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?!? manual orientador de Boa Com unicação

orientador de Boa unicação - coresult.eu · Este manual na sua mão vai facilitar seu projeto da comunicação. 4 O manual é para programas de comunicação referentes ao HIV e

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?!?manualorientador

deBoaComunicação

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Sob o princípio da Comunicação e Moçambicanização da Men-

sagem é reafirmado que, a resposta moçambicana ao HIV e

SIDA só poderá ser mais efectiva se observar a necessidade

de implementar estratégias de comunicação atentas às características

da epidemia, aos contextos sociais e culturais onde as populações mo-

çambicanas vivem. O conteúdo das abordagens de comunicação na res-

posta ao HIV e SIDA deve ser estruturado, sistematizado, atento às

dinâmicas de género e implementado de uma forma contínua e dialo-

gante, fazendo uso dos múltiplos meios e canais de comunicação dis-

poníveis a nível nacional, comunitário, familiar e interpessoal. A direcção

que as mensagens devem assumir e os seus conteúdos temáticos

devem primar pela participação das comunidades, capitalizar o envolvi-

mento das lideranças a todos os níveis, inspirar-se na ética, cultura, lín-

guas e ensinamentos embebidos nos contextos culturais que

caracterizam a ampla diversidade de Moçambique, ao mesmo tempo

que orientam para atitudes e comportamentos seguros e solidários face

à epidemia do HIV e SIDA.

Plano Estratégico Nacional – PEN III

2

Manual Orientador de Boa ComunicaçãoPropriedade: CNCS, Grupo Técnico de ComunicaçãoApoio ao Conteúdo: GIZ, JHU, UNICEF, USAID, FDCAutores: José Tamele, Oliver RammeRevisão de texto: S. FerreiraSupervisão: B. Ngomane (CNCS), M. Hanitzsch (GIZ)Produção Gráfica: GIZ / (M.H.)Imagens: CNCS, GIZ, Pixelio.de, OpenClipArt.org, S. Fernandez© CNCS | Moçambique 2013Rua António Bocarro 106/114, Maputo, Moçambique (www.cncs.org.mz)

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Introdução

OManual Orientador de Boa Comunicação

é um guião prático para os fazedores da Comunica-ção. Este manual apresenta um conjunto de passosque devem ser respeitados no processo de elabora-ção de planos, estratégias, atividades e produtos dacomunicação no desenvolvimento da Resposta Na-cional ao HIV e SIDA.

1 Apoiar os parceiros do Conselho Nacionalde Combate ao SIDA (CNCS), assistentes de comunicação, organizações e instituições no desenvolvimento de programas de comunicação.

2 Apoiar o desenvolvimento da avaliaçãodas intervenções de comunicação pelos parceiros e assistentes de comunicação dosNúcleos Provinciais de Combate ao SIDA(NPCS) e entidades da sociedade civil.

3 Servir de referência sobre os conceitos epassos a seguir no desenvolvimento de programas e atividades de comunicação.

Já viram os vídeos, cartazes, teatros, ouviram rádio spots para evitara difusão do vírus de HIV e SIDA? Vocês querem comunicar melhorcom sua comunidade assuntos da área de HIV e SIDA? Querem utilizar folhetos, teatro, diálogos, rádio…?

3

Os objetivos do Manual Orientador de Boa Comunicação

Este manual na sua mão vai facilitar seu projeto da comunicação.

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Omanual é para programas de comunicação referentes ao HIV eSIDA, mais orientados para a prevenção simples e combinada,cuidados, tratamento, redução do risco, prevenção da transmissãovertical e mitigação através da mudança social e de comporta-mento, e a criação da demanda dos serviços de saúde.

Além da comunicação na área de HIV e SIDA o manual pode ser uti-lizado também para programas de outras áreas da saúde que tra-tam de doenças diarreias, a malária, a tuberculose, a diabetes ououtras que têm mudanças de comportamento em foco.

Os passos seguintes devem ser seguidos para se obter um pro-

grama de comunicação. Alguns desses passos requerem capaci-dades ou recursos, que não estão sempre disponíveis. Por isso, acooperação com outros implementadores é de grande apoio: Muitosestudos já publicados e podem ser utilizados. Para a produção dematerial de comunicação há agências e profissionais, para as pes-quisas ao nível social há outros atores com experiência. O melhorproduto consegue-se em conjunto. Uma possibilidade para conhe-cer esses atores são os Núcleos Provincais NPCS e o CNCS e seusparceiros. (www.cncs.org.mz).

Os objetivos do Manual Orientador de Boa Comunicação

Comunicação estratégica: do enfoque aos jovens à Prevenção da Transmissão Vertical (PTV)

Brochura

de infor-

mações

estratégi-

cas

(Jovens,

2011/2012)

Logo e cartaz

principal da

campanha

da prevenção

da

transmissão

vertical

(PTV,

2012/2013)

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Plano de ComunicaçãoDesenvolvimento de um

Num plano ou programa de comunicação, o desenvolvimento dassuas atividades inclui cinco passos, que devem ser tidos em contana sua planificação e implementação, nomeadamente:

Passo

Passo

Passo

Passo

Passo

I A Pesquisa e AnáliseO conhecimento da situação é objetivodo primeiro passo. A pesquisa permite aaproximação ao resultado desejado. pág. 07

II O Desenho EstratégicoA estratégia inclui a definição de objetivos, do grupo alvo, do rascunho damensagem, dos espaços e meios, de parceiros e da pré-testagem dos mate-riais, o desenho de um plano de imple-mentação e da avaliação. pág. 13

III Desenvolvimento e Pré-TestagemO plano de implementação deve conteratividades a ser realizadas, a distribuiçãoe a disseminação ou divulgação.pág. 23

IV Implementação e MonitoriaO desenvolvimento dum plano de implementação, incluindo um cronograma, o qual facilita a realização. pág. 29

V Avaliação e ReplanificaçãoA avaliação mede o impacto de uma iniciativa de comunicação usando algumponto de comparação. pág. 33

Vocês decidiram utilizar meios de comunicação nas suas atividades de combateHIV e SIDA – mas querem saber, como prosseguir?

5

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Os cinco passos do desenvolvimentode um programa de comunicação

© Johns Hopkins University, Moçambique

Pa

rtic

ipa

ção

CapacitaçãoQ

ual é

a s

itua

ção

a en

foca

r?

O grupo alvoaceita a mensagem?

Pesquisae Análise

DesenhoEstrategico

Desenvolvimento

e Pré-Testagem

Implem

entação e Monitoria

Avaliação e Replanificação

Qua

l é a

men

sage

mpa

ra a

ting

ir o

obj

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opa

ra u

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rupo

alv

o?C

om q

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que

rco

mun

icar

?

Como posso saber se tivemos sucesso?

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Passo I

Pesquisa e Análise

Apesquisa e análise são feitasde duas formas:

➚uma sobre a análise da

situação,

➚e a outra, sobre a análise de

grupos sociais e das

capacidades em comunicação.

