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SEA HUSTLERS OSF URBAN CLOTHING SEA HUSTLERS OSF URBAN CLOTHING #2 AGOSTO 2014 INSIDE THE HUSTLE WEARELOVEADDICTS GAROTA DO MÊS | HYPEMUSIC | EVERYBODY FOCUSED ON ‘SPOT LIGHT’ RAFAELA AVIDAGO ‘SPOT LIGHT’ RAFAELA AVIDAGO INSIDE THE HUSTLE WEARELOVEADDICTS HIGH STREETWEAR DESIGNERS HIGH STREETWEAR DESIGNERS

On&On Magazine#02

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SEA HUSTLERS

OSF URBAN CLOTHING

SEA HUSTLERS

OSF URBAN CLOTHING

#2 AGOSTO 2014

INSIDE THE HUSTLE

WE ARE LOVE ADDICTS

GAROTA DO MÊS | HYPEMUSIC | EVERYBODY FOCUSED ON

‘SPOTLIGHT’RAFAELA AVIDAGO

‘SPOTLIGHT’RAFAELA AVIDAGO

INSIDE THE HUSTLE

WE ARE LOVE ADDICTS

HIGHSTREETWEAR

DESIGNERS

HIGHSTREETWEAR

DESIGNERS

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EDITORALMuitos países abordam a industria stree-twear seja através de redes socias ou revis-tas em formato físico e digital, sentimos que isso estava em falta cá em Portugal, es-tava em falta algo que motivasse os jovens que fazem parte do movimento streetwear português.Decidimos preencher este vazio no stree-twear nacional, criando assim a primeira revista focada directamente em lifestyle, streetwear, design, moda e outros tópicos não menos importantes. Queremos mos-trar nosso ponto de vista sociocultural e dar dicas não só sobre moda mas também sobre crescimento profissional e pessoal, a On&On Magazine nasceu para promover, ajudar e criar empreendedores, designers e conhecimento cultural!Vamos apresentar a revista em formato di-gital e físico (limitado a 10 cópias exclu-sivas) para obteres o formato físico tens encomendar através do nosso email [email protected]. Para qualquer tipo de dúvida não hesite em contactar-nos através do nosso correio electrónico [email protected]ão esqueçam de por gosto na nossa pá-gina de facebook: www.facebook.com/on-nonmagazine

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»CONTEÚDO

16 | DESIGNERS DO

HIGH STREET WEAR

25 | WE ARE LOVE ADDICTS

INSIDE THE HUSTLE

9 | RAFAELA AVIDAGO

SPOTLIGHT

1 | SEA HUSTLERS

OFS URBAN CLOTHING

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OSF Urban ClothingSea Hustlers

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A OSF Urban Clothing é uma marca recente, estabelecida em Janeiro de 2013, que já conta com quatro colecções. One Step Forward é o seu lema, representando assim a maneira de pensar e de agir perante tudo – estar sempre “um passo à frente”. A estética da marca é tipicamente urbana, aliando o conforto e qualidade das peças com a origi-

nalidade no design.

A OSF nasce dentro de um grupo de amigos que tinha a intenção de produzir roupas apenas para o uso exclusivo dos membros desse grupo. Ao desenharem uns esboços aperceberam-se que tinha ficado melhor do que o que estavam à espera. Assim deci-diram arriscar e pensaram “Porque não? Melhor que usarmos só nós a nossa roupa é muitas pessoas a usarem” – e assim nasce um movimento, uma maneira de pensar e

querer fazer acontecer.

OSF Urban Clothing

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A nova coleção de Verão da OSF de nome “Sea Hustlers” traz consigo os seus motivos náuticos. Uma colecção repleta de cores vivas como o azul-petróleo, o cinzento claro, o branco e o bordô ligam-se com variados elementos marítimos como cordas, lemes, anzóis, bóias e âncoras, nunca deixando de lado a vertente gráfica das frases de inspi-

ração da marca.Contando com cada vez mais pormenores, que definem o profissionalismo e a deter-minação em entrar no mercado do vestuário, como a etiqueta tecida personalizada e a impressão nas costas, na zona abaixo da gola, com o logótipo oficial marcada com o

statement de sempre “One Step Forward”.Uma colecção ampla com t-shirts, sweats, crewnecks e casacos, a OSF Urban Clothing

coloca à disposição do cliente uma gama de vestuário de qualidade e de confiança sempre com um estilo fortemente influenciado pelo quotidiano urbano.

