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RICARDO DUNCAN MANUAL DO STUDA TE Editora SepaI _ •• _ r

Passo a Passo - Manual Do Estudante

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Page 1: Passo a Passo - Manual Do Estudante

RICARDO DUNCAN

MANUAL DOSTUDA TE

Editora SepaI

_ •• _ r

Page 2: Passo a Passo - Manual Do Estudante

,

INDICE• PREFÁCIO 3

• PRINCíPIOS DE DISCIPULADO I 7

• GRUPOS I 17

• GRUPOS 2 25

• GRUPOS 3 31

• COMUNICAÇÃO I A Disciplinado Silêncio 37

• COMUNICAÇÃO 2 Lealdade 45

• UMA LíNGUA QUE EDIFICA

• PRINCíPIOSDE DISCIPULADO 2

53

59

• ENCORAJAMENTO I 69

• ENCORAJAMENTO 2 75

• CONFRONTO I 85

• CONFRONTO 2 93

• RECEPTIVIDADE 101

• MANSIDÃO I 107

• MANSIDÃO-2 115

• MANSIDÃO 3 121

• MANSIDÃO 4 129

Page 3: Passo a Passo - Manual Do Estudante

I'

PREFACIO

"Este Instituto Bíblico não é espiritual", diziam os alunos, enquanto o número de desistentesdo curso ia crescendo assustadoramente.

Alarmado com esse tipo de comentário e com as desistências, procurei a Deus em oração.Ele respondeu-me que eu deveria ouvir o que os alunos tinham a dizer.

Assim, eu me vi diante das três classesdo nosso curso de 3 anos, disposto a escutar e a to-mar as providências que se fizessem necessárias.

"O 'Instituto tem um bom currículo", eles disseram. "Temos aprendido muito sobre a Bíblia,Doutrinas, Educação Cristã e Organização. Mas o que estamos querendo é aprender a respeitode Vida Cristã". Fiquei espantado com essasolicitação, pois eles não demonstravam nenhum in-teresse em participar das devocionais que realizávamos uma vez por semana.

Como estava realmente empenhado em resolver a questão, passeia avaliar a "qualidade" doque era oferecido nas devocionais. Conclui que era algo bom e útil, porém sem seqüência. Ca-da preletor convidado falava sobre o que achasse melhor e assim por diante.

Entendi que os alunos estavam reclamando por lições que Ihes ensinassema praticar os prin-cípios bíblicos em suas vidas. Lições que, extraídas diretamente da Palavra Eterna, produzissemum caráter cristão firme e genuíno. Elesestavam, de fato, querendo aprender a viver ~ vida cristã.

Agora eu tinha o diágnóstico do problema mas não tinha o remédio para o mesmo. Foi nessasituação que tive o primeiro encontro com o Missionário Ricardo Duncan, da Sepal. Contei-lhea respeito das necessidadesdo Instituto Bíblico e sugeri como ele poderia nos ajudar.

Ricardo ministrou várias aulas no Instituto Bíblico, conversou várias vezes comigo e juntosdeixamos o Espírito trabalhar em nossos corações até que, finalmente, surgiu a idéia de incluirno currículo do Instituto uma disciplina que tratasse exclusivamente de VIDA CRISTÃ.

Ricardo comprometeu-se em desenvolver o material para ser utilizado em sala de aula poralunos e professores.

E foi assim que nasceu este manual. Tão rico e precioso que será útil não somente para nos-so Instituto Bíblico, mas com toda certeza também para classesde Escola Dominical, grupos deestudo, etc.

Rogo a Deus, nosso Pai, que utilize seus inesgotáveis recursos para fazer com que este ma-nual alcance seu propósito:

FORMAR HOMENS DE DEUS COM CARÁTER CRISTÃO

E que Ele também recompense a todos que trabalharam e contribuíram para que este ma-nual pudesse se tornar uma realidade.

"Lembra-te deles, Deus meu, para o seu bem pois ajudaram a edificar o teu povo".

Rev. Cairo MarquesDiretor do Instituto Bíblico QuadrangularSão Paulo

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3

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AGRADECIMENTOS

MUITAS FORAM AS PESSOASQUE COOPERARAMPARA QUE ESTE MANUAL SE TORNASSE REALIDADE. AS CONVERSAS, O PREPARO,

O TEMPO. SE FOSSE ENUMERÁ-LAS, CORRERIA O RISCO DE COMETERALGUMA INJUSTIÇA. DEUS SABE QUE SOU GRÁTO AO ESFORÇO E À BOA

VONTADE DE CADA UM DE VOCÊS!

TAMBÉM AGRADECEMOS ANTECIPADAMENTE AS SUGESTOES DOSPROFESSORESQUE UTILIZAREM ESTE MATERIAL, TENDO EM VISTA UMA

PRÓXIMA EDIÇÃO. A ATUAL, ESTÁ EM CARÁTER EXPERIMENTAL EESPERAMOS, SEJAAVALIADA E OPINADA.

RICARDO DUNCAN

Tradução e Revisão:• Rosemeire Santiago• lara Vasconcellos• Sónia ErniliaLopez Andreotti

Arte:• Carlos Eduardo Pires dos Santos

Orientação Gráfica:• Jaime McNutt• Osvaldo Paião jr.

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PRINCíPIOS DE DISCIPULADO I'./ocê já ouviu em algum lugar uma história parecida com esta! Alguém ouve

falar de Cristo e decide seguí-Lo. Essapessoanunca freqüentou uma igreja evan-gélica, muito pouco a Bíblia, teologia, moral cristã, e ministé-rio da igreja. Imaginemosque a pessoaem questão una-seà uma igreja _bem estruturada com um bom pastor.

No início, nosso novo convertido está , pres-ta muita atenção aos sermões e às lições bíblicas Elenão dispõe de muito conhe-cimento, mas agora está adquirindo-o com muita rapidez. Com o aprendizado,suavida começa a mudar. Passaa entendera Bíblia e assimilaas lições da EscolaDominical, tentando realmente o que aprendeu. Ouve a pre-gaçãosobre a mudançaque deveocorrer no interior do cristão e procura aplicá-Ia.

Passam-semeses e.anos, e sua motivação cada vez mais;experimenta o fracasso ao procurar aplicar parte do que aprendeu. A distânciaentre o adquirido e a prática torna-se maior. Ape-sar de perceber que existe na igreja uma acentuada diferença entre a prática eaaprendizagem,carrega consigo um sentimento de culpa e frustração. Seuconhe-cimento não evolui como antes e ele não se sente desafiado, pois não _nada de novo.

Passaa culpar os professores e o quenão o alimentam com princípios novos e profundos. Seassimo fizessem,ele ficaria motivado a praticar o que lhe fossetrans-mitido como ocorria anteriormente. Eleachaque já _tudo o que o pastor prega, e qualquer sugestão para tornar oensinouma realidadevivenciadao encontrará cético. Justifica-secom a frase: "Já tentei fazer isso, mas não deu certo!".

oESENVoLVI

MENTo

o PROBLEMA

o PROBLEMA: A DISTÂNCIA ENTRECONHECIMENlO E PRÁTICA

ESPIRITU·Al

Ao notar que seu amor pelo Senhor está _talvezculpe apenasa si mesmo, por suapreguiça. No início, es-tavasempredisposto, pronto a ganhar o mundo paraJesus,ser um vencedor. Ago-ra, considera-se um _

Qual será a solução para tal problemática] Aumentar o conhecimento! Fre-qüentar um paraaprender conceitos maisprofundos! Nãocreio que seja assim. É muito difícil fazer o que é certo sem a instruçãoadequada. Conhecimento não implica prática.

A solução talvez esteja em descobrirmos um meio de diminuir a ______ entre o conhecimento e a prática. Encontrarmos um modo de apro-fundarmos nosso conhecimento, não é tão importante quanto ______ o aprendido. A meu ver, o processo de diminuir essa distân-cia é o verdadeiro _

FRUSTRAÇÃO

SENTIMENlODE CULPA

PRÁTICA

TEMPO

SENTE-SEFRUSTRADO

ECULPADO

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Page 6: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"••.BEM AVENTURADOS SOIS SEAS PRATICARDES"

Ao lavar os pés dos discípulos,Jesusdemonstrou o que deveria ser feito e osdesafiou a seguirem seu exemplo. Ele afirmou:

"Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as _____ " ao 13.17).

Sabemosque o conhecimento também traz bênção, masa bênção maior vemda . Como disse Paulo em 1 Coríntios 8.1:

"O saber , mas o amor edifica,"

o fato de uma pessoaser muito culta, pode acarretar em orgulho e aguçadosenso : "Jáouvi isso antes" ou "Que pregador repetitivo, can-sativo!"

Uma boa formação teológica não é a principal de entusiasmo pa-ra a vida cristã, massim, seguir aJesusCristo - ter comunhão com Elee praticaros conceitos revolucionários do Reino de Deus. Com esta afirmação, não estouinvalidandoe nem desencentivando o adquirir conhecimento, porém, gostaria deenfatizar e evidenciar a necessidadeda prática.

A maioria destes conceitos é _A Bíbliafoi escrita para o homem comum. Não é ne-cessário um curso acadêmico, nem estudar grego ehebraico no seminário para conseguir compreender98% dascoisas importantes que Deus nos revela naBíblia.Paratal, é necessárioapenastermos uma men-te por Cristo. Ser gênio nãoé um pré-requisito. Grande parte dos líderescristãosenfatizaa importância do _

. Mas, na verdade, Deus se agrada mais daquelesquesabem pouco e praticam, do que daqueles que pos-suem um elevadoconhecimento dasEscrituras e pra-ticam pouco.

A Bíblia comunica osprincípios básicos sobre o que precisamos ser e fa-zer como seguidoresdeJesus.Devemos amar a Deuse a nosso próximo; ser honestos e gentis; compar-tilhar o Evangelho, etc. Humildade e serviço devemser a marca de nossasvidas. Admitamos ... podemosaté possuir o conhecimento do que deve ser feito,

mas saber como fazê-lo é um pouco mais complicado, pois implica em recebero treinamento adequado. Mesmo com tal treinamento, muitas vezesnosso pro-blema é que não praticamos o que _

o fato dos conceitos e mandamentos bíblicos serem de _compreensão, não significa que a prática também o seja. É muito simples enten-der que devemos oferecer a outra face a quem nos esbofeteia, ou que precisa-mos ter pensamentospuros, masé muito aplicar tais conceitos.

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.•...

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Não me surpreendo quando dizem não estar ou-vindo "nada de novo" nas _Isso tem acontecido. É inevitável que pessoascommuito tempo de vida cristã passempor essafase! Ospastores e professores devem se esforçar para co-municar mensagensproveitosas, conceitos novos eantigosde váriasmaneirase enfoques. Mesmo assim,tanto o quanto o importante jáforam ouvidos. É preciso reconhecer que o prazerda vida cristã vem mais da prática do que do conhe-cimento. Um amplo conhecimento não garante vi-daabundantepodendo produzir desânimo e reclama-ções contra os pastores.

Imaginemos um curso sobre como andar de bicicleta, sendo dado numa al-deia remota para pessoasque nunca viram uma bicicleta em suasvidas. Todos es-tão dentro da salae o professor, um perito no assunto, começa a ensinar todosos detalhessobre de bicicletas- a pressãode ar apropriadaparaos pneus,a lubrificação da corrente, a limpeza, etc. Falatambém sobre a im-portância do movimento para manter o equilíbrio e ensina como dabicicleta sem se machucar.

Ao final da aula, trazem para dentro da sala uma bicicleta novinha em folha,a primeira que vêem em suasvidas. Fazem fila e um de cada vez sobe na bicicletaenquanto o professor a segura. Cada um fica sentado na bicicleta por dez segun-dos e então desce, sorrindo e contando aos outrosa maravilhosa sensação de "andar" de bicicleta. Oprofessor encerra a aula e a bici-cleta num armário onde permanecerá novinha co-mo sempre, imagine só!!

Masgente, isso não é andar de bicicleta! Andarde bicicletaé sentir o no rosto e o sol nascostas! É passeardevagarzinho no parque com nos-sosqueridos ou participar de uma corrida com a tur-ma! É ver lugares bonitos, ter liberdade, _____ onde quiser!

Manutenção e teoria são para alcan-çar essesfins. Os fins no entanto, é que dão sentidoe podem oferecer muito prazer! A teoria sobre o an-dar de bicicleta é ótima e de muito proveito, mas a_______ é ínacredltavelrnente melhor!

Da mesma forma, não faz sentido obter conhe-cimento bíblico sem a prática do mesmo. É perigo-so apenasteorizar. Se ficarmos parados, podemosperder o _

Euamo o Evangelho.Estou feliz em ter o conhe-cimento da Palavra, mas o que realmente me deixaentusiasmado é perceber asverdades redentoras daBíblia em minha vida e na deoutros.

"Algo me diz que não vai dar certo" ...

ANDANDO DE BICICLETA

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ANOTAÇOES

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...". ,"

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Recentemente tive uma conversa com o fundador e diretor de uma das maiores

empresas multinacionais do mundo. Por muitos anos essa firma tem servido um

número sernpre crescente de pessoas. Apesar disso, ele estava insatisfeito por con-siderar que poderiam estar crescendo muito mais rápido.

- O problema, disse ele, é que a maioria dos gerentes de nível médio tentarealizar todo o trabalho sozinho, ao invés de treinar e supervisionar seus subor-

dinados. Consequentemente essas pessoas pouco fazem além de observar e cri-ticar o trabalho de seus supervisores.

Perguntei se ele havia expressado sua opinião aos seus gerentes ou fornecidoalgum treinamento. Ele respondeu que a lista de atribuições de trabalho aborda-va o assunto de maneira clara. Mas também admitiu que, infelizmente, a maior

parte de seus gerentes de alto nível havia falhado em treinar os de nível médioem tal área.

- Por que você não os despede e coloca novos gerentes em ambos os níveis?

- Bem, ele respondeu, suponho que poderia fazê-lo, mas a organização é tão

grande que acho melhor deixá-Ios em seus lugares e tentar fazer com que os no-vos gerentes de nível médio desenvolvam e utilizem práticas de treinamento e su-pervisão ao invés de tentarem fazer todo o trabalho sozinhos.

- O que você me diz sobre os funcionários que estes gerentes deveriam es-

tar orientando? Você vai permitir que eles continuem sendo pagos sem produzir

nada? Por que você, pelo menos, não se desfaz de alguns para reduzir suas des-pesas? Perguntei a ele.

- Não é tão simples assim, ele explicou. Quando eles foram admitidos pela

empresa, fiz algumas promessas em relação à estabilidade no trabalho, e não querovoltar atrás em minha palavra, mesmo que eles não realizem suas funções de formaeficaz.

o que acabei de contar foi a "conversa" que tive com Deus. Só que substituí

alguns termos. Por exemplo, em lugar de "reino" usei a palavra "empresa" e aoinvés de pastor, "gerente de nível médio", o significado porém, era basicamente

o mesmo. O que nunca consideraríamos aceitável por parte dos gerentes de fir-

mas do mundo é comum para os pastores do reino de Deus e tenho a impressãode que Ele não está nada satisfeito!

O que eu quero dizer com isso? Que na lista de atribuições do trabalho depastor há uma parte que diz o seguinte:

"... pastores e mestres, para preparar o povo de Deus para o desem-penho do seu serviço" (Efésios 4.11-12);

o PASTORDISelPULADOR

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Page 10: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Eda mesma "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações ••:' (Ma-teus 28.19).

Entretanto, ao invésde pastores estarem preparando o povo de Deus, encon-tramos esse mesmo povo com a expectativa de que seus líderes façam todo otrabalho ministerial sozinhos; e também vemos ministros abandonando o chamadode Deus (chamado este para treinare orientar o povo, como pastores ao ladodo rebanho).

JESUS: UM MODELO DE PASTOR A vida e ministério de Jesusdeveriam ser exemplos a serem seguidos por to-do e qualquer cristão, principalmente por pastores. Um pastor pode não ter odom de andar sobre aságuas,ou de alimentar 5000 pessoascomo Jesus,porémse tiver o chamado genuíno de Deus para o ministério, certamente terá a res-ponsabilidade e os dons necessários para fazer discípulos. Jesusdeve ser nossoexemplo.

"Senhor Jesus,três representantes da as-sociação de mulheres estão aqui paraconversar com o Senhor sobre a cor dascortinas nas salasde aula, e depois, o Ju-dasgostaria de explicar como devemosaplicar as ofertas no 'over-night', e de-pois..."

EMPECILHOS AO DISCIPULADO

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Imagine se a programação semanal de Jesusfosse assim distribuída: terças equartas, cura de enfermos por duas horas; sábados,encontro com os discípulospara discussãosobre orçamento financeiro; quartas à noite, reunião com o co-mitê de crescimento da igreja; e o restante da semana gasto no escritório pre-parando os cultos da sinagogae buscando solução de eventuais problemas.

Na realidade, o que Jesus fez foi andar poráreas rurais e várias cidades em companhia deseus discípulos. Eles viveram e ministraram juntos.por três anos. Jesustransmitiu-Ihes o que fazer emostrou-Ihes como; enviou-os para que realizas-sem essatarefa, sem contudo estar presente. Elesretornaram com relatórios de seus feitos, e apartir daí Jesus permitiu que conduzissem seuspróprios ministérios. ISTO É discipulado.

Jesus não confiava na multidão que o seguia,mesmo durante a época em que sua popularidadeestava no auge. Não se curvou diante dasconcepções tradicionais erronêas do povo e doslíderes religiosos. Não se promoveu nem tentou

impressioná-Ios com um grande espetáculo, ao contrário, investiu a maior partedo tempo com seus discípulos.

As prioridades de nosso pastorado estão geralmente fora de ordem. Deve-ríamos seguir mais fielmente o exemplo de nosso Senhor, investindo nosso tem-po no discipulado de "homens idôneos para ensinar a outros" (2 Tm 2.2). Deve-mos sem sombra de dúvida estudar e preparar bons sermões, fazer visitase par-ticipar de reuniões organizacionais. Porém o tempo gasto com estas atividadesnão deve interferir no discipulado de pessoas.

Creio que um dos maiores impedimentos para que pastores discipulem eficaz-mente é o fato de nunca terem sido discipulados.

~.,-."

Page 11: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Existe em nossas igrejas uma falta de métodos de discipulado bons e práticos.

Por este motivo os pastores não sabem por onde começar.

o que é dlsclpular! Um discípulo é um seguidor e aluno. Alguém que já foidiscipulado numa determinada área de ministério aprendeu com o discipuladorcomo ministrá-Ia, e conseguiu realizar tal ministério, então está habilitado a con-tinuar ministrando. Possivelmente também estará apto para discipular outros na-

quela mesma área. O poder do Espírito Santo é de importância vital, tanto na vi-da do discípulo como na do discipulador. É debaixo de Sua direção que iremosselecionar ou desenvolver o melhor método de discipulado.

Devemos selecionar um método de discipulado que tenha a maior probabili-dade de obter bons resultados no contexto de nosso discípulo.

No primeiro caso, ao jogar futebol, o discipulador caminha paraum relacionamento mais profundo com os jovens. No segundo caso,aula de missões, basicamente o que acontece é uma transmissão deinformações. Apenas um pequeno número de pessoas poderá colo-car em prática o tipo de informações recebidas em sala de aula. E tais

pessoas, são raras! Com a turma "C", a transmissão de informaçõese um aprofundar de relacionamento compõem dois dos mais impor-tantes elementos do discipulado. Entretanto, creio que nossos métodos

tornam-se ainda mais eficazes ao serem somados a outras "colunas"do discipulado.

RESULTADOS OTIMISTAS

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ESTUDOBIBllCO1:,., (QSA

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Somos "templos de Deus". Jesus é o alicerce e Paulo diz: o que vier a ser cons-truído sobre tal base, somente permanecerá se resistir ao fogo.

•••••a de cada um o próprio fogo o provará" (I Co 3.13).

Portanto, tendo Jesus como base, podemos utilizar seis elementos principais

que chamaremos de "colunas" do discipulado.

Quais são as "colunas" de um discipulado bem sucedido! São as que já vimos

no método de discipulado de Jesus, Ele:

I. Relacionamento - Desenvolveu um sólido relacionamento com seus dis-cípulos;

2. Ensino - Transmitiu-Ihes informações verbalmente;3. Exemplo - Mostrou-Ihes como realizar a obra através da prática;

4. Treinamento - Enviou-os para praticarem suas habilidades ministeriais;S. Resultado - Trouxeram um relatório dos resultados sobre os feitos reali-

zados (Lucas 9.10; 10.17);6. Multiplicidade - L.evou-os a prosseguir em tal ministério sozinhos, de modo

a fazerem mais discípulos (Mateus 28.18-20).

Isso não implica em que todas as colunas tenham a mesma importância ou prio-

ridade. Ao contrário, algumas como "relacionamento", são, com certeza, mais

importantes. Falaremos sobre isto mais tarde.

NÓWlEllO DE D\!íCIPulO)

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AS SEIS "COLUNAS" DODISCIPULADO

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Jesus Cristo • O alicerce.6 Colunas De Discipulado I Cor. 3

13

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Page 12: Passo a Passo - Manual Do Estudante

MÉTODOS DE DlselPULADO

QUAIS SERIAM OS BONSRESULTADOS?

Que método de discipulado você gostaria de tentar colocar em prática? Quais

são as formas utilizadas com sucesso? Sabemos que muitas delas têm sido eficazes.

A maior igreja do mundo, a da Coréia, adotou o método de grupos peque-nos de oração. Os primeiros metodistas reuniam-se não só para orar, mas tam-

bém para confessar e exortar-se mutuamente, uma vez por semana, em grupospequenos. Há igrejas que utilizam reuniões de estudo bíblico nos lares. Outras

encontram-se semanalmente para estudar com uma pessoa ou em grupos. Eles

conversam sobre o desenvolvimento espiritual, recebendo instrução e encora-

jamento.

Entretanto, o fato desses métodos terem sido bem sucedidos para alguns, não

significa que sua escolha deva recair sobre um deles. Em geral eles não possuemtodos os elementos do método que Jesus utilizou com os discípulos. Se desen-

volvermos um modelo que inclua os seis tópicos de Jesus e eles forem bem adap-

tados à situação de nossos prováveis discípulos, nossos esforços resultarão emfrutos mais abundantes e duradouros.

Tenho utilizado vários métodos de discipulado com diversos resultados. Es-

tou aprendendo e tentando sentir-me seguro com a idéia de que nem todos os

participantes de um programa de discipulado se tornarão bons discípulos. O que

se entende por um ótimo resultado num ministério de discipulado? O que é

sucesso?

\

DESISTIRÃO

~--,I\~-----,

~\ \/ /

SERA SERÃO DiScípULOSDISClPUlO E

DISClPULADOR

RESULTADOS FINAIS

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Vamos supor que eu discipule um gru-po de 10 pessoas que se dizem interes-

sadas em crescer espiritualmente e dese-jam encontrar-se comigo regularmente.Se eu os colocasse como participantes de

um dos métodos a longo ou curto pra-zo, ou mesmo deste manual, com as seiscolunas do discipulado, poderia afirmar a

mim mesmo que teria sido bem sucedi-

do, se, no final:

- 7 dos 10 completassem o curso;

- 4 dos 7 viessem a colocar em prática grande parte dos tópicos discutidos;- Um dos 4 continuasse com um ministério específico de discipulado.

Este pode não ser seu conceito de bons resultados e quem sabe, você consi-

ga melhores. Tenho descoberto que ao ver os últimos resultados de meu minis-tério e analisando-o com essas bases, tenho sentido que estou fazendo algo devalor. Olhando para trás, para anos passados, de forma geral, não se nota qual-

quer diferença nas vidas dos que simplesmente freqüentavam os cultos regularesde louvor e comunhão das igrejas.

Achei interessante quando George Gallup comunicou num artigo o resulta-

do de suas pesquisas: elas revelaram que o simples fato de ir à igreja, não causadiferença alguma na ética ou maneira de viver no dia a dia da grande maioria dos"freqüentadores de Igreja" dos Estados Unidos. Entretanto os que levam a sério

seguir aJesus, são diferentes e ministram muito essa diferença na vida dos outros,o que torna todo o trabalho compensador.

Nós, pastores, queremos ver em nosso ministério, resultados duradouros Há

várias pessoas em nossas igrejas, que realmente desejam ser melhores discípulos.

~..

Page 13: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Muitos de nós sentimo-nos culpados e frustrados pela distância entre a vontadede Deus para nossa vida e o que realmente realizamos.

Tanto nós quanto os membros de nossas igrejas não precisamos de muitas in-formações sobre como realizar melhor nossas tarefas; podemos até ouvir. masnão colocaremos em prática. o que acarretará no aumento de nosso sentimen-

to de culpa e frustração. Precisamos de líderes que nos ajudem a praticar de for-ma duradoura. mais do conhecimento já adquirido - o que nos fará continuar cres-cendo e fazendo discípulos pelo resto de nossas vidas.

I. Decore João 13.17: "Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois TAREFAse as praticardes."

2. Decore as seis colunas do discipulado.

3. Memorize como fazer o diagrama "O Problema".

Um dos métodos mais bem sucedidos para se discipular um grupo de pessoas

é envolvê-I o em um ministério específico. Evangelismo. música. ministério comos pobres. etc, são algumas opções. No processo desse ministério. o líder deve-rá gastar bastante tempo com o grupo. desenvolvendo assim um forte relacio-

namento. Deverá transmitir informações e ao mesmo tempo. ensinar como atingiros objetivos. Normalmente mostrará como realizá-Io e então o exercerá junta-mente com eles. Muitas vezes serão enviados ao ministério para o qual foram trei-

nados. Dois exemplos desse tipo de método são "Vencedores por Cristo" e "OM

- Operação Mobilização" com O navio Doulos .

MODELO DE MINISTÉRIOESPECíFICO

Recomendo aos pastores que encoragem seu rebanho a participar de tais mi-nistérios. pois eles proporcionam experiências transformadoras de vidas e ofe-recem discipulados efetivos. Entretanto. apesar de apoiar totalmente essas for-

mas de ministério. noto nelas duas desvantagens que implicam na necessidade deutilização paralela de outros métodos.

Uma delas é que. pelo fato da maioria dos ministérios específicos exigir uma

grande dedicação de tempo. de deslocamento do local. apenas uma pequena parte

dos membros de nossas igrejas pode se enquadrar nos horários e estilo de vida

requeridos. Com exceção dos líderes profissionais desses ministérios. em geral.

a grande maioria dos participantes. é formada por jovens que não trabalham enão possuem responsabilidades familiares.

A outra desvantagem é que tais ministérios muitas vezes não atingem o alvode preparar seus participantes para o trabalho propriamente dito. ou seja. como

leigo ou pastor atuante no âmbito da igreja. Pelo fato desses ministérios especí-

ficos muitas vezes reunirem grupos de jovens empolgados e dedicados (que tra-balham arduamente para o reino). tornando-se difícil uma nova adaptação ao tra-

balho no contexto de nossas igrejas. Isto deve-se ao fato delas possuírem grupos

de idades variadas. tradições. pessoas convertidas e também os não convertidos.

entusiasmo menor. objetivos indefinidos. e um pequeno número de pessoas que

estão realmente interessadas em crescer espiritualmente.

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Page 14: Passo a Passo - Manual Do Estudante

GRUPOS IAssistí certa vez um filme sobre Cleópatra, que mostrava uma das razões pe- A TARTARUGA

Ias quais as legiões romanas tiveram tanto sucesso e aterrorizaram os inimigos.

No filme, o comandante romano e seu exército encontravam-se dentro de

uma cidade murada. Estavam cercados pelo inimigo e pareciam ser em m~nor nú-

mero. O comandante calmamente disse ao subordinado: "Enviem a Tartaruga".

Poucos minutos mais tarde, ao somde um tambor, a Tartaruga surgiu no por-tão da cidade. Se me lembro corretamen-

te, parecia ser um quadrado composto deaproximadamente 20 soldados de cada la-

do. Todos seguravam enormes escudos

lado a lado, formando uma muralha hu-mana ao redor do quadrado e suas lan-ças saíam através de buracos no meio de

cada escudo. O meio do quadrado não fi-cava vazio. Era uma sólida massa de sol-dados que seguravam os escudos sobre acabeça para formar um teto de proteção.Todos marchavam ao som do tambor.

o inimigo percebeu sua chance, vendo a tolice dos romanos ao saírem da pro-teção da cidade, e atacou a Tartaruga. Centenas foram ao encontro dos roma-nos, lutando contra as paredes frontais e laterais da Tartaruga. Ela estremeceu.

A parede da frente curvou-se levemente, depois fortaleceu-se e a Tartaruga con-tinuou sua marcha.

Cada inimigo que vinha até o alcance das lanças desse "porco-espinho béli-co" era espetado e atropelado. A linha de ataque do inimigo havia sido comple-

tamente derrubada. A Tartaruga marchava sem parar deixando para trás um ras-

tro de inimigos mortos.

Se um dos romanos que segurava um escudo da muralha fosse ferido, ficasse

cansado ou morresse, era substituído por um dos soldados que se achava atrásdele.

O inimigo não tinha chance. O número maior de homens não o favorecia, pois

somente uma fração dos combatentes poderia lutar por vez, e raramente che-gavam suficientemente perto para dar um golpe na Tartaruga. Quando conseguiam,

uma lança rapidamente os encontrava antes que fossem capazes de golpear maisalgumas vezes a muralha de escudos.

Quando o inimigo finalmente entendeu que precisava evitar e não brigar coma Tartaruga, sua força e vontade de lutar já haviam sido destruídas; os romanos

então podiam facilmente derrotá-Ios com os reforços da cidade.

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Page 15: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Era uma demonstração de organização, disciplina, confiança e coragem tra-zendo vitória, apesar de ter menos soldados. O comandante permanecera cal-mo durante todo o episódio. Sabiado que seus homens eram capazes..

NESSITAMOS DE UMATARTARUGA ESPIRITUAL

Efésios6.10-13,18: "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhore na força do Seupoder. Revestí-vosde toda deDeus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; por-que a vossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contraos e potestades, contra os dominadoresdeste mundo tenebroso, contra asforças espirituais do mal, nasre-giões . Portanto tomai toda a armadura de Deus,para que possaisresistir no dia mal e, depois de terdes vencido tu-do permenecei ... Com toda ora-ção e súplica, orando em todo o tempo no Espírito, e para isto vi-giando com toda perseverança e súplica por todos os santos."

Estamos em . O que está em jogo é muito mais do que tu-do que já foi ganho ou perdido em qualquer guerra física disputada na históriada humanidade. Estamos numa guerra que decidirá se as pessoas passarão a_________ usufruindo dos beneficiosda presençade Deus ou nos tor-mentos do inferno.

Felizmente, a guerra já está . Não há dúvida quanto ao resul-tado final. O plano do Pai, o sacrificio do Filho e a vinda do Espírito compoder, são garantias inalteráveis de que o Reino de Deus _

No entanto, Deus nos confia a responsabilidade de lutar com coragem e sa-bedoria. Nossos esforços são , porque Deus os incluiu comoparte do Seu plano. Devemos batalhar com confiança sem cair no errode acreditar que não fazemos alguma. O Senhornos exorta a sermos sensatos, sérios e vigilantes nesta guerra.

Assim como o comandante romano enviou a Tartaruga, Deus nos envia paraa luta. Estamos cercados por uma realidade que não po-de ser vista no plano físico, mas que existe e envolve nossos verdadeiros_______ - principados e potestades, dominadores e forças espirituais.Nossa Tartaruga espiritual tem uma missão de resgate. Tentamos salvar bilhõesde pessoasque, sem saber,estão sendo levadaspara o inferno, impelidas pela açãode forças contrárias às nossas.

Tais forças chegam a usar as pessoas a quem procuramos resgatar como____ contra nós. Por essemotivo, àsvezes,consideramos a sociedade não-cristã como nossainimiga, o que não é verdade. Simplesmente estão enganadose têm seus olhos pelas forças do mal.

"Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os quese perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século____ os entendimentos dos incrédulos, paraque Ihesnãoresplandeçaa luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a ima-gem de Deus" (2 Coríntios 4.3,4).

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Ainda que isto coloque nossavida em perigo, levando-nos até a morte, nossamissãoé o maior número possível dessaspessoas,trazendo-as até a segurança de nossaTartaruga espiritual.

Infelizmente, muitos de nós tentamos seguir a Jesussem uma ONDE ESTÃO AS TARTARUGAS?____ espiritual. Costumamos relembrar e tomar como exemplo as histó-rias de grandes heróis , tanto os de guerras físicas, (co-mo Tiradentes) quanto espirituais (como Martinho Lutero). Atacamos sózinhos,sem treinamento ou apoio. Inevitavelmente, logo descobrimos que trata-se de,um método ineficaz e às vezes, nossa própria sobrevivência parece incerta. Le-mos a exortação de Paulo em Efésios 6, onde somos estimulados a vestir a ar-madura de Deus, como sendo uma referência _

Entretanto, Paulo não fala a um indivíduo, mas a um . Ele não usao verbo "tomar" no singular e sim no plural. Não diz "EU" devo colocar a ar-madura de Deus, mas, "VOCÊS devem fazer isto ", Preci-samosformar uma Tartaruga espiritual. A intenção de Deus nunca foi que lutás-semos como indivíduos contra as forças espirituais e os principados.

Pauloexplica esse princípio em I Coríntios 12.27: "Vós sois deCristo; e, individualmente, membros desse corpo." Possuimos diferentesdons e necessitamos de todos nesta guerra. Um empunha o escudo, outro espe-ta a lançae um terceiro bate o . Quem luta sozinho é facilmenteneutralizado pelo inimigo. Juntos, pelo poder do Espírito Santo, nadanos deterá!

