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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
GABRIELLA SANTOS GUEDES ALCOFORADO
PETRÓPOLIS MIXED
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
NATAL/RN
2015
GABRIELLA SANTOS GUEDES ALCOFORADO
PETRÓPOLIS MIXED
ANTIPROJETO ARQUITETÔNICO DE
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
Trabalho Final de Graduação apresentado à banca examinadora, como requisito para conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no semestre letivo 2015.2.
Orientadora: Prof.º Draº Bianca Dantas Araujo
NATAL/RN
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
PETRÓPOLIS MIXED
ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
GABRIELLA SANTOS GUEDES ALCOFORADO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profa. Bianca Dantas Araujo – UFRN (Orientadora)
_______________________________________________
Profa. Gleice Virginia Medeiros De Azambuja Elali (Examinador interno)
_______________________________________________
Profa. Carla Varela de Albuquerque Araújo (Examinador convidado)
RESUMO
ALCOFORADO, Gabriella Santos Guedes. Petrópolis Mixed: anteprojeto arquitetônico de um
edifício multifuncional. 2015. Monografia (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo,
Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
Foi pela necessidade de se possuir em Natal mais espaços multifuncionais que
funcionem durante todo o período do dia, que se escolheu o tema deste Trabalho Final
de Graduação, cujo foco é o desenvolvimento de um anteprojeto de um edifício
multifuncional que traz consigo os usos comercial, de serviço e lazer. A intenção
principal desse projeto é que o edifício movimente o seu entorno de forma a
movimentar também a economia do bairro a partir do seu funcionamento em todos os
turnos do dia, com usos diferenciados que atraiam diferentes públicos de distintos
bairros, com a preocupação de proporcionar o conforto dos usuários e da vizinhança a
partir de estudos de conforto acústico que evitem a emissão de ruídos indesejáveis
provenientes do edifício.
Palavras-chave: multifuncional; conforto acústico; arquitetura.
ABSTRACT
The subject of this monograph was chosen due to the necessity for more
multifunctional areas in Natal, which should operate all day long. The focus is the
development of a multifunctional building project that involves commercial, service
and leisure utilities. The main intention of this work is the building generates traffic of
people to your surroundings and also economic activity in the neighborhood. It will be
possible with its full operation on all shifts of the day and providing diversified
activities that brings different customers from distinct neighborhoods. Whole work
always with the concern to provide the comfort for users and the neighborhood as
from acoustic comfort studies to prevent the emission of unwanted noise from the
building.
Keywords: multifunctional; acoustic comfort; architecture.
AGRADECIMENTOS
Muitos são os agradecimentos quando se frequenta cinco anos uma
universidade tão renomada como a UFRN, cursando um dos cursos mais concorridos
no vestibular, com uma aprovação tão sofrida como a minha. Só tenho a agradecer
principalmente a Deus, que sem Ele eu nada seria, todos os propósitos e conquistas
diárias dedico à Ele, meu Pai que cuida de mim onde quer que eu esteja.
Agradeço aos meus pais por desde criança me incentivarem o estudo, me
fazendo acreditar que para vencermos na vida precisamos de realização profissional,
nos formar em uma boa universidade e trabalhar de forma a garantirmos lugar no
mercado. Hoje, no fim do meu curso, mas não só agora, tenho certeza que foi a melhor
educação que pude ter, patrocinaram os melhores estudos, palestras, congressos, de
forma a garantir o meu melhor resultado. Além disso, me ensinaram a ética e o
caráter, fundamentais para qualquer profissão, e que acredito que vêm da base da
educação, a educação familiar. Obrigada Evaneide e Iran, vocês são os melhores pais
que eu poderia ter.
Agradeço também à minha irmã Daniella, que teve que aturar as várias noites
que passei acordada fazendo os trabalhos, e ela precisando dormir, foi obrigada a dar
um jeito de driblar as luzes acesas e o som do computador para conseguir pegar no
sono. Obrigada irmã, não sei se depois de formada esse terceiro turno se tornará ainda
mais constante, mas tentarei diminuí-los.
Agradeço às minhas tias Evanilda e Ezilda, que considero minhas segundas
mães, e a minha avó Carminha, que hoje está ao lado de Deus, mas que fez parte da
minha vida acadêmica em sua grande parte, e que na correria do dia-a-dia foi lá onde
almocei e jantei durante boa parte do curso, visto que não dava tempo ir para casa,
além de ainda dar tempo tirar um cochilo de 1h depois do almoço. Sempre
preocupadas em fazer comidas deliciosas, e sempre contendo as minhas favoritas.
Agradeço pelas palavras de apoio “Ta acabando Gabi”, “Você tá cansada, cochile um
pouco”, “Já já você será uma grande arquiteta”. Agradeço também pelos cafezinhos
deliciosos, que muitas vezes foram salvadores num dia agitado e cheio de
compromissos. Muito obrigada, vocês são as melhores tias que eu tenho, e vó, a
senhora não poderia ter sido vó melhor. Amo vocês!
Agradeço às minhas amigas Laís Bezerra, Amanda Nascimento e Maria Helena,
que em boa parte do curso foram o meu grupo “PPUR Forever”, me ajudando a
superar os intermináveis trabalhos integrados, os enormes trabalhos de PPUR e os
aperreios de entrega. O grupo dos desabafos, do choro, das risadas, das fofocas. Os
encontros regados a muito vinho em cada fim de semestre para comemorar. O grupo
que me permitiu enxergar a necessidade de se ouvir a opinião do outro, compartilhar
ideias, e que um trabalho em equipe, feito por pessoas certas, traz excelentes
resultados finais. Obrigada meninas, que nosso grupo enquanto estudantes,
permaneça agora como amigas da profissão.
Agradeço ao meu namorado, amigo e leal confidente João Paulo, que foi o
maior incentivador da minha capacidade profissional, me levantando com palavras e
gestos. Pelos momentos de alegria que vivemos, principalmente nos aperreios desse
final de curso, com sua preocupação de sempre em me agradar, me confortar e me
proporcionar momentos de paz e felicidade. Obrigada por sempre estar ao meu lado,
te amo muito e sou muito grata por esses momentos compartilhados.
Agradeço à minha primeira chefe do estágio, Nadiedja Melo, que foi o alicerce
do meu aprendizado, me aceitando mesmo sendo totalmente inexperiente, ainda no
segundo período da faculdade, onde ainda permaneci por 1 ano e meio. Lá aprendi o
básico necessário para projetar, e vivi minhas primeiras experiências com o mercado
de trabalho.
Agradeço à Mirella Procópio, minha atual chefe e companheira de trabalho,
que me ensinou muito nesses últimos 02 anos e meio em que fui sua estagiária, além
de contribuir primordialmente para meu crescimento e amadurecimento profissional.
Agradeço pela paciência, por sempre ser muito gentil comigo, por sempre se dispor a
ajudar e ensinar. Sei que minha capacidade profissional hoje é tentando ser espelho da
sua. Muito obrigada por tudo!
Agradeço à Bianca, por ter tido papel fundamental no desenvolvimento desse
meu projeto, sempre disponível e com ideias brilhantes para agregar valor no meu
resultado final. Obrigada por ser uma professora exemplar, competente, sempre
disposta a ajudar. Aproveito e estendo meus agradecimentos a todos os professores
da Universidade que me ajudaram nesse desenvolvimento, tanto com palavras, quanto
com dúvidas tiradas.
Agradeço aos meus amigos e colegas, que de alguma forma contribuíram para
esta dura caminhada, seja com palavras de incentivo, seja com conversas
descompromissadas ou até mesmo ajudas gratuitas. Obrigada!
Agradeço à Universidade Federal do Rio Grande do Norte por me proporcionar
um ensino de alto nível acadêmico, e por me acolher enquanto aluna, me
proporcionando muitas oportunidades.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fachada da Loja Folic ---------------------------------------------------------------------- 23
Figura 2: Detalhe da fachada da loja Folic -------------------------------------------------------- 23
Figura 3: Fachada do Restaurante Buongustaio ------------------------------------------------- 24
Figura 4: Barbearia The GodFather ----------------------------------------------------------------- 25
Figura 5: Restaurante Tenkô ------------------------------------------------------------------------- 26
Figura 6: Barbearia Corleone ------------------------------------------------------------------------ 27
Figura 7: Fachada da barbearia Corleone --------------------------------------------------------- 27
Figura 8: Estúdio Tattoo You ------------------------------------------------------------------------- 28
Figura 9: Fachada da loja Club Mix ----------------------------------------------------------------- 29
Figura 10: Fachada do restaurante Olivetto ------------------------------------------------------ 30
Figura 11: Fachada do Restaurante Shiitake ----------------------------------------------------- 31
Figura 12: Projeto do Restaurante Manish ------------------------------------------------------- 32
Figura 13: Fachada L'oreal Paris -------------------------------------------------------------------- 33
Figura 14: BH Parklets --------------------------------------------------------------------------------- 34
Figura 15: Mapa esquemático da localização do bairro de Petrópolis --------------------- 39
Figura 16: Localização do terreno 01 -------------------------------------------------------------- 40
Figura 17: Localização do terreno 02 -------------------------------------------------------------- 40
Figura 18: Localização do terreno 03 -------------------------------------------------------------- 41
Figura 19: Vista do terreno escolhido ------------------------------------------------------------- 42
Figura 20: Vista aérea da localização do terreno dentro do bairro de Petrópolis ------- 43
Figura 21: Dimensões do terreno ------------------------------------------------------------------- 47
Figura 22: Aspectos bioclimáticos do terreno --------------------------------------------------- 47
Figura 23: Estudo de sombreamento no Solar Tool -------------------------------------------- 49
Figura 24: Ruído diurno no bairro de Petrópolis, com destaque do terreno em
vermelho ------------------------------------------------------------------------------------------------- 51
Figura 25: Localização do terreno para estacionamento -------------------------------------- 53
Figura 26: Dimensões necessárias para pessoas portadoras de deficiência e mobilidade
reduzida -------------------------------------------------------------------------------------------------- 57
Figura 27: Zoneamento do terreno ---------------------------------------------------------------- 58
Figura 28: Zoneamento do edifício ----------------------------------------------------------------- 59
Figura 29: Primeiro zoneamento do terreno ----------------------------------------------------- 63
Figura 30: Perspectiva do primeiro estudo volumétrico -------------------------------------- 64
Figura 31: Planta Baixa do térreo ------------------------------------------------------------------- 65
Figura 32: Planta baixa do primeiro pavimento ------------------------------------------------- 66
Figura 33: Planta Baixa do segundo pavimento ------------------------------------------------- 66
Figura 34: Planta Baixa do terceiro pavimento -------------------------------------------------- 67
Figura 35: Planta Baixa térreo ----------------------------------------------------------------------- 68
Figura 36: Planta baixa primeiro pavimento ----------------------------------------------------- 68
Figura 37: Planta Baixa segundo pavimento ----------------------------------------------------- 69
Figura 38: Planta baixa terceiro pavimento ------------------------------------------------------ 69
Figura 39: Implantação e cobertura do edifício ------------------------------------------------- 72
Figura 40: Planta baixa - térreo --------------------------------------------------------------------- 74
Figura 41: Planta baixa - 1 pavimento ------------------------------------------------------------- 76
Figura 42: Planta baixa - 2 pavimento ------------------------------------------------------------- 77
Figura 43: Planta baixa - 3 pavimento ------------------------------------------------------------- 78
Figura 44: Área de influência dos pilares no bloco das lojas --------------------------------- 79
Figura 45: Diagrama de lançamento estrutural ------------------------------------------------- 80
Figura 46: Tabela de estimativa de consumo de água ----------------------------------------- 81
Figura 47: Secção com localização da laje técnica ---------------------------------------------- 82
Figura 48: Forro Nexacustic aplicado -------------------------------------------------------------- 84
Figura 49: Informações técnicas do Nexacustic 16 --------------------------------------------- 84
Figura 50: Aplicação dos cilindros acústicos ----------------------------------------------------- 86
Figura 51: Informações técnicas sobre os cilindros acústicos -------------------------------- 87
Figura 52: Informações técnicas do piso acústico ---------------------------------------------- 88
Figura 53: Tabela com absorção dos materiais contidos nos dois ambientes ------------ 90
Figura 54: Tempo de reverberação total dos dois ambientes -------------------------------- 90
Figura 55: Perspectivas externas ------------------------------------------------------------------- 91
Figura 56: Perspectiva do estúdio de tatuagem ------------------------------------------------- 92
Figura 57: Perspectiva da loja de roupas ---------------------------------------------------------- 93
Figura 58: Perspectiva da Barbearia --------------------------------------------------------------- 93
Figura 59: Perspectiva da temakeria --------------------------------------------------------------- 93
Figura 60: Perspectiva do Pub ----------------------------------------------------------------------- 94
Figura 61: Perspectiva do restaurante ------------------------------------------------------------- 94
LISTA DE TABELA
Tabela 1: Rebatimento dos estudos de referência no projeto ------------------------------- 34
