauproblemas de sade e emocionais.Se formos, por exemplo, pesquisad

    universitrios aplicados, podemos achar qestamos fazendo o suficiente em termoaprendizagem. verdade que nossas vias n

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    para a pesquisa estaro bem desenvolvidasaprender a danar tango, a preparar um tajialar italiano nos fornecer o estresse bom

    produz mais reserva cerebral. No entprecisamos de certas condies paradesenvolvimento do crebro. Precisamos algo que seja genuinamente novo para ns, e de prestar muita ateno, estar emocionalm

    engajados e perseverar nisso. Novas viaormaro se duas ou mais dessas condies eguidas, mas idealmente seguiremos tod

    quatro de uma s vez.Menos desafiadoras, mas tambm teis, s

    atividades solo, s vezes chamadas de jogtreinamento cerebral por exemplo, palcruzadas, caa palavras e jogos de cartas pacincia que parecem ser de valor lim

    como habilidades transferveis. Por exemquando aprendemos e praticamos o Sudmelhoramos no jogo em si, mas ele tem imitado que podemos integrar no resto de n

    vidas. Na verdade, como viciada que souSudoku e outros jogos numricos, permita-me

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    uma advertncia sobre os jogos cerebrais. que, ao jogar Bridge ou Scrabble no compuou Sudoku por uma hora a cada vez, meu emocional fica isolado. Como forma autoentorpecimento, diria que os jogos nume de letras podem competir com drogas de A no que diz respeito a desligar noentimentos. A sensao que tenho de que a

    de dopamina que recebo com eles tem um qmais viciante que de aprendizado.Se voc tambm um viciado em jo

    observe a diferena no modo como se quando, em vez de jogar, l um livro. Pode paque exija mais esforo, especialmente no incdesenvolvimento de um novo hbito. Um romou um livro sobre filosofia usar os dois ladcrebro: voc ter sentimentos sobre o que

    endo e sua mente ser mais exercitada porquconexes entre o que est aprendendo e o qeconhece.

    Quando converso sobre os benefciosaprendizagem, as pessoas s vezes confidenciam que o que as impede de se de

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    ao aprendizado de algo a vergonha por aindo saberem. Susan Jeffers sabiamente diz: Smedo e aja mesmo assim. Eu digo: Sivergonha e aprenda algo mesmo assim. Ningosta de se sentir vulnervel,16 mas, a menos qaprendamos a tolerar alguma vulnerabilemocional, estaremos comprometendo ncrescimento, e se no crescemos, encolhemoe no fizermos isso, estaremos pondo em nossa sanidade.

    Recentemente conversei com um bilogo os benefcios do hbito de aprender. Eleperguntou se eu era destra ou canhota. Eu destra. Ele me disse que minhas chances decuperar completamente de um derrame s

    maiores se eu fosse canhota, porque as pecanhotas j tm mais conexes neurais do q

    destras. E acrescentou que, se eu comeaescovar os dentes ou manusear o mouse com esquerda, eu comearia a construir rescerebrais. Se no futuro eu sofresse um derestaria em melhores condies de me recudele.

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    Seja o que for que comecemos a fazer escovar os dentes com a mo esquerda a aprum novo idioma , criaremos novas conneurais, o que pode originar maior criative novas ideias. Uma nova ideia foi comparum animal arisco do mato. Para atrair o aarisco das sombras para uma clareira, vocdeve assust-lo. Deixe-lhe alguma comida

    vir para a clareira, onde voc poder melhor. Se voc o tratar bem, ele no saltavolta para a floresta.17

    Ideias raramente vm do nada. Estimulnossos crebros a ter ideias quando aprendcoisas novas ou quando ensaiamos as coisaestamos aprendendo. Eu dei um curso de dias, para estudantes e professores de arte, os processos psicolgicos da criatividade. H

    um consenso geral de que as ideias vmquando ficamos parados, esperando qunspirao surja, mas quando trabalha

    experimentando, lendo, aprendendo e fazendo

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    Estilos de aprendizagem

    Existem diversos estilos de aprendizagem. Ade ns aprendem mais quando leem, enqoutros preferem aprender a partir de diagrvdeos e demonstraes. Aprendizes audpreferem aprender ouvindo aulas, discu

    coisas e ouvindo o que outros tm a dizer, obnformaes extras a partir do tom e das nuaTambm h os aprendizes sinestsicos, aprendem se movimentando, fazendo e tocpreferindo uma abordagem prtica, exploativamente o mundo fsico. Portanto, se sempconsideramos pessoas que no aprendem acilidade, talvez seja porque ainda

    encontramos o estilo de aprendizagem que

    mais adequado; e como o crebro plpodemos desenvolver novos estilos aprendizagem com a prtica. Quanto aprendemos, mais ideias criativas podemos untar nossas reas de conhecimento. aberamos como a fsica e o paraquedism

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    associam a menos que conhecssemos um pobre ambos. Portanto, quanto mais sabemos

    podemos criar.18

    Deixei a escola aos 15 anos e levei algunspara voltar e apreciar a aprendizagem. Em20 e poucos anos, eu tinha um empadministrativo repetitivo. Eu sabia que me ubestimulada. O tdio me levou a particip

    uma noite de recrutamento em uma escola tMatriculei-me em cursos bsicos de psicolongls e fiz novos amigos nessas turmas. Lem

    me de ir casa de uma amiga pela primeira icar empolgada com seu entusiasmo. Ela

    No estou mais entediada; pego-me pensanddiferentes motivaes dos personagens de Noitde reis.

    isso que a aprendizagem faz. Ela nos d

    coisas em que pensar, por isso temos menos tpara ficar entediados, deprimidos ubestimulados. Ela parte do conhecimento qemos e o expande. Leva-nos a fazer

    conexes ligando mais vias neurais. E tamconecta nossos crebros aos de outras pessoa

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    No ano seguinte, eu fiz arte e histria. Cona estudar esses temas atravs de leiadicionais e, no caso da arte e psicologinovos cursos e me formei. Dos cursos que obtive coisas boas. Em um ano eu fiz dois cnoturnos, um sobre apreciao de filmes e obre escrita criativa. Em um aprendi que

    gosto de ouvir pessoas discutindo enredo

    ilmes, enquanto no outro eu me sa muito messe curso conheci meu marido. A aprendizde novos temas no apenas produz novas conem nossos crebros, como tambm em nvidas.