Apesquisa deve ser entendida comoum processo sistemático de con-strução do conhecimento que temcomo metas principais gerarnovos conhecimentos, confir-mar ou refutar algum conheci-mento pré-existente.

Oconhecimento dos problemas, a determinação dasua gravidade e suas causas, devem estar basea-dos em informação demográfica, epidemiológica,sociocultural e económica, e nos resultados de estudos e evidências.

INSIDA –Inquérito Nacionalde Preva-lência,RiscosCompor-tamentaise Infor-mação sobre HIV eSIDA em Moçambique;Comportamento Sexualde Jovens e Adolescen-tes, Disponibilidade dePreservativos e dadosestatísticos do INE.

A análise da situação passa pela determinação da gravidade dos problemas edas suas causas. Em conclusão define-se o problema prioritário e as mudan-ças desejadas. Também identificam-se os fatores que dificultam ou facilitam aocorrência das mudanças desejadas. Aqui recomenda-se o uso duma pes-quisa formativa.

1) Análise da Situação

A pesquisa e a análise são as primeiras duas atividades adesenvolver antes de desenhar ou elaborar qualquer tipo de intervenção ou programa de comunica-ção. A sua realização permite opter o conhecimento da situação actual quais os problemas a resolver e aaproximação ao resultado desejado.

Qual é a situação a enfocar?

e suas causas

7

exam

plo

1.1.) Determinar a gravidade dos problemas

Identifica o problema

(Tuberculose) e oferecer uma

solução(Cartaz da

ECoSIDA 2012)

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Pesquisa é Análise Passo I

p.ex. violência

entre homen e

mulher

p.ex.: ausência

de dialógo aberta

dentro de

familias

p.ex. medo de ir

à consulta pré-

natal

p.ex. não

comunicar o

resultado de

teste HIV em

casais

problemaprincipal

problema 2

p.ex: fortalecer a

prevenção da

transmissção da

mãe para

bébé

p.ex. casais jovens

semi-

urbano

fortalecer o

diálogo aberto

entre casais e

familiares

promover conhecimento

sobre a facilidade de ir

às con-

sultas

problema 1

problema 3

soluções possíveispara o problema

envolver grupo socialafectado pelo problema

política nacional

Análise: Do problema à solução

da Situação

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1.2.) Definir o problema cuja resolução é prioritária

1.3.) Identificar os fatores que influemas mudanças desejadas

Neste processo deve-se, de forma participativa, identificar os desafios ouameaças socials, cultural e económica que os grupos sociais vão enfrentarao ter lugar a implementação do programa de comunicação; mais, deve-seter em conta

→ a experiência existente para a solução do problema, → os resultados alcançados, → constrangimentos e → lições aprendidas.

É importante consultar às comunidades sobre as barreiras e oportunidadespara a mudança social e de comportamento.

Pesquisa é AnálisePasso I

Definir o problema prioritário começa por explorar odesenvolvimento de diversos problemas a resolver,até identificar o problema prioritário. Em seguida,procurar as características do problema selecio-nado, a sua importância na ordem de atendimentode problemas já identificados. Posto isto, fazer a jus-tificação do problema seleccionado em termos dasua urgência, vulnerabilidade e espaço ou lugar queocupa na situação política nacional. Por fim, apontaras consequências do problema e as pessoasafectadas (p.e. crianças, jovens, adolescentes, mul-heres grávidas, trabalhadores entre outras).

Depois da identificação do problema principal, as soluções podem ser desenvolvidas consultando os grupos alvo.

Processos Participativos

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Pesquisa é Análise Passo I

ExEmPlOs DEgruPOs sOCIAIs

QuEstõEs PArA AvAlIAçãO DEnECEssIDADEs DE COmunICAçãO

A InClusãO DOsgruPOs vulnErávEIs

!?! Indivíduos com com-portamento de altorisco: trabalhadoresdo sexo e seus clien-tes, adolescentes e jo-vens dos 15 aos 24anos, transportadores,pessoas com deficiên-cia, prisioneiros dascadeias e emigrantes

!?! Serviços de saúde:enfermeiros, farma-cêuticos, serviços so-ciais

!?! Políticos, régulos, líderes comunitáriose líderes religiosos

!?! Atores resistentes ouoponentes à mu-dança e à implementa-ção do programa decomunicação

!?! Comunidades, fa-mílias e indivíduos daszonas urbanas e rurais

!?! Entidades singularesou colectivas com experiência demeios de comunicação

√Há serviços de comunicação disponíveis?

√Há equipamento apropriadopara realizar o programa de comunicação?

√Quais são os media adequadospara o programa de comunica-ção?

√ Existe pessoal preparado ou trei-nado para o trabalho de campo?

√ Existe vontade política para implementar o programa de comunicação?

√Há ONGs, associações ouredes sociais com capacidade de integrar a implementação doprograma de comunicação?

√Há atitude favorável na co mu -nidade para a implementação doprograma de comunicação?

√ Existe uma comunicação nacional para a política de desenvolvimento?

√ Existe dificuldade de muitas pessoas da comunidade alvo deacesso aos media modernos?

√Há fundos para suportar a imple-mentação do programa de comu-nicação?

¿ Nas diversas interven-ções de comunicaçãodeve-se ter em conta aexistência de pessoasportadoras de deficiência e níveisbaixos de alfabetização.  

¿ Há necessidade de considerar e facilitar aparticipação dos grupose pessoas consideradasde invisíveis tambémno meio da comunicaçãode massas.

¿ Nas comunidades encontramos todosaqueles grupos que sãosensivelmente maisvulneráveis a contrairo HIV e SIDA; por isso,deve ser nosso papeltrazer sempre a preocu-pação de consultar osgrupos vulneráveisnas pesquisas formativas e oferecermensagens seguras eefec tivas, respeitando acomunicação requeridapara estas pessoas sobforma de sinais, voz,vídeo e material impresso.

2) Análise de grupos sociaise das capacidades em comunicação

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Aanálise social e de comportamento compreendem uma avaliação do nível de con-hecimentos, crenças, atitudes, habilidades e comportamentos sobre o problemaidentificado. Perguntas chave podem ser: Quais são as percepções sociais, asnecessidades e as expectativas do Grupo Alvo? Para este fim, é importante utilizarresultados da pesquisa formativa e de outros estudos que mostram as caracterís-ticas demográficas, redes sociais, ou normas socioculturais, socioeconómicas.

2.1.) realizar uma análise da

2.2.) realizar uma análise social e de comportamento

Aanálise da participação e alianças éum processo que inclui a identificaçãode diversas organizações, grupos sociaise indivíduos, associações, instituições dosector público e privado a envolver naplanificação e implementação deum programa de comunicação.

Arespeito de cada envol-vido no programa de co-municação, deve-se fazer adescrição  da  sua  missão,seus recursos, experiências, seu enqua-dramento institucional, localização, mo-tivação para o êxito na implementaçãodo programa de comunicação.

Finalmente, deve-se identificar as forças sociais que possam contribuir para influenciar a política de desenvolvimentoe fortalecer as iniciativas de comunica-ção.