Tabela 2: Programa de necessidades e pré-dimensionamento ------------------------------ 60
Tabela 3: Prescrições Urbanísticas ----------------------------------------------------------------- 73
Tabela 4: Cálculo da capacidade da caixa d'água do edifício --------------------------------- 81
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------- 17
PARTE I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS -------------------------------------------------------------- 20
1. A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO EDIFÍCIO DE USO MISTO ---------------------------- 20
PARTE II – REFERÊNCIAS PROJETUAIS ------------------------------------------------------------- 22
2. ESTUDOS DE REFERÊNCIAS DIRETO ------------------------------------------------------ 22
2.1. Folic -------------------------------------------------------------------------------- 22
2.2. Restaurante Buongustaio ---------------------------------------------------- 23
2.3. Barbearia The GodFather ---------------------------------------------------- 24
2.4. Tenkô Japanese Food --------------------------------------------------------- 25
3. ESTUDOS DE REFERÊNCIA INDIRETO ---------------------------------------------------- 26
3.1. Barbearia Corleone ------------------------------------------------------------ 27
3.2. Estúdio Tattoo You ------------------------------------------------------------ 28
3.3. Loja Club Mix -------------------------------------------------------------------- 29
3.4. Restaurante Olivetto ---------------------------------------------------------- 29
3.5. Restaurante Shiitake ---------------------------------------------------------- 30
3.6. Restaurante Manish ----------------------------------------------------------- 31
3.7. L’oreal Paris --------------------------------------------------------------------- 33
3.8. BH Parklets ---------------------------------------------------------------------- 33
4. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ESTUDOS DE REFERÊNCIAS --------------------------- 34
PARTE III – CONDICIONANTES PROJETUAIS ----------------------------------------------------- 37
5. CONCEITO --------------------------------------------------------------------------------------- 37
6. METODOLOGIA PROJETUAL --------------------------------------------------------------- 37
7. UNIVERSO DE ESTUDO ---------------------------------------------------------------------- 38
7.1. Bairro Petrópolis --------------------------------------------------------------- 38
7.2. Possíveis terrenos ------------------------------------------------------------- 39
7.3. Entorno do terreno ------------------------------------------------------------ 42
7.4. Aspectos físicos e ambientais do terreno ------------------------------- 46
7.4.1. Topografia e dimensões ---------------------------------------- 46
7.4.2. Aspectos bioclimáticos ----------------------------------------- 47
7.4.3. Ruído ---------------------------------------------------------------- 50
8. CONDICIONANTES LEGAIS ------------------------------------------------------------------ 51
8.1. Plano Diretor -------------------------------------------------------------------- 51
8.2. Código de Obras ---------------------------------------------------------------- 52
8.3. Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado
do Rio Grande do Norte e NBR 9077 ----------------------------------------- 54
8.4. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos -------------------------------------------------------- 54
9. CONDICIONANTES FUNCIONAIS ---------------------------------------------------------- 58
9.1. Zoneamento do terreno ----------------------------------------------------- 58
9.2. Zoneamento do edifício ------------------------------------------------------ 59
9.3. Programa de Necessidades -------------------------------------------------- 60
PARTE IV – PROPOSTA PROJETUAL ---------------------------------------------------------------- 62
10. CONCEPÇÃO PROJETUAL ------------------------------------------------------------------- 62
10.1. Princípios e Premissas -------------------------------------------------------- 62
10.2. Partido arquitetônico --------------------------------------------------------- 62
10.3. Evolução da proposta --------------------------------------------------------- 63
10.3.1. Primeira proposta ----------------------------------------------- 65
10.3.2. Segunda proposta ----------------------------------------------- 67
PARTE V – MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO ---------------------------------------- 71
11. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO ------------------------------------------- 71
11.1. Implantação --------------------------------------------------------------------- 71
11.2. Térreo ----------------------------------------------------------------------------- 73
11.3. Primeiro Pavimento ----------------------------------------------------------- 75
11.4. Segundo Pavimento ----------------------------------------------------------- 76
11.5. Terceiro Pavimento ----------------------------------------------------------- 77
12. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ---------------------------------------------------------------- 78
12.1. Sistema estrutural ------------------------------------------------------------- 78
12.2. Reservatório de água --------------------------------------------------------- 80
12.3. Condicionadores de ar -------------------------------------------------------- 82
12.4. Tratamento acústico ---------------------------------------------------------- 83
12.4.1. Forro em madeira - Nexacustic 16 --------------------------- 83
12.4.2. Cilindros acústicos ----------------------------------------------- 85
12.4.3. Piso ------------------------------------------------------------------ 87
12.4.4. Estudo acústico para Pub e Restaurante ------------------- 89
12.5. Perspectivas --------------------------------------------------------------------- 91
CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------------------ 95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --------------------------------------------------------------------- 96
APÊNDICE ------------------------------------------------------------------------------------------------- 98
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 17
INTRODUÇÃO
Os hábitos da sociedade humana estão em constantes mudanças e, para satisfazê-los,
são criadas novas necessidades a fim de buscar soluções. Porém, necessidades antigas
podem voltar à tona dependendo da tendência de cada época, funcionando novamente
como solução para esses novos hábitos.
A arquitetura, tal como outras ciências, é exemplo vivo dessa afirmativa, visto que
mesmo com novas tecnologias da construção, novas tendências arquitetônicas e novas
formas de construir, estilos antigos ainda são percebidos em novos projetos, como também
são preservados em edificações passadas, mantendo viva a história da cidade e da
arquitetura.
Como exemplo real desse contexto, vemos a utilização do edifício multifuncional na
solução desses novos hábitos, que mesmo sendo demasiadamente antigo, presente desde
as antigas cidades-estados e que sofreu um boom durante a escola de arquitetura
modernista, oferece muitos benefícios na atualidade.
No cenário urbano atual, onde são vivenciadas essas constantes transformações nos
processos econômicos e tecnológicos, assim como nos modos de viver e habitar as cidades,
é percebido um interesse por parte dos arquitetos e urbanistas em melhora-las no que se
refere à qualidade. As atividades do cotidiano como morar, trabalhar, comprar e se divertir
estão se tornando cada vez mais entrelaçadas. E nada melhor do que os edifícios
multifuncionais, também conhecidos como híbridos ou mistos, para satisfazer essa
multiplicidade de funções, visto que abrigam, em uma única estrutura, diferentes usos,
independentes entre si, cujo objetivo é criar intensidade e vitalidade para dentro das
cidades, atrair pessoas e favorecer a heterogeneidade (FERREIRA, 2014).
Desta forma, quanto mais diversificados forem esses espaços, mais a população se
relacionará com eles, tornando-os bastante atrativos. As vantagens de um edifício com
conceitos de multifuncionalidade são a circulação de pessoas em diversos horários do dia,
segurança e diversidade de atividades, tudo isso causado pela integração dos diferentes usos
e funções.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 18
As repercussões positivas também são observadas de maneira semelhante no contexto
urbano, tal como melhorias na qualidade de vida e trabalho, infraestrutura urbana e
segurança, além do aumento da relação do usuário com o espaço público (REDIMOB, 2013),
tudo isso causado pela heterogeneidade de interesses.
Trazendo para o cenário urbano de Natal, o IBGE afirma que a capital norte rio-
grandense obteve um aumento de 12,84% da população residente em uma década,
trazendo consigo a saturação do espaço urbano, e a necessidade de edificações que
abriguem diversos usos a fim de otimizar os espaços e tornar os bairros mais
autossuficientes.
Tomando como base este conceito, este Trabalho Final de Graduação tem como
objetivo a elaboração de um anteprojeto de arquitetura de um edifício multifuncional que
abrange os usos comercial, de serviço e lazer, distribuídos em quatro pavimentos, localizado
no bairro de Petrópolis, em Natal/RN.
A estrutura do trabalho está dividida em cinco partes, cada uma subdivida em tópicos
e subtópicos de acordo com o que cada uma propõe. A primeira parte, denominada
Considerações Iniciais, trata da história e evolução do edifício de uso misto, contando toda a
trajetória e modificações do mesmo ao longo dos anos. A segunda parte, Referências
Projetuais, traz todas as referências necessárias para o desenvolvimento do projeto, sendo
divididos por referências diretas e indiretas. A terceira parte, Condicionantes Projetuais, traz
no seu desenvolvimento o conceito, a metodologia projetual, o universo de estudo, e os
condicionantes legais e funcionais do terreno. A quarta parte, Proposta Projetual, aborda a
concepção projetual, os princípios e premissas, o partido arquitetônico e a evolução da
proposta. Por último, será abordado nesse trabalho o Memorial Descritivo e Justificativo,
com a descrição geral do empreendimento, onde aparecem as plantas baixas, os cortes e as
fachadas do prédio; as especificações técnicas, o sistema estrutural, o reservatório d’água,
os condicionadores de ar, tratamentos acústicos, e perspectivas finais.
Como resultado final, tem-se um edifício multifuncional que conta com uma galeria de
lojas com pé direito duplo, no qual estão inseridos uma barbearia, uma temakeria, um
estúdio de tatuagem e loja de roupas. Além disso, contará com um Pub, que ficará no
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 19
segundo e terceiro pavimento, e um restaurante no mezanino do Pub, com vista privilegiada
para o palco.
Por fim, este trabalho apresenta as considerações finais, nas quais são expostas as
conclusões da autora sobre este trabalho e sua análise.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 20
PARTE I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO EDIFÍCIO DE USO MISTO
A edificação de uso misto é um modelo de edifício que conta com dois ou mais usos
em uma única estrutura. Esta tipologia está presente desde a Antiguidade quando as
cidades-estados se organizavam em muralhas. Nessa época, os espaços de habitação,
trabalho e comércio se localizavam próximos uns aos outros ou até mesmo sobrepostos,
facilitando o deslocamento a pé dos usuários que buscavam esses serviços (VECCHIATTI,
2011).
Ao longo dos anos as cidades foram crescendo e, junto a isso, a cidade se dispersou e
levou consigo a diminuição na densidade dos espaços construídos, e o aumento das
distâncias entre os mesmos (VECCHIATTI, 2011).
A Revolução Industrial trouxe consigo o pensamento moderno do planejamento, que
defendia que os ambientes deveriam ser segregados, com áreas distintas destinadas a
funções de vida, trabalho, compras e fabricação (VECCHIATTI, 2011).
Já no século XX, Le Corbusier e outros pensadores do Movimento Moderno
desenvolvem um novo estilo de morar, que conta com um espaço privado de moradia
agregados a serviços e atividades comerciais (VECCHIATTI, 2011). Le Corbusier possuía uma
grande preocupação com a relação distância-tempo no que se refere ao deslocamento dos
moradores, portanto seria ideal existir uma cidade com edifícios verticais que comportassem
serviços na sua estrutura.
Ao longo dos anos, com o surgimento dos arranha-céus, foi permitido o aumento dos
edifícios de uso misto. No Brasil, esse quadro foi encontrado a partir de 1930 (VECCHIATTI,
2011), com prédios que contavam com habitação, comércio e serviços. Geralmente o uso
residencial se fazia predominante, enquanto que os outros usos ficavam alojadas no térreo,
ou algumas vezes, nos primeiros pavimentos. A disposição da fachada deixava clara a
diferenciação dos usos residencial e não-residencial, pelo uso de diferentes elementos e
modulações.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 21
No contexto contemporâneo, os edifícios multifuncionais ou mistos surgem como
resposta à pressão metropolitana pelo aumento do valor do solo, densidade edificada e
populacional e limitações da trama urbana (HYBRID ARCHITECTURE BLOG, 2011). Estes
retomam as áreas urbanas centrais e reestruturam a relação dos indivíduos com a cidade,
visto que a rede de atividades e funções, quando diversificada e completa, atraem todas as
atenções, estimulam a vida, o bem-estar e conforto da população, além de serem fatores
determinantes da identidade da cidade (LIMA, 2008).
Dessa maneira, pode-se tomar como vantagem nos projetos de edifício de uso misto a
experimentação da mistura de usos, pois isto pode tornar cada edifício único de acordo com
suas diversas formas. Portanto, cada combinação de usos pode trazer diferentes benefícios,
mas todos eles trarão uma vantagem em comum: a criação de algo novo e inesperado,
atraindo as pessoas para dentro dele.
No que se refere à construção civil, o impacto desses edifícios é positivo, tendo em
vista que o aparecimento de novas tipologias estimulam o setor. E por este motivo haverá
uma maior demanda por profissionais que estejam preparados para trabalhar em
edificações fora do padrão.