A igreja do primeiro século existiu em um ambiente _Enfrentoualgumasperseguiçõesterríveis. As pessoasprecisavamjuntar-se e reunir-sesecretamente se quisessem sobreviver. Posteriormente, quando o imperadorConstantino fez do cristianismo a religião do Estado, a igrejaenfraqueceuespiritualmente, porque não percebeu que o ambiente agres-sivo ainda existia.

~~~~ ~~~~~~agressivo?É proposital que tantas tentações e opções nos cerquem com a pre-tensão de afastar-nos de Cristo? De uma coisa sabemos, tudo isso faz parte doplano de Satanás.Precisamos de encorajamento e uns dos outros pa-ra permanecermos como discípulos fiéis e frutíferos.

De algumaforma, toda deve representar uma Tartaruga es-piritual e, àsvezes, elas funcionam como tal: Quando crescem, porém, torna-seinviável considerar toda a igreja como parte da Tartaruga. Fazer parte dela, exi-ge um nívelde compromisso e intimidade difícil de serem mantidos quando a igrejaabrigaum número maior de pessoas.Mediante os propósitos deste livro, uma Tar-taruga espiritual terá a definição a seguir:

DEFINiÇÃO: Uma Tartaruga espiritual é um grupo pequeno deapoio e comunhão que funciona biblicamente.

I. O propósito de um grupo pequeno de apoio é encorajar seus membros nodesenvolvimento do e ministério.

O QUE É UMA TARTARUGAESPIRITUAL?

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L-___________________________________________________ --- --

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Colossenses 1.28: ••...0 qual nós anunciamos,advertindo a todo homem e ensinando a todohomem em toda sabedoria, a fim de que apre-sentemos todo homem____ em Cristo".

o Espírito Santo está nos-so caráter para que ele se torne cada vez mais semelhante aode Cristo. Nosso intuito é encorajar e facilitar este processo.

2. A participação de tal grupo geralmente é limitada aos cris-tãos que, , envolvem-seem suasfunções.

As orações da tartaruga espiritualimpede a ação do inimigo 3. As do grupo são negociáveis e devem ser decididas

por ele mesmo, ou pelo líder, dependendo da estrutura em que for forma-do. Normalmente, as atividades incluem oração, compartilhar, poden-do abranger estudos, vários ministérios e eventos _

QUATRO ASPECTOS BÁSICOSDA TARTARUGA:

Como a Tartaruga dos romanos demonstrou bons _com elementos como: organização, confiança, disciplina e coragem contra uminimigo com maior número de soldados, nossasTartarugasdevem fazer o mesmo.

Organização:

Um pequeno grupo de apoio precisa ter um claro.

Existem grupos com o sub-propósito de espiritual, cujo mé-todo é muita oração. Há aquelesque desejam aprender, cujo método é estudara Bíblia. Outros preocupam-se com os não - crentes e desenvolvem um ministé-rio . Mas, estar envolvido com tais atividades nãoimplica necessariamente na existência de um grupo pequeno de apoio que tra-balhe biblicamente.

Muitas vezes, o fato dos grupos não aprenderem a funcionar co-mo uma Tartaruga espiritual, resulta em sua . Osconflitos que surgem entre os membros, demonstram a falta de um dos_______ aspectos básicos.

Neste manual, os propósitos de nossos grupos serão:

A. Desenvolver e ministério;

B. Treinar os participantes, visando posterior formação e liderança de___________ em suas respectivas igrejas.

Nossa maior será o caráter. No entanto, caráter eministério sempre se relacionam. As experiências com um grupo pe-queno, a prática de liderança e o material do manual, capacitarão osparticipantes a formarem e liderarem grupos.

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Page 18: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Nosso método será baseado nasseguintes atividades e regras: AS ATIVIDADES E REGRAS

Atividades:I. Treinamento em vários ministérios e traços de caráter.2. Encorajamento e exortação em relação àstarefas e outras áreas de necessi-

dade.3. Compartilhamento de planos, vitórias e derrotas.4. Intercessão, conforme o pedido dos participantes.

Regras:I. Os encontros serão estipuladospelo professor (geralmente não menos de quin-

ze minutos a cada duas semanas).2. Os grupos serão compostos de 3 ou 4 membros.3. As informações dos grupos serão confidenciais.4. O objetivo é acooperação: fazer astarefas e investir energiae amor no grupo.5. As instruções do professor em relação ao grupo deverão ser ouvidas atenta-

mente com uma atitude de cooperação.

Todos os métodos e regras existentes no mundo não nos ajudarão se não os DISCIPLINAcolocarmos em . Os soldados romanos eram suficientementedisciplinadose treinados para aprenderem a ser Tartarugas. Devemos ser suficien-temente para praticar e desenvolver um relacionamen-to saudávelem grupos pequenos.

Os romanos poderiam até saber como marchar em seupassoTartaruga, mas,se eles não tivessem sido para manter o mesmopassoou preencher o espaçodeixado no vão da muralha humana- mesmo quandoeles estivessem cansados, com medo, incertos do resultado poderiam ser der-rotados.

O desenvolvimento da disciplina não é algo muito po-pular e nem apreciado, contudo, consegue-semuito pou-co semela. Grandes artistas e músicos simplesmente nãotornam-se artistas de uma hora para outra. Elesexerci-tam uma disciplina durante . Assim, suascon-tribuições tornam-se mais criativas, demonstrando suasgrandes habilidades.

Disciplinas para oração, estudo, jejum, etc, sãode vitalimportância no Reinode Deus. Da mesmaforma, disciplinasde comunhão, mesmoquandodifíceis,fazem uma diferença muito grande em nossaeficiência. "Não aban-donemos a nossaprópria congregação, como é de muitos; an-tes, façamos admoestações ..." (Hebreus 10.25).

É importante que, ao participar de um grupo pequeno, eu possater certeza CONFIANÇAque seusmembros poderão oferecer-me proteção, encorajamento e oração. Tal-vez, o maior medo de um soldado da Tartaruga Romana não fosse a capacidadedo inimigo, mas, sim o fato de seuscompanheiros perderem ou não a coragem,_______ , ou deixá-Io sem proteção.

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...•..

Page 19: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Você não acredita no que ouvía seu respeito."

CORAGEM

Nós nos abriremos gradualmente

EXEMPLOS BíBLICOS

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A falta de confiança pode destruir rapidamente a eficiência de um grupo pe-queno. Se você, sem querer, deixar escapar algo _____ sobre a minha pessoa e eu descobrir, provavelmente isso irá atrapa-

lhar minha confiança em você. Se um soldado se preocupar constantemente na

hipótese de uma fuga de seus companheiros, ele não poderá concentrar-se emlutar contra o . _

Para que um grupo pequeno funcione, temos que uns nos

outros, além de exercer amor e proteção. Isto significa que serão capazes de ouvir,orar, encorajar, exortar e manter nossas conversas confidenciais. Em nossos gru-

pos, o grau de confiança mútua crescerá . Alémdisso, treinaremos a não compartilhar segredos uns dos outros. Devemos ser_________ , não violando a confiança em nós depositada.

Para continuarmos com os pequenos grupos, é necessário que nos _________ . Isto requer coragem. Mesmo trabalhando com confiança

e confiabilidade, sempre existe a possibilidade de que alguém venha a falhar. Nossosgrupos também devem oferecer uma nova chance aos que falharem. Há entrenós pessoas muito reservadas que precisam de muita coragem para compartilhar

sentimentos e necessidades do coração, mas isto acontecerá à medida que a con-fiança do grupo _

Pequenos grupos requerem coragem de seus participantes no sentido de ex-porem seus sentimentos. Há também uma grande expectativa no sentido de dare receber amor, encorajar e receber encorajamento.

Todos têm medo. Coragem não significa não ter medo; mas sim, fazer o que

é certo do medo.

"Depois subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vie-ram para junto dele. Então designou para estaremcom ele e para os enviar para pregar, e a exercer a autoridade de

expulsar demônios" (Marcos 3.13-15).

Jesus passou a maior parte do tempo com um determinado grupo de pessoas.Mesmo com os doze, ele ainda tinha um grupo de três (Pedro, Tiago e João) e

o mais íntimo era . Os discípulos passaram mais de três anos juntos.

Eles caminhavam, conversavam, ministravam e aprendiam juntos. Cometeram mui-

tos . Não foi fácil treiná-Ios, mas de alguma forma eles tive-ram uma experiência de grupos pequenos.

Atos 2.46-47: "Diariamente perseveravam unânimes no tem-

plo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições

com alegria e singeleza de , louvando a Deus e

contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isto,acrescentava-Ihes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos".

O número de crentes na Igreja Primitiva aumentou rapidamente para milha-

res, mas eles continuavam a se encontrar em grupos pequenos para comunhãonas _

------------------------------ -- --~_. -'

Page 20: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Seuprofessor dividirá a classeem grupos que, maistarde serão remanejados.Para um melhor aproveitamento, sugerimos que não haja insistência na forma-ção de grupos mistos ou com mais de quatro componentes.

Treinamento de Grupo Pequeno Para Escutar Refletidamente

Até o final desta aulae como parte da tarefa da próxima, vamos treinar a ar-te de refletidamente. Sevocê sedesenvolverbem nessaárea,será de grande ajuda para seuspequenos grupos, aconselhamento e mesmo nacomunicação com seu . É um instrumento simples,'masmuitoimportante para ser utilizado em conversas. Vamos usá-Io constantemente nes-tas duassemanas.Para ser um ouvinte que reflete a respeito do que ouve, obe-deça os seguintes princípios:

I. Deixe a linguagem de seu corpo mostrar pelo quea pessoaestá falando. Demonstre interesse através de suaexpressão facial e

2. Não nem demonstre estar com sono.

3. Mantenha um contato agradável com os . Não "atravesse" apessoacom o olhar, mas olhe para ela de forma que a deixe à vontade.

4. Não idéias próprias, não dê sua opinião, nemse posicione enquanto a pessoa estiver falando. '

5. Mostre que você está entendendo o que ela está comunicando,_________ com suaspróprias palavras,sem _e com a voz num tom de encorajamento. Além disso, tente comunicar umpouco do conteúdo que ela transmitiu. Por exemplo,se ela diz alguma coisa triste, mostre a ela que você entendeu, dizendo, "Vo-cê está triste com isso!"

6. Não , quando a pessoa estiver falando, a não serpara responder alguma pergunta.

Quando você já tiver se acostumado aser um bom ouvinte, não precisará in-terromper a conversa com muita freqüência só para o que foidito. Mas, no começo, só para treinar, interrompa a cada 3-4 sentenças efale,com suaspróprias palavras,o que ouviu. Elaprecisater a liberdadede corrigí-Iodizendo, "Bom, não foi exatamente isso que eu disse". Então a pessoa repetiráe você será capaz de resumir de forma mais precisa.

Por exemplo, se ela disser assim:

- Gosto muito do Superman. Gosto do fato dele ser honesto e não se apro-veitar das pessoas.A maioria das pessoasquando atinge o poder se corrompe.Se eu fosse o Superman, acho que iria gostar de voar por aí, ter a atenção daspessoase ajudá-Ias, mas ao mesmo tempo teria muita responsabilidade.

DIVISÃO EM PEQUENOSGRUPOS

OUVINDO ATENTAMENTE

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~.'

Page 21: Passo a Passo - Manual Do Estudante

EXERCíCIOS PARA GRUPOSPEQUENOS

PERGUNTAS

TAREFA

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Ao responder, você poderá dizer:

- Você gosta do Superman, aprecia sua integridade, e acha que seria legal voar

e ajudar as pessoas.

Observe que você não precisa repetir o que foi dito. Resuma.

O objetivo de escutar refletidamente é deixar a pessoa à vontade, dar-lhe a chancede comunicar seus desejos e mostrar-lhe que é bem quandose comunica.

Para que as pessoas se acostumem a conversar e compartilhar em grupo, olíder deverá escolher alguém (talvez ele mesmo) para falar e outro pa-ra ouvir. O restante do grupo deverá assistir e ouvir cuidadosamenteo que está se passando e, se necessário, dar alguma sugestão. Mude quem

fala e quem ouve de lugar para que todos tenham a chance de participar de cadapergunta. Não é necessário terminar com todos os assuntos. O mais importan-

te é começar a desenvolver o hábito de escutar refletindo. Lembre-se, ser um

bom ouvinte e estar num grupo pequeno requer que você invista amor e ener-gia. Não seja preguiçoso.

I. Cite um personagem da TV, filmes ou livros que você aprecie; diga o que vo-cê gosta nele e como se sentiria se fosse o próprio (dois minutos).

2. O que tem acontecido de bom em sua vida ultimamente? Por que considera

essa situação positiva?

3. Descreva uma situação em que você tenha conseguido algo muito importan-

te. Como você se sentiu? O que você gostaria de ganhar ou de obter em ter-

mos de futuro?

4. Como você se sentiria se estivesse no céu ao lado de Jesus? Se você estivesseagora ao lado dele, o que gostaria de pedir? Por que?

5. Cite o nome de alguém que você conhece e respeita. Por que o respeita? Emsua opinião, ele já fez algo que você considera negativo?

Quando faltar mais ou menos 10 minutos para acabar a aula, cada participan-

te deverá compartilhar um pedido de oração. Escreva o nome da pessoa e o pe-

dido após o número 2, na tarefa seguinte. Depois, ore especificamente por cada

pessoa.

I. Antes de sair, escreva os nomes, endereços, e telefone residenciais ou comer-ciais de cada membro do grupo. Escreva-os no espaço reservado abaixo:

2. Ore pelos componentes do grupo todos os dias da semana. Escreva seus no-

mes e pedidos de oração abaixo. Todas as vezes que orar por alguém, colo-que uma marca ao lado do respectivo nome.

3. Ao chegar na sala de aula na semana seguinte: - entregue ao professor a folha

de papel com o nome e o número de vezes que orou colocando o nome decada um e - prepare-se para um teste de múltipla escolha sobre os principais

pontos da lição de hoje.

Page 22: Passo a Passo - Manual Do Estudante

GRUPOS 2Quando eu estava na faculdade, convivi três anos com um pequeno grupo de

rapazescristãos. Havia um entre nós e apesar de nossogrupo pequenonão possuirestrutura suficiente,gastávamosum bom tempo juntos,conversando sobre vários assuntos, orando e estudando a Bíblia; trabalhávamosem nossas de caráter. Nem sempre era agradável, mas con-frontávamos uns aos outros em relação à essasfalhase, quando necessário, pe-díamos perdão.

No início, o relacionamento com um dos meus colegas de quarto, Michael,era um pouco tenso. Éramos diferentes em muitos aspectos... e então, os_______ aconteciam. Discutíamos nossasopiniões e muitas vezes,pre-cisávamospedir perdão um ao outro. Mas,aospoucos, fomos mudando. Tornei-memenos e mais sensível; Michael também mudou em outrasáreas.Eassimfoi, até que desenvolvium grande respeito por ele. Michaeltomou-seum de meus melhores amigos e alguém em quem eu podia confiar inteiramente.

Não tivemos a oportunidade de estudar um livro como o que apresentamosavocês. Cometemos muitos e esperamos que vocês possamevitá-Ios.Contudo, o fato é que há muito a ser aprendido sobre interação dos grupos pe-quenos de forma efetiva e _

Não importa o tipo de treinamento que se receba, infelizmente haverá mo-mentos em que desnecessariamente, ofenderemos alguém. O que manteve nos-so grupo unido e ajudou-nos a aprender, foi o forte comprometimento com oSenhor e com o para cada um. Estou agora separado por mi-lhares de quilômetros de distância daqueles meus colegas, mas continuo a amá-los profundamente e reconheço a grande que foram em mi-nha vida.

"Como o com o se afia, assim o homem ao seuamigo" (Provérbios 27.17).

Os "atrapalhadores" são pessoasque tornam difícil o convívio num grupo deinteração. Elesapresentam prejudiciais ao grupo.Certas atitudes a eles pertinentes, tornaram-se culturalmente aceitáveis e engra-çadas,difíceis portanto, de serem _

Citaremos essesatrapalhadores. Poderemos também, nos _"fazendo de conta" que somos como eles e assim,aprenderemos a reconhecê-los quando surgirem.

INTRODUÇÃO:CHOQUE NA FACULDADE

OS "ATRAPALHADORES":CARACTERíSTICASPREJUDICIAIS À INTERAÇÃO

Esseatrapalhador está sempre pronto para atirar a O "JUIZ"Num grupo pequeno ele aponta rapidamente os erros e asfraquezasdaspessoas.O juiz, em muitas oportunidades, pode estar correto, mas em geral precisa "tem-perar" suasafirmações com mais e _

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...•..

Page 23: Passo a Passo - Manual Do Estudante

o "PIADISTA"

O "FALADOR"

o "BUSCA-FOFOCA"

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Um dos objetivos dos grupos pequenos, é exercer maissuporte e menos con-fronto, apesar de, às vezes, o confronto ser bom e necessário. Mesmo em taisocasiões, quando as circunstâncias exigem um confronto, é melhor que ocorraatravés de , levando o membro do grupo a perceber seuerro, do que simplesmente proferir um seco veredito.

Alguém poderia dizer: "Que você ter se envolvidocom esse tipo de atividade. Jáprocurou descobrir se a Bíblia fala algo sobre is-so!", ao invés de: "Eu não acredito que você tenha se envolvido nisso. É peca-do!". Um dos problemas do juiz, é que ele tem o hábito de fazer julgamentos in-cisivos como se certas atividades fossem nitidamente _quando nem mesmo a Bíblia as define como tal.

Eleé, na maior parte do tempo, muito engraçado. Suaspiadaschamam a aten-ção sobre si e ao mesmo tempo alegram o grupo. No entanto, ele pode_________ a atenção fixada em alguém que esteja falando e até mi-nimizar o compartilhado. É muito bom contar com um piadista no grupo peque-no, mas será necessário que ele adquira e exerça _para detectar a hora apropriada para fazer o grupo rir.

o Falador não sabe quando . Ele quase sem-pre tem algo aacrescentar àsafirmações dos outros. Por vezes domina as con-versas ou, no mínimo, fala muito mais que as outras pessoas: Os com-ponentes do grupo perceberão que o interesse do falador, está em_______ e não nos outros; informações importantes deixarão de serverbalizadasporque ele estará utilizando o tempo e a paciência do grupo consi-go mesmo.

o falador precisa ser humilde e dispor-se a aprender a falar menos. Ele, emgeral, não o seu problema, por isso,é importante que ogrupo tome a iniciativa e desenvolva algunssinaisque serão utilizados para indi-car o momento em que ele deverá . Porexem-pio, se o falador aceitar a ajuda de alguém, um acordo poderá ser feito: quandoele falar demais, o colega olhará fixo e puxará suaorelha. (Minha própria esposachuta minha canela embaixo da mesa quando falo muito!)

Maso falador precisarádesenvolver um " " queo ajude adescobrir por si mesmo, quando parar. Trabalharemos nesta área de co-municação em algumas semanas.

Esse atrapalhador procura obter de quem fala, pormenores ______ que deveriam permanecer não revelados. O busca-fofoca faz per-guntas tipo: "Quem fez isso com você!": "Foi aquela loura com o vestido corde rosa!": "Conta maisprá gente sobre seurelacionamento com seunamorado!"

É importante que os grupos pequenos sejam encorajados a utilizar padrõesde comunicação apropriados, não revelando pecaminosos oucomprometendo a de alguém. Haverá situações em queos componentes do grupo requisitarão maiores detalhessobre o que estiver sendoexposto, mas isso deverá ser feito sem contudo incitar à ouà apresentação de detalhes desnecessários.

...

Page 24: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Ele concorda com o que está sendo apresentado, para então relatar algo O "COM PARADO R"_________ e por vezes,mais . Não é de

todo mal, especialmente quando for utilizado para demonstrar que a situação dapessoaque fala foi compreendida. Masos excessos, aborrecem pois geral-mente chegam a "atrapalhar" a interação diminuindo o impacto doportador da palavra ou mesmo afastando a deste.

o comparador propriamente dito, poderá iniciar dizendo: "Você acha issoruim! Sabeo que aconteceu comigo! ...": ou "Isso acabou de me lembrar que pre-ciso lhe contar uma coisa sémelhante que aconteceu comigo ...": "Que coisa, oqueaconteceu com você, foi o mesmo que ocorreu com uma amigaminha que..".

Cada um de nós é em parte único e em parte como asoutras pessoas.Algu-masvezesé bom que existem outros enfrentando ou que tenham pas-sado por situações semelhantes às nossas. No entanto, em geral, as pessoassesentirão mais e desejosasde compartilhar se tais seme-lhançasnão forem constantemente apontadas.

Elefalaàspessoasque o que estão compartilhando é coisa_________ , que acontece com qualquer um.Suaspalavrasou faciaiscomunicam sen-timentos do tipo: "O que há demais nisso!", "Há alguém quenão consiga passarpor isso!", "Você ainda está lutando comaquilo!" e "Eu gostaria que meus problemas fossem tão fá-ceis de ser resolvidos quanto os seus!", Ainda pode ser quecheguea ridicularizar a pessoaque está compartilhando, comum sutil sarcasmo.

o desprestigiador induz aspessoasa não _______ . Elefaz com que elassintam que seusproble-masnão são importantes para os outros. Os desprestigiado-ressãotidos como . Haverá ocasiõesem que alguémpoderá precisar ouvir que seuproblema é real-mente corriqueiro. No entanto, para o momento, evitemosesseatrapalhador.

O "DESPRESTIGIADOR"

Ele não demonstra evidência sufi- O "SR. APATIA"ciente decom os membros do grupo. Seuolhare postura de corpo não revelam

quando outra pessoado grupo está fa-lando. Talvezolhe demais para o reló-gio, cruze e descruze os braços, fo-lheie uma revistaou, quem sabe,tenha /:problemasem manter-se acordado en- t! tf;quanto outros falam. Isso espalha " -=~=Y'''''''''________ sobre o grupo.

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Page 25: Passo a Passo - Manual Do Estudante

o "DONO DA VERDADE"

SESSÃODE TREINAMENTOIdentificando os atrapalhadores

A IMPORTÂNCIA DO SIGILO

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Este atrapalhador é cheio de e a maioria delas já foiouvida muitas vezes. Elascostumam vir em forma de ditado popular ou versícu-10 bíblico. O dono da verdade precisa perceber que muitas vezesaspessoasjá sa-bem o que . O fato de compartilharem suaslutasnum gru-po pequeno, poderá fazer com que encontrem necessário para colo-carem a teoria em prática, agilizando assim a solução.

É muito fácil dar . O difícil é ouvir atentamente comamor um membro do grupo. Às vezes,o conselho faz-senecessário,masnão deveser dado à toda hora pois poderá causar a que se é o do-no da verdade. Antes de dar algum conselho, por que não oferecer a outra pes-soa a chance de "auto-aconselhar-se", fazendo a seguinte pergunta: "O que vo-cê acha que deve ser feito nessasituação?"

Invente situações para compartilhar de acordo com os tópicos abaixo rela-cionados. Os membros do grupo deverão assumir os vários tipos de atrapalha-dores. O restante do grupo deverá identificá-Ios.

Inventem algo para compartilhar sobre:

- Uma crise em família;- Um (a) namorado (a);- Uma mentira dita por você;- Pavor de baratas;- Preguiça e falta de disciplina;- Qualquer outro assunto que seja interessante ou engraçado, seja criativo.

Algumas pessoasacham extremamente difícil guardar . Damesma forma que os viciados em tóxico não conseguem ficar bem sem a droga,ficam incomodadas e só sentem-se melhor ao compartilharem a infor-mação com mais alguém.

Por que isso acontece com muitos de nós?Talvezas pessoaspara quem pas-samos informações confidenciais sintam-se " " e conse-quentemente, importantes; seformos os porta-vozes da notícia, eles também nostratarão com pelo fato de termos acessoa infor-mações interessantes e confidenciais.

Além disso, também existem pessoas que apreciam descobrir apectos_________ sobre outros. Talvez sintam-se mais confortáveis sobresi mesmos ao tomarem conhecimento de informações que tornam outra pessoa

____ " do que elas.Creio que, algumasvezes,aspessoassão motivadas pormelhores razões, como aconselhar numa situação difícil. Mas mesmo assim,a in-formação confidencialestarásendo transmitida sem adevida _

Precisamos,hoje, aprender asermos pessoas . Duran-te séculos, o sigilo tem sido uma regra de entre os pastores. Por isso,muitos fiéis têm compartilhado honestamente seusproblemas com seustutoresespirituais, aguardando ajuda. Infelizmente, hoje em dia, muitos pastores não têmmantido em sigilo as confidências recebidas.

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Page 26: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Conheci um pastor, maisvelho que eu, que me contando informa-ções confidenciais sobre outros. Por muitas vezestentei interrompê-Io. Eu diziaque achavaaquelasituação muito constrangedora e faziaconfrontações. Ele con-tinuava falando, fazia uma pausae me dizia: "Ta bom, então não fale sobre issocom mais ninguém!" ou então: "Estou falando para que você possa _pela situação". Apesar dele ser um bom amigo, tornou-se claro que eu não po-deria confiar-lhe algo confidencial sobre ou outra pessoa.

Sigilo no contexto de um grupo pequeno e no pastorado, possui lados_______ e . O lado formal ocorre quando afir-mamos categoricamente a alguém que o compartilhado deverá ser guardado con-fidencialmente.Sevocê contar para maisalguém,estará _sua palavra.Jesusdisse: "Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não.O que disto passar, vem do " (Mt 5.37).

o lado informal, é o pressuposto de que você não compartilhará aquela in-formação recebida sem autorização prévia a menos que seja_-------desnecessáriomanter segredo.O lado informal pode, àsvezes,tomar-se um pouco_______ , por isso, é melhor perguntar especificamente, o que deveráser mantido em sigilo. Por outro lado, também é importante solicitar que a in-formação por você forneci da não seja adiante.

o sigilo tem seus limites e apesar de muitos de nós não chegarmos a atingí- OS LIMITES DO SIGILOlos, devem ser mencionados. Sealguma informação confidencial revelar envolvi-mentos em situações de sério perigo, será conveniente passá-Iaa alguém qualifi-cado para lidar com ela. Por exemplo, um desajustado conta a você que preten-de matar alguém. Nesse caso, uma boa providência a ser tomada, será avisar àprovável vítima e a polícia. Seoutra informação revelar que a pessoaestá moles-tando os próprios filhos, então as autoridades competentes deverão ser infor-madas para que providências sejam tomadas a fim de proteger as crianças.

No entanto, atravessar a fronteira do sigilo não inclue permissão para que sefaçam fofocas a respeito da pessoa, mas sim que se tome as providências que sefizerem necessárias. É bom que você coloque as pessoasdo seu grupo pequenoou dassessõesde aconselhamento, a par dos limites do sigilo desde o princípio,e aproveite para explicar que esse também será o motivo das afirmações feitasmais adiante.

Sevocê não conseguir manter em sigilo asconfidências, poderá arruinar seugrupo: caso essaquebra de confiança ocorra repetidas vezes, talvez seja neces-sário tirá-Io do grupo. Ser confiável é um assunto muito sério.

I. Divida a classenos grupos pequenos habituais. Cada participante deverá re- Exercitando o Sigilopetir a seguinte declaração:

- Não divulgarei a informação confidencial aqui compartilhada a me-nos que vocês me autorizem ou então ocorra uma situação em que al-guém se encontre em perigo, de forma que o compartilhar com umapessoa qualificada possa ajudar.

29

." ,~,.,,

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2. Durante as semanas que se sequem, , cada pessoa terá que responder a per-gunta: "Você revelou alguma informação confidencial compartilha-da no grupo?"

3. Agora vocês poderão desenvolver a confiança um no outro, arriscando com-partilhar alguma informação confidencial. Cada pessoa do grupo deverácompartilhar sobre um ou dois assuntos que se seguem. Não se ex-

ponha muito, revelando algo muito íntimo para não sofrer demais caso o sigi-

lo seja rompido. Escolha um assunto suficientemente interessante para que oouvinte seja "tentado" a compartilhar com outros. Dessa forma,caso consi-

gam superar a prova, haverá crescimento.

Escolha alguém que ainda não tenha dirigido um exercício de grupo para que

lidere nessa oportunidade.

- Eu gostaria de me encontrar com _

- Eu gasto muito dinheiro em coisas que realmente não preciso.

- Como demais. Não tenho o menor auto-controle nessa área.

- Eu caio demais em depressão.

- Não me dou muito bem com _

- Tenho ciúmes de _

- Meu sonho é um dia chegar a ser _

4. Passem um período em oração e compartilhem respostas recentes de ora-

ção. Sejam breves.

TAREFA I. Escreva os nomes das pessoas de seu grupo no espaço que se segue. Ao finalde cada dia, certifique-se de ter orado por todos os participantes, fazendo uma

marca ao lado de cada nome diariamente.

2. Envie um bilhete pelo correio para a pessoa que no último encontro do gru-po, sentou-se ao seu lado direito. Encoraje-a e diga-lhe que você está guar-

dando sigilo a respeito do que ela compartilhou. Não cite o assunto na carta

para que, em caso de violação da correspondência, não haja problema.

3. No início da reunião seguinte, entregue ao professor uma folha de papel com

seu nome escrito. Você deverá ter anotado o número de vezes que orou pe-los membros do grupo e o nome da pessoa para quem, nessa semana, vocêenviou a cartinha.

30

....

Page 28: Passo a Passo - Manual Do Estudante

GRUPOS 3

o fato de estar fazendo este curso de desenvolvimento de caráter, implicaem que você já é ou virá a ser um pastor ou em suaigreja. Sig-nifica que poderá ser um canal de bênçãos, sendo usado por Deus para de-senvolver um ministério voltado a grupos pequenos, com o objetivo detreinar líderese manter os grupos organizados.Sendoassim,creio que você acharáde grande ajuda a informação contida neste capítulo.

Alguns líderes colocam mais pessoasnos grupos, mas creio existirem váriasrazões para afirmar que um grupinho com, no máximo 4, seja mais eficaz do queos mais numerosos.

I. Seo meio em que você vive possui um baixo nível de confiabilidade e um altonívelde " ", mesmo entre os crentes, maisumarazão para que seja um número pequeno. As pessoasficarão relutantes emcompartilhar caso percebam que algunscomponentes do grupo poderão re-velar as informações confidenciais; é mais fácil confiar num ________ número de pessoas. E, sem qualquer sombra de dúvi-da,estando num grupo pequeno, é mais fácil e rápido umao outro.

2. É mais fácil para um grupo pequeno viabilizar suas _

3. A num grupo pequeno tende a acontecer mais rapi-damente. Se cada participante tiver que responder a uma determinada per-gunta, é bem provável que o grupo conclua a questão em menos de dez mi-nutos. Caso haja dez pessoasno grupo, levará em média 2S minutos para to-dos responderem. Não será possível muito com o ma-terial, o que poderá tornar-se entediante para os participantes.

4. Grupos menores possibilitam a existência de um maior número de grupos.O que implica em mais pessoas sendo treinadas para _outros grupos.

I. A separação dos sexos poderá facilitar a comunicação de assuntose pecadosque porventura possam --- com a companhiamista.

2. Grupos mistos, aumentam a possibilidade de_______ , flertes e exibições, podendodessaforma, prejudicar o grupo.

3. Ao organizar os grupos, talvez você consideremais sábio misturá-Ios. Não faremos isto nestecurso, masem outras situações, talvez seja a me-lhor opção, cabendo a tal escolha.

ORGANIZANDO UMMINISTÉRIO COMGRUPOS PEQUENOS

POR QUE OS GRUPOS DEVEMSOMENTE 3 OU 4 PESSOAS?

POR QUE NÃO MISTURARRAPAZES E MOÇAS?

Page 29: Passo a Passo - Manual Do Estudante

ORAÇÃO

Oração evasiva: "Abençoe o gato,proteja o cachorro, etc."

E OS TíMIDOS?

APRENDENDO A FALARC.OM AMOR

32

Uma dascaracterísticas maisausentesnos grupos pequenos: são as oraçõessinceras, genuínas e certas. Emgeral, aquelesque mais , são os quemais se delongam nas orações. Essasituação exigirá maior paciência por partedos outros membros do grupo, o que poderá ser _

O tamanho ideal de uma oração, varia de para_______ . No entanto, o exemplo que Jesusdeixou na oração do PaiNosso e nasvárias instruções a respeito, demonstram que na maioria dasvezes,as orações são as mais indicadas. "E, orando, não useisde vãsrepetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falarserão ouvidos. Não vos assemelheispois, a eles; porque Deus, o vosso Pai,sabeo de que tendes necessidade, que lho peçais (Mateus 6.7-8).

Seem seu grupo há os que tendem a desequilibrar a , pen-dendo paraum tempo muito longo, talvez você considere útil algumasdasseguintessugestões:

- Separeum tempo paraaspessoasorarem frasesde uma única _

- Peçaorações em que as pessoastenham que resumir o motivo de agradeci-mento em uma só , tipo: "Nós te agradecemos Senhor pelo... perdão, amor, alimentação", etc.

- Designe orações para pessoas , por exemplo:"Ana, você pode orar pelo pedido de oração da [úlia!",

- Não em público aquelesque se delongam demaisnasorações. Provavelmente não tal detalhe. Falecom elesparticularmente, pedindo que façam orações mais curtas, pois dessa formaestarão auxiliandoos membros maistímidos do grupo, possibilitandoum tempode silêncio para que eles o preencham. Tal proposta poderá fazê-Ios enten-der que orações longas e eloqüentes têm o poder de _as pessoas e que haverá maior participação se as orações forem simples.