Ato

res

Ch

ave

As

tare

fas

A id

enti

dade

do

gru

po A

lvo

As

influ

ênci

as2) Análise de grupos sociais

e das capacidades em comunicação

Pesquisa é AnálisePasso I

Desenho Estratégico

Líderes

Técnicos

Técnicos

Parceiros

Parceiros

Implementadores

Entidades de Política

FormadoresEstudantes

AtivistasGrupo

 Alvo direto

… indireto

Familiares doGrupo Alvo

Grupos Alvo

Desenvolvimento

Impl

emen

taçã

o Atividade

Monitoria

Diagramade Atores

A análise de grupos sociais e capacidade em comunicação permite identificar o grupo alvo e os atores principais, a sua participação na implementação das mudanças e as necessida-des de capacitação para uma efetiva implementação do programa.

participação e alianças

O tronco da árvorede atores simbolizao processo do pro-grama de comuni-cação. A influênciados atores nos bra-

ços de arvores ésimbolizada pela

distância ao tronco.

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Para fazer a pesquisa formativa, há uma cadeia de métodos e técnicas na áreada comunicação. A escolha de métodos de pesquisa para programas e ativi-dades de comunicação depende do propósito da própria pesquisa. Por isso,o primeiro passo é definir o objetivo da pesquisa. Em função das suas ca-racterísticas, os métodos de pesquisa podem ser qualitativos e quantitativos.

Os métodos qualitativos de pesquisa sãoaplicáveis para pequenas amostras, permi-tindo ao pesquisador estudar com profun-didade assuntos seleccionados (casos oueventos), recolher informação através daobservação directa. Durante a pesquisa háinteracção entre facilitadores e partici-pantes/audiência alvo. Mais, estes méto-dos permitem captar as emoções, linguagem, sentimentos, percepções, atitudes, crenças, valores, barreiras,decisões, hábitos e motivações dosparticipantes. Finalmente, eles permitemtambém apreender ou captar palavras, fra-ses e conceitos envolvidos nos comporta-mentos dos participantes, assim comoexperiências existentes de sucesso em ter-mos de mudança de comportamento.

Os métodos quantitativos

de pesquisa são aplicá-veis para grandes amo-

stras; eles procuramestabelecer a relaçãoentre as variáveis e suasocorrências, usando esta-tísticas para sintetizar e comparar dados. Eles co-locam ênfase sobre os re-sultados, fazendo grandesgeneralizações paragrandes populações ouaglomerados. Documen-tam normas, habilidades,crenças e atitudesligadas a determinadoscomportamentos.

12

Pesquisa é Análise Passo I

A análise da situação, dos grupos alvos e das capacidades da comunicação deve ser baseada numa pesquisa for-mativa. Esta permite a compreensão do desenvolvimento e impacto

do problema a ser resolvido, dos grupos mais afectados, do contextocultural que influi no comportamento, das politicas e programas

existentes, das organizações ativas, e dos espaços e vias de comuni-cação existentes bem como da disponibilidade de recursos afins.

2.3.) realizar uma pesquisa formativa

técn

icas

da

Pes

quis

a Fo

rmat

iva

recursos humanos recursos financiais

organizações

programas existentes

politica existente comportamentocontexto culturalgrupo alvo

grupo mais afectado

2) Análise de grupos sociaise das capacidades em comunicação

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→ da situação, → dos grupos sociais, → das capacidades da comunicação e, → do problema que se difiniu no Passo I.

Este exercício parte da análise

Os objetivos de comunicação definem resultadosesperados. Mais, eles indicam as mudanças espe-radas ou desejadas em matérias de conhecimentos,atitudes e comportamentos de vários grupos parti-cipantes do programa.

Qual é a mensagem para atingir o objetivo para um grupo alvo?

O desenho estratégico é a determinação progressiva de um con-junto de atividades. Esta estratégia mostra, como envolver o grupoalvo e outros atores, como planificar e implementar um programa de comuni-cação. O desenho estratégico inclui a definição de objetivos de comunica-ção, a selecção do grupo alvo e desenvolvimento da primeira mensagem,a definição de espaços e meios de comunicação, a escolha de parceiros, aprodução e a pré-testagem dos materiais de comunicação, o desenho de umplano de implementação, a monitoria e a avaliação.

13

Passo II

Desenho Estratégico

1.) Estabelecer objetivos da comunicação

mensagem(rascunho)

No processo de planificação e implementação de programas de comunicação, uma das primeiras tarefasa realizar é a definição de objetivos. Nesta base defi-nem-se os comportamentos que se desejam mudar.

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Deve-se definir o objetivo da comunicação de forma simples, directa e objetiva, e estabelecer o período de tempo da sua ocorrência ou verificação.

Exemplo: Aumentar percentagem de mulheres grávidas que vão às consultas pré-natais e a ATS em 18 meses. 

Exemplo: Aumentar até 65% o número demulheres grávidas dos 15 aos 24 anos que vãoàs consultas pré-natais e a ATS em 18 meses.

Exemplo: Aumentar até 65% o número de mulheres grávidasde 15 aos 24 anos que vão às consultas pré-natais e a ATSnos hospitais rurais moçambicanos em 18 meses.

Exemplo: Aumentar até 65% o número de mulheres grávidas daZona Norte de Moçambique, de 15 a 24 anos, que vão àsconsultas pré-natais e a ATS nos hospitais rurais em 18 meses.

Exemplo: Aumentar até 65% o número de mulheres grávidas da Zona Norte de Moçambique,de 15 a 24 anos, que vão às consultas pré-nataise a ATS em 18 meses de 2014 a 2015.

Uma ferramenta útil para definir os objetivos

é a análise SMART

14

Desenho Estratégico Passo IIAnálise SMART

simples e Específicos

Deve-se expressar e quantificar o que se pretende atingir com o programa de comunicação de modo a permitir a medição dos seus resultados.

mensuráveis e significativos

Os resultados devem estar ao alcance do grupo alvo, outrosparticipantes e implementadores dentro do período estipu-lado e nas condições existentes.

Atingível

Os objetivos devem ser os mais desafiadores possíveis, embora possíveis. Só assim teremos motivação suficiente para os conquistar.Quem os define, e assume, deve ser responsável pela conquista dosmesmos, não carecendo de estar dependente de fatores externos.

realístico

Período em que ocorre a implementação do programa de comunicação. t empo: Período de tempo definido

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Ogrupo primário é o que influ-encia o grupo secundário, criando um ambien te susten-tável para a sua ve ri ficaçãoou ocorrência. O secundário éo grupo que vai sofrer influên-cia directa do grupo primáriopara a mudança de compor-tamento desejado.

Uma análise com participantespara identificar a segmenta-ção dos diferentes atores deuma comunidade localizadadeve ser apoiada em diversosdados que ajudam a envolverdiferentes categorias de pes-soas. Esta segmentaçãopode ser:

→ demográfica (dadossobre idade, sexo, emp-rego, rendimento, residên-cia - rural ou urbana, entreoutros),

→ etnográfica (dados sobretraços culturais) e

→ psicográfica (dadossobre estatuto social, estiloe nível de vida – classesalta, media e baixa, mulhe-res oprimidas e marginali-zadas, ricos, pobres…).