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Planos Futuros Os planos da marca passam muito por assegurar uma boa distribuição, numa primeira instância a nível nacional, e depois sim chegar ao mercado europeu e mundial. Entrar

em boas lojas de raízes urbanas é certamente um objetivo.A par desse tipo de objetivos (comerciais), a OSF deixou-nos bem vincada a vontade de mais do que garantir vendas, a marca quer fazer com que os seus clientes se identi-fiquem com o que a mesma transmite, de forma a se sentirem bem a usar OSF Urban

Clothing.

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DICA ON&ON

Conhecer o teu emprego dos sonhos é uma coisa , o esforço para chegar a esse sonho é outra. Tudo começa com a atitude certa. Aqueles que realmente se esforçam pelos sonhos têm uma mentalidade que os diferencia e permite-lhes ultrapassar opositores, fracassos e momentos difíceis. Aqui estão 5 hábitos de pessoas que seguem seus sonhos.

5 hábitos de pessoas que seguem seus sonhos

1. Eles vêem os desafios como oportunidades A maioria das pessoas interpretam medos como obstáculos e tendem a fugir deles. As pessoas que vivem o seu propósito com sucesso desenvolveram a capacidade de ver o

medo como um sinal de que eles precisam de toda a sua coragem e energia.

2. Eles vêem a vida como um jogo. Tendo esta visão de vida abre espaço para brincadeiras e criatividade em vez de limi-tação. Isso também cultiva qualidades de resistência, resolução de problemas e de con-

fiança que os ajuda a assumir riscos para chegar ao próximo grande obstáculo.

3. Viver a vida que eles sonham é a única opção. Eles estão tão empenhados em tornar seus sonhos uma realidade que eles banem qual-quer possibilidade de um plano de backup. Eles não pensam coisas como: “Se não der

certo, eu vou procurar um emprego.”

4. Eles sempre falam a verdade. Eles são capazes de falar a verdade, porque eles fazem um esforço consciente para se co-nectar aos seus desejos verdadeiros, sua voz interior, e sua espiritualidade, sem medo de julgamento. Esta conexão normalmente é promovida através da meditação, journaling,

sendo orientado e estar rodeado de pessoas com mente aberta.

5. Eles criam as suas próprias regras. Eles criam suas próprias regras em vez de se encaixar às normas da sociedade. Eles tomam decisões a partir do lugar que eles querem ter, em vez de o que eles acham que

podem ter. Isto dá-lhes a liberdade para projetar o seu destino.

(via Mind Body Green)

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Rafaela Avidago

SPOTLIGHT

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Rafaela Avidago tem 23 anos e é viciada em moda. Dona de uma beleza exótica a modelo tem sido requisitada por marcas nacionais e internacionais.

Actualmente ela faz trabalhos de modeling e mantém um blog sobre moda. É uma pessoa super acessível e humilde e talvez sejam essas as razões para o seu sucesso repentino.

A quanto tempo e como entras-te no mundo da moda?Entrei no mundo da moda há cerca de 4 anos, fui abordada por um scoutter da agência em que me encontro (Elite Lisbon). Nunca foi um “sonho” ser mo-delo, mas em certa altura come-cei a ter bastantes abordagens de diferentes agências, porém mantive-me sempre na mes-ma. Fiz trabalhos de outdoors, showrooms, cartazes de festi-vais e lookbooks. À parte dos trabalhos pela agência, também colaboro com muitos fotógrafos o que me dá mais experiência a nível de poses, expressões…

Ajuda-me a conhecer mais o meu corpo e a saber o que fun-ciona e o que não funciona. Para além de modelo comercial, sou também maquilhadora, o que me permite ver o mundo da moda pelas duas vertentes, à frente e por trás das cameras. É bastante gratificante ser maqui-lhadora e poder de certa forma aumentar a auto estima das mu-lheres. Fiz uma moda Lisboa como maquilhadora, o que me abriu mais portas para o mun-do da moda, devido às fotos de backstage.

Tu pareces ter uma habilidade natural para modeling, fizeste algum tipo de curso?Nunca tirei nenhum curso, posso dizer que é inato. Eu sin-to-me confortável à frente das cameras. Eu costumo dizer que tenho um alter-ego quando fo-tografo, pois abstraio-me de tudo o que me rodeia, e con-centro-me apenas em mim e no fotógrafo.Como também já fotografei com vários fotógrafos, os pró-prios ajudam-me a crescer, dan-do-me dicas, que eu interiorizo e ponho em prática em futuras sessões.