Por outro lado,sealguémficar relutante ao orar em público, _muito para que não se sintam desconfortáveis. Após algumassemanas,de formanatural, eles deverão começar, aventurando-se a orar em voz alta. Isso aconte-cerá mais facilmente se os membros do grupo fizerem orações curtas e simplesao invésde usarem uma sofisticada. Tampouco, há neces-sidade de se orar utilizando a segunda pessoa do singular, como pensam alguns.Seapós algumassemanasos tímidos do grupo não se decidirem a orar em públi-co, talvez seja sábio conversar com eles em particular, assegurando-Ihesque elo-qüência e palavrasbonitas não são importantes numa oração. Deus olha paraa de nossos corações.

"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assimcomo eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto________ todos que sois meus discípulos, se tiverdes amoruns aos outros" (joão 13.34-35).

Page 30: Passo a Passo - Manual Do Estudante

.~•• falando a verdade com espírito de amor ------em tudopara alcançar a altura espiritual de Cristo" (Efésios 4.15).

o amor entre os cristãos deveria o mundo.Infelizmente, na maioria das vezes a rivalidade e mesquinhez existentes no Cor-po de Cristo chamammaisatenção. Muitos de nós nunca aprendemos a dizercoisas de forma amorosa. Os grupos pequenos po-dem nos ajudar a desenvolver esse aspecto. Tal habilidadenão somente demons-trará ao mundo nosso amor, mas também enriquecerá o relacionamento comnosso , filhos e em todas as áreasque envolvam comunicação.

Algumas vezes as pessoasnão percebem se o nível de sua comunicação é al-to ou baixo. Dar "retorno" é comunicar à outra pessoa como _______ suas palavras. Seaprendermos a dar retorno de forma gentil,estaremos encorajando nossos grupos, em termos gerais, a desenvolverem umacomunicação mais amorosa. Você encontrará a seguir, algumasmaneiras de rea-lizaresseretomo. A prática dasmesmas,ajudaráaevitar mal-entendidosque muitasvezesocorrem nos grupos pequenos. Como os atrapalhadores, estassão regrasgerais que se aplicam a todas as situações.

I. Descreva sua percepção e sobre o que foidito.

Não e nem "ataque" os sentimentos da pessoa. Atenha-se ao que foi dito. Evite especular motivos ou avaliar a validade das afir-mações. Enfatize porém, o sentimento provocado em você pelas palavraspro-feridas. Por exemplo: "João, quando você falou _________ , eu achei que você estavadizendo que me achavaum bo-bo. Me senti humilhado".

2. Seja _

Numa situação real, o espaço em branco do ítem anterior deverá conter, sepossível, exatamente as palavras proferidas. É difícil mudar padrões de comuni-cação e torná-Ios mais sensíveis se não fornecermos o _específico.

3. Escolha o apropriado.

A pessoareagirá de forma positiva ao retorno, se você o fizer nessede-terminado horário?Você está preparado para comunicar-se de forma gentil?Você necessita de alguns momentos para " " ou parapensar numa forma melhor a fim de colocar o assunto?Tendo em vista asituação em questão, o que será maisaconselhável:con-versar juntamente com o grupo ou aguardar um horário em que vocêspossam conversar em ?

APRENDENDO A DAR"RETORNO" A OUTROS DEFORMA CARINHOSA

33

Page 31: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Por exemplo:

PREPARE PERGUNTAS PARA OSGRUPOS PEQUENOS

34

4. Certifique-se de que seu retorno esteja sendo _

Pergunte ao grupo, ou à pessoa em questão, o que sentiram do retorno porvocê apresentado.

Você comunicou-se de forma clara!Outras pessoas do grupo o mesmo que você em relaçãoao que foi dito!

5. Procure não colocar-se na e nem ficaraborrecido.

Pode acontecer do assunto apresentado ser muito importante para você e

a opinião de um dos membros do grupo deixá-I o aborrecido. Se você perder o

controle, alterar a voz e defender-se de forma , fará comque a situação piore consideravelmente. Seja manso e com calma comunique comorecebeu o que foi dito.

Roberto - Eu acho que o João é meio preguiçoso. Ele não fez nenhum dosexercícios solicitados, mas nós fizemos. Daí, o que acontece é que quando ele

vem para a classe, não está preparado e isso atrasa a todos. Não acho isso justo!O que vocês acham! Estou sendo muito duro!

Carlos - Bom, eu gostaria de ouvir o que o João tem a dizer, mas antes que-

ro apresentar-Ihes o retorno da colocação anterior. Eu não sei o que você con-sidera "ser duro", mas eu me sentiria muito mal se alguém me chamasse de "pre-

guiçoso". João, como você recebeu esse comentário!

João - Eu não tinha percebido que o fato de não fazer os exercícios estavaatrasando vocês. Agora porém, compreendi isso e também que Roberto não achou

muito justo o que aconteceu.

Roberto - Perdão por tê-Io chamado de preguiçoso, João. Você poderia noscontar porque não fez os exercicios!

João - Bem, minha mãe ficou muito doente por um mês inteirinho e com otrabalho extra de cuidar da casa...

(Notem que João não se defendeu inicialmente; foi manso.)

Para organizar grupos pequenos é necessário que você saiba um

bom material para discussão e perguntas para serem respondidas durante o tem-

po de compartilhar. Alistei a seguir algumas sugestões:

I. Para começar, utilize questões não muito mas nem porisso desinteressantes. Elas devem ser suficientemente _

para que o grupo todo queira escutar, pois a resposta deverá revelar algo in-

teressante a respeito dos membros do grupo.

"'.

Page 32: Passo a Passo - Manual Do Estudante

2. Evite em suasproposições. Ao invés de per-guntar: "qual foi a melhor coisa que você já fez?", diga: "Conte para nós______ das melhores coisas que você já fez".

3. Solicite informações ~ __ complementares tipo: "Comovocê em relação a isso?" ou "Por que você conside-rou isso importante?".

4. Certifique-se de que suasperguntasestejam suficientemente _e não necessitem de explicações complementares.

5. As perguntasdevem ser de âmbito geral para que possam respondê-Ias.Evite questõesdo tipo: "Como você se sentiu na primeira vezem que viajoude avião?". Algumas pessoas viajaram de avião (e para falar a ver-dade, essapergunta não é nada interessante!).

6. Uma boa dica também consiste em não fazer perguntas que venhama ser respondidas da ou cuja resposta sejaum simples "sim" ou "não", pois devem vir seguidasde um compar-tilhar a respeito.

7. De forma geral, asperguntas feitas requerem um compartilhar de or-dem e não posicionamentos ou opiniões teológi-cas.

É importante ressaltar que as dicas anteriores nem sempre se encaixa-rão em seu esquema. Quanto mais o grupo se tornar,mais facilidade seus membros encontrarão para compartilhar sentimentosmais profundos.

EXEMPLO NEGATIVO

Após percorrer as regras anteriores, retorne para os grupos pequenos e fa-ça o seguinte:

INTERAÇÃO DOS GRUPOSPEQUENOS

I. Juntos, "bolem" 3 boas perguntas para serem compartilhadas nos grupos pe-quenos. Taisperguntas deverão ser escritas numa folha de papel com o nomede cada participante e entregues ao professor ao final da aula.

2. Cada um, poderá compartilhar com o grupo as próprias respostas para umade suasperguntas.

3. Pergunte a cada membro do grupo se revelou a alguém as informações confi-denciais ali compartilhadas na lição anterior. Se o fizeram, deverão explicaro porquê e também desculpar-se.

4. Seriainteressantesecadaum compartilhasseo número de vezesque orou pelosoutros desde a última lição.

A folha de observação possui uma lista variada dasdiversasformas em que os FOLHA DE OBSERVAÇÃOmembros dos grupos poderão interagir. Uma pessoapoderá desempenhar vários

35

'.-,

Page 33: Passo a Passo - Manual Do Estudante

papéis. Escrevao nome de cada participante do seu grupo, incluindo o seu tam-bém. A seguir, faça uma marca sob os nomes em cada fileira, designando assima forma que agem no contexto do pequeno grupo.

Por exemplo: Roberto, num certo ponto, perguntou a opinião dos outros sobre determinadoassunto.Você então poderá colocar um sinalem ••Roberto" na coluna "pede opi-nião". Continue anotando todas os papéis desempenhados por Roberto.

TAREFA I. Ore diariamente pelos membros de seu grupo.

2. Escrevatrês perguntas aserem compartilhadas pelo.grupo, seguindo asorien-tações dadas.Coloque seu nome na folha e entregue ao professor no inícioda próxima aula.

3. Prepare-se para uma rápida verificação dos pontos principais desta lição, noinício da próxima aula.

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~'-

Page 34: Passo a Passo - Manual Do Estudante

FOLHA DE OBSERVAÇÃODOS GRUPOS PEQUENOSNOMES

......,.O~~

Atitudes ~~dos participantes V

• lidera

• conta piadas

• dá opinião /• pede opinião I• condensa as informações

• discerne com facilidade

• fala muito

• fala equilibradamente

• fala pouco

• interessado

• dominador

• agressivo

• gentil

• toma iniciativa j• revisa o aprendizado

• encoraja a participação

• ora prolongadamente

• ora na medida certa

• ora pouco

• comunicativo

36a

~...

Page 35: Passo a Passo - Manual Do Estudante

COMUNICAÇÃO IA DISCIPLINA DO SILÊNCIO

EXPERIÊNCIA: 3 MINUTOSDE SILÊNCIO

Nos próximos três minutos, o professor solicitará a cooperação da classenosentido de manter absoluto silêncio. É importante que não haja conversas enem sussurros. De olhos fechados e em completo silêncio, medite sobre o Se-nhor e no que Ele deseja transmitir a cada um. O professor avisaráquan-do os três minutos terminarem. Enquanto isso, todos os olhos devem permane-cer fechados e nenhum som ouvido.

"Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus" (Salmos46.10).

É proveitoso "esvaziar" a mente de outros pensamentos e ficar em silênciopara ouvir o que Deus quer nos dizer.

Aprender a ficar quieto, faz parte do processo de dominar nos-sas línguas.

INTRODUÇÃOUm grupo musicalevangélico foi convidado para apresentar-se numa concen-tração de jovens. O lugar estava lotado. Devido a diversos contratempos, a pro-gramação teve início com atraso.

Após uma hora de programa, os jovens encerraram aapresentação,esperandopor um período disponível para conversar com as pessoasdo auditório. Parasur-presa geral, um pastor presente ao evento pediu para falar einiciou uma exposição bíblica,que terminou quase duas ho-ras depois!

Os jovens do grupo, cansadosde ficar tanto tempo em pé,procuravam encostar-se onde pudessem, cada vez mais impa-cientes. Foi impossível evitar. Diante de alguém tão "enrola-do", com tanto a acrescentar, quem estava no local começoua sair, afinal já era muito tarde.

Quando finalmente terminou a pregação, o pastor tinha noauditório uma dezena de pessoas dispersase sonolentas,que não haviam prestado atenção nem à metade do que eledissera.

DISCUSSÃO:- Penseem alguém que tenha o hábito de falar muito. Não precisa ser comoo pastor da ilustração. Algumas pessoas falam muito, outras um pouqui-nho mais do que deveriam.

Quantos são capazesde lembrar-se de alguém?Foi difícil?

Como você se sente em relação a essapessoa?

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~...

Page 36: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Temos em nossas igrejas líderes ou pastores que costumam falar muito?

Você acha que a maioria das pessoas que fala muito tem consciência de seuproblema?

Você acha que a Bíblia nos ensina a falar muito ou pouco?

o que motiva algumas pessoas a falarem muito ou monopolizarem uma con-versa? Por que você acha que agem dessa maneira?

ALGUMAS CONSIDERAÇÕESSOBRE A BíBLIA

o livro de é rico em sugestões e admoestações so-bre como utilizarmos nossas línguas. Muitos temas e comentários são repetidosno decorrer do livro, mas alistei alguns versículos relativos a como _

nossas palavras, e acrescentei alguns comentários. Uma lista extensade provérbios em relação à língua está inclusa no suplemento do professor.

Provérbios 10.19: "No muito falar não falta _mas o que modera os seus lábios é prudente."

É muito difícil falar demais e não . Grande parte das pessoasfala o que Ihes vem a mente antes mesmo de parar para pensar. O exercício quefaremos durante esta semana visa ajudar-nos a parar de falar . Talvezcomecemos a pensar mais antes de falar.

)~~~.1'____ ..----..... Tome cuidado com o que você fala!

Provérbios 12.23: "A pessoa prudente _a sua sabedoria, mas os tolos anunciam a sua pró-pria ignorância.

Provérbios 15.28: "O coração do justo medita o quehá de responder, mas a boca dos perversos trans-borda _

(,1

"Veja bem, Sr. Língua, sem autorizaçãonão abrimos a boca para que o senhor fale:'

É sempre uma tentação falar tudo que _Queremos impressionar os outros, desejamos que as pes-soas nos julguem importantes. É bem mais sábio perma-

necermos quietos e guardarmos para nós mesmos o que temos a dizer, até es-tarmos certos do tempo apropriado para dizê-Io .

••...a boca fala do que o coração está cheio. O homen bom tira o bemdo seu depósito de coisas boas, e o homem mau tira o mal do seu de-pósito de coisas más" (Mateus 12.34,35).

Nossas mostram o que somos.

Provérbios 13.3: Quem toma cuidado com o que diz está _a sua própria vida, mas quem fala demais destrói a si mesmo.

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Page 37: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Sabercontrolar a línguaé uma dasdisciplinasmaisimportantes para _________ de uma série de problemas. Uma palavra _que fira uma pessoa ou viole uma confidência, causa danos por vezesirreparáveis aos relacionamentos.

Provérbios 17.27,28: "Quem as palavras possui o conhe-cimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência. Até o estul-to, quando se cala, é tido por , e o que cerra os lábiospor entendido."

Pensa-seque o muito falar é sinalde inteligência. Mas, issonão é verdade, muitopelo contrário.

Provérbios 18.21:"A morte e a vida estão no poder da ,o que bem a utiliza come do seu fruto".

Tanto o que dizemos quanto o que de dizer émuito importante. Foi através das palavras da serpente, esperta e maliciosa,que o ser humano foi levado a pecar. Por outro lado, também através de pala-vras o Evangelho é pregado e pessoassão salvas(I Coríntios 1.21).

Nossos relacionamentos podem ser em gran-de escala pelo que falamos.

Durante estaprimeira semanaaprenderemos e colocaremos em prática adis- SILÊNCIO = JEJUMciplina espiritual do silêncio. Ao contrário do jejum, oração, meditação nasEscrituas, etc., esta disciplina não está especificamente na Bí- A língua em jejumblia. Apesar disso, os versículos que mencionamos anteriormente, ajudam a for-mar uma que nos encoraja a aplicar esse conceito.

A disciplina do silêncio, em alguns aspectos, funciona similarmen-te à do . Quando uma pessoadecide jejuar, normalmente determinao limite de tempo que ficará sem comer, somente bebendo água. O jejum nostreina em algumas maneiras:

I. Faz com que a Deus e nos comuniquemos comEle de modo especial.

2. Ensina-nos a desenvolver maior (a par-tir de nossos hábitos alimentares).

3. Aumenta nossa pelos alimentos.

Jejuar por um período muito longo, prejudicaria nossasaúdepodendo nos levaraté à morte. Mas, o jejum realizado como disciplina regular e limitada, traz osbenefícios mencionados.

Da mesma forma, a disciplina do silêncio não é para ser praticada___________ , mas pode ser de grande auxílio no que diz res-peito a:

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Page 38: Passo a Passo - Manual Do Estudante

I. de Deus e manter com Ele uma comunicaçãopessoal.

2. Desenvolver um maior sobre o que dizemos.

3. o poder das palavras.

o QUE É DISCIPLINADO SILÊNCIO

Na história da Igreja, algumaspessoasfizeram o de permanecerem silêncio por um determinado período de tempo. Prometeram não falarabsolutamente durante esse período. Não se assuste! Não pe-direi a ninguém para seguir esseexemplo! Vamos abordar esse conceito. Tenta-rei colocar este conceito de forma mais prática.

Tendo em vista os propósitos deste manual de discipulado, definiremos a dis-ciplinado silêncionosseguintestermos: A arte de falar o extremamente necessário.Utilizar as observações a seguir:

I. Evitar uma conversa;

2. Evitar fornecer pessoal;

3. Evitar adicionar informações a uma conversa;

4. cuidadosamente tudo que acontece ao seu redore ouvir atentamente aos que estiverem falando;

5. Responder às perguntas do modo mais possível;

6. Aguardar para fornecer ou pedir qualquer informação até ter cer-teza de que mais o fará;

ATENÇÃO: Comer, com exceção quando se está jejuando, é um hábito nor-mal. Da mesma forma, não existe nadade errado em iniciar uma conversa, fazerperguntas, etc. Durante algunsdias, porém, vamos exercitar a disciplinado silên-cio para que possamosaprimorar nossa comunicação.

Treinaremos esta discipina por um período limitado. Apos esta fase, estare-mos aptos a colocá-Ia em prática . Isso nos aju-dará a continuar no processo de melhorar a comunicação e _a língua. Este exercício dará início a um processo que poderá trazer váriosbenefícios:

- PESSOASQUE FALAMMUITO outros de sie da igre-ja. Provocam impaciênciaem quem os ouve. A maioria das pessoas que falamuito não que possue esse problema. Este exercí-cio pode auxiliá-Iasa reconhecerem o problema e a serem mais seletivasem re-lação ao que dizem. Os que as conhecem verão nessamudança um verdadeiromilagre!

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Page 39: Passo a Passo - Manual Do Estudante

- PESSOAS QUE FALAM SEM PENSAR colocam-seem situações que não desejam, comprometem-se com o quenão pretendiam ou ferem os sentimentos de outros. Esteexer-dcio pode contribuir para que aprendam a _antes de falar.

- PESSOAS QUE RESPONDEM ANTES DE OUVIRmostram que são e decorrente disso, passamvergonha.

"Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo epassa vergonha" (Provérbios 18.13).

Em geral, não sabemos . A disciplina do si-lêncio pode auxiliar-nos a progredir nessaárea.

- Algumas pessoas falam da MANEIRA ERRADA ou NA HORAERRADA.

'''Ta vendo! Mais uma vez vocênos colocou numa encrenca!"

"Como quem se despe num dia de frio, e como vinagre sobre_______ , assim é o que entoa canções junto ao coração aflito"(Provérbios 25.20).

"O que ao seu vizinho em alta voz, logo de manhã, pormaldição lhe atribuem o que faz" (Provérbios 27.14).

Estadisciplinadiminuirá esse hábito de muito falar e desenvolverá maior sen-sibilidade diante dessa falha.

OPORTUNIDADES PARA OBSERVAR serão constantes neste perío-do, desde que não nos preocupemos em falar muito e procuremos permanecerem silêncio, observando o que está ocorrendo nas conversas:

Seráque aspessoasrealmente se pelasoutras ou ape-nas em falar sobre si mesmas?

As pessoasfazem mais comentários positivos ou negativos sobre os que nãoestão ?

As conversas giram mais em torno de assuntos triviais ou profundos?

As pessoasse interessam pelo que tenho a dizer?

Você conseguiu identificar quem fala muito?

Com quem eu gosto de conversar e por que?

P.~RTE I - SEMI-SILÊNCIO TAREFA

Suatarefa é praticar a disciplina do silêncio começando com um período detrês horas e depois, em outro dia, por uma tarde inteira.

41

~"'..

Page 40: Passo a Passo - Manual Do Estudante

lembre-se: você deverá evitar oferecer informações sem ser solicita-do. Não inicie nenhuma conversa. Ouça com atenção. Fornecerá somenteinformações se ninguém mais puder fazê-to.

Isto não significa que você deva ser rude. Ouça atentamente o que as pes-soas têm a dizer..

Quando dirigirem-se a você, mantenha contato com o olhar e façaalgunsco-mentários tipo: "Hum, Hum", ou "Sei".

Se alguém lhe perguntar algo, responda com a maior brevidade possível.

Sepuder, pratique adisciplinanos diasque não tiver compromissos de dar aulas,palestras, etc.

Evite comentários ou perguntas durante as aulas ou reuniões.

PARTE 11:CONTROLE DE CONVERSAS

2. Sevocê preencher todo papelque está em suacarteira, guarde-o e substitua-opor outro. Antes da próxima aula,conte todos "X", estrelas, círculos, anoteos totais obtidos e também seu nome numa folha. Entregue-a ao professorjuntamente com as folhas de papel que estavam em sua carteira.

3. Na aula seguinte, esteja preparado para compartilhar com seu grupo peque-no, como você se sentiu e o que observou durante a semana enquanto ten-

Mantenha um tava exercitar a disciplina do silêncio."controle das conversas."

4. Se quiser, tente manter o disciplina de silêncio por um dia inteiro.

"Puxa, João está mesmo levandoa sério esta disciplina de silêncio.'

'ATE' OTDLO QUE SE CALASEM REPUTADO POR -SÁBIO"

k & llrY/(@xM@lrcYX@*~)(&~~)45!x@~ * *~><ca x(jif

@:lre I<)6h«~

O QUE É "FALAR MAC'DE ALGUÉM?

I. Destaque a parte do papel indicada no final deste capítuloe mantenha-a juntamente com uma caneta, à mão duran-te estasemana.Após observar ou tomar parte em conver-sas, faça o seguinte:

• se alguém falou algo negativo sobre outra pessoanes-sa conversa, coloque um "X" no papel;

• se nada de negativo foi dito sobre outra pessoa, colo-que uma estrela "*'';

• se nesseperíodo você obteve sucesso em manter suadisciplina durante a conversa, faça um círulo em voltada estrela ou do "X". " X " ou " * "

Como julgar se foi dita alguma palavra negativa sobre outra pes-soa durante a conversa? Especificamente neste caso, apesar de ser um tantoquanto arbitrário, consideraremos como dito algo negativo sobre alguém, se al-guma das afirmações que se seguem for verdadeira:

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• Você não gostaria se algo semelhante fosse dito a seu respeito.

Page 41: Passo a Passo - Manual Do Estudante

• A pessoa sobre quem se comentou não ficaria contente se alguém passassea outros essas informações.

• O comentário fornece uma imagem negativa da pessoa.

• Evidencia falha de caráter ou de atitudes.

• Prejudica a reputação.

A classe deverá ser dividida em grupos pequenos. TREINAMENTO

Cada um decidirá quem será o primeiro a fazer o papel de quem aplicará adisciplina do silêncio.

Os outros membros do grupo inventarão um comentário a respeito de al-

guém que esteja ausente.

Depois de um minuto ou dois, quem estiver treinando a disciplina do silêncio

deverá marcar um "X" ou uma estrela num pedaço de papel e fazer ou não

um círculo em torno de um deles.

Feito isso, o grupo discutirá se essa pessoa exerceu corretamente ou não a

disciplina do silêncio e se fez as marcas no papel de maneira correta.

ATENCÃO: aplicar a teoria do silêncio não significa permanecer calado ao

ser interpelado. A regra é ser educado, mas breve. O assunto da conversa de-verá ser fictício para evitar maledicência e ao mesmo tempo, ser abordado

com senso de humor.

Após a pessoa em questão haver praticado a disciplina do silêncio, o grupodeve escolher uma próxima para a mesma função. Outra conversa deverá ser ini-

ciada com duração de uns dois minutos. Quando o professor indicar, a pessoa mar-

cará seu papel com um "X" ou uma estrela, e assim por diante. O processo se

repetirá até que todos dos grupos tenham praticado a disciplina do silêncio.

Os participantes procurarão ser sutís em seus diálogos. Às vezes, fa-

rão apenas comentários positivos. Outras, negativos. Tentarão escolher um as-

sunto que provoque a tal ponto a pessoa que está exercitando o silêncio, que es-

ta venha a manifestar-se sem que alguém a interrogue diretamente.

43

Page 42: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"ATÉ O TOLO QUANDO SE CALASERÁ REPUTADO POR SÁBIO;"

(Provérbios 17.28).

Destaque esta folha de seu livro e leve-se sempre com você.

Depois de todas conversas que você observar ou tomar parte, pegue papel, caneta e faça o seguinte:

se, na conversa, alguém falou algo negativo sobre outra pessoa, coloque um "X" no papel;

se não foi dito nada de negativo sobre outra pessoa, coloque uma estrela; *se exerceu a disciplina do silêncio com sucesso durante a conversa, isto é, se você não iniciou diálogo enem deu qualquer informação voluntariamente, faça um círculo em volta da estrela ou do "X".

se você não obteve sucesso em manter a disciplina do silêncio, não circule o "X" nem a estrela.

44-A

~...

Page 43: Passo a Passo - Manual Do Estudante

COMUNICAÇÃO 2LEALDADE: EVITANDO FOFOCAS

GRUPOS PEQUENOS (15 minutos)

Era uma vez, numa terra distante, um menestrel que se chamavaJeanPierre. A FÁBULA DO MENESTRELEle adorava cantar e contar histórias para quem quisesseouvir. Era muito bomnisso e por essemotivo, sempre se formava uma multidão quando ele começavaa cantar. Jean Pierre viajava de cidade em cidade cantando e contando históriasnas praçase vivendo do que ganhavadas pessoas.

- Que lugar lindo! JeanPierre pensou. Eu real-mente não me importaria de ficar aqui pormais tempo!

o rei chamou um de seusservos e disse:

Um dia, chegou a uma pequena e bonita cidadechamadaTremaine.Haviaao seu redor um muro mui-to alto e um fosso. Bem no meio da cidade haviaumsobranceiro e imponente castelo.

Assim, foi direto para a praça e começou a can-tar. Suavoz era muito bonita e logo formou-se umamultidão ao seuredor. Nesseponto, começou a con-tar uma história. Era uma história divertida e a mul-tidão crescia e ria cada vez mais alto. Logo o rei da-quele país,Edmond, surgiu nasacadaimaginandoqualseria o motivo daquele rebuliço.

o rei deu uma grande festa para todos seusamigos e o menestrel estavapre-sente para divertí-Ios. Elesapreciaram tanto suascanções e histórias que o ouvi-ram por cinco noites seguidas.

o rei Edmond lembrou-se de seu amigo Rei Lamont que morava perto, nu-ma cidade a 20 quilômetros de distância, chamada Farseilles.

- Eu vou enviar este menestrel para meu bom amigo Rei Larnont,disseo Rei Edmond. Talvez o humor de Jean Pierre consiga adoçar o vi-nho azedo que ele me serve todas as vezes que vou visitá-Io!

E todos riram da piada do Rei Edmond.

Jean Pierre concordou em ir. Edmond, porém, insistiu que o menestrel vol-tasse para Tremaine após visitar Farseilles.

- Porque, entre 1remalne e Farsellles, exclamou o rei Edmond, eu achoque um menestrel com seus talentos poderá se sair muito bem duranteo tempo que quiserl

...

Page 44: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Jean Pierre chegou em Farseilles e dirigiu-se ao castelo com uma carta de re-

comendação do Rei Edmond. Naquela mesma noite, o Rei Lamont deu uma fes-ta e Jean Pierre entreteve a todos os convidados, que riram e se divertiram atébem mais que meia-noite.

Tarde da noite, enquanto todos tomavam vinho pra valer, com "cara de cabi-de", Jean Pierre disse a um dos servos:

- Mas este vinho não é nem um pouco azedo!

o servo relatou o comentário de jean Pierre ao rei, que por sua vez, pediuuma explicação.

- Oh, eu não tive a intenção de ofender. É que o vinho é tão bomque supera a reputação que possui.

- Eu sabia! o Rei Lamont vociferou. Aquele beberrão do Edmond nãome perdoa por aquele ano em que servi um vinho que não era tão bomnuma festa! Agora então, fala a todos que só temos vinho ruim em Far-seilles. Creio que um bom amigo já teria me perdoado!

No entanto, as palhaçadas de Jean Pierre logo fizeram com que todos esque-

cessem o episódio do vinho azedo. O rei e sua corte insistiram para que ele fi-casse vários dias antes de voltar a Tremaine.

- Você terá que voltar regularmente, se não quiser se tornar res-ponsável por uma guerra entre meu bom amigo Edmond e eu, disse oRei Lamont em tom de brincadeira. Uma coisa é Edmond ser sovina em re-lação a servir carne em suas festas, outra porém, é querer monopoli-zar a melhor fonte de diversão da terra!

E todos riram da piada de Lamont.

Jean Pierre então, voltou à corte do Rei Edmond. Uma certa noite, enquan-

to o menestrel os entretinha, Edmond perguntou a Jean Pierre o que ele haviaachado da cidade de Farseilles.

- Bom, ele respondeu, é uma bela cidade com um bom rei, como Tre-maine. O vinho lá, não é tão azedo quanto ouvi falar e tampouco aquihá falta de carne em suas festas, meu senhor Rei Edmond.

- O que?! exclamou Edmond. Lamont ainda não me perdoou pela festaonde um dos assados ficou tostado demais para ser servido! Se aqueleglutão pensasse com a cabeça e não com o estômago, perceberia quese tratava de um "acidente culinário". E agora, ele fica falando para todoo mundo que eu sou mesquinho em relação à carne que sirvo. Um ami-go não se comporta dessa maneira! O que mais o "meu amigo", o reide Farseilles disse sobre mim?

O Rei Edmond fez uma pausa e olhou para seu cálice de vinho.

46

"~'-

Page 45: Passo a Passo - Manual Do Estudante

- Ele me chamou de bêbado?!

- Oh, não••• não exatamente, murmurou jean Pierre.

- Não exatamente! Então, exatamente o que ele falou?gritou Edmonde fez mais uma pausapara um outro gole de vinho.

- Eu prefiro não dizer, meu senhor, respondeu o rnenestrel.

- Você prefere descobrir como nadar no fosso com uma pedraamarrada em seu tornozelo? ameaçou o rei. Fale!

Todos os convidados prenderam a respiração; o clima estava tenso!

- EIe.••ele.••ele.••chamou-lhe de beberrão, balbuciou jean Pierre, mastenho certeza que não quis dizer isso, continuou.

- Ah! Finalmente a verdade. Logo quando você considera alguémum bom amigo! O que falam de você na sua ausênciaé o que realmentepensam. A festa acabou! Vou para cama!

Encerrando aconversa, Edmond retirou-se ofendido paraseusaposentos, como cálice na mão.

o menestrel jean Pierre continuou a viajar entre Tremaine e Farseillespor vá-rios meses.Cada um dos reis sempre faziacomentários desagradáveise jean Pierreera o informante de ambos. O Rei Edmond tomou conhecimento dos adjetivosque o Rei Lamont lhe atribuia: bêbado, beberrão, rancoroso, gordo, desorgani-zado, não merecedor de sua bela esposa, inculto, injusto e indeciso. Da mesmaforma, o Rei Lamont entendeu que Edmond referia-se a ele como glutão, faze-dor de vinho azedo, rancoroso, senhor de um pequeno reino, infiel a suadedica-da esposa, pretencioso, injusto e indeciso.

Naquele ano, Edmond e Lamont não trocaram presentes e tampouco perga-minhosde Natal. O "bom amigo" passouaser considerado "amigo", depois "aque-le outro rei", "aquele mentiroso de duas caras" e finalmente, "inimigo".

jean Pierre, o menestrel, mudou-se para outros reinos porque Tremaine e Far-seilles deixaram de ser tão alegres quanto eram por ocasião de sua chegada.

E na Primavera, os dois reis declararam guerra um ao outro.

"O homem perverso espalha , e 0 _

___ separa os maiores amigos" (Pv 16.28).

Os reis de nossa lenda eram bons amigos. Naturalmente, como todos bonsamigos,haviacertas que um não apreciavano ou-tro, masos aspectos positivos superavam os negativos. Todavia, possuíam o há-bito de falar um do outro pelas costas. Eessefoi o primeiro erro de-les.As Escriturasorientam que nessecaso,ambos deveriamter mantido ______ ou levado as reclamações um ao outro, em particular.

EXPLICAÇÃO:MENESTRÉIS E REIS

47

"'., .

Page 46: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente______ a afronta" (Provérbios 12.16).

"Se teu irmão [contra ti], vai argül-lo entre ti e ele só. Seele te ouvir, ganhaste a teu irmão" (Mateus 18.15).

o rnenestrel revelou-se um . Quando cada rei ouviade segundamão o que o outro haviafalado, o comentário saíado contexto e as-sumia proporções assustadoras.O que um considerava brincadeira, soava parao outro como um sério insulto. O menestrel não deveria ter feito tais comentá-rios e os reis deveriam ter se para desfazer o mal-enten-dido.

Orgulho e tolice complicaram ainda mais a situação e uma fofoca, sem má_________ , onde averdade haviasido dita, terminou levando os doisreinos à ruína.

OS ATUAIS REIS E MENESTRÉIS Jávi o descrito acima acontecer muitas vezes nos dias de hoje, no contextoda Igreja de Cristo. Infelizmente, isso continua ocorrendo entre cristãos, pasto-res e leigos, que deveriam possuir suficiente daPalavrae para evitar procedimento semelhante.

Alguém" " o que considera um problema de outra pes-soa, para então "orarem" a respeito. Não querendo envolver-se, evita conver-sar com a pessoaem questão, que, de uma for-ma ou de outra, acaba sabendo da história. Às vezes, para piorar a situação, oque está sendo compartilhado com váriaspessoas,teve caráter ______ . Tais"contadores de caso", muitas vezes não se sentem aptos parauma conversa elucidativa, ou não querem se arriscar a serem rejeitados.

O PastorJoãoconta ao Pastor Ronaldo,os comentários negativosque o PastorGeraldo fez sobre ele. O Pastor Ronaldo permite o "envenenamento" e entãodiz ao Pastor João o que ele pensa sobre o Pastor Geraldo. João conta para_______ . Este, deixa que tais comentários o envenenem e rapidamen-te uma guerra civil estoura no Reino.

Tenho visto isso acontecer entre denominações, igrejas, equipes pastorais,____________ , líderes e leigos de uma igreja.

As pessoasenvolvem-sedeliberadamente em tais situações?Quase _Muito do que dizem, ou mesmo tudo, pode ser verdade, o problema está na fal-ta de sabedoria para ficar ,

Masnão pretendo me tomar de tal situação.Às vezes,também caionessemesmo pecado. É difícil resistir falarmos a verdade à pessoaerrada, na ho-ra errada, quando ao redor estão fazendo exatamente isso.

A maior parte das pessoasquer estar •• ", fazer parteintegrante do grupo, dos que estão atualizados. Quer uma prova disso?Diga aalguém que você possui algumas informações _

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sobre ele ou sobre uma pessoa que ele conhece; observe então as rea-ções apresentadas (desde um contorcer de face, até um suavizar de ex-pressão) enquanto tenta conseguir descobrir um "meio legítimo" defazer com que você conte o que sabe.

Parte de nossa em fazer fofocas, é a aceitação querecebemos da pessoa para quem passamosa notícia. Percebemos que _____ ouvir o que dizemos, mesmo que as notíciasnão sejam boas, Sentem-

se privilegiadase incluídas por terem recebido a informação.