Desenho EstratégicoPasso II

2.) Seleccionar o grupo alvo

ExAmPlO: grupos Alvo

implementadores: mensagem trocada

gru

po A

lvo

–2

° g

rau

gru

po A

lvo

–1

° g

rau

É importante decidir qual o grupo alvo a alcançar para oqual se desenvolve o programa de comunicação, facto que vaifacilitar a definição do grupo de indivíduos cujo comportamentoseja de interesse para o programa. Isto requer conhecimentosobre a distinção de dois grupos: o primário e o secundário.

Com quem quer comunicar?

p.ex. professores – pais – formadores

p.ex. alunos – jovens – estudantes

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Quanto ao sentido, a mensagem é dirigida para um determinado grupo alvo. Masse o objetivo do programa é a mudança dum comportamento, a mensagem devei n c o r p o r a rmaneiras eex pe riên ciasde estar jáex i s te n te s .Ten do isto emlinha de con -ta, uma escol -ha dam e n s a g e mpa ra a novasitu ação po deser feita entrediferentes ti -pos de men-sagem que aseguir sãoa p r e s e n t a -dos.

É importante evitar que o desenvolvimentoda mensagem desemboque numa estig-matização e discriminação. Há umoutro perigo que se deve anotar – a tradu-ção das mensagens da língua oficial paraas línguas locais. Nestes casos, reco-menda-se que os participantes locais pro-duzam a tradução.

Amensagem deve, sim, estimular discussão eacção para a mudança, evi-tando criar conflitos no seiodo grupo alvo e das comuni-dades afins, respeitando asnormas, os valores e a cul-tura locais.

3.) Desenvolver a primeira mensagem

sentido da mensagem

(rascunho)

♥ Mensagem emocional (amor, medo, segurança)

+ Mensagem positiva (mostrar soluções) age contra umamensagem negativa ou péssima

Ø Mensagem para o grupo (não só para um indivíduo)

☺Mensagem humorística

☝ Mensagem com conclusão definitiva

❐Mensagem repetitiva (repetir com palavras diferentes) :

⚛… ou uma mensagem, que combine vários desses

elementos.

A mensagem tem uma ligação forte com os problemas iden-tificados, os objetivos definidos, o grupo primário para o

qual é dirigida a mensagem e as mudanças desejadas. O de-senvolvimento da primeira mensagem (rascunho) respeita

dois aspectos: o conteúdo e o sentido.

16

Desenho Estratégico Passo II

Exemplo:“Quem ama protege seu Bebé”

Exemplo: „Eu fico negativo“

Exemplo: „Não quero ser orfão – país, cuidem de nos“

Ex.: „Aconselho ela a procurar o PTV …Venha ao Programa PTV“

Exemplo: „Sabes, quem foi a ex-namorada do seu ex-namorado? – O preservativo da segurança.“

Ex.: „Cada um de nós pode ser positivo. Não à discriminação“

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Assim, a mensagem ao tocar naconsciência das pessoas, devemostrar que o benefício damudança desejada pelogrupo alvo é este ou aquele.Não se trata de um custo fi-nanceiro ou material, mas, simde um valor emocional quemuitas das vezes é enorme.Desenhar a correcta mensa-gem é um dos pontos chave edeve ser feito com toda perfei-ção (tomando tempo, usandoconhecimento…).

17

3.) Desenvolver a primeira mensagem

Conteúdo da mensagemEm termos de conteúdo amensagem deve responder àsseguintes questões básicas:

√ O quê? E Porquê?– nas respostas a estas duas perguntas, a mensagem deve conter o que se pretende mudar e por que o grupo alvodeve adoptar essas mudanças.

√ A Onde? Quando? E Como?– nas respostas a estas três perguntas, a mensagem deve apontaronde se pretende ver a mudança, o mo-mento e a forma que isso vai tomar parase obter o resultado recomendado.

Desenho EstratégicoPasso II

„Andar fora“ em Xangana é „kufamba hadlhe“. Quanto ao sentido, esta mensagem não significa ternecessariamente múltiplos parceiros sexuais e muitomenos ter relações sexuais desprotegidas.

O que quer comunicar?

Mensagem repetitiva

exam

plo

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4.) Determinar espaços, meios de comunicação e parceiros

Desenho Estratégico Passo II

tEAtrO COmunItárIO é uma iniciativa de comunicação baseada na comunidade feita pelo Grupo de Teatro Oprimido (GTO),usando uma abordagem chamada teatro do oprimido. A estratégia,

foi elaborada por Augusto Boal, percursor do Teatro Brasileiro nos anos1960.Teatro comunitário refere-se ao desempenho teatral interactivo desenhadopara audiências das comunidades urbanas e rurais. Este teatro tem comoobjetivo transmitir assuntos específicos por exemplo sobre HIV, saúde,nutrição, educação, protecção e outros assuntos sociais. Os grupos usamuma abordagem participativa preparada para atingir comunidadesurbanas e rurais com o objetivo de transmitir normas sociais que influenciam a capacidade das pessoas para experimentar ou adoptar mudança positiva de comportamento do individuo. Os grupos teatraisfazem drama e convidam a audiência a participar activamente como atores. Isto provoca debates e assim consciência ao seio do grupo alvo. Em 2011, com apoio da UNICEF, aproximadamente 184,000 pessoas em75 distritos e 275 localidades foram visitadas três vezes pelo GTO.

O CInEmA PArtICIPAtIvO é um método de envolver o grupo alvo tanto naprodução de filmes como na estreia. As historias do série „Peixe Peixe“ foram desenvolvido e produzido em conjunto com jovens. Isto motivou os jovens de pensarsobre situações e hábitos de risco. A participação e o sucesso desse serie deTV criou uma grande iden ti fi cação dos jo-

vens involvidos com as mensagens. Também os filmes „teias de Aranha“ pelo realisador Sol de Carvalho foramdesenvolvido em conjunto com jovens. O filme é acompanhado pelo facilitadores. Durante a estreia, eles discutem com a audiência as açõesdos atores. Assim os jovens espetadoresestão motivados, para desenvolver solu-ções, como os protagonistas dos filmespodiam sair ou evitar situações dificeis.Estes debates levem os jovens a terideias para a sua própria vida.Estes filmes foram um projecto da cooperação alemã GIZ, apresentadodesde o ano 2008 em três províncias.

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plo

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acima: „Peixe Peixe“abaixo: „Teias de Aranha“

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Na comunicação podem ser utilizados os seguintes canais:

Numa campanha podem ser utilizados vários meios – porexemplo canais tradicionais para dar apoio às mensagenspassadas pelas rádios, ou debates públicas gravado para rádio.

√ Canais institucionais: Ministérios, Direcções Provinciais e Distritais, Sistema Nacional de Educacional (escolas), rede de ONGs e outros;

√ Canais Mass-Media: Meios como rádio, televisão, internet, imprensa e outros;

√ Canais tradicionais e socioculturais: Interpessoal(Diálogo comunitário): régulos, líderes religiosos,intelectuais e outras pessoas influentes; festivais e celebrações de baptismos, casamen-tos, teatro, sessões de cinema comunitário,dança, visitas domésticas, mercados e redes informais de vizinhos entre outras iniciativas.