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Pode-se dizer que és uma trend-setter?Sim, e digo isto porque rece-bo vários emails de raparigas a pedirem-me conselhos sobre o que usar, como usar, dicas, a elogiarem o meu estilo. Antes ficava “chateada” por copiarem certas tendências minhas, hoje fico feliz e sinto-me elogiada, pois significa que tenho uma imagem bem vincada ao qual muitas pessoas se podem iden-tificar.

Qual é o teu estilo?Eu tenho um estilo bastante clássico. As pessoas deduzem que por ter tatuagens me devo vestir de determinada manei-ra, mas a verdade é que adoro o contraste que faço. Gosto de misturar peças e estilos, mas manter sempre um aspecto muito clean e trendy. Não dis-penso saltos altos, pois dá uma postura e uma confiança dife-

rente à mulher, consegue trans-formar um look normal para um look mais esbelto.

Quais são as tuas marcas favo-ritas?A minha marca de eleição é a Balmain. Pelos seus cortes, pela maneira como assenta no cor-po, os ínfimos detalhes feitos à mão e pelo poder de gran-diosidade que dá à mulher. Para além da Balmain, destaco também a Givenchy, Valenti-no, Versace, Tom Ford, Maison Martin Margiela, Alexander McQueen,Lanvin, Jean Paul Gaultier entre outras.Admiro bastante a Haute Cou-ture, apesar de não ser um everyday look. Marcas mais casuais e/ou com mais variedade de looks desta-co a Zara, a COS, Acne Studios, Motel, Mango, Diesel.

Estás a ter muita notoriedade lá fora, como surgiu o interesse estrangeiro?Hoje em dia as redes sociais fa-zem parte da nossa vida e dão nos uma visibilidade além-fronteiras. Vou confessar que o meu Instagram foi a grande rampa para o reconhecimento internacional. A nível nacio-nal os interesses e as visões são diferentes, não há uma grande abertura na moda ou pelo me-nos não a suficiente. Sei que tenho lugares lá fora e que só depende de mim expan-dir-me ainda mais e pessoal-mente para fora de Portugal.Tenho tido imensas propostas de parcerias com marcas de to-dos os cantos do mundo, desde os Estados Unidos, até à Ale-manha, passando pela Polónia, Holanda, etc. Têm sido imensas mesmo, tanto que posso cha-mar “trabalho” ao que faço, pois ocupa-me o dia inteiro.

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Qual é o segredo do teu suces-so? Não tenho nenhum segredo. Li-mito-me apenas a ser a Rafaela Avidago, que está sempre com as ideias a mil, novos projetos, novas propostas, novos interes-ses. Não há melhor conselho do que sermos nós mesmos e fazermos o que gostamos. Eu faço o que gosto e talvez por isso seja bem-sucedida no que faço. Comecei do zero como to-dos, e desde então é uma estra-da que tenho percorrido, com percalços, como todos têm, mas não podemos desistir só porque encontramos contrariedades. Temos que lutar pelos nossos objectivos e defini-los desde o início. Pode levar tempo, tudo leva o seu tempo, mas ao saber-mos que estamos a trabalhar para nós e para algo que é do nosso interesse, as coisas to-mam outra vida.

Fora moda quais são os teus ou-tros interesses? Ainda dentro da moda mas mais direcionado para o consu-midor, abri um blog há cerca de 1 ou 2 meses em que para além das minhas colaborações dou dicas variadas.Fora da moda adoro ler, sou uma apaixonada por livros. Perco-me horas a fio dentro de um livro e sou capaz de lê-lo num dia só. Sou viciada no ginásio, não só por questões estéticas mas principalmente por me aliviar o stress e deixar completamente zen. Também não dispenso uma boa sessão de cinema, ver bons filmes em grande tela. E por fim estar com

a minha família, namorado e amigos, que têm sido um gran-de pilar nesta correria constante na minha vida!