No entanto, a fofoca é um dos pecados mais _destrutíveis e menos no Cor-po de Cristo. Separa amigos, colegas, cria mal-entendidos, de-sencoraja, cultiva e desconfiança, con-vivecom o mal (ao invés de regozijar-se com a justiça), justifi-ca pecados e incentiva julgamentos.

"Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a lín-gua está situada entre os membros de nosso corpo, e________ o corpo inteiro e não só põe em chamas toda acarreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamaspelo inferno:'(Tg3.6)

É, aparentemente, o problema da fofoca não é nada novo!

Tiago 3.2: "Todos nós sempre cometemos erros. Quem não come-te nenhum erro no que diz, é e é capaz de controlartodo o seu corpo".

Uma das coisas mais difíceisde se fazer é "domar" a língua.Embora sabendoque aqui na Terra não seremos perfeitos, é dominarmos melhor nos-sas línguas.Ao menos, devemos à ponto de não causar-mos tanto dano ao reino de Deus.

Tiago 1.26: "Alguém pensa que é religioso? Se nãosouber sua língua, a sua religiãonão vale nada, e ele está enganando a si mesmo".

Controlar a língua é importante para nós mesmos, para aigreja e para a de Cristo.

Nos próximos dois meses, estaremos trabalhando, passoa passo neste manual, no processo de melhorarmos nossos há-bitos . Alguns exercícios serão fáceis de fa-zer, mas difíceisde serem . Outros se-rão difíceis, mas todos igualmente importantes, se a línguatornar-se bênção ao invés de maldição!

"Que ótimo, pastor! 'concertamos' os pro-blemas de roubo, perseguição, adultério ementiras. a igreja está bem preparada paraenfrentar qualquer variação de tempo:'

DOMINANDO A LíNGUA

II o NíVEL II +- ~J~"E~llAOOI

I II II / II ,r II II I

CRISTÃONOCEU

Língua ecoraçãoperfeitos 49

Ira:• I

II

~ENÉ I

EM ICRISTO I

ILínguacomofogo

CRISTÃOMADURO

Línguacomo

bênção

.._ ..~

Page 48: Passo a Passo - Manual Do Estudante

LEALDADEX FOFOCA

O QUE MAISAS ESCRITURASNOS DIZEM?

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Nas igrejas,muitos problemas são causados por cristãos e pastoresque desenvolveram essas capacidades e hábitos. Sevocê os de-senvolver, estará capacitado a trabalhar melhor com pessoase isto fará uma di-ferença muito grande em suavida e ministério. Contudo, se a teoria não for co-locada em prática, não haverá diferença alguma.

Embora este manualesteja enfatizando principalmente o desenvolvimento de_______ , algunsexercícios ressaltarão outros ministérios, hajavisto suacontribuição para o controle da língua.O primeiro exercício aser realizadoé con-siderado por alguns como uma disciplina espiritual.

Nossa última tarefa foi importante, pois será uma es-piritual que servirá como exercício de preparação para a tarefa de hoje.

Basicamente, iniciaremos um processo onde estaremos desenvol-vendo lealdade. Tentaremos parar de falar mal de outras pessoas, defofocar.

Precisamos . Podemos desenvolver a qualidade positiva da lealda-de, ou escolher o caminho mais fácil e falar mal de outros pelas "costas". Exis-tem poucas pessoas _

É arriscado e tolo confiar em quem costuma fazer fofocas. Sehoje falam malde você, tenho boas razões para crer que amanhãestarão falando demim!

"O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas comquem muito abre os seus lábios" (Pv 20.19).

O fato de sermos leais,fará com que nossapaz de espírito _pois nos proporcionará uma consciência limpa, proveniente de sabermos que nãoprejudicamos os que nos rodeiam.

"Irmãos, não faleis uns dos outros" (Tg 4.11).

"Irmãos, não vos uns dos outros, para não serdesjulgados" (Tg 5.9).

"Muitos proclamam a sua própria benignidade, mas o homem________ , quem o achará?"(Pv 20.6)

Romanos 13.10: "O amor não pratica o contra o próximo:de sorte que o cumprimento da lei é o amor".

"Oque despreza o próximo éfalto de senso, mas o homem pruden-te, este se cala. O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de es-píritoo "(Pv 11.12,13).

É fácil achar _______ para falar mal de outros ou até difamá-Ios.

-- ---"-.

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A pessoa leal também evitará certos no dia do julga-mento. Lucas 12.3 nos diz: "Porque tudo o que dissestes às _será ouvido em plena luZ; e o que dissestes aos ouvidos no interior dacasa, será proclamado dos eirados".

Tiago 3.9-12: "Com ela bendizemos ao Senhor e Pai;também com ela amaldiçoamos os homens, feitos à se-melhança de Deus: de uma s6 procedembênção e maldição. Meus irmãos, não é convenienteque estas cousas sejam assim. Acaso pode a fonte jor-rar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargo-sol Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azei-tonas, ou a videira, figos? Tampouco fonte de água______ pode dar água doce".

Fofocar é o mesmo que jogar uma grande quanti-dade de na fonte de nosso interior. Isso pre-judicao fluirda água doce e pura de nossos corações em dire-ção aos outros. Tomamo-nos literalmente maisamargos quandonos focalizamos nas áreas de outraspessoas.

A lealdade ajuda-nos a sermos de co-ração. Elatoma-se uma benção não só em nossaspróprias vidascomo também na de outros. Não significaporém, que não en-xergaremos a parte das outras pessoas, masque tentaremos relegar as pequenas coisas e ajudá-Ioscom assignificantes.

Certamente, tal atitude é um tanto , mas nestas se-manas, para esta tarefa, novamente consideraremos falar mal de alguém, casouma ou mais das afirmações que se seguem sejam verdadeiras:

- Você se algo semelhante fosse dito a seu respeito.

- A pessoa sobre quem se comenta não ficariasatisfeito se alguém ________ a outros tais informações.

- O comentário fornece uma imagem da pessoa.

- Evidenciauma de caráter ou de atitudes.

- Prejudica a _

"ATENÇÃO!! No dia 2 de março de 1990a Lúcia da Silva falou para Maria que suaamiga Ana teve um caso com Rodrigo e ..."

OQUEÉ"FALAR MAL DE ALGUÉM"?

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~...

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TEXTOS SUPLEMENTARES: Provérbios 12.23; 16.18; 18.8; 20.6; 21;23; 25.8,9; 26.22; 26.23; 30.10.

"Irmãos, não faleis mal uns dos outros" (Tiago 4.11).

I. Faça uma estrela no papel se você foi leal durante a conversa, não falando mal de alguém ausente da roda.2. Faça um "X" caso tenha falado mal de alguém.3. Faça um "O" caso outra pessoa tenha falado mal de alguém.

Fui Leal FaleiMal Outra Pessoa

52-A

...

Page 51: Passo a Passo - Manual Do Estudante

,

UMA LINGUA QUE EDIFICA"Não digam palavras que façam mal aos outros, mas usem apenas

palavras , que ajudem os outros a na fé e aconseguir o que necessitam, para que, aquilo que vocês digam faça bemaos que ouvem. E não entristeçam ao Espírito Santo de Deus, porqueo Espírito Santo é a marca de propriedade de Deus em vocês e a ga-rantia de que chegará o dia em que Deus os libertará" (Efésios 4.29,30)

Quando ascriançasestão em fasede crescimento, achamque ______ os adultos, parecerão adultas. Eu não fui uma _Na rua em que morava, tive a sorte de ter quatro garotos de minha idade, sendoque três moravam bem perto de casa. O grupo variavade idade e brincadeiras,mas nunca senti falta de alguém para brincar.

Acho que começamos a usar uma linguagem quando tínhamos maisou menos 7 anos. No início, conseguíamos impressionar um ao outro com qual-quer palavra tola. Mas, com o passar do tempo, nossa maneira de falar tomou-se e maldosa.

A maior dificuldade era evitar de falar palavrão na frente de minha _Lembro-me de muitas vezes estar brincado com um amigo e ela ouvir uma ououtra palavraque escapava.Elaentão começou a perguntar se eu estava usandoaquela linguagem com muita freqüência. e dizia que não.

Quando meus amigos e eu discutíamos, obscenida-des um para o outro; podíamos estar no meio da rua, não importava. Dizíamosas coisasmais tolas que existiam. Naquela época, eu não tinha consciência, masestavacriando alguns . Eu tinha II anos e os versículos de Pro-vérbios 6.12-15 descreviam exatamente como eu utilizava minha língua:

"Os homens maus e sem valor vivem dizendo . Pis-cam e fazem gestos para enganar os outros. As suas mentes________ estão sempre planejando o mal, e eles espa-lham confusão por toda parte. Por isto, a desgraça cairá de repentesobre eles e não poderão escapar:'

Ea "desgraça" caiusobre mim. /Iv:) finaldo ano, uma dasgarotasde minhaescolaofereceu uma . Todos foram convidados, menos eu e mais dois garo-tos. A menina simplesmente não de nós.

Fiquei • Eu era capaz de falar palavrões como adulto, masnão passavade um garoto querendo ser amado. Entrei numa campanha radicalparame tornar maisamável. Pareide principalmente perto dasmeninase até fiquei mais educado.

LINGUAGEM EDIFICANTE

"QUANDO EU ERA MENINO,FALAVA COMO MENINO ••!'

"O que a boca conserva a sua alma, mas o que abre PALAVRAS SEM PENSARos lábios a si mesmo se " (Pv 13.3).

53

..•..

Page 52: Passo a Passo - Manual Do Estudante

A FORÇA DA PALAVRA FALADA

A LINGUAGEM PERVERSA É UMMAU TESTEMUNHO

UMA QUEST Ao DE DIGNIDADE

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Mesmo que eu tivesse parado de falar palavrões perto das garotas, ainda ti-nhamuito o que aprender. Quando tinha 13 ou 14 anos, dissealgo _e rude para uma amiga. Elasentiu-se tão ofendida que contou a um de seusami-gos. Quando ele me viu, me deu um !

"Quando um tolo começa uma , o que ele está pe-dindo é uma surra" (Pv 18.6).

Foi difícil quebrar os maus de linguagem. Não obtive mui-to progresso até um ano depois de minha conversão. Tinha 17 anos quando fi-nalmente conseguí mudar quaseque totalmente minha linguagem.

I. A palavra verbalizada as pessoas."O que você diz pode ou destruir uma vida; portanto usebem as palavrase você será recompensado" (Prov 18.21).

2. A palavra verbalizada salva _"A testemunha que diz a pode salvar vidas" (Pv 14.25).

3. A palavra verbalizada salva _"Porque Deus, na Suasabedoria não deixou que os sereshumanos O conhe-cessempor meio da sabedoriadeles.Ao contrário, resolveu salvaraquelesquecrêem e fez isso por meio da 'louca' que anunciamos"(I Co 1.21).

"Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento quanto de________ . Meus irmãos, isto não deve ser assim. Por acasopode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga?" (Tiago 3.10,11).

Somos de Cristo e representamos um Deussanto e amável. Sedissermos coisasperversas ou usarmos linguagem pesada,es-taremos sendo e perderemos a credibilidade.

Nosso testemunho é mais valorizado com uma linguagem agradávele apro-priada.

"Quem tem o coração sábio é conhecido como uma pessoa compreensiva;quanto mais são assuaspalavras,maisvocê conseguecon-vencer os outros" (Pv 16.21).

"Como de ouro em salvasde prata, assimé a palavraditaa seu tempo" (Pv 25.11).

Primeiramente, vou dirigir-me aos . Em geral, crescemospensando que xingar, contar histórias sobre mulheres e conquistas sexuais (mes-mo que não tenham sido vivenciadas), faz parte integrante da masculinidade.Senão for assim,então o que caracterizará um homem de verdade!

Page 53: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Então disseDeus: Façamoso homem à nossa e semelhança.Ele terá sobre os peixes, as aves,sobre os animaisdomés-ticos e selvagense sobre os animaisque se arrastam pelo chão" (Gn 1.26).

o homem foi feito à imagem de Deus. Quanto maisparecido com _você for, mais homem (ou mulher) você será. Jesus"é a imagem do Deus invisí-vel" (CI 1.15). Portanto, quanto mais parecido com você for, mais ca-racterísticas de homem (ou mulher) terá.

Depois de dizer, "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança", Deuscolocou o domínio da humanidade sobre a Terra. Exercer éuma característica do ser humano.

EXERCENDO DOMíNIO SOBREA LíNGUA

Tiago 3.2 diz, "Todos nós sempre cometemos erros. Quemnão comete nenhum erro no que é perfeito e é ca-paz de controlar todo o seu corpo."

Afinal de contas, o fato de usar palavrastorpes não faz comque alguém se torne mais maduro! Você vai permitir que ga-rotos e homens (que nuncacresceram )determinem o que significa ser homem!

"Mas agora deixem tudo isto: a ,a paixão e os sentimentos de ódio.Eque nenhum insulto ou conversa saiada boca de vocês. Não min-tam uns para os outros, pois vocês já abandonaram a natureza velha com os seuscostumes e se vestiram com a nova natureza. Esta natureza é a nova pessoaqueDeus, o seu Criador, está renovando constan-temente para que ela se tome _____ a Ele,a fim de trazer vocês ao com-pleto conhecimento Dele mesmo" (CI 3.8-10).

CONVERSAS OBSCENAS NÃOCOMBINAM COM SEGUIDORESDE JESUS

"Não usem palavras _nem digam coisastolas ou sujas, pois isto nãoconvém a vocês. ~ contrário, digam palavrasde louvor a Deus" (Ef 5.4) .

", .pois é vergonhoso até falar o que eles fazem em(Ef 5.12).

"

"Não digam palavrasque façam aos outros, mas usem apenaspa- FALAR PARA EDIFICARlavras , que ajudem os outros a na fé e a conseguiro que necessitam, para que aquilo que vocês dizem faça bem aos que ouvem"(Ef 4.29).

Seo que você vai falar é bom, , e pode ajudar alguém,então diga.Porém, se provocar ou maldadena mente daspessoas,fique quieto.

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...

Page 54: Passo a Passo - Manual Do Estudante

VOCÊ DIRIA A JESUS?

O QUE JESUS DIRIA?

"Jesus, o Senhor conhece a piada docara que ... Desculpe, claro que não!"

PROCURE ELIMINARESSE HÁBITO

"Vamos lá, Sr. Língua! I

I Vamos treiná-I o acomportar-se!' ,

PARE DE PENSARPERVERSIDADES

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Recomendo que, antes de dizer algo a outra pessoa, faça um teste pergun-tando a si mesmo se Jesus estivesse ao seu , em carne e osso.você fa-laria tal coisa. Ele está presente e realmente IIOS ouve.

Outro teste é perguntar-se: "Jesus o que estou querendo falar?"

''Sejam de Deus" (Ef 5.1).

A Bíblia dá indicações de Jesus ter senso de . Pense, por exemplona ocasião em que havia mais de cinco mil pessoas e os discípulos sugeriram que

Jesus dispensasse a multidão para que fossem comprar comida. Jesus disse, "Dêemvocês mesmos comida a eles" (Mt 14.16). Existem outros exemplos de_______ e provavelmente humor nos evangelhos.

No decorrer da história têm existido pessoas que não crêem que Jesus pos-suia senso de humor. Acredito porém, que o senso de humor da humanidade se-

ja parte da de Deus. Afinal, o ser humano é o único_______ que consegue rir motivado pelo humor.

Então, não devemos nos envergonhar do engraçado, desde que seja ______ e não se refira à coisas maldosas e obscenas.

Infelizmente tenho ouvido sobre pastores que contam piadas so-

bre pecados sexuais.

Como eu disse, foi difícil mudar meu hábito de falar palavrões. Foi necessá-rio muito treino. É provável que a maioria das pessoas que utilizarem este ma-

nual não possua problema nessa área. Porém, para os que

tiverem tal dificuldade, a tarefa do final do capítulo pode-

rá ajudar.

"Nunca diga mentiras nem fale palavras___ " (Pv 4.24).

Quando eu estava no seminário, jogava rugby com um time de não-cristãos.A linguagem usada pela maioria dos jogadores em campo, é incrivelmente

Naquela época, a média de palavrões que eu falava, não passava de uns cinco,

no decorrer de cinco anos. Mas, comecei a permitir que meu cérebro xingasse___________ , como os outros faziam de forma declarada.

Num treino, fiquei extremamente . O técnico nos fez

usar uns ridículos uniformes de jersey que esticavam e pareciam elásticos. Istonão somente facilitava os adversários a nos agarrarem, como também parecia que

íamos ficar no uniforme.

L-_________________________________________________ -- ----

Page 55: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Recebi a bola e começei correr tentando passara linha de defesaonde haviaum . Seeu estivessecom o uniforme normal. teria passadosemninguém me pegar. Mas. um rapaz do outro time agarrou em mim e a camisetacomeçou a cada vez mais. A elasticidade facilitou que me se-gurasseenquanto os outros jogadores se aproximavam para me derrubar. A ca-miseta ficou toda enrolada em meu corpo e cabeça. Eu não enxergava nada massabiaque unscinco homens estavamtentando me derrubar e tirar a bola de mim!

Foi aí que soltei um _

Por causado barulho do jogo. somente um jogador ouviu o que eu dissera;ele quasenão acreditou! Pedí perdão e ele achou engraçado. porque aquelaspa-lavrasnão com a imagem que ele tinha de mim.

Mas. para mim não era uma questão de combinar ou não. Eu havia começa-do a em falar palavrões outra vez. após muitos anos de_______ sobre um hábito que fora muito difícil abandonar. Daquele diaem diante. propus em meu coração. tomar mais cuidado com meus pensamen-tos em relação ao que dizer.

Devemos treinar nossasmentes a com palavrasapropria-das. só assim não precisaremos ficar preocupados com nossaspalavrasem mo-mentos de dor ou distração. As pessoasnos observam maiscuidadosamente quan-do estamosem . Elas sabem que essas horas revelam o que real-mente somos. Reagir frente ao inesperado (uma fechada no trânsito. um car-ro amassado.etc.) sem palavrasobscenas. é um ótimo testemunho.

"Se te mostras no dia da angústia, a tua força é pequena"(Pv 24.10).

É difícil definir o perverso. obsceno ou te-rá que decidir o que é ou não aceitável. Talvezmais tarde. você possaconversarcom o grupo e ver se todos concordam.

Sejasensívelao Espírito. aos padrões sociais e à _

Dividam-se em grupos pequenos e:

A. Avaliem seus padrões de conversa. Discutam como identificam a diferençaentre o impróprio e o aceitável. Você acha que precisa melhorar nessaárea?

B. Conversem sobre asituação de cadaum em relação à fofoca ou maledicência.

C. Compartilhem e orem uns pelos outros.

I. ANTES DE FALAR. LEMBRE-SE:• não fale sem pensar• diga apenas o que você acha que Jesus diria• o que você diz, um dia todos ouvirão

QUEM DETERMINA OSPADRÕES?

GRUPOS PEQUENOS

TAREFA

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..•..

Page 56: Passo a Passo - Manual Do Estudante

2. Leia os seguintes versículos diariamente e acrescente uma marca à cada novaleitura.

"As pessoas corretas pensam antes de responder; as pessoas más res-pondem logo, porém as suas palavras causam problemas" (Pv 15.28).

"Há mais esperança para um tolo do que para uma pessoa que fala sempensar" (Pv 29.20).

"Não digam palavras que façam mal aos outros, mas usem apenas pa-lavras boas, que ajudem os outros a crescer na fé e a conseguir o quenecessitam, para que aquilo que vocês dizem faça bem aos que ouvem"(Ef 4.29).

"Sejam imitadores de Deus" (Ef 5.1).

"Assim, tudo o que vocês disserem na escuridão será ouvido na luz dodia. E tudo o que disserem em segredo, dentro de um quarto fecha-do, será anunciado dos telhados" (Lucas 12.3).

3. Destaque a parte do papel que se encontra logo após a tarefa e faça um "X"toda vez que disser algo inadequado. Coloque uma estrela ( * ).todas as ve-zes que conseguir refrear-se de falar palavras obscenas.

4. Aproveite para treinar evitar contar fofocas -Acrescente um círculono papel cada vez que falar "mal" de alguém na ausência do mesmo.

5. Entregue o papel com o seu nome no início da próxima aula. Mencione o nú-mero de vezes que você leu os versículos citados anteriormente.

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..•" .

Page 57: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Não digam palavras que façam mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudem os outros a crescerna fé e a conseguir o que necessitam, para que aquilo que vocês dizem faça bem aos que ouvem" (Ef 4.29).

" " "~,,Façaum X quando você disser algo negativo que acha que não deveria ter dito. Coloque uma estrela x cada

"O"vez que refrear-se de falar palavrasobscenas e um quando falar mal de alguém.

Refreei-me de falarDisse algo negativo palavras obcenas Falei mal de alguém

58-A

Page 58: Passo a Passo - Manual Do Estudante

PRINCíPIOS DE DISCIPULADO 2

Embora utilizemos o termo "discípulo" e "discipulador", não significa que o SOMOS TODOS ALUNOSdiscipulador não tenha nadaa , e nem que o discípulo não façaparte do processo de navida do discipulador.Tudo ocorrena dinâmica do bom relacionamento do discipulado, onde deve haver abertura ecompartilhar de vidas.

Mesmo assim, a estrutura do relacionamento do discipulado geralmente im-plica em que o discipulador seja mais ativamente ao pro-cessodo discipulado. Devido à sua , ele precisa oferecer infor-mação, treino, perícia, etc.

É crucial que o discipulador não permita que suaposição 0 _de seusdiscípulos. É necessário que haja . Devemser removidas quaisquer barreiras construídas pelo orgulho, que impeçam o dis-cípulo de ver o discipulador como outro ser humano e, portanto , ne-cessitado e pecador.

Somos todos discípulos, alunos aprendendo a aJesus.É im-portante que o discipulador mostre que se encontra em processo de________ . Ele não deve esperar chegar a um nível altamente ma-duro para depois discipular outros. Ao mesmo tempo, nunca deve pensar que jáatingiu tal nível!

Minha estimativa é que % do processo de discipulado em uma pes-soamotivada, depende dos , amizadesou fator s0-cial.Consideremos primeiramente, o relacionamento entre o discipuladore o pro-vável discípulo.

Como mencionado no capítulo das seis colunas do discipulado,Jesusgastouaproximadamente três anos vivendo com seus discípulos, desenvolvendo_______ relacionamentos com eles.

Elesestavamcom Eleao acordar e nashoras em que estava _

Elesobservavam a de Jesusem todas essassituações. Porisso, quando Jesusfalava sobre ser servo, ele já praticara o. servir; os discípulostinham então uma melhor chance de o significado de suaspa-lavrase compreendiam exatamente o que Jesusqueria dizer.

o fato de viverem juntos possibilitou a Jesusa oportunidade de observar e_______ seus discípulos. Elestinham a chance de receber instruções etreinamentos específicos e ,

C[1l10

O FATOR SOCIAL

JESUS, O OISCIPULADOR

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Page 59: Passo a Passo - Manual Do Estudante

INCOERÊNCIA

É difícil executarmos determinadas tarefas, sem que tenhamos_________ como realizá-Ias. Em geral, entendemos bem melhorexemplos do que conceitos ouinstruções. Por essemotivo, as ilustrações nos sermões são tão importantes! Avida do discipulador deve ser uma ilustração para seusdiscípulos. Elesaprenderão maissobre como seguir aJesusatravés do do quede palavras.A profundidade do relacionamento com o discípulo é maisimportante do que o utilizado.

EXEMPLOS CONCRETOS

Como discipulador, você se comunicará através:

- de de instrução (formais ou infor-mais)

- de sua própria _

"O amor é a chave, filho. É impressio-nante como o amor, até pelos inimigos,resolve problemas e ganha pessoasparao Reino de Deus."

Sevocê apresentar um determinado conceito e seudis-cípulo observar que o mesmo não condiz com sua vida,asinformações recebidasentrarão em _

Seu exemplo não encaixará com suas palavras. Num relacionamento pro-fundo, tal situação será . Com certeza, perceberão nos-sos erros e pecados.

Quando nós, discipuladores , devemos ser honestos e hu-mildes para admitir nossafalha, arrepender e confessar nossa "mancada" a Deuse a nosso discípulo.

E SE FALTAR TEMPO? Naturalmente, a grande maioria daspessoasque discipulam, não possuem um_______ de vida que aspossibilite viver por três anos junto a seusdiscí-pulos. Mesmo assim,sabemosque o tempo informal investido nessaspessoas,pro-duzirá grandes no processo de discipulado.

Por isso,seo professor gastar tempo com os alu-nos da aula, este curso apresentará me-lhores resultados. Mesmo que a maioria dos profes-sores não possuacondições de oferecer tempo su-ficiente para desenvolver relacionamentos mais só-lidos com os alunos, deverão estar conscientes des-sa necessidade

"Professor, vamos dar uma saída!Queremos gastar tempo com você."

Eu mesmo não tenho condições de gastar muito tempo extra-classe com asváriasturmas que estou lecionando. Reconheço que não é o , mastentofazer o possível, dentro de . Pelo menos, as pessoases-tão recebendo mais de uma hora de instrução e treinamento por semanae te-rão condições de repetir o processo em suasigrejas, onde provavelmente pode-rão desenvolver relacionamentos mais com melhoresresultados.

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.•..

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Outro fator social de tremenda ajuda no processo de discipulado é a GRUPOS DE APOIO________ entre os participantes. É interessantenotar queJesusexer-ceuyeu discipulado no contexto de um grupo pequeno. Isto introduziu vários___ -'- no processo de discipulado, que não existiriam casoJesusdis-cipulasseapenasa nível . Tal condição também possibili-tou que Ele utilizasseseu tempo mais . Acreditoque um grupo pequeno de apoio é quasetão para o pro-cesso de discipulado como o relacionamento com o discipulador.

Somos seres . Fomos criadospara ter amizade com Deus e com as pessoas. Amaioria de nós,quer admita ou não, preocupa-secomo que os outros a nosso própriorespeito. É preciso que utilizemos a influência de de-terminadas pessoassobre nossasvidase nossapreo-cupação sobre o que pensam, para então reforçar-mos de modo o processo de dis-cipulado. Por esse motivo, creio que uma boa ami-zadeentre os discípulossejade extrema importância.

É difícil seguir a Jesusquando o mundo inteiro está indo para uma direção_________ e de nós É duro passarpor essaexperiência!Todo mundo quer estar "por dentro" e sentir-se "em casa" num grupo. Quan-do issonão acontece, experimentamos a solidão. Etorna-se aindamaisdifícil quan-do nos sentimos deixados de lado por os outros grupos. No entanto,se conseguirmos nos entrosar com um grupo que possuao mesmo comprome-timento com Jesus,isso poderá multiplicar nossa determinação em seguí-Lo.

A que se deve tal procedimento! Em grande parte ao fato de querermos_______ o grupo ao qual pertencemos, o que toma-se mais uma forterazão para permanecermos firmes.

O nível de influência sobre os outros, variará de pessoa para pessoa. Uma_______ também poderá dar mais valor para relacionamentos sociaisdo que outra, como acontece na sociedade brasileira. Por essemotivo, os gru-pos pequenose outros relacionamentos cristãos, poderão ter uma grande influên-cia no contexto geral da Nação.

Devido à realidade do puxado horário da maioria dos professores deste cur-so, os alunos praticamente mais de seus próprios cole-gasde grupo para e apoio. Sepossível,gastemtempo jun-tos fora da aula reforçando seus relacionamentos.

UM GRUPO PODE"SE AUTO-DISCIPULAR"?

Não é simplesmente tipo de relacionamento que benefi-ciará o processo de discipulado, mas sim aqueles cujo propósito e compromissofor o de seguir os ensinamentos de Cristo.

Foi através de um grupo assim,em meu tempo de faculdade, que minha tur-ma se discipulou.

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Page 61: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Espero que vocês, alunos, outros utilizando este ma-

nual ou mesmo algum outro método. ou mais horas por

semana para isso.

MOTIVAÇÃO Pesquisas indicam que em quase todas as organizações, incluindo igrejas,____ % das pessoas 80% do trabalho, enquanto____ % das pessoas 20% do trabalho. Minha experiên-

cia, porém, diz que algumas vezes, 80% das pessoas fazem menos que isso. Igre-jas que possuem grande porcentagem de pessoas ministrando real e genuinamente,

são bençãos (ou igrejas novas).

20% DO TRABALHOI fr r/"

80% DO TRABALHO

O que se segue é minha pessoal. Que eu saiba, não existenenhuma pesquisa a esse respeito e creio que nem todos concordarão comigo.

OS "ALTAMENTE MOTIVADOS" Com o passar dos anos, concluí que aproximadamente, % dos mem-bros das igrejas estão "altamente motivados". Eles costumam prestar muita atenção

no que o professor ensina e, procuram também colocar em _

Eles não necessitam de grande motivação para que tenham uma participação ativa.

Parte deles mesmo querer saber como poderão ! Com eles,______ método dá certo!

OS "MOTIVADOS" _______ uma categoria composta de % de pessoas que

denomino de "motivados". Chegam a envolver-se em projetos ou programas quedemonstrem ter condições de ou que já tenha obtido____ resultados. Comparando com os altamente motivados, os motivados

são um pouco mais difíceis de serem convencidos a começar e participar de um

programa. Eles tentarão trabalhar, mas possuem menos" ", para man-

ter o método funcionando. Desistirão com mais facilidade do que os altamentemotivados.

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Page 62: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Há outra categoria à qual eu chamaria de "motiváveis". É difícil convencê-Ios OS "MOTiVÁ VEIS"a participar de qualquer atividadeque requeira uma mudançade vida ou _

A motivação dessegrupo dependerá muito da capacidadedo ,

________ , há um grupo de 75% denominado "semi-mortos". OS "SEM l-MORTOS"São . Mesmo que o líder seja mui-to persuasivo e o método super eficiente, eles nãose envolverão em algo _

É até possível que participem de atividadesnão- como escoladominical, cultos, reuniões de senhoras ou homens.Maseles já chegam à igreja "semi-mortos" (em ter-mos de motivação, não de salvação). É tremenda-mente difícil motivá-Ios a uma _

Por vezes, crêem que no passado,já ______ a parte que Ihes cabia no ministério.

Antigamente, ao pregar, eu me sentia responsávelpor a to-dos a fim de que respondessem positivamente à mensagem. Em geral, media meusucessocomo pregador através dos práticos na vida daspessoas.Se eles não praticassem o que eu disserano sermão, sentia que a culpaera toda minha. Pensavaque se tivesse pregado melhor, eles estariam mais moti-vados à uma mudança.

MOTIVAR PESSOAS:TAREFA DO LíDER?

Teologicamente, sabiaque aspessoaspodiam ser motivadas e modificadas so-mente através do do Espírito Santo. Porém, intelectual e emocional-mente, sentia que os resultados dependiam muito mais de _

Não penso mais assim. Minha experiência tem mostrado que não devo mesentir responsávelpela motivação de as pessoas.Confesso que emo-cionalmente, ainda me sinto mal quando não consigo motivar alguém que só_______ banco", porém, não espero maisque meussermões motivem

a todos a colocar em prática o que a Bíblia diz.

Esseposicionamento faz com que me sinta melhor como pregador.

Esta maneira de pensar, tem me permitido utilizar o tempo com mais_________ . Atualmente, acho muito maissensatoe positivo concen-trar meus esforços e trabalhar nos % de pessoasmotivadas ou rnotí-váveis.Estrategicamente,é mais investir tempo nessaspes-soas.

EM QUEM DEVEMOS NOSCONCENTRAR?

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....

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o ÂNIMO DO DISCIPULADOR

MOTIVAÇÃO E MÉTODOSDE DISCIPULADO

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Tal raciocínio é semelhante à parábola da figueira, .ensinadapor Jesus(Lucas13. 6-9). O jardineiro (pastor) deve cuidar da árvore, entretanto, secom o passardos anos tornar-se óbvio que ela não dará frutos, não deverá con-tinuar investindo muito tempo nela.

"E O que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, issomesmo transmite a homens e também idôneos parainstruir a outros" (2 Tm 2.2).

Enquanto ministramos, é imprescindível que nossas expectativas sejam____ para que não nos tomemos frustrados.

É importante que obtenhamos vitórias em nosso ministério. A pessoaque acre-dita estar fracassandoem determinada área, não _nela muito tempo. Esse tipo de desencorajamento pode parecer muito•• ", devido à expectativas ministeriais muito elevadas,masé um dos tru-ques favoritos de Satanáspara fazer com que pessoascapazese habilitadas,aban-donem o ministério.

Não permita que uma expectativa destrua seuânimo!

Normalmente, a maioria dos missionários e pastores iniciam seusministérios________ motivados e animados a ensinar e discipular. Costumamutilizar o mesmo com que foram ensinados.O problema é que_______ método teria dado certo com eles, mas não com os menosmotivados!

Se compararmos as pessoasde uma igreja a um litro de leite, os altamentemotivados serão a . Infelizmente, nosso "coador" - método de disci-pulado - somente retém a nata, deixando o restante do leite escapar, sem ser••

Normalmente, não se consegue resultados, a não ser com os al-tamente motivados. Quando isso ocorre, esseslíderes ficam desencorajados, ouacabam pensando que somente os altamente motivados são os verdadeiros

Os altamente motivados geralmente optam pelo ministério de discipulado. Éimportante reconhecer que, de certa forma, eles são privilegiados pois o que fun-cionou com eles, nem sempre funcionará com outros. Caso contrário, serão de-sencorajados e os resultados serão _

Enfrentei situações semelhantesa essase sofri bastante. Nos últimos anos po-rém, tenho me sentindo melhor e conseguindo resultados mais positivos.

.•.

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A vacinacontra varíola é produzida de uma forma que, para nós leigos, pare- A VACINA ESPIRITUALce meio estranha. Tecnicos especializadoscolhem sanguede que te-nham contraído e superado a doença. Em laboratório então, separam as células_______ do vírus para injetá-Ias nos seres humanos. Pelo fato das célu-lasserem mortas, não reproduzem, iliminando assima possibilidadede contágio.O corpo humano, então, produz que destroem as célu-las mortas. Se, posteriormente, uma célula viva da doença penetrar através doar no corpo humano vacinado, o mesmo já terá desenvolvido anti-corpos que ma-tarão a célula antes que esta se multiplique, provocando um forte efeito noorganismo.

A vacina contra variola é uma . Avacina espiritual é uma que impe-de aspessoasde comprometerem-se verdadeiramentecom o discipulado.