A passagem de uma mensagem utiliza vários canais onde osmeios de comunicação ajudam a transportar a mensagem.

19

4.) Determinar espaços, meios de comunicação e parceiros

Desenho EstratégicoPasso II

CInEmA COmunItárIO é uma estratégia implementada por umaequipa de mobilizadores comunitários, treinados pelo Instituto de Comuni-cação Social (ICS) para transmitir informação e mensagens vitais por exem-plo sobre os direitos da criança, saúde e educação a grupos vulneráveis emcomunidades remotas.A unidade móvel está equipada para apresentar produções audio-video agrandes audiências. A apresentação de filme é um ponto de partida paraenvolver comunidades em debates participativos, ao mesmo tempo que opessoal treinado, a equipa da clinica ambulante e ONGs locais dão aconsel-hamento e serviços de testagem gratuitos e voluntários.Desde 2007, com apoio da UNICEF, as unidades móveis do ICS escalaramcerca de 75 distritos prioritários e 190 localidades, em 8 das 11 provínciasde Moçambique. Até hoje, mais de 8 milhões de pessoas participaram emsessões audio-visuais e discussões da comunidade, examinando assuntossobre direitos da criança, promovendo a educação das raparigas, sobrevi-vência e desenvolvimento da criança (amamentação e HIV, prevenção damalaria, a prevenção da violência e cólera).

Comunicação

de Mudança

de Comporta-

mento não é

„passar uma

mensagem”,

mas des -

envolver um

diálogo entre

os membros

do grupo alvo

e assim de

provocar um

desenvolvi-

mento.

exam

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20

Autilização de diferentes canais pode criar a possibilidade de cooperar comdiversos parceiros, e dar uma forte coerência ao programa de comunicação.A escolha de parceiros como ONGs, Ministérios, implementadores nacio-nais e internacionais e agências de marketing ou publicidade deve ter em contaa sua integração em todo o processo de desenvolvimento do programa bemcomo as capacidades dos parceiros para as áreas da sua especialidade.

InSTITUCIOnALCAnAL:

VA

nTA

gE

MD

ES

VA

nTA

gE

M

MEDIA TRADICIOnAL E SOCIOCULTURAL

– Estruturada– Rede estabilizada – Hierarquia 

– Conotação política– Burocracia– Mudanças na administração 

– aproxima muitas pessoas, atraente

– variação dos meios– comunicação emocional 

– falta certeza de aproximar grupo alvo 

– alto grau de profissiona-lismo/técnica, caro

– toca o grupo alvo no lar ouna comunidade

– meios baratos 

– difícil a controlar– de manipulação

vantagens e Desvantagens de cada canal de comunicação

Desenho Estratégico Passo II

ráDIOs COmunItárIAs ou de es-cola tem como objetivo reforçar a com-ponente extra-curricular através dacriação de clubes escolares sob super-visão do director da escola com envol-vimento dos professores e ativistas: OMinistério da Edu cação, em parceriacom a RENSIDA, Rádio Moçambique,N’weti e UNICEF têm continuado a ex-pandir o seu programa nacional sobre Habilidades para a vida.

Uma componente é sobre a prevenção de HIV comunicação para geraçãodos 10 aos 14 anos de idade, e inclui uma componente de rádio e escola. Em 2011, o programa de consciencialização nas escolas atingiu em todo oPaís mais de 2 000 escolas em 79 distritos, envolvendo 1 400 000 crian-ças. Clubes escolares ligados aos clubes da Rádio estão paulatinamentesendo criados em todas as escolas selecionadas para o efeito.

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plo

4.) Determinar espaços, meios de comunicação e parceiros

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A monitoria faz o acompanhamento das atividades do planode comunicação. A monitoria fornece informação que permitedetectar os pontos fracos e fortes da implementação, identifi-car as dificuldades e solucioná-las atempadamente sem comprometer os resultados definidos. A monitoria permite também um diálogo permanente com o grupo alvo e outros atores participantes durante o processo de implementação das atividades de comunicação.

Aferramenta chave da monitoria é o cronograma de atividades que mo-stra quando e por quem aquelas atividades devem ser realizadas. É impor-tante desenvolver indicadores e identificar as fontes de verificação paramonitorar com facilidade a implementação do programa de comunicação.

21

5.1.) A monitoria

A avaliação faz a verificação dos resultados das atividades O objetivo principal da avaliação é verificar se os objetivos foram cumpridos, se os processos ou estratégias de implementação foram adequados e, finalmente, verificar se os resultados definidos foram atingidos. Pela ava-liação deve se recolher os dados, fazer comparação entre a situação ANTESda sua implementação das atividades de comunicação e a DEPOIS.

Para analisar a situação anterior e posterior da implementação das atividadesde comunicação é necessário considerar indicadores previamente estabelecidos para facilitar a monitoria.

Éimportante notar que nesta fase hánecessidade de pensar sobre as

formas de avaliar os objetivos, o processo e os resultados do pro-grama de comunicação. No final, de-viamos ser capazes, de responder àpergunta, como é que podemos averiguar se a mudança ocorreu gra-ças à nossa intervenção e não a outrosfatores externos. A avaliação pode serfeita interna ou externamente, cooperando com parceiros es pe cia li - zados em matérias específicas dedesenvolvimento da comunicação.

5.2.) A avaliação

Desenho EstratégicoPasso II

SITuAçãO: falta de comida

PROBLEMA: Fome

ATIVIDADE: Plantar um arvore de frutas

OBJETIVO: não ter fome

SuPORTE: terreno, áqua, semente

RESuLTADO ESPERADO: barriga redonda

INDICADOR: frutas crescem na árvore

Chega a nossa intervenção para atingir o objetivo?

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Desenho Estratégico

Exemplosde vários materiais de comunicação

para uma campanha coordenada

Passo II

A Campanha „Janela de Esperança“ usa varios canais: cartazes, spots de televisão, camisas…

22

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Passo III

Desenvolvimentoe Pré-Testagem

Aescolha de canais e meios de comunicação deve ser feitaantes da produção de material de comunicação. Cadameio tem a sua própria abordagem de produção. Deve-se desenhar um plano de trabalho onde são lançadas as atividades e os seus respectivos prazos de produção.

Contudo, para facilitar este exercício, deve-se ter previamente informação disponível sobre (ver Passo II):

☞ Quantidades de materiale custos

☞ Acesso do grupo alvo àcomunicação

☞ Meios e canais de comu-nicação abrangentes

☞ disponibilidade de ca-nais adequados ao grupoalvo.

☞ Mobilização de fundos para os canaisde comunicação

☞ Tecnologia ou programas de computa-dor melhor usada e eficiente – em casode produção de material gráfico

☞ Considere a utilização de vários canaiscom a mesma mensagem ou com men-sagens, que fazem refêrencia entreeles para a mensagem ser reconhecido.

