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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ... · na universidade de Denver, continuou os estudos e virou conselheira do ex-presidente George W. Bush e no segundo

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

T TULO: A Cultura Afrodescendente numa perspectiva interdisciplinar

Adriana Aparecida Sasse

Claudinei Aparecido de Freitas da Silva

RESUMO: Este artigo tem como finalidade analisar e descrever os trabalhos realizadoscom o caderno pedag gico de l ngua inglesa desenvolvido para o 3 ano do Ensino M dio doCol gio Estadual Jos de Alencar, tem como tema principal, a cultura afrodescendente. Utilizandoos princ pios norteadores da l ngua Inglesa: ler, ouvir, escrever e falar e diversos g neros textuais;trabalhando estas estruturas de forma a compor as situa es reais e concretas de comunica o,aproximando o aluno da l ngua estrangeira de forma l dica e pr tica; visando um maioraprendizado. Objetiva tamb m complementar o trabalho construindo material did tico com o 1ano do Forma o Docente do mesmo col gio.

ABSTRACT: This article aims to analyze and describe the work done on the teaching ofEnglish language specifications developed for the 3rd year of High School of the State College Josde Alencar, the main theme, the Afro-descendant culture. Using the guiding principles of theEnglish language: reading, listening, writing and speaking and diverse textual genres, workingthese structures in order to compose the actual specific communication situations, approaching thestudent of a foreign language through play and practice, designed to further learning. It also aims tocomplement the work building courseware with the 1st year of Teacher Training from the samecollege.

Palavras-chave: L ngua Inglesa. Cultura afrodescendente.

1- APRESENTA O

O negro ser humano. Se eu luto pelos direitos dos

seres humanos, estarei lutando pelos negros.

(Sebasti o Rodrigues Gon alves)

A constru o deste artigo pretende mostrar um pouco do que foi realizado

ao longo de um ano e meio, a decis o de trabalhar com o tema cultura

afrodescendente no ensino de l ngua inglesa foi um desafio, devido a dificuldade

em organizar atividades condizentes com o tema, ou seja, como n o existem

muitos materiais did ticos de apoio o problema se acentua.

No ensino de l nguas ocorrem muitos problemas, devido dificuldade de

compreens o da pr pria l ngua estrangeira, bem como a escolha dos temas e

SASSE, Adriana Aparecida, professora PDE da Rede Estadual de Educa o, formada em LetrasPortugu s/Ingl s, p s graduada em L ngua Portuguesa e Educa o no Campo, endere o eletr [email protected], Claudinei Aparecido de Freitas, professor da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paran ),

p s doutor em Filosofia.

g neros a serem trabalhados. Problemas esses h muito tempo estudados,

por m pouco compreendidos. Neste contexto est inserido o CEJA (Col gio

Estadual Jos de Alencar), no qual professores de L ngua Inglesa nem sempre

trabalham com a cultura e hist ria, no que se refere cultura afrodescendente o

problema se acentua. Este fato geralmente justificado pela falta de material

did tico e tamb m por ser uma regi o hegemonicamente de cultura europeia.

O exposto anteriormente parece ser contradit rio ao analisar o PPP

(Projeto Pol tico Pedag gico) da escola em estudo no qual est descrito o

seguinte: ... a escola faz parte e est constitu da por uma popula o que

estando sua maioria no campo, tem suas origens tnicas que no casodo Paran h pedrom nio de negros e europeus (brancos). Quasemetade da popula o paranaense descendente afro-brasileiro. Ereconhecendo o desprezo e a discrimina o para com essa etnia(negros), bem como a import ncia do trabalho do negro para aconstru o da sociedade brasileira e especialmente a sociedade e oespa o paranaense h que valorizar a cultura afro-brasileira j t oesquecida. (PPP Col gio Estadual Jos de Alencar).

A hist ria dos povos afrodescendente pouco discutida. Quando falamos

em negros na escola vem a ideia de homens no tronco, apanhando. preciso

substituir estas imagens, os tempos mudaram. A hist ria n o se resume a

escravid o. Machado de Assis, grande escritor brasileiro negro e pouca gente

fala sobre isso; n o podemos desprezar estas hist rias porque fazem parte da

nossa base. Como as diferentes etnias reproduzem o modo de viver no processo

educativo.

Ao observarmos o planejamento de l ngua inglesa do 2 ano do ensino

m dio observamos tamb m a indica o de textos que contemplem a lei n

10.639/03. Vale salientar que o col gio encontra-se embasado para o trabalho

com a cultura afro-brasileira; entretanto faltam atividades mais profundas e

efetivas a respeito do tema.