Que tipo de dica pode deixar para os leitores que querem en-trar no mundo da moda?Não forçar. Esta é a melhor dica que posso deixar. As coisas boas vêm com o tempo. Com isto não quero dizer que fiquem sentados à espera que as coisas caiam do céu, mas serem inte-ligentes e fazerem as melhores decisões. Se quiserem fazer um

photoshoot, certificarem-se da credibilidade do fotógrafo, verem o trabalho dele antes e combinarem a sessão toda an-tes de a realizar para depois não haver más surpresas. Informem-se sobre a moda lá fora, mas atenção que não te-mos que usar tudo o que está, digamos, na moda, para estar na moda. Mais importante que ela, é o estilo. O estilo ninguém nos tira. É a nossa essência. É a criação concebida por alguém misturado com o nosso ser. Não tenham medo de arriscar,

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(http://www.rafaelaavidago.blogspot.pt/)

eu já levei com muitos ‘nãos’, mas faz parte da vida. Isso não faz de mim menos competen-te no que faço, apenas tenho ideias, opiniões ou interesses diferentes.Não se tornem em alguém que não são só porque não encai-xam no que pretendem de vo-cês. Nós pertencemos a nós próprios, e ninguém, mas nin-guém mesmo pode desvalo-rizar a nossa pessoa. Digo isto porque as agências por vezes são bastante exigentes, e pode causar alguma insegurança.E por fim, lutem pelos vossos interesses sempre honestamen-te.

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High Streetwear

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StreetStyle, Streetwear, High Streetwear ou Elevated Streetwear. A definição dessas palavras foi abusada e tornou-se tão mainstream quanto a palavra Swag. Será que literalmente significa o estilo que vemos nas ruas? Ou será que vão além disso e simbolizam o estilo de vida das pessoas que estão a pas-

sar os seus dias (e noites) nas ruas? Então, o que exatamente é esse estilo Street? Talvez seja tão simples quanto parece, e não há necessidade de aprofundar, StreetStyle é um estilo que en-globa os conceitos básicos (uma T-shirt / jean / jacket/ Sweatshirt), e uma grande marca de streetwear é feita quando a sua marca / visual / ideias têm a capacidade de criar um desejo de fazer o cliente querer associar-se com a sua “tribo”. Vejamos o que faz algo ser “High Streetwear” e os três designers que

tem liderado o caminho...

Marcelo Burlon

Marca: County Of Milan

Designer, DJ, Editor, Estilista, Fashion RP , Diretor de Arte

Colaborações: New Era, Pusha T, LeBron James, CL e muito mais.

Marcelo gosta de pensar em si mesmo como um construtor de marcas em vez de um designer. Inicialmente, ele começou com uma simples linha de t-shirt inspirados em sua cidade natal, Patagónia e a cultura club dos anos 90 que o levou a vender 10.000 tees puramente de” word of mouth” . Sua grande ideia? Apenas gráficos muito bons em

t-shirts. Ele também é o dono das instalações de produção do designer Virgil Abloh. “ Conhecemo-nos uns aos outros e apoiamos uns aos outros. É como um novo movi-

mento. ” - M.B

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Virgil Abloh

Marca: OFF-WHITE

Director criativo, DJ, designer Fashion/mobilias , Style Advisor, Blogger.

Colaborações: ## BEEN TRILL ##

Ele faz parte da equipe de Kanye desde 2005, em 2013 veio a introdução da sua marca PYREX VISION uma série de roupas simples com estampas de Caravaggio e com fontes “college”. O título da coleção foi “The Youth Will

Always Win” algo como “A juventude sempre vencerá”. Seu projecto atual OFF- White (uma extensão da PYREX VISION) é muito

mais atraente.A marca destaca atualmente um gráfico de linha diagonal do tipo que tu vês

em sinais de precaução ou lombas da estrada.

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Shayne Oliver

Marca: Hood By Air

Designer, DJ

Colaborações: Corgi, BeenTrill, Forfex e mais

Shayne Oliver lidera o rótulo de mais experiente neste artigo. HBA existe desde 2006 e, talvez, estava à frente de seu tempo. Mas eis que, agora estamos a viver na era HBA e suas roupas em ressonância com as ruas. Shayne, nas-cido em criado em NY, opera em um mundo onde ele dá “zero fucks” para

a discriminação.

Um dos princípios originais do credo da Hood By Air é que a tua cor, credo, gênero, sexualidade, é totalmente sem importância. Não se trata de tolerân-

cia, trata-se de anular a diferença com uma grande indiferença.

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Marcelo, Virgil e Shayne al-cançaram o sucesso através das suas ideias e pensamen-tos sobre streetwear. Um ponto em comum entre es-tes três designers…todos tem uma forte associação à música, sendo eles próprios DJs (Espero que a música e a moda estejam para sem-pre em um caso de amor) e criaram um movimento que emite vibes de autenti-cidade

Via (hobocult) Comentários e tradução por Tiago Mendonça

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www.facebook.com/krimpcouture

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Inside The Hustle

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We Are Love Addicts

Fotógrafos | Bloggers | Hustlers

Nesta edição o Inside The Hustle gira em volta do casal de fotótografos Leone Niel e Joana Afonso que tem uma paixão pela fotografia desde a infância.