No plano de implementação deve também constar quem vai ser respon-sável pela realização das diversas atividades, a indicação de prazos e quemvai coordenar a gestão de todas as atividades do programa.

O plano de implementação deve conter basicamente atividades de comunicação a serem realizadas, incluindo as de

➚ monitoria e avaliação,

➚ capacitação,

➚ distribuição de materiais,

➚ procedimentos para a disseminação de mensagens.

23

1) Elaborar o plano de implementação

O grupo alvo aceita a mensagem?

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Os medias em moçambique

Desenvolvimento e Pré-Testagem Passo III

Em Moçambique, a rádio é o mass media com a maior cobertura em todas as províncias. Para além da Cidade deMaputo, a rádio é o único canal que pode veicular ou transportar

mensagens bem elaboradas em línguas locais, facto que é crucial em Moçambique, uma vez que só um em cada 17 moçambicanos (6%) da popu-lação fala Português como primeira língua, e menos da metada da popula-ção (44%) fala português como segunda língua (Instituto Nacional de Estatística,

Censo de 2007).A grande maioria dos Moçambica-nos (aproximadamente 80% da po-pulação) acompanha programastransmitidos através de 11 filiais oudelegações em 21 línguas, enquantoa rede com mais de 70 rádioscomunitárias produz conteúdo localnas pequenas cidades e comunida-des rurais. De acordo com o estudode 2006 da Iniciativa Africana deDesenvolvimento dos Media, quasetodos (91%) da populção urbanaouvia rádio sete dias por semana.

Embora a posse de televisão tenha crescido especialmente nas áreas urbanas, ainda é limitada a nível nacional (10% – um em cada dez Mo-çambicanos, de acordo com o estudo do Ministério do Plano e Desenvolvi-mento chamado Pobreza e Bem Estar em Moçambique, Terceira AvaliaçãoNacional da Pobreza, 2010) e permanece ainda fora do alcance da maioriados Moçambicanos. A televisão é extremamente cara, especialmente paraproduzir programas de longa-metragem sobre entretenimento e educação.

Folhetos e cartazes servem bem como acompanhamento de outros meiosde informação. Um cartaz deve dar uma informação breve, enquanto um fol-heto pode aprofundar a informação. Materiais impressos podem tambémexplicar produtos ou informações complexas. Estes não servem para comu-nidades com lacunas na alfabetização. Constate-se, que muitas linguas lo-cais não podem ser entendidas quando escritas. A rádio comunitária nestescontextos revela-se o meio de comunicação mais adequado.

Cada vez mais utilizado, ostelemóveis e o internet jáganhe mais importância

como meio de comunicação

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Desenvolver material de comunicação eficiente não é tão fácil; há muitos erros que são regularmente cometidos tais como:

Uma vez escolhido um ou mais meios de comunicação, inicia odesenvolvimento do material de comunicação. É importantefazer escolhas do uso do material a ser produzido até saber seo material inclui ou não a componente de entretenimento.

3) Desenvolver material de comunicação

Desenvolvimento e Pré-TestagemPasso III

25

✗ Falta de distinção entre arealidade e as prováveis soluções;

✗ Utilização de ilustraçõesdifíceis de perceber;

✗ Utilização de palavras ou linguagem não entendida;

✗ Falta de utilização de tipo de linguagem adequadapara pessoas portadoras de deficiência.

✗ Inclusão de maisinformação na mensagem;

✗Desenvolvimento de men-sagens e material menosatraente para o grupoalvo;

✗ Utilização de sinais quepodem não ser entendidosou ter uma outra percepção que esperado(cruz, seta, ler da es-querda para a direita, sen-tido simbólico de côres,padrões das roupas daspessoas);

Para confirmar, se os ca-nais atingem o grupoalvo, devia-se fazer umapré-testagem do ma terialde comunicação seja eleimpresso, televisivo,radiofónico ou eletró-nico durante o processodo seu desenvolvimento,envolvendo sempre ogrupo alvo e outros parti-cipantes.

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Asegunda, trata de pre-parar questões, instru-mentos e treinarentre vistadores atem-padamente de ma-neira a que as sessõesda pré-testagem se -jam conduzidas unifor-memente, e se consiga abarcar os mesmosassuntos para todos aqueles que responderemàs questões. Em geral as questões devem cobrir:

√ Atratividade

√ Compreensão e consideração dos aspectos culturais

√ Aceitabilidade

√ Envolvimento das pessoas para acção

√ Sugestão para mudanças

4) Desenvolver a Pré-Testagem

Desenvolvimento e Pré-Testagem Passo III

Só um pré-teste pode confirmar, se a nossa mensagem é ententida e assumida pelo grupo alvo. O profissional da comunicação deve seguirduas regras básicas para pré-testagem:

Aprimeira, trata depré-testar materiaiscom um grupo departicipantes doprograma de comu-nicação, seleciona-dos na base dasseg mentações de-mográfica, etnográ-fica ou psi cográfica(Passo II).

A pré-testagem serve para avaliar o material de comunicação, os conceitos ou mensagens antes de serem produzidos na sua

forma final. É muito importante fazer a pré-testagem porque senão for realizada, corre-se o risco de não obter os

resultados desejados do programa de comunicação.

Exemplo: „Em que é que os senhores pensam quando lêem esta frase?“

Exemplo: „Esta mensagem está sugerindo que vocês façam alguma coisa? O quê?“„Para quem esta mensagem é dirigida? A quem ela quer atingir?“

Exemplo: „Vocês acham que esta mensagem pode ser usada numa campanha que leveas pessoas a mudarem de comportamento sexual?“ | „O que vocês acham que deveriaser feito para que esta mensagem seja percebida por todas as pessoas (exemplos)?“

Exemplo: „Se vocês virem esta mensagem escrita num cartaz, na Televisão ou se a escu-tarem no radio, o que lhes vem à mente? O que ela quer dizer para vocês?“

Ex.: „Vocês gostam desta mensagem? Se sim ou não, porquê?“  |  „Vocês acham queesta mensagem tem alguma coisa a ver com o sexo? Se sim, porquê? Se não, porquê?“

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Perguntas de Pré-teste

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4) Desenvolver a pré-Testagem

Desenvolvimento e Pré-TestagemPasso III

Depois de recolher as respostas dos entrevistados, o passo seguinte na pré-testagem é analisar os resultados. Esta aná-lise pode levar a alterações do material da comunicaçãoantes da sua forma final.

Na base dos resultados da pré-testagem, faz-se a devida alteração, correcção,esclarecimento e modificação de alguns aspectos a fim de melhorar a formafinal dos materiais. Concluído este passo, volta-se a fazer uma nova testa-gem para a versão final dos materiais.

Um factor chave na produção do material é o financeiro.

5.) Mobilizar fundos

Sempre que arranca um programa de comunicação, há muitas inquie-tações a volta do assunto para responder às seguintes questões:

¿?Quais são os fundos parao programa?

?¿Existem parceiros quedarão ajuda financeira?

¿?Qual é o custo da interven-ção? Recolha das informações nas rádios,televisões, produtoras, re-prografias, gráficas.