Existem negros em nosso munic pio (Braganey - Pr), por m s o minorias e

por serem minorias possuem dificuldades de assumirem sua cultura. Sabemos

que reverter o quadro de diferen as entre negros e brancos vai al m de

movimentos, preciso pol ticas espec ficas. Por m acreditamos que uma das

sa das pela educa o. Na qual todas as disciplinas contemplem o tema ora

proposto formando consci ncia, uma atitude que podemos chamar de consci ncia

autom tica, pois o que discutido mais f cil de ser compreendido. Lembrando

que os professores precisam de preparo adequado; sen o acabar o refor ando os

preconceitos e as atitudes racistas. preciso atentar para n o frisar as diferen as,

mas procurar um determinador comum.

preciso se desfazer as pr ticas banc rias de ensino. Ensinar exige

tamb m aprender e vai muito al m da memoriza o de palavras. No ensino de

l ngua inglesa muito comum a pr tica de memoriza o de palavras; n o que

esta n o possa ser utilizada, mas surtir maior efeito contextualizado. A

contextualiza o possibilita muito mais sentido a uma aula. muito comum

ouvirmos que pr tica sem teoria, se esvazia. Isso significa que toda teoria tem que

ser precedida de pr tica e vice-versa.

2- APROFUNDAMENTO TE RICO

Para Saviane (1991), pol tica e educa o s o pr ticas diferentes, embora

insepar veis. A rela o pol tica ocorre entre antag nicos e a educa o entre

n o-antag nicos; ou seja, na educa o o professor n o advers rio dos seus

alunos e tem como meta convencer, diferente da pol tica que tem como meta

vencer. Ambas s o manifesta es da sociedade de classes.

Paulo Freire em seu livro Pedagogia do Oprimido. Comenta sobre a rela o

educador, educando, considera estas como: narradoras, dissertadoras, nas quais

os educandos s o meros objetos, aprendendo os conte dos desconectados da

realidade. Um bom exemplo quando passamos uma aula de portugu s inteira

falando de Machado de Assis ou at mesmo explicando regras de acentua o

gr fica ou em uma aula de ingl s falando sobre verbo to be, em que medida se

est contribuindo para a forma o do educando. A este tipo de ensino Freire d o

nome de educa o banc ria. A educa o aut ntica, repitamos, n o se faz de A

para b ou de A sobre b, mas de A com B, mediatizados pelo mundo (p 97).

importante considerar que a aula de L ngua Inglesa deve ser tamb m um

espa o de reconhecimento da diversidade lingu stica e cultural construindo

significados e rela o com o mundo em que vivemos a educa o das rela es

tnico-raciais imp e aprendizagens entre brancos e negros, trocas de

conhecimentos, quebra de desconfian as, projeto conjunto para constru o de

uma sociedade justa, igual, equ nime. (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o

das Rela es tnico-Raciais e para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro-Brasileira e Africana).

De acordo com o exposto anteriormente as diretrizes curriculares de l ngua

inglesa sugerem que o ensino de l ngua estrangeira na escola, n o pode e nem

deve ser baseados nos institutos de idiomas; a escola p blica deve superar a ideia

de trabalhar apenas o lingu stico; pois os objetivos das escolas de l nguas s o

opostos aos das escolas p blicas. O desenvolvimento do trabalho pedag gico

deve ser embasado na teoria sociol gica de Mikhail Bakhtin, visando preparar

sujeitos que construam sentido para o mundo. Organizar atividades com o tema

afrodescendente, leva nos a compreens o de que v rios fatores necessitam ser

trabalhados tais como: identidade, racismo, ra a e etnia, cidadania, etc.

Moita Lopes afirma que as aulas de l nguas estrangeiras podem trazer uma

possibilidade infinita de conhecimento, isso depende muito do professor. Desta

forma podemos dizer que boa parte do sucesso da aula depende do professor.

Por vezes d -se a impress o que estamos colocando a culpa total do sucesso ou

insucesso no professor; por m o que estamos dizendo que aquele que explora

em suas aulas a sua cultura, a cultura do outro, com materiais l dicos, g neros

textuais selecionados, interdisciplinaridade estar contribuindo para o crescimento

do aluno. Cabe a n s, envolvidos nessa tarefa de mudan a, evidenciar os

benef cios que essa mudan a pode trazer para todos. Essa tarefa n o uma

tarefa restrita. SILVA, 2003.

Com essa forma de construir nossas pr ticas di rias tentamos diminuir as tens es

existentes entre curr culo como documento escrito e oficial e a pr tica do

dia-a-dia. necess rio compreender que atrav s da linguagem que se chega

consci ncia e consequentemente os sujeitos come am a intervir na realidade.