Como vocês entram no mundo da fotografia?Joana: Penso que foi algo muito natural, gradual e que nos últi-mos anos tenho encarado com mais seriedade. Tive a minha primeira compacta de filme aos 12 anos e andava com ela na es-cola, nos passeios e viagens. Os meus amigos sempre foram os meus melhores modelos. Em 2009, quando entrei para a Fa-culdade de Arquitectura de Lis-boa, no curso de Design, senti necessidade de fotografar para encontrar inspiração e referên-cias para trabalhos. Penso que foi esse o ponto de viragem. O Leone como estudava na escola de Cinema tinha vários traba-lhos para a cadeira de fotografia e eu ajudava-o nas experiências. Grande parte do que sei sobre fotografia, seja digital ou ana-lógica, foi ele que me ensinou, por isso, é-me dificil dizer com precisão quando me cruzei com a fotografia, acho que foi ela é que se cruzou comigo. Quando não estou a trabalhar como de-signer, estou a fotografar quer seja para mim ou em trabalho. A câmara fotográfica enquanto objecto passou a ser parte de mim, anda sempre comigo pois nunca sei quando irei querer

captar um momento, um sorri-so, uma expressão ou apenas a luz bonita do sol.

Leone: O gosto pela fotografia começou com os meus pais, cada um com a sua câmara ana-lógica, tiraram muitas e mui-tas fotografias, resultando em centenas de rolos revelados e outros tantos álbuns, ou seja, a curiosidade pelo filme e os pri-meiros disparos cedo acontece-ram. Entretanto, na licenciatura em Cinema com especialização em Imagem (curso finalizado em 2012, na Escola Superior de Teatro e Cinema), percebi que a química, a física e a matemática

podiam ser interessantes, pelo que aprendi muito sobre a téc-nica da fotografia analógica e os todos seus processos, desde a preparação da exposição, à ampliação final, passando pe-las revelações, etc. Aliando isso tudo à aprendizagem do enqua-dramento, do estilo e da própria estética ao nível imagético e fi-losófico do que é querer contar algo ou simplesmente captar um momento, rapidamente procurei experimentar o máxi-mo possível e cultivar o que é o acto de fotografar e de filmar, da procura de algo que mexesse comigo.

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O que a fotografia significa para vocês?Joana: Para mim, a fotografia significa sempre um pensamento. Algo que senti naquele instante e me fez disparar. É também a necessidade de coleccionar memórias da maneira mais bonita e pessoal, e que ganha ainda mais sentido ao ser partilhada com o outro. Penso que desde que comecei a fotogra-far mais, que os meus olhos vêem de outra maneira, estou mais receptiva e disponível para o que me rodeia. Há sempre o desejo de prolongar ao máximo as boas sensações e por vezes as más vivências também e, a fotografia permite-me isso, dá-me a hipótese do eterno e do “para sempre” mesmo que o

meu racional saiba que o momento do disparo já está no passado, já não se repete.

Leone: Não é fácil definir o que é a fotografia para mim. Simplificando, é o acto de querer materializar o que a nossa memória tenta guardar. É querer levar algo daquele momento para o infinito, sabendo que a nossa existência é finita. A fotografia é uma das formas de imortalizar algo. O que gosto na foto-grafia (ou cinematografia) é o mudar de perspectiva sobre o objecto, seja pelo enquadramento, pela luz ou o momento do disparo. A fotografia é sempre um encontro com algo que nos fez parar e questionar, é uma forma de exponenciar a atenção que temos às ligações que criamos. Há sempre um equilíbrio misterioso entre o querer revelar o que é estranho e enigmático e a beleza de deixar que a imagem não

responda a essas questões.

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Qual é a vossa fonte de inspiração?Joana: Acho que tudo à minha volta me inspira. Tenho a sorte de ter pessoas à minha volta que admiro e me motivam constante-mente a ser mais e melhor. Há vários blogs e sites que sigo reli-giosamente pois fazem-me pensar, dão-me novas ideias e vontade de experimentar, transmitem-me diferentes sensações e é isto tudo que me inspira, é isto que carrego comigo quando pego na câmara para disparar. Acho que todas as áreas criativas necessitam de uma busca e pesquisa constante. No entanto, há que colocar filtros e se-

leccionar o que realmente nos fará crescer.