Quanto à personalidade, um edifício de uso misto caracteriza-se por uma criação individual do arquiteto, sem modelos predefinidos. Inovadores e únicos, estes edifícios rompem com a combinação dos programas habituais, incorporando ideias que variam de acordo com local, sociedade e sobreposição de funções. Pode ajustar-se a mudanças tecnológicas, de mobilidade, interatividade, entre outras, tornando-se multifacetado em relação a sua versatilidade, diversidade e complexidade. Procura gerar relações de intimidade variadas e imprescindíveis à convivência dos habitantes da cidade. Dadas estas características, o edifício híbrido pode então ser considerado personalizado na sua combinação funcional e formal. (SILVA, 2014, p. 23).
Deste modo, o programa dos edifícios multifuncionais é o fator que mais os
individualiza, pois, a coexistência de programas distintos num mesmo espaço é primordial na
forma final da edificação, cuja concepção deve ser fruto de um processo criativo e
diferenciado.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 22
PARTE II – REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A fim de consolidar as decisões projetuais para o edifício multifuncional, é necessário
buscar diversas referências de modo a se obter uma concepção formal e funcional do
edifício em questão.
Os estudos de referência foram realizados levando em consideração cada uso que se
pretende utilizar no edifício. Portanto, foram feitos estudos para as soluções de fachada e
para as soluções internas de cada uso, visando a solução formal.
Como estudo arquitetônico, foram feitos quatro estudos diretamente, ou seja, com
visita in loco, e sete estudos indiretamente, efetuados através de material bibliográfico com
pesquisa na internet.
2. ESTUDOS DE REFERÊNCIA DIRETOS
Os estudos de referência diretos são aqueles visitados pela autora e analisados in loco
com a intenção de aplicar os conceitos ali adquiridos para o projeto que será realizado.
Foram analisados aqui estudos para fachada de loja, barbearia, fachada do edifício e
temakeria.
2.1. Folic
A loja Folic (Figura 01), localizada na esquina da rua Trairi com a Avenida Campos Sales,
e bem próximo ao terreno escolhido, traz um elemento em seu interior que compõe a
vitrine, denominada de vitrine frontal fechada (Figura 02), pois a mesma é dotada de um
fundo, que funciona também como método de proteção contra a radiação solar.
Esse elemento específico da vitrine fechada é interessante, visto que as fachadas do
edifício projetado recebem radiação solar em boa parte do dia.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 23
Figura 1: Fachada da Loja Folic
Fonte: maps.google.com.br
Figura 2: Detalhe da fachada da loja Folic
Fonte: maps.google.com.br, modificado pela autora
2.2. Restaurante Buongustaio
Foi no início dos anos 80 que nasceu o primeiro restaurante Buongustaio no Nordeste,
localizado em Recife-PE. A primeira franquia do RN foi inaugurada no bairro de Petrópolis,
em 1998, passando a ser, desde então, um local frequentado pelos apreciadores de massas
e vinhos de qualidade.
O restaurante possui hoje duas unidades, uma na Avenida Afonso Pena, e outra no
Shopping Midway Mall. A unidade usada como referência é a da Avenida Afonso Pena
(Figura 03), visto que possui uma fachada bastante aconchegante, adquirida através da
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 24
combinação da madeira, vidro, na cor branca, que é predominante, e no verde presente no
paisagismo.
Pretende-se usar esse restaurante como referência para a fachada do edifício
projetado, visto que há a intenção de contar com um espaço aberto na fachada voltada para
a rua Trairi na entrada do PUB, e os elementos usadas neste projeto em específico entram
em acordo com a proposta para a edificação projetada.
Figura 3: Fachada do Restaurante Buongustaio
Fonte: http://www.restaurantebuongustaio.com.br/
2.3. Barbearia The GodFather
A barbearia The GodFather (Figura 04) fica localizada na rua Apodi, no bairro Tirol em
Natal/RN, e conta com um conceito bem diferenciado de outras barbearias de natal, com um
visual bem agradável, digno dos anos passados, voltado exclusivamente para homens com
gostos refinados, que curtem um happy hour masculino com conversa acompanhada de
cerveja.
A barbearia conta com uma recepção, uma sala de espera integrada com o bar, uma
sala para corte de barba e cabelo, um espaço com mesas e cadeiras para convivência, uma
sala de corte para crianças, e duas salas para serviços de estética.
Essa barbearia servirá como referência quanto ao seu plano de necessidades, levando
em conta o layout e a disposição dos ambientes.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 25
Figura 4: Barbearia The GodFather
Fonte: Acervo do autor
2.4. Tenkô Japanese Food
Localizado em Nova Parnamirim, em um centro comercial Ernane Melo na Avenida
Abel Cabral, o restaurante Tenkô (Figura 05) é bastante recente, com inauguração no dia 14
de março deste ano.
Os sócios, donos do restaurante, apostaram na cor verde para a arquitetura e logotipo
para remeter à natureza, propondo um ambiente aconchegante, além do requinte.
A parte interna da loja conta com bastante uso da madeira com alguns toques em
verde remetendo ao logotipo. Os sushis ficam à mostra para as opções de self-service, como
também tem os pedidos à la carte, que são feitos na cozinha interna por sushimans.
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Neste estudo de referência são levados em consideração os elementos internos de
arquitetura de interiores, quanto à disposição do layout, visto que o Tenkô possui dimensões
semelhantes às da temakeria projetada dentro do edifício multiuso em questão.
Figura 5: Restaurante Tenkô
Fonte: http://www.revistadeguste.com/noticia/2414
3. ESTUDO DE REFERÊNCIA INDIRETO
Os estudos de referência indiretos foram aqueles efetuados através de material
bibliográfico com pesquisa na internet.
Aqui são realizados estudos da barbearia e estúdio de tatuagem, ambos quanto à
disposição dos ambientes internos para layout; loja de roupa como solução de fachada,
restaurantes Olivetto e Shiitake também como soluções de fachada para entrada do PUB, e
o restaurante Manish com o uso de elementos vazados sendo usados como destaque na
fachada.
3.1. Barbearia Corleone
Com inspiração nas antigas barbearias nova-iorquinas típicas de filmes da máfia das
décadas de 40, 50 e 60, a Barbearia Corleone (Figuras 06 e 07) traz a intenção de resgatar a
cultura masculina, que foi perdida ao longo dos anos, no qual os homens se encontravam
para fazer a barba à navalha e cortar os cabelos enquanto fumam charutos, bebem e
conversam.
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Localizada na esquina das ruas Doutor Renato Paes de Barros e Jesuíno Arruda, no
Itaim em São Paulo, e inaugurada há pouco mais de um ano, em 14 de julho de 2014, a
barbearia ocupa 150 metros quadrados decorada à caráter. O mobiliário é todo inspirado
nos anos 19, com poltronas e cadeiras de couro.
O local também possui um lounge onde estão as prateleiras e geladeiras de cerveja e
um balcão com choperias parar servir os clientes.
Figura 6: Barbearia Corleone
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/corleone/
Figura 7: Fachada da barbearia Corleone
Fonte: http://gq.globo.com/PromoGQ/noticia/2014/09/ambiente-masculino.html
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Neste estudo foi levado em consideração a disposição do ambiente quanto ao seu
plano de necessidades, projetando uma barbearia com o mesmo conceito e proposta, e para
isso, foi usado o layout da Corleone como referência.
3.2. Estúdio Tattoo You
O Tatto You está localizado em São Paulo na Avenida Doutor Cardoso de Melo, no
bairro Vila Olímpia. Esse foi o primeiro estúdio de tatuagem de São Paulo, e foi criado em
1979 por Marco Leoni, um tatuador italiano que chegou ao Brasil para divulgar seu trabalho
artístico.
Ao longo dos anos, o estúdio foi garantindo cada vez mais lugar no mercado, e
vencendo os preconceitos sofridos. Hoje, a Tattoo You possui o maior número de estilos e
arte de vanguarda. Desde setembro de 2001 o Tattoo You abriu outra loja localizada na Rua
Tabapuã, em um novo estúdio, moderno e com grande infraestrutura.
Nesse projeto, o estúdio conta com uma sala de espera, uma recepção, venda de
artigos de roupa, e duas salas de tatuar (Figura 08). Além disso, possui um segundo
pavimento que abriga toda a parte de serviços. Esse plano de necessidades, além do estilo
conceitual aplicado na arquitetura de interiores, foi fundamental como referência para a
projetação do estúdio de tatuagem no edifício em questão, que busca trazer a mesma
proposta do Tatto You, um estilo clássico e inovador.
Figura 8: Estúdio Tattoo You
Fonte: http://www.tattooyou.com.br/home/index/pagina/1077/classictattooyou
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3.3. Loja Club Mix
A Club Mix é uma Multimarcas de oportunidades que foi fundada em 1988, e está
localizada na Rua Costa Aguiar, no bairro do Ipiranga em São Paulo.
Além de prover de lançamento de produtos de grandes marcas, a loja possui um
diferencial que consiste na disponibilização de roupas e acessórios da moda, de coleções
passadas e peças com leves defeitos, cujos preços são bastante reduzidos.
Sua fachada (Figura 09) é marcada pelo uso de vidro, estruturas de alumínio e uso de
bastante verde presente pelas trepadeiras. Além disso, internamente conta com um vão
único onde estão distribuídas as peças de roupas, vestuário e recepção.
Esse tratamento na fachada é interessante e será reproduzido como referência na
fachada do edifício em questão, com o uso das trepadeiras (que são elementos interessantes
inclusive para amenizar o ganho térmico na fachada) e materiais metálicos, além da
transparência usada nos vidros.
Figura 9: Fachada da loja Club Mix
Fonte: http://www.clubmix.com.br/club-mix/
3.4. Restaurante Olivetto
O restaurante Olivetto fica localizado em Cambui, Campinas/SP, e tem por objetivo
atender determinado público, os apreciadores da alta gastronomia. A cozinha internacional
se destaca pela diversidade de seus produtos e pela apresentação dos pratos.
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A estrutura é composta por extensas paredes de vidro e amplo terraço que permitem a
integração entre as áreas internas e as externas, além de garantir a luminosidade.
Sua fachada imponente e aconchegante (Figura 10) faz uso de madeira, vidro,
revestimentos e bastante verde presente no paisagismo, com um módulo de saliências e
reentrâncias, resultando num restaurante rústico e bastante aconchegante.
Aqui, a referência é reproduzida na fachada no edifício em questão, com o uso de
bastante transparência e do jogo de volumes retangulares combinados com o verde
presente no paisagismo.
Figura 10: Fachada do restaurante Olivetto
Fonte: http://portal.rac.com.br/noticias/index_teste.php?tp=glamour&id=/80387&ano=/2011&mes=/04&dia=/12
3.5. Restaurante Shiitake
O restaurante Shiitake, é um restaurante de culinária japonesa projetado pela
arquiteta Natália Veloso, e está localizado na Rua do Império, no bairro de Santa Cruz, Rio de
Janeiro.
A arquitetura transformou os 404 m² da edificação existente e inseriu elementos que
remetem ao tema oriental, como as ripas de madeira, utilizadas para definir os espaços das
mesas do salão principal, criando um cenário sofisticado e dando a sensação de movimento.
A edificação possui cinco áreas distintas, sendo elas: espera, bar, restaurante, sushi-
bar e ambiente externo. Todos os ambientes são integrados, sem barreiras visuais entre
eles, cuja diferenciação se dá por meio da decoração dos espaços.
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O restaurante é um espaço atemporal, porém aconchegante com elementos de
decoração que humanizam os ambientes, e ao mesmo tempo dão forma a um local refinado.
Dentre tantos pontos interessantes presentes nesse restaurante, foi usado aqui como
referência apenas o detalhe na fachada presente na foto (Figura 11), que conta com um
espaço com mesas guardados com um guarda-corpo de alumínio e vidro, com um detalhe
recuado para abrigar um pequeno jardim iluminado indiretamente, dando um toque
especial na fachada. Para a entrada do PUB no edifício em questão, essa referência será
observada.
Figura 11: Fachada do Restaurante Shiitake
Fonte: http://www.anualdesign.com.br/centrodobrasil/projetos/1988/restaurante-shiitake/
3.6. Restaurante Manish
O restaurante Manish (Figura 12) é um restaurante de culinária árabe localizado em
Itaim BiBi, São Paulo. O Projeto é datado de setembro de 2010 com sua conclusão somente
em maio de 2011. Foi projetado pelos arquitetos Omar Dalank, Victor Castro e Carol Kaphan
Zullo, com os colaboradores Fellipe Nascimento, Gabriel Ribeiro, Marcell Alencar e Marilu
Ângela.
O restaurante é composto na parte social por varanda, salão e espera, todos dispostos
entre muxarabis e arabescos, que são elementos derivados da cultura árabe e que se
destacam tanto na fachada quanto no interior da edificação. Para tanto, esses elementos
construtivos foram os principais para a definição do partido arquitetônico.
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O projeto também conta com uma claraboia no centro do pátio, que permite a entrada
da luz natural, que em conjunto com o paisagismo, traz um efeito incrível de luz e sombra,
bastante agradável para o usuário.