Diariamente nos deparamos com atos de preconceito dos mais diversos e isso

nos provoca cada vez mais em buscar estrat gias na educa o para modificar

este quadro. Na revista Claudia, de janeiro de 2013 foi publicada uma reportagem

intitulada O mantra de Condoleeza por Maria Laura Neves. Esta hist ria sobre

um pouco da vida de Condoleeza Rice, que nasceu no Alabama em 1954. Nesta

poca as crian as negras n o podiam ter contato com as crian as brancas, n o

podiam sentar lado a lado no nibus e nem tomar gua no mesmo bebedouro.

Conta que naquela poca as manifesta es de dio por negros eram frequentes e

que perdeu uma amiga em um epis dio em que um terrorista jogou uma bomba

em uma escola de crian as negras. Condoleeza diz que aprendeu a n o se fazer

de vitima e que aprendeu com seu pai enfrentar tanto preconceito e

consequentemente traumas. Estudou muito, aos 19 (dezenove) anos se formou

na universidade de Denver, continuou os estudos e virou conselheira do

ex-presidente George W. Bush e no segundo mandato de Bush, tornou-se

secret ria de estado e a responder pelos assuntos externos do governo.

Este um exemplo de pessoa bem amparada e sucedida, por m temos

que nos atentar a nossa realidade, com a realidade que temos, dar exemplos

como este que nos enche de orgulho e mostrar que a cor n o impede uma pessoa

de aprender, conviver e desenvolver.

Lya Luft escreveu um texto interessante sobre como ela concebe a

educa o no Brasil, no final do texto fala da educa o como direito de todos:

Todos tem direito de receber educa o que os coloque nomundo sabendo ler, escrever, pensar, calcular, tendo ideia do que s o eonde se encontram, e podendo aspirar e crescer mais. Isso

dever de todos os governos. E nosso dever aspirar isso deles. (LyaLuft, A boa escola, Revista Veja, 27/02/2013).

Falando um pouco da L ngua Inglesa no Brasil. Foi decretada pelo Pr ncipe

regente de Portugal em 1809, pois at ent o era o grego e o latim as l nguas

estrangeiras utilizadas nas escolas e desde ent o n o possu am uma metodologia

adequada. Tanto tempo se passou e ainda hoje h discuss es sobre a forma de

ensinar a l ngua estrangeira moderna na escola.

Em rela o aos movimentos sociais, afro-brasileiro tem como nome gen rico o

MN (Movimento Negro). Estes movimentos s o vistos em toda hist ria do Brasil,

por m com maior nfase ap s 1888, depois da aboli o da escravatura. Os

escravos eram tratados como propriedade privada e diante disso havia muita

revolta. Uma das manifesta es foi a quilombola, denominada quilombagem, na

qual existia um quilombo para onde iam os negros refugiados. A revolta dos

Mal s, uma das mais not veis manifesta es de resist ncia negra no Brasil.

Esta conspira o negra mu ulmana planejava reverter as condi es sociais dos

meados do s culo XIX. Assim sucederam muitas outras revoltas e ser o

aprofundadas no decorrer das produ es.

Segundo Anjos (2006), no Brasil o principal desafio assumir

decisivamente a na o mesti a que formamos e que a refer ncia principal tnica

e cultural brasileira a matriz africana. Para ele necess rio superar a

discrimina o tratando da diversidade cultural num contexto geogr fico e

cartogr fico. Para a sociedade brasileira a terra dos afro-brasileiros n o aqui.

Esse pensamento impede o reconhecimento das popula es de origem africana,

bem como as ind genas, etc.

Os povos europeus no processo de domina o e explora o passaram a

ideia de que o Brasil era ocupado por homens pregui osos, justi ando a

dificuldade em encontrar m o de obra. A explora o teve in cio devido gan ncia

dos europeus, os quais tinham a vis o de tirar do meio tropical tudo o que

pudesse destinar ao mercado. Assim al m de interessarem em terra e riquezas,

seus interesses consistiam tamb m em m o de obra.

Exportavam do Brasil, diversas coisas como: a car, tabaco, farinha de

mandioca, etc. O interesse dos povos europeus pelos africanos, se explica pelo

fato de serem bons para o trabalho; trazendo este povo para o Brasil ficava mais

f cil extrair as riquezas aqui produzidas. A pr tica de importa o de escravos

durou muito tempo.

Nos s culos XVII e XVIII, o tr fico negreiro foi intenso, somente no s culo

XIX, surgiram tratados com objetivo de abolir esta pr tica.

