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O Som Alegre Do Evangelho Da Graça de Deus, Por Augustus Montague Toplady

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Um maravilhoso sermão!

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  • O SOM ALEGRE

    DO EVANGELHO DA

    GRAA DE DEUS

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    Good News From Heaven or The Gospel A Joyful Sound

    By Augustus Montague Toplady

    Via: PBMinistries.org

    (Providence Baptist Ministries)

    Traduo por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Janeiro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida

    permisso do ministrio Providence Baptist Ministries, sob a licena Creative Commons Attribution-

    NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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    O Som Alegre do Evangelho da Graa de Deus Por Augustus Montague Toplady

    A essncia de um discurso pregado na Lock Chapel,

    Nas proximidades de Hyde Park Corner, no Domingo, 19 de Junho de 1774.

    Quo preciosa , Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos

    homens se abrigam sombra das tuas asas. (Salmos 36:7)

    Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre;

    andar, Senhor, na luz da tua face. Em teu nome se alegrar todo o dia,

    e na tua justia se exaltar. (Salmos 89:15-16)

    Muitas vezes maravilhei-me diante da dureza daqueles escritores que presumiram ao afir-

    mar que o Evangelho, ou mensagem da livre e plena salvao, pelo sangue e justia do

    Filho coeterno de Deus, era desconhecida daqueles que viviam sob a dispensao legal.

    Nada pode ser mais falso. Ns podemos to razoavelmente afirmar que o sol no brilhou

    durante a dispensao legal. E, como era o mesmo sol que agora brilha, este que ento ilu-

    minava o mundo, assim era o mesmo Sol da justia, que agora resplandece sobre as almas

    de Seu povo trazendo cura em suas asas (Malaquias 4:2), que ento brilhou sobre os eleitos

    de Deus, visitou-os com as irradiaes de Seu amor, e os salvou pela f em Sua prpria

    futura justia e expiao. At ns, como diz o apstolo, o Evangelho pregado, assim como

    a eles (Hebreus 4:2). E, novamente, aqueles todos morreram na f, tendo visto as promes-

    sas de longe; e creram nelas [, foram assegurados do interesse por elas], e sau-

    daram-nas (Hebreus 11:13). Ento, isto podemos afirmar com confiana, no que diz respei-

    to a todas as pessoas iluminadas por Deus que viveram antes da encarnao do Messias,

    que como Abrao (Joo 8:56), elas viram o dia de Cristo em perspectiva, e alegraram-se

    na crente antecipao daquela bendita viso.

    Como a depravao da natureza humana intrinsecamente a mesma em todas as pocas

    e os homens em e de si mesmos no eram nem melhores nem piores, durante a economia

    Mosaica, assim eles tm sido desde ento, e o so neste dia; isso segue que a desordem

    deve ser a mesma, o remdio tambm deve ser o mesmo; e, evidente, que no h duas

    formas de salvao, uma para os judeus crentes, e outra para os gentios crentes; seno

    aquela declarao que nosso Senhor nosso j fez, e deve sempre permanecer boa: Eu

    sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai seno por mim (Joo 14:6). Su-

    ponha que ns carregamos o nosso apelo para este salmo, para a verdade da observao

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    feita aqui. O que voc acha que Davi canta neste texto? Certamente ele canta aqueles con-

    solos sobrenaturais, transmitidos por meio do Esprito Santo, e os quais o salmista sabia

    que seriam adquiridos para todos os eleitos, pelo sangue de Cristo. Portanto, ele, de mesmo

    modo, celebra os louvores daquela justia, em que, e em que somente, os remidos do

    Senhor so exaltados a um estado de comunho com Deus, e herana dos santos na luz.

    No admire, portanto, que um salmo to ricamente carregado de verdade evanglica deva

    abrir em um mpeto de louvor e gratido ao Deus de toda graa, cujo amor ao Seu povo os

    envolve, sem comeo e os seguir sem fim. As benignidades do SENHOR cantarei perpe-

    tuamente; com a minha boca manifestarei a tua fidelidade de gerao em gerao [Salmos

    89:1]. Agora, voc acha que Davi no apreciava o que j foi chamado da plena segurana

    de f? Ou voc pode imaginar que Davi no estava familiarizado com o que tem sido cha-

    mado de doutrina da perseverana final? Certamente ele foi conduzido clara percepo

    de ambas destas verdades; ou ele no poderia ter dito: As benignidades do SENHOR can-

    tarei perpetuamente; no apenas hoje e amanh, se eu viver; no s este ano e no prximo,

    se eu viver; no somente na vida, mas quando eu vier a morrer; e no apenas quando eu

    passar pelas correntezas da morte, mas quando eu pousar em segurana do outro lado; os

    altos louvores de Sua misericrdia e fidelidade devem estar sempre na minha boca. Davi

    estava flagrantemente equivocado em suas opinies, se o que alguns, de forma blasfema,

    afirmam for verdade, que aquele que um filho de Deus hoje, pode ser um filho do diabo

    amanh. Voc deve ou negar que o salmista escreveu sob a orientao infalvel do Esprito

    de Deus, ou deve admitir que a preservao final do regenerado povo de Deus uma

    doutrina do Livro de Deus.

    Mas no o suficiente para os verdadeiros crentes que estejam sensveis misericrdia

    do Senhor, e perpetuidade da Sua graa; eles anelam difundir a fragrncia do Seu nome

    por toda parte, e efetuar a resoluo de Davi: com a minha boca manifestarei a tua fideli-

    dade de gerao em gerao. Alguns que conhecem a verdade evitam declar-la, e tm

    medo de falar; eles escondem a marca de Cristo na palma de suas mos, em vez de us-

    la em suas testas; e embrulham o seu Cristianismo em um manto de sigilo; como se eles

    considerassem ser sua maior desonra o serem vistos com a farda de Cristo em suas costas.

    Ao contrrio, tais crentes enquanto so fortes na f, dando glria a Deus, (ao invs de ocul-

    tarem-se atravs de estradas e caminhos privados, escondidos numa liteira coberta com as

    cortinas fechadas sobre eles) preferem desejar ir para ali, sobre a via pblica de uma profis-

    so declarada, numa carruagem aberta, com para serem vistos e conhecidos de todos os

    homens. Mas os ministros do Evangelho, acima de toda a humanidade, ao lado, deveriam,

    com a boca, fazer a fidelidade de Deus conhecida; e, ao invs de desejar escapulir para o

    cu pela porta de trs (se houver qualquer porta ali), marchar publicamente, com cores

    ondulantes, e com som de trombeta para o grande porto da cidade celestial, e labutar para

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    levarem para l tantas almas com eles quanto seja possvel. Por isso, eles devem ser ur-

    gentes e inoportunos, em tempo e fora de tempo; repreendendo, corrigindo, exortando, com

    toda a longanimidade e doutrina (2 Timteo 4:2); o ministrio da Palavra, sendo a principal

    foice que o Esprito de Deus faz uso para cortar as excrescncias venenosas da autojustia,

    para cortar as ervas daninhas perniciosas de licenciosidade prtica, e para reunir os peca-

    dores eleitos para a santificao e conhecimento salvfico de Si mesmo. Deixe, no entanto,

    ser observado que as chamadas ministeriais e exortaes dos embaixadores de Deus, im-

    pelidas e dirigidas, para o despertado bem como para o no despertado de maneira nenhu-

    ma implicam que, na inteno Divina, a graa universal, como os Arminianos falam; nem

    que o homem, pelo uso apropriado de suas faculdades razoveis, vem a arquitetar a sua

    prpria Salvao. No. Muito pelo contrrio. Um pescador que permanece sobre a costa, e

    lana a sua rede no mar em geral, no to desvairado a ponto de pensar que pescar

    todos os peixes do mar, embora ele lance a rede indefinidamente, e sem exceo. Assim,

    quando o ministro Cristo espalha a rede do Evangelho, ele prega para todos que adentram

    na esfera de sua interveno; no com a expectativa de resgatar a todos, mas de pescar

    tantos quanto Deus se agradar, sabendo que o Esprito Santo, somente, que pode

    conduzir as almas rede, e efetivamente alcana-las para Jesus Cristo.

    O que foi aquilo que fez Davi to desejoso de cantar as misericrdias do Senhor? O que foi

    aquilo que o aqueceu e o encorajou em todos os eventos para fazer conhecida a fidelidade

    de Jeov de uma gerao para outra? Foi o Evangelho da glria do Deus bendito, visto

    luz do Esprito Santo, e experimentado atravs da influncia da graa. Aqui est a razo do

    zelo de Davi: Pois disse eu: a tua benignidade ser edificada para sempre; tu confirmars

    a tua fidelidade at nos cus [Salmos 89:2]. O que essa misericrdia, que est edificada

    para sempre, seno o gracioso plano, a gloriosa e graciosa obra de nossa salvao, fun-

    dada no propsito eterno de Deus, levado execuo, pelo labor e morte de Jesus Cristo,

    e, ento, aplicado e trazido para o interior do corao, pela iluminao e poder de converso

    do Esprito Santo? Esta aquela misericrdia que edificada para sempre. Foi planejada

    desde a eternidade, e no conhecer a runa nem a decadncia atravs da linha ilimitada

    da prpria eternidade. Quem o construtor desta obra? No o livre-arbtrio do homem.