Figura 12: Projeto do Restaurante Manish
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-86123/restaurante-manish-slash-odvo-arquitetura-e-urbanismo-e-minima
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3.7. L’Oreal Paris
A fachada da L’oreal (Figura 13), localizado em Nova York, foi ponto crucial para a
realização de um elemento vazado com vidro e uma iluminação por trás, para dar um efeito
bastante diferenciado na fachada do edifício a ser projetado.
Na figura a seguir notamos a fachada tanto no período diurno quanto noturno, onde
neste último é utilizada uma luz amarelada proveniente do próprio interior da loja, causando
destaque e beleza.
Figura 13: Fachada L'oreal Paris
Fonte: http://www.archiscene.net/firms/office-buildings/loreal-products-company-iamz-design-studio/
3.8. BH Parklets
O primeiro projeto do BH Parklets fica localizado em Belo Horizonte no cruzamento da
rua Antônio de Albuquerque com a rua Sergipe, na Savassi. Se trata de uma robusta
estrutura de madeira com cadeiras, bancos, mesas, jardim e bicicletário (Figura 14), mas que
foi instalada no local somente por algumas horas, e que foi suficiente para chamar a atenção
da vizinhança e dos transeuntes.
Os Parklets são pequenas extensões da calçada, tal como praças, que ocupam o espaço
destinado a carros. As possibilidades de uso são diversas, podendo ser usadas como espaços
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de leitura, encontros ao ar livre, atividades escolares, reuniões de grupo manifestações
artísticas, áreas para uso de internet wifi, dentre tantos outros.
(http://www.zasloja.com.br/vamos-ao-parklet/)
Figura 14: BH Parklets
Fonte: http://www.zasloja.com.br/vamos-ao-parklet/
4. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ESTUDOS DE REFERÊNCIAS
Os estudos de referência aqui tratados trouxeram alguns rebatimentos no projeto em
questão de acordo com vários fatores, principalmente nos formais e funcionais. A tabela a
seguir traz esses possíveis abatimentos dos estudos de referência projetuais para o projeto
que foi desenvolvido.
Tabela 1: Rebatimento dos estudos de referência no projeto
ESTUDO POSSÍVEIS REBATIMENTOS NO PROJETO
TENKÔ JAPANESE FOOD
Disposição mobiliário
Plano de necessidades
-
FOLIC Fundo da
vitrine Fachada -
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BARBEARIA CORLEONE
Plano de necessidades diferenciado
Conceito Disposição mobiliário
ESTÚDIO TATTOO YOU
Disposição mobiliário
Plano de necessidades
Conceito
LOJA CLUB MIX Fachada moderna
Paisagismo Disposição mobiliário
RESTAURANTE OLIVETTO
Volumes diferenciados
Paisagismo Rusticidade
RESTAURANTE MANISH
Paisagismo Elementos
vazados Plano de
necessidades
L’OREAL PARIS Elementos
Vazados Iluminação -
BH PARKLETS Disposição de
layout Paisagismo Cores
Fonte: elaborado pela autora (2015)
No que se refere à composição volumétrica, o Restaurante Olivetto oferece uma
proposta interessante por apresentar uma riqueza de saliências e reentrâncias na sua
fachada, além de trazer bastante transparência e uso do paisagismo na sua composição. O
Restaurante Munish, que traz os elementos vazados como destaque, é uma excelente opção
para diferenciação do edifício, além de trazer sombreamento sem, no entanto, perder o
contato com o exterior.
Alguns elementos mais pontuais, tais como as lojas em específico, oferecem
referências voltadas para seu próprio uso. A Loja Club Mix, por exemplo, traz uma proposta
de loja mais contemporânea, com uso de metal e vidro na fachada, além do uso de
trepadeiras para dar um charme e ao mesmo tempo proteger a fachada do ganho térmico.
Essa ideia entra bem em acordo com o que se propõe para o edifício, visto que se pretende
que ele ofereça serviços diferenciados, com arquitetura contemporânea e paisagismo
compondo tanto a fachada quanto no seu interior.
O Estúdio Tattoo You traz uma proposta bem conceitual, cuja arquitetura remete aos
anos 40. O rebatimento deste para o projeto em questão foi na sua proposta conceitual e no
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 36
seu plano de necessidades, que conta também com uma pequena sala que serve também
como hall de passagem para a venda de artigos, tais como camisetas e bonés, com marcas
que traduzem o estilo da loja.
Quanto à Barbearia Corleone, esta apresenta uma idéia bem conceitual, que traz de
volta os costumes masculinos dos anos 50, e para tanto, traz como proposta uma
arquitetura dessa época. Os rebatimentos usados para o projeto são seu plano de
necessidades bem diferenciado que vai além de um espaço destinado apenas para corte de
cabelo e barba, com a introdução de um bar e cozinha que oferte cervejas importadas e
petiscos, além de um espaço para mesas e cadeiras.
Com a idéia de se criar um elemento de destaque na fachada, foi necessário buscar
uma referência que obtivesse o que estava sendo procurado, e para tanto, a fachada da
L’oreal Paris veio bastante de acordo com o que se pretendeu desde o início. Um elemento
vazado que alterar cheios e vazios, no qual tais vazios são preenchidos com vidros
estampados, com uma iluminação por trás, dando um efeito visual bastante agradável.
Os parklets são estruturas muito interessantes que proporcionam uma forte relação
entre o usuário e a cidade através da criação de pequenas praças em locais que seriam
destinados a vagas de estacionamento. Portanto, tomando como base o projeto em
questão, o uso de parklets na calçada do edifício virá para tornar mais íntima essa relação
com o usuário, convidando ainda mais o público a frequentar o empreendimento.
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PARTE III – CONDICIONANTES PROJETUAIS
5. CONCEITO
Foi pensando em se obter uma edificação com diversos usos que permitam que o
mesmo funcione durante todos os turnos do dia, que se criou o conceito desse projeto: um
edifício multifuncional com unidades fixas e diferenciadas e que atendam a todos os gostos,
com atividades que englobam: comer e beber, se cuidar, comprar, e se divertir.
Uma peculiaridade nesse projeto é que alguns usos se interligam dependendo do
turno do dia. As lojas em geral funcionam durante o horário comercial, enquanto que o PUB
e o restaurante funcionariam a noite. No horário comercial, a barbearia se estende, fazendo
uso do espaço de espera da recepção do PUB, e à noite, o PUB faz uso do espaço da
barbearia, com serviços de salão para quem desejar se produzir antes da festa.
O nome do projeto foi o resultado do uso misto, que em inglês é mixed use, e para este
caso se resumiu a mixed, com o bairro em que o edifício está inserido, Petrópolis, resultando
em: Petrópolis Mixed.
6. METODOLOGIA PROJETUAL
As metodologias projetuais discorrem sobre o desenvolvimento do projeto, tal como
MAHFUZ (1995) apud TRICHEZ et al. (2011), cuja metodologia se inicia com uma fase
analítica, onde são definidos os problemas de acordo com as necessidades pragmáticas, a
herança cultural, características climáticas e do sítio e recursos materiais disponíveis.
Segundo ele, esse processo é iniciado através da interpretação e organização das
informações para o desenvolvimento propriamente dito.
Já com relação a SILVA (2006) apud TRICHEZ et al. (2011), o projeto arquitetônico é
uma proposta de solução para um problema particular que é desenvolvido em cinco fases:
tradução sintética do problema particular de organização do entorno humano em um
programa, proposição de solução, definição de uma forma construtível, descrição da forma,
e exposição das prescrições para execução.
A metodologia projetual usada para este projeto se baseou nos autores citados,
principalmente na definição do problema e programa, passando pelos seguintes passos:
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definição do tema, definição das diretrizes projetuais e do programa de necessidades, a
partir de um pré-dimensionamento baseado nos estudos de referência, a escolha do
terreno, o zoneamento feito a partir do estudo dos condicionantes legais e ambientais, e o
estudo volumétrico para em seguida ser feita a planta dos pavimentos. A planta baixa sofreu
algumas alterações ao longo do processo, mas que será detalhado no tópico da evolução
projetual. Com as plantas de todos os pavimentos definidas, aprimorou-se a volumetria
através do programa Sketchup e depois de pronto foram feitos os cortes e fachadas.
7. UNIVERSO DE ESTUDO
O universo de estudo para este projeto é a cidade de Natal, localizada no estado do Rio
Grande do Norte. Levando em consideração que a proposta do edifício conta com uma
multiplicidade de usos, e cujo enfoque é o projeto conceitual que contém um Pub como
elemento principal, buscou-se um bairro que fosse adequado para receber esse tipo de
empreendimento, possuísse o uso comercial predominante aos demais, além de ser um
bairro nobre dentro da cidade.
Dentre as opções, Capim Macio, Ponta Negra, Petrópolis e Tirol foram os que se
encaixaram nos pré-requisitos. Contudo, Petrópolis se mostra um bairro mais estruturado
para receber a proposta, como também mais adequado, visto possuir bastantes
empreendimentos diversos, que atraem população de todos os bairros, e com projetos
comerciais mais ousados, com uma arquitetura mais despojada, quando comparada aos
demais bairros.
7.1. Bairro Petrópolis
Petrópolis é um bairro nobre da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e
está localizado na Zona Leste (Figura 15). É nesse bairro que se tem a melhor qualidade de
vida da cidade, e esse quadro é mostrado desde a época em que foi criado, pois foi
destinado primordialmente a abrigar as elites. Tanto as ruas quanto as largas avenidas dão
um ar de modernidade ao bairro, fator que diferencia Natal das demais cidades do Nordeste
(Wikipédia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3polis_Natal, 2014).
Até hoje Petrópolis atrai a elite no âmbito da moradia, que desde a sua criação vem
encarando a verticalização, além da atração de lojas e empreendimentos de alto padrão.
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Petrópolis e Tirol, seu bairro vizinho, concentram as maiores rendas médias, chegando a
350% da renda média do município e mais de 240% da renda da Região Administrativa da
Zona Leste (Wikipédia, 2014, https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3polis_Natal).
Além disso, os dois bairros apresentam um dos mais altos preços imobiliários, tendo
em vista os seus atributos, tais como: elementos paisagísticos de grande valor, boas
condições relativas ao provimento de infraestrutura e serviços públicos, localização central e
fácil acesso a todas as partes da cidade, além do status social e da qualidade de vida. Todos
estes fatores citados fazem de Petrópolis um dos bairros mais procurados e vantajosos para
se morar.
Figura 15: Mapa esquemático da localização do bairro de Petrópolis
Fonte: www.google.com.br (2015), modificado pela autora
7.2. Possíveis terrenos
Para a escolha do terreno, foram selecionados inicialmente três lotes vazios no bairro
e a partir daí foram feitas as análises de cada um deles para em seguida ser feita a escolha
de apenas um.
Poucos são os terrenos realmente vazios no bairro. Desses, foram selecionados três
terrenos que apresentam um porte maior e que estão localizados em ruas principais, de
forma que o empreendimento seja visto mais facilmente.
O terreno 01 está localizado na rua Trairi (Figura 16), uma das principais vias coletoras
do bairro, e está posicionada entre duas residências e uma galeria de lojas de grife. O
terreno está próximo à Praça André de Albuquerque, à escola Estadual Atheneu, e à diversos
restaurantes nobres da cidade.
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Figura 16: Localização do terreno 01
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
O terreno 02 é um lote de esquina e está localizado na rua Trairi e Avenida Campos
Sales (Figura 17), bem próximo ao terreno 01, e dessa forma, com as mesmas proximidades
do terreno anterior. Ele está posicionado entre duas residências, sendo uma delas uma
edificação mista, que funciona também como ponto comercial.
Figura 17: Localização do terreno 02
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
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O terreno 03 está localizado na Avenida Afonso Pena (Figura 18), via Coletora II, e
está posicionado entre o estacionamento do Instituto de Radiologia, o estacionamento do
Centro de Endocrinologia de Natal e uma residência, esta última sendo localizada na parte
posterior do terreno. O lote está locado na frente do Instituto de Radiologia e ao Natal
Hospital Center, próximo ao Comando do 3º Distrito Naval, dentre outros locais.
Figura 18: Localização do terreno 03
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
Analisando os três terrenos propostos, observa-se que eles têm muito em comum, tal
como:
1. Dimensões semelhantes
2. Localizados em vias importantes dentro da cidade
3. Posicionados entre residências e pontos comerciais
4. Fácil acesso
Além desses fatores, alia-se o fato de estarem no mesmo bairro, numa área adensável,
e nesse caso, vários fatores tais como área de ocupação, coeficiente de aproveitamento e
gabarito máximo são os mesmos, com os valores finais alterados de acordo com a área de
cada terreno.