Os povos de matriz africana n o foram respons veis somente pelopovoamento do territ rio brasileiro e pela m o-de-obra escrava.Marcaram e marcam, de forma irrevers vel, a nossa forma o social,tecnol gica, demogr fica e cultural, que, ao longo desses s culos, foipreservada e recriada. S o respons veis pela adequa o das t cnicaspr -capitalistas brasileiras, aplicadas na minera o, medicina, nutri o,agricultura, arquitetura, pecu ria, tecelagem, metalurgia, cer mica,estrat gias militares e constru o. Assim como a elabora o doportugu s africanizado, da religi o da sua cozinha sagrada e de seusprinc pios filos ficos. (Pag 39 Quilombolas, tradi es e cultura daresist ncia, Rafael Sanzio Ara jo doa Anjos).

Com o tempo foi se percebendo que o ser humano n o se adequa a

escravid o. Stam (1992 p 75), diz que o dialogismo opera dentro de qualquer

produ o cultural , cita exemplos de filmes e tamb m o hip hop ( que

inter-relaciona o rap, grafite e break).

Criado por adolescentes negros e hisp nicos da classe oper ria oul pem, o rap intensamente , exuberantemente dial gico. Assimcomo o gospel e outras formas de m sica negra o rap se baseia nosesquemas musicais africanos de chamada e resposta, numa esp ciede interanima o entre executante e ouvinte que lembra claramente ateoria bakhtiniana da linguagem , centrada na performance e naintera o.

Segundo ele, o rap conforme as teorias de Bakhtin pode ser chamado de

g nero do discurso cotidiano, j que existem v rias formas de rap como: insulto,

mensagem social, festa, not cias da comunidade, etc.

O samba tamb m uma forma de manifesta o, para Nei Lopes, o samba

ref m do racismo, relata que a escola de samba um gueto desafricanizado e

que muitas vezes as pessoas n o se d o conta disso. Sabemos que o carnaval

uma manifesta o africana, por m com o tempo foi perdendo este teor. Lopes

conta-nos que antigamente voc entrava em um terreiro de escola de samba, hoje

j n o tem mais este nome. Ao ser questionado se a consci ncia da origem tnica

faz parte de sua forma o responde:

N o, isso a gente adquire com o tempo, inclusive eu fui desestimulado ater esta consci ncia pelo fato de meus pais serem muito velhos. Meupai de 1888, nasceu antes da Aboli o e minha m e nasceu em 1900.Para eles, era um assunto que n o interessava. Como que voc vaipensar em afirma o negra em um contexto totalmente desfavor vel(...). At pouco tempo, era ofensivo voc dizer que algu m tinhaascend ncia africana. Pag 53.

3- O PROCESSO DE CONSTRU O E APLICA O DA UNIDADEDID TICA, COMPLEMENTA O E PRODU ES DOS ALUNOS

Deve-se levar em considera o que a maioria das pessoas n o tem

consci ncia das leis e n o compreendem que a cultura afrodescendente um dos

pilares da cultura brasileira, tendo em vista a estas dificuldades em 10 de janeiro

de 2003, houve uma complementa o na lei 9394/96 objetivando amenizar as

injusti as e discrimina o racial que diz:

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e m dio,oficiais e particulares, torna-se obrigat rio o ensino sobre Hist ria eCultura Afro-Brasileira.

1 O conte do program tico a que se refere o caput deste artigoincluir o estudo da Hist ria da frica e dos Africanos, a luta dos negrosno Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na forma o da sociedadenacional, resgatando a contribui o do povo negro nas reas social,econ mica e pol tica pertinentes Hist ria do Brasil.

2 Os conte dos referentes Hist ria e Cultura Afro-Brasileira ser oministrados no mbito de todo o curr culo escolar, em especial nas

reas de Educa o Art stica e de Literatura e Hist ria Brasileiras.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o das Rela estnico-Raciais para o Ensino de Hist ria e Cultura Afro-Brasileira e

Africana.

Ent o como trabalhar este tema na aula de L ngua Estrangeira Moderna, neste

caso o ingl s? Sabendo-se que de nada adianta ter uma lei se a mesma n o for

cumprida.

3.1 UM POUCO SOBRE O IN CIO DA CONSTRU O DO CADERNO

PEDAG GICO

A consci ncia em saber que temos que construir trabalhos in ditos

preocupante, sendo que tudo que produzirmos n o poder ser copiado, mas

criado ou ao menos recriado. Comecei a refletir como iria planejar minhas

atividades a serem aplicadas aos alunos, iniciei ent o uma pesquisa sobre o hip

hop.