?¿ Quais são os custos dadistribuição?

¿?Temos fundos para finan-ciar o processo de monito-ria e avaliação ou temosrecursos para fazer amonitoria e a avaliação sózinhos?

?¿Existem fundos para re-crutamento do pessoalquando for lançada a cam-panha abrangente que inclui vários meios porexemplo em eventos comoos Jogos Africanos?

Recursos – Produção – Distribuição

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2828

√Ao nível de uma pequena associação, sem grandes recursos (humanos, fi-nanceiros e materiais), propõe-se a contratar uma agência ou um proffisio-nal, combinado com a capacitação do pessoal.

Exemplode um plano

de implementação e cronograma

Implementação e Monitoria Passo IV

num cronograma de atividades é essential definir:

☞QUEM é responsável☞QUE atividade deve ser realizada

☞ de QUANDO até Quando (harmonizado com as outras

atividades da programa e com a disponibilidade de

recursos)

☞ QUAL é a relação com as outras atividades e com o

objetivo da programa?

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O profissional de comunicação, para elaborar um plano de imple-mentação, vai colocar todas as atividades num cronograma. O re-sultado deste exercício inclui atividades de comunicação, atividadesde monitoria e avaliação do plano, programa de formação, atividadesde implementação e de seguimento do plano de formação, distribui-ção dos materiais e procedimentos de disseminação da mensagem.

Passo IV

Implementaçãoe Monitoria

√Integrar o trabalho de vá-rias instituições do sectorpúblico e privado debaixoduma estrutura de coorde-nação, permitindo a cadainstituição tomar iniciativasconforme o plano geral edentro da sua capacidadeou responsabilidade.

√Institucional: Designar uma insti-tuição ou organização existentepara realizar a tarefa ou criar umanova estrutura ou unidade (adminis-trativa) com capacidades e recursosnecessários para atividades de co-municação.

√Contratar agências depublicidade do sector pri-vado para rever as estraté-gias, fazer pesquisa,desenvolver materiais depré-testagem e monitoria.

Oplano de implementação deve mencionarquem é responsável do programa no geral equem vai liderar a gestão das atividades espe-cíficas. Geralmente há três opções de imple-mentação principais:

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1.) Plano de implementação

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Uma vez elaborado o plano de implementação, este deve ser pro-duzido e disseminado para todas as partes envolvidas e interes-

sadas no programa. Dependendo do volume do trabalho dedisseminação, há espaço para contribuição dos parceiros (ONGs, Governo,pessoas influentes do nível local, porta-vozes da comunidade, meios decomunicação e empresas privadas).

1.1.) Disseminação do plano de implementação

Capacitar facilitadores e trabalhadores do campo e essential. Isso inclui pla-nificar processo de forma ção/capacitação, devendo começar a capacitaçãopelos facilitadores, com foco no des en vol vi mento da capacidade institucio-nal, trabalho de equipa e habilidades individuais.

1.2.) Capacitação do pessoal

Outra atividade é mobilizar participantes chaves onde é necessário partilhar informação, resultados e reconhecimento do programa entre co-munidades e outros intervenientes, mantendo-os motivados para alcançaros objetivos estratégicos.

1.3.) mobilização dos participantes

Implementação e Monitoria Passo IVex

ampl

o

Material educativo – informação de suporte sobre lugares de risco e de saúde

para desenvolver estrategias, onde intervenir em Manica (GIZ 2012)30

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Amonitoria é uma forma dos projetos fazerem uma auto-avaliação, para trazer evidência sistemática do quadro equalidade do progresso interno do trabalho. É, pois, um pro-cesso centrado nas pessoas, envolvendo cada vez mais no pro-cesso os participantes do programa, parceiros e aliados.Mais, partilhar informação da monitoria pode motivar pessoas a continuara adaptar novos comportamentos. A monitoria capta aspectos de logística,ocorrência de atividades, reacções a atividades e mudança de comporta-mento de uma iniciativa da comunicação.

Neste processo, deve-se produzir esta-tísticas p.ex. sobre: quantas vezesum spot de rádio foi emetido, realizarinquéritos, reunir grupos focais, fazerobservações e outras técnicas que per-mitem quantificar. A monitoria pode,assim, permitir ajustar o programa fa-zendo utilização dos seus resultadospara fazer correções e ajustes durantea implementação das atividades dosmateriais e processos em curso.

Amonitoria serve também como evidên-cia para os parceiros e doadores doprograma.

√Atividades estãosendo de acordocom plano.

√Materiais, formaçãoe componentes pre-liminares estãoprontos/prepara-dos.

√m e n s a g e n sestão atingindo osparticipantes alvos.

√Atividades de comu-nicação e mensa-gens estãomudando o com-portamento na di-recção desejada.

√Atividades de comu-nicação, mensa-gens e estratégiasque não produzamreacções negativasou inesperadas.

2.) Implementar a monitoria

Implementação e MonitoriaPasso IV

Monitorar um programa da comunicação é dar evidências aos comu-nicadores sobre que:

31

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Exemplos

Cooperação: informação sobre HIV e

SIDA integrado num meio prático, uma

mapa de Maputo para turistas com

agenda cultural, integrando atividades

de ativistas de HIV. Desenvolvido em

conjunto com empresas privadas e a co-

operação internacional, que contribuem

para os custos e a distribuição.

(CNCS / GIZ 2011)

Campanha de cartazes e folhe-

tos (ECOSIDA 2012)

Exemplosde materiais de comunicação

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A avaliação mede o impacto de uma iniciativa de comunicação usando algum ponto de comparação.

Passo V

Avaliaçãoe Replanificação

Émuito comum, a medição ocorrer antes e depois de uma comunicação oumelhor durante a intervenção. Ocorre entre grupos de participantes, expos-tos ou não expostos à comunicação. O objetivo da avaliação é trazercredibilidade para a metodologia, estratégia, atividades e recursosutilizados no programa de comunicação, mostrando se teve algum impactosignificativo. Os resultados da avaliação também ajudam os intervenientesa decidir se repetem, expandem ou revêem uma determinada intervenção.

33

1.) Avaliação

Como posso saber, se tivemos sucesso?

A avaliação do processo documenta o  tipo deeventos  programáticos  e  o  seu  sucesso.  Osdados da monitoria são recolhidos e usados du-rante que o programa é implementado. Osdados da monitoria são registados a  todos os níveis para melhorar o desempenho. Por outrolado, os dados do processo da avaliação ajudamos tomadores de decisão a interpretar os resul-tados finais e do impacto para uma posterior pla-nificação.

AAvaliação do impacto tentaestudar efeitos do programaa curto ou médio prazo. En-quanto a avaliação dos re-sultados  põe  ênfase  nosseus  efeitos  a  longoprazo.O objetivo de ambos,avaliação do impacto e dosresultados  é  documentarcom  dados  sistematica-mente recolhidos até alcan-çar  os  objetivos doprograma e ajudar os toma-dores  de  decisão  a  deter-minar as funcionalidades. 