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Dessa forma, fazendo uma análise geral dos três terrenos, o terreno 02 acaba saindo
mais vantajoso aos demais pelo fato de ser um lote de esquina, o que possibilita um maior
ângulo visual e consequentemente sua maior visibilidade, o tornando mais perceptível ao
usuário que circula em tais vias. Além disso, a Rua Campos Sales apresenta uma qualidade
visual bastante superior às demais, com uma boa infraestrutura, plantas bem cuidadas,
asfalto preservado e limpo.
Todo o entorno é necessário para tornar o edifício mais valorizado, e dentre as opções,
o terreno 02 (Figura 19) se mostra mais qualificado para a proposta em questão.
Ainda assim, os outros lotes apresentam alguns pontos negativos, e que são suficientes
para o descarte deles na escolha definitiva do terreno. O lote 03, por exemplo, além de estar
em frente a dois hospitais, o que inviabiliza o uso do pub, está localizado num ponto de
intenso engarrafamento provocado pelos dois estacionamentos vizinhos a ele, causando um
acesso dificultado em horários comerciais e de pico. Enquanto isso, o lote 01 possui uma
testada menor, o que faz com que o leque de possibilidades seja inferior para um edifício de
uso misto, além de questões referentes a estacionamento, que fica mais dificultado e
reduzido.
Figura 19: Vista do terreno escolhido
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
7.3. Entorno do terreno
O terreno está localizado na rua Trairi e na Avenida Campos Sales, importantes vias do
bairro Petrópolis, e próximo a ele, é possível encontrar a Escola Estadual Atheneu, a Praça
Cívica, vários restaurantes; hospitais, bancos, lojas, postos de gasolina, centros empresariais
e edifícios residenciais.
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Seu entorno imediato é na maioria comercial pela Avenida Campos Sales, e residencial
pela rua Trairi. Não possui uma alta densidade de edifícios verticais, porém, na parte
posterior e lateral do terreno existem dois prédios residenciais que limitam um pouco a
amplitude visual do terreno escolhido, no entanto, as ruas largas e uma fachada livre voltada
para a Avenida Campos Sales, minimizam esse efeito.
Figura 20: Vista aérea da localização do terreno dentro do bairro de Petrópolis
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
No que se refere ao trânsito, sua análise nas imediações do terreno escolhido foi
obtida através do recurso do Google Maps, que mostra o trânsito em todos os horários do
dia, podendo ser escolhido em tempo real ou típico. Para a análise em questão, foi escolhido
o trânsito típico, sendo separados por horários de pico e horários de não-pico, devido ao
horário comercial, e para tanto, a segunda-feira e a sexta-feira foram escolhidas para
representar os dias de semana. Outra análise foi feita de 22h, horário de funcionamento do
Pub com o restaurante, que deverá funcionar de terça a sábado, e para este caso, usou-se a
quinta-feira para representar os dias de semana, e sexta-feira e sábado para o final de
semana.
O mapa de trânsito possui um dégradé de cores que englobam o verde, o laranja, o
vermelho e o vinho, que vai do trânsito rápido ao lento, nessa ordem, e a marcação em
amarelo representa o terreno escolhido.
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a) Horários de pico (dias de semana)
SEGUNDA (8h, 12h, 18h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
SEXTA (8h, 12h e 18h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
b) Horários de não-pico (dias de semana)
SEGUNDA-FEIRA (10h, 14h, 16h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
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SEXTA-FEIRA (10h, 14h, 16h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
c) Horários de pico (final de semana)
SÁBADO (8h, 12h, 18h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
d) Horários de não-pico (final de semana)
SÁBADO (10h, 14h, 16h, respectivamente)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
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e) Horário noturno (dias de funcionamento do Pub)
QUINTA-FEIRA, SEXTA-FEIRA E SÁBADO (22h)
Fonte: maps.google.com.br (2015), modificado pela autora
Fazendo uma análise de todos os estudos feitos, observou-se que nas proximidades
do terreno escolhido, as cores predominantes em todos os horários propostos foram verde e
laranja, classificando o trânsito como rápido, sendo um pouco menos nos horários de pico
durante os dias de semana.
7.4. Aspectos físicos e ambientais do terreno
Os aspectos físicos e ambientais do terreno são importantes fatores que antecedem o
projeto arquitetônico, pois são condicionantes determinantes para as soluções projetuais,
de forma a tornar o projeto mais eficiente e funcional.
7.4.1. Topografia e dimensões
O terreno apresenta uma geometria retangular, com dimensões que giram em torno
de 35x22m. Sua topografia é totalmente plana, tal como mostra a figura 21.
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Figura 21: Dimensões do terreno
Fonte: elaborado pela autora (2015)
7.4.2. Aspectos Bioclimáticos
De acordo com a disposição do terreno, tal como mostra a Figura 22, os ventos
predominantes atingem a fachada que fica na rua Trairi, e o sol nascente e poente
percorrem as maiores fachadas do terreno: a da Avenida Campos Sales e da parte posterior.
Figura 22: Aspectos bioclimáticos do terreno
Fonte: elaborado pela autora (2015)
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Através do software Google Sketchup 2015, foram feitas análises do percurso do sol
com uma modelagem básica das edificações vizinhas, contando o pé direito como sendo 3m
para poder definir as alturas de cada edifício. Foi feito também um georreferenciamento
para colocar o terreno na posição exata de forma que os resultados sejam os mais reais
possíveis.
Os estudos foram separados entre: solstício de verão, equinócio e solstício de inverno.
E em todos eles, as análises foram feitas às 08h, 13h e 17h, contemplando os horários de
manhã, tarde e final de tarde.
MARÇO (08h/13h/17h, respectivamente):
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Google Sketchup (2015)
JUNHO (08h/13h/17h, respectivamente):
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Google Sketchup (2015)
SETEMBRO (08h/13h/17h, respectivamente):
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Google Sketchup (2015)
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DEZEMBRO (08h/13h/17h, respectivamente):
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Google Sketchup (2015)
Dessa forma, observa-se que em todos os períodos demonstrados, as fachadas
voltadas para a rua recebem insolação no período da tarde, sendo necessárias medidas de
proteção da radiação no projeto. Enquanto que no período da manhã, as duas fachadas
recebem sombreamento proveniente do edifício vertical vizinho ao lote.
Deste modo, foi feito um estudo de sombreamento no programa Solar Tool para saber
a melhor forma de sombrear a fachada voltada para a Avenida Campos Sales, sendo usada
uma marquise como elemento de proteção horizontal, seguida de brises, funcionando como
elemento de proteção vertical, tal como demonstrado na figura 23. A máscara de sombra
mostra o sombreamento proporcionado pelos elementos de proteção para a fachada da
Avenida Campos Sales.
Figura 23: Estudo de sombreamento no Solar Tool
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 50
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Solar Tool (2015)
7.4.3. Ruído
O nível de ruído no bairro de Petrópolis no período diurno varia de 47dB a 74dB
(Figura 24), sendo os baixos níveis observados entre as edificações e os mais altos níveis nas
avenidas principais, tais como Salgado Filho, Prudente de Morais e Deodoro da Fonseca,
causado pelo alto fluxo de veículos observados nesse período do dia.
O terreno está destacado em vermelho na imagem, e no seu entorno existe uma
prevalência nos tons verdes mais escuros, compreendendo a faixa de 68dB a 71dB,
considerando um nível de ruído elevado. Neste sentido, observa-se que as vedações do
edifício, assim como principalmente as esquadrias devem isolar acusticamente os ruídos
externos, de forma a proporcionar conforto acústico para os usuários dos ambientes. Da
mesma maneira, os ruídos provenientes do uso do PUB, devem ser isolados para o exterior.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 51
Figura 24: Ruído diurno no bairro de Petrópolis, com destaque do terreno em vermelho
Fonte: CORTÊS, 2013
8. CONDICIONANTES LEGAIS
Antes da elaboração de um projeto arquitetônico, é necessário entender os
condicionantes legais vigentes na cidade. Neste tópico, serão apresentados o Plano Diretor,
Código de Obras e outras legislações cabíveis ao projeto em questão.
8.1. Plano Diretor
O terreno escolhido para abrigar o projeto do Trabalho Final de Graduação é um lote
de esquina e está localizado na rua Trairi com a rua Campos Sales, no bairro de Petrópolis.
Levando em consideração que o produto deste Trabalho será um projeto de arquitetura de
uso misto, é necessário conhecer todos os condicionantes legais prematuramente para a
partir de então começar o projeto.
Dessa maneira, o lote escolhido está inserido em uma Zona Adensável, ou seja,
“aquela onde as condições do meio físico, a disponibilidade de infraestrutura e a
necessidade de diversificação de uso, possibilitem um adensamento maior do que aquele
correspondente aos parâmetros básicos de coeficiente de aproveitamento” (NATAL, Plano
Diretor).
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 52
Para tanto, os recuos permitidos para este tipo de zona, de acordo com o Plano Diretor
de Natal, são equivalentes a:
Recuo Frontal: 3+H/10
Recuo Lateral: 1,50+H/10 (não exigido no 1º e 2º pavimento)
Fundo: 1,50+H/10 (não exigido no 1º e 2º pavimento)
O estacionamento pode estar incluso no recuo, desde que seja superior a 5m,
contando com áreas de passeio. Quanto às vagas, admite-se dimensões de até 2,40x4,50m e
são necessárias vagas destinadas a pessoas portadoras de deficiência. É preciso prever
também carga e descarga, visto que o edifício multifuncional necessitará de reposição de
materiais.
O coeficiente máximo de aproveitamento para este bairro é de 3,5. A taxa de
ocupação é determinada em função da área resultante da aplicação dos recuos, já
mencionados anteriormente. A taxa de impermeabilização possui uma máxima de 80%
(Artigo 31, Capítulo III). E o Gabarito permitido é de até 90m (parágrafo 2, Artigo 29, Capítulo
III – Das prescrições urbanísticas em geral).
8.2. Código de Obras
O Código de Obras de Natal (2004) é um instrumento legal que trata a relação do
edifício com o meio urbano, e tem como um de seus objetivos garantir que o espaço
edificado possua padrões de qualidade que satisfaçam as condições mínimas de segurança,
conforto, higiene e saúde dos usuários e dos demais cidadãos.
No que se refere à hierarquia das vias, a rua Trairi é Coletora I (distribui fluxo local e
estrutural), enquanto que a Campos Sales é Coletora II (Apoia circulação de estruturas).
Já com relação às edificações que geram tráfego, de acordo com o Código de Obras de
Natal, o projeto em questão se encaixa no quesito “Serviços públicos em Geral”, dando-lhe a
necessidade de haver embarque e desembarque, e lixo, além de prever 01 vaga a cada
40m², porém, para o serviço de “Restaurante, salão de festas, boates, etc”, exige 01 vaga a
cada 15m² de área quadrada de público. Quanto às vagas, admite-se dimensões de até
2,40x4,50m e são necessárias vagas destinadas a pessoas portadoras de deficiência. Quanto
ao lixo, está previsto compartimento para disposição de resíduos sólidos dentro do lote com
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 53
acesso externo para via pública (Art. 180, capítulo VII – Da tecnologia ambiental
sustentável).
A calçada em volta do lote deve ter no mínimo 1,20m de largura, e o projeto deve
permitir acessibilidade para deficientes (portas com vão livre de 80cm, corredor com largura
mínima de 1,20m). Caso haja a necessidade do uso de marquise, esta deverá possuir altura
mínima de 2,50m e balanço 2/3 da largura da calçada.
No que se refere ao estacionamento, foi pensado em um terreno extra próximo ao
edifício (Figura 25) destinado somente a tal uso, com distância de 77m entre eles, sendo
necessário, portanto, serviço de manobrista. O terreno fica localizado na Rua Trairi e possui
dimensões de 15,51 x 42,60m e possui capacidade de 30 vagas.
Figura 25: Localização do terreno para estacionamento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 54
8.3. Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do
Estado do Rio Grande do Norte e NBR 9077
Este Código de Segurança também conhecido como Código de Bombeiros, tem por
objetivo estabelecer os critérios indispensáveis para a segurança contra o incêndio nas
edificações localizadas no Estado do RN. As exigências aqui contidas visam “garantir os
meios necessários ao combate ao incêndio, evitar ou minimizar a propagação do fogo,
facilitar as ações de socorro e assegurar a evacuação segura dos ocupantes das edificações”
(RIO GRANDE DO NORTE, 2001, Art 2º).
Tais objetivos só serão cumpridos “através de exigências mínimas quanto à localização,
arranjo físico, e construção das edificações aliadas a instalação de sistemas de detecção,
alarme e combate a incêndio” (RIO GRANDE DO NORTE, 2001, Art 3º). De tal modo, todas as
especificações contidas neste código são aplicáveis a todas as edificações, sejam elas de
construção, reforma, ampliação, regularização ou mudança de ocupação.