Para compreens o do hip hop buscou-se algumas bibliografias, por m a

que mais deu conta de explicar foi a trabalho encontrado no livro Negro e

Educa o 4, que fala dos rappers em Curitiba. Os autores descrevem que os

participantes desse movimento s o jovens da periferia e que com o hip hop

criou-se uma forma de prote o aos jovens negros, ou seja, combate a viol ncia,

drogas, alcoolismo, bem como a discrimina o racial.

A estrat gia do movimento a conscientiza o do p blico por meio da

m sica, do discurso, da pintura e da dan a. Para os integrantes desse movimento

em Curitiba, o hip hop composto por cinco elementos: o rap (m sica, tradu o

do ingl s para ritmo e poesia ), o grafite (arte gr fica, desenho e pintura nas

paredes), o break (dan a de rua caracterizada por movimentos improvisados de

grande virtuosismo atl tico), o DJ (disc-j quei, pessoa que, com um aparelho

eletr nico, produz som para o rapper e o b-boy, dan arino de break) e a quest o

social (a es sociais nas periferias da cidade).

As letras das m sicas devem ter cunho ideol gico e social, tamb m

pol tico, afim de resgatar a cidadania; s o compostas pelos rappers, os quais as

explicam e cantam.

Resolvi pesquisar alguns cantores de rap, comecei pelas m sicas de Bob

Marley e descobri que Gilberto Gil gravou uma de suas m sicas, no woman no

cry. No decorrer do trabalho selecionei alguns v deos do you tube e pensei

tamb m na possibilidade em visitar um grupo de rap. Acho importante a pesquisa

sobre a cultura dos afrodescendente em geral como: roupas, hip hop, comidas

t picas, arte, etc.

Estamos em meados de abril de 2013 e agora estou um pouco mais

segura sobre o trabalho que quero fazer, organizarei um caderno pedag gico de 6

(seis) partes, come ando com a rvore geneal gica dos alunos. Ent o passei a

analisar como havia acontecido as misturas dos povos no Brasil e comecei

pesquisar; surgiu ent o a unidade II A little bit about brazilian people and

afrodescendant culture . A unidade III sobre Famous and Unfamous people, na

qual est Zumbi dos Palmares e Barack Obama como famous e Sebasti o

Rodrigues Gon alves (professor da UNIOESTE conhecido na regi o) e Nevair

Pereira Brand o J nior (meu filho). Algumas das atividades pensadas durante o

processo foram utilizadas, por m boa parte ser revista para um pr ximo trabalho,

pois imposs vel contempl -las neste momento devido ao tempo para aplica o.

3.2- DESCRI O DAS AULAS E DAS PRODU ES NO GTR

3.2.1- Aulas no 1 Forma o Docente e 3 Ensino M dio

A proposta de L ngua Inglesa sobre cultura afrodescendente elaborada em

2013 ser aplicada no primeiro semestre de 2014, no 3 ano do ensino m dio do

Col gio Estadual Jos de Alencar, paralelo a este trabalho organizei outra

proposta, por m com o mesmo enfoque, para trabalhar no 1 ano de Forma o

Docente do mesmo col gio. Anos anteriores coloc vamos no PTD (Plano de

Trabalho Docente) a lei 10.639/03, a qual ampara o ensino da cultura afro, no

entanto era trabalhado superficialmente, assim o in cio destas atividades de

car ter de urg ncia.

A seguir est descrito um pouco do que foi trabalhado nas turmas em 2014.

No 3 ano: conversei com os alunos no primeiro dia de aula e todos apreciaram a

ideia, ent o na sequ ncia, iniciamos o caderno pedag gico. A primeira unidade

tem como t tulo a seguinte quest o: Who AM I?, foi criada com o intuito de

conhecer um pouco sobre as origens dos alunos. Percebi que uma grande maioria

n o valoriza suas fam lias e n o gostam de falar sobre o assunto por motivos

diversos. Boa parte deles n o sabem os nomes dos av s e nem suas origens.

Desta forma pedi que conversassem com seus pais sobre o assunto. Em rela o

escolha da cor/ra a questionado em um exerc cio desta unidade, foi poss vel

observar que nenhum aluno se considera negro. Ao final da unidade solicitei que

resumissem o que compreenderam e enviassem para meu endere o eletr nico.

No dia 17/03/2014 trabalhamos no laborat rio de inform tica, com pesquisa

sobre os quilombos e tamb m comidas t picas, dan as, arte, etc.