    No a justia prpria, nem a sabedoria do homem. No o poder humano, nem a capaci-

    dade humana. Todo verdadeiro crente reunir-se- com Davi: Deus, e somente Deus,

    quem constri o templo de Sua igreja; e quem, como o construtor da mesma, sozinho inti-

    tulado de toda a glria.

    Os eleitos compem e formam uma grande casa de misericrdia; uma casa, erguida para

    demonstrar e perpetuar as riquezas da livre graa do Pai, o mrito da expiao do Filho; e

    a eficcia da ao do Esprito Santo. Esta casa, ao contrrio do destino de todos os edifcios

    terrestres, nunca cair, nem alguma vez ser lanada para baixo. Como nada pode ser a-

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    crescentado (Eclesiastes 3:14) a ela, assim, nada pode ser tirado dela. O fogo no pode

    prejudic-la; as tempestades no podem desfaz-la; o tempo no pode danifica-la. Ela est

    sobre uma rocha (Mateus 7:25, 16:19), e imvel como a rocha em que se encontra; a tr-

    plice rocha do decreto inviolvel de Deus, da redeno consumada de Cristo e da fidelidade

    infalvel do Esprito. Deus no um arquiteto imprudente, nem fraco nem caprichoso. Ele

    no forma um sistema miservel, passvel de ser frustrado, e que, na melhor das hipteses,

    dificilmente permanecer consistente; mas est tudo bem ordenado; tudo eterno; tudo

    est seguro; nada expedido por pensamento posterior ou porventura. Deus, irreversvel-

    mente, desenhou o Seu plano, e Cristo, tendo completamente cumprido a obra redentora,

    o assina-la; o Esprito sagrado tem apenas que soprar sobre os coraes de Seu povo no

    chamado eficaz, dar-lhes a f, imbu-los com a santidade interior, preservar e aumentar a

    santidade que Ele comunica, faze-los prosseguir nos caminhos do dever e da obedincia

    exterior, exercit-los com deseres, visit-los com Seus consolos; guard-los de cair, ou

    restaur-los quando carem, sel-los para o dia de Cristo, e conduzi-los de forma segura

    atravs da morte para o cu.

    Assim, a benignidade ser edificada para sempre. E to certo como este livro o Livro de

    Deus; to certo como o Esprito de Deus o inspirou, e inclinou Davi a escrever estas pala-

    vras; assim, certamente, uma verdade o que as prprias palavras transmitem. Nenhuma

    parte da salvao deixada em seis ou sete; mas tudo um plano que honra a sabedoria

    infinita; um plano, concebido e oculto (Efsios 3:9) na mente onisciente de Deus desde os

    tempos eternos, mas depois feito conhecido externamente na Palavra escrita, ou Evangelho

    da graa; e desdobrado salvificamente nas almas dos homens, quando o bendito Esprito

    comea a nos converter das trevas para a luz, e do poder de Satans para Deus (Atos

    26:18).

    Eu estava, ontem, h alguma pequena distncia da cidade; e tive um entretenimento muito

    refinado, indo a uma soberbssima e elegante manso que, dentro e fora, exibia tal combi-

    nao de imponncia, beleza e perfeio de gosto, que eu no podia deixar de sentir uma

    curiosidade de saber em quanto tempo aquele edifcio magistral fora construdo! E, ao ser

    informado de que ela foi tanto fundada quanto finalizada no perodo de apenas 10 meses;

    eu no pude deixar de observar, para alguns amigos que estavam comigo, que se a arte

    humana e mos humanas poderiam realizar to transcendente obra como aquela, em to

    curto tempo, porque seria estranho pensar que Jesus Cristo foi capaz de finalizar, e Ele de

    fato consumou, a obra da salvao humana em um perodo de trinta e trs anos?

    Bendito seja Deus, a nossa salvao uma obra consumada. Ela no precisa, nem admi-

    tir, suplemento. E aqui, lembremo-nos de que, quando falamos de uma salvao consuma-

    da, ns queremos dizer a completa e infalivelmente efetiva redeno realizada pelo mrito

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    propiciatrio da prpria obedincia pessoal de Cristo e dos prprios sofrimentos pessoais

    de Cristo; tanto um quanto o outro dos quais tm a perfeio infinita da expiao e eficcia

    da justificao, que est absolutamente fora do nosso poder o acrescentar algo ao mrito

    ou validade de qualquer uma. Cada indivduo da humanidade, por quem Cristo obedeceu,

    e por quem Ele sangrou, certamente ser salvo por Sua justia e morte, e sem a exceo

    de nenhum dos redimidos; considerando que Cristo pagou, totalmente pagou, a dvida da

    perfeita obedincia e o sofrimento penal; assim, aquela justia Divina deve transformar-se

    em injusta, se fosse possvel para uma nica alma perecer por todas ou qualquer uma da-

    quelas dvidas que Cristo tomou sobre Si mesmo para libertao, e que Ele absolutamente

    libertou conforme o acordo.

    O Arminianismo no consegue digerir esta grandiosa verdade Bblica. Assim, aquela pobre,

    maante, cega criatura, o Bispo Taylor, nos diz em algum lugar, se no estou enganado,

    que devemos expiar os nossos grandes pecados pelo choro; e os nossos pequenos peca-

    dos por um suspiro. Se nossos pecados no tm outra expiao alm dessa, vamos conti-

    nuar chorando, e lamentando, e rangendo os dentes, por toda a eternidade. Mas, graas

    Divina graa, a obra da expiao no feita agora. Cristo j lanou fora os nossos pecados

    pelo sacrifcio de Si mesmo (Hebreus 9:26). Estamos absolvidos de culpa e reconciliados

    com Deus, no por nossas prprias lgrimas, mas pelo precioso sangue de Jesus Cristo,

    como de um Cordeiro sem mancha ou defeito (1 Pedro 1:19); no os nossos prprios suspi-

    ros, e lgrimas e tristezas; mas a humilhao, a agonia, o suor sangrento, e a morte amarga

    dAquele que no cometeu pecado, dAquele que foi feito na forma de homem, e tornou-Se

    obediente at morte e morte de cruz; isto, e isto somente, a propiciao pelos nossos

    pecados (1 Joo 2:2). E to certo como Cristo obedeceu, to certo como Cristo expirou, to

    certo como Ele ressuscitou novamente, to certo como Ele intercede por todo o povo de

    Seu amor; assim, certamente sero todos eles, o primeiro e o ltimo, capacitados a cantar

    a Sua fidelidade por todas as geraes; e esta misericrdia, a qual ser edificada para

    sempre em sua glorificao plena, livre e final.

    Isto mais confirmado por estas palavras do salmista: Tu confirmars a tua fidelidade at

    nos cus [Salmos 89:2]. Como para dizer: Quando todo o Teu povo escolhido, redimido e

    convertido for reunido ao redor de trono; ento Tu dars, nos cus, uma prova eterna da

    Tua fidelidade eterna. To longe estar Deus de deixar o Seu povo perecer em sua passa-

    gem pelo deserto da vida, ou atravs do rio da morte, que Ele apresentar a todos eles,

    imaculados, diante da presena de Sua glria com exultante alegria (Judas 1:24). Deus

    ama mui bem as Suas joias, e Cristo as comprou com um mui querido preo, e o Esprito

    Santo as lustra com muita ateno, quer para jog-las fora, quer para perd-las finalmente.

    No, eles sero poupados (Malaquias 3:17); o seu nmero ser cumprido; e em sua glorifi-

    cao toda a Trindade ser glorificada.