Levando em conta o edifício em questão, o Código de Segurança classifica-o como
Ocupação Comercial, que são edificações destinadas a usos de escritórios, incluindo agências
bancárias, serviços de assessoria, consultoria, lojas, magazines, centros de compras
(“shoppings centers”), depósitos, supermercados, restaurantes (sem possuir “boite”), bares,
lanchonetes, oficinas sem pátio de permanência, depósitos, centros atacadistas,
transportadoras, serviços diversos e similares (RIO GRANDE DO NORTE, 2001, Art 6º, II).
No Art 7º do Capítulo V – das exigências dos dispositivos de proteção contra incêndio,
a Seção II que fala da ocupação comercial, mista e pública, o ítem III fala que são
necessários:
a) Prevenção fixa (hidrantes) nas edificações classificadas no risco “C”;
b) Prevenção móvel (extintores de incêndio);
c) Chuveiros automáticos (sprinkler), nas dependências de risco “C”;
d) Iluminação de emergência;
e) Sinalização;
f) Escada convencional.
Com relação à escada convencional, esta deverá atender às seguintes exigências:
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 55
a) As portas quando abrirem para a circulação, não diminuirão, durante a abertura, a
largura mínima exigida;
b) Os lances serão retilíneos, não se permitindo degraus em leque;
c) Os pisos dos degraus ou patamares serão revestidos com materiais
antiderrapantes;
d) A dimensão dos degraus deverá obedecer a regra seguinte: a soma de duas alturas
(espelhos) e uma largura (piso) dos degraus deve estar entre sessenta e três e
sessenta e quatro centímetros (63 e 64 cm), sendo que a altura máxima será de
dezessete centímetros (17 cm), e o piso com largura mínima de vinte e oito
centímetros (28 cm);
e) A altura máxima entre patamares consecutivos será de dois metros e setenta
centímetros (2,70 m);
f) A largura mínima da escada deverá ser de um metro e vinte centímetros (1,20 m),
compreendendo o espaço necessário para duas unidades de passagem e instalação
de corrimãos;
g) Corrimãos em ambos os lados com altura entre setenta e cinco e oitenta e cinco
centímetros (75 a 85 cm) do piso, fixados na face interior, largura máxima de seis
centímetros (6,0 cm) com afastamento de quatro centímetros (4,0 cm) da face das
paredes;
h) A distância máxima a ser percorrida para atingir a escada deverá ser menor ou
igual a vinte e cinco metros (25 m) em edifício residencial ou quinze metros (15 m)
nos edifícios comerciais;
i) Deverá existir em todos os pavimentos acesso livre, através de área de uso comum,
entre o hall de serviço e o hall social, exceto nas edificações que possuam elevador
de segurança.
De acordo com o Art 18 do Capítulo VIII, a proteção contra incêndio de uma edificação
envolve um conjunto de dispositivos capazes de atingir os seguintes objetivos:
a) Minimizar a incidência de incêndios;
b) Detectar o incêndio ainda no seu início;
c) Evitar propagação do incêndio;
d) Garantir o escape seguro de seus ocupantes;
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 56
e) Facilitar as ações de combate ao incêndio e o salvamento de pessoas.
Um complemento para esta lei é a NBR 9077, que tem por objetivo fixar as condições
exigíveis que as edificações devem possuir, tais como o abandono da edificação pelos
usuários de forma totalmente protegida em sua integridade física, e possibilitar o fácil
acesso dos bombeiros para o combate ao fogo e a retirada da população.
Para que estes objetivos sejam atingidos, é necessário projetar as saídas comuns da
edificação de forma que sirvam também como saída de emergência. A NBR classifica este
último como sendo acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas,
quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas. Sua
dimensão é calculada em função da população da edificação.
O Cálculo é dado pela fórmula: N=P/C, onde N=número de unidade de passagem,
arredondado para um número inteiro; P=População; C=Capacidade da unidade de passagem.
8.4. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos
A NBR 9050 tem por objetivo estabelecer “critérios e parâmetros técnicos a serem
observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e
de edificações às condições de acessibilidade” (ABNT, 2015). Além disso, a norma “visa
proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do ambiente,
edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior quantidade possível de
pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. ”
(ABNT, 2015).
Dessa forma, o projeto do edifício multifuncional deve ser todo voltado para a
acessibilidade de acordo com esta norma, já que o mesmo deverá ser utilizado por públicos
diversos, não devendo haver exclusão.
Para tanto, a acessibilidade será desenvolvida neste projeto nos acessos e circulação,
visto que haverá um elevador para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
poderem fazer o acesso vertical do edifício, haverá também banheiros adaptados, vaga para
cadeirantes, rampas de acesso e circulação com dimensões mínimas suficientes para o
acesso facilitado por eles.
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Portanto, para a realização dessas dimensões, foram levados em conta as imagens
(Figura 26) dispostas na NBR 9050 demonstradas a seguir:
Figura 26: Dimensões necessárias para pessoas portadoras de deficiência e mobilidade reduzida
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Fonte: ABNT NBR 9050 (2015)
9. CONDICIONANTES FUNCIONAIS
Este item aborda as definições dos condicionantes preliminares necessários para a
projetação do edifício em questão.
9.1. Zoneamento do terreno
Após os estudos feitos sobre os condicionantes legais e ambientais do terreno, foi
possível, com as informações colhidas, fazer um diagrama ilustrativo a respeito do seu
zoneamento.
Figura 27: Zoneamento do terreno
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Com o terreno disposto na esquina de duas ruas importantes, foi pensado em duas
frentes de entrada, com lojas voltadas para a Avenida Campos Sales, o PUB voltado para a
Rua Trairi e a barbearia na esquina, fazendo parte de ambas, com posição de destaque na
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 59
fachada. Com os estudos de insolação feitos anteriormente, ambas as fachadas principais
recebem insolação em boa parte do dia durante todas as estações do ano, portanto, será
necessário pensar em soluções de sombreamento para esses dois lados.
Como o edifício é multifuncional, com usos comercial e de serviço, foi necessário
pensar numa entrada exclusiva para funcionários e mercadorias, por este motivo, o local
para carga e descarga foi posicionado próximo a esta entrada, que deverá ser feita
preferencialmente antes do expediente para evitar atrasos no serviço.
9.2. Zoneamento do edifício
O zoneamento vertical do edifício conta com quatro pavimentos, no qual os dois
primeiros pavimentos devem abrigar três lojas e uma barbearia com mezanino, onde na
parte de cima abrigará a sala administrativa e a copa de uso dos funcionários e cozinha onde
precisar, além de abrigar também a recepção do PUB, onde será feito o serviço tanto de
entrada quanto de saída, com recebimento de comandas e pagamento, respectivamente.
Além disso, no pavimento térreo e primeiro pavimento haverá uma circulação horizontal
que fará a comunicação da rua com a parte de trás do edifício.
O PUB tomará conta de todo o terceiro pavimento, e dele, haverá um acesso para um
restaurante localizado no mezanino com vista privilegiada para o palco.
Figura 28: Zoneamento do edifício
Fonte: elaborado pela autora (2015)
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 60
9.3. Programa de Necessidades
A proposta deste edifício traz usos diferenciados que permitam seu funcionamento
durante todos os turnos do dia, e para tanto buscou-se um programa de necessidades
diferenciado de forma a atrair a clientela, tornando possível sua intensa movimentação.
Decidido o programa de necessidades foi feito o pré-dimensionamento, que foi obtido
através das pesquisas de mercado realizadas, do Código de Obras de Natal, do Código de
Segurança e Prevenção Contra Incêndio do Estado do Rio Grande do Norte, da NBR 9077, e
do livro Arte de Projetar em Arquitetura de NEUFERT.
Tabela 2: Programa de necessidades e pré-dimensionamento
PROGRAMA DE NECESSIDADES PRÉ-DIMENSIONAMENTO
LOJA DE ROUPAS
- ÁREA DE EXPOSIÇÃO Variável
- BALCÃO DE ATENDIMENTO 4,00m²
- ADMINISTRAÇÃO 8,00m²
- ESTOQUE 2,00m²
- PROVADORES 1,20m²
- BANHEIRO 2,88m²
- COPA 10,00m²
- VITRINE 2,00m²
ESTÚDIO DE
TATUAGEM
- SALA DE ESPERA Variável
- BALCÃO DE ATENDIMENTO 4,00m²
- SALAS INDIVIDUAIS DE TATUAR 8,00m²
- BANHEIRO 2,88m²
- ADMINISTRAÇÃO 8,00m²
- COPA 10,00m²
TEMAKERIA
- SALÃO Variável
- COZINHA Variável
- BALCÃO DE ATENDIMENTO Variável
- ADMINISTRAÇÃO 8,00m²
- BANHEIRO 2,88m²
BARBEARIA
- COPA 10,00m²
- BALCÃO PARA SERVIR Variável
- SALÃO DE CONVIVÊNCIA Variável
- BALCÃO DE ATENDIMENTO 4,00m²
- BANHEIRO 2,88m²
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 61
- ADMINISTRAÇÃO 8,00m²
- ÁREA PARA CORTE Variável
PUB
- BANHEIRO 2,88m²
- BALCÃO BEBIDAS Variável
- SALÃO PRINCIPAL Variável
- ADMINISTRAÇÃO 8,00m²
- RECEPÇÃO Variável
- PALCO Variável
- CABINE DJ 1,50m²
- ÁREA DE ESPERA Variável
RESTAURANTE - COZINHA Variável
- BANHEIRO 2,88m²
- SALÃO Variável
Fonte: elaborado pela autora (2015)
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PARTE IV – PROPOSTA PROJETUAL
Nesta parte será abordado a concepção projetual, tal como os princípios e premissas, o
partido arquitetônico e a evolução da proposta.
10. CONCEPÇÃO PROJETUAL
10.1. Princípios e premissas
Para o desenvolvimento do projeto desse edifício, parte-se do princípio de que ele
deve funcionar durante todos os turnos do dia, tal como foi dito anteriormente no conceito.
A partir disso, foram escolhidos usos que pudessem funcionar em horário comercial, e usos
que funcionassem no terceiro turno, a fim de cumprir com a proposta inicial.
Sendo escolhido o Pub como o uso do terceiro turno, é necessário que a edificação
possua soluções acústicas suficientes para que o som gerado se propague o mínimo possível
para o exterior do edifício, não incomodando a vizinhança, até mesmo pela existência de
unidades residenciais próximas a ele.
A partir disso, algumas informações foram tomadas como premissas para o
desenvolvimento do projeto, tais como:
a) O terreno deve possuir usos diversos que possibilitem o seu funcionamento
durante todos os turnos do dia;
b) O edifício deve possuir uma estética contemporânea, sendo composto por blocos
que causam uma diferenciação formal na volumetria;
c) O edifício deve ser protegido da insolação por meio de soluções de proteção na
fachada;
d) O edifício deve conter uma solução acústica de modo a não propagar o som
emitido dentro do edifício para fora dele.
10.2. Partido arquitetônico
A partir dos princípios e premissas já citados e dos estudos de referências que foram
realizados, o partido arquitetônico foi definido como um anteprojeto de um edifício
multifuncional contemporâneo que possua usos distintos capazes de funcionar durante
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 63
todos os turnos do dia, englobando uso comercial e de serviço, além de possuir um
desempenho acústico satisfatório para evitar a poluição sonora causada pelo edifício,
causador de desconforto na vizinhança.
O anteprojeto busca uma estética contemporânea, com volumes que causem
saliências e reentrâncias na fachada, além da utilização de elementos vazados para dar
sombreamento sem perder a transparência e o contato com ao exterior.
A ideia também prima pela utilização de um único edifício, mas que o mesmo
apresente divisões na fachada que marquem os três usos diferentes: serviço, comércio e
lazer. Essa divisão é feita por elementos, por cores, ou por materiais. Além de todos esses
elementos, o paisagismo interage também o empreendimento de forma a fazer parte não
somente da fachada, mas como elementos de sombreamento e estética do mesmo.
10.3. Evolução da proposta
Com os princípios, premissas, partido arquitetônico e zoneamento definidos, foi
possível iniciar o desenvolvimento do projeto arquitetônico. A princípio, o projeto foi
pensado no diagrama de zoneamento já apresentado, de acordo com o Código de Obras e o
Plano Diretor de Natal. Nesse zoneamento foram definidas as vagas de estacionamento e
vaga para carga e descarga, como também o local para casa de lixo, e os recuos definidos de
acordo com a altura final do prédio. A área restante foi destinada ao edifício, tal como
mostra a Figura 29 a seguir:
Figura 29: Primeiro zoneamento do terreno
Fonte: elaborado pela autora (2015)
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 64
Partindo desse primeiro zoneamento, foi criado um plano de massas para orientar a
proposta, indicando as saliências e reentrâncias do edifício, resultando na imagem a seguir
(Figura 30):
Figura 30: Perspectiva do primeiro estudo volumétrico
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Essa primeira proposta volumétrica conta com um jogo de blocos que são delimitados
pelos seus usos, totalizando três blocos: o bloco das três lojas, o bloco da barbearia e o bloco
do Pub com o restaurante. Na imagem nota-se que foi criado um bloco que salta da
edificação para abrigar mesas e cadeiras, que devem ser utilizadas como área de espera,
ideia obtida através dos estudos de referência.