    Exerccio da zona de conforto

    Pegue uma folha grande de papel e desenhcrculo no meio. Dentro dele, escreva exempatividades nas quais voc se sente completamconfortvel. Fora desse crculo, escreva exemde atividades que voc pode fazer, mas exigem um pouquinho mais de voc aq

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    atividades que o deixam de alguma forma nermas no o bastante para o impedir de fazDesenhe um crculo ao redor dessas ativid

    a prxima faixa, escreva as atividades quegostaria de fazer, mas acha difcil reunir corpara faz-las. Depois disso, coloque as coisque voc tem medo demais at para tentar, magostaria de fazer. Voc pode fazer quantos cr

    quiser.

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    til refletir sobre as coisas com as estamos confortveis e aquelas com as quai

    estamos, e ento tentar expandir nossa reconforto. Devemos lembrar que aquilo entamos para ns mesmos. No importa o q

    outros possam pensar. A ideia expandir nzona de conforto a passos curtos. Passamoestresse bom ao estresse ruim quentamos dar saltos bem grandes de uma faoutra. Quando comecei a ampliar meu cnterior de modo a incluir gradualmente as o

    zonas, eu me senti mais confiante em reladesafios dentro da zona interior original. Tamdescobri que, quando eu estabelecia para mesma um desafio realizvel e o cumpria, mautoestima e autoconfiana aumentavam em

    as reas. O maior salto que dei foi quando pda incapacidade de correr 100 metros concda Maratona de Londres. Tenho certeza de qusso que me deu a confiana para enviar meu

    Couch fiction [Fico de sof] depois da primodada de rejeies. Ele foi finalmente publ

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    em maio de 2010. Tambm descobri que, se econtinuasse testando meus limites, minha zoconforto voltava ao tamanho original. Desafiopareciam confortveis em um ano passavexigir coragem no ano seguinte. No quero nessa posio novamente; portanto, para o avante.

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    4. Qual a histria?

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    nclu esta seo sobre histrias porque umade toda terapia bem-sucedida tem a ver ceescrever as narrativas que nos definem, cr

    novos significados e imaginando finais diferDa mesma forma, uma parte do permanecer conhecer qual a nossa histria e reescrequando necessrio.

    As usuais respostas emocionais, cognitiv

    sicas que damos ao mundo isto , npadres tpicos para lidar com situaecorrentes viro de nossas prprias histosso modo de estar no mundo tambm vi

    histrias que lemos e que nos so contadailmes, sries de TV, notcias; podem ser hist

    de famlia, ou parbolas e metforas, tbblicos e contos de fada. Ns inventhistrias, lemos histrias, ouvimos hist

    ossas vidas entrelaam essas histriaespondem a elas. Nossas mentes so formadas por narra

    Evolumos usando histrias e narrativas qucoconstrudas. Conforme nossos primcuidadores nos transcreviam nossas sensa

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    entimentos e aes em palavras, nossas narromaram forma. Usvamos essas narrativasntegrar nossa experincia em signific

    coerentes. As crianas e suas figuras parenarram juntas suas experincias e, ao faorganizam suas lembranas e as colocam emcontexto social. Isso ajuda a conectar sentimaes e outras coisas ao eu. Essas narra

    coconstrudas19

    so centrais a todos os gruhumanos de uma famlia no mundo ocidaos caadores-coletores do Deserto do KalA coconstruo da histria tem consequnegativas e positivas. O lado ruim qcuidador pode influenciar indevidamente a ccom seus prprios medos e ansiedapreconceitos e padres restritivos de existmas o lado bom que a coformao da nar

    ensina meios de memorizao, assim cransmite valores positivos, cultura de grudentidade individual. Uma criana no a

    coconstri a narrativa de sua vida comcuidadores, mas idealmente ouve muitas ohistrias tambm. Podemos pensar que is

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    principalmente apenas para entretenimento ecriar vnculos, mas as histrias repetidas tamajudam a formar estruturas na mente da crpara a soluo de problemas, para a criaignificados, para o otimismo e o autocon

    Bruxas ms recebem o castigo merecidoconflitos so resolvidos e ns aprendemconceito do viver feliz para sempre.

    Da mesma forma que histrias so importna formao da personalidade, tambm ignificativas na evoluo de nossa espcie

    criao de cultura. Antes da inveno da eshistrias, sagas e lendas eram passadas de gea gerao na forma de rituais e tradies oracontinham tanto educao quanto as baseabedoria. Assim como uma nova aprendizorja novas vias neurais para o que j sabe

    uma nova histria acrescenta ao nosso esexistente. A apario de certos temas ao longculturas e tempos morte e ressurreioexemplo testemunha sua importncia. histrias so usadas para transmitir identidagrupo, sabedoria e experincia para qu

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    prximas geraes tambm possam construir elas, assim como lhes oferece meios dautoconfortar, enfrentar e lidar com a morte.

    Histrias podem inconscientemente nfluenciar a agir de uma forma ou outra,ambm nos permitem pensar sobre ns mesm

    uma maneira objetiva. Quando um clienterapia apresenta um problema, o terapeuta

    requnc