Aavaliação de impacto medeefeitos  imediatos  de  umprograma e/ou suas diver-sas  componentes,  geral-mente  focando  mudançascomportamentais  contidasnos seus objetivos. 

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Avaliação

Os resultados Esperados

Os Indicadores

Avaliação e Replanificação Passo V

AAvaliação dos resultados é a pesquisa designada paradocumentar a contribuição de um programa de comu-nicação ao longo prazo. O seu foco primário recai sobremudanças no estado de saúde, alcançado por participan-tes alvos e outros indicadores de qualidade de vida que acomunicação aponta. Estas mudanças podem ser reduzi-das a indicadores tais como ➚ número de pessoas formados,➚ frequência do uso do preservativo,➚ quantidade de produtos

Os resultados esperados devem ser quantificados e fazer partedo plano da implementação do programa de comunicação deforma a permitir, mais tarde, a apreciação do cumprimento dasatividades do programa. No caso da saúde, o seu foco primáriorecai sobre as mudanças no estado de saúde alcançadopor participantes e outros grupos alvos, demonstrado por in-dicadores de qualidade de vida que a comunicação aponta. 

Para  a  selecção  de  indicadores  consideram-se  alguns critérios básicos tais como:

➚ Relacionar sempre os resultados aos objetivos imediatos;➚ Buscar sempre informação de suporte aos indicadores sele-

cionados para sustentar a sua relevância num quadro globalde desenvolvimento;

➚ Recolher informação ao longo doprocesso de implementação doprograma de comunicação;

➚ Para além da informação estatística, procurar agregaroutra informação sobre comporta-mentos a adoptar nas mudanças,principalmente sobre as atitudestomadas por pessoas que devemser mobilizadas para o efeito. 

Porque  muitos fatores fora docontrole do  pro-grama de comuni-cação vão tam bémafectar estes indi-cadores (p.e. pre-ços  de  cereais,desastres naturais,fracas col heitas), aava lia ção de re sul -ta dos  a  longoprazo  de  um pro-grama de comuni-cação  é  muitasvezes  conduzidano  contexto  detodo  o  programade avaliação.

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Acrónimos e Palavras Chaves

• Análise: pág. 7, 8, 10, 14 (SMART), 33

• grupo Alvo, grupos Sociais:pag. 8,9, 11, 12, 15

• HIV (VIH): Virús de imunodefi-ciência Humana.

• IEC: Informação, Educação, Comunicação; www.cncs.org.mz ➟ Material-IEC

• Monitoria: pág. 11, 13, 21, 27, 28, 29.

• Mudança de Comportamento:Mudanças ao nível dos com-portamentos, atitudes, compe-tências ou conhecimentos dosindivíduos ou grupos alvos eoutros atores;• Mudanças ao nível dos ambientes nos quais os indivíduos estão inseridos;• Mudanças estruturais dosprogramas (p.e. políticas naárea da saúde ou estabeleci-mento de uma rede de parce-rias para os programas dasaúde).• „Mudar de comportamento”não quer dizer, de trocar umcomportamento pelo ou tro. Énecessário de estabelecernovos valores e hábitos, quebaixam o impacto do comporta-mento arriscado, mas tambémusam os seus pontos fortes.

• Objetivo: pág. 13, 21.

• Participação / de forma parti-

cipativa: consultar os atoreschaves: o grupo alvo, p.ex. àscomunidades.

• Pesquisa: é um processo siste-mático de construção, que temcomo metas principais gerarnovos conhecimentos (evidên-cias). pág. 4, 7, 11, 12, 29, 34.

• Programas informáticos

(computador): • para tratar imagens: Photo-shop (caro), gimp, Picasa (le-galmente gratuito) • para layoute/grafismo: Pa-gemaker (velho, caro) Corel-draw (velho, caro), Indesign eQuarkXPress (caro), Publisher(faz parte do Microsoft Office),OpenOffice e Scribus (legal-mente gratuito).

• Processo: indica a ação de av-ançar, ir para frente e é umconjunto sequencial e particu-lar de ações com objetivocomum. Pode ter os mais va-riados propósitos: criar, inven-tar, projetar, transformar,produzir, controlar, manter eusar produtos ou sistemas.

• SIDA: Síndrome da imunodefi-ciência adquirida pelo HIV.

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Exemplosde materiaisde comunicação

Participação: Desenvolvimento

de canções junto a comunidade e

gravação em vídeo

(UNICEF / Positivo 2011)

Conjunto de canais: folhetos e

reportagens de filmes sobre nutrição

(Politécnica/DANIDA 2012)

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Exemplosde materiais

de comunicação

Cartazes contra

violência domestica,

Albúm seriado sobre

TARV (JHU 2011/2012)

Cartaz

infor-

mativo

(GIZ

2012)

Cartaz participativo:

coleção de ideias

de participantes

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(Logos�de�Deutsche�Gesellschaft�für�Internationale�Zusammenarbeit�-�GIZ,�USAID�/ JHU,�UNICEF,�N’weti,�PSI,�MISAU,�MONASO)38

Evidências e Fontes

Contactos

O CnCs publica estudos e centenas de exemplosde material IEC e contactos de produtores:www.cncs.org.mz/index.php/por/Material-IEC

• Ministério de Saúde (MISAU) e outros ministérios

de Moçambique: www.portaldogoverno.gov.mz

• O Conselho Nacional de Combate ao SIDA –www.CnCS.org.mz – cordena a Resposta Nacio-nal de Combate ao SIDA, publica muitos estudose material IEC existente.

• Instituto de Comunicação Social: ICS

• Universidade Eduardo Mondlane: www.uem.mz

• Universidade Católica de Moçambique:www.UCM.ac.mz

• Universidade Politécnica:www.apolitecnica.ac.mz

• www.FDC.org.mz

• www.gIZ.de

• www.JHU.org.mz

• www.MOnASO.org.mz

• www.nwETI.org

• www.PEPFAR.gov

• www.PSI.org/mozambique

• www.UnICEF.org/mozambique

• www.USAID.gov/mz

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(Logos�de�Deutsche�Gesellschaft�für�Internationale�Zusammenarbeit�-�GIZ,�USAID�/ JHU,�UNICEF,�N’weti,�PSI,�MISAU,�MONASO)

Notas

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Já Text text text Normal vídeos, cartazes, teatros, ouvi-ram rádio spots para combater a difusão do vírus deHIV/Sida? Vocês tiveram a impressão que ninguémentende a mensagem desses meios de comunica-ção? Vocês querem comunicar melhor com sua co-munidade assuntos da área de HIV/Sida? Queremutilizar folhetos, teatro, dialogo, etc.? Esse manualna sua mão vai facilitar seu projeto da comunica-ção.

OManual de Orientação para Boa Comunicação é umguião prático para os fazedores da comunicaçãoque apresenta um conjunto de passos que devemser respeitados no processo de elaboração de pla-nos, estratégias, atividades e produtos da comuni-cação no desenvolvimento da Resposta Nacional aoHIV/SIDA.

manualorientador

deBoaComunicação

{ComuniCação

diálogo}é

!?!