Foi criado também um elemento vazado que daria sombra para a fachada voltada para
a rua Trairi, porém, levando em conta que a fachada voltada para a avenida Campos Sales
estava desprotegida da incidência solar, foi necessário fazer ajustes no jogo volumétrico.
Partindo do princípio de que o estudo volumétrico ficou pré-definido, ressalvando
algumas pequenas alterações futuras de acordo com a definição final da planta baixa, o
estudo volumétrico foi seguido do zoneamento para a definição dos fluxos e planta do
edifício, de acordo com os usos propostos.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 65
10.3.1. Primeira Proposta
Dessa forma, a partir do zoneamento do edifício e do estudo volumétrico pré-
definidos, foi feito o primeiro desenvolvimento da planta baixa do edifício. Inicialmente, no
térreo (Figura 31) foram colocadas três lojas vizinhas, comportando uma loja de roupas, um
estúdio de tatuagem e uma temakeria respectivamente. Na esquina ficou posicionada a
barbearia, e ao lado a entrada do PUB com um terraço na entrada. Observa-se a presença de
uma escada no canto superior direito do projeto, que seria destinada à entrada exclusiva dos
músicos ao PUB.
Figura 31: Planta Baixa do térreo
Fonte: elaborado pela autora (2015)
No primeiro pavimento (Figura 32) foi colocada em todas as lojas uma sala
administrativa, uma copa e um lavabo. A barbearia também seguiu a mesma proposta, com
a substituição da copa por uma cozinha, enquanto que no PUB, o primeiro pavimento se
destinou a uma sala de espera.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 66
Figura 32: Planta baixa do primeiro pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
O segundo pavimento (Figura 33) ficou destinado ao salão do PUB, com o palco
localizado a esquerda, vizinho a ele um local para o equipamento de som, um espaço para
camarotes e o bar, onde serão servidos as bebidas e drinks. No canto superior, banheiros
feminino, masculino e um adaptado.
Figura 33: Planta Baixa do segundo pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
O terceiro e último pavimento (Figura 34) foi destinado ao restaurante, que tem
acesso restrito para quem está dentro do PUB, não sendo aberto aos demais públicos nem
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 67
em outros horários além do funcionamento da boate. Neste pavimento está localizado um
salão para comportar mesas e cadeiras, uma cozinha para preparo de alimentos e bebidas
do restaurante, um bar de apoio para preparo de drinks, e os banheiros feminino, masculino
e adaptado.
Figura 34: Planta Baixa do terceiro pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Os problemas encontrados nessa primeira proposta foram:
a) BANHEIROS: não foram propostos banheiros no térreo para os clientes das lojas;
b) ESCADA DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA: não foi pensando em um local para saída de
emergência;
c) ESCADA DO PUB: o desenho da escada era inadequado, pois coincidia com a porta
do elevador, sendo impossibilitado o uso de escada rodeando o mesmo;
d) ESCADA PARA MÚSICOS: a escada ficava inviável para a subida dos músicos com
instrumentos pesados, sendo necessária uma subida por elevador.
10.3.2. Segunda Proposta
Diante dos problemas decorrentes da primeira proposta, foi feita a segunda
procurando corrigir tais erros.
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Sendo assim, primeiramente foi destinado no térreo um espaço no fundo do lote
destinado à saída de emergência, o bloco das lojas colou com o muro lateral, sendo aberto
um espaço central que passou a abrigar banheiros públicos e uma sala administrativa do
PUB com um lavabo. E a escada do PUB passou a possuir dois lances apenas, tal como
mostra a figura a seguir.
Figura 35: Planta Baixa térreo
Fonte: elaborado pela autora (2015)
No primeiro pavimento (Figura 36), a alteração foi notada somente na dimensão da
sala de espera do PUB, que ficou maior tendo em vista o acréscimo do vão central.
Figura 36: Planta baixa primeiro pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 69
O segundo e o terceiro (Figuras 37 e 38) pavimento não sofreram alterações.
Figura 37: Planta Baixa segundo pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Figura 38: Planta baixa terceiro pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Problemas da segunda proposta:
a) BANHEIROS: Os banheiros não ficaram bem localizados, visto que impediam a
ventilação da sala administrativa do PUB, além de ficarem voltados para uma das
fachadas principais;
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b) SAÍDA DE EMERGÊNCIA: depois do cálculo da saída de emergência, tornou-se
obrigatório deixar um vão livre de 1,90m, sendo necessário alterar um pouco as
distâncias do projeto para caber a estrutura;
c) ESCADA DO PUB: Depois de analisar os cortes esquemáticos, era necessário que o
PUB possuísse um pé direito maior, para poder abrigar o forro acústico escolhido, o
cilindro acústico, que possui 1,20m de comprimento. Portanto, a escada do PUB
deveria possuir mais degraus.
Com a correção dos problemas desta segunda proposta, chegou-se à uma terceira e
última, onde na parte V deste trabalho será apresentada a proposta final deste Trabalho
Final de Graduação com a descrição detalhada do projeto em questão com seus
componentes e sistemas.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 71
PARTE V – MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO
11. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO
O anteprojeto apresentado neste trabalho, denominado Petrópolis Mixed, consiste em
um edifício multifuncional localizado no bairro Petrópolis, em Natal, RN, em um terreno
plano de esquina no encontro da Avenida Campos Sales com a Rua Trairi, com área de
769,85m². O TFG objetiva propor um edifício que funcione durante todos os turnos do dia,
movimentando o entorno e gerando mais economia para o bairro, através dos usos de
comércio, serviço e lazer. O projeto conta com esses usos delimitados, com espaços
dedicados a loja de roupas, temakeria, estúdio de tatuagem, barbearia, pub e restaurante.
Todas as partes integrantes do projeto em questão serão descritas nos subtópicos a
seguir, junto com as informações essenciais para o seu desenvolvimento. A representação
em melhor qualidade visual e de informação serão encontradas nas pranchas
correspondentes em anexo.
11.1. Implantação e Cobertura (Prancha 01)
Conforme determinado durante o zoneamento do terreno, a edificação ficou
posicionada na parte sobrante aos recuos exigidos pelo Código de Obras e Plano Diretor,
cujas exigências seriam as vagas de estacionamento, vaga de carga e descarga, casa de lixo e
casa de gás, além dos recuos a partir da altura total do edifício.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 72
Figura 39: Implantação e cobertura do edifício
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Para a resolução do projeto, alguns dados foram necessários, conforme já explicados
ao longo deste trabalho. Algumas soluções de implantação serão melhor discutidas no
tópico sobre o pavimento térreo.
Todo o projeto foi baseado pelos condicionantes legais, no que se diz respeito às
prescrições urbanísticas. Conforme mostrado no tópico dedicado a este assunto, os
condicionantes estabelecidos pelo Plano Diretor de natal (2007) foram considerados na
implantação do projeto. À medida que o projeto foi sendo desenvolvido, foram levados em
consideração outros condicionantes, e deste modo o projeto foi sendo atualizado em cada
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 73
alteração tomada. Deste modo, as prescrições urbanísticas aqui apresentadas estão de
acordo com o resultado final do projeto, tal como demonstrado na Tabela 03.
Tabela 3: Prescrições Urbanísticas
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Desta forma, o projeto segue as prescrições urbanísticas conforme determinadas
pelo Plano Diretor da cidade, em vigor desde 2007.
11.2. Térreo (Prancha 02)
O Pavimento Térreo conta com dez (10) vagas de estacionamento, sendo uma (01)
para deficientes, com acessos pela Avenida Campos Sales; além desse, existe um terreno
destinado para estacionamento com distância de 76,65m do edifício, com capacidade para
30 vagas, dessa forma, o PUB contará com serviço de manobrista para o melhor conforto dos
usuários. A edificação também conta com uma vaga para carga e descarga com acesso pela
Rua Trairi, uma casa de lixo e outra casa de gás.
O edifício é dividido em três blocos, que estão separados tanto em planta baixa
quanto na fachada através de composições e materiais distintos. O primeiro bloco é
composto por três lojas que comportam o estúdio de tatuagem, a loja de roupas e a
temakeria, com acesso pela Avenida Campos Sales. Todas as três lojas possuem escada com
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acesso para um mezanino onde funciona a ala administrativa. A temakeria possui uma porta
lateral que dá acesso ao corredor central do edifício onde existirão mesas e cadeiras,
funcionando como uma extensão do restaurante.
O segundo bloco conta com uma barbearia, com acesso pela Avenida Campos Sales,
mas que fica posicionada na esquina do edifício com posição de destaque na fachada. Nela
existe também uma escada de acesso a um mezanino com a ala administrativa e uma
cozinha.
O terceiro bloco é composto pela recepção do Pub, com acesso estabelecido pela Rua
Trairi, e que conta também com um terraço, que funciona como uma extensão da recepção
para comportar os clientes em espera que desejam ficar ao ar livre.
Figura 40: Planta baixa - térreo
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Entre o Pub e a barbearia existe uma conexão, onde durante o dia os clientes da
barbearia podem fazer uso do terraço da recepção do pub, enquanto que durante a noite,
no funcionamento do Pub, os clientes podem fazer uso de serviços de cabelereiro para se
produzirem para a festa.
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Na parte posterior do terreno ficou localizada a escada de saída de emergência, que
precisou de um vão livre com no mínimo 1,90m de acordo com o Código de Segurança
Contra Incêndio do RN, e para tanto, ficou junto ao muro com saída para a Rua Trairi. Abaixo
dela ficaram posicionados os banheiros públicos do edifício, sendo um feminino, outro
masculino e um terceiro para cadeirantes. Ao lado dos banheiros ficou a sala de
administração do Pub e a sala para abrigar os geradores, que receberá tratamento com
isolamento acústico.
Na parte posterior, próximo ao bloco das lojas, ficou locado o elevador para
transportar os músicos até o segundo pavimento, diretamente para o palco, evitando assim
o tumultuo do contato direto da banda com os clientes.
11.3. Primeiro pavimento (Prancha 03)
O Primeiro Pavimento conta com o mezanino das quatros lojas, onde nas três
primeiras lojas, o mezanino conta com uma sala de administração, um lavabo e uma copa,
enquanto que no mezanino da barbearia, este conta com uma sala administrativa, dois
lavabos e uma cozinha. Uma sala de espera do Pub também se encontra nesse pavimento,
funcionando como uma espécie de transição entre a recepção e o salão da boate, com
espaços para sofás e uma parede de vidro para os clientes ficarem bem à vontade
contemplando a parte externa ao edifício.
Aqui nesse pavimento também aparece a primeira saída de emergência dentro da
sala de espera do Pub, com saída para um vão com 20 degraus.
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Figura 41: Planta baixa - 1 pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
11.4. Segundo Pavimento (Prancha 04)
O segundo pavimento conta com o salão do Pub, onde aqui estão contidos um palco
para comportar a banda e o dj, com dimensões de 4,00x9,50m; ao lado há uma porta para
entrada da banda, que chega até lá através de um elevador, a fim de tornar a chegada
exclusiva para evitar tumultuo. Ao lado do palco há um espaço para abrigar o equipamento
de som. Próximo há também três camarotes um pouco mais elevados, com 0,51m de altura,
para servir para clientes que queiram um local mais reservado e confortável, com espaço
suficiente para abrigar um sofá, uma mesa de apoio e 10 pessoas em cada camarote.
O salão do Pub, com área de 107,35m², tem capacidade para 400 pessoas usufruírem
do espaço, que também conta com um bar para preparar e servir as bebidas da festa. Além
disso, existe uma conexão com o pavimento superior através de um monta carga, que
transportará os petiscos preparados na cozinha do terceiro pavimento para o bar localizado
abaixo, permitindo a rápida entrega para o cliente.
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Figura 42: Planta baixa - 2 pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
No canto do Pub ficam os banheiros masculino, feminino e o destinado para
cadeirantes que possuem suas entradas protegidas por uma parede para tornar a entrada
mais reservada.
Aqui também há a segunda saída de emergência dentro do salão, com saída para um
vão com 40 degraus até a chegada à Rua Trairi.
11.5. Terceiro Pavimento (Prancha 05)
O terceiro pavimento conta com o mezanino do Pub que abriga um restaurante com
acesso exclusivo aos clientes da boate. Aqui existe um salão para abrigar mesas e cadeiras,
um bar de apoio para servir algumas bebidas, uma cozinha para preparo de alimentos para
servir ao restaurante e ao Pub no pavimento abaixo, com conexão através do monta carga,
como já foi citado. Os banheiros do restaurante estão igualmente posicionados com os do
Pub.