o conhecimento espiritual não colocado em prática, atua como uma_______ . Quando aspessoascrêem na verdade de Deus masnão a apli-cam em suasvidas, ou chegam a fazê-Io por um curto período de tempo esta-cionando a seguir,caso tomem a fazer novastentativas, a _apresentadaem cada uma delas, será proporcionalmente maior.

óÓ

aUma situação bem típica, acontece quando o pastor pre-

gasobre a importância da evangelização.No auditório, é a vezque todos ouvem falar a respeito. Talvez até escutem atenciosamente as suges-tões do pastor, mas não fazem absolutamente do que acabaram deouvir.

Tempos depois, o pregador percebe que seu sermão não surtiu efeito, poisos que o ouviram não o estão . Por considerar evangelis-mo algo importante e básico, decide pregar sobre o as-sunto, dessavez com uma abordagem diferente e técnicas criativas.

Entretanto, suatarefa agora é vezesmaisdifícil. As pessoassentem-se culpadaspor não terem colocado em prática o que Ihesfoi ensinado a respei-to desdea primeira vez e construirá uma muralha para não receber a mensagem.

"Jáouvimosesta.Tenhocerteza que nossamuralhaaguentará.Elenão nos atingirá."

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..•: __ L_:__

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DISCIPULADOR: o ANIMADORDE TORCIDAS

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Issoimplicaem que devemosser cuidadosose utilizar o mé-todo possívelde discipulado para evitar que aspessoastenham ______ para não colocar tais ensinamentos em prática. Não devemos. tam-bém. expor informações e técnicas rápido demais. Caso contrário. simplesmen-te ouvirão mas não colocarão em prática. tornando a próxima vez ainda maisdi-fícil. Discipuladores devem usar métodos e situações que aumentem a _________ dos participantes viverem a teoria. Senão agirmos dessafor-ma. correremos o risco de, sem querer, injetarmos a vacina espiritual.

Muitos de nós acabamos fazendo na vida. uma de duas coisas: o que mais_________ ou o que mais nos a fazer. Algu-mas vezes o grau de dificuldade de determinado desafio, poderá fazer com quedesanimemos ou que nos motivemos a prosseguir. Espero que os participantesdeste curso se entusiasmem com astarefas pois isso os motivará a cumprí-Ias.

Uma dasprincipais regras do discipulador é . É exer-cer um tipo de saudável,lembrando e animando os me-nos motivados a fazerem suastarefas.

Se O líder de um grupo de discipulado não proporcionar enco-rajamento suficiente aos participantes, os resultados deste manual se-rão bem menores.

Se os participantes não demonstrarem desejo de executar suastarefas, a ba-talha já estará _

As tarefas deste manual são e normalmente levam de 3 a5 minutos por dia para serem realizadas. Procuramos fazer com que os_______ maiores fossem subdivididos tomando-os assim fáceis e nãoamedrontadores.

É necessário que o discipulador os participantes. Parece contradi-tório com o que já escrevianteriormente neste mesmo capítulo. masnão é. Refiro-me aqui. maisao conceito de e manter a motivação que.em certo nível, já existe.

Essa dinâmica, funciona mais ou menos como os animadores de_______ . Elesestimulam e animam os jogadores a atingirem suasme-tas. Motivam e quando os jogadores realizam bons lan-ces. Quando o time "pisa na bola", ficam desapontados mas continuam a_________ e a animar os jogadores.

Talatitude deve-seauma profunda com os jo-gadores. que por vezesfaz com que não percebam o ridículo ao qual se expõem.E, se percebessem, provavelmente nem se incomodariam.

A torcida causauma diferença muito grande. Elaé. em parte, responsávelpeloque chamamos de "a do time da casa". Os jogadores perce-bem o de pessoastorcendo por eles, a _da participação apresentadae isso aumenta-Iheso bom desempenho.

~..

Page 66: Passo a Passo - Manual Do Estudante

No entanto, as altas expectativas apresentadas levam o jogador a daro de si. Nossos valores estão parcialmente baseadosna so-ciedade. Em geral, o fato de fazermos algo considerado importante para os quetorcem por nós, fará com que a tentativa em desempenharmostal tarefa, torne-semais _

I. _______ que os participantes façam suas tarefas. COMO UM DISCIPULADORPODE lORNAR-SE UM BOM

________ sempre se os participantes fizeram ou não suas ANIMADOR?2.tarefas.

- Seja . Não permita que os participantes apresentemuma indefinição do tipo: "Bom, eu fiz só parte da lição". Descubra exatamenteo que foi feito. Isso revelará que a tarefa é algo importante para você.

- Posso dizer por experiência própria que, em geral, as pessoas nãofarão suas tarefas se não houver alguém que Ihes _

- Não estamos tentando substituir uma motivação poruma . Ambas são importantes e a maioria de nós é motivadapor uma das duas. Como afirmado anteriormente, é impos-síveldiscipular alguém que não possuamotivação interior e os altamente mo-tivados, precisarão de pouco éncorajamento exterior. Animar e conferir fa-zem a diferença porque mesmo os motivados são tentados a deixar astarefas inacabadas se acharem que ninguém se _com elas.

3. nos participantes mesmo após aparentaremser "casos perdidos".

- Tenho me impressionado com o número de "casos perdidos" de antigos mi-nistérios que "vindo à tona", chegaram até a dizer-me que passaram a_______ o que haviam aprendido.

Existe a hora de afastar-se de um discípulo desmotivado para investir maistempo em quem produzirá mais frutos. Procure, no entanto, _bem a situação, orando antes, para não correr o risco de deixar alguém precipi-tadamente.

"Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi pro-curar figos, não encontrou nada. Aí disseao homem que tomava conta da plan-tação: "Olhe, já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira enão encontro nada. Corte esta figueira! Por que deixá-Ia continuar ocupando oterreno sem produzir nadar' Mas o empregado respondeu: "Patrão, deixe afigueira ainda este ano. Eu vou cavar em volta dela e pôr bastante adu-bo. Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, o senhorpode mandar cortar" (Lucas 13.6-9).

4. Demonstrando e elogiando os participantes deforma sábia quando estes realizarem suas tarefas.

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- Isso implicaem fazer elogios demonstrando entusiasmo de formas aceitáveisna cultura.

5. Exteriorizando também certo quandoalgum participante não fizer as tarefas (não deixe porém de enco-rajá-Io).

- Algumas vezes, o papel do discipulador animador será como o do homemna parábola que à porta de seu vizinhoaté que este a abrisse. Se o dis-cipulador persistir em encorajar seu participante a fazer as tarefas, chegará o mo-mento em que ele as executará nem que seja por de continuara dizer que deixou de fazê-Ia .

6. Fazendo o que for necessário para os participantes.Dessa forma, além de ajudá-Ios,também demonstrará que você considera astarefas importantes.

7. Procurando tornar-se um "animador de torcida", mesmo que, por_______ não o seja Animar, lembrar, encorajar e conferir, aumen-tarão grandemente os resultados de seu ministério de discipulado.Tendo emvista 1 Co 3.18, podemos afirmar que, nesse caso, vale a pena passarmos por_______ : "Ninguém se engane a si mesmo; se alguém dentre vósse tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tomar sábio". Vejatam-bém I Co 1.25.

TAREFA I. ANTES DE FALAR,LEMBRE-SEDO SEGUINTE:

• não fale sem pensar• diga apenas o que você acha que Jesus diria• o que você diz, um dia todos ouvirão

2. Marquecom seu grupo, uma atividadeextra-classe antes da próxima aula.Pro-cure, nesse encontro, conversar não só sobre coisas corriqueiras, mastambém sobre a condição espiritual de cada um.

3. Utilizea parte do papel que se encontra após esta tarefa e faça um "X" cadavez que disser algo que achar que não deveria ter dito. Coloque uma estrela,todas as vezes que refrear-se de falar palavrasobscenas.

4. Aproveite para treinar evitar maladicência

Coloque um "O" no pedaço de papel cada vez que falar "mal" de al-guém na ausência do mesmo, segundo a definição das tarefasanteriores.

5. Entregue o papel com seu nome no começo da próxima aula.

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"Não digam palavras que façam mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudem os outros a crescerna fé e a conseguir o que necessitam, para que aquilo que vocês dizem faça bem aos que ouvem" (Ef 4.29).

u " U...A..."Faça um X quando você disser algo negativo que acha que não deveria ter dito. Coloque uma estrela }{ cada

"O"vez que refrear-se de falar palavrasobscenas e um quando falar mal de alguém.

Refreei-me de falarDisse algo negativo palavras obcenas Falei mal de alguém

68-A

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ENCORAJAMENTO IHebreus 3.13- "Pelo contrário, exortai-vos mutuamente cadadia, duran-te o tempo que se chama hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pe-lo engano do pecado". Dependendo do contexto, a palavra "exortar" significaencorajar ou confrontar.

Talvezuma das mais fáceis e qualidadesde caráter aser desenvolvidaseja o encorajamento. Um espírito encorajador produz vários

I. Aumenta a de nossoministério:Mostra às pessoasque a é muito importante para

Deus e para nós. Isso poderá aumentar a atenção e importância que dispen-samao desenvolvimento do de Cristo em suaspróprias vi-das;

• Motiva as pessoasa fazerem o , a terem atitudes elogiáveis, to-dos gostam de receber elogios;

• Motiva as pessoasa nos _

• Ajuda as pessoas a serem mais quando confron-tadas.

2. Colabora paraque aspessoassintam-se o Quando exercemoso ministério de encorajamento, recebemos um que nos ale-gra.

3. Proporciona treinamento para encararmos a vida ______ . Assim, sentimo-nos bem em relação aos outros e a nós.

4. Desenvolveuma perspectiva positiva que acarreta maior _________ , ao contrário do que ocorre quando permitimos________ . Isto não significaque devamosencarar todos os acon-tecimentos somente pelo "lado bom das coisas" ignorando as áreas negati-vas, mas que demonstremos reconhecimento e gratidão pelo valor de cadapessoa.

Seencorajarmos mais do que , aspessoasnãose afastarãode nós por medo de repreensões. Demonstrar que apreciamos o queaspessoasfazem de positivo, fará com que haja maior aceitação quando um con-fronto fizer-senecessário.Repreender demasiadamenteum indíviduo,pode levá-Ioa desistir de lutar, e a considerar inútil qualquer esforço.

o MINISTÉRIO DEENCORAjAMENTO

Queremos encorajar qualidadesde que reflitam a QUAL O OBJETIVO DOCristo e à boasobras. ENCORAjAMENTO?

Hebreus 10.21,25:"Consideremo-nos também uns aos outros, para nosesti-mularmos ao e àsboasobras. Não deixemos de congregar-nos,

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..•..

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como é costume de alguns;antes, façamos admoestações, e tanto maisquantovedes que o se aproximà',

o Espírito Santo age em nós com a finalidade de _o caráter de Jesus Cristo em nossos corações, O propósito deste manualé auxiliar nesseprocesso,

Filipenses2,5: "Tende em vós o mesmo que houve tam-bém em Cristo Jesus",

Gálatas 5,22,23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,benignidade, bondade, fidelidade, , domínio próprio",

Efésios 5, 1,2: "Sede, pois de Deus como filhos ama-dos; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mes-mo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave",

Esseprocesso se por toda vida, terminando somente nocéu,

I João 3,2b,3: "Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos________ a Ele, porque havemosde vê-Io como Ele é, E a si mes-mo se purifica todo o que Nele tem esta esperança, assim como Ele é puro",

É um privilégio contribuir parao processo de _de caráter naspessoas,Um ser humano pode ser encorajado a qualquer ativida-de: a ser um bom jogador de futebol, a tirar boas notas, a produzir-se aprimora-damente, etc. No entanto, é nosso encorajar no que diz

respeito ao caráter de Cristo e à justiça, Seso-mente encorajarmos na mesmamedida em quea sociedade o faz, os valores serão inconsis-tentes,

ENCORAJAR: UM PRIVILÉGIO

Mateus 12, 34b,35: "Porque a boca fa-Ia do que está cheio o , Ohomem bom tira do tesouro bom cousasboas;mas o homem mau do mau tesouro tira cou-sasmás",

É saudáveldesenvolver o hábito de elogiarpessoasem relaçãoa seubom caráter e àsboasobras que esperamos, as tenham_______ , Apesar de nem todas boasobras serem manifestações de bom caráter,

devemos elogiá-Ias como se quem as praticasse fosse movido por umamotivação de coração,

O MINISTÉRIO DEENCORAjAMENTO

Nosso alvo para as duas próximas semanasserá desenvolver o hábito de en-corajar pessoasdiariamente, do seguinte modo:

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I. Notar o que de as pessoasfazem ou dizem;

2. Encorajar com sabedoria:• dizer-Ihes que o que fizeram;• dizer-Ihes a positiva demonstrada;• escolher as palavrase a hora apropriadas.

Ao elogiarmos. comunicamos parte de nosso de valores.Somos facilmente influenciados por outros. especialmente pelaspessoasque con-sideramos importantes. O elogio estimula a valorização.

ENCORAJAMENTO EELOGIOS INFLUENCIAMO VALOR DAS PESSOAS

Por exemplo. seJoão perceber que Pedro não está bem e for até ele procu-rando ajudá-to, eu poderia elogiá-Io por esse ato de amor e _________ . Tal elogio transmitiria a João que eu valorizo a sensibilida-de nas pessoas.Quanto mais importante eu for para João. mais minhas palavrasde encorajamento terão influência em seus valores.

A sociedadefocalizaseuselogios no que pa-ra Deus. não é tão _quanto o caráter de Cristo. Somos elogiadosquanto à beleza. riqueza. êxito. vivacidade. es-perteza. etc. Raramente os elogios são relacio-nadasa um bem estrutura-do. o que na realidade. deveria ser a principalmotivação. É difícil não _os valores da sociedade.

Não estou afirmando que todo sistema devalores da sociedade seja _Por exemplo: Deus valoriza a • mas para Ele. tal característicavale menos do que um traço de caráter íntegro. A sociedade. porém. consideraa beleza um requisito indispensável. O ministério de encorajamento pode nos_______ dessesvalores. Pode nos ajudar a valorizar as qualidadesmaisimportantes que o Espírito Santo quer produz.ir em nossasvidas. A adoção dosistema de valores de Deus resultará num efeito positivo para a ________ • felicidade e sentimento de realização na vida de uma pessoa.

João 1.47: "Jesusviu Natanael aproximar-se e dissea seu respeito: Eisum verda-deiro em quem não há dolo!".

EXEMPLOS BíBLICOSDO MINISTÉRIODE ENCORAJAMENTO

Timóteo 1.3-5: "Dou graças a Deus•... noite e dia. Lembrado das tuas_________ • estou ansioso por ver-te. para que eu transborde de ale-gria. pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento •..''.

Note que tanto Jesusquanto Paulodestacaram de ca-ráter. Paulo cita ainda. as lágrimas de Timóteo. sem dúvida uma demonstraçãode preocupação para com Paulo e outras pessoas.Há exem-plos do ministério de encorajamento nas Escrituras. Na próxima lição examina-remos outros mais.

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~...

Page 72: Passo a Passo - Manual Do Estudante

RECONHECER QUALIDADESDE CARÁTER

Geralmente, não temos o hábito de uma boa ação e nemas qualidades de caráter que possivelmente as tenham produzido. Em parte, o pro-

blema está na tendência de entendermos _

_____ o comportamento das pessoas. Identificamos

as más atitudes e rapidamente as relacionamos com deficiên-cias de caráter.

E LO(,/OS

o exercício de encorajar pessoas, coopera para a cons-

cientização das diferentes qualidades de caráter do ser huma-

no. Uma vez conscientes dessas qualidades, é mais fácil_________ -Ias quando surgirem.

VAID~ES llA PESSOA

LISTA DE QUALIDADESDE CARÁTER

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"'.

Page 73: Passo a Passo - Manual Do Estudante

o exercício abaixo deverá ser feito individualmente. Se o professor conside- TREINAMENTOrar importante, todos os alunos deverão repetí-Io.

I. Suponhamos que você tenha presenciado alguém de seu grupo tendo uma ati-tude positiva (Invente uma situação).

2. Identifique a boa ação.

3. Dirija-se até a pessoa e diga, com suas próprias palavras, algo como:

"Fiquei impressionado(a) quando o(a) vi (acrescente aqui a boa ação)

Isso demonstrou (a qualidade de caráter evidenciada)

Eu decidi falar com você sobre isso porque gostei muito do que você fez."

• se desejar, modifique as palavras• faça com que essas afirmações sejam

bem naturais para você, mas mencione:

I. o ato2. a qualidade evidenciada3. o elogio

Feito o exercício, se você nãoestiver seguro de como executá-Io,peça ao professor para explicar novamente.

Exemplo:Vamos imaginar que eu tenha visto Marcos ajudando um pobre na rua:

"Marcos, fiquei sensibilizado quando vi você ajudando aquele pobre narua. Deu para perceber que você é generoso. Valeu, viu!?"

Nas próximas semanas sua tarefa será a seguinte:

I. leia sua lista de qualidades de caráter pelo menos uma vez ao dia, desenhan-do uma estrela ao lado, na margem, cada vez que o fizer. Aproveite agora pa-ra treinar.

2. Todos os dias da semana, esforce-se para observar as boas ações das pessoas.No mínimo uma vez ao dia, diga a alguém que notou sua atitudepositiva e apreciou a qualidade de caráter demonstrada. Procureelogiá-Io e encorajá-Io quando estiverem a sós, a fim de evitar embaraços.

3. Destaque a parte do papel indicada e mantenha-a em sua carteira. Coloqueo nome das pessoas a quem você encorajar ou (se isto não for possível), ascircunstâncias que mereceram elogios. Não esqueça de acrescentar seu no-me e entregar o papel ao professor na próxima aula.

4. Esforce-se para encorajar as pessoas com quem você mora (ao menos umavez por semana).

5. Decore Provérbios 15.30: - "O olhar de amigo alegra ao coração; as boasnovas fortalecem até os ossos".

TAREFA

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,.------~--'---:_----

Page 74: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Decore Provérbios 15.30:

"O olhar de amigo alegra ao coração;as boas novas fortalecem até os ossos".

Procurei encorajar as seguintes pessoas:

SITUAÇÕESNOMES

74-A

.-. ------------------- -- ------- ~-'- -~

Page 75: Passo a Passo - Manual Do Estudante

ENCORAJAMENTO 2Era uma vez, numa terra bem distante e fria, um homem chamado Filipe. Ele

gostava muito de fazer as pessoas felizes. Uma das formas que utilizava, era dan-

do flocos quentes para todo mundo.

Para quem nunca viu nehum floco quente, é muito difícil descrevê-I os. Ao se-

rem tocados, tornam-se muito macios, como um coelhinho ou uma bola de al-

godão, irradiando bastante calor, aquecendo-nos da cabeça aos pés. Mas, eles nãosomente transmitem calor físico. O mais especial, é que fazem com que nos sin-tamos bem. Cabem em qualquer lugar: na mão, na bolsa e até mesmo na cartei-ra - são maleáveis. Não são equivalentes a um cachorrinho, a um peixe ou a qual-quer outro animalzinho de estimação. Por outro lado, também não são seres ina-nimados como uma pedra.

Quando Filipe cumprimentava as pessoas, ele geralmente sorria, abraçava-as

e dava-Ihes um floco quente. Na maioria das vezes, tal atitude "Ievantava-Ihes a

moral". Algumas vezes, ficavam envergonhadas por não terem com que retribuira Filipe. Mas ele não queria nada além de trazer um pouco de alegria para a vidados outros.

O peculiar em tudo isso, era a origem dos flocos quentes. Filipe simplesmen-

te não sabia de onde vinham. Eles apenas surgiam! Ao acordar de manhã, os en-contrava no guarda-roupa, no sapato, perto da xícara de café, ou em alguma ga-veta. Mesmo que saísse e desse todos os flocos quentes, encontrava sempre mais

um no bolso da jaqueta. Algumas vezes, após receberem flocos quentes de Fili-pe, as pessoas os ofereciam a outros. Mais tarde, outro floco surgia em algum bolso

de suas roupas.

Com o passar do tempo, cada vez eram distribuídos mais flocos quentes e as

pessoas sentiam-se felizes, aquecidas e amadas. A Terra parecia mais quente ehabitável.

Um dia, chegou um estranho na cidade. Seus olhos eram assustadores e ner-

vosos. Filipe sorriu e deu a ele um floco quente.

- Então é você! munnurou o estranho. Você é o irresponsável que está gas-

tando todos os flocos quentes! Ouví falar de você do outro lado do país e vimpara cá o mais rápido que pude. Você sabe o que está fazendo]

- Bem, ah, estou apenas tentando fazer as pessoas felizes, respondeu Filipe.

- Você sabe quem sou eul perguntou o estranho.

Filipe balançou a cabeça negativamente.

- O que! Ele tirou a carreira e esfregou no rosto de Filipe um emblema queparecia ser algo oficial. Eu sou o Inspetor Chefe da Burocracia para a Conserva-ção do Calor.

FLOCOS QUENTESNUMA TERRA FRIA

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..•..

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Filipe olhava impressionado.

- Esta é uma terra fria, o estranho tremia enquanto falava. E não devemos

gastar o pouco de calor que temos. Você, no entanto, tem dado flocos quentes

para todo mundo. O que vai acontecer se usarmos tudo? Você sabe de onde eles

vêm?

- Não, disse Filipe timidamente. Eles simplesmente aparecem. De onde eles

vêm, você sabe?

- Bem, mais ou menos, respondeu o estranho. Nossa pesquisa logo, logo des-cobrirá. Eles certamente possuem alguma fonte de origem e sabemos que se con-

tinuarmos usando indiscriminadamente, certamente desaparecerão. Por isso pa-

re de distribuí-Ios! Use um pouco, de vez em quando, mas não dê para mais nin-guém ou logo não terá o suficiente nem para você. Entendido?

- Acho que sim, respondeu Filipe.

- Tenho que cuidar de um caso semelhante em outro estado, mas deixe-me

dar-lhe um aviso, o estranho sorriu, mas não parecia nem um pouco amigável.Se eu ouvir que continuam desperdiçando flocos quentes por aquí, voltarei e pren-

derei você num lugar onde nunca mais vai haver flocos quentes.

O estranho franziu a testa e foi embora.

Filipe sentiu-se muito mal. Como poderia estar errado em distribuir flocos

quentes? Mas, como O estranho havia explicado, podia ser que não fossem sufi-

cientes; eles poderiam acabar!

Então, Filipe parou de distribuí-I os.

Na manhã seguinte, não havia mais nenhum floco quente em sua casa. Ele olhouem todo lugar. Tinha três no bolso, mas eram do dia anterior, um, inclusive, ti-

nha esfriado.

- "Puxa, pensou Filipe, parece que parei na hora certa. Devo ter usado to-

dos eles' '. E dito isto, resolveu ficar com os que ainda tinha.

Naquele dia, encontrou três pessoas que precisavam de flocos quentes, massuperando a vontade de dar-Ihes o que tinha, foi embora. Os outros que ainda

tinham os flocos quentes viram a atitude de Filipe e também pararam de distri-buir. "Afinal de contas", pensavam, "se Filipe parou de distribuir flocos quentes,

ele deve ter motivo para isso!"

E aconteceu que todos os flocos ficaram frios. A terra parecia ainda mais ge-

lada e as pessoas, mais infelizes.

Numa manhã, ainda bem cedinho, outro estranho chegou à cidade e foi dire-to para a casa de Filipe. Bateu à porta. Quando Filipe atendeu, colocou a mão

no bolso e tirando um floco quentinho, o entregou a Filipe.

'., .

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Foi maravilhoso! Ele ja havia esquecido como era bom sentir-se aquecido, fe-

liz e amado.

- Por favor, entre, disse ele ao estranho.

- Só posso ficar um pouquinho, respondeu com voz doce e calorosa. Filipe,vou direto ao assunto. Existem algumas pessoas nesta terra que gostariam que

aqui ficasse cada vez mais frio. Eles querem que todos nós fiquemos congelados.Acho que você já encontrou um homem que faz parte desse grupo.

- Sim, um Inspetor para a... ah, Burocracia para a Conservação do Calor,disse Filipe.

- Esseshomens são frios, tristes e cheios de ódio, continuou o estranho. Não

conseguem entender o calor e o odeiam. Vivem espalhando a notícia que vamos

ficar sem os flocos quentes.

Enquanto falava, o estranho olhava com suavidade nos olhos de Filipe

- Quando você oferecia os flocos quentes, o número deles aumentava oudiminuia?

....:....Na maioria das vezes, aumentava. Quando não, na manhã seguinte apare-

cia o mesmo número do dia anterior.

- É isso mesmo, disse o estranho. Quanto mais você distribuir, mais terá pa-

ra dar; mas, se você parar, eles desaparecerão e esfriarão até mesmo para você.

- Mas, como você sabe de tudo isso? perguntou Filipe. De onde eles vêm?

- De mim, disse o estranho. Sou eu quem os dou.

Nesse momento, Filipe percebeu um brilho no rosto do homem e sentiu umaagradável sensação de familiaridade. Ele não parecia mais um estranho, mas alguém

que Filipe conhecia há muito tempo. Ambos sorriram.

Preciso ir, disse ele, e abraçando a

Filipe, pôs-se a caminho.

Naquele dia, Filipe deu seu floco

quente e imediatamente apareceu ou-tro em seu bolso. Logo voltou a

distribuí-Ios e eles continuaram a au-

mentar. Outros seguiram seu exemploe as pessoas daquela terra tornaram-se novamente felizes, aquecidas e

amadas.

E o Inspetor de Burocracia para a Conservação do Calor? Bem, esta é umaoutra história ...

(História adaptada)

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. ~...

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oiscussao DOS"FLOCOS QUENTES"

I. Quem os personagens representam na vida real?

2. O que os flocos quentes representam?

3. É pensamento comum que aspossesde uma pessoa aumentam quando estaas reparte com outros?

••. É certo que se oferecermos amor e encorajamento a outros, Deus os repo-rá em nosso coração?• Existe algum versículo bíblico a esse respeito?

Atos 20.35b:

Lucas9.24: _

Provérbios 11.25: _

Eclesiastes 11.1:. _

Lucas6.38: _

5. Que tipo de circunstâncias ou pessoasatrapalham nossamotivação de "ofe-recer flocos quentes"?• O que nos encoraja a repartir?• O que acontece quando as pessoas deixam de oferecer flocos quentes?

EXEMPLOS DEENCORAJAMENTO NA BíBLIA

Em cada um dos versículos, os alunos deverão anotar especificamente:

- a ênfase dada pelo autor- a forma de encorajamento?

Por exemplo:Romanos 1.8: " ...por meio de JesusCristo dou graças ao meu Deus por todosvocês, pois, no mundo inteiro se ouve falar da fé que vocês têm."

O aluno poderia explicar que este versículo demonstra o ministério de en-corajamento da seguinte maneira: O autor está exaltando a fé que os romanospossuiam(elaera tão evidente que Ihesresultou em boa reputação), encorajando-os assim a permanecerem fiéis.

Outro exemplo:Romanos 16.4: "Mando lembranças à Priscila e Áquila, meus companheiros detrabalho no serviço de Cristo Jesus.Sou muito agradecido a eles, não somenteeu, mas também todas as igrejas dos gentios."

Possívelresposta: O autor elogia Priscila e Áquila perante a igreja, por have-rem trabalhado e arriscado suasvidas em prol dos gentios, os quais eram muitogratos. Essafoi uma forma de encorajá-Ios a prosseguir ministrando.

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Algumas vezes, Paulo enviava lembranças das pessoas que estavam com ele.

Provavelmente, liam a carta antes que esta fosse remetida e isto também serviade encorajamento.

Romanos 16.23: "O meu hospedeiro Gaio, em casa de quem a igreja daquíse reúne, manda saudações a vocês."

I Coríntios 16. 17,18: "Eu me alegro com a vida de Estéfana, de Fortunato e de

Acaico, pois fizeram o que vocês, por estarem ausentes, não podiam fazer. Eles

me animaram muito, e sei que animaram vocês também. Gente como esta me-rece elogios."

2 Coríntios 8.2,3: "Os irmãos dalí têm sido muito provados pelas dificuldades.Mas a alegria deles foi tanta, que, embora sendo muito pobres, deram as suas ofer-

tas com grande generosidade. Afirmo a vocês que eles fizeram tudo o que po-diam e até mais ainda. E com toda a boa vontade, pediram que o deixássemosparticipar na ajuda para o povo de Deus."

Colossenses 4.7: "líquico, nosso querido irmão, trabalhador fiel e companheirono serviço do Senhor, dará a vocês todas as notícias a respeito de mim."

Filipenses 2.20,22: "Pois ele é o único que sente comigo as preocupações e que

de fato se interessa pelo bem estar de vocês ... E vocês mesmos sabem como Ti-móteo provou o seu valor. Eu e ele, como pai e filho, temos trabalhado juntosno serviço do Evangelho."

Colossenses 4.12,13: "Epafras, outro que pertence ao grupo de vocês e é servode Cristo Jesus... Ele sempre pede a Deus por vocês ... Eu posso afirmar que eletrabalha muito por vocês,"

I Tessalonicenses 1.6-9: "Vocês se tornaram exemplo para todos os cristãos na

Macedônia e da Acaia. Porque a mensagem a respeito do Senhor saiu de vocês

para a Macedônia e para a Acata, e as notícias sobre a fé que têm em Deus se

espalharam por todos os lugares. Portanto. sobre isto não tem necessidade defalarmos mais nada. Ao contrário. toda esta gente fala da nossa visita a vocês. Con-tam como vocês nos receberam bem e como deixaram os ídolos para seguireme servirem ao Deus vivo e verdadeiro."

I Pedro 5.12: "Com a ajuda de Sílas, quem considero meu irmão fiel. escrevo esta

pequena carta. a fim de encorajá-Ios."

Apocalipse 2.9-11: "Eu sei o que vocês sofrem. Sei que são pobres. mas de fatosão ricos. Sei como aqueles que se dizem judeus. mas não são. falam mal de vo-cês. Eles são um grupo que pertence a Satanás. Não tenham medo do que vocês

vão sofrer. Escutem: o Diabo vai por na prisão alguns de vocês para que sejam

provados e sofram durante dez dias. Sejam fiéis até a morte e eu Ihes darei a co-roa da vida."

Apocalipse 3.4: "Mas alguns de vocês de Sardes têm conservado limpas as suas

roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas. pois merecem estahonra."

VERSíCULOS QUEEVIDENCIAMENCORAJAMENTO

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PONTOS A CONSIDERAR I. Um espírito de encorajamento anima não s6 os que estão à nossavolta, mas também a mesmos.

Há pessoasque possuem a tendência de notar só o lado _davida. Existem muitos aspectosruinsa serem observados,masdevemosser sábiosao trabalhar com elas.Portanto, segastarmos a maior parte de nossaenergia pen-sando na injustiça, na fragilidade humana, discórdia, perversidade, etc, isto afeta-rá nosso estado _

Paulo escreve, "Portanto meus irmãos, encham suas mentes com tu-do o que é , tudo o que é bom, digno, justo,___ , agradável e honesto" (Filipenses4.8).

É necessárioque focalizemos o lado puro e nobre para podermos elogiar ou-tros. O subproduto emocional será mais e _______ em nossaspróprias vidas. Outro efeito, será a redução da ira edo interesse próprio que muitas vezes não nos deixam enxergar as bênçãos noreino de Deus.

I Coríntios 13.6:'~•.o [amor] não com o erro, masalegra-se com a verdade." (A palavragrega aqui é "verdade", "correto", oude uma forma maisgeneralizada, "integridade de ", de acordocom o Léxico Grego de Tayer).

2. O ministério de encorajamento pode ajudar a mostrar ao mundoque a igreja não é mais uma típica _humana cheia de fofocas e reclamações.

Se este ministério for difundido na igreja, mesmo os "do lado de fora" fica-rão impressionados pela maneira com que os crentes se tra-tam, tanto a nível individual como em público. Será mais uma forma de, dentroda comunidade, demonstrarmos uns aos outros.

Jesusdisse; "Um novo mandamento vos dou. Que vos ameis uns aos outros as-sim como eu vos amei. E todos saberão que sois meus _se vos amardes uns aos outros" (loão 13.34,35).

Tiago 3.9-12: "Usamos a língua tanto para agradecer ao Pai, como para________ as pessoas,que foram criadas parecidas com Deus. Damesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldi-ção. Meus irmãos, isto não deve ser assim. Por acaso pode a mesma fonte jor-rar água doce e água ? Meus irmãos, por acaso pode uma fi-gueira dar azeitonasou um pé de uva dar figos?Assim também uma fonte de águasalgadanão pode dar água doce."

3. Romanos 12.10:"Amem uns aos outros com carinho de irmãos emCristo e em tudo dêem uns aos outros."

O ministério de encorajamento nos ajuda-nosa colocar este versículo em prá-tica. É importante uns aos outros, não simplesmente

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devido às bêncãos mencionadas anteriormente, mas também para evitar que as

pessoas elogiem mesmas.

Provérbios 25.27: "Assim como mel demais não faz bem, também não é bomandar procurando ~_

Provérbios 27.2: "Ninguém elogie a si mesmo, se houver elogios, que ve-nham dos _

Paulo sugere aos crentes que _

as pessoas que trabalharam fielmente, correndo ris-co pelo evangelho, etc. (Por exemplo, Filipenses 2.29).

Em minha vida as afirmações seguintes são verda-

deiras:

• se elogiar a mim mesmo, não me sentirei mais

digno, nem tampouco melhor do que sou.Além do mais, tal atitude será questionada por

outras pessoas.

• se elogiar a outros, eles apreciarão e, _

algo em mim para também elogiar.

Um dos motivos pelos quais as pessoas retribuem elogios, deve-se ao que cha-maremos de balança . Dessa forma, pesam o bem e o mal,

emitindo conceitos de acordo com seus referenciais. Sentem-se desconfortáveisse a balança desequilibra-se, então, equilibram as _

quem as elogia.

Esse tipo de elogio ou encorajamento, nem sempre é , mas

é melhor do que fofocar.

4. É um poder desenvolver um ministério de en-corajamento.

Provérbios 25.11: "Como maçãs de em salvas de prata, assimé a palavra dita a seu tempo".

Provérbios 12.25: "As preocupações roubam a felicidade da gente, masas palavras amáveis nos alegram".

Provérbios 15.30: "Um olhar amigo alegra o : uma boa notí-