Leone: Não consigo individualizar as minhas fontes de inspiração. A inspiração não vem necessariamente de um sítio em concreto. Claro que vejo muitas coisas, blogs, sites e publicações que gosto de seguir e que me dão vontade de criar e experimentar. Mas tanto na fotografia como na cinematografia, a inspiração vem do que nos rodeia e, principalmente, do que queremos que nos rodeie. Isto é, onde vou, com quem estou, o que leio e o que vejo, parte de mim como uma escolha. Se encontro o que quero ou não, é uma incóg-nita, mas é essa liberdade que a fotografia nos dá, de procurar e dar com algo que me faz tirar a tampa da objectiva, de proporcionar esse confronto em que a liberdade acaba e aí sou só eu e esse ob-

jecto.

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Como é o vosso processo de trabalho?Leone: Penso que não temos um processo de trabalho defini-do. Claro que ao trabalhar com um cliente temos directrizes so-bre o que fazer. Aí, apenas ten-tamos inserir o nosso cunho e a nossa visão sobre o que quer que seja, isto é, mudar um bo-cado a perspectiva geral sobre o objecto, procurar a ligação afec-tiva com o mesmo, e fotografar ou filmar.

Joana: Concordo com o Leone. Temos um método que quase sempre seguimos. Analisamos o briefing e a finalidade do pro-jecto mas penso que nos orga-nizamos da mesma maneira para tudo no nosso dia-a-dia. Há que haver organização, tem-po para parar, pensar e depois executar.

Filme ou digital?Joana: Acho que não é possí-vel escolher, uso e abuso dos dois em situações diferentes. O mundo analógico é relativa-mente recente para mim. Acer-ca de 3 anos atrás, resgatei uma Pentax solitária dos anos de ju-ventude do meu pai e na minha cabeça tinha sempre a ideia de que para melhorar a fotografia digital tinha a obrigação de ex-perimentar fotografar em filme e tentar aprender o máximo possível. E assim foi. Fotogra-far em filme para mim é um acto romântico, tem mistério, suspense e uma carga históri-ca grande. O momento em que vejo os negativos revelados ain-da me deixa nervosa. Será sem-

pre um processo mágico.Por outro lado, o digital permi-te-me em pós-produção fazer inúmeras combinações e expe-riências que no analógico de-morariam muito mais tempo. Acaba por ser um processo que me tranquiliza bastante. Tenho uma segunda oportunidade de sentir novamente a fotografia e acrescentar-lhe tudo aquilo que não consegui no momento do disparo.

Leone: Hoje em dia, em relação à escolha entre o analógico ou o digital, para mim que uso essas duas formas de fotografar e até de filmar (que aconteceu du-rante a licenciatura), não tenho preferência sobre nenhuma. O analógico para além do roman-tismo do suspense temporal entre o tirar a fotografia e re-velá-la, acaba por ser mais dis-pendioso e demorado. O digital é mais prático e a pós-produ-ção da imagem dá-nos infinitas possibilidades, mas facilmente perdemos o discernimento ou o poder de síntese. Para mim a aprendizagem do analógico é indispensável para qualquer fotógrafo porque, para além de toda a técnica inerente, ajudou-me a ser mais paciente e mais disciplinado, logo, fez-me olhar e tratar o digital de forma dife-rente e alterar o processo de fo-tografar. Tento compreender o sentimento perante o objecto e escolho com uma “maior disci-plina” o que quero captar. O que faz uma grande imagem não é o suporte, a câmara ou a objectiva - é o objecto, a luz, a composi-ção e o que queremos contar.

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Qual é o vosso estilo de fotografia?Joana: Não considero que já tenha um estilo. Na minha opinião, isso é algo que se cria com muito trabalho e evolução e é necessário sabermos realmente quem somos para sabermos especificamente o que queremos transmitir. É algo que ambiciono muito, encontrar o meu próprio registo e criar algo só

meu e que seja facilmente identificável. É nesse sentido que trabalho.

Leone: Numa primeira análise, penso que não tenho um estilo definido, talvez porque ainda estou a experimentar e à procura da minha “forma”. Durante a minha formação na licenciatura, aprendi que o estilo é o “como” - o como pensamos o que fotografamos, o como decidimos o que deixar de fora do enquadramento… o ponto de vista sobre um objecto através do enquadramento é, ao mesmo tempo, limitador mas de infinitas possibilidades, seja pela forma como encaro e interpreto o conteúdo ou pelo que fica de fora, no off, e isso sim define o estilo. Por enquanto o meu estilo é o procurar o que me fascina, porque está tudo à nossa volta, mesmo nas coisas mais familiares e próximas, à espera de

ser capturado.Qual é a visão da We Are Love Addicts?