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    Agora, aps levantamento de alguns dos ramos, olhemos para a grande raiz de onde eles

    brotam. Tendo tomado uma viso apressada desses ribeiros, pelos quais a Igreja de Deus

    enriquecida para a salvao; esforcemo-nos para contempl-los em sua grande Fonte e

    Cabea. Isto voc encontrar no terceiro versculo; onde Deus, o Pai diz: Fiz uma aliana

    com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para

    sempre, e edificarei o teu trono de gerao em gerao [Salmos 89: 3-4]. Voc acha que

    isto foi dito a Davi, apenas para sua prpria pessoa? No, em verdade, mas para Davi como

    o antitipo, figura e precursor de Jesus Cristo. Por isso, a verso Septuaginta o torna: Fiz

    aliana , com o meu povo eleito, ou com os meus escolhidos; ou seja, com

    eles em Cristo, e com Cristo em seu nome. Jurei ao meu servo Davi, ao Messias, que foi

    tipificado por Davi; ao meu Filho coeterno, que aceitou tomar sobre si a forma de servo; a

    tua descendncia, ou seja, todos aqueles a quem eu tenho dado a Ti no decreto da eleio,

    todos aqueles por quem Tu vives e morres para redimir, para sempre os estabelecerei, de

    modo a tornar irreversvel e irrevogvel a sua salvao; firmarei o teu trono, o Teu trono

    de mediao, como Rei dos santos, e Cabea da Aliana dos eleitos, de gerao em gera-

    o, sempre haver uma sucesso de pecadores favorecidos a serem chamados e santifi-

    cados, em consequncia da Tua obedincia federal at a morte; e a cada perodo de tempo,

    recompensar os Teus sofrimentos da aliana com o aumento da renovao de almas con-

    vertidas, at que tantos quanto estejam ordenados para a vida eterna (Atos 13:48) sejam

    reunidos.

    Observe-se, aqui, que quando Cristo recebeu esta promessa do Pai, relativa ao estabeleci-

    mento do Seu trono [ou seja, de Cristo] por todas as geraes; o significado claro , que

    Seu povo ser assim estabelecido; pois considere Cristo em Sua capacidade como o Filho

    de Deus, e o Seu trono j foi estabelecido, e havia sido desde a eternidade; e continuaria a

    ser estabelecido sem fim, mesmo que Ele nunca tivesse encarnado em absoluto. Portanto,

    a promessa indica que Cristo reinar, e no simplesmente como uma pessoa da Divindade

    (o que Ele sempre fez, e deve sempre fazer); mas relativamente, mediatorialmente e em

    seu carter de ofcio, como o Libertador e Rei de Sio. Por isso, segue-se que o Seu povo

    no pode ser perdido, porque Ele seria um pobre tipo de rei miservel que no tinha, ou

    no poderia ter, sditos sobre quem reinar. Consequentemente, aquele trono de glria, em

    que Cristo est sentado, j est cercado, em parte e, finalmente ser completamente cer-

    cado, e feito ainda mais glorioso, por inumerveis companhias, desta assembleia geral, e

    igreja dos primognitos, que esto arrolados no cu (Hebreus 12:23); para a remisso de

    cujos pecados o Seu sangue foi derramado; para a justificao de pessoas cuja a Sua justi-

    a foi operada; para a preservao de quem, em estado de graa, a Sua intercesso ain-

    da exercida no cu; e para restaurar e resgatar aqueles da desonra pessoal de pecado, o

    Esprito Santo desce e faz morada em seus coraes, e nunca deixar a Sua graciosa tutela

    at que Ele os santifique para o reino de Deus.

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    Bem pode o salmista acrescentar: E os cus louvaro as tuas maravilhas, Senhor, a tua

    fidelidade tambm na congregao dos santos (Salmos 89:5). O que devemos entender

    aqui pelos cus? Devo supor que os habitantes primrios do cu; a saber, os anjos de luz.

    Bondade eletiva, misericrdia redentora, graa santificadora, e poder preservador, to

    beneficamente demonstrados na salvao do homem cado, so maravilhas, mesmo para

    os prprios anjos. Mas os anjos so os nicos seres que devem admirar-se com essa de-

    monstrao de amor? No. E na assembleia dos santos, a tua fidelidade. Na congregao

    dos santos crentes abaixo, e dos santos glorificados acima. Para santos e anjos, no gran-

    dioso resultado das coisas, quando as transaes da graa e providncia forem reveladas

    e definidas, claramente desveladas para a vista deleitosa; em um augusto perodo, santos

    e anjos, os remidos e os espritos no-redimidos (mas ambos eleitos, um bem como o ou-

    tro), que foram sempre incorpreos e os santos cujas almas foram por um tempo desalo-

    jadas do corpo em consequncia do pecado original, mas que recebero seus corpos nova-

    mente na ressurreio dos justos; todos estes, quando eles se levantarem e brilharem aci-

    ma, devero reunirem-se com suas coroas de fundio, e tocaro as suas harpas douradas

    para louvar a Ele, que amou o Seu povo, e os redimiu para Deus, por meio de Seu sangue

    (Apocalipse 5:9).

    O tempo no me permite considerar, como eu projetei todos os versos preliminares que

    conduzem ao texto. Eu espero que tenha sido suficiente para justificar a declarao em que

    o texto comea: Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre! terrivelmente

    insinuando que h alguns que sentam-se na esfera do som jubiloso, mas que, no o conhe-

    cem, sentem e apreciam. para eles uma vox, et prterea nihil: um som e nada mais que

    um som. Mas, a bem-aventurana resulta para aqueles que conhecem o som alegre e cujas

    almas crentes podem dizer: As bnos gratuitas do Evangelho so toda a nossa salvao

    e todo o nosso desejo.

    Isto uma coisa muito comum, quando falamos do conhecimento das coisas que perten-

    cem nossa paz espiritual e eterna, que pessoas no-convertidas bradem: , como voc

    presunoso! Eu repudio totalmente a acusao. No presunoso tomar Deus em Sua

    Palavra, e crer e ter certeza de que haver um cumprimento das coisas que so ditas e pro-

    metidas pelo Senhor (Lucas 1:45). Assim, quando Deus assegura ao pecador penitente:

    Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgresses por amor de mim, e dos teus peca-

    dos no me lembro (Isaas 43:25); no humildade, mas a prpria presuno, e a prpria

    quintessncia da incredulidade, que nos ordena colocar um negativo na afirmao solene

    de Deus, e nos induzir a questionar se Ele bem cumprir, de fato, a Sua promessa. Eu sou

    firmemente da opinio que o homem que l e professa crer na Bblia deve ter um grande

    estoque de segurana, no pior sentido da palavra (ou seja, de audcia e desfaatez), se

    ele se atreve a negar esta garantia, no melhor sentido da palavra, ou uma clara percepo

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    e convico de interesse no amor perdoador de Deus, o privilgio possvel ao povo con-

    vertido de Cristo. Estes certamente concordaro com Davi, em defini-los como bem-aventu-

    rados em conhecer o som alegre: os que conhecem o som festivo, cujos coraes tm sido

    lavrados pelo Esprito Santo, para receber a semente do Evangelho; e em quem esta brota

    para justia e paz e alegria no Esprito Santo (Romanos 14:17). Disto, e disto somente, sur-

    ge a plena concepo de conhecer o som alegre. Por isso, podemos aprender que pessoas

    tm este conhecimento de fato. No a Igreja do Povo da Inglaterra, em detrimento de outras;

    No os Romanistas; no os membros da Igreja da Esccia; nem, em suma, os partidrios

    de qualquer denominao em particular. Mas os muitos indivduos que, pela graa, so

    habilitadas a conhecer o som alegre, so aqueles que Deus toma daquelas e de outras de-

    nominaes, para ser um povo para o Seu nome (Atos 15:14); a saber, os eleitos de cada

    poca, local e parte. Todos os convertidos de Deus, todo o Seu povo penitente, crente, obe-

    diente, atravs de toda a extenso da terra, abaixo, de uma extremidade do cu a outra; to-

    dos cujos coraes so todos tocados pelo poder atrativo de seu Divino Esprito so as

    pessoas que conhecem o som alegre.

    O som alegre de qu? Aquele da livre graa, que o empreendimento dos ministros de

    Deus proclamar, dizendo: Paz, paz para o que est longe, e para o que est perto (Isaas

    57:19). Esse som alegre que diz: Ah, todos (sem exceo de tempo, ou lugar, ou pessoa),

    vs, os que tendes sede, vinde s guas (Isaas 55:1) da vida, alegria e salvao. Mas,

    observe que mesmo isto no uma chamada universal. Deus me livre de ser mal inter-

    pretado por algum que me escuta hoje. No pense que eu estou iando as cores Armi-

    nianas, e erguendo a falsa bandeira Arminiana. No, de maneira nenhuma. Acho que no

    h praticamente uma chamada mais indefinida, em toda a Palavra de Deus, do que a que

    eu citei por ltimo. Mas, em seguida, note, que se destina apenas para os que tm sede,

    ou seja, queles que tanto conhecem o som alegre quanto desejam uma participao expe-

    rimental das bnos que ele proclama. Seria leviano chamar s guas os que no tm

    sede. Seria ridcula zombaria, se convidssemos os mortos para sentarem-se mesa, e

    colocar um prato, uma faca e um garfo, diante deles, e perguntar-lhes porque eles no co-

    mem? O fato : eles no podem comer nem beber. Eles devem, antes, serem feitos vivos

    para que possam ter algo como qualquer apetite.