cia faz a gente sentir-se bem".

Encorajar pessoas não requer muito tempo ou esforço, mas deixa muita gente

mais . Vale muito mais a influência positiva desse ministério na vida das

pessoas, do que qualquer que possamos receber em troca.

5. Algumas vezes, nossa fidelidade evidencia-se através dos ______ que recebemos.

Vejam como sou bom de bola!

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Provérbios 27.21: "Como o crisol prova a prata, e o fomo o ouro, as-sim o homem é provado pelos que recebe".

Provérbios 12.8: "Quem tem compreensão recebe elogios, mas quemtem coração perverso é desprezado".

Existeum certo tipo de concenso, que Deus nos pelos elo-gios que recebemos. Que igrejaordenaria um ministro baseando-se somente emautc-recomendações! Ele deve ser recomendado pelos _como alguém capacitado a ser um ministro. Da mesma forma, todos nósdeveríamos testar nosso caráter e ministérios pelos elogios e também pelas crí-ticas que recebemos. Não se esqueça de Lucas6.22-26, o outro lado da moeda.

Quando os membros do Corpo de Cristo adquirem o hábito de elo-giarem mutuamente seus aspectos positivos, tal atitude contribuirá pa-ra que os aentes avaliem-se mais a si mesmos. Dessa forma, as pessoaspoderão amadurecer mais rapidamente e darão mais valor à comunhão existen-te na igreja. Infelizmente, o hábito de encorajamento não é muito _________ entre os cristãos.

6. Qual a diferença entre encorajamento e _

Existem várias definições de bajulação. Uma delas é a maneira intencional detentar alguém, com mentiras ou segundas intenções.

Provérbios 26.28: "Quem odeia fere os outroscom , as palavras bajuladorascausam desgraças". O versículo equipara bajulaçãoà mentira.

Provérbios29.5: "Quem balula os seus amigos estáarmando uma para si mes-mo". A idéia também implica a intenção de iludirou

Você é a pessoa mais linda que já vi! Que tal darmos uma volta!

Devemos tomar cuidado para não encorajarmos as pessoas moti-vados unicamente por interesses , isto é, com segun-das intenções. Não devemos elogiar visando obter de ou-tras pessoas, nem para recebermos elogios em troca.

Segundo o diagrama da balança emocional, é até provável que nos retomemelogios, mas esta não deve ser nossa para encorajar pes-soas. Nossos elogios devem ser . Seremos beneficiados! Ge-ralmente sim, mas esse benefício será um e não o obje-tivo principal.

Por certo cometeremos uma menor quantidade de erros, se elogiarmos tam-bém as atitudes que revelam bom caráter e não somente as baseadas em outrosvalores (como aparência, inteligência,etc.) Isto não significadeixarmos de cum-primentar alguém por ganhar um jogo de futebol ou por ser estar bem apresen-

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tável. No entanto, será mais produtivo se encorajarmos o desenvolvimento docaráter de Deus naspessoas.Paratal, fazer uma ligação entre caráter e _

Por exemplo, posso dizer a meu filho:

- Rick, parabéns! Você ganhou o jogo. Você jogou bem e deu pra perceberque realmente se esforçou. Estou muito orgulhoso de você!

I. Continue a encorajar, no mínimo, uma pessoa por dia Marque em uma TAREFAfolha de papel, como explicado na semana anterior.

2. Leia sua lista de qualidades de caráter uma vez por dia. Coloque umamarca na margem ao lado deste parágrafo cada vez que ler a lista.

3. Escreva dois bilhetes de encorajamento para duaspessoasdurante a se-mana. Podem ser cartas enviadaspelo correio ou bilhetes entregues pessoal-mente. Não se esqueça de mencionar a atitude positiva e a qualidadede ca-ráter demonstrada.

4. Elogie publicamente uma pessoa (no mínimo). Por exemplo, Duranteuma conversa, refira-se à atitude de uma das pessoaspresentes, que o tenhaimpressionado. Ou então, domingo na igreja, refira-se em público ao bom mi-nistério exercido por algum dos membros presente. Exerça o verskulo bíbli-co: ••...a quem honra, honra" (Rm 13.7b).

5. Não deixe de anotar a quem encorajou e o número de vezes que leu a listade características. Entregue-a ao professor.

6. Decore o versículo do final do capítulo (destaque-o da folha).

Sigaas instruções do professor. GRUPOS PEQUENOS

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"Amai-vos cordialmente uns aos outroscom amor fraternal, preferindo.vos em honra uns aos outros" (Rm 12.10).

NOME:

ENCORAJEI:

NOMES SITUAÇÕES CARTAS

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CONFRONTO IImportar-se para Confrontar o MINISTÉRIO DO

CONFRONTOo ministério de confronto é um dos agradáveise _

_____ de ser realizado. Por que! Essaresposta deve-seao fato de ninguémgostar de receber repreensões e nem de alegrar-se em desagradar a quem amae respeita.Tendo em vista essesfatos, este ministério é _e evitado.

Muitas vezesquando decidimos colocá-Io em prática, já é demais.Isto acontece porque não treinamos pessoaspara exercê-Io e, quando o fazemos,muitas vezesé de maneira incorreta, ainda mais a situação.

Quando nos importamos o bastante para confrontar alguém, significaque nos~ com aspessoasenvolvidasna situação.Sabemosque é ex-tremamente prejudicial para alguém permanecer em pois:

- danifica o relacionamento com Deus e com as pessoas;

- desenvolve um caráter _

O QUE SIGNIFICAIMPORTAR-SE PARACONFRONTAR?

É simplesnos convencermos de que,segundo os padrões do , émais apropriado não confrontar as pes-soas. Evitar o confronto, aparentemen-te transmite que somos mais espirituais.A primeira reação emocional dos con-frontados, é geralmente____ , o que também poderia indi-car o confronto como uma atitude forados padrões do amor cristão.

- toma-se um péssimo exemplo e testemunho;

- fere pessoasfísica, e/ou espiritualmente.

No entanto, as Escrituras afirmam claramente que quando não ________ um irmão que necessitade alguém que lhe abra os olhos parauma situação de pecado, aí sim, estaremos demonstrando falta de amor!

Será que devemos avisá-lo]Não quero incomodá-Io com interrupções.

"Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto. Fiéis são as______ feitas pelo que ama, mas os beijos do que aborrece sãoenganosos" (Pv 27.5-6).

"Recomendamos ainda o seguinte: aconselhem com firmeza os pre-guiçosos, animem os desanimados, ajudem os fracos na fé e tenhampaciência com todos" (I Ts 5.14).

Amor é um compromisso que visao para o próximo, mes-mo que essemelhor, em determinada situação seja uma repreensão. Um pai que

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deixa de disciplinar um filho rebelde, não está exercendo amor. Da mesma for-ma nós, quando evitamos realizar uma confrontação.

"O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama a seutempo o .. (Pv 13.24).

o QUE É O MINISTÉRIODE CONFRONTO?

o ministério de confronto é um importante para oministério de encorajamento, o qual reconhece e encoraja boas obras e qualida-des interiores; o de confronto atitudes erradas tanto anível interior quanto exterior.

Devemos encorajar mais do que repreender. Nosso envolvimento nos doisministérios aperfeiçoa os . Nossas palavrasde encoraja-mento amenizam as de repreensão e fortalecem relacionamentos. Nossos con-frontos adicionam seriedade a nossos encorajamentos e aumentam nossacredibilidade.

O ministério de confronto requer:

I. genuíno para com as pessoas.Nossa motivação deve ser um desejo profundo de fazer o _para com todos os envolvidos na situação. É preciso reconhecer que o amorencobre e ignora pequenasofensas,enfrentando porém asmaiores. Devemosamar o suficiente para fazer o que é certo.

2. Sabedoria para confrontar quando _Precisamos aprender a discemir quais são as ofensas insignificantes, que de-vem ser ignoradas, e as que para o de todos, devemser enfrentadas e resolvidas. Tendo em vista um resultado positivo, devemosescolher as circunstâncias mais propícias para um encontro:

- Conversaremos a sós!- Qual o horário mais apropriado!- Seria melhor aguardar outra ocasião!

3. Sabedoria para o confronto.Precisamos aprender a ponderar e avaliar cuidadosamente nossas

____ para que nossos confrontos sejam bem sucedidos. Preci-samos comunicar amor e interesse, oferecendo nosso melhor.

4. para O confronto.Devemos estar dispostosa . Possíveisdesentendimentos po-derão afastar temporariamente algumas pessoas. Tal afastamento contudo,ocorrerá com menor freqüência se usarmos de sabedoria ao nos colocarmos.Contudo, mesmo assim,é provável que ocorram contrariedades. Por outrolado, muitos nos agradecerão pelo interesse e ajuda.

UM EXEMPLO BíBLICO "E o Senhor enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-Ihe: Havia numacidade dois homens, um rico e outro pobre. O rico tinha muitíssimasovelhasevacas;mas o pobre não tinha causa nenhuma, senão uma pequena cordeira quecomprara e criara; ela tinha crescido com ele e com seus filhos igualmente; do

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seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha co-

mo filha. E, vindo ao homem rico um viajante, deixou este de tomar das suas ove-

lhas e das suas vacas para servir para o viajante que viera a ele: e tomou a cor-deira do homem pobre, e a preparou para o homem que viera a ele.

Então o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, edisse a Natã: Vive o Senhor que digno de morte é o homem que fez isso. E pela

cordeira tomará a dar o quadruplicado, porque fez tal cousa, e porque não se

compadeceu.

Então disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o Senhor Deus de Is-rael: Eu te ungi rei sobre Israel, e eu te livrei das mãos de Saul. E te dei a casa de

teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de

Israel e de Judá, e, se isto é pouco mais te acrescentaria tais e tais cousas. Porque, pois desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos?

A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e aele mataste com a espada dos filhos de Amon.

Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor ...

E disse Natã a Davi: Também o Senhor traspassou o teu pecado; não morrerás"(2 Samuel 12.1-9,13).

Ezequiel 33.8: "Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não_______ , para ~sviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpiona sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão".

Tiago 5.20: "Saiba que aquele que fizer converter do do seu caminhoum pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados."

De modo geral, Deus utiliza os seus como . É nossa____________ notificar a outros os avisos e repreensões do Se-

nhor. A repreensão é uma benção , mas não devemos pri-

var as pessoas de experimentá-Ia.

Mateus 18. 15-17: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o en-tre ti e ele só; se te ouvir, a teu irmão; mas se não te ouvir,

leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhastoda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se tambémnão escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano."

Nosso primeiro propósito ao confrontar alguém, deve ser "ganhá-lo" -convencê-Io a mudar de atitude, tendo como padrão a Palavra de Deus e não nosso

próprio ponto de vista. Confrontamos para que a pessoa aperceba-se desua falha e mude de atitude.

Gálatas 6.1: "Meus irmãos, se alguém for apanhado em alguma falta, vocês quesão espirituais devem ajudá-Io a se corrigir. Mas façam isto com humildade e te-

nham cuidado para que vocês também não sejam tentados".

TEXTOS BíBLICOSSOBRE REPREENSÃO

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A pnnopio, o ministério de confronto deve acontecer em_____ , confonne as instruções de Mateus 18. Se confrontarmos alguémna presença de outros, a poderá dificultar uma resposta po~-tiva da pessoa.

DISCIPLINA NA IGREJA Estes versículos de Mateus 18 abrangem tanto o ministério pessoal de con-fronto quanto o de disciplinada igreja em sua . Não esta-mos enfocando este último aspecto, mas é importante ressaltar que. não deve-mos "tratar alguém como publicano", a não ser que a igreja esteja oficial-mente disciplinando-o.

MAIS TEXTOS BíBLICOSSOBRE CONFRONTO

Colossenses 3.16: "A palavrade Cristo habite em vós abundantemente, em to-da a sabedoria, ensinando-vose admoestando-vos uns aos outros, com salmos,hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração."

I Timóteo 5.1: "Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-oscomo a pais; aos jovens como a irmãos,'

A Bíbliautilizaváriaspalavraspara se referir ao de confronto.Repreender, aconselhar, exortar, censurar e reprovar, são alguns exemplos. EmI Tm 5.1, podemos notar a diferença entre uma repreensão dura e outra maisgentil, carinhosa.

Em Mateus 23, Jesus enfrenta as pessoas com uma linguagem ; "Aide vós, escribas e fariseus.. ". A linguagema ser utilizadadeve ter sempre comopropósito O melhor para a pessoa.

Provérbios 15.1:"A resposta branda desvia a furor, mas a palavra durasuscita a _

Provérbios 25.15: "Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua_______ quebranta os ossos".

A QUEM CONFRONTAR? Gálatas 6.1: "Innãos se alguém chegar a ser surpreendido nalguma ______ , vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de _________ ; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado' '.

Que pecados devem ser confrontados?

Não é nossa finalidadeconfrontar cada cometido. Preci-samos ter sabedoria e experiência para discernir a quais confrontar (ou somentelevar a Cristo em ).

Devemos nos perguntar: "As do pecado cau-sarão muitos danos!" Se a resposta for "sim", talvez precisemos confrontar a pes-soa.

Quem deve confrontar um irmão em relação a seu pecado?

Os pecados podem ou não ser contra nós.

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Page 89: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Se forem contra , a responsabilidadedo confronto será nossa.

Se forem contra outro , a responsabilidadeserá dele.

Se o irmão pecou contra um e tomarmos conheci-mento desse pecado, talvez tenhamos que confrontá-Io.

\Estas regras gerais têm exceções, mas podem ser úteis na grandemaioria dos casos. \

Romanos 15.4: "Meus irmãos, estou certo de que vocês estão cheios de bonda-de e de todo o conhecimento e que sabem aconselhar uns aos outros' '.

ELEMENTOS-CHAveDO MINISTÉRIODE CONFRONTO

Este ministério precisa ser desenvolvido com sabedo-ria e moderação. O diagrama que se segue pode servir deorientação. Ele apresenta uma série de "peneiras". Cadauma relata certos confrontos. Devemos confrontar alguémsomente em caso da repreensão passar por todas as"peneiras".

A peneira do amor

I. É o amor a real motivação deste confronto! Quero mesmo o _____ para essapessoa!

2. Amo o pecador o suficiente para seu pecado ou será queminha motivação é, em grande parte, o que recebe-rei caso ele se arrependa! Amo o suficiente para permanecer paciente e to-lerar o pecado enquanto o ofensor se esforça para melhorar ou até eu con-seguir uma boa chance de conírontá-lo!

3. Já de coração, sinceramente! Há raiva e amargura que pre-cisam ser tratadas antes do confronto de forma que ele o amore preocupação que tenho por sua vida!

A peneira da verdade

I. Seitoda verdade sobre a situação! o pecado! Seráqueoutra pessoadeve aplicar a repreensãol Devo encorajá-Ia a fazê-lo!

2. O que a Bíblia ensinasobre a situação! Trata-sede pecado, falta de sabedoria,ou é simplesmente contrário às minhas preferências e conceitos!

A peneira da necessidade

I. O pecado é tão que exige um coofronto! O que es-tá faltando no caráter dessapessoa para que permaneça pecando! Quais osefeitos a longo prazo que tal pecado pode produzír! Devo confrontar ou s0-mente orar pela pessoal

2. O físico, emocional, intelectual e espiritual da pessoae do Corpo de Cristo, está intimamente relacionado ao abandono do pecado!

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Page 90: Passo a Passo - Manual Do Estudante

3. Será que essepecado deve ser encarado como ~É fa-tor urgente a ser coofrontado! Tem havido esforço e progresso em outrasáreas! O pecado persiste]

A peneira das palavras certas

Houve um planejamento acerca das palavrasutilizadas na abordagem! Comodevo expressar-me a fim de contribuir para uma reação positiva por parte da pes-soa! A situação é tão delicada e difícil que merece uma estratégia ______ ~ (Um exemplo disso pode ser encontrado com Davi e Natã, co-mo vimos). Algumas vezeshaverá a necessidadede escrever o que pretendemosdizer, para que haja uma coordenação de idéias.

A peneira da hora certa

É interessante estarmos atentos ao da pessoaque receberá o con-fronto. Onde e em que situação poderemos conversar! Como posso certificar-me de que ficaremos a e que terei tempo suficiente para comunicaro necessário sem interrupções! É aconselhávelaguardar algunsdias ou semanas!Devo telefonar marcando horário para a conversa!

TREINAMENTO Treinaremos as instruções que se seguem quantasvezeso professor achar ne-cessário, até que todos estejam aptos a exercitar o ministério de con-fronto.

I. Imagine que um dos participantes do seu grupo tenha lhe ofendido ou come-tido algum pecado em sua presença. Invente uma situação onde ele ...

- mentiu e você acabou descobrindo;- falou mal de você sem fundamento;- envolveu-sedemais fisicamente com o namorado(a) e você tomou conhe-

cimento da situação;

Lembre-sede situaçõespessoaisenfrentadaspor você no trabalho, na igreja,em casa,etc.

2. Utilize as cinco peneiras para certificar-se da necessidade de um con-fronto. Leia as perguntas e pense nas respostas. Todo o grupo poderáfazer isso ao mesmo tempo. Em seguida,escolha alguém para prosseguir.

Enquanto pensanaspalavrasadequadas,considere asfrasesque se seguempara utilizá-Iasno confronto do pecador imaginário:

(nome do pecador) , preciso conversar um pouquinho a sóscom você. Seria conveniente agora? Sei que você ama a Jesus e gos-taria de seguí-lo e tornar-se cada vez mais semelhante a Ele, por issopreciso compartilhar algo que, para mim, é muito difícil.

Jesus diz em Mateus 18que é minha responsabilidade falar com você.Eu tenho muitas áreas falhas em minha vida e tenho batalhando pa-ra vencê-las. Sei que (aqui '«>Cê expia o pecado: por exemplo, ..... ontem YOCême

disse uma coisa que não era 'o'eI"dade... '.bcê simplesmente repetiu aquelas palavras sem conhe-

cimento de causa, por ter OlNido de outra pessoa, ou falou conscientemente, sabendo que não era

'o'eI"dade!").

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...••.

Page 91: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Imagino que você saiba que Deus não aprecia tal atitude. Ele querque sejamos (coloque aqui uma qualidade de caráter que ajudaria a evitar aquele

pecado na pessoa: por e>cEfTlplo."honestos"). Irmão será que estou enten-

dendo a situação! Posso ajudá-lo!

3. Apesar de estarmos numa situação imaginária, esforce-se em preocupar-semais com a pessoa do pecador do que com o difícil e embaraçoso confron-

to. Deixe seu rosto transparecer amor e preocupação.

4. Os membros dos grupos e o professor devem dar sugestões ou mesmo insis-

tir em que os participantes continuem o exercício até conseguirem confron-tar alguém, demonstrando preocupação.

S. Imagine situações para treinamento, mas lembre-se que ainda não é a hora paraum confronto real.

I. Com muito amor, procure esta semana, confrontar no mínimo duas TAREFApessoas (crentes) sobre algum pecado que tenham cometido. Prepare cadaconfronto orando e relendo as cinco peneiras descritas. Ore pedindo amor,misericórdia, sabedoria e o poder do Espírito Santo para atuar nocoração da pessoa a ser confrontada. Treine esse ministério durante três

semanas. Nesta primeira semana, talvez seja mais oportuno começar com re-preensões mais simples e fáceis. Cuidado para não desenvolver uma atitudede "caça pecados" tendo em vista esta tarefa ..

2. Na próxima aula, entregue a seu professor uma folha de papel com seu no-me, indicando quantas pessoas foram por você confrontadas. Descreva as con-versas em termos breves e gerais. Não é necessário anotar os nomes das pes-

soas confrontadas.

Faça seu plano.Se houver tempo durante a aula, faça uma lista de pessoas que possivelmente

necessitam de um confronto. Escolha duas pessoas da lista e comece a orarlevando em conta as cinco peneiras. Se durante o período de aula nãohouver tempo, deixe para mais tarde. Procure no entanto, iniciarseu plano no mesmo dia, antes de deitar-se. É muito fácil adiarmos pa-

ra o dia seguinte este ministério tão importante. Não permita que issoaconteça!

3. Decore o versículo que se segue. Após destacá-Io, coloque o papel como lem-brete num lugar estratégico.

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Page 92: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que aborrece são enganosos"

(Pv 27.5-6).

NOME: _

CONFRONTOS REALIZADOS:

Situação deConfronto N~ Resumo

92-A

Page 93: Passo a Passo - Manual Do Estudante

CONFRONTO 2Aquiete sua mente. Penseem Deus. 3 MINUTOS DE SILÊNCIO

- Como foi a tarefa? Quem conseguiu confrontar duas ou mais pessoas? TEMPO DE COMPARTILHAR- Quem teve experiência positiva?- Quem teve experiência negativa?

Existem vários exemplos de tanto no Antigo quanto EXEMPLOS BíBLICOSno Novo Testamento. Essafunção pertencia aos profetas como Jonas,Jeremias,Elias,etc. As vezes,suasrepreensões eram . Façamosuma amostragem:

JESUSMateus 16.22,23: "Então Pedro O levou para um lado e começou a repreendê-10 dizendo: Que Deus não ! Isto não pode acontecer com oSenhor de jeito nenhum!' Jesusvirou-se e disse a Pedro: Saiada minha frente_______ ! Você é uma pedra de tropeço no meu caminho porque estápensando como um ser humano pensa, e não como Deus pensa".

João 3.10-12: "O senhor (Nicodemos) é professor do povo de Israel e não______ isto? Poiseu afirmo o seguinte: nós falamos daquilo que sa-

bemos e contamos o que temos visto, masvocês não querem aceitar a nossamen-sagem. Senão acreditam quando falo das coisasdeste mundo, como vão acredi-tar quando falo nas coisas do 1"

Mateus 23.27: "Ai de vocês professores da Lei e fariseus_____ ! Poissão como túmulos caiadosde branco, que, por fora parecembonitos, mas que por dentro estão cheios de ossos de mortos e de _

João 21.17:"Perguntou pelaterceira vez: Simão,filho deJoão, você me ama?'EntãoPedro ficou triste porque Jesushaviaperguntado três vezes:Você me amar E res-pondeu: O Senhor sabe de tudo e sabeque eu O amo!' EJesusordenou: Tomeconta das minhas ovelhas'"

Jesus nem sempre confrontava as pessoas da mesma forma. Algu-mas vezes Ele era , outras vezes,

2 Crônicas 16.7-10: "Por este tempo o profeta Hanani foi falar com o rei Asa,de Judá,e disse: O senhor confiou no rei da Síria em vez de confiar no Eterno,o seu Deus, e por isto o exército do rei de Israel conseguiu fugir. Não é verdadeque os soldados da Etiópia e da Líbia formaram um enorme exército, com mui-tos carros de guerra e cavaleiros?No entanto, o senhor confiou no Deus Eter-no, e Ele lhe deu a . O Eterno está sempre vigiando tudoo que acontece no mundo a fim de dar forças a todos os fiéis a Ele comtodo o . Desta vez o senhor fez uma loucura e por isto de ago-ra em diante o senhor vai estar sempre em guerra. Asa ficou tão zangadocomo profeta que mandou amarrá-Io com correntes e metê-Io numa prisão. E foi nestetempo também que Asa perseguiu algumaspessoasdo seu próprio povo."

UM EXEMPLO DOANTIGO TESTAMENTO

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Page 94: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Algumas vezes, você será por re-preender alguém. Pode ser que não obtenha resultados apa-rentes. Não se esqueça que a coragem e a fidelidade são fa-tores importantes.

PAULOGálatas 1.6: "Estou muito admirado de vocês estarem abandonando

tão depressa Aquele que os chamou por meio da graça de Cristo ede estarem aceitando outro "

- As cartas de Paulo confrontam uma _

I Coríntios 3.1-3: "Na verdade irmãos, não pude falar com vocês co-

mo costumo fazer com os que têm o Espírito de Deus. Tive de falarcom vocês como se fala com as pessoas do , como se vo-

cês fossem crianças na fé cristã. Tive de alimentá-Ios com leite e co-mida forte porque vocês não estavam prontos para isto. E ainda nãoestão prontos, pois vivem como se fossem pessoas deste mundo' '.

1 Coríntios 5.1,2: "Agora estão dizendo que há entre vocês uma imoralidade tãogrande, que nem mesmo os pagãos seriam capazes de praticar. Ouví dizer que

certo homem está vivendo com sua ! Como é que vocês po-dem estar tão orgulhosos? Iv;) contrário, deviam ficar muito tristes e expulsar domeio de vocês quem faz isto".

Paulo confrontou as igrejas sobre e caráter

Gálatas 2.11-14: "Quando Pedro veio à Antioquia, eu o repreendí em público por-que ele estava inteiramente . Antes de chegarem alí alguns ho-

mens que Tiago tinha mandado, Pedro comia com os irmãos que não eram ju-

deus. Mas depois que aqueles homens chegaram, ele não queria mais comer com

os não-judeus porque tinha medo dos que eram a favor da circuncisão dos não-

judeus. E também os outros irmãos judeus começaram a agir como covardes, domesmo modo que Pedro. E até Barnabé se deixou levar pela covardia deles. Quan-do ví que não estavam agindo direito. nem de acordo com a _

do Evangelho. eu disse a Pedro diante de todos: Você é judeu. mas não está vi-vendo como um judeu, e sim como os não-judeus. Como é que então quer obrigar

os não-judeus a viverem como judeus!"

- Paulo confrontou inclusive a Pedro, sobre teologia e conduta reli-giosa em público! Ninguém é tão que nunca pre-cise ser confrontado.

O CRISTO QUE SUBIUAO CÉU (VISÃO DE JOÃO):

Apocalipse 2.4, 20, li: "Porém tenho alguma coisa contra vocês: é que agora

não me como me amavam no princípio ..."

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..•..

Page 95: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Porém tenho uma coisa contra vocês, é que toleram Jezabel,aquelamulher quediz ser mensageira de Deus. Ela leva os meus servos para o mau caminho,ensinando-os a cometerem e comerem alimen-tos oferecidos aos ídolos..."

";..c anjo da igreja de Sardesescreva o seguinte: 'Esta é a mensagemdaquele quetem sete espíritos de Deus e sete estrelas. Eu sei o que vocês estão fazendo. Vo-cês dizem que estão vivos, mas de fato estão mortos.'"

o Espírito Santo usou João para confrontar as igrejas em relaçãoa caráter, teologia incorreta e atitudes _

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com quejulgardes, sereis julgados; e com a com que tiverdesmedido vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teuirmão, porém não reparas na que está no teu próprio? Ou co-mo dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quandotens a trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho entãoverás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão."

Mateus 7.1-5

"Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vósos de ? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai,pois, de entre vós o malfeitor" (I Cor 5.12, 13).

"Mas O alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prá-tica, têm as suas faculdades exercitadas para nãosomente o bem, mas também o mal" (Hebreus 5.14).

Quando Cristo falou sobre julgamento, esperavaque:

I. não nos considerássemos que outros ou sem pecado;2. não nos recusássemosa e arrepender de nossospecados;3. oferecêssemos a outros, a mesma graça e que almejásse-

mos receber de Deus.

Quando Paulo afirma que devemos "julgar" as pessoasda igreja, o propósitodele é _

Devemos discernir o mal e ajudar outros a batalharem contra ele. Veja Gála-tas 6.1.

J. A IMPORTÂNCIA DO CONFRONTO

Imagine-seandando na calçada em frente à sua casa. Seu vizinho aparece najanelae vocês começam a conversar amigavelmente. De repente, você nota quea casadele está pegando . A fumaça está saindo por um lado da janelade onde seu vizinho não pode ver. Você não quer ofendê-Io com a má notícia,então não diz nada. Afinal de contas... você não quer deixá-Io infeliz! Seria faltade . Além disso, pode ser que o fogo tenha começado por culpa dele.

DISCERNIMENTO EMOPOSiÇÃO À JULGAMENTO

MINISTÉRIO DEREPREENSÃO

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Page 96: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Se eu falar ele vai ficar chateado comigo.

Talveza causa tenha sido um de seus maus hábi-tos, fumar. Ele ficará muito chateado com vocêpor tê-Io confrontado. Você pode até tentar sercriativo ou sutil, respirando fundo e dizendo, "In-teressante, está cheirando queimado, está sentin-do!", para então retirar-se na esperança que eledescubra sozinho.

Logicamente, esta ilustração é fictícia;a úni-ca reação aceitável, seria contar _________ a seu vizinho que a casadele estava pegando fogo. Quanto mais rápi-do você contasse, menos dano o fogo causaria,pois logo seria apagado.

o problema é que, "fogos " podem apenas serdiscernidos espiritualmente. Embora os danos sejam muito_______ do que uma casa com móveis queimados, nós que te-mos a responsabilidade e o discernimento necessário para alertar aspessoas, muitas vezes não temos . Principalmente paraquem é muito tímido ou muito preocupado com a imagem que os outros têmde si. Se for difícilpara você confrontar quando necessário, lembre-se da ilustra-ção da casa. Talvezpossa usá-Iapara dar mais coragem.

2. FALAR COM PERGUNTAS

"Irmãos, se algumhomem chegar a ser surpreendido nalgumaofensa, vós quesois espirituais encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mes-mo; para que não sejais também tentado" (Gálatas 6.1).

Uma maneira interessante de confrontar pessoas, é esboçando questionamen-tos. Ao invésde dizer a João de forma afirmativa: "Você é ruim, por isso tem tra-tado Pedro desse jeito mesquinho!", seria mais sábio dizer: "Tenho notado istode negativo em você e não estou entendendo o porquê de sua atitude. Você jápercebeu que está agindo assim?Será que é algum ressentimento que o levaa talcomportamento!"

É difícilaceitarmos repreensões. Se agirmos como se fôssemos "donos da ver-dade", ou como se tivéssemos uma "bola de cristal" que nos fizesse adivinharoque se passano interior das pessoas, seríamos certamente tidos por __________ , tolos ou presunçosos, pois ninguém pode ver o que vaidentro dos corações.

o fato é que Deus sabe o que acontece no mais íntimo do coração, sendoque algumasvezes Elenos dá o dom de . No An-tigo Testamento, falavadiretamente com os profetas, revelando-Iheso que se pas-sava no coração das pessoas. Isto ainda pode ocorre hoje em dia.

"Mas, se todos anunciarem a vontade de Deus, e entrar alí algum des-aente ou alguém que seja simples, ele vai ouvir O que vocês estão di-

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Page 97: Passo a Passo - Manual Do Estudante

zendo e se convencer do seu próprio pecado. E ele será julgado peloque ouvir, os seus pensamentos serão revelados, e elevai se ajoelhar e adorar a Deus dizendo: Na verdade Deus está com vo-cês!"'(1 Coríntios 14.24,25).

Cuidado! Quando um profeta afirma estar falando em nome de Deus, sua pa-lavradeve ser % confiável. No Antigo Testamento, se o profeta nãofalavaa verdade, era condenado à ! (Deuteronõmio 18.20-22)

3. GENTILEZA E HUMILDE EM OPOSiÇÃO À AGRESSIVIDADE

É muito mais positivo repreender de fonna humildee gentil. Você pode utili-zar afirmações do tipo: "Também tenho problemas nessa área", ou, "Te-nho outros problemas em que Deus está trabalhado". Dessa forma, você nãoestará se colocando em plano superior à outra pessoa L.embre-se,é pe-la graça de Deus que você não está na mesma situação!

Se você não for gentil em sua repreensão, as pessoas poderão di-zer que seus problemas são que os delas! A repreensãodeverá ter ligação com a cultura em que estiverem inseridos. A repreensão, pe-los menos nas culturas brasileira, americana e japonesa, não é muito "popular".

4. QUE OFENSAS DEVEMOS ESQUECER OU RELEGAR?

Efésios 4.32: "Sejam bons e uns com os outros.Perdoem uns aos outros, como Deus, por meio de Cristo, perdoouvocês".

I Pedro 4.8: "Acimade tudo, sinceramente uns aos outros, pois o amorperdoa muitos pecados".

Provérbios 25.8: "Não tenha pressa de ir ao tribunal para oque você viu. Se mais tarde, outra testemunha provar que você está errado, oque é que você vai fazer?"

Tenho três filhos. Elesgostam muito de contar os uns dos outros.Minhaesposa e eu temos tentado fazer uma seleção do que trazem até nós, pa-ra que possamos dar atenção às situações que realmente necessitam de nossa in-terferência. Aos poucos eles estão aprendendo.

Nós adultos temos o mesmo problema; é difícilsabermos quais pecados me-recem maior ou menor atenção. Observo que a tendência da maioria é evitar o_________ com as pessoas (com exceção dos membros da família),mas murmuram e reclamam sobre as coisas.

"Não se queixem uns dos outros para não serem " (Tiago 5.9).

Precisamos aprender a ser mais acertivos. A ofensa deve ser confrontada ouesquecida. Uma das duas atitudes deverá ser tomada como resultado do nívelemque fomos afetados. Murmuração não é uma ; ou a ofen-sa é bastante grande para que façamos uma confrontação, ou pequena demais de-vendo portanto, ser esquecida após a orarmos a respeito.

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.-..

Page 98: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Pode existir também uma terceira opção: Confrontar mesmo que a ofensatenha sido pequena. O objetivo, nessecaso,é "dar um toque" em quem lhe ofen-deu. Entretanto, cuidado, muito, ignore pequenas coi-sas e faça apenas sugestões ou repreensões _

A peneira da necessidade