1 Forma o Docente: No primeiro dia de aula comentei sobre o trabalho

que ir amos desenvolver no primeiro bimestre sobre cultura afrodescendente, os

alunos gostaram muito da ideia. Iniciamos os trabalhos com o livro NA COR DA

PELE de Em lio Braz (colocar na bibliografia), a maioria dos alunos disse que

nunca haviam lido um livro inteiro, ent o lemos este em conjunto na sala. Lemos

at um pouco mais da metade e ent o pedi que criassem um final para a hist ria,

o resultado foi surpreendente.

No dia 25/03, com as duas turmas fomos a uma exposi o de fotografia

intitulada Um olhar sobre a FRICA de Nani Napoli, no Sesc de Cascavel, no

retorno s alunos fizeram um relat rio da visita. Alguns somente relataram o que

observaram, por m a maioria aprofundaram no assunto fazendo pesquisas

extra-classe, os materiais entregues s o excelentes. A seguir algumas opini es

No dia 25 de mar o tivemos o privil gio de ir ao Sesc em Cascavel

conhecer a bela exposi o feita pela artista Nani Napoli, onde tivemos a

oportunidade de conhecer uma cultura t o bela. (T.N.3 B)

Para mim esta exposi o foi bem aproveitada pois adquiri novosconhecimentos e acredito que faz parte do meu cotidiano, aprendi a darvalor nos pequenos detalhes (J.C.B 1 FD)

Pensamento meu: quando se falava na frica, logo me vinha na cabe aFOME, mas tudo mudou quando tive a chance de conhecer o outro ladoda frica, mesmo que foi atrav s de fotos. Amei e espero ter outrasoportunidades de conhecer esta cultura t o linda.(C.V.S 1 FD).

Na sequ ncia come amos ent o trabalhar com a literatura, solicitei que

lessem o livro A Escrava Isaura de Bernardo Guimar es.

Ap s algum tempo do in cio da aplica o do caderno pedag gico, refleti

sobre as atividades que planejei e com o que as mesmas auxiliaram. Admito que

minha proposta foi cheia de boas inten es e fui aos poucos repensando-as. Na

unidade II, propus uma atividade de pesquisa no laborat rio de inform tica, sobre

comidas t picas, arte, dan a e m sica afrodescendente; nesta foi poss vel

enxergar como o negro v o branco e o pior que os alunos negros n o se

incluem como parte da cultura afrodescendente e a maioria das vezes, assim

como os brancos folclorizam o negro e n o tem consci ncia das suas origens.

Continuamos o trabalho nas turmas e o relato destas experi ncias ser publicado

posteriormente.

3.2.2- Trabalho com professores no GTR (Grupo de Trabalho em

Rede)

A tem tica I, rendeu algumas discuss es que de fato enriquecem nossa

pr tica. Percebo que todos os participantes que fizeram intera es possuem

grande conhecimento e sentem a necessidade de incluir e/ou melhorar suas

pr ticas. O trabalho nas escolas feito buscando cumprir a lei 10639/03, por m

ainda um pouco t mida . Acredito que todos j fizeram a constru o do in cio do

trabalho com a cultura afrodescendente o que falta a continuidade. A dificuldade

de produ o de materiais em l ngua inglesa tamb m um fator constante, por m

compreens vel devido a nossa forma o de car ter positivista.

Em pesquisa sobre o tema encontrei um artigo que me chamou muito a

aten o um subt tulo que dizia Existe uma Hist ria do povo negro sem o Brasil.

Mas n o existe uma Hist ria do Brasil sem o povo negro (Janu rio Garcia), na

minha opini o, est frase nos causa um profundo impacto e nos chama a aten o

sobre o dever de trabalharmos dando uma nfase maior ao tema em quest o.

Senti muito a falta das interven es de alguns colegas inscritos neste GTR,

pois sabemos que as inscri es s o restritas e, muitas vezes fica muitos

professores sem conseguir fazer inscri o e com certeza quem consegue e n o

participa n o contribui com o desenvolvimento da educa o.

A Tem tica 2, permitiu opini es sobre a proposta de atividades do caderno

pedag gico e as respostas dos professores cursistas foram motivadoras e me

deram mais for a e vontade para produzir materiais. A viabilidade do projeto

ocupou papel de destaque e percebi que de poss vel aplica o.

A participa o foi maior e surtiu melhores resultados possibilitando maior

reflex o. Visualizo que os professores da minha rea possuem boa forma o e

s o interessados em melhorar suas pr ticas.

A unidade I, WHO AM I foi para a maioria uma parte imprescind vel no

reconhecimento do aluno. Os cursistas deram muitas sugest es de complemento

para o trabalho enriquecendo-o.