    H uma passagem mui frequentemente, porm muito ociosamente, insistida pelos Arminia-

    nos, como se fosse um martelo que poderia a um s golpe esmagar ao p toda a obra da

    livre graa. A passagem : Por que morrereis, casa de Israel (Ezequiel 18:31). Mas a-

    contece que a morte aqui aludida no nem a morte espiritual, nem morte eterna; como

    abundantemente aparece em todo o teor do captulo. A morte intencionada pelo profeta

    uma morte poltica; a morte de prosperidade, tranquilidade e segurana nacionais. E o sen-

    tido da pergunta justa e precisamente este: O que isto que faz voc se apaixonar pelo

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    cativeiro, banimento e runa civil? A abstinncia da adorao de imagens pode, como um

    povo, isent-los daquelas calamidades, e mais uma vez fazer de vocs uma nao respeit-

    vel. So as misrias da devastao pblica to sedutoras como para atrair a vossa busca

    determinada? Por que morrereis? Morrer como a casa de Israel e considerada como um

    corpo poltico? Assim, razoavelmente, o profeta argumentou o caso. Adicionando, ao mes-

    mo tempo, esta declarao no menos razovel: Porque no tenho prazer na morte do

    que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei (Ezequiel 18:32). O que implica

    nestas duas coisas: 1. Que o cativeiro nacional dos judeus no acrescentou nada felici-

    dade de Deus. Isto no lhe trouxe qualquer adeso de lucro ou prazer. E eu me pergunto

    (filosoficamente falando) se seria possvel adicionar o que quer que seja felicidade Divina,

    j que infinita; e, consequentemente, insuscetvel de aumento. 2. Que, se os judeus se

    convertessem da idolatria, e lanassem fora as suas imagens, eles no morreriam em um

    pas hostil estrangeiro, mas viveriam em paz em sua prpria terra, e desfrutariam de suas

    liberdades como um povo independente.

    E agora, o que tem tudo isto tem a ver com as bnos da graa e glria? No mais do que

    isto tem a ver com Gogue e Magogue. No seria muito absurdo se eu permanecesse no

    jardim da igreja e dissesse para os corpos enterrados ali: Por que morrereis? No, em

    meu pensamento, seria menos do que se eu dissesse a um pecador morto espiritualmente:

    Por que morrereis? Ai, ele j est morto; e colocar tal questionamento para algum nesta

    condio, seria, na realidade, perguntar para um homem que j est cado em Ado (como

    todo homem est): Por que tu caste em Ado? Deixe os Arminianos falarem desta

    maneira se o consideram adequado. Eles tero, para mim, todo o falatrio, no invejado e

    no rivalizado, para eles mesmos. Eu acho que isto no suportar gua.

    Uma coisa muito diferente o som alegre do Evangelho da graa. Ele transmite a vida aos

    mortos, e sade para os vivos. Ele vos deu vida, estando vs mortos em vossos delitos e

    pecados (Efsios 2:1). E, diz Deus a respeito da vivificao de sua Igreja: Eis que lhe trarei

    [no a provocarei com uma oferta vazia; mas, verdadeiramente] sade e cura (Jeremias

    33:6). A regenerao d vida espiritual e a santificao d sade espiritual, para a alma.

    Como a sade espiritual evidenciada para ns mesmos e para outros? No por pender

    no encosto da cadeira da preguia; mas por abundar na obra do Senhor. Pois, embora algu-

    mas pessoas nos chamem Antinomianos (como o prprio Cristo e os apstolos eram, ento

    Mateus 11:19 e Romanos 3:8 chamados antes de ns, pelos desenvergonhados

    fariseus daquela poca), e falsamente acusam nossa boa conversao (1 Pedro 3:6), como

    se fssemos inimigos da lei moral; estamos to longe disso, que (eu declaro isto ousada-

    mente, e deixe que qualquer um o contradiga, se puder), ns que cremos que a salvao

    o dom absoluto da graa absoluta somos as nicas pessoas que reafirmam as devidas

    honras da lei, e estabelecemos sua autoridade de forma inabalvel.

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    1. Afirmamos suas honras, por consider-las como uma transcrio da prpria santidade

    de Deus; como absolutamente perfeitas em todas as Suas requisies; como o padro inva-

    rivel de excelncia moral; como a sublime regra pela qual o prprio Cristo ajustou Sua pr-

    pria obedincia incomparvel; e como o instrutor que, em subservincia influncia do

    Esprito Santo, ns prepara (pela severidade da sua disciplina) para a recepo de Cristo,

    e para ouvirmos, para um bom propsito, aquele som da graa do Evangelho que jubiloso

    apenas para aqueles a quem a lei, assim vista, tem instrumentalmente (Glatas 3:24; Ro-

    manos 3:20) convencido do pecado.

    2. Estabelecemos sua autoridade (Romanos 3:31), por enxertar a nossa obedincia sobre

    o princpio perptuo (1 Corntios 13:8 e Mateus 27:40) do amor a Cristo; por objetivar a

    conformidade prtica aos Seus preceitos, como o grande prova visvel da nossa parte na

    eleio de Deus e na redeno do Messias (1 Pedro 1:2); acreditando e afirmando que ela

    ainda permanece em pleno vigor, e assim permanecer enquanto o sol e a lua existirem,

    como a regra moral da nossa caminhada; e suplicando a Deus pelo Esprito Santo (Hebreus

    8:10) para escrev-la em nossos coraes adequadamente. Pois, qualquer que seja a

    obrigao absolutamente moral, e deve ser, em sua prpria natureza, irrevogvel.

    Assim, o som festivo proclama a majestade, e at mesmo acrescenta s sanes da lei mo-

    ral. Para cumprir toda a justia dessa lei, e suportar a sua terrvel pena, como um pacto de

    obras, o Filho de Deus Altssimo inclinou-se dos cus e desceu, para fazer o Seu povo res-

    gatado amar essa lei como uma diretriz de conduta; e para torn-la realmente transcrita ao

    seu mximo em suas vidas, como um meio de sua conformidade a Deus; o Esprito incriado

    desce sobre suas almas como uma pomba, e opera neles tanto o querer quanto o efetuar.

    Mas ainda devemos considerar a lei como na mo de Cristo (1 Corntios 9:21): E lembre-

    se, que o amor de Deus, graciosamente derramado (Romanos 5:5) no corao o nico

    princpio pelo qual os crentes agem.

    Agora, aquele som alegre que as pessoas so ditas bem-aventuradas em conhecer, consis-

    te grandemente, no que a Palavra de Deus traz luz sobre (Efsios 3:11) aquele propsito

    eterno da eleio de graa que Ele estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor. Pois, no

    obstante os esforos profanos de alguns em deturpar essa grande e preciosa verdade como

    uma doutrina obscura, desconfortvel, aqueles cujos olhos Deus iluminou, e aqueles cujos

    coraes Deus tocou, sabem que este no um som triste, mas jubiloso; e o desejo de

    todos os seus coraes : oh, que eu pudesse, com f mais desanuviada, contemplar meu

    nome brilhando no Livro da vida do Cordeiro! O prprio Cristo, o grande pregador da predes-

    tinao, e que certamente foi um juiz competente desta questo, considerou a eleio uma

    doutrina reavivadora do corao; ou Ele nunca ordenaria aos Seus discpulos que se

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    alegrassem por terem Seus nomes escritos no cu (Lucas 10:20). Qualquer que prega o

    Evangelho sem considerar a eleio absoluta, este ministro d as costas para a rvore da

    vida, apaga uma das principais luzes que ele deveria elevar no velador, e retm de Seu

    povo a prpria raiz e essncia do som alegre.

    O qual a livre remisso do pecado, por meio do sangue precioso e expiao de Jesus

    Cristo; o qual incondicional e irreversvel justificao, atravs da imputada justia de

    Cristo; o qual aquela verdade que nos diz que o Esprito de Cristo o regenerador, o habi-

    tante, o iluminador e o eterno consolador dos filhos de Deus; o qual essa palavra que nos

    assegura que o Senhor no ficar longe das pessoas de Seu amor, nem Se compadece

    para finalmente afastar-Se deles, mas que Ele os selar como Seus para sempre, e os

    preservar durante a vida e a morte, para a glria, embora cada passo que deem sobre a

    terra esteja cheio de armadilhas, e, se deixados por si mesmos um momento, eles cairiam

    no inferno mais baixo; o qual a contnua advocacia de Cristo, pelo qual Ele veste Seu sa-

    cerdcio em Seu trono, e intercede por Seu povo militante, de modo que, enquanto eles

    esto peregrinando, ou lutando, ou enfraquecendo, Ele est orando, com a apresentao

    perptua de Si mesmo diante de Deus, como um Cordeiro recm-assassinado; o qual so

    as promessas que se relacionam com o socorro, apoio e libertao da alma, na morte; que

    garantem uma ressurreio corporal para a glria, honra e imortalidade; e que certifica-o

    em beatificao sem fim, da alma e corpo juntos, no reino de Deus; digo eu, o so todos

    esses, seno as muitas pores e ramos do som alegre? E um som alegre isto . Que Deus

    o faa assim para ns!