I. O erro é tão a ponto de exigir um con-fronte!a. O que estará faltando no caráter da pessoaparaque cometa

tal pecado]b. Quais os efeitos, a longo prazo, que essepecado pode pro-

duzir casoa pessoapermaneça pecando! Os danossãopreo-cupantes!

c. Devo o ocorrido, confrontar, ou somen-te orar pela pessoa]

2. Parao físico, emocional, intelectual ouespiritual, é necessário que o pecado seja logo extirpado]

3. O confronto dessepecado deveser nomomento!a. A pessoaque necessitaser confrontada está consciente de

seu pecado!b. Precisade ajuda para soperá-lo!

5. RACIONAL E REALISTA

É importante que nossas sejam racionaise rea-listas. É fácil encontrar algo de errado em qualquer pessoa, inclusiveem nós mes-mos. É necessário tempo para que os problemas sejam trabalhados. Quando co-locamos nossasexpectativas sobre as pessoas,devemos considerar não somen-te a idade cronológica, mas principalmente o amadurecimento físico, emocionale espiritual. Se a pessoa em questão está tentando melhorar, é importanteencorajá-Iaao invésde apontar asoutras áreasque aindaprecisam ser trabalhadas.

6. CRIATIVIDADE

Natã não é o único exemplo bíblico de dian-te de um confronto. era muito criativo.

Caso você se utilize de algum caso (parábola), para confrontar alguém, é bomexplicar depois de contá-Io. Você poderá formular uma analogia criativa para asituação injusta, fazendo com que a pessoacompreenda o que está acontecen-do; certamente ela será levadaa pensar sobre o assunto.

7. PÉROLAS AOS PORCOS

Existem certas circunstânciasem que devem ser repreen-sões. Jesusdisse: "Não dêem aos cães o que é , pois eles vol-tarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suaspérolas aos porcos, poiseles vão pisá-Ias" (Mateus 7.6).

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"Se você repreender uma pessoa vaidosa, a única coisa que vai conseguir éser . Se tentar corrigir um homem mau, o que vai conse-

guir é ser humilhado. Nunca repreenda uma pessoa vaidosa; ela o odiará por is-to. Mas, se você corrigir uma pessoa sábia, ela o respeitará" (Provérbios 9.7,8).

Pode ser que Deus queira utilizá-I o na vida de pessoas_________ e obstinadas. Sofrimento e até morte

pelo Senhor poderão suceder a esse envolvimento; ou quemsabe, até haja arrependimento e vida. Mas, precisamos nosconscientizar que existem situações nas quais não devemos nos

arriscar. Salvo por convicções interiores que levem à uma con-tinuidade, ao notarmos que a resposta a uma repreensão é ne-gativa e perigosa, devemos nos afastar. O perigo não é neces-sariamente físico, pode surgir em forma de _

social ou psicológica (calúnia, perda de emprego, perseguição,

ridicularização, etc).

Este curso não se propõe a ensinar sobre disciplina bíblica na igreja. Mas, se DISCIPLINA NA IGREJAvocê repreender de maneira sábia em termos pessoais, será mais fácil aplicá-Ia emtermos gerais.

Treinamento e Discussão PEQUENOS GRUPOS:

I. Confronte de maneira amável 3 pessoas nesta semana Use as cinco TAREFApeneiras.

2. Na próxima aula, entregue uma folha de papel, com suas experiências de con-fronto (Não é necessário citar nomes ou detalhes).

3. Versiculo para memorização: "Seteu irmão pecar [contra til. vai argüi-Ioentre ti e ele só" (Mateus 18.15).

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"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-Ia entre ti e ele só" (Mateus 18.15).

NOME: _

CONFRONTOS REALIZADOS:

Situação deConfronto N'? Resumo

IOO-A

Page 101: Passo a Passo - Manual Do Estudante

RECEPTIVIDADE"Mais fundo entra a repreensão no prudente, do que cem noinsensato" (Provébios 17,10).

"Não repreendas o escarnecedor para que não te aborreça; repreende o sábioe ele te . Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda;ensinaao justo e ele crescerá em prudência" (Provérbios 9.8,9).

Um jovem executivo estava prestes a assumir seu novo cargo como vice- NÃO É FÁCIL SER SÁBIOpresidente de uma companhia. Ele estava no escritório do presidente e resolveuaproveitar a situação para pedir algunsconselhos:

- Boas decisões, respondeu o presidente.

- Seique o senhor tem sido muito bem sucedido nesta companhia, disseele. Po-deria me dizer qual o segredo de tamanho sucesso!

o jovem executivo não se contentou com a resposta e tentou "tirar" maisalgumadica.

- Massenhor, retrucou, como saber quaisdecisões são as mais acertadas!

- Experiência, respondeu o presidente observando-o calmamente.

- Ah ... continuou o jovem, mas o que lhe proporcionou esta experiência!

- Más decisões, concluiu o chefe.

Tomar-se e desenvolver um caráter como o de Cristo, é PROCESSOum processo. Envolve muitos de nossaparte. Setivermos um espíritoreceptivo, será mais fácil aprendermos com as más decisões.Crescemosmaisrápido e adquirimos maior amadurecimento, nãosó com nossasexperiências negativas, mas também com a dosoutros, aprendendo a evitar situações que possam nos levar aum final desastroso. Se não agirmos dessafonna, estaremos as-sinando um "atestado" de . Tal atitude poderá retar-dar nosso crescimento e neutralizar dois importantes instrumen-tos do Espírito Santoem nossasvidas:experiência e observação.

DEFINiÇÃO: Uma pessoa sábia e receptiva, aceita a re-preensão com gratidão, analisando-a e mudando deatitude.

A repreensão nos entristece, pois não é agradávelreconhe-cer que falhamos. Mas, da mesma forma que somos gratos a um_________ por extirpar de nós um tumor cance-roso, deveríamos agradecer pelo confronto, pois apesarda dor,ele melhora nossa saúde espiritual. Você tem um problema sério.

Obrigado. Vou pensar bem sobre suassugestões.101

Page 102: Passo a Passo - Manual Do Estudante

A IMPORTÂNCIA DARECEPTIVIDADE NAS ÁREAS DE:

"Perdoe-me. Vou tentar não fazer mais isto."

102

É difícil sermos a respei-

to de nós mesmos. A pessoa repreendida deverá ava-liar até que ponto a reprovação tem fundamento. Po-de acontecer uma falha de interpretação, resultan-

do confrontos desnecessários. Mas, também preci-

samos da ajuda de outros para que nossas atitudessejam vistas por outra perspectiva.

Não é aceitarmos uma

repreensão de maneira educada, somente agradecen-do a quem se preocupou em nos confrontar. Deve-

mos trabalhar com os erros e nos esforçar para me-lhorar na área deficiente.

I.

É importante que você desenvolva um ministério

de confronto, mas também que se mostre aber-

to a recebê-Io. O exemplo de uma pessoa sábia

e ensinável, é o melhor método de treinamentopara se receber uma repreensão. Se você não forreceptivo, dificultará outros a que desenvolvam

esse ministério.

2.Ao dar exemplo, sendo receptivo à repreensões,

você estará "tampando a boca" dos que gostam

de fazer comentários negativos. Pode até ser que

alguns continuem falando mal de você, mas seus_________ amigos serão testemu-

nhas de sua receptividade.

Não é sábio confrontar um . Por esse

motivo, evita-se o confronto com quem não é recep-

tivo.

3.Usamos o espelho para enxergar onde normal-mente não conseguimos ver direito."O caminho do insensato aos seus própriosolhos parece , mas o sábio dá ou-vido aos conselhos" (Provérbios 12.15).

Existem várias partes de meu corpo que não con-

sigo enxergar sem a ajuda de um espelho. Da mes-

ma forma, temos espirituais quenão percebemos sozinhos mas que são vistas pelas

pessoas ao nosso redor. Seria sábio se permitíssemosaos que estão ao nosso redor, "funcionar'; como_______ espirituais.

----=----~-'----.:...-

Page 103: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Pode acontecer de alguém comunicar através de uma expressão facial nega-

tiva, que não apreciou alguma atitude sua, ou mesmo ignorá-Io. Tal reação podeservir como espelho para que você chegue até a pessoa e procure saber o que há.

4. Crescimento espiritualProvérbios 15.31,32: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar,no meio de sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menos-preza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire _

Conforme vimos anteriormente, esta é uma das razões principais paradesen-volvermos um espírito aberto e ensinável. Infelizmente, todos somos_________ em relação à mudanças, mas rápidos quanto à acomoda-

ção. De vez em quando, precisamos de estímulos para atingirmos à maturidadeespiritual. Desejamos crescer à imagem e semelhança de Cristo, mas não quere-

mos experimentar as dolorosas que nos levam arenunciar nossa pessoa e a tomarmos nossa cruz, com mais fé.

Provérbios 3.11,12: "Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfa-

des da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem , as-sim como o pai o filho a quem quer bem. Toda disciplina com efeito, no mo-mento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto,

produz pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça".

Deus muitas vezes utiliza-se de pessoas a fim de nos dar uma repreensão dou-

trinária. Sua disciplina é uma marca de nossa . Se quiser-

mos crescer, precisamos desenvolver um espírito sábio e ensinável.

Pedro"Respondeu Jesus: 'Se eu não te lavar, não tens parte comigo'. Então Pedro lhepediu, 'Senhor, não somente os pés, mas também as e a _

Pedro respondeu de forma receptiva e rápida.

Líderes religiosos"...vendo-o porém, os lavradores, arrazoavam entre si dizendo: Este é o herdei-

ro; rnaterno-lo para que a herança venha a ser nossa .. .' Naquela mesma hora os

escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois percebe-

ram que em referência à dissera esta palavra; mas temiam o povo" (Lu-cas 20.14,19).

Os líderes religiosos responderam defensiva e colericamente, _

P<'\ulo"Os que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus?'

Respondeu Paulo: Não sabia irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está es-crito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo" (Atos 23.4,5).

REPREENSÃO -EXEMPLOS BíBLICOS

103

Page 104: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Paulo foi tratado injustamente, mas mesmo assim e

aceitou correção.

Gênesis 4.9

I Samuel 15.13-31I Reis 12.1-17I Reis 20.35-432 Reis 22.11-20

REAÇÓES I. Rejeição ao confrontadorMuitas vezes, por não concordar com a repreensão recebida, há uma rejei-ção por parte do exortado para com o exortador. Tal situaçào pode criar umabarreira emocional entre ambos.

2. Auto-Rejeição:Reação negativa que distorce a auto-imagem do exor-

tado, fazendo com que fique deprimido e ______ pelo fato de haver sido confronta-

do. Um determinado nível de tristeza, ao tomarmos co-

nhecimento de nossas falhas, é natural e saudável,impulsionando-nos a uma mudança de atitude. Masquando a tristeza extrapola o nível normal, chega a con-

duzir à depressão. Além disso, cria também uma bar-reira emocional entre confrontador e confrontado,

levando-o a temer a repreensão e evitar o portador da

mesma. Essetipo de reação, reprime uma análise da re-

preensão e o conseqüente trabalho em cima do neces-sário. Desencoraja também os possíveis confrontado-res, que não desejam causar uma _

3. Receber, , aprender:Esta é a reação mais sábia. Devemos colocar a repreen-

são numa perspectiva e nos cons-

cientizarmos de que, como todo ser humano normal,

temos pontos positivos e também negativos, os quaispodem . Esta perspectiva ajuda-nos

a tirar o máximo proveito da repreensão, sem que amesma destrua nossa auto-imagem.

ASPECTOS IMPORTANTES DE UMEspíRITO SÁBIO E ENSINÁ VEL

Discernir repreensões injustas.

Se você está envolvido no ministério e possui um espírito aberto, já deve terrecebido, ou receberá em breve, repreensões injustas. Existem pessoas que querem_________ os pastores e líderes de suas igrejas e procuram sempre

motivos para censurá-Ios. Algumas vezes, a censura é injusta pois baseia-se sim-

plesmente em opinião pessoal e não no que a Bíblia diz. Outras vezes, é ocasio-

nada por mal-entendidos, comentários maldosos, ou, o que é mais sério, afirma-ções falsas atribuídas a Deus.

104

Page 105: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Provérbios 26.2: "Como um pássaro que foge, como a andorinha no seu vôo,assima maldição não se cumpre."

Um espírito receptivo pode discernir e conseqüentemente rejeitar mais fa-cilmente repreensões . Propicia também discernimento para sabermosse alguém está nos mostrando o que não conseguimos ver ou se a repreensãoestá sendo irrelevante. Algumas vezes, apenas da repreensão se apli-cará a nós. É sempre bom deixar claro que este ministério não pode ser encara-do levianamente. Uma atitude de contrição deve permear tanto o confrontadorcomo o confrontado, paraque ambos possamencarar e reagir amadurecidamente.

Senão possuinnos um espírito receptivo, a tendência é mui-tas repreensões. Encararemos as positivas e as negativas da mesma forma, por-que não teremos experiência, nem sabedoria para pesá-Ias.

As repreensões injustassão para desenvolver- APRENDENDO COMmos mansidão. REPREENSÕES INJUSTAS.

Senos conscientizarmos que uma repreensão é injusta, podemos esquecê-Iaou mesmo com a pessoae explicar-lhe porque pensamosassim.Devemos deixar de lado, somente se for uma área sem importância ou sea pessoanão for . Nem sempre é aconselhável que nosdefendamosao sermos repreendidos. É melhor orar, pedir orientação de alguém,certificarmo-nos de que setrata de uma repreensão injusta e então explicar nossaposição ao portador. Essaatitude demonstrará que você o ouviu e o levou asério.

Repreensões injust.asnos levam a perceber algumas das ______ do portador. Talvezesteja precisando de atenção e ajuda. Podemosaprender muito com ele ou em sua vida.

Járecebí muitas repreensões deste ~po. Algumas pessoascom boas _voltaram mais tarde reconhecendo que estavam erradas.

Levou tempo para que chegassem a essaconclusão, mas as repreensões injustasme possibilitaram ministrar em suasvidas, confirmando minha colocação.

Temos a tendência de, ao sermos repreendidos, também verbalizar as falhasdo confrontador. Tal atitude deve ser . Caso se faça necessá-ria uma repreensão àquela específica pessoa, assumaa posição de confrontá-Iasomente após utilizar as "cinco peneiras" e não como uma reação ao ataque. Sevocê contra-atacar, impedirá que ministrem em sua vida e também diminuirá aprobabilidade de um ministério de repreensão bem sucedido na vida deles.

NÃO REVI DE

A maioria das pessoasevita realizar qualquer confronto, por medo de abalaro relacionamento com o confrontado. Seriaútil verbalizar a algumamigo que vocêgostaria de melhorar, que está aberto à repreensões e que ficará grato caseelecetecte alguma área deficiente em sua vida e lhe abra os olhos para ela. Deixeclaro que seu objetivo é estar cada vez mais desenvolvendo um caráter segundoos padrões de Cristo.

A IMPORTÂNCIA DOCONFRONTO

105

Page 106: Passo a Passo - Manual Do Estudante

TREINAMENTO I. A classedeverá ser dividida em grupos pequenos e os participantes, fazer oexercício duasvezescadaum. Deverão verbalizarformas de colocarem-se aber-

I

tos tanto a receber, quanto a oferecer repreensões.

2. Decida de quem você "solicitará" uma repreensão e compartilhe isso como grupo.

3. Orem uns pelos outros.

TAREFA I. Solicite repreensão de, pelo menos 4 pessoas.• Repreenda, no mínimo, uma pessoa na classee peça que alguém lhe re-

preenda; responda humilde e sabiamente.• Escrevaseu nome numa folha de papel e nela coloque o nome daspessoas

e seu sentimento em relação à situação. Entregue essa folha para o pro-'-.:

fessor na próxima aula.

2. Decore o versículo: "Não repreendas o escarnecedor para que não te abor-reça; repreenda o sábio e ele te •• (Provérbios 9.8). Desta-que o papel no final do capítulo como lembrete.

106

Page 107: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"Não repreendas o escarnecedor para que não te aborreça;repreenda o sábio e ele te amará" (Provérbios 9.8).

REPREENÇÃONOME COMO SE SENTIU

Solicitei Ofereci

I06-A

Page 108: Passo a Passo - Manual Do Estudante

MANSIDÃO IMateus 5.5 - "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra".

No entender do mundo, aspessoasque realmente pelo que alme-jam, são asque herdarão a terra. Biblicamente falando, sabemos que ao final, Je-sus vencerá e a nova Terra será habitada pelos _

Mansidão não significa ser" " para aspessoassimplesmen-te pisarem, numa sádica violação de direitos. Haverá situações em que devere-mos suportar a violação de nossos direitos . Emoutras, porém, precisaremos fazer em amor, parabenefício da própria pessoa envolvida.

A palavra grega "praoteis", é traduzida na Bíblia por mansidão, gentileza ouhumildade, dependendo do . O significado que utilizarei, tam-bém variará dependendo de sua aplicação no texto bíblico.

Estarei mansidãode raiva, pois acredito quena maioria das vezes, raiva é falta de mansidão.

• Definição - Mansidão é uma virtude que, sob orientação do Espíri-to Santo, leva a uma reação equilibrada quando os direitos são viola-dos. Faz-nos tardios em irar-nos e capacita-nos a tratar desse sentimen-to, de forma eficaz.

Como mansidão? Mansidão é a qualidade de caráter (l

em nós desenvolvida, quando o Espírito Santo capacita nosso esforço e nos trei-na, mudando assimnossos de acordo com Suavontade.

Em muitos paísesdo mundo, a realidade da situação é: Quem não perseguee defende seus , acabasendo prejudicado, tanto em mercado-ria quanto em serviço. O conhecido "quem não chora não mama" é uma verda-de universal. O problema é que "o que chora" demais, torna_________ a vida dos que o rodeiam e normalmente não é feliz, ape-sar da maioria das vezes conseguir melhor mercadoria e atendimento.

As pessoasque fazem questão de reivindicar cadadireito, por menor que se-ja, em geral terminam e incapazesde seusprivilégios. Quem, por outro lado, não luta por seus direitos, acaba tendo me-nos privilégios.Seráque foi para uma dessasduascategorias que fomos chamados?

Creio que a mansidão que o Senhor deseja produzir em nós, torna-nos mais

Romanos 15.14: "Meus irmãos, estou certo de que vocês estão cheios de bon-dade e de todo o conhecimento e que sabem aconselhar uns aos outros".

AFIRMAÇÕES BíBLlCAS

MANSIDÃO NÃO SIGNIFICASER CAPACHO

107

~...

Page 109: Passo a Passo - Manual Do Estudante

SABER CONFRONTAR:PRÉ-REQU ISITO

COMO JESUS DEMONSTROUMANSIDÃO

OS DIREITOS DOS FILHOSDE DEUS

108

Espero que você já tenha feito a tarefa do capítulo anterior sobre como, deforma amorosa, confrontar aspessoas.A mensagem básica do capítulo dizque é nossa ajudar os pecadores a chega-rem ao arrependimento.

Mansidão não implica em ficarmos de nossa responsabili-dade de confrontar pecadores. Pelo contrário, será de grande ajuda para:

I. Aguardarmos pacientemente e em paz pelo momento mais _______ para o confronto.

2. Sermos sábiospara percebermos se a situação requer um confronto ou é al-go que deva ser

3. Obtermos êxito no confronto com as pessoasdevido ao fato de não estar-mos reivindicando nossos direitos, mas sim esperarmos o _para todos na situação.

Filipenses2.3-11 - "Nada façaispor partidarismo ou vanglória, mas por humilda-de, considerando cadaum os outros a si mesmo. Não te-nha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o queé dos outros. Tende em vós o mesmo que houve tam-bém em Cristo Jesus,pois, subsistindo em forma de Deus não julgou como usur-pação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de ser-vo, tornando-se semelhante aos homens; e, reconhecido em figura humana, a simesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Peloque também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima detodo nome, para que ao nome de Jesusse dobre todo joelho, nos céus, na terrae debaixo da terra, e toda língua confesse que JesusCristo é Senhor, para glóriade Deus Pai".

Coloque em suaspalavrasa razão pela qual é difícil aplicar os seguintes versí-culos (o professor dará um versículo para cada grupo de alunos):

I. ••... por humildade, considerando cadaum os outros superiores a si mesmos".

2. "não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cadaqual o que é dos outros".

3.••... a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo..".

4.••... a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte decruz".

A frase: "Não julgou por usurpação ser igual a Deus", significa que Cristo_________ de seusdireitos. Sendo Deus, deveria ser louvado, obe-decido, amado, respeitado, ete. Mas ao invés disso... foi morto.

Fomos adotados como filhos no Reino. "Pois todos os que são guiados peloEspírito de Deus são filhos de Deus... Ora, se somos filhos, somos também her-deíros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo ..." (Romanos 8.14, 17).Her-daremos pois o Reino com Ele.

Page 110: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Temos os direitos de filhos e herdeiros do universo. Que direitos são estes?

Temosmuitos direitos, masJesusmostrou atravésde suavida (Filipenses2.5-11)que, muitas vezes, não devemos exigí-Ios.

Pedro, no trecho citado a seguir, nos instrui da mesma forma. SOFRIMENTO INJUSTO

I Pedro 2.11, 3.2 .....porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo_____________ , por motivo de suaconsciência para com Deus.Pois,que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso,o suportais compaciência?Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e osuportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fosteschamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exem-plo para seguirdes o seus passos.."

É muito dificil sofrer injustamente, mas muitas ve-zesé através da nossa ao ter-mos nossos direitos violados, que Deus agirá para cu-rar outras pessoas,modificar situações e relacionamen-tos. Como nós mesmos fomos curados pelasferidas deCristo, outros também serão pelasnossas.I Pedro 3.1-2mostra que diversas vezes, numa situação de dificulda-de, um espírito manso é uma boa maneira de _______ alguém. "Assim também vocês, espo-sas,sejam obedientes a seusmaridos a fim de que, se algunsdeles não crêem namensagemde Deus, sejam levados a crer pelo modo de vocês agirem. Não serápreciso dizer nada, porque eles verão como a conduta de vocês é pura erespeitosa".

Neemias9.17: .....porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardioem irar-te, e grande em bondade, tu não os desamparaste." (Veja também Ex34.6. Nu 14.18, SI 86.15, 103,8; Jo 4.2).

PRINCíPIOS BíBLICOSSOBRE A IRA

Tiago 1.19,20: "Sabeis estas cousas. meus amados irmãos. Todo homem, pois,seja pronto para ouvir, tardio para falar, para se irar. Porquea ira do homem não produz a justiça de Deus' '.

o Espírito Santo trabalha no sentido de formar em nóso de Cristo. Uma dessascaracterísticas éser tardio em irar-se. Mas,quando Elese ira, é em prol da jus-tiça (como no caso de Jesusexpulsando os cambistas). Paranós, humanos, no entanto, é dito que não devemos nos irarde e que essaira nadatem aver com a jus-tiça de Deus.

No entanto, a Bíblia diz claramente que devemos ser_______ em irar-nos.

"Ontem levamos meia hora para o deixarmos com raiva,vamos ver se conseguimos isto em menos tempo."

109

Page 111: Passo a Passo - Manual Do Estudante

I Coríntios 13.4,5: "O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento,

nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem

fica magoado" (Bíblia na Linguagem de Hoje).

"Não se irrita" - O ideal seria que, além de sermos tardios para nosirar, não nos irássemos _

Efésios 4.26-27: "Irai-vos, e não ; não se ponha o sol sobre a

vossa ira, nem deis lugar ao diabo' '.

Este versículo implica em que nossa ira não deve _

mais que um dia. Aparentemente a ira, mesmo tardia, permite ao Diabo abrir uma_______ em nossas vidas. A primeira parte do versículo, implica na pos-

sibilidade de nos irarmos com ou sem pecado.

Efésios 4.31,32: "Longe de vós toda a amargura, e cólera, e , e grita-

ria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia. Antes sede uns para com os outrosbenignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus emCristo vos perdoou".

Paulo alista a ira numa relação de sentimentos _

Até um certo , suportamos a violação de nossos direitos;esse nível superado produz ira. Enxergo uma diferença entre o surgimento da raiva

e a explosão que ocorre quando perdemos o controle. Al-

guns de nós ficamos irados interiormente, mesmo diante dasmínimas contrariedades; outros são mais mansos. Imaginemos

que cada pessoa possua um balde onde caiam as situações di-

fíceis e do cotidiano, comose fossem água. Às vezes, são pequenas gotas, como porexemplo, um pisão num ônibus lotado. Outras vezes, a água

cai em grandes quantidades, como um ladrão invadindo uma

casa e matando alguém.

RAIVA ACARRETAJULGAMENTO

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110

O balde comporta determinado volume de água, que emexcesso, faz com que transborde. Quando isso ocorre, a raivaé despertada. Excesso de ira provoca explosões, não somente

internas mas também externas. Exercitando mansidão, aumen-

taremos a de água do balde, ou seja,seremos mais tardios em irar-nos.

Mateus 5.21,22: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não ma-tarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém,

vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmãoestarâ sujeito a _

Creio que esta é uma das mais fortes bases bíblicas con-tra a raiva. Como os outros pecados da mente alistados noSermão do Monte, este também é extremamente difícil deser _

...•..

Page 112: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Resumindo, os versículos citados até aqui mostram que a ira, em geral é algo_______ em nossasvidas.

MANSIDÃOCONTRAPONDO-SE A RAIVA

À princípio, mansidão engloba dois aspectos:I.ser tardio em irar-se;2. tratar efetivamente da raiva.

Ser tardio em irar-se, significa desconsiderar ofensas semsentir raiva. Tratar efetivamente é procurar manter o controle quando os di-reitos forem transgredidos; e mesmo em meio asentimentos de ira, procurar res-ponder com perdão, amor, e sabedoria para que a raiva não _por muito tempo.

Mansidão nada tem a ver com psicológica, pois estanadamaisé do que uma negação da raiva, uma atitude que bloqueia ashostilida-des escondidas em nosso interior.

Seria esperar demais que seres humanos frágeis e pecadores pos-sam tornar-se mansos?

É possível no poder do Espírito Santo?____ ! Masenquanto estivermos aquínaterra, nuncaconseguiremosatin-gir o nível de _

Nossa mansidão é importante para Deus? E para nós?Falhando em desenvolvê-Ia, entristecemos a Deus; ficamos mais irritados etristes. Como em tudo que Elenos encoraja a fazer ou a ser, nossaobediên-cia dá a Ele e, a nós, uma vida mais _

I. Escrevaabaixo todos os tipos de coisasque a maioria daspessoasou mesmovocê considera "direitos", no sentido comum da palavra.

LISTA DOS MEUS"DIREITOS"

III

Page 113: Passo a Passo - Manual Do Estudante

2. Ore individualmente entregando a Deus cada direito de sua lista, especifican-

do cada um.

3. Ore, repetindo cada frase que for lida:

Meu Pai Celeste, entrego ao Senhor todos os meus direitos. Mi-nha vida Te pertence, pois o Senhor a comprou, pagando com o san-gue de Jesus. O Senhor tem o direito de fazer comigo o que acharmelhor. De agora em diante, me empenharei em considerar os di-reitos apenas como privilégios e serei grato quando me permitirdesfrutá-Ios. Peço ao Teu Santo Espírito que me ajude a reagir sa-biamente às violações desses direitos. Auxilie-me a vencer a ira ea perdoar os que me ofenderem. Tentarei encarar toda situação in-justa como uma oportunidade para crescer espiritualmente, paratornar-me semelhante a Cristo, ser luz no mundo e ministrar emnome de Jesus. Quando eu sentir raiva, ajude-me a identificar ra-pidamente qual direito estou retendo e entregá-to novamente aoSenhor. Ajude-me também a utilizar a ira como um alarme emo-cional e a saber tratá-Ia da maneira correta. Ajude-me a fazer tu-do isso através do poder do Espírito Santo e para Tua Glória. Emnome de Jesus. Amém.

TAREFA I. Leia sua lista de "direitos" uma vez por dia até o próximo mês; faça uma marca

na margem ao lado da lista cada vez que a ler. Não coloque mais do que uma

por dia. Na semana seguinte, entregue ao professor a folha em que você anotar

o número de vezes em que leu sua lista.

2. Nos dias que se seguirem, utilize a raiva como um alerta emocional. Toda vez

que sentí-Ia, identifique o direito que está segurando e entregue-o aDeus.

3. Destaque o pedaço de papel do final do capítulo e guarde-o com você. Todavez que seus direitos forem violados, observe suas reações:

- Se não ficar com raiva, faça um estrela no papel.

- Se ficar com raiva faça um "X".- Se você ficar com raiva e exteriorizá-Ia, tendo uma explosão, per-

dendo o controle, etc., faça um círculo no "X".

Entregue para o professor na próxima aula, a folha com essasinformações.

4. Se alguma coisa interessante acontecer, escreva num papel descre-vendo a situação com suas próprias palavras. Na próxima aula, entre-

gue ao professor um papel com pelo menos um exemplo; descreva uma si-tuação em que um direito antigo foi transgredido e como você reagiu.

~ESSÃO DE TREINAMENTO O propósito deste treinamento é assegurar que todos saberão o que fazer.

I. Leia sua lista de direitos agora e coloque uma marca conforme manda a tarefa.

112

..•..

Page 114: Passo a Passo - Manual Do Estudante

2. Seu professor demonstrará como fazê-Io. Ele terá alguns voluntários. Depois,

em pares, vocês farão o exercício até que todos tenham entendido perfeita-mente.

A. Viole um direito de seu companheiro - bata nele, insulte-o, ou pegue al-guma coisa que pertença a ele (não seja muito rude e nem diga coisas quesejam verdadeiras e venham a magoar).

B. Seu companheiro deve dizer que direito foi violado. Se não estiver na lis-ta, deve ser acrescentado. Em voz alta, faça uma oração entregando o di-

reito a Deus.

C. Seu companheiro deve descrever como se sentiu e colocar as marcas na

folha de tarefas.

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Page 115: Passo a Passo - Manual Do Estudante

"A ira do insensato num instante se conhece,mas o prudente oculta a afronta" (Pv 12.16).

I. Faça uma estrela '* quando seus direitos forem violados e você não ficar com raiva.

"X"2. Faça um se você ficar com raiva.

3. Faça um círculo no "X" se você disser ou fizer algo motivado pela raiva. ®Não fiquei com raiva Fiquei com raiva

114-A

Page 116: Passo a Passo - Manual Do Estudante

MANSIDÃO 2DEFINiÇÃO: Mansidão é uma virtude que, sob orientação do Espíri-to Santo, leva a uma reação equilibrada quando os direitos são viola-dos. Faz-nos em írar-nos e capacita-nos a tratar dessesentimento de forma _

"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se____ , diaa dia tome a sua cruz e siga-me.Pois quem quiser salvar a sua vida, perde-Ia-á;quem perder a vidapor minhacausa, esse a sal-vará. Que aproveita ao homem ganhar o____ inteiro, se vier a perder-se, ou a cau-sar dano a si mesmo?" (Lucas9.23-25).

"A discrição do homem o torna longânimo, esua é perdoar as injúrias"(Provérbios 19.11).

ALGUNS ASPECTOSIMPORTANTESSOBRE A MANSIDÃO

I. Emrelação a mansidão, assimcomo em algumasoutras áreas importantes queenvolvem nosso caráter cristão, a verdade que a Bíblia revela é bem________ do modo de pensar de milhões de pessoas. Noentanto, esses princípios e se os aplicarmos, experi-mentaremos uma porção maior da vida abundante que Deus nos oferece.

"Sim - respondeu Jesus - e eu afirmo a vocês que aquele que, por cau-sa do Reino de Deus, casa, esposa, irmãos, parentesou filhos receberá ainda nesta vida e, no futuro,a vida eterna" (Lucas 18.29,30).

Por natureza, as pessoas pensam que viverão melhor se obs-tinadamente por seus direitos e protegerem cuidadosamente o que Ihes perten-ce. Mas, invariavelmente, sentem cada vez que um de seus direitos éviolado e acreditam que a ira seja um escudo de proteção que Ihesgarantirá umavida mais agradável.

Porém:• experimentam mais raiva do que _• podem ter mais posses materiais mas as menos.• defendem seus direitos a qualquer custo pensando que isso Ihes possibilitará

uma vidamais agradável. Jesus disse: "Pois quem quiser salvarsua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará" (Lucas9.24).

No processo para desenvolver mansidão, precisamos entender que neste mun-do, as pessos têm seus "direitos" violados,tentem ou nãoprotegê-Ios. Entregarmo-nos à raiva apenas nos faz sentir , poisgeralmente ela não ajuda a melhorar a situação. Se aprendermos a trabalhar cor-retamente com esse sentimento: experimentaremos menos raiva; talvez tenha-

ALGUNS PRINCíPIOSSOBRE MANSIDÃO

VEM

~IComo posso dormir?

Se eu sair daqui o ladrão levatudo!

115

Page 117: Passo a Passo - Manual Do Estudante

mos menos , mas apreciaremos mais o que possuirmos. Alémdisso,nosso bem maisvalioso,avida eterna, ninguémpoderá nos tirar e além disso,não seremos escravos de qualquer pessoaque viole nos-sos direitos.

2. As pessoas verão que podemos ser , amar a outrose manter a paz, ainda que nossos direitos sejam violados.

Issoas . Poderemos então, ter váriasoportunidades para compartilhar o Evangelho de modoefetivo. Por outro lado, se sempre demonstrarmos raiva,nossa vida não aparentará ser enão despertará a atenção de outros.

3. Em algumas ocasiões, mansidão pode ser uminstrumento mais do quea raiva na luta por fazer valer os direitos.

Não sei o que acontece,mas existe algo de diferente nele.

Quando respondemos com mansidão numa circunstância onde fomos injus-tiçados, Deus ( I Pedro 2:20). Se for Sua vontade, Ele podeaté a nosso favor, defendendo-nos.