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Figura 43: Planta baixa - 3 pavimento
Fonte: elaborado pela autora (2015)
As pessoas que estão sentadas no restaurante ainda mantêm contato com a música
do Pub, visto que o que separa os tais ambientes é apenas um guarda-corpo, permitindo que
haja uma forte conexão entre os dois espaços.
12. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
12.1. Sistema estrutural
O sistema estrutural do edifício é composto por pilares de concreto armado e laje
maciça com associação de vigas, que foi o método mais eficaz adotado após uma orientação
com o Profº Dr Petrus Nóbrega, para um edifício em que não seria viável a existência de
muitos pilares, tendo em vista a pista de dança do PUB, que deveria possuir o máximo de
vão livre possível. Aliado a isso, a altura total dessa laje com as vigas é aceitável, sendo a laje
correspondente a 2,5% do comprimento menor da laje, enquanto que nas vigas, possui uma
altura correspondente entre 7% e 8% do comprimento da mesma.
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Inicialmente foi pensado em se utilizar a laje nervurada para compor a estrutura do
edifício, contudo, por exigir uma altura de 4% do comprimento menor da viga, a altura
exigida seria de 80cm, se tornando um método inviável a ser utilizado.
Com a escolha final do sistema estrutural, buscou-se então locar os pilares, as vigas e
as lajes, tal como representado na figura a seguir.
Figura 44: Área de influência dos pilares no bloco das lojas
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Inicialmente, o cálculo dos pilares foi obtido com o bloco das lojas, sendo locados nas
extremidades e rentes ao mezanino. Para efetuar os cálculos, o método usado foi por área
de influência, e se constatou que os pilares possuiriam dimensão 20x20cm nos locais de
menor área de influência, tal como os de canto e extremidade, e 20x22cm nos pilares
centrais, que se repetem em mais pavimentos. Esse dimensionamento se repetiu nos dois
blocos seguintes, referentes a barbearia e ao PUB.
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Figura 45: Diagrama de lançamento estrutural
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
12.2. Reservatório de água
Para o cálculo da caixa d’água foi necessário fazer uma análise para cada ambiente de
acordo com a tabela de estimativa de consumo de água (Figura 46), onde serão levados em
conta edifício público, comercial ou com escritórios, e o de restaurante e similares.
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Figura 46: Tabela de estimativa de consumo de água
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAOosAA/sistemas-prediais-agua-fria?part=4, modificado pela autora
Levando em consideração tais fatores, foram feitos cálculos de acordo com cada uso
tal como mostra a tabela a seguir:
Tabela 4: Cálculo da capacidade da caixa d'água do edifício
EDIFÍCIO PÚBLICO E COMERCIAL
USO TOTAL DE PESSOAS x50L
LOJA DE ROUPAS 10 500
ESTÚDIO DE TATUAGEM 10 500
BARBEARIA 12 600
PUB 400 20000
TOTAL 21600
RESTAURANTES E SIMILARES
USO TOTAL DE REFEIÇÕES x25L
TEMAKERIA 150 3750
RESTAURANTE 140 3500
BARBEARIA 25 625
TOTAL 7875
RESERVA CONTRA INCÊNDIO
TOTAL 12530
TOTAL GERAL 42005
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
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O edifício necessita de 42.000L de água para funcionar corretamente, portanto, esta
quantidade será fracionada em três caixas d’água de 10.000L.
12.3. Condicionadores de ar
No edifício foi colocado apenas uma laje técnica para abrigar os condensadores dos
condicionadores de ar do tipo air Split utilizados em todo o edifício. Tomando como base
que para manter a eficiência do resfriamento do ambiente, a tubulação dos condensadores
não deve ultrapassar 25 metros de comprimento, tanto para o percurso horizontal quanto
para o vertical, e levando em conta que o edifício é de pequeno a médio porte, é permitida a
localização de apenas uma laje técnica para o edifício.
Tal laje foi disposta na parte posterior do edifício por questões estéticas, e central
para encurtar distâncias e assim atingir a melhor eficiência. Está localizado no segundo
pavimento no prolongamento da laje da saída de emergência, tal como mostra a figura 47.
Figura 47: Secção com localização da laje técnica
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
Essa laje possui aberturas que permitam sua ventilação a fim de obter um bom
funcionamento dos condensadores.
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12.4. Tratamento acústico
Em se tratando de um edifício que está localizado entre duas residências, e com usos
que propagam bastante o som para fora do prédio, é necessário buscar soluções acústicas
suficientes para evitar ao máximo a saída desses ruídos para o meio externo. O uso de
paredes com isolamento acústico, assim como esquadrias com vidros duplos laminados com
sistemas maximar (evitando as esquadrias de correr, por isolarem menos), e telha metálica
sanduiche com isolamento termo-acústico, assim como sala de geradores com isolamento
acústico, foram as premissas básicas para o desempenho em relação ao isolamento dos
ruídos.
Em relação ao condicionamento acústico, de forma a proporcionar conforto acústico
interno, tanto para os usuários de todos os ambientes, buscou-se soluções acústicas para
pisos, forro e paredes, de forma a aliar beleza com a funcionalidade que estes materiais
trazem para o meio inserido, com características, cores e formas que combinem com o
conceito e a proposta do projeto.
12.4.1. Forro em Madeira – Nexacustic 16
O forro em madeira escolhido são painéis de revestimento para teto e paredes, com
superfície frisada modelo 16, disponível em réguas com borda macho/fêmea, instalado com
perfis e clips metálicos, e serão utilizados em todas as lojas e no restaurante, oferecendo um
toque de rusticidade, sem, no entanto, perder a delicadeza que esse material traz.
Os painéis Nexacustic são uma linha de forros e revestimentos acústicos em madeira
que proporcionam a projetos novos ou já existentes soluções sob medida, sendo ideal para
teatros, auditórios, restaurantes, estúdios, salas de videoconferência, casas de shows, entre
outros. O mesmo é produzido em MDF revestido em papel melamínico padrão amadeirado,
folha de madeira natural, podendo também ser laqueado em várias cores. Eles podem ser
instalados em teto ou paredes formando superfícies tanto planas quanto curvas, fixados com
sistema exclusivo de perfis e clips metálicos, proporcionando um visual contínuo e
acabamento perfeito.
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Figura 48: Forro Nexacustic aplicado
Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/especiais/anuario-de-produtos-2015-revestimentos-acusticos
Figura 49: Informações técnicas do Nexacustic 16
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Fonte: http://www.owa.com.br/index.php?id=43
12.4.2. Cilindros Acústicos
Os cilindros RollSounds de Notson Acustica oferecem um alto grau de absorção
acústica, que junto ao seu atrativo desenho e facilidade de montagem, são especialmente
indicados para o condicionamento acústico de vários recintos, tais como pavilhões
desportivos, navios industriais, feiras, etc, assim como para pequenos locais como
restaurantes, cantinas escolares e oficinas.
A instalação dos cilindros acústicos reduz a reverberação do recinto sem necessidade
de um teto horizontal, permitindo a integração de luminárias e um fácil acesso a outras
instalações, atuando como elementos absorventes decorativos.
Composição:
Os cilindros ROLLSOUNDS estão formados por uma estrutura tubular de lã mineral de
40mm de espessura, revestida por material têxtil acusticamente transparente.
Características:
a) Classificação ao fogo: M1;
b) Dimensões: 1200mmX220mm;
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c) Cores disponíveis: amarelo, mas podem ser fabricados em outras cores;
d) Peso: 2,75 Kg/unidade.
Vantagens na utilização dos cilindros acústicos:
a) Montagem simples feita por instaladores especializados;
b) Rápida instalação sem necessidade de interromper as atividades normais;
c) São facilmente integradas à geometria de qualquer ambiente;
d) Não precisa modificar as instalações como iluminação, climatização, etc;
e) Sua instalação é programada por fases de acordo com os diferentes níveis de
conforto acústico que se deseja alcançar.
Figura 50: Aplicação dos cilindros acústicos
Fonte: Material de aula da disciplina de Conforto 03
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Figura 51: Informações técnicas sobre os cilindros acústicos
Fonte: catálogo Notson Acustica, Rollsounds
12.4.3. Piso
Os pisos acústicos Vibrasom são modulares, na dimensão de 800x800mm com
isolações de 15dB e 25dB. Os pisos foram desenvolvidos para diminuir o nível de ruído que
passa de um ambiente para o outro. Confeccionados em madeira de alta resistência, podem
receber acabamento após a sua instalação, proporcionando maior integração com o
ambiente.
O piso acústico é ideal para estúdios, auditórios, salas de home-theater ou qualquer
ambiente que produza som acima do existente nas proximidades. Para o projeto em
questão, será aplicado um piso vinílico como acabamento final por questões também de
estética, visto que o piso vinílico apresenta diversos modelos capazes de se adaptar a
qualquer uso pela riqueza de tons e texturas.
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Figura 52: Informações técnicas do piso acústico
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Fonte: http://www.vibrasom.ind.br/produtos-acusticos/piso-acustico-estudio-sala.php
12.4.4. Estudo acústico para Pub e Restaurante
Foi feito um estudo acústico para toda a área do Pub e do Restaurante a fim de saber
se os materiais que foram utilizados cumprem com um bom condicionamento, ou seja, se as
pessoas que estão dentro do ambiente terão conforto acústico.
Para executar tal estudo foi necessário calcular todo o volume de material existente
nos dois ambientes, considerando pisos, forros, revestimentos e esquadrias, tal como
informado na imagem a seguir, que traz informações da área de cada um, como da absorção
em cada frequência citada.
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Figura 53: Tabela com absorção dos materiais contidos nos dois ambientes
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Reverb 2010 (2015)
Com todos os materiais informados, o tempo de reverberação foi calculado, gerando
um valor abaixo do ótimo, sendo o ambiente considerado com bom isolamento acústico, tal
como informado na figura 54.
Figura 54: Tempo de reverberação total dos dois ambientes
Fonte: elaborado pela autora a partir do software Reverb 2010 (2015)
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12.5. Perspectivas
São apresentadas neste tópico algumas perspectivas do anteprojeto, tanto externas
quanto internas, conforme proposto nos desenhos técnicos.
Figura 55: Perspectivas externas
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Fonte: elaborado pela autora (2015)
Figura 56: Perspectiva do estúdio de tatuagem
Fonte: elaborado pela autora (2015)
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Figura 57: Perspectiva da loja de roupas
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Figura 58: Perspectiva da Barbearia
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Figura 59: Perspectiva da temakeria
Fonte: elaborado pela autora (2015)
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Figura 60: Perspectiva do Pub
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Figura 61: Perspectiva do restaurante
Fonte: elaborado pela autora (2015)
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 95
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente as pessoas na cidade procuram se deslocar cada vez menos em busca de
serviços, a fim de otimizar o tempo, além de exigirem mais espaços com qualidade que
ofereçam melhores condições de uso. Um método muito eficaz para conseguir resolver tal
problemática é a implantação de empreendimentos mistos que tragam em seu plano de
necessidades usos diversos para englobar as exigências gerais da população de determinado
bairro.
Foi tomando como base tal método que foi feita a realização deste TFG, que teve por
objetivo a proposição de um edifício multifuncional que funcionasse durante todos os turnos
do dia a fim de aumentar a circulação de pessoas nas proximidades do empreendimento.
Para conquistar tal propósito, foi necessário aliar usos de comércio, serviço e lazer para
atrair diferentes públicos provenientes de diversos bairros, movimentando também a
economia no seu entorno.
Ao longo do desenvolvimento do projeto, a evolução do partido arquitetônico teve
influência direta com os condicionantes legais e funcionais, além dos referenciais teóricos,
resultando em um produto que atende às três esferas buscadas desde o início: estética,
funcionalidade e desempenho acústico.
Estre trabalho trouxe ao longo do seu desenvolvimento a percepção da forte relação
existente entre a arquitetura e a cidade, cujo foco principal é o usuário, aquele que é o
utilizador e explorador dos espaços, e a quem devemos dirigir o olhar.
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 96
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P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 98
APÊNDICE
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 99
P E T R Ó P O L I S M I X E D P á g i n a | 100
PRANCHA 01: Planta de Implantação e Cobertura (Escala 1:75)
PRANCHA 02: Planta baixa – térreo (Escala 1:75)
PRANCHA 03: Planta baixa – 1 Pavimento (Escala 1:75)
PRANCHA 04: Planta baixa – 2 Pavimento (Escala 1:75)
PRANCHA 05: Planta baixa – 3 Pavimento (Escala 1:75)
PRANCHA 06: Cortes AA’ e BB’
PRANCHA 07: Fachada Frontal 01, Fachada Frontal 02 e Fachada Posterior (Escala 1:75)
PRANCHA 08: Planta baixa de layout – térreo (Escala 1:75)
PRANCHA 09: Planta baixa de layout – 1 Pavimento (Escala 1:75)
PRANCHA 10: Planta baixa de layout – 2 Pavimento (Escala 1:75)
PRANCHA 11: Planta baixa de layout – 3 Pavimento (Escala 1:75)