    Fosse a questo deixada na mo da nossa livre-agncia, o som alegre logo escureceria em

    um som funesto. Nunca entraramos em um estado de graa em absoluto. E, se Deus nos

    colocasse nisto, e depois nos entregasse nossa prpria gesto, deveramos rapidamente

    naufragar em absoluto. Ado, no estado de inocncia, no permaneceu, provavelmente,

    por 24 horas. E como deve o crente, que est em um estado misto de pecado e graa, e

    em quem esto (Cantares 6:13) a fileira de dois exrcitos, a carne e o esprito, em guerra

    perptua entre si; como poderia uma pessoa possivelmente continuar, mesmo por vinte de

    quatro minutos, se o mesmo amor Todo-Poderoso, que o colocasse na Aliana, no o

    sustentasse na mesma?

    Um bom homem do sculo passado, diz, e com grande verdade o crente mais forte dentre

    todos ns como um copo sem uma base, que no pode permanecer um momento a mais

    do que ele seja mantido. E nosso Senhor tinha uma viso semelhante sobre o assunto,

    quando Ele declarou, que Ele mantm todas as Suas ovelhas em Sua mo (Joo 10:28;

    Veja tambm Deuteronmio 33:8); se Eu te deixasse por um instante, tu cairias; portanto,

    Eu te seguro firme, e ningum pode arrebatar-te da Minha mo.

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    Oh, quo confortvel isso, quando o Senhor faz essas verdades conhecidas ao corao,

    pelo Seu Esprito! Quo bem-aventuradas so as pessoas que, assim, conhecem o som

    alegre! Quem podem ver que Deus as amou em Seu Filho; podem sentir que Cristo morreu

    por elas, para ser a sua paz eterna; que esto convencidas de que a paz no est por ser

    realizada agora, mas foi completamente cumprida e selada pelo precioso sangue da Sua

    cruz, eras e eras antes que eles puxassem a respirao; que esto docemente seguros de

    que o Esprito Santo, que j comeou a mostrar-lhes as grandes coisas de Cristo, prosse-

    guir mais claramente a mostrar-lhes que Ele nunca os deixar, nem os abandonar, na

    vida, na morte, nem mesmo em sua jornada final! Este aquele som alegre que Deus per-

    mite que Seu povo conhea. E qual a consequncia de conhec-lo?

    Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre. Por que eles so bem-aventurados,

    ou felizes? E em que a sua bem-aventurana consiste? Eles andaro, Senhor, na luz da

    Tua face. Como para dizer, ns precisamos somente conhecer este som alegre para ser-

    mos felizes. Ns precisamos apenas saber o que ser amado, escolhido, redimido e santifi-

    cado dentre os homens; e ento, este conhecimento nos far (Habacuque 3:19) andar so-

    bre as suas alturas, e triunfar em o nome de nosso Deus. Ns vamos experimentar o sorriso,

    ns fruiremos da luz do sol, da face de Deus sobre as nossas almas.

    Qual o significado dessa frase: andar, Senhor, na luz da tua face? Suponha que qual-

    quer grande personagem apadrinhou um homem sombrio, e o favoreceu com sua peculiar

    intimidade e amizade. Seria, nesse caso, natural que ns dissssemos: tal pessoa gran-

    demente contemplada por este ou aquele nobre. Assim aqui: Eles andaro na luz da Tua

    face, ou seja, estaro, sensivelmente, no favor de Deus. Eles fruiro de confortvel comu-

    nho e amizade com Deus. Eles tero uma persuaso satisfatria de que o Senhor est

    em paz com eles, atravs do sangue de Cristo; e que (Romanos 5:1), sendo justificados

    pela f, esto tambm, por sua parte, em paz com o Senhor. Eles (Romanos 5:11) recebem

    a expiao (pois o verdadeiro assunto da f , no fazer a expiao, mas simplesmente

    receber e descansar sobre a expiao de Cristo, j feita, a qual a f em si mesma no a

    torna mais eficaz do que intrinsecamente ). s vezes, a mar da segurana rola to rica-

    mente sobre a alma, como a subir quase (se assim posso dizer) at a marca dgua, e no

    deixa tanto como a sombra de uma dvida sobre a mente. Quando assim com o crente,

    ele pode ser eminentemente dito que anda na luz da face de Deus. A f olha (Hebreus 6:19)

    dentro do vu. A cena interposta se abre. Ns quase ouvimos os anjos cantarem. Ns quase

    vemos as almas dos glorificados prestando homenagens graa, e lanando as suas

    coroas no escabelo Divino. Ns quase contemplamos o Rei dos santos (Isaas 33:17) em

    Sua beleza, brilhando como (Apocalipse 5:6) o Cordeiro no meio do trono. Estes so

    momentos preciosos! Mas, logo a cena se fecha. Ns descemos do topo da montanha, e

    encontramo-nos de novo no vale.

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    Se Deus, no entanto, ainda no lhe deu qualquer garantia de Seu amor, no imagine que

    voc , portanto, um estrangeiro e um bastardo. Pois, eu imagino, que a face de Deus, ou

    favor, e a luz da Sua face, ou o conhecimento claro e confortvel de Seu favor, so duas

    coisas distintas. Deus pode ter um favor para conosco, Ele pode nos amar, e estar resolvido

    a nos salvar; e ainda no nos saciar com a luz imediata de Sua face. Mas sobre uma coisa

    eu sou to claramente positivo, quanto agora estou pregando na Capela Lock: a saber, que

    ningum cujo corao, em absoluto operado pelo do dedo do Esprito de Deus, pode

    sentar-se, muito fcil e contentemente, sem visitar a experincia do que a luz da face de

    Deus significa. Seu desejo conhec-la, andar nela, e andar digno dela.

    Voc nunca observou, depois que o sol tem brilhado, talvez por horas a fio, uma nvoa difu-

    sa surge da terra, ou uma nuvem flutuante interpe-se no cu, e sombreia o grande luminar

    de seu ponto de vista? Ainda assim, a realidade, o sol ainda brilhava como antes, embora

    a sensao de seu brilho fora suspensa. Assim, nas pocas mais obscuras de angstia

    espiritual, a face de Deus, ou favor, ainda est em sua direo para o bem; e brilha, no a-

    penas com intensidade inextinguvel, mas tambm no diminuvel. Esta no , no entanto,

    uma felicidade mais desejvel; para ver e sentir a luz do Seu rosto, sorrindo plenamente

    sobre ns, como um sol quando se levanta na sua fora (Juzes 4:31); isto , o que quer

    indicar o apstolo, onde diz: Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz,

    quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do conhecimento da glria de

    Deus [ou seja, para nos iluminar no conhecimento da gloriosa graa do Pai, como demons-

    trada] , na Pessoa, [e conforme exibida na salvao final] de Jesus Cristo (2

    Corntios 4:6). E isto , igualmente, o que o salmista indica no texto: Andaro, Senhor, na

    luz da Tua face.

    Voc pergunta: Como esta comunho feliz com Deus deve ser alcanada?. Eu respondo:

    isto no de realizao humana, mas da concesso do Esprito Santo. Donde Davi, em ou-

    tro lugar, ora: Senhor, exalta sobre ns a luz do teu rosto (Salmos 4:6).

    Voc pergunta mais: Como esta doce iluminao e amizade devem ser buscadas, culti-

    vadas e acalentadas?. Eu respondo que a sabedoria e a vontade de Deus, neste ordenado

    encadeamento de uma bno a outra, que Ele estabeleceu em Sua Aliana da graa, tudo

    concorre para nos assegurar de que, se quisermos desfrutar dos raios no interceptveis

    dentro de Sua presena, devemos cultivar a santidade, abundar em boas obras, estar muito

    na companhia de Deus, atravs da orao e splica com aes de graas, beber continua-

    mente da fonte da Sua Palavra escrita e conversar com frequncia, e comparar experin-

    cias, com os outros dos filhos de Deus, mais especialmente com aqueles ou eminentemente

    vivificados, ou notavelmente exercitados em deseres; tais conversaes so sempre

    proveitosas, e frequentemente fazem (Lucas 24:32) nossos coraes arderem interiormen-

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    te, enquanto ns mutuamente abrimos as Escrituras, e (Malaquias 3:18) falamos uns com

    os outros, sobre (Atos 10:3) as coisas concernentes ao reino de Deus. Os doentes e os em

    leitos de morte do povo de Cristo so, em um grau muito eminente, as escolas de instruo

    e consolo. Muitas vezes fui para eles to frio (espiritualmente falando), como uma pedra, e

    retornei deles to aquecido quanto um anjo.