Conheço um homem em São Pauloque utilizou este princípio quando enfren-tou uma dificuldade em seu trabalho. Um parente do dono da companhia não otratava justamente, porém, ele permaneceu quieto, sem reclamar. Depois de al-guns dias em que vinha colocando em prática o princípio da mansidão, seu chefe_______ asituação e tomou uma iniciativa. Recolheu informações e to-mou conhecimento dos fatos. Soube o que realmente estava acontecendo e aodescobrir toda verdade, seu parente e deu ao funcioná-

~ ~ ~~ rio, que dispusera-seaser manso, uma posição de responsabilidade na

~ ~ F~ \ firma.

,~~~ ~ M í~ ''}1I/(i~ Mansidão pode ser mais eficaz do que reclamações seaspessoasque estiverem nos prejudicando forem um pou-co . Às vezes, o Espírito Santo fa-rá com que elas sintam-se culpadaspelas injustiças come-tidas. Sereclamarmos e exigirmos nossos direitos, elasde-monstrarão que estão a isso,poisquasesempre têm uma justificativa pronta. Porém, quan-do encontram alguém que resiste à raiva e respon-de à injustiça com atos de serviço e bondade, emgeral ficam , não conseguindo enten-der o porquê de tal reação. Isto as faz pensar.

Deus tem vários métodos de tocar um coração.

4. O desenvolvimento da mansidão auxilia muito o processo de________ espiritual.

Os diferentes aspectos do caráter de Jesusque o Espírito Santo está desen-volvendo em nossasvidas, muitas vezes estão _Mansidão ajuda rejeitarmos o " •• que inspira pecado emnossasvidas.

116

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5. Aoaprendermos a exercer mansidão nas mais diferentes dificulda-des da vida, estaremos para tentar corrigir si- r

tuações em que nossos direitos ou de outras pessoas tenham sidoou venham sendo violados.

o processo para desenvolver mansidão é simples de entender, mas______ de ser colocado em prática.

Mansidão nos dá condições de olhar um acontecimento com____ e decidir qual a melhor atitude a tomar. Por exemplo, ajudará

a discernir:

• se é o certo ou o mais sábio para falar com quem pode cor-rigir a situação;

• com que devo dirigir-me a ela ou se seria oportuno escre-ver antecipadamente o que pretendo dizer para evitar julgar a pessoa, mos-

trando a todos que tenho interesse em fazer o melhor e o mais justo para comos envolvidos;

• se devo continuar sofrendo um pouco mais, suportando a situação, para ga-nhar e ter mais autoridade para falar no mo-

mento apropriado.

Faz parte do nosso chamado ao vermos InJus-tiça no mundo. Na maioria das situações quando nossosdireitos estãoenvolvidos, enquanto tentamos a dificuldade, a man-sidão nos auxilia a termos paz.

Simplesmente ter razão numa situação injusta não é o suficiente,precisamos trabalhar no sentido de manter nosso coração cheio de____ e _

6. É difícil os princípios bíblicos sobre mansidão.

Inicialmente, eles enfrentam nossos pensamentos naturais de auto- _________ , nosso receio de nos prejudicarmos se os praticarmos.

8.31,32).

Todos aqueles que tentam, com sinceridade,crescer em mansidão, se deque vale a pena, porque funciona.

"Sevocês às minhas palavras,serão de fato meus seguidores e conhecerão a______ , e a verdade vos libertará" (joão

Em outras palavras, basta apenas obedecer a Jesus e Ele

mostrará que este princípio é realmente verdadeiro e

eficaz." Esforcei-me o máximo para que meu "amigo" ficasse bêbado

e batesse no cristão e nem assim ele fica com raiva."

117

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7. A decisão cabe a nós:

• Preocupanno-nos demasiadamente com nossosdireitos, arriscando-nos anos tomarmos pessoas _

ou ...

• Entregarmo-nos ao Espírito Santo para que Ele, gradativamente, nos ensi-ne mansidão, permitindo-nos experimentar uma vida _

o EXEMPLO DE DAVI "Saul matou mil; Davi matou dez mil" (I Samuel 18.7).

Neste trecho, encontramos asmulheres israelitas Davicom cânticos por ter matado mais inimigos do que o rei Saul,Talepisódio causa_______ em Saul,que começa a perseguir Davi, tentando matá-Io. Nodecorrer da história bíblica, podemos constatar que o rei estava em pecado, fo-ra da vontade de Deus e transtornado pela ameaça que Davi tomara-se ao seu

Certa ocasião, o rei soube que seuoponente escondera-se no deserto de En-Gedi. Imediatamente, escolheu três mil homens dentre os melhores de Israel esaiu à sua procura.

Já no deserto, o rei entrou sozinho por alguns momentos numa _______ ',sem saber que Davi e seushomens também encontravam-se emseu interior, bem mais ao fundo (I SamueI24.3).

Apesar de ser instigadopelos companheiros a Saul,Davi levantou-sede onde estava, furtivamente aproximou-se de seu inimigo e apenascortou-lhea orla do manto.

Voltando se, disse aos seus homens:

"O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu es-tenda a mão contra ele, pois é o do Senhor" (I SamueI24.6).

Saulsaiudacavernae sem nadaperceber, prosseguiuseucaminho, distanciando-se. Então, Davi deixou seu esconderijo e de longe para o rei,relatando-lhe como poupara sua vida.

Saul reconheceu a de Davi:

"Por que, quem há que, encontrando o , o deixa ir por bomcaminho! O Senhor, pois, te pague com bem, pelo que hoje me fizeste" (I Sa-mueI24.19).

Discussão:

Esta história de ciúme e perseguição não terminou com este episódio, masé um bom exemplo de como exercitar mansidão.

I. Como você acha que reagiria se estivesse na situação de Davi!

118

..•..

Page 120: Passo a Passo - Manual Do Estudante

2. O que mais Davi poderia ter feito! E se ele tivesse matado Saul]

3. Você acha que a mansidão e a lealdade que Davi plantou trouxeram-lhe algumbenefício mais tarde, quando tomou-se rei~ Se alguém toma-se rei matandoseu antecessor, isto pode trazer algum problema!

4. Como Davi mostrou sua fé em Deus! Existe alguma passagem na Bíblia rela-tando que ele orou pedindo que Deus defendesse seus direitos nesse tipo de

situação?

5. Quais os princípios mencionados no início deste capítulo que foram aplica-dos por Daví?

6. O que acontece hoje em dia, semelhante à situação de Davi que requer man-

sidão?

Em grupo:

I. Compartilhe algo de interessante que tenha acontecido em relação à mansi-dão durante esta semana. Ficou claro que Deus estava lhe dando uma opor-tunidade para praticar a mansidão?

DINÂMICA DE GRUPO

2. Apresente o papel onde fez as estrelas, os "X's", os círculos nos "X's" e o

que escreveu de interessante.

3. Fale como as tarefas e os princípios de mansidão estão atuando em sua vida.

Você tem feito a tarefa?

• Depois de compartilhar, orem de 3 a 5 minutos uns pelos outros.

• Antes de sair da sala, dê a folha com o seu nome escrito para o professor.

I. Leia sua lista de direitos uma vez por dia; faça uma marca na margem ao lado TAREFAda lista cada vez que a ler. Não coloque mais do que uma por dia. Na próxima

semana, entregue ao professor a folha em que anotar o número de vezes queleu sua lista.

2. Nos dias que se seguirem, utilize a raiva como um alerta emocional. Toda vez

que sentí-Ia, identifique o direito que está segurando e entregue-o aDeus.

3. Tenha sempre a mesma folha de papel com você. Toda vez que acontecer al-

guma coisa que viole os direitos das pessoas, observe como você reage à si-tuação. Se você ficar com raiva, faça um "x", se você ficar com raivae exteriorizá-Ia, faça um círculo ao redor do "x". Se não ficar comraiva, faça uma estrela.

4. Se alguma coisa interessante acontecer, descreva (e escreva) a si-tuação com suas próprias palavras.

O propósito deste treinamento é assegurar que todos saberão o que fazer. SESSÃO DE TREINAMENTO

I. Leia sua lista de direitos agora e coloque uma marca conforme manda a tarefa.

2. Seu professor demonstrará como fazê-lo utilizando alguns voluntários. De-

pois, em pares, vocês farão o exercício até que todos tenham entendidoperfeitamente.

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Page 121: Passo a Passo - Manual Do Estudante

A. Viole um direito de seu companheiro - bata nele, insulte-o, ou pegue al-

guma coisa dele (não seja muito rude nem utilize-se de situações verídi-cas que venham a magoar)

B. Seu companheiro deve dizer qual direito foi violado. Se não estiver na lis-

ta, deve ser acrescentado.

C. Seu companheiro deve descrever como se sentiu e colocar as marcas nafolha de tarefas.

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"Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo,mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado" (Pv 12.16).

I. Faça uma estrela "* quando seus direitos forem violados e você não fíçar com raiva.

"X"2. Faça um se você ficar com raiva.

3. Faça um círculo no "X" se você disser ou fizer algo motivado pela raiva. ®Não fiquei com raiva Fiquei· com raiva

120-A

~..

Page 123: Passo a Passo - Manual Do Estudante

MANSIDÃO 3Esta é uma história verídica, humorística, mas profunda. o CAMPO DE ABACAXIS

A história do campo de abacaxis aconteceu na Nova Guiné, Indonésia. Per-durou durante sete anos e provou como uma pessoa pode se tornar insensata,ineficaz, insensível, radical e infeliz quando o princípio de mansidão não é coloca-

do em prática. (Utilizada com licença. Adaptada.)

"Minha família e eu morávamos no meio da selva. Um dia, resolvi levar para

aquela região alguns abacaxis. O povo ouvira falar sobre eles. Alguns já haviamprovado, mas não possuiam meios de conseguí-Ios.

Comprei então, mais de cem mudas de uma outra missão e paguei um homemda aldeia para plantá-Ias. Demorou três anos para que as pequenas mudas produ-zissem frutos.

Finalmente, os abacaxis surgiram e só estávamos aguardando a chegada do Na-tal para colhê-los, quando então estariam maduros. No dia de Natal, eu e minha

esposa fomos, ansiosos até a plantação, mas tivemos uma surpresa muito desa-gradável. Os nativos haviam roubado todos abacaxis antes que estesamadurecessem.

Fiquei com muita raiva. Porém ... "missionários não de-

vem ter esse sentimento!", eu aprendera ...

Minha esposa dirigia uma clínica que distribuía medica-

mentos grátis ao povo da aldeia. Para intimidá-Ios, amea-cei fechar a clínica se os abacaxis continuassem desapare-

\

cendo. Mesmo assim, quando as frutas amadureciam, con-

tinuavam sumindo da plantação. Achei que devia me defen-

der deles e resolvi fechar a clínica. Quando isso aconte-ceu, os nativos imploraram que Ihes déssemos remédiose auxílio médico, jurando que não eram os ladrões deabacaxis.

Reabrimos a clínica, mas os abacaxis continuavam a su-

mir! Foi então que descobrimos os culpados! - o mesmohomem que os plantara!

Decidi conversar com ele:

Por que você está roubando meus abacaxis? Você é meu jardineiro!

Minhas mãos os plantaram, minha boca os come. Esta é a lei da selva. São todos

meus!

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Page 124: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Não, são meus! - retruquei. Eu paguei para que você os plantasse para mim.É errado apoderar-se deles só porque os plantou.

Mas ele não entendeu, pois só compreendia a lei de seu povo.

Depois de muito pensar, optei por dar-lhe metade da plantação. Demarqueilimites e expliquei a ele, minuciosamente. Ele pareceu concordar. Resolvi ir mais

além:

Vou lhe dar também os abacaxis que estão nos meus limites. Recomeçarei

minha plantação do nada. Faça outra para você e tire estes abacaxis daqui!

A resposta, porém, deixou-me espantado:

o senhor terá que me pagar. Se eu for tirar os seus pés de abacaxi, isso é

trabalho e devo ser pago.

Ah, agora os abacaxis são meus? Mas, está bem. Pagarei um dia de trabalhopara que os tirem daqui.

E ele continuou:

Não tenho nenhum campo preparado para plantio. O senhor me pagará pa-ra que prepare um?

Minha paciência esgotou. Desfiz todo negócio e mandei que esquecesse aoferta.

Minha atitude seguinte foi bastante radical. Eu e minha esposa arrancamos todos

os pés de abacaxis e os jogamos fora. Comprei novas mudas e disse aos habitan-tes da tribo:

Prestem atenção. Pagarei a vocês para plantarem estas novas mudas. Entre-tanto, apenas eu e minha família os comeremos. Vocês não terão direito anenhum.

Eles não concordaram. Se os plantassem, os abacaxis seriam deles.

Ofereci como "brinde adicional" pelo serviço prestado, uma boa faca, e de-

pois de muito cochichar, os nativos responderam "sim".

Durante três anos relembrei aos que tinham trabalhado plantando minhas mudasque os abacaxis seriam meus. Eles afirmavam que eu estava certo.

Vocês ainda têm a faca que Ihes dei?

Sim!

Cuidem bem dela, heim] (Se a perdessem eu teria dificuldades, pois o paga-mento não existiria mais.)

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~..

Page 125: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Depois de três anos, passeando com minha esposa entre lindosabacaxis maduros, agradecíamos a Deus por ter-nos dado uma co-lheita tão magnífica. Mas a história se repetiu, todos foram rouba-dos. Víamos os homens da tribo andando por nossa plantação em

plena luz do dia, escolhendo os melhores abacaxis, facilitando o tra-

balho de roubá-Ios à noite.

Desesperei-me. O que deveria fazer? Dessa vez, decidi fecharo armazém onde o povo comprava sal, fósforo, anzóis, coisas as-sim. Como antes de chegarmos eles viviam sem esses produtos, pen-

sei que continuariam vivendo sem eles. Minha atitude, porém, fezcom que todos os habitantes da aldeia resolvessem voltar para suascasas na selva.

Daquele dia em diante, pude comer abacaxi à vontade, no en-tanto ... não tinha mais ministério. Morava num lugar inabitado e

vazio.

Um dos nativos passou pela aldeia e eu pedi que avisasse os ou-

tros que na segunda-feira reabriria o armazém. Para garantir queos abacaxis não seriam roubados, arranjei o maior cachorro pas-

tor alemão que consegui encontrar na ilha e o soltei na plantação.

Os nativos ficaram com muito medo dele. Nunca tinham visto um cachorro (Gravura 4)tão grande. Os cachorros que possuíam eram doentes, famintos, pequenos.

Cada vez que ia alimentar meu cão sentia-me constrangido. Os nativos meviam fazendo isso e acho que sentiam inveja do animal. Sua comida era melhor do

que a do povo.

O cachorro resolveu o problema dos abacaxis, mas ninguém se aproximava

mais de nós. Eu não tinha com quem falar, com quem aprender a língua.

Conclui que minha solução fora insatisfatória. Para piorar, O cachorro come-

çou a namorar a cadela da aldeia e ela deu cria a um cão pastor mestiço, selva-gem e esfomeado. O médico da aldeia avisou:

Se esse cachorro morder alguém, eu não vou tratar dessa

pessoa.

Ele estava usando contra mim as mesmas táticas que eu usaracontra os habitantes da tribo.

Livrei-me então do cachorro. Os nativos voltaram mas... os aba-

caxis voltaram a sumir!

Pensei: - "Meu Deus, deve haver um jeito! O que devo fazer?"

Quando estava de licença, assisti um Curso Bíblico Intensivo.

Já tinha ouvido que deveríamos entregar tudo a Deus. A Bíblia diz

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Page 126: Passo a Passo - Manual Do Estudante

que quem dá, recebe; quem retém poderá perder tu-

do. Entregando todas nossas posses a Deus, Ele ze-

lará para que tenhamos o suficiente.

Este é um princípio básico. Pensei: - "Não tenhonada a perder. Vou entregar os abacaxis a Deus. Nãoestou mesmo podendo comê-Ios. Quero só ver oque Ele vai fazer."

Tendo voltado ao campo, uma noite fui à planta-

ção e orei:

Pai, o Senhor está vendo estes pés de abacaxi?

Lutei muito para colher alguns. Discuti com os

nativos e exigi meus direitos. Tudo isso foi erra-

do, estou compreendendo agora. Reconheço

meu erro e quero entregar tudo ao Senhor. Deagora em diante, se o Senhor quiser me deixarcomer algum abacaxi, tudo bem. Se não quiser,

não tem problema.

Assim, dei os abacaxis a Deus e os nativos continuaram roubando-os, como

de costume. Pensei com meus botões: "Viu? Deus também não conseguiucontrolá-Ios".

Certo dia, os nativos vieram falar comigo:

o senhor se tomou cristão, não é verdade? Tive vontade de responder: "Co-

mo? Sou cristão há vinte anos" - mas perguntei:

Por que vocês estão achando isso?

o senhor não fica mais com raiva quando roubamos seus abacaxis -responderam.

De imediato, entendi que finalmente começava a viver o que sempre pregaraa eles. Ensinara que amassem uns aos outros, que fossem gentis, mas sempre exigira

meus direitos, e eles sabiam disso.

Alguém perguntou:

Por que o senhor não fica mais com raiva?

A plantação não me pertence mais. Vocês não estão roubando meus abaca-

xis, por isso não tenho mais motivos para ficar com raiva - respondi:

Para quem o senhor deu a plantação?

Para Deus! - os nativos ficaram surpresos e amedrontados, voltaram para aaldeia e disseram a todo mundo:

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Page 127: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Vocês sabem de quem estam os roubando os abacaxis! O missionário os deu

a Deus!

Todos pensaram muito sobre o assunto e mais tarde um do grupo veio me dizer:

o Senhor não deveria ter feito o que fez. Peça a plantação de volta. É porisso que não caçamos mais porcos-do-mato. Nossos filhos ficam doentes ounossas esposas não conseguem ter nenês. Nem os peixes mordem mais nossas

iscas!

Os nativos combinaram não roubar maisos abacaxis e eles começaram a amadurecer.Os homens da aldeia vieram avisar-me:

Seus abacaxis estão maduros.

Eles não são meus, são de Deus - afirmei.

Mas eles vão apodrecer - insistiram

- é melhor colhê-I os.

Colhi alguns e permiti que o povo pegasse outros.

Ao comê-Ios, orei:

Senhor, estam os comendo Seus abacaxis.Obrigado por nos dar alguns.

Durante anos os nativos me observaram, mas somente

quando comecei a tornar minha pregação coerente com mi-nhas atitudes, é que mudaram. Muitos também se tornaramcristãos.

Algumas vezes, as pessoas respondem à transgressãode seus direitos cometendo pecados ainda maiores.

- Qual é o seu "campo de abacaxis"!

Cada grupo tem 5 minutos para pensar num esquete sobre mansidão. Vocês ESQUETES SOBRE MANSIDÃOpodem responder com mansidão, com raiva ou com ambos. A apresentação não

deve passar de 2 minutos.

Depois de cada esquete, discuta o seguinte:

Que direitos foram violados!

Como as pessoas reagiram!Quais os princípios de mansidão demonstrados de forma negativa e/ou

positiva!

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Page 128: Passo a Passo - Manual Do Estudante

o EXEMPLO DE JOSÉGênesis 37-50

Joséera o filho de Jacó. Nasceu na velhice de seu pai,sendo uma criança muito esperada, filho de Raquel,o grande amor da juventudede Jacó. Quando seusirmãos descobriram como ele era especialpara seupai, co-meçaram a -10. José ascoisas,contando seussonhosque colocavam-no acima de todos de sua família.

Um dia, enquanto seusirmãos cuidavam das ovelhas bem longe de casa,Joséfoi ao encontro deles. Quando o viram aproximar-se, decidiram -10.Porém, por interferência de um dos irmãos, acabaram vendendo-o para uma ca-ravana de que ia para o Egito.

No Egito,Josétambém foi tratado pelaesposade Potifar e esquecido pelo chefe dos copeiros. Por essemotivo, passoudois anosna _

Quando ele interpretou o sonho de Faraó, obteve so-bre o Egito inteiro. Deus abençoou seusesforços e o Egito foi salvo de uma fo-me muito grande.

Por causada , os irmãos de José foram para o Egito comprar co-mida. Era a oportunidade para ele vingar-se dos anos que sofrera como escravoe que ficara na prisão mas, ao invés disso, salvou suasvidas e a vida de toda suafamília. Trouxe-os para o Egito, onde ficaram a salvoe os colocou numa boa terra.

Quando Jacó morreu, seusirmãos temeram que se vingasse.Ao ouvir a res-peito do medo de seus irmãos, José disse:

"Não tenham medo, eu não posso me colocar no lugar de Deus. É ver-dade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mu-dou o em , para fazer o que hoje estamos vendo, is-to é, salvar a vida de muita gente. Não tenham medo. Eu cuidarei devocês e de seus filhos." (Gn 50.19-21)

DISCUSSÃO EM CLASSE I. Que direitos da vida de José foram violados!

2. Antes de José ser vendido como escravo, ele fez alguma coisa que agravouo ódio de seus irmãos!

3. Como asexperiências de Joséajudaram-no a ter uma atitude de perdão e mi-sericórdia! Que pensamentos podem ter passadopela cabeça dele enquantoaguardava; O! justiça no fundo do poço ou na prisão!

4. O que Joséganhou por ser manso! O que ele teria perdido se tivesse se vin-gado de seus irmãos!

5. Como você acha que teria agido se estivesse no lugar de José (responda comsinceridade)! Alguma vez você já se vingou de alguém!

••••YOCÊS PLANEJARAM AQUELA MALDADE CONTRA MIM, MASDEUS MUDOU O MAL EM BEM!'

A é crucial no desenvolvimento da mansidão e de um es-pírito perdoador. É necessário que tenhamos fé para acreditar que a mão de

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..•..

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Deus está por trás do mal que fazem contra nós. Isto não significa que Deus sejao autor do (Tiago 1./3), mas Ele pode transformar a maldição embenção.

Como José, precisamos acreditar que Deus é grande e suficientemente po-deroso para nos contra qualquer coisa.

Tenho certeza que a experiência de José sua vida. De um adoles-cente mimado e arrogante, ele passou a um homem sensível, sábio, _e perdoador. Deus usou seu caráter e habilidadespara salvar asvidasde todas aspessoasque viviam naquela região.

Quando nossos direitos são violados, se conseguirmos confiar que Deus__________ a situação de forma a realizar algumacoisa em nós e atra-vés de nós, será mais fácil sermos mansos e perdoadores.

Suatarefa é quase igual às das semanasanteriores. TAREFA

I. Memorize o versículo de sua folha.

2. Leiasua lista de direitos uma vez por dia; faça uma marca na margem ao ladoda lista cadavez que a ler. Não coloque maisdo que uma por dia. Na próximasemana,entregue ao professor a folha em que anotar o número de vezesqueleu sua lista.

3. Nos diasque se seguirem, utilize a raiva como um alerta emocional. Toda vezque ela "pintar'; identifique o direito que está segurando e entregue-o a Deus.

4. Tenhasempre a mesma folha de pap.elcom você. Toda vez que acontecer al-guma coisa que viole os direitos das pessoas,observe como você reage à si-tuação. Se você ficar com raiva, faça um "x", se você ficar comraiva e exteriorizá-Ia, faça um círculo ao redor do "x".

Entregue esta folha de papel para o professor na próxima aula.

5. Seacontecer alguma coisa interessante, escreva para lembrar-se de compar-tilhar com a classe.

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"É melhor ser paciente do que ser valente;é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras" (Pv 16.32).

I. Faça uma estrela '* quando seus direitos forem violados e você não ficar com raiva.

"X"2. Faça um se você ficar com raiva.

3. Faça um círculo no "X" se você disser ou fizer algo motivado pela raiva. ®Não fiquei com raiva Fiquei com raiva

12B-A

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MANSIDÃO 4CASO I: CASOS DE ESTUDO

Eu estava numa praia perto de Caraguatatuba. Havíamos pedido emprestadoalgumaspranchasde uns amigos e ascrianças estavambrincando com elasnason-das. Distraídas com outras coisas, elas deixaram duas na praia. Eu estavana águamais ao fundo e as pranchas estavam no raro a uns me-tros de mim. Tinha muita gente e quando olhei para o mar para ver se achavaaspranchas, vi um casal as levando embora.

CASO 2:Não faltava muito para chegar em São Paulo, mas aquele jovem sempre fica-

va com na estrada. Ele não gostava da comida do restaurante onde o ~~~ônibus paravaentão, sempre levavaum lanche com ele. (" cWz-

- f?:2 ~ 1--t.-

Num fim de semana, quando estavaviajan- w ~ ~

do, colocou cuidadosamente o lanche no porta " 1~bagagem acima do lugar onde estava. Logo,com o balançar do ônibus e a brisa suaveemseu rosto, ele _

Em sua opinião, o que eu deveria fazer!

O que eu fiz:Eu sabiaque aquelesdois estavam querendo roubar

aspranchas.Enquanto caminhavam,corri até elese per-guntei se eles tinham encontrado aquelas pranchas nabeiradinha do mar. Eles concordaram e disseram querealmente não eram deles. Sem discussão, peguei aspranchase voltei para a água. Mesmo assim, bem lá nofundo, levou um pouco de tempo para eu conseguirperdoá-Ios.

Que direitos foram violados!

o que você teria feito!

Fiz bem em agir daquela maneira!

Como você tem agido quando roubam algo de você!

Quando acordou, estava com fome. Elenão quis acordar a pessoaque estava ao lado,então tentou alcançar o lanche sem se mexermuito. Procurou, procurou, mas não encon-trou nada. Não estava mais a1í.

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Page 132: Passo a Passo - Manual Do Estudante

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Sentado no banco, tentava descobrir o que teria acontecido com o lanche.Foi então, que viu alguém sentado do lado comendo o lanche calma-mente. O que ele deveria fazer!

Ele pensou bastante no que deveria fazer, até que decidiu ___________ . Podiaser que a pessoaque pegara o lanche estivessecom muito mais que ele.

Esta é uma história verdadeira. Você acha que o dono do lanche fez o queera certo! Que direitos foram violados!

Teria outra maneira de agir que também demonstrasse mansidão!

o que você teria feito!

Algo semelhante já aconteceu a você!

CASO 3:Em casa,você sente que sua mãe deixa mais coisas para você do

que para seusirmãos. Há muito tempo você vem reclamando e ela já está cansa-da de ouvir queixas.

Antes de ler o proposto abaixo, discuta um pIa-no de ação que permita enfrentar a situação citadacom mansidão. Gostaria de esclarecer que a suges-tão a seguir, é mais uma possibilidade de ação e nãosomente a única possibilidade existente.

Plano:PassosA, B, C, D.

A. Não faça nenhuma durante uma ou duassemanas. Mostre um espírito alegre enquanto trabalha.

B. Sevocê ainda sentir-se , separe um tem-po e, com palavrassábias,apresente asituação para suamãe mos-trando seuponto de vista. Não espere que ela . O pro-pósito da conversa é vocês se . Per-gunte como ela sente a situação. Não argumente, mas coloqueem prática o que tem aprendido em seu grupo. Não se aborreçacom a discussão.Escute o que ela tem a dizer e, carinhosamenteaceite o ponto de vista dela.

C. para que o Espírito Santo mude o coração de sua mãe. Seja pa-ciente. Não resmungue e, se achar conveniente, depois de uma semana,per-gunte a ela se no assunto.

D. Lembre-se: Mesmo que a situação ou sua mãe não mude, você poderá de-monstrar mansidão, paciência, alegria, um coração disposto, etc. Mostre es-tas qualidadese ganharáo de suamãe. Este repeito acabaráfazendo com que hajaalgumamudançapor parte dela. Estanão é uma fórmulamágica, mas, muitas vezes acaba dando certo e de qualquer forma, você_________ bastante.

Page 133: Passo a Passo - Manual Do Estudante

Elesdizem que pensam que seja dade Deus que você deixe a igreja, pois ela não está crescendo, aspessoastêm re-clamado dos sermões e há rumores que você esteja paquerando uma jovem dacongregação.

CASO 4:Você é pastor de uma igreja há três anos. Do seu

ponto de vista tudo está correndo bem, somente a_______ inicial de ter um novo pastor já nãoexiste. Alguns dos líderes tem demonstrado um certodescontentamento com sua liderança. Uma noite elesdizem que gostariam de conversar com você após o cul-to. Quatro, dos cinco membros da diretoria estão pre-sentes,sendo que, quem está faltando é o que maisgos-ta de você.

Como você deve reagir!

CASO 5:Você deixou seu dentro da gaveta na noite anterior

e agora não o encontra mais. A única pessoa que poderia ter pego é seu_______ . Você sabe que foi ele, mas ele nega.

CASO 6:Suairmã vestesua sem pedir permissão e faz umamancha com suco

de uva. Ela tem o costume de usar suas coisas sem pedir. ....." ~-----

Como você deve agir~

Como você deve agir]

CASO 7: )Você está nafila do ônibus, já bem na porta para en-

trar. Um homem você, pegaseu lu-gar e o ônibus vai embora. Nisto começa a chover evocê não tem guarda-chuva.

• Como seria uma boa maneira de sair dessasituação!

"Valemais ter do que ser valente; é melhor sa- VERSíCULOS BíBLICOSber se controlar do que ter cidades inteiras" (Pv 16.32).

"Apessoa sensata o seu gênio, e a suagrandeza é per-doar quem a ofende" (Pv 19.11).

"Qualquer pode começar uma briga; quem fica fora dela éque merece elogios" (Pv 20.3).

"Não façaamizade com pessoas , você poderá pe-gar os seus maus costumes e depois não conseguirá livrar-sedeles" (Pv22.24).

"O tolo mostra sua , mas quem é sensato se cala e dominei'(Pv 29.11).

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"A pessoa de mau sempre causa problemas e discór-dias" (Pv 29.22).

"Controle o seu mau gênio, é tolice alimentar o ódio" (Ec 7.9).

UMITES PARA A MANSIDÃO Um dos propósitos da mansidão é nos ensinar . De-vemos nos conscientizar que algumas situações precisam ser corrigidas com umaatitude de mansidão. É necessário que distingamos entre as situações que reque-rem paciência, aplicação passiva de mansidão e as que exigem mansidão e

Em sua opinião, quais são as atitudes corretas para as seguintes situações:

Que direitos estão sendo violados!

Como você percebe que está agindo com mansidão!

Por que você recomenda tal atitude!

I. Uma pessoa está agredindo fisicamente sua mãe, colocando-a em perigo devida. Você tem condições de impedi-Io mas, para isso, terá que machucá-Ioou até mesmo rnatá-lo,

2. Você tem sete anos e algum parente tenta molestá-Io(a) sexualmente cada

vez que visita sua família.

3. Seu marido agride a você e a seus filhos mais ou menos uma vez por mês.Você não sabe se isto pode causar algum dano em seus filhos.

4. Um amigo seu está bêbado e insiste que pode ir embora dirigindo sem queninguém o acompanhe.

5. Você está andando na rua quando um ladrão se aproxima e exige seu dinhei-ro. Ele o ameaça com uma faca na mão. Atrás dele, porém, surge um poli-

cial que acabou de virar a esquina. O ladrão não vê o policial e o policial nãopercebe que você está sendo assaltado.

'TAREFA I. Leia sua lista de direitos uma vez por dia; faça uma marca na margem ao lado

da lista cada vez que a ler. Não coloque mais que uma por dia. Na próximasemana, entregue ao professor a folha em que anotar o número de vezes queleu sua lista.

2. Nos dias que se seguirem, utilize a raiva como um alerta emocional. Toda vez

que senti-Ia, identifique o direito que está segurando e entregue-oa Deus.

3. Tenha sempre a mesma folha de papel com você. Toda vez que acontecer al-guma coisa que viole os direitos das pessoas, observe como você reage à si-

tuação. Se você ficar com raiva, faça um "x", se você ficar com rai-va e exteriorizá-Ia, faça um círculo ao redor do "x".

4. Se alguma coisa interessante acontecer, descreva (e escreva) a si-tuação com suas próprias palavras

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"Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo,mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado" (Pv 12.16).

I. Faça uma estrela "* quando seus direitos forem violados e você não ficar com raiva.

"X"2. Faça um se você ficar com raiva.

3. Faça um círculo no "X" se você disser ou fizer algo motivado pela raiva. ®Não fiquei com raiva Fiquei com raiva

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PASSO A PASSO"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações ..."

Mt.28:19

Você é aquele tipo de pastor que abre a congregação nos dias de culto, conversacom cada membro, dirige os períodos de louvor enquanto sua esposa o acompanha ao orgão,ora pelas necessidades da igreja, faz a leitura bíblica, ora novamente agradecendo os dízi-mos recebidos, canta um solo antes da mensagem, prega a Palavra enquanto sua esposa en-sina princípios bíblicos às crianças da comunidade, faz a oração sacerdotal impetrando abenção sobre os irmãos encerrando o culto. E enquanto sua esposa dirige o último hinocongregacional você corre até a porta para se despedir do povo e ouvir um sem número .de pedidos de oração ao mesmo tempo em que assume os compromissos para visitas pas-torais que preencherão toda a sua agenda para a semana?

Ou você é aquele jovem promissor, cheio de sonhos, novas idéias e energia masque no presente momento se sente um pouco decepcionado com sua igreja. Parece queo pastor tornou-se repetitivo, os homens e mulheres que formam a liderança espiritual daigreja parecem também não demonstrar muita disposição para o evangelismo e o supri-mento das necessidades espirituais e materiais da comunidade. Enquanto os membros emgeral estão cada vez mais desanimados e até os momentos de louvor e adoração têm umaaparência legalista e fúnebre?

Se as coisas estão lhe parecendo assim, elas não precisam continuar do mesmo jei-to. Algo pode acontecer!

Depois que entendemos o amor de Deus por nós e começamos a seguir a Jesuscomo nosso Mestre e Senhor, o próximo estágio de crescimento espiritual é ajudar outrapessoa a entender o plano de Jesus para a salvação de todo homem. Você precisa discipularalguém. Só assim você renovará aquela alegria que você sentiu no início de sua caminhadacom Cristo. Passo a Passo é mais do que um simples livro. É um manual de discipulado queajudará pastores a treinarem homens e mulheres de Deus para o serviço cristão. Passo aPasso será também muito útil nas mãos dos jovens comprometidos com Jesus e que dese-jam ver muitos outros caminhando dia a dia com o Mestre e transformando nossa sociedade.

Boa Leitura!Oswaldo Paião Jr.EDITOR

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