Leone: Grande parte do que publicamos no nosso blog são fotografias ou vídeos de fragmentos do que vivemos. Não procuramos o maior número de seguidores, partilhas ou likes, muito menos usá-lo como um “indoor” digital de marcas, que hoje em dia é o que mais existe por essa internet fora - o conteúdo como forma de consumo. Queremos apenas ligarmo-nos com alguém que parou para ver o que nós gostamos e que se identificou com a nossa forma de nos expressar. No blog documentamos pessoas, viagens e experiências, partilhamos o encontro com a inesperada beleza, que, através da fo-tografia ou do vídeo, tentamos mostrar o porquê da nossa paixão e do nosso amor pelas constantes e

novas realidades que a vida nos dá.

Joana: O We Are Love Addicts é a maneira de partilharmos o que os nossos olhos vêem com os out-ros. Como o Leone disse, não estamos preocupados com números mas sim em conectarmo-nos com alguém que se identifique conosco, com a nossa maneira de ver o que está à nossa volta. Foi sempre

isso que pretendemos – a partilha sincera.

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Quais são os vossos planos para o futuro?Leone: Por enquanto cada um tem o seu trabalho. Eu sou um estagiário que entrou no mundo da pu-blicidade há cinco meses como assistente de realização, entre outros cargos. Tentamos dar o máximo de atenção possível ao blog de forma a fazê-lo crescer como espaço de partilha do que gostamos e de alguns projectos, como a OSF ou a HIBU, por exemplo. Gostaríamos, e acredito que um dia possamos elevar o blog a algo mais ambicioso, que nos dê um retorno para podermos fazer dele um projecto que

juntasse a fotografia e o vídeo como potenciadores de outros projectos.

Joana: Por agora trabalho como designer. Quando estou fora do escritório, dedico o máximo do meu tempo ao blog – criar novos conteúdos, trabalhá-los e organizá-los. Penso da mesma maneira que o Leone, gostava muito de tornar o blog em algo ainda mais arrojado e com a possibilidade de retorno. Quero muito trabalhar como fotógrafa a full-time e passar o meu dia atrás da câmara nos inúmeros projectos que o blog um dia me poderá trazer. O amanhã é uma incógnita e nós gostamos de um bom

desafio.

www.weareloveaddicts.comwww.facebook.com/weareloveaddictswww.instagram.com/joana_afonsowww.instagram.com/leonenielwww.youtube.com/user/leonectb

https://www.flickr.com/photos/weareloveaddicts/sets

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HYPEMUSIC por Tomás Freire aka Mr. Latence

Frequentemente referido como um dos melhores álbuns de hip-hop dos anos 90, Illmatic é o clássi-co indiscutível sobre o qual a reputação de Nas está assente. Com variadíssimos prémios como por

exemplo: 400ª posição entre melhores álbuns de todos os tempos, conferido pela revista Rolling Sto-ne, e o prémio da Rate Your Music de 1ª posição entre os 500 melhores álbuns de Hip-Hop/Rap. Nas conseguiu juntar alguns dos mais sofisticados produtores jazz-rap nomeadamente: Q-Tip, Pete Rock,

DJ Premier, e Large Professor, que sustentam os seus instrumentais com batidas adequadamente difíceis. Mas, mais importante, Nas toma seu lugar como um dos maiores poetas de rua do hip-hop com as suas rimas altamente alfabetizadas e o seu rap soberbamente fluido, independentemente do

tamanho do seu vocabulário. Com a capacidade de evocar a triste realidade da vida no gueto, nunca perdendo a esperança ou

esquecendo os bons momentos que se tornam ainda mais preciosos quando se sabe que poderá ser o último da sua vida. Atencioso mas ambicioso, ele esforça-se para contar as histórias sobre a sua

vida privada, exemplos como a música que descreve a vida de um amigo na prisão e outras que des-crevem “zangas” entre o seu grupo. Mas não é só, também consta uma forte mensagem política de

contrariedade ao que se está a passar nas ruas e de como se está a passar. Os fãs de hip-hop habituados a álbuns de 73 minutos, por vezes, queixam-se da curta duração do

Illmatic, mas penso que seja algo a favor dele, pois deixa-nos a querer ainda mais. Resumindo: Illma-tic revela um grande rapper/líricista contando com a parceria dos melhores produtores de todos os

tempos. Continua e continuará a ser um eterno favorito entre os sérios fãs do hip-hop.