    Em uma palavra: a comunho com Deus requer que ns sejamos encontrados em todos

    os meios de graa, e no caminho do dever universal; e ns evitarmos, como faramos com

    veneno ou a peste, tudo o que tende a lanar um pano mido sobre a nossa relao com o

    Esprito Santo, para manchar nossas graas, ou escurecer nossas evidncias. Se voc

    descobrisse que at mesmo a travessia de uma palha favorecesse a vinda de uma nuvem

    sobre sua alma e obstruiria a sua comunho com Deus, seria o seu mximo dever o abster-

    se de cruzar essa palha como se, tu no atravessars uma palha fosse um dos dez man-

    damentos. Mas em todos estes aspectos cada homem deve julgar por si mesmo, em parti-

    cular. Deus tem, em geral ligado bem com o bem e o mal com o mal. Se, portanto, voc so-

    fre por estar fora de Sua guarda, e fora de Sua vigilncia, embora voc no possa (se voc

    um verdadeiro crente) cair e quebrar seu pescoo, ainda assim voc pode quebrar seus

    membros de forma a ir hesitante para o dia de sua morte. O Senhor graciosamente fortale-

    ce (Litania), bem como suporta, e efetivamente levanta (Litania) at os que caem; fazen-

    do tanto estes quanto aqueles mais ardentes e mais cuidadosos praticamente do que nun-

    ca, para caminhar na luz de Sua face! Porque, certamente, prximo do amor do corao de

    Deus, os crentes valorizam os sorrisos de Sua face; a partir dos quais, como a partir da

    ao do sol, surgem as construes de alegria consciente; as folhas da profisso imcula-

    da; a variada florao dos temperamentos santos; e os frutos benficos da justia moral.

    Esto totalmente enganados aqueles que supem que a luz da face de Deus, e os privi-

    lgios do Evangelho, e os consolos do Esprito, nos conduzem indolncia e inatividade

    no caminho do dever. O texto corta esta suposio pelas razes. Pois no diz que eles

    devem sentar-se luz de Tua face; ou que eles se deitaro a luz de Tua face; mas que an-

    daro na luz da Tua face. O que andar? um movimento progressivo de um ponto para

    outro do espao. E o que esta caminhada santa a qual o Esprito de Deus capacita a todo

    o Seu povo observar? um movimento contnuo, progressivo, do pecado santidade; de

    tudo o que mau para toda a boa palavra e obra.

    E a mesma luz da face de Deus, na qual voc, crente, habilitado a andar, e que a prin-

    cpio lhe deu ps espirituais com os quais andar, ir mant-lo em um andar e em um estado

    de trabalho at o fim de sua guerra. Assim que o caminho dever, sob as iluminaes de

    seu Esprito (pois no podemos fazer nada, seno enquanto Ele nos concede a Sua graa

    a cada momento), brilhar mais e mais at ser dia perfeito (Provrbios 4:18). Os verdadeira-

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    mente justos prosseguiro em seu curso, e aqueles que tm as mos puras iro crescendo

    em fora (J 17:9). Eles no somente andaro, Senhor, na luz da Tua face; eles devero

    tambm, s vezes, at mesmo correr e no se cansaro (Isaas 39:31), ou seja, quando

    eles so eminentemente inclinados para Deus. Leva-nos; correremos aps ti (Cnticos 1:4).

    Embora Deus encontre todos os Seus filhos natimortos ou mortos espiritualmente, antes

    que Ele os vivifique por Seu prprio poder eficaz e graa, ainda assim Ele os vivifica, a fim

    de que eles possam viver posteriormente para Sua honra e glria (1 Pedro 2:9). Ele levanta

    a luz de Sua face sobre a mente humana, com uma viso anloga ao que Ele faz com a luz

    do sol natural, que sobe sobre o mundo. Com que finalidade o sol brilha sobre ns em uma

    manh? No para que possamos continuar a fechar os olhos e plpebras, e pressionemos

    o dia todo a cama da indolncia; mas para que levantemos e estejamos agindo. E por que

    a luz do Esprito de Deus brilha interiormente sobre o Seu povo? Para que eles possam

    levantar e caminhar na luz de Sua face e fazer as obras de Deus enquanto dia (Joo 9:4),

    como Jesus Cristo deu-lhes o exemplo: ande de modo digno dAquele que lhes chamou pa-

    ra Sua glria e virtude. Pois no santo falar, mas santo caminhar, o que prova que somos

    filhos de Deus.

    No entanto, depois que fizemos o mximo, e tenhamos andando to longe, nos caminhos

    de Deus como sua graa nos permitiu, o que o tema de nossa confiana e alegria? No

    ns mesmos, nem os nossos prprios desempenhos, mas a livre misericrdia do Pai, e o

    todo-perfeito mrito dAquele que morreu e ressuscitou. Como o bom Sr. Hervey pergunta:

    Podem os nossos atos de caridade expiar os nossos inmeros crimes? Como uma gota

    de gua fresca pode corrigir e adoar a salmoura insondvel do oceano. Podem nossas

    performances defeituosas satisfazer as exigncias de uma lei perfeita, ou os nossos erros

    nos ocultar do desagrado de um Deus irado? Assim como a nossa mo erguida pode eclip-

    sar o sol, ou interceptar o raio quando se arremessa atravs da nuvem prestes a romper.

    Ns podemos ser reconciliados com Deus apenas por Jesus Cristo (veja o sermo do Sr.

    Hervey, intitulado O Ministrio da Reconciliao). o doce emprego da f que faz tantas

    boas obras quanto puder; e renuncia a elas to rpido quanto ela possa lhes dizer: Senhor,

    quando te vimos com fome, e te demos de comer? [Mateus 25:37].

    Assim, aprendemos, a partir do texto, que as mesmas pessoas que andam na luz da face

    de Deus, e so ativas nas observaes do dever moral, tm, quando elas tm feito de tudo,

    algo infinitamente melhor pelo que se alegrar e para depender do que a santidade da sua

    caminhada, e os vrios deveres que efetuam. Em Seu nome, e no em sua prpria retido,

    se alegrar todo o dia, e na Sua justia, e no em suas prprias obras, se exaltar. Durante

    o dia da vida terrestre, eles devem cantar, com o apstolo: Mas longe esteja de mim gloriar-

    me, a no ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo (Glatas 6:14); e quando, tendo o seu

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    ltimo respirar na terra, eles voam para praia da imortalidade, so, ento, incoativamente

    (o incio de uma ao), e sero (aps a auditoria final) completa e eternamente, elevados

    para o reino de Deus, na e atravs da justia imputada, somente, de seu Salvador, o seu

    Fiador e a sua Cabea.

    Pelo nome de Cristo, no qual os eleitos so aqui ditos alegrarem-se, eu entendo o prprio

    Cristo: a Pessoa bendita, representada por esse Nome. O qual o brilho, o a

    emanao, ou exterior feixe luz radiante, da glria do Pai (Hebreus 1:4), e , pela virtude

    desta derivao eterna e incompreensvel ( ). Deus de Deus; Luz da

    Luz; verdadeiro Deus de Deus verdadeiro, gerado, no criado; co-igual participante de uma

    substncia [ou seja, da mesma natureza e essncia numrica] com o Pai, e por quem todas

    as coisas foram feitas.

    Em Seu Nome, ou seja, na Divindade de Sua Pessoa, e em Seus ofcios como mediador;

    em Sua expiao consumada, na perfeita justia de Sua obedincia, e na Sua intercesso

    infalvel por todos os eleitos; este o privilgio do humilde, do contrito, do fraco, do tentado

    e do crente cado (se retornando), pelo que se alegrar; porque foi para tais homens, e para

    a sua salvao, que este Ser adorvel desceu do Cu, e derramou a Sua alma na morte.

    No imagine que Davi era um Antinomiano, porque ele no faz nenhuma meno de boas

    obras como objetos de alegria e de dependncia. A verdade que no se diz, os santos

    se alegraro em sua fidelidade, em suas mortificaes emocionadas, ou mesmo naquelas

    obras que brotam da graa genuna. No; no nestes, mas em Seu nome, os gentios creem

    (Mateus 12:21), e apenas de Sua nica justia eles faro a Sua glria. Graas inerentes e

    deveres pessoais so os ornamentos, mas no a fundao, nem os pilares, do templo

    mstico de Deus.

    Como a justia de Cristo o nico mrito que pode nos exaltar presena e ao reino de

    Deus; assim esta doutrina sozinha deve ser considerada to evanglica, de forma que aba-

    te a justia do homem, e exalte a justia de Cristo; o que nos leva a confiar, no no que fa-

    zemos, mas individualmente sobre o que Ele fez e sofreu por ns. O trabalho da Lei nos

    derrubar do pedestal da autoconfiana, e nos moer; como Moiss reduziu ao p, e dis-

    persou os materiais dos dolos israelitas. A obra da graa nos erguer do p, e estabelecer-

    nos em Cristo, a Rocha Eterna, para colocar um cntico novo de salvao gratuita em

    nossas bocas, e ordenar os nossos passos no caminho dos mandamentos de Deus. Isto

    (mesmo o poder do Esprito Santo, que pela primeira vez nos quebra em pedaos pelo

    martelo da Lei, e, em seguida, nos restaura pela graa do Evangelho) que nos permite nos

    gloriemos em nome de Cristo, todo o dia. No que a alegria de um crente seja ininterrupta,

    a partir do momento de sua converso at o momento de sua chegada ao cu; pois os

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    eleitos tm o seu choro, bem como a sua temporada de triunfo, e sua peregrinao sabia-

    mente contrastada e diversificada, tanto com alegrias e tristezas que o mundo no conhece.