A quest o proposta no f rum 2 (dois) foi a seguinte: O caderno pedag gico

foi desenvolvido com o tema cultura afrodescendente, utilizando-se de g neros de

diferentes esferas de circula o como: fotos, m sicas, poemas, pesquisas,

entrevistas, reportagens, filmes, e-mail, blog, etc e os princ pios norteadores da

l ngua Inglesa: ler, ouvir, escrever e falar. O trabalho composto por seis unidades

com atividades interdisciplinares objetivando aproximar o aluno da l ngua

estrangeira de forma l dica e pr tica; visando um maior aprendizado.

Ap s an lise da produ o did tica, socialize suas observa es tendo como

quest es norteadoras as seguintes:

a) Voc a usaria em suas aulas?

b) Em sua avalia o, o p blico a que se destina ter facilidade de compreens o e

aprendizagem usando esta produ o?

c) Em sua percep o, alguma proposta de atividade se destaca entre as outras?

Qual e por qu ? Tamb m interessante a compara o com outros materiais que

voc usa em suas aulas.

A seguir selecionei algumas opini es dos colegas cursistas:

Teacher L.B.T.B Em primeiro lugar, gostaria de parabeniz -la pela iniciativade produzir material sobre esse tema. Observando o cadernopedag gico pude perceber que est bem acess vel e de f cilcompreens o. Gostei muito da atividade em que trabalha os par grafos,resumindo e retirando palavras-chave; tamb m gostei do in cio ondecada aluno conta sobre si mesmo e sua fam lia. Foi muito boa a ideia decolocar poema, m sica e levar pesquisa sobre o assunto. Comocomentei no di rio da tem tica anterior, sou apaixonada pelo discurso ea figura de Martin Luther King e acrecentaria ao trabalho junto com as

demais personalidades citadas.

Teacher E.N.S Esse projeto vem atender os prop sitos expressos naindica o CNE/CP 06/2002, bem como regulamentar a altera o trazida

Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional, pela Lei10639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de Hist ria eCultura Afro-Brasileira e Africana na Educa o B sica. importanteporque prop e uma discuss o envolvente sobre identidade cultural entreculturas diferentes construindo uma reflex o acerca do homem, tanto noque abrange a sua individualidade, quanto a sua posi o no mbitosocial e coletivo, al m de proporcionar a pesquisas sobre a culturaafro-brasileira em suas mais variadas manifesta es, dentro de umaperspectiva abrangente, ou seja, de modo a entrela ar as diversaslinhas do conhecimento: L ngua Estrangeira L ngua Portuguesa,Hist ria, Geografia, Artes, Filosofia etc.

Teacher M.F.V Certamente usaria, pois as atividades propostas no CadernoPedag gico produzido pela professora Adriana forma um excelenterecurso did tico. um poderoso instrumento para fazer com que oensino de l ngua estrangeira, no caso, o ingl s, cumpra sua fun osocial que contribuir para a forma o integral das alunas e dos alunos.As atividades propostas vai al m da metalinguagem uma vez queimpulsiona as alunas e os alunos a refletirem sobre si e sobre o outro(quem sou, de onde vim, quem est comigo, como o outro)

Ao meu ver, todas as atividades s o envolventes e impulsionam a reflex o.Mas destaco a primeira unidade Who am I? . Como j comentei, defundamental import ncia para a forma o humana das alunas e dosalunos esse encontrar-se , pensar sobre si, sobre sua descend ncia,sobre o outro, sobre o diferente um ponto muito importante naforma o pessoal, pois se a pessoa n o se enxerga como enxergar ooutro?

Gostei muito das sugest es dos professores e certamente as colocarei em

pr tica. No di rio 2 (dois) foi proposto o seguinte: Refletir sobre a relev ncia da

Produ o Did tico-pedag gica para a realidade da escola p blica.

Sabemos que o tema cultura afrodescendente obrigat ria nas escolas,

por m nem sempre trabalhado. Pensando nisso, proponho que reflita sobre sua

pr tica em sala de aula, o trabalho que tem realizado com a diversidade e a

relev ncia desta produ o did tica na sua realidade.