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HYPEMUSIC por Tomás Freire aka Mr. Latence

TOP 5 NEW HiP-HOP

Beyoncé - Flawless (Remix) feat. Nicki Minaj

Juicy J - Low (feat. Nicki Minaj, Lil Bibby, & Young Thug)

DJ Khaled - Hold You Down (feat. Chris Brown, August Alsina, Future & Jeremih)

Joey Bada$$ - Big Dusty

Lil Wayne - Grindin (feat. Drake)

TOP 3 ELECtRÓNICA

Diplo - Revolution (feat. Faustix & Imanos and Kai)

Sam Smith - I'm Not The Only One (Armand Van Helden Remix)

Duke Dumont - Mumble Man (For Club Play Only - Part 3)

Para Ouvir : Majid Jordan “A Place Like This”

Escrito por Tomás Freire aka Mr. Latence (www.facebook.com/mrlatence)

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P.Y.T.

A MORENAÇAJoana Breda

Esta bela modelo é capaz de pôr o conceituado Chef Ramsay a tre-mer na cozinha. Porquê? Porque apesar do corpo escultural, 95 de

peito, 67 cintura e 98.5 de quadril, Joana não dispensa uma bela lasanha ou feijoada.

Mas comida não é problema, para manter a silhueta Joana não abre mão de umas horas de treino diário.

Joana é super dinâmica e gosta de novos desafios e para relaxar gosta de uma boa música que lhe permita praticar uma das coisas

que mais gosta, a dança! Prepara o teu avental ou os teus melhores passos de dança pois a

Joana é solteira!

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Por Magnilson Melo

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EVERYBODY FOCUSED ON

Zenildo Guilherme

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Nesta segunda edição a On&On Magazine traz uma nova rubrica: “Everybody focu-sed on…”. Aqui daremos desta-que a pessoas, acontecimentos, eventos ou tudo o resto que me-reça reconhecimento primando pela diferença.Agora “everybody focused on…” Zenildo Guilherme.Skater de 18 anos, oriundo de Belas tem dado muito que falar nos últimos tempos no mundo do skate. Patrocinado por OSF Urban Clothing (Portugal), Skinii Decks (Portugal), Vox Shoes (Portugal) e o seu mais recente patrocínio integrando a sua team europeia, directamen-te da Austrália, Afends.Desde cedo, com 11 anos, o Ze-nildo (Zé para os amigos) co-meçou a tomar um gosto sério pelo skate. Tudo isto começou com um rapaz de Belas que an-dava a skatar pelas ruas de casa do Zé, dizendo que quando o viu “foi uma loucura” e que o que ele mais queria era conse-guir fazer o mesmo. Indo para o skatepark mais perto de sua casa, descobriu que o skate iria virar paixão tendo como gran-de influência a Ementa SB, uma team de skaters portugueses que levam igualmente o skate ao peito.Sendo conhecido pelo seu flow nas suas runs e pela identidade de trasher skater, o Zenildo não passa despercebido quer num skatepark quer a skatar na rua. Contou-nos o Zé que a pica que arranja para andar é essencial-mente com os seus amigos, o pessoal com quem ele anda

por aí, de “spot em spot” dan-do-lhe todo aquele hype de que precisa. E como qualquer skater também tem os seus “ídolos”: lá fora destaca Trevor Colden e Dylan Rieder e em território nacional admira os pros Aníbal Martins e Raphael Castilho Al-ves, membros da Ementa SB.Muito resumidamente tentá-mos descrever quem é o Zenil-do Guilherme em cima de uma

tábua. Um skater inconfundível trazendo o seu próprio style ao skate nacional merecendo assim o destaque deixando everybody focused.

Gonçalo Afonso

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SEA HUSTLERS

OSF URBAN CLOTHING

SEA HUSTLERS

OSF URBAN CLOTHING

#2 AGOSTO 2014

INSIDE THE HUSTLE

WE ARE LOVE ADDICTS

GAROTA DO MÊS | HYPEMUSIC | EVERYBODY FOCUSED ON

‘SPOTLIGHT’RAFAELA AVIDAGO

‘SPOTLIGHT’RAFAELA AVIDAGO

INSIDE THE HUSTLE

WE ARE LOVE ADDICTS

HIGHSTREETWEAR

HIGHSTREETWEAR

DESIGNERS