    O significado, portanto, do texto, que um pecador no mais cedo nascido de novo do

    que quando Cristo, e Cristo somente, torna-se o objeto da dependncia deste pecador; que

    possa, a partir da, dizer com o Dr. Watts:

    Enquanto judeus de suas prprias obras dependem,

    E os gregos da sabedoria se vangloriam;

    Eu amo Teu mistrio encarnado,

    E ali eu fixo a minha confiana.

    O pecador convertido tendo assim, por meio da boa mo de Deus sobre ele, fixado todas

    as suas esperanas em Jesus Cristo, o Justo, viaja o restante de seu caminho, encostado

    nos mritos (Cantares 8:5) do amado mediador; e , enfim, exaltado participao efetiva

    da herana celestial acima, em e pela virtude desta justia Divina, a qual Deus Filho operou,

    que Deus o Pai imputa, que Deus o Esprito aplica, e sentindo-se esvaziar, recebe a f.

    O erudito e evanglico Sr. Thomas Cole, um renomado e til ministro de Cristo, no sculo

    passado, tinha uma observao ou duas, em sua ltima doena plena para o sentido da

    clusula com a qual o texto conclui: Na tua justia eles se exaltaro. Seria uma infeliz mor-

    te, se no tivssemos algo de cada forma adequado s exigncias da lei, para fundamentar

    as nossas esperanas de vida eternal. Ns temos uma entrada abundante no Reino de

    Deus, pelo caminho da justia de Cristo. O Diabo e a Lei podem nos encontrar; ainda assim

    no podem nos impedir de entrar no cu por aquela Justia. Devemos estar certos de en-

    contrar com o Diabo, com a conscincia, com homens mpios e com a Lei de Deus, em nos-

    so caminho para o cu; e no podemos lidar com nenhum deles, seno atravs da Justia

    que foi toda satisfeita. Vamos trazer isso junto conosco, e todos eles fugiro diante desta.

    Se um pecador vem em sua prpria justia, expulse-o, diz Deus; assim diz a conscincia,

    assim diz a Lei. Mas, quando algum vem vestido com a Justia de Cristo, deixo-o entrar,

    diz Deus; assim diz a conscincia; assim diz a Lei; e deixe que o Diabo e o mundo digam o

    contrrio, se ousarem.

    Eu no deveria me atrever a olhar a morte de frente, se no fosse a garantia confortvel

    que a f me d sobre a vida eterna em Cristo Jesus, e pelas emanaes confortveis e

    abundantes desta vida. Isto no o que eu trago para Cristo, mas, o que eu recebo dEle.

    Os primrdios do que eu vejo saltando para a vida eterna.

    Algumas pessoas pensam em triunfarem elas mesmas como um todo, por sua prpria

    justia moral, mas este o caminho pronto para morrer no horror da conscincia.

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    Se voc quer a manifestao do perdo de todos os pecados, leva-os para a livre graa;

    que tendo-os apagado, sabe dar-lhe uma percepo disto. O Evangelho de nossa salvao

    um Evangelho da livre graa, e aqueles que gostariam de outra forma podem reunir o que

    puderem, e vo ostentando para as portas do cu; mas eles voltaro novamente.

    E como foi com este grande homem de Deus apoiado pela justia de Cristo, quando na

    viso imediata da morte? Aprenda o que esta justia pode fazer por ns, pelo seguinte dis-

    curso memorvel, que ele dirigiu a um dos seus visitantes: Voc est vindo para ouvir os

    meus ltimos gemidos agonizantes, mas saiba, quando voc os ouvir, que eles so a res-

    pirao mais doce eu jamais aspirei desde que eu conheci Cristo Jesus.

    bendito Filho de Deus, exalta-nos em Tua justia, e retira de ns a nossa prpria! Vs,

    que hoje me ouvem, oh, o que vs estais procurando? Serem encontrados e exaltados na

    obedincia de Cristo? Ou herdarem perdio e condenao em sua prpria? Deus vos

    capacite e leve-os a escolher a boa parte!

    Corte fora, tanto quanto o homem pode faz-lo, todos os fundamentos de orgulho, incredu-

    lidade hipcrita, deixe-me concluir com duas ou trs observaes pertinentes.

    1. Porque a notcia do Evangelho da salvao chamada de o som alegre? No, por tem-

    po indeterminado, uma alegria, mas peculiarmente, e exclusivamente de todos os outros

    regimes que sejam, o som alegre?

    Porque ele o veculo de fazer conhecido a ns que Deus amor, e que Ele (no sangue e

    justia de Cristo) abriu um canal para o Seu amor exercitar-se na salvao do indigno. Os

    perdidos so encontrados; os cegos veem; os surdos ouvem; os coxos andam; os leprosos

    so limpos; os mortos so vivificados, e tudo isso sem dinheiro e sem preo (Isaas 4:1).

    2. Voc tem alguma parte ou poro nesta bem-aventurana de que o texto fala? Alguma

    viso confortvel, ou esperana de proveito na eleio de Deus, e na propiciao de Cristo,

    e na graa regeneradora do Esprito? Pedi, e isto (no vendido a voc pelos seus traba-

    lhos e pelo seu cumprimento imaginrio das pretendidas condies, mas um sentimento de

    interesse) vos ser dado; procurai, somente pelo Nome e somente pela justia por amor de

    Cristo, e achareis as misericrdias que desejam; batei, mas deixe que isto seja com a mo

    vazia, na porta da clemncia divina, e esta vos ser aberta. Pedi, e dar-se-vos-; buscai,

    e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca,

    encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe- (Mateus 7:7-8). To certo como Deus inclina voc

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    para Cristo, to certamente Cristo, ao Seu tempo determinado, far de voc um participante

    da bem-aventurana dos que conhece o som alegre.

    3. Voc, que cr com o corao para justia (Romanos 10:10) d toda a glria; e ore para

    que voc possa ter continuamente vises mais vivificantes desta justia imputada, na qual

    Ele levou voc a confiar. Como, por um lado, nada pode garantir e animar a sua alegria;

    tanto, por outro (para usar a expresso de um bom homem, agora com Deus), Nada pode

    efetivamente matar o pecado, seno uma contemplao clara da justia de Cristo. Apegue-

    se a essa ncora segura e firme, e voc finalmente subir mais elevado, tanto das ondas

    de aflio, e da lama de suas prprias concupiscncias e corrupes.

    4. Faa disto o seu objeto predominante de ambio, o caminhar na luz da face de Deus.

    Se voc bem-aventurado com o Seu sorriso, no importe-se mesmo que toda a criao

    possa franzir a testa.

    5. Mas se voc anda na luz ou escurido, no conforto ou sofrimento, lembre-se que voc

    no tem nada, seno o Nome, a Aliana, a Pessoa e a Obra de Cristo, em que alegrar-se

    e no que depender. Ns, diz o apstolo, somos a circunciso, ns que adoramos a Deus

    no Esprito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e no confiamos na carne.

    6. Saiba de onde toda a sua salvao espiritual e eterna surge. No vem de vocs mesmos,

    em nenhum aspecto, nem em qualquer grau. A livre-agncia, at ser santificada pela rege-

    nerao, um dente quebrado, e um p fora da articulao. E obras feitas antes da graa

    de Cristo e da inspirao de seu Esprito so, como a nossa igreja justamente os pronuncia

    ser, pecaminosas e desagradveis a Deus. No, mesmo as melhores obras que podem

    ser executadas aps a converso caem imensamente aqum do que a Lei de Deus requer,

    no ponto, tanto de matria e de forma, de quantidade e qualidade, de nmero, extenso,

    pureza e peso. O que, ento, seria de ns, se no fosse a justia de Cristo? O prprio So

    Paulo, com todo o seu squito incomparvel de obras santas e trabalhos teis, teria afun-

    dado, do prprio andaime do martrio, no inferno mais baixo. Bendita, portanto, seja a livre

    graa de Deus, por esta preciosa palavra de promessa infalvel: Na Tua justia o Teu povo

    se exaltar!