Teacher E.C.S Refletir sobre as quest es da cultura afrodescendente, aescravid o e a segrega o racial que existiram e ainda existem n o sno Brasil, mas no mundo todo; sempre se faz necess rio. Reflex o quen o deve ser realizada s nos duzentos dias letivos do ano, mas deveser feita de forma que produza a es reais na vida dos alunos e de suasfam lias e por consequ ncia, na sociedade. Levar para a sala de aulaimagens, exemplos, fatos hist ricos de compara o da quest o dasegrega o racial em diversos pa ses, permite que os alunos reflitamsobre a sua pr tica e de seus pares, pois certas atitudes, frases e piadasracistas, s o repetidas por gera es sem que haja um momento sequer

em que se pense a respeito. Por vezes, aquilo nem a opini o delemesmo, mas algo que ele sempre ouviu e apenas repete de formamec nica. Penso que veremos o resultado de nossas pr ticas emalgumas d cadas, pois n o devemos ser ing nuos a ponto de pensarque de um ano para outro, ou em um dia de cartazes em 20 denovembro, ser suficiente para modificar s culos de escravid o, depreconceito e de subjugamento.

Teacher L.B.T.B O discurso como pr tica social o conte do estruturantede l ngua estrangeira. A partir dessa proposta, Moita Lopes (2003,p.43)comenta que preciso tornar a aula de l ngua inglesa um espa o de [...]acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construiroutros discursos alternativos que possam colaborar na luta pol ticacontra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experi nciahumana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclus o de grande parte dosbrasileiros que est o exclu dos dos tipos de [...] (conhecimentosnecess rios) para a vida contempor nea, estando entre eles osconhecimentos (em l ngua estrangeira). Trata-se de utilizar g nerostextuais que incluam os temas pertinentes, que envolvam os assuntosem quest o. Como relatado anteriormente, na tem tica 1, bonsresultados tem sido alcan ados tomando como base partes do discursode Martin Luther

King, nas atividades em grupo e com o texto dividido em partes. Por m, otrabalho renova-se cada vez que se prepara uma aula. Ao pensar natem tica do GTR 2013, busquei algumas fontes e encontrei um texto,em portugu s, que me chamou aten o, intitula-se Meninos de todasas cores , de Lu sa Ducla Soares. Considerei a ideia de lev -lo para asala de aula e fazer a vers o em ingl s; acredito que terei bonsresultados. preciso ensinar nossos alunos a valorizar as diferen as erespeit -las. poss vel promover mudan as em sala de aula e nasociedade com abordagens realizadas durante o ano letivo. necess rio fazer tentativas, mesmo que algumas vezes sejamfrustradas, n o podemos desistir. MOITA LOPES, L. P.; ROJO, R. H. R.Linguagens, c digos e suas tecnologias. In: Brasil/DPEM Orienta escurriculares do ensino m dio. Bras lia: MEC, 2004, p.14-59.

A tem tica 3, nos proporcionou interagir a aplica o do projeto. Os cursistas

relataram seus trabalhos em sala de aula e mesmo os que n o est o em sala

tamb m nos auxiliaram com aquilo que j trabalharam ou pretendem trabalhar.

4 Considera es Finais

Analisando a hist ria do Brasil veremos que nos prim rdios havia muitas

discuss es de como denominar a na o brasileira. Os americanos introduziram a

id ia de que o Brasil seria o pa s dos imigrantes; por m n o estava definido, pois

os direitos n o eram para todos, poucos consideravam e inclu am ndios e negros

no povo. Os brancos viam os negros e ndios como arremedo da popula o, os

quais na vis o dos brancos necessitavam de educa o e civiliza o.

O pa s teve seu in cio cheio de contradi es e assim ainda o , pois at

hoje h forte heran a do Brasil inicial, em rela o discrimina o de cor, ra a,

cultura, etc. Somos uma mistura de muitos povos e s vezes n o nos

reconhecemos como tal.

Precisamos incluir a quest o racial em todas as disciplinas e com urg ncia,

a lei 10639/03 foi promulgada h 11 (onze) anos e a demora na inclus o desta

tem tica n o pode mais ser justificada pela falta de tempo.

O trabalho com o ensino m dio (3 ano regular e 1 Forma o Docente) foi

muito gratificante, pois dia ap s dia foi poss vel visualizar o interesse pelos alunos

e a forma o de consci ncia. As produ es tamb m foram proveitosas e boa

parte foi utilizada, na produ o deste artigo.

Em rela o ao GTR, fiquei maravilhada com as intera es dos professores

e presenciei que o trabalho com a cultura afrodescendente est encaminhado, as

sugest es dadas pelos professores s o valiosas e poss veis de aplica o;

presenciei tamb m a falta de tempo dos professores da rede em realizar suas

atividades na data certa e este fator s vezes compromete o desenvolvimento do

trabalho.

A constru o deste realizou-se de forma colaborativa e nos faz refletir o

quanto produtivo o momento retirado especialmente para estudos.

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REVISTA DE HIST RIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, ano 5, n 53, Fevereiro2010. FNBE peri dicos