    7. O que isto que fez, e para sempre continuar a fazer, a justia de Cristo, to infinita-

    mente meritria e eficaz? A Divindade de Sua Pessoa. Todos os seres criados no universo,

    seja anglico ou humano, no cados, cados ou restaurados, nunca, por seus maiores

    esforos unidos, seriam capazes de fornecer e operar uma justia de valor suficiente para

    reivindicar o favor de Deus sobre o fundamento da justia e mrito, ou de apresentar qual-

    quer uma das sementes escolhidas irrepreensvel diante dos olhos flamejantes de infinita

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    santidade. Tal poder pertence apenas justia do Deus-homem, Jeov encarnado. Nada

    alm deste mrito todo-perfeito e eterno, o qual o resultado complexo de Sua obedincia

    e do Seu sacrifcio, pode nos exaltar e resgatar para a dignidade e felicidade do cu.

    A Divindade de Cristo dificilmente pode receber a prova mais forte da Escritura do que a-

    quela que nosso texto fornece. Pois o conjunto de dois versculos, que tm sido objeto de

    nossa meditao, nesta manh, um endereo solene ao Messias; no como Homem e

    Messias, mas, em Sua mais elevada capacidade, como Deus com Deus, ou como o eterno

    e unignito do Pai. Vamos dar ao texto uma breve reviso, e ns imediatamente percebe-

    mos que no nem mais nem menos do que uma aplicao devocional, explicitamente

    direcionada para a segunda pessoa da Trindade: uma aplicao formada nos termos mais

    estritos de culto, at mesmo de adorao absoluta e devidamente Divina; e que no pode,

    sem a idolatria mais grosseira e condenvel, ser oferecida a qualquer ser inferior ao prprio

    Deus.

    Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre, por Ti; Eles andaro, Jeov, na luz

    da Tua face; em Teu nome se alegraro todo o dia, e na Tua justia se exaltaro.

    Agora, o que voc pensaria do homem que ofereceria, tal discurso todo como este para o

    mais elevado arcanjo no cu? E o que foi Davi, se pudesse solene e deliberadamente escre-

    ver este discurso para uma inteligncia criada; e fazer com que isto fosse cantado publica-

    mente pelos levitas, e pelos principais cantores de Israel, e at mesmo deix-lo no registro

    para a seduo da posteridade? E ao mesmo tempo, tambm, quando a nao judaica era

    particularmente cuidadosa para execrar e evitar tudo o que tinha a menor tendncia ido-

    latria? Ou Cristo verdadeiramente Deus, ou Davi foi o sacrlego adorador de algum falso.

    Se, portanto, qualquer um de vocs for assediado pela astcia dos homens que ficam es-

    preita para enganar; voc deve encontrar com tais quem dizem que Cristo no Jeov, ou

    verdadeiro e eterno Deus; lembre-se, se houvesse nenhuma outra passagem da Escritura,

    ainda assim estes dois versos, e seu contexto; iro, por si s, a qualquer momento, bastar

    para colocar em fuga o sofisma dos prias.

    Ns podemos nos exaltar na justia de uma criatura? Ser que Deus, o Pai aceitaria, e nos

    ordenaria confiar na expiao de um ser finito? Pela mesma regra, poderamos (com os Pa-

    pistas insolentes) confiar nos supostos mritos da Virgem Maria, ou de So algum. E pela

    mesma regra, poderamos descer um degrau mais baixo, e (com os ainda mais descarados

    Pelagianos) confiar em nossos supostos prprios mritos, e queimar incenso para o brao

    murcho do nosso prprio maldito livre-arbtrio. Em suma, no h fim para as impiedades

    horrveis, que fluem pelo atropelamento da Divindade e da justia de Cristo sob os ps.

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    Alm disso, se Cristo no era Deus sobre todos, bendito para sempre, cada indivduo da

    humanidade que confia no mrito do Messias entraria no circuito daquela tremenda maldi-

    o denunciada pelos lbios dAquele que capaz de salvar e destruir. Assim diz o Senhor:

    Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu brao, e aparta o seu corao

    do Senhor! Porque ser como a tamargueira no deserto, e no ver quando vem o bem

    (Jeremias 17:5, 6). A f em Cristo seria o pecado mais condenvel sob a cpula do cu, e

    a Lei de Deus pronunciar-nos-ia amaldioados por confiar nEle, se Ele no fosse to abso-

    lutamente Jeov como o Pai. E devo acrescentar que este impressionante texto conclui

    igualmente forte contra os Fariseus de todos os tipos e tamanhos que confiam tanto em

    anjos, ou em espritos dos mortos, ou em seus prprios miserveis eus, para qualquer

    parte da salvao, se pouco ou muito. Cristo somente deve ser crido para perdo, para a

    justificao, para a vida eterna e para toda a nossa segurana e felicidade, do comeo ao

    fim. De onde isto imediatamente adicionado, no captulo acima de Jeremias: Bendito o

    homem que confia no Senhor, e cuja confiana o Senhor. Porque ser [isto , o homem

    que confia e espera em Jesus somente] como a rvore plantada junto s guas, que esten-

    de as suas razes para o ribeiro, e no receia quando vem o calor, mas a sua folha fica

    verde; e no ano de sequido no se afadiga, nem deixa de dar fruto [Jeremias 17:7-8].

    Percebo os elementos que esto sobre os sacramentos! Mesa. E eu no duvido que muitos

    de vocs pretendem apresentar-se naquele trono da graa, que Deus misericordiosamente

    ergueu na justia e sofrimentos de Seu Filho co-igual. Oh, cuidem de no vir com um sen-

    timento em seus lbios e outro em seus coraes! Acautelai-vos de dizer, com a boca: Ns

    no viemos esta mesa, misericordioso Senhor, confiando em nossa justia prpria; em-

    bora talvez vocs tenham, na realidade, algumas reservas secretas em favor daquela mes-

    ma justia prpria que vocs professam renunciar; e pensem que o mrito de Cristo por si

    s no ir salv-los, a menos que vocs adicionem uma coisa ou outra para torn-lo eficaz.

    No sejam to enganados; porque Deus no ser assim, ridicularizado, nem Cristo, ser

    assim insultado com impunidade. Chamem os seus labores que quiserem, se os termos,

    causas, condies ou suplementos; o assunto vem para o mesmo ponto, e Cristo igual-

    mente lanado fora do Seu trono mediador, por estes ou quaisquer outros pontos de vista

    semelhantes de obedincia humana. Se vocs no dependerem inteiramente de Jesus co-

    mo o Senhor a sua justia (Jeremias 23:6); se vocs misturarem a sua f nEle com qualquer

    outra coisa; se a obra consumada do Deus crucificado no for sozinha a sua ncora reco-

    nhecida e fundamento de aceitao junto do Pai, tanto aqui como para sempre; cheguem

    sua mesa e recebam os smbolos de Seu corpo e sangue para o seu perigo! Deixem a

    sua justia prpria para atrs de vocs, ou vocs no tm parte ali. Vocs esto sem a

    veste nupcial; e Deus dir a vocs: amigo, quo sinceramente voc est aqui? Se vocs

    vo mais adiante, vivem e morrem neste estado de incredulidade, vocs sero encontrados

    sem palavras e indesculpveis no Dia do Juzo; quando o Salvador desprezado dir aos

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    Seus anjos a vosso respeito: Amarrai-o de ps e mos, levai-o, e lanai-o nas trevas exte-

    riores [ali haver pranto e ranger de dentes]. Porque muitos so chamados, mas poucos

    escolhidos (Mateus 22:12, 14).

    Pelo contrrio, vocs que podem realmente dizer: ns no viemos a Ti, confiando em nossa

    prpria justia, mas sentem e confessam ser, vocs mesmos: indignos mesmo de recolher

    as migalhas sob tua mesa; em Ti somente procuramos ser justificados, e em Ti somente

    (Isaas 14:25) nos gloriamos; deixe os tais aproximarem-se com f, e tomar este santo

    sacramento para seu consolo. O Senhor lhes permita trazer seus pecados e seus deveres,

    e vocs e seu tudo, grande Propiciao! Que Ele nos lave em Seu prprio sangue, vista-

    nos com a Sua prpria justia, e sele-nos um povo santo para Si mesmo, pelo Seu Esprito!

    Ento seremos convidados aceitveis em Sua mesa abaixo; e amadureceremos rapida-

    mente para a casa da glria acima; enquanto tudo isso for o nosso apelo e toda a nossa

    cano: Senhor, eu no sou digno que entrar debaixo de tua morada, em que tu possas

    entrar na minha; mas (Apocalipse 5:12) o Cordeiro que foi morto digno; e cada partcula

    da minha esperana centra-se nEle, em Sua Aliana, em Sua obedincia, cruz, humilhao

    e exaltao. Por causa de Suas agonias, retire as minhas iniquidades. Por causa de Sua

    justia, receba-me graciosamente. E no manto de Seu mrito imputado, que eu possa

    (Filipenses 3:9) ser achado vivendo, estando antes morrendo, no tribunal do julgamento, e

    por toda a eternidade.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

    Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon

    Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer

    Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.